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Potencialidades entre o cinema nacional e o ensino de

teatro na perspectiva da educação básica: um olhar


para o projeto “Cinema nas Escolas"

Polo Santos/SP
setembro de 2023
Sumário

Capítulo 1 – Potencialidades do cinema brasileiro no âmbito da educação


básica
1.1 – O encontro com o objeto de pesquisa: lugar de onde falo
1.2 – O cinema nacional: breve trajetória
1.3 – O cinema nacional e a educação básica: diálogos possíveis
1.4 – Contextualização do projeto “Cinema nas Escolas”: o locus da pesquisa

Capítulo 2 – Caminhos que atravessam a relação cinema nacional e o


ensino do teatro
2.1 – A relação cinema teatro: algumas considerações
2.2 – O cinema nacional como suporte ao ensino do teatro
2.3 – Reflexões sobre os dados levantados nas entrevistas
1. Introdução
➔ Ninguém caminha sem
aprender a caminhar,
sem aprender a fazer o
caminho caminhando,
refazendo e retocando
o sonho pelo qual se
pôs a caminhar.
Paulo Freire
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como tema a relação
entre o cinema nacional e o ensino de teatro. De modo específico, a
investigação se deu na perspectiva da educação básica, por meio da análise
da 1ª edição do projeto “Cinema nas Escolas”, que se realizou neste ano de
2023 no Distrito Federal. Pesquisa que surgiu a partir de reflexões que
consideraram tanto as minhas experiências de atriz, em trajetória que se
construiu artisticamente entre o teatro e o cinema, quanto a minha formação
docente nesta Licenciatura em Teatro.
1ª edição do projeto “Cinema nas
Escolas”, da Associação Amigos do
Cinema e da Cultura (AACIC), que se
realizou no Distrito Federal, entre os
meses de fevereiro e março de 2023, com
a exibição seguida de debate, em 18
sessões, do filme “O Pastor e o
Guerrilheiro”, do diretor José Eduardo
Belmonte, a estudantes de 10 escolas
públicas de ensino médio do DF, com a
finalidade de compreender e contribuir
com pontes possíveis entre o cinema
nacional e o ensino do teatro.
Já os objetivos específicos são três:

· Contextualizar a 1ª edição do projeto Cinema nas


Escolas, realizado no DF, com o propósito de situar o O cinema é uma forma de criação
locus da pesquisa.
artística, de circulação de afetos e de
fruição estética. É também uma certa
· Realizar estudos sobre o cinema brasileiro de modo maneira de olhar. É uma expressão do
geral; o cinema brasileiro no âmbito escolar, e sobre olhar que organiza o mundo a partir de
as relações cinema-teatro, a fim de identificar, caso uma ideia sobre esse mundo. Uma
existam, e compreender as contribuições do cinema ideia histórica, social, filosófica,
nacional ao ensino de teatro. estética, ética, poética, existencial,
enfim. Olhares e ideias postos em
· Formular e aplicar questionários online com pessoas imagens em movimento, por meio dos
participantes do projeto, a fim de levantar dados que, quais compreendemos e damos
somados ao referencial teórico, servirão de base à sentido às coisas, assim como as
análise proposta no objetivo geral. ressignificamos e expressamos
(TEIXEIRA & LOPES, 2008, p. 10).
No campo conceitual
A pesquisa dialoga com as noções de educação
estética que serão abarcadas na ótica de Duarte
Júnior (2003; 2004), escolarização através de
Elazier Barbosa (2010) e formação continuada
por Paulo Freire (1974; 1996; 1997; 2014).
Por fim, além deste texto introdutório e da
conclusão, este TCC se estrutura em dois capítulos.
O primeiro, intitulado “Potencialidades do cinema
brasileiro no âmbito da educação básica” e o
segundo capítulo: “Caminhos que atravessam a
relação cinema nacional e o ensino do teatro”
Este capítulo abarca o objeto de pesquisa.
Capítulo 1 – Potencialidades do cinema
De modo geral, apresenta uma breve
brasileiro no âmbito da educação básica
descrição sobre o cinema nacional para,
então, discorrer sobre as possibilidades de
relação entre este e a educação básica. Feito
isso, adentra-se no projeto “Cinema nas
Escolas", a partir do qual a pesquisa foi
realizada.
1.1 – O encontro com o objeto de
pesquisa: lugar de onde falo
Com o desejo de retribuir para a academia perspectivas da
minha voz artística e humana como experiência orgânica e Dizem que o que todos procuramos é um sentido
viva; e a partir do curso de Licenciatura em Teatro no desejo de para a vida. Não penso que seja assim. Penso
contribuir com a educação e com a cultura. Enalteço, de que o que estamos procurando é uma
maneira carinhosa, todas as trabalhadoras e trabalhadores desse
universo educacional, cultural e sensorial, posto isso, destaco a
experiência de estar vivos, de modo que nossas
força de uma obra cinematográfica, integrante das artes experiências de vida, no plano puramente físico,
cênicas, como caminho potente para os possíveis diálogos entre tenham ressonância no interior do nosso ser e da
a educação e a formação humana em seus aspectos sensíveis e nossa realidade mais íntima, de modo que
subjetivos.
realmente sintamos o enlevo de estar vivos.
Por fim, além de colocar no papel registros, pesquisas e (CAMPBELL, 1990, p.3).
possibilidades para quem lê esse trabalho, saiba que minha
intenção é, também, o meu aprendizado latente que escapa à
racionalidade e dança nos mais diversos espaços visíveis e
invisíveis. Assim, com a finalidade de compreender e
contribuir com pontes possíveis entre o cinema nacional e o
ensino do teatro, finalizo esse tópico com o pensamento de
Joseph Campbell:
1. Cinema Silencioso (1896-1929) 1.2 – O
2. Cinema das Chanchadas (1930-1950 cinema
3. Cinema Novo (1960-1970)
nacional:bre
4. Cinema Marginal (1968-1973)
ve trajetória
5. Retomada (1990-atualmente)
Atualmente, o cinema nacional busca cada vez mais diversificar suas temáticas e
linguagens, abordando desde questões históricas e políticas até dramas sociais e comédias. A
produção cinematográfica brasileira tem conquistado reconhecimento internacional e se firmado
como um importante canal de expressão da cultura brasileira.
1.3 – O cinema nacional e a educação básica: diálogos
possíveis

Em acordo com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que


estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional (LDBEN/96), a
educação básica é a primeira fase da escolarização de um indivíduo. Ela
compreende a educação infantil e os ensinos fundamental e médio,
possuído, em cada dessas etapas, importância significativa na formação
desse indivíduo para a suas relações e vivências dentro e fora da escola,
o que dialoga bem com a noção de educar defendida por Elazier
Barbosa, que diz:
Educar vem da expressão latina educare, por
sua vez ligada a educere, verbo composto do
prefixo ex, que quer dizer fora, e ducere, que
significa conduzir, levar. Logo, educar é
literalmente conduzir para fora, ou seja,
preparar o indivíduo para o mundo"
(BARBOSA, 2010, p.250).
Ao utilizar filmes como recursos educativos, os professores podem explorar uma variedade de questões, como
valores morais, ética, diversidade cultural, meio ambiente, história, entre outros. Os filmes podem ajudar a
contextualizar os conteúdos abordados em sala de aula e trazer exemplos concretos da vida real. Além disso, o
cinema também pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e emocionais dos alunos. Ao
assistir a filmes, os estudantes são desafiados a interpretar e analisar as informações apresentadas, a fim de entender a
história e os personagens. Isso estimula o pensamento crítico, a capacidade de argumentação e a criatividade.
Em resumo, a educação e o cinema podem se complementar de maneira significativa, proporcionando aos
estudantes uma oportunidade de aprendizado mais atrativa e envolvente. Portanto, é importante explorar essa
conexão entre a educação e o cinema, aproveitando o potencial que essa forma de arte tem de enriquecer o processo
de ensino-aprendizagem.
1.4 – Contextualização do projeto Cinema nas Escolas: o
O projeto "Cinema nas
locus da pesquisa
Escolas" é uma iniciativa que
“Cinema nas Escolas – Circuito de Cinema Brasileiro” é um projeto da Associação Amigos
busca levar o cinema como
do Cinema e da Cultura (AACIC) que tem o apoio do Sinpro-DF, e leva o cinema brasileiro para
ferramenta pedagógica para
dentro das escolas públicas do Distrito Federal. As sessões aconteceram entre 28 de fevereiro e 16
de março, e foram abertas para toda a comunidade escolar.
dentro das escolas. Seu objetivo

O filme exibido foi “O Pastor e o Guerrilheiro”, de José Eduardo Belmonte. O projeto é promover a formação de
marcou a pré-estreia nacional do longa-metragem, que teve cenas rodadas na Universidade de público e incentivar o interesse e
Brasília (UnB). O objetivo foi de ocupar as escolas com arte, promover o encontro dos a apreciação cinematográfica
profissionais da educação, estudantes e suas famílias, e provocar reflexão sobre as temáticas
entre os estudantes.
levantadas pelo filme – em 10 das 18 sessões, houve um pequeno debate entre espectadores e
equipe.
O "Cinema nas Escolas" contribui para a educação
complementar dos estudantes, estimulando o pensamento
crítico, a sensibilidade artística e a valorização cultural. Além
disso, o projeto também promove a inclusão social,
disponibilizando o acesso ao cinema para alunos de escolas
públicas que, muitas vezes, não têm essa oportunidade. Assim,
o projeto "Cinema nas Escolas" busca levar a sétima arte para
dentro das instituições de ensino, visando a formação de
público e a promoção do conhecimento e da apreciação
cinematográfica entre os estudantes.
Mariana Baima estudante do Centro Educacional (CED)
Incra 8, conta sobre a experiência: “Estou muito ansiosa para
participar desta sessão de cinema aqui na escola. Eu nunca vi
filme em um grande telão, é sempre na TV mesmo”. “Fora que
meus amigos vão estar juntos, vai ser uma experiência ótima.
Posso até convidar a minha mãe para ir junto, olha que legal.”
Referências Bibliográficas do capítulo
PROJETO LEVA CINEMA A ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO. Secretaria de Estado de Educação, 2023. Disponível em: http
s://www.educacao.df.gov.br/projeto-leva-cinema-a-escolas-da-rede-publica-de-ensino/. Acesso em: 14/07/2023

CAMPBELL, Joseph. O poder do mito. São Paulo : Palas Athena, 1992


CINEMA NAS ESCOLAS - CIRCUITO DE CINEMA BRASILEIRO. AACIC Cinema nas Escolas - Circuito de Cinema
Brasileiro, 2023. Disponível em: https://aacic.com.br/cinemanasescolas/2023/df/ . Acesso em: 14/07/2023.
DUARTE, Rosália. Cinema e Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. 4a ed. – Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1974.
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FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 58a ed. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.
IKEDA, Marcelo. Cinema brasileiro a partir da retomada [recurso eletrônico] : aspectos econômicos e políticos. ­São
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SILVA, Ana Teixeira; ROCHA, Isabel Oliveira; SANTOS, Verônica Valéria. Cinema na Escola como Instrumento de
Inserção Cultural e Social. Projeto de Intervenção Local. Faculdade de Educação - UAB/UnB/MEC/SECAD. Curso de
Especialização em Educação na Diversidade e Cidadania, com Ênfase em EJA, Universidade de Brasília. Brasília, 2010.
SOUZA, Edileuza Penha (org). Negritude, Cinema e Educação. Caminhos para a implementação da Lei 10.639/2003,
volumes 1 e 2. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006.
TEIXEIRA, Inês Assunção de Castro; LOPES, José de Sousa Miguel (orgs). A Escola vai ao Cinema. Belo Horizonte:
Autêntica, 2008.

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