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O Envelhecimento Da Populaã Ã o Brasileira

O documento discute o envelhecimento da população brasileira, que está ocorrendo mais rápido do que em outros países. Isso representa desafios para a economia, sistema de saúde e bem-estar dos idosos.
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O Envelhecimento Da Populaã Ã o Brasileira

O documento discute o envelhecimento da população brasileira, que está ocorrendo mais rápido do que em outros países. Isso representa desafios para a economia, sistema de saúde e bem-estar dos idosos.
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O envelhecimento da

população brasileira: uma


questão desafiadora
A terceira idade,durante
muito tempo, foi considerada
como própria da esfera privada
e familiar, uma questão de
previdência individual ou de
associações filantrópicas.
Contudo, ela se transformou em
uma questão pública.
Quem são os idosos no Brasil? A questão da
identidade
*A questão da definição identitária também se aplica ao fenômeno do
envelhecimento, tanto que em nossas reflexões acerca da velhice,
percebemos que, no cenário brasileiro, durante muito tempo, essa
categoria social ainda não era claramente definida: terceira idade,
melhor idade, maturidade, velho, idoso...
* A partir do momento em que os limites se tornaram tênues, surgiu a
necessidade de definir os contornos identitários. Acerca disso,

Bauman afirma que, quando a identidade perde âncoras sociais que a


faziam parecer natural, a “identificação” se torna cada vez mais
importante para os indivíduos que buscam desesperadamente um
“nós” a que possam pertencer. (Isso se aplica para todas as minorias)
Estratégias argumentativas- Dados

Em 2050, estima-se que 30% da população brasileira terá


60 anos ou mais. Em uma época de crise econômica,
dúvidas sobre o futuro político do país e insegurança frente 1 em cada 4 brasileiros terá
ao que está por vir, uma coisa é certa: o Brasil está mais de 65 anos em 2060,
envelhecendo — e mais rápido do que se imagina. É o que aponta IBGE.
diz um estudo divulgado pela Organização Mundial da A partir de 2039, haverá mais
Saúde (OMS). pessoas idosas que crianças
vivendo no país.
Conforme o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento,
o número de pessoas com mais de 60 anos no país deverá
crescer muito mais rápido do que a média internacional.
Enquanto a quantidade de idosos vai duplicar no mundo
até o ano de 2050, ela quase triplicará no Brasil.
Motivações
“Os países
desenvolvidos
*Avanço da tecnologia na área de saúde enriqueceram e depois
envelheceram. Nós,
como todos os países
pobres, estamos
envelhecendo antes de
* Redução da fecundidade enriquecer. Eles tiveram
recursos e tempo. A
França levou 115 anos
para dobrar de 7% para
* Redução da mortalidade com as melhorias 14% a proporção de
no acesso à educação e a condições idosos na população. O
Brasil vai fazer o mesmo
sanitárias em 19 anos."
O bônus demográfico

• Como quase toda economia emergente e jovem, o Brasil sempre se


beneficiou do bônus demográfico – ou seja, da maior quantidade
de brasileiros que entrava no mercado de trabalho em relação à
que deixava. Por anos, essa combinação garantiu uma contribuição
ao ritmo de crescimento econômico e até ajudou a custear a
aposentadoria dos mais velhos. Agora, o envelhecimento dos
brasileiros pode impor restrições ao crescimento da economia no
médio e longo prazo e pressionar ainda mais as contas públicas.
Os primeiros sinais do encerramento do bônus
demográfico já começaram a aparecer. Em 2018,
de acordo com o (IBGE), a razão de dependência
cresceu pela primeira vez, para 44,03. Ou seja, no
ano passado, havia 44 pessoas dependentes para
cada 100 pessoas em idade ativa. Em 2017, a razão
era de 43,98.
O crescimento surpreendeu. O IBGE só esperava
um aumento da razão de dependência em 2023.
Para calcular o índice, o IBGE classifica como
dependentes crianças e idosos, na sua maioria,
enquanto a população em idade ativa engloba de
forma geral a fatia de brasileiros com idade entre
15 e 65 anos.
A previsão é de que a razão de dependência
avance em todos os anos daqui em diante. Em
2060, deve chegar a 67,23.
Os impactos (Economia)
• Aumento dos gastos com saúde
• Aumento dos gastos com aposentadorias
• Aumento da taxa de desemprego nesta categoria

O setor previdenciário é um dos mais importantes quando se pensa na população idosa, uma vez
que seu sustento sairá desse setor, a partir do pagamento de seus benefícios e aposentadorias, os
valores que são gerados para o setor previdenciário vêm da contribuição dos trabalhadores mais
jovens e das empresas, onde há descontos mensais em seus salários, ou pagamentos de carnês, para
o INSS (Instituto Nacional do Serviço Social), órgão no Brasil que regula a previdência social.
Atualmente os valores pagos pelo setor previdenciário são baixos, e muitas vezes não suprem as reais
necessidades da população idosa no país, principalmente as que possuem altos gastos com
medicamentos, já que é uma realidade que a população idosa possui uma saúde mais frágil.
No Brasil, o aumento do número de idosos na população tem sido visto como um problema
demográfico, principalmente devido ao pagamento da previdência social, pois aumenta os gastos
públicos. Porém, alguns analistas questionam essa visão, pois há no mercado de trabalho atualmente
um alto número de mão de obra que supre o pagamento das contribuições, o problema se encontra
nas crises econômicas que assolam essa população que acaba por optar fazer trabalhos informais nos
quais não há contribuição à previdência social, causando um elevado gasto público para o pagamento
dos benefícios à população idosa.
Intervenção
• Sem o "motor" do bônus demográfico, o país se torna dependente de outros
estímulos de crescimento, sobretudo do aumento da produtividade do
trabalhador. E o desafio é grande porque o país está estagnado. Um
trabalhador nos dias de hoje produz o mesmo que um profissional dos anos
1980, segundo os economistas.
• A agenda para melhorar a produtividade é desafiadora. Nela, por exemplo,
estão pautas que passam por melhora da educação, aprovação de reformas
importantes para melhorar o ambiente de negócios do país, além de
investimento em inovação e infraestrutura.
Proposta
Mais impactos

•Saúde
•Ageísmo
•Arquitetura urbana:
Acessibilidade
Impactos sociais- Saúde
• O aumento no número de idosos desafia tanto o sistema público quanto a
saúde suplementar, principalmente devido à associação entre o envelhecimento
populacional e o aumento da demanda por uma assistência especializada e de
alto custo. Isso se deve em grande parte ao aumento, com o passar dos anos,
no risco de desenvolver doenças crônicas ou deficiências decorrentes da idade
avançada.
• No artigo O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências
sociais atuais e futuras, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz avaliam que a
questão requer dos sistemas de saúde uma organização assistencial contínua e
multidisciplinar, com ênfase em ações de prevenção ao longo de toda a vida. “A
população idosa precisa de cuidados específicos, muitos deles especializados e
direcionados às peculiaridades advindas com o processo do envelhecimento,
sem segregá-los da sociedade”, defendem os autores do artigo.
• De acordo com a Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), a participação dos idosos
entre os beneficiários de operadoras de saúde
é bastante expressiva. Dos cerca de 50 milhões
de vínculos de beneficiários a planos privados
de assistência médica no Brasil, 12,5% referem-
se a pessoas com 60 anos ou mais de idade. A
tendência de aumento desse percentual
implica em um crescimento nos gastos do
sistema em função das especificidades do
próprio processo de envelhecimento, que
apresenta características de
morbimortalidades distintas dos demais grupos
etários.
Intervenção- Saúde
• Na área da saúde, a população idosa tem sua especificidade e
necessita de políticas públicas que possam refletir a atenção
integral, compreendendo não só o acesso a serviços médicos
preventivos, prolongados e domiciliares, cobertura vacinal e
cuidados humanizados, com a utilização dos fármacos de primeira
geração, assim como outras necessidades sociais como os
esclarecimentos sobre a velhice, saneamento básico, água
encanada, esgoto, renda e previdência social compatíveis.
Retrato
• Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
• Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
• Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
– Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles
A legislação brasileira
• A Constituição Federal em seu artigo 230, estabelece: "A família, a sociedade e o
Estado têm o dever de amparar pessoas idosas, assegurando sua participação na
sociedade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à
vida."
• Assim é que a lei 8.842/94 criou a chamada Política Nacional do Idoso,
conclamando a observar os seus direitos da cidadania, defender sua dignidade,
bem-estar e inserir-se como o principal agente das transformações propostas na
referida lei.
• Posteriormente, dando cumprimento à determinação constitucional, foi editada a
lei 10.741/03, conhecida como Estatuto do Idoso, legislação que regulamenta os
direitos conferidos aos idosos, estabelecendo condições para a preservação da
saúde mental e física, assim como seu aperfeiçoamento moral, intelectual,
espiritual e social, tendo como diretriz o princípio da dignidade da pessoa humana.
Obras- Estatuto do idoso

• Art. 3o. É obrigação da família, da comunidade,


da sociedade e do Poder Público assegurar ao
idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do
direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade,
ao respeito e à convivência familiar e
comunitária. [...].
• Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer
tipo de negligência, discriminação, violência,
crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus
direitos, por ação ou imissão, será punido na
forma da lei.
Inclusão versus preconceito
• Não há que se reclamar da tutela legislativa, que traz o compêndio necessário para
cumprir sua missão. O que falta é a materialização da oferta de serviços, cuidados e
atendimentos à comunidade idosa. Na realidade, a legislação traça os parâmetros dos
direitos básicos de sobrevivência do idoso que, na sua derradeira fase da vida,
aquinhoou todos os benefícios para ter sua dignidade preservada pelas premissas bem
delineadas nas normas protetivas.
• Porém, ainda não está preparado para tanto. A discriminação, os preconceitos e a
violência contra os idosos, tanto no âmbito familiar como fora dele, são práticas
constantes e ocupam uma agenda infindável de ocorrências e processos. A falta de
acessibilidade vai se acentuando cada vez mais. Degraus, rampas íngremes, calçadas
mal conservadas, vagas preferenciais ocupadas por pessoas comuns representam
obstáculos limitadores para o idoso que tem sua mobilidade reduzida, sujeito a quedas
com sérias consequências. As cidades são construídas sem o planejamento urbano
adequado para a pessoa com dificuldade de locomoção, impedindo-a, desta forma, de
praticar suas atividades rotineiras.
Porém, ainda não está preparado para tanto.
A discriminação, os preconceitos e a
violência contra os idosos, tanto no âmbito
familiar como fora dele, são práticas
“ Incluir não é apenas trazer para perto, mas garantir oportunidades constantes e ocupam uma agenda infindável
de ocorrências e processos. A falta de
para que o indivíduo seja cidadão de fato”- Habermas
acessibilidade vai se acentuando cada vez
mais. Degraus, rampas íngremes, calçadas
mal conservadas, vagas preferenciais
ocupadas por pessoas comuns representam
obstáculos limitadores para o idoso que tem
sua mobilidade reduzida, sujeito a quedas
com sérias consequências. As cidades são
construídas sem o planejamento urbano
adequado para a pessoa com dificuldade de
locomoção, impedindo-a, desta forma, de
praticar suas atividades rotineiras.
A partida do trem- Clarice Lispector
“... depois de velha, começara a desaparecer para os outros, só a viam de relance.
Velhice: momento supremo. Estava alheia à estratégia geral do mundo e a sua
própria era parca. Perdera os objetivos de maior alcance” (LISPECTOR, 1980, p. 28).
“ A mulher idosa, que foi educada de uma forma tradicional, acaba se esbarrando
nas reviravoltas que ocorrem na sociedade. A perda da “função” dentro de sua
comunidade é algo que geralmente (exceto em casos raros) acontece na fase senil.
Ao contrário da mulher jovem, a velha não encontra lugar no mercado de trabalho e
tampouco se sente bem no seio de sua própria família. Em razão desse desconforto
consigo mesma, a protagonista nutre suas esperanças de reverter essa situação
deixando o espaço urbano, que a remete à solidão e às desilusões. Partindo para a
fazenda do filho, que representa um ambiente menos tocado pela modernidade e
suas turbulências, o que Dona Maria Rita faz é transportar suas angústias para
outro lugar. Por meio dessa fuga, a personagem transfere seus problemas tentando
reconstituir e reconquistar um passado que lhe parece cada vez mais distante. “
O Grande Passeio- Clarice Lispector
Intervenção- Preconceito

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