FORMAÇÃO LITÚRGICA
PARA EQUIPES DE CANTO
Paróquia Santa Luzia – Hortolândia/SP – 04/07/2022
ORAÇÃO
Veni, Creator Spíritus, Oh vinde, Espírito Criador,
mentes tuórum visita, as nossas almas visitai
imple supérna grátia, e enchei os nossos corações
com vossos dons celestiais.
quae tu creásti péctora.
Qui díceris Paráclitus, Vós sois chamado o Intercessor,
donum Dei altíssimi, do Deus excelso o dom sem par,
fons vivus, ignis, cáritas, a fonte viva, o fogo, o amor,
a unção divina e salutar.
et spiritális únctio.
Tu septifórmis múnere, Sois doador dos sete dons,
e sois poder na mão do Pai,
dextrae Dei tu dígitus,
por ele prometido a nós,
tu rite promíssum Patris,
por nós seus feitos
sermóne ditans gúttura. proclamais.
Accénde lumen sénsibus; A nossa mente iluminai,
infunde amórem córdibus, os corações enchei de amor,
infírma nostri córporis nossa fraqueza encorajai,
qual força eterna e protetor.
virtúte firmans pérpeti.
Hostem repéllas lóngius, Nosso inimigo repeli,
pacémque dones prótinus; e concedei-nos vossa paz;
ductóre sic te praevio se pela graça nos guiais,
o mal deixamos para trás.
vitemus omne noxium.
Per te sciámus da Patrem, Ao Pai e ao Filho Salvador
noscamus atque Filium; por vós possamos conhecer.
te utriúsque Spíritum Que procedeis do seu amor
fazei-nos sempre firmes crer.
credamus omni témpore.
EXPOSIÇÃO
“Quando Cristo Senhor estava para celebrar com os discípulos a ceia
pascal, na qual instituiu o sacrifício do seu Corpo e Sangue, mandou
preparar uma grande sala mobilada (Lc 22,12). A Igreja sempre se
sentiu comprometida por este mandato e por isso foi estabelecendo
normas para a celebração da santíssima Eucaristia, no que se refere às
disposições da alma, aos lugares, aos ritos, aos textos.
“As normas recentemente promulgadas por vontade expressa do
Concílio Vaticano II e o novo Missal que, de futuro, vai ser usado no
rito romano para a celebração da Missa, constituem mais uma prova da
solicitude da Igreja, da sua fé e do seu amor inquebrantável para com o
sublime mistério eucarístico, da sua tradição contínua e coerente,
apesar de certas inovações que foram introduzidas.” (IGMR 1)
“Desde o século II, temos o testemunho de São Justino, mártir, sobre as
grandes linhas do desenrolar da celebração eucarística. Permaneceram
as mesmas até aos nossos dias, em todas as grandes famílias litúrgicas.
Eis o que ele escreve, cerca do ano 155, para explicar ao imperador
pagão Antonino Pio (138-161) o que fazem os cristãos:
“‘No dia que chamam Dia do Sol, realiza-se a reunião num mesmo
lugar de todos os que habitam a cidade ou o campo. Leem-se as
memórias dos Apóstolos e os escritos dos Profetas, tanto quanto o
tempo o permite. Quando o leitor acabou, aquele que preside toma a
palavra para incitar e exortar à imitação dessas belas coisas.
“‘Em seguida, levantamo-nos todos juntamente e fazemos orações’
‘por nós mesmos [...] e por todos os outros, [...] onde quer que estejam,
para que sejamos encontrados justos por nossa vida e ações, e fiéis aos
mandamentos, e assim obtenhamos a salvação eterna. Terminadas as
orações, damo-nos um ósculo uns aos outros.
“‘Depois, apresenta-se àquele que preside aos irmãos pão e uma taça
de água e vinho misturados. Ele toma-os e faz subir louvor e glória ao
Pai do universo, pelo nome do Filho e do Espírito Santo, e dá graças
(em grego: eucharistian) longamente, por termos sido julgados dignos
destes dons. Quando ele termina as orações e ações de graças, todo o
povo presente aclama: Amém.
“‘[...] Depois de aquele que preside ter feito a ação de graças e de o
povo ter respondido, aqueles a que entre nós chamamos diáconos
distribuem a todos os que estão presentes pão, vinho e água
‘eucaristizados’ e também os levam aos ausentes’”. (CIC 1345)
“Na verdade, a Liturgia compõe-se duma parte imutável, por ser de
instituição divina, e de partes susceptíveis de mudança que podem ou
até devem variar no decorrer do tempo, se nelas se tiverem introduzido
elementos que não correspondam bem à natureza íntima da Liturgia ou
se tenham tornado menos aptos.” (SC 21)
“A regulamentação da sagrada Liturgia compete unicamente à
autoridade da Igreja, a qual reside na Sé Apostólica e, segundo as
normas do direito, no Bispo. [...] Por isso, absolutamente mais
ninguém, ainda que seja sacerdote, acrescente, suprima ou modifique,
por sua iniciativa, seja o que for na Liturgia.” (SC 22)
“A tradição musical da Igreja universal é um tesouro de inestimável
valor, que excede todas as outras expressões de arte, sobretudo porque
o canto sagrado, intimamente unido com o texto, constitui parte
necessária ou integrante da Liturgia solene.
“O canto sagrado foi exaltado quer pela Sagrada Escritura, quer pelos
Santos Padres e pelos Romanos Pontífices; estes, numa época recente,
a começar em São Pio X, expuseram com maior precisão a função
ministerial da Música sacra no culto divino.
“A Música sacra será, por isso, tanto mais santa quanto mais
intimamente estiver unida à ação litúrgica, dando à oração uma
expressão mais harmoniosa, favorecendo a unanimidade e tornando os
ritos sagrados mais solenes. A Igreja aprova e aceita no culto divino
todas as formas de verdadeira arte, desde que dotadas das devidas
qualidades.” (SC 112)
“A música sacra, como parte integrante da Liturgia solene, participa do
seu fim geral, que é a glória de Deus e a santificação dos fiéis. A
música concorre para aumentar o decoro e esplendor das sagradas
cerimônias;
“e, assim como o seu ofício principal é revestir de adequadas melodias
o texto litúrgico proposto à consideração dos fiéis, assim o seu fim
próprio é acrescentar mais eficácia ao mesmo texto, a fim de que por
tal meio se excitem mais facilmente os fiéis à piedade e se preparem
melhor para receber os frutos da graça, próprios da celebração dos
sagrados mistérios.” (TS 1)
“Posto que a música própria da Igreja é a música meramente vocal,
contudo também se permite a música com acompanhamento de órgão.”
(TS 15)
“Como o canto tem de ouvir-se sempre, o órgão e os instrumentos
devem simplesmente sustentá-lo, e nunca encobri-lo.” (TS 16)
“O emprego de instrumentos no acompanhamento dos cânticos pode
ser bom para sustentar as vozes, facilitar a participação e tornar mais
profunda a unidade da assembleia. Mas o som dos instrumentos jamais
deve cobrir as vozes ou dificultar a compreensão do texto. Todo o
instrumento se deve calar quando o sacerdote ou um ministro
pronunciam em voz alta um texto que lhes pertença por sua função
própria.” (MS 64)
Canta-se a Missa e não na Missa.
Na Liturgia, a música está a serviço da Palavra,
havendo, portanto, um primado da letra em
relação à música e da voz humana em relação aos
instrumentos musicais.
PARTES DA MISSA
ORDINÁRIO PRÓPRIO
(partes fixas) (partes móveis)
ORDINÁRIO
(partes fixas)
Kyrie
Gloria
Sanctus
Agnus
“Em seguida, o sacerdote convida ao ato penitencial, o qual, após uma
breve pausa de silêncio, é feito por toda a comunidade com uma
fórmula de confissão geral e termina com a absolvição do sacerdote;
esta absolvição, porém, carece da eficácia do sacramento da penitência.
Ao domingo, principalmente no Tempo Pascal, em vez do costumado
ato penitencial pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água
em memória do batismo.” (IGMR, n. 51).
“Depois do ato penitencial, diz-se sempre o Senhor, tende piedade de
nós (Kyrie eleison), a não ser que já tenha sido incluído no ato
penitencial. Dado tratar-se de um canto em que os fiéis aclamam o
Senhor e imploram a sua misericórdia, é normalmente executado por
todos, em forma alternada entre o povo e o coro ou um cantor.
“Cada uma das aclamações diz-se normalmente duas vezes, o que não
exclui, porém, um maior número, de acordo com a índole de cada
língua, da arte musical ou das circunstâncias. Quando o Kyrie é
cantado como parte do ato penitencial, cada aclamação é precedida de
uma ‘invocação’” (IGMR, n. 52).
KYRIE
ATO PENITENCIAL – Fórmula 1
• Monição
• Silêncio
• Confiteor
• Absolvição
• Kyrie
KYRIE
ATO PENITENCIAL – Fórmula 2
• Monição
• Silêncio
• Tende compaixão de nós...
• Absolvição
• Kyrie
KYRIE
ATO PENITENCIAL – Fórmula 3
• Monição
• Silêncio
• Kyrie (com invocações)
• Absolvição
KYRIE
V/. Senhor, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.
V/. Cristo, tende piedade de nós.
R/. Cristo, tende piedade de nós.
V/. Senhor, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.
KYRIE
V/. Senhor, que viestes salvar os corações arrependidos, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.
V/. Cristo, tende piedade de nós.
R/. Cristo, tende piedade de nós.
V/. Senhor, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.
KYRIE
V/. Senhor, que viestes salvar os corações arrependidos, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.
V/. Cristo, que viestes chamar os pecadores, tende piedade de nós.
R/. Cristo, tende piedade de nós.
V/. Senhor, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.
KYRIE
V/. Senhor, que viestes salvar os corações arrependidos, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.
V/. Cristo, que viestes chamar os pecadores, tende piedade de nós.
R/. Cristo, tende piedade de nós.
V/. Senhor, que intercedeis por nós junto do Pai, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.
KYRIE
• Aspersão
• Liturgia das Horas
• Apresentação do Senhor
• Quarta-feira de Cinzas
• Domingo de Ramos
PERGUNTAS
ORAÇÃO
Salve, Regína, Mater misericórdiae,
vita, dulcédo, et spes nostra, salve.
Ad te clamámus, éxsules fílii Evae,
Ad te suspirámus, geméntes et flentes
in hac lacrimárum valle.
Eia, ergo, advocáta nostra,
illos tuos misericórdes óculos ad nos convérte.
Et Iesum, benedíctum fructum ventris tui,
nobis post hoc exsílium osténde.
O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria.