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Psicopatologia e Aprendizagem

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PAT OLOGIA

PSICO
ÇA
DA CRIAN

EDUCADORA E PSICÓLOGA
1
ANA BELA DOS SANTOS
N S T O R N O S DO
T RA O L V I M EN T O
S E N V
NEURODE 1 – DSM 5
PG 3

O QUE É?

• Os transtornos do
neurodesenvolvimento são um
grupo de condições que surgem
no início do período do
desenvolvimento (na infância) e
que se manifestam bem cedo,
geralmente antes da criança
EDUCADORA E PSICÓLOGA
ingressar na escola. ANA BELA DOS SANTOS
N S T O R N O S DO
T RA O L V I M EN T O
S E N V
NEURODE 1 – DSM 5
PG 3

O QUE É?

• Os transtornos do
neurodesenvolvimento são
caracterizados por déficits no
desenvolvimento que trazem prejuízos
no funcionamento pessoal, social,
acadêmico/pedagógico e,
posteriormente, profissional.
EDUCADORA E PSICÓLOGA
ANA BELA DOS SANTOS
N S T O R N O S DO
T RA O L V I M EN T O
S E N V
NEURODE 1 – DSM 5
PG 3

O QUE É?

• Os déficits de desenvolvimento variam desde


limitações muito específicas na aprendizagem
ou no controle de funções executivas (p, ex.
planejamento e execução de atividades,
incluindo iniciação de tarefas, memória de
trabalho, atenção sustentada) até prejuízos
globais em habilidades sociais ou inteligência.

EDUCADORA E PSICÓLOGA
ANA BELA DOS SANTOS
N S T O R N O S DO
T RA O L V I M EN T O
S E N V
NEURODE 1 – DSM 5
PG 3

Quais são os Transtornos do


Neurodesenvolvimento?

• Deficiências Intelectuais
• Transtornos da Comunicação
(Transtorno da Linguagem, Transtorno
da Fala, Gagueira, Transtorno da
Comunicação Social, Transtorno da
Comunicação sem outras
especificações)
• Transtorno do Espectro Autista (TEA) EDUCADORA E PSICÓLOGA
ANA BELA DOS SANTOS
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NEURODE 1 – DSM 5
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Quais são os Transtornos do


Neurodesenvolvimento?

• Transtorno do Déficit de Atenção e


Hiperatividade (TDAH – Apresentação
Combinada, Predominantemente
Desatenta, Predominantemente
hiperativa/impulsiva ).
• Transtorno Específico da
Aprendizagem (com prejuízo na
leitura, com prejuízo na escrita, com
prejuízo na matemática). EDUCADORA E PSICÓLOGA
ANA BELA DOS SANTOS
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T RA O L V I M EN T O
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NEURODE 1 – DSM 5
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Quais são os Transtornos do


Neurodesenvolvimento?

• Transtornos Motores (Transtorno do


Desenvolvimento da Coordenação e
Transtorno do Movimento Estereotipado).
• Transtornos de Tique (Transtorno de Tourette,
Transtorno de Tique Motor ou Vocal Crônico
e Transtorno de Tique Transitório).
• E Outros Transtornos do
Neurodesenvolvimento, com e sem
especificações. EDUCADORA E PSICÓLOGA
ANA BELA DOS SANTOS
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T RA O L V I M EN T O
S E N V
NEURODE 1 – DSM 5
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Há níveis de gravidade dos Transtornos do


Neurodesenvolvimento?

• Sim. Os Transtornos do
Neurodesenvolvimento podem
ser leve, moderado, grave e
profundo.
• O nível de gravidade depende da
frequência de comorbidades
(outros quadros associados) EDUCADORA E PSICÓLOGA
existentes. ANA BELA DOS SANTOS
N S T O R N O S DO
T RA O L V I M EN T O
S E N V
NEURODE 1 – DSM 5
PG 3

OBSERVAR A CRIANÇA

• Marcos do Desenvolvimento (quando


a criança começou a falar, quando
começou a andar, se engatinhou, como
é o sono da criança, se é uma criança
agitada ou quieta demais, se
compreende bem o que lhe é dito, se
se alimenta bem e adequadamente, se
a criança brinca com outras da mesma
idade, dentre outros). EDUCADORA E PSICÓLOGA
ANA BELA DOS SANTOS
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T RA O L V I M EN T O
S E N V
NEURODE 1 – DSM 5
PG 3

OBSERVAR A CRIANÇA

• A observação do desenvolvimento da
criança favorece a identificação
precoce de quaisquer sinais que
estejam abaixo do esperado para
aquela faixa etária. A identificação
precoce favorece tanto o diagnóstico
quanto o tratamento (reabilitações)
necessárias, a fim de minimizar os
prejuízos ao desenvolvimento global EDUCADORA E PSICÓLOGA
ANA BELA DOS SANTOS
da criança.
Transtornos Disruptivos, do
Controle de Impulsos e da
Conduta
EDUCADORA E PSICÓ LOGA ANA BELA DOS
SANTOS
A literatura da á rea classifica como transtornos disruptivos aqueles
em que os comportamentos característicos associados sã o de
transgressão de normas, desafiadores e antissociais, que causam
muito incô modo nas pessoas por serem problemas externalizantes,
de grande impacto no ambiente social, em geral com implicaçõ es
severas (Koch & Gross, 2005; Veiga, 2007).

Dessa forma, crianças disruptivas geram sentimentos negativos muito


fortes nos outros, como raiva, frustração e ansiedade (Friedberg &
McClure, 2001).
• Segundo o Manual diagnó stico e estatístico de transtornos
mentais (American Psychiatric Association [APA], 2014), essa
classificaçã o mais geral é composta por dois transtornos: o
transtorno da conduta e o transtorno desafiador de oposiçã o
(TDO), que atingem crianças e adolescentes.

• As pessoas com mais de 18 anos que apresentam essas


características são consideradas com transtorno da
personalidade antissocial.
• Vale ressaltar que o termo “comportamento
antissocial” é amplo, indicando todo e qualquer
tipo de comportamento de quebra de normas ou
de açã o contra outras pessoas.
• Em geral, quando se aborda o transtorno, há
ocorrência conjunta de vá rios comportamentos.
Assim, quando uma criança é agressiva,
provavelmente também apresentará
comportamentos como roubo, vandalismo e
mentiras (Koch & Gross, 2005).
• TRANSTORNO DA CONDUTA
Um dos transtornos mais observados na infâ ncia é o transtorno da conduta,
especialmente envolvendo comportamentos agressivos ou vandalismo (Bordin &
Offord, 2000; Koch & Gross, 2005).

O transtorno tem frequência maior em crianças do gênero masculino, assim como


a sintomatologia apresentada também difere em relaçã o ao gênero da criança.
Isto é, em meninos há predominâ ncia de comportamentos de enfrentamento,
como brigas, enquanto nas meninas há predominâ ncia de comportamentos sem
enfrentamento, como mentir, fugir e prostituir-se (Koch & Gross, 2005)
• Todos esses comportamentos se encaixam no primeiro critério
diagnó stico do DSM V (APA, 2014), sendo um padrã o
repetitivo e persistente de violaçã o de normas ou de direitos
individuais dos demais, em que três deles devem ter sido
manifestados nos ú ltimos 12 meses e um nos ú ltimos 6 meses.
• O comprometimento do funcionamento do indivíduo no
contexto social e nã o satisfazer os critérios do transtorno da
personalidade antissocial (para maiores de 18 anos) sã o
outros dois critérios.
• TRANSTORNO DESAFIADOR DE
OPOSIÇÃO
• Segundo o DSM V (APA, 2014), sã o oito os critérios para identificar a criança ou o
adolescente com TDO, sendo que esses sintomas devem persistir pelo período mínimo de
seis meses.

• Sã o eles: perder a calma, discutir com adultos, desafiar ou negar-se a obedecer, emitir
comportamentos para incomodar as pessoas, deliberadamente culpar terceiros por seus
comportamentos, irritabilidade, estar enraivecido constantemente, comportamentos
vingativos e rancorosos. Outro ponto importante é que esses comportamentos devem ser
apresentados em lugares pú blicos, além da escola e da casa
TDAH
TRANSTORNO DE DÉ FICIT DE
ATENÇA E APRENDIAZEGM
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE

O Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH) é um transtorno


neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente
acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de
desatenção, hiperatividade e impulsividade.

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade interfere na habilidade da pessoa de


manter a atenção, especialmente em tarefas repetitivas, de controlar adequadamente as
emoções e o nível de atividade e na habilidade de controle e inibição da impulsividade.
O que é Déficit de Atenção?

Dificuldade em manter a atenção concentrada é a principal


característica do Transtorno de Déficit de Atenção. Este
problema tem sua origem em uma condição orgânica,
relacionada a uma estrutura cerebral chamada lobo pré-frontal.
 Quando esta estrutura cortical (lobo pré-frontal) tem seu funcionamento comprometido, a
pessoa passa a ter vários problemas, entre eles, dificuldade de focar a atenção.
 Os principais elementos comportamentais que acompanham o Déficit de Atenção são: a
hiperatividade e a impulsividade.
TRÍADE DE SINTOMAS

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DESATENÇÃO
Hiperatividade

TDAH e Hiperatividade não são sinônimos, embora a


maioria das pessoas com TDAH seja hiperativa. A
hiperatividade pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo
alguns adultos. Pode apresentar-se com diferentes
intensidades, com sintomas variando de leves a graves.
HIPERATIVIDADE
TDAH do tipo predominantemente Hiperativo-Impulsivo
• Inquietação– mexer as mãos e/ou pés quando sentado, musculatura
tensa, com dificuldade em ficar parado num lugar por muito tempo;
• Pode falar, comer, comprar,... compulsivamente e/ou sobrecarregar-
se no trabalho. Muitos acabam estressados, ansiosos e impacientes;
• Tendência ao vício: álcool, drogas, jogos,...
• Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não
acompanham a velocidade da sua mente.
• Pode apresentar dificuldade em distinguir direita de esquerda;
• Dificuldade de orientar-se no espaço;
• Não aceitação de limites;
• Dificuldade em respeitar autoridade – responde aos pais e professores;
• Dificuldade em concentrar-se nas aulas;
• Dificuldade em completar tarefas;
• Em geral é desorganizada.
TDAH do Tipo predominantemente Desatento
• Desvia facilmente a atenção do que está fazendo e comete erros
por prestar pouca atenção a detalhes. Muitas vezes distrai-se com
seus próprios devaneios (parece estar no “mundo da lua”);
• Dificuldade de concentração em palestras, aulas, leitura de
livros... (dificilmente termina um livro, a não ser que o interesse
muito);
• Às vezes parece não ouvir quando o chamam;
DESATENÇÃO
• Relutância em iniciar tarefas que exijam longo esforço mental;
• Dificuldade em seguir instruções, em iniciar, completar e só então,
mudar de tarefa (muitas vezes é visto como irresponsável);
• Durante uma conversa pode distrair-se e prestar atenção em outras
coisas, principalmente quando está em grupos. Às vezes capta apenas
partes do assunto; outras, enquanto “ouve” já está pensando em outra
coisa e interrompe a fala do outro;
TDAH do Tipo Combinado

 Caracterizado pela pessoa que apresenta os 2


conjuntos de critérios: dos tipos Desatento e
Hiperativo/ Impulsivo.
Diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção – TDAH
O diagnóstico do TDAH é realizado a partir de exame clínico, no
qual são analisadas características comportamentais, relacionadas à
presença ou não de hiperatividade, impulsividade e distratibilidade.

Não há exames clínicos que identifiquem a presença do


transtorno. Um diagnóstico completo só pode ser realizado por
um especialista.
TDAH
Diagnóstico
Relatório
Escolar
DSM-IV Exames
Complementares

História Exame Exame


Clínica Físico Neurológico

Escalas Testes Testes


Comportamento Psicométricos Lingüísticos
Interferências no processo acadêmico

 Ossujeitos com TDAH apresentam inteligência e capacidade


de aprendizado idênticas a de um sujeito normal e são
bastante criativos, mas é preciso lhes dar chance para se
desenvolver e observar as suas dificuldades. Por causa da
desatenção, é comum o sujeito com TDAH não se concentrar
na aula e não acompanhar a explicação dos professores. Eles
perdem a matéria e não aprendem tanto quanto poderiam.
TDAH E
COMORBIDADES
COMORBIDADES

O TDAH pode estar associado a outros transtornos (comorbidades), entre eles:

• Transtorno do Aprendizado (os mais comuns são os transtornos de leitura, de escrita e de matemática)
• Transtorno Desafiador Opositor e Transtorno de Conduta
• Tiques
• Transtornos Ansiosos (Pânico, Fobia Social, Transtorno de Ansiedade Generalizada)
• Transtornos do Humor (Depressão, Transtorno Bipolar)
• Abuso de Drogas e Alcoolismo
Tratamento
• Medicamentoso;

• PSICOTERAPIA;

• Orientação aos
pais e professores;

• Técnicas
específicas que
são ensinadas ao
portador.
TDAH - O ACOLHIMENTO E
MANEJO NA PSICOLOGIA
Comportamento
Cognição
Motricidade
TDAH
Linguagem Atenção
Percepção
Psicodiagnóstico Diferencial
Avaliar especificamente os sintomas de desatençã o e/ou hiperatividade.
Sintomas presentes antes dos 7/12 anos.
Comprometimento clinicamente significativo e em pelo menos 2
contextos grupais.
É importante considerar a duraçã o dos sintomas e a frequência e
intensidade dos mesmos.
Considerar o grau de prejuízo dos sintomas.
A avaliaçã o psicodiagnó stica deve envolver os pais, a criança e escola
(professores).
Avaliações Complementares
• Capacidade auditiva e visual
• Avaliação neurológica
• Avaliação neuropsicológica
• Avaliação pedagógica e
psicopedagógica
• Importante:
• O excesso de atividades, dificuldades em conseguir manejar
todas as obrigaçõ es e reatividade aos fenô menos sã o
comportamentos que facilmente podem ser confundidos com os
Transtornos Disruptivos.
• Dessa forma, o Psicodiagnó stico diferencial é elementar no
acolhimento dos sujeitos que sofrem com estes lugares.
BIBLIOGRAFIA
 ROHDE, Luiz e BENCZIK, Edyleine. Transtorno do
Déficit de Atenção/Hiperatividade: O que é? Como
ajudar? Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1999.

 BARKLEY, R. Transtorno do Déficit de Atenção/


Hiperatividade. Porto Alegre: Editora Artmed, 2002.

 HALLOWELL, Edward e RATEY, John J. Tendência à


Distração. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

 SILVA, Ana Beatriz. Mentes Inquietas. Editora Gente.


Educadora e
Psicóloga Ana Bela
dos Santos

Transtorno de sono-
vigília
Qualidade do sono
 A boa qualidade do sono propicia ao indivíduo a melhora de sua
qualidade de vida no geral.
 Em crianças e os adolescentes, por exemplo, é durante o sono que
ocorre a liberação do hormônio do crescimento.
 O sono promove o funcionamento adequado do sistema nervoso, através
de conexões neuronais que elevam a capacidade das funções cognitivas,
entre elas a atenção, a memória, e as funções executivas.
 Vale ressaltar que o indivíduo que apresenta essas funções cognitivas de
forma adequada possui um rendimento profissional e acadêmico mais
elevado, além de uma melhor socialização, o que contribui para a
promoção da qualidade de vida, e se caracteriza como um fator de
prevenção importante de problemas emocionais futuros.
• Os TS são definidos por um padrão alterado e
persistente da qualidade e da quantidade do sono.
• Existem dezenas de tipos de TS, no entanto eles são
classificados em quatro categorias principais.
1. Transtornos Primários do Sono;
2. Transtornos do Sono relacionado a outro transtorno mental;
3. Transtorno do Sono devido à uma condição médica geral;
4. Transtorno do Sono induzido por substância.
Transtornos Primários do Sono

a) Dissonias
Este subtipo dos TS é caracterizado por alterações na quantidade, qualidade
ou regulação do sono. Os quadros de dissonias mais comuns são:
Insônia: não é considerada uma doença em si, e sim um sintoma. A
quantidade e a qualidade do sono são marcadamente insatisfatórias, pois o
indivíduo apresenta dificuldades na conciliação e na manutenção do sono,
prejudicando seu bem-estar no dia seguinte, como: fadiga, ardência nos
olhos, irritabilidade, ansiedade, baixos níveis de atenção, concentração e
memória, e sonolência diurna.
b) Apnéia: as pessoas que sofrem deste problema costumam
ter sua respiração interrompida brevemente, por várias vezes
enquanto dormem. Assim, a manutenção do sono é
prejudicada devido aos despertares repetidos durante a noite.
Geralmente a apnéia está associada a roncos, já que nesse
distúrbio ocorre o estreitamento da via aérea durante a
passagem do ar. É mais comum em idosos e está relacionada
a muitos casos de hipersonia, depressão, cefaléia e
dificuldades de memória, e ainda é considerada um fator de
risco de morte súbita durante o sono
c) Narcolepsia: esse quadro se caracteriza por episódios de
sono indesejável com duração curta (segundos ou poucos
minutos), e que muitas vezes ocorrem em momentos
inoportunos. Os ataques podem incluir cataplexia (perda súbita
do tônus muscular, normalmente causada por alguma emoção),
paralisia do sono (paralisia total do corpo, com exceção da
respiração e dos movimentos oculares), e até mesmo
alucinações no início do sono (hipnagógicas) ou ao acordar
(hipnopômpicas).
Parassonias
Caracterizados por episódios comportamentais anormais que ocorrem durante
o sono, os quadros mais comuns desse subtipo de TS são:
a) Sonambulismo: pessoas sonâmbulas apresentam a primeira terça parte do
sono episódios repetidos de levantar-se da cama e embora esteja claramente
inconsciente, é capaz de realizar pequenas tarefas como andar, vestir-se,
sentar-se, olhar e falar , embora a fala seja desconexa. Dificilmente, o indivíduo
se lembra do que ocorreu durante o episódio, e não há indícios científicos de
que a pessoa possa sofrer algum dano se despertado durante o episódio de
sonambulismo.
Terror Noturno: caracteriza-se por um brusco despertar, iniciado com um
grito de pânico. O indivíduo expressa um medo intenso, apresenta
taquicardia, sudorese, respiração ofegante pupilas dilatadas. Os episódios
duram cerca de 10 minutos; o indivíduo não se recorda com detalhes do
sonho, e não se lembra do que houve ao despertar.
Pesadelos: é a vivência repetida de sonhos com componentes extremamente
assustadores que levam o sujeito a despertar. Os pesadelos surgem na
segunda metade do período de sono, no estágio REM. Normalmente, a
pessoa desperta do pesadelo e retorna rapidamente ao estado de alerta,
porém com intensa ansiedade e medo, o que dificulta a conciliação do sono
no meio da noite.
Quanto à prevalência dos TS, estudos norte-americanos indicam que cerca de 1/3 da
população apresenta algum tipo de TS. Esse alto índice demonstra quão sensível é a
fisiologia do sono, podendo sofrer alterações até mesmo com as preocupações
cotidianas. Nessa taxa de prevalência, a insônia é o quadro mais comum.
TRANSTORNOS DE
ELIMINAÇÃO

Educadora, Psicóloga e Psicanalista Ana Bela


 Os transtornos da eliminação envolvem a eliminação inapropriada de
urina ou fezes e são habitualmente diagnosticados pela primeira vez
na infância ou na adolescência.
 Esse grupo de transtornos inclui enurese, a eliminação repetida de
urina em locais inapropriados, e encoprese, a eliminação repetida de
fezes em locais inapropriados. São previstos subtipos para
diferenciar micção noturna de diurna (i.e., durante as horas de vigília)
para enurese e a presença ou ausência de constipação ou
incontinência fecal para encoprese.
 Enurese
 Critérios Diagnósticos
 A. Eliminação repetida de urina na cama ou na roupa, voluntária ou
involuntária.
 B. O comportamento é clinicamente significativo conforme
manifestado por uma frequência de no mínimo duas vezes por
semana durante pelo menos três meses consecutivos ou pela
presença de sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, acadêmico (profissional) ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.
 C. A idade cronológica mínima é de 5 anos (ou nível de
desenvolvimento equivalente).
 D. O comportamento não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma
substância (p. ex., diurético, medicamento antipsicótico) ou a outra
condição médica (p. ex., diabetes, espinha bífida, transtorno
convulsivo).
 Encoprese
 Critérios Diagnósticos
 A. Eliminação intestinal repetida de fezes em locais inapropriados (p. ex.,
roupa, chão), voluntária ou involuntária.
 B. Pelo menos um evento desse tipo ocorre a cada mês por pelo menos três
meses.
 C. A idade cronológica mínima é de 4 anos (ou nível de desenvolvimento
equivalente).
 D. O comportamento não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma
substância (p. ex., laxantes) ou a outra condição médica, exceto por um
mecanismo envolvendo constipação.
 Determinar o subtipo:
 Com constipação e incontinência por extravasamento: Há evidência de
constipação no exame físico ou pela história.
 Sem constipação e incontinência por extravasamento: Não há evidência de
constipação no exame físico ou pela história
 Comorbidade
 Atrasos no desenvolvimento, incluindo atrasos nas
habilidades de fala, linguagem, aprendizagem e
motoras, também estão presentes em uma parcela
de crianças com enurese.
 Encoprese, sonambulismo e transtorno de terror
noturno também podem estar presentes. Infecções
do trato urinário são mais comuns em crianças com
enurese, especialmente do subtipo diurno, do que em
crianças continentes.
Transtornos
Alimentares
EDUCADORA E PSICÓLOGA ANA BELA DOS
SANTOS
CONSIDERAÇÕES ETIOLÓGICAS
 Risco social / econômico
 Antecedentes familiares
 Relações interpessoais
conflituosas
 Privações ambientais / Maltrato
 Transtornos mentais
 Padrões alimentares
 Fatores culturais
 Os Transtornos Alimentares são caracterizados
por perturbações no comportamento alimentar,
podendo levar ao emagrecimento extremo
(caquexia - devido à inadequada redução da
alimentação), à obesidade (devido à ingestão de
grandes quantidades de comida), ou outros
problemas físicos.
 Alguns autores caracterizam os Transtornos Alimentares como síndromes
ligadas à cultura de determinadas sociedades. O que evidencia esta hipótese é
o fato de que a Anorexia e a Bulimia têm uma prevalência maior entre mulheres
jovens de países ocidentais, principalmente as que pertencem às camadas
sociais mais privilegiadas.
1) ANOREXIA
A perda do peso é obtida pela redução intensa da dieta alimentar. Geralmente no início são restritos apenas os

alimentos considerados calóricos, porém com o progresso da doença, observa-se uma dieta extremamente limitada.

 O medo de engordar não é compensado pela intensa perda de peso, havendo um aumento dessa preocupação à
medida que o peso real diminui.

 A auto-estima da pessoa anoréxica está relacionada à forma corporal e ao peso. Sendo assim, a perda de peso é vista
como uma conquista e autodisciplina, enquanto o ganho de peso é considerado um fracasso do autocontrole.

 A amenorréia (ausência de pelo menos três ciclos menstruais) é um importante indicador fisiológico da Anorexia
Nervosa. Em meninas pré-púberes a menarca pode ser retardada devido à doença.

 O índice de mortalidade entre pessoas com a doença é 12 vezes maior do que o número de mortes causadas por
todas as outras doenças na população feminina entre 15 e 24 anos de idade.

 As causas de morte são as complicações decorrentes da Anorexia Nervosa, como infecções importantes, alterações
metabólicas devido à desnutrição, desequilíbrio eletrolítico e suicídio .
2) BULIMIA
 Este quadro de Transtorno Alimentar é caracterizado por compulsões alimentares periódicas
(ingestão de uma grande quantidade de comida em um curto espaço de tempo), seguidas de
métodos compensatórios inadequados (vômitos auto-induzidos, uso inadequado de laxantes ou
diuréticos, prática de exercícios em excesso) para evitar o ganho de peso.
 Para se estabelecer o diagnóstico de Bulimia Nervosa, estes comportamentos devem estar
presentes por pelo menos duas vezes por semana, por um período mínimo de três meses.
Embora haja uma variedade dos tipos de alimentos ingeridos nos ataques de hiperfagia

(compulsão alimentar), o mais comum é o consumo de doces ou outros alimentos de alto teor
calórico.

As pessoas acometidas pela Bulimia Nervosa, ocultam seus comportamentos patológicos da


família e das pessoas que as cercam, e muitas vezes se envergonham de seus atos
compensatórios. Normalmente, não há perda de peso significativa nas pessoas com Bulimia,
trazendo portanto, maior dificuldade para a família identificar o problema.

Entre os problemas fisiológicos conseqüentes dos episódios bulímicos estão o desequilíbrio


eletrolítico, perda de potássio, inflamação do esôfago, e danos no esmalte dos dentes.
TRANSTORNO DO COMER COMPULSIVO
 Os indivíduos com este Transtorno apresentam episódios de compulsão alimentar,
porém diferentemente da Bulimia Nervosa, não utilizam métodos purgativos para
eliminar os alimentos ingeridos, nem a preocupação irracional com o peso e a forma
corporal.

As pessoas com Transtorno do Comer Compulsivo perdem o controle durante os


frequentes ataques de (comer compulsivo), e só conseguem parar de comer quando
se sentem fisicamente desconfortáveis.
 A maioria é obesa, e uma parcela significativa das pessoas que fazem controle
alimentar e de peso com acompanhamento médico sofrem deste Transtorno.
 Para ser estabelecido este diagnóstico, os ataques de comer compulsivamente devem ocorrer pelo menos duas vezes por semana, por um período mínimo de seis
meses, e obedecer aos seguintes critérios:
 Durante a ocorrência dos episódios, devem estar presentes no mínimo três dos indicadores abaixo:
a) Comer muito mais rápido que o normal;
b) Comer até sentir-se desconfortável fisicamente;
c) Ingerir grandes quantidades de comida, mesmo estando sem fome;
d) Comer sozinho por sentir-se envergonhado da quantidade de comida ingerida;
e) Sentir-se culpado e/ou deprimido após o episódio.*
* Esses sentimentos podem levar o indivíduo a apresentar novos episódios de comer compulsivo, formando-se assim um ciclo.
OBESIDADE
 Sabe-se atualmente que algumas pessoas possuem mais facilidade para acumular gordura do
que outras. Esta informação envolve aspectos metabólicos, genéticos, culturais e
comportamentais, descartando-se assim a antiga ideia de que o obeso era uma pessoa
gulosa, desprovida de controle e de vontade de cuidar de si próprio.
 Certas doenças endócrinas, como hipotireoidismo ou outros desequilíbrios hormonais, podem
colocar o indivíduo sob uma maior propenão a tornar-se obeso, porém estes casos significam
apenas 2% do total.
 Em relação ao componente emocional da obesidade, estudos revelam que entre os pacientes
obesos há uma alta incidência (cerca de 75%) de comportamentos de compulsão alimentar.
Pacientes obesos com compulsão alimentar apresentam uma propensão maior a desenvolver
co-morbidades, como Transtornos de Humor, Transtornos de Ansiedade e Bulimia Nervosa, e
não apresentam resultados positivos em programas de perda de peso, quando comparados a
pacientes obesos sem compulsão alimentar.
TRANSTORNO
ALIMENTAR
NOTURNO

Caracteriza-se pelo comportamento alimentar durante


a noite, mesmo que a pessoa continue dormindo. não
lembram de nada ao despertar, e negam sobre o fato
quando informados por outra pessoa. Um fato
importante é que são pessoas que geralmente fazem
algum tipo de regime alimentar durante o dia.
PICA
Este é um transtorno que se caracteriza pela ingestão de
substâncias não comestíveis como sabonete, tijolo, argila, cascas
de pintura, gesso, giz, cinzas de cigarro, etc. As pessoas com
maior propensão a desenvolver o Transtorno de Pica são
mulheres com tendência histérica, grávidas, pessoas de certos
grupos étnicos nos quais estes comportamentos são
considerados normais, e indivíduos que passaram por sérias
restrições no comportamento alimentar.
Referências Bibliográficas
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual
diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais - 5º edição. Porto Alegre: Artes
Médicas, 2013.
BRETON, L. A Sociologia do Corpo – 2003.

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