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Instrução Normativa #001 de 30 de Janeiro de 2018

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Instrução Normativa nº 001 de 30 de Janeiro de 2018

Regulamenta diretrizes pedagógicas e administrativas sobre o


atendimento educacional especializado, no âmbito da educação
básica no Estado do Acre.
Art. 5º - Para atender aos estudantes em suas necessidades educacionais
específicas, o sistema de ensino garante os seguintes profissionais de apoio
especializado:

I - Professor do atendimento educacional especializado;


II - Professor bilíngue (Libras/Português) para o ensino fundamental I;
III - Professor tradutor e intérprete para o ensino fundamental II e ensino
médio;
IV - Professor de Libras;
V - Guia-intérprete;
VI - Assistente educacional
VII - Professor Mediador
Art. 8º - São atribuições dos profissionais de apoio aos estudantes público-
alvo da educação especial, na educação básica:

I - Professor bilíngue (Libras/Português) para o ensino fundamental I:

a) Atuar em parceria com o professor do ensino regular, por meio do ensino


colaborativo, na promoção do ensino bilíngue, auxiliando na proposição das
ações pedagógicas que enfatizam a aprendizagem da Libras e do Português
como segunda língua;
b) Efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, por meio da Libras para a
língua oral e vice-versa;

c) Promover a acessibilidade comunicativa aos serviços e as atividades-fim


da instituição de ensino;

d) Participar dos planejamentos com o coordenador pedagógico, com os


professores do ensino comum e da SRM;

e) Participar das formações oferecidas pela SEE e dos grupos de estudos


realizados na escola.
II - Professor tradutor intérprete de Libras/Língua Portuguesa:

a) Efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, por meio da Libras para a língua
oral e vice-versa;

b) Interpretar, em Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa, as atividades


didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas nas instituições de ensino nos
níveis fundamental e médio de forma a viabilizar o acesso aos conteúdos
curriculares;
c) Promover a acessibilidade comunicativa aos serviços e as atividades-fim da
instituição de ensino.

d) Participar dos planejamentos com o coordenador pedagógico, com os


professores do ensino comum e da SRM;

e) Participar das formações oferecidas pela SEE e dos grupos de estudos


realizados na escola.
III - Professor de Libras:
a) Atuar em parceria com o professor do AEE, por meio do ensino
colaborativo, na promoção do desenvolvimento lingüístico, emancipação
social e autonomia do estudante com surdez;

b) Ministrar aulas de Libras como primeira língua no atendimento


educacional especializado na educação básica para estudantes surdos;

c) Utilizar a Libras como língua de instrução, complemento e suplemento


curricular no Atendimento Educacional Especializado;
d) Proporcionar a expansão da Libras, atuando como agente de apoio na
incorporação dessa língua no contexto escolar;

e) Contribuir para o desenvolvimento linguístico e cultural a partir de uma


perspectiva dialógica de suas vivências;

f) Participar dos planejamentos com o coordenador pedagógico, com os


professores do ensino comum e da SRM;

g) Participar das formações oferecidas pela SEE e dos grupos de estudos


realizados na escola.
IV - Guia-intérprete:
a) Estabelecer uma relação de confiança, respeitando o tempo de aceitação por
parte do estudante, evitando ações invasivas;

b) Adotar um objeto de referência para sua auto identificação;

c) Estar atento para evitar o toque de muitas pessoas ao mesmo tempo;

d) Planejar atividades funcionais e criar uma rotina previsível com uma possível
comunicação;
e) Conhecer as diversas formas de comunicação possíveis ao surdocego pré-
linguístico e pós-linguistico;

f) Dar novo significado a objetos e pessoas percebendo suas intenções


comunicativas;

g) Desenvolver um diálogo não verbal, utilizando os movimentos do estudante;

h) Estabelecer a intermediação comunicativa e visual do aluno surdocego no


contexto escolar, transmitindo-lhe todas as informações, assegurando-lhe o
acesso aos ambientes da escola;

i) Mediar o contato do aluno com o meio, sempre que necessário, com códigos
comunicativos, e Libras Tátil;
j) Compreender a mensagem em uma língua, extrair o sentido através da
informação linguística (palavras, orações, aspectos como intensidade, tom, timbre,
entonação, acentuação, ritmo e pausa), extralinguística (pistas sonoras ou visuais
provenientes do emissor e da situação comunicativa), contextualizar o sentido na
língua de destino (interpretação) ou na mesma língua em outro sistema de
comunicação utilizado pelapessoa surdocega;

k) Descrever o que ocorre em torno da situação de comunicação, a qual inclui


tanto o espaço físico em que esta se apresenta como as características e
atividades das pessoas envolvidas;

l) Facilitar o deslocamento e a mobilidade da pessoa surdocega no meio.


Art. 10 - Para atuar como professor tradutor intérprete no ensino fundamental I em
classe regular, o professor deve ter formação em pedagogia Bilíngue ou
Graduação em Pedagogia e para atuar como professor tradutor e intérprete no
ensino fundamental II e ensino médio a formação deve ser em qualquer
licenciatura. Além da formação inicial, será exigido cursos de especialização em
tradução/interpretação de Libras/Língua Portuguesa e domínio de Libras
comprovado por meio de avaliação prática.
Art. 11 - Para atuar como professor de Libras (preferencialmente surdo) nas salas
de recursos multifuncionais no ensino fundamental I, o professor deve ter formação
em Pedagogia Bilíngue e para atuar como professor de Libras no ensino
fundamental II e ensino médio a formação deve ser licenciatura Letras Libras /
Português como Segunda Língua.

Parágrafo único – Na ausência dos profissionais com a formação específica,


admitir-se-á a formação em pedagogia para o ensino fundamental I e qualquer
licenciatura para o ensino fundamental II e ensino médio, além de cursos de
especialização no ensino de Libras promovidos por instituições de ensino
credenciadas e com domínio comprovado por meio de avaliação prática.
Art. 12 - Para atuar como Guia-intérprete, o profissional deve ter formação mínima
de nível médio e cursos de formação específica que o habilite para o exercício de
suas atribuições.
Art. 17 - Para a solicitação de profissionais da educação especial, a escola deve observar as
seguintes orientações:

II - Professor tradutor e intérprete para o ensino fundamental I, II e ensino médio - A


necessidade desse profissional surge quando houver estudante surdo matriculado na rede
estadual de educação.

III - Professor de Libras (preferencialmente surdo) – A necessidade desse profissional surge


quando houver o número mínimo de cinco estudantes surdos matriculados na escola e que
estejam frequentando a sala de recursos multifuncionais.

IV - Guia-intérprete – A necessidade desse profissional surge quando houver na escola aluno


com surdocegueira matriculado e devidamente registrado no censo escolar.
Art. 22 - Em face das especificidades relativas à surdez, os sistemas de ensino,
com o apoio da Coordenação da Educação Especial, devem reestruturar as
unidades educacionais da rede estadual, a partir da criação de salas regulares
bilíngues para estudantes surdos do Ensino Fundamental I e unidades pólo de
educação de surdos no Ensino Fundamental II e Ensino Médio.
§1º - Sala Regular Bilíngue do Ensino Fundamental I – Sala de ensino regular
onde os componentes curriculares de Base Nacional Comum Curricular serão
ministrados em Língua Brasileira de Sinais – Libras. O ensino da Libras será
incluído na parte diversificada do currículo e o ensino da Língua Portuguesa, na
modalidade escrita, deverá seguir a metodologia de ensino de segunda língua.

§ 2º - A sala regular bilíngues, Libras/Língua Portuguesa, são destinadas aos


alunos com surdez, surdez associada a outras deficiências, deficiência auditiva,
alunos ouvintes filhos de pais surdos, e ouvintes que tenham a Libras como língua
corrente no ambiente familiar, matriculados na educação infantil e nas séries
iniciais do ensino fundamental.
§ 3º - O currículo deve ser organizado em uma perspectiva visual-espacial,
embasado na semiótica imagética, contemplando também os aspectos culturais,
históricos e os direitos da comunidade surda.

§ 4º - A institucionalização das classes regulares bilíngues, os projetos


interdisciplinares de uso e difusão da Libras e o Atendimento Educacional
Especializado, conforme os preceitos da abordagem bilíngue na escolarização de
estudantes com surdez, deverão compor o Projeto Político Pedagógico da escola.

§ 5º - Para atuar na regência da sala regular de Ensino Fundamental I bilíngue


será exigido do profissional a Licenciatura em Pedagogia Bilíngue
Libras/Português ou Licenciatura em Pedagogia com domínio da Libras,
comprovado através de certificação e avaliação prática realizada pelo Centro de
Apoio ao Surdo - CAS.
§ 6º - Unidades Polo de Educação de Surdos no Ensino Fundamental II e Ensino
Médio que serão definidas de acordo com o zoneamento adotado pela SEE e
pelos Núcleos de Educação nos municípios, considerando a facilidade de acesso e
mobilidade de transporte público para a comunidade escolar.

§ 7º - As Unidades Polo de Educação de Surdos atuam como escolas de


referência para alunos com surdez, surdez associada a outras deficiências,
deficiência auditiva, alunos ouvintes filhos de pais surdos e ouvintes que tenham a
Libras como língua corrente no ambiente familiar, matriculados nos anos finais do
Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

Os projetos interdisciplinares de uso e difusão da Libras e a oferta do Atendimento


Educacional Especializado, a partir da abordagem bilíngue indicada aos
estudantes com surdez, deverão compor o Projeto Político Pedagógico da escola.

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