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1 Ano - I Bim - Aula 7 - Povos Pré-Cabralinos Da Amazônia

O documento aborda a arqueologia brasileira, focando na ocupação humana da Amazônia antes da chegada de Cabral, destacando a diversidade cultural e as práticas de subsistência dos povos indígenas. A pesquisa revela que esses grupos, que habitavam a região há mais de 11 mil anos, desenvolveram técnicas agrícolas e de manejo da terra, evidenciadas por vestígios arqueológicos como cerâmicas e aterros artificiais. Além disso, discute a importância da arqueologia na compreensão do passado e suas implicações para o presente.

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1 Ano - I Bim - Aula 7 - Povos Pré-Cabralinos Da Amazônia

O documento aborda a arqueologia brasileira, focando na ocupação humana da Amazônia antes da chegada de Cabral, destacando a diversidade cultural e as práticas de subsistência dos povos indígenas. A pesquisa revela que esses grupos, que habitavam a região há mais de 11 mil anos, desenvolveram técnicas agrícolas e de manejo da terra, evidenciadas por vestígios arqueológicos como cerâmicas e aterros artificiais. Além disso, discute a importância da arqueologia na compreensão do passado e suas implicações para o presente.

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2025_EM_V1

1 a História
Série
Povos pré-cabralinos
da Amazônia: a
natureza e os objetos
que contam histórias

1o bimestre Ensino
Aula 7 Médio
Conteúdos Objetivos

2025_EM_V1
● Arqueologia brasileira; ● Compreender como a Arqueologia e
a Etnologia investigam a alteração
● Agricultura (terra preta e
da paisagem pelo homem;
aterros artificiais), aldeias e
cerâmica da Amazônia. ● Analisar as funções de cerâmicas e
outros objetos para povos
amazônicos;
● Discutir de forma crítica as
concepções que partem do discurso
da “falta” (“sem escrita, Estado,
agricultura” etc.).
Para 3 minutos Arqueólogos

2025_EM_V1
começar trabalhando em um
sítio arqueológico

Arqueologia do lixo na sala de aula © Getty Images

Se observarmos o lixo que é produzido na sala de


aula, poderíamos obter muitas informações a respeito
da turma, da escola e da nossa sociedade! Em 2021, a
arqueóloga Eva
Becker usou uma
Que tipos de informações podemos concluir a pinça para retirar o
lixo das rachaduras
respeito de uma sala de aula de acordo com o lixo de um banco de
parque. “O que uma
que é produzido por ela? sociedade joga fora
revela muito sobre
ela”, explica Becker.

Reprodução – G1,
2024. Disponível em:
https://g1.globo.com/sp
/santos-regiao
Os arqueólogos examinam os
/noticia/2024/03/09/plas
restos de assentamentos humanos tico-e-o-residuo-mais-e
de tempos muito remotos para tirar ncontrado-nas-praias-d
conclusões sobre o modo de vida o-litoral-de-sp-revela-pe
squisa-confira-o-ranking
da sociedade daquela época. .ghtml
Link para PDF Mas a Arqueologia não é uma . Acesso em: 13 set.
ciência somente do passado, ela 2024.
pode dizer muito sobre a sociedade
Clique no link para acessar a crônica “O lixo”, de Luis de nossos dias ao levar em conta
Fernando Verissimo. as mudanças que ocorrem com o
passar do tempo.
Foco no Passeidade: estudo do passado real com base
naquilo que se apresenta, entendendo que o

2025_EM_V1
conteúdo passado não existe de forma independente do
presente. O passado não teria conteúdo, mas

Arqueologia seria uma posição no contexto histórico. (RICOEUR, 2012).

Arqueólogos não estudam o passado diretamente, mas analisam


o presente por meio de vestígios materiais que sobreviveram ao
tempo, como objetos, estruturas e restos orgânicos. Eduardo
Góes Neves destaca que essa distinção entre passado e
presente é essencial, pois os registros arqueológicos são
Góes Neves durante uma escavação arqueológica no rio
fragmentos descontextualizados, não oferecendo uma visão Unini, estado do Amazonas, Brasil
precisa do que ocorreu. Ao contrário de algumas das fontes Reprodução – EDUARDO KAZUO TAMANAHA/WIKIMEDIA
históricas, que são intencionalmente produzidas e COMMONS, 2011. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_G%C3%B3es_Neves#/media/F
frequentemente carregam a perspectiva de quem as criou, os icheiro:Eduardo_G%C3%B3es_Neves.jpg
. Acesso em: 13 set. 2024.
registros arqueológicos são, em sua maioria, acidentais e
involuntários, refletindo apenas parte da realidade de épocas
passadas. A Arqueologia busca entender as culturas antigas por Arqueólogas e arqueólogos normalmente se
defrontam com contextos repletos de ruídos,
meio desses vestígios materiais, que incluem desde lascas de
aos quais tentam impor algum sentido, como
pedra e cacos de cerâmica até coprólitos (fezes fossilizadas). A se estivessem lendo um livro velho sem
principal característica do registro arqueológico é sua natureza capa, com páginas arrancadas e nem
híbrida, pois ele envolve a inter-relação entre cultura material, sempre numeradas, cheias de anotações e
comportamento humano e cognição. Longe de ser um registro rabiscos, cuja ordem se foi alterando com o
preciso do que ocorreu ali no passado, como “passeidade”, é tempo.”
algo ausente e também anterior ao presente; simultaneamente, (NEVES, 2022)
aquilo que foi e aquilo que não é mais. (NEVES, 2012).
Foco no

2025_EM_V1
conteúdo
Arqueologia brasileira
O estudo das populações antigas sem escrita,
também conhecida como arqueologia pré-cabralina,
pode revelar detalhes obscuros e surpreendentes
sobre o passado e seus habitantes. Os vestígios
arqueológicos demonstram que a ocupação humana
da Amazônia é tão antiga quando as demais áreas
sul-americanas, entre o Pleistoceno e o Holoceno,
cerca de 11 mil anos atrás. Evidências como essas
mostram que, diferentemente do que se acreditava,
não houve impedimentos à ocupação da floresta
tropical por grupos que não tinham a agricultura como
prática principal. As diversas áreas da floresta
foram, ao longo dos milênios, densamente povoadas,
sem a prevalência de uma única tradição cultural, Macroformas de relevo da América do Sul. Fonte: ROSS, J.
L. S. Compartimentação do relevo da América do Sul.
conforme demonstra a diversidade das tecnologias de Revista Brasileira de Geografia. v. 61, n. 1, p.21-58, 2016,
p. 49. Adaptado.
pedra lascada.
Disponível em: https://rbg.ibge.gov.br/index.php/rbg/article/view/28.
(SHOCK; MORAES, 2019). Acesso em: 26 ago. 2024.
Foco no

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conteúdo
A ocupação humana da Amazônia Devido à pobreza dos solos em nutrientes e à escassez da
proteína animal aquática (com exceção das planícies
aluviais dos grandes rios amazônicos, conhecidas como
várzeas), os modos de vida caçadores-coletores nômades
teriam prevalecido na região.
Sob uma perspectiva econômica, as sociedades antigas da
Amazônia não podem ser rigidamente categorizadas como
“caçadores-coletores” ou “agricultores”. Pelo contrário, ao
que parece, esses povos desenvolveram estratégias
flexíveis, alternando entre diferentes formas de subsistência.
Quando da chegada dos invasores europeus, a Amazônia
era densamente povoada por diversos grupos, que ao longo
de muito tempo vinham transformando o território por meio
de técnicas de caça e coleta, domesticação de espécies
vegetais, produção cerâmica e práticas funerárias.
Retrato de um grupo de jovens homens Awá enquanto posam
com seus arcos e flechas de caça, na Terra Indígena Caru, Juriti, Estima-se que 60% da floresta teria surgido a partir do
Maranhão, Brasil, 2017. Os Awá, um dos grupos indígenas que
permanecem isolados, estão sob forte ameaça de extinção pelos manejo realizado por povos indígenas antigos. Isso significa
madeireiros na Amazônia, sendo considerados uma das tribos que plantas foram tiradas do seu ambiente natural e
mais ameaçadas do mundo
cultivadas em outro local, de forma a serem úteis aos grupos
© Getty Images
humanos. (MAGALHÃES, 2016).
Foco no

2025_EM_V1
conteúdo

Caçadores-coletores e agricultores
As populações indígenas da Amazônia
demonstravam um profundo conhecimento sobre o
ambiente, combinando caça-coleta com agricultura.
Os grupos humanos transitavam pelo território de
maneira estratégica: em determinadas estações do
ano, assentavam-se, construíam moradias
temporárias e cultivavam alimentos, como a
mandioca. Nas várzeas do rio Amazonas e de seus
afluentes, grandes sítios arqueológicos, associados
à “terra preta de índio” – solos escuros e altamente
férteis – evidenciam a atividade agrícola intensiva. Distribuição geográfica dos principais sítios arqueológicos identificados
na Amazônia brasileira
Quando mortos, habitantes locais eram enterrados
Reprodução – DC KERN/RESEARCHGATE, [s.d.]. Disponível em:
em montes de conchas, cujos compostos ajudaram https://www.researchgate.net/figure/Distribuicao-geografica-dos-principais-sitios-arqu
eologicos-identificados-na-Amazonia_fig1_265379637
a preservar parcialmente seus ossos. O acúmulo de . Acesso em: 13 set. 2024.
resíduos orgânicos e a sua carbonização devido ao uso do fogo produziram solos de elevada
fertilidade, ricos em nutrientes como nitrogênio, potássio e fósforo, essenciais para a agricultura.
O contraste com os solos adjacentes demonstra sua origem antrópica (humana).
Foco no

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conteúdo
“Mover terra para gerenciar água”
A expressão acima, criada pela antropóloga Denise Pahl
Schaan, explica uma característica evidente deixada pelas
populações antigas da Amazônia, os chamados “tesos”,
montículos ou aterros artificiais.

São estruturas circulares ou semicirculares com elevações


Teso dos Bichos, sítio arqueológico de Camutins – Ilha do
de altura variada, podendo chegar a cerca de 3 metros, que Marajó, 2022
se destacam na paisagem dos sítios arqueológicos. Reprodução – ELILOPES/WIKIMEDIA COMMONS, 2022. Disponível
A presença de sepultamentos levou à hipótese de que em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_de_Teso_dos_Bichos
#/media/Ficheiro:Teso_dos_Bichos_-_S%C3%ADtio_arqueol%C3%B3gico_C
essas estruturas poderiam ter um caráter funerário. amutins_-_ilha_do_Maraj%C3%B3.png
. Acesso em: 13 set. 2024.

Construídos acima da linha d’água durante as cheias dos rios, essas estruturas serviam como plataformas
de prevenção de enchentes.
Os habitantes da região removiam lama do leito das lagoas temporárias após as inundações e amontoavam
esse material com ossos, cerâmica e terra preta, em posições estratégicas, seguindo o curso dos rios.
Esse gerenciamento hídrico também garantia o suprimento contínuo de peixes, pois os tesos funcionavam
como “ralos” que represavam uma quantidade significativa de alevinos (“peixes filhotes”), servindo como
reserva de pescado durante a estação seca. (SCHAAN, 2018).
1 minuto

2025_EM_V1
Pause e
responda
Os montes de terra e aterros artificiais conhecidos
como “tesos” eram construídos pelos antigos
povos indígenas com que finalidade?

Prevenção contra enchentes e Armazenamento de água e de


represa de peixes. alimentos.

Forma de demarcação
Depósitos de lixo orgânico.
territorial.
2025_EM_V1
Correção
Pause e
responda
Os montes de terra e aterros artificiais conhecidos
como “tesos” eram construídos pelos antigos
povos indígenas com que finalidade?

Prevenção contra enchentes e Armazenamento de água e de


represa de peixes. alimentos.

Forma de demarcação
Depósitos de lixo orgânico.
territorial.
Foco no

2025_EM_V1
conteúdo

Os povos ceramistas
Na região amazônica, no estado do Pará,
encontramos vestígios cerâmicos datados
de cerca de 5000 a.C., sendo considerados
os mais antigos das Américas.
Embora muitas vezes associada ao
desenvolvimento da agricultura, a cerâmica
era produzida por alguns povos caçadores-
coletores, tendo muitos dos objetos
produzidos mais uma utilidade prática
cotidiana (como potes, vasos, panelas e
peças para servir líquidos), que de O mapa indica as áreas onde estão concentrados os diversos complexos cerâmicos
da Pan-Amazônia.
processamento e armazenamento de Reprodução – OLIVEIRA, 2024. Disponível em:
https://portalamazonia.com/cultura/fragmentos-de-ceramica-compoem-empreitada-coletiva-na-busca
comida. -de-entender-passado-da-amazonia/
. Acesso em: 13 set. 2024.
A partir desses vestígios materiais, foi possível descobrir que, na região amazônica, formaram-se
grandes nações indígenas que reuniam milhares de indivíduos, constituindo “cacicados”, que
desenvolveram técnicas de manejo da terra, modificaram a natureza e desenvolveram sociedades
hierarquizadas que mantinham redes de comércio, em alguns casos.​
Foco no Cerâmica Santarém. Vaso antropomorfo cerimonial que
representa uma figura feminina sentada, com pernas infletidas,

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conteúdo totalmente recoberta por pintura corporal com motivos
geométricos em preto e vermelho sobre fundo branco. Cerca de
1.000 a 1.400 d.C.

As culturas Santarém e Marajoara Reprodução – MUSEU NACIONAL, [s.d.]. Disponível em:


https://www.museunacional.ufrj.br/dir/exposicoes
/arqueologia/arqueologia-brasileira/arqbra018.html. Acesso em:
13 set. 2024.
Além de fins utilitários, algumas cerâmicas tinham propósitos cerimoniais,
como as urnas funerárias.
Destacam-se as culturas Santarém e Marajoara, que habitaram o atual
município de Santarém e a Ilha de Marajó, respectivamente. Esses povos
criaram cerâmicas originais e bem elaboradas, com pinturas e esculturas.
A produção sofisticada de cerâmica apresenta peças
Urna funerária com pintura em
modeladas em forma humana e grafismos geométricos. A vermelho sobre fundo branco,
apresenta o corpo profusamente
complexidade técnica e a existência de objetos de valor no decorado pela técnica da excisão, com
interior das urnas indicam que essas sociedades eram variações em torno da figura humana
estilizada e de motivos geométricos.
hierarquizadas. Urnas funerárias elaboradas como
esta, em geral contendo objetos de
Os objetos cerimoniais produzidos incluíam recipientes prestígio em seu interior,
provavelmente destinaram-se a
decorados, urnas funerárias e estatuetas com forma de seres indivíduos de status social diferenciado
na sociedade Marajoara. Ilha de
humanos (antropomórficas) e de animais (zoomórficas).​ Marajó, 400 a 1400 d.C.
Os santarenos criaram cerâmicas com pinturas, desenhos em Reprodução – MUSEU NACIONAL,
[s.d.]. Disponível em:
relevo e esculturas que eram moldadas separadamente e https://www.museunacional.ufrj.br/dir/
exposicoes
aplicadas nas bordas dos vasos. Já os marajoaras /arqueologia/arqueologia-brasileira/arq
bra010.html
produziram objetos de cerâmica enfeitados com pinturas em . Acesso em: 13 set. 2024.

preto e vermelho sobre um fundo branco.​


Na prática 25 minutos

2025_EM_V1
Estudando sobre os povos pré-cabralinos

Dividam-se em grupo com quatro integrantes. Cada integrante do grupo realizará uma das
quatro atividades presentes no livro.
1. Descrição estratigráfica;
2. Explicação: como os indígenas lidavam com as cheias dos rios e de que maneira
seus conhecimentos poderiam ajudar a prevenir crises ambientais?
3. Perguntas sobre cerâmicas;
4. Argumentação sobre o povoamento da Amazônia.

Em seguida, vocês discutirão sobre os resultados apresentados aos demais integrantes do


grupo.
Na
Atividade 1

2025_EM_V1
prática Veja no livro!

1. Leia com atenção a citação abaixo, extraída da obra Sob os tempos do


equinócio – Oito mil anos de história na Amazônia Central, do arqueólogo
paulista Eduardo Góes Neves:

[...] Vale a pena recuar no tempo e imaginar uma comunidade [...] ocupada ao redor do ano 1.000 DC em algum lugar da Amazônia
brasileira.
[...] Os habitantes dessa comunidade podem ter empilhado o solo para construir aterros sobre os quais erguiam suas casas. Em
alguns casos, tais aterros eram dispostos em estruturas circulares, circundando um pátio interno. As casas construídas eram de palha
e madeira, assim como a maior parte dos objetos que nelas se guardavam, com exceção dos vasos de cerâmica e eventuais artefatos
de pedra. [...]
A produção de lixo orgânico, como restos de carvão, ossos de animais, sementes, folhas etc., lentamente depositado nos fundos
das casas promoveu mudanças lentas na coloração e composição química do solo, que aos poucos se ia escurecendo e adquirindo
um pH menos ácido.
Imaginemos que essa comunidade foi ocupada durante dois séculos e que, ao longo do processo de ocupação, novos aterros foram
sendo construídos, casas foram reconstruídas e mais lixo foi depositado. Um belo dia, por alguma razão desconhecida, a aldeia é
abandonada e, quase que instantaneamente, o mato começa crescer nos locais que eram anteriormente de habitação e trânsito.
Frutificam algumas das sementes jogadas nos quintais das casas, continuam crescendo as árvores plantadas pelos antigos
moradores e aos poucos uma espessa mata de capoeira se forma, recobrindo os objetos abandonados na superfície. Esses objetos,
se feitos de palha, pluma ou madeira vão aos poucos apodrecendo enquanto os de cerâmica ou pedra podem até se quebrar, mas
dificilmente irão se decompor.
[...] Após essa longa estória chegam, por fim, os arqueólogos e o que encontram está longe de ser um registro preciso sobre o que
ocorreu ali no passado.”
NEVES, E. G. Sob os tempos do equinócio: oito mil anos de história na Amazônia Central. São Paulo:
Ubu Editora, 2022. p. 20-21.
Na Em 1979, R. Crumb criou A short history of
Atividade 1

2025_EM_V1
prática Veja no livro! America, que retrata o crescimento dos
Estados Unidos da natureza pastoril à
decadência urbana. O desenho foi publicado
Por meio do trabalho, o ser humano transforma a natureza ao seu originalmente em um desdobramento
do Whole Earth catalog chamado CoEvolution
redor para obter os recursos de que necessita para sua sobrevivência, quarterly n. 23. Anos depois, Crumb adicionou
colhendo, plantando, caçando, construindo abrigos, trilhas etc. mais três painéis para mostrar possíveis
futuros americanos: The fun future (O futuro
1. Observe a imagem abaixo. De acordo com o exemplo apresentado divertido), The ecological disaster (O desastre
ecológico) e The ecotopian solution (A solução
no slide anterior, realize uma descrição estratigráfica dela, isto é, “ecotópica”) em tradução livre.
dos diferentes níveis de ocupação humana em uma mesma localidade
e das transformações ocorridas ao longo do tempo. Reprodução – INTERNET ARCHIVE, 2023.
Disponível em: https://archive.org/details
/sim_whole-earth_coevolution-quarterly_fall-1979_23/
page/20/mode/2up. Acesso em: 13 set. 2024.
Na Ilustração de tesos marajoaras,
Atividade 2

2025_EM_V1
prática Veja no livro! construídos para a sobrevivência
destas sociedades nas cheias
2. Observe as imagens abaixo. À esquerda, temos uma ilustração anuais. Observe o aproveitamento
representando o padrão dos tesos marajoaras. À direita, o registro dos recursos hídricos para
a formação de uma pequena
fotográfico do Teso dos Bichos, localizado no sítio arqueológico de represa que servia, inclusive, para
Camutins, na ilha de Marajó (estado do Pará), em dois momentos distintos a criação de peixes para a
do ano: o período de seca e a estação das cheias. alimentação

Reprodução - SCHAAN, 2009. Reprodução - SCHAAN, 2009. Reprodução - SCHAAN, 2009.

Em 2024, o Rio Grande do Sul foi assolado por inúmeras enchentes que devastaram diversos municípios do estado.
Em 2021, as regiões sul da Bahia e norte de Minas Gerais também foram assoladas por enchentes e deslizamentos
de terra. Diante de fenômenos como esses, levantou-se o debate acerca dos impactos da ação humana para as
mudanças no clima e a ocorrência de eventos climáticos extremos.
Como vimos, os povos indígenas realizaram modificações na natureza ao longo dos milhares de anos que ocuparam
o território amazônico. Diante disso, explique: como os indígenas lidavam com as cheias dos rios e de que
maneira seus conhecimentos poderiam ajudar a prevenir crises ambientais?
Na
Atividade 3

2025_EM_V1
prática Veja no livro!

3. Observe os objetos em cerâmica produzidos pela cultura


marajoara (400 a 1400 d.C.), na Ilha de Marajó (PA):

Imagem 1: Tangas. Imagem 2: Urna cerimonial. Imagem 3: Urna funerária.


Reprodução – MUSEU NACIONAL, [s.d.]. Disponível em: Reprodução – MUSEU NACIONAL, [s.d.]. Disponível em: Reprodução – DADEROT/WIKIMEDIA
https://www.museunacional.ufrj.br/dir/exposicoes https://www.museunacional.ufrj.br/dir/exposicoes COMMONS, 2012. Disponível em:
/arqueologia/arqueologia-brasileira/arqbra008.html. Acesso em: 13 /arqueologia/arqueologia-brasileira/arqbra009.html. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Buri
set. 2024. Acesso em: 13 set. 2024. an_urn,_AD_1000-1250,_Marajoara_culture
_-_AMNH_-_DSC06177_b.jpg
. Acesso em: 13 set. 2024.
Na
Atividade 3

2025_EM_V1
prática Veja no livro!

● Imagem 1: retrata as chamadas “tangas marajoaras”, pintadas com padrões decorativos que
informavam à sociedade sobre a identidade da moça, a qual carregava na vestimenta
aqueles símbolos próprios de sua família, representando de maneira estilizada e geométrica
faces humanas ou partes de animais.
● Imagem 2: trata-se de uma urna cerimonial que apresenta a superfície totalmente recoberta
por decoração feita por excisão (remoção de partes), em padrões geométricos e
representações de seres híbridos que misturam características antropomorfas e zoomorfas.
● Imagem 3: representação da figura humana como estatueta que serve como urna funerária,
um aspecto que, por sua recorrência, parece ter tido particular relevância na cosmologia
marajoara.
Agora, responda:​
a) A cerâmica com padrões geométricos das imagens 1 e 2 sugere algum significado
especial? Como esses desenhos podem refletir aspectos da cosmologia ou da estrutura
social dos povos que a criaram?​

b) Qual é a provável função ritual ou simbólica da cerâmica antropomórfica da imagem 3?


Como sua forma e sua estética podem estar ligadas a práticas culturais ou crenças
específicas?
Na
Atividade 4

2025_EM_V1
prática Veja no livro!

4. O arqueólogo paulista Eduardo Góes Neves chamou de “princípio da


incompletude” uma forma persistente de anacronismo no tratamento da história
da ocupação humana da Amazônia e de seus povos contemporâneos.
De acordo com o autor, os textos produzidos com base nesse princípio estão
pautados pela “ideia de que algo sempre faltou à Amazônia e seus povos: a
agricultura, o Estado, a história, as cidades, a escrita, a ordem e o progresso”
(2022).

Diante disso, a partir do que foi estudado, argumente de que maneira os


estudos arqueológicos demonstram que, ao contrário da ausência, a
história dos povos pré-cabralinos amazônicos foi marcada, sobretudo, pela
presença humana significativa na região ao longo de muitos séculos.

Argumente citando o quanto os registros da cultura material e as


evidências de alteração do espaço físico e da geografia da floresta
demonstram a dimensão dessa presença humana na região da Amazônia.
Na prática

2025_EM_V1
Resolução

1. Observe a imagem abaixo. De acordo com o exemplo apresentado no slide anterior,


realize uma descrição estratigráfica dela, isto é, dos diferentes níveis de ocupação
humana em uma mesma localidade e das transformações ocorridas ao longo do
tempo.
No princípio, existia apenas a floresta. Com o passar do tempo, uma linha férrea foi
construída para permitir o transporte de pessoas e mercadorias de um lugar para outro.
Casas começaram a surgir, e, à medida que a tecnologia avançava, postes foram instalados
para levar energia elétrica às residências. Novas ruas foram abertas e asfaltadas para
acomodar o tráfego de carros. Mais e mais pessoas buscaram aquele lugar para viver, o que
resultou na expansão do número de casas, veículos e todas as comodidades necessárias
para os moradores. Na penúltima cena, percebemos que não há mais elementos naturais,
apenas estruturas criadas pelo ser humano para atender às suas necessidades; enquanto na
última é apresentado um cenário de desolação e abandono, evidenciando a transitoriedade
das sociedades humanas.
Na prática

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Resolução

2. Observe as imagens abaixo. À esquerda, temos uma ilustração representando o


padrão dos tesos marajoaras. À direita, o registro fotográfico do Teso dos Bichos,
localizado no sítio arqueológico de Camutins, na ilha de Marajó (estado do Pará), em
dois momentos distintos do ano: o período de seca e a estação das cheias.
Os indígenas da Amazônia tinham uma relação profunda com os rios e suas enchentes,
sabendo como utilizar esses ciclos naturais para a pesca e a fertilização do solo. Durante as
cheias, os rios inundavam as áreas de várzea, razão pela qual os grupos humanos
construíam montes de terra. Eles visavam estabelecer suas habitações no alto dos montes, e
assim ficavam protegidos durante a época das enchentes. O conhecimento indígena do
clima e da topografia poderia ser utilizado de maneira a respeitar os ciclos naturais das
águas e a existência de áreas de alagamentos, as várzeas, quando da realização de
construções nas proximidades dos rios e do estabelecimento de planejamentos urbanos
sustentáveis.
Na prática

2025_EM_V1
Resolução

3. a) A cerâmica com padrões geométricos das imagens 1 e 2 sugere algum significado


especial? Como esses desenhos podem refletir aspectos da cosmologia ou da
estrutura social dos povos que a criaram?​
Espera-se que identifiquem que a existência de uma produção cerâmica como as peças apresentadas
demonstra rigor artístico e estilístico, evidenciando o domínio de técnicas e conhecimentos específicos
de produção. Fatores como esses são indicativos da existência de rituais e significados simbólicos para
essa sociedade, dados o tempo de produção e o cuidado com os detalhes que estão envolvidos,
diferente de uma peça que tinha mero significado prático e era descartável. É possível que as tangas
femininas estivessem associadas às cerimônias de passagem da puberdade para a idade adulta das
meninas. E, dada a variedade de padrões geométricos encontrados, pode-se inferir que cada um deles
tinha ligação com as famílias a que pertenciam suas usuárias. Da mesma forma, os desenhos na urna
funerária podem indicar alguma ligação familiar. Ao apresentar inúmeros detalhes na sua composição, a
urna é indicativa de que os restos mortais ali depositados pertenciam a pessoas que desempenhavam
um papel importante naquela sociedade e por isso deveriam ser prestigiadas. Igualmente, o cuidado
com os restos mortais pode ser um sinal da existência de crenças em vida após a morte.
Na prática

2025_EM_V1
Resolução

3. b) Qual é a provável função ritual ou simbólica da cerâmica antropomórfica da


imagem 3? Como sua forma e sua estética podem estar ligadas a práticas culturais ou
crenças específicas?
Esta questão tem por objetivo que analisem a urna funerária e identifiquem que os indígenas possuíam
crenças relacionadas à morte. Buscavam caracterizar a identidade do ente falecido ou símbolos que
acreditavam ser importantes. A obra representa uma pessoa com o corpo ricamente decorado, o que,
aliado ao fato de geralmente existirem objetos de valor em seu interior, sugere que essas urnas eram
destinadas a indivíduos de elevado status social na sociedade Marajoara.
Na prática

2025_EM_V1
Resolução
4. Nesta questão, deve-se argumentar que a ocupação humana na Amazônia foi marcada por uma presença
significativa ao longo de milhares de anos e que deixou diversas marcas. Podem ser citados exemplos como:
• a existência de vestígios arqueológicos que remontam ao final do período Pleistoceno e o início do Holoceno, como
pedras lascadas;
• a presença de plantas e árvores não nativas da região que indicam a atividade antrópica de plantio;
• as várias áreas em que é encontrada a chamada “terra preta de índios”, composta por resíduos orgânicos e carvão,
utilizados para aumentar a fertilidade do solo;
• evidências de práticas agrícolas mescladas com a caça e a coleta, a partir do vestígio de sementes e da
domesticação de plantas como a mandioca;
• os vários aterros artificiais, chamados tesos, construídos como sistemas de prevenção contra enchentes e de
represamento de peixes;
• a ampla variedade de cerâmicas presentes, demonstrando o grau elevado de desenvolvimento técnico e a
diversidade cultural dos povos da Amazônia, que apresentam uso de determinados materiais na produção de
cerâmica que não são encontrados na região, indicando a existência de redes de trocas comerciais;
• a existência de cerimoniais funerários, evidenciados a partir da produção ceramista que aludem a aspectos da
organização social e da religiosidade desses povos, indicando a existência de complexos cacicados indígenas,
hierarquizados e densamente povoados.
Encerrament

2025_EM_V1
o

● De que maneira a cultura material


indígena pode revelar aspectos da vida
cotidiana das sociedades dos povos
que habitavam o que hoje chamamos de
Brasil?

● Como a Arqueologia pode nos ajudar a


entender a história pré-cabralina do
Brasil e a relação dos povos indígenas
de nossos dias com a floresta
Amazônica? Cultura Santarém. Vaso de gargalo com figuras antropomorfas e
zoomorfas, datado de 1000 a 1400 d.C.

Reprodução – DORNICKE/WIKIMEDIA COMMONS, 2015 Disponivel em:


https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cultura_Santar%C3%A9m_-_Vaso_de_g
argalo_MN_01.jpg
. Acesso em: 13 set. 2024.
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Aprofundando
A seguir, você encontra uma seleção de exercícios extras,
que ampliam as possibilidades de prática, de retomada e
aprofundamento do conteúdo estudado.
Aprofundan

2025_EM_V1
do
(ENEM 2018 — Adaptado) As duas imagens
são produções que têm a cerâmica como
matéria-prima. A obra Estrutura vertical dupla
se distingue da urna funerária marajoara ao:

A evidenciar a simetria na
disposição das peças.

B materializar a técnica sem


função utilitária.

C abandonar a regularidade na
composição.

D anular possibilidades de
leituras afetivas.

E integrar o suporte em sua


constituição.
Aprofundan

2025_EM_V1
do Correção
(ENEM 2018 — Adaptado) As duas imagens são
produções que têm a cerâmica como matéria-prima.
A obra Estrutura vertical dupla se distingue da urna
funerária marajoara ao:

A evidenciar a simetria na
disposição das peças.

B materializar a técnica sem


função utilitária.

C abandonar a regularidade
na composição.

D anular possibilidades de
leituras afetivas.

E integrar o suporte em sua


constituição.
Aprofundando

2025_EM_V1
Resolução

b) materializar a técnica sem função utilitária.

A obra de arte em nossa sociedade sofreu influência de um sistema de crenças que, embora
não predominante atualmente, buscou diferenciar aquelas obras que seriam consideradas
"artes maiores", caracterizadas por uma criação cuja finalidade primordial é estética,
daquelas chamadas "artes menores", associadas à funcionalidade, como o artesanato. No
entanto, a arte marajoara não foi influenciada por essa concepção e, portanto, não produz
obras que dissociam hierarquicamente a funcionalidade da expressão estética.
Aprofundan Inovação de antigos agricultores indígenas aumenta a biodiversidade da Amazônia.
Disponível em:. http://portal.unemat.br, acesso em: 17 jun. 2020. (adaptado)

2025_EM_V1
do
(UEA 2020) ”A inovação dos antigos agricultores para melhorar a fertilidade do solo continua a ter um impacto na biodiversidade da
Amazônia mesmo após milhares de anos. As áreas com a chamada “terra preta de índio”, denominação regional na Amazônia para solos
que apresentam horizontes superficiais escuros, têm um conjunto diferente de espécies de árvores, contribuindo para um ecossistema
com maior diversidade.”
De acordo com o excerto, a “terra preta de índio” é um tipo de solo formado pela ação:​

A geológica, que resulta da deposição de rochas sedimentares e basalto ao longo de
milhares de anos.

B antrópica, que corresponde à deposição de adubos químicos que dão coloração escura
para o solo.

C antrópica, que corresponde ao acúmulo de resíduos orgânicos e ao uso do fogo praticados


por povos pré-colombianos.

D geológica, que resulta da alteração das rochas provocada pelo intemperismo na camada
superior da crosta terrestre.

E natural, que resulta da presença de serrapilheiras sedimentadas no solo após a formação


da floresta Amazônica.
Aprofundan Inovação de antigos agricultores indígenas aumenta a biodiversidade da Amazônia. Disponível
em:. http://portal.unemat.br, acesso em: 17 jun. 2020. (adaptado)

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do
Correção (UEA 2020) ”A inovação dos antigos agricultores para melhorar a fertilidade do solo continua a ter um impacto na biodiversidade
da Amazônia mesmo após milhares de anos. As áreas com a chamada “terra preta de índio”, denominação regional na Amazônia para solos
que apresentam horizontes superficiais escuros, têm um conjunto diferente de espécies de árvores, contribuindo para um ecossistema com
maior diversidade”.
De acordo com o excerto, a “terra preta de índio” é um tipo de solo formado pela ação:​

A geológica, que resulta da deposição de rochas sedimentares e basalto ao longo de
milhares de anos.

B antrópica, que corresponde à deposição de adubos químicos que dão coloração


escura para o solo.

C antrópica, que corresponde ao acúmulo de resíduos orgânicos e ao uso do fogo


praticados por povos pré-colombianos.

D geológica, que resulta da alteração das rochas provocada pelo intemperismo na


camada superior da crosta terrestre.

E natural, que resulta da presença de serrapilheiras sedimentadas no solo após a


formação da floresta Amazônica.
Aprofundando

2025_EM_V1
Resolução

c) antrópica, que corresponde ao acúmulo de resíduos orgânicos e ao uso do fogo


praticados por povos pré-colombianos.

O desenvolvimento da "terra preta de índio" – solos escuros e altamente férteis, ricos em


nutrientes como nitrogênio, potássio e fósforo, essenciais para a agricultura – tem origem
antrópica, ou seja, foi criado pela ação humana. Esse solo fértil resultou do depósito de
resíduos orgânicos, como restos de alimentos e materiais vegetais, frequentemente
associados a enterros, que foram carbonizados, enriquecendo o solo e preservando
parcialmente os ossos enterrados em montes de conchas.
Referências

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AMORIM, L. B. de. Cerâmica marajoara: A comunicação do silêncio. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi,
2010.
BARRETO, C.; LIMA, H. P.; BETANCOURT, C. J. (orgs.). Cerâmicas arqueológicas da Amazônia: Rumo a
uma nova síntese. Belém: IPHAN/Museu Paraense Emílio Goeldi, 2016.
FAUSTO, C. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA
(INEP). Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), Prova De Ciências Humanas E Suas Tecnologias,
2018. 1o dia, Prova Amarela, Questão 25. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2018/1DIA_02_AMARELO_BAIXA.pdf. Acesso
em: 27 set. 2024.
LINHARES, A. M. A. Um grego agora nu: índios marajoara e identidade nacional brasileira. Curitiba: CRV,
2017.
MARTINS, C. P.; SCHAAN, D.; SILVA, W. F. da V. e. Arqueologia do Marajó das florestas. In: SCHAAN, D.;
MARTINS, C. P. (orgs.). Muito além dos campos. Arqueologia e História na Amazônia marajoara. Belém: GK
Noronha, 2010.
MAGALHÃES, Marcos Pereira (Ed.). Amazônia antropogênica. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi,
2016, p. 315.
NEVES, E. G. Arqueologia da Amazônia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
Referências

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NEVES, E. G. Sob os tempos do equinócio: oito mil anos de história na Amazônia Central. São Paulo: Ubu
Editora, 2022.
NEVES, E. G. Sob os tempos do equinócio: oito mil anos de história na Amazônia Central (6.500 AC—1.500 DC).
Tese apresentada para Concurso de Título de Livre-Docente. Universidade de São Paulo, 2012, p. 5.
RICOEUR, P. A marca do passado. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of
Historiography, Ouro Preto, v. 5, n. 10, p. 329–349, 2012, p.330, nota 1.
ROOSEVELT, A. C. Arqueologia amazônica. In: CUNHA, M. C. da. História dos índios no Brasil. São Paulo:
Companhia das letras/Secretaria Municipal de Cultura/FAPESP, 1992.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista: etapa Ensino Médio. São Paulo, 2020.
Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content
/uploads/2023/02/CURRÍCULO-PAULISTA-etapa-Ensino-Médio_ISBN.pdf. Acesso em: 12 ago. 2024.
SHOCK, Myrtle Pearl; MORAES, Claide de Paula. A floresta é o domus: a importância das evidências
arqueobotânicas e arqueológicas das ocupações humanas amazônicas na transição Pleistoceno/Holoceno. Boletim
do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 14, 2019, p. 264-271.
SCHAAN, D. Cultura marajoara. Rio de Janeiro: Senac, 2009.
Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Vestibular 2020. Acesso 2021:
https://s5.static.brasilescola.uol.com.br/vestibular/2021/06/provas-e-gabaritos-uea-2020-2021.pdf. Questão 25, p.10.
VERÍSSIMO, L. F. O Lixo. Wordpress, 2014. Disponível em: https://eloistein.wordpress.com/wp-content
/uploads/2014/10/lixo-lfv.pdf. Acesso em: 13 set. 2024.
Identidade visual: imagens © Getty Images
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Para professores
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2

Habilidade: (EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica,


diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para
se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal, e coletiva. (SÃO PAULO, 2020)
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3

Tempo: 3 minutos.

Dinâmica de condução: incentive os estudantes a expor suas respostas para a sala.

Expectativas de respostas: embalagens de alimentos nos sugerem quais são os hábitos


alimentares dos estudantes; folhas amassadas nos permitem tirar conclusões sobre os temas
estudados, a linguagem utilizada e as referências a produtos culturais; bilhetes podem indicar as
dinâmicas de grupo, os modos de se relacionar, os afetos e as angústias presentes. ​Assim, a
partir do que é considerado descartável, detritos, é possível tirar conclusões sobre a cultura,
seus padrões de consumo, de comportamentos, de lazer e outros hábitos.
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9

Tempo: 2 minutos.

Dinâmica de condução: professor, pergunte aos alunos e peça para que levantem as mãos
como forma de resposta às alternativas apresentadas.
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13

Tempo: 25 minutos.

Dinâmica de condução: professor, os estudantes farão a atividade de forma individual,


porém, por estarem em grupo, vão compartilhar os resultados de sua atividade. Caso algum
grupo fique com menos integrantes, é possível priorizar as perguntas na seguinte ordem de
importância: 4, 3, 1 e 2.

Expectativas de respostas: estão nos comentários dos respectivos slides de cada


pergunta.
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