0% acharam este documento útil (0 voto)
8 visualizações81 páginas

Tecnologia - Apontamento de Humanidade e o Futuro Isp Jean Piaget de Benguela

O documento aborda a relação entre técnica e tecnologia, definindo técnica como um conjunto de procedimentos para alcançar resultados e tecnologia como a aplicação prática do conhecimento científico. A evolução da tecnologia é discutida desde a antiguidade até a modernidade, destacando a dissociação entre técnica e indivíduo a partir do século XVI e as visões otimistas e pessimistas que surgiram ao longo do tempo. Além disso, o texto explora a dignidade humana e os direitos humanos, enfatizando que todos os direitos derivam da dignidade da pessoa e devem ser respeitados em todas as suas dimensões.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PPTX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
8 visualizações81 páginas

Tecnologia - Apontamento de Humanidade e o Futuro Isp Jean Piaget de Benguela

O documento aborda a relação entre técnica e tecnologia, definindo técnica como um conjunto de procedimentos para alcançar resultados e tecnologia como a aplicação prática do conhecimento científico. A evolução da tecnologia é discutida desde a antiguidade até a modernidade, destacando a dissociação entre técnica e indivíduo a partir do século XVI e as visões otimistas e pessimistas que surgiram ao longo do tempo. Além disso, o texto explora a dignidade humana e os direitos humanos, enfatizando que todos os direitos derivam da dignidade da pessoa e devem ser respeitados em todas as suas dimensões.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PPTX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 81

TÉCNICA E TECNOLOGIA

Apesar de o nosso tema falar das Novas


Tecnologias, expressão que se refere ao papel
da comunicação na moderna tecnologia da
informação, nós achamos por bem estender
mais o conceito, tratando da tecnologia no
geral. E, para termos um conhecimento mais
completo, juntamos também o conceito
Técnica.
Portanto, vamos abordar a técnica e
tecnologia juntas.
Técnica

• Técnica – procedimento que tem como


objectivo a obtenção de um deterninado
resultado, seja na ciência, na tecnologia, na
arte ou em qualquer outra área. Por outras
palavras, técnica é um conjunto de regras,
normas ou protocolos que se utiliza como
meio para chegar a uma certa meta.
Tecnologia
• Em termos gerais, tecnologia é a aplicação do
conhecimento científico aos objectivos
práticos da vida humana ou à mudança e
manipulação do ambiente. É o conjunto de
conhecimentos e princípios científicos que se
aplicam ao planeamento, à construção e à
utilização de um equipamento em um
determinado tipo de actividade.
Relação entre Técnica e Tecnologia
• Tecnologia é a técnica evoluída, que é fruto de
ideias oriundas do passado que ao longo dos anos
foram sendo modificadas e aprimoradas,
principalmente após 1970, início da terceira
Revolução Industrial, quando o conhecimento
científico e a pesquisa deram um salto gigantesco.
• A primeira Revolução Industrial foi marcada pela
transformação da técnica em tecnologia, ou seja,
tecnologia é a técnica evoluída.
• As discussões sobre as transformações
relacionadas à técnica remontam à época dos
antigos gregos. Porém, foi , a partir do século
XIX que o impacto relacionado aos avanços
tecnológicos começam a ganhar destaque.
Pouco a pouco a tecnologia foi sendo objecto
de interesse em diferentes áreas do
conhecimento, como por exemplo, na
Literatura.
• As palavras técnica e tecnologia possuem sua raiz no
verbo grego tictein, que significa criar, produzir. Os
gregos utilizavam a palavra para designar o
conhecimento prático que visava um fim concreto e,
combinada com logos (palavra, fala), diferenciavam um
“simples fazer” de um “raciocínio”. Klinge afirma que o
conceito de técnica aparece na obra “Metafísica”, de
Aristóteles, sob o termo téchne. Pode significar arte ou
ciência, o termo já mostra a preocupação do homem em
criar instrumentos para transformar a natureza,
defender -se e garantir a sobrevivência.
• De um modo geral, podemos dizer que a história da
técnica e da tecnologia inicia a partir do momento em
que os seres humanos passam a dominar a natureza e
transformá-la. De certa forma, o desenvolvimento da
técnica e tecnologia atravessa todas as etapas da
evolução humana, assim como seus desdobramentos.
• Neste sentido, podemos dizer que a tecnologia existe
desde a Pré-História, a partir do momento em que a
primeira roupa foi feita, ou a pedra foi utilizada para
aumentar a força de um golpe. Porém, neste período, a
tecnologia ainda não estava no centro da vida humana.
• Para Feenberg, o questionamento sobre a
tecnologia e sua função está na base da
filosofia ocidental, pois a filosofia começa a
interpretar o mundo em termos do facto
fundamental de que a humanidade é um tipo
de animal que trabalha constantemente para
transformar a natureza.
• De acordo com este autor, os gregos faziam uma
distinção entre physis e poiesis, onde o primeiro termo
está relacionado com a natureza que cria a si mesmo,
emerge de si mesmo. O segundo termo, por sua vez, é a
actividade de produzir algo, um ser criado, um artefacto.
Neste sentido, o termo téchne significa o conhecimento
que se associa à poiesis. Na visão grega, cada técnica
constitui um propósito e uma forma correcta de fazer as
coisas, Assim, para os gregos, a técnica é objectiva, não
subjectiva, pois há uma maneira certa de fazer algo, que
independe da opinião ou vontade do artesão.
• Feenberg ainda aponta uma outra distinção feita pelos
antigos gregos, a ideia de existência e essência: a
existência responde à pergunta se algo é ou não; em
contrapartida, a essência pergunta o que a coisa é.
Para o autor, em relação à poiesis, a distinção entre
essência e existência é clara, pois uma coisa existe
primeiramente como ideia (essência), para depois
existir pela fabricação humana (existência). Porém, em
relação à physis, a diferença entre essência e existência
não é tão óbvia, pois emergem juntas, não parecem ter
uma existência separada.
• Na Idade Média, o termo grego techné foi substituído pelo
termo latino ars, mas mantendo o mesmo sentido. A partir
do século XVI, a questão da técnica vai adquirir um novo
significado.
• Na verdade, enquanto por um lado se continua a
desenvolver em directa relação a pessoa humana, por
outro começa a aparecer uma mentalidade que considera a
técnica – em certo sentido as ciências experimentais-como
o foco central, considerado o método no qual se define
como única fonte segura de conhecimento da realidade, e
no fundo como a solução para todos os problemas do ser
humano.
• Essa dissociação entre os seres humanos e a técnica vai definir as
concepções sobre a técnica que vão predominar na modernidade.
Entre alguns autores, vai predominar uma visão optimista, em
alguns casos até utópica em relação à técnica, entre outros, uma
visão pessimista ou até fatalista sobre a mesma.
• Para Bernan a modernidade começa no século XVI e vai até ao
XVIII. De acordo com ele, a modernidade é uma experiência
compartilhada por homens e mulheres em todo mundo. Porém, ao
mesmo tempo que a modernidade pode causar alegria e
entusiasmo, pode também destruir tudo que somos e conhecemos.
Ela é, assim, dialéctica em sua essência, pois, ao mesmo tempo que
une a espécie humana e rompe as fronteiras geográficas, também
nos mantém em um estado de angústia e insegurança.
• A reflexão sobre a técnica aparece com os renascentistas tardios,
como René Descartes (1596-1650) e Francis Bacon (1561-1626),
sendo que este último concebia a técnica como algo que poderia
contribuir para o desenvolvimento e bem-esta da humanidade.
Freenberg destaca que , para Descartes, o domínio sobre a
natureza correria através do conhecimento das ciências. Já para
Bacon, conhecimento é poder. Ainda para este autor, no contexto
moderno, a tecnologia é puramente instrumental, isenta de
valores, servem como meios e metas subjectivas que nós
escolhemos a nosso bel prazer. Esta concepção trata a natureza
como matéria-prima, como algo que espera a transformação pelo
homem. Em outras palavras, está aí para servir a propósitos
humanos.
• Se até ao século XVIII, a mentalidade
tecnologista vai estar ligada a uma postura
optimista em relação à tecnologia, a partir do
século seguinte, influenciadas pelas mudanças
sociais e económicas oriundas da Revolução
Industrial, percebemos abordagens com
ênfase nos aspectos negativos da tecnologia.
Técnica e tecnologia a partir do século XIX

• A partir deste século, a técnica começou a ser vista como um


problema social e incitou reflexões sobre sua natureza e
consequências para a humanidade. Esta visão da técnica criou um
paradoxo na sociedade moderna, pois o mundo não vai mais ser
compreendido teteologicamente, conforme a concepção dos
gregos, mas de forma mecanicista.
• No início do XX, evidencia-se uma preocupação ainda maior
acerca do desenvolvimento tecnológico. Este pessimismo,
segundo Klinge, teve eco na literatura. George Orwell, por
exemplo, a tecnologia é vista como reflexo do autoritarismo
político e a técnica vista como instrumento do poder e de
dominação a serviço do totalitarismo, o que reflecte o
pessimismo desse período.
• Berman vai apontar outra linha de pensamento no
limiar do XX, este excessivamente optimista em
relação à tecnologia, ao qual ele chamou de
futuristas. A tradição futurista exaltava a máquina,
mas se preocupava muito pouco com a relação entre
homem e a máquina.
• Para Klinge, após a década de 1960, a revolução
tecnológica pode levar à ideia de que a tecnologia
pode representar a resolução de todos os problemas
de ordem social, política, económica ou educacional.
Entre tecnófilos e tecnófobos

• Segundo Klinge, tanto os tecnófobos quanto os tecnófilos


colocam a tecnologia no centro de tudo, o primeiro com
optimismo, o segundo com pessimismo. Ainda de acordo
com ele, estas duas posições colocam barreiras a uma
melhor compreensão do fenómeno tecnológico e seus
reflexos na sociedade. Talvez seja possível utilizar este
dualismo como forma de representar, por um lado,
aparece a de professores eufóricos com a inserção das
tecnologias educacionais no âmbito escolar, e , por outro
lado, a gama de professores resistentes à ideia de utilizar
estas tecnologias educacionais.
• Segundo Bravo, nas sociedades informatizadas
contemporâneas , o poder já não reside no exercício da
força e sim no uso de informações que permitem
influenciar e controlar as atividades dos cidadãos. Daí
que as possibilidades de intervenção nos processos
sociais, económicos e políticos, sejam determinados
pelo acessão à informação. O autor propõe, neste
sentido, a análise dos abusos que podem ser cometidos
pelas tecnologias de informação; e a regulamentação
jurídica das atividades informacionais para evitar estes
abusos.
Conclusão

• No decorrer da história, com ecos na literatura, a


abordagem sobre a técnica e tecnologia vai
adquirir contornos distintos. Em relação ao aspecto
conceitual, ambos os termos têm origem comum,
na palavra grega téchne. De certa forma, técnica e
tecnologia estão relacionadas em sua essência,
como extensão uma da outra. Até ao fim da Idade
Média, a técnica estava fortemente ligada ao
indivíduo, que transforma a natureza e a realidade
que o circunda.
• Do século XVI em diante, vai haver uma dissociação entre técnica
e indivíduo, o que vai influenciar na visão sobre a técnica que vai
predominar. As obras de Francis Bacon e Tomás Campanella
apontam para uma visão optimista e até utópica, pois a técnica é
vista como forma de libertação. A partir do século XIX, a
tecnologia vai ser percebida como uma ameaça aos indivíduos,
visão que pode ser percebida em autores como Goethe e George
Orwell. Esta visão vai adquirir dimensões ainda maiores até à
primeira metade do século XX. A partir da década de 1960,
quando a tecnologia adentra aos lares, retoma-se o optimismo,
sendo que alguns chegam a considerar a tecnologia como forma
de resolver problemas de ordem económica, política e social.
• Independentemente de uma visão eufórica ou
resistente em relação à tecnologia, Klinge alerta para o
problema da mentalidade tecnologista, ou
tecnocêntrica, ou seja, aquela que coloca a tecnologia-
e não o indivíduo- no centro das atenções. A
tecnologia, para além da euforia (tecnofilia) ou
resistência (tecnofobia), não é boa ou má, deve estar
associada ao bem do indivíduo, mas não de forma
meramente instrumental. A superação do
tecnocentrismo, assim, é um dos grandes desafios para
a sociedade actual, desde sempre.
DIGNIDADE HUMANA E DIREITOS
HUMANOS
A dignidade incomensurável de todo e qualquer ser
humano deriva do facto de ser:
• Pessoa, isto é, um ser dotado de inteligência, vontade,
capacidade de autodeterminação, consciência e
liberdade: tudo isto coloca o homem acima de todos os
outros seres criados.
• Centro do universo para o qual tudo converge, tudo
existe e em cuja função tudo foi criado.
• Autor ou protagonista e fim da sociedade: o homem não
existe para as estruturas, os partidos, as instituições, as
ideologias, os regimes políticos...
• Tudo isso só existe para servir o homem, em função do homem
todo, e na medida em que o homem assumir e quiser essas
realidades.
• Sacrificar pessoas ou povos às ideologias e sistemas políticos é
crime hediondo contra a dignidade humana, porque faz da pessoa
meio ou instrumento, quando ele é e deve ser simplesmente fim.
• Na perspectiva cristã, a dignidade da pessoa humana eleva-se
ainda mais pelo facto de todo o ser humano ser imagem de Deus,
estar chamado a ser Seu filho e a participar da Sua própria vida e
glória, ser como « a pupila dos seus olhos » e Deus Se identifica
com cada homem, considerando como feito ou não feito a Si o
feito ou não feito a cada um (Mt 25,31.46).
DIREITOS HUMANOS
• Dessa dignidade da pessoa e das suas dimensões
essenciais deriva um conjunto importante de
direitos.
• Alguns deles dizem-se fundamentais porque deles
derivam sucessivamente outros, como explicação
concreta dos mesmos.
• Para um mais fácil estudo e retenção dos direitos,
propomos a seguinte divisão, apesar de
reconhecermos nele alguma arbitrariedade já que a
pessoa humana é um todo inseparável:
Direitos da pessoa como ser vivo
• Direitos a nascer e a viver (daqui o absurdo do aborto, da eutanásia, do
suicídio, do homicídio...);
• Direito à integridade física e psíquica ( contra as mutilações, torturas,
manipulações biogenéticas...);
• «direito aos recursos correspondentes a um digno padrão de vida
humana: nutrição, vestuário, moradia, repouso, assistência sanitária,
serviços sociais indispensáveis.
• Segue-se daí que toda a pessoa tem também o direito de ser amparada
em caso de doença, de invalidez, de velhice, de desemprego forçado, e em
qualquer outro caso de privação dos meios de sustento por circunstâncias
independentes da sua vontade» (PT, 11).
• direito, numa palavra, à vida e a uma digna qualidade de vida, mesmo no
aspecto ecológico.
Direitos do ser humano enquanto pessoa
• direito ao desenvolvimento integral: físico, afectivo, intelectual,
artístico, social, religioso e moral...(qualquer visão parcial do homem é
anti-humana, porque não respeitadora do homem todo);
• direito a seguir a sua própria vocação, sem constrangimentos de
ninguém, nem sequer dos próprios pais;
• direito à estima, ao respeito, à boa fama;
• direito à verdade e aos meios para a encontrar;
• direito às condições de vida humana;
• direito à liberdade de aprender e ensinar;
• direito a agir segundo a sua consciência ética ou moral e aos meios para
formá-la rectamente;
• direito a ser livre e a poder viver em liberdade
Direitos da pessoa como ser familiar

• direito a constituir família, sem constrangimentos de ninguém;


• direito à procriação responsável;
• direito à educação dos filhos conforme as convicções morais e
religiosas dos pais;
• direito à estabilidade, independência e intimidade da família e
do casal;
• direito à liberdade de escola para o filhos;
• direito aos meios para um nível digno de vida familiar;
• direito a uma tal organização do trabalho a que não destrua a
unidade e o bem-estar da família, antes os promova e favoreça.
Direitos do ser humano como cidadão

• direito á participação activa na vida pública;


• direito à liberdade de reunião e associação;
• direito à liberdade de manifestação e difusão do pensamento;
• direito à informação verídica sobre os acontecimentos públicos;
• direito à igualdade de oportunidades para o seu
desenvolvimento e promoção,
• direito á justiça, à segurança física e à defesa dos seus direitos;
• direito a sentir-se seguro contra as arbitrariedades do poder;
• direito à liberdade de domicílio, dentro e fora do seu país.
Direito do ser humano como trabalhador
• direito ao trabalho e a um emprego estável;
• direito à qualificação técnica e profissional;
• direito à retribuição justa;
• direito à participação activa na vida da empresa;
• direito à liberdade de organização profissional;
• direito aos meios legítimos para a defesa dos seus legítimos interesses;
• direito a condições dignas de trabalho;
• direito a não ser desamparado em caso de desemprego involuntário;
• direito à posse e uso dos seus bens, dentro do respeito pela função
social dos mesmos;
• direito ao descanso devido.
Direitos da pessoa como ser religioso
• Direito a prestar culto a Deus, segundo a sua
consciência privada e publicamente;
• direito à liberdade religiosa;
• direito à liberdade de propagar a sua fé;
• direito a condições suficientes para a sua vida
religiosa;
• direito à liberdade de agir, privada e publicamente, de
acordo com os critérios da sua fé, a não ser que
atentem contra a liberdade e os direitos dos outros.
Direitos e deveres são correlativos

• Aos direitos naturais acima considerados vinculam-se no mesmo sujeito


jurídico que a pessoa humana, os respectivos deveres»
• «Direitos e deveres encontram na lei natural, que os outorga ou impõe, o
seu manancial, a sua consistência, a sua força inquebrantável».
• «Os que reivindicam os próprios direitos, mas se esquecem dos seus
deveres ou lhes dão menor atenção, assemelham-se a quem constrói»(PT).
• O exercício dos direitos «tem como limite o respeito pelos direitos alheios,
pelos imperativos da moral e pelas exigências do bem comum,
correctamente entendido».
• É função primordial dos poderes públicos reconhecer os direitos e deveres
dos cidadãos, respeitá-los, harmonizá-los, tutelá-los eficazmente e
promovê-los»(PT).

HISTÓRIA DA DUDH
O que é a Declaração Universal dos Direitos Humanos?
É uma espécie de Constituição Fundamental ou Carta de
Princípios doutrinais que todos os Países devem respeitar e
manter como alicerce das suas Constituições; é um conjunto
de Valores Fundamentais que todos os Povos e seus
governantes devem reconhecer, respeitar e inserir nas suas
próprias Leis. Como disse o grande humanista Emmanuel
Mounier; para que a Constituição dum país seja boa é preciso
que ela assente sobre os Direitos Humanos e que ele os
respeite e proteja. Por se referir a todas as Pessoas e todos os
Povos é que se chama Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
Porque se chama Declaração ?
• Porque estas leis fundamentais que se chamam Direitos
Humanos, não são obra de qualquer legislador. O que as
Nações Unidas fizeram foi declará-los, porque os
reconheceram como exigências básicas para a dignidade
da Pessoa Humana ser respeitada e a vida em sociedade
ser possível e digna. Com efeito, os Direitos Humanos
nascem com a própria Pessoa Humana, desde a sua
concepção e acompanham-na até à morte.
• Eles fazem parte integrante do ser humano e
consequentemente da sociedade. Por tudo isto, devem
ser respeitados e promovidos por todos; Pessoas e Povos.
. Quando nasce a declaração universal dos
direitos humanos ?
• Ele nasce em 1948, no fim da II Guerra Mundial e, em grande parte, é
motivada pelos horrores que nela se viveram: os campos de concentração, o
genocídio de ciganos e judeus, os milhões de mortos inocentes,
bombardeamentos, bombas atómicas,... e tudo o mais que só Deus sabe .
• Esta experiência foi tanto mais traumatizante quanto aconteceu alguns
anos após a também horrenda e devastadora I Guerra Mundial(1914-1918).
• Estes acontecimentos levaram a humanidade a questionar-se: como é
possível que em pleno século XX, se cometam barbáries como estas?!
• Foi este sentimento de horror que levou à promulgação de um documento
que sendo reconhecido, assinado e respeitado pelos chefes das Nações,
constituísse o alicerce de um novo relacionamento entre Pessoas e Povos.
• É pena que só com experiências tão horrorosas o Homem reconheça os
valores fundamentais que a sua própria consciência já lhe revela.
Como nasce a declaração universal dos
direitos humanos?
• Ela tem uma longa história, tão longa como a História da humanidade.
E, como veremos mais adiante, cada Povo foi colocando a sua pedra na
construção deste Declaração.
• As Pessoas trazem consigo aspirações a crescer, a desenvolver e a viver
cada vez mais intensamente e mais felizes. Trazem também consigo a
necessidade de relação. Tanto para nascer, como para crescer e ser feliz
a Pessoa necessita das outras Pessoas. O ser humano é um ser em
relação com outras Pessoas., com a natureza e com Deus. Por isso, as
Pessoas necessitam de Família, de Festas , de sociedade e de Religião.
• Cada Tribo e cada Povo, segundo o lugar, meio, ambiente natural, clima,
fauna, flora, etc., vai criando uma concepção da natureza, das Pessoas,
da divindade e de si mesmo. Vai criando hábitos, costumes e modos de
se relacionar com o meio ambiente e com os demais.
• Assim vai desenvolvendo a sua cultura da qual faz parte integrante também a sua
crença. Fixa tudo isto em tradições que passa às novas gerações. E estas, como os
novos conhecimentos, vão desenvolvendo e fazendo evoluir essas concepções da
vida e das coisas e, assim as suas culturas. Isto acontece sobretudo quando um
Povo com a sua cultura encontra outro Povo com cultura diferente. As diferença
transforma-se em interpelações mútuas e ambos os Povos, normalmente ,
aprendem um do outro e ambos ficam mais ricos. Por isso, os Povos que se
encontram em lugres de contacto constante com outros Povos evoluem
geralmente mais rapidamente que os que vivem isolados.
• Podemos dizer, portanto, que cada Povo foi progressivamente descobrindo
Direitos Humanos, mesmo sem lhe dar o nome, e os foi vivendo dentro do seu
estatuto relacional: com a natureza, a família, a sociedade, mesmo nas suas
crenças e práticas religiosas.
• Com efeito, às vezes, esses direitos aparecem ligados às suas crenças e são
apresentados como Leis que a própria Divindade transmitiu aos Homens. Isto
mostra o carácter profundo, quase sagrado destes Direitos.
Porque são chamados Direitos Humanos?
• Direito é uma palavra que em do latim ’directum? E significa; norma
que regula o comportamento dos homens em sociedade.
• Os entendidos costumam distinguir o Direito em Direito Positivo;
normas ou leis que fazem os legisladores dos Povos para que haja
ordem e respeito na vida em sociedade; e Direito Natural; o que está
inscrito na natureza mesma das Pessoas, pelo próprio facto de serem
Pessoas, independentemente do lugar onde nasceram ou do País onde
vivem. Este Direito Natural é que serve de base ao Direito Positivo.
• Os Direitos Humanos expressam precisamente princípios fundamentais
do Direito Natural ou valores que nele se radicam. Assim, tratando-se
de direitos inerentes à própria Pessoa Humana são chamados DIREITOS
HUMANOS. Os Antigos chamavam a estes direitos, direitos não
escritos, mas evidentes e universais,
Como se chegou a um documento da DUDH?
• Como foi referido, houve Povos que foram descobrindo e vivendo os Direitos Humanos nos
seus costumes e tradições e houve outros Povos que os foram escrevendo nos seus
Códigos de Leis para regular a vida e as relações das Pessoas na família e na sociedade.
• Vamos estudar apenas alguns dos marcos mais relevantes desta longa caminhada histórica:
• O Código de Hammurabi e o Livro dos Mortos
• O Decálogo e o Povo da Bíblia
• Os Povos do Oriente e a sua sabedoria
• O Direito grego e romano
• O Evangelho e a inspiração dos cristãos
• As tradições dos Povos da África Negra.
• O encontro dramático de povos e culturas no século XVI
• A Grã-Bretanha; ‘Mãe dos Parlamentos’
• A Independência dos Estados Unidos da América
• A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

ESTUDO DOS ARTIGOS DA DUDH
• Durante o estudo dos DECLARAÇÃO, faremos um
paralelismo com a Lei Constitucional da
República de Angola, e teremos também o apoio
da Sagrada Escritura, de alguns Documentos do
Magistério da Igreja Católica e também
Metodista. Quanto a esses dois últimos, dada a
extensão dos textos, indicaremos apenas o
número, cabendo ao aluno ir encontrá-los
pessoalmente no próprio documento.
DIREITOS PESSOAIS: ARTIGOS 1-5
• A Declaração Universal dos Direitos Humanos dedica os primeiros
cinco artigos à pessoa e aos seus direitos fundamentais. Põe o
homem no centro de tudo, sujeito de direitos e deveres. Quando se
dá o devido lugar à pessoa humana é possível construir-se uma
sociedade justa.
• ARTIGO 1. TODOS OS HOMENS NASCEM LIVRES E IGUAIS EM
DIGNIDADE E DIREITOS. SÃO DOTADOS DE RAZÃO E CONSCIÊNCIA E
DEVEM AGIR EM RELAÇÃO UNS AOS OUTROS COM ESPÍRITO DE
FRATERNIDADE.
• Lv 25,10: Proclamareis liberdade na terra a todos os seus
moradores.
• Act 7,26: Homens, vós sois irmãos: por que vos ofendeis uns aos
outros?
• Vaticano II: Gaudium et Spes, 1965, (nº 29)
• Paulo VI: Octogesima Adveniens, 1971:
• Credo Social da Igreja Metodista, 1971.
• ARTIGO II. TODO O HOMEM TEM CAPACIDADE PARA GOZAR OS DIREITOS
E LIBERDADES ESTABELECIDOS NESTA DECLARAÇÃO, SEM DISTINÇÃO DE
QUALQUER ESPÉCIE, SEJA DE RAÇA, COR, SEXO, LÍNGUA, RELIGIÃO,
OPINIÃO POLÍTICA OU DE OUTRA NATUREZA, ORIGEM NACIONAL OU
SOCIAL, RIQUEZA, NASCIMENTO OU QUALQUER OUTRA CONSIDERAÇÃO.
ALÉM DISSO, NÃO SE FARÁ DISTINÇÃO ALGUMA BASEADA NA CONDIÇÃO
POLÍTICA, JURÍDICA OU INTERNACIONAL DO PAÍS OU TERRITÓRIO DE
CUJA JURISDIÇÃO DEPENDA UMA PESSOA, QUER SE TRATA DE PAÍS
INDEPENDENTE, COMO DE TERRITÓRIO SOB A ADMINISTRAÇÃO
FIDUCIÁRIA, NÃO AUTÓNOMO OU SUBMETIDO A QUALQUER OUTRA
LIMITAÇÃO DE SOBERANIA.
• Gal 3, 28: Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto;
nem homem nem mulher; porque todos vós, sois um em Cristo Jesus.
• Pode-se também consultar : Dt 27,19; Mt 24,14; 1,8; Cl 3,11; Ap 14,6.
• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA:
• Todos são iguais perante a Constituição e a lei.
Ninguém pode ser prejudicado, privilegiado, privado de qualquer direito ou
isento de qualquer dever em razão da sua ascendência, sexo, raça, etnia, cor,
deficiência, língua, local de nascimento, religião, convicções políticas,
ideológicas ou filosóficas, grau de instrução, condição económica ou social
ou profissão (LC, Art 23, 1-2)
• Explicação:
• Ser homem ou mulher, negro ou branco, crente ou não crente, rico ou pobre,
sábio ou analfabeto, de uma tribo ou de outra, não são motivos para
privilegiar ou discriminar as pessoas.
• Este artigo pretende abolir toda e qualquer discriminação entre as pessoas.
Existem muitas discriminações.

• Há discriminação entre homem e mulher: as mulheres ainda são excluídas de certos
trabalhos e são-lhes reservados outros; são impedidas de escolher a profissão , o marido...
• Há discriminação entre as classes sociais: gerentes e trabalhadores; professores e
camponeses; ricos e pobres; os ricos encontram facilidade e aos pobres muitas portas
ficam fechadas.
• Há discriminação com base na raça. Em alguns países existem privilégios e separação entre
grupos étnicos, entre negros e brancos; há discriminação nas escolas, nos transportes, nos
lugares de trabalho, nas residências.
• Há discriminação por motivos religiosos em alguns países: pessoas perdem o lugar no
trabalho; outras são excluídas da vida política por praticarem uma determinada religião.
• Acabar com a discriminação é dever de todos. Mas isto só será possível se as pessoas se
unirem para criar respeito recíproco, tomando consciência de que a discriminação surge
do egoísmo e da vontade de domínio.
– Vaticano II. Gaudim et Spes, 1965, (nº29)
– João Paulo II: Socilicitudo Rei Socialis; 1987(nº 33)
– Credo social da Igreja Metodista, 1971

• ARTIGO III: TODO O HOMEM TEM DIREITO À VIDA, À LIBERDADE E À SEGURANÇA PESSOAL.

• Ex: 20,13: Não matarás.
• Jo 10,10: Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância
• Pode-se consultar também: Dt 30,19, Pro 3,23.26; Hb 13, 6; J0 21,9.
• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA:
• O Estado respeita e protege a vida da pessoa humana, que é inviolável (LC
Art 30)

A integridade moral, intelectual e física das pessoas é inviolável.


Estado respeita e protege a pessoa e a dignidade humanas (LC, Art 31).

• Credo Metodista, 1971


• Paulo VI: Populorum Progressio, 1967
• Sínodo dos Bispos de 1971; Sobre a Justiça no Mundo ou Convenientes ex
Universo(nº22)
• ARTIGO IV. NINGUÉM SERÁ MANTIDO EM
ESCRAVIDÃO; A ESCRAVIDÃO E O TRÁFICO DE
ESCRAVOS SERÃO PROIBIDOS EM TODAS AS SUAS
FORMAS.

• Is 61, 1,: O Senhor enviou-me a proclamar libertação
aos cativos, e a pôr em liberdade os aglomerados.
• Gl 5,1: para a liberdade foi que Cristo nos libertou.
Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de
novo ao jugo da escravidão.
• Ler também Gl 5, 1; Flm 16
• Comentário:
• Escravo é aquele que depende totalmente duma outra pessoa, como se fosse sua
pertença, um instrumento. O escravo é propriedade do seu patrão, para o qual
trabalha sem vencimento e sem direitos.
• Na mossa terra havia pessoas que eram levadas para terras estrangeiras e aí
vendidas e obrigadas a trabalhar. Esta escravatura quase desapareceu
completamente. Hoje, porém, permanecem outras formas de escravidão;
• Há povos escravos de outros povos mais fortes e mais ricos, que os submetem
política e economicamente;
• Há pessoas que são escravas do medo e que não conseguem defender os seus
direitos;
• Há famílias escravas dos costumes e que obrigam as suas filhas a casamentos
prematuros ou de interesse.
– Leão XIII: Carta aos Bispos do Brasil, 5 de Maio de 1888
– Comissão Pontifícia”Justiça e Paz “. A Igreja ante o racismo(nº 13)
– Credo Social da Igreja metodista, 1971
• ARTIGO V. NINGUÉM SERÁ SUBMETIDO A TORTURA NEM A
TRATAMENTO OU CASTIGO CRUEL, DESUMANO OU DEGRADANTE
• Lv 25,14: Não oprimas o teu irmão.
• Consulta também : Sl 119, 134; Pro14,31; Mt 5,38; Hb 3,8.
• Nicolau I: Resposta aos Búlgaros, ano 866
• Pio II: Alocução ao VI Congresso Internacional de Direito Penal, 1953
• Credo Social da Igreja Metodista, 1971
• João Paulo II: Dives in misericórdia, 1980(nº11)
• DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
• Ninguém pode ser submetido a tortura, a trabalhos forçados, nem a
tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou degradantes (LC, Art. 60)
DIREITOS JURÍDICOS

• Na vida social os homens encontram dificuldades e suscitam contendas-


• Para resolver os conflitos que surgem nas relações humanas criam-se leis e
instituem-se tribunais.
• Nesta segunda parte, a Declaração dos Direitos Humanos refere-se a pessoa
perante a lei e os tribunais.

• ARTIGO VI. TODO HOMEM TEM DIREITO DE SER, EM TODOS OS LUGARES,
RECONHECIDO COMO PESSOA HUMANA, PELA LEI.

– Dt 16,20: A Justiça seguirás, somente a justiça, para que vivas.
– Ler além disso: Nm 15,16; Dt 6,18; 2Rs 20,1; Mq 6,8; 1Cor 14,40.
• Declaração da IV Assembleia do Congresso Mundial de Igrejas. Upsala 1968
• João XXIII: Pacem in terris, 1963, (nº 09 e 10)
• Vaticano II: Gaudium et Spes,(nº27)

• ARTIGO VII: TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI; TÊM DIREITO, SEM QUALQUER DISTINÇÃO, A
IGUAL PROTECÇÃO DA LEI. TODOS TÊM DIREITO A IGUAL PROTECÇÃO CONTRA QUALQUER
DISCRIMINAÇÃO QUE VIOLE A PRESENTE DECLARAÇÃO E CONTRA QUALQUER INCITAMENTO
A TAL DISCRIMINAÇÃO.
– Pro 17, 15: o que justifica o perverso e o que condena o justo, abomináveis são para o senhor tanto
um como o outro.
– Jo 7,24: Não julgueis segundo a aparência, e, sim pela recta justiça.
– Ver também Dt 10,17-18; Pro 21,3; J0 7,24; Act 1034-35.
• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA:
• Todos são iguais perante a Constituição e a lei (LC 23,1).
• Comissão Nacional dos Bispos Americanos: Declaração dos Direitos do Homem: ( Enviado
à Sra. Eleonor Rooservelt, presidente da Comissão das nações Unidas, encarregada de
elaborar o texto da Declaração Universal dos Direito do Homem, 1947).
• Declaração da IV Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas, Upsala, 1968
• João Paulo II: Redemptor Hominis. 1979:, (nº 17).

• ARTIGO VIII. TODO HOMEM TEM DIREITO A RECEBER, DOS TRIBUNAIS NACIONAIS
COMPETENTES, REMÉDIO EFECTIVO PARA OS ACTOS QUE VIOLEM OS DIREITOS
FUNDAMENTAIS QUE LHE SEJAM RECONHECIDOS PARA CONSTITUIÇÃO OU PELA
LEI.
• Pro 29,2: Quando se multiplicam as autoridades justas o povo se alegra.
• Pode-se reflectir: Dt 4,8; 25,16;Rm 13,3-4

• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• A todos é assegurado o acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos seus
direitos e interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça ser denegada
por insuficiência dos meios económicos(LC 29,1).
• Declaração da IV Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas, Upsala, 1968:
• João XXIII: Pacem in terris, 1963:
• IMBISA: Justiça e Paz na África Austral, 1988

• ARTIGO IX: NINGUÉM SERÁ ARBITRARIAMENTE DETIDO, PRESO OU
EXILADO.

• Nm 35,15: Serão de refúgio estas seis cidades para os filhos de Israel, e
para o estrangeiro, e para o que se hospedar no meio deles, para que neles
se escolha aquele que matar alguém involuntariamente.
• Ver também: Is 51, 14;61,1.
• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• Toda a pessoa privada da liberdade deve ser informada, no momento da
sua prisão ou detenção, das respectivas razões e dos seus direitos,
nomeadamente: (LC 63)
• Pio XII: Alocução aos membros do VI Congresso de Direito Penal, 1953
• Declaração da II Assembleia do Conselho Mundial da Igrejas, 1954
• João Paulo II; Dives in Misericordia, 1980
• ARTIGO X TODO O HOMEM TEM DIREITO, EM PLENA IGUALDADE, A UMA
JUSTA E PÚBLICA AUDIÊNCIA POR PARTE DE UM TRIBUNAL INDEPENDENTE
E IMPARCIAL, PARA DECIDIR DE SEUS DIREITOS E DEVERES OU DO
FUNDAMENTO DE QUALQUER ACUSAÇÃO CRIMINAL CONTRA ELE.

• Dt 16,20: Seguirás , somente a justiça
• Consulte-se: Nm 35,12-30; Mt 5,45, Rm 10,12; 1Tm 5,21
• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA
• A todo o cidadão é reconhecido o direito a julgamento justo, célere e
conforme a lei (LC 72, ).
• Pio XII: Alocução aos membros do IV Congresso de Direito Penal, 1953/
• João XIII: Pacem in terris, 1963, (nº 69)
• Declaração da IV Assembleia do Congresso Mundial de Igrejas , Upsala,
1968.
• ARTIGO XI. TODO HOMEM ACUSADO DE UM ACTO DELITUOSO TEM O
DIREITO DE SER PRESUMIDO INOCENTE, ATÉ QUE SUA CULPABILIDADE
TENHA SIDO PROVADA DE ACORDO COM A LEI, EM JULGAMENTO
PÚBLICO, NO QUAL LHE TENHAM SIDO ASSEGURADAS TODAS AS
GARANTIAS NECESSÁRIAS Á SUA DEFESA.
• NINGUÉM SERÁ CONDENADO POR ACTOS OU OMISSÕES QUE, NO
MOMENTO EM QUE FORAM COMETIDOS, NÃO TENHAM SIDO
DELITUOSOS SEGUNDO O DIREITO NACIONAL OU INTERNACIONAL.
TAMPOUCO SERÁ IMPOSTA PENALIDADE MAIS GRAVE DO QUE A
APLICÁVEL NO MOMENTO EM QUE FOI COMETIDO O DELITO.




• Lv 19,15-16: Não farás injustiça no juízo: nem favorecendo
o pobre, nem comprazendo ao grande: com justiça
julgarás o teu próximo. Não andarás como mexeriqueiro
entre o teu povo.
• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• Toda a pessoa privada da liberdade deve ser informada,
no momento da sua prisão ou detenção, das respectivas
razões e dos seus direitos, nomeadamente: (LC 63).
• Pio XII: Alocução aos membros do VI Congresso do
direito Penal, 1953
• Paulo VI: Octogesima Adveniens, 1971,(nº16)
DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS. ARTIGOS 12-21:

• Uma sociedade, ao organizar a convivência humana, não abafa os direitos


inalienáveis da pessoa. O próprio Estado defende esses direitos com o fim
de os promover e de os garantir, apoiando o esforço que cada um deve
fazer para crescer como pessoa. São estes os direitos civis e políticos.

• ARTIGO XII . NINGUÉM SERÁ SUJEITO A INTERFERÊNCIA NA SUA VIDA
PRIVADA, NA SUA FAMÍLIA, NO SEU LAR OU NA SUA CORRESPONDÊNCIA
NEM A ATAQUES À SUA HONRA E REPUTAÇÃO. TODO O HOMEM TEM
DIREITO À PROTECÇÃO DA LEI CONTRA TAIS INTERFERÊNCIAS OU ATAQUES.

• Job 21,9: as suas casas têm paz, sem temor.
• Ler também: Ex 20,16-17; Is 32,1 8; 2Ts 2,1-3.

• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA:
• O domicílio é inviolável. Ninguém pode entrar ou fazer busca ou
apreensão no domicílio de qualquer pessoa sem o seu
consentimento, salvo nas situações previstas na Constituição e na
Lei, quando munido de mandato da autoridade competente
emitido nos casos e segundo as formas legalmente previstas ou em
caso de flagrante delito ou situação de emergência, para prestação
de auxílio(LC 33)
• Vaticano II: Gaudium et Spes, 1965, (nº 27).
• Declaração da IV Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas ,
Upsala, 1968
• Conferência Nacional dos Bispos do Brasil: proposições aprovadas
pela XIII Assembleia Geral, 1973
• ARTIGO XIII. TODO HOMEM TEM DIREITO À LIBERDADE DE
LOCOMOÇÃO E RESIDÊNCIA DENTRO DAS FRONTEIRAS DE CADA
ESTADO. TODA A PESSOA TEM DIREITO A SAIR DE QUALQUER PAÍS,
INCLUSIVE DO PRÓPRIO, E A ELE REGRESSAR.

• Gn 28,15: Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que
fores, e te farei voltar a esta terra., porque não te desampararei.
• Consultar , também Gn 12,1; Hb 11.8
• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• Qualquer cidadão pode livremente movimentar-se e permanecer em
qualquer parte do território nacional, sem prejuízo das limitações
decorrentes do cumprimento de deveres legais.(LC 259
• João XXIII. Pacem in Terris, 1963
• ARTIGO XIV. TODO HOMEM, VÍTIMA DE PERSEGUIÇÃO, TEM O DIREITO DE
PROCURAR E GOZAR ASILO EM OUTROS PAÍSES. ESTE DIREITO NÃO PODERÁ SER
INVOCADO CONTRA UMA ACÇÃO JUDICIAL REALMENTE ORIGINADA EM DELITOS
COMUNS OU EM ACTOS OPOSTOS AO PROPÓSITO DAS NAÇÕES UNIDAS.

• Mt 2,13: levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egipto... porque
Herodes há-de procurar o menino para o matar.
• Leia também: Lv 19,34; Hb 8,18.
• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• É garantido a todo o cidadão estrangeiro ou apátrida o direito de pedir asilo em
caso de perseguição por motivos políticos, de acordo com as leis em vigor e os
instrumentos internacionais(LC 269
• Populorum Progressio, 1967, (nº67)
• Declaração da IV Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas, Upsala, 1968
• João XXIII; Pacem in terris, 1963
• ARTIGO XV. TODO HOMEM TEM DIREITO A UMA NACIONALIDADE. NÃO SE
PRIVARÁ NINGUÉM ARBITRARIAMENTE DA SUA NACIONALIDADE NEM DO
DIREITO DE MUDAR DE NACIONALIDADE.

• Act 17,24-26: Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe... de um só fez
toda a raça humana para habitar toda a face da terra, havendo fixado os
tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação.
• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• A nacionalidade angolana pode ser originária ou adquirida. Os requisitos
de atribuição, aquisição, perda e reaquisição da nacionalidade angolana
são determinados pela lei(LC 19).
• Declaração da IV Assembleia do Congresso Mundial de Igrejas, Upsala,
1968
• Sínodo dos Bispos: Convenientes ex Universo, 1971
• ARTIGO XVI. OS HOMENS E AS MULHERES DE MAIOR IDADE, SEM
QUALQUER RESTRIÇÃO DE RAÇA, NACIONALIDADE OU RELIGIÃO,
TÊM O DIREITO DE CONTRAIR MATRIMÓNIO E FUNDAR UMA
FAMÍLIA. GOZAM DE IGUAIS DIREITOS EM RELAÇÃO AO
CASAMENTO, SUA DURAÇÃO E DISSOLUÇÃO. O CASAMENTO NÃO
SERÁ VÁLIDO SENÃO COM O LIVRE E PLENO CONSENTIMENTO DOS
NUBENTES. A FAMÍLIA É O NÚCLEO NATURAL E FUNDAMENTAL DA
SOCIEDADE E TEM DIREITO Á PROTECÇÃO DA SOCIEDADE E DO
ESTADO.

• Hb 13,4: Digno de honra entre todos seja o matrimónio.
• Consultar, também Gn 1,27,; 2, 24; Pro 18,22; Mt 19,6; Ef 5,31.

• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• A família, núcleo fundamental da organização da sociedade, é
objecto de protecção do Estado, quer se fundamente em
casamento , quer em união de facto.
• O homem e a mulher são iguais no seio da família, gozando dos
mesmos direitos e cabendo-lhes os mesmos deveres. À família,
com especial colaboração do Estado, compete promover e
assegurar a protecção e educação integral das crianças e dos
jovens.(LC 29)
• João XX III: Pacem in terris, 1963(nº 15-16)
• Vaticano II: gaudium et Spes, 1965,(nº 47)
• Credo Social da Igreja Metodista, 1971
• ARTIGO XVII. TODO HOMEM TEM DIREITO À PROPRIEDADE, SÓ OU EM SOCIEDADE
COM OUTROS. NINGUÉM SERÁ ARBITRARIAMENTE PRIVADO DE SUA
PROPRIEDADE.

• Gn 34,10: A terra estará Nao vosso dispor; habitai e negociai nela, e nela tende
possessões.
• Ver também Dt 3,18; 4,22; is 5,8; Mq 4,4,;Act 4,32-35
• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• A terra constitui propriedade originária do Estado, pode ser transmitida para
pessoas singulares ou colectivas, tendo em vista o seu nacional e integral
aproveitamento , nos termos da Lei.
• O Estado respeita e protege a propriedade das pessoas, quer singulares quer
colectivas e a propriedade e a posse das terras pelos compenses, sem prejuízo da
possibilidade de expropriação por utilidade pública, nos termos da lei.(LC 12,.3.4.)
• Leão XIII: Rerum Novarum , 1891
• ARTIGO XVIII. TODO HOMEM TEM DIREITO À LIBERDADE DE PENSAMENTO,
CONSCIÊNCIA E RELIGIÃO. A LIBERDADE DE MUDAR DE RELIGIÃO OU CRENÇA E A
LIBERDADE DE MANIFESTAR ESSA RELIGIÃO OU CRENÇA PELO ENSINO, PELA PRÁTICA,
PELO CULTO E PELAS OBSERVÂNCIAS, ISOLADA OU COLECTIVAMENTE, EM PÚBLICO OU
EM PARTICULAR.

• Act 4,20: pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos ou ouvimos.
• Pode-se consultar também Mc 5,19; Lc 24,48; Act 18,9; 22,15;2Cor 4,13,1Pe3,15-16;ti
2,15.
• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• A liberdade da Consciência e de crença é inviolável. O Estado angolano reconhece a
liberdade dos cultos e garante o seu exercício desde que não sejam incompatíveis com
a ordem pública e o interesse nacional (LC 45)
• Declaração da II Assembleia do Conselho de Igrejas , Avanston, 1954
• João Pualo XXIII: Pacem in terris, 1963
• Vaticano II: Gaudium et Spes 1965(nº 59)
• ARTIGO XIX. TODO HOMEM TEM DIREITO À LIBERDADE DE OPINIÃO E
EXPRESSÃO. ESSE DIREITO INCLUI A LIBERDADE SEM INTERFERÊNCIA, TER
OPINIÕES DE PROCURAR, RECEBER E TRANSMITIR INFORMAÇÕES E IDEIAS
POR QUALQUER MEIOS E INDEPENDENTEMENTE DE FRONTEIRAS.

– Is 1,18: Vinde, pois e entendamo-nos, diz o Senhor.
– 2Tm 4,2: Prega a palavra, insta, quer seja oportuno ou não.
– Leia assim mesmo Pro 15,23
• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• É garantida a liberdade de imprensa, não podendo esta ser sujeita a qualquer
censura, nomeadamente de natureza política, ideológica e artística.(LC 35)
• Paulo VI.: Carta Apostólica Octogesima Adveniens, 1971
• Declaraação da II Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas, Avanston,
1954
• ARTIGO XX. TODO HOMEM TEM O DIREITO À LIBERDADE DE
REUNIÃO E ASSOCIAÇÃO PACÍFICA. NINGUÉM PODE SER
OBRIGADO A FAZER PARTE DE UMA ASSOCIAÇÃO.
– Is 43,9: Todas as nações se congregam, e os povos se reunam
– Pode-se consultar: Ne 7,10; Sl 42, 4; Jl 2,16; Hb 10, 25; 1Pe 2.16
• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA:
• São garantidas as liberdades de expressão, de reunião, de
manifestação, e de todas as demais formas de expressão.(LC 32)
• João XXIII.Pacem in Terris, 1963
• Declaração da II Assembleia doa Conselho Mundial de Igrejas,
Evanston, 1954
• Justiça no Mundo: Convenientes ex Universo, 1971
• ARTIGO XXI. TODO HOMEM TEM DIREITO DE TOMAR PARTE NO
GOVERNO DO PRÓPRIO PAÍS E DE TER ACESSO AO SERVIÇO PÚBLICO.
TODA VONTADE DO POVO É A BASE DA AUTORIDADE DO PODER
POLÍTICO; ESTA VONTADE DEVERÁ SER EXPRESSA MEDIANTE ELEIÇÕES
AUTÊNTICAS QUE DEVERÃO REALIZAR-SE PERIODICAMENTE, POR
SUFRÁGIO UNIVERSAL E IGUAL, E POR VOTO SECRETO OU POR OUTRO
PROCEDIMENTO EQUIVALENTE QUE GARANTA A LIBERDADE DO VOTO.
• 1Sm 8,7: Disse Senhor a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto
te dizem.
• Ver também: Gn 41, 33; Ex 18,21; 1Pe 2,17



• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA:
• Todos os cidadãos, maiores de dezoito anos, com excepção dos
legalmente privados dos direitos políticos e civis, têm o direito e
o dever de participar activamente na vida pública, votando e
sendo eleitos para qualquer órgão do estado, e desempenhando
os seus mandatos com inteira devoção à causa da nação
angolana.(LC 28).
• Conferência Mundial da Igreja e Sociedade. Conselho Mundial
de Igrejas, 1966
• Vaticano II: Gaudium et Spes. 1965, (nº 74)
• Paulo VI: Carta apostólica Octogesima Adveniens, 1971
• João Paulo II: Redemptor Hominis, 1979
• 6.3. DIREITOS SOCIAIS: ARTIGOS 22-29

• Na sociedade organizada politicamente nascem direitos e deveres recíprocos entre o
cidadão e o Estado, entre a iniciativa particular e a iniciativa colectiva. São estes os
direitos sociais.
• A sociedade deve proporcionar a cada cidadão aqueles serviços que ele sozinho não
consegue alcançar. O grau de promoção destes direitos diz-nos se um Estado é
democrático e se serve, realmente, o povo.

• ARTIGO XXII. TODO HOMEM, COMO MEMBRO DA SOCIEDADE, TEM DIREITO À
SEGURANÇA SOCIAL E A REALIZAÇÃO, PELO ESFORÇO NACIONAL, PELA COOPERAÇÃO
INTERNACIONAL DE ACORDO COM A ORGANIZAÇÃO E RECURSOS DE CADA ESTADO,
DOS DIREITOS ECONÓMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS INDISPENSÁVEIS À SUA
DIGNIDADE E AO LIVRE DESENVOLVIMENTO DE SUA PERSONALIDADE.

• Dt15,4-5: Entre ti não haja pobre... se apenas ouvires atentamente a voz do Senhor teu
Deus.
• DA CONSTITUIÇÃO DA ANGOLA:
• O Estado promove o acesso de todos os cidadãos à instrução, à cultura e ao desporto(LC
49).
• JoãoXXIII : Mater et magistra: 1961
• Credo Social da Igreja Metodista
• João Paulo II: Laborem Exercens, 1981

• ARTIGO XXIII. TODO HOMEM TEM DIREITO AO TRABALHO , À LIVRE ESCOLHA DO
EMPREGO, A CONDIÇÕES JUSTAS E FAVORÁVEIS DE TRABALHO E À PROTECÇÃO CONTRA O
DESEMPREGO. TODO O HOMEM QUE TRABALHA TEM DIREITO A UMA REMUNERAÇÃO
JUSTA E SATISFATÓRIA, QUE LHE ASSEGURE, ASSIM COMO A SUA FAMÍLIA, UMA
EXISTÊNCIA COMPATÍVEL COM A DIGNIDADE HUMANA E A QUE SE ACRESCENTARÃO, SE
NECESSÁRIO OUTROS MEIOS DE PROTECÇÃO SOCIAL. TODO O HOMEM TEM DIREITO A
ORGANIZAR SINDICATOS E NELES INGRESSAR PARA A PROTECÇÃO DOS SEUS INTERESSES.

• Ecles 3,13: É dom de Deus que possa o homem comer,
beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho.
• Lc 10,7: Porque digno é o trabalhador do seu salário.
• Dialogar Dt14, 6.14-15; Sl 128,2; Pro 12,14, jr 22,13;
Mt 10,10; Lc 10,7; 1Cor 3,8, Cl 4,1; 1Tm 5,18.
• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA:
• Todo trabalhador tem direito ao descanso, a férias.(LC
46,2).
• João XXIII. Mater et Magistra, 1961
• ARTIGO XXV. TODO HOMEM TEM DIREITO A UM PADRÃO DE VIDA CAPAZ DE
ASSEGURAR A SI E A SUA FAMÍLIA SAÚDE E BEM-ESTAR, INCLUSIVE ALIMENTAÇÃO,
VESTUÁRIO, HABITAÇÃO, CUIDADOS MÉDICOS E OS SERVIÇOS SOCIAIS
INDISPENSÁVEIS E DIREITO À SEGURANÇA EM CASO DE DESEMPREGO, DOENÇA,
INVALIDEZ, VIUVEZ, VELHICE OU OUTROS CASOS DE PERDA DOS MEIOS DE
SUBSISTÊNCIA EM CIRCUNSTÂNCIAS FORA DE SEU CONTROLO.
• A MATERNIDADE E A INFÂNCIA TÊM DIREITO A CUIDADOS E ASSISTÊNCIA
ESPECIAIS. TODAS AS CRIANÇAS, NASCIDAS DE MATRIMÓNIO OU FORA, TÊM
DIREITO A IGUAL PROTECÇÃO SOCIAL.

• Lv 19,9-10: Quando também ceifares a messe da tua terra, o canto do teu campo
não ceifarás totalmente, nem as espigas caídas colherás da tua messe. Não
rebuscarás os bagos caídos da tua vinha: deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro.
• Ver também: ne 5,11, Is 35,5-6; 61,1: Mt 11,5;1 4,16.
• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA;
• O Estado promove as medidas necessárias para
assegurar aos cidadãos e direito à assistência médica e
sanitária, bem como o direito à assistência na infância,
na maternidade, na invalidez, na velhice e em qualquer
situação de incapacidade para o trabalho.(LC 47,1)
• João XXIII. Pacem in Terris, 1963
• Conferência Mundial de Igrejas e Sociedade.
Conselho Mundial de Igrejas, 1966
• João Paulo II: Laborem Exercens, 1981
• ARTIGO XXVI. TODO HOMEM TEM DIREITO À INSTRUÇÃO. A INSTRUÇÃO SERÁ
GRATUITA, PELO MENOS NOS GRAUS ELEMENTARES E FUNDAMENTAIS. A
INSTRUÇÃO ELEMENTAR SERÁ OBRIGATÓRIA. A INSTRUÇÃO TECNICO -
PROFISSIONAL SERÁ ACESSÍVEL A TODOS BEM COMO A INSTRUÇÃO SUPERIOR,
ESTÁ BASEADA NO MÉRITO. A INSTRUÇÃO SERÁ ORIENTADA NO SENTIDO DO
PLENO DESENVOLVIMENTO DE PERSONALIDADE HUMANA E DO FORTALECIMENTO
DO REGISTO PELOS DIREITOS DO HOMEM E PELAS LIBERDADES FUNDAMENTAIS.
• A INSTRUÇÃO PROMOVERÁ A COMPREENSÃO, A TOLERÂNCIA E A AMIZADE ENTRE
TODAS AS NAÇÕES E GRUPOS RACIAIS OU RELIGIOSOS E COADJUVARÁ AS
ACTIVIDADES DAS NAÇÕES UNIDAS EM PROL DA MANUTENÇÃO DA PAZ. OS PAIS
TÊM PRIORIDADE DE DIREITO NA ESCOLHA DO GÉNERO DE INSTRUÇÃO QUE SERÁ
MINISTRADA A SEUS FILHOS.



• Is 65,21-23: Eles edificarão casas, e nelas
habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu
fruto. Não edificarão para outros habitarem; não
plantarão para outros comerem; porque a
longevidade do meu povo será como a da árvore,
e os meus eleitos desfrutarão de todas as obras
das suas próprias mãos. Não trabalharão debalde.
• Reflecte também: Sl 33,3; Eclo 9,10, Dn 1,17; Ef
4,1.
• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA.
• As crianças constituem absoluta prioridade, pelo que gozam de especial
protecção da família, do Estado e da sociedade com vista ao seu
desenvolvimento integral.
• O Estado deve promover o desenvolvimento harmonioso da personalidade das
crianças e dos jovens e a criação de condições para a sua integração e
participação na vida activa da sociedade(LC 30).
• O Estado... deve promover a criação de condições a efectivação dos direitos
económicos, sociais e culturais da juventude, nomeadamente, no ensino, na
segurança social, na educação física, no desporto e no aproveitamento dos
tempos livres.(LC 31).
• Vaticano II: Gaudium et Spes, 1965, (nº60)
• Paulo VI, Populorum Progressio,1967, (nº 40).
• Credo Social: Sollicitudo Rei socialis, 1987, (nº 44).

• ARTIGO XXVIII. TODO HOMEM TEM DIREITO A UMA ORDEM
SOCIAL E INTERNACIONAL EM QUE OS DIREITOS E LIBERDADES
ESTABELECIDAS NA PRESENTE DECLARAÇÃO POSSAM SER
PLENAMENTE REALIZADOS.

• Mq 5,9: Ele julgará entre muitos povos, e corrigirá nações
poderosas e longínquas; estes converterão as suas espadas em
relhas de arados, e as suas lanças em podadeiras; uma nação
não levantará e espada contra a outra nação, nem aprenderão
mais a guerra.
• Mt 5,9: Bem-aventurados os pacíficos.
• Ler, assim mesmo: Sl 46, 9; 133,1,Os 2,18,Jo3,10; Mt 9,50;Lc2,14.
• DA CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA:
• O exercício dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos apenas podem
ser limitados ou suspensos nos termos da lei quando ponham em causa a
ordem pública, o interesse da colectividade, os direitos, liberdades e
garantias individuais...
• Em caso alguma a declaração do estado de sítio ou do estado de emergência
pode afectar o direito à vida, o direito á integridade pessoal e à identidade
pessoal, à capacidade civil, à cidadania.(LC 52,1.2.)
• Vaticano II: Gaudium et Spes, 1965,(nº 84)
• Comissão das Igrejas para Assuntos Internacionais. Conselho Mundial de
Igrejas, 1971
• João Paulo II: Solicitudo Rei Siocialis, 1987(nº43)


• ARTIGO XXIX. TODO HOMEM TEM DEVERES PARA COM A
COMUNIDADE, NA QUAL É POSSÍVEL O LIVRE E PLENO
DESENVOLVIMENTO DE SUA PERSONALIDADE. NO EXERCÍCIO DE
SEUS DIREITOS E LIBERDADES, TODO O HOMEM ESTÁ SUJEITO
APENAS ÀS LIMITAÇÕES DETERMINADAS PELA LEI,
EXCLUSIVAMENTE COM O FIM DE ASSEGURAR O DEVIDO
RECONHECIMENTO E RESPEITO DOS DIREITOS E LIBERDADES DE
OUTREM E DE SATISFAZER ÀS JUSTAS EXIGÊNCIAS DA MORAL, DA
ORDEM PÚBLICA E DO BEM-ESTAR DE UMA SOCIEDADE
DEMOCRÁTICA. ESSES DIREITOS E LIBERDADES NÃO PODEM, EM
HIPÓTESE ALGUMA, SER EXERCIDOS CONTRARIAMENTE AOS
OBJECTIVOS E PRINCÍPIOS DAS NAÇÕES UNIDAS.
• Lv 19, 18: Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o
teu próximo como a ti mesmo.
• 1Pe 2,16: Como livres que sois useis, todavia, a liberdade por pretexto para fazer o mal.
• Comenta também: Mt 7,12; Gl 5,14; 1Tm 1,5.
– João XXIII: Pacem in Terris, 1963(nº27).
– Vaticano II: Gaudium et Spes, 1965(nº75)

• CONCLUSÃO:

• Apelo a todos os países a respeitarem a Declaração dos Direitos do Homem.

• ARTIGO XXX. NENHUMA DISPOSIÇÃO DA PRESENTE DECLARAÇÃO PODE SER
INTERPRETADA COMO RECONHECIMENTO A QUALQUER ESTADO, GRUPO OU PESSOA DO
DIREITO DE EXERCER QUALQUER ACTIVIDADE OU PRATICAR QUALQUER ACTO DESTINADO
À DESTRUIÇÃO DE QUAISQUER DIREITOS E LIBERDADES AQUI ESTABELECIDAS.

• Mt 12,25: Todo reino dividido contra si mesmo
ficará deserto, e toda a cidade, ou casa,
dividida contra si mesma, não subsistirá.
• Consulta também 1Cor1.10;12,26; Fl2,2-3.
• João XXIII. Pacem in Terris, 1963
• Vaticano II: Gaudium et Spes, 1965(nº83)
• Conferência Mundial de Igreja e Sociedade:
Conselho Mundial de Igrejas , 1966

Você também pode gostar