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Revisa Goias 9o Ano Lp 3o Bimestre Ppt

O documento ensina sobre o gênero textual Artigo de Opinião, destacando sua estrutura e a importância de argumentos e contra-argumentos. O texto discute a Inteligência Artificial, seus impactos e riscos, além de apresentar opiniões de especialistas sobre suas vantagens e desvantagens. Atividades são propostas para aprofundar o entendimento do tema e a prática da argumentação.

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Revisa Goias 9o Ano Lp 3o Bimestre Ppt

O documento ensina sobre o gênero textual Artigo de Opinião, destacando sua estrutura e a importância de argumentos e contra-argumentos. O texto discute a Inteligência Artificial, seus impactos e riscos, além de apresentar opiniões de especialistas sobre suas vantagens e desvantagens. Atividades são propostas para aprofundar o entendimento do tema e a prática da argumentação.

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9ºANO


8º ANO
ANO
LÍNGUA PORTUGUESA

3º BIMESTRE - 2025
GRUPO DE ATIVIDADES 1
Contextualizando o gênero textual, o tema e o campo de atuação

Olá, estudante, vamos aprender sobre o gênero textual Artigo de Opinião? É uma ótima oportunidade de
aprendermos como o articulista, pessoa que escreve um artigo de opinião, argumenta contra ou a favor
de um ponto de vista acerca do assunto/tema tratado no texto.

1. Antes de ler os textos, vamos conversar?


- Você costuma ler jornal? Que tipo de texto encontramos nesse veículo de comunicação?
- No dia a dia, como você reage diante de uma opinião diferente da sua? Você costuma concordar com todos,
ou se esforça para reafirmar seu ponto de vista? E quanto à opinião dos outros? Você costuma respeitar?
- Você sabe o que é um artigo de opinião?
- O que você sabe sobre Inteligência Artificial?
► Conhecendo o gênero textual
Artigo de Opinião
O Artigo de Opinião é um texto que apresenta um ponto de vista particular, próprio do autor (articulista).
Pode ser escrito em 1ª ou em 3ª pessoa, do singular ou do plural. Essa escolha depende apenas do autor, que
pode optar por ser mais parcial (1ª pessoa) ou imparcial (3ª pessoa) na apresentação do ponto de vista
defendido.
Em um artigo de opinião, argumentos e contra-argumentos são ferramentas essenciais para fortalecer a
posição do autor e convencer o leitor. Os argumentos são as razões que sustentam a opinião do autor,
enquanto os contra-argumentos são pontos de vista opostos que são abordados e refutados para fortalecer o
argumento principal.
Esse gênero é formado por três partes essenciais: a introdução, que contém, geralmente, o tema (assunto)
e a tese (opinião); o desenvolvimento, que apresenta os argumentos e contra-argumentos que embasam a
tese; e a conclusão, parte que retoma e que reforça o ponto de vista do autor (articulista).
Leia o texto.
Texto I
Quais são os perigos da Inteligência Artificial? Dá para controlá-la?
Com impactos sociais, econômicos e até políticos, o crescimento das IAs assusta quem entende do
assunto. Será que vai ser preciso regulamentá-la?
Por Julia di Spagna

A IA vai nos pegar? (Guia do Estudante/Canva/Guia do Estudante)


Ferramentas como o ChatGPT sendo utilizadas em trabalhos escolares e universitários; assistentes virtuais,
como Alexa, Siri e Google Assistance, respondendo a dúvidas banais e ajudando em pequenas atividades do
cotidiano, como fazer uma lista de compras; aplicativos que mostram como as pessoas ficarão quando
envelhecerem. A Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente no dia a dia e tem sido aplicada em
diferentes setores e áreas do conhecimento, de forma que, muitas vezes, sua presença mal é percebida.
Mas, afinal, você sabe o que faz com que um dispositivo ou serviço seja classificado como uma IA?
Basicamente, são tecnologias computacionais que realizam tarefas baseadas na forma como o cérebro humano
funciona. Antes, esse era um campo de Ciência da Computação mais explorado em processos industriais
sofisticados e pesquisas de ponta, mas, hoje, já pode ser encontrado em aplicativos, nos smartphones e nos
mais diversos serviços virtuais.
Embora a Inteligência Artificial possa apresentar muitas vantagens, trazendo praticidade, facilitando atividades
do dia a dia e melhorando a qualidade de uma série de serviços, também existem áreas cinzentas. O uso
desenfreado, o crescimento exponencial e a falta de regulamentação do setor preocupa especialistas por colocar
em risco questões sociais, econômicas, políticas, éticas e morais.
Como a IA deve impactar a sociedade a longo prazo?
“O amanhã é promissor e a Inteligência Artificial será tão fundamental quanto a criação do microprocessador,
do computador pessoal, da internet e do telefone celular”, afirmou o fundador da Microsoft, Bill Gates, em um
texto intitulado “A era de IA começou”, publicado em seu blog pessoal em março de 2023. O bilionário é um
entusiasta da tecnologia e defende que ela pode ser usada como uma ferramenta para melhorar áreas como
saúde e educação, além da produtividade no mercado de trabalho.
Na indústria automotiva, por exemplo, recursos baseados em Inteligência Artificial já são aplicados em
sistemas de carros autônomos. Na indústria farmacêutica, a IA tem permitido análises mais eficientes em testes
de desenvolvimento de medicamentos. Na educação, empresas já estudam a possibilidade de desenvolver
programas de ensino personalizados de acordo com o perfil de cada estudante.
Essas mudanças, consequentemente, também afetam o mercado de trabalho. Segundo um relatório do banco
de investimentos Goldman Sachs, a Inteligência Artificial poderia substituir cerca de 300 milhões de empregos no
futuro. Nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, a previsão é que um quarto dos empregos seja
substituído pela tecnologia.
A IBM, empresa voltada para a área de tecnologia da informação, anunciou em maio que pretende reduzir
30% dos empregos administrativos nos próximos cinco anos com o uso de IA – o que equivale a cerca de 26 mil
funcionários.
Mas calma! O mesmo estudo também indica que novos postos de trabalho devam surgir e que as tecnologias
podem facilitar tarefas e ajudar no aumento da produtividade. Recursos como ChatGPT, um tipo de inteligência
artificial generativa, ou seja, que usa algoritmos e textos disponíveis em uma base de dados para criar novos
conteúdos a partir de instruções ou perguntas, podem ser usados para adiantar processos mais burocráticos ou
automáticos e permitir que as pessoas tenham mais tempo livre para tarefas que exijam maior pensamento
criativo e crítico.
Ainda assim, até os maiores entusiastas da tecnologia, como Bill Gates, fazem alertas sobre os riscos que
podem ser causados com seu mau uso, ou caso as IAs “estabeleçam seus próprios objetivos” à medida que
melhoram com o tempo.
[...]
Quais são os maiores problemas que a Inteligência Artificial pode causar?
Como qualquer outra nova tecnologia, as IAs têm seus defensores e seus críticos, ou seja, há quem acredite
que elas serão extremamente benéficas e há quem afirme que as máquinas superinteligentes são uma ameaça
para a existência humana. É o caso do físico britânico Stephen Hawking, que faleceu em 2018.
“O desenvolvimento da inteligência artificial completa pode significar o fim dos humanos. Os humanos, que
são limitados pela lenta evolução biológica, não seriam capazes de competir e seriam superados”, disse ele em
entrevista à BBC em 2014. Segundo o estudioso, uma máquina com esse nível de inteligência “descolaria por
conta própria e se redesenharia em um ritmo crescente”.
[...]
Segundo Fernando Osório, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP,
em São Carlos, em entrevista ao Jornal da USP, quanto mais avançada a tecnologia – como ocorre ano após
ano -, mais a sociedade deve ser impactada. “Toda tecnologia sempre oferece riscos, se for mal utilizada; assim
como ocorre com as armas ou a energia nuclear, por exemplo”.
Para o especialista, um dos principais riscos atualmente é a falsificação de informações. Com as novas
ferramentas de Inteligência Artificial, é possível gerar, em larga escala, fake news e os chamados deepfakes, que
são imagens criadas por IA que reproduzem aparência, expressões e até a voz de uma pessoa de carne em
osso em vídeos. Esse tipo de informação falsa pode ser usada para manipular a sociedade, ter fins políticos ou
militares e ser adotada por regimes autoritários para sistemas de vigilância e controle em massa.
[...]
Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/quais-sao-os-perigos-da-inteligencia-artificial-ha-como-controlar/?
utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=eda_ge_audiencia_institucional&gad_source=1&gclid=CjwKCAiArKW-
BhAzEiwAZhWsIC8VXZD2wbT7rdVA3KUCSxIJUtJ6GavdDQujG_MaHULWMMMXO2Jr4xoCJ2QQAvD_BwE#google_vignette. Acesso em: 6 mar. 2025.

2. O gênero textual artigo de opinião é um texto predominantemente argumentativo em que o autor expõe seu
posicionamento, isto é, seu ponto de vista acerca de um determinado assunto/tema por meio de argumentos ao
longo desse texto. Qual é o tema abordado no artigo de opinião que você acabou de ler?

3. Retire do texto palavras/expressões-chave que confirmam a temática do texto.


4. Observando o título e a introdução (primeiro parágrafo) do artigo de opinião lido, o tema abordado pode ser
considerado

( ) somente atual.
( ) somente polêmico.
( ) atual e polêmico.

5. Quem é o(a) articulista desse artigo de opinião? E onde esse texto foi veiculado?
GRUPO DE ATIVIDADES 2
Ampliando os conhecimentos
Estudante, o uso que fazemos da língua em nossas ações de comunicação é sempre mediado por
intenções: explicitar certeza, dúvida, obrigatoriedade, sentimentos, entre outros. Esse propósito
está tão presente em nosso dia a dia que se materializa na estrutura de nossa língua.

6. Os modalizadores discursivos/argumentativos contribuem para expressar a opinião, o ponto de vista do


autor/articulista do artigo sobre o que está posto em discussão (assunto/tema). Assim, a expressão que,
conforme o contexto, pode representar a opinião de um especialista no assunto sobre o fato de que a
Inteligência Artificial pode ter vantagens e desvantagens corresponde a

( ) “Será tão fundamental”.


( ) “Está cada vez mais presente”.
( ) “... imagens criadas por IA”.
O que é argumentar?
Argumentar é uma ação verbal na qual se utiliza a palavra oral ou escrita para defender uma tese, ou
seja, uma opinião, uma posição, um ponto de vista particular a respeito de determinado fato.
Quem argumenta, como a própria palavra sugere, se vale de argumentos, que nada mais são que
razões, verdades, fatos, virtudes e valores (éticos, estéticos, emocionais) tão amplamente
reconhecidos que, justamente por isso, servem de alicerce para a tese defendida.
Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/etapa/argumentacao/ Acesso em: 18 mar. 2025 (adaptado).

Estratégias argumentativas
As estratégias argumentativas são elementos essenciais que e são utilizadas na construção dos argumentos
que sustentam uma tese, um ponto de vista. Esses elementos são fundamentais para construir argumentos
sólidos e eficazes em textos, debates, discursos, ensaios e conversas. São os “exemplos”, “fatos
comprováveis”. “pesquisas”, dados estatísticos”, “analogias históricas”.
Tipos de Argumentos
Para escrever um bom artigo de opinião, é necessário utilizar argumentos consistentes e bem
fundamentados, pois são mais fortes e convincentes. Apresentamos alguns:
Argumento por autoridade: O argumento de autoridade é aquele que se baseia na citação de uma fonte
confiável, como um especialista no assunto que está sendo debatido.
Argumento por evidência (ou por comprovação): Esse tipo de argumento se baseia em uma evidência
que possa levar o leitor a admitir e aceitar uma tese. (dados estatísticos, pesquisas de diversos tipos entre
outros).
Argumento por causa e consequência: Esse argumento busca comprovar a tese defendida a partir da
exploração das relações de causa e consequência associadas ao tema debatido. Ao explicar os porquês e as
consequências da temática em questão, pode-se confirmar as ideias expressas pela tese.
Disponível em: https://querobolsa.com.br/enem/redacao/tipos-de-argumentos. Acesso em: 12 mar. 2025 (adaptado).
Estudante, você sabia que todo texto argumentativo, como os artigos de opinião, apresenta uma
tese/ponto de vista do articulista? A tese é uma ideia a ser defendida com base em vários argumentos.

7. Em um artigo de opinião, o autor (articulista) expõe seu posicionamento por meio de argumentos a fim de
convencer e persuadir o seu leitor acerca da sua opinião sobre o tema debatido. Assim, a ideia que o autor desse
texto defende está no trecho:
(A) “O uso desenfreado, o crescimento exponencial e a falta de regulamentação do setor preocupa
especialistas...”
(B) “... novos postos de trabalho devam surgir e que as tecnologias podem facilitar tarefas e ajudar no aumento
da produtividade.”
(C) “A Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente no dia a dia e tem sido aplicada em diferentes
setores e áreas do conhecimento...”
(D) “O amanhã é promissor e a Inteligência Artificial será tão fundamental quanto a criação do microprocessador,
do computador pessoal, da internet e do telefone celular”.
Observe o trecho a seguir.
“Na indústria automotiva, por exemplo, recursos baseados em Inteligência Artificial já são aplicados em sistemas
de carros autônomos. Na indústria farmacêutica, a IA tem permitido análises mais eficientes em testes de
desenvolvimento de medicamentos. [...]
Essas mudanças, consequentemente, também afetam o mercado de trabalho. Segundo um relatório do banco
de investimentos Goldman Sachs, a Inteligência Artificial poderia substituir cerca de 300 milhões de empregos no
futuro. [...]”
8. Articuladores textuais são recursos linguísticos que ajudam a construir o sentido de um texto. São
expressões que ligam partes do texto, indicando a relação entre elas ou a circunstância que exprimem, como
adição ou acréscimo (e, além disso), oposição ou contraste (mas, porém), conformidade (conforme, de acordo
com), tempo (quando, até que), entre outros.
a) No trecho lido, qual a palavra que marca uma ideia de acréscimo de argumento?
b) Qual é a palavra que evidencia no trecho uma relação de conformidade?
9. Na argumentação, o articulista se vale de argumentos para expor, defender sua opinião sobre a questão
apresentada, tais como argumentos de autoridade, de comparação, de exemplificação entre outros. O
argumento “Segundo um relatório do banco de investimentos Goldman Sachs, a Inteligência Artificial poderia
substituir cerca de 300 milhões de empregos no futuro.”, é, predominantemente, um argumento de
(A) autoridade.
(B) comprovação.
(C) exemplificação.
(D) alusão histórica.

10. Para confirmar a resposta da questão anterior, retire do trecho a parte na qual predomina uma comprovação.

11. A combinação de argumentos bem estruturados e contra-argumentos devidamente refutados é o que torna
um artigo de opinião eficaz na sua missão de convencer e informar o público. No artigo lido, há contra
argumentos que contestam a ideia de que a IA pode ser uma ferramenta para melhorar áreas como saúde e
educação? Justifique sua resposta com trecho do texto..
12. No texto I, de quem é a voz que diz: “... quanto mais avançada a tecnologia – como ocorre ano após ano -,
mais a sociedade deve ser impactada.”?

(A) O fundador da Microsoft, Bill Gates.


(B) O físico britânico Stephen Hawking.
(C) O professor Fernando Osório da USP.
(D) O banco de investimentos Goldman Sachs.

13. Algumas palavras e expressões retomam ideias, que atuam na articulação entre as partes do texto, evitando
repetições, reiterando uma ideia ou reforçando um sentido. No trecho “O bilionário é um entusiasta da tecnologia
e defende que ela pode ser usada como uma ferramenta para melhorar áreas como saúde e educação...”, a
palavra em destaque faz referência a outra expressão dita anteriormente. Qual é essa expressão?
14. Na construção de sentido de um texto, algumas palavras/expressões (articuladores/conectores) são
responsáveis pela conexão/articulação entre as partes e o todo do texto, e estabelecem diversas relações na
construção desse texto: estabelecendo uma relação de adição, explicação, oposição, finalidade, tempo,
condição, conclusão entre outros. Observe os articuladores/conectores destacados em cada trecho do texto e
explique qual relação lógico-discursiva eles estabelecem.

a) “Mas, afinal, você sabe o que faz com que um dispositivo ou serviço seja classificado como uma IA?”

b) “... ela pode ser usada como uma ferramenta para melhorar áreas como saúde e educação, além da
produtividade no mercado de trabalho.”
O termo “além” foi utilizado para estabelecer uma relação de adição.

c) “Como qualquer outra nova tecnologia, as IAs têm seus defensores e seus críticos, ou seja, há quem
acredite que elas serão extremamente benéficas...”
15. Os valores éticos e morais são fundamentais para nortear o comportamento humano, orientando as ações e
decisões em relação ao que é certo e errado, justo e injusto, respeitoso e prejudicial. Exemplos de valores
sociais: Trabalho; Respeito às leis; Respeito aos indivíduos; Cooperação; Solidariedade, entre outros. Assim, de
acordo a temática do texto, responda.
a) No texto “Quais são os perigos da Inteligência Artificial? Dá para controlá-la?”, é possível perceber a
presença de valores sociais e/ou éticos?

b) Quais valores sociais, éticos e humanos podem guiar o desenvolvimento, o uso e implantação da Inteligência
Artificial?
( ) trabalho, amor e liberdade.
( ) responsabilidade, justiça e segurança.
( ) cuidado da saúde, honestidade e cooperação.
GRUPO DE ATIVIDADES 3
Sistematizando os conhecimentos
Estudante, chegou a hora de adquirir mais informações e aprofundar seus conhecimentos. Vamos lá?
Leia o texto a seguir.
Texto II

Disponível em https://blogdoaftm.com.br/wp-content/uploads/2023/03/4545.jpg Acesso em: 6 mar. 2025.


16. O texto I (artigo de opinião) e o texto II (charge) têm em comum o fato de
(A) mencionarem os benefícios da Inteligência Artificial.
(B) citarem a importância da Inteligência Artificial para o futuro.
(C) argumentarem sobre o uso desenfreado da Inteligência Artificial.
(D) abordarem sobre a questão do impacto da Inteligência Artificial na sociedade.

17. Em relação ao tema abordado nesses textos, pode-se dizer que as ideias apresentadas são
(A) complementares.
(B) contraditórias.
(C) semelhantes.
(D) excludentes.
18. No texto II, na frase “Inteligência Artificial pode extinguir diversas profissões do futuro...”, a expressão
destacada indica uma
(A) certeza.
(B) obrigação.
(C) necessidade.
(D) possibilidade.

19. Na passagem “Ainda assim, até os maiores entusiastas da tecnologia, como Bill Gates, fazem alertas sobre
os riscos que podem ser causados com seu mau uso, ou caso as IAs “estabeleçam seus próprios objetivos” à
medida que melhoram com o tempo.”, as expressões articuladoras em destaque estabelecem, respectivamente,
relação lógico-discursiva de
(A) adição e proporção.
(B) oposição e condição.
(C) alternância e concessão.
(D) conclusão e conformidade.
20. Os sinais de pontuação, além de demarcarem unidades de sentido, garantem expressividade ao texto,
provocando efeitos de sentido diversos. Quando tratamos dos efeitos de sentido do uso da pontuação, estamos
nos referindo à relação entre semântica e pontuação e ao objetivo discursivo do falante. No texto, a autora
emprega aspas em determinadas partes do texto. Esse uso se fez necessário para

(A) delimitar um discurso indireto de um entrevistado.


(B) destacar uma expressão que não é usada diariamente.
(C) reproduzir de maneira direta um discurso de alguém importante.
(D) indicar uma citação de pesquisa com dados e termos científicos.
Estudante, Identificar fatos e opiniões, dentro de um texto, é muito importante para a compreensão das ideias,
de forma que possamos entender o que aconteceu e, quando for o caso, ter contato com a opinião de alguém
sobre isso, mas sabendo que pode haver outros pontos de vista. Nesse sentido, é importante considerar que
“fato” é algo real, concreto e verdadeiro e “opinião” é o julgamento que é feito pelo interlocutor/emissor da
mensagem.

21. No texto I, O trecho em que há uma opinião é:


(A) “... esse era um campo de Ciência da Computação mais explorado em processos industriais...”
(B) “... recursos baseados em Inteligência Artificial já são aplicados em sistemas de carros autônomos.”
(C) “O amanhã é promissor e a Inteligência Artificial será tão fundamental quanto a criação do
microprocessador...”
(D) “A IBM, empresa voltada para a área de tecnologia da informação, anunciou em maio que pretende reduzir
30% dos empregos...”
22. Leia o texto abaixo.
Pets melhoram a vida dos tutores? Saiba o que a ciência diz sobre a relação entre pessoas e animais
domésticos
A convivência com um animal de estimação é capaz de melhorar a saúde de uma pessoa? Para os amantes
dos pets, a resposta é sim: um gato pode, por exemplo, ser um aliado no combate à solidão para um idoso; um
cachorro tem potencial para ser um elo entre integrantes de uma família.
Não há, porém, consenso entre os estudos científicos. Parte conclui que há benefícios ao ser humano nessa
relação. Outros pesquisadores chegaram ao resultado oposto, ao alegar indiferença ou mesmo prejuízo na
convivência. [...]
– Tratar um pet como um familiar é algo que temos visto frequentemente. [...] Também há vários estudos
sobre o impacto (dos pets) na saúde psicológica – afirma Tatiana Irigaray, psicóloga que pesquisa a relação
entre seres humanos e animais domésticos.
A estudiosa diz acreditar que há benefício para pessoas na relação. Como exemplo, cita uma pesquisa em
andamento que envolveu 215 pessoas com 59 anos ou mais. [...]
Outros estudos do gênero associam a convivência ao aumento do bem‑estar, da autoestima e da felicidade
em tutores de todas as faixas etárias, pois os pets oferecem uma companhia capaz de estimular a socialização e
incentivar hábitos como caminhadas diárias. Tatiana argumenta:
– Os animais fazem com que as pessoas tenham uma rotina em função deles. Para quem mora em
apartamento, há a hora de levar os cachorros para passear, o que motiva a interação com outras (na rua) e com
aquelas que gostam de animais. Os pets são catalisadores de outras relações e se destacam como um
atenuante da solidão, tornando mais feliz a vida dos tutores. [...]
A docente pondera, porém, que há estudos que não encontraram benefícios na relação com animais. Há
materiais apontando que esse relacionamento pode ser prejudicial às pessoas, levando ao [...] aumento do
tédio, solidão e diminuição da satisfação com a vida. [...]
– A literatura recente mostra que apenas ter um animal no pátio longe do convívio da família e com pouca
interação não vai trazer benefícios aos tutores. Portanto, para usufruir dos benefícios citados em pesquisas [...],
é necessário ter a convivência – completa Tatiana.
COIMBRA, Vinicius. Pets melhoram a vida dos tutores? Saiba o que a ciência diz sobre a relação entre pessoas e animais domésticos. GZH Saúde, 26 abr. 2024.
Disponível em: https://meulink.fit/WkDyAJXzHhUdlZy. Acesso em: 10 jun. 2024. Fragmento. (P00073530_SUP)

Nesse texto, um argumento que contradiz a ideia de que ter um animal apresenta melhoras para a saúde das
pessoas encontra‑se no trecho:

(A) “... um cachorro tem potencial para ser um elo entre integrantes de uma família.”. (1º parágrafo)
(B) “Parte conclui que há benefícios ao ser humano nessa relação.”. (2º parágrafo)
(C) “... estudos do gênero associam a convivência ao aumento do bem‑estar,...”. (5º parágrafo)
(D) “A docente pondera, porém, que há estudos que não encontraram benefícios na relação com animais.”. (7º
parágrafo)
Fonte: Avaliação Contínua da Aprendizagem nos Anos Finais - Ciclo II/2024.
GRUPO DE ATIVIDADES 1
Contextualizando o gênero, o tema e o campo de atuação

Estudante, vamos conhecer o gênero textual Meme? Convido você a conhecer mais sobre esse gênero
multissemiótico, ou seja, um gênero que combina texto e imagem, com criticidade e humor,
características que demarcam essa modalidade de linguagem. Será informativo e muito divertido!!!!

1. Antes de ler os textos, vamos conversar?

– O que é um meme?
– O que é possível tratar nos memes?
– Em que circunstâncias os memes são utilizados?
– Quais são as temáticas abordadas por eles?
► Conhecendo o gênero textual
Meme
Os memes são uma forma de comunicação que se popularizou na internet e se tornou uma parte
importante da cultura digital.
Os memes possuem algumas características específicas que os diferenciam de outros tipos de
comunicação. Primeiramente, eles são curtos e objetivos, geralmente contendo apenas algumas palavras ou
uma frase. Além disso, os memes são altamente visuais, utilizando imagens ou vídeos para transmitir sua
mensagem. Eles também são altamente compartilháveis, sendo facilmente replicados e disseminados nas
redes sociais. Geralmente, um meme é composto por uma imagem ou vídeo que serve como base,
acompanhado por um texto que complementa ou modifica o significado original. Essa combinação entre
imagem e texto é o que torna os memes tão eficazes na comunicação, pois permite transmitir uma mensagem
de forma rápida e concisa.
Disponível em: https://aulanotadez.com.br/glossario/o-que-e-genero-textual-memes/. Acesso em: 31 jan. 2025.
A personificação, também conhecida por prosopopeia, é uma figura de linguagem que ocorre quando há
atribuição de ações, qualidades ou sentimentos humanos a seres inanimados ou irracionais. A personificação
é considerada uma figura de pensamento, pois está ligada à compreensão do texto.
Exemplos:
- “E as borboletas sem voz dançavam assim veludosamente.” (as borboletas recebem características e ações
humanas: “sem voz” e “dançavam”).
- “Palmeiras se abraçam fortemente”. (seres não humanos que recebem características e fazem ações
relativas ao ser humano.)
Disponível em: http://educacao.globo.com/portugues/assunto/figuras-de-linguagem/prosopopeia-personificacao.html Acesso em: 31 jan. 2025 (adaptado).
Observe a imagem a seguir.
Texto I

Disponível em: https://static.tudointeressante.com.br/uploads/2016/09/Gato.jpg Acesso em: 31 jan. 2025.


4. Pela leitura do meme, o que é possível inferir sobre o comportamento dos seres humanos?

5. Pelo fato do meme ser engraçado, ele tem por objetivo divertir ou levar o interlocutor à reflexão?

6. Em que veículos ou suportes de comunicação são comuns de encontrarmos esse tipo de texto?

7. Com que finalidade as pessoas usam memes no seu dia a dia?

8. Memes são mensagens (imagens, vídeos ou frases) que se espalham rapidamente pela internet, muitas
vezes, por meio das redes sociais, sendo reproduzidos e modificados por muitas pessoas. Qual é o objetivo
principal do gênero textual meme?
(A) Promover produtos e marcas famosas.
(B) Difundir desinformação nas redes sociais.
(C) Compartilhar emoções de forma rápida e eficaz.
(D) Promover diversão às pessoas através da internet e redes sociais.
GRUPO DE ATIVIDADES 2
Ampliando os conhecimentos

Estudante, vamos conhecer a Charge? Ela é um outro texto multissemiótico como o Meme, isto é, um
texto que combina elementos verbais e não verbais. Vamos lá??

Charge
A charge é um gênero textual que se caracteriza pela combinação de elementos visuais e textuais para
transmitir uma mensagem de forma humorística e crítica. Ela utiliza recursos como caricaturas, desenhos,
legendas e balões de fala para criar uma narrativa visual que satiriza algum aspecto da sociedade, seja político,
social, cultural ou econômico.
O nome charge, vem do francês charger, que significa "fazer carga", "exagerar".
Disponível em: https://aulanotadez.com.br/glossario/o-que-e-genero-textual-charge/. Acesso em: 31 jan. 2025 (adaptado).
Características da Charge
▪ Linguagem verbal e não verbal.
▪ Humor.
▪ Leitura crítica do cotidiano.
▪ Atual / Efêmera / Contextualizada.
▪ Situações particulares.
▪ Personagens públicas.
▪ Intencionalidades: Críticas a personalidades públicas e privadas. / Visão crítica sobre notícias que
despertam a atenção do público.
Disponível em: https://aulanotadez.com.br/glossario/o-que-e-genero-textual-charge/. Acesso em: 31 jan. 2025 (adaptado).
Leia a charge.
Texto II

Disponível em: https://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/images/provas/101948/32.jpg. Acesso em: 26 maio 2025.


9. A charge é um texto que apresenta elementos verbais (texto escrito) e não verbais (imagens) e que tem
como intuito fazer uma crítica sobre determinado acontecimento do nosso cotidiano.
a) Quem são as personagens retratadas nessa charge?
b) Em relação aos elementos verbais e não verbais, como essas personagens são retratadas?

10. O gênero textual charge alia palavras a imagens para construir os sentidos do texto. Que elementos da
charge (Texto II) são essenciais à sua compreensão e produção de sentido?

11. A charge apresenta como principal característica a presença de elementos críticos, como a ironia e a
sátira, acerca de determinada pessoa ou acontecimento. Dessa forma, qual o assunto da charge (Texto II)?

12. Suporte ou portador é o meio físico ou virtual que serve de base para a materialização de um texto. As
charges são publicadas em qual(is) suporte(s)?
13. Que desigualdade social pode-se observar nesta charge?

( ) Racial.
( ) Cultural.
( ) Geográfica.
( ) Econômica.

14. Pode-se dizer que a diferença de fala entre as personagens contribui para a crítica que a charge faz?
Justifique sua resposta.
15. A charge faz uma crítica
(A) aos pais que superprotegem seus filhos.
(B) ao uso excessivo de aparelhos tecnológicos.
(C) às facilidades que os pais possuem para comprar aparelhos.
(D) às desigualdades sociais e econômicas presentes no nosso cotidiano.

16. Esse texto foi escrito para


(A) relatar um fato.
(B) divulgar uma ação.
(C) criticar uma situação.
(D) anunciar um produto.
17. Em relação ao gênero charge, marque (V) verdadeiro ou (F) falso.

( ) As charges apresentam uma linguagem permeada pelo bom humor, aliando as linguagens verbal e não
verbal para a construção de sentidos do texto.
( ) Na charge, a linguagem verbal é o elemento principal para o seu entendimento.
( ) A charge é comumente utilizada com a intenção de tecer críticas políticas e sociais, sempre preservando
como traço predominante o humor.
( ) Predominância da linguagem figurada, ou seja, geralmente utiliza-se de metáforas e termos literários.
( ) As charges não podem ser consideradas como gêneros textuais, visto que a linguagem não verbal é a
linguagem predominante.
( ) O gênero textual charge retrata acontecimentos contemporâneos.
GRUPO DE ATIVIDADES 3
Sistematizando os conhecimentos
Estudante, vamos sistematizar nossos conhecimentos sobre textos multissemióticos? Lembre-se de
que eles podem ser marcados pela presença de palavras e de outros recursos, como imagem, sons,
gráficos e links, possibilitando variadas leituras, assim, utilizam a linguagem verbal e não-verbal em um
só produto.
Leia o texto.
Texto III

Disponível em: https://media.brainly.com.br/image/rs:fill/w:1200/q:75/plain/https://pt-static.z-dn.net/files/


d88/27e88ca72dc268b6697a0dc0edbe4f39.jpeg Acesso em: 31 jan. 2025.
18. O meme do texto III se refere a qual assunto?
(A) O feliz final de semana de um garoto.
(B) A prova na segunda-feira lembrada pelo menino.
(C) A felicidade do menino ao lembrar que tem prova.
(D) O menino lembrar que o final de semana está começando.

19. Que linguagens são usadas nesse meme?

20. Como essas linguagens se relacionam no texto em estudo?


21. A partir do meme acima, responda:
a) No gênero textual meme, há uma mescla entre a linguagem verbal e não verbal. Descreva como elas são
materializadas no texto III.
- Linguagem verbal: - Linguagem não verbal:
b) No meme, qual é a expressão do garoto? Qual o motivo de ele ter ficado assim?

22. No meme, a linguagem verbal está relacionada à linguagem não verbal para construir sentido. Assim, como
os dois enunciados que aparecem estão relacionados à imagem?

Fim de semana de boa... Aí você lembra que segunda-feira tem prova

23. Como o humor é construído no meme?

24. Assinale todas as alternativas em que há exemplos de possibilidades de memes:


( ) imagens legendadas.
( ) notícias falsas.
( ) vídeos virais.
( ) expressões propagadas nas redes sociais.
( ) histórias em quadrinhos.
A intertextualidade é uma característica essencial do gênero textual meme. Os memes, por sua natureza curta e
interpretativa, dependem da referência a outros textos ou contextos para serem compreendidos e para gerar
humor ou crítica. A intertextualidade permite que um meme se refira a filmes, músicas, eventos históricos, outros
memes etc., criando um diálogo entre diferentes textos e culturas.

Observe os textos.

Disponível em: https://m.mediaamazon.com/images/I/81ub7uPKERL._AC_UF894, Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/590253094926386727/.


1000_QL80_.jpg. Acesso em: 27 maio 2025. Acesso em 27 maio 2025.
25. O diálogo com outros textos (intertextualidade) é uma das características do gênero meme e um forte recurso
criativo.
a) Por que podemos dizer que o meme é uma forma de intertextualidade?
b) Qual relação o meme do texto IV evidencia?
( ) A relação entre o filme Harry Potter e o Cálice de Fogo com seriado de televisão Chaves.
( ) A relação entre o nome do filme Harry Potter e o Cálice de fogo com os dizeres do personagem Kiko do seriado
de televisão Chaves.
26. Observe no Texto IV e o V, as imagens, os títulos e as palavras/expressões escritas. Ao estabelecer uma relação
entre esses textos percebe-se a predominância de uma intertextualidade no texto IV, pois
(A) na construção desse texto, há uma referência ao filme “Harry Potter” e ao seriado “Chaves”, especialmente, ao
considerar a personagem Kiko e sua fala característica: “cálice calice calice - você me deixa louco.”
(B) na construção desse texto, há a utilização de imagens e símbolos do filme Harry Potter e do filme Cálice de
Fogo.
(C) na construção desse texto, é feita uma alusão às personagens do Harry Potter e o Cálice de Fogo.
(D) no texto IV são apresentadas algumas personagens do seriado “Chaves”, destacando o Kiko como a mais
importante.
27. Leia o texto abaixo.

BEBÊS e os seus horários. Piadas e Vídeos. Disponível em: https://meulink.fit/aHdCLIjYFUlwJBK. Acesso em: 24 jun. 2024.
(P00074346_SUP)
GRUPO DE ATIVIDADES 1
Contextualizando o gênero textual, o tema e o campo de atuação
1. Antes de ler os textos, vamos conversar? Observe a imagem.

Disponível em: https://www.palavraencantada.com.br/wp-content/uploads/2024/02/A-Evolucao-do-Genero-de-Misterio-na-Literatura-1-2.webp Acesso em: 12 mar. 2025.


- O que essa imagem te traz à mente?
- A imagem do homem e dos objetos na mesa te lembra que tipo de personagem?
- Que trabalho esse tipo de personagem costuma realizar?
- Que situações podem se tornar um mistério, um enigma a ser desvendado?
- Você já leu ou ouviu falar sobre histórias/casos de mistério, de investigação? Quais?​
- Você já ouviu falar sobre o famoso detetive Sherlock Holmes?
► Conhecendo o gênero textual
Narrativa de Enigma
O gênero textual enigma é uma forma de comunicação que desafia o leitor a decifrar um mistério ou resolver um
quebra-cabeça. É um tipo de texto que desperta a curiosidade e o interesse do leitor, pois envolve a busca por pistas e a
solução de um enigma. Esse gênero é amplamente utilizado em jogos, livros de mistério e até mesmo em campanhas
publicitárias.
Características
O gênero textual enigma possui algumas características específicas que o diferenciam de outros tipos de textos.
Primeiramente, ele apresenta uma estrutura narrativa que envolve uma situação inicial, um desenvolvimento e uma
resolução. Além disso, o enigma em si é apresentado de forma enigmática, ou seja, de maneira que desperte a
curiosidade do leitor e o instigue a buscar a solução.
Outra característica importante do gênero textual enigma é a presença de pistas que auxiliam o leitor na resolução do
mistério. Essas pistas podem ser apresentadas de forma explícita ou implícita, exigindo do leitor habilidades de
interpretação e dedução. Além disso, o enigma pode ser apresentado em diferentes formatos, como charadas, quebra-
cabeças, jogos de palavras, entre outros.
Disponível em: https://aulanotadez.com.br/glossario/o-que-e-genero-textual-enigma/ Acesso em: 12 mar. 2025 (adaptado)
Narrativa de Enigma
De modo geral, pode-se dizer que a narrativa de enigma tem um único detetive, uma vítima e um culpado. O
culpado não deve ser o detetive, nem alguém muito óbvio para o leitor: a governanta, a camareira, o mordomo.
Não há desenvolvimento de romances ou paixões; não há aprofundamento na descrição psicológica, apenas o
suficiente para o leitor compreender a mentalidade do criminoso e, principalmente, nada pode ser explicado
pelo acaso ou pelo sobrenatural. Tudo deve ser explicado de modo racional.
Disponível em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/tecnicas-de-redacao-narracao-o-enigma.htm?cmpid=copiaecola Acesso em: 12 mar. 2025..

Estudante, você já ouviu falar de Sherlock Holmes? O que sabe sobre esse personagem? Por que ele
pode ter inspirado a escrita de uma narrativa de enigma? No texto que iremos ler, o detetive é um
admirador de Sherlock Holmes, a famosa personagem de ficção da literatura britânica, criada por Arthur
Conan Doyle, e conhecido por elucidar crimes baseando-se na observação dos detalhes e no raciocínio
lógico. Vamos lá??
Leia o texto.
Se eu fosse Sherlock Holmes
Os romances de Conan Doyle me deram o desejo de empreender alguma façanha no gênero das de Sherlock
Holmes. Pareceu-me que deles se concluía que tudo estava em prestar atenção aos fatos mínimos. Destes, por
uma série de raciocínios lógicos, era sempre possível subir até o autor do crime.
Quando acabara a leitura do último dos livros de Conan Doyle, meu amigo Alves Calado teve a oportuna
nomeação de delegado auxiliar. Íntimos, como éramos, vivendo juntos, como vivíamos, na mesma pensão, tendo
até escritório comum de advocacia, eu lhe tinha várias vezes exposto minhas ideias de “detetive”. [...]
Passei dias esperando por algum acontecimento trágico, em que pudesse revelar minha sagacidade. Creio
que fiz mais do que esperar: cheguei a desejar.
Uma noite, fui convidado por Madame Guimarães para uma pequena reunião familiar. Em geral, o que ela
chamava “pequenas reuniões” eram reuniões de vinte a trinta pessoas, da melhor sociedade. Dançava-se, ouvia-
se boa música e quase sempre ela exibia algum “número” curioso: artistas de teatro, de “music hall” ou de circo,
que contratava para esse fim. O melhor, porém, era talvez a palestra que então se fazia, porque era mulher
muito inteligente e só convidava gente de espírito. Fazia disso questão.
A noite em que eu lá estive entrou bem nessa regra.
Em certo momento, quando ela estava cercada por uma boa roda, apareceu Sinhazinha Ramos. Sinhazinha
era sobrinha de Madame Guimarães, casara-se pouco antes com um médico de grande clínica. Vindo só, todos
lhe perguntaram:
– Como vai seu marido?
– Tem trabalhado por toda a noite, com uma cliente.
[...]
O embaraço dele se dissipou, porque Madame Guimarães perguntou à sobrinha:
– Onde deixaste tua capa?
– No meu automóvel! Não quis ter a maçada de subir.
A casa era de dois andares e Madame Guimarães, nos dias de festas, tomava a si arrumar capas e chapéus
femininos no seu quarto:
– Serviço de vestiário é exclusivamente comigo. Não quero confusões.
[...]
Nisto, uma das senhoras presentes veio despedir-se de Madame Guimarães. Precisava de seu chapéu. A
dona da casa, que, para evitar trocas e desarrumações, era a única a penetrar no quarto que transformara em
vestiário, levantou-se e subiu para ir buscar o chapéu da visita, que desejava partir.
Não se demorou muito tempo. Voltou com a fisionomia transtornada:
– Roubaram-me. Roubaram o meu anel de brilhantes...
Todos se reuniram em torno dela. Como era? Como não era? Não havia, aliás, nenhuma senhora que o
conhecesse: um anel com três grandes brilhantes de um certo mau gosto espetaculoso, mas que valia de 60 a
80 contos.
[...]
MEDEIROS e ALBUQUERQUE, José Joaquim de Campos da Costa de. Se eu fosse Sherlock Holmes. In: PAES, José Paulo (org.). Histórias de detetive. São Paulo: Ática, 1993. (Para gostar de ler, v. 12).
2. A partir da leitura do fragmento do texto, responda oralmente:
a) Reflitam: O crime compensa ou não compensa?
b) A parte da história contada no texto que você leu te interessou?
c) Qual é o crime cometido na história?
d) Você desconfia de alguém?
e) Que palavras ou expressões que chamaram sua atenção?

Vamos ler o restante da história e descobrir quem é o culpado por roubar o anel de Madame
Guimarães?
Texto I – Parte II
Se eu fosse Sherlock Holmes
[...]
Sherlock Holmes gritou dentro de mim: “Mostra o teu talento, rapaz!”.
Sugeri logo que ninguém entrasse no quarto. Ninguém. Era preciso que a polícia pudesse tomar as marcas
digitais que por acaso houvesse na mesa de cabeceira de Madame Guimarães. Porque era lá que tinha estado
a joia.
Saltei ao telefone, toquei para o Alves Calado, que se achava de serviço nessa noite, e preveni-o do que
havia, recomendando-lhe que trouxesse alguém, perito em datiloscopia.
Ele respondeu de lá com a sua troça habitual:
- Vais afinal entrar em cena com a tua alta polícia científica?
Objetou-me, porém, que a essa hora não podia achar nenhum perito. Aprovou, entretanto, que eu não
consentisse ninguém entrar no quarto. Subi então com todo o grupo para fecharmos a porta a chave. Antes de
se fechar, era, porém, necessário que Madame Guimarães tirasse as capas que estavam no seu leito. Todos
ficaram no corredor, mirando, comentando. Eu fui o único que entrei, mas com um cuidado extremo, um cuidado
um tanto cômico de não tocar em coisa alguma. Como olhasse para o teto e para o assoalho, uma das
senhoras me perguntou se estava jogando o “carneirinho-carneirão, olhai p’ra o céu, olhai p’ra o chão”.
Retiradas as capas, o zum-zum das conversas continuava. Ninguém tinha entrado no quarto fatídico. Todos o
diziam e repetiam.
Foi no meio dessas conversas que Sherlock Holmes cresceu dentro de mim. Anunciei:
- Já sei quem furtou o anel.
De todos os lados surgiam exclamações. Algumas pessoas se limitavam a interjeições: “Ah!”, “Oh!”. Outras
perguntavam quem tinha sido.
Sherlock Holmes disse que o que ia fazer, indicando um gabinete próximo:
– Eu vou para aquele gabinete. Cada uma das senhoras aqui presentes fecha-se ali em minha companhia por
cinco minutos.
– Por cinco minutos? – indagou o Dr. Caldas.
– Porque eu quero estar o mesmo tempo com cada uma, para não se poder concluir da maior demora com
qualquer delas que essa foi a culpada. Serão para cada uma cinco minutos cronométricos.
[...]
E a cerimônia começou. Cada uma das senhoras esteve trancada comigo justamente os cinco minutos que
eu marcara.
Quando a última partiu, saiu do gabinete, achei à porta, ansiosa, Madame Guimarães:
– Venha comigo – disse-lhe eu.
Aproximei-me do telefone, chamei o Alves Calado e disse-lhe que não precisava mais tomar providência
alguma, porque o anel fora achado.
Voltando-me para Madame Guimarães entreguei-o então. Ela estava tão nervosa que me abraçou e até beijou
freneticamente. Quando, porém, quis saber quem fora a ladra, não me arrancou nem uma palavra.
No quarto, ao ver Sinhazinha Ramos entrar, tínhamos tido, mais ou menos, a seguinte conversa:
– Eu não vou deitar verdes para colher maduros. Não vou armar cilada alguma. Sei que foi a senhora que tirou
a joia de sua tia.
Ela ficou lívida. Podia ser medo. Podia ser cólera. Mas respondeu firmemente:
– Insolente! É assim que o senhor está fazendo com todas, para descobrir a culpada?
– Está enganada. Com as outras converso apenas, conto-lhes anedotas. Com a senhora, não; exijo que me
entregue o anel.
Mostrei-lhe o relógio para que visse que o tempo estava passando.
– Note – disse eu – que tenho uma prova. Posso fazê-la ver a todos.
Ela se traiu, pedindo:
– Dê sua palavra de honra que tem essa prova!
Dei. Mas o meu sorriso lhe mostrou que ela, sem dar por isso, confessara indiretamente o fato.
– E, já o agora – acrescentei – dou-lhe também a minha palavra que nunca ninguém saberá por mim o que
fez.
Ela tremia toda.
– Veja que falta um minuto. Não chore. Lembre-se de que precisa sair daqui com uma fisionomia jovial. Diga
que estivemos falando de modas.
Ela tirou a joia do seio, deu-me e perguntou:
– Qual é a prova?
– Esta – disse-lhe eu apontando para uma esplêndida rosa-chá que ela trazia. – É a única pessoa, esta noite,
que tem aqui uma rosa amarela. Quando foi ao quarto de sua tia, teve a infelicidade de deixar cair duas pétalas
dela. Estão junto da mesa de cabeceira.
Abri a porta. Sinhazinha compôs magicamente, imediatamente, o mais encantador, o mais natural dos sorrisos
e saiu dizendo:
– Se este Sherlock fez com todas o mesmo que comigo, vai ser um fiasco absoluto.
Não foi fiasco, mas foi pior.
Quando Sinhazinha chegara, subira logo. Graças à intimidade que tinha na casa, onde vivera até a data do
casamento, podia fazer isso naturalmente. Ia só para deixar a sua capa dentro de um armário. Mas, à procura
de um alfinete, abriu a mesinha de cabeceira, viu o anel, sentiu a tentação de roubá-lo e assim o fez. Lembrou-
se de que tinha de ir para a Europa daí a um mês. Lá venderia a joia. Desceu então novamente com a capa e
mandou pô-la no automóvel. E como ninguém a tinha visto subir, pôde afirmar que não fora ao andar superior.
Eu estraguei tudo.
Mas a mulherzinha se vingou: a todos insinuou que provavelmente o ladrão tinha sido eu mesmo, e, vendo o
caso descoberto antes da minha retirada, armara aquela encenação para atribuir a outrem o meu crime.
O que sei é que Madame Guimarães, que sempre me convidava para as suas recepções, não me convidou
para a de ontem... Terá talvez sido a primeira a acreditar na sobrinha.
MEDEIROS e ALBUQUERQUE, José Joaquim de Campos da Costa de. Se eu fosse Sherlock Holmes. In: PAES, José Paulo (org.). Histórias de detetive. São Paulo: Ática, 1993. (Para gostar de ler, v. 12).
O foco narrativo das narrativas de enigma pode ser em 1ª ou 3ª pessoa. A escolha pelo foco em 1ª pessoa é
o que acontece com mais frequência nesse gênero textual, pois o narrador assume a condição de
personagem, envolvendo-se com a história. É ele quem se coloca na posição de detetive, apresentando ao
leitor os detalhes sobre os acontecimentos, ou, ainda, dando pistas concretas que um narrador-observador, por
exemplo, não percebe.

3. A narrativa de enigma se desenvolve a partir de um crime cometido, e o leitor acompanha todos os


procedimentos da investigação, por meio do olhar do narrador. No texto “Se eu fosse Sherlock Holmes”, qual é o
assunto/tema da história?
4. Na narrativa, há uma voz que conta a história (foco narrativo) de quem conta a história (narrador). Este pode
ser uma personagem da história (narrador em 1ª pessoa), alguém de fora da história que apenas observa os
acontecimentos (narrador em 3ª pessoa), ou alguém de fora da história que sabe tudo sobre a história e as
personagens (também narrador em 3ª pessoa).
a) Na narrativa, o narrador é observador ou atua como personagem? Os fatos são narrados em 1ª ou 3ª
pessoa?
b) Considerando o gênero narrativa de enigma, qual é a importância desse tipo de narrador em sua composição?

5. O título da narrativa remete ao famoso detetive das narrativas de enigma.


a) Que características de Sherlock Holmes inspiraram o narrador?
b) Quais traços do narrador-personagem permitem associá-lo ao detetive inglês?

A intertextualidade em textos literários refere-se à relação e diálogo que um texto estabelece com outros textos,
seja diretamente ou indiretamente, criando camadas de significado e enriquecendo a interpretação da obra.

6. Na história da narrativa “Se eu fosse Sherlock Holmes” o narrador-personagem faz referência


(intertextualidade) a outro tipo de gênero textual, as cantigas de roda. Qual cantiga ele menciona na história?
7. A sagacidade do narrador o levou a fazer algumas deduções e a elucidar o caso antes mesmo de convocar as
mulheres.
a) O que ele observou que foi fundamental para a elucidação do caso?
b) Como o narrador mostra ao leitor que encontrou algo no quarto?
c) Por que dados que revelam as descobertas importantes sobre o crime não são apresentadas claramente ao
leitor no início do texto?

8. Que aspectos da condução da investigação e da elucidação do caso remetem à história de detetives, como as
de Sherlock Holmes?

9. Na narrativa de enigma, o leitor participa, com o detetive, do jogo de desvendar o crime.


a) Quais fatos apresentados antes do anúncio do sumiço do anel tornam Sinhazinha a principal suspeita do
furto? Justifique.
10. O desfecho da narrativa busca surpreender o leitor.
a) Como o detetive considera sua atuação no caso? Por quê?

11. Nas narrativas de enigma, o motivo do crime é fundamental para o desenvolvimento da narrativa. Qual foi o
motivo do crime no texto lido?
(A) Inveja, porque a sobrinha quis ter a riqueza e as joias da tia, Madame Guimarães.
(B) Ganância, uma vez que a sobrinha, ao ver o anel, não resistiu à tentação de cometer o furto.
(C) Ingenuidade, já que Sinhazinha pegou o anel sem considerar as consequências dessa ação.
(D) Necessidade, pois Sinhazinha precisava de dinheiro, mas sua tia se recusou a fornecê-lo a ela.
GRUPO DE ATIVIDADES 2
Ampliando os conhecimentos

12. Além de poucas personagens, a narrativa apresenta tempo e espaço de modo reduzido.
a) Quem são as personagens e como são identificadas?

b) Quanto tempo duram as ações?

c) Onde o enredo se desenrola? Como esse cenário é caracterizado?

d) Qual é a importância da caracterização do espaço para a construção do clima de suspense e de mistério que
há nesse tipo de história?
Tipos de Discurso
No discurso direto, quem fala é a personagem, revelando aspectos como jeito de dizer, vocabulário próprio,
sentimentos e emoções.
No discurso indireto, o ponto de vista é do narrador, que pode não revelar/reproduzir o que e/ou como a
personagem falou.

13. Ao narrar a história, o narrador pode dar voz às personagens – discurso direto - ou falar por eles – discurso
indireto.
a) Que tipo de discurso predomina na história?

b) O uso desse discurso revela ao leitor as impressões das personagens ou o ponto de vista do narrador?

c) Qual dos tipos de discurso – direto ou indireto – permite conhecer o modo de falar, os sentimentos e os
receios das personagens? Justifique com trechos do texto e o que eles revelam.
14. Algumas palavras ou expressões são fundamentais para se ter uma boa progressão textual, pois fazem
referência, reitera ou substitui algum termo dito anteriormente.
Releia o trecho a seguir, e observe os termos em destaque.
“Uma noite, fui convidado por Madame Guimarães para uma pequena reunião familiar. Em geral, o que ela
chamava “pequenas reuniões” eram reuniões de vinte a trinta pessoas, da melhor sociedade. [...]
A noite em que eu lá estive entrou bem nessa regra.”

a) A quem se refere o termo ‘ela’? Que outras palavras poderiam substituir esse termo?

b) No segundo parágrafo, a que se refere o termo ‘lá’?


15. Em um texto, determinados termos/expressões estabelecem relações lógico-discursivas/circunstâncias
conectando as partes desse texto, estabelecendo efeitos de sentido (ideia de adição, conformidade, explicação,
intensidade, tempo...). Nos trechos a seguir, indique as relações lógico-discursivas que os articuladores
destacados estabelecem.

a) “O melhor, porém, era talvez a palestra que então se fazia, porque era mulher muito inteligente e só
convidava gente de espírito.”

b) “Aprovou, entretanto, que eu não consentisse ninguém entrar no quarto.”

c) “Porque eu quero estar o mesmo tempo com cada uma, para não se poder concluir da maior demora com
qualquer delas que essa foi a culpada.”
16. A narrativa permite ao leitor identificar a época em que a história acontece, por meio da caracterização das
personagens e dos costumes mencionados. Justifique sua resposta com elementos retirados do texto.

17. Na narrativa, ao privilegiar a discrição e não revelar a autoria do furto, o narrador-personagem reflete valores
culturais que vigoraram na época retratada.
a) Qual foi a provável preocupação dele ao tomar essa decisão? O que essa atitude do narrador-personagem
revela sobre os valores da época em que se passa a narrativa?

b) Em sua opinião, caso a narrativa fosse ambientada nos dia atuais, como seria o desfecho dessa história?
GRUPO DE ATIVIDADES 3
Sistematizando os conhecimentos
Estudante, leia a seguir um trecho em que aparece o mais famoso detetive de todos os tempos,
Sherlock Holmes que, acompanhado do dr. Watson, está prestes a resolver um grande mistério: o que
seriam os uivos apavorantes do cão, que assustava quem vivia no castelo de Baskerville? Quem ou o
que matou os herdeiros do Castelo, dando início a uma tradição de maldição? Vamos descobrir??

Leia o texto.
O Cão dos Baskerville
[...]
Holmes pusera-se de pé num salto e vi sua silhueta escura, atlética, no vão da porta da cabana, os ombros
curvando-se, a cabeça projetada para a frente, o rosto perscrutando a escuridão.
“Silêncio!” sussurrou ele. “Silêncio!”
O grito fora sonoro em razão de sua veemência, mas fora emitido em algum lugar muito distante da planície
escura. Agora feria nossos ouvidos, mais perto, mais alto, mais urgente que antes.
“Onde é isso?” sussurrou Holmes; e soube pela emoção em sua voz que ele, o homem de ferro, estava
abalado até a alma. “Onde é isso, Watson?”
“Ali, eu acho”, apontei para a escuridão.
“Não, ali!”
Novamente o grito angustiado varreu a noite silenciosa, mais alto e mais perto que nunca. E um novo som
misturou-se com ele, um ribombo profundo, murmurante, musical, mas apesar disso ameaçador, aumentando e
diminuindo como o murmúrio baixo e constante do mar.
“O cão!” exclamou Holmes. “Venha, Watson, venha! Deus queira que não cheguemos tarde!”
Ele começara a correr rapidamente pela charneca, e eu nos seus calcanhares. Agora, porém, de algum lugar
no terreno acidentado imediatamente à nossa frente veio um último grito desesperado, depois um baque surdo,
pesado. Paramos e escutamos. Nenhum outro som quebrou o silêncio pesado da noite sem vento.
[...]
Disponível em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/tecnicas-de-redacao-narracao-o-enigma.htm?cmpid=copiaecola Acesso em: 12 mar. 2025 (adaptado).
18. Releia o texto e responda:
a) Que marcas textuais nos permitem afirmar que o narrador da história é uma personagem que participa da
trama? Justifique sua resposta com trechos do texto.

b) Uma das características da narrativa de enigma é o fato de que a história da investigação é frequentemente
contada por um amigo do detetive, no papel de narrador. Quem é esse narrador? Está em 1ª ou 3ª pessoa?

c) Qual pode ser a intenção de um escritor ao optar pelo foco narrativo em 1ª pessoa?

19. A narrativa de enigma tem como elementos o enredo, narrador, personagens, tempo e espaço. No trecho "o
homem de ferro estava abalado até a alma", como o narrador apresenta uma característica fundamental de
Sherlock Holmes?
20. Algumas palavras, nas narrativas de enigma, auxiliam na caracterização de um ambiente sombrio e de
suspense. Transcreva do texto “O Cão dos Baskervilles” palavras /expressões que expressam esse ambiente
sombrio.

21. Qual é a finalidade dessa narrativa?

Efeitos de sentido
Os "efeitos de sentido" referem-se a diferentes maneiras pelas quais as palavras, frases, expressões ou
elementos linguísticos em um texto podem ser interpretados ou percebidos para além do seu significado literal.
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/efeitos-sentido-duplo-sentido-ambiguidade-ironia-humor.htm. Acesso em: 14 abr. 2025 (adaptado).
22. Observe no texto o efeito de sentido das seguintes palavras/expressões “homem de ferro” e “o grito
angustiado varreu a noite silenciosa”. Para que elas foram utilizadas?

23. Observe as palavras ou expressões destacadas em cada trecho do texto e indique que relação elas
estabelecem.
a) “E um novo som misturou-se com ele, um ribombo profundo, murmurante, musical,”, a palavra destacada foi
utilizada para quê?
b) “... mas apesar disso ameaçador, aumentando e diminuindo como o murmúrio baixo e constante do mar.”

24. Em “Agora, porém, de algum lugar no terreno acidentado imediatamente à nossa frente veio um último grito
desesperado, depois um baque surdo, pesado.”, o termo destacado expressa ideia de
(A) adição.
(B) oposição.
(C) finalidade.
(D) conclusão.
25. Observe o trecho:
“Ele havia começado a correr rapidamente pela charneca, e eu o seguia nos seus calcanhares. Mas agora, de
alguma parte por entre o terreno irregular imediatamente à nossa frente, veio o último grito desesperado e
depois uma pancada forte e ensurdecedora.”
Os termos “rapidamente” e “imediatamente” dão à cena uma

(A) aceleração nas ações do detetive e seu ajudante.


(B) certa lentidão nas ações do detetive e seu amigo.
(C) presteza à investigação para se chegar à solução do crime.
(D) morosidade à investigação sobre os fatos ocorridos na trama.
26. Em “O cão!” exclamou Holmes”, o ponto de exclamação foi utilizado para
(A) expressar alívio.
(B) destacar dúvida.
(C) evidenciar surpresa.
(D) demonstrar resignação.

27. (PROVA BRASIL 2015). Leia o texto abaixo.


O segredo do enigma
Susy Cleveland acabava de chegar a Water Jewell após uma longa viagem de comboio. Desceu na estação,
pousou a sua volumosa e pesada mala no chão, e olhou em volta. Não havia ninguém por perto, somente ela.
Podia ouvir o vento soprar de mansinho, vindo dos corredores escuros e antigos. Retirou do bolso um bilhete
dobrado em quatro, desdobrou-o, e releu a carta que recebera a semana passada:
“Olá Susy. Como estás? A última vez que nos vimos já foi há algum tempo, lembras-te? Ajudaste-me a mim e
à vila inteira a resolver o mistério da fonte. Pois bem, tenho outro enigma para ti: o conde Lawrence foi-se
embora da vila, por motivo desconhecido, sem avisar, mas deixou uma mensagem em sua casa, na biblioteca,
em que fala sobre a ilusão e imaginação. E, mais importante, quem decifrar o enigma encontra um tesouro
escondido na vila! Eu sei o que estás a pensar, este sítio tem imensos segredos por desvendar e parece que
cada vez existem mais. Contudo, sei que não és capaz de recusar um desafio como este e muito menos
controlar a tua curiosidade apurada. És a única que o pode decifrar. Os habitantes de Water Jewel contam
contigo!”
Tio Greg.

Susy já era bastante conhecida por aqueles lados pela sua capacidade de raciocínio e dedução. O seu tio
admirava-a imenso, tinha orgulho nela, pois não lhe restava mais ninguém, vivia sozinho. Os pais de Susy
viajavam permanentemente por causa dos seus empregos, mas nem a própria filha sabia ao certo o que faziam.
Greg insistia, de cada vez que a sobrinha o visitava, de gracejar “Lá andam eles a espiar e prender criminosos
por esse mundo afora! Onde estão desta vez?” e de seguida dava uma gargalhada. Estava convencido de que
eram espiões. Susy adorava-o, e por essa razão prontificou-se logo a partir. Voltou a guardar a carta no bolso e
preparava-se para sair da estação, quando de repente sentiu uma tontura e desmaiou. [...]
BOLTON, Jeff. Disponível em: <http://aninhacontos.wordpress.com>. Acesso em: 7 jun. 2011. Fragmento.
De acordo com esse texto, Susy era conhecida em Water Jewel

(A) pela capacidade de raciocínio e dedução.


(B) pela mania de viajar de comboio.
(C) por carregar uma volumosa mala.
(D) por costumar reler as cartas.

Estudante, nesta etapa, você irá produzir uma “Narrativa de Enigma”. Para isso, leia e interprete a
proposta de escrita, os textos motivadores, observe as características e a estrutura do gênero, bem
como relembre as explicações sobre esse gênero realizadas durante as aulas pelo(a) seu(sua)
professor(a). Siga o passo a passo das “orientações gerais para produzir o seu texto”.
HORA DE PRODUZIR!
1. O gênero textual “Narrativa de Enigma” é uma forma de comunicação que desafia o leitor a decifrar um
mistério ou resolver um quebra-cabeça. É um tipo de texto que desperta a curiosidade e o interesse do leitor,
pois envolve a busca por pistas e a solução de um enigma. A narrativa de enigma, geralmente, apresenta uma
estrutura que envolve uma situação inicial, um desenvolvimento e uma resolução. Além disso, o enigma
desperta a curiosidade do leitor e o instiga a buscar uma solução para o caso. As características de um narrativa
de enigma são: presença de crime ou mistério, detetives como personagens centrais, uso da lógica, vestígios do
crime (pistas). Uma narrativa de enigma tem como tema central um crime. Assim, seu objetivo será a
investigação e resolução desse fato, contando sempre com um detetive para isso. Ao longo da história, o autor
vai soltando pistas sobre o crime, que ajudarão o detetive a encontrar o verdadeiro culpado.
Escreva uma narrativa de enigma tendo como tema central um “crime” e “o fascinante trabalho da IA para
desvendar esse crime.” Para criar essa narrativa, utilize a sua criatividade e a ficção para criar um mistério...
Leia os textos motivadores para produzir o seu texto. Na leitura do Texto I, você vai relembrar algumas
características de uma “narrativa de enigma”, no Texto II, a sugestão é que você aproveite a ideia do matemático
americano quando teve a ideia de: ao criar um enigma, descrever um crime em um guardanapo com uma série
de suspeitos entre outras coisas. Aproveite essa ideia de modo criativo e ficcional, considere o Texto III para ter
uma ideia bem interessante e inovadora do uso da A Inteligência Artificial (IA) para ajudar a desvendar o enigma
que você vai criar em seu texto.

2. Leia os textos motivadores a seguir.


Texto I (Narrativa de Enigma)
O incrível enigma do galinheiro

Isso aconteceu numa época em que o grande detetive Sherlock Holmes estava
aposentado e um tanto esquecido. Em Londres, onde morava, ninguém mais o
chamava para elucidar mistérios. Conformava-se, dizendo: não se fazem mais
bandidos como antigamente.
Meu tio Clarimundo, leitor das aventuras de Sherlock, foi quem decidiu contratá-lo.
Mas que não trouxesse seu secretário Dr. Watson, que só servi para ouvir no final de
cada caso a mesma frase: “Elementar, Watson”.
– Mas se trata dum caso tão insignificante – protestou mamãe.
– Insignificante? Esse enigma está nos pondo malucos.
Alguém andava assaltando nosso galinheiro. A cada dia sumia uma galinha. Quem faria isso, estando a casa
cercada por paredes de imensos edifícios? Não havia muro para saltar. Nem grades para pular. E na casa, só
morava eu, meus pais, tio Clarimundo e Noca, a velha empregada. Um enigma muito enigmático, sim.
Sherlock Holmes chegou e hospedou-se no quarto dos fundos. Ele, seu boné xadrez, seu cachimbo, lógico, e
mais logicamente sua lupa, que aumentava tudo.
Chegou anunciando:
– Chamarei esta aventura “O caso das galinhas desaparecidas”. Ou ficaria melhor “O incrível enigma do
galinheiro”? – Ambos são bons, mas...
– Na maior parte das vezes o culpado é o mordomo – informou Sherlock. – Onde está o suspeito? – Não
temos mordomo – lamentou tio Clarimundo.
– Então me levem à cena do crime.
Levamos Sherlock ao quintal, pequeno e espremido entre os prédios. Ele tirou a lupa do bolso. Um palito ou
folha de árvore, examinava concentradamente. Depois, tomava notas num caderno. Mas, como a viagem o
cansara, foi dormir cedo. Na manhã seguinte minha mãe acordou-o com uma informação:
– Sumiu outra galinha.
– Esta noite dormirei no galinheiro.
E dormiu mesmo, sentado numa poltrona. Desta vez eu que o acordei.
– Mister Holmes, roubaram mais uma galinha. A notícia fez com que se decidisse:
– A história se chamará mesmo “O incrível enigma do galinheiro”.
– Não estamos preocupados com títulos – rebateu meu tio.
– Mas meu editor está.
Neste dia consegui ler o caderno de anotações do detetive. Li: nada, nada, nada. Um nada em cada página.
Organizado, não? Também nesse dia Sherlock telefonou a Londres para trocar impressões com o fiel Dr.
Watson. Uma fortuninha em chamados internacionais.
E as galinhas continuavam desaparecendo, apesar de Sherlock Holmes dormir no galinheiro. Ele já andava
falando sozinho.
– Nem sinal de gato, cachorro, raposa, gambá. Todo o meu prestígio está em jogo. Por fim, restou apenas
uma galinha. À hora do almoço o famoso detetive, sentindo-se velho e fracassado, sofreu uma crise, chorando
na frente de todos. Nós nos comovemos muito com a situação. Um homem daqueles derramar lágrimas... Noca,
então, deu um passo à frente e confessou:
– Eu que roubava as galinhas. Dava às famílias pobres duma favela. Sherlock enxugou imediatamente as
lágrimas na manga do paletó.
– Já sabia. Fingi chorar para que ela confessasse.
– Então desconfiava de Noca? – perguntou tio Clarimundo.
– Encontrei penas de galinha no quarto dela. Elementar, Clarimundo. E o que dizem de comermos a penosa
que resta no galinheiro?
Não sei se foi escrito “O incrível enigma do galinheiro”. Se foi, pobres leitores. Na verdade eu que roubava as
galinhas para dar aos favelados. Inclusive quando o detetive dormia no galinheiro. Noca sabia disso e assumiu
a culpa em meu lugar. Elementar, Mister Sherlock Holmes.
Disponível em: http://professormarconildoviegas.blogspot.com/2016/09/prova-interpretacao-de-texto-sherlock.html. Acesso em: 8 maio 2025.
Marcos Rey, Em Vice-Versa ao Contrário. Org. Heloísa Prieto, São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1993.
Disponível em: https://sosprofessoratividades.com/o-incrivel-enigma-do-galinheiro/. Acesso em: 8 maio 2025 (adaptado).
Texto II
A tendência que une livro a jogos e transforma o leitor em detetive

[...]
Em um dia tedioso de 2021, o matemático americano G.T. Karber — filho de
advogados e neto de um investigador do FBI – estava em um café quando
teve a ideia de um enigma: em um guardanapo, descreveu um crime com
uma série de suspeitos, elencou dicas para encontrar o verdadeiro
responsável, além da arma e do local do crime e enviou a um amigo.
Apaixonado por mistérios policiais, ele criou pouco depois, um programa de
computador para garantir que as dicas não tivessem furos e produziu uma
leva desses enigmas para o site Murdle - que foi vertido no livro de mesmo
nome, lançado no Brasil [...], com 100 casos a ser solucionados.
Protagonizada pelo detetive Logicus, a obra tem também uma narrativa interligada. “Além de resolver os
enigmas, é possível desvendar uma trama maior à medida que os casos vão sendo elucidados.”
Disponível em https://veja.abril.com.br/cultura/a-tendencia-que-une-livro-a-jogos-e-transforma-o-leitor-em-detetive/. Acesso em 8 maio 2025.
Texto III
O Uso da Inteligência Artificial na Investigação Criminal: Como Ela Pode Impactar Seu Caso?

A tecnologia vem transformando a forma como investigações criminais são conduzidas. A


Inteligência Artificial (IA) já é uma aliada das autoridades para analisar grandes volumes
de dados, identificar padrões e até prever comportamentos suspeitos. Mas como isso
pode afetar quem está envolvido em um processo criminal? (...) Análise de imagens e
vídeos: Ferramentas de reconhecimento facial ajudam a identificar suspeitos em
filmagens de segurança. Monitoramento de comunicações: Algoritmos analisam
mensagens e ligações em investigações de crimes financeiros e organizações
criminosas. Predição de crimes: Sistemas analisam padrões criminais para prever
áreas e momentos de maior risco. [...]
Disponível em: https://encurtador.com.br/jAaJS. Acesso em: 8 maio 2025.

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA PRODUZIR A NARRATIVA DE ENIGMA:


1) Ao redigir o seu texto, assegure às características do gênero textual “Narrativa de Enigma”.
2) Faça um projeto de texto antes de iniciar a escrita, leia os textos motivadores, marque
palavras/expressões/trechos-chave. (Organizar é o primeiro passo para elaborar o seu texto).
3) Reflita sobre o que se pede na proposta de escrita e relacione aos textos motivadores que você leu.
5) Sua escrita precisa ser fluida, criativa e despertar a atenção do leitor.
6) Faça associações, apresente intertextualidade, trazer outros autores (vozes).
7) Considere os elementos da narrativa, bem como aspectos da ficção, enigma, do suspense.
8) Apresente aspectos da linguagem figurada (conotativa) e plurissignificativa.
9) Dê um título para o seu texto.
10) Releia o texto e faça a reescrita.
Leia os textos.
Texto I
Obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no Brasil
Ministério da Saúde alerta sobre a importância de hábitos saudáveis e alimentação balanceada desde cedo
para prevenir doenças

Hábitos saudáveis têm mais chances de acompanhar a população durante a vida se começarem logo na
infância. Por isso, é preciso chamar atenção para a qualidade de vida e rotina alimentar balanceada [...]. A
estimativa é que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para
obesidade.
A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas no Sistema Único de Saúde (SUS), do
Ministério da Saúde, e pode trazer consequências preocupantes ao longo da vida. Nessa faixa-etária, 28% das
crianças apresentam excesso de peso, um sinal de alerta para o risco de obesidade ainda na infância ou no
futuro. Entre os menores de 5 anos, o índice de sobrepeso é de 14,8, sendo 7% já apresentam obesidade. Os
dados são de 2019, baseados no Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças que são atendidas na Atenção
Primária à Saúde (SAPS).
“Esses números reforçam a importância de ter ambientes saudáveis e promover a educação alimentar desde
cedo pode evitar doenças que podem acompanhar durante o desenvolvimento e ao longo de toda a vida,
afetando o desempenho escolar e aumentando o risco de vários agravos, como hipertensão e diabetes.”,
ressalta o Secretário de atenção Primária, Raphael Parente.
A pandemia da Covid-19 também agravou a situação e teve impacto importante na alimentação das crianças
e adolescentes, além do aumento do sedentarismo. A interrupção significativa na rotina das crianças pode gerar
impacto negativo na saúde mental e bem-estar, o que pode provocar um índice ainda maior de jovens com
excesso de peso. Os cuidados com a saúde de forma multidisciplinar devem ser intensificados, como a prática
de atividade física e escolhas mais saudáveis na alimentação.
Em 2016, foi proclamada a Década de Ação das Nações Unidas sobre Nutrição (2016 a 2025) e o Brasil lidera
as ações, em conjunto com outros governos, para enfrentar os problemas decorrentes da má nutrição,
principalmente para o excesso de peso em crianças menores de cinco anos de idade.
No SUS, o atendimento multidisciplinar garante várias abordagens necessárias para o acompanhamento e
tratamento da doença, já que isso também envolve uma mudança de comportamento em casa. O Ministério da
Saúde tem investido em diretrizes e ações de prevenção e controle e para melhorar a alimentação na infância.
Em 2021, a pasta lançou o Guia Alimentar de bolso para menores de 2 anos, com orientações para introdução
alimentar correta a partir dos seis meses.
Prevenção
A obesidade infantil é resultado de uma série complexa de fatores genéticos, comportamentais, que atuam em
vários contextos: familiar, escolar, social. Fatores que podem ocorrer ainda na gestação podem influenciar, como
a nutrição inadequada da mãe e o excesso de peso. Também pode envolver um aleitamento materno de curta
duração e introdução de alimentos de forma inadequada.
Crianças com obesidade correm riscos de desenvolverem doenças nas articulações e nos ossos, diabetes e
doenças cardíacas. Para evitar esses riscos, é essencial que a introdução alimentar seja feita no período correto
(a partir dos 6 meses, após o período de aleitamento materno exclusivo) e com os alimentos balanceados. Se
esse período não tiver o cuidado e atenção necessários, as crianças ficam expostas cada vez mais cedo aos
alimentos ultraprocessados e industrializados.
Os salgadinhos, refrigerantes, biscoitos recheados devem sair de cena e dar mais espaço aos alimentos que
já conhecemos bem, como arroz, feijão, legumes e frutas. Portanto, o acesso à informação sobre escolhas mais
saudáveis para as famílias, profissionais de saúde, cuidadores e responsáveis é fundamental para combater o
problema.
Nathan Victor
Ministério da Saúde
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021/junho/obesidade-infantil-afeta-3-1-milhoes-de-criancas-menores-de-10-anos-no-brasil Acesso em: 19 mar. 2025 (adaptado).
Texto II

1. No texto I, a ideia defendida pelo autor está no trecho:


(A) “A importância de hábitos saudáveis e alimentação balanceada
desde cedo para prevenir doenças.”
(B) “A pandemia da Covid-19 também agravou a situação e teve
impacto importante na alimentação das crianças”.
(C) “... a educação alimentar desde cedo pode evitar doenças que
podem acompanhar durante o desenvolvimento e ao longo de toda
a vida...”
(D) “A obesidade infantil é resultado de uma série complexa de
fatores genéticos, comportamentais, que atuam em vários
contextos: familiar, escolar, social.
Disponível em: https://lirp.cdn-website.com/f1f13e5b/dms3rep/multi/opt/WhatsApp+Image+2022-
06-03+at+14.29.43-640w.jpeg Acesso em: 7 abr. 2025
2. No texto I, entre os argumentos que embasam o ponto de vista do autor, o argumento de autoridade está no
trecho:
(A) “Hábitos saudáveis têm mais chances de acompanhar a população durante a vida se começarem logo na
infância.”
(B) “A estimativa é que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram
para obesidade.”
(C) “Entre os menores de 5 anos, o índice de sobrepeso é de 14,8, sendo 7% já apresentam obesidade. Os
dados são de 2019, baseados no Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças que são atendidas na Atenção
Primária à Saúde (SAPS).”
(D) “a importância de ter ambientes saudáveis e promover a educação alimentar desde cedo pode evitar
doenças que podem acompanhar durante o desenvolvimento e ao longo de toda a vida” [...], ressalta o
Secretário de atenção Primária, Raphael Parente.”
3. Qual é a finalidade do texto II?
(A) instruir sobre a obesidade infantil.
(B) apresentar e defender obesidade infantil.
(C) narrar uma história de crianças e adolescentes.
(D) conscientizar a população sobre a obesidade infantil.

4. A informação em comum entre o texto I (artigo de opinião) e o texto II (anúncio/campanha publicitária social) é:
(A) As crianças com excesso de peso.
(B) Os hábitos saudáveis na infância.
(C) O aleitamento materno de curta duração.
(D) A alimentação de crianças e adolescentes.
5. O texto I (artigo de opinião) e o texto II (anúncio/campanha publicitária social) apresentam ideias
(A) complementares.
(B) contraditórias.
(C) semelhantes.
(D) excludentes.
6. No texto I, há, predominantemente, um fato no trecho:
(A) “A pandemia da Covid-19 também agravou a situação e teve impacto importante na alimentação das
crianças...”
(B) “Para evitar esses riscos, é essencial que a introdução alimentar seja feita no período correto (a partir dos 6
meses, ...”
(C) “Os dados são de 2019, baseados no Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças que são atendidas na
Atenção Primária à Saúde (SAPS).”
(D) “... o acesso à informação sobre escolhas mais saudáveis para as famílias, profissionais de saúde,
cuidadores e responsáveis é fundamental para combater o problema.
7. No texto II, em “Além da diminuição da autoestima da criança, a obesidade é responsável pelo desenvolvimento
de diversas doenças crônicas.”, o termo em destaque estabelece uma relação lógico-discursiva de
(A) adição.
(B) oposição.
(C) explicação.
(D) conformidade.

Leia o texto.
8. Analisando a imagem e o texto verbal, quem são os responsáveis
pela obesidade da criança?
(A) O pai.
(B) A mãe.
(C) O amor.
(D) Os pais.
Disponível em:
https://2.bp.blogspot.com/-WGP3W5cU8/UVzUqllYvqI/AAAAAAAADMY/UEER7DAc4hw/
s1600/ale%CC%81m+do+peso_web.jpg. Acesso em: 30 abr.
9. No texto, na resposta dos pais em “Amor?”, o uso do ponto de interrogação sugere
(A) raiva.
(B) ironia.
(C) surpresa.
(D) felicidade.

Leia o texto e responda às questões propostas.


A Carta Roubada
Edgar Allan Poe
Paris, logo após o cair de uma noite tormentosa do outono de 18..., eu
estava desfrutando o duplo prazer da meditação e de um cachimbo de
espuma-do-mar em companhia do meu amigo C. Auguste Dupin, em sua
pequena biblioteca, ou gabinete de leitura, au troisième, nº 33, rua Dunôt,
Fauborg Saint- Germain. Fazia ao menos uma hora que mantínhamos
silêncio profundo, enquanto cada um de nós, para qualquer observador
Disponível em: https://i0.wp.com/contocontado.com/wp-
content/uploads/2022/03/68d0fdb434b9b37459c4ac5608c55f6 eventual, podia parecer propositada e exclusivamente ocupado com os
0.jpg?fit=570%2C397&ssl=1. Acesso em: 25 maio 2023.
anéis de fumaça rodopiantes que empesteavam o ar do cômodo. Eu, porém, estava discutindo comigo mesmo
certos assuntos que tinham constituído mais cedo o objeto de nossa conversa naquela noite; refiro-me ao caso
da rua Morgue e ao mistério que envolvia o assassinato de Maria Roger. Estava refletindo sobre a espécie de
relação que existia entre os dois casos, quando a porta do nosso apartamento abriu e deu passagem ao nosso
velho conhecido, Monsieur G., chefe da polícia de Paris.
Nós o saudamos cordialmente, pois o homem era quase tão divertido quanto desprezível e fazia muitos anos
que não o víamos. Estávamos sentados na escuridão, e Dupin se levantou para acender a luz, mas voltou a
sentar sem acendê-la, depois que G. declarou ter vindo para nos consultar ou, melhor, para pedir a opinião do
meu amigo sobre um assunto oficial que tinha gerado muito transtorno.
[...]
— Mas o que, afinal, é o caso em questão? — perguntei.
— Bem, vou lhes contar — respondeu o chefe de polícia, enquanto soltava uma baforada longa, firme e
contemplativa e se ajeitava em sua cadeira. — Vou lhes contar com poucas palavras. Mas, antes de começar,
deixe-me avisá-los de que se trata de um caso que exige o mais absoluto sigilo e que eu provavelmente
perderia o posto que agora ocupo se fosse divulgado que o confiei a alguém.
— Prossiga — pedi.
— Ou não — disse Dupin.
— Pois bem: recebi informação confidencial, de alta fonte, de que certo documento da maior importância foi
roubado dos aposentos reais. Sabe-se quem é o indivíduo que o roubou, não há dúvida quanto a isso, ele foi
visto apanhando-o. Também se sabe que ele o conserva em sua posse.
[...]
— O ladrão — disse G. — é o ministro D., que se atreve a tudo, a fazer tanto as coisas dignas como as
indignas de um homem. O método do roubo não foi apenas engenhoso, mas ousado. O documento em questão,
uma carta, na verdade, tinha sido recebida pela personagem vítima do furto quando esta se encontrava sozinha
no toucador real. [...]
(Em Leituras de escritor, Ana Maria Machado (org.). São Paulo: Edições SM, 2008, pp. 11 e 12)
Disponível em: http://colegiodomhelder.com.br/wp-content/uploads/2012/07/224_02_12_Conto_de_enigma_e_conto_de_terror.pdf. Acesso: 25 abr. 2025 (adaptado).
10. Qual é o tema desse texto?

(A) O encontro entre C. Auguste Dupin e Monsieur G, o chefe de polícia de Paris.


(B) O caso ocorrido na Rua Morgue, investigado pelo narrador.
(C) O roubo de uma carta dos aposentos reais pelo ministro D.
(D) O mistério sobre o assassinato de Maria Roger.

11. Nesse texto, o narrador

(A) faz intromissões na história.


(B) participa dos fatos narrados.
(C) conta um fato observado por ele.
(D) conhece o pensamento dos personagens.
12. De acordo com o texto, o chefe de polícia exigiu absoluto sigilo sobre o assunto porque

(A) era um caso sem importância.


(B) era uma informação confidencial.
(C) tratava-se de assunto não oficial.
(D) era uma notícia sem muitos agravos.

13. No fragmento: “... quando a porta do nosso apartamento abriu e deu passagem ao nosso velho conhecido,
Monsieur G., chefe da polícia de Paris. Nós o saudamos cordialmente, pois havia nele tanto de desprezível
como de divertido, e não o víamos havia já vários anos.”, o pronome “o”, destacado no texto, serve para

(A) referir-se ao chefe da polícia de Paris.


(B) evitar substituições e referir-se ao narrador do texto.
(C) estabelecer relações entre partes textuais e referir-se ao apartamento.
(D) dar continuidade ao texto e referir-se ao tempo que o chefe de polícia não era visto.
14. No trecho, “Estava refletindo sobre a espécie de relação que existia entre os dois casos, quando a porta do
nosso apartamento abriu e deu passagem ao nosso velho conhecido, Monsieur G., chefe da polícia de Paris.”, a
palavra destacada exprime circunstância de
(A) lugar.
(B) modo.
(C) tempo.
(D) intensidade.
15. No trecho “Em Paris, logo após o cair de uma noite tormentosa do outono de 18..., eu estava desfrutando o
duplo prazer da meditação e de um cachimbo de espuma-do-mar em companhia do meu amigo C. Auguste
Dupin, ...”, a expressão destacada indica que o narrador estava desfrutando o duplo prazer da meditação,
(A) enquanto caía uma noite tempestuosa.
(B) antes do cair de uma noite tempestuosa.
(C) depois do cair de uma noite tempestuosa.
(D) durante o cair de uma noite tempestuosa.

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