Desrespeito ao meio ambiente e à vida: crime ambiental e agressão à professor
- 1. Desrespeito ao Meio Ambiente e à Vida: crime ambiental e agressão à professor Em 28 de julho de 2013, ao lado da subsede da APEOESP do Vale do Ribeira, localizada na Rua Capitão João Pocci, n.° 233, Centro, Registro - SP, em frente a um escritório de advocacia, foi praticado um crime ambiental, pois o advogado e funcionário da Sabesp, Amarildo Carlos Simoni Lopes (um dos sócios do escritório), encomendou a poda de uma das árvores para dar visibilidade à imensa placa metálica de propaganda de seus serviços, “poda” esta que decepou a popular “Pata-de-Vaca” (Bauhinia sp.), deixando-a apenas no toco. Este individualismo e falta de respeito com o meio ambiente indignaram muitos, pois as folhas da árvore eram usadas, por exemplo, como remédio para diabete e pressão alta por munícipes e visitantes, que também se deliciavam na sombra que amenizava o calor dos dias quentes e ainda apreciavam sua beleza paisagística. Assim, após a destruição injustificada da árvore, diversos cartazes foram colocados no toco que restou, por diferentes pessoas que se manifestaram sobre a insensibilidade do responsável pelo ato. Fato interessante é que, meses depois, a árvore começou a brotar novamente, resistindo à agressão sofrida. Felizmente. Nos ventos de 08 de janeiro de 2014, quarta-feira, a grande placa metálica da fachada do escritório despencou, a árvore vizinha àquela deixada no toco não resistiu e tombou, juntamente com postes residenciais e fiação elétrica, sobre veículos que estavam estacionados na rua. Logo após o fato, ocorreu um apagão nas imediações; o local foi interditado e o trânsito desviado. A polêmica placa de advocacia, rapidamente, em questão de minutos, fora retirada do local. No dia 10 de janeiro, um novo cartaz foi colocado nos brotos da Pata-de-
- 2. Vaca com os dizeres: “Eu “sumi” por causa da placa de advocacia. Agora, a placa “sumiu”, por quê?” Eis que, no final da tarde, o advogado Amarildo surge na porta da APEOESP (Sindicato Estadual dos Professores) e telefona para o professor que lá estava e pede para o mesmo descer. Ao chegar à frente do advogado, o professor percebeu o descontrole emocional, sendo insultado e agredido fisicamente com socos no rosto por aquele advogado que usava, inclusive, uma camisa da Sabesp. Este mesmo bacharel em Direito já esteve no Sindicato dos Professores em 2010, apresentando-se como advogado do PSDB e exigindo (evidentemente, sem sucesso) que se retirasse uma faixa, com os dizeres: “Serra mente para o povo, educação pede socorro”, além de cartazes que denunciavam deputados que votaram para a retirada de direitos trabalhistas dos professores. A atitude desequilibrada, truculenta e violenta do advogado (que não aceita a livre manifestação do pensamento), funcionário público da Sabesp (empresa estadual que cuida da água e prega a sustentabilidade) e filiado ao partido do governo estadual e municipal, nos remete a pensar o quão longe estamos de um verdadeiro modelo de civilização, no qual haja respeito à natureza e ao ser humano.