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Embedded Labworks
Por Sergio Prado. São Paulo, Maio de 2013
® Copyright Embedded Labworks 2004-2013. All rights reserved.
Android embarcado
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SOBRE ESTE DOCUMENTO
✗ Este documento é disponibilizado sob a Licença Creative
Commons BY-SA 3.0.
http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/legalcode
✗ Os fontes deste documento estão disponíveis em:
http://e-labworks.com/treinamentos/android/source
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SOBRE O INSTRUTOR
✗ Sergio Prado tem mais de 17 anos de experiência em desenvolvimento de
software para sistemas embarcados, em diversas arquiteturas de CPU
(ARM, PPC, MIPS, x86, 68K), atuando em projetos com Linux embarcado e
sistemas operacionais de tempo real.
✗ É sócio da Embedded Labworks, onde atua com consultoria, treinamento e
desenvolvimento de software para sistemas embarcados:
http://e-labworks.com
✗ Mantém um blog pessoal sobre Linux e sistemas embarcados em:
http://sergioprado.org
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AGENDA DO TREINAMENTO
✗ DIA 1: Introdução, código-fonte, sistema de build, embarcando o
Android, camada nativa.
✗ DIA 2: Processo de inicialização, criação de produtos,
desenvolvimento de módulos, framework Android.
✗ DIA 3: System services, aplicações Android, HAL, debugging.
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AMBIENTE DE LABORATÓRIO
/opt/labs/ Ambiente de laboratório
dl/ Aplicações e componentes open­source
que serão usados durante as
atividades de laboratório
docs/ Documentação
guides/ Guias de consulta (shell, vi, etc)
  hardware/ Documentação do hardware
  training/ Slides e atividades de laboratório
ex/ Exercícios de laboratório
tools/ Ferramentas de uso geral
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DURANTE O TREINAMENTO
✗ Pergunte...
✗ Expresse seu ponto de vista...
✗ Troque experiências...
✗ Ajude...
✗ Participe!
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Android embarcado
Introdução ao sistema operacional Android
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HISTÓRICO
✗ 2003: Começou como uma startup chamada Android Inc. em Palo
Alto/CA, focada no desenvolvimento de um sistema operacional
aberto para smartphones.
✗ 2005: Android Inc. comprada pelo Google.
✗ 2007: Criada a Open Handset Alliance, um consórcio de empresas
com interesse na área mobile (Google, Intel, TI, Qualcomm, Nvidia,
Motorola, HTC, Samsung, etc).
✗ 2008: Sai a versão 1.0 do Android.
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VERSÕES
✗ Desde então, todo ano, em torno de duas novas versões são lançadas.
✗ Cada versão tem o nome de uma sobremesa, liberada em ordem alfabética!
✗ 2.2 (Frozen Yogurt)
✗ 2.3 (Gingerbread)
✗ 3.0/3.1/3.2 (Honeycomb)
✗ 4.0 (Ice Cream Sandwich)
✗ 4.1/4.2/4.3 (Jelly Bean)
✗ 4.4 (KitKat)
✗ Este treinamento é baseado no Jelly Bean 4.2.
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
✗ Código aberto.
✗ Interface gráfica com uma experiência familiar.
✗ Ecossistema de aplicações disponíveis (aproximadamente 850.000
aplicações em set/2013).
✗ Framework para desenvolvimento de aplicações.
✗ Ambiente de desenvolvimento completo, incluindo IDE, emulador e
ferramentas de debugging.
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS (cont.)
✗ Suporte total à tecnologias web via WebKit.
✗ Suporte à hardware:
✗ Aceleradores gráficos via OpenGL ES.
✗ Tecnologias de comunicação sem fio (Bluetooth, WiFi, NFC, GSM,
CDMA, UMTS, LTE, etc).
✗ Sensores (acelerômetro, giroscópio, compasso, etc).
✗ Etc!
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ANDROID EM SISTEMAS EMBARCADOS
✗ Estas e outras características levaram o Android a ser avaliado e
utilizado como sistema operacional em aplicações embarcadas.
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ANDROID OPEN SOURCE PROJECT
✗ O Android é basicamente baseado em dois grandes projetos:
✗ Kernel Linux (modificado).
✗ Plataforma Android (AOSP).
✗ A cada versão, o Google libera o código-fonte do projeto através do
Android Open Source Project (AOSP).
http://source.android.com/
✗ Apenas alguns dispositivos são suportados nativamente pelo AOSP,
incluindo os últimos smartphones e tablets de referência do Google
(linha Nexus).
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COMUNIDADE
✗ Qualquer um pode contribuir com o projeto, mas a comunidade é
bem fechada em torno do Google.
https://android-review.googlesource.com
✗ O processo de colaboração é realizado através da ferramenta de
revisão de código Gerrit, também criada pelo Google.
http://en.wikipedia.org/wiki/Gerrit_(software)
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LICENÇAS
✗ A grande maioria dos pacotes estão sob as licenças permissivas
ASL (Apache) e BSD, dando liberdade aos fabricantes de decidirem
se desejam liberar o código-fonte alterado (licenças permissivas
exigem apenas atribuição de autoria).
✗ Alguns pacotes ainda estão sob as licenças GPL/LGPL (vide
diretório external/ no AOSP).
✗ Algumas aplicações do Google são fechadas (Google Play, Gmail,
Google Maps, Youtube, etc) e para tê-las você precisa se certificar
(ACP).
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CERTIFICAÇÃO
✗ Para que o dispositivo possa ter a marca Android e possa usar as
aplicações do Google, é necessário certificá-lo através do Android
Compatibility Program (ACP):
✗ Compatibility Definition Document (CDD): descreve os requisitos
necessários (software e hardware) para que um dispositivo possa ser
considerado compatível com Android.
✗ Compatibility Test Suite (CTS): ferramenta para testes unitários do
framework do Android (APIs, Dalvik, permissões, etc), que deve ser
realizado no dispositivo.
✗ Cada versão do Android tem os seus documentos! Mais informações no
link abaixo:
http://source.android.com/compatibility/
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ARQUITETURA LINUX EMBARCADO
Hardware
Bootloader
Linux kernel
Biblioteca C (glibc, eglibc, uclibc, etc)
Biblioteca Biblioteca
Aplicação Aplicação
Sistema
GNU/Linux
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ARQUITETURA ANDROID
Hardware
Bootloader
Linux kernel
Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)
Framework (serviços e API)
Aplicação
Plataforma
Android
Aplicação Aplicação Aplicação
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COMPONENTES DO SISTEMA
✗ Bootloader depende do fabricante do hardware (U-Boot é comum
em plataformas abertas).
✗ Kernel Linux é alterado para suprir as necessidades do Android
(IPC, shared memory, power management, etc).
✗ Já o espaço de usuário é totalmente diferente de uma distribuição
Linux convencional como o Ubuntu ou o Fedora!
✗ Muitas bibliotecas e aplicações foram reimplementadas por questões
de licença (uclibc x bionic, busybox x toolbox, etc).
✗ Todo o framework de desenvolvimento de aplicações é baseado em
Java.
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DIAGRAMA DE BLOCOS
Fonte: http://source.android.com
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PORTANDO O ANDROID (PASSO-A-PASSO)
1. Escolher uma plataforma de hardware compatível com os requisitos
do Android.
2. Portar o bootloader para a plataforma de desenvolvimento.
3. Portar o kernel Linux para a plataforma de desenvolvimento (com os
patches do Android aplicados).
4. Preparar o sistema de build do Android para compilar e gerar uma
versão customizada da plataforma Android para o seu hardware.
5. Implementar a camada HAL do Android para os dispositivos de
hardware presentes no sistema.
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Android embarcado
Código-fonte
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MÁQUINA DE DESENVOLVIMENTO
✗ É recomendado o uso de uma máquina de 64 bits com o Ubuntu 12.04, já
que esta é a configuração usada e testada pelo Google, mas o sistema de
build deve funcionar em outras máquinas Linux ou MacOS (instalação
nativa ou máquina virtual).
✗ É necessário uma máquina com boa capacidade de processamento (ex: Core
i7) e com bastante espaço em disco (os fontes do Android 4.2 ocupam 10G
de disco, passando de 25G depois de compilado!).
✗ Pré-requisitos de software: git 1.7+, python 2.6/2.7, make 3.81/3.82, JDK 6.
✗ Consulte o link abaixo para instruções mais completas:
http://source.android.com/source/initializing.html
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CÓDIGO-FONTE
✗ Instruções sobre a utilização do código-fonte do AOSP em:
http://source.android.com/source/index.html
✗ Neste link você vai encontrar detalhes sobre como:
✗ Baixar o código-fonte.
✗ Configurar o sistema de build.
✗ Compilar o Android para um dispositivo padrão do Google (últimos
smartphones e tablets do mercado).
✗ Testar a imagem gerada no emulador.
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AOSP E REPOSITÓRIOS GIT
✗ O AOSP é versionado pelo Google através do git.
✗ Porém, o projeto é dividido em vários repositórios git (se o projeto
fosse gerenciado por apenas um repositório git, seria lento para
baixar e difícil de gerenciar!).
✗ Os repositórios git do Android podem ser acessados em:
http://android.googlesource.com
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REPOSITÓRIOS GIT
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FERRAMENTA REPO
✗ Para gerenciar as centenas de repositórios git existentes no AOSP,
o Google então criou uma ferramenta chamada repo.
✗ Esta ferramenta pode ser baixada do site do Google conforme
abaixo:
wget http://commondatastorage.googleapis.com/git­repo­downloads/repo
✗ Com o repo é possível baixar e gerenciar uma versão específica do
Android, composta por diversos repositórios git, descritos em um
arquivo XML (manifest.xml).
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MANIFEST.XML
<?xml version="1.0" encoding="UTF­8"?>
<manifest>
  <remote  name="aosp"
           fetch=".."
           review="https://android­review.googlesource.com/" />
  <default revision="refs/tags/android­4.2.2_r1.1"
           remote="aosp"
           sync­j="4" />
  <project path="build" name="platform/build" groups="pdk" >
    <copyfile src="core/root.mk" dest="Makefile" />
  </project>
  <project path="abi/cpp" name="platform/abi/cpp" groups="pdk" />
  <project path="bionic" name="platform/bionic" groups="pdk" />
  <project path="bootable/bootloader/legacy" name="platform/bootable/bootloader/legacy" />
  <project path="bootable/diskinstaller" name="platform/bootable/diskinstaller" />
  <project path="bootable/recovery" name="platform/bootable/recovery" groups="pdk" />
  <project path="cts" name="platform/cts" />
  <project path="dalvik" name="platform/dalvik" />
  <project path="development" name="platform/development" />
  <project path="device/asus/grouper" name="device/asus/grouper" groups="device,grouper" />
  <project path="device/asus/tilapia" name="device/asus/tilapia" groups="device,grouper" />
  [...]
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BAIXANDO O AOSP COM O REPO
$ repo init ­u https://android.googlesource.com/platform/manifest
$ repo sync
[...] Aqui ele vai clonar cada um dos repositórios git!
$ ls
abi       dalvik       frameworks       Makefile  prebuilts
bionic    development  gdk              ndk       sdk
bootable  device       hardware         out       system
build     docs         libcore          packages
cts       external     libnativehelper  pdk
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OUTROS COMANDOS REPO
✗
repo diff (faz um diff em todos os repositórios git).
✗
repo status (verifica o status de todos os repositórios git).
✗
repo  start (cria um novo branch em um projeto para
desenvolvimento).
✗
repo branches (visualizar branches existentes).
✗
repo forall (executa um comando em todos os repositórios git).
✗
repo help (exibe menu completo de opções).
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REPO E COLABORAÇÃO
✗ O Google desenvolveu uma ferramenta chamada Gerrit para
facilitar o processo de revisão de código e colaboração.
https://android-review.googlesource.com
✗ Através das ferramentas git e repo qualquer pessoa pode
contribuir com o desenvolvimento do Android:
✗ Crie um novo branch:
$ repo start <nome_do_branch>
✗ Faça os commits com o git.
✗ Suba o código para revisão no Gerrit:
$ repo upload
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OUTROS REPOSITÓRIOS ANDROID
✗ O Google AOSP é o repositório principal mas oferece suporte
limitado à dispositivos de hardware.
✗ O BSP do fabricante pode fornecer bom suporte mas normalmente é
mais desatualizado.
✗ A Linaro (focada em ARM) fornece uma árvore alternativa e
atualizada com suporte à um conjunto maior de dispositivos de
hardware:
https://wiki.linaro.org/Platform/Android
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OUTROS REPOSITÓRIOS ANDROID (cont.)
✗ O Cyanogen Mod possui versões customizadas focada em
dispositivos de mercado (smartphones e tablets):
http://cyanogenmod.org/
✗ A comunidade de uma determinada plataforma de hardware pode
manter uma árvore separada do Android, como por exemplo o
Rowboat para os chips Sitara da TI:
https://code.google.com/p/rowboat/
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ANDROID PARA A WANDBOARD
$ repo init ­u git://www.wandboard.org/android/manifest.git ­m default.xml 
$ repo sync ­j4
[...]
$ ls
abi       dalvik       frameworks  libnativehelper  prebuilts
bionic    development  gdk         Makefile         sdk
bootable  device       hardware    ndk              system
build     docs         kernel_imx  packages
cts       external     libcore     pdk
✗ Instruções para baixar o código-fonte do Android para a
Wandboard no link abaixo:
http://www.wandboard.org/index.php/downloads
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DIRETÓRIOS: BOOTLOADER, KERNEL E HAL
✗
bootable/: bootloader de referência e imagem de recovery.
✗
kernel_imx/: kernel para a Wandboard (i.MX6), não existe no
AOSP!
✗
hardware/: definição da interface HAL e implementação padrão
para alguns dispositivos de hardware.
✗
device/: configurações e componentes específicos dos produtos
suportados.
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DIRETÓRIOS: CÓDIGO-FONTE NATIVO
✗
bionic/: biblioteca C padrão do Android.
✗
system/: aplicações e bibliotecas da camada nativa.
✗
external/: projetos externos usados no Android (openssl, webkit,
libusb, etc).
✗
abi/: suporte à RTTI (Run-Time Type Identification) para código
escrito em C++.
✗
libnativehelper/: biblioteca para interface JNI.
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DIRETÓRIOS: FRAMEWORK E APPS
✗
dalvik/: código-fonte da máquina virtual Dalvik.
✗
libcore/: biblioteca Java (Apache Harmony)
✗
frameworks/: código-fonte do framework do Android.
✗
packages/: aplicações Android.
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DIRETÓRIOS: FERRAMENTAS
✗
ndk/: ferramentas do NDK (Native Development Kit), que
possibilita o desenvolvimento de aplicações nativas para o
Android.
✗
sdk/: ferrramentas do SDK (Software Development Kit).
✗
pdk/: ferramentas do PDK (Platform Development Kit).
✗
development/: outras ferramentas de desenvolvimento e
aplicações de debugging.
✗
cts/: ferramentas do CTS (Compatibility Test Suite).
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DIRETÓRIOS: BUILD e DOCUMENTAÇÃO
✗
build/: scripts, Makefiles e outros componentes do sistema de
build.
✗
prebuilts/: binários pré-compilados, incluindo os toolchains.
✗
docs/: conteúdo do site http://source.android.com.
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LABORATÓRIO
Preparando a máquina e baixando o código-fonte
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Android embarcado
Sistema de build
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SISTEMAS DE BUILD
✗ Sistemas de build tem dois principais objetivos:
✗ Integrar todos os componentes de software de um sistema Linux
(toolchain, bootloader, kernel, filesystem).
✗ Tornar o processo de build reproduzível.
✗ O Linux possui vários sistemas de build disponíveis, como por
exemplo o Buildroot, OpenEmbedded e Yocto.
✗ Já o Android tem sua própria solução de sistema de build!
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SISTEMA DE BUILD DO ANDROID
✗ A sistema de build do Android é baseado na conhecida ferramenta
make do projeto GNU, onde diversos makefiles (Android.mk) estão
espalhados pelos diretórios do código-fonte.
✗ Mas não existe nenhum sistema de configuração para definir o que
vai ser compilado, como o menuconfig do Buildroot (kconfig).
✗ A configuração do que será compilado (produto) depende
basicamente de variáveis de ambiente do shell.
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ENVSETUP.SH
✗ O primeiro passo para usar o sistema de build é executar o script
de configuração do ambiente build/envsetup.sh:
$ source build/envsetup.sh
✗ Este script irá alterar o ambiente corrente do shell, definindo
alguns comandos, variáveis de ambiente e macros que serão
usadas durante a compilação.
✗ O comando source é necessário para que as alterações aconteçam
no ambiente corrente do shell.
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ENVSETUP.SH (cont.)
✗ Alguns comandos criados pelo envsetup.sh no ambiente corrente
do shell:
✗
lunch: selecionar o combo (produto e variante) para compilar.
✗
croot: voltar para o diretório principal dos fontes.
✗
godir: ir para o diretório contendo o arquivo especificado.
✗
cgrep: executar um grep em todos os arquivos .c, .cpp e .h.
✗
jgrep: executar um grep em todos os arquivos .java.
✗
resgrep: executar um grep em todos os arquivos .res.
✗
hmm: exibe a lista completa de comandos.
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O PRODUTO
✗ Após executar o script envsetup.sh, o próximo passo é configurar
o produto que desejamos compilar.
✗ Um produto no Android esta associado à um conjunto de
características específicas, incluindo:
✗ Arquitetura do dispositivo de hardware.
✗ Configurações do sistema.
✗ Conjunto de módulos habilitados (aplicações nativas, bibliotecas
nativas, aplicações Android, binários pré-compilados, etc).
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CONFIGURANDO O PRODUTO
✗ A configuração do produto é baseada em algumas variáveis de ambiente
que precisam ser definidas, dentre elas:
✗
TARGET_PRODUCT: nome do produto.
✗
TARGET_BUILD_VARIANT: variante do produto (eng, user, userdebug).
Dentre todos os módulos habilitados para o produto, apenas aqueles
correspondentes à variante selecionada serão incluídos na imagem final.
✗ Você pode definir as variáveis de configuração do produto em um
arquivo chamado buildspec.mk e salvá-lo no diretório principal dos
fontes (vide build/buildspec.mk.default).
✗ Mas a forma mais comum é carregar a configuração do produto através
do comando lunch.
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LUNCH
$ lunch
You're building on Linux
Lunch menu... pick a combo:
     1. full­eng
     2. full_x86­eng
     3. vbox_x86­eng
     4. full_mips­eng
     5. full_grouper­userdebug
     6. full_tilapia­userdebug
     7. imx53_smd­eng
     8. imx53_smd­user
Which would you like? [full­eng]
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LUNCH (cont.)
✗ O comando lunch vai exibir uma lista de produtos no formato
<produto>­<variante>, também chamado de combo, e o usuário
deverá selecionar um destes combos.
✗ É possível também executar o comando lunch passando
diretamente o nome do combo:
$ lunch full­eng
✗ Ao selecionar o combo, o comando lunch irá criar as variáveis de
ambiente necessárias para a compilação:
$ env | grep "ANDROID|TARGET"
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COMPILANDO
✗ Para compilar, é só executar o comando make:
$ make
✗ O processo de compilação pode levar algumas horas, dependendo
da máquina de build.
✗ Use o parâmetro ­j se necessário para paralelizar o processo de
compilação.
$ make ­j4
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O QUE FAZ O MAKE?
✗ Os diversos componentes do Android (aplicações, bibliotecas, etc)
são divididos em módulos, e cada módulo possui um arquivo
Android.mk, contendo suas regras de processamento.
✗ Ao iniciar o processo de compilação, o sistema de build do Android
faz uma busca recursiva por todos os arquivos Android.mk.
✗ Caso o módulo correspondente ao Android.mk encontrado esteja
habilitado para o produto selecionado, seu conteúdo é adicionado à
um arquivo de Makefile integrado.
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O QUE FAZ O MAKE? (cont.)
✗ Após montar este arquivo de Makefile integrado, o sistema de
build inicia a compilação através do processamento deste
Makefile.
✗ Assim que terminar de compilar todos os módulos descritos neste
Makefile, as imagens finais são geradas (ramdisk, system,
data).
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DIRETÓRIO OUT
✗ Ao final do processo de compilação, as imagens estarão
disponíveis no diretório out/, com os subdiretórios host/ e
target/.
✗ No diretório out/host/ temos ferramentas, binários e bibliotecas
compiladas para o host (ex: emulator, mke2fs, etc).
✗ No diretório out/target/ temos os binários compilados para o
target.
✗ As imagens finais estarão disponíveis no diretório
out/target/product/<nome_do_produto>/.
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IMAGENS FINAIS
$ ls out/target/product/generic/
android­info.txt        installed­files.txt       system
clean_steps.mk          obj                       system.img
data                    previous_build_config.mk  test
dex_bootjars            ramdisk.img               userdata.img
hardware­qemu.ini       root                      userdata­qemu.img
hardware­qemu.ini.lock  symbols                   userdata­qemu.img.lock
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OUTROS COMANDOS MAKE
✗ Limpar a compilação do produto selecionado:
$ make clean
✗ Limpar a compilação de todos os produtos:
$ make clobber
✗ Limpar apenas o necessário em uma troca de configuração
(produto):
$ make installclean
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OUTROS COMANDOS MAKE (cont.)
✗ Exibir os comandos executados durante a compilação:
$ make showcommands
✗ Compilar apenas um módulo:
$ make <module>
✗ Limpar a compilação de um módulo:
$ make clean­<module>
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OUTROS COMANDOS DE COMPILAÇÃO
✗ Compilar o sistema de qualquer diretório:
$ m
✗ Compilar todos os módulos no diretório corrente:
$ mm
✗ Compilar todos os módulos de um diretório específico:
$ mmm <diretório>
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EMULADOR
✗ O Android possui um emulador de dispositivos móveis, capaz de
rodar na máquina host e emular o sistema gerado.
✗ Este emulador pode ser compilado através dos produtos full,
full_x86 e full_mips.
✗ É capaz de emular a interface com o usuário via monitor, teclado e
mouse.
✗ Diversos outros dispositivos de hardware e eventos como
coordenadas GPS, recebimento de SMS ou mudança de status da
bateria podem ser emulados através de uma conexão telnet.
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EMULADOR (cont.)
✗ Internamente, o emulador do Android é uma interface gráfica
desenvolvida em cima do qemu.
http://qemu.org
✗ Para compilar uma imagem do Android para o emulador
$ source build/envsetup.sh
$ lunch full­eng
$ make ­j4
✗ E para executar o emulador:
$ emulator &
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O EMULADOR
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LABORATÓRIO
Compilando o Android e testando no emulador
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Android embarcado
Android embarcado
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ARQUITETURA ANDROID
Hardware
Bootloader
Linux kernel
Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)
Framework (serviços e API)
Aplicação
Plataforma
Android
Aplicação Aplicação Aplicação
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HARDWARE
Hardware
Bootloader
Linux kernel
Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)
Framework (serviços e API)
Aplicação
Plataforma
Android
Aplicação Aplicação Aplicação
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HARDWARE TÍPICO COM ANDROID
Fonte: http://www.opersys.com/
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CPU
✗ Oficialmente o Android suporta as arquiteturas ARM, x86 e MIPS.
✗ O mais comum é encontrar o Android rodando em plataformas ARM, em
específico ARMv7 (Cortex-A8) com um ou mais núcleos rodando acima
de 1GHz.
✗ Arquiteturas como x86 e MIPS também são suportadas por outras
empresas ou pela comunidade:
http://www.android-x86.org/
http://developer.mips.com/android/
✗ A partir do Android 4.0, é necessário também uma GPU com suporte à
OpenGL ES 2.0.
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MEMÓRIA E ARMAZENAMENTO
✗ Segundo o Google, é necessário no mínimo 340MB de RAM, mas é
bem típico um sistema com 1GB.
✗ Para o armazenamento, são necessários 300MB para o sistema,
mais 300M para armazenar dados e 1G de armazenamento
compartilhado (normalmente no cartão SD) para armazenar dados
das aplicações (imagens, vídeos, documentos, etc).
✗ Atualmente, é comum o uso de dispositivos de armazenamento de
bloco ao invés de memória flash. O mais comum é utilizar chips
eMMC.
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OUTRAS CARACTERÍSTICAS RECOMENDADAS
✗ Display com touchscreen (especificação mínima definida pelo
Google: 2,5", 426x320, 16 bits).
✗ Botões de navegação (MENU, HOME, BACK). Os botões também
podem ser emulados em software.
✗ Sensores (acelerômetro, magnetrômetro, GPS, giroscópio, etc).
✗ Comunicação wireless (Bluetooth, WiFi, NFC, etc).
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WANDBOARD QUAD
✗ i.MX6 Quad (4 núcleos ARM
Cortex-A9) rodando à 1GHz.
✗ 2G de RAM DDR3.
✗ Duas interfaces de cartão SD e
uma interface SATA.
✗ Saídas de áudio (comum e
S/PDIF) e vídeo HDMI.
✗ Ethernet Gigabit, USB host e
OTG, WiFi, Bluetooth, serial,
etc.
http://wandboard.org
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DISPLAY E PLACA ADAPTADORA
✗ Display LCD de 7” com
resolução de 800x480 (WVGA)
da Touch Revolution.
✗ Touchscreen capacitivo.
✗ Placa adaptadora para a
Wandboard com suporte ao
display de 7” da Touch
Revolution e 4 botões.
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REFERÊNCIAS E DOCUMENTAÇÃO
✗ A documentação do hardware esta disponível no ambiente de
laboratório em docs/guides:
✗ IMX6DQRM.pdf (datasheet do i.MX6)
✗ WandboardQuadUserguide.pdf (guia de usuário da placa)
✗ FusionTouchDisplayDatasheet.pdf (datasheet do display)
✗ AdapterBoardSchematic.tar.gz (esquemático da placa adaptadora)
✗ Recursos na internet:
http://wandboard.org/
https://community.freescale.com/
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BOOTLOADER
Hardware
Bootloader
Linux kernel
Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)
Framework (serviços e API)
Aplicação
Plataforma
Android
Aplicação Aplicação Aplicação
Embedded Labworks
BOOTLOADER
✗ O bootloader é o código responsável por:
✗ Inicialização básica do hardware.
✗ Carregar outro binário (normalmente um sistema operacional) da
memória flash, da rede ou de outro dispositivo de armazenamento
não volátil para a RAM.
✗ Passar o controle da CPU para este binário.
✗ Além destas funcionalidades básicas, a maioria dos bootloaders
possui uma linha de comandos para a execução de diferentes
operações, como verificação de memória, formatação da flash e
rotinas de diagnóstico.
Embedded Labworks
BOOTLOADER NO ANDROID
✗ Não é necessário nenhum trabalho em especial no bootloader para
o Android, apenas que ele seja capaz de carregar a imagem do
Linux e do ramdisk, e passar o controle da CPU para o kernel.
✗ Normalmente cada fabricante de hardware disponibiliza um
bootloader (o U-Boot é padrão em plataformas abertas).
✗ Uma funcionalidade normalmente presente em bootloaders para o
Android é o fastboot, um protocolo de comunicação com
bootloaders via USB.
http://goo.gl/WYyd5
Embedded Labworks
FASTBOOT
✗ É acessível via ferramenta fastboot.
✗ Possui as seguintes funcionalidades:
✗ Transmissão de dados para o bootloader.
✗ Gravação de imagens na flash.
✗ Leitura de variáveis de configuração do bootloader.
✗ Controle da sequência de boot.
Embedded Labworks
FERRAMENTA FASTBOOT
$ fastboot
usage: fastboot [ <option> ] <command>
commands:
  update <filename>                        reflash device from update.zip
  flashall                                 flash boot + recovery + system
  flash <partition> [ <filename> ]         write a file to a flash partition
  erase <partition>                        erase a flash partition
  format <partition>                       format a flash partition 
  getvar <variable>                        display a bootloader variable
  boot <kernel> [ <ramdisk> ]              download and boot kernel
  flash:raw boot <kernel> [ <ramdisk> ]    create bootimage and flash it
  devices                                  list all connected devices
  continue                                 continue with autoboot
  reboot                                   reboot device normally
  reboot­bootloader                        reboot device into bootloader
  help                                     show this help message
Embedded Labworks
BOOTLOADER NO AOSP
✗ O bootloader não faz parte da plataforma Android, e portanto, não
será encontrado no AOSP.
✗ Mas o fabricante do hardware normalmente integra a compilação
do bootloader ao sistema de build do Android.
✗ O arquivo build/core/Makefile é alterado para compilar o
bootloader.
✗ O código-fonte do bootloader é normalmente disponibilizado em
bootable/bootloader.
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KERNEL
Hardware
Bootloader
Linux kernel
Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)
Framework (serviços e API)
Aplicação
Plataforma
Android
Aplicação Aplicação Aplicação
Embedded Labworks
VISÃO GERAL DO KERNEL
Biblioteca C
Hardware
Biblioteca Biblioteca Aplicação User space
Kernel
AplicaçãoAplicação
Chamadas de sistema Notificação de eventos
Exportação de informações
Gerenciamento do hardware Notificação de eventos
Embedded Labworks
O KERNEL LINUX NO ANDROID
✗ Assim como fazem as distribuições, o kernel Linux usado no
Android é alterado para suprir as necessidades do projeto.
✗ Porém, as mudanças no kernel são tão significativas (centenas de
patches) que os componentes de espaço de usuário do Android não
funcionarão com um kernel Linux padrão.
✗ No momento, boa parte das alterações já estão integradas à versão
oficial do kernel (a maioria em drivers/staging/android),
sendo possível subir um sistema Android com uma versão vanilla
do kernel.
Embedded Labworks
BINDER
✗ Mecanismo de IPC/RPC do Android, adicionando ao kernel a
capacidade de invocação remota de objetos.
✗ Toda a comunicação entre os serviços do sistema, ou mesmo entre
componentes de uma aplicação, acontecem via Binder. Sem ele, o
Android não funciona!
✗ O serviço do Binder é exposto para o usuário via /dev/binder, que
pode ser acessado através de chamadas ioctl().
Embedded Labworks
BINDER (cont.)
Binder driver (/dev/binder)
Aplicação
Service
Manager
Power Manager
Activity Manager
Mount Service
...
System
Server
1 234
Embedded Labworks
ASHMEM
✗ Ashmem (Anonymous Shared Memory) é um mecanismo de
compartilhamento de memória entre processos.
✗ Algumas deficiências no mecanismo de compartilhamento de
memória padrão do Linux (POSIX SHM), como o vazamento de
recursos, levaram a criação deste novo mecanismo pelo Google.
ndk/docs/system/libc/SYSV­IPC.html
✗ Por exemplo, esta implementação usa um contador de referência para
destruir regiões de memória que não estão mais sendo usadas.
✗ Via interface /dev/ashmem uma aplicação requisita uma região de
memória e compartilha com outros processos via Binder.
Embedded Labworks
WAKELOCKS
✗ Toda CPU moderna possui alguns estados de consumo de energia,
que podem ser usados pelo Linux para reduzir o consumo durante a
execução do sistema.
✗ Quando você fecha um notebook por exemplo, o kernel coloca o
sistema automaticamente no modo suspenso, onde apenas a
memória RAM fica alimentada, economizando energia.
✗ Em smartphones não é possível usar a mesma técnica, já que,
mesmo com a tela desligada, o smartphone pode estar executando
outra função (tocando uma música, instalando uma aplicação, etc).
Embedded Labworks
WAKELOCKS (cont.)
✗ A resposta do Android para este problema são os wakelocks, onde
o usuário (aplicação, driver) utiliza uma API para definir quando o
sistema pode entrar no modo de baixo consumo.
✗ O sistema entra em modo de baixo consumo sempre que possível
(quando nenhum processo estiver segurando um wakelock).
Embedded Labworks
WAKELOCKS (cont.)
✗ API em espaço de kernel:
#include <linux/wakelock.h>
void wake_lock_init(struct wakelock *lock, int type, 
                    const char *name);
void wake_lock(struct wake_lock *lock);
void wake_unlock(struct wake_lock *lock);
void wake_lock_timeout(struct wake_lock *lock, long timeout);
void wake_lock_destroy(struct wake_lock *lock);
Embedded Labworks
WAKELOCKS (cont.)
✗ API em espaço de usuário:
$ echo mylock > /sys/power/wake_lock
$ echo mylock > /sys/power/wake_unlock
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ALARM TIMER
✗ O Linux não possui nativamente um mecanismo de timer capaz de
acordar o sistema quando o mesmo encontra-se em modo
suspenso.
✗ Timers ou HRT (High Resolution Timers) são capazes de acordar um
processo, mas não um sistema em modo suspenso.
✗ Um RTC é capaz de acordar um sistema em modo suspenso, mas não
um processo.
Embedded Labworks
ALARM TIMER (cont.)
✗ O alarm timer é um driver do kernel que integra as funcionalidades
de RTC e Timer do Linux, sendo capaz de acordar um processo,
mesmo com o sistema em modo suspenso.
✗ O acesso é exportado para o usuário através do arquivo
/dev/alarm, possibilitando sua configuração através de
chamadas ioctl().
Embedded Labworks
LOW MEMORY KILLER
✗ Quando o sistema fica sem memória, o Linux executa o OOM (Out-of-
Memory) Killer, que pode matar alguns processos para liberar memória.
✗ Esse processo não é previsível, e pode matar um processo importante
do sistema Android.
✗ O Low Memory Killer é uma implementação que é executada antes do
OOM Killer:
✗ Leva em consideração a prioridade e a ociosidade do processo antes de
matá-lo.
✗ Notifica a aplicação, possibilitando-a salvar seu estado antes de ser
encerrada.
Embedded Labworks
KLOGGER
✗ Logs são uma ferramenta importante para depurar um sistema, seja durante a
execução ou depois que o problema aconteceu.
✗ Em uma distribuição Linux, normalmente dois componentes estão envolvidos no
sistema de log:
✗ Logs do kernel emitidos via printk() e exibidos via comando dmesg.
✗ Daemon de log do sistema, que gerencia os logs das aplicações via função syslog()
e normalmente armazena os logs em /var/log/.
✗ Estes mecanismos podem impactar a performance do sistema:
✗ O log via syslog() é realizado através de sockets, gerando trocas de contexto que
pode ser custosas para o sistema.
✗ O log é normalmente salvo em uma unidade de armazenamento de baixa velocidade
(disco) ou com limites de escrita (flash).
Embedded Labworks
KLOGGER (cont.)
✗ O Android implementa um driver do kernel que cria 4 buffers circulares
em uma região de memória do kernel.
✗ main: buffer principal usado pelas aplicações.
✗ system: buffer de uso interno do sistema.
✗ events: buffer de eventos usado internamente pelo framework do Android.
✗ radio: buffer específico do módulo de radio.
✗ Os logs são expostos para o usuário via /dev/log/, e são acessados
normalmente pelas aplicações nativas via liblog.
✗ É possível visualizar os logs com a ferramenta logcat.
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FERRAMENTA LOGCAT
$ logcat
D/KeyguardViewMediator( 2276): setHidden false
D/KeyguardViewMediator( 2276): setHidden false
I/FlashBarService( 2809): mPkgManagerReceiver : onReceive
D/Launcher.HomeFragment( 2999): onResume
D/MenuAppsGridFragment( 2999): onResume
D/KeyguardViewMediator( 2276): setHidden false
I/power   ( 2276): *** release_dvfs_lock : lockType : 1 
E/DataRouter( 1904): After the usb select
W/ActivityManager( 2276): mDVFSLock.release()
[...]
Embedded Labworks
OUTRAS ALTERAÇÕES
✗ Monotonic Event Timestamps: provê na camada de input do kernel
um clock monotônico.
✗ Interactive cpufreq governor: gerencia a velocidade da CPU,
mantendo-a em um estado de baixo consumo o máximo possível, e
aumentando a velocidade da CPU quando o usuário interage com o
dispositivo.
✗ Android Gadget Driver: driver para a conexão ADB.
✗ RAM console: mantém o último buffer de log do kernel em
/proc/last_kmsg ao reiniciar o sistema.
Embedded Labworks
OUTRAS ALTERAÇÕES (cont.)
✗ Paranoid networking: adiciona um controle de acesso à rede por
aplicação (GID).
✗ Goldfish emulator: suporte ao emulador Goldfish no kernel.
✗ Netfilter: Alterações para permitir contabilização do uso da rede
pelas aplicações.
✗ Timed GPIOs: suporte à GPIOs temporizados.
Embedded Labworks
COMO ESCOLHER O KERNEL?
✗ Certifique-se de que o fabricante do SoC disponibiliza um porte do
kernel Linux com as alterações do Android.
✗ Verifique se existe suporte na comunidade para o seu SoC (Linaro,
CyanogenMod, etc).
✗ Contrate ou adquira de uma empresa o BSP Android para a sua
plataforma.
✗ Aplique você mesmo os patches do Android no kernel (pode ser
necessário algum tipo de adaptação dependendo da versão do kernel).
https://android.googlesource.com/kernel/common.git
Embedded Labworks
KERNEL NO AOSP
✗ O kernel não faz parte da plataforma Android, e portanto, não será
encontrado no AOSP.
✗ Mas o fabricante do hardware normalmente integra a compilação
do kernel ao sistema de build do Android.
✗ O arquivo build/core/Makefile é alterado para compilar o
kernel.
✗ O código-fonte do kernel é normalmente disponibilizado no
diretório principal do código-fonte do Android.
Embedded Labworks
DESENVOLVIMENTO DE DRIVERS
✗ No desenvolvimento de algum driver para uma plataforma que irá
rodar o Android, teste e depure em um sistema GNU/Linux comum.
✗ Depois que o driver estiver rodando e funcionando, comece a
trabalhar na camada Android.
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ROOTFS
Hardware
Bootloader
Linux kernel
Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)
Framework (serviços e API)
Aplicação
Plataforma
Android
Aplicação Aplicação Aplicação
Embedded Labworks
SISTEMAS DE ARQUIVO
✗ Sistemas de arquivo são usados para organizar dados, de forma
hierárquica, em diretórios e arquivos disponíveis em dispositivos de
armazenamento (locais ou remotos).
✗ Em sistemas Unix, aplicações e usuários enxergam apenas uma
hierarquia única e global de arquivos e diretórios, que podem ser
compostos por diferentes sistemas de arquivo.
✗ Um ou mais sistemas de arquivo são montados em locais específicos
nesta hierarquia de diretórios.
✗ Quando montamos um sistema de arquivo em um diretório, chamados
este diretório de ponto de montagem.
Embedded Labworks
SISTEMA DE ARQUIVO ROOT
✗ Um sistema de arquivo específico é montado na raiz principal da
hierarquia, identificado pelo /.
✗ Este sistema de arquivo é chamado de root ou rootfs.
✗ É responsabilidade do kernel montar o rootfs, de acordo com a
opção root passada na linha de comandos do kernel.
Embedded Labworks
ORGANIZAÇÃO DO ROOTFS
✗ A organização do rootfs em sistemas Linux é padronizada pela
Filesystem Hierarcy Standard.
http://www.pathname.com/fhs/
✗ A maioria dos sistemas Linux estão de acordo com este padrão:
✗ As aplicações esperam este formato.
✗ Facilita o trabalho de usuários e desenvolvedores quando precisam
trabalhar com diferentes sistemas Linux.
✗ Mas o Android foge à regra!
Embedded Labworks
ROOTFS NO ANDROID
✗ O espaço de usuário do Android é composto por 3 principais
componentes:
✗ Camada nativa: bibliotecas e aplicações que rodam fora da máquina
virtual Java.
✗ Framework Android: serviços do sistema, classes java e API para o
desenvolvimento de aplicações.
✗ Aplicações Android.
✗ Estes componentes estão distribuídos em três imagens diferentes
(ramdisk, system e userdata), montados respectivamente nos
diretórios /, /system e /data.
Embedded Labworks
IMAGENS ANDROID
$ ls out/target/product/wandboard/
android­info.txt    obj                      root           u­boot­6quad.bin
boot.img            previous_build_config.mk symbols        u­boot­6solo.bin
clean_steps.mk      ramdisk.img              system         u­boot.bin
data                ramdisk­recovery.img     system.img     uImage
installed­files.txt recovery                 test           userdata.img
kernel              recovery.img             u­boot­6dl.bin
Embedded Labworks
A INICIALIZAÇÃO
✗ No boot, o kernel monta a imagem do RAM disk (rootfs) e executa o
processo init.
✗ O init processa os arquivos de configuração, inicializando o sistema e
montando os outros sistemas de arquivo:
✗ system: binários e bibliotecas nativas, bibliotecas Java, arquivos de
configuração e aplicações padrão (normalmente montado como somente
leitura).
✗ data: aplicações instaladas pelo usuário, dados do usuário, etc.
✗ cache: arquivos temporários, downloads em andamento, etc.
✗ sdcard: arquivos e documentos do usuário (vídeos, sons, imagens, etc),
normalmente montado com vfat. Não é essencial para o funcionamento do
sistema.
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PONTOS DE MONTAGEM
/cache
/d
/data
/system
/etc
/mnt
/root
/sbin
/storage
/vendor
/proc
/sys
/dev
/acct
Rootfs (RAM disk)
Kernel Virtual FS
Data Image
SDCARD
procfs
sysfs
tmpfs
cgroup
/anr
/app
/app-private
/backup
/dalvik-cache
/data
/dontpanic
/local
/misc
/property
/secure
/system
Cache Image
System Image
/app
/bin
/etc
/fonts
/framework
/lib
/usr
/xbin
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DIRETÓRIOS ROOTFS
/proc Montado com o sistema de arquivo virtual proc.
/sys Montado com o sistema de arquivo virtual sysfs.
/acct Montado com o sistema de arquivo virtual cgroupfs.
/config Montado com o sistema de arquivo virtual configfs.
/dev Montado com tmpfs e gerenciado pelo ueventd.
/d       Link para o diretório /sys/kernel/debug, onde
normalmente fica montado o sistema de arquivo
virtual debugfs.
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DIRETÓRIOS ROOTFS (cont.)
/etc Link para /system/etc, contendo arquivos
de configuração.
/sbin Contém as aplicações ueventd e adbd.
/mnt Ponto de montagem temporária.
/root Home do usuário root, normalmente vazio no Android.
/vendor Link para /system/vendor, contendo arquivos
específicos do fabricante do hardware (opcional).
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DIRETÓRIOS ROOTFS (cont.)
/system    Ponto de montagem para a partição system, onde é
montada a imagem system.img.
/data    Ponto de montagem para a partição data, onde é
montada a imagem userdata.img.
/storage    Ponto de montagem para o cartão SD (antigamente
montado em /sdcard).
/cache    Ponto de montagem para a partição cache, usada
para armazenar arquivos temporários, downloads
em andamento, etc.
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DIRETÓRIO SYSTEM
/bin Binários instalados no sistema.
/xbin Binários externos (não essenciais ao funcionamento
do sistema).
/lib Bibliotecas do sistema.
/framework Arquivos jar do framework Java.
/modules Módulos do kernel.
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DIRETÓRIO SYSTEM (cont.)
/app Aplicações pré-instaladas.
/etc Arquivos de configuração.
/media Arquivos de mídia (animação do boot, etc).
/fonts Fontes instaladas no sistema.
Embedded Labworks
DIRETÓRIO DATA
/app Diretório de instalação das aplicações.
/app­private Diretório de instalação das aplicações com
proteção de cópia habilitada.
/app­asec Aplicações encriptadas.
/data Contém um diretório para cada aplicação
instalada (home das aplicações).
Embedded Labworks
DIRETÓRIO DATA (cont.)
/dalvik­cache Cache da máquina virtual Java.
/local Diretório com permissão de escrita para
qualquer usuário.
/property Armazena as propriedades persistentes do
sistema.
/system Banco de dados do sistema (contas, lista de
aplicações instaladas, etc).
Embedded Labworks
IMAGENS NO CARTÃO
Sdcard
Cache
Data (data.img)
System (system.img)
Initrd (ramdisk.img) /
/system
/data
/cache
/storage
Read-only
Read-write
Bootloader
Kernel Linux
raw
Embedded Labworks
PERMISSÕES
✗ O esquema de segurança do Android é fortemente baseado em
credenciais (UID/GUI) e permissões de arquivos e diretórios.
✗ Para incluir um novo usuário/grupo ou alterar a permissão de um
arquivo ou diretório, é necessário alterar um arquivo de cabeçalho
do sistema:
system/core/include/private/android_filesystem_config.h
✗ Este arquivo é processado durante a compilação do Android.
Embedded Labworks
ANDROID E LINUX LADO-A-LADO
✗ É relativamente fácil colocar um sistema GNU/Linux lado-a-lado
com um sistema Android, porque:
✗ A maioria dos diretórios do rootfs são pontos de montagem de um
sistema de arquivo virtual ou links para outros diretórios do sistema.
✗ Quase todo o sistema Android esta localizado nos diretórios
/system e /data.
Embedded Labworks
ADB
✗ O ADB (Android Debug Bridge) é uma ferramenta de debugging
desenvolvida pelo Google que possibilita o acesso via USB ou
TCP/IP à qualquer dispositivo Android.
✗ Com o ADB, dentre outras opções, é possível:
✗ Iniciar uma seção do shell.
✗ Ler e copiar arquivos do dispositivo.
✗ Exibir o log do sistema.
✗ Debbuging com GDB ou JDB.
✗ Estudaremos o ADB com mais detalhes na seção de Debugging.
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LABORATÓRIO
Compilando e testando o Android no target
Embedded Labworks
Android embarcado
Camada nativa
Embedded Labworks
CAMADA NATIVA
Linux Kernel
Bibliotecas
(bionic, etc)
Init
Toolbox
Daemons
nativos
Camada
HAL
Dalvik / Android Runtime / Zygote
System Services
Android API
Aplicações
Bibliotecas
Java
API
Binder
JNI
System call
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CAMADA NATIVA (cont.)
✗ A camada nativa do Android é composta por todos os componentes
do espaço de usuário que rodam fora da máquina virtual Java:
✗ Bibliotecas, incluindo a biblioteca C do sistema (Bionic).
✗ Ferramentas de linha de comando.
✗ Daemons responsáveis por prover determinada funcionalidade ou
acesso à determinado recurso do sistema.
✗ Por questões de licença de software, a camada nativa do Android
foi praticamente escrita do zero. Em alguns casos, é bastante
diferente do que vemos em um sistema Linux tradicional!
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BIBLIOTECAS
✗ A Android possui mais de 200 bibliotecas que podem ser usadas
pelas aplicações, todas disponíveis no rootfs em /system/lib:
✗ Algumas bibliotecas são populares em sistemas Linux, como por
exemplo libssl, libexpat, libjpeg, libsqlite e libwebcore.
✗ Outras foram reimplementadas com o objetivo de deixar a biblioteca
mais leve e simples de usar, como por exemplo a libtinyalsa.
✗ Outras são específicas do Android, como por exemplo libbinder,
libutils e liblog.
✗ O código-fonte das bibliotecas esta disponível nos diretórios
bionic/, system/core/, external/ e frameworks/base/.
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BIBLIOTECA C
✗ Um dos principais componentes de um sistema Linux é a biblioteca
C.
✗ A biblioteca C implementa a API do sistema operacional, provendo
uma interface para as aplicações acessarem os serviços do kernel
(system calls).
✗ Diversas bibliotecas C estão disponíveis para sistemas Linux,
incluindo glibc, eglibc e uClibc.
✗ O Android possui a sua própria biblioteca C, a Bionic!
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BIONIC
✗ Por questões de licença, o Google decidiu não usar as bibliotecas C
comuns em sistemas Linux, implementando a Bionic, baseando-se
na biblioteca C usada no BSD.
✗ A implementação é simples e leve, e liberada sob a licença BSD
(código-fonte em bionic/).
✗ Não possui suporte total à API do padrão POSIX, o que pode
dificultar o porte de aplicações Linux nativas para o Android.
✗ Mais informações sobre a Bionic em:
http://androidxref.com/4.0.4/xref/ndk/docs/system/libc/OVERVIEW.html
Embedded Labworks
BUSYBOX
✗ Um sistema Linux requer diversas aplicações básicas como uma aplicação init, um
shell e diversas ferramentas para manipular e configurar o sistema.
✗ Normalmente estas aplicações são providas separadamente por diversos pacotes
open source (coreutils, bash, grep, sed, tar, wget, modutils, etc), porém:
✗ Estes pacotes não foram desenvolvidos com o conceito de sistemas embarcados em
mente.
✗ Seria trabalhoso se fosse necessário compilar separadamente cada um destes pacotes
para construir um sistema Linux embarcado.
✗
Em sistemas Linux, o Busybox é uma solução para este problema, integrando
diversas ferramentas e aplicações em um único pacote, com foco em sistemas com
poucos recursos.
Embedded Labworks
TOOLBOX
✗ Por questões de licença, o Android implementou uma ferramenta
equivalente ao Busybox chamada Toolbox, liberando-a sob a
licença BSD.
✗ O código-fonte esta disponível em system/core/toolbox/.
✗ O Toolbox é bem mais limitado quando comparado ao Busybox, mas
inclui comandos específicos do Android (getprop, log, etc).
✗ De qualquer forma, o Busybox pode ser integrado e instalado em
um sistema Android facilmente.
Embedded Labworks
COMANDOS BUSYBOX
addgroup,  adduser,  adjtimex,  ar,  arp,  arping,  ash,  awk,  basename,  bbconfig,  bbsh,  brctl, 
bunzip2,  busybox,  bzcat,  bzip2,  cal,  cat,  catv,  chat,  chattr,  chcon,  chgrp,  chmod,  chown, 
chpasswd,  chpst,  chroot,  chrt,  chvt,  cksum,  clear,  cmp,  comm,  cp,  cpio,  crond,  crontab, 
cryptpw,  cttyhack,  cut,  date,  dc,  dd,  deallocvt,  delgroup,  deluser,  depmod,  devfsd,  df, 
dhcprelay,  diff,  dirname,  dmesg,  dnsd,  dos2unix,  dpkg,  dpkg_deb,  du,  dumpkmap,  dumpleases, 
e2fsck, echo, ed, egrep, eject, env, envdir, envuidgid, ether_wake, expand, expr, fakeidentd, 
false, fbset, fbsplash, fdflush, fdformat, fdisk, fetchmail, fgrep, find, findfs, fold, free, 
freeramdisk,  fsck,  fsck_minix,  ftpget,  ftpput,  fuser,  getenforce,  getopt,  getsebool,  getty, 
grep, gunzip, gzip, halt, hd, hdparm, head, hexdump, hostid, hostname, httpd, hush, hwclock, 
id,  ifconfig,  ifdown,  ifenslave,  ifup,  inetd,  init,  inotifyd,  insmod,  install,  ip,  ipaddr, 
ipcalc,  ipcrm,  ipcs,  iplink,  iproute,  iprule,  iptunnel,  kbd_mode,  kill,  killall,  killall5, 
klogd,  lash,  last,  length,  less,  linux32,  linux64,  linuxrc,  ln,  load_policy,  loadfont, 
loadkmap, logger, login, logname, logread, losetup, lpd, lpq, lpr, ls, lsattr, lsmod, lzmacat, 
makedevs, man, matchpathcon, md5sum, mdev, mesg, microcom, mkdir, mke2fs, mkfifo, mkfs_minix, 
mknod,  mkswap,  mktemp,  modprobe, more,  mount,  mountpoint, msh,  mt, mv,  nameif, nc,  netstat, 
nice,  nmeter,  nohup,  nslookup, od,  openvt,  parse,  passwd,  patch, pgrep,  pidof, ping,  ping6, 
pipe_progress,  pivot_root,  pkill,  poweroff,  printenv,  printf,  ps,  pscan,  pwd,  raidautorun, 
rdate,  rdev,  readahead,  readlink,  readprofile,  realpath,  reboot,  renice,  reset,  resize, 
restorecon,  rm,  rmdir,  rmmod,  route,  rpm,  rpm2cpio,  rtcwake,  run_parts,  runcon,  runlevel, 
runsv,  runsvdir,  rx,  script,  sed,  selinuxenabled,  sendmail,  seq,  sestatus,  setarch, 
setconsole,  setenforce,  setfiles,  setfont,  setkeycodes,  setlogcons,  setsebool,  setsid, 
setuidgid, sh, sha1sum, showkey, slattach, sleep, softlimit, sort, split, start_stop_daemon, 
stat, strings, stty, su, sulogin, sum, sv, svlogd, swapoff, swapon, switch_root, sync, sysctl, 
syslogd, tac, tail, tar, taskset, tcpsvd, tee, telnet, telnetd, test, tftp, tftpd, time, top, 
touch,  tr,  traceroute,  true,  tty,  ttysize,  tune2fs,  udhcpc,  udhcpd,  udpsvd,  umount,  uname, 
uncompress,  unexpand,  uniq,  unix2dos,  unlzma,  unzip,  uptime,  usleep,  uudecode,  uuencode, 
vconfig, vi, vlock, watch, watchdog, wc, wget, which, who, whoami, xargs, yes, zcat, zcip
Embedded Labworks
COMANDOS TOOLBOX
ls,  mount,  cat,  ps,  kill,  ln,  insmod,  rmmod,  lsmod,  ifconfig, 
setconsole, rm, mkdir, rmdir, reboot, getevent, sendevent, date, 
wipe, sync, umount,  start, stop, notify, cmp, dmesg, route, hd, 
dd,  df,  getprop,  setprop,  watchprops,  log,  sleep,  renice, 
printenv,  smd,  chmod,  chown,  newfs_msdos,  netstat,  ioctl,  mv, 
schedtop,  top,  iftop,  id,  uptime,  vmstat,  nandread,  ionice, 
touch, lsof, du, md5
Embedded Labworks
INIT
✗ A aplicação init é executada pelo kernel logo após montar o
sistema de arquivos, sendo responsável pela inicialização do
sistema.
✗ Sistemas Linux possuem diversas implementações do processo
init, dentre elas sysvinit, systemd e upstart.
✗ O Android possui a sua própria aplicação init!
✗ Estudaremos em detalhes o processo de inicialização do Android
mais adiante no treinamento.
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SHELL
✗ O shell do Android é baseado no MirBSD Korn Shell.
https://www.mirbsd.org/mksh.htm
✗ Bem mais limitado que o shell que você esta acostumado a usar no
desktop!
✗ Documentação pode ser acessada no código-fonte do Android com
o comando abaixo:
$ man external/mksh/src/mksh.1
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DAEMONS
✗ Os daemons são processos responsáveis por alguma funcionalidade do
sistema:
✗ São executados na inicialização pelo processo init.
✗ Rodam em background durante todo o tempo em que o sistema esta
funcional.
✗ São capazes de controlar e centralizar o acesso à um recurso do sistema.
✗ No Android, alguns daemons servem de interface entre os serviços do
Android (System Services) e os recursos do sistema (gerenciamento da
rede, pontos de montagem, instalação de aplicações, etc), provendo
segurança no acesso à determinado recurso.
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DAEMONS EM EXECUÇÃO
# ps
USER     PID   PPID  VSIZE  RSS     WCHAN    PC         NAME
root      1     0     372    228   800f0f58 0000e890 S /init
root      949   1     356    4     800f0f58 0000e890 S /sbin/ueventd
root      1299  1     300    4     8008e0c0 00019510 S /sbin/watchdogd
root      1311  1     824    484   80045b44 2ab8a9b0 S /system/bin/sh
system    1312  1     892    184   803e275c 2aca3008 S /system/bin/servicemanager
root      1313  1     4068   744   ffffffff 2ac607d0 S /system/bin/vold
root      1314  1     9688   924   ffffffff 2abd27d0 S /system/bin/netd
root      1315  1     936    232   80414198 2ac3ead4 S /system/bin/debuggerd
system    1316  1     216852 8276  ffffffff 2ac6e008 S /system/bin/surfaceflinger
root      1317  1     638504 34448 ffffffff 2ac3712c S zygote
drm       1318  1     9000   2996  ffffffff 2acbb008 S /system/bin/drmserver
media     1319  1     207624 6520  ffffffff 2ac3c008 S /system/bin/mediaserver
bluetooth 1320  1     1400   488   800f0f58 2ab8bf98 S /system/bin/dbus­daemon
install   1321  1     904    444   804b91c0 2abfbd98 S /system/bin/installd
keystore  1322  1     1832   684   80414198 2ab36ad4 S /system/bin/keystore
root      1323  1     2436   692   ffffffff 2abc57d0 S /system/bin/rild
media_rw  1326  1     4860   164   ffffffff 2abddd98 S /system/bin/sdcard
root      1328  1     6120   932   ffffffff 2ac68760 S /system/bin/ingsvcd
root      1329  1     3448   4     ffffffff 00015f2c S /sbin/adbd
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UEVENTD
✗ O ueventd é responsável pelo gerenciamento da conexão de
dispositivos de hardware (device hotplugging).
✗ É o equivalente ao udev ou mdev em um sistema Linux comum.
✗ Princípio básico de funcionamento do ueventd:
✗ Recebe eventos de hotplug do kernel.
✗ Processa eventos de acordo com um conjunto de regras em
/ueventd.rc e /ueventd.<device_name>.rc.
✗ Cria os arquivos de dispositivo no /dev.
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VOLD
✗ O vold (Volume Daemon) monitora eventos de dispositivos de
armazenamento.
✗ É responsável por:
✗ Montar automaticamente dispositivos de armazenamento.
✗ Formatar partições em dispositivos de armazenamento.
✗ Arquivo de configuração em /system/etc/vold.fstab (mesmo
propósito do /etc/fstab em sistemas Linux).
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RILD
✗ O rild (Radio Interface Layer Daemon) gerencia a comunicação com
o chip do modem (voz e dados).
✗ É responsável por:
✗ Discar e receber ligações.
✗ Enviar e receber SMS, MMS, etc.
✗ Estabelecer comunicação de dados com a rede GSM, GPRS, etc.
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NETD
✗ O netd (Network Management Service Daemon) é o daemon
responsável pelo gerenciamento de conexões de rede (Bluetooth,
Wi-Fi, USB, etc).
✗ É responsável por:
✗ Gerenciar a configuração de interfaces de rede.
✗ Detectar e estabelecer novas conexões.
✗ Configurar tethering.
✗ Fazer uma conexão PPP.
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INSTALLD
✗ O installd (Install Daemon) é responsável pela instalação e
desinstalação de aplicações Android (*.apk).
✗ Também é capaz de verificar integridade dos pacotes, instalar
bibliotecas nativas, etc.
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DEBUGGERD
✗ O debuggerd é um daemon de debugging.
✗ É invocado pelo linker da Bionic para fazer análise postmortem de
um processo que finalizou de forma inesperada.
✗ Gera um arquivo de debugging em /data/tombstones e
possibilita o debug via gdb.
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OUTROS DAEMONS
✗ adbd: daemon para gerenciar a conexão ADB.
✗ system_server: daemon que contém a maioria dos serviços do Android.
✗ servicemanager: responsável pelo gerenciamento da comunicação com o
Binder, funcionando como um índice para todos os serviços que usam o
Binder no sistema.
✗ mediaserver: responsável pelos serviços de media (audio, video, etc).
✗ keystore: gerencia o armazenamento e acesso à chaves criptográficas,
como por exemplo certificados SSL.
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OUTRAS BIBLIOTECAS E APLICAÇÕES
✗ stagefright: biblioteca responsável pela codificação e
decodificação de arquivos multimedia (equivalente ao gstreamer).
✗ bluedroid: stack Bluetooth, que serve de interface entre os serviços
do Android e a camada HAL de acesso ao hardware.
✗ dalvik: máquina virtual Java, portável e leve, responsável por
executar aplicações Android.
✗ app_process: ferramenta capaz de instanciar a Dalvik e executar
uma aplicação Java.
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COMANDOS NATIVOS
✗ netcfg: exibir informações e configurar as interfaces de rede.
✗ getprop: listar as propriedades do sistema.
✗ setprop: mudar uma propriedade do sistema.
✗ watchprops: monitorar em tempo-real as propriedades do sistema
✗ getevent: monitorar os eventos de dispositivos de entrada (teclado,
touchscreen, mouse, botão, etc).
✗ sendevent: gerar um evento para o sistema.
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COMANDOS NATIVOS (cont.)
✗ start/stop: iniciar/parar serviços.
✗ log: logar uma mensagem no sistema de log do Android.
✗ logcat: exibir o log do sistema.
✗ wipe: apagar a partição system ou data.
✗ logwrapper: permite executar um comando e redirecionar as saídas
padrão e de erro para o log do Android.
✗ netcfg: exibir informações e configurar as interfaces de rede.
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A CAMADA HAL
✗ Em sistemas Linux, o acesso à um dispositivo de hardware
normalmente é exposto para as aplicações através de entradas no
/dev ou /sys.
✗ O Android se baseia em uma camada adicional chamada HAL
(Hardware Abstraction Layer) para abstrair o acesso ao hardware
pelo seu framework.
✗ Boa parte dos dispositivos suportados pelo Android possuem uma
camada HAL, que pode variar em comportamento e interface.
✗ Estudaremos em detalhes a camada HAL mais adiante no
treinamento.
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LABORATÓRIO
Usando algumas ferramentas nativas
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Android embarcado
Processo de inicialização
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VISÃO GERAL DO BOOT
Bootloader
Carrega o kernel para a RAM e inicia
init
Inicia outros serviços e aplicações
Kernel
Monta o rootfs indicado por ”root=”
Inicia a aplicação ”init”
Shell Outras aplicações
Rootfs
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A INICIALIZAÇÃO
✗ Após montar o rootfs, o kernel irá tentar executar uma aplicação
de inicialização, também chamada de processo init.
✗ Para isso, o kernel tenta executar os binários /sbin/init,
/bin/init, /etc/init e /bin/sh.
✗ Você pode passar também o nome do programa de inicialização
através do parâmetro init da linha de comandos do kernel.
✗ Normalmente sistemas Android passam para o kernel a aplicação
init via parâmetro, conforme abaixo:
init=/init
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MECANISMOS DE INICIALIZAÇÃO
✗ Assim que executado, o processo init é o responsável pela
inicialização do restante do sistema.
✗ Existem diferentes mecanismos de inicialização em sistemas
Linux, como systemd, upstart, openrc e sysvinit (System V Init).
✗ O Android possui seu próprio mecanismo de inicialização!
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INIT DO ANDROID
✗ O processo init do Android, através de alguns arquivos de
configuração, é capaz de:
✗ Configurar o sistema (montar sistemas de arquivo, exportar variáveis
de ambiente, criar e definir permissões de arquivos, etc).
✗ Iniciar os daemons e gerenciar sua execução.
✗ Gerenciar eventos de hotplug de dispositivos de hardware (através
do ueventd).
✗ Monitorar as propriedades do sistema e executar ações específicas
quando uma propriedade for modificada.
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ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO
✗ O arquivo de configuração init.rc é utilizado para flexibilizar o
funcionamento da aplicação init do Android.
✗ Outros arquivos de configuração podem ser incluídos com a
diretiva import. Exemplo:
import /init.usb.rc
import /init.${ro.hardware}.rc
✗ A propriedade ro.hardware é setada pelo processo init lendo do
sistema na ordem abaixo:
✗ Variável androidboot.hardware na linha de comandos do kernel.
✗ Campo Hardware do arquivo /proc/cpuinfo.
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ARQUIVOS DE CONFIGURAÇÃO (cont.)
✗ Os arquivos de configuração possuem basicamente dois tipos de
declaração:
✗ Ações que podem ser tomadas de acordo com algum evento do
sistema:
on <trigger>
    <command>
    <command>
✗ Serviços que são gerenciados pelo init:
service <name> <pathname> [ <argument> ]*
    <option>
    <option>
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SERVIÇOS E AÇÕES
✗ Apenas a declaração de ações resultam na execução de comandos pelo
processo init.
✗ A declaração de serviços servem apenas para descrever os serviços, que
normalmente são iniciados com os comandos start ou class_start,
através de alguma ação disparada por um evento.
✗ São basicamente duas as fontes de eventos que podem disparar uma
ação:
✗ Triggers pré-definidos de boot (early­init, init, early­fs, fs, post­fs,
early­boot, boot).
✗ Mudança em alguma propriedade do sistema.
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TRIGGERS DE BOOT
✗ Os triggers de boot são eventos gerados automaticamente pelo init no
boot do sistema.
✗ Esta é a lista completa de triggers de boot, por ordem de execução:
✗ early-init
✗ init
✗ early-fs
✗ fs
✗ post-fs
✗ early-boot
✗ boot
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TRIGGERS DE BOOT (cont.)
✗ Cada ação disparada por um evento (trigger) irá causar a execução
de um ou mais comandos:
on early­init
    write /proc/1/oom_adj ­16
    setcon u:r:init:s0
    start ueventd
✗ São vários os comandos disponíveis, dentre eles chdir, chmod,
chown, class_start, class_stop, copy, export, ifup, insmod,
loglevel, mkdir, mount, start, stop, restart.
✗ Uma descrição (desatualizada) dos comandos esta disponível nos
fontes em system/core/init/readme.txt.
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SERVIÇOS
✗ Os serviços são daemons iniciados e gerenciados pelo processo
init, declarados conforme abaixo:
service <name> <pathname> [ <argument> ]*
    <option>
    <option>
✗ Esta declaração apenas descreve o serviço, mas não o inicia.
✗ Um serviço é iniciado no disparo de uma ação, através de alguns
comandos como o start ou o class_start.
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SERVIÇOS (EXEMPLOS)
service surfaceflinger /system/bin/surfaceflinger
    class main
    user system
    group graphics drmrpc
    onrestart restart zygote
service adbd /sbin/adbd
    class core
    socket adbd stream 660 system system
    disabled
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OPÇÕES DOS SERVIÇOS
class Classe à que pertence o serviço.
user Usuário do serviço.
group Grupo do serviço.
socket Criar um socket UNIX e passar o descritor ao iniciar o
processo.
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OPÇÕES DOS SERVIÇOS (cont.)
disabled Não iniciar automaticamente o serviço com a sua
classe, e sim apenas pelo seu nome.
critical Se o serviço reiniciar 5 vezes, reinicia o sistema em
modo recovery.
onrestart Executar determinado comando ao reiniciar o
serviço.
oneshot Executar apenas uma vez.
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UEVENTD
✗ O daemon ueventd (parte do init) é executado no boot do sistema,
sendo o responsável pelo gerenciamento dos eventos de hotplug
gerados pelo kernel.
service ueventd /sbin/ueventd
    class core
    critical
    seclabel u:r:ueventd:s0
on early­init
    start ueventd
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UEVENTD (cont.)
✗ O ueventd captura os eventos de hotplug e cria ou remove os
arquivos de dispositivo no /dev.
✗ Os arquivos de configuração /ueventd.rc e /ueventd.<plat 
form>.rc são usados para definir as permissões dos arquivos de
dispositivos criados.
✗ O campo <platform> no arquivo de configuração é lido do sistema
na ordem abaixo:
✗ Variável androidboot.hardware na linha de comandos do kernel.
✗ Campo Hardware do arquivo /proc/cpuinfo.
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EXEMPLO UEVENTD
<path>             <permission>  <user>   <group>
/dev/null                 0666   root     root
/dev/zero                 0666   root     root
/dev/full                 0666   root     root
/dev/ptmx                 0666   root     root
/dev/tty                  0666   root     root
/dev/random               0666   root     root
/dev/urandom              0666   root     root
/dev/ashmem               0666   root     root
/dev/binder               0666   root     root
/dev/log/*                0666   root     log
/dev/snd/dsp              0660   system   audio
/dev/snd/dsp1             0660   system   audio
/dev/snd/mixer            0660   system   audio
/dev/graphics/*           0660   root     graphics
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PROPRIEDADES
✗ Propriedades são configurações globais compartilhadas por todo
sistema Android.
✗ As propriedades são armazenadas em arquivos texto e carregadas
para a memória RAM no boot do Android:
✗
/system/build.prop: propriedades padrão geradas durante a
compilação da imagem (informações do build, configuração da
Dalvik, etc).
✗
/default.prop: propriedades padrão adicionais (basicamente
configurações do ADB e da interface USB).
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PROPRIEDADES (cont.)
✗
/system/default.prop e /data/local.prop: propriedades
específicas da plataforma (opcional).
✗
/data/property: diretório com propriedades criadas ou alteradas
em tempo de execução, que persistem durante o boot.
✗ O processo init é o responsável pelo gerenciamento das
propriedades, através de um UNIX domain socket em
/dev/socket/property_service.
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LISTANDO AS PROPRIEDADES
✗ As propriedades podem ser listadas com o comando getprop:
# getprop
[alsa.mixer.capture.headset]: [Capture]
[dalvik.vm.dexopt­flags]: [m=y]
[net.hostname]: [android­67af414597e8c083]
[persist.service.bdroid.bdaddr]: [22:22:da:0a:2d:31]
[ro.board.platform]: [imx6]
[ro.boot.hardware]: [freescale]
[ro.build.date]: [Fri Jun 21 15:01:11 CST 2013]
[ro.build.product]: [wandboard]
[ro.build.user]: [root]
[sys.boot_completed]: [1]
[wifi.interface]: [wlan0]
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MUDANDO PROPRIEDADES
✗ As propriedades podem ser alteradas em tempo de compilação de
diversas formas diferentes:
✗ Através da variável PRODUCT_PROPERTY_OVERRIDES na definição do
produto ou no Makefile da aplicação.
✗ Criando o arquivo system.prop no diretório do produto criado.
✗ Alterando o init.rc ou outro arquivo de configuração do init.
✗ Em tempo de execução, as propriedades do sistema podem ser
alteradas através da ferramenta setprop.
✗ As propriedades podem também ser monitoradas com o comando
watchprops.
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PERMISSÕES
✗ Por padrão, os processos podem apenas ler as propriedades.
✗ A permissão para alteração de propriedades é definida no código-
fonte em system/core/init/property_service.c.
/* White list of permissions for setting property services. */
struct {
    const char *prefix;
    unsigned int uid;
    unsigned int gid;
} property_perms[] = {
    { "net.rmnet0.",      AID_RADIO,    0 },
    { "net.gprs.",        AID_RADIO,    0 },
    { "net.ppp",          AID_RADIO,    0 },
    { "ril.",             AID_RADIO,    0 }
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PROPRIEDADES ESPECIAIS
ro.* Propriedades de apenas leitura, só podem ser
alteradas na compilação.
persist.* Propriedades armazenadas em /data/property/,
cujo valor é mantido no reboot.
ctl.start Propriedade especial usada para iniciar um serviço.
ctl.stop Propriedade especial usada para terminar um
serviço.
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PROPRIEDADES NO INIT
✗ O processo init é capaz de gerenciar as propriedades do sistema e
tomar ações baseadas nas mudanças destas propriedades.
on property:ro.debuggable=1
    start console
service console /system/bin/sh
    class core
    console
    disabled
    user shell
    group log
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APP_PROCESS
✗ O app_process é uma ferramenta de linha de comando capaz de
instanciar uma máquina virtual para executar uma aplicação Java.
✗ Para realizar este trabalho, o app_process utiliza os serviços
providos pela Android Runtime, uma biblioteca do sistema
chamada libandroid_runtime.so.
✗ Esta biblioteca utiliza os serviços da camada nativa (log,
propriedades, etc) para configurar e iniciar a máquina virtual Java.
✗ A implementação de máquina virtual Java utilizada no Android é a
Dalvik.
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DALVIK
✗ A Dalvik é uma máquina virtual Java, portável e leve, responsável
por executar as aplicações Android.
✗ Projetada para executar várias instancias ao mesmo tempo,
consumindo pouca memória.
✗ Duas formas de execução:
✗ fast: otimizada para a arquitetura, mas não portável.
✗ portable: toda escrita em C, um pouco lenta, mas funciona em todas
as plataformas.
✗ Usa o framework de bibliotecas Java do projeto Apache Harmony.
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ZYGOTE
✗ Na inicialização do sistema, o app_process é utilizado para
executar a aplicação Java mais importante do sistema, o Zygote.
service zygote /system/bin/app_process ­Xzygote /system/bin 
               ­­zygote –start­system­server
    class main               
    socket zygote stream 660 root system
    onrestart write /sys/android_power/request_state wake
    onrestart write /sys/power/state on           
    onrestart restart media
    onrestart restart netd
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ZYGOTE (cont.)
✗ O zygote é um dos principais daemons do Android, responsável por:
✗ Pré-carregar todas as classes Java em memória.
✗ Iniciar o system server (serviços do sistema Android).
✗ Esperar conexões em um UNIX domain socket
(/dev/socket/zygote) para iniciar novas aplicações.
✗ Ao receber a requisição de uma nova aplicação, cria um fork de si
mesmo para executá-la.
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SYSTEM SERVER
✗ O system server é um processo separado executado pelo Zygote
durante sua inicialização.
✗ Este processo é responsável por registrar a maioria dos serviços
Java do sistema, que podem ser usados pelas aplicações através
da API do Android.
✗ Um dos serviços registrados, o Activity Manager, termina sua
inicialização enviando um Intent do tipo Intent.CATEGORY_HOME,
que faz com que a aplicação Launcher seja executada.
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INICIALIZAÇÃO (RESUMIDA)
Kernel Linux
init
init.rc, *.rc
Zygote
System
Server
app_process
Activity
Manager
Launcher
C/C++
Java
start(Launcher)
daemons
Power
Manager
Outros
Serviços
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PROCESSOS NA INICIALIZAÇÃO
# ps
USER     PID   PPID  VSIZE  RSS     WCHAN    PC         NAME
root      1     0     372    228   800f0f58 0000e890 S /init
root      949   1     356    4     800f0f58 0000e890 S /sbin/ueventd
root      1315  1     824    492   80045b44 2ac9d9b0 S /system/bin/sh
system    1316  1     892    184   803e275c 2acab008 S /system/bin/servicemanager
root      1321  1     638504 34440 ffffffff 2abad12c S zygote
drm       1322  1     9004   3000  ffffffff 2acb6008 S /system/bin/drmserver
media     1323  1     208648 6512  ffffffff 2ab48008 S /system/bin/mediaserver
system    1621  1321  914932 43172 ffffffff 2abad008 S system_server
u0_a9     1698  1321  855328 58212 ffffffff 2abadf20 S com.android.systemui
u0_a2     1781  1321  649212 19328 ffffffff 2abadf20 S com.android.inputmethod.latin
radio     1792  1321  661760 21868 ffffffff 2abadf20 S com.android.phone
u0_a31    1815  1321  851020 38768 ffffffff 2abadf20 S com.android.launcher
u0_a39    1830  1321  646836 15572 ffffffff 2abadf20 S com.android.location.fused
u0_a17    1960  1321  649628 18152 ffffffff 2abadf20 S com.android.providers.calendar
u0_a23    1996  1321  657840 19948 ffffffff 2abadf20 S com.android.email
u0_a24    2013  1321  655480 16904 ffffffff 2abadf20 S com.android.exchange
u0_a38    2089  1321  654508 17564 ffffffff 2abadf20 S com.android.calendar
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LABORATÓRIO
Alterando o processo de inicialização do Android
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Android embarcado
Produtos
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PLACAS, DISPOSITIVOS E PRODUTOS
Arquitetura
Placa (hardware)
Dispositivo (periféricos)
Produto (customizações)
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PRODUTO
✗ Um produto define todas as informações necessárias para a
compilação de um sistema Android (plataforma de hardware,
conjunto de aplicações, customizações, etc).
✗ Por padrão, o AOSP já vem com alguns produtos definidos. Por
exemplo, na versão 4.2.2 do Android, são definidos vários produtos
para a linha Nexus, além de um produto para a Pandaboard.
✗ Adicionar um produto é normalmente uma das primeiras tarefas ao
portar o Android para uma plataforma embarcada.
✗ Os produtos disponíveis podem ser exibidos e selecionados com o
comando lunch.
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CRIANDO UM PRODUTO
✗ Para criar um produto é necessário criar um diretório em
device/<company>/<device>, onde estarão todos os arquivos de
definição do produto.
$ mkdir ­p device/labworks/superdroid/
✗ E depois implementar um arquivo chamado AndroidProducts.mk,
que deve incluir o Makefile do seu produto através da variável
PRODUCT_MAKEFILES:
PRODUCT_MAKEFILES := 
    $(LOCAL_DIR)/full_superdroid.mk
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MAKEFILE DO PRODUTO
✗ O próximo passo é implementar o makefile do produto (no nosso
exemplo full_superdroid.mk).
✗ Essa é uma definição mínima do makefile:
$(call inherit­product, $(SRC_TARGET_DIR)/product/full.mk)
PRODUCT_NAME   := full_superdroid
PRODUCT_DEVICE := superdroid
PRODUCT_MODEL  := Super Android robot
PRODUCT_BRAND  := Android
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ADICIONANDO APLICAÇÕES
✗ Neste makefile é necessário definir todas as aplicações que
estarão presentes no produto.
✗ Normalmente isso é feito incluindo outro makefile que contém um
conjunto de aplicações já pré-definidas, conforme exemplo
anterior:
$(call inherit­product, $(SRC_TARGET_DIR)/product/full.mk)
✗ Estes arquivos de makefile pré-configurados estão disponíveis em
no código-fonte do sistema de build em build/target/product.
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ADICIONANDO APLICAÇÕES (cont.)
✗ As aplicações também podem ser incluídas no produto através da
variável PRODUCT_PACKAGES:
PRODUCT_PACKAGES +=    
    LiveWallpapers     
    Gallery2              
    SoundRecorder      
    Camera             
    Email              
    FSLOta             
    CactusPlayer       
    VideoEditor        
    FSLProfileApp      
    FSLProfileService  
    PinyinIME          
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ADICIONANDO APLICAÇÕES (cont.)
✗ Ao criar um pacote específico para o seu produto, seja uma aplicação
Android, biblioteca ou aplicação nativa, coloque-a dentro do diretório
do produto criado.
✗ Por exemplo, uma necessidade comum é a implementação de uma
aplicação Launcher específica para o seu produto. O código-fonte
desta aplicação deve ir dentro do diretório do produto criado.
✗ Isso facilita a manutenção, como por exemplo ao fazer upgrade de
versão do Android, já que todas as alterações do seu produto ficam
centralizadas em um único diretório.
✗ Veremos como fazer isso mais adiante no treinamento.
Embedded Labworks
COPIANDO ARQUIVOS
✗ Na definição de um produto, é comum a necessidade de copiar
algum arquivo diretamente para a imagem final, como por exemplo:
✗ Customização de arquivos de configuração (init.rc, vold.fstab,
ueventd.rc).
✗ Inclusão de arquivos binários (firmware, shell scripts, imagem de
boot, etc).
Embedded Labworks
COPIANDO ARQUIVOS (cont.)
✗ Estas customizações podem ser realizadas através da variável
PRODUCT_COPY_FILES:
PRODUCT_COPY_FILES += 
    device/labworks/superdroid/init.rc:root/init.rc               
    device/labworks/superdroid/vold.fstab:system/etc/vold.fstab   
    device/labworks/superdroid/gpsreset.sh:system/etc/gpsreset.sh
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OVERLAYS
✗ Overlay é um mecanismo que possibilita sobrescrever recursos definidos
por uma aplicação sem precisar alterar o código-fonte original.
✗ Os recursos que podem ser sobrescritos incluem:
✗ Arquivos de imagens.
✗ Mensagens e strings.
✗ Arquivos de configuração das aplicações.
✗ O overlay somente é possível em arquivos de recursos (*.png, *.xml, etc).
Não é possível realizar o overlay de código-fonte!
✗ Veja por exemplo uma implementação de overlay no código-fonte do
Android em device/samsung/manta/overlay/.
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OVERLAYS (cont.)
✗ Para realizar o overlay o primeiro passo é criar o diretório overlay
com a mesma estrutura de diretórios do código-fonte do Android:
$ tree device/samsung/manta/overlay/
 ──├ frameworks
     │ ──└ base
         │ ──├ core
             │ │ ──└ res
                 │ │ ──└ res
                     │ │ ──├ values
                         │ │ │ ──└ config.xml
                     │ │ ──└ xml
                         │ │ ──├ power_profile.xml
                         │ │ ──└ storage_list.xml
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OVERLAYS (cont.)
✗ E depois declarar o overlay no Makefile do produto usando
DEVICE_PACKAGE_OVERLAYS ou PRODUCT_PACKAGE_OVERLAY:
DEVICE_PACKAGE_OVERLAYS := 
               device/labworks/superdroid/overlay
✗ Uma lista completa das opções que podem ser usadas no Makefile
do produto estão disponíveis no código-fonte do sistema de build
em build/core/product.mk.
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DEFININDO PROPRIEDADES
✗ Um produto pode definir ou mudar alguma propriedade padrão do
sistema de duas formas:
✗ Através da variável PRODUCT_PROPERTY_OVERRIDES no makefile do
produto:
PRODUCT_PROPERTY_OVERRIDES :=                             
                   net.dns1=8.8.8.8                    
                   net.dns2=8.8.4.4
✗ Definindo as propriedades em um arquivo chamado system.prop e
salvá-lo no diretório do produto.
✗ As propriedades definidas ou alteradas serão adicionadas ao arquivo
/system/build.prop e carregadas no boot do sistema.
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CONFIGURAÇÃO DA PLACA
✗ Junto com a definição do produto é necessário implementar também o
arquivo de definição da placa BoardConfig.mk.
✗ Este arquivo contém informações específicas sobre o hardware
(arquitetura da CPU, bootloader, kernel, características do hardware).
✗ Não existe uma documentação completa sobre as variáveis que
podem ser definidas, e na maioria das vezes é necessário estudar o
código-fonte do sistema de build para entender seu funcionamento
(build/core/Makefile).
✗ Veja um exemplo completo no código-fonte do Android em
device/samsung/manta/BoardConfig.mk.
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BoardConfig.mk
TARGET_NO_KERNEL := true
TARGET_NO_BOOTLOADER := true
TARGET_ARCH := arm
TARGET_ARCH_VARIANT := armv7­a­neon
TARGET_CPU_ABI := armeabi
BOARD_USES_GENERIC_AUDIO := true
USE_CAMERA_STUB := true
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OUTRAS VARIÁVEIS
✗
TARGET_EXTRA_CFLAGS: Flags adicionais que serão passadas para o
compilador C durante o processo de build.
✗
TARGET_USERIMAGES_USE_EXT4: As imagens geradas serão do tipo
EXT4.
✗
TARGET_USERIMAGES_USE_UBIFS: As imagens geradas serão do tipo
UBIFS.
✗
TARGET_NO_RECOVERY: Indica se a imagem de recovery deve ser
gerada.
✗
BOARD_KERNEL_CMDLINE: Linha de comandos do kernel.
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vendorsetup.sh
✗ Para o produto aparecer no menu do comando lunch, é necessário
criar o arquivo vendorsetup.sh e adicionar o produto conforme
abaixo:
add_lunch_combo full_superdroid­eng
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RESUMO
✗ Crie o diretório do produto em device/<company>/<device>, e
implemente os seguintes arquivos:
✗
AndroidProducts.mk: inclua o Makefile do seu produto.
✗
<product_name>.mk: defina informações gerais sobre o produto
(nome, dispositivo, módulos, overlays, etc).
✗
BoardConfig.mk: defina a configuração da plataforma de hardware
(arquitetura, bootloader, kernel, etc).
✗
vendorsetup.sh: adicione o produto ao menu do comando lunch.
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LABORATÓRIO
Criando um novo produto
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Android embarcado
Módulos
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MÓDULOS
✗ Todo componente no sistema de build do Android (aplicação nativa,
aplicação Android, biblioteca, etc) é chamado de módulo.
✗ As instruções sobre como compilar cada um dos módulos são
definidas em arquivos de make nomeados por padrão Android.mk.
✗ O sistema de build do Android possui templates que facilitam o
desenvolvimento dos arquivos Android.mk, independente do tipo
do módulo.
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EXEMPLO
LOCAL_PATH := $(call my­dir)
include $(CLEAR_VARS)
LOCAL_SRC_FILES = helloworld.c
LOCAL_MODULE = HelloWorld
LOCAL_MODULE_TAGS = optional
include $(BUILD_EXECUTABLE)
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EXEMPLO (cont.)
✗ Todas as variáveis são pré-fixadas com LOCAL_*.
✗
LOCAL_PATH indica ao sistema de build a localização do módulo.
✗
include $(CLEAR_VARS) limpa as variáveis que podem ter sido
definidas por outros módulos. A lista de variáveis que são limpas
podem ser visualizadas em build/core/clear_vars.mk.
✗
LOCAL_SRC_FILES contém a lista de arquivos-fonte que serão
compilados.
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EXEMPLO (cont.)
✗
LOCAL_MODULE é o nome do módulo.
✗
LOCAL_MODULE_TAGS classifica o módulo através de uma tag
(user, debug, eng, development, optional).
✗
include $(BUILD_EXECUTABLE) indica ao sistema de build que
este módulo deve compilado como um binário.
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TEMPLATE
LOCAL_PATH := $(call my­dir)
include $(CLEAR_VARS)
LOCAL_VARIABLE_1 := value_1
LOCAL_VARIABLE_2 := value_2
...
include $(BUILD_MODULE_TYPE)
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BUILD TYPES
✗
BUILD_EXECUTABLE compila e gera um executável no formato ELF.
✗
BUILD_SHARED_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de forma
dinâmica.
✗
BUILD_STATIC_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de forma
estática.
✗
BUILD_JAVA_LIBRARY compila e gera uma biblioteca Java (*.jar).
✗
BUILD_STATIC_JAVA_LIBRARY compila e gera uma biblioteca Java de
forma estática.
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BUILD TYPES (cont.)
✗
BUILD_RAW_EXECUTABLE compila e gera um binário bare-metal
(ex: bootloader).
✗
BUILD_RAW_STATIC_LIBRARY compila e gera uma biblioteca
bare-metal.
✗
BUILD_PACKAGE compila e gera uma aplicação Android.
✗
BUILD_PREBUILT instala arquivos pré-compilados no target.
✗
BUILD_MULTI_PREBUILT instala múltiplos arquivos pré-
compilados no target.
Embedded Labworks
BUILD TYPES (cont.)
✗
BUILD_HOST_EXECUTABLE compila e gera um executável para o host.
✗
BUILD_HOST_SHARED_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de
forma dinâmica para o host.
✗
BUILD_HOST_STATIC_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de
forma estática para o host.
✗
BUILD_HOST_JAVA_LIBRARY compila e gera uma biblioteca Java
para o host.
✗
BUILD_HOST_PREBUILT instala arquivos pré-compilados no host.
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DIRETÓRIOS DE INSTALAÇÃO
✗ Dependendo do tipo de build, a instalação do módulo é realizada
em um determinado diretório:
✗ Executáveis em /system/bin.
✗ Bibliotecas em /system/lib.
✗ Bibliotecas java em /system/framework.
✗ Aplicações Android em /system/app.
✗ É possível mudar o local padrão de instalação do módulo com as
variáveis LOCAL_MODULE_PATH ou LOCAL_MODULE_CLASS.
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OUTRAS VARIÁVEIS INTERESSANTES
✗
LOCAL_CFLAGS definem flags extras para o compilador C.
✗
LOCAL_SHARED_LIBRARIES definem a lista de bibliotecas dinâmicas que o módulo
depende.
✗
LOCAL_PACKAGE_NAME define o nome de aplicações Android (*.apk).
✗
LOCAL_C_INCLUDES define caminhos adicionais de arquivos de cabeçalho usados
pelo módulo.
✗ Uma lista completa de variáveis pode ser obtida em
build/core/clear_vars.mk.
✗
Uma documentação (desatualizada) esta disponível no código-fonte em
build/core/build­system.html.
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MACROS
✗ Vimos no exemplo o uso da macro my­dir para retornar o diretório
corrente da aplicação:
LOCAL_PATH := $(call my­dir)
✗ Várias outras macros estão disponíveis para uso, como por exemplo:
✗
all­java­files­under: retorna todos os arquivos java recursivamente, a
partir do diretório passado como parâmetro.
✗
all­subdir­c­files: retorna todos os arquivos C recursivamente, a partir
do diretório corrente.
✗ A maioria das macros estão definidas em build/core/definitions.mk.
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COMPILANDO UM MÓDULO
✗ Para compilar um módulo (do diretório principal do Android):
$ make <module_name>
✗ Para limpar a compilação de um módulo:
$ make clean­<module_name>
✗ Para listar todos os módulos que serão compilados:
$ make modules
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COMPILANDO UM MÓDULO (cont.)
✗ Após compilar o módulo, os arquivos gerados serão salvos em
out/target/product/<product_name>/obj/<module_type>/
<module_name>_intermediate.
✗ Porém, a instalação do módulo na imagem final do sistema
depende de 3 fatores:
✗ Definição da tag do módulo.
✗ Escolha da variante do produto.
✗ Conteúdo da variável PRODUCT_PACKAGES do produto.
Embedded Labworks
TAGS
✗ As tags classificam os módulos e estão diretamente ligadas à
variante escolhida no comando lunch:
✗
user: build de produção, inclui módulos com a tag user.
✗
userdebug: mesmo que a variante user, mas inclui também módulos
com a tag debug, e habilita o ADB por padrão.
✗
eng: mesmo que a variante userdebug, mas inclui também módulos
com as tags eng e development.
✗ As tags são definidas através da variável LOCAL_MODULE_TAGS no
Android.mk do módulo.
Embedded Labworks
TAGS (cont.)
✗ Módulos sem tag ou com a tag optional precisam ser incluídos
na variável PRODUCT_PACKAGES do produto para serem instalados.
✗ As tags de aplicações Android (*.apk) são ignoradas. As
aplicações Android precisam ser incluídas na variável
PRODUCT_PACKAGES do produto para serem instaladas.
Embedded Labworks
DICAS
✗ Implemente novos módulos no diretório do produto em
device/<company>/<device>.
✗ Use como padrão em novos módulos a tag optional, não
esquecendo de incluir o nome do módulo na variável 
PRODUCT_PACKAGES do produto.
✗ Na dúvida sobre a implementação de um Android.mk, consulte os
diversos exemplos disponíveis no código-fonte do Android,
especialmente no diretório external/.
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LABORATÓRIO
Adicionando módulos ao sistema de build
Embedded Labworks
Android embarcado
Framework Android
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FRAMEWORK ANDROID
Linux Kernel
Bibliotecas
(bionic, etc)
Init
Toolbox
Daemons
nativos
Camada
HAL
Dalvik / Android Runtime / Zygote
System Services
Android API
Aplicações
Bibliotecas
Java
API
Binder
JNI
System call
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O FRAMEWORK
✗ O framework Android é a camada responsável por prover serviços
para as aplicações Android.
✗ A maioria dos componentes é baseada em Java.
✗ O framework Android se comunica com a camada nativa via JNI
(Java Native Interface).
Embedded Labworks
COMPONENTES
✗ Componentes do framework Android:
✗ Android Runtime, Dalvik e Zygote.
✗ System Services.
✗ Classes Java do projeto Apache Harmony.
✗ Android API.
✗ Código-fonte em frameworks/, dalvik/ e libcore/.
Embedded Labworks
COMPONENTES (cont.)
✗ Já falamos sobre o Android Runtime, Dalvik e Zygote quando
estudamos o processo de inicialização do Android.
✗ Falaremos sobre as classes Java e a API do Android quando
estudarmos a camada de aplicações do sistema.
✗ Nosso foco nesta seção são os System Services, núcleo do
framework Android.
Embedded Labworks
SYSTEM SERVICES
✗ System Services são os serviços do Android responsáveis por
prover funcionalidades para as aplicações. Exemplos:
✗ Power Manager para gerenciamento de energia.
✗ Activity Manager para gerenciamento da execução dos componentes
Android.
✗ Package Manager para gerenciamento de pacotes Android (APK).
✗ Location Manager para gerenciamento de localização (ex: GPS).
✗ O Android 4.2 possui em torno de 70 serviços!
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LISTANDO OS SERVIÇOS
# service list
Found 68 services:
0 phone: [com.android.internal.telephony.ITelephony]
1 iphonesubinfo: [com.android.internal.telephony.IPhoneSubInfo]
2 simphonebook: [com.android.internal.telephony.IIccPhoneBook]
3 isms: [com.android.internal.telephony.ISms]
4 dreams: [android.service.dreams.IDreamManager]
5 commontime_management: []
6 samplingprofiler: []
7 diskstats: []
[...]
Embedded Labworks
SERVIÇOS E SEUS PROCESSOS
✗ Alguns serviços são processos que rodam nativamente e são
executados pelo processo init no boot (Surface Flinger, DRM Server,
Media Server).
✗ Mas a maioria dos serviços fazem parte do processo System
Server, executado pelo Zygote no boot do sistema.
Embedded Labworks
SERVIÇOS E SEUS PROCESSOS (cont.)
✗
system_server: processo do System Server, contém boa parte dos
serviços do sistema.
✗
mediaserver: processo do Media Server, composto por serviços
nativos relacionados ao framework multimídia do Android (Audio
Flinger, Media Player Service, Camera Service, etc).
✗
surfaceflinger: processo do Surface Flinger, responsável por
desenhar as superfícies das janelas das aplicações que serão
exibidas no display.
✗
drmserver: processo do DRM Server, responsável pelo gerenciamento
de conteúdos protegidos por direitos autorais.
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INICIALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
Kernel Linux
init
init.rc, *.rc
Zygote
app_process
Activity
Manager
Power
Manager
...
surfaceflinger
drmserver
mediaserver
system_server
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MECANISMO DE COMUNICAÇÃO
✗ Em sistemas operacionais modernos, cada processo possui seu
espaço de endereçamento, provendo segurança e isolamento no
acesso aos dados de outros processos.
✗ Por este motivo, para que um processo possa se comunicar com
outro processo, é necessário um mecanismo de comunicação entre
processos (IPC).
✗ Em sistemas Linux, temos disponíveis vários mecanismos de IPC
como pipes, message queues e shared memory.
✗ No Android, o principal mecanismo de comunicação entre processos
utilizado é o Binder.
Embedded Labworks
COMO FUNCIONA O BINDER?
✗ No começo da inicialização do sistema, o init executa o processo
servicemanager (Service Manager).
✗ O Service Manager se registra no Binder (/dev/binder) como seu
gerenciador de contexto.
✗ O gerenciador de contexto do Binder serve como um índice para
todos os serviços do sistema.
✗ Durante o restante do processo de inicialização, os serviços se
registram no Service Manager via Binder.
Embedded Labworks
INICIALIZAÇÃO DO BINDER
Service Manager System Services
/dev/binder (Binder driver)
1 2
Service Manager se registra no Binder como o gerenciador de contexto.1
2 Os serviços do sistema se registram no gerenciador de contexto.
Embedded Labworks
COMUNICAÇÃO VIA BINDER
✗ Quando uma aplicação Android precisa usar um serviço do sistema
(ex: wakelock), ela requisita para o Service Manager um ponteiro
(handle) para se comunicar com o serviço (ex: Power Manager
Service).
✗ Com o ponteiro, a aplicação pode invocar as operações do serviço.
✗ Este mecanismo de comunicação entre processos usando o Binder
é totalmente transparente para o desenvolvedor de aplicações, que
precisa conhecer apenas a API do Android.
Embedded Labworks
EXEMPLO (POWER MANAGER SERVICE)
PowerManager pm = (PowerManager)
                          getSystemService(POWER_SERVICE);
PowerManager.WakeLock wakeLock = pm.newWakeLock( 
                          PowerManager.FULL_WAKE_LOCK,
                          "myWakeLock");
wakeLock.acquire(250);
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DIAGRAMA (POWER MANAGER SERVICE)
Service Manager Power Manager Service
/dev/binder (Binder driver)
Aplicação requisita ponteiro (handle) do serviço para o Service Manager.1
2
Aplicação
1 2
Aplicação usa o ponteiro para acessar as funções providas pelo serviço.
Embedded Labworks
DOCUMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS
✗ Os serviços do sistema não são muito bem documentados, então
para entender seu funcionamento na maioria dos casos você
precisa ler o código-fonte!
✗ O código-fonte principal do System Server esta disponível em
frameworks/base/services/java/com/android/server/Sys
temServer.java, e pode ser um começo para você se aventurar
nas milhares de linhas de código de cada um dos serviços do
Android.
Embedded Labworks
PROCESSOS INICIADOS NO BOOT
✗ Os serviços do sistema iniciam algumas aplicações
automaticamente no boot:
✗ O serviço Input Method Manager inicia todas as aplicações que
possuem o filtro de Intent android.view.InputMethod.
✗ Aplicações com o atributo android:persistent="true" são
iniciadas automaticamente pelo Activity Manager.
✗ O Activity Manager envia um Intent do tipo Intent.CATEGORY_HOME,
onde a aplicação Launcher é executada.
✗ O Activity Manager também envia um Intent do tipo
Intent.BOOT_COMPLETED, notificando o sistema que o sistema
finalizou o processo de boot.
Embedded Labworks
COMANDOS DO FRAMEWORK
app_process inicia uma máquina virtual Dalvik para rodar
uma aplicação Java.
service permite interagir com os serviços registrados
no sistema.
stagefright permite interagir com o serviço de Media Player.
input permite injetar eventos de input no sistema
(teclado, touchscreen, etc).
Embedded Labworks
COMANDOS DO FRAMEWORK (cont.)
am permite se comunicar diretamente com o Activity
Manager.
pm permite se comunicar diretamente com o Package
Manager.
ime permite se comunicar diretamente com o serviço Input
Method.
scv permite se comunicar com vários outros serviços
(Power Manager, Wifi Manager, conectividade de dados
e porta USB).
Embedded Labworks
MODIFICANDO O FRAMEWORK
✗ A arquitetura do framework Android é bastante monolítica.
✗ Não existe uma forma fácil, via arquivo de configuração ou menu de
configuração, de desabilitar um serviço do sistema.
✗ Neste caso, é necessário alterar ou adaptar o código-fonte, o que
pode ser bastante trabalhoso.
✗ Mas pode ser um trabalho necessário. Por este motivo,
estudaremos como fazer isso mais adiante no treinamento.
Embedded Labworks
ANDROID SEM O FRAMEWORK?
✗ É possível compilar o Android sem o framework com o comando
abaixo:
$ BUILD_TINY_ANDROID=true make ­j16
✗ Serão compilados o init, bionic, adbd, logcat, sh e outros
componentes da camada nativa.
✗ Pode ser interessante para realizar testes de drivers ou aplicações
compiladas nativamente para o Android.
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LABORATÓRIO
Manipulando o framework Android
Embedded Labworks
Android embarcado
Estendendo o framework
Embedded Labworks
POR QUÊ?
✗ Em alguns casos, principalmente quando estamos trabalhando com
sistemas embarcados, a API do Android pode não suportar
determinado dispositivo de hardware (GPIO, porta serial, E2PROM,
etc).
✗ E na ausência de uma API, o modelo de segurança do Android não
permite que uma aplicação acesse diretamente um dispositivo de
hardware.
✗ Neste caso, a melhor solução é estender o framework do Android,
adicionando o suporte ao novo dispositivo de hardware.
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AS CAMADAS
Kernel
HAL
Serviço
API
Aplicação
Kernel space
User space
Binder
JNI
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A APLICAÇÃO
✗ O que queremos é uma aplicação que possa ter acesso ao
dispositivo de hardware através de um serviço do sistema:
GPIOManager gpio = (GPIOManager) 
                   getSystemService(Context.GPIO_SERVICE);
gpio.write(GPIO_NUM, value);
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MANAGER
✗ O primeiro passo para estender o framework é criar a classe
Manager.
✗ A classe Manager será responsável por fornecer uma API para as
aplicações acessarem o dispositivo de hardware.
✗ A classe Manager se comunicará com o serviço via Binder.
✗ As classes Manager são normalmente implementadas em:
frameworks/base/core/java/android/os/
frameworks/base/services/java/com/android/server/
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CLASSE MANAGER (EXEMPLO)
public class GPIOManager
{
    IGPIOService mService;
    public GPIOManager(IGPIOService service) {
        mService = service;
    }
    public int write(int number, int value) {
        try {
            return mService.set(number, value);
        } catch (RemoteException e) {
            return 0;
        }
    }
}
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SERVIÇOS
✗ A implementação do serviço se divide em duas partes:
✗ A definição de sua interface através da linguagem AIDL.
✗ A implementação do serviço em si.
✗ Boa parte dos serviços estão implementados no código-fonte em
frameworks/base/services/.
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AIDL
✗ AIDL é a linguagem usada pelo Android para definir a interface de
acesso entre um cliente e um servidor na comunicação via Binder.
// IGPIOService.aidl
interface IGPIOService {
    int set(int number, int value);
}
✗ Uma ferramenta chamada aidl é responsável por converter o
arquivo aidl na sua implementação Java, para ser usada tanto pelo
cliente (Manager) quanto pelo servidor (Serviço).
✗ Mais informações sobre o aidl na documentação do Google em
http://developer.android.com/guide/components/aidl.html.
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SERVIÇO (EXEMPLO)
public class GPIOService extends IGPIOService.Stub {
    private static final String TAG = "GPIO";
    public GPIOService(Context context) {
        super();
        Log.i(TAG, "Service started");
    }
    public int set(int number, int value)
    {
        return set_native(number, value);
    }
    private static native int set_native(int number, int value);
}
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PROXY E STUB
Manager
Proxy (marshalling)
Binder
Stub (unmarshalling)
Serviço
Kernel
HAL
Serviço
API
Aplicação
Kernel space
User space
Binder
JNI
As classes Proxy e Stub são
criadas através da declaração da
interface via AIDL.
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JNI
✗ Os serviços que possibilitam o acesso à um dispositivo de
hardware utilizam normalmente algumas funções nativas
implementadas em C ou C++ para acessar o hardware.
✗ Para implementar este acesso é utilizado o JNI, um framework de
desenvolvimento para possibilitar que um código Java possa
acessar (e ser acessado) por um código escrito em outras
linguagens, como C, C++ e assembly.
✗ No Android, o JNI está implementado na biblioteca
libnativehelper.so.
Embedded Labworks
JNI (EXEMPLO)
#include "jni.h"
#include "JNIHelp.h"
static int set_native(JNIEnv *env, jobject obj, 
                      jint number, jint value)
{
    if (gpio_export(number))
        return 1;
    if (gpio_set_direction(number, "out"))
       return 1;
    return gpio_write(number, value);
}
Embedded Labworks
SERVIÇO DE GPIO
GPIO Driver
HAL (Biblioteca GPIO)
GPIO Service
GPIO Manager
Aplicação
Kernel space
User space
C/C++
Java
Binder
GPIOService.java
com_android_server_GPIOService.cpp
GPIOManager.java
IGPIOService.aidl
IGPIOService.java
libgpio.so
Embedded Labworks
PROBLEMAS EM ESTENDER O FRAMEWORK
✗ Possibilidade de quebrar a API e adicionar algum bug.
✗ Impossibilita a certificação do dispositivo pelo Google (não
passará pelo CTS).
✗ É trabalhoso manter e portar as alterações para outras versões do
Android.
Embedded Labworks
SOLUÇÕES ALTERNATIVAS
✗ Serviços podem ser implementados separadamente, através de aplicações
standalone (C/C++):
frameworks/native/services/surfaceflinger/
✗ Serviços podem também ser implementados dentro de uma aplicação
Android:
packages/apps/Nfc/
✗ É possível extender a API do Android sem alterar seu framework através de
Platform Libraries.
device/sample/frameworks/PlatformLibrary/README.txt
✗ E usar um SDK add-on para integrar no Eclipse:
device/sample/products/sample_addon.mk
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LABORATÓRIO
Estendendo o framework do Android
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Android embarcado
Aplicações Android
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APLICAÇÕES ANDROID
Linux Kernel
Bibliotecas
(bionic, etc)
Init
Toolbox
Daemons
nativos
Camada
HAL
Dalvik / Android Runtime / Zygote
System Services
Android API
Aplicações
Bibliotecas
Java
API
Binder
JNI
System call
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APLICAÇÕES ANDROID (cont.)
✗ Tudo o que vimos até aqui tem como principal objetivo prover uma
infraestrutura completa para o desenvolvimento de aplicações.
✗ Aplicações Android são escritas basicamente em Java, usando o
SDK do Google.
✗ São empacotadas em arquivos com extensão apk, contendo o código
compilado, dados e recursos usados pela aplicação.
✗ Podem ser instaladas através do Google Play ou manualmente via
ADB ou gerenciador de arquivo.
Embedded Labworks
API ANDROID
✗ Todo o desenvolvimento de aplicações é baseado na API provida
pelo Google.
✗ Esta API contém dois principais componentes:
✗ Bibliotecas Java: subconjunto de classes Java padrão
implementadas pelo projeto Apache Harmony.
✗ Android API: classes Java do Android.
✗ Toda a documentação da API do Android esta disponível em:
http://developer.android.com/reference/packages.html
Embedded Labworks
COMPONENTES DAS APLICAÇÕES
✗ As aplicações Android são compostas por 4 tipos diferentes de
componentes:
✗ Activities
✗ Services
✗ Broadcast receivers
✗ Content providers
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ACTIVITIES
✗ Activities representam as telas de interface com o usuário (é o mesmo que
janelas em sistemas desktop).
✗ Uma aplicação Android normalmente possui diversas Activities, e uma das
activities é definida como a principal (main), que é apresentada ao usuário
ao executar a aplicação pela primeira vez.
✗ Uma aplicação pode requisitar o uso de uma Activity de outra aplicação.
Ex: a aplicação de navegação na Internet pode requisitar o uso da Activity
da aplicação de envio de e-mail para compartilhar um link por e-mail.
✗ É o desenvolvedor da aplicação que decide quais activities estarão
disponíveis para o sistema.
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BACK STACK
Activity 1
Back Stack
Activity 2
Back Stack
Activity 1
Activity 3
Back Stack
Activity 2
Activity 1
Activity 2
Back Stack
Activity 1
Inicia activity 2 Inicia activity 3 Volta navegação
Activity em
foreground
Activity 3
Destruída!
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SERVICES
✗ Services (serviços) são componentes que rodam em background e
não tem interface com o usuário.
✗ São usados para executar operações demoradas em background ou
prover serviços para outras aplicações.
✗ Cuidado para não confundir com os serviços do framework Android!
Embedded Labworks
SERVICES (cont.)
✗ Um componente pode se comunicar com um serviço de duas
formas:
✗ De forma assíncrona, através da função startService(). Desta
forma, o serviço não estará ligado ao componente que o criou, e
ficará em execução até que ele ou outro componente pare sua
execução.
✗ De forma síncrona, através da função bindService(). Desta forma, o
serviço estará ligado ao componente que o criou, e será destruído
automaticamente quando o componente não existir mais. Esta forma
de execução oferece uma interface do tipo cliente/servidor.
Embedded Labworks
BROADCAST RECEIVERS
✗ Broadcast receivers são componentes que permitem o registro
para receber um evento do sistema ou de uma aplicação.
✗ Possuem o mesmo conceito de uma rotina de tratamento de
interrupção.
✗ Por exemplo, você pode desenvolver um broadcast receiver para
ser notificado quando:
✗ O nível de bateria ficar baixo.
✗ O modo avião for habilitado.
✗ O processo de boot do sistema completar.
Embedded Labworks
CONTENT PROVIDERS
✗ Content providers são capazer de prover acesso aos dados de
forma organizada, similar à um banco de dados relacional.
✗ Um aplicação deve implementar um content provider quando
deseja compartilhar dados com outras aplicações.
✗ A maioria das aplicações usam o SQlite para armazenar os dados,
mas o desenvolvedor pode usar outros tipos de armazenamento se
desejar (memória, disco, rede, etc).
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ARMAZENAMENTO PERSISTENTE
✗ Uma aplicação pode armazenar dados persistentes de diversas formas:
✗ Shared preferences: permite armazenar dados no formato chave-valor, em um
arquivo xml no diretório de dados da aplicação.
✗ Internal Storage: permite armazenar qualquer arquivo no diretório de dados da
aplicação.
✗ External Storage: permite armazenar qualquer arquivo em um diretório público
do sistema (normalmente o sdcard).
✗ SQLite Databases: permite armazenar dados no banco de dados do sistema.
✗ Mais informações em:
http://developer.android.com/guide/topics/data/data-storage.html
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ARQUIVO DE MANIFESTO
✗ Toda aplicação possui um arquivo de manifesto no formato XML
(AndroidManifest.xml), cujo objetivo é declarar informações
sobre a aplicação, dentre elas:
✗ Componentes disponíveis.
✗ Permissões necessárias para executar a aplicação.
✗ Revisão da API.
✗ Características do hardware.
✗ Bibliotecas necessárias.
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ARQUIVO DE MANIFESTO (EXEMPLO)
<manifest package="com.example.android.notepad">
    <application android:icon="@drawable/app_notes"
                 android:label="@string/app_name" >
        <activity android:name="NotesList"
                  android:label="@string/title_notes_list">
            <intent­filter>
                <action android:name="android.intent.action.MAIN" />
                <category android:name="android.intent.category.LAUNCHER" />
            </intent­filter>
            <intent­filter>
                <action android:name="android.intent.action.VIEW" />
                <action android:name="android.intent.action.EDIT" />
                <action android:name="android.intent.action.PICK" />
                <category android:name="android.intent.category.DEFAULT" />
                <data android:mimeType="vnd.android.cursor.dir/vnd.google.note" />
            </intent­filter>
        </activity>
    </application>
</manifest>
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COMUNICAÇÃO ENTRE COMPONENTES
✗ Uma aplicação pode conter um ou mais componentes.
✗ Um aplicação pode iniciar qualquer componente, incluindo
componentes de outras aplicações.
✗ Os componentes se comunicam entre si através de um mecanismo
de troca de mensagens chamado intent.
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INTENT
✗ O intent é um mecanismo de comunicação entre os componentes do
Android.
✗ Um intent descreve basicamente a intenção de realizar alguma
ação.
✗ Por exemplo, a activity de uma aplicação pode enviar um intent
para ver um arquivo PDF, implementado por uma activity de outra
aplicação.
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INTENT (cont.)
✗ Activities, Services e Broadcast receivers são iniciados através de
intents.
✗ Internamente, os intents são implementados via Binder.
✗ Os componentes declaram quais intents são capazes de manipular
através do atributo intent­filter do arquivo de manifesto.
✗ Mais informações sobre Intents:
http://developer.android.com/guide/components/intents-filters.html
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REGISTRANDO ACTIVITY COMO BROWSER
<!­­ AndroidManifest.xml ­­> 
<activity android:name=".BrowserActivitiy" 
          android:label="@string/app_name">
  <intent­filter>
    <action android:name="android.intent.action.VIEW" />
    <category android:name="android.intent.category.DEFAULT" />
    <data android:scheme="http"/> 
  </intent­filter>
</activity>
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EXECUTANDO ACTIVITY DO TIPO BROWSER
Intent i = new Intent(Intent.ACTION_VIEW,
                      Uri.parse("http://www.sergioprado.org"));
startActivity(i);
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DIAGRAMA INTENT
Activity
Manager
Aplicação
Android
Package
Manager
Zygote
Aplicação
Browser
1
2 3
4
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RECURSOS
✗ Além do código-fonte, uma aplicação pode conter imagens, vídeos,
sons, etc.
✗ E tudo que faz parte do visual da aplicação é mantido separado do
código-fonte, como layout das activities, animações, menus,
strings, etc.
✗ Estes recursos são armazenados no diretório res/ das aplicações.
✗ Durante a compilação da aplicação, a ferramenta de compilação do
Android cria a classe R, possibilitando referenciar cada um dos
recursos disponíveis.
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PROCESSOS NO ANDROID
✗ Por padrão no Android, cada componente de uma mesma aplicação
roda em um mesmo processo.
✗ Quando o sistema quiser executar um novo componente:
✗ Se o processo correspondente ao componente ainda não estiver em
execução, um novo processo será criado.
✗ Caso contrário, o componente será iniciado dentro do processo em
execução.
✗ Se necessário, é possível iniciar um componente de uma aplicação
em um novo processo com o atributo android:process no
arquivo de manifesto.
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THREADS DE EXECUÇÃO
✗ Como uma aplicação Android por padrão possui apenas uma thread
de execução, todos os componentes e interações com o usuário são
realizadas de forma sequencial.
✗ Por este motivo, uma operação de I/O ou processamento mais
longo pode travar a interface com o usuário.
✗ Se a aplicação bloquear por mais de 5 segundos, o sistema irá
exibir a mensagem “Application Not Responding” (ANR).
✗ Por este motivo, é aconselhável nestes casos executar operações
mais longas em uma thread separada.
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CRIANDO THREADS
✗ Existem duas formas de implementar threads no Android:
✗ Usar a implementação de thread padrão do Java, extendendo a
classe Runnable.
✗ Usar a classe AsyncTask do Android (mais fácil de implementar a
comunicação com a thread principal da aplicação).
✗ Mais informações em:
http://developer.android.com/reference/android/os/AsyncTask.html
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CICLO DE VIDA DA APLICAÇÃO
✗ Um ponto central do Android é que o usuário não deve se preocupar
com o gerenciamento e troca de tarefas.
✗ O usuário pode iniciar quantas aplicações quiser e mudar entre
elas clicando no botão Home e chaveando entre as tarefas.
✗ Mas após um certo uso, vários processos podem estar em
execução, consumindo muitos recursos do sistema.
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CICLO DE VIDA DA APLICAÇÃO (cont.)
✗ Por este motivo, o Android gerencia o ciclo de vida de cada um dos
componentes da aplicação, matando processos e liberando recursos
conforme necessário.
✗ Mas para este processo funcionar corretamente, o desenvolvedor
deve implementar uma série de callbacks para cada componente da
aplicação.
✗ Estas callbacks são chamadas de acordo com o evento do ciclo de
vida do componente.
✗ Por exemplo, na mudança de foreground para background, a callback
Pause() do componente é chamada.
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CICLO DE VIDA DA APLICAÇÃO (DIAGRAMA)
Referência: http://developer.android.com
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GERENCIAMENTO DE MEMÓRIA
✗ Quando o uso de memória estiver alto, o sistema pode decidir
matar um processo para liberar memória.
✗ Esta decisão é tomada baseada na importância (prioridade) do
processo.
✗ Quando um processo é encerrado, todos seus componentes também
são.
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PRIORIDADE DOS PROCESSOS
✗ O sistema define a prioridade de cada processo de acordo com seu
status:
✗ Processos rodando em foreground possuem a maior prioridade
(activity, service ou broadcast receiver ativo).
✗ Processos visíveis, como uma activity que não esta mais em
foreground mas ainda é visível no display.
✗ Serviço iniciado por um processo em background.
✗ Processos em background que não são mais visíveis aos usuários.
✗ Processos vazios (sem componentes).
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SEGURANÇA
✗ Uma vez instaladas, cada aplicação roda em um ambiente
separado de outras aplicações:
✗ Cada aplicação roda em uma instância da máquina virtual, isolada de
outras aplicações.
✗ O sistema atribui um usuário (UID) e grupo (GID) para cada
aplicação.
✗ Estas credenciais são usadas para permitir que as aplicações
possam acessar apenas os arquivos que tenham direito.
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SEGURANÇA (cont.)
✗ Para que uma aplicação possa acessar um recurso que não tem
permissão diretamente, o desenvolvedor deve declarar as
permissões necessárias no arquivo de manifesto da aplicação.
✗ Ao instalar a aplicação, uma mensagem é exibida com as
permissões necessárias pela aplicação, e o usuário deve aprovar
estas permissões.
✗ Uma lista completa das permissões existentes está disponível em:
http://developer.android.com/reference/android/Manifest.permission.html
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PERMISSÕES
...
<uses­permission android:name="android.permission.WRITE_SMS" /> 
<uses­permission android:name="android.permission.READ_SMS" /> 
<uses­permission android:name="android.permission.RECEIVE_SMS" />
...
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PERMISSÕES (cont.)
✗ Quando a aplicação tentar acessar determinado recurso do
sistema:
✗ O acesso é realizado através de uma API do sistema.
✗ Esta API se comunica via Binder com o Package Manager para
verificar se aquela aplicação tem acesso ao recurso desejado.
✗ Caso afirmativo, a API se comunica com o serviço correspondente via
Binder.
✗ Alguns serviços ainda se comunicam com um serviço nativo via UNIX
domain socket.
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EXEMPLO PERMISSÃO SMS
Aplicação
Phone Manager Package
Manager
HAL (rild)
Kernel
Unix domain Socket
Binder
Binder
2
3
4
5
Android API
SmsManager.sendTextMessage()1
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NDK
✗ O NDK (Native Development Kit) é um conjunto de ferramentas para
o desenvolvimento de aplicações Android em C/C++.
✗ É normalmente utilizado nas seguintes situações:
✗ Quando é necessário mais performance (ex: cálculos matemáticos,
jogos, etc).
✗ Para portar rapidamente um código existente (ex: navegador Firefox).
✗ Permite acesso direto à GPU via OpenGL!
✗ Pode ser combinado com o SDK, permitindo ter uma aplicação que
usa parte do código em Java e parte em C/C++!
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NDK (cont.)
✗ Também é empacotado igual à uma aplicação (APK), incluindo o
arquivo de manifesto.
✗ Apesar do código não ser executado pela Dalvik, todos os
mecanismos de segurança são mantidos.
✗ Principais deficiências:
✗ Perde portabilidade.
✗ Acesso apenas à uma parte da API do Android.
✗ Não possui a funcionalidade de recursos.
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DISTRIBUINDO APLICAÇÕES
✗ As aplicações podem ser instaladas manualmente, mas
normalmente são distribuídas para os usuários através de um
repositório de aplicações.
✗ O repositório padrão do Google é o Google Play.
✗ Existem outros repositórios disponíveis como o Amazon App Store.
✗ Nada te impede de criar seu próprio repositório de aplicações!
https://f-droid.org/
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FERRAMENTAS E DOCUMENTAÇÃO
✗ Todo o desenvolvimento de aplicações Android é realizado no Eclipse com o
plugin ADT instalado e diversas outras ferramentas como o emulador, ADB, etc.
✗ A forma mais fácil de preparar o ambiente é baixar o SDK no link abaixo:
http://developer.android.com/sdk/index.html
✗ Toda a documentação da API do Android esta disponível em:
http://developer.android.com
✗ Uma nova IDE chamada Android Studio foi anunciada em 2013 (ainda em
versão de testes):
http://developer.android.com/sdk/installing/studio.html
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LABORATÓRIO
Desenvolvendo aplicações Android
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Android embarcado
Android HAL
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ANDROID HAL
✗ Em sistemas Linux, o acesso à um dispositivo de hardware
normalmente é exposto para as aplicações através de entradas
no /dev ou no /sys.
✗ O Android se baseia em uma camada adicional chamada HAL
(Hardware Abstraction Layer) para abstrair o acesso ao hardware
pelo seu framework.
✗ Boa parte dos dispositivos suportados pelo Android possuem uma
HAL, que pode variar em comportamento e interface.
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DIAGRAMA HAL
Hardware
Camera
Driver
Sensors
Drivers
Display
Drivers
...
System Services
Aplicações e API
Binder
JNI
System call
Camera
HAL
Sensors
HAL
Graphics
HAL
...
Kernel
Camada
nativa
Framework
Android
Hardware
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HARDWARE ABSTRACTION LAYER
✗ A HAL é normalmente implementada pelo fabricante ou pelo AOSP
através de bibliotecas compartilhadas (*.so).
✗ Um serviço do sistema (system service) correspondente ao
hardware acessado é o responsável por carregar a biblioteca da
HAL e utilizar suas funções.
✗ O Android não especifica como a HAL deve ser desenvolvida,
apenas que uma API padronizada deve ser provida por ela para ser
utilizada pelo sistema.
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HARDWARE ABSTRACTION LAYER (cont.)
✗ Por este motivo, o fabricante pode apenas escrever um driver
básico para o hardware (stub) e implementar toda a inteligência do
acesso ao dispositivo na HAL.
✗ Desta forma, a licença usada na HAL não precisa ser
necessariamente GPL.
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ACESSANDO A HAL
Kernel Linux
Driver
HAL (*.so)
HW Service
System Services
API (android.*)
Aplicações
Kernel space
User space
C
Java
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HARDWARE E HAL
✗ De forma geral, cada tipo de hardware possui um serviço do
sistema e uma camada HAL associada à este serviço. Exemplos:
✗ Lights Service e lights HAL.
✗ Wifi Service e wifi HAL.
✗ Sensors Service e sensors HAL.
✗ Power Management Service e power management HAL.
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BIBLIOTECAS DA HAL
✗ As bibliotecas da HAL estão disponíveis em um dos diretórios
abaixo:
✗ /vendor/lib/hw
✗ /system/lib/hw
✗ O nome da biblioteca tem o formato <hal>.<device>.so, onde o
nome do dispositivo é lido de uma das propriedades abaixo:
✗ ro.hardware
✗ ro.product.board
✗ ro.board.platform
✗ ro.arch
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LISTAGEM HAL
# ls /system/lib/hw/                                          
audio.a2dp.default.so audio.primary.default.so
audio.primary.imx6.so audio.r_submix.default.so
audio_policy.default.so bluetooth.default.so
camera.goldfish.so camera.imx6.so
gps.goldfish.so gralloc.default.so
gralloc.imx6.so gralloc_viv.imx6.so
hwcomposer.imx6.so hwcomposer_viv.imx6.so
keystore.default.so lights.goldfish.so
lights.imx6.so local_time.default.so
power.default.so power.imx6.so
sensors.WANDBOARD.so sensors.goldfish.so
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DESCRIÇÃO DA HAL
✗
audio.primary.<device>.so: camada de áudio, normalmente
implementada via camada ALSA do kernel.
✗
gralloc.<device>.so/hwcomposer.<device>.so: camada de
vídeo.
✗
camera.<device>.so: acesso à câmera, normalmente (mas não
necessariamente) implementado via camada V4L do kernel.
✗
gps.<device>.so: acesso ao GPS, normalmente via serial (tty).
✗
libril.so: acesso ao rádio (voz e dados).
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DESCRIÇÃO DA HAL (cont.)
✗
bluetooth.<device>.so: acesso à interface Bluetooth (até a
versão 4.1 usava-se o BlueZ, agora usa-se o bluedroid da
Broadcom).
✗
nfc.<device>.so: acesso à interface de comunicação NFC.
✗
lights.<device>.so: controle de LEDS, backlight, etc.
✗
sensors.<device>.so: acesso aos sensores (acelerômetro,
giroscópio, magnetômetro, pressão, proximidade, temperatura, etc).
✗
power.<device>.so: responsável pelo gerenciamento de energia.
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IMPLEMENTANDO A HAL
✗ Implementar uma HAL é trabalhoso e envolve conhecer o
funcionamento interno dos serviços providos pelo framework do
Android.
✗ Por este motivo, se possível, escolha um dispositivo que já possua
uma implementação da HAL do Android.
✗ Caso não seja possível, você precisará estudar o funcionamento da
HAL correspondente, e ler muito código!
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IMPLEMENTANDO A HAL (cont.)
✗ O código-fonte com a definição da HAL pode ser encontrada no
AOSP em hardware/.
✗ As definições das interfaces encontram-se em:
✗ hardware/libhardware/include/hardware/
✗ hardware/libhardware_legacy/include/hardware_legacy/
✗ Uma implementação padrão da HAL esta disponível em
hardware/libhardware/modules.
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IMPLEMENTANDO A HAL (cont.)
✗ O AOSP inclui o suporte ao hardware de alguns dispositivos de
mercado, que pode ser usado como referência para novas
implementações.
✗ Veja o diretório device/ no AOSP para alguns exemplos.
✗ Uma visão geral da HAL esta documentada pelo Google no link
abaixo:
http://source.android.com/devices/index.html
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OUTROS ACESSOS
✗ Nem todo acesso ao hardware necessita de uma camada HAL, por
exemplo:
✗ Dispositivos de input (botões, mouse, teclado) são acessados
diretamente via /dev/input/.
✗ Dispositivos de rede são acessados normalmente via interface de
rede, através de uma conexão via socket com o daemon netd.
✗ Dispositivos de armazenamento (cartão SD) são acessados
diretamente via system calls, através de uma conexão via socket
com o daemon vold.
✗ O serviço Vibrator acessa diretamente a interface de GPIOs no /sys.
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LABORATÓRIO
Implementando uma interface HAL
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Android embarcado
Debugging
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FERRAMENTAS DO SISTEMA
✗ Várias ferramentas de linha de comando estão disponíveis para
ajudar na análise do sistema como um todo.
✗ Algumas ferramentas são comuns em sistemas Linux, outras são
específicas do Android.
✗ Elas permitem analisar o funcionamento de uma determinada parte
do sistema, como memória, CPU, acesso à rede, etc.
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FERRAMENTAS DO SISTEMA (cont.)
ps listar todos os processos em execução.
top exibir os processos ordenados por consumo de
recursos (memória e CPU).
cpustats estatística de uso da(s) CPU(s).
schedtop estatísticas de uso de CPU por processo.
latencytop estatísticas de tempo de latência de cada processo
em execução.
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FERRAMENTAS DO SISTEMA (cont.)
procrank exibe uma lista de processos ordenados por
consumo de RAM.
procmem informações de uso de memória por determinado
processo.
librank exibe lista de processos ordenados por bibliotecas
carregadas em RAM.
showmap exibe o mapa de memória de um processo.
strace monitora as chamadas de sistema de uma aplicação.
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LOGCAT
✗ O sistema de logs do Android provê um mecanismo para coletar e
visualizar informações do sistema.
✗ Os logs são armazenados em alguns buffers circulares do kernel, e
podem ser exibidos com o comando logcat.
✗ Para exibir uma descrição das opções disponíveis:
$ logcat ­­help
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LOG POR BUFFER
✗ O log pode ser filtrado por buffer, conforme abaixo:
$ logcat ­b radio
✗ Os seguintes buffers estão disponíveis:
✗
radio: mensagens relacionadas à comunicação com o radio.
✗
events: mensagens do sistema, principalmente relacionada à
eventos de hardware.
✗
system: mensagens do sistema, usado principalmente pela camada
nativa e pelo framework Android.
✗
main: todo o restante, mas principalmente mensagens de log das
aplicações.
Embedded Labworks
TAG E PRIORIDADE
✗ Os logs são exibidos por tag (identificador do processo) e prioridade:
I/ActivityManager(585):  Starting  activity:  Intent  {  action= 
android.intent.action...}
✗ As seguintes prioridades estão disponíveis (listadas da menor para a
maior):
V ­ Verbose
D ­ Debug
I ­ Info
W ­ Warning
E ­ Error
F ­ Fatal
S ­ Silent
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FILTRANDO POR TAG E PRIORIDADE
✗ Filtro por tag:
$ logcat ­s ActivityManager
✗ Filtro por tag e prioridade:
$ logcat ­s ActivityManager:I
✗ Filtro por prioridade:
$ logcat ­s *:E
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DUMPSYS
✗ O dumpsys é uma ferramenta capaz de tirar o dump de um ou todos
os serviços do sistema, invocando a função dump() implementada
pelo serviço.
# dumpsys power
Power Manager State:
mIsPowered=true mPowerState=1 mScreenOffTime=46793204 ms
mPartialCount=1
mWakeLockState=SCREEN_ON_BIT
mUserState=
mPowerState=SCREEN_ON_BIT
mLocks.gather=SCREEN_ON_BIT
mNextTimeout=94351 now=46880555 ­46786s from now
...
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DUMPSTATE
✗ O dumpstate é uma ferramenta capaz de tirar um dump de todo o sistema.
# dumpstate
[...]
Kernel: Linux version 2.6.29­00261­g0097074­dirty (digit@digit.mtv.corp.google.c
om) (gcc version 4.4.0 (GCC) ) #20 Wed Mar 31 09:54:02 PDT 2010
Command line: qemu=1 console=ttyS0 android.checkjni=1 android.qemud=ttyS1 androi
d.ndns=1
­­­­­­ MEMORY INFO (/proc/meminfo) ­­­­­­
MemTotal:
94096 kB
[...]
­­­­­­ CPU INFO (top ­n 1 ­d 1 ­m 30 ­t) ­­­­­­
User 2%, System 11%, IOW 33%, IRQ 0%
User 3 + Nice 0 + Sys 15 + Idle 67 + IOW 42 + IRQ 0 + SIRQ 0 = 127
[...]
Embedded Labworks
ADB
✗ Normalmente o processo de depuração em sistemas embarcados
acontece via porta serial ou JTAG (para depuração em baixo nível).
✗ Esta configuração funciona bem em sistemas embarcados, mas em
dispositivos móveis não possuímos normalmente estes tipos de
interface.
✗ É por este motivo que o Google desenvolveu o ADB.
Embedded Labworks
ADB (cont.)
✗ O ADB (Android Debug Bridge) é uma ferramenta de debugging que
pode funcionar em conexões USB ou TCP/IP.
✗ É composto por três componentes:
✗ Daemon ADB, que roda no target.
✗ Servidor ADB, que roda no host e é responsável pela comunicação
com o target.
✗ Cliente ADB, que também roda no host e serve de interface (modo
texto) para a execução de comandos no target.
Embedded Labworks
ARQUITETURA ADB
ADB Server
ADB Client
Usuário
Android Gadget
Driver
adbd
Host Target
Embedded Labworks
COMANDOS ADB
start­server Inicia o servidor ADB no host (normalmente é
iniciado automaticamente).
kill­server Mata o servidor ADB no host.
devices Lista os dispositivos acessíveis via ADB.
connect Conecta ao daemon ADB via TCP (porta 5555 por
padrão)
disconnect Disconecta do dispositivo.
Embedded Labworks
COMANDOS ADB (cont.)
push Copia arquivos do host para o target.
pull Copia arquivos do target para o host.
sync Sincroniza os diretórios system/ e data/.
install Instala um pacote Android (APK) no target.
uninstall Desinstala um pacote Android (APK) do target.
Embedded Labworks
COMANDOS ADB (cont.)
logcat Imprime o log do sistema.
shell Executa um comando ou inicia uma seção do
shell.
bugreport Gera um relatório de erro do target (status
atual, logs, etc).
wait­for­device Bloqueia até que o dispositivo esteja
disponível.
Embedded Labworks
COMANDOS ADB (cont.)
remount Remonta a partição system/ com
permissão de leitura e escrita.
reboot Reinicia o dispositivo (opções
bootloader e recovery disponíveis).
reboot­bootloader Reinicia o dispositivo no bootloader.
root Reinicia o ADB com permissões de root
(apenas se ro.secure=1 e
ro.debuggable=1).
Embedded Labworks
COMANDOS ADB (cont.)
✗
usb Reinicia o daemon ADB para escutar comandos via USB.
✗
tcpip Reinicia o daemon ADB para escutar comandos via TCP.
✗
lolcat Mesmo que adb logcat.
✗
hell Mesmo que adb shell.
Embedded Labworks
GDB
✗ Com o parâmetro forward do comando ADB é possível redirecionar
qualquer porta entre o host e o target, possibilitando por exemplo o
debugging com o GDB via ADB!
✗ No target:
# gdbserver :1234 /system/bin/executable
✗ No host:
$ adb forward tcp:1234 tcp:1234
$ prebuilt/Linux/toolchain­eabi­4.2.1/bin/arm­eabi­gdb 
 out/target/product/product­name/symbols/system/bin/executable
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ARQUITETURA ADB E GDB
ADB Server
Usuário
Android Gadget
Driver
adbd
Host Target
localhost:1234
gdbserver
localhost:1234
gdb
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DEPURANDO APLICAÇÕES JAVA
✗ Durante a inicialização, o daemon do ADB abre um UNIX domain
socket e espera por conexões.
✗ Processos que rodam na Dalvik se registram neste socket,
tornando-se visíveis para debugging.
✗ A Dalvik implementa o JDWP (Java Debug Wire Protocol),
permitindo usar o debugger Java (jdb) para depurar suas
aplicações.
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JDB NA LINHA DE COMANDO
✗ Exiba primeiro a lista de processos Java depuráveis com o
comando abaixo:
$ adb jdwp
271
376
...
✗ Crie o redirecionamento para o PID do processo:
$ adb forward tcp:8000 jdwp:376
✗ E inicie o debugger:
$ jdb ­attach localhost:8000
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ARQUITETURA ADB E JDB
ADB Server
Usuário
Android Gadget
Driver
adbd
Host Target
jdwp:pid
Processo Java
localhost:8000
jdb
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TOMBSTONES
✗ Sempre que um processo encerra abruptamente (crash) no Android,
um arquivo especial chamado tombstone é gerado no diretório
/data/tombstones/.
✗ Estes arquivos podem ajudar na análise do problema em um
componente do sistema (aplicação, framework, biblioteca nativa,
etc).
✗ Através dos tombstones, e usando uma ferramenta do toolchain
chamada addr2line, conseguimos chegar na linha de código com
problema!
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TOMBSTONE (EXEMPLO)
*** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** ***
Build fingerprint: 'unknown'
Revision: '405522'
pid: 10071, tid: 10071, name: tcpdump  >>> tcpdump <<<
signal 11 (SIGSEGV), code 1 (SEGV_MAPERR), fault addr 00000000
    r0 ffffffa0  r1 ffffffff  r2 ffffff98  r3 00000000
    r4 0002f0e0  r5 7ec459b4  r6 00000001  r7 2abdae14
    r8 00000000  r9 00000000  sl 00000000  fp 7ec459ac
    ip 2abdaf38  sp 7ec457f8  lr 2ab8e433  pc 2ab8e446  cpsr 60000030
    d0  9d2d6d40019b7a7b  d1  0000000000000000
    d2  0000000000000000  d3  0000000000000000
[...]
backtrace:                                            
    #00  pc 0004c446  /system/xbin/tcpdump            
    #01  pc 0001273f  /system/lib/libc.so (__libc_init+38)
    #02  pc 0000d1f0  /system/xbin/tcpdump                           
                                              
stack:                                        
         7ec457b8  2acb6041  /system/bin/linker
Embedded Labworks
ANR
✗ ANR ou "Application Not Responding" é um erro comum em
aplicações Android.
✗ A mensagem de ANR é exibida se a Activity em foreground ficar
mais de 5 segundos sem responder à um evento de entrada (botão,
touch, etc).
✗ Quando a ANR acontece, um log com informações do erro é salvo
em /data/anr/traces.txt.
Embedded Labworks
ANR (EXEMPLO)
­­­­­ pid 11663 at 1970­01­02 00:53:03 ­­­­­
Cmd line: com.android.development
DALVIK THREADS:
(mutexes: tll=0 tsl=0 tscl=0 ghl=0)
"main" prio=5 tid=1 TIMED_WAIT
  | group="main" sCount=1 dsCount=0 obj=0x2b6d19a0 self=0x4c8a2010
  | sysTid=11663 nice=0 sched=0/0 cgrp=[no­cpu­subsys] handle=716739548
  | state=S schedstat=( 0 0 0 ) utm=9 stm=1 core=1
  at java.lang.VMThread.sleep(Native Method)
  at java.lang.Thread.sleep(Thread.java:1031)
  at java.lang.Thread.sleep(Thread.java:1013)
  at com.android.development.BadBehaviorActivity$BadService.onStartCommand     
                                              (BadBehaviorActivity.java:66)
  at android.app.ActivityThread.handleServiceArgs(ActivityThread.java:2656)
  at android.app.ActivityThread.access$1900(ActivityThread.java:141)
  at android.app.ActivityThread$H.handleMessage(ActivityThread.java:1331)
  at android.os.Handler.dispatchMessage(Handler.java:99)
  at android.os.Looper.loop(Looper.java:137)
Embedded Labworks
DEV TOOLS
✗ Dev Tools é uma aplicação disponível no AOSP em
development/apps/Development.
✗ Esta aplicação possui diversas ferramentas interessantes para
testar e depurar o sistema, incluindo:
✗ Exibição de estatísticas de uso da CPU no display.
✗ Customização do comportamento da GPU.
✗ Exibição de informações sobre o touchscreen no display.
✗ Possibilidade de causar crash ou ANR.
Embedded Labworks
MONKEY
✗ Monkey é uma ferramenta de linha de comando para ser executada
no dispositivo.
✗ É capaz de automatizar a geração de entradas para uma aplicação.
✗ Por exemplo, o comando abaixo é capaz de gerar 50 entradas
aleatórias para o navegador:
$ monkey ­p com.android.browser ­v 50
✗ É possível criar scripts com o monkey para automatizar os testes
de uma aplicação!
Embedded Labworks
MONKEYRUNNER
✗ O monkeyrunner é uma ferramenta de linha de comando para o
host que permite controlar um target Android.
✗ Provê uma API completa em python para o desenvolvimento de
aplicações de controle e teste de um dispositivo Android.
✗ Mais informações no link abaixo:
http://developer.android.com/tools/help/monkeyrunner_concepts.html
Embedded Labworks
EXEMPLO SCRIPT MONKEYRUNNER
from com.android.monkeyrunner import MonkeyRunner, MonkeyDevice
device = MonkeyRunner.waitForConnection()
device.installPackage('myproject/bin/MyApplication.apk')
package = 'com.example.android.myapplication'
activity = 'com.example.android.myapplication.MainActivity'
runComponent = package + '/' + activity
device.startActivity(component=runComponent)
device.press('KEYCODE_MENU', MonkeyDevice.DOWN_AND_UP)
result = device.takeSnapshot()
result.writeToFile('myproject/shot1.png','png')
Embedded Labworks
DDMS
✗ O DDMS (Dalvik Debug Monitor Server) é uma ferramenta de
debugging que possibilita, dentre outras tarefas:
✗ Exibir informações e logs dos processos em execução.
✗ Capturar a tela do dispositivo.
✗ Monitorar eventos (SMS, chamadas, localização, etc).
✗ Ele se conecta ao servidor ADB e se comunica com os processos
Android através do JDWP.
✗ Esta integrado ao Eclipse através do plugin ADT, acessível em
Window > Open Perspective > Other... > DDMS.
Embedded Labworks
DDMS NO ECLIPSE
Embedded Labworks
TRACING
✗ A aplicação pode gerar um arquivo com informações de tracing de
duas formas:
✗ Automaticamente com a função de profiling do DDMS (método
impreciso).
✗ Manualmente através dos métodos startMethodTracing() e
stopMethodTracing() da classe Debug.
✗ Através deste log, uma ferramenta chamada traceview é capaz de
exibir informações de tracing e profiling da aplicação.
✗ Também através deste log, uma aplicação chamada dmtracedump é
capaz de exibir o backtrace de chamadas de função da aplicação.
Embedded Labworks
TRACEVIEW
Embedded Labworks
DMTRACEDUMP
Embedded Labworks
SYSTRACE
✗ O systrace é uma ferramenta desenvolvida em python que permite
analisar a performance de uma aplicação ou do sistema como um
todo.
✗ Combina um conjunto de informações disponibilizadas pelo kernel
para gerar um relatório em HTML sobre o sistema.
✗ Funciona a partir do Android 4.1.
✗ Mais informações no link abaixo:
http://developer.android.com/tools/debugging/systrace.html
Embedded Labworks
SYSTRACE EM AÇÃO
Fonte: http://developer.android.com/
Embedded Labworks
LABORATÓRIO
Usando ferramentas de debugging
Embedded Labworks
Android embarcado
E agora?
Embedded Labworks
UM RESUMO
✗ Portar o bootloader, de preferência com suporte ao fastboot.
✗ Portar o kernel Linux com os patches do Android.
✗ Sempre que possível, escolha um fabricante de plataforma que
tenha o suporte ao Linux, de preferência com os patches do Android
aplicados!
Embedded Labworks
UM RESUMO (cont.)
✗ Criar um produto no AOSP e customizar para a sua plataforma.
✗ Desenvolver e integrar a HAL (de preferência, escolha um hardware
com a HAL pronta!).
✗ Desenvolver suas aplicações Android (normalmente o Launcher).
✗ Certificar-se no Google (opcional).
Embedded Labworks
RECURSOS ONLINE
✗ Android Open Source Project:
https://source.android.com/
✗ Android Developer:
https://developer.android.com/
✗ Android Tools Project Site:
http://tools.android.com/
Embedded Labworks
RECURSOS ONLINE (cont.)
✗ Embedded Linux Wiki (seção sobre o Android):
http://www.elinux.org/Android_Portal
✗ Linaro Android:
https://wiki.linaro.org/Platform/Android
✗ CyanogenMod:
http://www.cyanogenmod.org/
Embedded Labworks
RECURSOS ONLINE (cont.)
✗ XDA Developer (seção sobre o Android):
https://www.xda-developers.com/tag/all-android/
✗ Android Builder's Summit vídeos:
http://video.linux.com/
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LIVROS
Embedded Android
Karim Yaghmour
Learning Android
Marko Gargenta
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PERGUNTAS OU COMENTÁRIOS FINAIS?
Embedded Labworks
Por Sergio Prado. São Paulo, Novembro de 2012
® Copyright Embedded Labworks 2004-2013. All rights reserved.
OBRIGADO!
E-mail sergio.prado@e-labworks.com
Website http://e-labworks.com

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Treinamento Android Embarcado

  • 1. Embedded Labworks Por Sergio Prado. São Paulo, Maio de 2013 ® Copyright Embedded Labworks 2004-2013. All rights reserved. Android embarcado
  • 2. Embedded Labworks SOBRE ESTE DOCUMENTO ✗ Este documento é disponibilizado sob a Licença Creative Commons BY-SA 3.0. http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/legalcode ✗ Os fontes deste documento estão disponíveis em: http://e-labworks.com/treinamentos/android/source
  • 3. Embedded Labworks SOBRE O INSTRUTOR ✗ Sergio Prado tem mais de 17 anos de experiência em desenvolvimento de software para sistemas embarcados, em diversas arquiteturas de CPU (ARM, PPC, MIPS, x86, 68K), atuando em projetos com Linux embarcado e sistemas operacionais de tempo real. ✗ É sócio da Embedded Labworks, onde atua com consultoria, treinamento e desenvolvimento de software para sistemas embarcados: http://e-labworks.com ✗ Mantém um blog pessoal sobre Linux e sistemas embarcados em: http://sergioprado.org
  • 4. Embedded Labworks AGENDA DO TREINAMENTO ✗ DIA 1: Introdução, código-fonte, sistema de build, embarcando o Android, camada nativa. ✗ DIA 2: Processo de inicialização, criação de produtos, desenvolvimento de módulos, framework Android. ✗ DIA 3: System services, aplicações Android, HAL, debugging.
  • 5. Embedded Labworks AMBIENTE DE LABORATÓRIO /opt/labs/ Ambiente de laboratório dl/ Aplicações e componentes open­source que serão usados durante as atividades de laboratório docs/ Documentação guides/ Guias de consulta (shell, vi, etc)   hardware/ Documentação do hardware   training/ Slides e atividades de laboratório ex/ Exercícios de laboratório tools/ Ferramentas de uso geral
  • 6. Embedded Labworks DURANTE O TREINAMENTO ✗ Pergunte... ✗ Expresse seu ponto de vista... ✗ Troque experiências... ✗ Ajude... ✗ Participe!
  • 7. Embedded Labworks Android embarcado Introdução ao sistema operacional Android
  • 8. Embedded Labworks HISTÓRICO ✗ 2003: Começou como uma startup chamada Android Inc. em Palo Alto/CA, focada no desenvolvimento de um sistema operacional aberto para smartphones. ✗ 2005: Android Inc. comprada pelo Google. ✗ 2007: Criada a Open Handset Alliance, um consórcio de empresas com interesse na área mobile (Google, Intel, TI, Qualcomm, Nvidia, Motorola, HTC, Samsung, etc). ✗ 2008: Sai a versão 1.0 do Android.
  • 9. Embedded Labworks VERSÕES ✗ Desde então, todo ano, em torno de duas novas versões são lançadas. ✗ Cada versão tem o nome de uma sobremesa, liberada em ordem alfabética! ✗ 2.2 (Frozen Yogurt) ✗ 2.3 (Gingerbread) ✗ 3.0/3.1/3.2 (Honeycomb) ✗ 4.0 (Ice Cream Sandwich) ✗ 4.1/4.2/4.3 (Jelly Bean) ✗ 4.4 (KitKat) ✗ Este treinamento é baseado no Jelly Bean 4.2.
  • 10. Embedded Labworks PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ✗ Código aberto. ✗ Interface gráfica com uma experiência familiar. ✗ Ecossistema de aplicações disponíveis (aproximadamente 850.000 aplicações em set/2013). ✗ Framework para desenvolvimento de aplicações. ✗ Ambiente de desenvolvimento completo, incluindo IDE, emulador e ferramentas de debugging.
  • 11. Embedded Labworks PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS (cont.) ✗ Suporte total à tecnologias web via WebKit. ✗ Suporte à hardware: ✗ Aceleradores gráficos via OpenGL ES. ✗ Tecnologias de comunicação sem fio (Bluetooth, WiFi, NFC, GSM, CDMA, UMTS, LTE, etc). ✗ Sensores (acelerômetro, giroscópio, compasso, etc). ✗ Etc!
  • 12. Embedded Labworks ANDROID EM SISTEMAS EMBARCADOS ✗ Estas e outras características levaram o Android a ser avaliado e utilizado como sistema operacional em aplicações embarcadas.
  • 13. Embedded Labworks ANDROID OPEN SOURCE PROJECT ✗ O Android é basicamente baseado em dois grandes projetos: ✗ Kernel Linux (modificado). ✗ Plataforma Android (AOSP). ✗ A cada versão, o Google libera o código-fonte do projeto através do Android Open Source Project (AOSP). http://source.android.com/ ✗ Apenas alguns dispositivos são suportados nativamente pelo AOSP, incluindo os últimos smartphones e tablets de referência do Google (linha Nexus).
  • 14. Embedded Labworks COMUNIDADE ✗ Qualquer um pode contribuir com o projeto, mas a comunidade é bem fechada em torno do Google. https://android-review.googlesource.com ✗ O processo de colaboração é realizado através da ferramenta de revisão de código Gerrit, também criada pelo Google. http://en.wikipedia.org/wiki/Gerrit_(software)
  • 15. Embedded Labworks LICENÇAS ✗ A grande maioria dos pacotes estão sob as licenças permissivas ASL (Apache) e BSD, dando liberdade aos fabricantes de decidirem se desejam liberar o código-fonte alterado (licenças permissivas exigem apenas atribuição de autoria). ✗ Alguns pacotes ainda estão sob as licenças GPL/LGPL (vide diretório external/ no AOSP). ✗ Algumas aplicações do Google são fechadas (Google Play, Gmail, Google Maps, Youtube, etc) e para tê-las você precisa se certificar (ACP).
  • 16. Embedded Labworks CERTIFICAÇÃO ✗ Para que o dispositivo possa ter a marca Android e possa usar as aplicações do Google, é necessário certificá-lo através do Android Compatibility Program (ACP): ✗ Compatibility Definition Document (CDD): descreve os requisitos necessários (software e hardware) para que um dispositivo possa ser considerado compatível com Android. ✗ Compatibility Test Suite (CTS): ferramenta para testes unitários do framework do Android (APIs, Dalvik, permissões, etc), que deve ser realizado no dispositivo. ✗ Cada versão do Android tem os seus documentos! Mais informações no link abaixo: http://source.android.com/compatibility/
  • 17. Embedded Labworks ARQUITETURA LINUX EMBARCADO Hardware Bootloader Linux kernel Biblioteca C (glibc, eglibc, uclibc, etc) Biblioteca Biblioteca Aplicação Aplicação Sistema GNU/Linux
  • 18. Embedded Labworks ARQUITETURA ANDROID Hardware Bootloader Linux kernel Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas) Framework (serviços e API) Aplicação Plataforma Android Aplicação Aplicação Aplicação
  • 19. Embedded Labworks COMPONENTES DO SISTEMA ✗ Bootloader depende do fabricante do hardware (U-Boot é comum em plataformas abertas). ✗ Kernel Linux é alterado para suprir as necessidades do Android (IPC, shared memory, power management, etc). ✗ Já o espaço de usuário é totalmente diferente de uma distribuição Linux convencional como o Ubuntu ou o Fedora! ✗ Muitas bibliotecas e aplicações foram reimplementadas por questões de licença (uclibc x bionic, busybox x toolbox, etc). ✗ Todo o framework de desenvolvimento de aplicações é baseado em Java.
  • 20. Embedded Labworks DIAGRAMA DE BLOCOS Fonte: http://source.android.com
  • 21. Embedded Labworks PORTANDO O ANDROID (PASSO-A-PASSO) 1. Escolher uma plataforma de hardware compatível com os requisitos do Android. 2. Portar o bootloader para a plataforma de desenvolvimento. 3. Portar o kernel Linux para a plataforma de desenvolvimento (com os patches do Android aplicados). 4. Preparar o sistema de build do Android para compilar e gerar uma versão customizada da plataforma Android para o seu hardware. 5. Implementar a camada HAL do Android para os dispositivos de hardware presentes no sistema.
  • 23. Embedded Labworks MÁQUINA DE DESENVOLVIMENTO ✗ É recomendado o uso de uma máquina de 64 bits com o Ubuntu 12.04, já que esta é a configuração usada e testada pelo Google, mas o sistema de build deve funcionar em outras máquinas Linux ou MacOS (instalação nativa ou máquina virtual). ✗ É necessário uma máquina com boa capacidade de processamento (ex: Core i7) e com bastante espaço em disco (os fontes do Android 4.2 ocupam 10G de disco, passando de 25G depois de compilado!). ✗ Pré-requisitos de software: git 1.7+, python 2.6/2.7, make 3.81/3.82, JDK 6. ✗ Consulte o link abaixo para instruções mais completas: http://source.android.com/source/initializing.html
  • 24. Embedded Labworks CÓDIGO-FONTE ✗ Instruções sobre a utilização do código-fonte do AOSP em: http://source.android.com/source/index.html ✗ Neste link você vai encontrar detalhes sobre como: ✗ Baixar o código-fonte. ✗ Configurar o sistema de build. ✗ Compilar o Android para um dispositivo padrão do Google (últimos smartphones e tablets do mercado). ✗ Testar a imagem gerada no emulador.
  • 25. Embedded Labworks AOSP E REPOSITÓRIOS GIT ✗ O AOSP é versionado pelo Google através do git. ✗ Porém, o projeto é dividido em vários repositórios git (se o projeto fosse gerenciado por apenas um repositório git, seria lento para baixar e difícil de gerenciar!). ✗ Os repositórios git do Android podem ser acessados em: http://android.googlesource.com
  • 27. Embedded Labworks FERRAMENTA REPO ✗ Para gerenciar as centenas de repositórios git existentes no AOSP, o Google então criou uma ferramenta chamada repo. ✗ Esta ferramenta pode ser baixada do site do Google conforme abaixo: wget http://commondatastorage.googleapis.com/git­repo­downloads/repo ✗ Com o repo é possível baixar e gerenciar uma versão específica do Android, composta por diversos repositórios git, descritos em um arquivo XML (manifest.xml).
  • 28. Embedded Labworks MANIFEST.XML <?xml version="1.0" encoding="UTF­8"?> <manifest>   <remote  name="aosp"            fetch=".."            review="https://android­review.googlesource.com/" />   <default revision="refs/tags/android­4.2.2_r1.1"            remote="aosp"            sync­j="4" />   <project path="build" name="platform/build" groups="pdk" >     <copyfile src="core/root.mk" dest="Makefile" />   </project>   <project path="abi/cpp" name="platform/abi/cpp" groups="pdk" />   <project path="bionic" name="platform/bionic" groups="pdk" />   <project path="bootable/bootloader/legacy" name="platform/bootable/bootloader/legacy" />   <project path="bootable/diskinstaller" name="platform/bootable/diskinstaller" />   <project path="bootable/recovery" name="platform/bootable/recovery" groups="pdk" />   <project path="cts" name="platform/cts" />   <project path="dalvik" name="platform/dalvik" />   <project path="development" name="platform/development" />   <project path="device/asus/grouper" name="device/asus/grouper" groups="device,grouper" />   <project path="device/asus/tilapia" name="device/asus/tilapia" groups="device,grouper" />   [...]
  • 29. Embedded Labworks BAIXANDO O AOSP COM O REPO $ repo init ­u https://android.googlesource.com/platform/manifest $ repo sync [...] Aqui ele vai clonar cada um dos repositórios git! $ ls abi       dalvik       frameworks       Makefile  prebuilts bionic    development  gdk              ndk       sdk bootable  device       hardware         out       system build     docs         libcore          packages cts       external     libnativehelper  pdk
  • 30. Embedded Labworks OUTROS COMANDOS REPO ✗ repo diff (faz um diff em todos os repositórios git). ✗ repo status (verifica o status de todos os repositórios git). ✗ repo  start (cria um novo branch em um projeto para desenvolvimento). ✗ repo branches (visualizar branches existentes). ✗ repo forall (executa um comando em todos os repositórios git). ✗ repo help (exibe menu completo de opções).
  • 31. Embedded Labworks REPO E COLABORAÇÃO ✗ O Google desenvolveu uma ferramenta chamada Gerrit para facilitar o processo de revisão de código e colaboração. https://android-review.googlesource.com ✗ Através das ferramentas git e repo qualquer pessoa pode contribuir com o desenvolvimento do Android: ✗ Crie um novo branch: $ repo start <nome_do_branch> ✗ Faça os commits com o git. ✗ Suba o código para revisão no Gerrit: $ repo upload
  • 32. Embedded Labworks OUTROS REPOSITÓRIOS ANDROID ✗ O Google AOSP é o repositório principal mas oferece suporte limitado à dispositivos de hardware. ✗ O BSP do fabricante pode fornecer bom suporte mas normalmente é mais desatualizado. ✗ A Linaro (focada em ARM) fornece uma árvore alternativa e atualizada com suporte à um conjunto maior de dispositivos de hardware: https://wiki.linaro.org/Platform/Android
  • 33. Embedded Labworks OUTROS REPOSITÓRIOS ANDROID (cont.) ✗ O Cyanogen Mod possui versões customizadas focada em dispositivos de mercado (smartphones e tablets): http://cyanogenmod.org/ ✗ A comunidade de uma determinada plataforma de hardware pode manter uma árvore separada do Android, como por exemplo o Rowboat para os chips Sitara da TI: https://code.google.com/p/rowboat/
  • 34. Embedded Labworks ANDROID PARA A WANDBOARD $ repo init ­u git://www.wandboard.org/android/manifest.git ­m default.xml  $ repo sync ­j4 [...] $ ls abi       dalvik       frameworks  libnativehelper  prebuilts bionic    development  gdk         Makefile         sdk bootable  device       hardware    ndk              system build     docs         kernel_imx  packages cts       external     libcore     pdk ✗ Instruções para baixar o código-fonte do Android para a Wandboard no link abaixo: http://www.wandboard.org/index.php/downloads
  • 35. Embedded Labworks DIRETÓRIOS: BOOTLOADER, KERNEL E HAL ✗ bootable/: bootloader de referência e imagem de recovery. ✗ kernel_imx/: kernel para a Wandboard (i.MX6), não existe no AOSP! ✗ hardware/: definição da interface HAL e implementação padrão para alguns dispositivos de hardware. ✗ device/: configurações e componentes específicos dos produtos suportados.
  • 36. Embedded Labworks DIRETÓRIOS: CÓDIGO-FONTE NATIVO ✗ bionic/: biblioteca C padrão do Android. ✗ system/: aplicações e bibliotecas da camada nativa. ✗ external/: projetos externos usados no Android (openssl, webkit, libusb, etc). ✗ abi/: suporte à RTTI (Run-Time Type Identification) para código escrito em C++. ✗ libnativehelper/: biblioteca para interface JNI.
  • 37. Embedded Labworks DIRETÓRIOS: FRAMEWORK E APPS ✗ dalvik/: código-fonte da máquina virtual Dalvik. ✗ libcore/: biblioteca Java (Apache Harmony) ✗ frameworks/: código-fonte do framework do Android. ✗ packages/: aplicações Android.
  • 38. Embedded Labworks DIRETÓRIOS: FERRAMENTAS ✗ ndk/: ferramentas do NDK (Native Development Kit), que possibilita o desenvolvimento de aplicações nativas para o Android. ✗ sdk/: ferrramentas do SDK (Software Development Kit). ✗ pdk/: ferramentas do PDK (Platform Development Kit). ✗ development/: outras ferramentas de desenvolvimento e aplicações de debugging. ✗ cts/: ferramentas do CTS (Compatibility Test Suite).
  • 39. Embedded Labworks DIRETÓRIOS: BUILD e DOCUMENTAÇÃO ✗ build/: scripts, Makefiles e outros componentes do sistema de build. ✗ prebuilts/: binários pré-compilados, incluindo os toolchains. ✗ docs/: conteúdo do site http://source.android.com.
  • 40. Embedded Labworks LABORATÓRIO Preparando a máquina e baixando o código-fonte
  • 42. Embedded Labworks SISTEMAS DE BUILD ✗ Sistemas de build tem dois principais objetivos: ✗ Integrar todos os componentes de software de um sistema Linux (toolchain, bootloader, kernel, filesystem). ✗ Tornar o processo de build reproduzível. ✗ O Linux possui vários sistemas de build disponíveis, como por exemplo o Buildroot, OpenEmbedded e Yocto. ✗ Já o Android tem sua própria solução de sistema de build!
  • 43. Embedded Labworks SISTEMA DE BUILD DO ANDROID ✗ A sistema de build do Android é baseado na conhecida ferramenta make do projeto GNU, onde diversos makefiles (Android.mk) estão espalhados pelos diretórios do código-fonte. ✗ Mas não existe nenhum sistema de configuração para definir o que vai ser compilado, como o menuconfig do Buildroot (kconfig). ✗ A configuração do que será compilado (produto) depende basicamente de variáveis de ambiente do shell.
  • 44. Embedded Labworks ENVSETUP.SH ✗ O primeiro passo para usar o sistema de build é executar o script de configuração do ambiente build/envsetup.sh: $ source build/envsetup.sh ✗ Este script irá alterar o ambiente corrente do shell, definindo alguns comandos, variáveis de ambiente e macros que serão usadas durante a compilação. ✗ O comando source é necessário para que as alterações aconteçam no ambiente corrente do shell.
  • 45. Embedded Labworks ENVSETUP.SH (cont.) ✗ Alguns comandos criados pelo envsetup.sh no ambiente corrente do shell: ✗ lunch: selecionar o combo (produto e variante) para compilar. ✗ croot: voltar para o diretório principal dos fontes. ✗ godir: ir para o diretório contendo o arquivo especificado. ✗ cgrep: executar um grep em todos os arquivos .c, .cpp e .h. ✗ jgrep: executar um grep em todos os arquivos .java. ✗ resgrep: executar um grep em todos os arquivos .res. ✗ hmm: exibe a lista completa de comandos.
  • 46. Embedded Labworks O PRODUTO ✗ Após executar o script envsetup.sh, o próximo passo é configurar o produto que desejamos compilar. ✗ Um produto no Android esta associado à um conjunto de características específicas, incluindo: ✗ Arquitetura do dispositivo de hardware. ✗ Configurações do sistema. ✗ Conjunto de módulos habilitados (aplicações nativas, bibliotecas nativas, aplicações Android, binários pré-compilados, etc).
  • 47. Embedded Labworks CONFIGURANDO O PRODUTO ✗ A configuração do produto é baseada em algumas variáveis de ambiente que precisam ser definidas, dentre elas: ✗ TARGET_PRODUCT: nome do produto. ✗ TARGET_BUILD_VARIANT: variante do produto (eng, user, userdebug). Dentre todos os módulos habilitados para o produto, apenas aqueles correspondentes à variante selecionada serão incluídos na imagem final. ✗ Você pode definir as variáveis de configuração do produto em um arquivo chamado buildspec.mk e salvá-lo no diretório principal dos fontes (vide build/buildspec.mk.default). ✗ Mas a forma mais comum é carregar a configuração do produto através do comando lunch.
  • 49. Embedded Labworks LUNCH (cont.) ✗ O comando lunch vai exibir uma lista de produtos no formato <produto>­<variante>, também chamado de combo, e o usuário deverá selecionar um destes combos. ✗ É possível também executar o comando lunch passando diretamente o nome do combo: $ lunch full­eng ✗ Ao selecionar o combo, o comando lunch irá criar as variáveis de ambiente necessárias para a compilação: $ env | grep "ANDROID|TARGET"
  • 50. Embedded Labworks COMPILANDO ✗ Para compilar, é só executar o comando make: $ make ✗ O processo de compilação pode levar algumas horas, dependendo da máquina de build. ✗ Use o parâmetro ­j se necessário para paralelizar o processo de compilação. $ make ­j4
  • 51. Embedded Labworks O QUE FAZ O MAKE? ✗ Os diversos componentes do Android (aplicações, bibliotecas, etc) são divididos em módulos, e cada módulo possui um arquivo Android.mk, contendo suas regras de processamento. ✗ Ao iniciar o processo de compilação, o sistema de build do Android faz uma busca recursiva por todos os arquivos Android.mk. ✗ Caso o módulo correspondente ao Android.mk encontrado esteja habilitado para o produto selecionado, seu conteúdo é adicionado à um arquivo de Makefile integrado.
  • 52. Embedded Labworks O QUE FAZ O MAKE? (cont.) ✗ Após montar este arquivo de Makefile integrado, o sistema de build inicia a compilação através do processamento deste Makefile. ✗ Assim que terminar de compilar todos os módulos descritos neste Makefile, as imagens finais são geradas (ramdisk, system, data).
  • 53. Embedded Labworks DIRETÓRIO OUT ✗ Ao final do processo de compilação, as imagens estarão disponíveis no diretório out/, com os subdiretórios host/ e target/. ✗ No diretório out/host/ temos ferramentas, binários e bibliotecas compiladas para o host (ex: emulator, mke2fs, etc). ✗ No diretório out/target/ temos os binários compilados para o target. ✗ As imagens finais estarão disponíveis no diretório out/target/product/<nome_do_produto>/.
  • 55. Embedded Labworks OUTROS COMANDOS MAKE ✗ Limpar a compilação do produto selecionado: $ make clean ✗ Limpar a compilação de todos os produtos: $ make clobber ✗ Limpar apenas o necessário em uma troca de configuração (produto): $ make installclean
  • 56. Embedded Labworks OUTROS COMANDOS MAKE (cont.) ✗ Exibir os comandos executados durante a compilação: $ make showcommands ✗ Compilar apenas um módulo: $ make <module> ✗ Limpar a compilação de um módulo: $ make clean­<module>
  • 57. Embedded Labworks OUTROS COMANDOS DE COMPILAÇÃO ✗ Compilar o sistema de qualquer diretório: $ m ✗ Compilar todos os módulos no diretório corrente: $ mm ✗ Compilar todos os módulos de um diretório específico: $ mmm <diretório>
  • 58. Embedded Labworks EMULADOR ✗ O Android possui um emulador de dispositivos móveis, capaz de rodar na máquina host e emular o sistema gerado. ✗ Este emulador pode ser compilado através dos produtos full, full_x86 e full_mips. ✗ É capaz de emular a interface com o usuário via monitor, teclado e mouse. ✗ Diversos outros dispositivos de hardware e eventos como coordenadas GPS, recebimento de SMS ou mudança de status da bateria podem ser emulados através de uma conexão telnet.
  • 59. Embedded Labworks EMULADOR (cont.) ✗ Internamente, o emulador do Android é uma interface gráfica desenvolvida em cima do qemu. http://qemu.org ✗ Para compilar uma imagem do Android para o emulador $ source build/envsetup.sh $ lunch full­eng $ make ­j4 ✗ E para executar o emulador: $ emulator &
  • 61. Embedded Labworks LABORATÓRIO Compilando o Android e testando no emulador
  • 63. Embedded Labworks ARQUITETURA ANDROID Hardware Bootloader Linux kernel Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas) Framework (serviços e API) Aplicação Plataforma Android Aplicação Aplicação Aplicação
  • 64. Embedded Labworks HARDWARE Hardware Bootloader Linux kernel Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas) Framework (serviços e API) Aplicação Plataforma Android Aplicação Aplicação Aplicação
  • 65. Embedded Labworks HARDWARE TÍPICO COM ANDROID Fonte: http://www.opersys.com/
  • 66. Embedded Labworks CPU ✗ Oficialmente o Android suporta as arquiteturas ARM, x86 e MIPS. ✗ O mais comum é encontrar o Android rodando em plataformas ARM, em específico ARMv7 (Cortex-A8) com um ou mais núcleos rodando acima de 1GHz. ✗ Arquiteturas como x86 e MIPS também são suportadas por outras empresas ou pela comunidade: http://www.android-x86.org/ http://developer.mips.com/android/ ✗ A partir do Android 4.0, é necessário também uma GPU com suporte à OpenGL ES 2.0.
  • 67. Embedded Labworks MEMÓRIA E ARMAZENAMENTO ✗ Segundo o Google, é necessário no mínimo 340MB de RAM, mas é bem típico um sistema com 1GB. ✗ Para o armazenamento, são necessários 300MB para o sistema, mais 300M para armazenar dados e 1G de armazenamento compartilhado (normalmente no cartão SD) para armazenar dados das aplicações (imagens, vídeos, documentos, etc). ✗ Atualmente, é comum o uso de dispositivos de armazenamento de bloco ao invés de memória flash. O mais comum é utilizar chips eMMC.
  • 68. Embedded Labworks OUTRAS CARACTERÍSTICAS RECOMENDADAS ✗ Display com touchscreen (especificação mínima definida pelo Google: 2,5", 426x320, 16 bits). ✗ Botões de navegação (MENU, HOME, BACK). Os botões também podem ser emulados em software. ✗ Sensores (acelerômetro, magnetrômetro, GPS, giroscópio, etc). ✗ Comunicação wireless (Bluetooth, WiFi, NFC, etc).
  • 69. Embedded Labworks WANDBOARD QUAD ✗ i.MX6 Quad (4 núcleos ARM Cortex-A9) rodando à 1GHz. ✗ 2G de RAM DDR3. ✗ Duas interfaces de cartão SD e uma interface SATA. ✗ Saídas de áudio (comum e S/PDIF) e vídeo HDMI. ✗ Ethernet Gigabit, USB host e OTG, WiFi, Bluetooth, serial, etc. http://wandboard.org
  • 70. Embedded Labworks DISPLAY E PLACA ADAPTADORA ✗ Display LCD de 7” com resolução de 800x480 (WVGA) da Touch Revolution. ✗ Touchscreen capacitivo. ✗ Placa adaptadora para a Wandboard com suporte ao display de 7” da Touch Revolution e 4 botões.
  • 71. Embedded Labworks REFERÊNCIAS E DOCUMENTAÇÃO ✗ A documentação do hardware esta disponível no ambiente de laboratório em docs/guides: ✗ IMX6DQRM.pdf (datasheet do i.MX6) ✗ WandboardQuadUserguide.pdf (guia de usuário da placa) ✗ FusionTouchDisplayDatasheet.pdf (datasheet do display) ✗ AdapterBoardSchematic.tar.gz (esquemático da placa adaptadora) ✗ Recursos na internet: http://wandboard.org/ https://community.freescale.com/
  • 72. Embedded Labworks BOOTLOADER Hardware Bootloader Linux kernel Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas) Framework (serviços e API) Aplicação Plataforma Android Aplicação Aplicação Aplicação
  • 73. Embedded Labworks BOOTLOADER ✗ O bootloader é o código responsável por: ✗ Inicialização básica do hardware. ✗ Carregar outro binário (normalmente um sistema operacional) da memória flash, da rede ou de outro dispositivo de armazenamento não volátil para a RAM. ✗ Passar o controle da CPU para este binário. ✗ Além destas funcionalidades básicas, a maioria dos bootloaders possui uma linha de comandos para a execução de diferentes operações, como verificação de memória, formatação da flash e rotinas de diagnóstico.
  • 74. Embedded Labworks BOOTLOADER NO ANDROID ✗ Não é necessário nenhum trabalho em especial no bootloader para o Android, apenas que ele seja capaz de carregar a imagem do Linux e do ramdisk, e passar o controle da CPU para o kernel. ✗ Normalmente cada fabricante de hardware disponibiliza um bootloader (o U-Boot é padrão em plataformas abertas). ✗ Uma funcionalidade normalmente presente em bootloaders para o Android é o fastboot, um protocolo de comunicação com bootloaders via USB. http://goo.gl/WYyd5
  • 75. Embedded Labworks FASTBOOT ✗ É acessível via ferramenta fastboot. ✗ Possui as seguintes funcionalidades: ✗ Transmissão de dados para o bootloader. ✗ Gravação de imagens na flash. ✗ Leitura de variáveis de configuração do bootloader. ✗ Controle da sequência de boot.
  • 76. Embedded Labworks FERRAMENTA FASTBOOT $ fastboot usage: fastboot [ <option> ] <command> commands:   update <filename>                        reflash device from update.zip   flashall                                 flash boot + recovery + system   flash <partition> [ <filename> ]         write a file to a flash partition   erase <partition>                        erase a flash partition   format <partition>                       format a flash partition    getvar <variable>                        display a bootloader variable   boot <kernel> [ <ramdisk> ]              download and boot kernel   flash:raw boot <kernel> [ <ramdisk> ]    create bootimage and flash it   devices                                  list all connected devices   continue                                 continue with autoboot   reboot                                   reboot device normally   reboot­bootloader                        reboot device into bootloader   help                                     show this help message
  • 77. Embedded Labworks BOOTLOADER NO AOSP ✗ O bootloader não faz parte da plataforma Android, e portanto, não será encontrado no AOSP. ✗ Mas o fabricante do hardware normalmente integra a compilação do bootloader ao sistema de build do Android. ✗ O arquivo build/core/Makefile é alterado para compilar o bootloader. ✗ O código-fonte do bootloader é normalmente disponibilizado em bootable/bootloader.
  • 78. Embedded Labworks KERNEL Hardware Bootloader Linux kernel Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas) Framework (serviços e API) Aplicação Plataforma Android Aplicação Aplicação Aplicação
  • 79. Embedded Labworks VISÃO GERAL DO KERNEL Biblioteca C Hardware Biblioteca Biblioteca Aplicação User space Kernel AplicaçãoAplicação Chamadas de sistema Notificação de eventos Exportação de informações Gerenciamento do hardware Notificação de eventos
  • 80. Embedded Labworks O KERNEL LINUX NO ANDROID ✗ Assim como fazem as distribuições, o kernel Linux usado no Android é alterado para suprir as necessidades do projeto. ✗ Porém, as mudanças no kernel são tão significativas (centenas de patches) que os componentes de espaço de usuário do Android não funcionarão com um kernel Linux padrão. ✗ No momento, boa parte das alterações já estão integradas à versão oficial do kernel (a maioria em drivers/staging/android), sendo possível subir um sistema Android com uma versão vanilla do kernel.
  • 81. Embedded Labworks BINDER ✗ Mecanismo de IPC/RPC do Android, adicionando ao kernel a capacidade de invocação remota de objetos. ✗ Toda a comunicação entre os serviços do sistema, ou mesmo entre componentes de uma aplicação, acontecem via Binder. Sem ele, o Android não funciona! ✗ O serviço do Binder é exposto para o usuário via /dev/binder, que pode ser acessado através de chamadas ioctl().
  • 82. Embedded Labworks BINDER (cont.) Binder driver (/dev/binder) Aplicação Service Manager Power Manager Activity Manager Mount Service ... System Server 1 234
  • 83. Embedded Labworks ASHMEM ✗ Ashmem (Anonymous Shared Memory) é um mecanismo de compartilhamento de memória entre processos. ✗ Algumas deficiências no mecanismo de compartilhamento de memória padrão do Linux (POSIX SHM), como o vazamento de recursos, levaram a criação deste novo mecanismo pelo Google. ndk/docs/system/libc/SYSV­IPC.html ✗ Por exemplo, esta implementação usa um contador de referência para destruir regiões de memória que não estão mais sendo usadas. ✗ Via interface /dev/ashmem uma aplicação requisita uma região de memória e compartilha com outros processos via Binder.
  • 84. Embedded Labworks WAKELOCKS ✗ Toda CPU moderna possui alguns estados de consumo de energia, que podem ser usados pelo Linux para reduzir o consumo durante a execução do sistema. ✗ Quando você fecha um notebook por exemplo, o kernel coloca o sistema automaticamente no modo suspenso, onde apenas a memória RAM fica alimentada, economizando energia. ✗ Em smartphones não é possível usar a mesma técnica, já que, mesmo com a tela desligada, o smartphone pode estar executando outra função (tocando uma música, instalando uma aplicação, etc).
  • 85. Embedded Labworks WAKELOCKS (cont.) ✗ A resposta do Android para este problema são os wakelocks, onde o usuário (aplicação, driver) utiliza uma API para definir quando o sistema pode entrar no modo de baixo consumo. ✗ O sistema entra em modo de baixo consumo sempre que possível (quando nenhum processo estiver segurando um wakelock).
  • 86. Embedded Labworks WAKELOCKS (cont.) ✗ API em espaço de kernel: #include <linux/wakelock.h> void wake_lock_init(struct wakelock *lock, int type,                      const char *name); void wake_lock(struct wake_lock *lock); void wake_unlock(struct wake_lock *lock); void wake_lock_timeout(struct wake_lock *lock, long timeout); void wake_lock_destroy(struct wake_lock *lock);
  • 87. Embedded Labworks WAKELOCKS (cont.) ✗ API em espaço de usuário: $ echo mylock > /sys/power/wake_lock $ echo mylock > /sys/power/wake_unlock
  • 88. Embedded Labworks ALARM TIMER ✗ O Linux não possui nativamente um mecanismo de timer capaz de acordar o sistema quando o mesmo encontra-se em modo suspenso. ✗ Timers ou HRT (High Resolution Timers) são capazes de acordar um processo, mas não um sistema em modo suspenso. ✗ Um RTC é capaz de acordar um sistema em modo suspenso, mas não um processo.
  • 89. Embedded Labworks ALARM TIMER (cont.) ✗ O alarm timer é um driver do kernel que integra as funcionalidades de RTC e Timer do Linux, sendo capaz de acordar um processo, mesmo com o sistema em modo suspenso. ✗ O acesso é exportado para o usuário através do arquivo /dev/alarm, possibilitando sua configuração através de chamadas ioctl().
  • 90. Embedded Labworks LOW MEMORY KILLER ✗ Quando o sistema fica sem memória, o Linux executa o OOM (Out-of- Memory) Killer, que pode matar alguns processos para liberar memória. ✗ Esse processo não é previsível, e pode matar um processo importante do sistema Android. ✗ O Low Memory Killer é uma implementação que é executada antes do OOM Killer: ✗ Leva em consideração a prioridade e a ociosidade do processo antes de matá-lo. ✗ Notifica a aplicação, possibilitando-a salvar seu estado antes de ser encerrada.
  • 91. Embedded Labworks KLOGGER ✗ Logs são uma ferramenta importante para depurar um sistema, seja durante a execução ou depois que o problema aconteceu. ✗ Em uma distribuição Linux, normalmente dois componentes estão envolvidos no sistema de log: ✗ Logs do kernel emitidos via printk() e exibidos via comando dmesg. ✗ Daemon de log do sistema, que gerencia os logs das aplicações via função syslog() e normalmente armazena os logs em /var/log/. ✗ Estes mecanismos podem impactar a performance do sistema: ✗ O log via syslog() é realizado através de sockets, gerando trocas de contexto que pode ser custosas para o sistema. ✗ O log é normalmente salvo em uma unidade de armazenamento de baixa velocidade (disco) ou com limites de escrita (flash).
  • 92. Embedded Labworks KLOGGER (cont.) ✗ O Android implementa um driver do kernel que cria 4 buffers circulares em uma região de memória do kernel. ✗ main: buffer principal usado pelas aplicações. ✗ system: buffer de uso interno do sistema. ✗ events: buffer de eventos usado internamente pelo framework do Android. ✗ radio: buffer específico do módulo de radio. ✗ Os logs são expostos para o usuário via /dev/log/, e são acessados normalmente pelas aplicações nativas via liblog. ✗ É possível visualizar os logs com a ferramenta logcat.
  • 94. Embedded Labworks OUTRAS ALTERAÇÕES ✗ Monotonic Event Timestamps: provê na camada de input do kernel um clock monotônico. ✗ Interactive cpufreq governor: gerencia a velocidade da CPU, mantendo-a em um estado de baixo consumo o máximo possível, e aumentando a velocidade da CPU quando o usuário interage com o dispositivo. ✗ Android Gadget Driver: driver para a conexão ADB. ✗ RAM console: mantém o último buffer de log do kernel em /proc/last_kmsg ao reiniciar o sistema.
  • 95. Embedded Labworks OUTRAS ALTERAÇÕES (cont.) ✗ Paranoid networking: adiciona um controle de acesso à rede por aplicação (GID). ✗ Goldfish emulator: suporte ao emulador Goldfish no kernel. ✗ Netfilter: Alterações para permitir contabilização do uso da rede pelas aplicações. ✗ Timed GPIOs: suporte à GPIOs temporizados.
  • 96. Embedded Labworks COMO ESCOLHER O KERNEL? ✗ Certifique-se de que o fabricante do SoC disponibiliza um porte do kernel Linux com as alterações do Android. ✗ Verifique se existe suporte na comunidade para o seu SoC (Linaro, CyanogenMod, etc). ✗ Contrate ou adquira de uma empresa o BSP Android para a sua plataforma. ✗ Aplique você mesmo os patches do Android no kernel (pode ser necessário algum tipo de adaptação dependendo da versão do kernel). https://android.googlesource.com/kernel/common.git
  • 97. Embedded Labworks KERNEL NO AOSP ✗ O kernel não faz parte da plataforma Android, e portanto, não será encontrado no AOSP. ✗ Mas o fabricante do hardware normalmente integra a compilação do kernel ao sistema de build do Android. ✗ O arquivo build/core/Makefile é alterado para compilar o kernel. ✗ O código-fonte do kernel é normalmente disponibilizado no diretório principal do código-fonte do Android.
  • 98. Embedded Labworks DESENVOLVIMENTO DE DRIVERS ✗ No desenvolvimento de algum driver para uma plataforma que irá rodar o Android, teste e depure em um sistema GNU/Linux comum. ✗ Depois que o driver estiver rodando e funcionando, comece a trabalhar na camada Android.
  • 99. Embedded Labworks ROOTFS Hardware Bootloader Linux kernel Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas) Framework (serviços e API) Aplicação Plataforma Android Aplicação Aplicação Aplicação
  • 100. Embedded Labworks SISTEMAS DE ARQUIVO ✗ Sistemas de arquivo são usados para organizar dados, de forma hierárquica, em diretórios e arquivos disponíveis em dispositivos de armazenamento (locais ou remotos). ✗ Em sistemas Unix, aplicações e usuários enxergam apenas uma hierarquia única e global de arquivos e diretórios, que podem ser compostos por diferentes sistemas de arquivo. ✗ Um ou mais sistemas de arquivo são montados em locais específicos nesta hierarquia de diretórios. ✗ Quando montamos um sistema de arquivo em um diretório, chamados este diretório de ponto de montagem.
  • 101. Embedded Labworks SISTEMA DE ARQUIVO ROOT ✗ Um sistema de arquivo específico é montado na raiz principal da hierarquia, identificado pelo /. ✗ Este sistema de arquivo é chamado de root ou rootfs. ✗ É responsabilidade do kernel montar o rootfs, de acordo com a opção root passada na linha de comandos do kernel.
  • 102. Embedded Labworks ORGANIZAÇÃO DO ROOTFS ✗ A organização do rootfs em sistemas Linux é padronizada pela Filesystem Hierarcy Standard. http://www.pathname.com/fhs/ ✗ A maioria dos sistemas Linux estão de acordo com este padrão: ✗ As aplicações esperam este formato. ✗ Facilita o trabalho de usuários e desenvolvedores quando precisam trabalhar com diferentes sistemas Linux. ✗ Mas o Android foge à regra!
  • 103. Embedded Labworks ROOTFS NO ANDROID ✗ O espaço de usuário do Android é composto por 3 principais componentes: ✗ Camada nativa: bibliotecas e aplicações que rodam fora da máquina virtual Java. ✗ Framework Android: serviços do sistema, classes java e API para o desenvolvimento de aplicações. ✗ Aplicações Android. ✗ Estes componentes estão distribuídos em três imagens diferentes (ramdisk, system e userdata), montados respectivamente nos diretórios /, /system e /data.
  • 105. Embedded Labworks A INICIALIZAÇÃO ✗ No boot, o kernel monta a imagem do RAM disk (rootfs) e executa o processo init. ✗ O init processa os arquivos de configuração, inicializando o sistema e montando os outros sistemas de arquivo: ✗ system: binários e bibliotecas nativas, bibliotecas Java, arquivos de configuração e aplicações padrão (normalmente montado como somente leitura). ✗ data: aplicações instaladas pelo usuário, dados do usuário, etc. ✗ cache: arquivos temporários, downloads em andamento, etc. ✗ sdcard: arquivos e documentos do usuário (vídeos, sons, imagens, etc), normalmente montado com vfat. Não é essencial para o funcionamento do sistema.
  • 106. Embedded Labworks PONTOS DE MONTAGEM /cache /d /data /system /etc /mnt /root /sbin /storage /vendor /proc /sys /dev /acct Rootfs (RAM disk) Kernel Virtual FS Data Image SDCARD procfs sysfs tmpfs cgroup /anr /app /app-private /backup /dalvik-cache /data /dontpanic /local /misc /property /secure /system Cache Image System Image /app /bin /etc /fonts /framework /lib /usr /xbin
  • 107. Embedded Labworks DIRETÓRIOS ROOTFS /proc Montado com o sistema de arquivo virtual proc. /sys Montado com o sistema de arquivo virtual sysfs. /acct Montado com o sistema de arquivo virtual cgroupfs. /config Montado com o sistema de arquivo virtual configfs. /dev Montado com tmpfs e gerenciado pelo ueventd. /d       Link para o diretório /sys/kernel/debug, onde normalmente fica montado o sistema de arquivo virtual debugfs.
  • 108. Embedded Labworks DIRETÓRIOS ROOTFS (cont.) /etc Link para /system/etc, contendo arquivos de configuração. /sbin Contém as aplicações ueventd e adbd. /mnt Ponto de montagem temporária. /root Home do usuário root, normalmente vazio no Android. /vendor Link para /system/vendor, contendo arquivos específicos do fabricante do hardware (opcional).
  • 109. Embedded Labworks DIRETÓRIOS ROOTFS (cont.) /system    Ponto de montagem para a partição system, onde é montada a imagem system.img. /data    Ponto de montagem para a partição data, onde é montada a imagem userdata.img. /storage    Ponto de montagem para o cartão SD (antigamente montado em /sdcard). /cache    Ponto de montagem para a partição cache, usada para armazenar arquivos temporários, downloads em andamento, etc.
  • 110. Embedded Labworks DIRETÓRIO SYSTEM /bin Binários instalados no sistema. /xbin Binários externos (não essenciais ao funcionamento do sistema). /lib Bibliotecas do sistema. /framework Arquivos jar do framework Java. /modules Módulos do kernel.
  • 111. Embedded Labworks DIRETÓRIO SYSTEM (cont.) /app Aplicações pré-instaladas. /etc Arquivos de configuração. /media Arquivos de mídia (animação do boot, etc). /fonts Fontes instaladas no sistema.
  • 112. Embedded Labworks DIRETÓRIO DATA /app Diretório de instalação das aplicações. /app­private Diretório de instalação das aplicações com proteção de cópia habilitada. /app­asec Aplicações encriptadas. /data Contém um diretório para cada aplicação instalada (home das aplicações).
  • 113. Embedded Labworks DIRETÓRIO DATA (cont.) /dalvik­cache Cache da máquina virtual Java. /local Diretório com permissão de escrita para qualquer usuário. /property Armazena as propriedades persistentes do sistema. /system Banco de dados do sistema (contas, lista de aplicações instaladas, etc).
  • 114. Embedded Labworks IMAGENS NO CARTÃO Sdcard Cache Data (data.img) System (system.img) Initrd (ramdisk.img) / /system /data /cache /storage Read-only Read-write Bootloader Kernel Linux raw
  • 115. Embedded Labworks PERMISSÕES ✗ O esquema de segurança do Android é fortemente baseado em credenciais (UID/GUI) e permissões de arquivos e diretórios. ✗ Para incluir um novo usuário/grupo ou alterar a permissão de um arquivo ou diretório, é necessário alterar um arquivo de cabeçalho do sistema: system/core/include/private/android_filesystem_config.h ✗ Este arquivo é processado durante a compilação do Android.
  • 116. Embedded Labworks ANDROID E LINUX LADO-A-LADO ✗ É relativamente fácil colocar um sistema GNU/Linux lado-a-lado com um sistema Android, porque: ✗ A maioria dos diretórios do rootfs são pontos de montagem de um sistema de arquivo virtual ou links para outros diretórios do sistema. ✗ Quase todo o sistema Android esta localizado nos diretórios /system e /data.
  • 117. Embedded Labworks ADB ✗ O ADB (Android Debug Bridge) é uma ferramenta de debugging desenvolvida pelo Google que possibilita o acesso via USB ou TCP/IP à qualquer dispositivo Android. ✗ Com o ADB, dentre outras opções, é possível: ✗ Iniciar uma seção do shell. ✗ Ler e copiar arquivos do dispositivo. ✗ Exibir o log do sistema. ✗ Debbuging com GDB ou JDB. ✗ Estudaremos o ADB com mais detalhes na seção de Debugging.
  • 118. Embedded Labworks LABORATÓRIO Compilando e testando o Android no target
  • 120. Embedded Labworks CAMADA NATIVA Linux Kernel Bibliotecas (bionic, etc) Init Toolbox Daemons nativos Camada HAL Dalvik / Android Runtime / Zygote System Services Android API Aplicações Bibliotecas Java API Binder JNI System call
  • 121. Embedded Labworks CAMADA NATIVA (cont.) ✗ A camada nativa do Android é composta por todos os componentes do espaço de usuário que rodam fora da máquina virtual Java: ✗ Bibliotecas, incluindo a biblioteca C do sistema (Bionic). ✗ Ferramentas de linha de comando. ✗ Daemons responsáveis por prover determinada funcionalidade ou acesso à determinado recurso do sistema. ✗ Por questões de licença de software, a camada nativa do Android foi praticamente escrita do zero. Em alguns casos, é bastante diferente do que vemos em um sistema Linux tradicional!
  • 122. Embedded Labworks BIBLIOTECAS ✗ A Android possui mais de 200 bibliotecas que podem ser usadas pelas aplicações, todas disponíveis no rootfs em /system/lib: ✗ Algumas bibliotecas são populares em sistemas Linux, como por exemplo libssl, libexpat, libjpeg, libsqlite e libwebcore. ✗ Outras foram reimplementadas com o objetivo de deixar a biblioteca mais leve e simples de usar, como por exemplo a libtinyalsa. ✗ Outras são específicas do Android, como por exemplo libbinder, libutils e liblog. ✗ O código-fonte das bibliotecas esta disponível nos diretórios bionic/, system/core/, external/ e frameworks/base/.
  • 123. Embedded Labworks BIBLIOTECA C ✗ Um dos principais componentes de um sistema Linux é a biblioteca C. ✗ A biblioteca C implementa a API do sistema operacional, provendo uma interface para as aplicações acessarem os serviços do kernel (system calls). ✗ Diversas bibliotecas C estão disponíveis para sistemas Linux, incluindo glibc, eglibc e uClibc. ✗ O Android possui a sua própria biblioteca C, a Bionic!
  • 124. Embedded Labworks BIONIC ✗ Por questões de licença, o Google decidiu não usar as bibliotecas C comuns em sistemas Linux, implementando a Bionic, baseando-se na biblioteca C usada no BSD. ✗ A implementação é simples e leve, e liberada sob a licença BSD (código-fonte em bionic/). ✗ Não possui suporte total à API do padrão POSIX, o que pode dificultar o porte de aplicações Linux nativas para o Android. ✗ Mais informações sobre a Bionic em: http://androidxref.com/4.0.4/xref/ndk/docs/system/libc/OVERVIEW.html
  • 125. Embedded Labworks BUSYBOX ✗ Um sistema Linux requer diversas aplicações básicas como uma aplicação init, um shell e diversas ferramentas para manipular e configurar o sistema. ✗ Normalmente estas aplicações são providas separadamente por diversos pacotes open source (coreutils, bash, grep, sed, tar, wget, modutils, etc), porém: ✗ Estes pacotes não foram desenvolvidos com o conceito de sistemas embarcados em mente. ✗ Seria trabalhoso se fosse necessário compilar separadamente cada um destes pacotes para construir um sistema Linux embarcado. ✗ Em sistemas Linux, o Busybox é uma solução para este problema, integrando diversas ferramentas e aplicações em um único pacote, com foco em sistemas com poucos recursos.
  • 126. Embedded Labworks TOOLBOX ✗ Por questões de licença, o Android implementou uma ferramenta equivalente ao Busybox chamada Toolbox, liberando-a sob a licença BSD. ✗ O código-fonte esta disponível em system/core/toolbox/. ✗ O Toolbox é bem mais limitado quando comparado ao Busybox, mas inclui comandos específicos do Android (getprop, log, etc). ✗ De qualquer forma, o Busybox pode ser integrado e instalado em um sistema Android facilmente.
  • 127. Embedded Labworks COMANDOS BUSYBOX addgroup,  adduser,  adjtimex,  ar,  arp,  arping,  ash,  awk,  basename,  bbconfig,  bbsh,  brctl,  bunzip2,  busybox,  bzcat,  bzip2,  cal,  cat,  catv,  chat,  chattr,  chcon,  chgrp,  chmod,  chown,  chpasswd,  chpst,  chroot,  chrt,  chvt,  cksum,  clear,  cmp,  comm,  cp,  cpio,  crond,  crontab,  cryptpw,  cttyhack,  cut,  date,  dc,  dd,  deallocvt,  delgroup,  deluser,  depmod,  devfsd,  df,  dhcprelay,  diff,  dirname,  dmesg,  dnsd,  dos2unix,  dpkg,  dpkg_deb,  du,  dumpkmap,  dumpleases,  e2fsck, echo, ed, egrep, eject, env, envdir, envuidgid, ether_wake, expand, expr, fakeidentd,  false, fbset, fbsplash, fdflush, fdformat, fdisk, fetchmail, fgrep, find, findfs, fold, free,  freeramdisk,  fsck,  fsck_minix,  ftpget,  ftpput,  fuser,  getenforce,  getopt,  getsebool,  getty,  grep, gunzip, gzip, halt, hd, hdparm, head, hexdump, hostid, hostname, httpd, hush, hwclock,  id,  ifconfig,  ifdown,  ifenslave,  ifup,  inetd,  init,  inotifyd,  insmod,  install,  ip,  ipaddr,  ipcalc,  ipcrm,  ipcs,  iplink,  iproute,  iprule,  iptunnel,  kbd_mode,  kill,  killall,  killall5,  klogd,  lash,  last,  length,  less,  linux32,  linux64,  linuxrc,  ln,  load_policy,  loadfont,  loadkmap, logger, login, logname, logread, losetup, lpd, lpq, lpr, ls, lsattr, lsmod, lzmacat,  makedevs, man, matchpathcon, md5sum, mdev, mesg, microcom, mkdir, mke2fs, mkfifo, mkfs_minix,  mknod,  mkswap,  mktemp,  modprobe, more,  mount,  mountpoint, msh,  mt, mv,  nameif, nc,  netstat,  nice,  nmeter,  nohup,  nslookup, od,  openvt,  parse,  passwd,  patch, pgrep,  pidof, ping,  ping6,  pipe_progress,  pivot_root,  pkill,  poweroff,  printenv,  printf,  ps,  pscan,  pwd,  raidautorun,  rdate,  rdev,  readahead,  readlink,  readprofile,  realpath,  reboot,  renice,  reset,  resize,  restorecon,  rm,  rmdir,  rmmod,  route,  rpm,  rpm2cpio,  rtcwake,  run_parts,  runcon,  runlevel,  runsv,  runsvdir,  rx,  script,  sed,  selinuxenabled,  sendmail,  seq,  sestatus,  setarch,  setconsole,  setenforce,  setfiles,  setfont,  setkeycodes,  setlogcons,  setsebool,  setsid,  setuidgid, sh, sha1sum, showkey, slattach, sleep, softlimit, sort, split, start_stop_daemon,  stat, strings, stty, su, sulogin, sum, sv, svlogd, swapoff, swapon, switch_root, sync, sysctl,  syslogd, tac, tail, tar, taskset, tcpsvd, tee, telnet, telnetd, test, tftp, tftpd, time, top,  touch,  tr,  traceroute,  true,  tty,  ttysize,  tune2fs,  udhcpc,  udhcpd,  udpsvd,  umount,  uname,  uncompress,  unexpand,  uniq,  unix2dos,  unlzma,  unzip,  uptime,  usleep,  uudecode,  uuencode,  vconfig, vi, vlock, watch, watchdog, wc, wget, which, who, whoami, xargs, yes, zcat, zcip
  • 128. Embedded Labworks COMANDOS TOOLBOX ls,  mount,  cat,  ps,  kill,  ln,  insmod,  rmmod,  lsmod,  ifconfig,  setconsole, rm, mkdir, rmdir, reboot, getevent, sendevent, date,  wipe, sync, umount,  start, stop, notify, cmp, dmesg, route, hd,  dd,  df,  getprop,  setprop,  watchprops,  log,  sleep,  renice,  printenv,  smd,  chmod,  chown,  newfs_msdos,  netstat,  ioctl,  mv,  schedtop,  top,  iftop,  id,  uptime,  vmstat,  nandread,  ionice,  touch, lsof, du, md5
  • 129. Embedded Labworks INIT ✗ A aplicação init é executada pelo kernel logo após montar o sistema de arquivos, sendo responsável pela inicialização do sistema. ✗ Sistemas Linux possuem diversas implementações do processo init, dentre elas sysvinit, systemd e upstart. ✗ O Android possui a sua própria aplicação init! ✗ Estudaremos em detalhes o processo de inicialização do Android mais adiante no treinamento.
  • 130. Embedded Labworks SHELL ✗ O shell do Android é baseado no MirBSD Korn Shell. https://www.mirbsd.org/mksh.htm ✗ Bem mais limitado que o shell que você esta acostumado a usar no desktop! ✗ Documentação pode ser acessada no código-fonte do Android com o comando abaixo: $ man external/mksh/src/mksh.1
  • 131. Embedded Labworks DAEMONS ✗ Os daemons são processos responsáveis por alguma funcionalidade do sistema: ✗ São executados na inicialização pelo processo init. ✗ Rodam em background durante todo o tempo em que o sistema esta funcional. ✗ São capazes de controlar e centralizar o acesso à um recurso do sistema. ✗ No Android, alguns daemons servem de interface entre os serviços do Android (System Services) e os recursos do sistema (gerenciamento da rede, pontos de montagem, instalação de aplicações, etc), provendo segurança no acesso à determinado recurso.
  • 132. Embedded Labworks DAEMONS EM EXECUÇÃO # ps USER     PID   PPID  VSIZE  RSS     WCHAN    PC         NAME root      1     0     372    228   800f0f58 0000e890 S /init root      949   1     356    4     800f0f58 0000e890 S /sbin/ueventd root      1299  1     300    4     8008e0c0 00019510 S /sbin/watchdogd root      1311  1     824    484   80045b44 2ab8a9b0 S /system/bin/sh system    1312  1     892    184   803e275c 2aca3008 S /system/bin/servicemanager root      1313  1     4068   744   ffffffff 2ac607d0 S /system/bin/vold root      1314  1     9688   924   ffffffff 2abd27d0 S /system/bin/netd root      1315  1     936    232   80414198 2ac3ead4 S /system/bin/debuggerd system    1316  1     216852 8276  ffffffff 2ac6e008 S /system/bin/surfaceflinger root      1317  1     638504 34448 ffffffff 2ac3712c S zygote drm       1318  1     9000   2996  ffffffff 2acbb008 S /system/bin/drmserver media     1319  1     207624 6520  ffffffff 2ac3c008 S /system/bin/mediaserver bluetooth 1320  1     1400   488   800f0f58 2ab8bf98 S /system/bin/dbus­daemon install   1321  1     904    444   804b91c0 2abfbd98 S /system/bin/installd keystore  1322  1     1832   684   80414198 2ab36ad4 S /system/bin/keystore root      1323  1     2436   692   ffffffff 2abc57d0 S /system/bin/rild media_rw  1326  1     4860   164   ffffffff 2abddd98 S /system/bin/sdcard root      1328  1     6120   932   ffffffff 2ac68760 S /system/bin/ingsvcd root      1329  1     3448   4     ffffffff 00015f2c S /sbin/adbd
  • 133. Embedded Labworks UEVENTD ✗ O ueventd é responsável pelo gerenciamento da conexão de dispositivos de hardware (device hotplugging). ✗ É o equivalente ao udev ou mdev em um sistema Linux comum. ✗ Princípio básico de funcionamento do ueventd: ✗ Recebe eventos de hotplug do kernel. ✗ Processa eventos de acordo com um conjunto de regras em /ueventd.rc e /ueventd.<device_name>.rc. ✗ Cria os arquivos de dispositivo no /dev.
  • 134. Embedded Labworks VOLD ✗ O vold (Volume Daemon) monitora eventos de dispositivos de armazenamento. ✗ É responsável por: ✗ Montar automaticamente dispositivos de armazenamento. ✗ Formatar partições em dispositivos de armazenamento. ✗ Arquivo de configuração em /system/etc/vold.fstab (mesmo propósito do /etc/fstab em sistemas Linux).
  • 135. Embedded Labworks RILD ✗ O rild (Radio Interface Layer Daemon) gerencia a comunicação com o chip do modem (voz e dados). ✗ É responsável por: ✗ Discar e receber ligações. ✗ Enviar e receber SMS, MMS, etc. ✗ Estabelecer comunicação de dados com a rede GSM, GPRS, etc.
  • 136. Embedded Labworks NETD ✗ O netd (Network Management Service Daemon) é o daemon responsável pelo gerenciamento de conexões de rede (Bluetooth, Wi-Fi, USB, etc). ✗ É responsável por: ✗ Gerenciar a configuração de interfaces de rede. ✗ Detectar e estabelecer novas conexões. ✗ Configurar tethering. ✗ Fazer uma conexão PPP.
  • 137. Embedded Labworks INSTALLD ✗ O installd (Install Daemon) é responsável pela instalação e desinstalação de aplicações Android (*.apk). ✗ Também é capaz de verificar integridade dos pacotes, instalar bibliotecas nativas, etc.
  • 138. Embedded Labworks DEBUGGERD ✗ O debuggerd é um daemon de debugging. ✗ É invocado pelo linker da Bionic para fazer análise postmortem de um processo que finalizou de forma inesperada. ✗ Gera um arquivo de debugging em /data/tombstones e possibilita o debug via gdb.
  • 139. Embedded Labworks OUTROS DAEMONS ✗ adbd: daemon para gerenciar a conexão ADB. ✗ system_server: daemon que contém a maioria dos serviços do Android. ✗ servicemanager: responsável pelo gerenciamento da comunicação com o Binder, funcionando como um índice para todos os serviços que usam o Binder no sistema. ✗ mediaserver: responsável pelos serviços de media (audio, video, etc). ✗ keystore: gerencia o armazenamento e acesso à chaves criptográficas, como por exemplo certificados SSL.
  • 140. Embedded Labworks OUTRAS BIBLIOTECAS E APLICAÇÕES ✗ stagefright: biblioteca responsável pela codificação e decodificação de arquivos multimedia (equivalente ao gstreamer). ✗ bluedroid: stack Bluetooth, que serve de interface entre os serviços do Android e a camada HAL de acesso ao hardware. ✗ dalvik: máquina virtual Java, portável e leve, responsável por executar aplicações Android. ✗ app_process: ferramenta capaz de instanciar a Dalvik e executar uma aplicação Java.
  • 141. Embedded Labworks COMANDOS NATIVOS ✗ netcfg: exibir informações e configurar as interfaces de rede. ✗ getprop: listar as propriedades do sistema. ✗ setprop: mudar uma propriedade do sistema. ✗ watchprops: monitorar em tempo-real as propriedades do sistema ✗ getevent: monitorar os eventos de dispositivos de entrada (teclado, touchscreen, mouse, botão, etc). ✗ sendevent: gerar um evento para o sistema.
  • 142. Embedded Labworks COMANDOS NATIVOS (cont.) ✗ start/stop: iniciar/parar serviços. ✗ log: logar uma mensagem no sistema de log do Android. ✗ logcat: exibir o log do sistema. ✗ wipe: apagar a partição system ou data. ✗ logwrapper: permite executar um comando e redirecionar as saídas padrão e de erro para o log do Android. ✗ netcfg: exibir informações e configurar as interfaces de rede.
  • 143. Embedded Labworks A CAMADA HAL ✗ Em sistemas Linux, o acesso à um dispositivo de hardware normalmente é exposto para as aplicações através de entradas no /dev ou /sys. ✗ O Android se baseia em uma camada adicional chamada HAL (Hardware Abstraction Layer) para abstrair o acesso ao hardware pelo seu framework. ✗ Boa parte dos dispositivos suportados pelo Android possuem uma camada HAL, que pode variar em comportamento e interface. ✗ Estudaremos em detalhes a camada HAL mais adiante no treinamento.
  • 146. Embedded Labworks VISÃO GERAL DO BOOT Bootloader Carrega o kernel para a RAM e inicia init Inicia outros serviços e aplicações Kernel Monta o rootfs indicado por ”root=” Inicia a aplicação ”init” Shell Outras aplicações Rootfs
  • 147. Embedded Labworks A INICIALIZAÇÃO ✗ Após montar o rootfs, o kernel irá tentar executar uma aplicação de inicialização, também chamada de processo init. ✗ Para isso, o kernel tenta executar os binários /sbin/init, /bin/init, /etc/init e /bin/sh. ✗ Você pode passar também o nome do programa de inicialização através do parâmetro init da linha de comandos do kernel. ✗ Normalmente sistemas Android passam para o kernel a aplicação init via parâmetro, conforme abaixo: init=/init
  • 148. Embedded Labworks MECANISMOS DE INICIALIZAÇÃO ✗ Assim que executado, o processo init é o responsável pela inicialização do restante do sistema. ✗ Existem diferentes mecanismos de inicialização em sistemas Linux, como systemd, upstart, openrc e sysvinit (System V Init). ✗ O Android possui seu próprio mecanismo de inicialização!
  • 149. Embedded Labworks INIT DO ANDROID ✗ O processo init do Android, através de alguns arquivos de configuração, é capaz de: ✗ Configurar o sistema (montar sistemas de arquivo, exportar variáveis de ambiente, criar e definir permissões de arquivos, etc). ✗ Iniciar os daemons e gerenciar sua execução. ✗ Gerenciar eventos de hotplug de dispositivos de hardware (através do ueventd). ✗ Monitorar as propriedades do sistema e executar ações específicas quando uma propriedade for modificada.
  • 150. Embedded Labworks ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO ✗ O arquivo de configuração init.rc é utilizado para flexibilizar o funcionamento da aplicação init do Android. ✗ Outros arquivos de configuração podem ser incluídos com a diretiva import. Exemplo: import /init.usb.rc import /init.${ro.hardware}.rc ✗ A propriedade ro.hardware é setada pelo processo init lendo do sistema na ordem abaixo: ✗ Variável androidboot.hardware na linha de comandos do kernel. ✗ Campo Hardware do arquivo /proc/cpuinfo.
  • 151. Embedded Labworks ARQUIVOS DE CONFIGURAÇÃO (cont.) ✗ Os arquivos de configuração possuem basicamente dois tipos de declaração: ✗ Ações que podem ser tomadas de acordo com algum evento do sistema: on <trigger>     <command>     <command> ✗ Serviços que são gerenciados pelo init: service <name> <pathname> [ <argument> ]*     <option>     <option>
  • 152. Embedded Labworks SERVIÇOS E AÇÕES ✗ Apenas a declaração de ações resultam na execução de comandos pelo processo init. ✗ A declaração de serviços servem apenas para descrever os serviços, que normalmente são iniciados com os comandos start ou class_start, através de alguma ação disparada por um evento. ✗ São basicamente duas as fontes de eventos que podem disparar uma ação: ✗ Triggers pré-definidos de boot (early­init, init, early­fs, fs, post­fs, early­boot, boot). ✗ Mudança em alguma propriedade do sistema.
  • 153. Embedded Labworks TRIGGERS DE BOOT ✗ Os triggers de boot são eventos gerados automaticamente pelo init no boot do sistema. ✗ Esta é a lista completa de triggers de boot, por ordem de execução: ✗ early-init ✗ init ✗ early-fs ✗ fs ✗ post-fs ✗ early-boot ✗ boot
  • 154. Embedded Labworks TRIGGERS DE BOOT (cont.) ✗ Cada ação disparada por um evento (trigger) irá causar a execução de um ou mais comandos: on early­init     write /proc/1/oom_adj ­16     setcon u:r:init:s0     start ueventd ✗ São vários os comandos disponíveis, dentre eles chdir, chmod, chown, class_start, class_stop, copy, export, ifup, insmod, loglevel, mkdir, mount, start, stop, restart. ✗ Uma descrição (desatualizada) dos comandos esta disponível nos fontes em system/core/init/readme.txt.
  • 155. Embedded Labworks SERVIÇOS ✗ Os serviços são daemons iniciados e gerenciados pelo processo init, declarados conforme abaixo: service <name> <pathname> [ <argument> ]*     <option>     <option> ✗ Esta declaração apenas descreve o serviço, mas não o inicia. ✗ Um serviço é iniciado no disparo de uma ação, através de alguns comandos como o start ou o class_start.
  • 157. Embedded Labworks OPÇÕES DOS SERVIÇOS class Classe à que pertence o serviço. user Usuário do serviço. group Grupo do serviço. socket Criar um socket UNIX e passar o descritor ao iniciar o processo.
  • 158. Embedded Labworks OPÇÕES DOS SERVIÇOS (cont.) disabled Não iniciar automaticamente o serviço com a sua classe, e sim apenas pelo seu nome. critical Se o serviço reiniciar 5 vezes, reinicia o sistema em modo recovery. onrestart Executar determinado comando ao reiniciar o serviço. oneshot Executar apenas uma vez.
  • 159. Embedded Labworks UEVENTD ✗ O daemon ueventd (parte do init) é executado no boot do sistema, sendo o responsável pelo gerenciamento dos eventos de hotplug gerados pelo kernel. service ueventd /sbin/ueventd     class core     critical     seclabel u:r:ueventd:s0 on early­init     start ueventd
  • 160. Embedded Labworks UEVENTD (cont.) ✗ O ueventd captura os eventos de hotplug e cria ou remove os arquivos de dispositivo no /dev. ✗ Os arquivos de configuração /ueventd.rc e /ueventd.<plat  form>.rc são usados para definir as permissões dos arquivos de dispositivos criados. ✗ O campo <platform> no arquivo de configuração é lido do sistema na ordem abaixo: ✗ Variável androidboot.hardware na linha de comandos do kernel. ✗ Campo Hardware do arquivo /proc/cpuinfo.
  • 161. Embedded Labworks EXEMPLO UEVENTD <path>             <permission>  <user>   <group> /dev/null                 0666   root     root /dev/zero                 0666   root     root /dev/full                 0666   root     root /dev/ptmx                 0666   root     root /dev/tty                  0666   root     root /dev/random               0666   root     root /dev/urandom              0666   root     root /dev/ashmem               0666   root     root /dev/binder               0666   root     root /dev/log/*                0666   root     log /dev/snd/dsp              0660   system   audio /dev/snd/dsp1             0660   system   audio /dev/snd/mixer            0660   system   audio /dev/graphics/*           0660   root     graphics
  • 162. Embedded Labworks PROPRIEDADES ✗ Propriedades são configurações globais compartilhadas por todo sistema Android. ✗ As propriedades são armazenadas em arquivos texto e carregadas para a memória RAM no boot do Android: ✗ /system/build.prop: propriedades padrão geradas durante a compilação da imagem (informações do build, configuração da Dalvik, etc). ✗ /default.prop: propriedades padrão adicionais (basicamente configurações do ADB e da interface USB).
  • 163. Embedded Labworks PROPRIEDADES (cont.) ✗ /system/default.prop e /data/local.prop: propriedades específicas da plataforma (opcional). ✗ /data/property: diretório com propriedades criadas ou alteradas em tempo de execução, que persistem durante o boot. ✗ O processo init é o responsável pelo gerenciamento das propriedades, através de um UNIX domain socket em /dev/socket/property_service.
  • 164. Embedded Labworks LISTANDO AS PROPRIEDADES ✗ As propriedades podem ser listadas com o comando getprop: # getprop [alsa.mixer.capture.headset]: [Capture] [dalvik.vm.dexopt­flags]: [m=y] [net.hostname]: [android­67af414597e8c083] [persist.service.bdroid.bdaddr]: [22:22:da:0a:2d:31] [ro.board.platform]: [imx6] [ro.boot.hardware]: [freescale] [ro.build.date]: [Fri Jun 21 15:01:11 CST 2013] [ro.build.product]: [wandboard] [ro.build.user]: [root] [sys.boot_completed]: [1] [wifi.interface]: [wlan0]
  • 165. Embedded Labworks MUDANDO PROPRIEDADES ✗ As propriedades podem ser alteradas em tempo de compilação de diversas formas diferentes: ✗ Através da variável PRODUCT_PROPERTY_OVERRIDES na definição do produto ou no Makefile da aplicação. ✗ Criando o arquivo system.prop no diretório do produto criado. ✗ Alterando o init.rc ou outro arquivo de configuração do init. ✗ Em tempo de execução, as propriedades do sistema podem ser alteradas através da ferramenta setprop. ✗ As propriedades podem também ser monitoradas com o comando watchprops.
  • 166. Embedded Labworks PERMISSÕES ✗ Por padrão, os processos podem apenas ler as propriedades. ✗ A permissão para alteração de propriedades é definida no código- fonte em system/core/init/property_service.c. /* White list of permissions for setting property services. */ struct {     const char *prefix;     unsigned int uid;     unsigned int gid; } property_perms[] = {     { "net.rmnet0.",      AID_RADIO,    0 },     { "net.gprs.",        AID_RADIO,    0 },     { "net.ppp",          AID_RADIO,    0 },     { "ril.",             AID_RADIO,    0 }
  • 167. Embedded Labworks PROPRIEDADES ESPECIAIS ro.* Propriedades de apenas leitura, só podem ser alteradas na compilação. persist.* Propriedades armazenadas em /data/property/, cujo valor é mantido no reboot. ctl.start Propriedade especial usada para iniciar um serviço. ctl.stop Propriedade especial usada para terminar um serviço.
  • 168. Embedded Labworks PROPRIEDADES NO INIT ✗ O processo init é capaz de gerenciar as propriedades do sistema e tomar ações baseadas nas mudanças destas propriedades. on property:ro.debuggable=1     start console service console /system/bin/sh     class core     console     disabled     user shell     group log
  • 169. Embedded Labworks APP_PROCESS ✗ O app_process é uma ferramenta de linha de comando capaz de instanciar uma máquina virtual para executar uma aplicação Java. ✗ Para realizar este trabalho, o app_process utiliza os serviços providos pela Android Runtime, uma biblioteca do sistema chamada libandroid_runtime.so. ✗ Esta biblioteca utiliza os serviços da camada nativa (log, propriedades, etc) para configurar e iniciar a máquina virtual Java. ✗ A implementação de máquina virtual Java utilizada no Android é a Dalvik.
  • 170. Embedded Labworks DALVIK ✗ A Dalvik é uma máquina virtual Java, portável e leve, responsável por executar as aplicações Android. ✗ Projetada para executar várias instancias ao mesmo tempo, consumindo pouca memória. ✗ Duas formas de execução: ✗ fast: otimizada para a arquitetura, mas não portável. ✗ portable: toda escrita em C, um pouco lenta, mas funciona em todas as plataformas. ✗ Usa o framework de bibliotecas Java do projeto Apache Harmony.
  • 171. Embedded Labworks ZYGOTE ✗ Na inicialização do sistema, o app_process é utilizado para executar a aplicação Java mais importante do sistema, o Zygote. service zygote /system/bin/app_process ­Xzygote /system/bin                 ­­zygote –start­system­server     class main                    socket zygote stream 660 root system     onrestart write /sys/android_power/request_state wake     onrestart write /sys/power/state on                onrestart restart media     onrestart restart netd
  • 172. Embedded Labworks ZYGOTE (cont.) ✗ O zygote é um dos principais daemons do Android, responsável por: ✗ Pré-carregar todas as classes Java em memória. ✗ Iniciar o system server (serviços do sistema Android). ✗ Esperar conexões em um UNIX domain socket (/dev/socket/zygote) para iniciar novas aplicações. ✗ Ao receber a requisição de uma nova aplicação, cria um fork de si mesmo para executá-la.
  • 173. Embedded Labworks SYSTEM SERVER ✗ O system server é um processo separado executado pelo Zygote durante sua inicialização. ✗ Este processo é responsável por registrar a maioria dos serviços Java do sistema, que podem ser usados pelas aplicações através da API do Android. ✗ Um dos serviços registrados, o Activity Manager, termina sua inicialização enviando um Intent do tipo Intent.CATEGORY_HOME, que faz com que a aplicação Launcher seja executada.
  • 174. Embedded Labworks INICIALIZAÇÃO (RESUMIDA) Kernel Linux init init.rc, *.rc Zygote System Server app_process Activity Manager Launcher C/C++ Java start(Launcher) daemons Power Manager Outros Serviços
  • 175. Embedded Labworks PROCESSOS NA INICIALIZAÇÃO # ps USER     PID   PPID  VSIZE  RSS     WCHAN    PC         NAME root      1     0     372    228   800f0f58 0000e890 S /init root      949   1     356    4     800f0f58 0000e890 S /sbin/ueventd root      1315  1     824    492   80045b44 2ac9d9b0 S /system/bin/sh system    1316  1     892    184   803e275c 2acab008 S /system/bin/servicemanager root      1321  1     638504 34440 ffffffff 2abad12c S zygote drm       1322  1     9004   3000  ffffffff 2acb6008 S /system/bin/drmserver media     1323  1     208648 6512  ffffffff 2ab48008 S /system/bin/mediaserver system    1621  1321  914932 43172 ffffffff 2abad008 S system_server u0_a9     1698  1321  855328 58212 ffffffff 2abadf20 S com.android.systemui u0_a2     1781  1321  649212 19328 ffffffff 2abadf20 S com.android.inputmethod.latin radio     1792  1321  661760 21868 ffffffff 2abadf20 S com.android.phone u0_a31    1815  1321  851020 38768 ffffffff 2abadf20 S com.android.launcher u0_a39    1830  1321  646836 15572 ffffffff 2abadf20 S com.android.location.fused u0_a17    1960  1321  649628 18152 ffffffff 2abadf20 S com.android.providers.calendar u0_a23    1996  1321  657840 19948 ffffffff 2abadf20 S com.android.email u0_a24    2013  1321  655480 16904 ffffffff 2abadf20 S com.android.exchange u0_a38    2089  1321  654508 17564 ffffffff 2abadf20 S com.android.calendar
  • 176. Embedded Labworks LABORATÓRIO Alterando o processo de inicialização do Android
  • 178. Embedded Labworks PLACAS, DISPOSITIVOS E PRODUTOS Arquitetura Placa (hardware) Dispositivo (periféricos) Produto (customizações)
  • 179. Embedded Labworks PRODUTO ✗ Um produto define todas as informações necessárias para a compilação de um sistema Android (plataforma de hardware, conjunto de aplicações, customizações, etc). ✗ Por padrão, o AOSP já vem com alguns produtos definidos. Por exemplo, na versão 4.2.2 do Android, são definidos vários produtos para a linha Nexus, além de um produto para a Pandaboard. ✗ Adicionar um produto é normalmente uma das primeiras tarefas ao portar o Android para uma plataforma embarcada. ✗ Os produtos disponíveis podem ser exibidos e selecionados com o comando lunch.
  • 180. Embedded Labworks CRIANDO UM PRODUTO ✗ Para criar um produto é necessário criar um diretório em device/<company>/<device>, onde estarão todos os arquivos de definição do produto. $ mkdir ­p device/labworks/superdroid/ ✗ E depois implementar um arquivo chamado AndroidProducts.mk, que deve incluir o Makefile do seu produto através da variável PRODUCT_MAKEFILES: PRODUCT_MAKEFILES :=      $(LOCAL_DIR)/full_superdroid.mk
  • 181. Embedded Labworks MAKEFILE DO PRODUTO ✗ O próximo passo é implementar o makefile do produto (no nosso exemplo full_superdroid.mk). ✗ Essa é uma definição mínima do makefile: $(call inherit­product, $(SRC_TARGET_DIR)/product/full.mk) PRODUCT_NAME   := full_superdroid PRODUCT_DEVICE := superdroid PRODUCT_MODEL  := Super Android robot PRODUCT_BRAND  := Android
  • 182. Embedded Labworks ADICIONANDO APLICAÇÕES ✗ Neste makefile é necessário definir todas as aplicações que estarão presentes no produto. ✗ Normalmente isso é feito incluindo outro makefile que contém um conjunto de aplicações já pré-definidas, conforme exemplo anterior: $(call inherit­product, $(SRC_TARGET_DIR)/product/full.mk) ✗ Estes arquivos de makefile pré-configurados estão disponíveis em no código-fonte do sistema de build em build/target/product.
  • 183. Embedded Labworks ADICIONANDO APLICAÇÕES (cont.) ✗ As aplicações também podem ser incluídas no produto através da variável PRODUCT_PACKAGES: PRODUCT_PACKAGES +=         LiveWallpapers          Gallery2                   SoundRecorder           Camera                  Email                   FSLOta                  CactusPlayer            VideoEditor             FSLProfileApp           FSLProfileService       PinyinIME          
  • 184. Embedded Labworks ADICIONANDO APLICAÇÕES (cont.) ✗ Ao criar um pacote específico para o seu produto, seja uma aplicação Android, biblioteca ou aplicação nativa, coloque-a dentro do diretório do produto criado. ✗ Por exemplo, uma necessidade comum é a implementação de uma aplicação Launcher específica para o seu produto. O código-fonte desta aplicação deve ir dentro do diretório do produto criado. ✗ Isso facilita a manutenção, como por exemplo ao fazer upgrade de versão do Android, já que todas as alterações do seu produto ficam centralizadas em um único diretório. ✗ Veremos como fazer isso mais adiante no treinamento.
  • 185. Embedded Labworks COPIANDO ARQUIVOS ✗ Na definição de um produto, é comum a necessidade de copiar algum arquivo diretamente para a imagem final, como por exemplo: ✗ Customização de arquivos de configuração (init.rc, vold.fstab, ueventd.rc). ✗ Inclusão de arquivos binários (firmware, shell scripts, imagem de boot, etc).
  • 186. Embedded Labworks COPIANDO ARQUIVOS (cont.) ✗ Estas customizações podem ser realizadas através da variável PRODUCT_COPY_FILES: PRODUCT_COPY_FILES +=      device/labworks/superdroid/init.rc:root/init.rc                    device/labworks/superdroid/vold.fstab:system/etc/vold.fstab        device/labworks/superdroid/gpsreset.sh:system/etc/gpsreset.sh
  • 187. Embedded Labworks OVERLAYS ✗ Overlay é um mecanismo que possibilita sobrescrever recursos definidos por uma aplicação sem precisar alterar o código-fonte original. ✗ Os recursos que podem ser sobrescritos incluem: ✗ Arquivos de imagens. ✗ Mensagens e strings. ✗ Arquivos de configuração das aplicações. ✗ O overlay somente é possível em arquivos de recursos (*.png, *.xml, etc). Não é possível realizar o overlay de código-fonte! ✗ Veja por exemplo uma implementação de overlay no código-fonte do Android em device/samsung/manta/overlay/.
  • 188. Embedded Labworks OVERLAYS (cont.) ✗ Para realizar o overlay o primeiro passo é criar o diretório overlay com a mesma estrutura de diretórios do código-fonte do Android: $ tree device/samsung/manta/overlay/  ──├ frameworks      │ ──└ base          │ ──├ core              │ │ ──└ res                  │ │ ──└ res                      │ │ ──├ values                          │ │ │ ──└ config.xml                      │ │ ──└ xml                          │ │ ──├ power_profile.xml                          │ │ ──└ storage_list.xml
  • 189. Embedded Labworks OVERLAYS (cont.) ✗ E depois declarar o overlay no Makefile do produto usando DEVICE_PACKAGE_OVERLAYS ou PRODUCT_PACKAGE_OVERLAY: DEVICE_PACKAGE_OVERLAYS :=                 device/labworks/superdroid/overlay ✗ Uma lista completa das opções que podem ser usadas no Makefile do produto estão disponíveis no código-fonte do sistema de build em build/core/product.mk.
  • 190. Embedded Labworks DEFININDO PROPRIEDADES ✗ Um produto pode definir ou mudar alguma propriedade padrão do sistema de duas formas: ✗ Através da variável PRODUCT_PROPERTY_OVERRIDES no makefile do produto: PRODUCT_PROPERTY_OVERRIDES :=                                                 net.dns1=8.8.8.8                                        net.dns2=8.8.4.4 ✗ Definindo as propriedades em um arquivo chamado system.prop e salvá-lo no diretório do produto. ✗ As propriedades definidas ou alteradas serão adicionadas ao arquivo /system/build.prop e carregadas no boot do sistema.
  • 191. Embedded Labworks CONFIGURAÇÃO DA PLACA ✗ Junto com a definição do produto é necessário implementar também o arquivo de definição da placa BoardConfig.mk. ✗ Este arquivo contém informações específicas sobre o hardware (arquitetura da CPU, bootloader, kernel, características do hardware). ✗ Não existe uma documentação completa sobre as variáveis que podem ser definidas, e na maioria das vezes é necessário estudar o código-fonte do sistema de build para entender seu funcionamento (build/core/Makefile). ✗ Veja um exemplo completo no código-fonte do Android em device/samsung/manta/BoardConfig.mk.
  • 193. Embedded Labworks OUTRAS VARIÁVEIS ✗ TARGET_EXTRA_CFLAGS: Flags adicionais que serão passadas para o compilador C durante o processo de build. ✗ TARGET_USERIMAGES_USE_EXT4: As imagens geradas serão do tipo EXT4. ✗ TARGET_USERIMAGES_USE_UBIFS: As imagens geradas serão do tipo UBIFS. ✗ TARGET_NO_RECOVERY: Indica se a imagem de recovery deve ser gerada. ✗ BOARD_KERNEL_CMDLINE: Linha de comandos do kernel.
  • 194. Embedded Labworks vendorsetup.sh ✗ Para o produto aparecer no menu do comando lunch, é necessário criar o arquivo vendorsetup.sh e adicionar o produto conforme abaixo: add_lunch_combo full_superdroid­eng
  • 195. Embedded Labworks RESUMO ✗ Crie o diretório do produto em device/<company>/<device>, e implemente os seguintes arquivos: ✗ AndroidProducts.mk: inclua o Makefile do seu produto. ✗ <product_name>.mk: defina informações gerais sobre o produto (nome, dispositivo, módulos, overlays, etc). ✗ BoardConfig.mk: defina a configuração da plataforma de hardware (arquitetura, bootloader, kernel, etc). ✗ vendorsetup.sh: adicione o produto ao menu do comando lunch.
  • 198. Embedded Labworks MÓDULOS ✗ Todo componente no sistema de build do Android (aplicação nativa, aplicação Android, biblioteca, etc) é chamado de módulo. ✗ As instruções sobre como compilar cada um dos módulos são definidas em arquivos de make nomeados por padrão Android.mk. ✗ O sistema de build do Android possui templates que facilitam o desenvolvimento dos arquivos Android.mk, independente do tipo do módulo.
  • 200. Embedded Labworks EXEMPLO (cont.) ✗ Todas as variáveis são pré-fixadas com LOCAL_*. ✗ LOCAL_PATH indica ao sistema de build a localização do módulo. ✗ include $(CLEAR_VARS) limpa as variáveis que podem ter sido definidas por outros módulos. A lista de variáveis que são limpas podem ser visualizadas em build/core/clear_vars.mk. ✗ LOCAL_SRC_FILES contém a lista de arquivos-fonte que serão compilados.
  • 201. Embedded Labworks EXEMPLO (cont.) ✗ LOCAL_MODULE é o nome do módulo. ✗ LOCAL_MODULE_TAGS classifica o módulo através de uma tag (user, debug, eng, development, optional). ✗ include $(BUILD_EXECUTABLE) indica ao sistema de build que este módulo deve compilado como um binário.
  • 203. Embedded Labworks BUILD TYPES ✗ BUILD_EXECUTABLE compila e gera um executável no formato ELF. ✗ BUILD_SHARED_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de forma dinâmica. ✗ BUILD_STATIC_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de forma estática. ✗ BUILD_JAVA_LIBRARY compila e gera uma biblioteca Java (*.jar). ✗ BUILD_STATIC_JAVA_LIBRARY compila e gera uma biblioteca Java de forma estática.
  • 204. Embedded Labworks BUILD TYPES (cont.) ✗ BUILD_RAW_EXECUTABLE compila e gera um binário bare-metal (ex: bootloader). ✗ BUILD_RAW_STATIC_LIBRARY compila e gera uma biblioteca bare-metal. ✗ BUILD_PACKAGE compila e gera uma aplicação Android. ✗ BUILD_PREBUILT instala arquivos pré-compilados no target. ✗ BUILD_MULTI_PREBUILT instala múltiplos arquivos pré- compilados no target.
  • 205. Embedded Labworks BUILD TYPES (cont.) ✗ BUILD_HOST_EXECUTABLE compila e gera um executável para o host. ✗ BUILD_HOST_SHARED_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de forma dinâmica para o host. ✗ BUILD_HOST_STATIC_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de forma estática para o host. ✗ BUILD_HOST_JAVA_LIBRARY compila e gera uma biblioteca Java para o host. ✗ BUILD_HOST_PREBUILT instala arquivos pré-compilados no host.
  • 206. Embedded Labworks DIRETÓRIOS DE INSTALAÇÃO ✗ Dependendo do tipo de build, a instalação do módulo é realizada em um determinado diretório: ✗ Executáveis em /system/bin. ✗ Bibliotecas em /system/lib. ✗ Bibliotecas java em /system/framework. ✗ Aplicações Android em /system/app. ✗ É possível mudar o local padrão de instalação do módulo com as variáveis LOCAL_MODULE_PATH ou LOCAL_MODULE_CLASS.
  • 207. Embedded Labworks OUTRAS VARIÁVEIS INTERESSANTES ✗ LOCAL_CFLAGS definem flags extras para o compilador C. ✗ LOCAL_SHARED_LIBRARIES definem a lista de bibliotecas dinâmicas que o módulo depende. ✗ LOCAL_PACKAGE_NAME define o nome de aplicações Android (*.apk). ✗ LOCAL_C_INCLUDES define caminhos adicionais de arquivos de cabeçalho usados pelo módulo. ✗ Uma lista completa de variáveis pode ser obtida em build/core/clear_vars.mk. ✗ Uma documentação (desatualizada) esta disponível no código-fonte em build/core/build­system.html.
  • 208. Embedded Labworks MACROS ✗ Vimos no exemplo o uso da macro my­dir para retornar o diretório corrente da aplicação: LOCAL_PATH := $(call my­dir) ✗ Várias outras macros estão disponíveis para uso, como por exemplo: ✗ all­java­files­under: retorna todos os arquivos java recursivamente, a partir do diretório passado como parâmetro. ✗ all­subdir­c­files: retorna todos os arquivos C recursivamente, a partir do diretório corrente. ✗ A maioria das macros estão definidas em build/core/definitions.mk.
  • 209. Embedded Labworks COMPILANDO UM MÓDULO ✗ Para compilar um módulo (do diretório principal do Android): $ make <module_name> ✗ Para limpar a compilação de um módulo: $ make clean­<module_name> ✗ Para listar todos os módulos que serão compilados: $ make modules
  • 210. Embedded Labworks COMPILANDO UM MÓDULO (cont.) ✗ Após compilar o módulo, os arquivos gerados serão salvos em out/target/product/<product_name>/obj/<module_type>/ <module_name>_intermediate. ✗ Porém, a instalação do módulo na imagem final do sistema depende de 3 fatores: ✗ Definição da tag do módulo. ✗ Escolha da variante do produto. ✗ Conteúdo da variável PRODUCT_PACKAGES do produto.
  • 211. Embedded Labworks TAGS ✗ As tags classificam os módulos e estão diretamente ligadas à variante escolhida no comando lunch: ✗ user: build de produção, inclui módulos com a tag user. ✗ userdebug: mesmo que a variante user, mas inclui também módulos com a tag debug, e habilita o ADB por padrão. ✗ eng: mesmo que a variante userdebug, mas inclui também módulos com as tags eng e development. ✗ As tags são definidas através da variável LOCAL_MODULE_TAGS no Android.mk do módulo.
  • 212. Embedded Labworks TAGS (cont.) ✗ Módulos sem tag ou com a tag optional precisam ser incluídos na variável PRODUCT_PACKAGES do produto para serem instalados. ✗ As tags de aplicações Android (*.apk) são ignoradas. As aplicações Android precisam ser incluídas na variável PRODUCT_PACKAGES do produto para serem instaladas.
  • 213. Embedded Labworks DICAS ✗ Implemente novos módulos no diretório do produto em device/<company>/<device>. ✗ Use como padrão em novos módulos a tag optional, não esquecendo de incluir o nome do módulo na variável  PRODUCT_PACKAGES do produto. ✗ Na dúvida sobre a implementação de um Android.mk, consulte os diversos exemplos disponíveis no código-fonte do Android, especialmente no diretório external/.
  • 216. Embedded Labworks FRAMEWORK ANDROID Linux Kernel Bibliotecas (bionic, etc) Init Toolbox Daemons nativos Camada HAL Dalvik / Android Runtime / Zygote System Services Android API Aplicações Bibliotecas Java API Binder JNI System call
  • 217. Embedded Labworks O FRAMEWORK ✗ O framework Android é a camada responsável por prover serviços para as aplicações Android. ✗ A maioria dos componentes é baseada em Java. ✗ O framework Android se comunica com a camada nativa via JNI (Java Native Interface).
  • 218. Embedded Labworks COMPONENTES ✗ Componentes do framework Android: ✗ Android Runtime, Dalvik e Zygote. ✗ System Services. ✗ Classes Java do projeto Apache Harmony. ✗ Android API. ✗ Código-fonte em frameworks/, dalvik/ e libcore/.
  • 219. Embedded Labworks COMPONENTES (cont.) ✗ Já falamos sobre o Android Runtime, Dalvik e Zygote quando estudamos o processo de inicialização do Android. ✗ Falaremos sobre as classes Java e a API do Android quando estudarmos a camada de aplicações do sistema. ✗ Nosso foco nesta seção são os System Services, núcleo do framework Android.
  • 220. Embedded Labworks SYSTEM SERVICES ✗ System Services são os serviços do Android responsáveis por prover funcionalidades para as aplicações. Exemplos: ✗ Power Manager para gerenciamento de energia. ✗ Activity Manager para gerenciamento da execução dos componentes Android. ✗ Package Manager para gerenciamento de pacotes Android (APK). ✗ Location Manager para gerenciamento de localização (ex: GPS). ✗ O Android 4.2 possui em torno de 70 serviços!
  • 221. Embedded Labworks LISTANDO OS SERVIÇOS # service list Found 68 services: 0 phone: [com.android.internal.telephony.ITelephony] 1 iphonesubinfo: [com.android.internal.telephony.IPhoneSubInfo] 2 simphonebook: [com.android.internal.telephony.IIccPhoneBook] 3 isms: [com.android.internal.telephony.ISms] 4 dreams: [android.service.dreams.IDreamManager] 5 commontime_management: [] 6 samplingprofiler: [] 7 diskstats: [] [...]
  • 222. Embedded Labworks SERVIÇOS E SEUS PROCESSOS ✗ Alguns serviços são processos que rodam nativamente e são executados pelo processo init no boot (Surface Flinger, DRM Server, Media Server). ✗ Mas a maioria dos serviços fazem parte do processo System Server, executado pelo Zygote no boot do sistema.
  • 223. Embedded Labworks SERVIÇOS E SEUS PROCESSOS (cont.) ✗ system_server: processo do System Server, contém boa parte dos serviços do sistema. ✗ mediaserver: processo do Media Server, composto por serviços nativos relacionados ao framework multimídia do Android (Audio Flinger, Media Player Service, Camera Service, etc). ✗ surfaceflinger: processo do Surface Flinger, responsável por desenhar as superfícies das janelas das aplicações que serão exibidas no display. ✗ drmserver: processo do DRM Server, responsável pelo gerenciamento de conteúdos protegidos por direitos autorais.
  • 224. Embedded Labworks INICIALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS Kernel Linux init init.rc, *.rc Zygote app_process Activity Manager Power Manager ... surfaceflinger drmserver mediaserver system_server
  • 225. Embedded Labworks MECANISMO DE COMUNICAÇÃO ✗ Em sistemas operacionais modernos, cada processo possui seu espaço de endereçamento, provendo segurança e isolamento no acesso aos dados de outros processos. ✗ Por este motivo, para que um processo possa se comunicar com outro processo, é necessário um mecanismo de comunicação entre processos (IPC). ✗ Em sistemas Linux, temos disponíveis vários mecanismos de IPC como pipes, message queues e shared memory. ✗ No Android, o principal mecanismo de comunicação entre processos utilizado é o Binder.
  • 226. Embedded Labworks COMO FUNCIONA O BINDER? ✗ No começo da inicialização do sistema, o init executa o processo servicemanager (Service Manager). ✗ O Service Manager se registra no Binder (/dev/binder) como seu gerenciador de contexto. ✗ O gerenciador de contexto do Binder serve como um índice para todos os serviços do sistema. ✗ Durante o restante do processo de inicialização, os serviços se registram no Service Manager via Binder.
  • 227. Embedded Labworks INICIALIZAÇÃO DO BINDER Service Manager System Services /dev/binder (Binder driver) 1 2 Service Manager se registra no Binder como o gerenciador de contexto.1 2 Os serviços do sistema se registram no gerenciador de contexto.
  • 228. Embedded Labworks COMUNICAÇÃO VIA BINDER ✗ Quando uma aplicação Android precisa usar um serviço do sistema (ex: wakelock), ela requisita para o Service Manager um ponteiro (handle) para se comunicar com o serviço (ex: Power Manager Service). ✗ Com o ponteiro, a aplicação pode invocar as operações do serviço. ✗ Este mecanismo de comunicação entre processos usando o Binder é totalmente transparente para o desenvolvedor de aplicações, que precisa conhecer apenas a API do Android.
  • 229. Embedded Labworks EXEMPLO (POWER MANAGER SERVICE) PowerManager pm = (PowerManager)                           getSystemService(POWER_SERVICE); PowerManager.WakeLock wakeLock = pm.newWakeLock(                            PowerManager.FULL_WAKE_LOCK,                           "myWakeLock"); wakeLock.acquire(250);
  • 230. Embedded Labworks DIAGRAMA (POWER MANAGER SERVICE) Service Manager Power Manager Service /dev/binder (Binder driver) Aplicação requisita ponteiro (handle) do serviço para o Service Manager.1 2 Aplicação 1 2 Aplicação usa o ponteiro para acessar as funções providas pelo serviço.
  • 231. Embedded Labworks DOCUMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS ✗ Os serviços do sistema não são muito bem documentados, então para entender seu funcionamento na maioria dos casos você precisa ler o código-fonte! ✗ O código-fonte principal do System Server esta disponível em frameworks/base/services/java/com/android/server/Sys temServer.java, e pode ser um começo para você se aventurar nas milhares de linhas de código de cada um dos serviços do Android.
  • 232. Embedded Labworks PROCESSOS INICIADOS NO BOOT ✗ Os serviços do sistema iniciam algumas aplicações automaticamente no boot: ✗ O serviço Input Method Manager inicia todas as aplicações que possuem o filtro de Intent android.view.InputMethod. ✗ Aplicações com o atributo android:persistent="true" são iniciadas automaticamente pelo Activity Manager. ✗ O Activity Manager envia um Intent do tipo Intent.CATEGORY_HOME, onde a aplicação Launcher é executada. ✗ O Activity Manager também envia um Intent do tipo Intent.BOOT_COMPLETED, notificando o sistema que o sistema finalizou o processo de boot.
  • 233. Embedded Labworks COMANDOS DO FRAMEWORK app_process inicia uma máquina virtual Dalvik para rodar uma aplicação Java. service permite interagir com os serviços registrados no sistema. stagefright permite interagir com o serviço de Media Player. input permite injetar eventos de input no sistema (teclado, touchscreen, etc).
  • 234. Embedded Labworks COMANDOS DO FRAMEWORK (cont.) am permite se comunicar diretamente com o Activity Manager. pm permite se comunicar diretamente com o Package Manager. ime permite se comunicar diretamente com o serviço Input Method. scv permite se comunicar com vários outros serviços (Power Manager, Wifi Manager, conectividade de dados e porta USB).
  • 235. Embedded Labworks MODIFICANDO O FRAMEWORK ✗ A arquitetura do framework Android é bastante monolítica. ✗ Não existe uma forma fácil, via arquivo de configuração ou menu de configuração, de desabilitar um serviço do sistema. ✗ Neste caso, é necessário alterar ou adaptar o código-fonte, o que pode ser bastante trabalhoso. ✗ Mas pode ser um trabalho necessário. Por este motivo, estudaremos como fazer isso mais adiante no treinamento.
  • 236. Embedded Labworks ANDROID SEM O FRAMEWORK? ✗ É possível compilar o Android sem o framework com o comando abaixo: $ BUILD_TINY_ANDROID=true make ­j16 ✗ Serão compilados o init, bionic, adbd, logcat, sh e outros componentes da camada nativa. ✗ Pode ser interessante para realizar testes de drivers ou aplicações compiladas nativamente para o Android.
  • 239. Embedded Labworks POR QUÊ? ✗ Em alguns casos, principalmente quando estamos trabalhando com sistemas embarcados, a API do Android pode não suportar determinado dispositivo de hardware (GPIO, porta serial, E2PROM, etc). ✗ E na ausência de uma API, o modelo de segurança do Android não permite que uma aplicação acesse diretamente um dispositivo de hardware. ✗ Neste caso, a melhor solução é estender o framework do Android, adicionando o suporte ao novo dispositivo de hardware.
  • 241. Embedded Labworks A APLICAÇÃO ✗ O que queremos é uma aplicação que possa ter acesso ao dispositivo de hardware através de um serviço do sistema: GPIOManager gpio = (GPIOManager)                     getSystemService(Context.GPIO_SERVICE); gpio.write(GPIO_NUM, value);
  • 242. Embedded Labworks MANAGER ✗ O primeiro passo para estender o framework é criar a classe Manager. ✗ A classe Manager será responsável por fornecer uma API para as aplicações acessarem o dispositivo de hardware. ✗ A classe Manager se comunicará com o serviço via Binder. ✗ As classes Manager são normalmente implementadas em: frameworks/base/core/java/android/os/ frameworks/base/services/java/com/android/server/
  • 243. Embedded Labworks CLASSE MANAGER (EXEMPLO) public class GPIOManager {     IGPIOService mService;     public GPIOManager(IGPIOService service) {         mService = service;     }     public int write(int number, int value) {         try {             return mService.set(number, value);         } catch (RemoteException e) {             return 0;         }     } }
  • 244. Embedded Labworks SERVIÇOS ✗ A implementação do serviço se divide em duas partes: ✗ A definição de sua interface através da linguagem AIDL. ✗ A implementação do serviço em si. ✗ Boa parte dos serviços estão implementados no código-fonte em frameworks/base/services/.
  • 245. Embedded Labworks AIDL ✗ AIDL é a linguagem usada pelo Android para definir a interface de acesso entre um cliente e um servidor na comunicação via Binder. // IGPIOService.aidl interface IGPIOService {     int set(int number, int value); } ✗ Uma ferramenta chamada aidl é responsável por converter o arquivo aidl na sua implementação Java, para ser usada tanto pelo cliente (Manager) quanto pelo servidor (Serviço). ✗ Mais informações sobre o aidl na documentação do Google em http://developer.android.com/guide/components/aidl.html.
  • 247. Embedded Labworks PROXY E STUB Manager Proxy (marshalling) Binder Stub (unmarshalling) Serviço Kernel HAL Serviço API Aplicação Kernel space User space Binder JNI As classes Proxy e Stub são criadas através da declaração da interface via AIDL.
  • 248. Embedded Labworks JNI ✗ Os serviços que possibilitam o acesso à um dispositivo de hardware utilizam normalmente algumas funções nativas implementadas em C ou C++ para acessar o hardware. ✗ Para implementar este acesso é utilizado o JNI, um framework de desenvolvimento para possibilitar que um código Java possa acessar (e ser acessado) por um código escrito em outras linguagens, como C, C++ e assembly. ✗ No Android, o JNI está implementado na biblioteca libnativehelper.so.
  • 250. Embedded Labworks SERVIÇO DE GPIO GPIO Driver HAL (Biblioteca GPIO) GPIO Service GPIO Manager Aplicação Kernel space User space C/C++ Java Binder GPIOService.java com_android_server_GPIOService.cpp GPIOManager.java IGPIOService.aidl IGPIOService.java libgpio.so
  • 251. Embedded Labworks PROBLEMAS EM ESTENDER O FRAMEWORK ✗ Possibilidade de quebrar a API e adicionar algum bug. ✗ Impossibilita a certificação do dispositivo pelo Google (não passará pelo CTS). ✗ É trabalhoso manter e portar as alterações para outras versões do Android.
  • 252. Embedded Labworks SOLUÇÕES ALTERNATIVAS ✗ Serviços podem ser implementados separadamente, através de aplicações standalone (C/C++): frameworks/native/services/surfaceflinger/ ✗ Serviços podem também ser implementados dentro de uma aplicação Android: packages/apps/Nfc/ ✗ É possível extender a API do Android sem alterar seu framework através de Platform Libraries. device/sample/frameworks/PlatformLibrary/README.txt ✗ E usar um SDK add-on para integrar no Eclipse: device/sample/products/sample_addon.mk
  • 255. Embedded Labworks APLICAÇÕES ANDROID Linux Kernel Bibliotecas (bionic, etc) Init Toolbox Daemons nativos Camada HAL Dalvik / Android Runtime / Zygote System Services Android API Aplicações Bibliotecas Java API Binder JNI System call
  • 256. Embedded Labworks APLICAÇÕES ANDROID (cont.) ✗ Tudo o que vimos até aqui tem como principal objetivo prover uma infraestrutura completa para o desenvolvimento de aplicações. ✗ Aplicações Android são escritas basicamente em Java, usando o SDK do Google. ✗ São empacotadas em arquivos com extensão apk, contendo o código compilado, dados e recursos usados pela aplicação. ✗ Podem ser instaladas através do Google Play ou manualmente via ADB ou gerenciador de arquivo.
  • 257. Embedded Labworks API ANDROID ✗ Todo o desenvolvimento de aplicações é baseado na API provida pelo Google. ✗ Esta API contém dois principais componentes: ✗ Bibliotecas Java: subconjunto de classes Java padrão implementadas pelo projeto Apache Harmony. ✗ Android API: classes Java do Android. ✗ Toda a documentação da API do Android esta disponível em: http://developer.android.com/reference/packages.html
  • 258. Embedded Labworks COMPONENTES DAS APLICAÇÕES ✗ As aplicações Android são compostas por 4 tipos diferentes de componentes: ✗ Activities ✗ Services ✗ Broadcast receivers ✗ Content providers
  • 259. Embedded Labworks ACTIVITIES ✗ Activities representam as telas de interface com o usuário (é o mesmo que janelas em sistemas desktop). ✗ Uma aplicação Android normalmente possui diversas Activities, e uma das activities é definida como a principal (main), que é apresentada ao usuário ao executar a aplicação pela primeira vez. ✗ Uma aplicação pode requisitar o uso de uma Activity de outra aplicação. Ex: a aplicação de navegação na Internet pode requisitar o uso da Activity da aplicação de envio de e-mail para compartilhar um link por e-mail. ✗ É o desenvolvedor da aplicação que decide quais activities estarão disponíveis para o sistema.
  • 260. Embedded Labworks BACK STACK Activity 1 Back Stack Activity 2 Back Stack Activity 1 Activity 3 Back Stack Activity 2 Activity 1 Activity 2 Back Stack Activity 1 Inicia activity 2 Inicia activity 3 Volta navegação Activity em foreground Activity 3 Destruída!
  • 261. Embedded Labworks SERVICES ✗ Services (serviços) são componentes que rodam em background e não tem interface com o usuário. ✗ São usados para executar operações demoradas em background ou prover serviços para outras aplicações. ✗ Cuidado para não confundir com os serviços do framework Android!
  • 262. Embedded Labworks SERVICES (cont.) ✗ Um componente pode se comunicar com um serviço de duas formas: ✗ De forma assíncrona, através da função startService(). Desta forma, o serviço não estará ligado ao componente que o criou, e ficará em execução até que ele ou outro componente pare sua execução. ✗ De forma síncrona, através da função bindService(). Desta forma, o serviço estará ligado ao componente que o criou, e será destruído automaticamente quando o componente não existir mais. Esta forma de execução oferece uma interface do tipo cliente/servidor.
  • 263. Embedded Labworks BROADCAST RECEIVERS ✗ Broadcast receivers são componentes que permitem o registro para receber um evento do sistema ou de uma aplicação. ✗ Possuem o mesmo conceito de uma rotina de tratamento de interrupção. ✗ Por exemplo, você pode desenvolver um broadcast receiver para ser notificado quando: ✗ O nível de bateria ficar baixo. ✗ O modo avião for habilitado. ✗ O processo de boot do sistema completar.
  • 264. Embedded Labworks CONTENT PROVIDERS ✗ Content providers são capazer de prover acesso aos dados de forma organizada, similar à um banco de dados relacional. ✗ Um aplicação deve implementar um content provider quando deseja compartilhar dados com outras aplicações. ✗ A maioria das aplicações usam o SQlite para armazenar os dados, mas o desenvolvedor pode usar outros tipos de armazenamento se desejar (memória, disco, rede, etc).
  • 265. Embedded Labworks ARMAZENAMENTO PERSISTENTE ✗ Uma aplicação pode armazenar dados persistentes de diversas formas: ✗ Shared preferences: permite armazenar dados no formato chave-valor, em um arquivo xml no diretório de dados da aplicação. ✗ Internal Storage: permite armazenar qualquer arquivo no diretório de dados da aplicação. ✗ External Storage: permite armazenar qualquer arquivo em um diretório público do sistema (normalmente o sdcard). ✗ SQLite Databases: permite armazenar dados no banco de dados do sistema. ✗ Mais informações em: http://developer.android.com/guide/topics/data/data-storage.html
  • 266. Embedded Labworks ARQUIVO DE MANIFESTO ✗ Toda aplicação possui um arquivo de manifesto no formato XML (AndroidManifest.xml), cujo objetivo é declarar informações sobre a aplicação, dentre elas: ✗ Componentes disponíveis. ✗ Permissões necessárias para executar a aplicação. ✗ Revisão da API. ✗ Características do hardware. ✗ Bibliotecas necessárias.
  • 267. Embedded Labworks ARQUIVO DE MANIFESTO (EXEMPLO) <manifest package="com.example.android.notepad">     <application android:icon="@drawable/app_notes"                  android:label="@string/app_name" >         <activity android:name="NotesList"                   android:label="@string/title_notes_list">             <intent­filter>                 <action android:name="android.intent.action.MAIN" />                 <category android:name="android.intent.category.LAUNCHER" />             </intent­filter>             <intent­filter>                 <action android:name="android.intent.action.VIEW" />                 <action android:name="android.intent.action.EDIT" />                 <action android:name="android.intent.action.PICK" />                 <category android:name="android.intent.category.DEFAULT" />                 <data android:mimeType="vnd.android.cursor.dir/vnd.google.note" />             </intent­filter>         </activity>     </application> </manifest>
  • 268. Embedded Labworks COMUNICAÇÃO ENTRE COMPONENTES ✗ Uma aplicação pode conter um ou mais componentes. ✗ Um aplicação pode iniciar qualquer componente, incluindo componentes de outras aplicações. ✗ Os componentes se comunicam entre si através de um mecanismo de troca de mensagens chamado intent.
  • 269. Embedded Labworks INTENT ✗ O intent é um mecanismo de comunicação entre os componentes do Android. ✗ Um intent descreve basicamente a intenção de realizar alguma ação. ✗ Por exemplo, a activity de uma aplicação pode enviar um intent para ver um arquivo PDF, implementado por uma activity de outra aplicação.
  • 270. Embedded Labworks INTENT (cont.) ✗ Activities, Services e Broadcast receivers são iniciados através de intents. ✗ Internamente, os intents são implementados via Binder. ✗ Os componentes declaram quais intents são capazes de manipular através do atributo intent­filter do arquivo de manifesto. ✗ Mais informações sobre Intents: http://developer.android.com/guide/components/intents-filters.html
  • 271. Embedded Labworks REGISTRANDO ACTIVITY COMO BROWSER <!­­ AndroidManifest.xml ­­>  <activity android:name=".BrowserActivitiy"            android:label="@string/app_name">   <intent­filter>     <action android:name="android.intent.action.VIEW" />     <category android:name="android.intent.category.DEFAULT" />     <data android:scheme="http"/>    </intent­filter> </activity>
  • 272. Embedded Labworks EXECUTANDO ACTIVITY DO TIPO BROWSER Intent i = new Intent(Intent.ACTION_VIEW,                       Uri.parse("http://www.sergioprado.org")); startActivity(i);
  • 274. Embedded Labworks RECURSOS ✗ Além do código-fonte, uma aplicação pode conter imagens, vídeos, sons, etc. ✗ E tudo que faz parte do visual da aplicação é mantido separado do código-fonte, como layout das activities, animações, menus, strings, etc. ✗ Estes recursos são armazenados no diretório res/ das aplicações. ✗ Durante a compilação da aplicação, a ferramenta de compilação do Android cria a classe R, possibilitando referenciar cada um dos recursos disponíveis.
  • 275. Embedded Labworks PROCESSOS NO ANDROID ✗ Por padrão no Android, cada componente de uma mesma aplicação roda em um mesmo processo. ✗ Quando o sistema quiser executar um novo componente: ✗ Se o processo correspondente ao componente ainda não estiver em execução, um novo processo será criado. ✗ Caso contrário, o componente será iniciado dentro do processo em execução. ✗ Se necessário, é possível iniciar um componente de uma aplicação em um novo processo com o atributo android:process no arquivo de manifesto.
  • 276. Embedded Labworks THREADS DE EXECUÇÃO ✗ Como uma aplicação Android por padrão possui apenas uma thread de execução, todos os componentes e interações com o usuário são realizadas de forma sequencial. ✗ Por este motivo, uma operação de I/O ou processamento mais longo pode travar a interface com o usuário. ✗ Se a aplicação bloquear por mais de 5 segundos, o sistema irá exibir a mensagem “Application Not Responding” (ANR). ✗ Por este motivo, é aconselhável nestes casos executar operações mais longas em uma thread separada.
  • 277. Embedded Labworks CRIANDO THREADS ✗ Existem duas formas de implementar threads no Android: ✗ Usar a implementação de thread padrão do Java, extendendo a classe Runnable. ✗ Usar a classe AsyncTask do Android (mais fácil de implementar a comunicação com a thread principal da aplicação). ✗ Mais informações em: http://developer.android.com/reference/android/os/AsyncTask.html
  • 278. Embedded Labworks CICLO DE VIDA DA APLICAÇÃO ✗ Um ponto central do Android é que o usuário não deve se preocupar com o gerenciamento e troca de tarefas. ✗ O usuário pode iniciar quantas aplicações quiser e mudar entre elas clicando no botão Home e chaveando entre as tarefas. ✗ Mas após um certo uso, vários processos podem estar em execução, consumindo muitos recursos do sistema.
  • 279. Embedded Labworks CICLO DE VIDA DA APLICAÇÃO (cont.) ✗ Por este motivo, o Android gerencia o ciclo de vida de cada um dos componentes da aplicação, matando processos e liberando recursos conforme necessário. ✗ Mas para este processo funcionar corretamente, o desenvolvedor deve implementar uma série de callbacks para cada componente da aplicação. ✗ Estas callbacks são chamadas de acordo com o evento do ciclo de vida do componente. ✗ Por exemplo, na mudança de foreground para background, a callback Pause() do componente é chamada.
  • 280. Embedded Labworks CICLO DE VIDA DA APLICAÇÃO (DIAGRAMA) Referência: http://developer.android.com
  • 281. Embedded Labworks GERENCIAMENTO DE MEMÓRIA ✗ Quando o uso de memória estiver alto, o sistema pode decidir matar um processo para liberar memória. ✗ Esta decisão é tomada baseada na importância (prioridade) do processo. ✗ Quando um processo é encerrado, todos seus componentes também são.
  • 282. Embedded Labworks PRIORIDADE DOS PROCESSOS ✗ O sistema define a prioridade de cada processo de acordo com seu status: ✗ Processos rodando em foreground possuem a maior prioridade (activity, service ou broadcast receiver ativo). ✗ Processos visíveis, como uma activity que não esta mais em foreground mas ainda é visível no display. ✗ Serviço iniciado por um processo em background. ✗ Processos em background que não são mais visíveis aos usuários. ✗ Processos vazios (sem componentes).
  • 283. Embedded Labworks SEGURANÇA ✗ Uma vez instaladas, cada aplicação roda em um ambiente separado de outras aplicações: ✗ Cada aplicação roda em uma instância da máquina virtual, isolada de outras aplicações. ✗ O sistema atribui um usuário (UID) e grupo (GID) para cada aplicação. ✗ Estas credenciais são usadas para permitir que as aplicações possam acessar apenas os arquivos que tenham direito.
  • 284. Embedded Labworks SEGURANÇA (cont.) ✗ Para que uma aplicação possa acessar um recurso que não tem permissão diretamente, o desenvolvedor deve declarar as permissões necessárias no arquivo de manifesto da aplicação. ✗ Ao instalar a aplicação, uma mensagem é exibida com as permissões necessárias pela aplicação, e o usuário deve aprovar estas permissões. ✗ Uma lista completa das permissões existentes está disponível em: http://developer.android.com/reference/android/Manifest.permission.html
  • 286. Embedded Labworks PERMISSÕES (cont.) ✗ Quando a aplicação tentar acessar determinado recurso do sistema: ✗ O acesso é realizado através de uma API do sistema. ✗ Esta API se comunica via Binder com o Package Manager para verificar se aquela aplicação tem acesso ao recurso desejado. ✗ Caso afirmativo, a API se comunica com o serviço correspondente via Binder. ✗ Alguns serviços ainda se comunicam com um serviço nativo via UNIX domain socket.
  • 287. Embedded Labworks EXEMPLO PERMISSÃO SMS Aplicação Phone Manager Package Manager HAL (rild) Kernel Unix domain Socket Binder Binder 2 3 4 5 Android API SmsManager.sendTextMessage()1
  • 288. Embedded Labworks NDK ✗ O NDK (Native Development Kit) é um conjunto de ferramentas para o desenvolvimento de aplicações Android em C/C++. ✗ É normalmente utilizado nas seguintes situações: ✗ Quando é necessário mais performance (ex: cálculos matemáticos, jogos, etc). ✗ Para portar rapidamente um código existente (ex: navegador Firefox). ✗ Permite acesso direto à GPU via OpenGL! ✗ Pode ser combinado com o SDK, permitindo ter uma aplicação que usa parte do código em Java e parte em C/C++!
  • 289. Embedded Labworks NDK (cont.) ✗ Também é empacotado igual à uma aplicação (APK), incluindo o arquivo de manifesto. ✗ Apesar do código não ser executado pela Dalvik, todos os mecanismos de segurança são mantidos. ✗ Principais deficiências: ✗ Perde portabilidade. ✗ Acesso apenas à uma parte da API do Android. ✗ Não possui a funcionalidade de recursos.
  • 290. Embedded Labworks DISTRIBUINDO APLICAÇÕES ✗ As aplicações podem ser instaladas manualmente, mas normalmente são distribuídas para os usuários através de um repositório de aplicações. ✗ O repositório padrão do Google é o Google Play. ✗ Existem outros repositórios disponíveis como o Amazon App Store. ✗ Nada te impede de criar seu próprio repositório de aplicações! https://f-droid.org/
  • 291. Embedded Labworks FERRAMENTAS E DOCUMENTAÇÃO ✗ Todo o desenvolvimento de aplicações Android é realizado no Eclipse com o plugin ADT instalado e diversas outras ferramentas como o emulador, ADB, etc. ✗ A forma mais fácil de preparar o ambiente é baixar o SDK no link abaixo: http://developer.android.com/sdk/index.html ✗ Toda a documentação da API do Android esta disponível em: http://developer.android.com ✗ Uma nova IDE chamada Android Studio foi anunciada em 2013 (ainda em versão de testes): http://developer.android.com/sdk/installing/studio.html
  • 294. Embedded Labworks ANDROID HAL ✗ Em sistemas Linux, o acesso à um dispositivo de hardware normalmente é exposto para as aplicações através de entradas no /dev ou no /sys. ✗ O Android se baseia em uma camada adicional chamada HAL (Hardware Abstraction Layer) para abstrair o acesso ao hardware pelo seu framework. ✗ Boa parte dos dispositivos suportados pelo Android possuem uma HAL, que pode variar em comportamento e interface.
  • 295. Embedded Labworks DIAGRAMA HAL Hardware Camera Driver Sensors Drivers Display Drivers ... System Services Aplicações e API Binder JNI System call Camera HAL Sensors HAL Graphics HAL ... Kernel Camada nativa Framework Android Hardware
  • 296. Embedded Labworks HARDWARE ABSTRACTION LAYER ✗ A HAL é normalmente implementada pelo fabricante ou pelo AOSP através de bibliotecas compartilhadas (*.so). ✗ Um serviço do sistema (system service) correspondente ao hardware acessado é o responsável por carregar a biblioteca da HAL e utilizar suas funções. ✗ O Android não especifica como a HAL deve ser desenvolvida, apenas que uma API padronizada deve ser provida por ela para ser utilizada pelo sistema.
  • 297. Embedded Labworks HARDWARE ABSTRACTION LAYER (cont.) ✗ Por este motivo, o fabricante pode apenas escrever um driver básico para o hardware (stub) e implementar toda a inteligência do acesso ao dispositivo na HAL. ✗ Desta forma, a licença usada na HAL não precisa ser necessariamente GPL.
  • 298. Embedded Labworks ACESSANDO A HAL Kernel Linux Driver HAL (*.so) HW Service System Services API (android.*) Aplicações Kernel space User space C Java
  • 299. Embedded Labworks HARDWARE E HAL ✗ De forma geral, cada tipo de hardware possui um serviço do sistema e uma camada HAL associada à este serviço. Exemplos: ✗ Lights Service e lights HAL. ✗ Wifi Service e wifi HAL. ✗ Sensors Service e sensors HAL. ✗ Power Management Service e power management HAL.
  • 300. Embedded Labworks BIBLIOTECAS DA HAL ✗ As bibliotecas da HAL estão disponíveis em um dos diretórios abaixo: ✗ /vendor/lib/hw ✗ /system/lib/hw ✗ O nome da biblioteca tem o formato <hal>.<device>.so, onde o nome do dispositivo é lido de uma das propriedades abaixo: ✗ ro.hardware ✗ ro.product.board ✗ ro.board.platform ✗ ro.arch
  • 301. Embedded Labworks LISTAGEM HAL # ls /system/lib/hw/                                           audio.a2dp.default.so audio.primary.default.so audio.primary.imx6.so audio.r_submix.default.so audio_policy.default.so bluetooth.default.so camera.goldfish.so camera.imx6.so gps.goldfish.so gralloc.default.so gralloc.imx6.so gralloc_viv.imx6.so hwcomposer.imx6.so hwcomposer_viv.imx6.so keystore.default.so lights.goldfish.so lights.imx6.so local_time.default.so power.default.so power.imx6.so sensors.WANDBOARD.so sensors.goldfish.so
  • 302. Embedded Labworks DESCRIÇÃO DA HAL ✗ audio.primary.<device>.so: camada de áudio, normalmente implementada via camada ALSA do kernel. ✗ gralloc.<device>.so/hwcomposer.<device>.so: camada de vídeo. ✗ camera.<device>.so: acesso à câmera, normalmente (mas não necessariamente) implementado via camada V4L do kernel. ✗ gps.<device>.so: acesso ao GPS, normalmente via serial (tty). ✗ libril.so: acesso ao rádio (voz e dados).
  • 303. Embedded Labworks DESCRIÇÃO DA HAL (cont.) ✗ bluetooth.<device>.so: acesso à interface Bluetooth (até a versão 4.1 usava-se o BlueZ, agora usa-se o bluedroid da Broadcom). ✗ nfc.<device>.so: acesso à interface de comunicação NFC. ✗ lights.<device>.so: controle de LEDS, backlight, etc. ✗ sensors.<device>.so: acesso aos sensores (acelerômetro, giroscópio, magnetômetro, pressão, proximidade, temperatura, etc). ✗ power.<device>.so: responsável pelo gerenciamento de energia.
  • 304. Embedded Labworks IMPLEMENTANDO A HAL ✗ Implementar uma HAL é trabalhoso e envolve conhecer o funcionamento interno dos serviços providos pelo framework do Android. ✗ Por este motivo, se possível, escolha um dispositivo que já possua uma implementação da HAL do Android. ✗ Caso não seja possível, você precisará estudar o funcionamento da HAL correspondente, e ler muito código!
  • 305. Embedded Labworks IMPLEMENTANDO A HAL (cont.) ✗ O código-fonte com a definição da HAL pode ser encontrada no AOSP em hardware/. ✗ As definições das interfaces encontram-se em: ✗ hardware/libhardware/include/hardware/ ✗ hardware/libhardware_legacy/include/hardware_legacy/ ✗ Uma implementação padrão da HAL esta disponível em hardware/libhardware/modules.
  • 306. Embedded Labworks IMPLEMENTANDO A HAL (cont.) ✗ O AOSP inclui o suporte ao hardware de alguns dispositivos de mercado, que pode ser usado como referência para novas implementações. ✗ Veja o diretório device/ no AOSP para alguns exemplos. ✗ Uma visão geral da HAL esta documentada pelo Google no link abaixo: http://source.android.com/devices/index.html
  • 307. Embedded Labworks OUTROS ACESSOS ✗ Nem todo acesso ao hardware necessita de uma camada HAL, por exemplo: ✗ Dispositivos de input (botões, mouse, teclado) são acessados diretamente via /dev/input/. ✗ Dispositivos de rede são acessados normalmente via interface de rede, através de uma conexão via socket com o daemon netd. ✗ Dispositivos de armazenamento (cartão SD) são acessados diretamente via system calls, através de uma conexão via socket com o daemon vold. ✗ O serviço Vibrator acessa diretamente a interface de GPIOs no /sys.
  • 310. Embedded Labworks FERRAMENTAS DO SISTEMA ✗ Várias ferramentas de linha de comando estão disponíveis para ajudar na análise do sistema como um todo. ✗ Algumas ferramentas são comuns em sistemas Linux, outras são específicas do Android. ✗ Elas permitem analisar o funcionamento de uma determinada parte do sistema, como memória, CPU, acesso à rede, etc.
  • 311. Embedded Labworks FERRAMENTAS DO SISTEMA (cont.) ps listar todos os processos em execução. top exibir os processos ordenados por consumo de recursos (memória e CPU). cpustats estatística de uso da(s) CPU(s). schedtop estatísticas de uso de CPU por processo. latencytop estatísticas de tempo de latência de cada processo em execução.
  • 312. Embedded Labworks FERRAMENTAS DO SISTEMA (cont.) procrank exibe uma lista de processos ordenados por consumo de RAM. procmem informações de uso de memória por determinado processo. librank exibe lista de processos ordenados por bibliotecas carregadas em RAM. showmap exibe o mapa de memória de um processo. strace monitora as chamadas de sistema de uma aplicação.
  • 313. Embedded Labworks LOGCAT ✗ O sistema de logs do Android provê um mecanismo para coletar e visualizar informações do sistema. ✗ Os logs são armazenados em alguns buffers circulares do kernel, e podem ser exibidos com o comando logcat. ✗ Para exibir uma descrição das opções disponíveis: $ logcat ­­help
  • 314. Embedded Labworks LOG POR BUFFER ✗ O log pode ser filtrado por buffer, conforme abaixo: $ logcat ­b radio ✗ Os seguintes buffers estão disponíveis: ✗ radio: mensagens relacionadas à comunicação com o radio. ✗ events: mensagens do sistema, principalmente relacionada à eventos de hardware. ✗ system: mensagens do sistema, usado principalmente pela camada nativa e pelo framework Android. ✗ main: todo o restante, mas principalmente mensagens de log das aplicações.
  • 315. Embedded Labworks TAG E PRIORIDADE ✗ Os logs são exibidos por tag (identificador do processo) e prioridade: I/ActivityManager(585):  Starting  activity:  Intent  {  action=  android.intent.action...} ✗ As seguintes prioridades estão disponíveis (listadas da menor para a maior): V ­ Verbose D ­ Debug I ­ Info W ­ Warning E ­ Error F ­ Fatal S ­ Silent
  • 316. Embedded Labworks FILTRANDO POR TAG E PRIORIDADE ✗ Filtro por tag: $ logcat ­s ActivityManager ✗ Filtro por tag e prioridade: $ logcat ­s ActivityManager:I ✗ Filtro por prioridade: $ logcat ­s *:E
  • 317. Embedded Labworks DUMPSYS ✗ O dumpsys é uma ferramenta capaz de tirar o dump de um ou todos os serviços do sistema, invocando a função dump() implementada pelo serviço. # dumpsys power Power Manager State: mIsPowered=true mPowerState=1 mScreenOffTime=46793204 ms mPartialCount=1 mWakeLockState=SCREEN_ON_BIT mUserState= mPowerState=SCREEN_ON_BIT mLocks.gather=SCREEN_ON_BIT mNextTimeout=94351 now=46880555 ­46786s from now ...
  • 318. Embedded Labworks DUMPSTATE ✗ O dumpstate é uma ferramenta capaz de tirar um dump de todo o sistema. # dumpstate [...] Kernel: Linux version 2.6.29­00261­g0097074­dirty ([email protected] om) (gcc version 4.4.0 (GCC) ) #20 Wed Mar 31 09:54:02 PDT 2010 Command line: qemu=1 console=ttyS0 android.checkjni=1 android.qemud=ttyS1 androi d.ndns=1 ­­­­­­ MEMORY INFO (/proc/meminfo) ­­­­­­ MemTotal: 94096 kB [...] ­­­­­­ CPU INFO (top ­n 1 ­d 1 ­m 30 ­t) ­­­­­­ User 2%, System 11%, IOW 33%, IRQ 0% User 3 + Nice 0 + Sys 15 + Idle 67 + IOW 42 + IRQ 0 + SIRQ 0 = 127 [...]
  • 319. Embedded Labworks ADB ✗ Normalmente o processo de depuração em sistemas embarcados acontece via porta serial ou JTAG (para depuração em baixo nível). ✗ Esta configuração funciona bem em sistemas embarcados, mas em dispositivos móveis não possuímos normalmente estes tipos de interface. ✗ É por este motivo que o Google desenvolveu o ADB.
  • 320. Embedded Labworks ADB (cont.) ✗ O ADB (Android Debug Bridge) é uma ferramenta de debugging que pode funcionar em conexões USB ou TCP/IP. ✗ É composto por três componentes: ✗ Daemon ADB, que roda no target. ✗ Servidor ADB, que roda no host e é responsável pela comunicação com o target. ✗ Cliente ADB, que também roda no host e serve de interface (modo texto) para a execução de comandos no target.
  • 321. Embedded Labworks ARQUITETURA ADB ADB Server ADB Client Usuário Android Gadget Driver adbd Host Target
  • 322. Embedded Labworks COMANDOS ADB start­server Inicia o servidor ADB no host (normalmente é iniciado automaticamente). kill­server Mata o servidor ADB no host. devices Lista os dispositivos acessíveis via ADB. connect Conecta ao daemon ADB via TCP (porta 5555 por padrão) disconnect Disconecta do dispositivo.
  • 323. Embedded Labworks COMANDOS ADB (cont.) push Copia arquivos do host para o target. pull Copia arquivos do target para o host. sync Sincroniza os diretórios system/ e data/. install Instala um pacote Android (APK) no target. uninstall Desinstala um pacote Android (APK) do target.
  • 324. Embedded Labworks COMANDOS ADB (cont.) logcat Imprime o log do sistema. shell Executa um comando ou inicia uma seção do shell. bugreport Gera um relatório de erro do target (status atual, logs, etc). wait­for­device Bloqueia até que o dispositivo esteja disponível.
  • 325. Embedded Labworks COMANDOS ADB (cont.) remount Remonta a partição system/ com permissão de leitura e escrita. reboot Reinicia o dispositivo (opções bootloader e recovery disponíveis). reboot­bootloader Reinicia o dispositivo no bootloader. root Reinicia o ADB com permissões de root (apenas se ro.secure=1 e ro.debuggable=1).
  • 326. Embedded Labworks COMANDOS ADB (cont.) ✗ usb Reinicia o daemon ADB para escutar comandos via USB. ✗ tcpip Reinicia o daemon ADB para escutar comandos via TCP. ✗ lolcat Mesmo que adb logcat. ✗ hell Mesmo que adb shell.
  • 327. Embedded Labworks GDB ✗ Com o parâmetro forward do comando ADB é possível redirecionar qualquer porta entre o host e o target, possibilitando por exemplo o debugging com o GDB via ADB! ✗ No target: # gdbserver :1234 /system/bin/executable ✗ No host: $ adb forward tcp:1234 tcp:1234 $ prebuilt/Linux/toolchain­eabi­4.2.1/bin/arm­eabi­gdb   out/target/product/product­name/symbols/system/bin/executable
  • 328. Embedded Labworks ARQUITETURA ADB E GDB ADB Server Usuário Android Gadget Driver adbd Host Target localhost:1234 gdbserver localhost:1234 gdb
  • 329. Embedded Labworks DEPURANDO APLICAÇÕES JAVA ✗ Durante a inicialização, o daemon do ADB abre um UNIX domain socket e espera por conexões. ✗ Processos que rodam na Dalvik se registram neste socket, tornando-se visíveis para debugging. ✗ A Dalvik implementa o JDWP (Java Debug Wire Protocol), permitindo usar o debugger Java (jdb) para depurar suas aplicações.
  • 330. Embedded Labworks JDB NA LINHA DE COMANDO ✗ Exiba primeiro a lista de processos Java depuráveis com o comando abaixo: $ adb jdwp 271 376 ... ✗ Crie o redirecionamento para o PID do processo: $ adb forward tcp:8000 jdwp:376 ✗ E inicie o debugger: $ jdb ­attach localhost:8000
  • 331. Embedded Labworks ARQUITETURA ADB E JDB ADB Server Usuário Android Gadget Driver adbd Host Target jdwp:pid Processo Java localhost:8000 jdb
  • 332. Embedded Labworks TOMBSTONES ✗ Sempre que um processo encerra abruptamente (crash) no Android, um arquivo especial chamado tombstone é gerado no diretório /data/tombstones/. ✗ Estes arquivos podem ajudar na análise do problema em um componente do sistema (aplicação, framework, biblioteca nativa, etc). ✗ Através dos tombstones, e usando uma ferramenta do toolchain chamada addr2line, conseguimos chegar na linha de código com problema!
  • 333. Embedded Labworks TOMBSTONE (EXEMPLO) *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** Build fingerprint: 'unknown' Revision: '405522' pid: 10071, tid: 10071, name: tcpdump  >>> tcpdump <<< signal 11 (SIGSEGV), code 1 (SEGV_MAPERR), fault addr 00000000     r0 ffffffa0  r1 ffffffff  r2 ffffff98  r3 00000000     r4 0002f0e0  r5 7ec459b4  r6 00000001  r7 2abdae14     r8 00000000  r9 00000000  sl 00000000  fp 7ec459ac     ip 2abdaf38  sp 7ec457f8  lr 2ab8e433  pc 2ab8e446  cpsr 60000030     d0  9d2d6d40019b7a7b  d1  0000000000000000     d2  0000000000000000  d3  0000000000000000 [...] backtrace:                                                 #00  pc 0004c446  /system/xbin/tcpdump                 #01  pc 0001273f  /system/lib/libc.so (__libc_init+38)     #02  pc 0000d1f0  /system/xbin/tcpdump                                                                           stack:                                                  7ec457b8  2acb6041  /system/bin/linker
  • 334. Embedded Labworks ANR ✗ ANR ou "Application Not Responding" é um erro comum em aplicações Android. ✗ A mensagem de ANR é exibida se a Activity em foreground ficar mais de 5 segundos sem responder à um evento de entrada (botão, touch, etc). ✗ Quando a ANR acontece, um log com informações do erro é salvo em /data/anr/traces.txt.
  • 335. Embedded Labworks ANR (EXEMPLO) ­­­­­ pid 11663 at 1970­01­02 00:53:03 ­­­­­ Cmd line: com.android.development DALVIK THREADS: (mutexes: tll=0 tsl=0 tscl=0 ghl=0) "main" prio=5 tid=1 TIMED_WAIT   | group="main" sCount=1 dsCount=0 obj=0x2b6d19a0 self=0x4c8a2010   | sysTid=11663 nice=0 sched=0/0 cgrp=[no­cpu­subsys] handle=716739548   | state=S schedstat=( 0 0 0 ) utm=9 stm=1 core=1   at java.lang.VMThread.sleep(Native Method)   at java.lang.Thread.sleep(Thread.java:1031)   at java.lang.Thread.sleep(Thread.java:1013)   at com.android.development.BadBehaviorActivity$BadService.onStartCommand                                                    (BadBehaviorActivity.java:66)   at android.app.ActivityThread.handleServiceArgs(ActivityThread.java:2656)   at android.app.ActivityThread.access$1900(ActivityThread.java:141)   at android.app.ActivityThread$H.handleMessage(ActivityThread.java:1331)   at android.os.Handler.dispatchMessage(Handler.java:99)   at android.os.Looper.loop(Looper.java:137)
  • 336. Embedded Labworks DEV TOOLS ✗ Dev Tools é uma aplicação disponível no AOSP em development/apps/Development. ✗ Esta aplicação possui diversas ferramentas interessantes para testar e depurar o sistema, incluindo: ✗ Exibição de estatísticas de uso da CPU no display. ✗ Customização do comportamento da GPU. ✗ Exibição de informações sobre o touchscreen no display. ✗ Possibilidade de causar crash ou ANR.
  • 337. Embedded Labworks MONKEY ✗ Monkey é uma ferramenta de linha de comando para ser executada no dispositivo. ✗ É capaz de automatizar a geração de entradas para uma aplicação. ✗ Por exemplo, o comando abaixo é capaz de gerar 50 entradas aleatórias para o navegador: $ monkey ­p com.android.browser ­v 50 ✗ É possível criar scripts com o monkey para automatizar os testes de uma aplicação!
  • 338. Embedded Labworks MONKEYRUNNER ✗ O monkeyrunner é uma ferramenta de linha de comando para o host que permite controlar um target Android. ✗ Provê uma API completa em python para o desenvolvimento de aplicações de controle e teste de um dispositivo Android. ✗ Mais informações no link abaixo: http://developer.android.com/tools/help/monkeyrunner_concepts.html
  • 339. Embedded Labworks EXEMPLO SCRIPT MONKEYRUNNER from com.android.monkeyrunner import MonkeyRunner, MonkeyDevice device = MonkeyRunner.waitForConnection() device.installPackage('myproject/bin/MyApplication.apk') package = 'com.example.android.myapplication' activity = 'com.example.android.myapplication.MainActivity' runComponent = package + '/' + activity device.startActivity(component=runComponent) device.press('KEYCODE_MENU', MonkeyDevice.DOWN_AND_UP) result = device.takeSnapshot() result.writeToFile('myproject/shot1.png','png')
  • 340. Embedded Labworks DDMS ✗ O DDMS (Dalvik Debug Monitor Server) é uma ferramenta de debugging que possibilita, dentre outras tarefas: ✗ Exibir informações e logs dos processos em execução. ✗ Capturar a tela do dispositivo. ✗ Monitorar eventos (SMS, chamadas, localização, etc). ✗ Ele se conecta ao servidor ADB e se comunica com os processos Android através do JDWP. ✗ Esta integrado ao Eclipse através do plugin ADT, acessível em Window > Open Perspective > Other... > DDMS.
  • 342. Embedded Labworks TRACING ✗ A aplicação pode gerar um arquivo com informações de tracing de duas formas: ✗ Automaticamente com a função de profiling do DDMS (método impreciso). ✗ Manualmente através dos métodos startMethodTracing() e stopMethodTracing() da classe Debug. ✗ Através deste log, uma ferramenta chamada traceview é capaz de exibir informações de tracing e profiling da aplicação. ✗ Também através deste log, uma aplicação chamada dmtracedump é capaz de exibir o backtrace de chamadas de função da aplicação.
  • 345. Embedded Labworks SYSTRACE ✗ O systrace é uma ferramenta desenvolvida em python que permite analisar a performance de uma aplicação ou do sistema como um todo. ✗ Combina um conjunto de informações disponibilizadas pelo kernel para gerar um relatório em HTML sobre o sistema. ✗ Funciona a partir do Android 4.1. ✗ Mais informações no link abaixo: http://developer.android.com/tools/debugging/systrace.html
  • 346. Embedded Labworks SYSTRACE EM AÇÃO Fonte: http://developer.android.com/
  • 349. Embedded Labworks UM RESUMO ✗ Portar o bootloader, de preferência com suporte ao fastboot. ✗ Portar o kernel Linux com os patches do Android. ✗ Sempre que possível, escolha um fabricante de plataforma que tenha o suporte ao Linux, de preferência com os patches do Android aplicados!
  • 350. Embedded Labworks UM RESUMO (cont.) ✗ Criar um produto no AOSP e customizar para a sua plataforma. ✗ Desenvolver e integrar a HAL (de preferência, escolha um hardware com a HAL pronta!). ✗ Desenvolver suas aplicações Android (normalmente o Launcher). ✗ Certificar-se no Google (opcional).
  • 351. Embedded Labworks RECURSOS ONLINE ✗ Android Open Source Project: https://source.android.com/ ✗ Android Developer: https://developer.android.com/ ✗ Android Tools Project Site: http://tools.android.com/
  • 352. Embedded Labworks RECURSOS ONLINE (cont.) ✗ Embedded Linux Wiki (seção sobre o Android): http://www.elinux.org/Android_Portal ✗ Linaro Android: https://wiki.linaro.org/Platform/Android ✗ CyanogenMod: http://www.cyanogenmod.org/
  • 353. Embedded Labworks RECURSOS ONLINE (cont.) ✗ XDA Developer (seção sobre o Android): https://www.xda-developers.com/tag/all-android/ ✗ Android Builder's Summit vídeos: http://video.linux.com/
  • 354. Embedded Labworks LIVROS Embedded Android Karim Yaghmour Learning Android Marko Gargenta
  • 355. Embedded Labworks PERGUNTAS OU COMENTÁRIOS FINAIS?
  • 356. Embedded Labworks Por Sergio Prado. São Paulo, Novembro de 2012 ® Copyright Embedded Labworks 2004-2013. All rights reserved. OBRIGADO! E-mail [email protected] Website http://e-labworks.com