ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO
Amag Ramgis
O Livro dos Espíritos
Parte Primeira – Capítulo 2
Conhecimento do princípio das coisas – Espírito e matéria – Propriedades da matéria – Espaço
universal
Conhecimento do princípio das coisas
17 É permitido ao homem conhecer o princípio das coisas?
– Não, Deus não permite que tudo seja revelado ao homem aqui na Terra.
18 O homem penetrará um dia no mistério das coisas que lhe são ocultas?
– O véu se levanta para ele à medida que se depura; mas, para compreender algumas coisas,
precisa de faculdades, dons, que ainda não possui.
19 O homem não pode, pelas investigações das ciências, penetrar em alguns dos segredos
da natureza?
– A ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas, mas não pode ultrapassar os
limites fixados por Deus.
☼ Quanto mais é permitido ao homem penetrar pelo conhecimento nesses segredos, maior deve
ser sua admiração pelo poder e sabedoria do Criador; mas, seja pelo orgulho ou fraqueza, sua
própria inteligência o torna, muitas vezes, joguete da ilusão. Amontoa sistemas sobre sistemas e
cada dia que passa lhe mostra quantos erros tomou por verdades e quantas verdades rejeitou
como erros. São outras tantas decepções para o seu orgulho.
20 Fora das investigações da ciência, é permitido ao homem receber comunicações de uma
ordem mais elevada sobre o que escapa ao alcance dos seus sentidos?
– Sim, se Deus julgar útil, pode revelar o que a ciência não consegue apreender.
☼ É por essas comunicações que o homem obtém, dentro de certos limites, o conhecimento de
seu passado e de sua destinação futura.
Espírito e matéria
21 A matéria existe desde o princípio, como Deus, ou foi criada por Ele em determinado
momento?
– Somente Deus o sabe. Entretanto, há uma coisa que a vossa razão deve deduzir: é que Deus,
modelo de amor e caridade, nunca esteve inativo. Por mais remoto que possa vos parecer o início
de sua ação, acaso o podereis imaginar por um segundo sequer na ociosidade?
22 Define-se, geralmente, a matéria como sendo o que tem extensão, o que pode causar
impressão aos nossos sentidos, o que é impenetrável. Essas definições são exatas?
– Do vosso ponto de vista são exatas, visto que somente falais do que conheceis. Mas a matéria
existe em estados que para vós são desconhecidos. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil que
não cause nenhuma impressão aos vossos sentidos; entretanto, é sempre matéria, embora para
vós não o seja.
22 a Que definição podeis dar da matéria?
– A matéria é o laço que prende o Espírito; é o instrumento de que ele se serve e sobre o qual, ao
mesmo tempo, exerce sua ação.
☼ De acordo com essa idéia, pode-se dizer que a matéria é o agente, o intermediário, com a ajuda
do qual, e sobre o qual, atua o Espírito.
23 O que é o Espírito?
– Espírito é o princípio inteligente do universo1
.
23 a Qual é a natureza íntima do Espírito?
– Não é fácil explicar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele não é nada, visto que o
Espírito não é algo palpável, mas para nós é alguma coisa. Sabei bem: o nada não é coisa
nenhuma, o nada não existe.
24 Espírito é sinônimo de inteligência?
– A inteligência é um atributo essencial do Espírito, mas ambos se confundem num princípio
comum, de modo que, para vós, são a mesma coisa.
25 O Espírito é independente da matéria ou é apenas uma propriedade dela, como as cores
são propriedades da luz e o som uma propriedade do ar?
– Ambos são distintos, mas é preciso a união do Espírito e da matéria para que a inteligência se
manifeste na matéria.
25 a Essa união é igualmente necessária para a manifestação do Espírito? (Entendemos,
aqui, por espírito o princípio inteligente, e não as individualidades designadas sob esse
nome).
2
– Ela é necessária para vós, porque não sois organizados para perceber o Espírito sem a matéria;
vossos sentidos não são feitos para isso.
26 Pode-se conceber o Espírito sem a matéria e a matéria sem o Espírito?
– Pode-se, sem dúvida, pelo pensamento.
27 Haveria, assim, dois elementos gerais do universo: a matéria e o Espírito?
– Sim, e acima de tudo Deus, o Criador, o Pai de todas as coisas. Deus, Espírito e matéria são o
princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material é preciso
acrescentar o fluido universal, que faz o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria
propriamente dita, muito grosseira para que o Espírito possa ter uma ação sobre ela. Ainda que
sob certo ponto de vista se possa incluí-lo no elemento material, ele se distingue por propriedades
especiais. Se o fluido universal fosse matéria, não haveria razão para que o Espírito não o fosse
também. Ele está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria;
suscetível, por suas inumeráveis combinações com ela e sob a ação do Espírito, de poder produzir
uma infinita variedade de coisas das quais conheceis apenas uma pequena parte.Esse fluido
universal, primitivo, ou elementar, sendo o agente que o Espírito utiliza, é o princípio sem o qual a
matéria estaria em perpétuo estado de dispersão e nunca adquiriria as propriedades que a força da
gravidade lhe dá.
27 a Seria esse fluido o que designamos sob o nome de eletricidade?
– Dissemos que ele é suscetível de inumeráveis combinações; o que chamais fluido elétrico, fluido
magnético, são modificações do fluido universal, que é, propriamente falando, uma matéria mais
perfeita, mais sutil e que se pode considerar como independente.
28 Uma vez que o próprio Espírito é alguma coisa, não seria mais exato e menos sujeito a
confusões designar esses dois elementos gerais pelas palavras: matéria inerte e matéria
inteligente?
– As palavras pouco nos importam; cabe a vós formular vossa linguagem de maneira a vos
entenderdes. Vossas controvérsias surgem quase sempre do que não compreendeis sobre as
palavras que usais, porque vossa linguagem é incompleta para as coisas que os vossos sentidos
não percebem.
☼ Um fato notório domina todas as hipóteses: vemos matéria sem inteligência e vemos um
princípio inteligente independente da matéria. A origem e a ligação dessas duas coisas nos são
desconhecidas. Se elas vêm ou não de uma fonte comum, se há pontos de contato entre elas, se a
inteligência tem sua existência própria ou se é uma propriedade, um efeito ou mesmo, conforme a
opinião de alguns, se é uma emanação da Divindade, é o que ignoramos. Elas nos aparecem
distintas, é por isso que nós as admitimos como formando dois princípios que constituem o
universo. Vemos acima de tudo isso uma inteligência que domina todas as outras e as governa,
que se distingue por seus atributos essenciais. É a essa inteligência suprema que chamamos
Deus.
Propriedades da matéria
29 A ponderabilidade2
é um atributo essencial da matéria?
3
– Da matéria, assim como a entendeis, sim; mas não da matéria considerada como fluido
universal. A matéria etérea e sutil que forma esse fluido é imponderável para vós, mas nem por
isso deixa de ser o princípio de vossa matéria pesada.
☼ A gravidade3
é uma propriedade relativa. Fora das esferas de atração dos mundos, não há
peso, do mesmo modo que não há nem acima, nem abaixo.
30 A matéria é formada de um único ou de vários elementos?
– De um único elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros
elementos, mas transformações da matéria primitiva.
31 De onde vêm as diferentes propriedades da matéria?
– São modificações que as moléculas4
elementares sofrem por sua união e em determinadas
circunstâncias.
32 Diante disso, os sabores, os odores, as cores, o som, as qualidades venenosas ou
salutares dos corpos apenas seriam modificações de uma única e mesma substância
primitiva?
– Sim, sem dúvida, e que apenas existem pela disposição dos órgãos destinados a percebê-los.
☼ Esse princípio é demonstrado pelo fato de que nem todo mundo percebe as qualidades dos
corpos da mesma maneira: um acha uma coisa agradável ao gosto, outro a acha ruim; uns vêem
azul o que outros vêem vermelho; o que é um veneno para uns é inofensivo ou salutar para outros.
33 A mesma matéria elementar é suscetível de passar por todas as modificações e adquirir
todas as propriedades?
– Sim, e é o que se deve entender quando dizemos que tudo está em tudo*.
☼ O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos como simples
são somente modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade em que nos
encontramos até o presente de conhecer, a não ser pelo pensamento, essa matéria primitiva,
esses corpos são para nós verdadeiros elementos e podemos, sem maiores conseqüências,
considerá-los assim, até nova ordem.
* Esse princípio explica o fenômeno conhecido de todos os magnetizadores e que consiste em dar,
pela vontade, a uma substância qualquer, à água, por exemplo, propriedades muito diversas: um
gosto determinado e mesmo as qualidades ativas de outras substâncias. Uma vez que há apenas
um elemento primitivo e que as propriedades dos diferentes corpos são somente modificações
desse elemento, resulta que a substância mais inofensiva tem o mesmo princípio que a mais
prejudicial. Assim, a água, que é formada de uma parte de oxigênio e de duas de hidrogênio, torna-
se corrosiva duplicando-se a proporção de oxigênio. Uma transformação semelhante pode se
produzir pela ação magnética dirigida pela vontade (N. K.).
33 a E essa teoria parece dar razão à opinião daqueles que só admitem na matéria duas
propriedades essenciais, a força e o movimento, e pensam que todas as outras
propriedades são apenas efeitos secundários, variando de acordo com a intensidade da
força e a direção do movimento?
4
– Essa opinião é exata. É preciso também acrescentar: conforme a disposição das moléculas,
como vês, por exemplo, num corpo opaco, que pode tornar-se transparente, e vice-versa.
34 As moléculas têm uma forma determinada?
– Sem dúvida, as moléculas têm uma forma, que não é perceptível para vós.
34 a Essa forma é constante ou variável?
– Constante para as moléculas elementares primitivas e variável para as moléculas secundárias,
que são somente aglomerações das primeiras; porque aquilo que chamais molécula ainda está
longe da molécula elementar.
Espaço universal
35 O espaço universal é infinito ou limitado?
– Infinito. Supondo que fosse limitado, devíeis perguntar: o que haverá além de seus limites? Isso
confunde a razão, bem o sei, e, entretanto, a própria razão diz que não pode ser de outro modo.
Essa é a idéia do infinito em todas as coisas, e não é na vossa pequena esfera que podeis
compreendê-lo.
☼ Supondo-se um limite ao espaço, por mais distante que o pensamento possa concebê-lo, a
razão diz que além desse limite há alguma coisa, e, assim, sucessivamente, até o infinito; porém,
se essa alguma coisa fosse o vazio absoluto, ainda seria espaço.
36 O vazio absoluto existe em alguma parte no espaço universal?
– Não, nada é vazio. O que imaginais como vazio é ocupado por uma matéria que escapa aos
vossos sentidos e aos vossos instrumentos.
1. Compare essa resposta com a da questão 76. Aqui trata-se do Espírito, princípio
inteligente, e não a individualidade. Veja a questão 25-a (N. E.).
2. Ponderabilidade: que se pode medir, pesar, quantificar (N. E.).
3. Gravidade: lei da Física, atração que os planetas e os corpos celestes exercem uns sobre
os outros (N. E.).
4. Molécula: agrupamento de um ou mais átomos que forma uma substância; a menor
quantidade de matéria (N. E.).
O corpo e o espírito
Bernardino da Silva Moreira
O físico alemão Werner Karl Heisenberg (Wúrzburg 1901- Munique 1976), foi um dos fundadores
da teoria quântica de diversos trabalhos em física quântica e formulou, em 1927, na forma de
desigualdades (que levam seu nome), o princípio da incerteza inerente e toda medição física. As
5
relações de Heisenberg fornecem, assim, os limites além dos quais não se podem empregar os
conceitos da física clássica. Trocando em miúdos, o que o grande físico (prêmio Nobel de Física
de 1932) descobriu é que no deslocamento da partícula, nem sempre, a mesma seguia a rotina
física da sua trajetória considerada como normal. A teoria da incerteza de Heisenberg, foi testada a
partir de 1975, pelo físico norte-americano Murray Gellmann (prêmio Nobel de Física, 1969) que à
frente do acelerador de partículas (aparelho fermi) da Universidade de Stanford, conseguiu obter
seu primeiro resultado de uma série que confirmou que a “teoria da incerteza” de Heisenberg é
uma verdade tão sólida quanto os postulados matemáticos da Física moderna. Com esse pontapé
inicial Heisenberg jogou a Física para os páramos da Metafísica, pois, se as partículas tinham
“vontade própria...”
A questão é: há na intimidade da matéria alguma coisa ou princípio inteligente? Sem dúvida, pois,
além da matéria propriamente dita temos também o espírito, elemento inteligente do Universo cujo
papel é “intelectualizar a matéria”. Para que não fique dúvida, iremos a questão 27, de “O Livro dos
Espíritos”, onde podemos ler:
“Há então dois elementos gerais no Universo: a matéria e o Espírito?
“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisa; Deus, espírito e matéria constituem
o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar
o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria
propriamente dira, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela...”
Pelo visto, os cálculos e fórmulas dos homens ainda são insuficientes para decifrar a matemática
divina...
O comportamento das partículas subatômicas pode parecer estranhos à ciência materialista, mas,
para os espíritas não há nada de anormal, pois sabemos, que o princípio inteligente do Universo
através do fluido universal mantém a matéria organizada (apesar de não parecer a primeira vista),
pois, o caos e o acaso não figura no dicionário divino. Sabemos que acima de tudo a inteligência
suprema do Universo atua de forma infalível, secundado pelos Espíritos puros e superiores.
O livro Life’s Field trouxe à baila uma temática muito interessante de estudos desenvolvidos
durante à Segunda Guerra Mundial, em um laboratório nazista instalado na Itália, desde 1940,
onde com aparelhos espectrográficos, cientistas concluíram que a fecundidade não era apenas
uma questão de capacidade biológica, mas também, de um campo estranho detectado no aparelho
reprodutor feminino, que preparava a mulher para o engravidamento. A esse campo deram o nome
de campo da vida, que segundo eles, tinha função da escolha ou seleção do espermatozóide ideal
para a fecundação. Se levarmos em consideração que são uma média de 200 milhões de
espermatozóides, competindo na maratona da vida...
Com esses dados concluíram, com razão, que o campo da vida era o responsável pela causa da
vida e não o relacionamento sexual que é apenas, conseqüência do processo fecundante. É claro
que limitaram-se, apenas, ao registro e nada mais.
Na visão espírita o fenômeno do campo de vida ou Life’s Field, vem confirmar mais uma vez a
existência e a importância da realidade espiritual. Também nos mostra a importância do corpo
perispiritual no processo de encarnação dos Espíritos. Mais uma vez vamos ao “Livro dos
Espíritos”, desta vez na questão 344:
“Em que momento a alma se une ao corpo?
6
“A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante
da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que
cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-
nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”
Como já dissemos linhas acima, a vida não pode ser obra do acaso ou do caos, seria um absurdo
acreditarmos que o nascimento do homem estivesse na dependência de uma corrida
espermatozóica, pois se assim fosse, só os mais fortes conseguiriam seu intento e os
espermatozóides mais fracos não teriam chance de semear a vida. É claro que a Espiritualidade
superior encarregada da encarnação de Espíritos na Terra, são os controladores do campo da
vida, são eles os responsáveis pela escolha ou seleção do espermatozóide ideal para a
fecundação, não há dúvida, pois, cientes do mecanismo da lei de causa e efeito, dará à cada um
aquilo que eles mesmos plantaram ou se preferirem “a cada um segundo suas obras”. Essa é a
explicação que justifica a fecundação do ovo por um espermatozóide, aparentemente menos
capacitado para cumprir com o seu papel, mas, tal é a lei, porque este ainda é um planeta de
provas e expiações, daí as doenças e deficiências físicas, conseqüentes de excessos e
delinqüências de vidas passadas.
Se as células são as sementes da vida, o que seria o mesmo que dizermos que são a causa de ou
da vida em si, ou seja, definindo a personalidade de cada um, como se fosse a raiz da
individualidade, teríamos um sério problema, pois, com a tão temida morte biológica, as funções
orgânicas celulares continuam atuantes no cadáver após o trespasse, todavia, a personalidade
com suas decorrentes não apresentam as características vitais. Por que? Se continuam atuantes
as atividades celulares! Ora!!! As células orgânicas são responsáveis pelo corpo físico e não pelo
Espírito. Não podemos esquecer que a inteligência com todas suas conseqüências, é o atributo
essencial do Espírito, no corpo o que temos é a encarnação do Espírito, na desencarnação (morte)
ele apenas se desliga do corpo.
Em 1972, uma equipe de cientistas suecos, fizeram uma experiência com um moribundo no qual
haviam instalado um espectrógrafo com um dispositivo de dinamômetro acoplado a um
osciloscópio, para as devidas leituras. Com o osciloscópio registravam as variações do campo
orgânico, com o fim de localizar a vida no paciente; com o dinamômetro mediam a variação do
peso do campo gravitacional. O resultado foi surpreendente, pois, examinando os registros da
leitura nos aparelhos, verificaram que no exato momento da desencarnação, o paciente perdeu um
campo cujo peso correspondia a 2,2 dam (decagrama-força), o interesse é que a experiência pode
ser realizada por outros experimentadores abalizados, pois, esses aparelhos utilizados nessa
experiência, são idênticos nas UTI e CTI.
Muitos foram os médiuns videntes que viram o corpo perispiritual ser exteriorizado e afastado do
corpo físico, no momento da chamada morte, a experiência acima vem confirmar que, o fenômeno
observado pelos médiuns são realmente verdadeiros e não fruto de alucinações visuais. A vida é
muito mais que um amontoado celular em um corpo de carne, a vida espiritual é uma realidade que
precisa ser percebida por todos, cientistas ou não, pois, a vida vem de Deus e nós somos seus
filhos e já está na hora de aprendermos a respeitarmos as leis do Pai dos seres e das coisas.
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  • 1. ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO Amag Ramgis O Livro dos Espíritos Parte Primeira – Capítulo 2 Conhecimento do princípio das coisas – Espírito e matéria – Propriedades da matéria – Espaço universal Conhecimento do princípio das coisas 17 É permitido ao homem conhecer o princípio das coisas? – Não, Deus não permite que tudo seja revelado ao homem aqui na Terra. 18 O homem penetrará um dia no mistério das coisas que lhe são ocultas? – O véu se levanta para ele à medida que se depura; mas, para compreender algumas coisas, precisa de faculdades, dons, que ainda não possui. 19 O homem não pode, pelas investigações das ciências, penetrar em alguns dos segredos da natureza? – A ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas, mas não pode ultrapassar os limites fixados por Deus. ☼ Quanto mais é permitido ao homem penetrar pelo conhecimento nesses segredos, maior deve ser sua admiração pelo poder e sabedoria do Criador; mas, seja pelo orgulho ou fraqueza, sua própria inteligência o torna, muitas vezes, joguete da ilusão. Amontoa sistemas sobre sistemas e cada dia que passa lhe mostra quantos erros tomou por verdades e quantas verdades rejeitou como erros. São outras tantas decepções para o seu orgulho. 20 Fora das investigações da ciência, é permitido ao homem receber comunicações de uma ordem mais elevada sobre o que escapa ao alcance dos seus sentidos? – Sim, se Deus julgar útil, pode revelar o que a ciência não consegue apreender. ☼ É por essas comunicações que o homem obtém, dentro de certos limites, o conhecimento de seu passado e de sua destinação futura. Espírito e matéria
  • 2. 21 A matéria existe desde o princípio, como Deus, ou foi criada por Ele em determinado momento? – Somente Deus o sabe. Entretanto, há uma coisa que a vossa razão deve deduzir: é que Deus, modelo de amor e caridade, nunca esteve inativo. Por mais remoto que possa vos parecer o início de sua ação, acaso o podereis imaginar por um segundo sequer na ociosidade? 22 Define-se, geralmente, a matéria como sendo o que tem extensão, o que pode causar impressão aos nossos sentidos, o que é impenetrável. Essas definições são exatas? – Do vosso ponto de vista são exatas, visto que somente falais do que conheceis. Mas a matéria existe em estados que para vós são desconhecidos. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil que não cause nenhuma impressão aos vossos sentidos; entretanto, é sempre matéria, embora para vós não o seja. 22 a Que definição podeis dar da matéria? – A matéria é o laço que prende o Espírito; é o instrumento de que ele se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação. ☼ De acordo com essa idéia, pode-se dizer que a matéria é o agente, o intermediário, com a ajuda do qual, e sobre o qual, atua o Espírito. 23 O que é o Espírito? – Espírito é o princípio inteligente do universo1 . 23 a Qual é a natureza íntima do Espírito? – Não é fácil explicar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele não é nada, visto que o Espírito não é algo palpável, mas para nós é alguma coisa. Sabei bem: o nada não é coisa nenhuma, o nada não existe. 24 Espírito é sinônimo de inteligência? – A inteligência é um atributo essencial do Espírito, mas ambos se confundem num princípio comum, de modo que, para vós, são a mesma coisa. 25 O Espírito é independente da matéria ou é apenas uma propriedade dela, como as cores são propriedades da luz e o som uma propriedade do ar? – Ambos são distintos, mas é preciso a união do Espírito e da matéria para que a inteligência se manifeste na matéria. 25 a Essa união é igualmente necessária para a manifestação do Espírito? (Entendemos, aqui, por espírito o princípio inteligente, e não as individualidades designadas sob esse nome). 2
  • 3. – Ela é necessária para vós, porque não sois organizados para perceber o Espírito sem a matéria; vossos sentidos não são feitos para isso. 26 Pode-se conceber o Espírito sem a matéria e a matéria sem o Espírito? – Pode-se, sem dúvida, pelo pensamento. 27 Haveria, assim, dois elementos gerais do universo: a matéria e o Espírito? – Sim, e acima de tudo Deus, o Criador, o Pai de todas as coisas. Deus, Espírito e matéria são o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material é preciso acrescentar o fluido universal, que faz o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, muito grosseira para que o Espírito possa ter uma ação sobre ela. Ainda que sob certo ponto de vista se possa incluí-lo no elemento material, ele se distingue por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse matéria, não haveria razão para que o Espírito não o fosse também. Ele está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria; suscetível, por suas inumeráveis combinações com ela e sob a ação do Espírito, de poder produzir uma infinita variedade de coisas das quais conheceis apenas uma pequena parte.Esse fluido universal, primitivo, ou elementar, sendo o agente que o Espírito utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de dispersão e nunca adquiriria as propriedades que a força da gravidade lhe dá. 27 a Seria esse fluido o que designamos sob o nome de eletricidade? – Dissemos que ele é suscetível de inumeráveis combinações; o que chamais fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido universal, que é, propriamente falando, uma matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar como independente. 28 Uma vez que o próprio Espírito é alguma coisa, não seria mais exato e menos sujeito a confusões designar esses dois elementos gerais pelas palavras: matéria inerte e matéria inteligente? – As palavras pouco nos importam; cabe a vós formular vossa linguagem de maneira a vos entenderdes. Vossas controvérsias surgem quase sempre do que não compreendeis sobre as palavras que usais, porque vossa linguagem é incompleta para as coisas que os vossos sentidos não percebem. ☼ Um fato notório domina todas as hipóteses: vemos matéria sem inteligência e vemos um princípio inteligente independente da matéria. A origem e a ligação dessas duas coisas nos são desconhecidas. Se elas vêm ou não de uma fonte comum, se há pontos de contato entre elas, se a inteligência tem sua existência própria ou se é uma propriedade, um efeito ou mesmo, conforme a opinião de alguns, se é uma emanação da Divindade, é o que ignoramos. Elas nos aparecem distintas, é por isso que nós as admitimos como formando dois princípios que constituem o universo. Vemos acima de tudo isso uma inteligência que domina todas as outras e as governa, que se distingue por seus atributos essenciais. É a essa inteligência suprema que chamamos Deus. Propriedades da matéria 29 A ponderabilidade2 é um atributo essencial da matéria? 3
  • 4. – Da matéria, assim como a entendeis, sim; mas não da matéria considerada como fluido universal. A matéria etérea e sutil que forma esse fluido é imponderável para vós, mas nem por isso deixa de ser o princípio de vossa matéria pesada. ☼ A gravidade3 é uma propriedade relativa. Fora das esferas de atração dos mundos, não há peso, do mesmo modo que não há nem acima, nem abaixo. 30 A matéria é formada de um único ou de vários elementos? – De um único elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, mas transformações da matéria primitiva. 31 De onde vêm as diferentes propriedades da matéria? – São modificações que as moléculas4 elementares sofrem por sua união e em determinadas circunstâncias. 32 Diante disso, os sabores, os odores, as cores, o som, as qualidades venenosas ou salutares dos corpos apenas seriam modificações de uma única e mesma substância primitiva? – Sim, sem dúvida, e que apenas existem pela disposição dos órgãos destinados a percebê-los. ☼ Esse princípio é demonstrado pelo fato de que nem todo mundo percebe as qualidades dos corpos da mesma maneira: um acha uma coisa agradável ao gosto, outro a acha ruim; uns vêem azul o que outros vêem vermelho; o que é um veneno para uns é inofensivo ou salutar para outros. 33 A mesma matéria elementar é suscetível de passar por todas as modificações e adquirir todas as propriedades? – Sim, e é o que se deve entender quando dizemos que tudo está em tudo*. ☼ O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos como simples são somente modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade em que nos encontramos até o presente de conhecer, a não ser pelo pensamento, essa matéria primitiva, esses corpos são para nós verdadeiros elementos e podemos, sem maiores conseqüências, considerá-los assim, até nova ordem. * Esse princípio explica o fenômeno conhecido de todos os magnetizadores e que consiste em dar, pela vontade, a uma substância qualquer, à água, por exemplo, propriedades muito diversas: um gosto determinado e mesmo as qualidades ativas de outras substâncias. Uma vez que há apenas um elemento primitivo e que as propriedades dos diferentes corpos são somente modificações desse elemento, resulta que a substância mais inofensiva tem o mesmo princípio que a mais prejudicial. Assim, a água, que é formada de uma parte de oxigênio e de duas de hidrogênio, torna- se corrosiva duplicando-se a proporção de oxigênio. Uma transformação semelhante pode se produzir pela ação magnética dirigida pela vontade (N. K.). 33 a E essa teoria parece dar razão à opinião daqueles que só admitem na matéria duas propriedades essenciais, a força e o movimento, e pensam que todas as outras propriedades são apenas efeitos secundários, variando de acordo com a intensidade da força e a direção do movimento? 4
  • 5. – Essa opinião é exata. É preciso também acrescentar: conforme a disposição das moléculas, como vês, por exemplo, num corpo opaco, que pode tornar-se transparente, e vice-versa. 34 As moléculas têm uma forma determinada? – Sem dúvida, as moléculas têm uma forma, que não é perceptível para vós. 34 a Essa forma é constante ou variável? – Constante para as moléculas elementares primitivas e variável para as moléculas secundárias, que são somente aglomerações das primeiras; porque aquilo que chamais molécula ainda está longe da molécula elementar. Espaço universal 35 O espaço universal é infinito ou limitado? – Infinito. Supondo que fosse limitado, devíeis perguntar: o que haverá além de seus limites? Isso confunde a razão, bem o sei, e, entretanto, a própria razão diz que não pode ser de outro modo. Essa é a idéia do infinito em todas as coisas, e não é na vossa pequena esfera que podeis compreendê-lo. ☼ Supondo-se um limite ao espaço, por mais distante que o pensamento possa concebê-lo, a razão diz que além desse limite há alguma coisa, e, assim, sucessivamente, até o infinito; porém, se essa alguma coisa fosse o vazio absoluto, ainda seria espaço. 36 O vazio absoluto existe em alguma parte no espaço universal? – Não, nada é vazio. O que imaginais como vazio é ocupado por uma matéria que escapa aos vossos sentidos e aos vossos instrumentos. 1. Compare essa resposta com a da questão 76. Aqui trata-se do Espírito, princípio inteligente, e não a individualidade. Veja a questão 25-a (N. E.). 2. Ponderabilidade: que se pode medir, pesar, quantificar (N. E.). 3. Gravidade: lei da Física, atração que os planetas e os corpos celestes exercem uns sobre os outros (N. E.). 4. Molécula: agrupamento de um ou mais átomos que forma uma substância; a menor quantidade de matéria (N. E.). O corpo e o espírito Bernardino da Silva Moreira O físico alemão Werner Karl Heisenberg (Wúrzburg 1901- Munique 1976), foi um dos fundadores da teoria quântica de diversos trabalhos em física quântica e formulou, em 1927, na forma de desigualdades (que levam seu nome), o princípio da incerteza inerente e toda medição física. As 5
  • 6. relações de Heisenberg fornecem, assim, os limites além dos quais não se podem empregar os conceitos da física clássica. Trocando em miúdos, o que o grande físico (prêmio Nobel de Física de 1932) descobriu é que no deslocamento da partícula, nem sempre, a mesma seguia a rotina física da sua trajetória considerada como normal. A teoria da incerteza de Heisenberg, foi testada a partir de 1975, pelo físico norte-americano Murray Gellmann (prêmio Nobel de Física, 1969) que à frente do acelerador de partículas (aparelho fermi) da Universidade de Stanford, conseguiu obter seu primeiro resultado de uma série que confirmou que a “teoria da incerteza” de Heisenberg é uma verdade tão sólida quanto os postulados matemáticos da Física moderna. Com esse pontapé inicial Heisenberg jogou a Física para os páramos da Metafísica, pois, se as partículas tinham “vontade própria...” A questão é: há na intimidade da matéria alguma coisa ou princípio inteligente? Sem dúvida, pois, além da matéria propriamente dita temos também o espírito, elemento inteligente do Universo cujo papel é “intelectualizar a matéria”. Para que não fique dúvida, iremos a questão 27, de “O Livro dos Espíritos”, onde podemos ler: “Há então dois elementos gerais no Universo: a matéria e o Espírito? “Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisa; Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dira, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela...” Pelo visto, os cálculos e fórmulas dos homens ainda são insuficientes para decifrar a matemática divina... O comportamento das partículas subatômicas pode parecer estranhos à ciência materialista, mas, para os espíritas não há nada de anormal, pois sabemos, que o princípio inteligente do Universo através do fluido universal mantém a matéria organizada (apesar de não parecer a primeira vista), pois, o caos e o acaso não figura no dicionário divino. Sabemos que acima de tudo a inteligência suprema do Universo atua de forma infalível, secundado pelos Espíritos puros e superiores. O livro Life’s Field trouxe à baila uma temática muito interessante de estudos desenvolvidos durante à Segunda Guerra Mundial, em um laboratório nazista instalado na Itália, desde 1940, onde com aparelhos espectrográficos, cientistas concluíram que a fecundidade não era apenas uma questão de capacidade biológica, mas também, de um campo estranho detectado no aparelho reprodutor feminino, que preparava a mulher para o engravidamento. A esse campo deram o nome de campo da vida, que segundo eles, tinha função da escolha ou seleção do espermatozóide ideal para a fecundação. Se levarmos em consideração que são uma média de 200 milhões de espermatozóides, competindo na maratona da vida... Com esses dados concluíram, com razão, que o campo da vida era o responsável pela causa da vida e não o relacionamento sexual que é apenas, conseqüência do processo fecundante. É claro que limitaram-se, apenas, ao registro e nada mais. Na visão espírita o fenômeno do campo de vida ou Life’s Field, vem confirmar mais uma vez a existência e a importância da realidade espiritual. Também nos mostra a importância do corpo perispiritual no processo de encarnação dos Espíritos. Mais uma vez vamos ao “Livro dos Espíritos”, desta vez na questão 344: “Em que momento a alma se une ao corpo? 6
  • 7. “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém- nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.” Como já dissemos linhas acima, a vida não pode ser obra do acaso ou do caos, seria um absurdo acreditarmos que o nascimento do homem estivesse na dependência de uma corrida espermatozóica, pois se assim fosse, só os mais fortes conseguiriam seu intento e os espermatozóides mais fracos não teriam chance de semear a vida. É claro que a Espiritualidade superior encarregada da encarnação de Espíritos na Terra, são os controladores do campo da vida, são eles os responsáveis pela escolha ou seleção do espermatozóide ideal para a fecundação, não há dúvida, pois, cientes do mecanismo da lei de causa e efeito, dará à cada um aquilo que eles mesmos plantaram ou se preferirem “a cada um segundo suas obras”. Essa é a explicação que justifica a fecundação do ovo por um espermatozóide, aparentemente menos capacitado para cumprir com o seu papel, mas, tal é a lei, porque este ainda é um planeta de provas e expiações, daí as doenças e deficiências físicas, conseqüentes de excessos e delinqüências de vidas passadas. Se as células são as sementes da vida, o que seria o mesmo que dizermos que são a causa de ou da vida em si, ou seja, definindo a personalidade de cada um, como se fosse a raiz da individualidade, teríamos um sério problema, pois, com a tão temida morte biológica, as funções orgânicas celulares continuam atuantes no cadáver após o trespasse, todavia, a personalidade com suas decorrentes não apresentam as características vitais. Por que? Se continuam atuantes as atividades celulares! Ora!!! As células orgânicas são responsáveis pelo corpo físico e não pelo Espírito. Não podemos esquecer que a inteligência com todas suas conseqüências, é o atributo essencial do Espírito, no corpo o que temos é a encarnação do Espírito, na desencarnação (morte) ele apenas se desliga do corpo. Em 1972, uma equipe de cientistas suecos, fizeram uma experiência com um moribundo no qual haviam instalado um espectrógrafo com um dispositivo de dinamômetro acoplado a um osciloscópio, para as devidas leituras. Com o osciloscópio registravam as variações do campo orgânico, com o fim de localizar a vida no paciente; com o dinamômetro mediam a variação do peso do campo gravitacional. O resultado foi surpreendente, pois, examinando os registros da leitura nos aparelhos, verificaram que no exato momento da desencarnação, o paciente perdeu um campo cujo peso correspondia a 2,2 dam (decagrama-força), o interesse é que a experiência pode ser realizada por outros experimentadores abalizados, pois, esses aparelhos utilizados nessa experiência, são idênticos nas UTI e CTI. Muitos foram os médiuns videntes que viram o corpo perispiritual ser exteriorizado e afastado do corpo físico, no momento da chamada morte, a experiência acima vem confirmar que, o fenômeno observado pelos médiuns são realmente verdadeiros e não fruto de alucinações visuais. A vida é muito mais que um amontoado celular em um corpo de carne, a vida espiritual é uma realidade que precisa ser percebida por todos, cientistas ou não, pois, a vida vem de Deus e nós somos seus filhos e já está na hora de aprendermos a respeitarmos as leis do Pai dos seres e das coisas. 7