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12ª AULA: cap.16 a 20
EBD - ESCOLA BÍBLICA DISCIPULADORA – 2025 – 1º SEMESTRE
Facilitadores: José Rissotto e Francisco Tudela
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Esboço do Evangelho escrito por Mateus
1. A genealogia e o nascimento de Jesus – Cap. 1
2. Os primeiros anos de Jesus – Cap. 2
3. João Batista e o batismo de Jesus – Cap. 3 – (vimos em Marcos)
4. A tentação de Jesus – Cap. 4
5. O sermão do monte – Cap. 5 a 7
6. Os milagres de Jesus – Cap. 8 e 9
7. A proclamação do reino – Cap. 10 e 11
8. Os opositores do reino – Cap. 12 a 16
9. Jesus prepara seus discípulos – Cap. 16 a 17
10. Jesus instrui seus discípulos – Cap. 18 a 20
11. A apresentação e a rejeição de Jesus – Cap. 21 a 23
12. Jesus no Monte das Oliveiras – Cap. 24- 25
13. O sofrimento e a morte de Jesus – Cap. 26 a 27 – vimos em Marcos
14. O triunfo de Jesus – Cap. 28
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A confissão de Pedro
16.15-19 “E vocês? ", perguntou ele(JC)
. "Quem vocês dizem que eu sou? " Simão
Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Respondeu Jesus: "Feliz é
você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue,
mas por meu Pai que está nos céus. E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. Eu lhe
darei as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos
céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus".
• Esta é a primeira menção da palavra igreja no NT.
• "ekklesia" é uma assembleia de pessoas chamadas para um propósito específico.
• Pedro representa a autoridade apostólica, isto é, o testemunho dos apóstolos nas
escrituras, sobre a qual a igreja será edificada, não se trata de um prédio.
• A pedra (a declaração de Pedro) é Cristo, logo, a Igreja é cristocêntrica.
• As mesmas palavras serão dirigidas aos demais apóstolos:
18.18 “Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado
no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu.”
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A confissão de Pedro
• As expressões ligar e desligar eram uma parte do vocabulário legal dos judeus e
se referem às coisas proibidas e às permitidas pela lei.
• Pedro e os demais discípulos iam continuar na terra a obra de Cristo, pregando o
evangelho e revelando a vontade de Deus aos homens, sendo revestidos com a
autoridade que o Mestre possuía.
• No céu, Cristo sanciona o que é feito no seu nome, em obediência à sua palavra,
aqui na terra.
• As "portas do Hades" são uma expressão figurativa.
• A palavra inferno, em grego haidês, significa sepulcro, em hebraico sheol .
• Naquela época as cidades eram protegidas por portões.
• Se os portões eram fortes a cidade era segura contra invasões.
• Da mesma forma, as "portas do Hades" representam o poder que a morte tem
de reter as pessoas em seu domínio.
• Jesus afirma que o Hades, a morte, não vencerá a igreja, visto que todos os que
a compõem ressuscitarão um dia.
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O preço do discipulado
16.24 “Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quiser acompanhar-me,
negue-se a si mesmo(1)
, tome a sua cruz(2)
e siga-me(3)
.”
• (1)
Negue-se a si mesmo: não significa negar nossa identidade ou sentimentos, mas
reconhecer que nossas vontades e desejos não serão a escolha final.
• Não é um convite ao ascetismo (renúncia aos prazeres físicos e psicológicos), mas
priorizar Deus nas escolhas diárias, isto é, estar disposto a abrir mão do que nos separa de
Deus.
• É a submissão à vontade de Deus.
• (2)
Tome a sua cruz: Na época de Jesus, a cruz era um instrumento de tortura e morte
• Ao "tomar a sua cruz", Jesus está dizendo para estarmos preparados para enfrentar
perseguições e dificuldades em nossa jornada de fé em Jesus.
• Seguir a Jesus: Jesus convida ao discipulado, a uma jornada de aprendizado e
crescimento espiritual, onde o seguidor caminha lado a lado com o Mestre.
• (3)
Ao seguir a Jesus encontramos uma vida com propósito.
Pergunta 36: Durante sua jornada cristã, qual dos 3 pontos você tem maior
dificuldade em obedecer? Se possível, comente.
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A recompensa pelas obras
16.27 “Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então
recompensará a cada um de acordo com o que tenha feito.”
• Jesus está profetizando Seu retorno glorioso, quando julgará os vivos e os
mortos.
• Cada cristão receberá uma recompensa personalizada, de acordo com suas
ações, em como cada um viveu sua fé.
• A Bíblia não descreve a natureza dessa recompensa
1Co 3.13-15 “sua obra será mostrada, porque o Dia a trará à luz; pois será revelada pelo
fogo, que provará a qualidade da obra de cada um. Se o que alguém construiu
permanecer, esse receberá recompensa. Se o que alguém construiu se queimar, esse
sofrerá prejuízo; contudo, será salvo como alguém que escapa através do fogo.”
Ap 22.12 “Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a
cada um de acordo com o que fez.”
• A parábola dos talentos (25.14-30), onde o Senhor recompensa seus servos de
acordo com suas habilidades e fidelidade, pode ser interpretada como uma
alegoria dos diferentes graus de recompensa no céu.
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A transfiguração de Jesus
17.1 ... Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou, a um alto monte. 2
Ali
ele foi transfigurado diante deles 3
Naquele momento, apareceram diante deles
Moisés e Elias, conversando com Jesus.5
“... , uma nuvem resplandecente os
envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: "Este é o meu Filho amado em quem me
agrado. Ouçam-no!” 9
“Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: "Não
contem a ninguém o que vocês viram, até que o Filho do homem tenha sido
ressuscitado dos mortos".
3.17 “Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, em quem me
agrado". (Batismo de JC)
• A repetição da frase no início e no fim próximo do ministério de Jesus,
delimita o período do Seu ministério terreno, é um recurso literário e
teológico.
8. 07:14 PM
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A transfiguração de Jesus
17.1 ... Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou, a um alto monte. 2
Ali
ele foi transfigurado diante deles 3
Naquele momento, apareceram diante deles
Moisés e Elias, conversando com Jesus.5
“... , uma nuvem resplandecente os
envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: "Este é o meu Filho amado em quem me
agrado. Ouçam-no!” 9
“Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: "Não
contem a ninguém o que vocês viram, até que o Filho do homem tenha sido
ressuscitado dos mortos".
• A declaração do Pai não apenas identifica Jesus como o Filho amado, mas também o
coloca acima de Moisés (representante da Lei) e Elias (representante dos Profetas),
indicando que Jesus é o cumprimento da revelação de Deus.
• “Ouçam-no!” para a comunidade cristã, a autoridade final está em Cristo e em seus
ensinamentos, não mais na Lei ou nos Profetas. Jesus é o centro da fé e da prática
cristã.
• Não contem a ninguém - mostra que a plena compreensão da identidade e missão de
JC só seria possível após sua morte e ressurreição.
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Removendo os maus hábitos de nossa vida
18.8 “Se a sua mão ou o seu pé o fizerem tropeçar, corte-os e jogue-os fora. É
melhor entrar na vida mutilado ou aleijado do que, tendo as duas mãos ou os
dois pés, ser lançado no fogo eterno.”
• A ideia de cortar a mão ou o pé é claramente uma metáfora.
• Jesus não está orientando a nos mutilarmos.
• A "mão" e o "pé" representam nossas ações, nossas escolhas, aquilo que nos
leva a pecar e ao "cortá-los" estamos simbolicamente eliminando o pecado
de nossa vida.
• Qualquer coisa seja hábito, relacionamento, prática ou bem material que nos
leve ao pecado deve ser removida de nossas vidas.
Pergunta 37: Como você tem selecionado as atividades cotidianas para
progredir no processo de santificação?
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O valor das crianças no Reino dos Céus
18.10 “Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Pois eu lhes digo
que os anjos* deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste.”
• Os “pequeninos”, são literalmente as crianças.
18.2 “Chamando uma criança, colocou-a no meio deles,”
• E simbolicamente os humildes, simples, frágeis, ou recém-chegados à fé.
18.4 “Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino
dos céus.”
• Desprezar alguém por seu nível social, aparência ou maturidade espiritual é
rejeitar quem Deus valoriza, e a questão dos anjos no céu é apresentada
como uma razão para essa importância, é como se houvesse uma
representação celestial constante desses indivíduos diante de Deus.
*Do grego "ángelos" (αγγϵλoς), que significa "mensageiro".
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O cuidado para com o perdido
18.12 “O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se
perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se
perdeu?”
• Na cultura da época, as ovelhas eram muito valiosas e abandonar 99 nos
montes, fora do curral, para buscar uma delas seria arriscado e imprudente.
• Por que Jesus teria usado essa imagem, então?
• A aparente contradição entre a lógica humana e a ação do pastor serve para
compreendamos o amor divino.
• Aos olhos de Deus nenhum de nós é insignificante, cada pessoa é única e
valiosa, daí a parábola enfatizar que mesmo uma única ovelha perdida será
buscada.
• Lembrando que a parábola não busca ser um manual de pastoreio, mas uma
ilustração espiritual.
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Administrando conflitos
18.15-17 “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro
(1º). Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. Mas se ele não o ouvir (2º), leve
consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja
confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas’. Se ele se recusar a
ouvi-los (3º), conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o
como pagão ou publicano.”
• Não se trata de apontar os “erros” do outro, trata do irmão que pecar contra você.
• Exemplos do “irmão pecar contra você”: falar mal ou fofocar sobre vc; mentir ou
enganar vc; julgar apontando suas falhas; compartilhar uma informação confidencial
que lhe confiou; ser rude ou impaciente com vc; ignorar ou excluir vc ...
• Passos do processo para restaurar o relacionamento: 1º numa conversa particular;
2º se quem o ofendeu não quiser conversa busque-o com testemunhas e faça a
acusação; e se ele também não quiser ouvir, 3º leve a igreja o que aconteceu.
• Tratar como "pagão ou publicano" não significa exclusão, mas uma mudança na
forma como a comunidade interage com esse tipo de pessoa arrogante.
• Tratar "como pagão ou publicano" é vc não ter comunhão espiritual com ele..
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É necessário perdoar, como fomos perdoado!
18.23-35 “Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com
seus servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia
uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor
ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos
para pagar a dívida. "O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência
comigo, e eu te pagarei tudo’. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou
a dívida e o deixou ir. Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus
conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo:
‘Pague-me o que me deve! ’ "Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe:
‘Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei’. "Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou
lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida... e foram contar ao seu senhor tudo o
que havia acontecido. "Então o senhor chamou o servo e disse: ‘... Você não devia ter
tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?’ Irado, seu senhor entregou-
o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. "Assim também lhes fará meu
Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão".
14. 07:15 PM
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Ajustes das contas
O desejo do rei de acertar contas não surge de uma necessidade financeira, mas
como uma representação da natureza de Deus em relação aos seus "servos", ou
seja, as pessoas.
• O rei representa Deus, e o acerto de contas simboliza o julgamento ou a prestação
de contas que todos terão com Deus.
• O servo devedor representa a dívida que temos com Deus por nossos pecados.
• O conservo que devia pouco representa aqueles que nos ofendem.
• O perdão da dívida pelo rei representa o perdão de Deus pelos nossos pecados
através de Jesus.
• Os "torturadores" do servo representam as consequências da falta de perdão.
• Não são "torturadores de Deus" no sentido de agentes divinos de tortura, mas sim
as aflições e o tormento que experimentamos quando nos recusamos a perdoar.
• Tormento interior: A amargura, o ressentimento e a raiva não resolvidos podem
nos consumir por dentro, causando angústia e sofrimento emocional e até físico.
• Isolamento: Rompimento de relacionamentos.
• Impedimento do próprio perdão: A dificuldade em perdoar os outros muitas vezes
está ligada a uma dificuldade em aceitar o próprio perdão de Deus.
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A questão do divórcio
19.9-12 “ Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por
imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério" Os
discípulos lhe disseram: "Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é
melhor não casar". Jesus respondeu: "Nem todos têm condições de aceitar esta
palavra(1)
; somente aqueles a quem isso é dado. Alguns são eunucos porque
nasceram assim; outros foram feitos assim pelos homens; outros ainda se fizeram
eunucos por causa do Reino dos céus. Quem puder aceitar isso, aceite".
• (1)
“esta palavra” se refere a "não casar", isto é não ter relações sexuais, por isso
na sequência Jesus fala de eunucos.
• No AT “eunuco” é a tradução da palavra hebraica saris e significa “oficial”, já no
NT vem do grego eunouchos que significa “conservar o leito“, e em ambas
traduções há um sentido secundário, popular, em que o termo eunuco significa
“castrado“.
• https://estiloadoracao.com/o-que-e-eunuco/
16. 07:15 PM
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A Ideologia de Gênesis
• Deus criou a humanidade com diferenças físicas, de temperamento, de
habilidades e de vocações, e o eunuquismo, nesse contexto, pode ser parte
dessa diversidade.
• Jesus cita que há pessoas que não tiveram opção sexual, “nasceram assim”.
• Se há eunucos que nascem assim, pode haver pessoas que nasçam com outras
questões de gênero, e a postura da igreja será de respeito, acolhimento, diálogo,
empatia e receptividade para que o ES possa auxiliá-las.
Pergunta 38: Qual o seu entendimento a
respeito da fala de Jesus sobre os eunucos?
A IDEALOGIA DE GÊNESIS:
Gn 1.27 “Criou Deus o homem à sua
imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.”
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A importância em cuidar da espiritualidade das crianças
19.13-15 “Depois trouxeram crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e
orasse por elas. Mas os discípulos os repreendiam. Então disse Jesus: "Deixem vir a
mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são
semelhantes a elas". Depois de lhes impor as mãos, partiu dali.”
• Os discípulos estavam focados na missão de pregar o Reino de Deus e converter
adultos, e as crianças podem ter sido vistas como uma distração para essa missão.
• Jesus destaca que o Reino de Deus pertence àqueles que se assemelham às
crianças, ou seja, aos humildes, aos que confiam e aos que se entregam a Deus
com sinceridade, creem sem questionar.
• A frase "depois de lhes impor as mãos" indica que Jesus atendeu ao desejo
daqueles que trouxeram as crianças, abençoando-as (desejar o bem) e
consagrando (concordando) a afirmação anterior de que o Reino dos céus
pertence aos que são semelhantes a elas.
• Esse texto desafia tanto famílias quanto igrejas a priorizarem o cuidado espiritual
dos pequenos e a refletirem a inclusão e o amor de Cristo em suas ações diárias.
18. 07:15 PM
18
19.28 “Jesus lhes disse: "Digo-lhes a verdade: Por ocasião da regeneração de
todas as coisas(1)
, quando o Filho do homem(2)
se assentar em seu trono
glorioso, vocês que me seguiram também se assentarão em doze tronos, para
julgar(3)
as doze tribos de Israel.”
• (1)
A "regeneração de todas as coisas" se refere ao fim dos tempos, quando
Deus renovará todas as coisas.
• (2)
“o Filho do Homem” Jesus é apresentado como o rei glorioso que voltará
para julgar o mundo.
• (3)
“para julgar as Doze Tribos” não significa que os discípulos farão um
julgamento condenatório, mas que terão um papel na administração do Reino
de Deus e na organização da nova sociedade, como era no período dos juízes.
19. 07:15 PM
19
Quem se destaca no Reino?
20.20,21,24 “Então, aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu com seus
filhos (Tiago e João)
e, prostrando-se, fez-lhe um pedido. "O que você quer? ",
perguntou ele(JC)
. Ela respondeu: "Declara que no teu Reino estes meus dois filhos
se assentarão um à tua direita e o outro à tua esquerda"... Quando os outros dez
ouviram isso, ficaram indignados com os dois irmãos.”
Pergunta 39: Por que os dez discípulos se indignaram com os dois irmãos e
não com a mãe?
• O pedido da mãe de Tiago e João por lugares de honra no reino de Deus foi
interpretado pelos outros discípulos como um favoritismo injustificável.
• Jesus deixa claro que a distribuição de honra no Reino pertence ao Pai.
• o discipulado cristão é marcado por humildade, serviço e disposição para o
sacrifício.
• A aplicação para os dias de hoje é clara: os cristãos são chamados a servir,
não a dominar, tanto na igreja quanto na sociedade, confiando que Deus é
quem recompensa segundo Sua vontade.
20. 07:15 PM
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Próxima Encontro.
Para a próxima aula:
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evolução do seu projeto de vida cristã.
21. 07:15 PM
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BIBLIOGRAFIA
1. Bíblia NVI – Editora Vida – 2000
2. Marcos – Dewey M. Mulholland – Ed. Vida Nova,2007
3. Mateus O Evangelho do Reino – Irênio S. Chaves – JUERP – 2002
4. Estudo Panorâmico da Bíblia – Henrietta C. Mears – Ed. Vida- 2017
5. Toda a Bíblia em um ano- Darci; 10ª Ed. Rio de Janeiro; Ed. Horizonal, 2011
6. Manual Bíblico SBB; trad. Noronha, Lailah; São Paulo; Ed. SBBrasil; 2008
7. BRUCCE, F. F. Comentário Bíblico NVI. São Paulo, Ed. Vida, 1ª edição, 2008
8. Os ensinamentos da torá – Kent Dobson – Ed. Vida Melhor; 2019
9. Programa ROTA 66 – Sayão, Luiz – Rádio transmundial
10.Bible Project
11.Declaração Doutrinária da Convenção Batista do Brasil
Esta apresentação está disponível no site: www.escolabiblicavirtual.com.br
Notas do Editor
#3: Teologia de Mateus 16:15-19 segundo a Denominação Batista
Confissão de Fé e Fundamento da Igreja
Mateus 16:15-19 é interpretado como um texto central sobre a identidade de Jesus e o fundamento da Igreja. A ênfase recai sobre a confissão de Pedro - "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" - como o verdadeiro fundamento sobre o qual Cristo edifica a sua Igreja, e não sobre a pessoa de Pedro em si. Assim, a "pedra" é entendida como a fé confessada por Pedro, compartilhada por todos os que reconhecem Jesus como Messias e Filho de Deus.
Autoridade das Chaves do Reino
A autoridade das "chaves do Reino dos Céus" (v.19) não foi dada exclusivamente a Pedro, mas à Igreja como um todo, especialmente à igreja local reunida. Essa autoridade se manifesta na proclamação do evangelho, na administração das ordenanças (batismo e ceia do Senhor) e na disciplina eclesiástica - ou seja, a igreja local tem o poder de "ligar e desligar", admitindo ou excluindo membros conforme a confissão de fé e a conduta cristã. Assim, a autoridade espiritual não está centralizada em uma liderança hierárquica, mas na assembleia dos crentes, sob a liderança de Cristo.
Natureza da Revelação
A compreensão da verdadeira identidade de Jesus é resultado de revelação divina e não de sabedoria humana, conforme Jesus afirma a Pedro no verso 17. Isso reforça a doutrina batista da salvação pela fé pessoal e direta, sem mediação institucional ou clerical.
Resumo
Deve-se rejeitar a interpretação católica romana de que Pedro seria o primeiro papa ou que a autoridade máxima da Igreja reside em um indivíduo. Ambos entendem que a Igreja é edificada sobre a fé confessada em Jesus como o Cristo, e que a autoridade espiritual é exercida coletivamente pela comunidade dos crentes.
#4:
Significado de "Ligar" e "Desligar" no Vocabulário Judaico
Origem e Uso Judaico
No contexto judaico antigo, especialmente entre rabinos e autoridades religiosas, as expressões "ligar" (bind) e "desligar" (loose) eram termos técnicos usados para indicar, respectivamente, proibir e permitir algo com base em autoridade religiosa. Ou seja:
Ligar: Declarar algo proibido, não permitido pela lei religiosa.
Desligar: Declarar algo permitido, liberado pela lei religiosa.
Esses termos aparecem tanto na literatura rabínica quanto em textos bíblicos, como no Novo Testamento (por exemplo, Mateus 16:19 e 18:18), e também no Targum (traduções e comentários aramaicos do Antigo Testamento).
Função Prática
Rabinos, sábios e líderes religiosos eram frequentemente consultados para interpretar a Torá e decidir se determinadas ações eram permitidas ou proibidas. Por exemplo, como a lei sobre o sábado não detalhava o que era considerado "trabalho", cabia aos rabinos "ligar" (proibir) ou "desligar" (permitir) certas atividades, conforme sua interpretação da lei divina.
Autoridade e Tradição
A autoridade para "ligar e desligar" era vista como um poder conferido aos líderes religiosos, especialmente aos membros do Sinédrio ou aos poskim (decisores da lei judaica). Essa autoridade era reconhecida como vinda de Deus e, no contexto cristão, Jesus utiliza a expressão para investir os apóstolos, especialmente Pedro, com autoridade para interpretar e aplicar a vontade divina na comunidade.
Resumo
No vocabulário judaico, "ligar" e "desligar" significavam, respectivamente, proibir e permitir algo no âmbito da lei religiosa, sendo prerrogativa das autoridades religiosas interpretar e aplicar essas decisões à vida comunitária
#5: A teologia do texto de Mateus 16:24 Batista
Negar a si mesmo
Este é um convite para renunciar ao egoísmo e aos desejos pessoais que se opõem à vontade de Deus. Na perspectiva batista, negar a si mesmo significa submeter a própria vontade à direção de Deus, rejeitando o individualismo e o autoengano, e vivendo uma vida de humildade e entrega espiritual.
Tomar a cruz
Tomar a cruz simboliza assumir o compromisso de enfrentar sofrimento, perseguição e sacrifícios por causa de Cristo, tal como Ele mesmo enfrentou. Para os batistas, isso não é apenas um ato simbólico, mas uma realidade prática que envolve perseverança na fé mesmo diante das adversidades.
Seguir a Cristo
Seguir Jesus implica uma vida de obediência contínua, fidelidade e imitação de Seu exemplo. É um chamado para uma caminhada diária de discipulado, colocando Cristo como centro da vida e missão pessoal.
Além disso, Mateus 16:25 reforça que quem tentar salvar a própria vida a perderá, mas quem perder a vida por amor a Cristo a encontrará, destacando a inversão dos valores do mundo em relação ao Reino de Deus.
Aplicação na Atualidade
Na atualidade, a aplicação dessa passagem na doutrina batista envolve:
Contracultura espiritual: Em um mundo que valoriza o egoísmo e o conforto pessoal, os cristãos são chamados a viver contra a corrente, negando seus próprios interesses para seguir a Cristo.
Compromisso com o discipulado: A vida cristã é vista como uma jornada de renúncia diária, onde o crente aceita os desafios e sofrimentos por amor a Jesus, mantendo firme a fé mesmo em tempos difíceis.
Prioridade da alma sobre bens terrenos: A passagem alerta para o valor eterno da alma em contraste com as conquistas temporais do mundo, incentivando os batistas a buscarem o Reino de Deus acima de tudo.
Vivência prática da fé: Tomar a cruz hoje pode significar enfrentar rejeição, injustiça, ou abrir mão de prazeres e comodidades para manter a integridade cristã e o testemunho fiel em sociedade.
Em resumo - Mateus 16:24 é um chamado ao discipulado autêntico, que exige renúncia pessoal, aceitação do sofrimento por Cristo e uma vida dedicada a segui-lo fielmente, com aplicação prática na vida diária do crente diante dos desafios contemporâneos.
#6:Mt 16.27
A teologia de Mateus 16:27 enfatiza a volta gloriosa de Jesus Cristo para o julgamento final, em que Ele recompensará cada pessoa conforme suas obras, e destaca o chamado ao discipulado fiel, que implica sofrimento e renúncia.
Contexto e Significado do Versículo
Mateus 16:27 Aqui, "Filho do Homem" é uma referência a Jesus Cristo, que voltará em poder e majestade acompanhado por anjos para julgar a humanidade, recompensando ou punindo conforme as ações de cada um.
Esse versículo está inserido em um contexto maior (Mateus 16:21-27) onde Jesus começa a revelar aos discípulos que Ele deve sofrer, morrer e ressuscitar, e que o discipulado requer renúncia e até mesmo tomar a cruz (sofrimento e rejeição).
Na teologia Batista, que enfatiza a autoridade da Bíblia e o evangelho da salvação pela fé em Cristo, Mateus 16:27 é interpretado como uma clara afirmação do juízo final, quando Cristo retornará para julgar os vivos e os mortos, recompensando cada um conforme suas obras, ou seja, sua fé manifestada em ações. O versículo reforça a necessidade de viver uma vida fiel e obediente a Deus, pois as ações terão consequências eternas. O chamado ao discipulado implica negar a si mesmo e seguir Jesus mesmo diante do sofrimento, refletindo a importância da santidade e perseverança na caminhada cristã.
Síntese Teológica Comum
Juízo Final: Jesus virá em glória para julgar e recompensar as pessoas segundo suas obras, um momento definitivo da justiça divina.
Discipulado e Renúncia: Seguir Jesus implica tomar a cruz, negar a si mesmo e estar disposto a sofrer por causa do Reino de Deus.
Rejeição e Sofrimento do Messias: Jesus anuncia seu sofrimento e morte, que são essenciais para a salvação, contrariando a expectativa popular de um Messias triunfante.
Autoridade de Jesus: Como Filho do Homem, Jesus tem autoridade para julgar, reforçando sua divindade e missão redentora.
Portanto, tanto a teologia Batista interpreta Mateus 16:27 como uma promessa escatológica da volta de Cristo para o juízo final e uma exortação à vida de discipulado fiel, que envolve sofrimento e compromisso com o Reino de Deus. Essa passagem convida os cristãos a viverem com a consciência do juízo vindouro e a perseverar na fé e obediência a Jesus Cristo.
#7:Visão Geral do Texto
Mateus 17:5-9 narra parte do episódio da Transfiguração de Jesus. Neste evento, Jesus é revelado em glória diante de Pedro, Tiago e João, enquanto Moisés e Elias aparecem conversando com Ele. Uma nuvem luminosa envolve os discípulos e uma voz do céu declara: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado; escutem o que ele diz!” Após o episódio, Jesus ordena que não contem a visão a ninguém até que Ele ressuscite dos mortos.
Pontos Teológicos Centrais
Cristologia Elevada: O texto enfatiza a divindade e unicidade de Jesus. A voz do Pai não apenas identifica Jesus como o Filho amado, mas também o coloca acima de Moisés (representante da Lei) e Elias (representante dos Profetas), indicando que Jesus é o cumprimento supremo da revelação de Deus.
Autoridade de Jesus: O comando “Ouçam-no!” destaca que, para a comunidade cristã, a autoridade final está em Cristo e em seus ensinamentos, não mais na Lei ou nos Profetas. Jesus é o centro da fé e da prática cristã.
Revelação Progressiva: O pedido para manter o segredo até a ressurreição mostra que a plena compreensão da identidade e missão de Jesus só seria possível após sua morte e ressurreição. Isso aponta para a centralidade da cruz e da ressurreição na fé cristã.
Preparação para o Sofrimento: A transfiguração prepara os discípulos para entender que glória e sofrimento fazem parte do mesmo caminho. A glória de Cristo só pode ser compreendida à luz da cruz.
Doutrina Batista
Fundamentada no princípio da suficiência das Escrituras e na centralidade de Cristo, entende este texto como:
Supremacia de Cristo: Jesus é o único mediador e revelação final de Deus. Moisés e Elias desaparecem da cena, restando apenas Jesus, sinalizando que a era da Lei e dos Profetas foi cumprida n’Ele.
Salvação pela Fé em Cristo: O chamado a “ouvir” Jesus reforça que a salvação e a vida cristã dependem da fé e obediência a Cristo, não de obras da Lei.
Transformação do Crente: A experiência da transfiguração aponta para o processo de santificação e glorificação do crente, temas caros à teologia batista, que vêem a vida cristã como uma jornada de transformação à imagem de Cristo, culminando na glorificação futura.
Aplicação no Cotidiano
1. Centralidade de Jesus na Vida Cristã
O texto nos desafia a mantermos Cristo como o centro da fé, prática e adoração, rejeitando qualquer tentativa de colocar tradições humanas, líderes ou regras acima de Sua autoridade.
2. Escutar e Obedecer a Cristo
O chamado “Ouçam-no!” implica que, no dia a dia, o cristão deve buscar orientação nas palavras e ensinamentos de Jesus, aplicando-os em decisões, relacionamentos e ética pessoal.
3. Enfrentar Desafios com Fé
A transfiguração prepara para o sofrimento, mostrando que a caminhada cristã inclui desafios, mas que a glória de Deus se revela mesmo (e especialmente) nos momentos difíceis. Isso encoraja os fiéis a perseverarem na fé diante das adversidades, confiando na promessa da vitória final em Cristo.
4. Comunidade Renovada
Assim como os discípulos desceram do monte para enfrentar a realidade, o cristão é chamado a viver sua fé no mundo, sendo agente de transformação, sem buscar refúgio em experiências espirituais isoladas, mas encarando os desafios do cotidiano com coragem e esperança.
5. Prática da Oração e da Fé
O episódio, no contexto do capítulo, também ressalta a importância da fé e da oração como meios pelos quais o poder de Deus se manifesta na vida do crente e da comunidade.
Resumo
Mateus 17:5-9 ensina sobre a supremacia e autoridade de Cristo, a necessidade de ouvi-lo e segui-lo, e a centralidade da fé em sua pessoa. No cotidiano, isso se traduz em uma vida centrada em Jesus, marcada pela obediência, fé diante das dificuldades, compromisso com a transformação pessoal e engajamento ativo no mundo à luz do evangelho.
#8:Visão Geral do Texto
Mateus 17:5-9 narra parte do episódio da Transfiguração de Jesus. Neste evento, Jesus é revelado em glória diante de Pedro, Tiago e João, enquanto Moisés e Elias aparecem conversando com Ele. Uma nuvem luminosa envolve os discípulos e uma voz do céu declara: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado; escutem o que ele diz!” Após o episódio, Jesus ordena que não contem a visão a ninguém até que Ele ressuscite dos mortos.
Pontos Teológicos Centrais
Cristologia Elevada: O texto enfatiza a divindade e unicidade de Jesus. A voz do Pai não apenas identifica Jesus como o Filho amado, mas também o coloca acima de Moisés (representante da Lei) e Elias (representante dos Profetas), indicando que Jesus é o cumprimento supremo da revelação de Deus.
Autoridade de Jesus: O comando “Ouçam-no!” destaca que, para a comunidade cristã, a autoridade final está em Cristo e em seus ensinamentos, não mais na Lei ou nos Profetas. Jesus é o centro da fé e da prática cristã.
Revelação Progressiva: O pedido para manter o segredo até a ressurreição mostra que a plena compreensão da identidade e missão de Jesus só seria possível após sua morte e ressurreição. Isso aponta para a centralidade da cruz e da ressurreição na fé cristã.
Preparação para o Sofrimento: A transfiguração prepara os discípulos para entender que glória e sofrimento fazem parte do mesmo caminho. A glória de Cristo só pode ser compreendida à luz da cruz.
Doutrina Batista
Fundamentada no princípio da suficiência das Escrituras e na centralidade de Cristo, entende este texto como:
Supremacia de Cristo: Jesus é o único mediador e revelação final de Deus. Moisés e Elias desaparecem da cena, restando apenas Jesus, sinalizando que a era da Lei e dos Profetas foi cumprida n’Ele.
Salvação pela Fé em Cristo: O chamado a “ouvir” Jesus reforça que a salvação e a vida cristã dependem da fé e obediência a Cristo, não de obras da Lei.
Transformação do Crente: A experiência da transfiguração aponta para o processo de santificação e glorificação do crente, temas caros à teologia batista, que vêem a vida cristã como uma jornada de transformação à imagem de Cristo, culminando na glorificação futura.
Aplicação no Cotidiano
1. Centralidade de Jesus na Vida Cristã
O texto nos desafia a mantermos Cristo como o centro da fé, prática e adoração, rejeitando qualquer tentativa de colocar tradições humanas, líderes ou regras acima de Sua autoridade.
2. Escutar e Obedecer a Cristo
O chamado “Ouçam-no!” implica que, no dia a dia, o cristão deve buscar orientação nas palavras e ensinamentos de Jesus, aplicando-os em decisões, relacionamentos e ética pessoal.
3. Enfrentar Desafios com Fé
A transfiguração prepara para o sofrimento, mostrando que a caminhada cristã inclui desafios, mas que a glória de Deus se revela mesmo (e especialmente) nos momentos difíceis. Isso encoraja os fiéis a perseverarem na fé diante das adversidades, confiando na promessa da vitória final em Cristo.
4. Comunidade Renovada
Assim como os discípulos desceram do monte para enfrentar a realidade, o cristão é chamado a viver sua fé no mundo, sendo agente de transformação, sem buscar refúgio em experiências espirituais isoladas, mas encarando os desafios do cotidiano com coragem e esperança.
5. Prática da Oração e da Fé
O episódio, no contexto do capítulo, também ressalta a importância da fé e da oração como meios pelos quais o poder de Deus se manifesta na vida do crente e da comunidade.
Resumo
Mateus 17:5-9 ensina sobre a supremacia e autoridade de Cristo, a necessidade de ouvi-lo e segui-lo, e a centralidade da fé em sua pessoa. No cotidiano, isso se traduz em uma vida centrada em Jesus, marcada pela obediência, fé diante das dificuldades, compromisso com a transformação pessoal e engajamento ativo no mundo à luz do evangelho.
#9: Esse versículo faz parte de um discurso de Jesus sobre a gravidade do pecado e a necessidade de evitar tudo aquilo que nos afasta de Deus. Jesus utiliza uma linguagem hiperbólica e simbólica, não literal, para enfatizar a urgência e a radicalidade com que o pecado deve ser tratado.
Visão Batista
A doutrina batista entende que Jesus não está incentivando a automutilação física, mas sim ensinando que qualquer coisa - hábito, relacionamento, prática ou bem material - que nos leve ao pecado deve ser removida de nossas vidas, mesmo que isso seja difícil ou custoso. A ênfase está na santidade pessoal, na busca pela pureza espiritual e na disposição de tomar medidas drásticas para não cair em pecado.
A salvação é pela graça mediante a fé em Cristo, mas a santificação (o processo de se tornar mais semelhante a Cristo) exige decisões conscientes e firmes para afastar-se do pecado. O texto reforça a ideia de que não se deve tolerar "pecados de estimação" ou minimizar atitudes que desagradam a Deus.
Aplicação no Cotidiano
Princípios Práticos
Examinar a própria vida regularmente para identificar atitudes, ambientes ou relacionamentos que induzem ao pecado.
Estar disposto a abrir mão de hábitos, amizades, práticas ou até mesmo oportunidades que afastam de Deus, priorizando a saúde espiritual sobre o conforto ou prazer momentâneo.
Buscar ajuda e apoio na comunidade cristã para vencer tentações e manter-se firme na fé, valorizando a reconciliação e o perdão.
Praticar o arrependimento contínuo, reconhecendo a gravidade do pecado e a necessidade de mudança radical quando necessário.
Manter a Palavra de Deus como referência para decisões diárias, lembrando que a santidade é prioridade para quem deseja viver em comunhão com Deus.
Exemplo Prático
Se um cristão percebe que determinado ambiente, rede social ou amizade o leva constantemente a atitudes pecaminosas, a aplicação prática do ensino de Jesus seria afastar-se dessas influências, mesmo que isso traga desconforto ou perda social. O objetivo é preservar a integridade espiritual e a comunhão com Deus, reconhecendo que as consequências eternas são mais importantes que os ganhos temporários.
Resumo
Mateus 18:8 destaca a seriedade do pecado e a necessidade de medidas radicais para evitá-lo, utilizando a linguagem simbólica de Jesus para ensinar sobre santidade, arrependimento e prioridade da vida eterna sobre os prazeres momentâneos. No cotidiano, isso se traduz em decisões firmes para eliminar tudo que nos afasta de Deus, buscando sempre a pureza e a fidelidade ao Evangelho
#10:
Mateus 18:10 “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste”.
Mateus 18:10 é interpretado dentro de um contexto maior de ensino sobre humildade, cuidado e valor das pessoas consideradas “pequeninas” – crianças, mas também todos os que são frágeis, vulneráveis ou marginalizados na comunidade cristã. Jesus utiliza o exemplo de uma criança para ilustrar quem é grande no Reino dos Céus: aquele que se humilha e serve, e não quem busca posição ou poder.
Não se deve desprezar ou maltratar os “pequeninos”, pois eles são preciosos para Deus.
Deus está atento ao tratamento dado aos vulneráveis, e designa anjos para vigiá-los e protegê-los, evidenciando o valor que eles têm diante de Deus.
O contexto do capítulo reforça a importância da disciplina, perdão e reconciliação na comunidade, sempre com espírito de humildade e cuidado mútuo.
Anjos e Proteção
A menção de “anjos que veem a face do Pai” é entendida como um indicativo de que Deus cuida pessoalmente dos pequeninos através de Seus anjos. Isso é visto tanto como uma afirmação literal (anjos da guarda), quanto simbólica: Deus está atento e pronto a agir em favor dos vulneráveis.
Aplicação para os Dias de Hoje
A aplicação contemporânea desse ensino inclui:
Valorizar e proteger os vulneráveis: Crianças, pessoas em situação de fragilidade social, espiritual ou emocional devem ser acolhidas, respeitadas e protegidas pela igreja.
Combater o desprezo e o escândalo: A comunidade cristã deve evitar atitudes e práticas que levem os “pequeninos” a tropeçar na fé ou a serem desvalorizados.
Promover uma cultura de humildade e serviço: O maior no Reino é o que serve e cuida dos outros, especialmente dos que não podem retribuir.
Disciplina e perdão: O restante do capítulo 18 reforça a necessidade de disciplina justa e perdão mútuo, sempre visando a restauração e o bem dos mais frágeis.
Consciência da presença e ação de Deus: O cuidado dos anjos é um lembrete de que Deus vê e se importa com cada atitude nossa em relação aos outros, especialmente os mais vulneráveis.
#11:
Essa passagem é interpretada como uma demonstração do amor incondicional de Deus e da importância do resgate espiritual. Cada pessoa tem valor individual diante de Deus, e a comunidade cristã é chamada a buscar e restaurar aqueles que se afastam, refletindo o próprio coração do Pastor divino.
A igreja deve ser um ambiente de cuidado mútuo, onde o resgate do irmão afastado é prioridade, sempre com compaixão e disposição para perdoar
Mateus 18:12 é um chamado para que a igreja e cada cristão reflitam o amor de Deus, buscando e restaurando aqueles que se perdem, praticando o perdão e a reconciliação, e valorizando cada pessoa como única diante do Senhor. No cotidiano, isso se traduz em ações práticas de cuidado, evangelização, discipulado e humildade na liderança.
#12: Mateus 18:14-17 apresenta o ensino de Jesus sobre como lidar com pecados e conflitos dentro da comunidade cristã. O texto destaca o valor de cada pessoa diante de Deus (v.14), a busca ativa pela restauração do pecador (parábola da ovelha perdida, v.12-14) e, em seguida, o procedimento para correção e disciplina eclesiástica (v.15-17).
Interpretação
A autoridade das Escrituras e a autonomia da igreja local, entende Mateus 18:14-17 como a base bíblica para a prática da disciplina eclesiástica.
Esse processo é visto não como punição (ou julgamento), mas como um meio de restaurar o irmão que pecou e preservar a pureza e unidade da igreja.
O procedimento descrito por Jesus é pode ser entendido em quatro etapas:
Confronto particular: O ofendido procura o irmão em particular, buscando reconciliação e arrependimento.
Confronto com testemunhas: Se não houver arrependimento, leva-se uma ou duas pessoas para testemunhar a conversa e ajudar na restauração.
Apresentação à igreja: Persistindo o pecado, o caso é levado à assembleia da igreja.
Separação: Se ainda assim não houver arrependimento, o irmão é considerado como "gentio e publicano", ou seja, é excluído da comunhão, mas não do amor e das orações da igreja.
Essa compreensão é reforçada por teólogos batistas e sistematizada em documentos confessionais históricos, como a Declaração de Fé Batista, que afirma o dever da igreja de exercer disciplina com amor, visando sempre a restauração do pecador e a glória de Deus.
Aspectos Teológicos
Autoridade da Igreja: Mateus 18:18 (logo após o trecho citado) reforça que a igreja possui autoridade dada por Cristo para "ligar e desligar", ou seja, admitir ou excluir membros, com respaldo celestial, desde que siga os princípios bíblicos e a direção do Espírito Santo.
Restauração como objetivo: O foco não é a exclusão, mas a recuperação do irmão, refletindo o coração do Bom Pastor que busca a ovelha perdida (v.12-14).
Responsabilidade comunitária: O processo é comunitário e visa proteger a igreja de escândalos e promover a santidade do corpo de Cristo.
Aplicação para os Dias de Hoje
A aplicação contemporânea desse ensino permanece essencial para a saúde espiritual da igreja:
Resolução de Conflitos: O método de Jesus é um antídoto contra fofocas, divisões e justiça própria. Ele incentiva o diálogo direto, a humildade e a busca sincera pela reconciliação.
Disciplina com Graça: A disciplina não deve ser feita de forma legalista ou humilhante, mas com amor, oração e desejo de restauração, evitando exposições públicas desnecessárias e respeitando a dignidade do pecador.
Autonomia da Igreja Local: Cada igreja batista é responsável por aplicar esse ensino em sua comunidade, com assembleia democrática e liderança pastoral, sempre fundamentada na Bíblia.
Testemunho ao Mundo: Uma igreja que pratica a disciplina bíblica demonstra compromisso com a verdade, o amor e a pureza, servindo de testemunho ao mundo da diferença ética e espiritual do povo de Deus.
Resumo
Mateus 18:14-17 ensina que a disciplina eclesiástica é um processo bíblico, amoroso e restaurador, fundamental para a vida da igreja. Sua aplicação prática hoje exige coragem, humildade, graça e fidelidade às Escrituras, visando sempre a reconciliação e o fortalecimento da comunhão cristã.
#13: Teologia de Mateus 18:23-35
Interpretação da Parábola
A parábola do credor incompassivo (Mateus 18:23-35) é central sobre perdão e graça. O texto ensina que:
Deus é o Rei misericordioso: Assim como o rei da parábola, Deus perdoa uma dívida impagável, simbolizando o perdão total dos pecados por meio da graça. O ser humano, incapaz de quitar sua própria dívida espiritual, depende exclusivamente da misericórdia divina para ser salvo.
O perdão recebido exige perdão concedido: O servo perdoado, ao negar perdão ao seu semelhante, revela incoerência e falta de compreensão da graça recebida. Para os batistas, quem foi perdoado por Deus deve, por consequência, perdoar os outros, pois a experiência do perdão divino transforma o coração do crente e o capacita a agir com misericórdia.
Perdão como condição para comunhão com Deus: Enfatiza que o perdão não é apenas um ato moral, mas uma exigência espiritual. Jesus encerra a parábola afirmando que Deus também não perdoará quem não perdoa de coração ao seu irmão, evidenciando que a falta de perdão impede a comunhão plena com Deus.
“O perdão só existe em Deus, e por Deus nos é concedido para que perdoemos. O perdão é o meio divino de tornar nulos os nossos pecados. Deus quer a nossa participação. Necessitamos perdoar a quem nos ofendeu, e experimentar o verdadeiro arrependimento...”
Aspectos Teológicos
Graça e justificação: O perdão é fruto da graça, não de méritos humanos. A salvação é dom de Deus, e o perdão recebido deve ser replicado ao próximo.
Disciplina e vida comunitária: O contexto do capítulo 18 trata da vida em comunidade e da necessidade de restaurar relacionamentos rompidos pelo pecado, sempre buscando reconciliação antes de qualquer disciplina eclesiástica.
Transformação do coração: O perdão verdadeiro é “de coração”, não apenas formal ou superficial, e evidencia uma mudança interior operada pelo Espírito Santo.
Aplicação para os Dias de Hoje
Relevância Prática no Cotidiano
Viver o perdão como estilo de vida: A aplicação direta é a prática do perdão contínuo e ilimitado, não guardando mágoas ou ressentimentos. O perdão deve ser liberado “setenta vezes sete”, ou seja, sempre que necessário, refletindo o padrão de Deus para conosco.
Restauração de relacionamentos: Em tempos de polarização, conflitos familiares, e divisões nas igrejas, a mensagem de Mateus 18:23-35 desafia os cristãos a buscar reconciliação, restaurando laços rompidos e promovendo a paz.
Saúde emocional e espiritual: O ensino destaca que não perdoar prejudica mais quem guarda o ressentimento do que quem é o alvo da ofensa. O perdão liberta o ofensor e o ofendido, curando feridas emocionais e espirituais.
Testemunho cristão: A disposição para perdoar é um dos maiores testemunhos do Evangelho na sociedade. Cristãos que perdoam refletem o caráter de Cristo e atraem outros para a fé.
Em síntese, Mateus 18:23-35 é um chamado à graça vivida e compartilhada: quem foi perdoado por Deus deve perdoar sempre, tornando-se um canal da misericórdia divina para o mundo.
#14:
Em síntese, Mateus 18:23-35 é um chamado à graça vivida e compartilhada: quem foi perdoado por Deus deve perdoar sempre, tornando-se um canal da misericórdia divina para o mundo.
#15:Divórcio - tratamos em Mc 10.1-12
Teologia de Mateus 19:9-12 Segundo a Doutrina Batista
Visão Geral do Texto
Mateus 19:9-12 trata do ensino de Jesus sobre o divórcio, novo casamento e celibato. Jesus responde aos fariseus que perguntam se é permitido ao homem divorciar-se de sua mulher "por qualquer motivo". Ele reafirma o ideal divino do casamento como união indissolúvel, estabelecida desde a criação, mas apresenta uma exceção: "Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra, comete adultério" (v. 9). Nos versículos 10-12, Jesus fala sobre o celibato, dizendo que nem todos podem aceitar esse ensino, mas apenas aqueles a quem é concedido.
Doutrina Batista sobre Mateus 19:9-12
A tradição batista sustenta que:
O casamento é uma instituição divina, destinada a ser permanente e indissolúvel, conforme o propósito original de Deus revelado na criação.
O divórcio só é permitido em caso de infidelidade conjugal (adultério), com base na cláusula de exceção apresentada por Jesus em Mateus 19:9.
O novo casamento é permitido apenas à parte inocente, ou seja, àquele que não cometeu adultério, caso o divórcio tenha ocorrido por esse motivo.
Fora da exceção da infidelidade, qualquer divórcio seguido de novo casamento é considerado adultério, em conformidade com o ensino de Jesus e o sétimo mandamento ("não adulterarás").
O celibato, mencionado nos versículos 10-12, é visto como um dom especial dado por Deus a alguns, mas não é obrigatório para todos.
Aplicação para os Dias de Hoje
Na prática batista contemporânea, a aplicação desses princípios envolve:
Encorajamento à reconciliação e ao perdão no casamento, evitando o divórcio sempre que possível, conforme o chamado de Jesus para perdoar ilimitadamente.
Disciplina e acompanhamento pastoral para casais em crise, buscando restaurar relacionamentos quebrados e evitar que membros da igreja se tornem "ovelhas perdidas".
Reconhecimento do divórcio apenas em caso de infidelidade comprovada, sendo o novo casamento permitido somente à parte inocente.
Orientação pastoral para que membros divorciados e recasados fora da exceção bíblica reconheçam a gravidade do adultério, busquem arrependimento e restauração espiritual.
Valorização do celibato como vocação legítima para alguns, sem impor esse estilo de vida a todos, reconhecendo que o casamento continua sendo o padrão para a maioria dos cristãos.
"Jesus claramente diz NÃO ao divórcio. No verso 6 nenhuma exceção é registrada; no verso 12 uma única exceção possível é mencionada".
"No Sermão da Montanha, Jesus havia ensinado que o único motivo aceitável para se divorciar da esposa era a infidelidade".
Como entender o “eunuco de nascimento”?
Definição bíblica e contexto histórico
Na Bíblia, especialmente em Mateus 19:12, Jesus menciona três tipos de eunucos: os que nasceram assim (“eunucos de nascimento”), os que foram feitos eunucos por outros (castrados), e os que escolheram o celibato por motivos espirituais. O termo “eunuco”, no contexto bíblico e histórico, geralmente se refere a homens que, por castração ou condição congênita, não podiam ter relações sexuais ou gerar filhos.
Eunuco de nascimento é aquele que, desde o nascimento, não tem capacidade física ou desejo para relações sexuais. Isso pode se referir a pessoas com alguma condição biológica, malformação genital, intersexualidade ou mesmo ausência de desejo sexual (assexualidade). O termo também pode abranger quem, por natureza, não tem inclinação para o casamento ou para a vida sexual ativa.
“Eunucos de nascimento – homens que nascem sem capacidade ou sem vontade de ter relações sexuais”1.
Distinção de outros tipos de eunucos
Eunucos feitos por homens: São aqueles que foram castrados, geralmente para servirem em funções palacianas, como guardiões de haréns ou altos funcionários.
Eunucos voluntários: Pessoas que optam pelo celibato por motivos religiosos ou espirituais, dedicando-se inteiramente a Deus.
Eunuco de nascimento é homossexual?
A maioria dos estudiosos e fontes bíblicas rejeita a ideia de que “eunuco de nascimento” seja sinônimo de homossexualidade. Jesus, ao usar o termo, refere-se a pessoas incapazes de casar ou manter relações sexuais, seja por incapacidade física ou por ausência de desejo, e não a quem tem orientação homossexual. A homossexualidade, no contexto bíblico, não é equiparada à condição de eunuco de nascimento.
“Não, eunucos de nascimento não são homossexuais. Jesus estava falando sobre pessoas que não se casam nem têm relações sexuais, ou por incapacidade, ou por não terem essa inclinação”.
Implicações sociais e espirituais
Na sociedade antiga, a incapacidade de casar e gerar filhos era vista como uma marca de exclusão, mas Jesus inclui essas pessoas como parte do Reino de Deus, mostrando que o valor do indivíduo não está apenas na capacidade reprodutiva ou no cumprimento de papéis sociais tradicionais. O eunuco etíope batizado em Atos 8 é um exemplo de inclusão e aceitação espiritual.
Resumo
“Eunuco de nascimento” é quem nasce sem capacidade ou desejo sexual, por condição física ou psicológica, e não necessariamente por orientação homossexual.
Jesus reconhece e legitima a existência dessas pessoas, mostrando que o casamento e a sexualidade não são caminhos obrigatórios para todos.
O termo reflete realidades biológicas, sociais e espirituais, e não deve ser confundido com práticas ou identidades sexuais específicas.
#17: Teologia de Mateus 19:13-15 Segundo a Doutrina Batista
1. Interpretação Teológica Batista
A tradição batista, fundamentada na autoridade das Escrituras e na centralidade da conversão pessoal, interpreta Mateus 19:13-15 como um ensino claro sobre o valor espiritual das crianças e a natureza do Reino de Deus. Jesus recebe as crianças, repreende os discípulos que tentam impedi-las e afirma: “Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas”.
Para os batistas, essa passagem não é usada para fundamentar o batismo infantil, já que a doutrina batista defende o batismo de crentes, ou seja, apenas daqueles que professam conscientemente a fé em Cristo. O texto é visto como um chamado para:
Reconhecer o valor das crianças diante de Deus.
Enfatizar a necessidade de uma fé simples, humilde e dependente, como a de uma criança, para entrar no Reino dos Céus.
Ressaltar a responsabilidade dos adultos, especialmente dos pais e da igreja, de conduzir as crianças a Cristo, ensinando-as desde cedo sobre o evangelho e a vida cristã.
2. Princípios Chave Extraídos do Texto
Inclusão e Valor das Crianças: Jesus desafia a cultura de sua época, que via as crianças como insignificantes, e as coloca no centro do Reino, afirmando sua dignidade e potencial espiritual.
Natureza do Reino dos Céus: O Reino pertence aos que se aproximam de Deus com humildade, dependência e confiança, características exemplificadas pelas crianças.
Ação Pastoral: Jesus abençoa as crianças, mostrando que a bênção espiritual é fundamental e que os adultos devem buscar o bem-estar espiritual dos pequenos.
Aplicação no Cotidiano Segundo
1. Na Família
Os pais são incentivados a apresentar seus filhos a Jesus desde cedo, orando por eles e ensinando-os sobre a fé cristã, reconhecendo que as crianças podem experimentar uma relação genuína com Deus.
Valorizar o tempo de oração, leitura bíblica e participação das crianças nas atividades da igreja.
2. Na Igreja
A igreja deve ser um ambiente acolhedor para as crianças, investindo em ministérios infantis, escola bíblica e discipulado apropriado para cada faixa etária.
Reconhecer que as crianças fazem parte do corpo de Cristo e devem ser ativamente incluídas na vida comunitária.
3. No Testemunho Pessoal
O adulto é chamado a cultivar uma fé semelhante à das crianças: simples, confiante e humilde, evitando a autossuficiência e a arrogância espiritual.
Praticar a misericórdia e a paciência, especialmente no trato com os pequenos, lembrando que servir às crianças é servir ao próprio Cristo.
4. Na Sociedade
Defender os direitos, a dignidade e o bem-estar das crianças, combatendo abusos, negligência e qualquer forma de exclusão.
Promover valores cristãos no cuidado, educação e proteção das crianças, reconhecendo seu valor diante de Deus.
Resumo
Para a doutrina batista, Mateus 19:13-15 ensina que as crianças têm valor espiritual diante de Deus e que a fé genuína, necessária para entrar no Reino dos Céus, deve ser simples e humilde como a delas. A aplicação prática envolve acolher, ensinar e abençoar as crianças, além de cultivar uma fé dependente de Deus em todas as áreas da vida. Esse texto desafia tanto famílias quanto igrejas a priorizarem o cuidado espiritual dos pequenos e a refletirem a inclusão e o amor de Cristo em suas ações diárias.
#18:Mateus 19.28 como parte de um ensino mais amplo de Jesus sobre o discipulado, recompensa e o Reino de Deus. O texto está inserido no contexto da resposta de Jesus à pergunta de Pedro sobre a recompensa por ter deixado tudo para segui-lo. Jesus afirma que, na "regeneração" (ou seja, na restauração futura, quando o Reino de Deus for plenamente instaurado), os discípulos que o seguiram de fato terão uma posição de honra e autoridade, simbolizada pelos doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.
Renuncia a Favor do Reino
O seguimento verdadeiro de Cristo exige renúncia: deixar casas, famílias, posses e até mesmo sonhos pessoais, se necessário, para priorizar o Reino de Deus.
A recompensa prometida por Jesus não é apenas terrena, mas, sobretudo, escatológica: vida eterna e participação no governo do Reino de Deus.
O texto enfatiza a justiça de Deus, que não ignora o sacrifício e a fidelidade dos seus seguidores, mas promete recompensa adequada.
Aplicação no Cotidiano
A aplicação prática deste ensino envolve:
Discipulado autêntico: Os batistas entendem que seguir Jesus requer entrega total, disposição para abrir mão de interesses pessoais e confiar que Deus é fiel para recompensar cada sacrifício feito por amor a Cristo.
Prioridade do Reino: No cotidiano, isso significa colocar os valores do Reino acima dos valores materiais ou relacionamentos terrenos, sem negligenciar responsabilidades, mas reconhecendo que a fidelidade a Cristo está acima de tudo.
Esperança escatológica: O texto encoraja os crentes a perseverarem diante das dificuldades, lembrando que a recompensa final não é necessariamente nesta vida, mas está garantida na eternidade com Cristo.
Humildade e serviço: Jesus conclui a passagem dizendo que "muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros", ensinando que a verdadeira grandeza no Reino de Deus é marcada pela humildade e serviço, não pelo status ou reconhecimento humano.
Resumo doutrinário.
O chamado de Jesus é para todos, mas exige renúncia e compromisso total.
A recompensa é certa para os que perseveram, mas ela é definida por Deus e será plenamente manifesta na restauração final.
O discipulado é vivido diariamente, com escolhas que refletem a prioridade do Reino sobre os valores do mundo.
Em suma, Mateus 19.28, na teologia batista, reforça a importância do discipulado sacrificial, da esperança na recompensa futura e da centralidade do Reino de Deus na vida do cristão, com aplicação prática em escolhas diárias, valores e prioridades de quem deseja seguir Jesus de verdade.
#19:Mt 20.20-24
Teologia de Mateus 20.20-24
Contexto e Ensinamento Central
A mãe de Tiago e João pede a Jesus que seus filhos ocupem lugares de destaque em Seu reino. Jesus responde destacando que não cabe a Ele conceder tais posições, mas ao Pai, e que esses lugares são reservados àqueles para quem foram preparados. Ele também questiona se os discípulos estão prontos para "beber do cálice" que Ele beberia, referindo-se ao sofrimento e sacrifício que aguardavam aqueles que O seguissem.
A interpretação desse texto enfatiza:
O Reino de Deus não é sobre status ou poder terreno: Os discípulos, assim como muitos cristãos hoje, podem ser tentados a buscar posições de destaque ou reconhecimento. Jesus, porém, ensina que a verdadeira grandeza está no serviço humilde e sacrificial, não em autoridade ou privilégio.
Serviço e humildade como marcas do discípulo: O chamado de Jesus é para que seus seguidores sirvam uns aos outros, rejeitando a lógica mundana de liderança baseada em dominação e prestígio. A liderança cristã é servidora, refletindo o próprio exemplo de Cristo, que veio "não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20.28).
Soberania de Deus nas recompensas: Jesus deixa claro que a distribuição de honra no Reino pertence ao Pai. Isso reforça a soberania divina: Deus é quem determina os papéis e recompensas, e não cabe ao homem buscar glória para si.
Aplicação para os Dias de Hoje
1. Liderança e Serviço na Igreja e Sociedade
A passagem desafia líderes e membros das igrejas a rejeitarem qualquer busca por poder, cargos ou reconhecimento humano. O modelo de liderança cristã deve ser o serviço humilde, colocando as necessidades dos outros acima das próprias.
No contexto da igreja local, isso se traduz em ministérios que priorizam o cuidado, o ensino, a ajuda aos necessitados e a promoção da unidade, em vez de disputas por cargos ou influência.
2. Discipulado e Vida Cristã
O texto ensina que seguir a Cristo implica disposição para o sacrifício, inclusive sofrendo por amor ao Evangelho, assim como Tiago e João enfrentaram perseguição e martírio.
Somos chamados a examinar nossas motivações: buscando servir a Deus e ao próximo. A verdadeira recompensa é dada por Deus, e não pelos homens.
3. Contracultura Cristã
Em uma sociedade que valoriza o sucesso, o poder e a autopromoção, Mateus 20.20-24 propõe um caminho radicalmente oposto: grandeza pelo serviço e humildade.
Isso se aplica não só na igreja, mas também na família, no trabalho e na vida pública, onde o cristão é chamado a ser exemplo de serviço desinteressado.
“A verdadeira liderança no reino de Deus é marcada pela humildade e um coração de servo. Isso é contracultural e muitas vezes desafiador, mas é o caminho para a verdadeira grandeza”.
Resumo
A teologia de Mateus 20.20-24, destaca que o discipulado cristão é marcado por humildade, serviço e disposição para o sacrifício, rejeitando a busca por status e poder. A aplicação para os dias de hoje é clara: os cristãos são chamados a servir, não a dominar, tanto na igreja quanto na sociedade, confiando que Deus é quem recompensa segundo Sua vontade.