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O LIVRO DOS ESPÍRITOS
SEGUNDA PARTE:
Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos
Capítulo I: Dos Espíritos
ESCALA ESPÍRITA
Espíritos
Imperfeitos
Espíritos
Bons
Espíritos
Puros
Comunhão com Deus
O bem predomina
O mal predomina
Amor
Bondade
Desejo do bem
Inveja
Cobiça
Ciúme
Intriga
Ódio
Vingança
Sensualismo
Falta de fé
Maledicência
Orgulho
Egoísmo
Ignorância
1ª Ordem
2ª Ordem
3ª Ordem
Maldade
Leviandade
Allan Kardec: 100.
OBSERVAÇÕES PRELIMINARES.
A classificação dos Espíritos se baseia no grau de adiantamento deles, nas
qualidades que já adquiriram e nas imperfeições de que ainda terão de despojar-
se. Esta classificação, aliás, nada tem de absoluta. Apenas no seu conjunto cada
categoria apresenta caráter definido.
De um grau a outro a transição é insensível e, nos limites extremos, os matizes se
apagam, como nos reinos da Natureza, como nas cores do arco-íris, ou, também,
como nos diferentes períodos da vida do homem. Podem, pois, formar-se maior ou
menor número de classes, conforme o ponto de vista donde se considere a
questão. Dá-se aqui o que se dá com todos os sistemas de classificação científica,
que podem ser mais ou menos completos, mais ou menos racionais, mais ou
menos cômodos para a inteligência. Sejam, porém, quais forem, em nada alteram
as bases da ciência. Assim, é natural que inquiridos sobre este ponto, hajam os
Espíritos divergido quanto ao número das categorias, sem que isto tenha valor
algum.
Entretanto, não faltou quem se agarrasse a esta contradição aparente, sem
refletir que os Espíritos nenhuma importância ligam ao que é puramente
convencional. Para eles, o pensamento é tudo. Deixam-nos a nós a forma, a
escolha dos termos, as classificações, numa palavra, os sistemas.
Façamos ainda uma consideração que se não deve jamais perder de vista, a de
que entre os Espíritos, do mesmo modo que entre os homens, há os muito
ignorantes, de maneira que nunca serão demais as cautelas que se tomem
contra a tendência a crer que, por serem Espíritos, todos devam saber tudo.
Qualquer classificação exige método, análise e conhecimento aprofundado do
assunto. Ora no mundo dos Espíritos, os que possuem limitados conhecimentos
são, como neste mundo, os ignorantes, os inaptos a apreender uma síntese, a
formular um sistema. Só muito imperfeitamente percebem ou compreendem
uma classificação qualquer. Consideram da primeira categoria todos os Espíritos
que lhes são superiores, por não poderem apreciar as gradações de saber, de
capacidade e de moralidade que os distinguem, como sucede entre nós a um
homem rude com relação aos civilizados.
Mesmo os que sejam capazes de tal apreciação podem mostrar-se divergentes,
quanto às particularidades, conformemente aos pontos de vista em que se achem,
sobretudo se se trata de uma divisão, que nenhum cunho absoluto apresente.
Lineu, Jussieu e Tournefort tiveram cada um o seu método, sem que a Botânica
houvesse em consequência experimentado modificação alguma. É que nenhum
deles inventou as plantas, nem seus caracteres. Apenas observaram as analogias,
segundo as quais formaram os grupos ou classes. Foi assim que também nós
procedemos. Não inventamos os Espíritos, nem seus caracteres. Vimos e
observamos, julgamo-los pelas suas palavras e atos, depois os classificamos pelas
semelhanças, baseando-nos em dados que eles próprios nos forneceram.
Os Espíritos, em geral, admitem três categorias principais, ou três grandes
divisões. Na última, a que fica na parte inferior da escala, estão os Espíritos
imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o Espírito e pela
propensão para o mal. Os da segunda se caracterizam pela predominância do
Espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os bons Espíritos. A primeira,
finalmente, compreende os Espíritos puros, os que atingiram o grau supremo da
perfeição.
Esta divisão nos pareceu perfeitamente racional e com caracteres bem
positivados. Só nos restava pôr em relevo, mediante subdivisões em número
suficiente, os principais matizes do conjunto. Foi o que fizemos, com o
concurso dos Espíritos, cujas benévolas instruções jamais nos faltaram.
Com o auxílio desse quadro, fácil será determinar-se a ordem, assim como o
grau de superioridade ou de inferioridade dos que possam entrar em
relações conosco e, por conseguinte, o grau de confiança ou de estima que
mereçam. É, de certo modo, a chave da ciência espírita, porquanto só ele
pode explicar as anomalias que as comunicações apresentam, esclarecendo-
nos acerca das desigualdades intelectuais e morais dos Espíritos. Faremos,
todavia, notar que estes não ficam pertencendo, exclusivamente, a tal ou tal
classe. Sendo sempre gradual o progresso deles e muitas vezes mais
acentuado num sentido do que em outro, pode acontecer que muitos
reúnam em si os caracteres de várias categorias, o que seus atos e linguagem
tornam possível apreciar-se.
ESPÍR
ITOS
PURO
S
- Grau
supre
mo da
perfeiç
ão
BONS ESPÍRITOS
- Desejo do bem
- Predominância do Espírito
sobre a matéria
ESPÍRITOS IMPERFEITOS
- predominância da matéria sobre o Espírito
- Propensão para o mal
10ª - Espíritos impuros
9ª - Espíritos levianos
8ª - Espíritos pseudossábios
7ª - Espíritos neutros
6ª - Espíritos batedores e
perturbadores
5ª - Espíritos benévolos
4ª - Espíritos sábios
3ª - Espíritos de sabedoria
2ª - Espíritos superiores
1ª - Classe Única
TERCEIRA ORDEM
ESPÍRITOS IMPERFEITOS
Allan Kardec: 101. CARACTERES GERAIS.
Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão para o mal. Ignorância,
orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são consequentes.
Têm a intuição de Deus, mas não O compreendem.
Nem todos são essencialmente maus. Em alguns há mais leviandade, irreflexão
e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas,
pelo simples fato de não fazerem o bem, já denotam a sua inferioridade.
Outros, ao contrário, se comprazem no mal e rejubilam quando uma ocasião se
lhes depara de praticá-lo.
A inteligência pode achar-se neles aliada à maldade ou à malícia; seja, porém,
qual for o grau que tenham alcançado de desenvolvimento intelectual, suas
ideias são pouco elevadas e mais ou menos abjetos seus sentimentos.
Restritos conhecimentos têm das coisas do mundo espírita e o pouco que
sabem se confunde com as ideias e preconceitos da vida corporal.
Não nos podem dar mais do que noções errôneas e incompletas; entretanto, nas
suas comunicações, mesmo imperfeitas, o observador atento encontra a
confirmação das grandes verdades ensinadas pelos Espíritos superiores.
Na linguagem de que usam se lhes revela o caráter. Todo Espírito que, em suas
comunicações, revela um mau pensamento pode ser classificado na terceira
ordem. Conseguintemente, todo mau pensamento que nos é sugerido vem de um
Espírito desta ordem.
Eles veem a felicidade dos bons e esse espetáculo lhes constitui incessante
tormento, porque os faz experimentar todas as angústias que a inveja e o ciúme
podem causar.
Conservam a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corpórea e essa
impressão é muitas vezes mais penosa do que a realidade. Sofrem, pois,
verdadeiramente, pelos males de que padeceram em vida e pelos que ocasionam
aos outros. E, como sofrem por longo tempo, julgam que sofrerão para sempre.
Deus, para puni-los, quer que assim julguem.
Podem compor cinco classes principais.
https://tvmundomaior.com.br/espiritos-imperfeitos-a-terceira-ordem-da-escala-espirita/
•Espíritos impuros
•Espíritos levianos
•Espíritos pseudossábios
•Espíritos neutros
•Espíritos batedores e
perturbadores
ESPÍRITOS IMPUROS
Allan Kardec: 102
Décima classe: ESPÍRITOS IMPUROS
São inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas preocupações. Como
Espíritos, dão conselhos pérfidos, sopram a discórdia e a desconfiança e se
mascaram de todas as maneiras para melhor enganar.
Ligam-se aos homens de caráter bastante fraco para cederem às suas
sugestões, a fim de induzi-los à perdição, satisfeitos com o conseguirem
retardar-lhes o adiantamento, fazendo-os sucumbir nas provas por que
passam.
Nas manifestações dão-se a conhecer pela linguagem. A trivialidade e a
grosseria das expressões, nos Espíritos, como nos homens, é sempre indício
de inferioridade moral, senão também intelectual. Suas comunicações
exprimem a baixeza de seus pendores e, se tentam iludir, falando com
sensatez, não conseguem sustentar por muito tempo o papel e acabam
sempre por se traírem.
Alguns povos os arvoraram em divindades maléficas; outros os designam
pelos nomes de demônios, maus gênios, Espíritos do mal.
Quando encarnados, os seres vivos que eles constituem se mostram
propensos a todos os vícios geradores das paixões vis e degradantes: a
sensualidade, a crueldade, a felonia, a hipocrisia, a cupidez, a avareza
sórdida. Fazem o mal por prazer, as mais das vezes sem motivo, e, por ódio
ao bem, quase sempre escolhem suas vítimas entre as pessoas honestas. São
flagelos para a humanidade, pouco importando a categoria social a que
pertençam, e o verniz da civilização não os forra ao opróbrio e à ignomínia.
http://luzdoespiritismo.com/citacoes-imagens/citacoes-em-imagens-livro-dos-espiritos-questao-103
NONA CLASSE: ESPÍRITOS LEVIANOS
Allan Kardec: 103.
Nona classe. ESPÍRITOS LEVIANOS.
São ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros. Metem-se em tudo, a
tudo respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam de causar
pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de intrigar, de induzir maldosamente
em erro, por meio de mistificações e de espertezas. A esta classe pertencem
os Espíritos vulgarmente tratados de duendes, trasgos, gnomos, diabretes.
Acham-se sob a dependência dos Espíritos superiores, que muitas vezes os
empregam, como fazemos com os nossos servidores.
Em suas comunicações com os homens, a linguagem de que se servem é,
amiúde, espirituosa e faceta, mas quase sempre sem profundeza de ideias.
Aproveitam-se das esquisitices e dos ridículos humanos e os apreciam,
mordazes e satíricos. Se tomam nomes supostos, é mais por malícia do que
por maldade.
http://luzdoespiritismo.com/citacoes-imagens/citacoes-em-imagens-livro-dos-espiritos-questao-103
Allan Kardec: 104.
Oitava classe. ESPÍRITOS PSEUDOSSÁBIOS.
Dispõem de conhecimentos bastante amplos,
porém, creem saber mais do que realmente
sabem. Tendo realizado alguns progressos sob
diversos pontos de vista, a linguagem deles
aparenta um cunho de seriedade, de natureza a
iludir com respeito às suas capacidades e luzes.
Mas, em geral, isso não passa de reflexo dos
preconceitos e ideias sistemáticas que nutriam
na vida terrena. É uma mistura de algumas
verdades com os erros mais polpudos, através
dos quais penetram a presunção, o orgulho, o
ciúme e a obstinação, de que ainda não
puderam despir-se.
2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx
Allan Kardec: 105.
Sétima classe. ESPÍRITOS NEUTROS.
Nem bastante bons para fazerem o bem,
nem bastante maus para fazerem o mal.
Pendem tanto para um como para o outro
e não ultrapassam a condição comum da
Humanidade, quer no que concerne ao
moral, quer no que toca à inteligência.
Apegam-se às coisas deste mundo, de
cujas grosseiras alegrias sentem saudades.
2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx
Allan Kardec: 106.
Sexta classe. ESPÍRITOS BATEDORES
E PERTURBADORES.
Estes Espíritos, propriamente falando, não formam uma classe
distinta pelas suas qualidades pessoais. Podem caber em
todas as classes da terceira ordem. Manifestam geralmente
sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas,
movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos,
agitação do ar, etc. Afiguram-se, mais do que outros, presos à
matéria. Parecem ser os agentes principais das vicissitudes
dos elementos do globo, quer atuem sobre o ar, a água, o
fogo, os corpos duros, quer nas entranhas da terra.
Reconhece-se que esses fenômenos não derivam de uma
causa fortuita ou física, quando denotam caráter intencional e
inteligente. Todos os Espíritos podem produzir tais
fenômenos, mas os de ordem elevada os deixam, de
ordinário, como atribuições dos subalternos, mais aptos para
as coisas materiais do que para as coisas da inteligência;
quando julgam úteis as manifestações desse gênero, lançam
mão destes últimos como seus auxiliares.
2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx
• O mal é o objeto de suas preocupações;
• Sua linguagem é grosseira;
• Revela a baixeza de suas inclinações;
Espíritos Impuros
• São ignorantes e inconsequentes, mais maliciosos do que
propriamente maus;
• linguagem alegre, irônica e superficial;
Espíritos
Levianos
• Possuem grande conhecimento, mas julgam saber mais do que
sabem;
• Sua linguagem tem caráter sério, misturando verdades com suas
próprias paixões e preconceitos;
Espíritos
Pseudossábios
• Apegados às coisas do mundo, não são bons o suficiente para
praticarem o bem, nem maus bastante para fazerem o mal.
Espíritos Neutros
• Podem pertencer a todas as classes da Terceira Ordem;
• Sua presença manifesta-se por efeitos sensíveis e físicos, como
pancadas e deslocamento de corpos sólidos.
Espíritos
batedores e
perturbadores
SEGUNDA ORDEM
BONS ESPÍRITOS
Allan Kardec: 107. CARACTERES GERAIS
Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e
poderes para o bem estão em relação com o grau de adiantamento que
hajam alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais
avançados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda
completamente desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme a
categoria que ocupem, os traços da existência corporal, assim na forma da
linguagem, como nos hábitos, entre os quais se descobrem mesmo algumas
de suas manias. De outro modo, seriam Espíritos perfeitos.
Compreendem Deus e o infinito e já gozam da felicidade dos bons. São felizes
pelo bem que fazem e pelo mal que impedem. O amor que os une lhes é
fonte de inefável ventura, que não tem a perturbá-la nem a inveja, nem os
remorsos, nem nenhuma das más paixões que constituem o tormento dos
Espíritos imperfeitos. Todos, entretanto, ainda têm que passar por provas,
até que atinjam a perfeição.
Como Espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens da
senda do mal, protegem na vida os que se lhes mostram dignos de
proteção e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre
aqueles a quem não é grato sofrê-la.
Quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus
semelhantes. Não os movem o orgulho, nem o egoísmo, ou a ambição.
Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo
bem.
A esta ordem pertence os Espíritos designados, nas crenças vulgares,
pelos nomes de bons gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Em
épocas de superstições e de ignorância, eles hão sido elevados à
categoria de divindades benfazejas.
Podem ser divididos em quatro grupos principais:
ESPÍRITOS
BENÉVOLOS
ESPÍRITOS DE
SABEDORIA
ESPÍRITOS
SÁBIOS
ESPÍRITOS
SUPERIORES
ALLAN KARDEC.: 108.
Quinta classe. ESPÍRITOS BENÉVOLOS.
A bondade é neles a qualidade dominante.
Apraz-lhes prestar serviço aos homens e protegê-
los.
Limitados, porém, são os seus conhecimentos.
Hão progredido mais no sentido moral do que no
sentido intelectual.
2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx
Distinguem-se pela amplitude de
seus conhecimentos. Preocupam-
se menos com as questões morais,
do que com as de natureza
científica, para as quais têm maior
aptidão. Entretanto, só encaram a
ciência do ponto de vista da sua
utilidade e jamais dominados por
quaisquer paixões próprias dos
Espíritos imperfeitos.
ALLAN KARDEC: 109.
Quarta classe. ESPÍRITOS
SÁBIOS.
2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx
ALLAN KARDEC: 110.
Terceira classe. ESPÍRITOS DE SABEDORIA.
As qualidades morais da ordem
mais elevada são o que os
caracteriza. Sem possuírem
ilimitados conhecimentos, são
dotados de uma capacidade
intelectual que lhes faculta juízo
reto sobre os homens e as coisas.
2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx
Esses em si reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Da linguagem que
empregam se exala sempre a benevolência; é uma linguagem invariavelmente
digna, elevada e, muitas vezes, sublime. Sua superioridade os torna mais
aptos do que os outros a nos darem noções exatas sobre as coisas do mundo
incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber.
Comunicam-se complacentemente com os que procuram de boa-fé a verdade
e cuja alma já está bastante desprendida das ligações terrenas para
compreendê-la. Afastam-se, porém, daqueles a quem só a curiosidade
impele, ou que, por influência da matéria, fogem à prática do bem.
Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso
e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a Humanidade pode aspirar
neste mundo.
ALLAN KARDEC: 111.
Segunda classe. ESPÍRITOS SUPERIORES.
2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx
PRIMEIRA ORDEM
ESPÍRITOS PUROS
ALLAN KARDEC: 112.
CARACTERES GERAIS
Nenhuma influência da matéria.
Superioridade intelectual e
moral absoluta, com relação aos
Espíritos das outras ordens.
Allan Kardec: 113.
Primeira classe. Classe única.
Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se
despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de
perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas,
nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos
perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.
Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às
necessidades, nem às vicissitudes da vida material. Essa felicidade, porém,
não é a ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua contemplação.
Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam
para manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos
que lhes são inferiores, auxiliam-nos na obra de seu aperfeiçoamento e
lhes designam as suas missões.
Assistir os homens nas suas aflições,
concitá-los ao bem ou à expiação das faltas
que os conservem distanciados da suprema
felicidade, constitui para eles ocupação
gratíssima. São designados às vezes pelos
nomes de anjos, arcanjos ou serafins.
Podem os homens pôr-se em comunicação
com eles, mas extremamente presunçoso
seria aquele que pretendesse tê-los
constantemente às suas ordens.
https://luzdoespiritismo.com/?s=Questão+113
2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx
CRÉDITOS:
Formatação: Marta Gomes P. Miranda
Referências:
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de
Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2018.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 365ª Ed.
Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP:
IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras – SP: IDE,
2008.
XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. 21ª ed. Brasília: FEB, 1995.
XAVIER, Chico. Libertação. 33ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. Nosso Lar. 61ª ed. Brasília: FEB, 2010. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. Obreiros da Vida Eterna. 35ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz.
2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx
Centro Espírita “Joana D’arc”
Rua Ormindo Pires de Amorim, 1516
Jardim Marajó – Rondonópolis – MT
2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx

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2.1.4 - Escala Espírita - Ordens e classes.pptx

  • 1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS SEGUNDA PARTE: Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos
  • 2. Capítulo I: Dos Espíritos ESCALA ESPÍRITA
  • 3. Espíritos Imperfeitos Espíritos Bons Espíritos Puros Comunhão com Deus O bem predomina O mal predomina Amor Bondade Desejo do bem Inveja Cobiça Ciúme Intriga Ódio Vingança Sensualismo Falta de fé Maledicência Orgulho Egoísmo Ignorância 1ª Ordem 2ª Ordem 3ª Ordem Maldade Leviandade
  • 4. Allan Kardec: 100. OBSERVAÇÕES PRELIMINARES. A classificação dos Espíritos se baseia no grau de adiantamento deles, nas qualidades que já adquiriram e nas imperfeições de que ainda terão de despojar- se. Esta classificação, aliás, nada tem de absoluta. Apenas no seu conjunto cada categoria apresenta caráter definido. De um grau a outro a transição é insensível e, nos limites extremos, os matizes se apagam, como nos reinos da Natureza, como nas cores do arco-íris, ou, também, como nos diferentes períodos da vida do homem. Podem, pois, formar-se maior ou menor número de classes, conforme o ponto de vista donde se considere a questão. Dá-se aqui o que se dá com todos os sistemas de classificação científica, que podem ser mais ou menos completos, mais ou menos racionais, mais ou menos cômodos para a inteligência. Sejam, porém, quais forem, em nada alteram as bases da ciência. Assim, é natural que inquiridos sobre este ponto, hajam os Espíritos divergido quanto ao número das categorias, sem que isto tenha valor algum.
  • 5. Entretanto, não faltou quem se agarrasse a esta contradição aparente, sem refletir que os Espíritos nenhuma importância ligam ao que é puramente convencional. Para eles, o pensamento é tudo. Deixam-nos a nós a forma, a escolha dos termos, as classificações, numa palavra, os sistemas. Façamos ainda uma consideração que se não deve jamais perder de vista, a de que entre os Espíritos, do mesmo modo que entre os homens, há os muito ignorantes, de maneira que nunca serão demais as cautelas que se tomem contra a tendência a crer que, por serem Espíritos, todos devam saber tudo. Qualquer classificação exige método, análise e conhecimento aprofundado do assunto. Ora no mundo dos Espíritos, os que possuem limitados conhecimentos são, como neste mundo, os ignorantes, os inaptos a apreender uma síntese, a formular um sistema. Só muito imperfeitamente percebem ou compreendem uma classificação qualquer. Consideram da primeira categoria todos os Espíritos que lhes são superiores, por não poderem apreciar as gradações de saber, de capacidade e de moralidade que os distinguem, como sucede entre nós a um homem rude com relação aos civilizados.
  • 6. Mesmo os que sejam capazes de tal apreciação podem mostrar-se divergentes, quanto às particularidades, conformemente aos pontos de vista em que se achem, sobretudo se se trata de uma divisão, que nenhum cunho absoluto apresente. Lineu, Jussieu e Tournefort tiveram cada um o seu método, sem que a Botânica houvesse em consequência experimentado modificação alguma. É que nenhum deles inventou as plantas, nem seus caracteres. Apenas observaram as analogias, segundo as quais formaram os grupos ou classes. Foi assim que também nós procedemos. Não inventamos os Espíritos, nem seus caracteres. Vimos e observamos, julgamo-los pelas suas palavras e atos, depois os classificamos pelas semelhanças, baseando-nos em dados que eles próprios nos forneceram. Os Espíritos, em geral, admitem três categorias principais, ou três grandes divisões. Na última, a que fica na parte inferior da escala, estão os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o Espírito e pela propensão para o mal. Os da segunda se caracterizam pela predominância do Espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os bons Espíritos. A primeira, finalmente, compreende os Espíritos puros, os que atingiram o grau supremo da perfeição.
  • 7. Esta divisão nos pareceu perfeitamente racional e com caracteres bem positivados. Só nos restava pôr em relevo, mediante subdivisões em número suficiente, os principais matizes do conjunto. Foi o que fizemos, com o concurso dos Espíritos, cujas benévolas instruções jamais nos faltaram. Com o auxílio desse quadro, fácil será determinar-se a ordem, assim como o grau de superioridade ou de inferioridade dos que possam entrar em relações conosco e, por conseguinte, o grau de confiança ou de estima que mereçam. É, de certo modo, a chave da ciência espírita, porquanto só ele pode explicar as anomalias que as comunicações apresentam, esclarecendo- nos acerca das desigualdades intelectuais e morais dos Espíritos. Faremos, todavia, notar que estes não ficam pertencendo, exclusivamente, a tal ou tal classe. Sendo sempre gradual o progresso deles e muitas vezes mais acentuado num sentido do que em outro, pode acontecer que muitos reúnam em si os caracteres de várias categorias, o que seus atos e linguagem tornam possível apreciar-se.
  • 8. ESPÍR ITOS PURO S - Grau supre mo da perfeiç ão BONS ESPÍRITOS - Desejo do bem - Predominância do Espírito sobre a matéria ESPÍRITOS IMPERFEITOS - predominância da matéria sobre o Espírito - Propensão para o mal 10ª - Espíritos impuros 9ª - Espíritos levianos 8ª - Espíritos pseudossábios 7ª - Espíritos neutros 6ª - Espíritos batedores e perturbadores 5ª - Espíritos benévolos 4ª - Espíritos sábios 3ª - Espíritos de sabedoria 2ª - Espíritos superiores 1ª - Classe Única
  • 10. Allan Kardec: 101. CARACTERES GERAIS. Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são consequentes. Têm a intuição de Deus, mas não O compreendem. Nem todos são essencialmente maus. Em alguns há mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, pelo simples fato de não fazerem o bem, já denotam a sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e rejubilam quando uma ocasião se lhes depara de praticá-lo. A inteligência pode achar-se neles aliada à maldade ou à malícia; seja, porém, qual for o grau que tenham alcançado de desenvolvimento intelectual, suas ideias são pouco elevadas e mais ou menos abjetos seus sentimentos. Restritos conhecimentos têm das coisas do mundo espírita e o pouco que sabem se confunde com as ideias e preconceitos da vida corporal.
  • 11. Não nos podem dar mais do que noções errôneas e incompletas; entretanto, nas suas comunicações, mesmo imperfeitas, o observador atento encontra a confirmação das grandes verdades ensinadas pelos Espíritos superiores. Na linguagem de que usam se lhes revela o caráter. Todo Espírito que, em suas comunicações, revela um mau pensamento pode ser classificado na terceira ordem. Conseguintemente, todo mau pensamento que nos é sugerido vem de um Espírito desta ordem. Eles veem a felicidade dos bons e esse espetáculo lhes constitui incessante tormento, porque os faz experimentar todas as angústias que a inveja e o ciúme podem causar. Conservam a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corpórea e essa impressão é muitas vezes mais penosa do que a realidade. Sofrem, pois, verdadeiramente, pelos males de que padeceram em vida e pelos que ocasionam aos outros. E, como sofrem por longo tempo, julgam que sofrerão para sempre. Deus, para puni-los, quer que assim julguem. Podem compor cinco classes principais.
  • 14. Allan Kardec: 102 Décima classe: ESPÍRITOS IMPUROS São inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas preocupações. Como Espíritos, dão conselhos pérfidos, sopram a discórdia e a desconfiança e se mascaram de todas as maneiras para melhor enganar. Ligam-se aos homens de caráter bastante fraco para cederem às suas sugestões, a fim de induzi-los à perdição, satisfeitos com o conseguirem retardar-lhes o adiantamento, fazendo-os sucumbir nas provas por que passam. Nas manifestações dão-se a conhecer pela linguagem. A trivialidade e a grosseria das expressões, nos Espíritos, como nos homens, é sempre indício de inferioridade moral, senão também intelectual. Suas comunicações exprimem a baixeza de seus pendores e, se tentam iludir, falando com sensatez, não conseguem sustentar por muito tempo o papel e acabam sempre por se traírem.
  • 15. Alguns povos os arvoraram em divindades maléficas; outros os designam pelos nomes de demônios, maus gênios, Espíritos do mal. Quando encarnados, os seres vivos que eles constituem se mostram propensos a todos os vícios geradores das paixões vis e degradantes: a sensualidade, a crueldade, a felonia, a hipocrisia, a cupidez, a avareza sórdida. Fazem o mal por prazer, as mais das vezes sem motivo, e, por ódio ao bem, quase sempre escolhem suas vítimas entre as pessoas honestas. São flagelos para a humanidade, pouco importando a categoria social a que pertençam, e o verniz da civilização não os forra ao opróbrio e à ignomínia.
  • 18. Allan Kardec: 103. Nona classe. ESPÍRITOS LEVIANOS. São ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros. Metem-se em tudo, a tudo respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de intrigar, de induzir maldosamente em erro, por meio de mistificações e de espertezas. A esta classe pertencem os Espíritos vulgarmente tratados de duendes, trasgos, gnomos, diabretes. Acham-se sob a dependência dos Espíritos superiores, que muitas vezes os empregam, como fazemos com os nossos servidores. Em suas comunicações com os homens, a linguagem de que se servem é, amiúde, espirituosa e faceta, mas quase sempre sem profundeza de ideias. Aproveitam-se das esquisitices e dos ridículos humanos e os apreciam, mordazes e satíricos. Se tomam nomes supostos, é mais por malícia do que por maldade.
  • 20. Allan Kardec: 104. Oitava classe. ESPÍRITOS PSEUDOSSÁBIOS. Dispõem de conhecimentos bastante amplos, porém, creem saber mais do que realmente sabem. Tendo realizado alguns progressos sob diversos pontos de vista, a linguagem deles aparenta um cunho de seriedade, de natureza a iludir com respeito às suas capacidades e luzes. Mas, em geral, isso não passa de reflexo dos preconceitos e ideias sistemáticas que nutriam na vida terrena. É uma mistura de algumas verdades com os erros mais polpudos, através dos quais penetram a presunção, o orgulho, o ciúme e a obstinação, de que ainda não puderam despir-se.
  • 22. Allan Kardec: 105. Sétima classe. ESPÍRITOS NEUTROS. Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal. Pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a condição comum da Humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca à inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem saudades.
  • 24. Allan Kardec: 106. Sexta classe. ESPÍRITOS BATEDORES E PERTURBADORES. Estes Espíritos, propriamente falando, não formam uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais. Podem caber em todas as classes da terceira ordem. Manifestam geralmente sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar, etc. Afiguram-se, mais do que outros, presos à matéria. Parecem ser os agentes principais das vicissitudes dos elementos do globo, quer atuem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros, quer nas entranhas da terra. Reconhece-se que esses fenômenos não derivam de uma causa fortuita ou física, quando denotam caráter intencional e inteligente. Todos os Espíritos podem produzir tais fenômenos, mas os de ordem elevada os deixam, de ordinário, como atribuições dos subalternos, mais aptos para as coisas materiais do que para as coisas da inteligência; quando julgam úteis as manifestações desse gênero, lançam mão destes últimos como seus auxiliares.
  • 26. • O mal é o objeto de suas preocupações; • Sua linguagem é grosseira; • Revela a baixeza de suas inclinações; Espíritos Impuros • São ignorantes e inconsequentes, mais maliciosos do que propriamente maus; • linguagem alegre, irônica e superficial; Espíritos Levianos • Possuem grande conhecimento, mas julgam saber mais do que sabem; • Sua linguagem tem caráter sério, misturando verdades com suas próprias paixões e preconceitos; Espíritos Pseudossábios • Apegados às coisas do mundo, não são bons o suficiente para praticarem o bem, nem maus bastante para fazerem o mal. Espíritos Neutros • Podem pertencer a todas as classes da Terceira Ordem; • Sua presença manifesta-se por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas e deslocamento de corpos sólidos. Espíritos batedores e perturbadores
  • 28. Allan Kardec: 107. CARACTERES GERAIS Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e poderes para o bem estão em relação com o grau de adiantamento que hajam alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais avançados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme a categoria que ocupem, os traços da existência corporal, assim na forma da linguagem, como nos hábitos, entre os quais se descobrem mesmo algumas de suas manias. De outro modo, seriam Espíritos perfeitos. Compreendem Deus e o infinito e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem e pelo mal que impedem. O amor que os une lhes é fonte de inefável ventura, que não tem a perturbá-la nem a inveja, nem os remorsos, nem nenhuma das más paixões que constituem o tormento dos Espíritos imperfeitos. Todos, entretanto, ainda têm que passar por provas, até que atinjam a perfeição.
  • 29. Como Espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens da senda do mal, protegem na vida os que se lhes mostram dignos de proteção e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles a quem não é grato sofrê-la. Quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não os movem o orgulho, nem o egoísmo, ou a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem. A esta ordem pertence os Espíritos designados, nas crenças vulgares, pelos nomes de bons gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Em épocas de superstições e de ignorância, eles hão sido elevados à categoria de divindades benfazejas. Podem ser divididos em quatro grupos principais:
  • 31. ALLAN KARDEC.: 108. Quinta classe. ESPÍRITOS BENÉVOLOS. A bondade é neles a qualidade dominante. Apraz-lhes prestar serviço aos homens e protegê- los. Limitados, porém, são os seus conhecimentos. Hão progredido mais no sentido moral do que no sentido intelectual.
  • 33. Distinguem-se pela amplitude de seus conhecimentos. Preocupam- se menos com as questões morais, do que com as de natureza científica, para as quais têm maior aptidão. Entretanto, só encaram a ciência do ponto de vista da sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixões próprias dos Espíritos imperfeitos. ALLAN KARDEC: 109. Quarta classe. ESPÍRITOS SÁBIOS.
  • 35. ALLAN KARDEC: 110. Terceira classe. ESPÍRITOS DE SABEDORIA. As qualidades morais da ordem mais elevada são o que os caracteriza. Sem possuírem ilimitados conhecimentos, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes faculta juízo reto sobre os homens e as coisas.
  • 37. Esses em si reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Da linguagem que empregam se exala sempre a benevolência; é uma linguagem invariavelmente digna, elevada e, muitas vezes, sublime. Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros a nos darem noções exatas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber. Comunicam-se complacentemente com os que procuram de boa-fé a verdade e cuja alma já está bastante desprendida das ligações terrenas para compreendê-la. Afastam-se, porém, daqueles a quem só a curiosidade impele, ou que, por influência da matéria, fogem à prática do bem. Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a Humanidade pode aspirar neste mundo. ALLAN KARDEC: 111. Segunda classe. ESPÍRITOS SUPERIORES.
  • 40. ALLAN KARDEC: 112. CARACTERES GERAIS Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.
  • 41. Allan Kardec: 113. Primeira classe. Classe única. Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus. Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material. Essa felicidade, porém, não é a ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos que lhes são inferiores, auxiliam-nos na obra de seu aperfeiçoamento e lhes designam as suas missões.
  • 42. Assistir os homens nas suas aflições, concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os conservem distanciados da suprema felicidade, constitui para eles ocupação gratíssima. São designados às vezes pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins. Podem os homens pôr-se em comunicação com eles, mas extremamente presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.
  • 45. CRÉDITOS: Formatação: Marta Gomes P. Miranda Referências: KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2018. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras – SP: IDE, 2008. XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. 21ª ed. Brasília: FEB, 1995. XAVIER, Chico. Libertação. 33ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Nosso Lar. 61ª ed. Brasília: FEB, 2010. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Obreiros da Vida Eterna. 35ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz.
  • 47. Centro Espírita “Joana D’arc” Rua Ormindo Pires de Amorim, 1516 Jardim Marajó – Rondonópolis – MT