AGRISSÊNIOR
NOTÍCIAS
Pasquim informativo virtual.
Opiniões, humor e mensagens.
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias :jeffcdiass@gmail.com)
Edição 448 – ANO X Nº 12 – 09 de outubro de 2013
PÁ DE CAL NA REFORMA AGRÁRIA
21 de setembro de 2013
Zander Navarro - O Estado de S.Paulo
Usei o mesmo título em artigo publicado em
1986, indignado com a afronta do governo
Sarney ao nomear um latifundiário para o
INCRA. Naquela década me envolvera no
ativismo a favor da reforma agrária. Não
obstante o anúncio pessimista, o esforço do
conjunto de militantes contribuiu para animar
a única política de redistribuição de terras já
feita no Brasil, iniciada em 1996. Desde
então, em torno de 1 milhão de famílias
recebeu suas parcelas e aproximados 80
milhões de hectares foram arrecadados para
constituir os assentamentos rurais - mais de
três vezes a área de São Paulo.
Mantenho o título acima porque é preciso
reconhecer desapaixonadamente o fato,
agora definitivo: morreu a reforma agrária
brasileira. Falta apenas alguma autoridade
intimorata para presidir a solenidade de
despedida. Atualmente a ação governamental
nesse campo é um dispendioso e
inacreditável faz de conta, sendo urgente a
sua interrupção.
Muitos motivos feriram mortalmente a reforma
agrária, mas alguns são mais reveladores. O
primeiro é de cristalina obviedade, mas muitos
fingem ignorá-lo: nenhuma política pública é
eterna, pois se conforma às contínuas mutações
da sociedade. O tema foi popular nas décadas
de 1950 e 1960, e surpreendeu que na virada do
século o Brasil patrocinasse uma vigorosa
redistribuição de terras, um caso raro no mundo.
Mas é particularidade que se esgotou.
Seria sensato manter essa política
indefinidamente, quando o antigo País
agrícola e agrário passou a ser conduzido
pela lógica econômica e cultural das cidades,
atraindo os migrantes rurais? A mudança
espacial de moradia, de trabalho, de formas
de vida e também de mentalidades da vasta
maioria da população, no último meio século,
liquidou a necessidade de democratizar a
distribuição fundiária e sua demanda sumiu
da agenda política, corroída pela acelerada
urbanização.
Outro fator a ser considerado diz respeito às
organizações que demandam reforma agrária,
responsáveis pelas pressões que ativaram
esta recente "bolha" redistributiva. O MST
agoniza simultaneamente ao
desaparecimento da reforma agrária, a razão
de seu nascimento. Não soube refundar-se
nessa nova fase do desenvolvimento agrário
e vai se apagando melancolicamente. Seu
consolo é que fará boa figura nos livros de
História. E a Contag, poderosa em razão de
sua capilaridade, insiste na bandeira
empurrada somente pela tradição. Seus
dirigentes sabem ser outro o maior desafio:
tentar salvar da desistência os milhares de
pequenos produtores ameaçados pelo
acirramento concorrencial instalado no
campo. Uma outra razão a ser considerada
decorre do desempenho da agropecuária no
mesmo período, o qual inundou os mercados
com volumes crescentes e, graças ao
espetacular aumento da produtividade,
barateou os alimentos. Tal transformação
eliminou o velho argumento econômico da
necessidade da reforma agrária e, se a
população rural mais pobre migrou para as
cidades, igualmente a justificativa social
deixou de existir.
Mas há ainda um aspecto decisivo: oferecer
uma parcela de terra a famílias rurais não
produz mais nenhum efeito prático, apenas
garante uma sobrevida temporária. Em nossos
dias, chegar à terra própria nada significa para
os mais pobres do campo. Produzirá a chance
do autoconsumo ocasional, antes do abandono
definitivo da terra, como evidenciado na maioria
dos assentamentos rurais. De fato, trata-se de
dura vilania política, pois, enquanto a miséria no
campo se esconde atrás das muletas das
políticas sociais, o governo federal coleta
números destinados meramente ao autoelogio.
Por tudo isso, a reforma agrária brasileira
concluiu o seu ciclo de vida. Do ponto de vista
econômico e produtivo, seu fracasso é
assombroso, pois a área total dos
assentamentos é maior do que a área
plantada de todos os cultivos nos demais
estabelecimentos rurais. Mas, com surpresa,
nada sabemos especificamente sobre a
produção dos assentamentos, enquanto a
agricultura brasileira se tornou uma das mais
eficientes do mundo. É um confronto
estatístico que desmoraliza qualquer defesa
de tal política. Persistir em sua continuidade,
portanto, beira a completa insanidade.
E o Incra e seu gigantesco orçamento,
tornado inútil sob tal desenvolvimento? O
caminho lógico seria a sua extinção, mas
talvez fosse adequado transformá-lo num
instituto de terras que realizasse as "tarefas
finais", como a definitiva emancipação dos
assentamentos, retirando a tutela do Estado,
a regularização fundiária ou a organização
das ainda ficcionais estatísticas cadastrais
que diz compilar. Já o Ministério do
Desenvolvimento Agrário, preso à sua
anacrônica hibernação, mantém-se
impassível ante a notícia acima e persevera
em fantasias para justificar o clamoroso
desperdício de vultosos recursos públicos, na
tentativa de realizar o irrealizável. Ainda mais
espantoso, tenta ressuscitar o que já morreu.
Resta saber se a autoridade maior do País
terá a coragem de finalizar este capítulo de
nossa História.
Distintos são os desafios atuais para criar
prosperidade e oportunidades no campo.
Requer aceitar que a pobreza rural se
resolverá, sobretudo, nas cidades e com
outras políticas. E também que não existem
soluções exclusivamente agrícolas para parte
considerável dos estabelecimentos rurais de
menor porte. Portanto, é preciso construir
uma estratégia de desenvolvimento rural
radicalmente inovadora. Mas para isso é
preciso primeiramente abrir as mentes, pois a
ortodoxia e a ideologização dominantes nos
deixam sem rumo algum. Enquanto isso,
afirmam-se o esvaziamento do campo e a
incontrastável dominação da agricultura de
larga escala modernizada e integrada aos
mercados mundiais.
Eis o nosso futuro rural: uma fabulosa
máquina de produção de riqueza, mas
fortemente concentrada, pois seria assentada
num deserto demográfico
(Enviado por Zeuller Navarro).
O SILÊNCIO DAS RUAS
Aix Canto Pereira
bastou as ruas silenciarem,
bastou os jovens se recolherem,
bastou, enfim, que voltássemos
à improdutiva postura de alienados,
bastou, simplesmente, que calássemos,
para que as mentiras voltassem
desfraldadas, sem vergonha e sem pudor,
pelos "arautos" do poder.
Com tudo isso a "presidente"
voltou ao pódio da "popularidade",
ostentando, com garbo, índices ufanistas.
Bastou que desfraldasse
a bandeira da "segurança"
de nossas polpudas "contas nacionais",
vociferando contra as "bisbilhotices"
americanas,
para que voltasse a ter o perfil
de sóbria e de defensora
dos direitos pátrios nossos.
E, assim, infelizmente, continuaremos
a ser manipulados pela mídia oficial,
a partir do "quartel general" do poder,
onde se escrevem e se elaboram
as propagandas que afagam
o "ego tupiniquim" de um pais de vanguarda.
Somos um pais de vanguarda,
onde o sistema de saúde é ágil e humano;
onde as escolas estão em belo estado,
e nelas imperam o respeito pelo professor;
onde a economia gira
sem os créditos oficiais subsidiados;
onde a segurança nos permite
caminhar e viver tranquilamente;
onde os nossos direito mais rudimentares
têm o anteparo protetor das Leis;
e, onde a figura de um Congresso
é vista, com respeito, como vigilante
de regras constitucionais!!!
Enfim, voltamos a fica calados,
mas com o nosso ego inflado,
pois caminhamos em direção
das grandes competições populistas;
teremos pela frente oportunidades incríveis
em que o Pais voltará
a calçar as "chuteiras" da redenção,
e ostentará as "medalhas" em peitos
apolíneos
alimentados que foram
pelas vitaminas da mentira.
Poderemos até reivindicar,
virtualmente, como "leões",
mas, materialmente, continuaremos
a votar como "jumentos".
Como disse alguém, não sei quando,
"mesmo que esteja com arreios de ouro,
o asno será sempre um asno".
E vamos tocando a vida!!!
Os sinos do Natal de longe repicam,
anunciando também taxas elevadas
de consumo de quinquilharias coloridas;
as "quadras das escolas de samba"
de há muito já estão lotadas
treinando as suas "alas"
com garbo tupiniquim.
CORA CORALINA
”Eu não tenho medo dos anos e não penso
em velhice. E digo prá você: não pense.
Nunca diga estou envelhecendo ou estou
ficando velha.
Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo
pouco. É claro que quando preciso de ajuda,
eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os
fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades
da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O
bom é produzir sempre e não dormir de dia.
Também não diga prá você que está ficando
esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre:
estou ótima. Eu não digo nunca que estou
cansada.
Nada de palavra negativa.
Quanto mais você diz estar ficando cansada e
esquecida, mais esquecida fica. Você vai se
convencendo daquilo e convence os outros.
Então silêncio! Sei que tenho muitos anos.
Sei que venho do século passado, e que trago
comigo todas as idades, mas não sei se sou
velha não.
Você acha que eu sou? Tenho consciência de
ser autêntica e procuro superar todos os dias
minha própria personalidade, despedaçando
dentro de mim tudo que é velho e morto, pois
lutar é a palavra vibrante que levanta os
fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de
sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes
de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança. Penso no
que faço com fé. Faço o que devo fazer, com
amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois
bondade também se aprende."
(Enviada por Alício Rocha)
LIMITAÇÕES DO ENVELHECIMENTO
Thereza Freire Vieira (*)
Melhor é corrigir anormalidades, à medida
que forem surgindo
O envelhecimento traz consigo limitações,
menores ou maiores, e não acontece sempre
da mesma maneira nos vários tecidos,
vísceras, sistemas ou aparelhos. Importante é
que, à medida que as anormalidades vão
surgindo, sejam corrigidas.
Há pessoas que relutam em usar óculos e,
mesmo que para ler tenham que pôr o jornal ou
livro a dois metros de distância, continuam sem
procurar um oculista. Essas pessoas preferem,
quando vão à rua e querem ver o nome de uma
peça de teatro ou o filme que está passando,
pedir a quem está ao lado para ler.
Tinha uma tia que pedia a quem passasse por
perto para ler o que ela queria saber. Um dia,
pediu a um rapaz que passava que lesse para
ela, porque não sabia ler. O rapaz duvidou,
mas atendeu, sorrindo. Era dentista e tinha
vergonha de usar óculos, mas não de dizer
que era analfabeta!
Com a consulta ao oftalmologista se poderá
saber se alguma coisa grave está
acontecendo ou se é um problema que pode
ser resolvido com as lentes.
O mesmo pode acontecer se se notar que a
audição está diminuindo. Um otorrino poderá
fazer um exame completo de audiometria e
dizer se tem presbiacusia, se apenas ouve e
não compreende, pois com o
acompanhamento médico saberá quando é
indicada uma prótese auditiva.
Há os que rejeitam o uso de bengala porque
têm vergonha de sair à rua, sentindo-se
aleijados e não compreendem que seria
apenas um ponto de apoio que lhes daria
mais segurança em suas caminhadas.
Há tantos problemas que não podem ser
corrigidos, que melhor seria ir aos poucos
procurando uma solução, à medida que os
problemas fossem surgindo, acompanhados
por um profissional que ajudasse a resolver o
caso.
Estariam facilitando a convivência familiar e
poderiam continuar as suas leituras, pois
quem gosta de música e de ler tem um
maravilhoso passatempo. Tanto melhor
quanto mais independentes forem.
(*) Médica geriatra, escritora e
colaboradora de jornais e revistas do país
.
GIBRAN KAHLIL GIBRAN
BIOGRAFIA:
Seu nome completo é Gibran Kahlil Gibran.
Assim assinava em árabe. Em inglês, preferiu
a forma reduzida e ligeiramente modificada de
Khalil Gibran. É mais comumente conhecido
sob o simples nome de Gibran.
1883 - Nasceu em 6 de janeiro, em Bsharri, nas
montanhas do Líbano, a uma pequena distância
dos cedros milenares. Tinha oito anos quando,
um dia, um temporal se abate sobre sua cidade.
Gibran olha, fascinado, para a natureza em fúria
e, estando sua mãe ocupada, abre a porta e sai
a correr com os ventos.
Quando a mãe, apavorada, o alcança e
repreende, ele lhe responde com todo o ardor
de suas paixões nascentes: "Mas, mamãe, eu
gosto das tempestades. Gosto delas. Gosto!"
(Um de seus livros em árabe será intitulado
Temporais).
1894 - Emigra para os Estados Unidos, com a
mãe, o irmão Pedro e as duas irmãs Mariana
e Sultane. Vão morar em Boston. O pai
permanece em Bsharri.
1898/1902 - Vota ao Líbano para completar
seus estudos árabes. Matricula-se no Colégio
da Sabedoria, em Beirute. Ao diretor, que
procura acalmar sua ambição impaciente,
dizendo-lhe que uma escada deve ser
galgada degrau por degrau, Gibran responde:
"Mas as águias não usam escadas!"
1902/1908 - De novo em Boston. Sua mãe e
seu irmão morrem em 1903. Gibran escreve
poemas e meditações para Al-Muhajer (O
Emigrante), jornal árabe publicado em Boston.
Seu estilo novo, cheio de música, imagens e
símbolos, atrai-lhe a atenção do Mundo
Árabe. Desenha e pinta numa arte mística
que lhe é própria. Uma exposição de seus
primeiros quadros desperta o interesse de
uma diretora de escola americana, Mary
Haskell, que lhe oferece custear seus estudos
artísticos em Paris.
1908/1910 - Em Paris. Estuda na Académie
Julien. Trabalha freneticamente. Freqüenta
museus, exposições, bibliotecas. Conhece
Auguste Rodin. Uma de suas telas é
escolhida para a Exposição das Belas-Artes
de 1910. Nesse ínterim, morrem seu pai e sua
irmã Sultane. 1910 - Volta a Boston e, no
mesmo ano, muda-se para Nova York, onde
permanecerá até o fim da vida. Mora só, num
apartamento sóbrio que ele e seus amigos
chamam As-Saumaa (O Eremitério). Mariana,
sua irmã, permanece em Boston. Em Nova
York, Gibran reúne em volta de si uma plêiade
de escritores libaneses e sírios que, embora
estabelecidos nos Estados Unidos, escrevem
em árabe com idênticos anseios de
renovação. O grupo forma uma academia
literária que se intitula Ar-Rabita Al-Kalamia
(A Liga Literária), e que muito contribuiu para
o renascimento das letras árabes. Seus porta-
vozes foram, sucessivamente, duas revistas
árabes editadas em Nova York: Al-Funun (As
Artes) e As-Saieh (O Errante).
1905/1920 - Gibran escreve quase que
exclusivamente em árabe e publica sete livros
nessa língua: 1905, A Música; 1906, As
Ninfas do Vale; 1908, Espíritos Rebeldes;
1912, Asas Partidas; 1914, Uma Lágrima e
um Sorriso; 1919, A Procissão; 1920,
Temporais. (Após sua morte, será publicado
um oitavo livro, sob o título de Curiosidades
e Belezas, composto de artigos e histórias já
aparecidas em outros livros e de algumas
páginas inéditas).
1918/1931 - Gibran deixa, pouco a pouco, de
escrever em árabe e dedica-se ao inglês, no
qual produz também oito livros: 1918, O
Louco; 1920, O Precursor; 1923, O Profeta;
1927, Areia e Espuma; 1928, Jesus, o Filho
do Homem; 1931, Os Deuses da Terra.
(Após sua morte serão publicados mais dois:
1932, O Errante; 1933, O Jardim do
Profeta.) Todos os livros em inglês de Gibran
foram lançados por Alfred A. Knopf, dinâmico
editor norte-americano com inclinação para
descobrir e lançar novos talentos. Ao mesmo
tempo em que escreve, Gibran se dedica a
desenhar e pintar. Sua arte, inspirada pelo
mesmo idealismo que lhe inspirou os livros,
distingue-se pela beleza e a pureza das
formas. Todos os seus livros em inglês foram
por ele ilustrados com desenhos evocativos e
místicos, de interpretação às vezes difícil,
mas de profunda inspiração. Seus quadros
foram expostos várias vezes com êxito em
Boston e Nova York. Seus desenhos de
personalidades históricas são também
célebres.
1931 - Gibran morre em 10 de abril, no
Hospital São Vicente, em Nova York, no
decorrer de uma crise pulmonar que o deixara
inconsciente.
A PIADA DA SEMANA
Numa cidade do interior, um casal de noivos
vai fazer um exame pré-nupcial, pra ver se
tudo vai sair direitinho. Ou melhor, se tudo vai
entrar direitinho.
Dias depois, a moça vai buscar os resultados.
A enfermeira lhe entrega um papel onde
apenas se lê: "APM". A moça não entende e a
enfermeira explica:
- Pode ficar tranquila. APM quer dizer: "Apta
Para o Matrimonio".
A noiva fica felicíssima. E pega o resultado do
exame do noivo. Nele está escrito: "AAPM". Aí
é que ela fica exultante: se com um A só é
considerada apta, imagine ele com dois As.
Deve ser um fenômeno!
Casam. Dez dias depois, volta a moça ao
laboratório, querendo saber porque o marido
é um fracasso total na cama, já que é "AAPM"
. É aí que a enfermeira explica o que a sigla
significa: "Apto Apenas Para Mijar"...
oOo
Acessar: www.r2cpress.com.br

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  • 1. AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Pasquim informativo virtual. Opiniões, humor e mensagens. EDITORES: Luiz Ferreira da Silva ([email protected]) e Jefferson Dias :[email protected]) Edição 448 – ANO X Nº 12 – 09 de outubro de 2013 PÁ DE CAL NA REFORMA AGRÁRIA 21 de setembro de 2013 Zander Navarro - O Estado de S.Paulo Usei o mesmo título em artigo publicado em 1986, indignado com a afronta do governo Sarney ao nomear um latifundiário para o INCRA. Naquela década me envolvera no ativismo a favor da reforma agrária. Não obstante o anúncio pessimista, o esforço do conjunto de militantes contribuiu para animar a única política de redistribuição de terras já feita no Brasil, iniciada em 1996. Desde então, em torno de 1 milhão de famílias recebeu suas parcelas e aproximados 80 milhões de hectares foram arrecadados para constituir os assentamentos rurais - mais de três vezes a área de São Paulo. Mantenho o título acima porque é preciso reconhecer desapaixonadamente o fato, agora definitivo: morreu a reforma agrária brasileira. Falta apenas alguma autoridade intimorata para presidir a solenidade de despedida. Atualmente a ação governamental nesse campo é um dispendioso e inacreditável faz de conta, sendo urgente a sua interrupção. Muitos motivos feriram mortalmente a reforma agrária, mas alguns são mais reveladores. O primeiro é de cristalina obviedade, mas muitos fingem ignorá-lo: nenhuma política pública é eterna, pois se conforma às contínuas mutações da sociedade. O tema foi popular nas décadas de 1950 e 1960, e surpreendeu que na virada do século o Brasil patrocinasse uma vigorosa redistribuição de terras, um caso raro no mundo. Mas é particularidade que se esgotou. Seria sensato manter essa política indefinidamente, quando o antigo País agrícola e agrário passou a ser conduzido pela lógica econômica e cultural das cidades, atraindo os migrantes rurais? A mudança espacial de moradia, de trabalho, de formas de vida e também de mentalidades da vasta maioria da população, no último meio século, liquidou a necessidade de democratizar a distribuição fundiária e sua demanda sumiu da agenda política, corroída pela acelerada urbanização. Outro fator a ser considerado diz respeito às organizações que demandam reforma agrária, responsáveis pelas pressões que ativaram esta recente "bolha" redistributiva. O MST agoniza simultaneamente ao desaparecimento da reforma agrária, a razão de seu nascimento. Não soube refundar-se nessa nova fase do desenvolvimento agrário e vai se apagando melancolicamente. Seu consolo é que fará boa figura nos livros de História. E a Contag, poderosa em razão de sua capilaridade, insiste na bandeira empurrada somente pela tradição. Seus dirigentes sabem ser outro o maior desafio: tentar salvar da desistência os milhares de pequenos produtores ameaçados pelo acirramento concorrencial instalado no campo. Uma outra razão a ser considerada decorre do desempenho da agropecuária no mesmo período, o qual inundou os mercados com volumes crescentes e, graças ao espetacular aumento da produtividade,
  • 2. barateou os alimentos. Tal transformação eliminou o velho argumento econômico da necessidade da reforma agrária e, se a população rural mais pobre migrou para as cidades, igualmente a justificativa social deixou de existir. Mas há ainda um aspecto decisivo: oferecer uma parcela de terra a famílias rurais não produz mais nenhum efeito prático, apenas garante uma sobrevida temporária. Em nossos dias, chegar à terra própria nada significa para os mais pobres do campo. Produzirá a chance do autoconsumo ocasional, antes do abandono definitivo da terra, como evidenciado na maioria dos assentamentos rurais. De fato, trata-se de dura vilania política, pois, enquanto a miséria no campo se esconde atrás das muletas das políticas sociais, o governo federal coleta números destinados meramente ao autoelogio. Por tudo isso, a reforma agrária brasileira concluiu o seu ciclo de vida. Do ponto de vista econômico e produtivo, seu fracasso é assombroso, pois a área total dos assentamentos é maior do que a área plantada de todos os cultivos nos demais estabelecimentos rurais. Mas, com surpresa, nada sabemos especificamente sobre a produção dos assentamentos, enquanto a agricultura brasileira se tornou uma das mais eficientes do mundo. É um confronto estatístico que desmoraliza qualquer defesa de tal política. Persistir em sua continuidade, portanto, beira a completa insanidade. E o Incra e seu gigantesco orçamento, tornado inútil sob tal desenvolvimento? O caminho lógico seria a sua extinção, mas talvez fosse adequado transformá-lo num instituto de terras que realizasse as "tarefas finais", como a definitiva emancipação dos assentamentos, retirando a tutela do Estado, a regularização fundiária ou a organização das ainda ficcionais estatísticas cadastrais que diz compilar. Já o Ministério do Desenvolvimento Agrário, preso à sua anacrônica hibernação, mantém-se impassível ante a notícia acima e persevera em fantasias para justificar o clamoroso desperdício de vultosos recursos públicos, na tentativa de realizar o irrealizável. Ainda mais espantoso, tenta ressuscitar o que já morreu. Resta saber se a autoridade maior do País terá a coragem de finalizar este capítulo de nossa História. Distintos são os desafios atuais para criar prosperidade e oportunidades no campo. Requer aceitar que a pobreza rural se resolverá, sobretudo, nas cidades e com outras políticas. E também que não existem soluções exclusivamente agrícolas para parte considerável dos estabelecimentos rurais de menor porte. Portanto, é preciso construir uma estratégia de desenvolvimento rural radicalmente inovadora. Mas para isso é preciso primeiramente abrir as mentes, pois a ortodoxia e a ideologização dominantes nos deixam sem rumo algum. Enquanto isso, afirmam-se o esvaziamento do campo e a incontrastável dominação da agricultura de larga escala modernizada e integrada aos mercados mundiais. Eis o nosso futuro rural: uma fabulosa máquina de produção de riqueza, mas fortemente concentrada, pois seria assentada num deserto demográfico (Enviado por Zeuller Navarro). O SILÊNCIO DAS RUAS Aix Canto Pereira bastou as ruas silenciarem, bastou os jovens se recolherem, bastou, enfim, que voltássemos à improdutiva postura de alienados, bastou, simplesmente, que calássemos, para que as mentiras voltassem desfraldadas, sem vergonha e sem pudor, pelos "arautos" do poder. Com tudo isso a "presidente" voltou ao pódio da "popularidade", ostentando, com garbo, índices ufanistas. Bastou que desfraldasse a bandeira da "segurança" de nossas polpudas "contas nacionais", vociferando contra as "bisbilhotices" americanas, para que voltasse a ter o perfil de sóbria e de defensora
  • 3. dos direitos pátrios nossos. E, assim, infelizmente, continuaremos a ser manipulados pela mídia oficial, a partir do "quartel general" do poder, onde se escrevem e se elaboram as propagandas que afagam o "ego tupiniquim" de um pais de vanguarda. Somos um pais de vanguarda, onde o sistema de saúde é ágil e humano; onde as escolas estão em belo estado, e nelas imperam o respeito pelo professor; onde a economia gira sem os créditos oficiais subsidiados; onde a segurança nos permite caminhar e viver tranquilamente; onde os nossos direito mais rudimentares têm o anteparo protetor das Leis; e, onde a figura de um Congresso é vista, com respeito, como vigilante de regras constitucionais!!! Enfim, voltamos a fica calados, mas com o nosso ego inflado, pois caminhamos em direção das grandes competições populistas; teremos pela frente oportunidades incríveis em que o Pais voltará a calçar as "chuteiras" da redenção, e ostentará as "medalhas" em peitos apolíneos alimentados que foram pelas vitaminas da mentira. Poderemos até reivindicar, virtualmente, como "leões", mas, materialmente, continuaremos a votar como "jumentos". Como disse alguém, não sei quando, "mesmo que esteja com arreios de ouro, o asno será sempre um asno". E vamos tocando a vida!!! Os sinos do Natal de longe repicam, anunciando também taxas elevadas de consumo de quinquilharias coloridas; as "quadras das escolas de samba" de há muito já estão lotadas treinando as suas "alas" com garbo tupiniquim. CORA CORALINA ”Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo prá você: não pense. Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso. Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais. Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio! Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não. Você acha que eu sou? Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende." (Enviada por Alício Rocha)
  • 4. LIMITAÇÕES DO ENVELHECIMENTO Thereza Freire Vieira (*) Melhor é corrigir anormalidades, à medida que forem surgindo O envelhecimento traz consigo limitações, menores ou maiores, e não acontece sempre da mesma maneira nos vários tecidos, vísceras, sistemas ou aparelhos. Importante é que, à medida que as anormalidades vão surgindo, sejam corrigidas. Há pessoas que relutam em usar óculos e, mesmo que para ler tenham que pôr o jornal ou livro a dois metros de distância, continuam sem procurar um oculista. Essas pessoas preferem, quando vão à rua e querem ver o nome de uma peça de teatro ou o filme que está passando, pedir a quem está ao lado para ler. Tinha uma tia que pedia a quem passasse por perto para ler o que ela queria saber. Um dia, pediu a um rapaz que passava que lesse para ela, porque não sabia ler. O rapaz duvidou, mas atendeu, sorrindo. Era dentista e tinha vergonha de usar óculos, mas não de dizer que era analfabeta! Com a consulta ao oftalmologista se poderá saber se alguma coisa grave está acontecendo ou se é um problema que pode ser resolvido com as lentes. O mesmo pode acontecer se se notar que a audição está diminuindo. Um otorrino poderá fazer um exame completo de audiometria e dizer se tem presbiacusia, se apenas ouve e não compreende, pois com o acompanhamento médico saberá quando é indicada uma prótese auditiva. Há os que rejeitam o uso de bengala porque têm vergonha de sair à rua, sentindo-se aleijados e não compreendem que seria apenas um ponto de apoio que lhes daria mais segurança em suas caminhadas. Há tantos problemas que não podem ser corrigidos, que melhor seria ir aos poucos procurando uma solução, à medida que os problemas fossem surgindo, acompanhados por um profissional que ajudasse a resolver o caso. Estariam facilitando a convivência familiar e poderiam continuar as suas leituras, pois quem gosta de música e de ler tem um maravilhoso passatempo. Tanto melhor quanto mais independentes forem. (*) Médica geriatra, escritora e colaboradora de jornais e revistas do país . GIBRAN KAHLIL GIBRAN BIOGRAFIA: Seu nome completo é Gibran Kahlil Gibran. Assim assinava em árabe. Em inglês, preferiu a forma reduzida e ligeiramente modificada de Khalil Gibran. É mais comumente conhecido sob o simples nome de Gibran. 1883 - Nasceu em 6 de janeiro, em Bsharri, nas montanhas do Líbano, a uma pequena distância dos cedros milenares. Tinha oito anos quando, um dia, um temporal se abate sobre sua cidade. Gibran olha, fascinado, para a natureza em fúria e, estando sua mãe ocupada, abre a porta e sai a correr com os ventos. Quando a mãe, apavorada, o alcança e repreende, ele lhe responde com todo o ardor de suas paixões nascentes: "Mas, mamãe, eu gosto das tempestades. Gosto delas. Gosto!" (Um de seus livros em árabe será intitulado Temporais). 1894 - Emigra para os Estados Unidos, com a mãe, o irmão Pedro e as duas irmãs Mariana e Sultane. Vão morar em Boston. O pai permanece em Bsharri. 1898/1902 - Vota ao Líbano para completar seus estudos árabes. Matricula-se no Colégio da Sabedoria, em Beirute. Ao diretor, que procura acalmar sua ambição impaciente, dizendo-lhe que uma escada deve ser galgada degrau por degrau, Gibran responde: "Mas as águias não usam escadas!" 1902/1908 - De novo em Boston. Sua mãe e seu irmão morrem em 1903. Gibran escreve poemas e meditações para Al-Muhajer (O Emigrante), jornal árabe publicado em Boston. Seu estilo novo, cheio de música, imagens e símbolos, atrai-lhe a atenção do Mundo Árabe. Desenha e pinta numa arte mística
  • 5. que lhe é própria. Uma exposição de seus primeiros quadros desperta o interesse de uma diretora de escola americana, Mary Haskell, que lhe oferece custear seus estudos artísticos em Paris. 1908/1910 - Em Paris. Estuda na Académie Julien. Trabalha freneticamente. Freqüenta museus, exposições, bibliotecas. Conhece Auguste Rodin. Uma de suas telas é escolhida para a Exposição das Belas-Artes de 1910. Nesse ínterim, morrem seu pai e sua irmã Sultane. 1910 - Volta a Boston e, no mesmo ano, muda-se para Nova York, onde permanecerá até o fim da vida. Mora só, num apartamento sóbrio que ele e seus amigos chamam As-Saumaa (O Eremitério). Mariana, sua irmã, permanece em Boston. Em Nova York, Gibran reúne em volta de si uma plêiade de escritores libaneses e sírios que, embora estabelecidos nos Estados Unidos, escrevem em árabe com idênticos anseios de renovação. O grupo forma uma academia literária que se intitula Ar-Rabita Al-Kalamia (A Liga Literária), e que muito contribuiu para o renascimento das letras árabes. Seus porta- vozes foram, sucessivamente, duas revistas árabes editadas em Nova York: Al-Funun (As Artes) e As-Saieh (O Errante). 1905/1920 - Gibran escreve quase que exclusivamente em árabe e publica sete livros nessa língua: 1905, A Música; 1906, As Ninfas do Vale; 1908, Espíritos Rebeldes; 1912, Asas Partidas; 1914, Uma Lágrima e um Sorriso; 1919, A Procissão; 1920, Temporais. (Após sua morte, será publicado um oitavo livro, sob o título de Curiosidades e Belezas, composto de artigos e histórias já aparecidas em outros livros e de algumas páginas inéditas). 1918/1931 - Gibran deixa, pouco a pouco, de escrever em árabe e dedica-se ao inglês, no qual produz também oito livros: 1918, O Louco; 1920, O Precursor; 1923, O Profeta; 1927, Areia e Espuma; 1928, Jesus, o Filho do Homem; 1931, Os Deuses da Terra. (Após sua morte serão publicados mais dois: 1932, O Errante; 1933, O Jardim do Profeta.) Todos os livros em inglês de Gibran foram lançados por Alfred A. Knopf, dinâmico editor norte-americano com inclinação para descobrir e lançar novos talentos. Ao mesmo tempo em que escreve, Gibran se dedica a desenhar e pintar. Sua arte, inspirada pelo mesmo idealismo que lhe inspirou os livros, distingue-se pela beleza e a pureza das formas. Todos os seus livros em inglês foram por ele ilustrados com desenhos evocativos e místicos, de interpretação às vezes difícil, mas de profunda inspiração. Seus quadros foram expostos várias vezes com êxito em Boston e Nova York. Seus desenhos de personalidades históricas são também célebres. 1931 - Gibran morre em 10 de abril, no Hospital São Vicente, em Nova York, no decorrer de uma crise pulmonar que o deixara inconsciente. A PIADA DA SEMANA Numa cidade do interior, um casal de noivos vai fazer um exame pré-nupcial, pra ver se tudo vai sair direitinho. Ou melhor, se tudo vai entrar direitinho. Dias depois, a moça vai buscar os resultados. A enfermeira lhe entrega um papel onde apenas se lê: "APM". A moça não entende e a enfermeira explica: - Pode ficar tranquila. APM quer dizer: "Apta Para o Matrimonio". A noiva fica felicíssima. E pega o resultado do exame do noivo. Nele está escrito: "AAPM". Aí é que ela fica exultante: se com um A só é considerada apta, imagine ele com dois As. Deve ser um fenômeno! Casam. Dez dias depois, volta a moça ao laboratório, querendo saber porque o marido é um fracasso total na cama, já que é "AAPM" . É aí que a enfermeira explica o que a sigla significa: "Apto Apenas Para Mijar"... oOo Acessar: www.r2cpress.com.br