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Faculdade de Medicina 
Curso de Fisioterapia 
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
Fortaleza 
2009
Reitor 
Jesualdo Pereira Farias 
Vice-Reitor 
Henry de Holanda Campos 
Pró-Reitor de Administração 
Luís Carlos Uchôa Saunders 
Pró-Reitora de Assuntos Estudantis 
Maria Clarisse Ferreira Gomes 
Pró-Reitor de Graduação 
Custódio Luís Silva de Almeida 
Pró-Reitor de Extensão 
Antonio Salvador da Rocha 
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação 
Gil de Aquino Farias 
Pró-Reitor de Planejamento 
Ernesto da Silva Pitombeira 
Diretor da Faculdade de Medicina 
José Luciano Bezerra Moreira 
Coordenação do Curso de Medicina 
Yacy Mendonça de Almeida 
Responsáveis pelo Projeto Pedagógico 
Andréa da Nóbrega Cirino Nogueira 
Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho 
Cristiano Teles de Souza 
José Luciano Bezerra Moreira 
Maria do Socorro Quintino Farias 
Soraya Maria do Nascimento Rebouças Viana 
Vasco Pinheiro Diógenes Bastos 
Yacy Mendonça de Almeida 
Supervisão Pedagógica 
Inês Cristina de Melo Mamede 
Yangla Kelly Oliveira Rodrigues
SUMÁRIO 
1 APRESENTAÇÃO 5 
2 JUSTIFICATIVA 7 
3 HISTÓRICO DO CURSO 9 
4 PRINCÍPIOS NORTEADORES 11 
5 OBJETIVOS DO CURSO 14 
6 COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E ATITUDES A SEREM 
16 
DESENVOLVIDAS 
7 PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO 18 
8 ÁREAS DE ATUAÇÃO 20 
8.1 Fisioterapia Clínica 20 
8.2 Saúde Coletiva 21 
8.3 Educação 21 
8.4 Outros 21 
9 METODOLOGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 23 
10. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 26 
10.1 Unidades Curriculares 26 
10.1.1 Eixo I Formação Social, Humana e Pesquisa 27 
10.1.2 Eixo II Formação Biológica 27 
10.1.3 Eixo III Formação Pré Profissional Integrativo 28 
10.1.4 Eixo IV: Formação Profissional Instrumental 28 
10.1.5 Eixo V: Profissional Avançado 29 
10.2 Disciplinas por Departamento 30 
10.3 Ementário das Disciplinas 32
10.4 Estágio Supervisionado 39 
10.4.1 Objetivo geral 39 
10.4.2 Objetivos específicos 39 
10.4.3 Vivências em Fisioterapia 40 
10.4.4 Estágios Supervisionados 40 
10.4.4.1 Estágio Ambulatorial/CRUTAC 41 
10.4.4.2 Internatos 41 
10.4.5 Mecanismos efetivos de acompanhamento e de 
cumprimento dos Estágios Supervisionados 
42 
10.4.6 Relação aluno/professor - Supervisor de Estágio 44 
10.5 Trabalho de Conclusão de Curso 44 
10.5.1 Mecanismos efetivos de acompanhamento do trabalho 
de conclusão de curso 
45 
10.5.2 Relação aluno/professor ou trabalho/professor na 
orientação de trabalho de conclusão de curso 
45 
10.6 Atividades Complementares 
46 
11 INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR 
47 
12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO 
PEDAGÓGICO 
51 
13 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A OFERTA DO 
CURSO 
13.1 Laboratórios 
13.1.1 Laboratório de Microscopia 
13.1.2 Laboratório de Anatomia 
13.1.3 Laboratório de Fisiologia 
13.1.4 Laboratório de Cinesiologia/Biomecânica e 
53 
53 
53 
53 
54
Cinesioterapia 
13.1.5 Laboratório de Bases, Técnicas e Métodos de 
Avaliação (BTMA) 
13.1.6 Laboratório de Eletro-Termo e Fototerapia 
13.1.7 Laboratório de Fisioterapia Cardiorrespiratória 
13.1.8 Laboratório de Fisioterapia Aquática 
13.1.9 Clínica Escola 
13.2 Biblioteca 
13.3 Recursos Humanos 
13.4 Recursos Financeiros 
54 
54 
54 
55 
55 
55 
56 
56 
56
5 
1 APRESENTAÇÃO 
O curso de Fisioterapia a ser implantado na Universidade Federal do 
Ceará (UFC) é apresentado no presente documento como uma nova ferramenta na 
área de ensino, pesquisa e extensão. Pretende-se desenvolver um projeto inovador 
de ensino nesta área, pois sabe-se que a renovação da prática docente poderá 
contribuir para um novo cenário na formação do fisioterapeuta, fugindo de modelos 
pedagógicos voltados apenas para formação tecnicista ou para especialidades, ou 
ainda, afastando-se de modelos educacionais conservadores que tenham como foco 
essencial a reprodução do conhecimento. 
Para Kuhn (1998) "paradigma significa a constelação de crenças, 
valores e técnicas partilhadas pelos membros de uma comunidade científica". Como 
as profissões da área de saúde, a Fisioterapia, se estruturou a partir do modelo 
biomédico, baseando-se no paradigma newtoniano-cartesiano. Esse paradigma, 
não dá mais conta de atender às exigências das atuais transformações. Portanto, 
temos o desafio de investigar a ciência buscando novas abordagens, inovando e 
preocupando-se em não fragmentar o conhecimento, o ser humano e a realidade. 
Segundo Souza (2002), diversas propostas inovadoras foram 
apresentadas nos últimos anos nas escolas brasileiras, entretanto não se observa 
essa prática no cotidiano do docente. O curso de Fisioterapia da UFC se propõe a 
romper com as ferramentas tradicionais e transformar a sala de aula em um 
ambiente de aprendizagem, onde o conteúdo será abordado com base no 
desenvolvimento de competências, integrando conhecimento e valorizando a 
interdisciplinaridade. O professor Paulo Freire, já defendia uma abordagem 
progressista, onde o enfoque está no indivíduo, desenvolvendo e compartilhando 
seu crescimento intelectual por meio do diálogo das idéias, informações e 
cooperação entre seus pares (FREIRE, 2001) 
A Fisioterapia é uma área do conhecimento que tem como objeto de 
estudo o movimento humano em todas as suas formas de expressão e 
potencialidades, quer nas alterações patológicas cinético-funcionais, nas 
repercussões orgânicas ou psíquicas, preservando, desenvolvendo e restaurando a 
integridade de órgãos, sistemas e funções, desde a elaboração do diagnóstico físico
6 
e funcional, eleição e execução dos procedimentos fisioterapêuticos (COFFITO, 
2005). 
Constitui-se atualmente um recurso terapêutico e sua ação é orientada 
para a compreensão da política de saúde vigente. Apresenta um papel marcante no 
campo social, pois atua em todos os níveis de atenção a saúde: promoção, 
prevenção, e reabilitação, ocupando assim um lugar de destaque dentre as 
profissões da área de saúde. Poucas profissões alcançaram um desenvolvimento 
tão rápido e significativo nos últimos dez anos, aliando conhecimento científico à 
evolução tecnológica. 
Desta forma, o desafio da Universidade Federal do Ceará, será implantar 
o curso de graduação em Fisioterapia, possibilitando aprendizagem, formação e 
capacitação permanentes. Acredita-se que, neste contexto, definam-se a 
flexibilização e a contextualização de uma organização curricular pautada na 
aprendizagem dinâmica, ou seja, pautada no processo de aprendizagem pela 
experiência aliada ao conhecimento cognitivo. Para tanto, o novo curso aqui 
apresentado agregará conhecimento e pesquisa na área de reabilitação à estrutura 
pedagógica e acadêmica já existente nesta Universidade.
7 
2 JUSTIFICATIVA 
A Universidade Federal do Ceará dará um importante passo no contexto 
político- acadêmico, pois ainda não há uma faculdade pública de Fisioterapia no 
Estado do Ceará, portanto, abrirar-se-á novas perspectivas para a educação, 
sintetizando assim, o lema: “educação como direito e como bem público”, que são 
fundamentos de uma política educacional justa e democrática, conforme defendeu o 
ex-ministro da Educação, Tarso Genro, na conferência proferida no Seminário 
Internacional para a Reforma e Avaliação da Educação Superior, realizado em abril 
de 2007 na cidade de São Paulo. 
É oportuno, neste momento, preencher esta lacuna, proporcionando à 
sociedade o acesso a um curso público e gratuito. A atuação da Fisioterapia na 
prevenção e tratamento de diversas patologias, assim como na reabilitação, é de 
extrema importância e apresenta reconhecimento crescente junto às demais 
profissões e instituições da área da saúde. 
Também se justifica a necessidade social do curso de Fisioterapia pela 
carência de profissionais especializados, de estudos e de pesquisas que possibilitem 
a evolução de novas técnicas e métodos e novas aplicações dos conhecimentos 
relativos à Fisioterapia. 
Ressalta-se, que em 2008 a UFC oficializou a primeira Residência na 
área de Fisioterapia do Norte e Nordeste. A Residência em Fisioterapia Hospitalar 
do Hospital Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC/UFC), 
constitui uma modalidade de ensino de Pós-Graduação lato sensu, destinada a 
fisioterapeutas, sob a forma de Curso de Especialização, caracterizada por 
treinamento em serviço. O Programa funciona sob aprovação e controle 
administrativo do HUWC/UFC e da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. 
A partir desta vivência iniciada com a Residência Hospitalar em 
Fisioterapia, sentiu-se a necessidade de formar profissionais oriundos da própria 
Universidade Federal para desta forma iniciar o seu ciclo de formação.
8 
Pode-se oferecer uma alternativa de formação acadêmica com 
adequações curriculares que permitam uma formação profissional diferenciada, se 
opondo a tendência atual, que é a prática de métodos de ensino fundamentados na 
transmissão, memorização e reprodução do conhecimento (BEHRENS, 1999). Esta 
concepção tem contribuído para a manutenção dos modelos conservadores apesar 
de todas as críticas feitas a ela, terem ainda predominado nos cursos da área de 
saúde. 
A Universidade Federal do Ceará já conta com a infra-estrutura básica 
necessária para iniciar o curso, a exemplo: laboratórios e biblioteca, podendo 
utilizar-se como espaços de ensino, o Hospital Universitário Walter Cantidio e a 
Maternidade Escola Assis Chateaubriand.
9 
3 HISTÓRICO DO CURSO DE FISIOTERAPIA 
No Brasil, a Fisioterapia iniciou-se como atividade física de reabilitação 
dentro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo no ano de 1929, mas foi em 
1951 que foi criado o primeiro curso para formação de fisioterapeutas, denominados 
técnicos, e tinha a duração de 1 ano. Na década seguinte, para melhor adequação 
ao curso, bem como, o aumento da procura por profissionais em consequente ao 
alto índice de indivíduos portadores de sequelas motoras da poliomielite, a demanda 
por essa formação aumentou e o curso passou a ter a duração de 2 anos. 
Em 1969, conforme decreto lei 938/69, a Fisioterapia foi reconhecida 
como um curso de nível superior. Para esta regulamentação criou-se o Conselho 
Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e Conselhos Regionais 
(CREFITOs) conforme a Lei 6316 de 17 de dezembro de 1975. O COFFITO assumiu 
a função de legislar, estabelecendo o código de Ética (Resolução nº 10/78) 
normalizando a profissão e a atuação do Fisioterapeuta. Ao CREFITO coube a 
função de legalizar e fiscalizar o exercício profissional. 
Em 1983, o Conselho Federal de Educação, através da resolução nº 04 
de 28 de fevereiro de 1983, edita o currículo mínimo para a Fisioterapia com 4 anos 
letivos. O conteúdo foi dividido em 4 ciclos, composto pelas seguintes matérias: 
biológicas, de formação geral, pré-profissionalizantes e profissionalizantes. Esse 
currículo mínimo vigorou até 1996, quando o MEC através da LDB (Lei de Diretrizes 
e Bases) estabeleceu novas regras, dando autonomia para as Universidades e 
Faculdades elaborarem seus currículos. 
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação conhecida como LDB 
9394/96, estabelece Diretrizes Gerais para a educação no Brasil, flexibilizando os 
currículos. Em dezembro de 1997, a Secretaria de Ensino Superior do MEC 
convocou as Instituições de Ensino Superior (IES), para apresentarem propostas de 
Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação. Durante os anos de 1998 e 
1999, as entidades de classe e governamentais (COFFITO, CREFITOS,
10 
Coordenadores de cursos, docentes, discentes e profissionais interessados, foram 
convocados para debater e propor ao MEC as diretrizes gerais que deveriam nortear 
o ensino da Fisioterapia no Brasil. 
Em 19 de fevereiro de 2002, o Conselho Nacional de Educação institui as 
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia através da 
Resolução CNE/CES Nº 4 (BRASIL, 2002) e Parecer CNE/CES nº 1210/2001. 
Considerando as características e peculiaridades necessárias à formação 
do Fisioterapeuta conforme as Diretrizes Curriculares estabelecidas para o curso 
(Resolução CNS/CES nº4/2002). A comissão da CES/CNE através do Projeto de 
Resolução Nº 23001.000134/2007-09 recomenda a carga horária mínima de 4000 
horas para o curso de graduação em Fisioterapia. 
A evolução social e profissional da Fisioterapia exigiu o desmembramento 
dos Conselhos Regionais. Segundo fontes do INEP de 2007, existem no Brasil, 
93.590 registros profissionais definitivos, sendo registrados no Ceará 2280 
profissionais. 
No Ceará, contam-se nove cursos de graduação, sendo seis destes em 
funcionamento na capital do Estado, todos em Instituições particulares de ensino.
11 
4 PRINCÍPIOS NORTEADORES 
O Curso de Fisioterapia na Universidade Federal do Ceará seguirá as 
novas exigências, decorrentes da implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais 
(2002) que lançam para os cursos da área da Saúde o desafio de estabelecer um 
currículo que seja flexível, respeite a diversidade, garanta à qualidade da formação 
e, ao mesmo tempo, que permita uma aproximação entre o projeto formador, a 
realidade social e as necessidades em saúde mais prementes na população 
brasileira. O artigo 196 da Constituição Brasileira, diz: 
“saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução 
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção 
e recuperação” (BRASIL, 1998). 
A orientação da formação profissional com base nos preceitos do Sistema 
Único de Saúde revela a necessária visão sistêmica que permita compreender a 
saúde em todas as suas dimensões, as quais não se distanciam das dimensões de 
vida do ser humano. Essa concepção, somada aos princípios doutrinários e 
organizacionais do sistema de saúde, na forma da universalização do acesso, do 
atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo 
dos serviços assistenciais e da participação da comunidade, dentre outros efeitos, 
produzem significativa mudança comportamental no campo das práticas 
assistenciais e relacionais (OFICINA REGIONAL [...]) 
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (1999), é imprescindível 
para o desenvolvimento pleno da cidadania, o sentimento do respeito pelo outro, o 
que contribui para a expansão da sensibilidade, pois, os conceitos de qualidade, 
trabalho e cultura estão interligados à natureza humana. 
Esta proposta pedagógica é orientada no ponto de vista interdisciplinar e 
transdisciplinar, construindo saberes voltados para os valores e relações humanas 
com o intuito de suprir as limitações no processo saúde-doença, por meio da 
integração e interação do todo e as suas partes. Contribui assim, com a visão
12 
sistêmica que promove a formação de um profissional que tenha condições de 
refletir e agir em relação aos desafios sociais, econômicos, culturais, políticos e 
ambientais. Deste modo, a interdisciplinaridade requer o relacionamento entre as 
disciplinas, com sua unidade e sua diversidade 
A transdisciplinaridade supera a fragmentação do conhecimento uma vez 
que o contato com equipes multiprofissionais pode servir de base para reflexão 
sobre o ensino e a atuação conjunta. Da mesma forma, o contato entre alunos de 
diferentes cursos de graduação da área da saúde (Medicina, Odontologia, 
Enfermagem, Psicologia, Farmácia, entre outros) e mesmo de outras áreas 
(Pedagogia, Comunicação, Administração, Direito, entre outros) se volta para um 
olhar global do ser humano e seu cuidado integral. 
A abertura para o novo supõe constante flexibilidade, que deve tornar-se 
prática constante aos profissionais de saúde; subjetividade que diz respeito ao 
espaço íntimo do indivíduo; a diversidade, que faz referência à identificação da 
pessoa e o respeito à diferença. A educação deve também estar voltada para o 
relacionamento entre pessoas como condição e garantia da solidariedade intelectual 
e moral da humanidade, ao mesmo tempo em que, se sente ligado ao grupo, se 
respeita a subjetividade de cada aluno/indivíduo e suas diferenças, e com isso se 
estimula a reflexão e a autonomia do pensamento e da prática (MAGALHÃES e 
cols., 2005). 
Nesta perspectiva, alguns princípios são estabelecidos para nortear o 
curso de Fisioterapia, dentre estes: a formação de um fisioterapeuta generalista e 
humanista, ético, comprometido com a universidade na melhoria da qualidade do 
ensino, pesquisa e extensão e prestação de serviços a comunidade; o currículo 
integrado e sua correspondente organização institucional que articula 
dinamicamente prática e teoria, trabalho e ensino, ensino e comunidade por meio da 
integração dos conteúdos e das disciplinas (DAVINI, 1983) 
Quanto à metodologia de ensino, o que aqui se propõe, delineia a 
descaracterização de aluno-receptor de informações e promove a formação do 
aluno-construtor de seu conhecimento reflexivo sobre sua prática. A vivência, a 
observação e a reflexão sobre problemas extraídos da realidade irão despertar o 
interesse para os temas estudados.
13 
Para isso, o curso oferecerá metodologias próprias de intervenção, onde 
os alunos serão inseridos em ações práticas e de vivências de eventos reais desde 
o início da vida acadêmica, desta forma, acreditamos que será possível alcançar as 
condições básicas para o aluno formular a prescrição, intervenção, atendimento e 
alta fisioterapêutica, seguindo as Diretrizes Curriculares atuais. 
As disciplinas/conteúdos clássicas são integradas em módulos de ensino, 
com temáticas específicas, trabalhadas a partir da discussão de problemas e busca 
de informações e subsídios teóricos e técnicos para a sua solução. 
Em resumo, o Curso de Fisioterapia será norteado pela implantação de 
metodologias ativas, com base em ações desencadeadas por desafios, problemas e 
projetos, deslocando o foco do trabalho educacional do ensinar para o aprender, do 
que vai ser ensinado para o que é preciso aprender (ZARIFIAN, 2001), valorizando o 
docente no papel de facilitador e mediador do processo de aprendizagem.
14 
5 OBJETIVOS DO CURSO 
O curso objetiva formar Fisioterapeutas com vivência em diferentes 
realidades, ou seja, capaz de prestar serviços de qualidade baseados em 
conhecimento sólidos em clínicas, hospitais, ambulatórios e assistência à 
comunidade, atuando como coadjuvante nas diversas especialidades médicas, com 
fundamentação teórico-prática que permita identificar, integrar e atender às 
demandas sociais na área de reabilitação. 
São objetivos específicos: 
a. desenvolver conhecimentos biológicos, anátomo-fisiológicos e 
fisiopatológicos para o entendimento do processo saúde-doença; 
b. conhecer os recursos semiológicos, diagnósticos e terapêuticos que 
instrumentalizam a ação do Fisioterapeuta nas diferentes áreas de 
atuação profissional; 
c. possibilitar a construção de conhecimentos de Fisioterapia preventiva; 
d. capacitar o aluno ao trabalho na promoção da saúde 
e. desenvolver conhecimentos de cinesiologia, cinesiopatologia e 
cinesioterapia 
f. capacitar o aluno para a análise da função e e prevenção de alterações 
do movimento humano; 
g. promover o desenvolvimento de conhecimentos biotecnológicos 
embasados na biofísica, informática e metodologia científica; 
h. possibilitar a elaboração e incorporação de inovações na área da 
Fisioterapia; 
i. possibilitar o conhecimento com relação às políticas de saúde, educação, 
trabalho e administração em Fisioterapia;
15 
j. desenvolver programas e ações básicas de saúde. 
k. promover o espírito investigativo, a criatividade e a curiosidade científica; 
l. habilitar o aluno ao trabalho com visão integrada e de forma 
interdisciplinar e transdisciplinar.
16 
6 COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E ATITUDES A SEREM 
DESENVOLVIDAS 
Segundo Demo (1997) cabe a Universidade, desenvolver o potencial 
humano para formar cidadãos capazes de intervir eticamente na sociedade, sendo 
suas ações movidas pelo conhecimento inovador. 
O processo educacional fornece ao indivíduo as ferramentas necessárias 
para que ele possa desenvolver competências, tais como: mobilizar o que aprendeu; 
desenvolver autonomia intelectual diante de um desafio profissional; saber 
transformar informações em conhecimentos pessoais; fazer análise e síntese; 
relacionar aprendizagem e tirar conclusões (OLIVEIRA, 2002). 
Competência, segundo Perrenoud (2000), é a faculdade de mobilizar um 
conjunto de recursos cognitivos, saberes, capacidades e informações para 
solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações. A formação por 
competência é um processo complexo que implica relações diversas entre os 
diferentes níveis de conhecimento, dos saberes, dos esquemas de ação e do 
contexto. 
Zarifian (2001) diz, “a competência é o tomar iniciativa e assumir 
responsabilidade diante de situações profissionais com as quais o indivíduo se 
depara”. Para tanto, o mesmo autor resume em três conceitos o que há de essencial 
para que o indivíduo seja capaz de inserir-se no ambiente de trabalho e enfrentar as 
mutações atuais, são estes: o evento, a comunicação e o serviço (ZARIFIAN, 1995). 
Ser competente é lidar com eventos ou ocorrências imprevistas ou não 
programadas, é perceber que a comunicação é essencial ao aprendizado e ao 
trabalho e que isto melhora o desempenho e a prestação de serviço em qualquer 
nível de atenção à saúde 
Nesta perspectiva, a estratégia de ensino e aprendizagem defendida 
neste projeto pedagógico, possibilitará o desenvolvento das seguintes competências 
e habilidades fundamentais:
17 
a. tomar decisões com autonomia e responsabilidade; 
b. avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em 
evidências científicas e articuladas ao contexto social; 
c. comunicar-se através da comunicação verbal, não-verbal (escrita e leitura) 
para utilizar a informação e o entendimento para a prestação de serviços. 
d. desenvolver plano terapêutico e aplicar tratamento de forma coerente aos 
achados clínicos para todas as desordens musculoesqueléticas e de 
outros sistemas que envolvam atuação fisioterapêutica; 
e. prestar esclarecimento, dirimir dúvidas e orientar o indivíduo e os seus 
familiares na seqüência do processo terapêutico; 
f. trabalhar em grupos, integrar equipes multiprofissionais em unidades 
hospitalares, unidades básicas de saúde, academias e na própria 
comunidade, buscando a interdisciplinaridade e o desenvolvimento da 
fisioterapia como profissão; 
g. realizar atividades no âmbito da gestão em saúde; 
h. conhecer métodos e técnicas de investigação científica.
18 
7 PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO 
O fisioterapeuta é um profissional com potencialidades para desenvolver 
projetos nas áreas do ensino, pesquisa e extensão, prestar consultoria e 
assessoramento técnico-científico em sua área de atuação, gestão e gerenciamento 
direto e indireto de suas atividades profissionais em órgãos e instituições. 
Sua formação profissional permite que avalie, planeje e estabeleça as 
etapas do tratamento, selecionando e quantificando recursos, métodos e técnicas 
fisioterapêuticas apropriadas para cada caso, reavaliando sistematicamente o seu 
trabalho durante todo o processo terapêutico. Utiliza na sua prática, diversos 
recursos físicos e naturais (água, eletricidade, calor, luz, frio), massoterapia, 
cinesioterapia (terapia através de movimentos) e manipulação terapêutica de vários 
segmentos corporais (COFFITO, 2005). 
Sua visão empreendedora o possibilita, a identificação de oportunidades 
de crescimento e aperfeiçoamento profissional nas diversas áreas onde sua atuação 
seja necessária 
Trata-se de um profissional capaz de: 
a. elaborar o diagnóstico fisioterapêutico, interpretar laudos e exames 
propedêuticos e complementares detectando as alterações cinético-funcionais 
apresentadas. 
b. prescrever técnicas fisioterapêuticas apropriadas com base na avaliação 
físico-funcional; 
c. reabilitar o movimento dos indivíduos e do coletivo diminuindo suas 
incapacidades, enfatizando a qualidade de vida dos indivíduos que 
apresentam alterações cinético-funcionais, incapacidades e deficiências, 
ampliando a função e a recuperação motora; 
d. promover a saúde contribuindo para o bem estar do indivíduo;
19 
e. elaborar o diagnóstico físico e funcional, eleger e executar os 
procedimentos fisioterapêuticos pertinentes a cada situação; 
f. desenvolver atividades de socialização do saber técnico-científico, como 
palestras, conferências e cursos na sua área de atuação profissional; 
g. desenvolver investigação científica visando à melhoria da qualidade de 
vida do ser humano; 
h. prestar consultoria a empresas, indústrias, entidades esportivas na área 
de sua competência. 
i. adquirir conhecimentos que lhes garantam uma educação continuada e 
permanente.
20 
8 ÁREAS DE ATUAÇÃO 
A Fisioterapia utiliza em suas bases terapêuticas, recursos naturais, tais 
como: a eletricidade (eletroterapia), os recursos térmicos (frio e calor - termoterapia), 
a água (hidroterapia) e principalmente o movimento (cinesioterapia); a massoterapia, 
a manipulação terapêutica, a mecanoterapia e outros recursos, constituem meios 
para o atendimento e tratamento ao indivíduo. 
Atualmente, o Fisioterapeuta, além de atuar na área de reabilitação e 
terapêutica, desenvolve programas de prevenção, proteção e promoção da saúde. 
Ao se firmar como área específica do conhecimento, atua no tratamento e 
prevenção de alterações cinético-funcionais como distúrbios neuromusculares, 
músculo-esquelético, neuropsiquiátricos, respiratórios, ginéco-obstétricos, 
pediátricos e nas áreas de geriatria e oncologia. 
Na rede hospitalar torna-se essencial a presença do Fisioterapeuta que 
comprovadamente reduz o período de internação hospitalar. A portaria nº 466 de 04 
de julho de 1998 da secretaria de vigilância sanitária estabelece como obrigatória a 
assistência por parte deste profissional nas Unidades de Tratamento Intensivo e 
Semi-intensivo, que deveria ser estendido às demais unidades hospitalares. 
Nas indústrias, clubes esportivos e recreativos a Fisioterapia torna-se 
parte efetiva, atuando na análise da função e prevenção de acidentes e doenças 
originárias do trabalho como também da prática esportiva e lazer. 
Além de todas estas atividades, o Fisioterapeuta pode atuar também, na 
elaboração de programas de saúde oficiais, em instituições de ensino, na docência e 
desenvolvimento de pesquisas. Abaixo, lista-se detalhadamente as áreas de 
atuação destes profissionais. 
8.1 Fisioterapia Clínica 
 Hospitais e Clínicas 
 Ambulatórios
21 
 Consultórios 
 Centros de Reabilitação 
8.2 Saúde Coletiva 
 Programas Institucionais 
 Ações Básicas de Saúde e Prevenção 
 Fisioterapia do Trabalho 
 Vigilância Sanitária 
8.3 Educação 
 Docência (níveis secundário e superior) 
 Extensão 
 Pesquisa 
 Supervisão e Gestão (Técnica e Administrativa) 
 Direção e coordenação de cursos 
8.4 Outras 
 Indústria de equipamentos de uso fisioterapêutico 
 Esporte 
A Fisioterapia, através da sua representação maior (Conselho Federal de 
fisioterapia e Terapia Ocupacional), reconheceu várias especialidades 
 Acupuntura (Resoluções COFFITO nº: 201, de 24/06/99 e 219, de 
14/12/00) 
 Quiropraxia (Resolução COFFITO nº 220, de 23/05/01) 
 Osteopatia (Resolução COFFITO nº 220, de 23/05/01) 
 Fisioterapia Pneumo Funcional (Resolução COFFITO nº 188, de 
09/12/98) 
 Fisioterapia Neuro Funcional (Resolução COFFITO nº 189, de 
09/12/98) 
 Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional (Resolução COFFITO nº 
260, de 11/02/2004) 
Para o exercício legal e o funcionamento de Serviços de Fisioterapia o 
COFFITO estabelece as seguintes exigências legais: 
Pessoa Jurídica: 
 Responsabilidade Técnica pelo serviço da empresa perante o 
CREFITO.
22 
 Comprovação do registro do profissional no CREFITO. 
 Registro da empresa no CREFITO. 
Pessoa Física 
 Registro do Profissional no CREFITO 
 Cadastramento do seu consultório no CREFITO.
23 
9 METODOLOGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM 
O Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará utilizará um 
modelo de educação que incentive a constante auto-organização do aluno, através 
do estabelecimento de relações dialógicas com os demais agentes do sistema - 
principalmente os demais colegas, professores e a comunidade. Ao mesmo tempo 
em que se sente ligado ao grupo, se respeita a subjetividade de cada aluno e suas 
diferenças, e com isso se estimula a reflexão e a autonomia do pensamento e da 
prática. 
As ações e o modelo formativo deste projeto pedagógico visa formar e 
desenvolver competências na perspectiva que o aluno seja capaz ao final do Curso 
de formular, analisar e administrar os problemas, sabendo justificá-los e mobilizar os 
recursos necessários para enfrentar e resolver uma situação. Segundo Oliveira, 
2002 “competente não é um ser superior que tudo sabe e tudo resolve, competente 
é aquele que, frente aos problemas com elevado grau de dificuldade ou conflito 
ajuda a encontrar caminhos e possibilidades de resolução”. 
Portanto, a metodologia utilizará o desenvolvimento dos processos de 
ensinar e aprender, trabalhando a construção de conhecimentos a partir da vivência 
de experiências significativas e projetos integrados. Para ser significativo, o 
conteúdo deve relacionar-se a conhecimentos prévios do aluno, exigindo deste uma 
atitude favorável capaz de atribuir significado próprio aos conteúdos que assimila e, 
do professor, uma tarefa mobilizadora para que tal aprendizagem ocorra. O aluno 
interage com a cultura sistematizadora de forma ativa, como principal ator do 
processo de construção do conhecimento. 
O processo formativo utilizará a diversidade da formação por meios de 
conteúdos atualizados permitindo o desafio e o avançar do conhecimento, o que 
exige do docente a capacidade de integrar o conteúdo cognitivo adquirido ás 
situações práticas. Isso prevê a constante interação entre prática e teoria, já que a 
vivência, a observação e a reflexão sobre problemas extraídos da realidade irão 
despertar o interesse para os temas estudados.
24 
Como metodologias para o desenvolvimento da aula priorizam-se 
métodos ativos do conhecimento, que estimulem a reflexão, a autonomia, tais como: 
grupos de discussão, debates, mesas temáticas, entre outros, evitando as aulas 
expositivas tradicionais que impedem a livre construção do saber. 
Assim, requer do professor uma mudança de postura para o exercício de 
um trabalho reflexivo com o aluno. O professor deixa de ser o centro do processo de 
ensino-aprendizagem e o aluno deixa de ser um receptor passivo, passando a ser 
visto como sujeito ativo, construtor do conhecimento e do aprendizado. 
Outra estratégia é a inserção precoce do discente entre os níveis de 
atenção à saúde, o que permite à exposição do aluno a diversidade das situações 
modificando intensamente os seus conhecimentos, pois o individuo aprende melhor 
e mais rápido, na medida em que deve fazer em fase a situações variadas. A 
repetição e desestabilização de esquemas cognitivos adquiridos ou acomodados 
permite-lhes estar aberto a aprendizagem do novo. 
Isto pode ser posto em prática através da participação de docentes de 
diferentes áreas do conhecimento em atividades em sala de aula, nas práticas, em 
conferências, consultorias, no planejamento dos módulos e na orientação de 
laboratórios e habilidades. O contato com equipes multiprofissionais dos serviços 
visitados, organizados de diferentes formas, também pode servir de base para 
reflexão sobre o ensino e a atuação em equipe. Da mesma forma, o contato entre 
alunos de diferentes cursos de graduação e pós-graduação da área da saúde 
(Medicina, Odontologia, Enfermagem, Psicologia, Nutrição, Farmácia, 
Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, entre outros) e mesmo de outras áreas 
(Pedagogia, Comunicação, Engenharia Ambiental, Administração, Direito, entre 
outros), irá proporcionar uma visão integral do ser humano e superar a fragmentação 
do conhecimento. 
A estratégia utilizada para superar essa fragmentação é baseada no 
Currículo integrado. 
O currículo integrado é um plano pedagógico e sua correspondente 
organização institucional que articula de forma dinâmica o ciclo básico e clínico,
25 
ensino, serviço e comunidade, prática e teoria, por meio da integração dos 
conteúdos e das disciplinas. 
As disciplinas clássicas são integradas em módulos de ensino, com 
temáticas específicas, trabalhadas a partir da discussão de problemas e busca de 
informações e subsídios teóricos e técnicos para a sua solução. O currículo 
integrado propõe estratégias de abordagem e construção do conhecimento de um 
tema por meio de várias atividades que articulam teoria e prática. 
Os temas estabelecidos superam a fragmentação disciplinar e propõem a 
articulação dos conteúdos curriculares a partir de projetos, pesquisa, resolução de 
problemas, estudos de casos, iniciação à pesquisa e elaboração de sínteses 
significativas, de modo a colocar o aluno com seus limites e possibilidades no centro 
dos processos, buscando a construção contínua e processual de sua própria 
autonomia. 
Nesta perspectiva de ensino, a formação do fisioterapeuta é ampliada, 
conferindo-lhe responsabilidade social. Muito mais do que tratar e curar doenças 
espera-se que este modelo pedagógico contribua para a formação de cidadãos 
autônomos, criativos e reflexivos, com atitudes e padrões comportamentais 
respeitando os princípios éticos/bioéticos, morais e culturais do indivíduo e da 
coletividade. 
O ensino de Fisioterapia na Universidade Federal do Ceará oferecerá 
condições metodológicas e organizacionais para o processo de transmissão, 
assimilação e produção de conhecimentos, desenvolvimento das capacidades 
intelectuais e mentais, visando uma formação com profundo embasamento nas 
ciências biológicas, humanas e sociais. 
Durante todos os semestres, haverá a preocupação de permitir horários 
livres para oportunizar ao aluno, estudos complementares, dedicação em projetos de 
monitoria, iniciação científica, Programa Especial de Treinamento (PET), projetos de 
extensão.
26 
10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 
O Curso terá carga horária de 4.496 horas, distribuídas em 36 módulos 
previstos para 10 semestres, 1936 horas destinados ao conteúdo teórico e 2560 
horas práticas destinadas a estágios práticos e internato. Os conteúdos estão 
agrupados de tal forma que permitam a integração intra e inter módulos, valorizando 
a interdisciplinaridade e a integração teórico-prática. Além dos conteúdos 
obrigatórios com poucos pré-requisitos, o Curso oferecerá atividades 
complementares, disciplinas optativas e disciplinas livres. Estas últimas poderão ser 
cursadas em qualquer curso da Universidade Federal. 
Será permitido o Ensino de Educação a Distância, de modo que esta 
modalidade não ultrapasse 20% da carga horária do módulo 
O estudante terá um tempo padrão de 10 semestres letivos para concluir 
o curso. O tempo máximo de integralização curricular será de 15 semestres. 
Para conclusão do curso, como requisito obrigatório o estudante deverá 
apresentar um artigo a ser concluída no 10o semestre voltado para temas de 
interesse do estudante e que seja vinculado a uma linha de pesquisa relacionada à 
Fisioterapia. 
O processo seletivo para entrada de estudantes na UFC ocorrerá uma 
vez ao ano, onde serão ofertadas 40 vagas para o Curso de Fisioterapia, 
distribuídas equitativamente nos dois semestres letivos. 
10.1 Unidades Curriculares 
O Curso será desenvolvido em cinco eixos principais, de forma que os 
conteúdos curriculares integrem o ensino, a pesquisa e a extensão garantindo a 
interdisciplinaridade no processo de formação do aluno. Tais segmentos dividem-se: 
Eixo I: Formação Social e Humana; Eixo II: Biológica; Eixo III: Formação Pré- 
Profissional Integrativa; Eixo IV: Formação Profissional Instrumental; Eixo V: 
Formação Profissional Avançada.
27 
10.1.1 Eixo I: Formação Social, Humana e Pesquisa: 
Neste eixo será contemplada uma carga horária de 368 horas/aula, onde 
serão envolvidas atividades de formação e aprendizagem em uma permanente 
articulação da prática com a teoria, objetivando utilizar o instrumental das diferentes 
áreas do conhecimento das ciências humanas da saúde, também faz parte desse 
eixo interesse do aluno para atividade relacionada à pesquisa. 
Conteúdos Curriculares 
Filosofia 
Socioantropologia para a Saúde 
Epidemiologia e Políticas de Saúde 
Ética, Bioética e Deontologia em Fisioterapia 
Fundamentos e Ações Integradas da Fisioterapia 
Informática na Saúde 
Administração e Planejamento em Fisioterapia 
Fisioterapia Baseada em Evidências 
Pesquisa I em Fisioterapia 
Pesquisa II em Fisioterapia 
Projeto de Conclusão de Curso 
Trabalho de Conclusão de Curso 
10.1.2 Eixo II Formação Biológica 
Neste eixo será contemplada uma carga horária de 816 horas/aula, 
propiciando o entendimento do funcionamento e da interação entre os diferentes 
sistemas do organismo, caracterizando também suas bases células e moleculares, 
dessa foram, os profissionais em formação poderá discutir de forma abrangente e 
multidisciplinar a relevância dos processos biológicos nas diferentes patologias. 
Conteúdos Curriculares 
Anatomia Humana 
Neuroanatomia 
Fisiologia Humana 
Fisiologia do Exercício 
Biologia celular/Genética
28 
Citologia / Histologia / Embriologia 
Patologia Humana/ Parasitologia / Microbiologia 
Imunologia 
Farmacologia Aplicada a Fisioterapia 
Cinesiologia / Biomecânica 
Bioquímica / Biofísica 
Biologia e Fisiologia do Envelhecimento 
Eletroterapia/Termoterapia/Fototerapia 
10.1.3 Eixo III Formação Pré Profissional Integrativo 
Neste eixo será contemplada uma carga horária de 228 horas/aula, que 
consiste nas vivências e atividades de formação e aprendizagem através de uma 
busca permanente da articulação da prática com a teoria e do diálogo com os 
demais eixos: Formação Social, Humana e Pesquisa e de Formação Biológica. 
Conteúdos Curriculares 
Prática Fisioterapêutica I 
Prática Fisioterapêutica II 
Prática Fisioterapêutica III 
Prática Fisioterapêutica IV 
Projeto Integrado em Cinesioterapia 
Projeto Integrado em Fisioterapia Traumato-ortopédica 
Projeto Integrado em Fisioterapia Neurológica 
Projeto Integrado em Fisioterapia Pediátrica e Neonatologia 
Projeto Integrado em Reabilitação Cardiorrespiratória 
10.1.4 Eixo IV: Formação Profissional Instrumental 
Neste eixo será contemplada uma carga horária de 1488 horas/aula, 
pauta na construção das atividades que enfatiza dimensões da formação do 
profissional fisioterapeuta, compreendendo as múltiplas dimensões envolvidas no 
processo atenção-saúde-doença. 
Conteúdos Curriculares 
Avaliação Fisioterapêutica 
Cinesioterapia 
Fisioterapia Aquática
29 
Recursos Mecanoterápicos e Manuais 
Fisioterapia em Traumato-ortopédica 
Prótese, Órtese e Readaptação Funcional 
Fisioterapia em Reumatologia 
Fisioterapia Ergonômica e no trabalho 
Fisioterapia Desportiva 
Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares 
Fisioterapia Estética 
Fisioterapia em Dermatologia 
Fisioterapia em Neurologia 
Fisioterapia em Psiquiatria 
Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia 
Fisioterapia em Neuropediatria 
Psicomotricidade Clínica 
Fisioterapia nos Distúrbios do Assoalho Pélvico 
Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia 
Fisioterapia em Mastologia 
Fisioterapia na Terceira Idade 
Fisioterapia Cardiovascular 
Fisioterapia Respiratória 
Reabilitação Cardiopulmonar 
Diagnóstico por Imagem I 
Diagnóstico por Imagem II 
Primeiros Socorros 
10.1.5 Eixo V: Profissional Avançado 
Neste eixo será contemplada uma carga horária de 1280 horas/aula, que 
pretende instrumentalizar o aluno a pratica, apresentando os temas biológicos de 
forma integrada e crescente em complexidade. Oferece oportunidades de perceber e 
analisar criticamente o processo saúde doença compreendendo o desenvolvimento 
de uma clinica integrada e comum aos diversos campos profissionais envolvidos. 
Conteúdos Curriculares 
Fisioterapia Clínica Ambulatorial /CRUTAC 
Internato I - Ambiente Hospitalar
30 
Internato II - Ambiente Hospitalar 
10.2 Disciplinas por Departamento 
No Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará, as 
disciplinas (conteúdos) farão parte de um único departamento ligado diretamente à 
coordenação deste curso. 
Conteúdos Curriculares 
Filosofia 
Socioantropologia para a Saúde 
Anatomia Humana 
Cinesiologia / Biomecânica 
Fisiologia dos Sistemas 
Fundamentos de Eletrofisiologia 
Fisiologia do Exercício 
Cinesioterapia 
Projeto Integrado em Cinesioterapia 
Introdução a Pesquisa em Fisioterapia I 
Informática na Saúde 
Ética, Bioética e Deontologia em Fisioterapia 
Introdução a Pesquisa em Fisioterapia II 
Fundamentos e Ações Integradas da Fisioterapia 
Administração e Planejamento em Fisioterapia 
Estágio Introdutório a Prática de Fisioterapia I 
Estagio Introdutório a Prática de Fisioterapia II 
Estágio Introdutório a Prática de Fisioterapia III 
Estágio Introdutório a Prática de Fisioterapia IV 
Biologia Celular e Genética 
Bioquímica / Biofísica 
Citologia / Histologia / Embriologia 
Urgência em Saúde 
Epidemiologia e Políticas de Saúde
31 
Avaliação Fisioterapêutica 
Diagnóstico por Imagem I 
Diagnóstico por Imagem II 
Eletroterapia / Termoterapia / Fototerapia 
Recursos Mecanoterápicos e Manuais 
Fisioterapia Aquática 
Patologia Humana / Microbiologia / Parasitologia 
Imunologia 
Ensaios Farmacológicos em Fisioterapia 
Fisioterapia em Traumato-ortopédica 
Prótese, Órtese e Readaptação Funcional 
Projeto Integrado em Fisioterapia Traumato-ortopédica 
Fisioterapia em Buco-maxilo-facial 
Fisioterapia em Reumatologia 
Fisioterapia Desportiva 
Fisioterapia em Ergonomia 
Fisioterapia em Neurologia 
Neuroanatomia 
Projeto Integrado em Fisioterapia Neurológica 
Fisioterapia em Psiquiatria 
Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia 
Fisioterapia em Neuropediatria 
Psicomotricidade Clínica 
Projeto Integrado em Fisioterapia Pediatria e Neonatologia, 
Fisioterapia nos Distúrbios do Assoalho Pélvico. 
Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia 
Fisioterapia em Mastologia 
Fisioterapia em Dermatologia 
Fisioterapia Estética 
Fisioterapia Cardiovascular 
Bases Fisiológicas da Reabilitação Cardiovascular 
Projeto Integrado em Reabilitação Cardiorrespiratória 
Fisioterapia Respiratória 
Bases Fisiológicas da Reabilitação Pulmonar 
Fisioterapia em Terapia Intensiva 
Fisioterapia em Geriatria
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Fundamentos Biológicos e Fisiológicos do Envelhecimento 
Fisioterapia Clínica Ambulatorial/CRUTAC 
Internato I - Ambiente Hospitalar 
Internato II - Ambiente Hospitalar 
Fisioterapia Baseada em Evidências 
Projeto de Conclusão de Curso 
Trabalho de Conclusão de Curso 
10.3 Ementário das disciplinas 
SEMESTRE I 
S1 - M1: INDIVÍDUO, CULTURA E SOCIEDADE (FILOSOFIA/ SOCIOANTROPOLOGIA PARA A 
SAÚDE): 
Conceito de Filosofia. Raciocínio humano. Enfoque de práticas de saúde individual e coletiva nas 
diferentes culturas. Realidade social presente na prática da Fisioterapia. 
S1 – M2 INTRODUÇÃO À PESQUISA I (PESQUISA EM FISIOTERAPIA I INFORMÁTICA NA SAÚDE): 
Fundamentos epistemológicos da pesquisa. Processo de produção do conhecimento. Método. 
Pesquisa na saúde. Projeto de pesquisa. Investigação científica. Normatização de trabalho científico. 
Dados estatísticos. Administração e informática aplicada à Fisioterapia. 
S1 – M3 LÓGICA MOLECULAR DOS SERES VIVOS I (BIOLOGIA CELULAR E GENÉTICA/ 
BIOQUÍMICA / BIOFÍSICA/ CITOLOGIA/ HISTOLOGIA / EMBRIOLOGIA): 
Estrutura Biológica. Microscopia de Luz e Eletrônica. Teoria Celular. Células Procarióticas e 
Eucarióticas. Células Eucarióticas Animais. Ciclo celular. Função Genética. Leis que regem a herança 
biológica e do material genético. Introdução à bioquímica. Macromoléculas biológicas (proteínas, 
carboidratos, lipídeos e ácidos nucléicos). Bioquímica da atividade muscular. Fenômenos biológicos. 
Biofísica celular. Morfologia e fisiologia dos componentes celulares. Histologia dos quatro tecidos 
básicos: epitelial, nervoso, conjuntivo e muscular. Embriogênese. 
S1 – M4 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA I (FUNDAMENTOS E AÇÕES INTEGRADAS DA 
FISIOTERAPIA / PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA I):
33 
Conceito, evolução histórica, política e social da Fisioterapia. Reconhecimento do contexto de atuação 
profissional. Prática fisioterapêutica em ambiente ambulatorial supervisionado. Observação prática e da 
atuação do fisioterapeuta. Abordagem da profissão do fisioterapeuta do ponto de vista histórico e atual, 
suas especialidades, seu papel na promoção da saúde e no trabalho com equipe inter-profissional no 
ambiente ambulatorial. 
SEMESTRE II 
S2 - M1 CINEMÁTICA MUSCULAR I (CINESIOLOGIA / BIOMECÂNICA): 
Introdução à biomecânica. Cinemática e cinética do movimento humano. Estudo biomecânico e 
cinesiológico da marcha humana normal. Anatomia palpatória: princípios e técnicas de palpação, 
reconhecimento de músculos, tendões, ligamentos, proeminências ósseas e suas correlações 
anátomo-clínicas. 
S2 - M2 LÓGICA MOLECULAR DOS SERES VIVOS II (ANATOMIA HUMANA / FISIOLOGIA 
HUMANA): 
Anatomia humana. Estrutura dos principais órgãos e sistemas. Fisiologia dos sistemas. Contração do 
músculo esquelético. Estrutura do neurônio. Eletrofisiologia. 
S2 - M3 INTRODUÇÃO A PESQUISA II (ÉTICA, BIOÉTICA E DEONTOLOGIA EM FISIOTERAPIA / 
PESQUISA EM FISIOTERAPIA II): 
Conceituação de Ética e Deontologia. Legislação específica do Fisioterapeuta Introdução ao 
conhecimento científico, etapas do trabalho científico, tipos de estudo, população, amostragem e 
conceitos de medida ou aferição. Estrutura dos trabalhos científicos, monografias, teses e dissertações. 
Regras de publicação. Estatística descritiva e analítica. Apresentação tabular e gráfica de dados. 
S2 – M4 SAÚDE: PROCESSO E ASSISTÊNCIA (EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / 
PRIMEIROS SOCORROS): 
Saúde como processo sócio-cultural, econômico e político. Política nacional de saúde. Previdência 
Social. Procedimentos básicos de assistência em urgência e emergência. Abordagem no trauma e nas 
emergências clínicas. Suporte Básico de Vida. 
S2 – M5 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA II (PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA II):
34 
Prática fisioterapêutica em ambiente ambulatorial e saúde coletiva. 
SEMESTRE III 
S3 – M1 PROCESSOS PATOLÓGICOS E MECANISMOS DE AGRESSÃO (PATOLOGIA HUMANA / 
MIBROBIOLOGIA / IMUNOLOGIA / PARASITOLOGIA / FARMACOLOGIA APLICADA A 
FISIOTERAPIA): 
Processos patológicos: etiologia, patogenia, alteração morfológica e funcional dos órgãos e tecidos. 
Morfologia e classificação dos microorganismos. Características e crescimento dos principais grupos de 
microrganismos. Imunologia básica e aplicada. Organização do sistema imunológico. Imunidade 
inespecífica e específica. Imunidade celular e humoral. Imunoprofilaxia. Noções de imunodiagnóstico. 
Imunopatologia. Interação neuro-imuno-endócrina. Farmacologia, farmacodinâmica e farmacocinética. 
Principais fármacos de ação nos diversos sistemas e aparelhos relacionados à fisioterapia. Grupos 
especiais de medicamentos, sistema de controle e ensaios farmacológicos. Controle biológico de 
medicamento e toxicologia. 
S3 – M2 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS ELETRO TERMO FOTO BIOLÓGICOS 
(ELETROTERAPIA / TERMOTERAPIA / FOTOTERAPIA): 
Princípios da biofísica: radiações ionizantes e não-ionizantes no organismo. Vibração (onda ultra-sônica). 
Radiações eletromagnéticas, eletricidade e eletrofisiologia. Aborda os recursos de 
eletroterapia, termoterapia e Fototerapia existente no campo da Fisioterapia, seus efeitos fisiológicos, 
indicações, contra-indicações e formas de aplicação. Métodos e técnicas de tratamento. Indicações 
precauções e contra-indicações. 
S3 – M3 CINEMÁTICA MUSCULAR II (AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA / CINESIOTERAPIA): 
Introdução a semiologia. Avaliação Fisioterapêutica. Avaliação neurológica. Avaliação dos sinais vitais. 
Avaliação sensorial. Avaliação neuro-músculo-esquelética regionalizada. Avaliação postural. Avaliação 
da marcha. Avaliação ambiental. Avaliação da coordenação motora e do equilíbrio. Estudo das técnicas 
de exercícios terapêuticos usadas no tratamento fisioterápico. Aspectos biomecânicos e 
neurofisiológicos dos exercícios. Avaliação e prescrição de técnicas específicas para alcance de 
diferentes metas terapêuticas. Princípios dos exercícios e técnicas cinesioterapêuticas específicas. 
S3 – M4 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA III (PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA III / PROJETO 
INTEGRADO EM CINESIOTERAPIA):
35 
Desenvolvimento da observação prática e da atuação do fisioterapeuta no ambiente hospitalar. Rede 
interdisciplinar entre a Anatomia, Cinesiologia e Biomecânica, Cinesioterapia e Recursos 
Fisioterapêuticos. 
SEMESTRE IV 
S4 – M1 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS BIOHÍDRICOS (FISIOTERAPIA AQUÁTICA): 
Histórico da hidroterapia. Princípios físicos da água e fisiológicos do corpo em imersão e em exercício. 
Estudo teórico-prática do uso da água para fins terapêuticos e preventivos. Emprego de recursos 
aquáticos nas disfunções osteomioarticulares, neuromusculares e cardiorrespiratórios e recursos 
fisioterápicos correlacionados a hidroterapia. 
S4 – M2 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS MANIPULATIVOS E MECÂNICOS (RECURSOS 
MECANOTERÁPICOS E MANUAIS): 
Princípios físicos e biomecânicos da mecanoterapia Tração, manipulação, massoterapia, quiropraxia, 
osteopatia e relaxamento em Fisioterapia. Histórico da manipulação articular como forma de terapia. 
Anatomia e fisiologia da pele e sistema linfático. Massagem terapêutica e drenagem linfática. 
Apresentação da técnica da massagem reflexa e técnicas alternativas. 
S4 – M3 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA TRAUMATO ORTOPÉDICA (FISIOTERAPIA EM 
TRAUMATO-ORTOPÉDICA / DIAGNÓSTICO POR IMAGEM I / PRÓTESE, ÓRTESE E 
READAPTAÇÃO FUNCIONAL): 
Fisiopatologia das afecções ortopédicas e traumatológicas, avaliação, tratamento fisioterapêutico e 
readaptação funcional nas diferentes fases de doenças inflamatórias, infecciosas e degenerativas de 
músculos, ossos e articulações. Abordagem ao paciente politraumatizado, portador de fraturas, 
luxações, deformidades ortopédicas congênitas e adquiridas. Estudo de cada órgão ou estrutura do 
corpo humano, através da radiologia convencional, da ultra-sonografia, da tomografia 
computadorizada, da ressonância magnética e da medicina nuclear com ênfase na avaliação 
fisioterapêutica músculo-esquelética. Aparelhos ortopédicos, indicações e adaptações necessárias ao 
processo de reeducação, biomecânica aplicada e recursos cinesiológicos para o treinamento e uso de 
próteses órteses, materiais para confecções de próteses e órteses. 
S 4 – M4 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA IV (PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA IV PROJETO 
INTEGRADO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO – ORTOPÉDICA):
36 
Prática fisioterapêutica em ambiente hospitalar (Unidades de Terapia Intensiva e Sala de Recuperação 
Pós-Anestésica). Observação da atuação do fisioterapeuta. Trabalho com equipe inter-profissional no 
ambiente hospitalar. Rede interdisciplinar entre a Anatomia, Recursos Terapêuticos, Fisioterapia 
Traumato Ortopedia e Traumatologia. Estudo dos problemas ortopédicos e traumatológicos: avaliação, 
planejamento, prescrição e execução de tratamento fisioterapêutico. 
S 4 – M5 OPTATIVA (CONTEÚDOS OPTATIVOS) 
SEMESTRE V 
S5 – M1 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PATOLOGIAS REUMÁTICAS (FISIOTERAPIA EM 
REUMATOLOGIA FISIOTERAPIA ERGONÔMICA E NO TRABALHO): 
Doenças reumáticas, etiologia, patogênese, evolução e tratamentos clínicos. Teorias do 
envelhecimento e alterações morfofuncionais corporais. Avaliação clínica das disfunções do sistema 
musculoesquelético (tecidos conjuntivos e articulações). Fisiopatologia, quadro clínico, tratamento e 
procedimentos fisioterapêuticos das doenças degenerativas, metabólicas e as síndromes dolorosas em 
reumatologia. Diagnóstico funcional. 
S5 – M2 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA NAS LESÕES DESPORTIVAS (FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 
/ FISIOTERAPIA DESPORTIVA): 
Fisiologia do exercício e esforço físico. Estudo das respostas humanas ao exercício físico. 
Repercussões imediatas e tardias do treinamento físico aeróbico e anaeróbico nos diversos sistemas 
orgânicos. Metodologias de avaliação de parâmetros da aptidão física. Treinamento esportivo. 
Avaliação e tratamento das lesões no esporte. Emergência no esporte. Interação do fisioterapeuta na 
equipe interdisciplinar e tópicos atuais em fisioterapia no esporte. Fundamentos históricos da 
Ergonomia. Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Aspectos biomecânicos do sistema esquelético. 
Entendimento da sobrecarga de trabalho sob a ótica física, cognitiva e psíquica. Estudo dos elementos 
para a transformação das condições de trabalho. 
S5 – M3 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM NEUROLOGIA E PSIQUIATRIA (NEUROANATOMIA/ 
FISIOTERAPIA EM NEUROLOGIA/ FISIOTERAPIA EM PSIQUIATRIA/ PROJETO INTEGRADO EM 
FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA): 
Organização estrutural do Sistema Nervoso. Aspectos macro e microscópicos em neuroanatomia. 
Distúrbios físicos e funcionais nas afecções neurológicas. Métodos e técnicas fisioterapêuticas nos
37 
distúrbios e afecções neurofuncionais. Teorias sobre o aparelho psíquico. Integração da fisioterapia em 
neurologia, psiquiatria e saúde mental. 
SEMESTRE VI 
S6 –M1 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA (FISIOTERAPIA EM 
PEDIATRIA E NEONATOLOGIA /FISIOTERAPIA EM NEUROPEDIATRIA / PSICOMOTRICIDADE 
CLÍNICA/ PROJETO INTEGRADO EM FISIOTERAPIA PEDIATRICA E NEONATOLOGIA): 
Patologias neonatais e pediátricas. Exames complementares em neonatologia e pediatria. Disfunções 
neurológicas congênitas ou adquiridas; Desenvolvimento motor normal de 0 a 12 anos. Corpo e 
psiquismo na Reabilitação Funcional: Bases epistemológicas da Psicomotricidade; Rede interdisciplinar 
entre a Anatomia, Fisiologia, Patologia, Cinesiologia, Cinesioterapia, Neurologia, Ortopedia e 
Traumatologia, RTM e MTAF. Fisioterapia nas principais patologias ortopédicas e respiratórias da 
infância. 
S6 –M2 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM UROGINECOLOGIA, OBSTETRICIA E MASTOLOGIA 
(FISIOTERAPIA NOS DISTÚRBIOS DO ASSOALHO PÉLVICO; FISIOTERAPIA EM GINECOLOGIA E 
OBSTETRÍCIA; FISIOTERAPIA EM MASTOLOGIA): 
Anatomia funcional do assoalho pélvico e do sistema ano-retal. Fisiopatologia dos distúrbios em 
ginecologia e obstetrícia. Câncer de mama. Mastectomias. Avaliação, métodos e técnicas 
fisioterapêuticas em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia Oncológica. 
S6 – M3 FISIOTERAPIA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS (FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES 
TEMPOROMANDIBULARES / FISIOTERAPIA ESTÉTICA / FISIOTERAPIA EM DERMATOLOGIA): 
Conceitos e definições de disfunções temporomandibulares (DTM). Anatomia da articulação 
temporomandibular (ATM). Fisiologia da articulação. Biomecânica, oclusão e fibromialgia da ATM. 
Etiologia das lesões, avaliação fisioterapêutica, diagnóstico e tratamento. Fisioterapia Estética 
Conhecimentos teóricos no campo da Fisioterapia Dermato-funcional. Comprometimento estético 
corporal. Abordagem de técnicas utilizadas na Fisioterapia Dermato-funcional. 
S6 – M4 OPTATIVO (CONTEÚDOS OPTATIVOS) 
SEMESTRE VII 
S7 – M1 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM CARDIOLOGIA E PNEUMOLOGIA (FISIOTERAPIA
38 
CARDIOVASCULAR/ FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA/ REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR/ 
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM II/ PROJETO INTEGRADO EM REABILITAÇÃO 
CARDIORRESPIRATÓRIA): 
Fisiopatologia clínica das afecções pulmonares e cardiovasculares, reabilitação cardíaco e pulmonar e 
diagnóstico por imagem da cavidade torácica. 
S7 – M2 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM GERONTOLOGIA (BIOLOGIA E FISIOLOGIA DO 
ENVELHECIMENTO / FISIOTERAPIA NA TERCEIRA IDADE): 
Processo biológico e fisiológico do envelhecimento humano. Principais distúrbios fisiopatológicos do 
envelhecimento humano e tratamento fisioterápico. 
S7 – M3 LIVRES (CONTEÚDOS LIVRES) 
SEMESTRE VIII 
S8 – M1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA I (FISIOTERAPIA CLÍNICA 
AMBULATORIAL / CRUTAC): 
Prática supervisionada nas diferentes áreas do saber fisioterapêutico. Clínicas, hospitais e empresas 
conveniadas. 
S8 – M2 PESQUISA EM FISIOTERAPIA I (FISIOTERAPIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS) 
Processo de aquisição e análise da validade da informação baseada em evidências científicas em 
saúde e na Fisioterapia. 
S8 – M3 GESTÃO EM SAÚDE (ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO EM FISIOTERAPIA): 
Fundamentos administrativos. Serviço de fisioterapia como elemento administrativo. Administração de 
pessoal em Fisioterapia. Qualidade em serviço de Fisioterapia. 
SEMESTRE IX 
S9 – M1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA II (INTERNATO I - AMBIENTE 
HOSPITALAR): 
Prática clínica como forma de treinamento do aluno para a atuação profissional, executando os 
procedimentos de avaliação e intervenção fisioterapêuticos envolvidos na prevenção e recuperação do
39 
paciente hospitalizado, respeitando os princípios técnicos, éticos e humanos do indivíduo sob seus 
cuidados. 
S9 – M2 TERAPIA INTENSIVA (FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA): 
Prevenção de complicações, diagnóstico diferencial, monitorização das funções vitais, tratamento 
fisioterápico das enfermidades que necessitam de terapias intensivas. 
S9 – M3 PESQUISA EM FISIOTERAPIA II (PROJETO DE CONCLUSÃO DO CURSO) 
Definição da temática de pesquisa. Aspectos do embasamento teórico, do desenvolvimento da 
metodologia de pesquisa e da aplicação técnica na área de Fisioterapia. Elaboração e avaliação do 
projeto de pesquisa. Aplicação dos conceitos teóricos sobre os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais 
do projeto. 
SEMESTRE X 
S10 – M1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA III (INTERNATO II - AMBIENTE 
HOSPITALAR): 
Prática clínica como forma de treinamento do aluno para a atuação profissional, executando os 
procedimentos de avaliação e intervenção fisioterapêuticos envolvidos na prevenção e recuperação do 
paciente hospitalizado em UTI, respeitando os princípios técnicos, éticos e humanos do indivíduo. 
S10 – M2 PESQUISA EM FISIOTERAPIA III (TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO) 
Aplicação do projeto de pesquisa. Coleta de dados. Análise e processamento dos dados. Redação e 
apresentação do artigo de conclusão do curso. 
10.4 Estágio Supervisionado 
Em conformidade com a Resolução nº. CNE/CES 4, de 19 de Fevereiro 
de 2002, do Conselho Federal de Educação, é obrigatório ao aluno de Fisioterapia 
cumprir estágio supervisionado, sendo o mesmo parte integrante do currículo pleno 
do curso. 
Esta resolução instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de 
Graduação em Fisioterapia definindo que se deve garantir o desenvolvimento de
40 
estágios curriculares, sob a supervisão docente, assegurando a prática de 
intervenções preventiva e curativa nos diferentes níveis de atuação: ambulatorial, 
comunitário/unidades básicas de saúde e hospitalar. 
10.4.1 Objetivo geral: 
 desenvolver habilidades e competências para o tratamento fisioterápico 
de afecções nos três níveis de atenção à saúde com base em toda a 
fundamentação teórica. 
10.4.2 Objetivos específicos: 
 possibilitar a aplicação prática de conhecimentos na avaliação e 
reavaliação dos pacientes para elaboração dos programas de tratamento; 
 possibilitar a indicação e aplicação das técnicas e recursos terapêuticos; 
 possibilitar o acompanhamento da evolução dos pacientes e orientação 
ético-profissional; 
 permitir a avaliação, elaboração de programa de tratamento e de 
relatórios evolutivos em diversas áreas clínicas de atuação da Fisioterapia 
estabelecidas pelas diretrizes curriculares; 
 desenvolver a capacidade de trabalho em grupo; 
 desenvolver capacidade de trabalho com autonomia, reflexão, análise, 
gestão do tempo e autodisciplina. 
10.4.3 Vivências em Fisioterapia 
Os módulos “Vivências em Fisioterapia” propostos no início da matriz 
curricular tem o objetivo de desenvolver precocemente a autodisciplina, gestão de 
tempo e capacidade de trabalho, e desta forma, ao longo do curso, as práticas 
assistidas e internato promoverão a integração teórico prático nas diversas áreas do 
conhecimento da Fisioterapia em diferentes níveis de complexidade. 
10.4.4 Estágios Supervisionados
41 
Os Estágios Supervisionados do Curso de Fisioterapia da Universidade 
Federal do Ceará ocorrerão em três etapas: 
 Estágio Ambulatorial/CRUTAC (320h/a) - Atuará no âmbito ambulatorial e 
comunitário/unidades básicas de saúde. 
 Estágio hospitalar 
 Internato I (480h/a) 
 Internato II (480h/a) 
10.4.4.1 Estágio Ambulatorial/CRUTAC 
Será iniciado no 8º semestre, no qual, promoverar-se-á a interação 
paciente-aluno a nível ambulatorial e em clínicas de atendimento geral em 
fisioterapia. A prática na comunidade através do CRUTAC - Programa de 
Treinamento Rural Universitário e Ação Comunitária consiste de um programa de 
preparação de futuros profissionais em treinamento interdisciplinar através da ação 
comunitária vinculado a Pró-Reitoria de Extensão, em funcionamento na UFC 
podendo os alunos de Fisioterapia integrar-se a este. 
A UFC implantará a Clínica de Fisioterapia da UFC - UFCFISIO que se 
apresenta como um empreendimento previsto no projeto pedagógico. A UFCFISIO 
será uma ferramenta de ensino e pesquisa para o treinamento discente, ao mesmo 
tempo será um importante centro de prestação de serviços de fisioterapia para a 
comunidade. Terá regimento interno próprio para nortear o seu funcionamento, 
integrando-se a filosofia e a estrutura organizacional do curso de Fisioterapia. Será 
elaborado pelo coordenador do curso e corpo docente. 
10.4.4.2 Internatos 
Neste modelo curricular dar-se-á ênfase a formação e desenvolvimento 
de competências no âmbito hospitalar. Nos dois últimos semestres o aluno 
participará de estágio em ambiente hospitalar, sendo subdividido em Intenado I e II. 
A duração do Internato corresponde a 12 meses, sendo incluído um mês de férias e 
um mês de estágio eletivo para cada internato. O Internato I corresponde à prática 
nas diversas áreas clínicas de atuação da Fisioterapia nas unidades de 
internamento hospitalar (enfermarias) e o Internato II à atuação prática em Unidades
42 
de Terapia Intensiva e Unidades de Recuperação Pós operatória. O Internato é de 
caráter obrigatório, com carga horária total de 960 horas. 
Em ambos os casos, ocorrerá o revezamento dos alunos nos diferentes 
setores. Desta forma, será possível estabelecer correlações entre a teoria e a prática 
através de estudos de casos à beira do leito; aplicação da metodologia da 
assistência fisioterapêutica (avaliação, planejamento, execução do plano 
assistencial, reavaliação e alta), expressando assim, uma filosofia de ensino e 
aprendizagem baseada na percepção de tudo o que integra o relacionamento 
interpessoal e terapêutico. 
O internato, por apresentar características e normas próprias, terá 
regimento interno, aprovado pelo colegiado do Curso de Graduação de Fisioterapia. 
O colegiado do curso será composto pelo coordenador, um representante de cada 
uma das áreas do internato e do representante dos discentes. O regimento interno 
regulamentará itens como: o revezamento de alunos nas diversas áreas e período 
de permanência em cada local, plantões, férias, licenças, afastamento para 
congressos e concursos. 
10.4.5 Mecanismos efetivos de acompanhamento e de cumprimento 
dos Estágios Supervisionados 
Para contemplar com sucesso os itens acima, inicialmente será eleito um 
supervisor de estágio que coordenará todas as atividades inerentes à disciplina de 
estágio supervisionado. Este contará com o auxílio de professores-supervisores de 
estágios. 
Os alunos serão divididos em grupos de até 6 alunos por professor-supervisor 
de estágio. O supervisor de estágio elaborará, em conjunto com os 
professores-supervisores, os cronogramas de atividades diárias que serão 
padronizadas em todos os campos práticos. 
Ao longo do estágio, o aluno apresentará estudos de casos, seminários, 
discussões de casos e relatórios parciais das atividades desenvolvidas em cada 
unidade. Ao término, o aluno apresentará um relatório final.
43 
O aluno será avaliado pelo professor-supervisor através de critérios 
cognitivo, afetivo e psicomotor, sendo então registrados em formulário de 
acompanhamento diário. 
Os acadêmicos de Fisioterapia deverão desenvolver e demonstrar 
habilidade clínica e competência para efetivamente comunicar-se com o paciente, 
familiares e com a equipe interdisciplinar de forma apropriada, respeitando as 
diferenças culturais e seguindo os princípios éticos. 
COGNITIVO: ao final dos estágios/internato, os alunos serão capazes de: 
 Interpretar as informações contidas em prontuários 
 habilidade para buscar a história clínica através de entrevista ao paciente 
 Identificar as informações necessárias para o planejamento do tratamento 
fisioterapêutico 
 Reconhecer as indicações e contra indicações de procedimentos 
fisioterapêuticos de acordo com a história clínica e avaliação médica 
 Aplicar a terminologia padrão atualizada 
 Aplicar todas as ferramentas de avaliação acessadas durante os 
primeiros ciclos de formação 
 Avaliar sinais vitais, avaliação sensorial, propriocepção, postura, 
amplitude articular, força muscular, cirtometria, marcha, coordenação e 
equilíbrio e dor 
 Realizar planos de tratamento para as desabilidades 
musculoesqueléticas, neuromusculares de qualquer natureza que 
envolva a aplicação de métodos e técnicas fisioterapêuticas 
 Demonstrar atitude profissional, comunicação verbal e não verbal com 
outros grupos interpessoais, como gestores e diretores das instituições onde 
estiverem alocados. 
 Gerenciar serviços de reabilitação no âmbito hospitalar e extra hospitalar. 
AFETIVO: ao final dos estágios os alunos serão capazes de: 
 Entender os efeitos na comunicação verbal com pacientes e equipe 
interdisciplinar
44 
 Entender o impacto que a incapacidade física e psicológica temporária ou 
permanente acarreta no indivíduo 
 Perceber os problemas próprios das comunidades e dos serviços 
comunitários 
 Compreender e refletir as diferenças culturais, a sexualidade e outros que 
podem refletir na evolução da reabilitação. 
HABILIDADE PSICOMOTORA: 
 De forma segura os estudantes deverão demonstrar habilidade no 
manuseio técnico aplicando-os ao contexto clínico fisioterapêutico de 
maneira apropriada e integrando ao conhecimento cognitivo. 
 Aplicar técnicas terapêuticas manuais nas diversas afecções que afetem 
o aparelho locomotor e de outros sistemas 
 Manusear com habilidade e segurança diferentes equipamentos utilizados 
para avaliação e tratamento fisioterapêutico 
Utilizar-se-á formulários próprios para registro da avaliação de habilidades 
e competências desenvolvidas nestas áreas. 
10.4.6 Relação aluno/professor-supervisor de estágio 
Nos diferentes campos de estágio, nas disciplinas de Estágio Ambulatorial 
e Hospitalar (internato I e II), a coordenação do curso de Fisioterapia da 
Universidade Federal do Ceará tem a preocupação em manter uma relação máxima 
de um professor-supervisor para cada 6 alunos, o que vem tornar a supervisão muito 
produtiva. 
10.5 Trabalho de conclusão de curso 
Considerando a tendência adotada do ensino voltado para a comunidade 
com forte base no desenvolvimento do saber científico, o curso de graduação em 
Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará desenvolverá em seu término, um
45 
trabalho de conclusão, sendo a apresentação final formatada em forma de artigo 
científico. O objetivo do TCC é despertar intuição investigativa e científica no 
profissional Fisioterapeuta que está se formando, desenvolvendo consciência crítico-analítico. 
No Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará, o Trabalho de 
Conclusão de Curso será dividido em duas partes (Projeto de Conclusão de Curso e 
Trabalho de Conclusão de Curso) com a carga horária total de 64h/a. A primeira 
parte, no 9º semestre do curso, destinada para a construção do projeto de TCC. 
A segunda parte, no 10º semestre do curso, será para a execução, 
elaboração do relatório final, conclusão e defesa perante Banca Examinadora. 
10.5.1 Mecanismos efetivos de acompanhamento do trabalho de 
conclusão de curso 
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) deverá ser entregue e 
apresentado no final do curso, constituindo-se um pré-requesito para sua graduação. 
O projeto de pesquisa será desenvolvido em duas etapas: 
 iniciando-se com a construção do projeto, onde o aluno revisa todo 
referencial teórico que deverá ser utilizado para o desenvolvimento do 
trabalho científico em uma área específica de sua escolha sob orientação de 
um docente fisioterapeuta. O acompanhamento do andamento do projeto 
é previsto através de apresentações sistemáticas e organizadas em forma 
de seminários que ocorrerão do decorrer do semestre. O projeto será 
apresentado a uma banca examinadora para qualificação do mesmo. 
 Na etapa seguinte, o aluno realizará a etapa analítica e conclusiva da 
pesquisa sob a orientação de um docente fisioterapeuta, fazendo-se 
necessário a defesa perante uma Banca Examinadora. 
10.5.2 Relação aluno/professor ou trabalho/professor na orientação 
de trabalho de conclusão de curso 
Nas disciplinas de Projeto e Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de 
Fisioterapia da UFC, sugere-se a manutenção da relação máxima de um professor 
para cada 5 alunos, o que tornará mais produtiva a orientação.
46 
10.6 Atividades Complementares 
A estrutura curricular do Curso de Fisioterapia da UFC inclui também 
diversas atividades complementares que enriquecem a formação do aluno. 
Serão consideradas atividades complementares, as vivências dos alunos 
em situações técnico-didáticas específicas da fisioterapia e/ou da área da saúde ou 
de interesse do aluno, tais como: palestras, cursos de atualização, atendimento 
clínico em diversos contextos e áreas, oficinas pedagógicas, visitas científicas, 
fóruns de debates, seminários, encontros-técnico-científicos, participação em 
atividades de iniciação científica, de extensão, de iniciação à docência através da 
monitoria e outras formas que venham a complementar a formação do aluno, dando-lhe 
compreensão da profissão de fisioterapeuta. 
A coordenação do Curso de Fisioterapia da UFC, será a responsável 
pela implementação, acompanhamento e avaliação das atividades complementares, 
seguindo os critérios de pontuação das mesmas de acordo com o art. 5º da 
Resolução nº 07/CEPE, de 17 de junho de 2005, que dospõe sobre as atividades 
complementares dos curso de grauação da UFC. 
As atividades complementares através de plano de ação pertinente ao 
ensino proporcionarão a participação dos acadêmicos nas ações integradas e 
articuladas com diferentes segmentos da sociedade organizada, possibilitando uma 
integração entre o curso e a comunidade. Essas atividades com carga horária de 
140h/a. deverão ser realizadas durante o período acadêmico como elemento 
necessário para a conclusão do Curso. 
Os estágios extras curriculares não serão estimulados uma vez que existe 
impedimento legal. O Conselho Regional de Fisioterapia da 6ª Região – CREFITO - 
6 considera mediante Art. 10, da Decisão CREFITO-6, nº 001/2003 que a atividade 
de estágio extra curricular consiste na prática ilegal da profissão e não os permite 
nesta jurisdição. 
“Art. 10 – Fica expressamente vedado o exercício de estágio extra-curricular, 
nas áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, na 
jurisdição do CREFITO-6, sujeitando-se seus responsáveis às 
sanções previstas na legislação correspondente”.
47 
11 INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR 
SEMESTRE I 
M CARGA 
HORÁRIA 
CRÉDITOS 
MÓDULOS CONTEÚDOS T P PRÉ-REQUISITO 
1 64 04 - INDIVÍDUO, CULTURA E 
SOCIEDADE 
Filosofia 
Socioantropologia para a 
Saúde 
2 64 02 02 INTRODUÇÃO À PESQUISA I Pesquisa em Fisioterapia I 
Informática na Saúde 
3 144 05 04 
LÓGICA MOLECULAR DOS 
SERES VIVOS I 
Biologia celular e Genética 
Bioquímica / Biofísica 
Citologia/ Histologia / 
Embriologia 
4 80 03 02 
VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA I 
Fundamentos e Ações 
Integradas da Fisioterapia 
Prática Fisioterapêutica I 
T 416 14 08 
SEMESTRE II 
M 
CARGA 
HORÁRIA 
CRÉDITOS 
T P MÓDULOS 
CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO 
1 128 04 04 
CINEMÁTICA MUSCULAR I 
Cinesiologia / 
Biomecânica 
2 192 06 06 LÓGICA MOLECULAR DOS 
SERES VIVOS II 
Anatomia Humana 
Fisiologia Humana 
Lógica Molecular 
dos Seres Vivos I 
3 64 04 - 
INTRODUÇÃO A PESQUISA II 
Ética, Bioética e 
Deontologia em 
Fisioterapia 
Pesquisa em Fisioterapia 
II 
Introdução a 
Pesquisa I 
4 64 02 02 
SAÚDE: PROCESSO E 
ASSISTÊNCIA 
Epidemiologia e Políticas 
de Saúde 
Primeiros Socorros 
5 32 - 02 
VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA II 
Prática Fisioterapêutica II Vivências Em 
Fisioterapia I 
T 416 16 14 
SEMESTRE III 
M CARGA 
HORÁRIA 
CRÉDITOS MÓDULOS CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO 
T P 
1 128 06 02 
PROCESSOS PATOLÓGICOS E 
MECANISMOS DE AGRESSÃO 
Patologia Humana / 
Microbiologia 
Parasitologia 
Imunologia 
Farmacologia Aplicada 
a Fisioterapia 
2 96 04 02 
RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS 
ELETROTERMOFOTOBIOLÓGICOS 
Eletroterapia/Termoter 
apia/ Fototerapia 
3 192 06 06 
CINEMÁTICA MUSCULAR II 
Avaliação 
Fisioterapêutica 
Cinemática 
Muscular I
48 
Cinesioterapia 
4 64 02 02 
VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA III 
Prática 
Fisioterapêutica III 
Projeto Integrado em 
Cinesioterapia 
Vivências Em 
Fisioterapia II 
T 480 18 12 
SEMESTRE IV 
M CARGA 
HORÁRIA 
CRÉDITOS 
MÓDULO CONTEÚDOS T P PRÉ-REQUISITO 
1 48 2 1 RECURSOS 
FISIOTERAPÊUTICOS 
BIOHÍDRICOS 
Fisioterapia Aquática 
2 64 2 2 RECURSOS 
FISIOTERAPÊUTICOS 
MANIPULATIVOS E 
MECÂNICOS 
Recursos 
Mecanoterápicos e 
Manuais 
3 192 06 06 
CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA 
TRAUMATO ORTOPÉDICA 
Fisioterapia em Traumato-ortopédica 
Diagnóstico por Imagem I 
Prótese, Órtese e 
Readaptação Funcional 
Cinemática 
Muscular II 
4 64 02 02 
VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA 
IV 
Prática Fisioterapêutica IV 
Projeto Integrado em 
Fisioterapia Traumato – 
ortopédica 
Vivências Em 
Fisioterapia III 
5 32 02 - OPTATIVA Conteúdos optativos 
T 400 14 11 
SEMESTRE V 
M CARGA 
HORÁRIA 
CRÉDITOS 
MÓDULO CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO 
T P 
1 112 03 04 
CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA 
EM PATOLOGIAS 
REUMÁTICAS 
Fisioterapia em 
Reumatologia 
Fisioterapia Ergonômica e 
no trabalho 
Clínica 
Fisioterapêutica 
Traumato 
Ortopédica 
2 112 03 04 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA 
NAS LESÕES DESPORTIVAS 
Fisiologia do Exercício 
Fisioterapia Desportiva 
Cinemática 
Muscular II 
3 192 07 05 
CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA 
EM NEUROLOGIA E 
PSIQUIATRIA 
Neuroanatomia 
Fisioterapia em 
Neurologia 
Fisioterapia em Psiquiatria 
Projeto Integrado em 
Fisioterapia Neurológica 
Lógica Molecular 
dos Seres Vivos II 
T 416 13 12 
SEMESTRE VI 
M CARGA 
HORÁRIA 
CRÉDITO 
S MÓDULO CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO 
T P 
1 176 07 04 
CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA 
EM PEDIATRIA E 
NEONATOLOGIA 
Fisioterapia em Pediatria e 
Neonatologia 
Fisioterapia em 
Neuropediatria 
Psicomotricidade Clínica 
Clínica 
Fisioterapêutica 
em Neurologia e 
Psiquiatria
49 
Projeto Integrado em 
Fisioterapia Pediátrica e 
Neonatologia 
2 112 05 02 
CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA 
EM UROGINECOLOGIA, 
OBSTETRICIA E MASTOLOGIA 
Fisioterapia nos Distúrbios 
do Assoalho Pélvico 
Fisioterapia em 
Ginecologia e Obstetrícia 
Fisioterapia em 
Mastologia 
3 112 03 04 
FISIOTERAPIA EM SITUAÇÕES 
ESPECIAIS 
Fisioterapia nas 
Disfunções Temporo - 
Mandibulares 
Fisioterapia Estética 
Fisioterapia em 
Dermatologia 
4 32 02 - 
OPTATIVO 
Conteúdos optativos 
T 432 17 10 
SEMESTRE VII 
M CARGA 
HORÁRIA 
CRÉDITOS MÓDULOS 
CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO 
T P 
1 304 11 08 
CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA 
EM CARDIOLOGIA E 
PNEUMOLOGIA 
Fisioterapia 
Cardiovascular 
Fisioterapia Respiratória 
Reabilitação 
Cardiopulmonar 
Diagnóstico por Imagem II 
Projeto Integrado em 
Reabilitação 
Cardiorrespiratória 
Cinemática 
Muscular II/ Lógica 
Molecular dos 
Seres Vivos II 
2 64 02 02 
CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA 
EM GERONTOLOGIA 
Biologia e Fisiologia do 
Envelhecimento 
Fisioterapia na Terceira 
Idade 
Clínica 
Fisioterapêutica 
Traumato 
Ortopédica 
3 32 02 - LIVRE Conteúdos livres 
T 400 15 10 
SEMESTRE VIII 
M CARGA 
HORÁRIA 
CRÉDITOS MÓDULOS 
CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO 
T P 
1 320 - 20 
ESTAGIO SUPERVISIONADO 
EM FISIOTERAPIA 
AMBULATORIAL 
Fisioterapia Clínica 
Ambulatorial/CRUTAC 
Recursos 
Fisioterapêuticos 
Eletrotermofotobio 
lógicos/ Clínica 
Fisioterapêutica 
Traumato 
Ortopédica/ 
Clínica 
Fisioterapêutica 
em Patologias 
Reumáticas/ 
Clínica 
Fisioterapêutica 
nas Lesões 
Desportivas/ 
Fisioterapia em 
Situações 
Especiais/ Clínica 
Fisioterapêutica
50 
em Pediatria e 
Neonatologia 
2 32 02 - 
PESQUISA EM FISIOTERAPIA 
I 
Fisioterapia Baseada em 
Evidências 
Introdução a 
Pesquisa II 
3 32 02 - 
GESTÃO EM SAÚDE 
Administração e 
Planejamento em 
Fisioterapia 
4 32 02 - LIVRE Conteúdos livres 
T 416 06 20 
SEMESTRE IX 
M CARGA 
HORÁRIA 
CRÉDITOS MÓDULO 
CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO 
T P 
1 512 - 32 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
EM FISIOTERAPIA 
HOSPITALAR I 
Internato I - Ambiente 
Hospitalar 
Clínica 
Fisioterapêutica 
em Cardiologia e 
Pneumologia/ 
Clínica 
Fisioterapêutica 
em Gerontologia/ 
Clínica 
Fisioterapêutica 
em 
Uroginecologia, 
Obstetricia e 
Mastologia/ 
Estagio 
Supervisionado 
em Fisioterapia 
Ambulatorial 
2 96 04 02 
TERAPIA INTENSIVA 
Fisioterapia em Terapia 
Intensiva 
Clínica 
Fisioterapêutica 
em Cardiologia e 
Pneumologia 
3 32 02 - 
PESQUISA EM FISIOTERAPIA II 
Projeto de Conclusão de 
Curso 
Pesquisa em 
Fisioterapia I 
T 640 06 34 
SEMESTRE X 
M CARGA 
HORÁRIA 
CRÉDITOS MÓDULO 
CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO 
T P 
1 480 - 30 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
EM FISIOTERAPIA 
HOSPITALAR II 
Internato II - Ambiente 
Hospitalar 
Estágio 
Supervisionado 
em Fisioterapia 
Hospitalar I/ 
Terapia Intensiva 
2 32 02 - PESQUISA EM FISIOTERAPIA 
III 
Trabalho de Conclusão de 
Curso 
Pesquisa em 
Fisioterapia II 
T 512 02 30 
O aluno deverá cursar no mínimo 08 créditos de disciplinas optativas, 
podendo ser 04 créditos de disciplinas livres. 
Serão ofertadas como disciplinas optativas: Saúde Coletiva, Terapias 
Alternativas, Fisioterapia Domiciliar, Fisioterapia Veterinária, Acupuntura e Libras.
51 
12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO 
PEDAGÓGICO 
A implantação do projeto pedagógico, como um processo dinâmico, em 
permanente construção, pressupõe a adoção de um sistema da avaliação que 
possibilite o acompanhamento e o aperfeiçoamento do currículo. 
O sistema de avaliação a ser implantado deve ser periódico. Deve ter um 
mecanismo constante de retroalimentação. Visa a melhoria do processo de 
construção ativa do conhecimento por parte de gestores, professores, alunos e 
funcionários técnico-administrativo, estabelecendo sistemas de acompanhamento e 
avaliação quantitativa e qualitativa do Projeto Pedagógico. Este acompanhamento e 
avaliação deverão acontecer por meio de reuniões sistemáticas entre o corpo 
docente, corpo discente (através dos representantes de turma e representação 
discente no colegiado de curso) e a coordenação do curso para constante 
acompanhamento, esclarecimento e aprimoramento do Projeto Pedagógico. 
A avaliação deve subsidiar todo o processo de formação, fundamentando 
novas decisões, direcionando os destinos do planejamento e reorientando-o caso 
esteja se desviando. 
Devem ser planejadas avaliações dos objetivos educacionais, do 
processo ensino-aprendizagem, de alunos, de professores e da Instituição com as 
seguintes especificidades: 
a) objetivos educacionais - quanto à sua adequação e se estão sendo 
atingidos; 
b) processo ensino-aprendizagem - quanto aos métodos educacionais, 
conteúdo, ambientes e o próprio sistema de avaliação; 
c) aluno - quanto à aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes; 
d) professores - quanto ao seu desempenho nas atividades de ensino, 
pesquisa e extensão;
52 
e) Instituição - quanto à sua estrutura organizacional e processo 
gerencial. 
A aprovação e a progressão dos alunos no Curso, respeitando os critérios 
da UFC, seguirão normas específicas. No entanto, é imprescindível a inclusão de 
uma avaliação formativa, que dê ao aluno um “feedback” sobre o seu rendimento, 
ainda com tempo hábil para a melhoria do seu desempenho. A avaliação dos alunos 
deve abranger todo o processo de formação profissional, incluindo conhecimentos, 
habilidades e atitudes, estendendo-se também ao Internato. 
As ações pedagógicas propostas pelo projeto do curso deverão ser 
garantidas, entre outros, a partir da articulação mais eficiente entre as disciplinas e 
ações pedagógicas de gestão. Para viabilizar tais ações, faz-se necessário a 
proposta de criação de Núcleos de Competência das disciplinas e a criação da 
Coordenação de Semestres que têm por objetivo contribuir para a efetivação dos 
princípios que orientam a proposta.
53 
13 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A OFERTA DO CURSO 
O Curso de Fisioterapia utilizará as instalações da Universidade Federal 
do Ceará (Campus do Porangabussú e Campus do Pici). 
I. O Curso de Fisioterapia será sediado no Campus do Porangabussu, onde 
funcionam os cursos da Área da Saúde. Os novos itens de infra-estrutura física e de 
equipamentos a serem adquiridos são os seguintes: 
1. Salas para coordenação e secretaria; 
2. Salas de aula para a integralização do curso em cinco anos; 
3. Novos Laboratórios: 
a) 01 LABORATÓRIO DE CINESIOLOGIA E BIOMECANICA; 
b) 01 LABORATÓRIO DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA; 
c) 01 LABORATÓRIO DE BASES, TÉCNICAS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO; 
d) 01 LABORATÓRIO DE CINESIOTERAPIA; 
e) 01 LABORATÓRIO DE ELETRO-TERMO-FOTOTERAPIA; 
f) 01 LABORATÓRIO DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA. 
II. A infra-estrutura de pessoal necessária é a seguinte: 
1. Docentes (o número de docentes estimados corresponde a 14 professores em 
regime de dedicação exclusiva). 
2. 01 servidor técnico-administrativo para a secretaria do curso; 
2. 06 servidores técnicos de laboratório. 
13.1 Laboratórios 
A UFC deverá disponibilizar laboratórios de saúde que poderão ser 
utilizados para aulas práticas, demonstrativas, estudos e aplicação de programas e 
projetos existentes na Instituição. Os laboratórios de saúde e suas extensões 
deverão ser isoladas, com boa acústica, climatizados e iluminados adequadamente 
às ações de ensino. Para o melhor desenvolvimento das atividades acadêmicas a 
Coordenação deverá disponibilizar para os alunos os horários dos laboratórios: 
específicos para aulas e estudos extra-sala de aula.
54 
13.1.1 Laboratório de Microscopia 
Ambiente destinado às aulas práticas das seguintes disciplinas: Histologia 
e Embriologia, Biologia Celular e Patologia. 
Poderá ser utilizado, quando necessário, por docentes de outras 
disciplinas que eventualmente precisem deste Laboratório, bem como para análise 
de lâminas utilizadas em trabalhos de conclusão de curso, pesquisas científicas, 
entre outras. 
13.1.2 Laboratório de Anatomia 
Laboratório necessário e destinado à realização das aulas práticas das 
seguintes disciplinas da matriz curricular do Curso de Fisioterapia: 
- Anatomia Humana 
- Neuroanatomia 
Eventualmente, de acordo com o assunto ou com a necessidade dos 
professores, o Laboratório poderá ser utilizado ainda por qualquer docente das 
demais disciplinas do Curso de Fisioterapia, assim como por cursos de extensão 
promovidos pela Fisioterapia. O Laboratório de Anatomia ficará disponível aos 
acadêmicos para estudo, com a presença do funcionário responsável pelo mesmo, 
de acordo com uma programação de horários organizada pela Instituição. 
13.1.3 Laboratório de Fisiologia 
Espaço destinado às aulas de Fisiologia Humana, Farmacologia aplicada 
a Fisioterapia e Bioquímica/ Biofísica, onde os alunos realizarão práticas sobre o 
funcionamento dos sistemas: neuromuscular, cardiovascular, respiratório entre 
outros.
55 
13.1.4 Laboratório de Cinesiologia/Biomecânica e Cinesioterapia 
Este laboratório de uso exclusivo do Curso de Fisioterapia será destinado 
às aulas práticas nas quais o enfoque se dará ao aprendizado da avaliação 
músculo-esquelética, da marcha e da postura bem como ao aprendizado prático da 
análise do corpo humano estático e dinâmico. 
13.1.5 Laboratório de Bases, Técnicas e Métodos de Avaliação (BTMA) 
O Laboratório de BMTA destina-se as aulas de Avaliação Fisioterapêutica 
e Recursos Mecanoterápicos e Manuais. 
13.1.6 Laboratório de Eletrotermofototerapia 
Com equipamentos novos, modernos e da mais alta qualidade, este 
Laboratório atenderá as práticas das disciplinas que fornecem ao estudante de 
Fisioterapia o aprendizado da utilização dos equipamentos de eletro, termo e 
fototerapia, utilizados como recursos fisioterapêuticos. Este laboratório será utilizado 
também, para execução de aulas práticas de disciplinas que utilizam ou elegem com 
freqüência tais recursos para tratamento. 
13.1.7 Laboratório de Fisioterapia Cardiorrespiratória 
Utilizado para a execução das aulas práticas das disciplinas: 
- Fisiologia do Exercício 
- Fisioterapia Desportiva 
- Fisioterapia Respiratória 
- Fisioterapia em Cardiovascular 
- Reabilitação Cardiopulmonar 
- Primeiros Socorros
56 
- Fisioterapia em Terapia Intensiva 
13.1.8 Laboratório de Fisioterapia Aquática 
Este laboratório contemplará uma Piscina Terapêutica. Único espaço a 
ser utilizado tanto para aulas práticas como para atendimento fisioterapêutico na 
Atividade Prática e no Estágio Supervisionado. 
13.1.9 Clínica Escola 
Modelo de estrutura ideal para os serviços a que se destina, com 
equipamentos modernos e de melhor tecnologia existente no mercado. Totalizando 
aproximadamente 500 m2 de área construída. Esse espaço será destinado ao uso 
exclusivo dos acadêmicos do Curso de Fisioterapia. 
A Clínica de Fisioterapia da UFC (UFCFISIO) atenderá a todos os 
requisitos necessários para um aprendizado prático completo, além de fornecer ao 
público que utilizará o serviço de atendimento fisioterapêutico uma assistência 
diferenciada. 
13.2 Biblioteca 
Os usuários da Biblioteca da UFC possuem fácil acesso ao acervo. Sua 
atualização é feita periodicamente de forma a não ficar ultrapassada. Seus técnicos 
são habilitados e treinados possibilitando um bom atendimento aos usuários. 
Os discentes e docentes do Curso de Fisioterapia da UFC, poderão 
utilizar tanto a Biblioteca Central (Campus do Pici) como a da Saúde (Campus do 
Porangabussu). 
13.3 Recursos Humanos
57 
A previsão de docentes a serem contratados para o Curso de Fisioterapia 
da UFC é de 36 professores. Os quais serão alocados gradualmente durante os 10 
semestres. 
Buscar-se-á pessoal com experiência didática e profissional comprovada 
e titulação adequada, sendo Especialistas, Mestres e Doutores e/ou em fase de 
obtenção de sua titulação.

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79486226 pp-fisioterapia-prograd

  • 1. Faculdade de Medicina Curso de Fisioterapia PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO DE FISIOTERAPIA Fortaleza 2009
  • 2. Reitor Jesualdo Pereira Farias Vice-Reitor Henry de Holanda Campos Pró-Reitor de Administração Luís Carlos Uchôa Saunders Pró-Reitora de Assuntos Estudantis Maria Clarisse Ferreira Gomes Pró-Reitor de Graduação Custódio Luís Silva de Almeida Pró-Reitor de Extensão Antonio Salvador da Rocha Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Gil de Aquino Farias Pró-Reitor de Planejamento Ernesto da Silva Pitombeira Diretor da Faculdade de Medicina José Luciano Bezerra Moreira Coordenação do Curso de Medicina Yacy Mendonça de Almeida Responsáveis pelo Projeto Pedagógico Andréa da Nóbrega Cirino Nogueira Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho Cristiano Teles de Souza José Luciano Bezerra Moreira Maria do Socorro Quintino Farias Soraya Maria do Nascimento Rebouças Viana Vasco Pinheiro Diógenes Bastos Yacy Mendonça de Almeida Supervisão Pedagógica Inês Cristina de Melo Mamede Yangla Kelly Oliveira Rodrigues
  • 3. SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO 5 2 JUSTIFICATIVA 7 3 HISTÓRICO DO CURSO 9 4 PRINCÍPIOS NORTEADORES 11 5 OBJETIVOS DO CURSO 14 6 COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E ATITUDES A SEREM 16 DESENVOLVIDAS 7 PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO 18 8 ÁREAS DE ATUAÇÃO 20 8.1 Fisioterapia Clínica 20 8.2 Saúde Coletiva 21 8.3 Educação 21 8.4 Outros 21 9 METODOLOGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 23 10. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 26 10.1 Unidades Curriculares 26 10.1.1 Eixo I Formação Social, Humana e Pesquisa 27 10.1.2 Eixo II Formação Biológica 27 10.1.3 Eixo III Formação Pré Profissional Integrativo 28 10.1.4 Eixo IV: Formação Profissional Instrumental 28 10.1.5 Eixo V: Profissional Avançado 29 10.2 Disciplinas por Departamento 30 10.3 Ementário das Disciplinas 32
  • 4. 10.4 Estágio Supervisionado 39 10.4.1 Objetivo geral 39 10.4.2 Objetivos específicos 39 10.4.3 Vivências em Fisioterapia 40 10.4.4 Estágios Supervisionados 40 10.4.4.1 Estágio Ambulatorial/CRUTAC 41 10.4.4.2 Internatos 41 10.4.5 Mecanismos efetivos de acompanhamento e de cumprimento dos Estágios Supervisionados 42 10.4.6 Relação aluno/professor - Supervisor de Estágio 44 10.5 Trabalho de Conclusão de Curso 44 10.5.1 Mecanismos efetivos de acompanhamento do trabalho de conclusão de curso 45 10.5.2 Relação aluno/professor ou trabalho/professor na orientação de trabalho de conclusão de curso 45 10.6 Atividades Complementares 46 11 INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR 47 12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO 51 13 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A OFERTA DO CURSO 13.1 Laboratórios 13.1.1 Laboratório de Microscopia 13.1.2 Laboratório de Anatomia 13.1.3 Laboratório de Fisiologia 13.1.4 Laboratório de Cinesiologia/Biomecânica e 53 53 53 53 54
  • 5. Cinesioterapia 13.1.5 Laboratório de Bases, Técnicas e Métodos de Avaliação (BTMA) 13.1.6 Laboratório de Eletro-Termo e Fototerapia 13.1.7 Laboratório de Fisioterapia Cardiorrespiratória 13.1.8 Laboratório de Fisioterapia Aquática 13.1.9 Clínica Escola 13.2 Biblioteca 13.3 Recursos Humanos 13.4 Recursos Financeiros 54 54 54 55 55 55 56 56 56
  • 6. 5 1 APRESENTAÇÃO O curso de Fisioterapia a ser implantado na Universidade Federal do Ceará (UFC) é apresentado no presente documento como uma nova ferramenta na área de ensino, pesquisa e extensão. Pretende-se desenvolver um projeto inovador de ensino nesta área, pois sabe-se que a renovação da prática docente poderá contribuir para um novo cenário na formação do fisioterapeuta, fugindo de modelos pedagógicos voltados apenas para formação tecnicista ou para especialidades, ou ainda, afastando-se de modelos educacionais conservadores que tenham como foco essencial a reprodução do conhecimento. Para Kuhn (1998) "paradigma significa a constelação de crenças, valores e técnicas partilhadas pelos membros de uma comunidade científica". Como as profissões da área de saúde, a Fisioterapia, se estruturou a partir do modelo biomédico, baseando-se no paradigma newtoniano-cartesiano. Esse paradigma, não dá mais conta de atender às exigências das atuais transformações. Portanto, temos o desafio de investigar a ciência buscando novas abordagens, inovando e preocupando-se em não fragmentar o conhecimento, o ser humano e a realidade. Segundo Souza (2002), diversas propostas inovadoras foram apresentadas nos últimos anos nas escolas brasileiras, entretanto não se observa essa prática no cotidiano do docente. O curso de Fisioterapia da UFC se propõe a romper com as ferramentas tradicionais e transformar a sala de aula em um ambiente de aprendizagem, onde o conteúdo será abordado com base no desenvolvimento de competências, integrando conhecimento e valorizando a interdisciplinaridade. O professor Paulo Freire, já defendia uma abordagem progressista, onde o enfoque está no indivíduo, desenvolvendo e compartilhando seu crescimento intelectual por meio do diálogo das idéias, informações e cooperação entre seus pares (FREIRE, 2001) A Fisioterapia é uma área do conhecimento que tem como objeto de estudo o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, quer nas alterações patológicas cinético-funcionais, nas repercussões orgânicas ou psíquicas, preservando, desenvolvendo e restaurando a integridade de órgãos, sistemas e funções, desde a elaboração do diagnóstico físico
  • 7. 6 e funcional, eleição e execução dos procedimentos fisioterapêuticos (COFFITO, 2005). Constitui-se atualmente um recurso terapêutico e sua ação é orientada para a compreensão da política de saúde vigente. Apresenta um papel marcante no campo social, pois atua em todos os níveis de atenção a saúde: promoção, prevenção, e reabilitação, ocupando assim um lugar de destaque dentre as profissões da área de saúde. Poucas profissões alcançaram um desenvolvimento tão rápido e significativo nos últimos dez anos, aliando conhecimento científico à evolução tecnológica. Desta forma, o desafio da Universidade Federal do Ceará, será implantar o curso de graduação em Fisioterapia, possibilitando aprendizagem, formação e capacitação permanentes. Acredita-se que, neste contexto, definam-se a flexibilização e a contextualização de uma organização curricular pautada na aprendizagem dinâmica, ou seja, pautada no processo de aprendizagem pela experiência aliada ao conhecimento cognitivo. Para tanto, o novo curso aqui apresentado agregará conhecimento e pesquisa na área de reabilitação à estrutura pedagógica e acadêmica já existente nesta Universidade.
  • 8. 7 2 JUSTIFICATIVA A Universidade Federal do Ceará dará um importante passo no contexto político- acadêmico, pois ainda não há uma faculdade pública de Fisioterapia no Estado do Ceará, portanto, abrirar-se-á novas perspectivas para a educação, sintetizando assim, o lema: “educação como direito e como bem público”, que são fundamentos de uma política educacional justa e democrática, conforme defendeu o ex-ministro da Educação, Tarso Genro, na conferência proferida no Seminário Internacional para a Reforma e Avaliação da Educação Superior, realizado em abril de 2007 na cidade de São Paulo. É oportuno, neste momento, preencher esta lacuna, proporcionando à sociedade o acesso a um curso público e gratuito. A atuação da Fisioterapia na prevenção e tratamento de diversas patologias, assim como na reabilitação, é de extrema importância e apresenta reconhecimento crescente junto às demais profissões e instituições da área da saúde. Também se justifica a necessidade social do curso de Fisioterapia pela carência de profissionais especializados, de estudos e de pesquisas que possibilitem a evolução de novas técnicas e métodos e novas aplicações dos conhecimentos relativos à Fisioterapia. Ressalta-se, que em 2008 a UFC oficializou a primeira Residência na área de Fisioterapia do Norte e Nordeste. A Residência em Fisioterapia Hospitalar do Hospital Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC/UFC), constitui uma modalidade de ensino de Pós-Graduação lato sensu, destinada a fisioterapeutas, sob a forma de Curso de Especialização, caracterizada por treinamento em serviço. O Programa funciona sob aprovação e controle administrativo do HUWC/UFC e da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. A partir desta vivência iniciada com a Residência Hospitalar em Fisioterapia, sentiu-se a necessidade de formar profissionais oriundos da própria Universidade Federal para desta forma iniciar o seu ciclo de formação.
  • 9. 8 Pode-se oferecer uma alternativa de formação acadêmica com adequações curriculares que permitam uma formação profissional diferenciada, se opondo a tendência atual, que é a prática de métodos de ensino fundamentados na transmissão, memorização e reprodução do conhecimento (BEHRENS, 1999). Esta concepção tem contribuído para a manutenção dos modelos conservadores apesar de todas as críticas feitas a ela, terem ainda predominado nos cursos da área de saúde. A Universidade Federal do Ceará já conta com a infra-estrutura básica necessária para iniciar o curso, a exemplo: laboratórios e biblioteca, podendo utilizar-se como espaços de ensino, o Hospital Universitário Walter Cantidio e a Maternidade Escola Assis Chateaubriand.
  • 10. 9 3 HISTÓRICO DO CURSO DE FISIOTERAPIA No Brasil, a Fisioterapia iniciou-se como atividade física de reabilitação dentro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo no ano de 1929, mas foi em 1951 que foi criado o primeiro curso para formação de fisioterapeutas, denominados técnicos, e tinha a duração de 1 ano. Na década seguinte, para melhor adequação ao curso, bem como, o aumento da procura por profissionais em consequente ao alto índice de indivíduos portadores de sequelas motoras da poliomielite, a demanda por essa formação aumentou e o curso passou a ter a duração de 2 anos. Em 1969, conforme decreto lei 938/69, a Fisioterapia foi reconhecida como um curso de nível superior. Para esta regulamentação criou-se o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e Conselhos Regionais (CREFITOs) conforme a Lei 6316 de 17 de dezembro de 1975. O COFFITO assumiu a função de legislar, estabelecendo o código de Ética (Resolução nº 10/78) normalizando a profissão e a atuação do Fisioterapeuta. Ao CREFITO coube a função de legalizar e fiscalizar o exercício profissional. Em 1983, o Conselho Federal de Educação, através da resolução nº 04 de 28 de fevereiro de 1983, edita o currículo mínimo para a Fisioterapia com 4 anos letivos. O conteúdo foi dividido em 4 ciclos, composto pelas seguintes matérias: biológicas, de formação geral, pré-profissionalizantes e profissionalizantes. Esse currículo mínimo vigorou até 1996, quando o MEC através da LDB (Lei de Diretrizes e Bases) estabeleceu novas regras, dando autonomia para as Universidades e Faculdades elaborarem seus currículos. A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação conhecida como LDB 9394/96, estabelece Diretrizes Gerais para a educação no Brasil, flexibilizando os currículos. Em dezembro de 1997, a Secretaria de Ensino Superior do MEC convocou as Instituições de Ensino Superior (IES), para apresentarem propostas de Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação. Durante os anos de 1998 e 1999, as entidades de classe e governamentais (COFFITO, CREFITOS,
  • 11. 10 Coordenadores de cursos, docentes, discentes e profissionais interessados, foram convocados para debater e propor ao MEC as diretrizes gerais que deveriam nortear o ensino da Fisioterapia no Brasil. Em 19 de fevereiro de 2002, o Conselho Nacional de Educação institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia através da Resolução CNE/CES Nº 4 (BRASIL, 2002) e Parecer CNE/CES nº 1210/2001. Considerando as características e peculiaridades necessárias à formação do Fisioterapeuta conforme as Diretrizes Curriculares estabelecidas para o curso (Resolução CNS/CES nº4/2002). A comissão da CES/CNE através do Projeto de Resolução Nº 23001.000134/2007-09 recomenda a carga horária mínima de 4000 horas para o curso de graduação em Fisioterapia. A evolução social e profissional da Fisioterapia exigiu o desmembramento dos Conselhos Regionais. Segundo fontes do INEP de 2007, existem no Brasil, 93.590 registros profissionais definitivos, sendo registrados no Ceará 2280 profissionais. No Ceará, contam-se nove cursos de graduação, sendo seis destes em funcionamento na capital do Estado, todos em Instituições particulares de ensino.
  • 12. 11 4 PRINCÍPIOS NORTEADORES O Curso de Fisioterapia na Universidade Federal do Ceará seguirá as novas exigências, decorrentes da implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais (2002) que lançam para os cursos da área da Saúde o desafio de estabelecer um currículo que seja flexível, respeite a diversidade, garanta à qualidade da formação e, ao mesmo tempo, que permita uma aproximação entre o projeto formador, a realidade social e as necessidades em saúde mais prementes na população brasileira. O artigo 196 da Constituição Brasileira, diz: “saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (BRASIL, 1998). A orientação da formação profissional com base nos preceitos do Sistema Único de Saúde revela a necessária visão sistêmica que permita compreender a saúde em todas as suas dimensões, as quais não se distanciam das dimensões de vida do ser humano. Essa concepção, somada aos princípios doutrinários e organizacionais do sistema de saúde, na forma da universalização do acesso, do atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais e da participação da comunidade, dentre outros efeitos, produzem significativa mudança comportamental no campo das práticas assistenciais e relacionais (OFICINA REGIONAL [...]) Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (1999), é imprescindível para o desenvolvimento pleno da cidadania, o sentimento do respeito pelo outro, o que contribui para a expansão da sensibilidade, pois, os conceitos de qualidade, trabalho e cultura estão interligados à natureza humana. Esta proposta pedagógica é orientada no ponto de vista interdisciplinar e transdisciplinar, construindo saberes voltados para os valores e relações humanas com o intuito de suprir as limitações no processo saúde-doença, por meio da integração e interação do todo e as suas partes. Contribui assim, com a visão
  • 13. 12 sistêmica que promove a formação de um profissional que tenha condições de refletir e agir em relação aos desafios sociais, econômicos, culturais, políticos e ambientais. Deste modo, a interdisciplinaridade requer o relacionamento entre as disciplinas, com sua unidade e sua diversidade A transdisciplinaridade supera a fragmentação do conhecimento uma vez que o contato com equipes multiprofissionais pode servir de base para reflexão sobre o ensino e a atuação conjunta. Da mesma forma, o contato entre alunos de diferentes cursos de graduação da área da saúde (Medicina, Odontologia, Enfermagem, Psicologia, Farmácia, entre outros) e mesmo de outras áreas (Pedagogia, Comunicação, Administração, Direito, entre outros) se volta para um olhar global do ser humano e seu cuidado integral. A abertura para o novo supõe constante flexibilidade, que deve tornar-se prática constante aos profissionais de saúde; subjetividade que diz respeito ao espaço íntimo do indivíduo; a diversidade, que faz referência à identificação da pessoa e o respeito à diferença. A educação deve também estar voltada para o relacionamento entre pessoas como condição e garantia da solidariedade intelectual e moral da humanidade, ao mesmo tempo em que, se sente ligado ao grupo, se respeita a subjetividade de cada aluno/indivíduo e suas diferenças, e com isso se estimula a reflexão e a autonomia do pensamento e da prática (MAGALHÃES e cols., 2005). Nesta perspectiva, alguns princípios são estabelecidos para nortear o curso de Fisioterapia, dentre estes: a formação de um fisioterapeuta generalista e humanista, ético, comprometido com a universidade na melhoria da qualidade do ensino, pesquisa e extensão e prestação de serviços a comunidade; o currículo integrado e sua correspondente organização institucional que articula dinamicamente prática e teoria, trabalho e ensino, ensino e comunidade por meio da integração dos conteúdos e das disciplinas (DAVINI, 1983) Quanto à metodologia de ensino, o que aqui se propõe, delineia a descaracterização de aluno-receptor de informações e promove a formação do aluno-construtor de seu conhecimento reflexivo sobre sua prática. A vivência, a observação e a reflexão sobre problemas extraídos da realidade irão despertar o interesse para os temas estudados.
  • 14. 13 Para isso, o curso oferecerá metodologias próprias de intervenção, onde os alunos serão inseridos em ações práticas e de vivências de eventos reais desde o início da vida acadêmica, desta forma, acreditamos que será possível alcançar as condições básicas para o aluno formular a prescrição, intervenção, atendimento e alta fisioterapêutica, seguindo as Diretrizes Curriculares atuais. As disciplinas/conteúdos clássicas são integradas em módulos de ensino, com temáticas específicas, trabalhadas a partir da discussão de problemas e busca de informações e subsídios teóricos e técnicos para a sua solução. Em resumo, o Curso de Fisioterapia será norteado pela implantação de metodologias ativas, com base em ações desencadeadas por desafios, problemas e projetos, deslocando o foco do trabalho educacional do ensinar para o aprender, do que vai ser ensinado para o que é preciso aprender (ZARIFIAN, 2001), valorizando o docente no papel de facilitador e mediador do processo de aprendizagem.
  • 15. 14 5 OBJETIVOS DO CURSO O curso objetiva formar Fisioterapeutas com vivência em diferentes realidades, ou seja, capaz de prestar serviços de qualidade baseados em conhecimento sólidos em clínicas, hospitais, ambulatórios e assistência à comunidade, atuando como coadjuvante nas diversas especialidades médicas, com fundamentação teórico-prática que permita identificar, integrar e atender às demandas sociais na área de reabilitação. São objetivos específicos: a. desenvolver conhecimentos biológicos, anátomo-fisiológicos e fisiopatológicos para o entendimento do processo saúde-doença; b. conhecer os recursos semiológicos, diagnósticos e terapêuticos que instrumentalizam a ação do Fisioterapeuta nas diferentes áreas de atuação profissional; c. possibilitar a construção de conhecimentos de Fisioterapia preventiva; d. capacitar o aluno ao trabalho na promoção da saúde e. desenvolver conhecimentos de cinesiologia, cinesiopatologia e cinesioterapia f. capacitar o aluno para a análise da função e e prevenção de alterações do movimento humano; g. promover o desenvolvimento de conhecimentos biotecnológicos embasados na biofísica, informática e metodologia científica; h. possibilitar a elaboração e incorporação de inovações na área da Fisioterapia; i. possibilitar o conhecimento com relação às políticas de saúde, educação, trabalho e administração em Fisioterapia;
  • 16. 15 j. desenvolver programas e ações básicas de saúde. k. promover o espírito investigativo, a criatividade e a curiosidade científica; l. habilitar o aluno ao trabalho com visão integrada e de forma interdisciplinar e transdisciplinar.
  • 17. 16 6 COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E ATITUDES A SEREM DESENVOLVIDAS Segundo Demo (1997) cabe a Universidade, desenvolver o potencial humano para formar cidadãos capazes de intervir eticamente na sociedade, sendo suas ações movidas pelo conhecimento inovador. O processo educacional fornece ao indivíduo as ferramentas necessárias para que ele possa desenvolver competências, tais como: mobilizar o que aprendeu; desenvolver autonomia intelectual diante de um desafio profissional; saber transformar informações em conhecimentos pessoais; fazer análise e síntese; relacionar aprendizagem e tirar conclusões (OLIVEIRA, 2002). Competência, segundo Perrenoud (2000), é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos, saberes, capacidades e informações para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações. A formação por competência é um processo complexo que implica relações diversas entre os diferentes níveis de conhecimento, dos saberes, dos esquemas de ação e do contexto. Zarifian (2001) diz, “a competência é o tomar iniciativa e assumir responsabilidade diante de situações profissionais com as quais o indivíduo se depara”. Para tanto, o mesmo autor resume em três conceitos o que há de essencial para que o indivíduo seja capaz de inserir-se no ambiente de trabalho e enfrentar as mutações atuais, são estes: o evento, a comunicação e o serviço (ZARIFIAN, 1995). Ser competente é lidar com eventos ou ocorrências imprevistas ou não programadas, é perceber que a comunicação é essencial ao aprendizado e ao trabalho e que isto melhora o desempenho e a prestação de serviço em qualquer nível de atenção à saúde Nesta perspectiva, a estratégia de ensino e aprendizagem defendida neste projeto pedagógico, possibilitará o desenvolvento das seguintes competências e habilidades fundamentais:
  • 18. 17 a. tomar decisões com autonomia e responsabilidade; b. avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas e articuladas ao contexto social; c. comunicar-se através da comunicação verbal, não-verbal (escrita e leitura) para utilizar a informação e o entendimento para a prestação de serviços. d. desenvolver plano terapêutico e aplicar tratamento de forma coerente aos achados clínicos para todas as desordens musculoesqueléticas e de outros sistemas que envolvam atuação fisioterapêutica; e. prestar esclarecimento, dirimir dúvidas e orientar o indivíduo e os seus familiares na seqüência do processo terapêutico; f. trabalhar em grupos, integrar equipes multiprofissionais em unidades hospitalares, unidades básicas de saúde, academias e na própria comunidade, buscando a interdisciplinaridade e o desenvolvimento da fisioterapia como profissão; g. realizar atividades no âmbito da gestão em saúde; h. conhecer métodos e técnicas de investigação científica.
  • 19. 18 7 PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO O fisioterapeuta é um profissional com potencialidades para desenvolver projetos nas áreas do ensino, pesquisa e extensão, prestar consultoria e assessoramento técnico-científico em sua área de atuação, gestão e gerenciamento direto e indireto de suas atividades profissionais em órgãos e instituições. Sua formação profissional permite que avalie, planeje e estabeleça as etapas do tratamento, selecionando e quantificando recursos, métodos e técnicas fisioterapêuticas apropriadas para cada caso, reavaliando sistematicamente o seu trabalho durante todo o processo terapêutico. Utiliza na sua prática, diversos recursos físicos e naturais (água, eletricidade, calor, luz, frio), massoterapia, cinesioterapia (terapia através de movimentos) e manipulação terapêutica de vários segmentos corporais (COFFITO, 2005). Sua visão empreendedora o possibilita, a identificação de oportunidades de crescimento e aperfeiçoamento profissional nas diversas áreas onde sua atuação seja necessária Trata-se de um profissional capaz de: a. elaborar o diagnóstico fisioterapêutico, interpretar laudos e exames propedêuticos e complementares detectando as alterações cinético-funcionais apresentadas. b. prescrever técnicas fisioterapêuticas apropriadas com base na avaliação físico-funcional; c. reabilitar o movimento dos indivíduos e do coletivo diminuindo suas incapacidades, enfatizando a qualidade de vida dos indivíduos que apresentam alterações cinético-funcionais, incapacidades e deficiências, ampliando a função e a recuperação motora; d. promover a saúde contribuindo para o bem estar do indivíduo;
  • 20. 19 e. elaborar o diagnóstico físico e funcional, eleger e executar os procedimentos fisioterapêuticos pertinentes a cada situação; f. desenvolver atividades de socialização do saber técnico-científico, como palestras, conferências e cursos na sua área de atuação profissional; g. desenvolver investigação científica visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano; h. prestar consultoria a empresas, indústrias, entidades esportivas na área de sua competência. i. adquirir conhecimentos que lhes garantam uma educação continuada e permanente.
  • 21. 20 8 ÁREAS DE ATUAÇÃO A Fisioterapia utiliza em suas bases terapêuticas, recursos naturais, tais como: a eletricidade (eletroterapia), os recursos térmicos (frio e calor - termoterapia), a água (hidroterapia) e principalmente o movimento (cinesioterapia); a massoterapia, a manipulação terapêutica, a mecanoterapia e outros recursos, constituem meios para o atendimento e tratamento ao indivíduo. Atualmente, o Fisioterapeuta, além de atuar na área de reabilitação e terapêutica, desenvolve programas de prevenção, proteção e promoção da saúde. Ao se firmar como área específica do conhecimento, atua no tratamento e prevenção de alterações cinético-funcionais como distúrbios neuromusculares, músculo-esquelético, neuropsiquiátricos, respiratórios, ginéco-obstétricos, pediátricos e nas áreas de geriatria e oncologia. Na rede hospitalar torna-se essencial a presença do Fisioterapeuta que comprovadamente reduz o período de internação hospitalar. A portaria nº 466 de 04 de julho de 1998 da secretaria de vigilância sanitária estabelece como obrigatória a assistência por parte deste profissional nas Unidades de Tratamento Intensivo e Semi-intensivo, que deveria ser estendido às demais unidades hospitalares. Nas indústrias, clubes esportivos e recreativos a Fisioterapia torna-se parte efetiva, atuando na análise da função e prevenção de acidentes e doenças originárias do trabalho como também da prática esportiva e lazer. Além de todas estas atividades, o Fisioterapeuta pode atuar também, na elaboração de programas de saúde oficiais, em instituições de ensino, na docência e desenvolvimento de pesquisas. Abaixo, lista-se detalhadamente as áreas de atuação destes profissionais. 8.1 Fisioterapia Clínica  Hospitais e Clínicas  Ambulatórios
  • 22. 21  Consultórios  Centros de Reabilitação 8.2 Saúde Coletiva  Programas Institucionais  Ações Básicas de Saúde e Prevenção  Fisioterapia do Trabalho  Vigilância Sanitária 8.3 Educação  Docência (níveis secundário e superior)  Extensão  Pesquisa  Supervisão e Gestão (Técnica e Administrativa)  Direção e coordenação de cursos 8.4 Outras  Indústria de equipamentos de uso fisioterapêutico  Esporte A Fisioterapia, através da sua representação maior (Conselho Federal de fisioterapia e Terapia Ocupacional), reconheceu várias especialidades  Acupuntura (Resoluções COFFITO nº: 201, de 24/06/99 e 219, de 14/12/00)  Quiropraxia (Resolução COFFITO nº 220, de 23/05/01)  Osteopatia (Resolução COFFITO nº 220, de 23/05/01)  Fisioterapia Pneumo Funcional (Resolução COFFITO nº 188, de 09/12/98)  Fisioterapia Neuro Funcional (Resolução COFFITO nº 189, de 09/12/98)  Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional (Resolução COFFITO nº 260, de 11/02/2004) Para o exercício legal e o funcionamento de Serviços de Fisioterapia o COFFITO estabelece as seguintes exigências legais: Pessoa Jurídica:  Responsabilidade Técnica pelo serviço da empresa perante o CREFITO.
  • 23. 22  Comprovação do registro do profissional no CREFITO.  Registro da empresa no CREFITO. Pessoa Física  Registro do Profissional no CREFITO  Cadastramento do seu consultório no CREFITO.
  • 24. 23 9 METODOLOGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM O Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará utilizará um modelo de educação que incentive a constante auto-organização do aluno, através do estabelecimento de relações dialógicas com os demais agentes do sistema - principalmente os demais colegas, professores e a comunidade. Ao mesmo tempo em que se sente ligado ao grupo, se respeita a subjetividade de cada aluno e suas diferenças, e com isso se estimula a reflexão e a autonomia do pensamento e da prática. As ações e o modelo formativo deste projeto pedagógico visa formar e desenvolver competências na perspectiva que o aluno seja capaz ao final do Curso de formular, analisar e administrar os problemas, sabendo justificá-los e mobilizar os recursos necessários para enfrentar e resolver uma situação. Segundo Oliveira, 2002 “competente não é um ser superior que tudo sabe e tudo resolve, competente é aquele que, frente aos problemas com elevado grau de dificuldade ou conflito ajuda a encontrar caminhos e possibilidades de resolução”. Portanto, a metodologia utilizará o desenvolvimento dos processos de ensinar e aprender, trabalhando a construção de conhecimentos a partir da vivência de experiências significativas e projetos integrados. Para ser significativo, o conteúdo deve relacionar-se a conhecimentos prévios do aluno, exigindo deste uma atitude favorável capaz de atribuir significado próprio aos conteúdos que assimila e, do professor, uma tarefa mobilizadora para que tal aprendizagem ocorra. O aluno interage com a cultura sistematizadora de forma ativa, como principal ator do processo de construção do conhecimento. O processo formativo utilizará a diversidade da formação por meios de conteúdos atualizados permitindo o desafio e o avançar do conhecimento, o que exige do docente a capacidade de integrar o conteúdo cognitivo adquirido ás situações práticas. Isso prevê a constante interação entre prática e teoria, já que a vivência, a observação e a reflexão sobre problemas extraídos da realidade irão despertar o interesse para os temas estudados.
  • 25. 24 Como metodologias para o desenvolvimento da aula priorizam-se métodos ativos do conhecimento, que estimulem a reflexão, a autonomia, tais como: grupos de discussão, debates, mesas temáticas, entre outros, evitando as aulas expositivas tradicionais que impedem a livre construção do saber. Assim, requer do professor uma mudança de postura para o exercício de um trabalho reflexivo com o aluno. O professor deixa de ser o centro do processo de ensino-aprendizagem e o aluno deixa de ser um receptor passivo, passando a ser visto como sujeito ativo, construtor do conhecimento e do aprendizado. Outra estratégia é a inserção precoce do discente entre os níveis de atenção à saúde, o que permite à exposição do aluno a diversidade das situações modificando intensamente os seus conhecimentos, pois o individuo aprende melhor e mais rápido, na medida em que deve fazer em fase a situações variadas. A repetição e desestabilização de esquemas cognitivos adquiridos ou acomodados permite-lhes estar aberto a aprendizagem do novo. Isto pode ser posto em prática através da participação de docentes de diferentes áreas do conhecimento em atividades em sala de aula, nas práticas, em conferências, consultorias, no planejamento dos módulos e na orientação de laboratórios e habilidades. O contato com equipes multiprofissionais dos serviços visitados, organizados de diferentes formas, também pode servir de base para reflexão sobre o ensino e a atuação em equipe. Da mesma forma, o contato entre alunos de diferentes cursos de graduação e pós-graduação da área da saúde (Medicina, Odontologia, Enfermagem, Psicologia, Nutrição, Farmácia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, entre outros) e mesmo de outras áreas (Pedagogia, Comunicação, Engenharia Ambiental, Administração, Direito, entre outros), irá proporcionar uma visão integral do ser humano e superar a fragmentação do conhecimento. A estratégia utilizada para superar essa fragmentação é baseada no Currículo integrado. O currículo integrado é um plano pedagógico e sua correspondente organização institucional que articula de forma dinâmica o ciclo básico e clínico,
  • 26. 25 ensino, serviço e comunidade, prática e teoria, por meio da integração dos conteúdos e das disciplinas. As disciplinas clássicas são integradas em módulos de ensino, com temáticas específicas, trabalhadas a partir da discussão de problemas e busca de informações e subsídios teóricos e técnicos para a sua solução. O currículo integrado propõe estratégias de abordagem e construção do conhecimento de um tema por meio de várias atividades que articulam teoria e prática. Os temas estabelecidos superam a fragmentação disciplinar e propõem a articulação dos conteúdos curriculares a partir de projetos, pesquisa, resolução de problemas, estudos de casos, iniciação à pesquisa e elaboração de sínteses significativas, de modo a colocar o aluno com seus limites e possibilidades no centro dos processos, buscando a construção contínua e processual de sua própria autonomia. Nesta perspectiva de ensino, a formação do fisioterapeuta é ampliada, conferindo-lhe responsabilidade social. Muito mais do que tratar e curar doenças espera-se que este modelo pedagógico contribua para a formação de cidadãos autônomos, criativos e reflexivos, com atitudes e padrões comportamentais respeitando os princípios éticos/bioéticos, morais e culturais do indivíduo e da coletividade. O ensino de Fisioterapia na Universidade Federal do Ceará oferecerá condições metodológicas e organizacionais para o processo de transmissão, assimilação e produção de conhecimentos, desenvolvimento das capacidades intelectuais e mentais, visando uma formação com profundo embasamento nas ciências biológicas, humanas e sociais. Durante todos os semestres, haverá a preocupação de permitir horários livres para oportunizar ao aluno, estudos complementares, dedicação em projetos de monitoria, iniciação científica, Programa Especial de Treinamento (PET), projetos de extensão.
  • 27. 26 10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR O Curso terá carga horária de 4.496 horas, distribuídas em 36 módulos previstos para 10 semestres, 1936 horas destinados ao conteúdo teórico e 2560 horas práticas destinadas a estágios práticos e internato. Os conteúdos estão agrupados de tal forma que permitam a integração intra e inter módulos, valorizando a interdisciplinaridade e a integração teórico-prática. Além dos conteúdos obrigatórios com poucos pré-requisitos, o Curso oferecerá atividades complementares, disciplinas optativas e disciplinas livres. Estas últimas poderão ser cursadas em qualquer curso da Universidade Federal. Será permitido o Ensino de Educação a Distância, de modo que esta modalidade não ultrapasse 20% da carga horária do módulo O estudante terá um tempo padrão de 10 semestres letivos para concluir o curso. O tempo máximo de integralização curricular será de 15 semestres. Para conclusão do curso, como requisito obrigatório o estudante deverá apresentar um artigo a ser concluída no 10o semestre voltado para temas de interesse do estudante e que seja vinculado a uma linha de pesquisa relacionada à Fisioterapia. O processo seletivo para entrada de estudantes na UFC ocorrerá uma vez ao ano, onde serão ofertadas 40 vagas para o Curso de Fisioterapia, distribuídas equitativamente nos dois semestres letivos. 10.1 Unidades Curriculares O Curso será desenvolvido em cinco eixos principais, de forma que os conteúdos curriculares integrem o ensino, a pesquisa e a extensão garantindo a interdisciplinaridade no processo de formação do aluno. Tais segmentos dividem-se: Eixo I: Formação Social e Humana; Eixo II: Biológica; Eixo III: Formação Pré- Profissional Integrativa; Eixo IV: Formação Profissional Instrumental; Eixo V: Formação Profissional Avançada.
  • 28. 27 10.1.1 Eixo I: Formação Social, Humana e Pesquisa: Neste eixo será contemplada uma carga horária de 368 horas/aula, onde serão envolvidas atividades de formação e aprendizagem em uma permanente articulação da prática com a teoria, objetivando utilizar o instrumental das diferentes áreas do conhecimento das ciências humanas da saúde, também faz parte desse eixo interesse do aluno para atividade relacionada à pesquisa. Conteúdos Curriculares Filosofia Socioantropologia para a Saúde Epidemiologia e Políticas de Saúde Ética, Bioética e Deontologia em Fisioterapia Fundamentos e Ações Integradas da Fisioterapia Informática na Saúde Administração e Planejamento em Fisioterapia Fisioterapia Baseada em Evidências Pesquisa I em Fisioterapia Pesquisa II em Fisioterapia Projeto de Conclusão de Curso Trabalho de Conclusão de Curso 10.1.2 Eixo II Formação Biológica Neste eixo será contemplada uma carga horária de 816 horas/aula, propiciando o entendimento do funcionamento e da interação entre os diferentes sistemas do organismo, caracterizando também suas bases células e moleculares, dessa foram, os profissionais em formação poderá discutir de forma abrangente e multidisciplinar a relevância dos processos biológicos nas diferentes patologias. Conteúdos Curriculares Anatomia Humana Neuroanatomia Fisiologia Humana Fisiologia do Exercício Biologia celular/Genética
  • 29. 28 Citologia / Histologia / Embriologia Patologia Humana/ Parasitologia / Microbiologia Imunologia Farmacologia Aplicada a Fisioterapia Cinesiologia / Biomecânica Bioquímica / Biofísica Biologia e Fisiologia do Envelhecimento Eletroterapia/Termoterapia/Fototerapia 10.1.3 Eixo III Formação Pré Profissional Integrativo Neste eixo será contemplada uma carga horária de 228 horas/aula, que consiste nas vivências e atividades de formação e aprendizagem através de uma busca permanente da articulação da prática com a teoria e do diálogo com os demais eixos: Formação Social, Humana e Pesquisa e de Formação Biológica. Conteúdos Curriculares Prática Fisioterapêutica I Prática Fisioterapêutica II Prática Fisioterapêutica III Prática Fisioterapêutica IV Projeto Integrado em Cinesioterapia Projeto Integrado em Fisioterapia Traumato-ortopédica Projeto Integrado em Fisioterapia Neurológica Projeto Integrado em Fisioterapia Pediátrica e Neonatologia Projeto Integrado em Reabilitação Cardiorrespiratória 10.1.4 Eixo IV: Formação Profissional Instrumental Neste eixo será contemplada uma carga horária de 1488 horas/aula, pauta na construção das atividades que enfatiza dimensões da formação do profissional fisioterapeuta, compreendendo as múltiplas dimensões envolvidas no processo atenção-saúde-doença. Conteúdos Curriculares Avaliação Fisioterapêutica Cinesioterapia Fisioterapia Aquática
  • 30. 29 Recursos Mecanoterápicos e Manuais Fisioterapia em Traumato-ortopédica Prótese, Órtese e Readaptação Funcional Fisioterapia em Reumatologia Fisioterapia Ergonômica e no trabalho Fisioterapia Desportiva Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares Fisioterapia Estética Fisioterapia em Dermatologia Fisioterapia em Neurologia Fisioterapia em Psiquiatria Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia Fisioterapia em Neuropediatria Psicomotricidade Clínica Fisioterapia nos Distúrbios do Assoalho Pélvico Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia Fisioterapia em Mastologia Fisioterapia na Terceira Idade Fisioterapia Cardiovascular Fisioterapia Respiratória Reabilitação Cardiopulmonar Diagnóstico por Imagem I Diagnóstico por Imagem II Primeiros Socorros 10.1.5 Eixo V: Profissional Avançado Neste eixo será contemplada uma carga horária de 1280 horas/aula, que pretende instrumentalizar o aluno a pratica, apresentando os temas biológicos de forma integrada e crescente em complexidade. Oferece oportunidades de perceber e analisar criticamente o processo saúde doença compreendendo o desenvolvimento de uma clinica integrada e comum aos diversos campos profissionais envolvidos. Conteúdos Curriculares Fisioterapia Clínica Ambulatorial /CRUTAC Internato I - Ambiente Hospitalar
  • 31. 30 Internato II - Ambiente Hospitalar 10.2 Disciplinas por Departamento No Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará, as disciplinas (conteúdos) farão parte de um único departamento ligado diretamente à coordenação deste curso. Conteúdos Curriculares Filosofia Socioantropologia para a Saúde Anatomia Humana Cinesiologia / Biomecânica Fisiologia dos Sistemas Fundamentos de Eletrofisiologia Fisiologia do Exercício Cinesioterapia Projeto Integrado em Cinesioterapia Introdução a Pesquisa em Fisioterapia I Informática na Saúde Ética, Bioética e Deontologia em Fisioterapia Introdução a Pesquisa em Fisioterapia II Fundamentos e Ações Integradas da Fisioterapia Administração e Planejamento em Fisioterapia Estágio Introdutório a Prática de Fisioterapia I Estagio Introdutório a Prática de Fisioterapia II Estágio Introdutório a Prática de Fisioterapia III Estágio Introdutório a Prática de Fisioterapia IV Biologia Celular e Genética Bioquímica / Biofísica Citologia / Histologia / Embriologia Urgência em Saúde Epidemiologia e Políticas de Saúde
  • 32. 31 Avaliação Fisioterapêutica Diagnóstico por Imagem I Diagnóstico por Imagem II Eletroterapia / Termoterapia / Fototerapia Recursos Mecanoterápicos e Manuais Fisioterapia Aquática Patologia Humana / Microbiologia / Parasitologia Imunologia Ensaios Farmacológicos em Fisioterapia Fisioterapia em Traumato-ortopédica Prótese, Órtese e Readaptação Funcional Projeto Integrado em Fisioterapia Traumato-ortopédica Fisioterapia em Buco-maxilo-facial Fisioterapia em Reumatologia Fisioterapia Desportiva Fisioterapia em Ergonomia Fisioterapia em Neurologia Neuroanatomia Projeto Integrado em Fisioterapia Neurológica Fisioterapia em Psiquiatria Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia Fisioterapia em Neuropediatria Psicomotricidade Clínica Projeto Integrado em Fisioterapia Pediatria e Neonatologia, Fisioterapia nos Distúrbios do Assoalho Pélvico. Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia Fisioterapia em Mastologia Fisioterapia em Dermatologia Fisioterapia Estética Fisioterapia Cardiovascular Bases Fisiológicas da Reabilitação Cardiovascular Projeto Integrado em Reabilitação Cardiorrespiratória Fisioterapia Respiratória Bases Fisiológicas da Reabilitação Pulmonar Fisioterapia em Terapia Intensiva Fisioterapia em Geriatria
  • 33. 32 Fundamentos Biológicos e Fisiológicos do Envelhecimento Fisioterapia Clínica Ambulatorial/CRUTAC Internato I - Ambiente Hospitalar Internato II - Ambiente Hospitalar Fisioterapia Baseada em Evidências Projeto de Conclusão de Curso Trabalho de Conclusão de Curso 10.3 Ementário das disciplinas SEMESTRE I S1 - M1: INDIVÍDUO, CULTURA E SOCIEDADE (FILOSOFIA/ SOCIOANTROPOLOGIA PARA A SAÚDE): Conceito de Filosofia. Raciocínio humano. Enfoque de práticas de saúde individual e coletiva nas diferentes culturas. Realidade social presente na prática da Fisioterapia. S1 – M2 INTRODUÇÃO À PESQUISA I (PESQUISA EM FISIOTERAPIA I INFORMÁTICA NA SAÚDE): Fundamentos epistemológicos da pesquisa. Processo de produção do conhecimento. Método. Pesquisa na saúde. Projeto de pesquisa. Investigação científica. Normatização de trabalho científico. Dados estatísticos. Administração e informática aplicada à Fisioterapia. S1 – M3 LÓGICA MOLECULAR DOS SERES VIVOS I (BIOLOGIA CELULAR E GENÉTICA/ BIOQUÍMICA / BIOFÍSICA/ CITOLOGIA/ HISTOLOGIA / EMBRIOLOGIA): Estrutura Biológica. Microscopia de Luz e Eletrônica. Teoria Celular. Células Procarióticas e Eucarióticas. Células Eucarióticas Animais. Ciclo celular. Função Genética. Leis que regem a herança biológica e do material genético. Introdução à bioquímica. Macromoléculas biológicas (proteínas, carboidratos, lipídeos e ácidos nucléicos). Bioquímica da atividade muscular. Fenômenos biológicos. Biofísica celular. Morfologia e fisiologia dos componentes celulares. Histologia dos quatro tecidos básicos: epitelial, nervoso, conjuntivo e muscular. Embriogênese. S1 – M4 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA I (FUNDAMENTOS E AÇÕES INTEGRADAS DA FISIOTERAPIA / PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA I):
  • 34. 33 Conceito, evolução histórica, política e social da Fisioterapia. Reconhecimento do contexto de atuação profissional. Prática fisioterapêutica em ambiente ambulatorial supervisionado. Observação prática e da atuação do fisioterapeuta. Abordagem da profissão do fisioterapeuta do ponto de vista histórico e atual, suas especialidades, seu papel na promoção da saúde e no trabalho com equipe inter-profissional no ambiente ambulatorial. SEMESTRE II S2 - M1 CINEMÁTICA MUSCULAR I (CINESIOLOGIA / BIOMECÂNICA): Introdução à biomecânica. Cinemática e cinética do movimento humano. Estudo biomecânico e cinesiológico da marcha humana normal. Anatomia palpatória: princípios e técnicas de palpação, reconhecimento de músculos, tendões, ligamentos, proeminências ósseas e suas correlações anátomo-clínicas. S2 - M2 LÓGICA MOLECULAR DOS SERES VIVOS II (ANATOMIA HUMANA / FISIOLOGIA HUMANA): Anatomia humana. Estrutura dos principais órgãos e sistemas. Fisiologia dos sistemas. Contração do músculo esquelético. Estrutura do neurônio. Eletrofisiologia. S2 - M3 INTRODUÇÃO A PESQUISA II (ÉTICA, BIOÉTICA E DEONTOLOGIA EM FISIOTERAPIA / PESQUISA EM FISIOTERAPIA II): Conceituação de Ética e Deontologia. Legislação específica do Fisioterapeuta Introdução ao conhecimento científico, etapas do trabalho científico, tipos de estudo, população, amostragem e conceitos de medida ou aferição. Estrutura dos trabalhos científicos, monografias, teses e dissertações. Regras de publicação. Estatística descritiva e analítica. Apresentação tabular e gráfica de dados. S2 – M4 SAÚDE: PROCESSO E ASSISTÊNCIA (EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / PRIMEIROS SOCORROS): Saúde como processo sócio-cultural, econômico e político. Política nacional de saúde. Previdência Social. Procedimentos básicos de assistência em urgência e emergência. Abordagem no trauma e nas emergências clínicas. Suporte Básico de Vida. S2 – M5 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA II (PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA II):
  • 35. 34 Prática fisioterapêutica em ambiente ambulatorial e saúde coletiva. SEMESTRE III S3 – M1 PROCESSOS PATOLÓGICOS E MECANISMOS DE AGRESSÃO (PATOLOGIA HUMANA / MIBROBIOLOGIA / IMUNOLOGIA / PARASITOLOGIA / FARMACOLOGIA APLICADA A FISIOTERAPIA): Processos patológicos: etiologia, patogenia, alteração morfológica e funcional dos órgãos e tecidos. Morfologia e classificação dos microorganismos. Características e crescimento dos principais grupos de microrganismos. Imunologia básica e aplicada. Organização do sistema imunológico. Imunidade inespecífica e específica. Imunidade celular e humoral. Imunoprofilaxia. Noções de imunodiagnóstico. Imunopatologia. Interação neuro-imuno-endócrina. Farmacologia, farmacodinâmica e farmacocinética. Principais fármacos de ação nos diversos sistemas e aparelhos relacionados à fisioterapia. Grupos especiais de medicamentos, sistema de controle e ensaios farmacológicos. Controle biológico de medicamento e toxicologia. S3 – M2 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS ELETRO TERMO FOTO BIOLÓGICOS (ELETROTERAPIA / TERMOTERAPIA / FOTOTERAPIA): Princípios da biofísica: radiações ionizantes e não-ionizantes no organismo. Vibração (onda ultra-sônica). Radiações eletromagnéticas, eletricidade e eletrofisiologia. Aborda os recursos de eletroterapia, termoterapia e Fototerapia existente no campo da Fisioterapia, seus efeitos fisiológicos, indicações, contra-indicações e formas de aplicação. Métodos e técnicas de tratamento. Indicações precauções e contra-indicações. S3 – M3 CINEMÁTICA MUSCULAR II (AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA / CINESIOTERAPIA): Introdução a semiologia. Avaliação Fisioterapêutica. Avaliação neurológica. Avaliação dos sinais vitais. Avaliação sensorial. Avaliação neuro-músculo-esquelética regionalizada. Avaliação postural. Avaliação da marcha. Avaliação ambiental. Avaliação da coordenação motora e do equilíbrio. Estudo das técnicas de exercícios terapêuticos usadas no tratamento fisioterápico. Aspectos biomecânicos e neurofisiológicos dos exercícios. Avaliação e prescrição de técnicas específicas para alcance de diferentes metas terapêuticas. Princípios dos exercícios e técnicas cinesioterapêuticas específicas. S3 – M4 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA III (PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA III / PROJETO INTEGRADO EM CINESIOTERAPIA):
  • 36. 35 Desenvolvimento da observação prática e da atuação do fisioterapeuta no ambiente hospitalar. Rede interdisciplinar entre a Anatomia, Cinesiologia e Biomecânica, Cinesioterapia e Recursos Fisioterapêuticos. SEMESTRE IV S4 – M1 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS BIOHÍDRICOS (FISIOTERAPIA AQUÁTICA): Histórico da hidroterapia. Princípios físicos da água e fisiológicos do corpo em imersão e em exercício. Estudo teórico-prática do uso da água para fins terapêuticos e preventivos. Emprego de recursos aquáticos nas disfunções osteomioarticulares, neuromusculares e cardiorrespiratórios e recursos fisioterápicos correlacionados a hidroterapia. S4 – M2 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS MANIPULATIVOS E MECÂNICOS (RECURSOS MECANOTERÁPICOS E MANUAIS): Princípios físicos e biomecânicos da mecanoterapia Tração, manipulação, massoterapia, quiropraxia, osteopatia e relaxamento em Fisioterapia. Histórico da manipulação articular como forma de terapia. Anatomia e fisiologia da pele e sistema linfático. Massagem terapêutica e drenagem linfática. Apresentação da técnica da massagem reflexa e técnicas alternativas. S4 – M3 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA TRAUMATO ORTOPÉDICA (FISIOTERAPIA EM TRAUMATO-ORTOPÉDICA / DIAGNÓSTICO POR IMAGEM I / PRÓTESE, ÓRTESE E READAPTAÇÃO FUNCIONAL): Fisiopatologia das afecções ortopédicas e traumatológicas, avaliação, tratamento fisioterapêutico e readaptação funcional nas diferentes fases de doenças inflamatórias, infecciosas e degenerativas de músculos, ossos e articulações. Abordagem ao paciente politraumatizado, portador de fraturas, luxações, deformidades ortopédicas congênitas e adquiridas. Estudo de cada órgão ou estrutura do corpo humano, através da radiologia convencional, da ultra-sonografia, da tomografia computadorizada, da ressonância magnética e da medicina nuclear com ênfase na avaliação fisioterapêutica músculo-esquelética. Aparelhos ortopédicos, indicações e adaptações necessárias ao processo de reeducação, biomecânica aplicada e recursos cinesiológicos para o treinamento e uso de próteses órteses, materiais para confecções de próteses e órteses. S 4 – M4 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA IV (PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA IV PROJETO INTEGRADO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO – ORTOPÉDICA):
  • 37. 36 Prática fisioterapêutica em ambiente hospitalar (Unidades de Terapia Intensiva e Sala de Recuperação Pós-Anestésica). Observação da atuação do fisioterapeuta. Trabalho com equipe inter-profissional no ambiente hospitalar. Rede interdisciplinar entre a Anatomia, Recursos Terapêuticos, Fisioterapia Traumato Ortopedia e Traumatologia. Estudo dos problemas ortopédicos e traumatológicos: avaliação, planejamento, prescrição e execução de tratamento fisioterapêutico. S 4 – M5 OPTATIVA (CONTEÚDOS OPTATIVOS) SEMESTRE V S5 – M1 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PATOLOGIAS REUMÁTICAS (FISIOTERAPIA EM REUMATOLOGIA FISIOTERAPIA ERGONÔMICA E NO TRABALHO): Doenças reumáticas, etiologia, patogênese, evolução e tratamentos clínicos. Teorias do envelhecimento e alterações morfofuncionais corporais. Avaliação clínica das disfunções do sistema musculoesquelético (tecidos conjuntivos e articulações). Fisiopatologia, quadro clínico, tratamento e procedimentos fisioterapêuticos das doenças degenerativas, metabólicas e as síndromes dolorosas em reumatologia. Diagnóstico funcional. S5 – M2 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA NAS LESÕES DESPORTIVAS (FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO / FISIOTERAPIA DESPORTIVA): Fisiologia do exercício e esforço físico. Estudo das respostas humanas ao exercício físico. Repercussões imediatas e tardias do treinamento físico aeróbico e anaeróbico nos diversos sistemas orgânicos. Metodologias de avaliação de parâmetros da aptidão física. Treinamento esportivo. Avaliação e tratamento das lesões no esporte. Emergência no esporte. Interação do fisioterapeuta na equipe interdisciplinar e tópicos atuais em fisioterapia no esporte. Fundamentos históricos da Ergonomia. Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Aspectos biomecânicos do sistema esquelético. Entendimento da sobrecarga de trabalho sob a ótica física, cognitiva e psíquica. Estudo dos elementos para a transformação das condições de trabalho. S5 – M3 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM NEUROLOGIA E PSIQUIATRIA (NEUROANATOMIA/ FISIOTERAPIA EM NEUROLOGIA/ FISIOTERAPIA EM PSIQUIATRIA/ PROJETO INTEGRADO EM FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA): Organização estrutural do Sistema Nervoso. Aspectos macro e microscópicos em neuroanatomia. Distúrbios físicos e funcionais nas afecções neurológicas. Métodos e técnicas fisioterapêuticas nos
  • 38. 37 distúrbios e afecções neurofuncionais. Teorias sobre o aparelho psíquico. Integração da fisioterapia em neurologia, psiquiatria e saúde mental. SEMESTRE VI S6 –M1 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA (FISIOTERAPIA EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA /FISIOTERAPIA EM NEUROPEDIATRIA / PSICOMOTRICIDADE CLÍNICA/ PROJETO INTEGRADO EM FISIOTERAPIA PEDIATRICA E NEONATOLOGIA): Patologias neonatais e pediátricas. Exames complementares em neonatologia e pediatria. Disfunções neurológicas congênitas ou adquiridas; Desenvolvimento motor normal de 0 a 12 anos. Corpo e psiquismo na Reabilitação Funcional: Bases epistemológicas da Psicomotricidade; Rede interdisciplinar entre a Anatomia, Fisiologia, Patologia, Cinesiologia, Cinesioterapia, Neurologia, Ortopedia e Traumatologia, RTM e MTAF. Fisioterapia nas principais patologias ortopédicas e respiratórias da infância. S6 –M2 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM UROGINECOLOGIA, OBSTETRICIA E MASTOLOGIA (FISIOTERAPIA NOS DISTÚRBIOS DO ASSOALHO PÉLVICO; FISIOTERAPIA EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; FISIOTERAPIA EM MASTOLOGIA): Anatomia funcional do assoalho pélvico e do sistema ano-retal. Fisiopatologia dos distúrbios em ginecologia e obstetrícia. Câncer de mama. Mastectomias. Avaliação, métodos e técnicas fisioterapêuticas em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia Oncológica. S6 – M3 FISIOTERAPIA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS (FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES / FISIOTERAPIA ESTÉTICA / FISIOTERAPIA EM DERMATOLOGIA): Conceitos e definições de disfunções temporomandibulares (DTM). Anatomia da articulação temporomandibular (ATM). Fisiologia da articulação. Biomecânica, oclusão e fibromialgia da ATM. Etiologia das lesões, avaliação fisioterapêutica, diagnóstico e tratamento. Fisioterapia Estética Conhecimentos teóricos no campo da Fisioterapia Dermato-funcional. Comprometimento estético corporal. Abordagem de técnicas utilizadas na Fisioterapia Dermato-funcional. S6 – M4 OPTATIVO (CONTEÚDOS OPTATIVOS) SEMESTRE VII S7 – M1 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM CARDIOLOGIA E PNEUMOLOGIA (FISIOTERAPIA
  • 39. 38 CARDIOVASCULAR/ FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA/ REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR/ DIAGNÓSTICO POR IMAGEM II/ PROJETO INTEGRADO EM REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA): Fisiopatologia clínica das afecções pulmonares e cardiovasculares, reabilitação cardíaco e pulmonar e diagnóstico por imagem da cavidade torácica. S7 – M2 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM GERONTOLOGIA (BIOLOGIA E FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO / FISIOTERAPIA NA TERCEIRA IDADE): Processo biológico e fisiológico do envelhecimento humano. Principais distúrbios fisiopatológicos do envelhecimento humano e tratamento fisioterápico. S7 – M3 LIVRES (CONTEÚDOS LIVRES) SEMESTRE VIII S8 – M1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA I (FISIOTERAPIA CLÍNICA AMBULATORIAL / CRUTAC): Prática supervisionada nas diferentes áreas do saber fisioterapêutico. Clínicas, hospitais e empresas conveniadas. S8 – M2 PESQUISA EM FISIOTERAPIA I (FISIOTERAPIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS) Processo de aquisição e análise da validade da informação baseada em evidências científicas em saúde e na Fisioterapia. S8 – M3 GESTÃO EM SAÚDE (ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO EM FISIOTERAPIA): Fundamentos administrativos. Serviço de fisioterapia como elemento administrativo. Administração de pessoal em Fisioterapia. Qualidade em serviço de Fisioterapia. SEMESTRE IX S9 – M1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA II (INTERNATO I - AMBIENTE HOSPITALAR): Prática clínica como forma de treinamento do aluno para a atuação profissional, executando os procedimentos de avaliação e intervenção fisioterapêuticos envolvidos na prevenção e recuperação do
  • 40. 39 paciente hospitalizado, respeitando os princípios técnicos, éticos e humanos do indivíduo sob seus cuidados. S9 – M2 TERAPIA INTENSIVA (FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA): Prevenção de complicações, diagnóstico diferencial, monitorização das funções vitais, tratamento fisioterápico das enfermidades que necessitam de terapias intensivas. S9 – M3 PESQUISA EM FISIOTERAPIA II (PROJETO DE CONCLUSÃO DO CURSO) Definição da temática de pesquisa. Aspectos do embasamento teórico, do desenvolvimento da metodologia de pesquisa e da aplicação técnica na área de Fisioterapia. Elaboração e avaliação do projeto de pesquisa. Aplicação dos conceitos teóricos sobre os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais do projeto. SEMESTRE X S10 – M1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA III (INTERNATO II - AMBIENTE HOSPITALAR): Prática clínica como forma de treinamento do aluno para a atuação profissional, executando os procedimentos de avaliação e intervenção fisioterapêuticos envolvidos na prevenção e recuperação do paciente hospitalizado em UTI, respeitando os princípios técnicos, éticos e humanos do indivíduo. S10 – M2 PESQUISA EM FISIOTERAPIA III (TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO) Aplicação do projeto de pesquisa. Coleta de dados. Análise e processamento dos dados. Redação e apresentação do artigo de conclusão do curso. 10.4 Estágio Supervisionado Em conformidade com a Resolução nº. CNE/CES 4, de 19 de Fevereiro de 2002, do Conselho Federal de Educação, é obrigatório ao aluno de Fisioterapia cumprir estágio supervisionado, sendo o mesmo parte integrante do currículo pleno do curso. Esta resolução instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia definindo que se deve garantir o desenvolvimento de
  • 41. 40 estágios curriculares, sob a supervisão docente, assegurando a prática de intervenções preventiva e curativa nos diferentes níveis de atuação: ambulatorial, comunitário/unidades básicas de saúde e hospitalar. 10.4.1 Objetivo geral:  desenvolver habilidades e competências para o tratamento fisioterápico de afecções nos três níveis de atenção à saúde com base em toda a fundamentação teórica. 10.4.2 Objetivos específicos:  possibilitar a aplicação prática de conhecimentos na avaliação e reavaliação dos pacientes para elaboração dos programas de tratamento;  possibilitar a indicação e aplicação das técnicas e recursos terapêuticos;  possibilitar o acompanhamento da evolução dos pacientes e orientação ético-profissional;  permitir a avaliação, elaboração de programa de tratamento e de relatórios evolutivos em diversas áreas clínicas de atuação da Fisioterapia estabelecidas pelas diretrizes curriculares;  desenvolver a capacidade de trabalho em grupo;  desenvolver capacidade de trabalho com autonomia, reflexão, análise, gestão do tempo e autodisciplina. 10.4.3 Vivências em Fisioterapia Os módulos “Vivências em Fisioterapia” propostos no início da matriz curricular tem o objetivo de desenvolver precocemente a autodisciplina, gestão de tempo e capacidade de trabalho, e desta forma, ao longo do curso, as práticas assistidas e internato promoverão a integração teórico prático nas diversas áreas do conhecimento da Fisioterapia em diferentes níveis de complexidade. 10.4.4 Estágios Supervisionados
  • 42. 41 Os Estágios Supervisionados do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará ocorrerão em três etapas:  Estágio Ambulatorial/CRUTAC (320h/a) - Atuará no âmbito ambulatorial e comunitário/unidades básicas de saúde.  Estágio hospitalar  Internato I (480h/a)  Internato II (480h/a) 10.4.4.1 Estágio Ambulatorial/CRUTAC Será iniciado no 8º semestre, no qual, promoverar-se-á a interação paciente-aluno a nível ambulatorial e em clínicas de atendimento geral em fisioterapia. A prática na comunidade através do CRUTAC - Programa de Treinamento Rural Universitário e Ação Comunitária consiste de um programa de preparação de futuros profissionais em treinamento interdisciplinar através da ação comunitária vinculado a Pró-Reitoria de Extensão, em funcionamento na UFC podendo os alunos de Fisioterapia integrar-se a este. A UFC implantará a Clínica de Fisioterapia da UFC - UFCFISIO que se apresenta como um empreendimento previsto no projeto pedagógico. A UFCFISIO será uma ferramenta de ensino e pesquisa para o treinamento discente, ao mesmo tempo será um importante centro de prestação de serviços de fisioterapia para a comunidade. Terá regimento interno próprio para nortear o seu funcionamento, integrando-se a filosofia e a estrutura organizacional do curso de Fisioterapia. Será elaborado pelo coordenador do curso e corpo docente. 10.4.4.2 Internatos Neste modelo curricular dar-se-á ênfase a formação e desenvolvimento de competências no âmbito hospitalar. Nos dois últimos semestres o aluno participará de estágio em ambiente hospitalar, sendo subdividido em Intenado I e II. A duração do Internato corresponde a 12 meses, sendo incluído um mês de férias e um mês de estágio eletivo para cada internato. O Internato I corresponde à prática nas diversas áreas clínicas de atuação da Fisioterapia nas unidades de internamento hospitalar (enfermarias) e o Internato II à atuação prática em Unidades
  • 43. 42 de Terapia Intensiva e Unidades de Recuperação Pós operatória. O Internato é de caráter obrigatório, com carga horária total de 960 horas. Em ambos os casos, ocorrerá o revezamento dos alunos nos diferentes setores. Desta forma, será possível estabelecer correlações entre a teoria e a prática através de estudos de casos à beira do leito; aplicação da metodologia da assistência fisioterapêutica (avaliação, planejamento, execução do plano assistencial, reavaliação e alta), expressando assim, uma filosofia de ensino e aprendizagem baseada na percepção de tudo o que integra o relacionamento interpessoal e terapêutico. O internato, por apresentar características e normas próprias, terá regimento interno, aprovado pelo colegiado do Curso de Graduação de Fisioterapia. O colegiado do curso será composto pelo coordenador, um representante de cada uma das áreas do internato e do representante dos discentes. O regimento interno regulamentará itens como: o revezamento de alunos nas diversas áreas e período de permanência em cada local, plantões, férias, licenças, afastamento para congressos e concursos. 10.4.5 Mecanismos efetivos de acompanhamento e de cumprimento dos Estágios Supervisionados Para contemplar com sucesso os itens acima, inicialmente será eleito um supervisor de estágio que coordenará todas as atividades inerentes à disciplina de estágio supervisionado. Este contará com o auxílio de professores-supervisores de estágios. Os alunos serão divididos em grupos de até 6 alunos por professor-supervisor de estágio. O supervisor de estágio elaborará, em conjunto com os professores-supervisores, os cronogramas de atividades diárias que serão padronizadas em todos os campos práticos. Ao longo do estágio, o aluno apresentará estudos de casos, seminários, discussões de casos e relatórios parciais das atividades desenvolvidas em cada unidade. Ao término, o aluno apresentará um relatório final.
  • 44. 43 O aluno será avaliado pelo professor-supervisor através de critérios cognitivo, afetivo e psicomotor, sendo então registrados em formulário de acompanhamento diário. Os acadêmicos de Fisioterapia deverão desenvolver e demonstrar habilidade clínica e competência para efetivamente comunicar-se com o paciente, familiares e com a equipe interdisciplinar de forma apropriada, respeitando as diferenças culturais e seguindo os princípios éticos. COGNITIVO: ao final dos estágios/internato, os alunos serão capazes de:  Interpretar as informações contidas em prontuários  habilidade para buscar a história clínica através de entrevista ao paciente  Identificar as informações necessárias para o planejamento do tratamento fisioterapêutico  Reconhecer as indicações e contra indicações de procedimentos fisioterapêuticos de acordo com a história clínica e avaliação médica  Aplicar a terminologia padrão atualizada  Aplicar todas as ferramentas de avaliação acessadas durante os primeiros ciclos de formação  Avaliar sinais vitais, avaliação sensorial, propriocepção, postura, amplitude articular, força muscular, cirtometria, marcha, coordenação e equilíbrio e dor  Realizar planos de tratamento para as desabilidades musculoesqueléticas, neuromusculares de qualquer natureza que envolva a aplicação de métodos e técnicas fisioterapêuticas  Demonstrar atitude profissional, comunicação verbal e não verbal com outros grupos interpessoais, como gestores e diretores das instituições onde estiverem alocados.  Gerenciar serviços de reabilitação no âmbito hospitalar e extra hospitalar. AFETIVO: ao final dos estágios os alunos serão capazes de:  Entender os efeitos na comunicação verbal com pacientes e equipe interdisciplinar
  • 45. 44  Entender o impacto que a incapacidade física e psicológica temporária ou permanente acarreta no indivíduo  Perceber os problemas próprios das comunidades e dos serviços comunitários  Compreender e refletir as diferenças culturais, a sexualidade e outros que podem refletir na evolução da reabilitação. HABILIDADE PSICOMOTORA:  De forma segura os estudantes deverão demonstrar habilidade no manuseio técnico aplicando-os ao contexto clínico fisioterapêutico de maneira apropriada e integrando ao conhecimento cognitivo.  Aplicar técnicas terapêuticas manuais nas diversas afecções que afetem o aparelho locomotor e de outros sistemas  Manusear com habilidade e segurança diferentes equipamentos utilizados para avaliação e tratamento fisioterapêutico Utilizar-se-á formulários próprios para registro da avaliação de habilidades e competências desenvolvidas nestas áreas. 10.4.6 Relação aluno/professor-supervisor de estágio Nos diferentes campos de estágio, nas disciplinas de Estágio Ambulatorial e Hospitalar (internato I e II), a coordenação do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará tem a preocupação em manter uma relação máxima de um professor-supervisor para cada 6 alunos, o que vem tornar a supervisão muito produtiva. 10.5 Trabalho de conclusão de curso Considerando a tendência adotada do ensino voltado para a comunidade com forte base no desenvolvimento do saber científico, o curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará desenvolverá em seu término, um
  • 46. 45 trabalho de conclusão, sendo a apresentação final formatada em forma de artigo científico. O objetivo do TCC é despertar intuição investigativa e científica no profissional Fisioterapeuta que está se formando, desenvolvendo consciência crítico-analítico. No Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará, o Trabalho de Conclusão de Curso será dividido em duas partes (Projeto de Conclusão de Curso e Trabalho de Conclusão de Curso) com a carga horária total de 64h/a. A primeira parte, no 9º semestre do curso, destinada para a construção do projeto de TCC. A segunda parte, no 10º semestre do curso, será para a execução, elaboração do relatório final, conclusão e defesa perante Banca Examinadora. 10.5.1 Mecanismos efetivos de acompanhamento do trabalho de conclusão de curso O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) deverá ser entregue e apresentado no final do curso, constituindo-se um pré-requesito para sua graduação. O projeto de pesquisa será desenvolvido em duas etapas:  iniciando-se com a construção do projeto, onde o aluno revisa todo referencial teórico que deverá ser utilizado para o desenvolvimento do trabalho científico em uma área específica de sua escolha sob orientação de um docente fisioterapeuta. O acompanhamento do andamento do projeto é previsto através de apresentações sistemáticas e organizadas em forma de seminários que ocorrerão do decorrer do semestre. O projeto será apresentado a uma banca examinadora para qualificação do mesmo.  Na etapa seguinte, o aluno realizará a etapa analítica e conclusiva da pesquisa sob a orientação de um docente fisioterapeuta, fazendo-se necessário a defesa perante uma Banca Examinadora. 10.5.2 Relação aluno/professor ou trabalho/professor na orientação de trabalho de conclusão de curso Nas disciplinas de Projeto e Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Fisioterapia da UFC, sugere-se a manutenção da relação máxima de um professor para cada 5 alunos, o que tornará mais produtiva a orientação.
  • 47. 46 10.6 Atividades Complementares A estrutura curricular do Curso de Fisioterapia da UFC inclui também diversas atividades complementares que enriquecem a formação do aluno. Serão consideradas atividades complementares, as vivências dos alunos em situações técnico-didáticas específicas da fisioterapia e/ou da área da saúde ou de interesse do aluno, tais como: palestras, cursos de atualização, atendimento clínico em diversos contextos e áreas, oficinas pedagógicas, visitas científicas, fóruns de debates, seminários, encontros-técnico-científicos, participação em atividades de iniciação científica, de extensão, de iniciação à docência através da monitoria e outras formas que venham a complementar a formação do aluno, dando-lhe compreensão da profissão de fisioterapeuta. A coordenação do Curso de Fisioterapia da UFC, será a responsável pela implementação, acompanhamento e avaliação das atividades complementares, seguindo os critérios de pontuação das mesmas de acordo com o art. 5º da Resolução nº 07/CEPE, de 17 de junho de 2005, que dospõe sobre as atividades complementares dos curso de grauação da UFC. As atividades complementares através de plano de ação pertinente ao ensino proporcionarão a participação dos acadêmicos nas ações integradas e articuladas com diferentes segmentos da sociedade organizada, possibilitando uma integração entre o curso e a comunidade. Essas atividades com carga horária de 140h/a. deverão ser realizadas durante o período acadêmico como elemento necessário para a conclusão do Curso. Os estágios extras curriculares não serão estimulados uma vez que existe impedimento legal. O Conselho Regional de Fisioterapia da 6ª Região – CREFITO - 6 considera mediante Art. 10, da Decisão CREFITO-6, nº 001/2003 que a atividade de estágio extra curricular consiste na prática ilegal da profissão e não os permite nesta jurisdição. “Art. 10 – Fica expressamente vedado o exercício de estágio extra-curricular, nas áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, na jurisdição do CREFITO-6, sujeitando-se seus responsáveis às sanções previstas na legislação correspondente”.
  • 48. 47 11 INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR SEMESTRE I M CARGA HORÁRIA CRÉDITOS MÓDULOS CONTEÚDOS T P PRÉ-REQUISITO 1 64 04 - INDIVÍDUO, CULTURA E SOCIEDADE Filosofia Socioantropologia para a Saúde 2 64 02 02 INTRODUÇÃO À PESQUISA I Pesquisa em Fisioterapia I Informática na Saúde 3 144 05 04 LÓGICA MOLECULAR DOS SERES VIVOS I Biologia celular e Genética Bioquímica / Biofísica Citologia/ Histologia / Embriologia 4 80 03 02 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA I Fundamentos e Ações Integradas da Fisioterapia Prática Fisioterapêutica I T 416 14 08 SEMESTRE II M CARGA HORÁRIA CRÉDITOS T P MÓDULOS CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO 1 128 04 04 CINEMÁTICA MUSCULAR I Cinesiologia / Biomecânica 2 192 06 06 LÓGICA MOLECULAR DOS SERES VIVOS II Anatomia Humana Fisiologia Humana Lógica Molecular dos Seres Vivos I 3 64 04 - INTRODUÇÃO A PESQUISA II Ética, Bioética e Deontologia em Fisioterapia Pesquisa em Fisioterapia II Introdução a Pesquisa I 4 64 02 02 SAÚDE: PROCESSO E ASSISTÊNCIA Epidemiologia e Políticas de Saúde Primeiros Socorros 5 32 - 02 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA II Prática Fisioterapêutica II Vivências Em Fisioterapia I T 416 16 14 SEMESTRE III M CARGA HORÁRIA CRÉDITOS MÓDULOS CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P 1 128 06 02 PROCESSOS PATOLÓGICOS E MECANISMOS DE AGRESSÃO Patologia Humana / Microbiologia Parasitologia Imunologia Farmacologia Aplicada a Fisioterapia 2 96 04 02 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS ELETROTERMOFOTOBIOLÓGICOS Eletroterapia/Termoter apia/ Fototerapia 3 192 06 06 CINEMÁTICA MUSCULAR II Avaliação Fisioterapêutica Cinemática Muscular I
  • 49. 48 Cinesioterapia 4 64 02 02 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA III Prática Fisioterapêutica III Projeto Integrado em Cinesioterapia Vivências Em Fisioterapia II T 480 18 12 SEMESTRE IV M CARGA HORÁRIA CRÉDITOS MÓDULO CONTEÚDOS T P PRÉ-REQUISITO 1 48 2 1 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS BIOHÍDRICOS Fisioterapia Aquática 2 64 2 2 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS MANIPULATIVOS E MECÂNICOS Recursos Mecanoterápicos e Manuais 3 192 06 06 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA TRAUMATO ORTOPÉDICA Fisioterapia em Traumato-ortopédica Diagnóstico por Imagem I Prótese, Órtese e Readaptação Funcional Cinemática Muscular II 4 64 02 02 VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA IV Prática Fisioterapêutica IV Projeto Integrado em Fisioterapia Traumato – ortopédica Vivências Em Fisioterapia III 5 32 02 - OPTATIVA Conteúdos optativos T 400 14 11 SEMESTRE V M CARGA HORÁRIA CRÉDITOS MÓDULO CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P 1 112 03 04 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PATOLOGIAS REUMÁTICAS Fisioterapia em Reumatologia Fisioterapia Ergonômica e no trabalho Clínica Fisioterapêutica Traumato Ortopédica 2 112 03 04 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA NAS LESÕES DESPORTIVAS Fisiologia do Exercício Fisioterapia Desportiva Cinemática Muscular II 3 192 07 05 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM NEUROLOGIA E PSIQUIATRIA Neuroanatomia Fisioterapia em Neurologia Fisioterapia em Psiquiatria Projeto Integrado em Fisioterapia Neurológica Lógica Molecular dos Seres Vivos II T 416 13 12 SEMESTRE VI M CARGA HORÁRIA CRÉDITO S MÓDULO CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P 1 176 07 04 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia Fisioterapia em Neuropediatria Psicomotricidade Clínica Clínica Fisioterapêutica em Neurologia e Psiquiatria
  • 50. 49 Projeto Integrado em Fisioterapia Pediátrica e Neonatologia 2 112 05 02 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM UROGINECOLOGIA, OBSTETRICIA E MASTOLOGIA Fisioterapia nos Distúrbios do Assoalho Pélvico Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia Fisioterapia em Mastologia 3 112 03 04 FISIOTERAPIA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Fisioterapia nas Disfunções Temporo - Mandibulares Fisioterapia Estética Fisioterapia em Dermatologia 4 32 02 - OPTATIVO Conteúdos optativos T 432 17 10 SEMESTRE VII M CARGA HORÁRIA CRÉDITOS MÓDULOS CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P 1 304 11 08 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM CARDIOLOGIA E PNEUMOLOGIA Fisioterapia Cardiovascular Fisioterapia Respiratória Reabilitação Cardiopulmonar Diagnóstico por Imagem II Projeto Integrado em Reabilitação Cardiorrespiratória Cinemática Muscular II/ Lógica Molecular dos Seres Vivos II 2 64 02 02 CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA EM GERONTOLOGIA Biologia e Fisiologia do Envelhecimento Fisioterapia na Terceira Idade Clínica Fisioterapêutica Traumato Ortopédica 3 32 02 - LIVRE Conteúdos livres T 400 15 10 SEMESTRE VIII M CARGA HORÁRIA CRÉDITOS MÓDULOS CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P 1 320 - 20 ESTAGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA AMBULATORIAL Fisioterapia Clínica Ambulatorial/CRUTAC Recursos Fisioterapêuticos Eletrotermofotobio lógicos/ Clínica Fisioterapêutica Traumato Ortopédica/ Clínica Fisioterapêutica em Patologias Reumáticas/ Clínica Fisioterapêutica nas Lesões Desportivas/ Fisioterapia em Situações Especiais/ Clínica Fisioterapêutica
  • 51. 50 em Pediatria e Neonatologia 2 32 02 - PESQUISA EM FISIOTERAPIA I Fisioterapia Baseada em Evidências Introdução a Pesquisa II 3 32 02 - GESTÃO EM SAÚDE Administração e Planejamento em Fisioterapia 4 32 02 - LIVRE Conteúdos livres T 416 06 20 SEMESTRE IX M CARGA HORÁRIA CRÉDITOS MÓDULO CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P 1 512 - 32 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA HOSPITALAR I Internato I - Ambiente Hospitalar Clínica Fisioterapêutica em Cardiologia e Pneumologia/ Clínica Fisioterapêutica em Gerontologia/ Clínica Fisioterapêutica em Uroginecologia, Obstetricia e Mastologia/ Estagio Supervisionado em Fisioterapia Ambulatorial 2 96 04 02 TERAPIA INTENSIVA Fisioterapia em Terapia Intensiva Clínica Fisioterapêutica em Cardiologia e Pneumologia 3 32 02 - PESQUISA EM FISIOTERAPIA II Projeto de Conclusão de Curso Pesquisa em Fisioterapia I T 640 06 34 SEMESTRE X M CARGA HORÁRIA CRÉDITOS MÓDULO CONTEÚDOS PRÉ-REQUISITO T P 1 480 - 30 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA HOSPITALAR II Internato II - Ambiente Hospitalar Estágio Supervisionado em Fisioterapia Hospitalar I/ Terapia Intensiva 2 32 02 - PESQUISA EM FISIOTERAPIA III Trabalho de Conclusão de Curso Pesquisa em Fisioterapia II T 512 02 30 O aluno deverá cursar no mínimo 08 créditos de disciplinas optativas, podendo ser 04 créditos de disciplinas livres. Serão ofertadas como disciplinas optativas: Saúde Coletiva, Terapias Alternativas, Fisioterapia Domiciliar, Fisioterapia Veterinária, Acupuntura e Libras.
  • 52. 51 12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO A implantação do projeto pedagógico, como um processo dinâmico, em permanente construção, pressupõe a adoção de um sistema da avaliação que possibilite o acompanhamento e o aperfeiçoamento do currículo. O sistema de avaliação a ser implantado deve ser periódico. Deve ter um mecanismo constante de retroalimentação. Visa a melhoria do processo de construção ativa do conhecimento por parte de gestores, professores, alunos e funcionários técnico-administrativo, estabelecendo sistemas de acompanhamento e avaliação quantitativa e qualitativa do Projeto Pedagógico. Este acompanhamento e avaliação deverão acontecer por meio de reuniões sistemáticas entre o corpo docente, corpo discente (através dos representantes de turma e representação discente no colegiado de curso) e a coordenação do curso para constante acompanhamento, esclarecimento e aprimoramento do Projeto Pedagógico. A avaliação deve subsidiar todo o processo de formação, fundamentando novas decisões, direcionando os destinos do planejamento e reorientando-o caso esteja se desviando. Devem ser planejadas avaliações dos objetivos educacionais, do processo ensino-aprendizagem, de alunos, de professores e da Instituição com as seguintes especificidades: a) objetivos educacionais - quanto à sua adequação e se estão sendo atingidos; b) processo ensino-aprendizagem - quanto aos métodos educacionais, conteúdo, ambientes e o próprio sistema de avaliação; c) aluno - quanto à aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes; d) professores - quanto ao seu desempenho nas atividades de ensino, pesquisa e extensão;
  • 53. 52 e) Instituição - quanto à sua estrutura organizacional e processo gerencial. A aprovação e a progressão dos alunos no Curso, respeitando os critérios da UFC, seguirão normas específicas. No entanto, é imprescindível a inclusão de uma avaliação formativa, que dê ao aluno um “feedback” sobre o seu rendimento, ainda com tempo hábil para a melhoria do seu desempenho. A avaliação dos alunos deve abranger todo o processo de formação profissional, incluindo conhecimentos, habilidades e atitudes, estendendo-se também ao Internato. As ações pedagógicas propostas pelo projeto do curso deverão ser garantidas, entre outros, a partir da articulação mais eficiente entre as disciplinas e ações pedagógicas de gestão. Para viabilizar tais ações, faz-se necessário a proposta de criação de Núcleos de Competência das disciplinas e a criação da Coordenação de Semestres que têm por objetivo contribuir para a efetivação dos princípios que orientam a proposta.
  • 54. 53 13 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A OFERTA DO CURSO O Curso de Fisioterapia utilizará as instalações da Universidade Federal do Ceará (Campus do Porangabussú e Campus do Pici). I. O Curso de Fisioterapia será sediado no Campus do Porangabussu, onde funcionam os cursos da Área da Saúde. Os novos itens de infra-estrutura física e de equipamentos a serem adquiridos são os seguintes: 1. Salas para coordenação e secretaria; 2. Salas de aula para a integralização do curso em cinco anos; 3. Novos Laboratórios: a) 01 LABORATÓRIO DE CINESIOLOGIA E BIOMECANICA; b) 01 LABORATÓRIO DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA; c) 01 LABORATÓRIO DE BASES, TÉCNICAS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO; d) 01 LABORATÓRIO DE CINESIOTERAPIA; e) 01 LABORATÓRIO DE ELETRO-TERMO-FOTOTERAPIA; f) 01 LABORATÓRIO DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA. II. A infra-estrutura de pessoal necessária é a seguinte: 1. Docentes (o número de docentes estimados corresponde a 14 professores em regime de dedicação exclusiva). 2. 01 servidor técnico-administrativo para a secretaria do curso; 2. 06 servidores técnicos de laboratório. 13.1 Laboratórios A UFC deverá disponibilizar laboratórios de saúde que poderão ser utilizados para aulas práticas, demonstrativas, estudos e aplicação de programas e projetos existentes na Instituição. Os laboratórios de saúde e suas extensões deverão ser isoladas, com boa acústica, climatizados e iluminados adequadamente às ações de ensino. Para o melhor desenvolvimento das atividades acadêmicas a Coordenação deverá disponibilizar para os alunos os horários dos laboratórios: específicos para aulas e estudos extra-sala de aula.
  • 55. 54 13.1.1 Laboratório de Microscopia Ambiente destinado às aulas práticas das seguintes disciplinas: Histologia e Embriologia, Biologia Celular e Patologia. Poderá ser utilizado, quando necessário, por docentes de outras disciplinas que eventualmente precisem deste Laboratório, bem como para análise de lâminas utilizadas em trabalhos de conclusão de curso, pesquisas científicas, entre outras. 13.1.2 Laboratório de Anatomia Laboratório necessário e destinado à realização das aulas práticas das seguintes disciplinas da matriz curricular do Curso de Fisioterapia: - Anatomia Humana - Neuroanatomia Eventualmente, de acordo com o assunto ou com a necessidade dos professores, o Laboratório poderá ser utilizado ainda por qualquer docente das demais disciplinas do Curso de Fisioterapia, assim como por cursos de extensão promovidos pela Fisioterapia. O Laboratório de Anatomia ficará disponível aos acadêmicos para estudo, com a presença do funcionário responsável pelo mesmo, de acordo com uma programação de horários organizada pela Instituição. 13.1.3 Laboratório de Fisiologia Espaço destinado às aulas de Fisiologia Humana, Farmacologia aplicada a Fisioterapia e Bioquímica/ Biofísica, onde os alunos realizarão práticas sobre o funcionamento dos sistemas: neuromuscular, cardiovascular, respiratório entre outros.
  • 56. 55 13.1.4 Laboratório de Cinesiologia/Biomecânica e Cinesioterapia Este laboratório de uso exclusivo do Curso de Fisioterapia será destinado às aulas práticas nas quais o enfoque se dará ao aprendizado da avaliação músculo-esquelética, da marcha e da postura bem como ao aprendizado prático da análise do corpo humano estático e dinâmico. 13.1.5 Laboratório de Bases, Técnicas e Métodos de Avaliação (BTMA) O Laboratório de BMTA destina-se as aulas de Avaliação Fisioterapêutica e Recursos Mecanoterápicos e Manuais. 13.1.6 Laboratório de Eletrotermofototerapia Com equipamentos novos, modernos e da mais alta qualidade, este Laboratório atenderá as práticas das disciplinas que fornecem ao estudante de Fisioterapia o aprendizado da utilização dos equipamentos de eletro, termo e fototerapia, utilizados como recursos fisioterapêuticos. Este laboratório será utilizado também, para execução de aulas práticas de disciplinas que utilizam ou elegem com freqüência tais recursos para tratamento. 13.1.7 Laboratório de Fisioterapia Cardiorrespiratória Utilizado para a execução das aulas práticas das disciplinas: - Fisiologia do Exercício - Fisioterapia Desportiva - Fisioterapia Respiratória - Fisioterapia em Cardiovascular - Reabilitação Cardiopulmonar - Primeiros Socorros
  • 57. 56 - Fisioterapia em Terapia Intensiva 13.1.8 Laboratório de Fisioterapia Aquática Este laboratório contemplará uma Piscina Terapêutica. Único espaço a ser utilizado tanto para aulas práticas como para atendimento fisioterapêutico na Atividade Prática e no Estágio Supervisionado. 13.1.9 Clínica Escola Modelo de estrutura ideal para os serviços a que se destina, com equipamentos modernos e de melhor tecnologia existente no mercado. Totalizando aproximadamente 500 m2 de área construída. Esse espaço será destinado ao uso exclusivo dos acadêmicos do Curso de Fisioterapia. A Clínica de Fisioterapia da UFC (UFCFISIO) atenderá a todos os requisitos necessários para um aprendizado prático completo, além de fornecer ao público que utilizará o serviço de atendimento fisioterapêutico uma assistência diferenciada. 13.2 Biblioteca Os usuários da Biblioteca da UFC possuem fácil acesso ao acervo. Sua atualização é feita periodicamente de forma a não ficar ultrapassada. Seus técnicos são habilitados e treinados possibilitando um bom atendimento aos usuários. Os discentes e docentes do Curso de Fisioterapia da UFC, poderão utilizar tanto a Biblioteca Central (Campus do Pici) como a da Saúde (Campus do Porangabussu). 13.3 Recursos Humanos
  • 58. 57 A previsão de docentes a serem contratados para o Curso de Fisioterapia da UFC é de 36 professores. Os quais serão alocados gradualmente durante os 10 semestres. Buscar-se-á pessoal com experiência didática e profissional comprovada e titulação adequada, sendo Especialistas, Mestres e Doutores e/ou em fase de obtenção de sua titulação.