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A Salvação na Páscoa Judaica.
"[...] Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo
das cargas dos egípcios, vos livrarei da sua
servidão e vos resgatarei com braço
estendido e com juízos grandes."(Êx 6.6).
A libertação do povo israelita vislumbrava um
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humanidade.
Êxodo 12.21-24.29.
21- Chamou pois Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei
e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa.
22- Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na
bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue
que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à
manhã.
23- Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o
sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o SENHOR passará
aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos
ferir.
24- Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para
sempre.
29- E aconteceu, à meia noite, que o SENHOR feriu a todos os primogênitos
na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu
trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os
primogênitos dos animais.
Na Páscoa, os israelitas relembram o modo milagroso pelo qual Deus
operou a salvação de seu povo, livrando-o da opressão, do sofrimento,
da angústia e da escravidão promovida pelos egípcios. Era a
lembrança da fidelidade de Deus à sua promessa, do seu amor
libertador e do cuidado, sem igual, em favor do seu povo. Nesta lição,
estudaremos os aspectos-chave e simbólicos da Páscoa e o novo
significado que tão importante celebração assumiu com a morte e a
ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
1. O livramento nacional.
Para o povo de Israel, a Páscoa representa o que o dia da
independência significa para um país colonizado por uma metrópole.
Mais ainda, essa magna celebração significa a verdadeira libertação
experimentada por uma nação, expressada pela liberdade espiritual
do povo para servir ao Deus Criador (Êx 12.1-13,16).
Historicamente, foi o último juízo sobre o Egito e a provisão do
sacrifício pascal que possibilitaram o livramento da escravidão e a
peregrinação do povo judeu rumo à Terra Prometida (Êx 12.29-51).
2. A libertação da escravidão.
Os israelitas habitaram por aproximadamente 430 anos no Egito
(Êx 12.40). Na maior parte desse tempo, eles experimentaram a
dominação, a escravidão e a humilhação. Ser escravo no Antigo
Oriente era estar sob a dependência política, econômica e social de
outra nação. A religião a ser professada pelo povo escravo era a da
nação dominadora, logo, não havia dignidade nacional para a escrava.
Entretanto, no caso dos israelitas, o Deus Todo-Poderoso ouviu "o
gemido dos filhos de Israel, aos quais os egípcios escravizam", e
lembrou-se de sua aliança (Êx 6.5). Do sofrimento da escravidão, o
clamor do povo chegou a Deus que lhe proveu o livramento.
3. A nova celebração judaica. A Páscoa passou a ser a nova festa
religiosa dos israelitas, pois essa celebração foi instituída por Deus,
mediante o legislador Moisés, e um novo ano religioso começou
(Êx 12.1-20). Os israelitas passavam oito dias comendo pães sem
fermento, o matzá, isto é, fatias de pães asmos. Tudo isso para trazer à
memória a grande fuga do Egito que fora tão rápida, a ponto de não
haver tempo para deixar o pão caseiro crescer, pois esse pão deveria
ser consumido antes de a massa levedar (Êx 12.39,40).
1. O cordeiro no Antigo Testamento.
No Antigo Testamento, o cordeiro
constituía parte fundamental dos
sacrifícios oferecidos para remissão dos
pecados. Ele foi introduzido na cultura
dos israelitas quando Deus libertou o
seu povo, conforme nos relata Êxodo
12.3-10. Para oferecer o cordeiro em
sacrifício, o sacerdote e o povo
deveriam observar algumas exigências:
o animal deveria ser completamente
limpo, não poderia haver manchas nem
outros defeitos, ser imaculado e
plenamente saudável (Lv 4.32; Nm 6.14).
Todo esse simbolismo apontava para
Jesus, o verdadeiro Cordeiro pascal.
2. Jesus, o verdadeiro Cordeiro pascal. A páscoa cristã é o memorial
de como Deus substituiu os sacrifícios temporários por um único e
definitivo. Nesse aspecto, o cordeiro do Antigo Testamento era
sombra do apresentado no Novo, "morto desde a fundação do
mundo" (Ap 13.8). Por isso, ao comemorarmos a Páscoa, devemos
atentar seriamente para o glorioso feito de Jesus na cruz.
Cristo é o fundamento, a essência da Páscoa; se não atentarmos para
Ele, nossa Páscoa torna-se vazia de sentido. Além disso, somos
chamados a celebrar o verdadeiro Cordeiro com alegria e gratidão,
pois por intermédio dEle a nossa culpa foi anulada definitivamente.
Deus nos purificou e nos fez dignos de "assentar nos lugares celestiais,
em Cristo Jesus" (Ef 2.6). Agora, uma vez em Cristo, somos
santificados, justificados e perdoados (Rm 5.1,2; 8.1).
1. O significado do sangue.
A primeira abordagem da Bíblia acerca dos sacrifícios está no livro de
Gênesis (Gn 3.21; 4.1-7). O sacrifício de animais era uma forma de
lidar com os problemas do pecado, quando este destruiu a paz entre
Deus e a humanidade (Is 59.2). O sacrifício era oferecido para
expiação dos pecados do transgressor, em que este era perdoado e,
mediante essa expiação, tinha a sua relação com Deus restabelecida.
O maior símbolo, e principal elemento desse ritual, era o sangue do
animal sacrificado. Isso porque "sangue", na Bíblia, representa a vida;
e a vida do animal, "derramada" no sacrifício, era o que restabelecia a
paz entre Deus e o ser humano (Lv 17.11 cf. Hb 9.23-28).
2. O sangue do cordeiro pascal.
Antes do advento da última praga sobre os egípcios. Deus ordenou
aos judeus que preparassem um cordeiro para cada família (Êx 12.3).
A orientação era a seguinte: após matarem o cordeiro, os israelitas
deveriam passar o sangue da vítima nas ombreiras e no umbral da
porta de suas casas (Êx 12.7). Isso serviria de sinal para que quando o
Senhor passasse e ferisse os primogênitos do Egito, conservasse a vida
dos israelitas intacta (Êx 12.13).
Assim, a orientação divina protegeu os primogênitos israelitas e o
sangue do cordeiro pascal foi o símbolo de proteção deles diante da
morte. Nesse sentido, o sangue de Jesus Cristo, o verdadeiro Cordeiro,
nos protege da morte eterna e da maldição originada pelo pecado
(l Jo 1.7). Tal como o sangue do cordeiro pascal que livrou o povo da
morte, assim também o sangue de Jesus nos livra da
morte espiritual e da condenação eterna.
3. O sangue da Nova Aliança.
Em o Novo Testamento, ao celebrar a Páscoa na última ceia, Jesus
afirmou que o seu sangue era o símbolo da Nova Aliança (Lc 22.14-
20); era o real cordeiro, bem como o verdadeiro sacerdote, sendo o
sacrifício e o oficiante ao mesmo tempo. Por essa razão, o livro de
Hebreus afirma que Cristo é o mediador da Nova Aliança e, mediante
seu sangue, redime de modo efetivo ao que crê (Hb 12.24).
Nesse sentido, o sangue da Nova Aliança deu acesso direto do ser
humano ao trono da graça (Hb 4.16) e autoridade exclusiva a Jesus
como o único e verdadeiro mediador entre Deus e os homens
(1 Tm 2.5). Desse modo Cristo fez da Igreja um povo de verdadeiros
sacerdotes com autoridade e legitimidade para partilhar da
intimidade com Deus, para interceder uns pelos outros e anunciar as
boas novas dessa Nova Aliança (1 Pe 2.9).
A Páscoa para os judeus é a memória da ação salvadora de Deus. Para
nós, os cristãos, é a recordação da ação redentora de Jesus em favor
da humanidade. Cristo é a nossa verdadeira Páscoa, o Cordeiro único
e o Sumo Sacerdote por excelência. Seu sacrifício foi definitivo e
completo. Por isso, ao lermos sobre a Páscoa, devemos celebrar a
Nova Aliança manifesta em Cristo Jesus. Hoje somos filhos de Deus
mediante a nova e perfeita aliança no sangue do Cordeiro
que tira o pecado do mundo.

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A Salvação na Páscoa Judaica.

  • 2. "[...] Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, vos livrarei da sua servidão e vos resgatarei com braço estendido e com juízos grandes."(Êx 6.6).
  • 3. A libertação do povo israelita vislumbrava um plano divino maior: libertar e salvar a humanidade.
  • 4. Êxodo 12.21-24.29. 21- Chamou pois Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa. 22- Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã. 23- Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o SENHOR passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir. 24- Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para sempre. 29- E aconteceu, à meia noite, que o SENHOR feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.
  • 5. Na Páscoa, os israelitas relembram o modo milagroso pelo qual Deus operou a salvação de seu povo, livrando-o da opressão, do sofrimento, da angústia e da escravidão promovida pelos egípcios. Era a lembrança da fidelidade de Deus à sua promessa, do seu amor libertador e do cuidado, sem igual, em favor do seu povo. Nesta lição, estudaremos os aspectos-chave e simbólicos da Páscoa e o novo significado que tão importante celebração assumiu com a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
  • 6. 1. O livramento nacional. Para o povo de Israel, a Páscoa representa o que o dia da independência significa para um país colonizado por uma metrópole. Mais ainda, essa magna celebração significa a verdadeira libertação experimentada por uma nação, expressada pela liberdade espiritual do povo para servir ao Deus Criador (Êx 12.1-13,16).
  • 7. Historicamente, foi o último juízo sobre o Egito e a provisão do sacrifício pascal que possibilitaram o livramento da escravidão e a peregrinação do povo judeu rumo à Terra Prometida (Êx 12.29-51).
  • 8. 2. A libertação da escravidão. Os israelitas habitaram por aproximadamente 430 anos no Egito (Êx 12.40). Na maior parte desse tempo, eles experimentaram a dominação, a escravidão e a humilhação. Ser escravo no Antigo Oriente era estar sob a dependência política, econômica e social de outra nação. A religião a ser professada pelo povo escravo era a da nação dominadora, logo, não havia dignidade nacional para a escrava.
  • 9. Entretanto, no caso dos israelitas, o Deus Todo-Poderoso ouviu "o gemido dos filhos de Israel, aos quais os egípcios escravizam", e lembrou-se de sua aliança (Êx 6.5). Do sofrimento da escravidão, o clamor do povo chegou a Deus que lhe proveu o livramento.
  • 10. 3. A nova celebração judaica. A Páscoa passou a ser a nova festa religiosa dos israelitas, pois essa celebração foi instituída por Deus, mediante o legislador Moisés, e um novo ano religioso começou (Êx 12.1-20). Os israelitas passavam oito dias comendo pães sem fermento, o matzá, isto é, fatias de pães asmos. Tudo isso para trazer à memória a grande fuga do Egito que fora tão rápida, a ponto de não haver tempo para deixar o pão caseiro crescer, pois esse pão deveria ser consumido antes de a massa levedar (Êx 12.39,40).
  • 11. 1. O cordeiro no Antigo Testamento. No Antigo Testamento, o cordeiro constituía parte fundamental dos sacrifícios oferecidos para remissão dos pecados. Ele foi introduzido na cultura dos israelitas quando Deus libertou o seu povo, conforme nos relata Êxodo 12.3-10. Para oferecer o cordeiro em sacrifício, o sacerdote e o povo deveriam observar algumas exigências: o animal deveria ser completamente limpo, não poderia haver manchas nem outros defeitos, ser imaculado e plenamente saudável (Lv 4.32; Nm 6.14). Todo esse simbolismo apontava para Jesus, o verdadeiro Cordeiro pascal.
  • 12. 2. Jesus, o verdadeiro Cordeiro pascal. A páscoa cristã é o memorial de como Deus substituiu os sacrifícios temporários por um único e definitivo. Nesse aspecto, o cordeiro do Antigo Testamento era sombra do apresentado no Novo, "morto desde a fundação do mundo" (Ap 13.8). Por isso, ao comemorarmos a Páscoa, devemos atentar seriamente para o glorioso feito de Jesus na cruz.
  • 13. Cristo é o fundamento, a essência da Páscoa; se não atentarmos para Ele, nossa Páscoa torna-se vazia de sentido. Além disso, somos chamados a celebrar o verdadeiro Cordeiro com alegria e gratidão, pois por intermédio dEle a nossa culpa foi anulada definitivamente. Deus nos purificou e nos fez dignos de "assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus" (Ef 2.6). Agora, uma vez em Cristo, somos santificados, justificados e perdoados (Rm 5.1,2; 8.1).
  • 14. 1. O significado do sangue. A primeira abordagem da Bíblia acerca dos sacrifícios está no livro de Gênesis (Gn 3.21; 4.1-7). O sacrifício de animais era uma forma de lidar com os problemas do pecado, quando este destruiu a paz entre Deus e a humanidade (Is 59.2). O sacrifício era oferecido para expiação dos pecados do transgressor, em que este era perdoado e, mediante essa expiação, tinha a sua relação com Deus restabelecida.
  • 15. O maior símbolo, e principal elemento desse ritual, era o sangue do animal sacrificado. Isso porque "sangue", na Bíblia, representa a vida; e a vida do animal, "derramada" no sacrifício, era o que restabelecia a paz entre Deus e o ser humano (Lv 17.11 cf. Hb 9.23-28).
  • 16. 2. O sangue do cordeiro pascal. Antes do advento da última praga sobre os egípcios. Deus ordenou aos judeus que preparassem um cordeiro para cada família (Êx 12.3). A orientação era a seguinte: após matarem o cordeiro, os israelitas deveriam passar o sangue da vítima nas ombreiras e no umbral da porta de suas casas (Êx 12.7). Isso serviria de sinal para que quando o Senhor passasse e ferisse os primogênitos do Egito, conservasse a vida dos israelitas intacta (Êx 12.13).
  • 17. Assim, a orientação divina protegeu os primogênitos israelitas e o sangue do cordeiro pascal foi o símbolo de proteção deles diante da morte. Nesse sentido, o sangue de Jesus Cristo, o verdadeiro Cordeiro, nos protege da morte eterna e da maldição originada pelo pecado (l Jo 1.7). Tal como o sangue do cordeiro pascal que livrou o povo da morte, assim também o sangue de Jesus nos livra da morte espiritual e da condenação eterna.
  • 18. 3. O sangue da Nova Aliança. Em o Novo Testamento, ao celebrar a Páscoa na última ceia, Jesus afirmou que o seu sangue era o símbolo da Nova Aliança (Lc 22.14- 20); era o real cordeiro, bem como o verdadeiro sacerdote, sendo o sacrifício e o oficiante ao mesmo tempo. Por essa razão, o livro de Hebreus afirma que Cristo é o mediador da Nova Aliança e, mediante seu sangue, redime de modo efetivo ao que crê (Hb 12.24).
  • 19. Nesse sentido, o sangue da Nova Aliança deu acesso direto do ser humano ao trono da graça (Hb 4.16) e autoridade exclusiva a Jesus como o único e verdadeiro mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Desse modo Cristo fez da Igreja um povo de verdadeiros sacerdotes com autoridade e legitimidade para partilhar da intimidade com Deus, para interceder uns pelos outros e anunciar as boas novas dessa Nova Aliança (1 Pe 2.9).
  • 20. A Páscoa para os judeus é a memória da ação salvadora de Deus. Para nós, os cristãos, é a recordação da ação redentora de Jesus em favor da humanidade. Cristo é a nossa verdadeira Páscoa, o Cordeiro único e o Sumo Sacerdote por excelência. Seu sacrifício foi definitivo e completo. Por isso, ao lermos sobre a Páscoa, devemos celebrar a Nova Aliança manifesta em Cristo Jesus. Hoje somos filhos de Deus mediante a nova e perfeita aliança no sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo.