Saúde e
Socorrismo
UFCD 4283
Formadora: Daniela Pires
CONTEÚDOS
1. Conceito de saúde
2.Os comportamentos humanos
3.Fatores condicionantes da saúde: recursos, serviços, sistemas, valores
4. Saúde pública: objetivo, modos de atuação, tipos
5. Saúde e homeostasia
6. Estados da saúde humana: hígido, mórbido, patogénico
7. Serviços de saúde e cuidados de saúde
8. Cadeia de sobrevivência: Suporte Básico de Vida (SBV) precoce, desfibrilhação precoce, Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce
9. O sistema integrado de emergência médica: INEM, 112, CODU, CIAV
10. SBV: conceito, etapas e procedimentos, posicionamento, sequência de ações, problemas associados.
11. Posição lateral de segurança
CONCEITO DE SAÚDE
Ser saudável tem significados diferentes para pessoas diferentes.
Na verdade, as ideias sobre o que é a saúde e o ser saudável
variam amplamente, pois são moldadas pelas experiências de
vida, pelos conhecimentos, pelos valores e pelas expectativas de
cada um assim como pela perceção do que esperam fazer no seu
dia-a-dia e ainda pela condição que precisam para realizar os
papéis com sucesso, que a comunidade onde estão inseridos
espera deles.
CONCEITO DE SAÚDE
A saúde durante muito tempo, foi considerada
como o oposto da doença, sendo esta conceptualizada
como apenas as anomalias físicas ou biológicas e
encarada como um acontecimento acidental, que não se
podia evitar, um destino fatal.
1. CONCEITO DE SAÚDE
O conceito de Saúde que marcou muitas gerações passadas e ainda continua a
moldar as gerações atuais foi formalizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 1946,
a qual afirma que Saúde é “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social e
não apenas a ausência de doença ou enfermidade” .
1. CONCEITO DE SAÚDE
Existem várias dimensões do conceito de saúde:
• Dimensão física – Esta associada ao funcionamento do organismo humano.
• Dimensão mental – A capacidade da pessoa de pensar clara e coerentemente. Distingue-se das
dimensões emocional e social, embora exista uma forte interligação entre estas três dimensões.
• Dimensão emocional – É a capacidade para reconhecer emoções, tais como o medo, alegria,
tristeza e raiva e exprimi-las adequadamente. A saúde emocional ou afetiva também significa gerir
o stresse, a tensão, a depressão e a ansiedade.
1. CONCEITO DE SAÚDE
• Dimensão espiritual – Para algumas pessoas crentes, a saúde está relacionada com as crenças e práticas religiosas. Para
outras pessoas, ainda, esta dimensão poderá ter a ver com crenças pessoais, princípios de comportamento e formas de atingir
paz de espírito e estar em paz consigo próprias.
• Dimensão social – Ser capaz de fazer e manter relacionamentos com outras pessoas que fazem parte do nosso contexto
social.
• Dimensão ambiental – As dimensões anteriores referiam-se apenas ao nível individual, mas a saúde vai muito além desse
plano. Esta dimensão inclui os fatores, que poderão influenciar os grandes determinantes de saúde. Assim, é impossível ser-
se saudável numa sociedade “doente”, que não providencia os recursos necessários à satisfação das necessidades humanas
básicas, como a alimentação, o vestuário e a habitação e em países opressores que negam os direitos humanos básicos aos
seus cidadãos.
1. CONCEITO DE SAÚDE
A saúde de um indivíduo pode ser determinada pela própria biologia humana,
pelo ambiente físico, social e económico a que está exposto e pelo seu estilo de vida e
outros comportamentos que podem ser benéficos ou prejudiciais.
Uma boa saúde está associada ao aumento da qualidade de vida. Por outro
lado, as pessoas que estão expostas a condições precárias de sobrevivência, não
possuem saneamento básico (água, limpeza, esgotos, etc.), assistência médica adequada,
alimentação é água de qualidade, etc., têm a sua saúde seriamente afetada.
2. OS COMPORTAMENTOS HUMANOS
Podemos definir como “comportamentos protetores de saúde” qualquer
comportamento realizado por uma pessoa, independentemente do estado de saúde que tem
ou pensa ter, com vista a proteger, promover ou manter a saúde, quer tal comportamento
seja, ou não, objetivamente eficaz para atingir tal fim.
2. OS COMPORTAMENTOS HUMANOS
Os comportamentos associados à saúde podem ser divididos em três tipos:
1) Comportamentos de exaltação da saúde: são os que visam a promoção da saúde, ou seja, aqueles
que são implementados, conscientemente, com o propósito de melhorar o nível global de saúde;
2) Comportamentos de manutenção de saúde: são os de prevenção das doenças, tais como controlo
de pressão arterial, planeamento familiar, vacinação, etc., e os de proteção de saúde, tais como
controlo de agentes tóxicos, prevenção rodoviária, impacto ambiental;
3) Comportamentos de prejuízo de saúde: são os que são prejudiciais à saúde, tais como fumar,
beber exageradamente, medicar-se sem acompanhamento médico.
2. OS COMPORTAMENTOS HUMANOS
Quando se pretender estudar a relação entre
comportamento e saúde, deveremos ter em atenção três
fatores:
• A natureza do desenvolvimento humano;
• O papel do meio ambiente social e físico;
• A interação do desenvolvimento humano com o meio
ambiente.
2. OS COMPORTAMENTOS HUMANOS
O conceito de saúde tem vindo a ser associado ao de estilo de vida. O estilo de vida
individual é descrito através dos padrões de comportamento suscetíveis de serem observados, os
quais podem ter um efeito marcante na saúde do próprio indivíduo e na saúde de outros.
Não existe um estilo de vida “ótimo” que deva ser imposto a todas as pessoas, pois existem
variáveis culturais, socioeconómicas, a idade, a estrutura das famílias, a habilidade física, entre
outras variáveis que tornarão certas atividades mais indicadas ou que suscitam um maior interesse
por parte de determinadas pessoas.
3. FATORES CONDICIONANTES DA SAÚDE: RECURSOS,
SERVIÇOS, SISTEMAS, VALORES
A saúde é influenciada por um conjunto de fatores, positivos e negativos.
Os fatores condicionantes de cuidados de saúde são os seguintes:
• os serviços de cuidados de saúde que a população dispõe, quer ao nível da prevenção
quer ao nível da cura ou da reabitação;
• os sistemas sócio-culturais em que as pessoas se inserem e nos quais nascem e vivem,
pois é neste sistema que se organiza um conjunto de valores que orientam os seus hábitos
sociais e os seus comportamentos de saúde, como o caso dos hábitos alimentares ou de
higiene.
3. FATORES CONDICIONANTES DA SAÚDE:
RECURSOS, SERVIÇOS, SISTEMAS, VALORES
• as condições sócio-económicas e ambientais, como a falta de rede de esgotos e saneamento básico,
de água canalizada e a exposição elevados a níveis de poluição, são exemplos ambientais nada
saudáveis.Os acidentes provocados pelo Homem como o acidente da central nuclear de Chernobil,
são situações que põem em risco a saúde das pessoas;
• a hereditariedade, como as características específicas de cada pessoa, como é o caso, do daltonismo;
• a adoção de estilos de vida saudáveis, como ter uma alimentação equilibrada, a pratica moderada e
regular de exercício físico, os hábitos de higiene, as horas de sono recomendadas e não consumir
substâncias nocivas à saúde e controlar o stress.
4. SAÚDE PÚBLICA: OBJETIVO, MODOS DE ATUAÇÃO, TIPOS.
A Saúde Pública é definida como “a arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a vida e promover
a saúde através de esforços organizados da sociedade” (Acheson, 1988; OMS).
A saúde pública na conceção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou
não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores
condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de
doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais.
4. SAÚDE PÚBLICA: OBJETIVO, MODOS DE
ATUAÇÃO, TIPOS.
OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA SAÚDE PUBLICA SÃO:
• Levar a cabo processos que permitam conhecer doenças e a sua evolução numa comunidade;
• Estabelecer objetivos e metas na luta contra a doença;
• Escolher planos de ação e os meios para melhorar a saúde de uma comunidade.
4. SAÚDE PÚBLICA: OBJETIVO, MODOS DE
ATUAÇÃO, TIPOS.
As atividades de Saúde Pública visam reforçar o sistema de ação e as melhorias nos
serviços de saúde com o objetivo de manter os cidadãos saudáveis, melhorar a sua saúde e
bem estar e prevenir a sua deterioração.
A Saúde Pública foca-se no total espectro de saúde e bem estar e não apenas na
erradicação de certas doenças
5. SAÚDE
E
HOMEOSTASIA
As condições do meio ambiente também
influenciam a vida do ser humano.
No interior do corpo são produzidos processos
físicos e químicos que ajudam a manter o
ambiente interno mais ou menos constante
independente do meio exterior.
Este processos que permitem alcançar o equilíbrio
interno designa-se homeostasia.
5.SAÚDE E HOMEOSTASIA
• A homeostasia indica a propriedade do organismo de permanecer em equilíbrio mesmo quando
ocorrem mudanças radicais no meio externo.
• A homeostase é garantida por processos fisiológicos que ocorrem de maneira coordenada no corpo.
• Manter o meio interno em equilíbrio é essencial para o funcionamento adequado dos sistemas que
compõem o corpo humano.
O mau funcionamento dos mecanismos homeostáticos e assim há uma situação de
desequilíbrio e pode haver doença ou até mesmo ocorrer a morte.
6. ESTADOS DA SAÚDE HUMANA: HÍGIDO, MÓRBIDO, PATOGÉNICO
É hígido aquele que tem saúde. Alguém apresenta higidez física, higidez mental, ou seja, saudável
fisicamente, ou saudável mentalmente.
A História Natural das Doenças (HND) é composta por dois períodos:
• o período pré-patogénico (antes do indivíduo adoecer, fatores ambientais condicionantes que são o estímulo);
• período patogénico (a patogénese precoce ou período de incubação,).
A HND define, assim, duas dimensões da causalidade:
• a primeira, epidemiológica, é a da determinação do aparecimento das doenças
• segunda, fisiopatológica, trata da evolução das mesmas.
6. ESTADOS DA SAÚDE HUMANA: HÍGIDO,
MÓRBIDO, PATOGÉNICO
Por exemplo, os fatores de risco das DCV podem ser inatos (não modificáveis) ou externos (comportamentos
e estilos de vida). Como exemplo dos primeiros incluem-se a idade, o sexo (particularmente o masculino), a história
familiar e pessoal de DCV, fator de risco trombogénico.
Através destas medidas, prevê-se e pretende-se que o impacto na saúde pública seja notável, já que os
programas e políticas têm como alvo um grande número de indivíduos e porque um mesmo “determinante positivo”
ou comportamento saudável tem efeitos benéficos múltiplos na saúde (proteção de várias doenças).
Por exemplo, a prevenção do tabagismo contribui para a prevenção de doenças respiratórias, oncológicas e
cardiovasculares.
6. ESTADOS DA SAÚDE HUMANA:
HÍGIDO, MÓRBIDO, PATOGÉNICO
Para intervir tem de se ter em consideração a
história natural da doença, a pessoa enquanto saudável
fazendo a prevenção primária, depois do início da doença,
a prevenção secundária, com a doença estabelecida, a
prevenção terciária e, por fim, a prevenção primordial
(evitar a emergência e estabelecimento dos padrões de
vida – sociais, económicos e culturais – que se sabem
levarem a um elevado risco de doença).
7. SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE
Considera-se, que a rede de prestação de cuidados de saúde abrange os
estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), constituídos pelos hospitais, centros
hospitalares e unidades locais de saúde, bem como estabelecimentos que prestam cuidados
aos utentes do SNS e outros serviços de saúde, nos termos de contratos celebrados em
regime público-privadas.
O SNS é uma estrutura através do qual o Estado Português assegura o direito à
saúde(promoção, prevenção e vigilância) a todos os cidadãos de Portugal.
7. SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE
A POLÍTICA DE SAÚDE TEM ÂMBITO NACIONAL E OBEDECE ÀS DIRETRIZES SEGUINTES:
• A promoção da saúde e a prevenção da doença fazem parte das prioridades no planeamento das atividades do
Estado.
• É objetivo fundamental obter a igualdade dos cidadãos no acesso aos cuidados de saúde, seja qual for a sua
condição económica e onde quer que vivam, bem como garantir a equidade na distribuição de recursos e na
utilização de serviços.
• São tomadas medidas especiais relativamente a grupos sujeitos a maiores riscos, tais como as crianças, os
adolescentes, as grávidas, os idosos, os deficientes, os toxicodependentes e os trabalhadores cuja profissão o
justifique.
• Os serviços de saúde estruturam-se e funcionam de acordo com o interesse dos utentes e articulam-se entre si e
ainda com os serviços de segurança e bem-estar social.
7. SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE
• A gestão dos recursos disponíveis deve ser conduzida por forma a obter deles o maior proveito socialmente útil e a
evitar o desperdício e a utilização indevida dos serviços.
• É apoiado o desenvolvimento do sector privado da saúde e, em particular, as iniciativas das instituições particulares
de solidariedade social, em concorrência com o sector público.
• É promovida a participação dos indivíduos e da comunidade organizada na definição da política de saúde e
planeamento e no controlo do funcionamento dos serviços.
• É incentivada a educação das populações para a saúde, estimulando nos indivíduos e nos grupos sociais a
modificação dos comportamentos nocivos à saúde pública ou individual.
• É estimulada a formação e a investigação para a saúde, devendo procurar-se envolver os serviços, os profissionais e
a comunidade.
7. SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE
SAÚDE
CUIDADOS DE SAÚDE
A prestação de cuidados de saúde de acordo com a melhor boa prática, uma boa
plataforma tecnológica, e a comprovada evolução científica, na prevenção, diagnóstico e
tratamento clínico da doença, sustentada na obtenção de resultados clínicos,
periodicamente monitorizados e reavaliados face aos objetivos e metas definidos.
Um modelo de prestação de cuidados assente na procura da resposta às necessidades e
expectativas do utente tendo como fim último a promoção da sua satisfação.
7. SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE
TIPOS DE CUIDADOS DE SAÚDE
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
Prestam cuidados completos às pessoas, de acordo com as suas necessidades de saúde durante toda a vida e não só para
um conjunto de doenças específicas. Os cuidados de saúde primários asseguram que as pessoas recebem cuidados completos, desde
a promoção e prevenção ao tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, tão perto quanto possível do seu ambiente diário.
Desta forma, espera-se a diminuição da incidência da doença pelo controlo de fatores de risco ou causas associadas, bem
como a diminuição do risco médio de doença na população.
Exemplos: Imunização; Uso de seringas descartáveis pelos toxicodependentespara prevenir infeções como VIH/SIDA e hepatites.
7.SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE
CUIDADOS DE SAÚDE SECUNDÁRIOS OU HOSPITALARES
Conjunto de atividades de prevenção, promoção, restabelecimento ou
manutenção da saúde, bem como de diagnóstico, tratamento/terapêutica e reabilitação,
em ambiente hospitalar e realizadas a doentes em fase aguda de doença, cujos episódios se
caracterizam pela necessidade de intervenções especializadas, exigindo o recurso a
meios/recursos com tecnologia diferenciada.
7.SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE
CUIDADOS DE SAÚDE TERCEARIOS
Os cuidados de saúde terciários, também designados cuidados continuados integrados,
designam o conjunto de intervenções sequenciais de saúde e/ou apoio social, decorrente de avaliação
conjunta, centrado na recuperação global entendida como o processo terapêutico e de apoio social, ativo
e contínuo, que visa promover a autonomia melhorando a funcionalidade da pessoa em situação de
dependência, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social.
7.SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE
CUIDADOS DOMICILIÁRIOS
Os cuidados domiciliários podem ser definidos como o conjunto de atividades de
prevenção, promoção, restabelecimento ou manutenção da saúde, bem como de diagnóstico,
tratamento/terapêutica e reabilitação, através de um conjunto de recursos destinados a
prestar cuidados de saúde, a pessoas doentes ou inválidas, no seu domicílio, em lares ou
instituições.
7.SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE
A proteção da saúde constitui um
direito dos indivíduos e da comunidade
que se efetiva pela responsabilidade
conjunta dos cidadãos, da sociedade e do
Estado, em liberdade de procura e de
prestação de cuidados, nos termos da
Constituição e da lei.
8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA: SUPORTE BÁSICO DE
VIDA (SBV) PRECOCE, DESFIBRILHAÇÃO PRECOCE,
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV) PRECOCE
A cadeia de sobrevivência é composta por quatro elos de igual importância,
que traduzem o conjunto de procedimentos vitais para recuperar uma vítima
em paragem cardiorrespiratória.
8. CADEIA DE
SOBREVIVÊNCIA
Os quatro elos da cadeia de sobrevivência são:
 Acesso precoce ao Sistema Integrado de Emergência Médica – 112.
 Início precoce de SBV.
 Desfibrilhação precoce.
 Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce.
8. CADEIA DE
SOBREVIVÊNCIA
Cada elemento da «cadeia de sobrevivência», quando
unido, forma uma corrente que permite que a
reanimação cardiorrespiratória tenha sucesso.
Contudo, a resistência desta corrente será aquela que se
encontra na resistência de cada elo, ou seja, o resultado
final está dependente da eficácia de cada um deles.
8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
RECONHECIMENTO PRECOCE
O rápido acesso ao SIEM assegura o início da Cadeia de Sobrevivência.
Cada minuto sem se chamar o socorro reduz a possibilidade de sobrevivência da vítima.
Para o funcionamento adequado deste elo é fundamental que quem presencia uma determinada
ocorrência seja capaz de reconhecer a gravidade da situação e saiba ativar o sistema, ligando
adequadamente 112 (para poder informar o quê, onde, como e quem).
A consciência de que estes procedimentos podem salvar vidas humanas deve ser incorporada o mais
cedo possível na vida de cada cidadão.
8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
REAMINAR: SUPORTE BÁSICO DE VIDA
No intervalo de tempo que decorre entre a ativação e a chegada dos serviços de emergência ao local de
ocorrência, a execução de manobras de SVB assume uma importância fundamental.
 O reconhecimento da PCR refere-se a uma situação em que a vítima não esta reativa (não responde quando
estimulada) e não respira normalmente, pelo que devem ser iniciadas de imediato manobras de reanimação.
O SBV consiste em duas ações principais: compressões torácicas e insuflações.
O SBV permite ganhar tempo, mantendo alguma circulação e alguma ventilação na vítima, até à chegada de
socorro mais diferenciado para instituir os procedimentos de SAV.
8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
DESFIBRILHAÇÃO PRECOCE
 A maioria das PCR no adulto ocorrem devido a uma perturbação do ritmo cardíaco a
que se chama Fibrilhação Ventricular. Esta perturbação do ritmo cardíaco caracteriza-
se por uma atividade elétrica caótica de todo o coração, em que não há contração do
músculo cardíaco e, como tal, não é bombeado sangue para o organismo.
 O único tratamento eficaz para esta arritmia é a desfibrilhação que consiste na
aplicação de um choque elétrico, externamente a nível do tórax da vítima, para que a
passagem da corrente elétrica pelo coração pare a atividade caótica que este apresenta.
8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
ESTABILIZAR- SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV) PRECOCE E CUIDADOS
PÓS REANIMAÇÃO
O SAV com recurso à abordagem diferenciada da via aérea, utilização de fármacos e correção de
possíveis causas de PCR, são ações fundamentais após a abordagem inicial da PCR.
Integram também este elo os cuidados pós-reanimação, que têm o objetivo de preservar as funções
do cérebro e coração.
8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
Em suma, a Cadeia de Sobrevivência representa, simbolicamente, o conjunto de
procedimentos que permitem salvar vítimas de paragem cardiorrespiratória.
Para que o resultado final possa ser, efetivamente, uma vida salva, cada um dos elos da
cadeia é vital e todos devem ter a mesma força.
Todos os elos da cadeia são igualmente importantes: de nada serve ter o melhor SAV se
quem presencia a PCR não souber ligar 112.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
SIEM:
Conjunto de ações coordenadas, de âmbito extrahospitalar, hospitalar e inter-hospitalar,
que resultam da intervenção ativa e dinâmica dos vários componentes do sistema de saúde
nacional, de modo a possibilitar uma atuação rápida, eficaz e com economia de meios em
situações de emergência médica.
Toda a atividade de urgência/emergência, nomeadamente o sistema de socorro pré-hospitalar,
o transporte, a receção hospitalar e a adequada referenciação do doente urgente/emergente.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA – Fases
Detenção – Momento em que alguém se apercebe da existência de uma
ou mais vitimas de doença ou acidente.
Alerta – Contato para os serviços de alerta
Pré-socorro- Conjuntos de gestos simples que podem e devem ser
efetuados até à chegada do socorro.
Socorro- Cuidados de emergência iniciais efetuados às vitimas de doença
súbita ou acidente, com objetivo de as estabilizar.
Transporte –Transporte assistido da vitima numa ambulância com
características, tripulação e carga bem definidas, desde o local da
ocorrência até à unidade de saúde garantindo a continuidade de cuidados.
Unidade de tratamento- Tratamento no serviço de saúde mais
adequado.
9. O SISTEMA
INTEGRADO DE
EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM,
112, CODU;
CIAV
Intervenientes no siem:
• Público;
• Operadores das Centrais de Emergência 112;
• Técnicos dos CODU;
• Agentes da autoridade;
• Bombeiros;
• Tripulantes de ambulância;
• Técnicos de ambulância de emergência;
• Médicos e enfermeiros;
• Pessoal técnico hospitalar;
• Pessoal técnico de telecomunicações e de informática.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
O Instituto Nacional de Emergência
Médica (INEM) é o organismo do Ministério da
Saúde responsável por coordenar o
funcionamento, no território de Portugal
continental, de um sistema integrado de
emergência médica (SIEM), de forma a garantir
aos sinistrados ou vítimas de doença súbita a
pronta e correta prestação de cuidados de saúde.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
A prestação de socorros no local da ocorrência, o transporte assistido das vítimas para o hospital
adequado e a articulação entre os vários intervenientes no SIEM (hospitais, bombeiros, polícia, etc.), são
as principais tarefas do INEM.
O INEM, através do Número Europeu de Emergência - 112, dispõe de vários meios para responder com
eficácia, a qualquer hora, a situações de emergência médica.
As chamadas de emergência efetuadas através do número 112 são atendidas em centrais de emergência
da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Atualmente, no território de Portugal Continental, as chamadas que dizem respeito a situações de saúde
são encaminhadas para os Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
Compete ao CODU atender e avaliar no mais curto espaço de tempo os pedidos de
socorro recebidos, com o objetivo de determinar os recursos necessários e adequados a cada
caso.
O funcionamento do CODU é assegurado em permanência por médicos e técnicos,
com formação específica para efetuar:
 O atendimento e triagem dos pedidos de socorro.
 O aconselhamento de pré-socorro, sempre que indicado.
 A seleção e acionamento dos meios de socorro adequados.
 O acompanhamento das equipas de socorro no terreno.
 O contacto com as unidades de saúde, preparando a receção hospitalar dos doentes.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
Ao ligar 112 deverá estar preparado para informar:
 A localização exata da ocorrência e pontos de referência do local, para facilitar a chegada dos meios de
socorro.
 O número de telefone de contacto.
 O que aconteceu (ex. acidente, parto, falta de ar, dor no peito).
 O número de pessoas que precisam de ajuda.
 Condição em que se encontra(m) a(s) vítima(s).
 Se já foi feita alguma coisa (ex. controlo de hemorragia).
 Qualquer outro dado que lhe seja solicitado (ex. se a vítima sofre de alguma doença ou se as vítimas de um
acidente estão encarceradas).
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
O CODU têm à sua disposição diversos meios de comunicação e de atuação no terreno, como sendo as ambulâncias
INEM, as motas, a VMER e os helicópteros de emergência médica.
Através da criteriosa utilização dos meios de telecomunicações ao seu dispor, o CODU têm capacidade para acionar os
diferentes meios de socorro, apoiá-los durante a prestação de socorro no local das ocorrências e, de acordo com as
informações clínicas recebidas das equipas no terreno, selecionar e preparar a receção hospitalar dos diferentes doentes.
O INEM presta também orientação e apoio noutros campos da emergência tendo, para tal, criado vários sub-sistemas:
CODU-MAR e CIAV.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
CODU MAR
O Centro de Orientação de Doentes Urgentes- Mar
tem por missão prestar aconselhamento médico a situações
de emergência que se verifiquem a borda de embarcações.
Se necessário, o CODU-MAR pode acionar a
evacuação do doente e organizar o acolhimento em terra e
posterior encaminhamento.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
CIAV
O Centro de Informação Antivenenos (CIAV) é um centro médico de informação toxicológica.
Presta informações referentes ao diagnóstico, quadro clínico, toxicidade, terapêutica e prognóstico
da exposição a tóxicos em intoxicações agudas ou crónicas.
O CIAV presta um serviço nacional, cobrindo a totalidade do país. Tem disponíveis médicos
especializados, 24 horas por dia, que atendem consultas de médicos, outros profissionais de saúde
e do público em geral.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
AMBULÂNCIAS
As ambulâncias de socorro coordenadas pelos CODU estão localizadas em vários pontos do país,
associadas às diversas delegações do INEM, estão também sediadas em corpos de bombeiros ou em
delegações da Cruz Vermelha Portuguesa.
A maior parte das Corporações de Bombeiros estabeleceu com o INEM protocolos para se
constituírem como Posto de Emergência Médica ou Posto Reserva. Muitas das Delegações da Cruz
Vermelha Portuguesa são postos reserva do INEM.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
As Ambulâncias Posto de Emergência Médica são ambulâncias de socorro do INEM, que estão sediadas em corpos de
Bombeiros com os quais o INEM celebrou protocolos.
 Estas ambulâncias destinam-se à estabilização e transporte de doentes que necessitem de assistência durante o transporte e
cuja tripulação e equipamento permitem a aplicação de medidas de suporte básico de vida (SBV) e desfibrilhação
automática externa (DAE).
A tripulação é constituída por dois elementos da corporação e, pelo menos um deles, deve estar habilitado com o Curso de
Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS). O outro tripulante, no mínimo, deve estar habilitado com o Curso de Tripulante
de Ambulância de Transporte (TAT).
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
--- As ambulâncias SBV do INEM são ambulâncias de socorro, igualmente destinadas à estabilização e
transporte de doentes que necessitem de assistência durante o transporte e cuja tripulação e equipamento
permitem a aplicação de medidas de SBV e DAE. São tripuladas por dois Técnicos de Ambulância de
Emergência (TAE) do INEM, devidamente habilitados com os cursos de TAS, de DAE, e de Condução de
Emergência.
--- As ambulâncias de suporte imediato de vida (SIV) do INEM constituem um meio de socorro em que, além do
descrito para as SBV, há possibilidade de administração de fármacos e realização de atos terapêuticos invasivos,
mediante protocolos aplicados sob supervisão médica. São tripuladas por TAE e um Enfermeiro do INEM. Atua
em dependência com o CODU e estão localizadas em unidades de saúde.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
Transporte inter-hospitalar pediátrico
O Subsistema de Transporte de Recém-Nascidos de Alto Risco e Pediatria é um serviço de transporte
inter-hospitalar de emergência, permitindo o transporte e estabilização de bebés prematuros, recém-
nascidos e crianças em situação de risco de vida, dos 0 aos 18 anos de idade, para hospitais com Unidades
de Neonatologia, Cuidados Intensivos Pediátricos e/ou determinadas especialidades ou valências.
As ambulâncias deste Subsistema dispõem de um Médico especialista, um Enfermeiro e um TAE,
estando dotadas com todos os equipamentos necessários para estabilizar e transportar os doentes
pediátricos.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
VMER – Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação
As Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação são veículos de intervenção pré-hospitalar, concebidos para o
transporte de uma equipa médica ao local onde se encontra o doente.
Com equipas constituídas por um médico e um enfermeiro, dispõem de equipamento para Suporte Avançado de
Vida (SAV) em situações do foro médico ou traumatológico.
Atuam na dependência direta dos CODU, tendo uma base hospitalar, isto é, estão localizadas num
hospital.
Têm como principal objetivo a estabilização pré-hospitalar e o acompanhamento médico durante o
transporte de vítimas de acidente ou doença súbita em situações de emergência.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
HELICÓPTEROS
Os helicópteros de emergência médica do INEM são utilizados
no transporte de doentes graves entre unidades de saúde ou
entre o local da ocorrência e a unidade de saúde.
Estão equipados com material de SAV, sendo a tripulação
composta por um médico, um enfermeiro e dois pilotos.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
MOTAS
As motas de Emergência são tripuladas por um
TAE e graças à sua agilidade no meio do trânsito citadino,
permitem a chegada mais rápida do primeiro socorro
junto de quem dele necessita.
Reside aqui a sua principal vantagem
relativamente aos meios de socorro tradicionais.
9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV
UMIPE
A unidade móvel de intervenção psicológica de emergência (UMIPE) é um veículo de
intervenção concebido para transportar um psicólogo do INEM para junto de quem necessita
de apoio psicológico, como por exemplo, sobreviventes de acidentes graves, menores não
acompanhados ou familiares de vítimas de acidente ou doença súbita fatal.
É conduzida por um elemento com formação em condução de veículos de emergência.
Atuam na dependência direta dos CODU, tendo por base as Delegações Regionais.
10. SBV: CONCEITO, ETAPAS E PROCEDIMENTOS,
POSICIONAMENTOS,SEQUÊNCIA DE AÇÕES, PROBLEMAS
ASSOCIADOS
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
O SBV consiste num conjunto de procedimentos realizados sem recurso a
equipamento específico, e que tem como objetivo a manutenção da vida e o ganho
de tempo, até à chegada de ajuda especializada.
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
ALGORITMO DO
SBV
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
1. AVALIAR AS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA: REANIMADOR, VÍTIMA E TERCEIROS
• Antes de se aproximar de alguém que possa eventualmente estar em perigo de vida, o reanimador
deve assegurar-se primeiro de que não irá correr nenhum risco:
• Ambiental (ex. choque elétrico, derrocadas, explosão, tráfego);
• Toxicológico (ex. exposição a gás, fumo, tóxicos);
• Infeccioso (ex. tuberculose, hepatite).
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
2. AVALIAR O ESTADO DE CONSCIÊNCIA
• Coloque-se lateralmente em relação à vítima, se
possível.
• Abane os ombros com cuidado e pergunte em voz alta:
“Está-me a ouvir?”
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
NO CASO DE VÍTIMA REATIVA:
• Garanta a inexistência de perigo para a vítima;
• Mantenha-a na posição encontrada;
• Identifique situações causadoras da aparente alteração do estado da vítima;
• Solicite ajuda (ligue 112), se necessário;
• Reavalie com regularidade.
NO CASO DE VÍTIMA NÃO REATIVA:
• Permeabilizar a Via Aérea (VA)
3. PERMEABILIZAR A VIAAÉREA
• Em vítima inconsciente a queda da língua pode bloquear a VA,
pelo que esta deve ser permeabilizada:
• Colocar a vítima em decúbito dorsal;
• Colocar uma mão na testa e inclinar a cabeça para trás (extensão
da cabeça);
• Elevar o queixo usando os dois dedos da outra mão colocados
debaixo do queixo.
• Estas duas últimas ações permeabilizam a VA.
A permeabilização da via aérea e o restabelecimento da
ventilação são objetivos essenciais em SBV, com o propósito de
evitar lesões por insuficiente oxigenação dos órgãos nobres, em
particular do cérebro.
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
4. AVALIAR RESPIRAÇÃO
Mantendo a VA permeável, verificar se a vítima respira normalmente,
realizando o VOS até 10 segundos:
• Ver os movimentos torácicos;
• Ouvir os sons respiratórios saídos da boca/ nariz;
• Sentir o ar expirado na face do reanimador.
Se a vítima respira normalmente coloque-a em Posição Lateral de
Segurança (PLS).
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
5. LIGAR 112
Se a vítima não responde e não tem respiração normal ative de imediato o serviço de emergência
médica, ligando 112:
• Quando liga 112 deve estar preparado para responder às questões: ONDE; O QUÊ; QUEM; COMO;
• Salienta-se que a presença de vários elementos no local deve ser utilizada para que um deles contacte
os serviços de emergência, enquanto outro inicia as manobras de SBV;
• Se estiver sozinho, o desejável é que não abandone nem atrase o auxílio à vítima, podendo utilizar o
sistema de alta voz de um telemóvel para interagir com os operadores do CODU, enquanto executa o
SBV.
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
6. REALIZAR COMPRESSÕES TORÁCICAS
Realize 30 compressões deprimindo o esterno 5-6 cm a uma
frequência de pelo menos 100 por minuto e não mais que 120 por minuto.
No decurso da PCR o sangue que se encontra retido nos pulmões e
no sistema arterial permanece oxigenado por alguns minutos. São as
compressões torácicas que mantêm o fluxo de sangue para o coração, o
cérebro e outros órgãos vitais, pelo que é prioritário o início de
compressões torácicas, ao invés de iniciar insuflações.
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Para que as compressões torácicas sejam corretamente realizadas, deverá:
1. Posicionar-se ao lado da vítima;
2. Certificar-se que a vítima está deitada de costas, sobre uma superfície firme e plana;
3. Afastar/remover as roupas que cobrem o tórax da vítima;
4. Posicionar-se verticalmente acima do tórax da vítima;
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
5. Colocar a base de uma mão no centro do tórax (sobre a metade inferior do esterno);
6. Colocar a outra mão sobre a primeira entrelaçando os dedos;
7. Manter os braços e cotovelos esticados, com os ombros na direção das mãos;
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
8. Aplicar pressão sobre o deprimindo-o 5-6 cm compressão (as
compressões torácicas superficiais podem não produzir um fluxo
sanguíneo adequado);
9. Aplicar 30 compressões de forma rítmica a uma frequência de pelo
menos 100 por minuto, mas não mais do que 120 por minuto
(ajuda se contar as compressões em voz alta);
10. No final de cada compressão garantir a descompressão total do
tórax sem remover as mãos;
11. Nunca interromper as compressões mais do que 10 segundos (com
o coração parado, quando não se comprime o tórax, o sangue não
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
7. REALIZAR INSUFLAÇÕES
• Após 30 compressões efetuar 2 insuflações.
• A insuflação quando eficaz provoca elevação do tórax (semelhante à respiração normal), devendo
ter a duração de apenas 1 segundo; Evitar insuflações rápidas e forçadas;
• A posição incorreta da cabeça pode impedir a insuflação adequada por obstrução da via aérea;
• Na impossibilidade de utilizar um dispositivo na via aérea (máscara de bolso ou insuflador manual),
a insuflação “boca a boca” é uma maneira rápida e eficaz de fornecer oxigénio à vítima.
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
INSUFLAÇÕES BOCA-A-BOCA:
• Posicionar-se ao lado da vítima e permeabilizar a Via Aérea (VA;
• Aplicar 2 insuflações na vítima, mantendo a VA permeável:
• Comprima as narinas usando o dedo indicador e o polegar da mão que colocou na testa;
• Permita que a boca se abra, mas mantenha a elevação do queixo;
• Inspire normalmente e coloque os seus lábios em torno da boca da vítima, certificando-se que
não há fugas;
• Sopre a uma velocidade regular e controlada para a boca da vítima enquanto observa a elevação
do tórax (deve durar cerca de 1 segundo, tal como na respiração normal);
• Mantendo a inclinação da cabeça e o queixo elevado, afaste-se da boca da vítima e observe o
tórax a baixar quando o ar sai;
• Inspire novamente e volte a soprar na boca da vítima para conseguir um total de duas insuflações.
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
• Se não se sentir capaz ou tiver relutância em fazer
insuflações, faça apenas compressões torácicas;
• Se apenas fizer compressões, estas devem ser contínuas,
cerca de 100 - 120 por minuto (não existindo momentos
de pausa entre cada 30 compressões).
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
INSUFLAÇÕES COM MÁSCARA DE BOLSO:
• Uma máscara de bolso pode ser utilizada por leigos, com treino mínimo na realização de
insuflações, durante o SBV.
• Este dispositivo adapta-se à face da vítima, sobre o nariz e boca, e possui uma válvula
unidirecional que desvia do reanimador o ar expirado da vítima.
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
• Colocar a máscara sobre o nariz e boca da vítima (a parte mais estreita da
máscara de bolso deverá ficar sobre o dorso do nariz e a parte mais larga
da máscara deverá ficar sobre a boca);
• Colocar o polegar e o indicador na parte mais estreita da máscara;
• Colocar o polegar da outra mão na parte mais larga da máscara e usar os
outros dedos para elevar o queixo da vítima, criando uma selagem
hermética
• Soprar suavemente pela válvula unidirecional durante cerca de 1 segundo
(por cada insuflação), por forma a que o tórax da vítima se eleve;
• Retirar a boca da válvula da máscara após insuflar.
10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
8. MANTER SBV
• Mantenha as manobras de reanimação (30 compressões alternando com 2 insuflações) até:
• Chegar ajuda diferenciada;
• Ficar exausto;
• A vítima retomar sinais de vida (vítima desperta e reativa; movimento; abertura espontânea dos olhos;
respiração normal).
É raro reanimar a vítima (entenda-se presença de sinais de vida) apenas com manobras de SBV;
Caso não tenha a certeza que a vítima recuperou, mantenha SBV.
11.POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (PLS)
A PLS garante a manutenção da permeabilidade da via aérea numa vítima inconsciente que respira normalmente:
Diminuindo o risco de aspiração de vómito;
Prevenindo que a queda da língua obstrua a VA;
Permitindo a drenagem de fluidos pela boca;
Permitindo a visualização do tórax;
Não estão demonstrados riscos associados à sua utilização.
Nas situações em que a vítima se encontra não reativa e com respiração eficaz, ou se tiverem sido restaurados os sinais
de vida após manobras de reanimação.
11. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
Ajoelhe-se ao lado da vítima
Remova objetos estranhos ao corpo da
vítima, os quais ao posicioná-la possam
eventualmente causar lesões (ex: óculos,
canetas);
Assegure-se que as pernas da vítima estão
estendidas;
Técnica para colocar uma vitima em PLS
11.POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
Coloque o braço mais perto (do seu lado)
em ângulo reto com o corpo, com o cotovelo
dobrado e a palma da mão virada para cima;
 Segure o outro braço (mais afastado) cruzando
o tórax e fixe o dorso da mão na face do seu
lado;
11. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
Levantar a perna do lado oposto
Com a outra mão levante a perna do lado
oposto acima do joelho dobrando-a,
deixando o pé em contacto com o chão.
11. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
Rolar a vítima
• Com a outra mão levante a perna do lado oposto acima do joelho
dobrando-a, deixando o pé em contacto com o chão; Role a vítima
• Enquanto uma mão apoia a cabeça a outra puxa a perna do lado
oposto rolando a vítima para o seu lado;
• Estabilize a perna de forma a que a anca e o joelho formem
ângulos retos;
• • Incline a cabeça para trás assegurando a permeabilidade da VA;
• Ajuste a mão debaixo do queixo, para manter a extensão da
cabeça;
• Reavalie regularmente a respiração (na dúvida desfazer a PLS,
permeabilizar a VA e efetuar VOS até 10 segundos).
11. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
• Verifique se a via aérea se mantém permeável, certificando-se que a vítima respira
normalmente (se fizer ruído reposicione a cabeça).
• Vigie regularmente.
• Se a vítima tiver que permanecer em PLS por um longo período de tempo,
recomenda-se que ao fim de 30 minutos seja colocada sobre o lado oposto, para
diminuir o risco de lesões resultantes da compressão sobre o ombro.
• Se a vítima deixar de respirar espontaneamente é necessário voltar a colocá-la em
decúbito dorsal, reavaliar e iniciar SBV.
11. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
Contraindicações:
• Situações de trauma ou suspeita de trauma;
• Vitimas que apresentem respiração agónica ( movimentos respiratórios ineficazes e que
correspondem a uma fase transitória e precedem a PCR).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
• AA VV., Manual de Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa, Ed.
Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Setúbal, 2012
• AA VV., Manual TAS: Emergências médicas, Ed. INEM, 2012 AA VV., Manual TAS:
Suporte básico de vida, Ed. INEM, 2012

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Apresentação UFCD 4283 - Saúde e Socorrismo

  • 2. CONTEÚDOS 1. Conceito de saúde 2.Os comportamentos humanos 3.Fatores condicionantes da saúde: recursos, serviços, sistemas, valores 4. Saúde pública: objetivo, modos de atuação, tipos 5. Saúde e homeostasia 6. Estados da saúde humana: hígido, mórbido, patogénico 7. Serviços de saúde e cuidados de saúde 8. Cadeia de sobrevivência: Suporte Básico de Vida (SBV) precoce, desfibrilhação precoce, Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce 9. O sistema integrado de emergência médica: INEM, 112, CODU, CIAV 10. SBV: conceito, etapas e procedimentos, posicionamento, sequência de ações, problemas associados. 11. Posição lateral de segurança
  • 3. CONCEITO DE SAÚDE Ser saudável tem significados diferentes para pessoas diferentes. Na verdade, as ideias sobre o que é a saúde e o ser saudável variam amplamente, pois são moldadas pelas experiências de vida, pelos conhecimentos, pelos valores e pelas expectativas de cada um assim como pela perceção do que esperam fazer no seu dia-a-dia e ainda pela condição que precisam para realizar os papéis com sucesso, que a comunidade onde estão inseridos espera deles.
  • 4. CONCEITO DE SAÚDE A saúde durante muito tempo, foi considerada como o oposto da doença, sendo esta conceptualizada como apenas as anomalias físicas ou biológicas e encarada como um acontecimento acidental, que não se podia evitar, um destino fatal.
  • 5. 1. CONCEITO DE SAÚDE O conceito de Saúde que marcou muitas gerações passadas e ainda continua a moldar as gerações atuais foi formalizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 1946, a qual afirma que Saúde é “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade” .
  • 6. 1. CONCEITO DE SAÚDE Existem várias dimensões do conceito de saúde: • Dimensão física – Esta associada ao funcionamento do organismo humano. • Dimensão mental – A capacidade da pessoa de pensar clara e coerentemente. Distingue-se das dimensões emocional e social, embora exista uma forte interligação entre estas três dimensões. • Dimensão emocional – É a capacidade para reconhecer emoções, tais como o medo, alegria, tristeza e raiva e exprimi-las adequadamente. A saúde emocional ou afetiva também significa gerir o stresse, a tensão, a depressão e a ansiedade.
  • 7. 1. CONCEITO DE SAÚDE • Dimensão espiritual – Para algumas pessoas crentes, a saúde está relacionada com as crenças e práticas religiosas. Para outras pessoas, ainda, esta dimensão poderá ter a ver com crenças pessoais, princípios de comportamento e formas de atingir paz de espírito e estar em paz consigo próprias. • Dimensão social – Ser capaz de fazer e manter relacionamentos com outras pessoas que fazem parte do nosso contexto social. • Dimensão ambiental – As dimensões anteriores referiam-se apenas ao nível individual, mas a saúde vai muito além desse plano. Esta dimensão inclui os fatores, que poderão influenciar os grandes determinantes de saúde. Assim, é impossível ser- se saudável numa sociedade “doente”, que não providencia os recursos necessários à satisfação das necessidades humanas básicas, como a alimentação, o vestuário e a habitação e em países opressores que negam os direitos humanos básicos aos seus cidadãos.
  • 8. 1. CONCEITO DE SAÚDE A saúde de um indivíduo pode ser determinada pela própria biologia humana, pelo ambiente físico, social e económico a que está exposto e pelo seu estilo de vida e outros comportamentos que podem ser benéficos ou prejudiciais. Uma boa saúde está associada ao aumento da qualidade de vida. Por outro lado, as pessoas que estão expostas a condições precárias de sobrevivência, não possuem saneamento básico (água, limpeza, esgotos, etc.), assistência médica adequada, alimentação é água de qualidade, etc., têm a sua saúde seriamente afetada.
  • 9. 2. OS COMPORTAMENTOS HUMANOS Podemos definir como “comportamentos protetores de saúde” qualquer comportamento realizado por uma pessoa, independentemente do estado de saúde que tem ou pensa ter, com vista a proteger, promover ou manter a saúde, quer tal comportamento seja, ou não, objetivamente eficaz para atingir tal fim.
  • 10. 2. OS COMPORTAMENTOS HUMANOS Os comportamentos associados à saúde podem ser divididos em três tipos: 1) Comportamentos de exaltação da saúde: são os que visam a promoção da saúde, ou seja, aqueles que são implementados, conscientemente, com o propósito de melhorar o nível global de saúde; 2) Comportamentos de manutenção de saúde: são os de prevenção das doenças, tais como controlo de pressão arterial, planeamento familiar, vacinação, etc., e os de proteção de saúde, tais como controlo de agentes tóxicos, prevenção rodoviária, impacto ambiental; 3) Comportamentos de prejuízo de saúde: são os que são prejudiciais à saúde, tais como fumar, beber exageradamente, medicar-se sem acompanhamento médico.
  • 11. 2. OS COMPORTAMENTOS HUMANOS Quando se pretender estudar a relação entre comportamento e saúde, deveremos ter em atenção três fatores: • A natureza do desenvolvimento humano; • O papel do meio ambiente social e físico; • A interação do desenvolvimento humano com o meio ambiente.
  • 12. 2. OS COMPORTAMENTOS HUMANOS O conceito de saúde tem vindo a ser associado ao de estilo de vida. O estilo de vida individual é descrito através dos padrões de comportamento suscetíveis de serem observados, os quais podem ter um efeito marcante na saúde do próprio indivíduo e na saúde de outros. Não existe um estilo de vida “ótimo” que deva ser imposto a todas as pessoas, pois existem variáveis culturais, socioeconómicas, a idade, a estrutura das famílias, a habilidade física, entre outras variáveis que tornarão certas atividades mais indicadas ou que suscitam um maior interesse por parte de determinadas pessoas.
  • 13. 3. FATORES CONDICIONANTES DA SAÚDE: RECURSOS, SERVIÇOS, SISTEMAS, VALORES A saúde é influenciada por um conjunto de fatores, positivos e negativos. Os fatores condicionantes de cuidados de saúde são os seguintes: • os serviços de cuidados de saúde que a população dispõe, quer ao nível da prevenção quer ao nível da cura ou da reabitação; • os sistemas sócio-culturais em que as pessoas se inserem e nos quais nascem e vivem, pois é neste sistema que se organiza um conjunto de valores que orientam os seus hábitos sociais e os seus comportamentos de saúde, como o caso dos hábitos alimentares ou de higiene.
  • 14. 3. FATORES CONDICIONANTES DA SAÚDE: RECURSOS, SERVIÇOS, SISTEMAS, VALORES • as condições sócio-económicas e ambientais, como a falta de rede de esgotos e saneamento básico, de água canalizada e a exposição elevados a níveis de poluição, são exemplos ambientais nada saudáveis.Os acidentes provocados pelo Homem como o acidente da central nuclear de Chernobil, são situações que põem em risco a saúde das pessoas; • a hereditariedade, como as características específicas de cada pessoa, como é o caso, do daltonismo; • a adoção de estilos de vida saudáveis, como ter uma alimentação equilibrada, a pratica moderada e regular de exercício físico, os hábitos de higiene, as horas de sono recomendadas e não consumir substâncias nocivas à saúde e controlar o stress.
  • 15. 4. SAÚDE PÚBLICA: OBJETIVO, MODOS DE ATUAÇÃO, TIPOS. A Saúde Pública é definida como “a arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a vida e promover a saúde através de esforços organizados da sociedade” (Acheson, 1988; OMS). A saúde pública na conceção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais.
  • 16. 4. SAÚDE PÚBLICA: OBJETIVO, MODOS DE ATUAÇÃO, TIPOS. OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA SAÚDE PUBLICA SÃO: • Levar a cabo processos que permitam conhecer doenças e a sua evolução numa comunidade; • Estabelecer objetivos e metas na luta contra a doença; • Escolher planos de ação e os meios para melhorar a saúde de uma comunidade.
  • 17. 4. SAÚDE PÚBLICA: OBJETIVO, MODOS DE ATUAÇÃO, TIPOS. As atividades de Saúde Pública visam reforçar o sistema de ação e as melhorias nos serviços de saúde com o objetivo de manter os cidadãos saudáveis, melhorar a sua saúde e bem estar e prevenir a sua deterioração. A Saúde Pública foca-se no total espectro de saúde e bem estar e não apenas na erradicação de certas doenças
  • 18. 5. SAÚDE E HOMEOSTASIA As condições do meio ambiente também influenciam a vida do ser humano. No interior do corpo são produzidos processos físicos e químicos que ajudam a manter o ambiente interno mais ou menos constante independente do meio exterior. Este processos que permitem alcançar o equilíbrio interno designa-se homeostasia.
  • 19. 5.SAÚDE E HOMEOSTASIA • A homeostasia indica a propriedade do organismo de permanecer em equilíbrio mesmo quando ocorrem mudanças radicais no meio externo. • A homeostase é garantida por processos fisiológicos que ocorrem de maneira coordenada no corpo. • Manter o meio interno em equilíbrio é essencial para o funcionamento adequado dos sistemas que compõem o corpo humano. O mau funcionamento dos mecanismos homeostáticos e assim há uma situação de desequilíbrio e pode haver doença ou até mesmo ocorrer a morte.
  • 20. 6. ESTADOS DA SAÚDE HUMANA: HÍGIDO, MÓRBIDO, PATOGÉNICO É hígido aquele que tem saúde. Alguém apresenta higidez física, higidez mental, ou seja, saudável fisicamente, ou saudável mentalmente. A História Natural das Doenças (HND) é composta por dois períodos: • o período pré-patogénico (antes do indivíduo adoecer, fatores ambientais condicionantes que são o estímulo); • período patogénico (a patogénese precoce ou período de incubação,). A HND define, assim, duas dimensões da causalidade: • a primeira, epidemiológica, é a da determinação do aparecimento das doenças • segunda, fisiopatológica, trata da evolução das mesmas.
  • 21. 6. ESTADOS DA SAÚDE HUMANA: HÍGIDO, MÓRBIDO, PATOGÉNICO Por exemplo, os fatores de risco das DCV podem ser inatos (não modificáveis) ou externos (comportamentos e estilos de vida). Como exemplo dos primeiros incluem-se a idade, o sexo (particularmente o masculino), a história familiar e pessoal de DCV, fator de risco trombogénico. Através destas medidas, prevê-se e pretende-se que o impacto na saúde pública seja notável, já que os programas e políticas têm como alvo um grande número de indivíduos e porque um mesmo “determinante positivo” ou comportamento saudável tem efeitos benéficos múltiplos na saúde (proteção de várias doenças). Por exemplo, a prevenção do tabagismo contribui para a prevenção de doenças respiratórias, oncológicas e cardiovasculares.
  • 22. 6. ESTADOS DA SAÚDE HUMANA: HÍGIDO, MÓRBIDO, PATOGÉNICO Para intervir tem de se ter em consideração a história natural da doença, a pessoa enquanto saudável fazendo a prevenção primária, depois do início da doença, a prevenção secundária, com a doença estabelecida, a prevenção terciária e, por fim, a prevenção primordial (evitar a emergência e estabelecimento dos padrões de vida – sociais, económicos e culturais – que se sabem levarem a um elevado risco de doença).
  • 23. 7. SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE Considera-se, que a rede de prestação de cuidados de saúde abrange os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), constituídos pelos hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde, bem como estabelecimentos que prestam cuidados aos utentes do SNS e outros serviços de saúde, nos termos de contratos celebrados em regime público-privadas. O SNS é uma estrutura através do qual o Estado Português assegura o direito à saúde(promoção, prevenção e vigilância) a todos os cidadãos de Portugal.
  • 24. 7. SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE A POLÍTICA DE SAÚDE TEM ÂMBITO NACIONAL E OBEDECE ÀS DIRETRIZES SEGUINTES: • A promoção da saúde e a prevenção da doença fazem parte das prioridades no planeamento das atividades do Estado. • É objetivo fundamental obter a igualdade dos cidadãos no acesso aos cuidados de saúde, seja qual for a sua condição económica e onde quer que vivam, bem como garantir a equidade na distribuição de recursos e na utilização de serviços. • São tomadas medidas especiais relativamente a grupos sujeitos a maiores riscos, tais como as crianças, os adolescentes, as grávidas, os idosos, os deficientes, os toxicodependentes e os trabalhadores cuja profissão o justifique. • Os serviços de saúde estruturam-se e funcionam de acordo com o interesse dos utentes e articulam-se entre si e ainda com os serviços de segurança e bem-estar social.
  • 25. 7. SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE • A gestão dos recursos disponíveis deve ser conduzida por forma a obter deles o maior proveito socialmente útil e a evitar o desperdício e a utilização indevida dos serviços. • É apoiado o desenvolvimento do sector privado da saúde e, em particular, as iniciativas das instituições particulares de solidariedade social, em concorrência com o sector público. • É promovida a participação dos indivíduos e da comunidade organizada na definição da política de saúde e planeamento e no controlo do funcionamento dos serviços. • É incentivada a educação das populações para a saúde, estimulando nos indivíduos e nos grupos sociais a modificação dos comportamentos nocivos à saúde pública ou individual. • É estimulada a formação e a investigação para a saúde, devendo procurar-se envolver os serviços, os profissionais e a comunidade.
  • 26. 7. SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE CUIDADOS DE SAÚDE A prestação de cuidados de saúde de acordo com a melhor boa prática, uma boa plataforma tecnológica, e a comprovada evolução científica, na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico da doença, sustentada na obtenção de resultados clínicos, periodicamente monitorizados e reavaliados face aos objetivos e metas definidos. Um modelo de prestação de cuidados assente na procura da resposta às necessidades e expectativas do utente tendo como fim último a promoção da sua satisfação.
  • 27. 7. SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE TIPOS DE CUIDADOS DE SAÚDE CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS Prestam cuidados completos às pessoas, de acordo com as suas necessidades de saúde durante toda a vida e não só para um conjunto de doenças específicas. Os cuidados de saúde primários asseguram que as pessoas recebem cuidados completos, desde a promoção e prevenção ao tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, tão perto quanto possível do seu ambiente diário. Desta forma, espera-se a diminuição da incidência da doença pelo controlo de fatores de risco ou causas associadas, bem como a diminuição do risco médio de doença na população. Exemplos: Imunização; Uso de seringas descartáveis pelos toxicodependentespara prevenir infeções como VIH/SIDA e hepatites.
  • 28. 7.SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE CUIDADOS DE SAÚDE SECUNDÁRIOS OU HOSPITALARES Conjunto de atividades de prevenção, promoção, restabelecimento ou manutenção da saúde, bem como de diagnóstico, tratamento/terapêutica e reabilitação, em ambiente hospitalar e realizadas a doentes em fase aguda de doença, cujos episódios se caracterizam pela necessidade de intervenções especializadas, exigindo o recurso a meios/recursos com tecnologia diferenciada.
  • 29. 7.SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE CUIDADOS DE SAÚDE TERCEARIOS Os cuidados de saúde terciários, também designados cuidados continuados integrados, designam o conjunto de intervenções sequenciais de saúde e/ou apoio social, decorrente de avaliação conjunta, centrado na recuperação global entendida como o processo terapêutico e de apoio social, ativo e contínuo, que visa promover a autonomia melhorando a funcionalidade da pessoa em situação de dependência, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social.
  • 30. 7.SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE CUIDADOS DOMICILIÁRIOS Os cuidados domiciliários podem ser definidos como o conjunto de atividades de prevenção, promoção, restabelecimento ou manutenção da saúde, bem como de diagnóstico, tratamento/terapêutica e reabilitação, através de um conjunto de recursos destinados a prestar cuidados de saúde, a pessoas doentes ou inválidas, no seu domicílio, em lares ou instituições.
  • 31. 7.SERVIÇOS DE SAÚDE E CUIDADOS DE SAÚDE A proteção da saúde constitui um direito dos indivíduos e da comunidade que se efetiva pela responsabilidade conjunta dos cidadãos, da sociedade e do Estado, em liberdade de procura e de prestação de cuidados, nos termos da Constituição e da lei.
  • 32. 8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA: SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) PRECOCE, DESFIBRILHAÇÃO PRECOCE, SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV) PRECOCE A cadeia de sobrevivência é composta por quatro elos de igual importância, que traduzem o conjunto de procedimentos vitais para recuperar uma vítima em paragem cardiorrespiratória.
  • 33. 8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA Os quatro elos da cadeia de sobrevivência são:  Acesso precoce ao Sistema Integrado de Emergência Médica – 112.  Início precoce de SBV.  Desfibrilhação precoce.  Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce.
  • 34. 8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA Cada elemento da «cadeia de sobrevivência», quando unido, forma uma corrente que permite que a reanimação cardiorrespiratória tenha sucesso. Contudo, a resistência desta corrente será aquela que se encontra na resistência de cada elo, ou seja, o resultado final está dependente da eficácia de cada um deles.
  • 35. 8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA RECONHECIMENTO PRECOCE O rápido acesso ao SIEM assegura o início da Cadeia de Sobrevivência. Cada minuto sem se chamar o socorro reduz a possibilidade de sobrevivência da vítima. Para o funcionamento adequado deste elo é fundamental que quem presencia uma determinada ocorrência seja capaz de reconhecer a gravidade da situação e saiba ativar o sistema, ligando adequadamente 112 (para poder informar o quê, onde, como e quem). A consciência de que estes procedimentos podem salvar vidas humanas deve ser incorporada o mais cedo possível na vida de cada cidadão.
  • 36. 8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA REAMINAR: SUPORTE BÁSICO DE VIDA No intervalo de tempo que decorre entre a ativação e a chegada dos serviços de emergência ao local de ocorrência, a execução de manobras de SVB assume uma importância fundamental.  O reconhecimento da PCR refere-se a uma situação em que a vítima não esta reativa (não responde quando estimulada) e não respira normalmente, pelo que devem ser iniciadas de imediato manobras de reanimação. O SBV consiste em duas ações principais: compressões torácicas e insuflações. O SBV permite ganhar tempo, mantendo alguma circulação e alguma ventilação na vítima, até à chegada de socorro mais diferenciado para instituir os procedimentos de SAV.
  • 37. 8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA DESFIBRILHAÇÃO PRECOCE  A maioria das PCR no adulto ocorrem devido a uma perturbação do ritmo cardíaco a que se chama Fibrilhação Ventricular. Esta perturbação do ritmo cardíaco caracteriza- se por uma atividade elétrica caótica de todo o coração, em que não há contração do músculo cardíaco e, como tal, não é bombeado sangue para o organismo.  O único tratamento eficaz para esta arritmia é a desfibrilhação que consiste na aplicação de um choque elétrico, externamente a nível do tórax da vítima, para que a passagem da corrente elétrica pelo coração pare a atividade caótica que este apresenta.
  • 38. 8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA ESTABILIZAR- SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV) PRECOCE E CUIDADOS PÓS REANIMAÇÃO O SAV com recurso à abordagem diferenciada da via aérea, utilização de fármacos e correção de possíveis causas de PCR, são ações fundamentais após a abordagem inicial da PCR. Integram também este elo os cuidados pós-reanimação, que têm o objetivo de preservar as funções do cérebro e coração.
  • 39. 8. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA Em suma, a Cadeia de Sobrevivência representa, simbolicamente, o conjunto de procedimentos que permitem salvar vítimas de paragem cardiorrespiratória. Para que o resultado final possa ser, efetivamente, uma vida salva, cada um dos elos da cadeia é vital e todos devem ter a mesma força. Todos os elos da cadeia são igualmente importantes: de nada serve ter o melhor SAV se quem presencia a PCR não souber ligar 112.
  • 40. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV SIEM: Conjunto de ações coordenadas, de âmbito extrahospitalar, hospitalar e inter-hospitalar, que resultam da intervenção ativa e dinâmica dos vários componentes do sistema de saúde nacional, de modo a possibilitar uma atuação rápida, eficaz e com economia de meios em situações de emergência médica. Toda a atividade de urgência/emergência, nomeadamente o sistema de socorro pré-hospitalar, o transporte, a receção hospitalar e a adequada referenciação do doente urgente/emergente.
  • 41. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA – Fases Detenção – Momento em que alguém se apercebe da existência de uma ou mais vitimas de doença ou acidente. Alerta – Contato para os serviços de alerta Pré-socorro- Conjuntos de gestos simples que podem e devem ser efetuados até à chegada do socorro. Socorro- Cuidados de emergência iniciais efetuados às vitimas de doença súbita ou acidente, com objetivo de as estabilizar. Transporte –Transporte assistido da vitima numa ambulância com características, tripulação e carga bem definidas, desde o local da ocorrência até à unidade de saúde garantindo a continuidade de cuidados. Unidade de tratamento- Tratamento no serviço de saúde mais adequado.
  • 42. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV Intervenientes no siem: • Público; • Operadores das Centrais de Emergência 112; • Técnicos dos CODU; • Agentes da autoridade; • Bombeiros; • Tripulantes de ambulância; • Técnicos de ambulância de emergência; • Médicos e enfermeiros; • Pessoal técnico hospitalar; • Pessoal técnico de telecomunicações e de informática.
  • 43. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) é o organismo do Ministério da Saúde responsável por coordenar o funcionamento, no território de Portugal continental, de um sistema integrado de emergência médica (SIEM), de forma a garantir aos sinistrados ou vítimas de doença súbita a pronta e correta prestação de cuidados de saúde.
  • 44. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV A prestação de socorros no local da ocorrência, o transporte assistido das vítimas para o hospital adequado e a articulação entre os vários intervenientes no SIEM (hospitais, bombeiros, polícia, etc.), são as principais tarefas do INEM. O INEM, através do Número Europeu de Emergência - 112, dispõe de vários meios para responder com eficácia, a qualquer hora, a situações de emergência médica. As chamadas de emergência efetuadas através do número 112 são atendidas em centrais de emergência da Polícia de Segurança Pública (PSP). Atualmente, no território de Portugal Continental, as chamadas que dizem respeito a situações de saúde são encaminhadas para os Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM.
  • 45. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV Compete ao CODU atender e avaliar no mais curto espaço de tempo os pedidos de socorro recebidos, com o objetivo de determinar os recursos necessários e adequados a cada caso. O funcionamento do CODU é assegurado em permanência por médicos e técnicos, com formação específica para efetuar:  O atendimento e triagem dos pedidos de socorro.  O aconselhamento de pré-socorro, sempre que indicado.  A seleção e acionamento dos meios de socorro adequados.  O acompanhamento das equipas de socorro no terreno.  O contacto com as unidades de saúde, preparando a receção hospitalar dos doentes.
  • 46. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV Ao ligar 112 deverá estar preparado para informar:  A localização exata da ocorrência e pontos de referência do local, para facilitar a chegada dos meios de socorro.  O número de telefone de contacto.  O que aconteceu (ex. acidente, parto, falta de ar, dor no peito).  O número de pessoas que precisam de ajuda.  Condição em que se encontra(m) a(s) vítima(s).  Se já foi feita alguma coisa (ex. controlo de hemorragia).  Qualquer outro dado que lhe seja solicitado (ex. se a vítima sofre de alguma doença ou se as vítimas de um acidente estão encarceradas).
  • 47. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV O CODU têm à sua disposição diversos meios de comunicação e de atuação no terreno, como sendo as ambulâncias INEM, as motas, a VMER e os helicópteros de emergência médica. Através da criteriosa utilização dos meios de telecomunicações ao seu dispor, o CODU têm capacidade para acionar os diferentes meios de socorro, apoiá-los durante a prestação de socorro no local das ocorrências e, de acordo com as informações clínicas recebidas das equipas no terreno, selecionar e preparar a receção hospitalar dos diferentes doentes. O INEM presta também orientação e apoio noutros campos da emergência tendo, para tal, criado vários sub-sistemas: CODU-MAR e CIAV.
  • 48. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV CODU MAR O Centro de Orientação de Doentes Urgentes- Mar tem por missão prestar aconselhamento médico a situações de emergência que se verifiquem a borda de embarcações. Se necessário, o CODU-MAR pode acionar a evacuação do doente e organizar o acolhimento em terra e posterior encaminhamento.
  • 49. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV CIAV O Centro de Informação Antivenenos (CIAV) é um centro médico de informação toxicológica. Presta informações referentes ao diagnóstico, quadro clínico, toxicidade, terapêutica e prognóstico da exposição a tóxicos em intoxicações agudas ou crónicas. O CIAV presta um serviço nacional, cobrindo a totalidade do país. Tem disponíveis médicos especializados, 24 horas por dia, que atendem consultas de médicos, outros profissionais de saúde e do público em geral.
  • 50. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV AMBULÂNCIAS As ambulâncias de socorro coordenadas pelos CODU estão localizadas em vários pontos do país, associadas às diversas delegações do INEM, estão também sediadas em corpos de bombeiros ou em delegações da Cruz Vermelha Portuguesa. A maior parte das Corporações de Bombeiros estabeleceu com o INEM protocolos para se constituírem como Posto de Emergência Médica ou Posto Reserva. Muitas das Delegações da Cruz Vermelha Portuguesa são postos reserva do INEM.
  • 51. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV As Ambulâncias Posto de Emergência Médica são ambulâncias de socorro do INEM, que estão sediadas em corpos de Bombeiros com os quais o INEM celebrou protocolos.  Estas ambulâncias destinam-se à estabilização e transporte de doentes que necessitem de assistência durante o transporte e cuja tripulação e equipamento permitem a aplicação de medidas de suporte básico de vida (SBV) e desfibrilhação automática externa (DAE). A tripulação é constituída por dois elementos da corporação e, pelo menos um deles, deve estar habilitado com o Curso de Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS). O outro tripulante, no mínimo, deve estar habilitado com o Curso de Tripulante de Ambulância de Transporte (TAT).
  • 52. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV --- As ambulâncias SBV do INEM são ambulâncias de socorro, igualmente destinadas à estabilização e transporte de doentes que necessitem de assistência durante o transporte e cuja tripulação e equipamento permitem a aplicação de medidas de SBV e DAE. São tripuladas por dois Técnicos de Ambulância de Emergência (TAE) do INEM, devidamente habilitados com os cursos de TAS, de DAE, e de Condução de Emergência. --- As ambulâncias de suporte imediato de vida (SIV) do INEM constituem um meio de socorro em que, além do descrito para as SBV, há possibilidade de administração de fármacos e realização de atos terapêuticos invasivos, mediante protocolos aplicados sob supervisão médica. São tripuladas por TAE e um Enfermeiro do INEM. Atua em dependência com o CODU e estão localizadas em unidades de saúde.
  • 53. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV Transporte inter-hospitalar pediátrico O Subsistema de Transporte de Recém-Nascidos de Alto Risco e Pediatria é um serviço de transporte inter-hospitalar de emergência, permitindo o transporte e estabilização de bebés prematuros, recém- nascidos e crianças em situação de risco de vida, dos 0 aos 18 anos de idade, para hospitais com Unidades de Neonatologia, Cuidados Intensivos Pediátricos e/ou determinadas especialidades ou valências. As ambulâncias deste Subsistema dispõem de um Médico especialista, um Enfermeiro e um TAE, estando dotadas com todos os equipamentos necessários para estabilizar e transportar os doentes pediátricos.
  • 54. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV VMER – Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação As Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação são veículos de intervenção pré-hospitalar, concebidos para o transporte de uma equipa médica ao local onde se encontra o doente. Com equipas constituídas por um médico e um enfermeiro, dispõem de equipamento para Suporte Avançado de Vida (SAV) em situações do foro médico ou traumatológico. Atuam na dependência direta dos CODU, tendo uma base hospitalar, isto é, estão localizadas num hospital. Têm como principal objetivo a estabilização pré-hospitalar e o acompanhamento médico durante o transporte de vítimas de acidente ou doença súbita em situações de emergência.
  • 55. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV HELICÓPTEROS Os helicópteros de emergência médica do INEM são utilizados no transporte de doentes graves entre unidades de saúde ou entre o local da ocorrência e a unidade de saúde. Estão equipados com material de SAV, sendo a tripulação composta por um médico, um enfermeiro e dois pilotos.
  • 56. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV MOTAS As motas de Emergência são tripuladas por um TAE e graças à sua agilidade no meio do trânsito citadino, permitem a chegada mais rápida do primeiro socorro junto de quem dele necessita. Reside aqui a sua principal vantagem relativamente aos meios de socorro tradicionais.
  • 57. 9. O SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA: INEM, 112, CODU; CIAV UMIPE A unidade móvel de intervenção psicológica de emergência (UMIPE) é um veículo de intervenção concebido para transportar um psicólogo do INEM para junto de quem necessita de apoio psicológico, como por exemplo, sobreviventes de acidentes graves, menores não acompanhados ou familiares de vítimas de acidente ou doença súbita fatal. É conduzida por um elemento com formação em condução de veículos de emergência. Atuam na dependência direta dos CODU, tendo por base as Delegações Regionais.
  • 58. 10. SBV: CONCEITO, ETAPAS E PROCEDIMENTOS, POSICIONAMENTOS,SEQUÊNCIA DE AÇÕES, PROBLEMAS ASSOCIADOS SUPORTE BÁSICO DE VIDA O SBV consiste num conjunto de procedimentos realizados sem recurso a equipamento específico, e que tem como objetivo a manutenção da vida e o ganho de tempo, até à chegada de ajuda especializada.
  • 59. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA ALGORITMO DO SBV
  • 60. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 1. AVALIAR AS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA: REANIMADOR, VÍTIMA E TERCEIROS • Antes de se aproximar de alguém que possa eventualmente estar em perigo de vida, o reanimador deve assegurar-se primeiro de que não irá correr nenhum risco: • Ambiental (ex. choque elétrico, derrocadas, explosão, tráfego); • Toxicológico (ex. exposição a gás, fumo, tóxicos); • Infeccioso (ex. tuberculose, hepatite).
  • 61. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 2. AVALIAR O ESTADO DE CONSCIÊNCIA • Coloque-se lateralmente em relação à vítima, se possível. • Abane os ombros com cuidado e pergunte em voz alta: “Está-me a ouvir?”
  • 62. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA NO CASO DE VÍTIMA REATIVA: • Garanta a inexistência de perigo para a vítima; • Mantenha-a na posição encontrada; • Identifique situações causadoras da aparente alteração do estado da vítima; • Solicite ajuda (ligue 112), se necessário; • Reavalie com regularidade. NO CASO DE VÍTIMA NÃO REATIVA: • Permeabilizar a Via Aérea (VA)
  • 63. 3. PERMEABILIZAR A VIAAÉREA • Em vítima inconsciente a queda da língua pode bloquear a VA, pelo que esta deve ser permeabilizada: • Colocar a vítima em decúbito dorsal; • Colocar uma mão na testa e inclinar a cabeça para trás (extensão da cabeça); • Elevar o queixo usando os dois dedos da outra mão colocados debaixo do queixo. • Estas duas últimas ações permeabilizam a VA. A permeabilização da via aérea e o restabelecimento da ventilação são objetivos essenciais em SBV, com o propósito de evitar lesões por insuficiente oxigenação dos órgãos nobres, em particular do cérebro. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
  • 64. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 4. AVALIAR RESPIRAÇÃO Mantendo a VA permeável, verificar se a vítima respira normalmente, realizando o VOS até 10 segundos: • Ver os movimentos torácicos; • Ouvir os sons respiratórios saídos da boca/ nariz; • Sentir o ar expirado na face do reanimador. Se a vítima respira normalmente coloque-a em Posição Lateral de Segurança (PLS).
  • 65. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 5. LIGAR 112 Se a vítima não responde e não tem respiração normal ative de imediato o serviço de emergência médica, ligando 112: • Quando liga 112 deve estar preparado para responder às questões: ONDE; O QUÊ; QUEM; COMO; • Salienta-se que a presença de vários elementos no local deve ser utilizada para que um deles contacte os serviços de emergência, enquanto outro inicia as manobras de SBV; • Se estiver sozinho, o desejável é que não abandone nem atrase o auxílio à vítima, podendo utilizar o sistema de alta voz de um telemóvel para interagir com os operadores do CODU, enquanto executa o SBV.
  • 66. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 6. REALIZAR COMPRESSÕES TORÁCICAS Realize 30 compressões deprimindo o esterno 5-6 cm a uma frequência de pelo menos 100 por minuto e não mais que 120 por minuto. No decurso da PCR o sangue que se encontra retido nos pulmões e no sistema arterial permanece oxigenado por alguns minutos. São as compressões torácicas que mantêm o fluxo de sangue para o coração, o cérebro e outros órgãos vitais, pelo que é prioritário o início de compressões torácicas, ao invés de iniciar insuflações.
  • 67. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA Para que as compressões torácicas sejam corretamente realizadas, deverá: 1. Posicionar-se ao lado da vítima; 2. Certificar-se que a vítima está deitada de costas, sobre uma superfície firme e plana; 3. Afastar/remover as roupas que cobrem o tórax da vítima; 4. Posicionar-se verticalmente acima do tórax da vítima;
  • 68. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 5. Colocar a base de uma mão no centro do tórax (sobre a metade inferior do esterno); 6. Colocar a outra mão sobre a primeira entrelaçando os dedos; 7. Manter os braços e cotovelos esticados, com os ombros na direção das mãos;
  • 69. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 8. Aplicar pressão sobre o deprimindo-o 5-6 cm compressão (as compressões torácicas superficiais podem não produzir um fluxo sanguíneo adequado); 9. Aplicar 30 compressões de forma rítmica a uma frequência de pelo menos 100 por minuto, mas não mais do que 120 por minuto (ajuda se contar as compressões em voz alta); 10. No final de cada compressão garantir a descompressão total do tórax sem remover as mãos; 11. Nunca interromper as compressões mais do que 10 segundos (com o coração parado, quando não se comprime o tórax, o sangue não
  • 70. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 7. REALIZAR INSUFLAÇÕES • Após 30 compressões efetuar 2 insuflações. • A insuflação quando eficaz provoca elevação do tórax (semelhante à respiração normal), devendo ter a duração de apenas 1 segundo; Evitar insuflações rápidas e forçadas; • A posição incorreta da cabeça pode impedir a insuflação adequada por obstrução da via aérea; • Na impossibilidade de utilizar um dispositivo na via aérea (máscara de bolso ou insuflador manual), a insuflação “boca a boca” é uma maneira rápida e eficaz de fornecer oxigénio à vítima.
  • 71. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA INSUFLAÇÕES BOCA-A-BOCA: • Posicionar-se ao lado da vítima e permeabilizar a Via Aérea (VA; • Aplicar 2 insuflações na vítima, mantendo a VA permeável: • Comprima as narinas usando o dedo indicador e o polegar da mão que colocou na testa; • Permita que a boca se abra, mas mantenha a elevação do queixo; • Inspire normalmente e coloque os seus lábios em torno da boca da vítima, certificando-se que não há fugas; • Sopre a uma velocidade regular e controlada para a boca da vítima enquanto observa a elevação do tórax (deve durar cerca de 1 segundo, tal como na respiração normal); • Mantendo a inclinação da cabeça e o queixo elevado, afaste-se da boca da vítima e observe o tórax a baixar quando o ar sai; • Inspire novamente e volte a soprar na boca da vítima para conseguir um total de duas insuflações.
  • 72. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA • Se não se sentir capaz ou tiver relutância em fazer insuflações, faça apenas compressões torácicas; • Se apenas fizer compressões, estas devem ser contínuas, cerca de 100 - 120 por minuto (não existindo momentos de pausa entre cada 30 compressões).
  • 73. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA INSUFLAÇÕES COM MÁSCARA DE BOLSO: • Uma máscara de bolso pode ser utilizada por leigos, com treino mínimo na realização de insuflações, durante o SBV. • Este dispositivo adapta-se à face da vítima, sobre o nariz e boca, e possui uma válvula unidirecional que desvia do reanimador o ar expirado da vítima.
  • 74. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA • Colocar a máscara sobre o nariz e boca da vítima (a parte mais estreita da máscara de bolso deverá ficar sobre o dorso do nariz e a parte mais larga da máscara deverá ficar sobre a boca); • Colocar o polegar e o indicador na parte mais estreita da máscara; • Colocar o polegar da outra mão na parte mais larga da máscara e usar os outros dedos para elevar o queixo da vítima, criando uma selagem hermética • Soprar suavemente pela válvula unidirecional durante cerca de 1 segundo (por cada insuflação), por forma a que o tórax da vítima se eleve; • Retirar a boca da válvula da máscara após insuflar.
  • 75. 10. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 8. MANTER SBV • Mantenha as manobras de reanimação (30 compressões alternando com 2 insuflações) até: • Chegar ajuda diferenciada; • Ficar exausto; • A vítima retomar sinais de vida (vítima desperta e reativa; movimento; abertura espontânea dos olhos; respiração normal). É raro reanimar a vítima (entenda-se presença de sinais de vida) apenas com manobras de SBV; Caso não tenha a certeza que a vítima recuperou, mantenha SBV.
  • 76. 11.POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (PLS) A PLS garante a manutenção da permeabilidade da via aérea numa vítima inconsciente que respira normalmente: Diminuindo o risco de aspiração de vómito; Prevenindo que a queda da língua obstrua a VA; Permitindo a drenagem de fluidos pela boca; Permitindo a visualização do tórax; Não estão demonstrados riscos associados à sua utilização. Nas situações em que a vítima se encontra não reativa e com respiração eficaz, ou se tiverem sido restaurados os sinais de vida após manobras de reanimação.
  • 77. 11. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA Ajoelhe-se ao lado da vítima Remova objetos estranhos ao corpo da vítima, os quais ao posicioná-la possam eventualmente causar lesões (ex: óculos, canetas); Assegure-se que as pernas da vítima estão estendidas; Técnica para colocar uma vitima em PLS
  • 78. 11.POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA Coloque o braço mais perto (do seu lado) em ângulo reto com o corpo, com o cotovelo dobrado e a palma da mão virada para cima;  Segure o outro braço (mais afastado) cruzando o tórax e fixe o dorso da mão na face do seu lado;
  • 79. 11. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA Levantar a perna do lado oposto Com a outra mão levante a perna do lado oposto acima do joelho dobrando-a, deixando o pé em contacto com o chão.
  • 80. 11. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA Rolar a vítima • Com a outra mão levante a perna do lado oposto acima do joelho dobrando-a, deixando o pé em contacto com o chão; Role a vítima • Enquanto uma mão apoia a cabeça a outra puxa a perna do lado oposto rolando a vítima para o seu lado; • Estabilize a perna de forma a que a anca e o joelho formem ângulos retos; • • Incline a cabeça para trás assegurando a permeabilidade da VA; • Ajuste a mão debaixo do queixo, para manter a extensão da cabeça; • Reavalie regularmente a respiração (na dúvida desfazer a PLS, permeabilizar a VA e efetuar VOS até 10 segundos).
  • 81. 11. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA • Verifique se a via aérea se mantém permeável, certificando-se que a vítima respira normalmente (se fizer ruído reposicione a cabeça). • Vigie regularmente. • Se a vítima tiver que permanecer em PLS por um longo período de tempo, recomenda-se que ao fim de 30 minutos seja colocada sobre o lado oposto, para diminuir o risco de lesões resultantes da compressão sobre o ombro. • Se a vítima deixar de respirar espontaneamente é necessário voltar a colocá-la em decúbito dorsal, reavaliar e iniciar SBV.
  • 82. 11. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA Contraindicações: • Situações de trauma ou suspeita de trauma; • Vitimas que apresentem respiração agónica ( movimentos respiratórios ineficazes e que correspondem a uma fase transitória e precedem a PCR).
  • 83. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS • AA VV., Manual de Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa, Ed. Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Setúbal, 2012 • AA VV., Manual TAS: Emergências médicas, Ed. INEM, 2012 AA VV., Manual TAS: Suporte básico de vida, Ed. INEM, 2012

Notas do Editor

  • #6: Esta definição de saúde embora tenha a virtude de definir saúde de forma positiva através da qualidade bem-estar e incluir para além da dimensão física, a dimensão mental e social, tem sido muito criticada devido aos aspetos negativos que lhe são apontados, como o seu carácter estático (completo bem-estar), a sua subjetividade e utopia.
  • #8: É sabido que uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos e o bem-estar emocional são fatores determinantes para um estado de saúde equilibrado.
  • #15: Até então
  • #19: ntre os principais mecanismos de controle homeostático, podemos citar aqueles que controlam a temperatura corporal, pH, volume dos líquidos corporais, pressão arterial, batimentos cardíacos, concentrações dos elementos do sangue etc.  mecanismo de controle homeostático geralmente ocorre por meio de um feedback negativo. Quando isso acontece, o corpo tende a reverter a direção da mudança que está ocorrendo no corpo. Quando a taxa de glicose cai, por exemplo, há liberação de glucagon, que estimula, por sua vezm a liberação de glicose no fígado, o que faz a taxa aumentar.
  • #21: Entre os fatores de risco externos e passíveis de serem modelados, encontram-se o colesterol elevado, a hipertensão, a diabetes mellitus, o tabagismo, excesso de peso e obesidade, sedentarismo.
  • #27: Como exemplos deste tipo de prevenção, temos:   Imunização (vacinação) contra algumas doenças infectocontagiosas   Toma de vitamina D pelas crianças para prevenir o raquitismo   Uso de preservativos para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis   Uso de seringas descartáveis pelos toxicodependentes, para prevenir infeções como VIH/SIDA e hepatites.
  • #29: 1) Limitar a progressão da doença, circunscrevendo-a, 2) Evitar ou diminuir as consequências ou complicações da doença como as insuficiências, incapacidades, sequelas, sofrimento ou ansiedade, morte precoce, 3) Promover a adaptação do doente às consequências inevitáveis (situações incuráveis), e 4) Prevenir recorrências da doença, ou seja, controla-la e estabiliza-la.
  • #35: SIEM -Sistema integrado de emergência médica
  • #37: Também este elo da cadeia deve ser o mais precoce possível. A probabilidade de conseguir tratar a FV com sucesso depende do fator tempo. A desfibrilhação logo no 1º minuto em que se instala a FV pode ter uma taxa de sucesso próxima dos 100%, mas ao fim de 8-10 minutos a probabilidade de sucesso é quase nula.
  • #41: Asclépio- é o deus da medicina e da cura na mitologia greco-romana. O bastão de asclepio, consiste num bastão envolvido por uma serpente, simnolo antigo, relacionado com a astrologia e com a cura dis doentes através da medicina
  • #73: Posicinar-se ao lado da vitima, permeabilizar VA
  • #74: No final das duas insuflações, volte rapidamente a colocar as suas mãos na posição correta no esterno e repita mais 30 compressões torácicas.