52Portugal Business on the Way
Quando me desafiaram para escrever este breve texto,
prometi a mim mesmo não inscrever números, fossem eles
naturais ou inteiros. Expressarei aqui contextos, enuncia-
rei entidades, e projetos mas acima de tudo realçarei as
pessoas que os edificarão.
A entrar em março chegámos do México e da Guatema-
la com uma equipa de empresários motivada pelos resul-
tados da Missão Empresarial. Estreámos na Guatemala e
consolidámos no México. Vivia a América Latina mais do
que uma crise regional, um conjunto de fraquezas internas
impulsionadas por condições politicas, sociais e económi-
cas especificas de cada País, com graus de profundidade
distintos, quando inopinadamente, foi lançado o alarme
público em termos de saúde e de mobilidade global, eclo-
dindo um contexto com consequências imprevisíveis para
a economia transcontinental e em particular para a região
LATAM.
A recuperação da "batalha" contra a conjuntura em
toda a região Latino Americana exigirá agora, não só uma
resposta humanitária eficaz, mas também estratégias ino-
vadoras para lidar com as enormes perdas económicas cau-
sadas pela pandemia. Muito tem sido dito sobre os impac-
tos a curto prazo do vírus, mas até ao momento em que
escrevo estas palavras, talvez não tenha sido dada atenção
suficiente a uma análise, a da capacidade da América La-
tina absorver os impactos económicos. Embora o custo
total ainda não esteja claro, parece quase certo que as im-
plicações económicas e financeiras empurrarão a Região
para uma recessão, e uma das razões fundamentais é que a
vulnerabilidade estrutural das economias latino america-
nas poderá exacerbar os custos da pandemia. Se o desafio
é sair o quanto antes e equitativamente da crise atual, será
necessário que os governos, apoiados por organizações in-
ternacionais e regionais, planeiem uma saída que não seja
When I was asked to write a short article for this issue I
promised myself that I wouldn’t recite numbers, whatever
they might be. I will talk about contexts, list entities and
projects, but above all I will highlight the people who will
be bringing them to life.
As March began we returned from Mexico and Guate-
mala with a team of businessmen, motivated by the suc-
cess of their trade mission. It was our first time in Guate-
mala, but not in Mexico, where we have consolidated our
presence. Latin America was going through more than a
simple regional crisis, with a number of internal weak-
nesses – boosted by the specific political, social and eco-
nomic conditions of each state – hitting the region with
varying strength, when suddenly alarm bells began to ring
out because of health and global mobility issues, launch-
ing the whole area into a context of unpredictable conse-
quences for transcontinental economy and, especially, for
the LATAM region.
Recovering from the aftermath of this “battle” which
swept through all of Latin America will require not only
an effective humanitarian response, but also innovative
strategies to deal with the enormous economic losses
caused by the pandemic. Much has been said about the
short term impacts of the virus, but as I write these words
not enough attention has been paid to Latin America’s
ability to absorb this economic impact. Although the
total price-tag is still unknown, it is almost certain that
the economic and financial implications will push the re-
gion into a recession, and one of the fundamental reasons
for this is the structural vulnerability of Latin American
economies, that can exacerbate the costs of the pandemic.
If the challenge is to get out of the current crisis as quickly
and equitably as possible, then governments, with the sup-
port of international and regional organizations, will need
As janelas de luz que se abrirão e o cromossoma da AEP!
New opportunities on the horizon, and the AEP's ADN
Miguel Matos
Gestor de Mercado
Market Manager
53 Portugal Business on the Way
um retorno à "normalidade", mas um caminho para um
projeto de desenvolvimento estruturante e inclusivo de
longo prazo.
Neste quadro funesto a AEP–Associação Empresarial
de Portugal, entende que os efeitos da estagnação anun-
ciada reverterão quase todos os progressos rumo a um
crescimento mais equitativo na região, contudo assinala
veementemente, que o foco no radar de internacionali-
zação jamais deve ser mitigado pelos agentes económicos
Portugueses. Quem agora mantiver o contacto, de alguma
forma estiver com os parceiros, intentar vender e expor-
tar, comprar, propor ainda que em modo prospetivo ou
preparatório, terá nesta região um futuro económico luzi-
dio. Temos essa convicção, mas é preciso empreender! To-
das as empresas procuram hoje parceiros presentes, nesta
razão, a global supply chain terá agora outro e diferenciado
jogador. O “individual”, de perfil eminentemente emo-
cional, que se compromete no limite para garantir a sus-
tentabilidade financeira da empresa como agente econó-
mico, mas que representando uma entidade se lembra do
próximo como ser humano e que em conformidade age.
E as empresas serão mais gratas a pessoas com estas ca-
racterísticas. Mais do que nunca! A onda de humanização
de proporções mundiais fez-nos ver que há indivíduos por
trás dos dados estatísticos, por isso acreditamos que quem
manifestar doravante e de uma forma inequívoca a pre-
sença e a proximidade será percecionado como um agente
de responsabilidade social, logo um parceiro económico
a manter.
Assim, nesta prossecução de manter a cadeia de re-
lação, e sem a pretensão de vislumbrar uma miríade de
oportunidades num contexto de flagrante crise social,
encontram-se ensejos de negócios, despoletados até pela
ânsia das empresas em manter o circuito de contactos ace-
so. A AEP com o arrojo que faz parte do seu ADN, impul-
sionada pela comunidade empresarial, e sabendo que esta
região precisa urgentemente de articular uma resposta
forte através do planeamento para o crescimento, enqua-
drou objetivos para novos projetos. E lançou as missões
virtuais no âmbito do seu Projeto Conjunto, neste inter-
valo no tempo em que os aviões estão estacionados, e até
se vislumbrar a abertura completa das fronteiras aéreas.
Com as missões virtuais queremos dar um inequívoco si-
to plan an exit that is not just a return to “normal”, but a
structural and inclusive long-term development project.
Against this nefarious backdrop, The Portuguese En-
trepreneurial Association/Chamber of Commerce & In-
dustry (AEP) believes that the effects of the forecast period
of stagnation will reverse almost all the progress already
made towards a more equitable economic growth in the
region. However, it also stresses that the Portuguese eco-
nomic authorities should in no circumstance abandon the
priority of internationalisation. Those who keep in touch
now, and find ways of persevering in their partnerships,
trying to sell and export, buy, propose – whether in a
prospective or preparatory manner – will have a bright
future in this region. This is what we believe, but for that
we need work! Today all companies are looking for part-
ners on the ground, which is why from now on we can
expect to find a new and different player in the global sup-
ply chain. The “individual”, with an eminently emotional
character, who is committed to guarantee the financial
sustainability of the company as an economic agent, but
who also thinks of his neighbour as a human being and
acts in conformity. And companies will be more grateful
to people who have these characteristics. More than ever!
The world-wide wave of humanisation we have been ex-
periencing has helped us to see that behind statistics lie
individuals, and we therefore believe that those who prove
themselves beyond doubt to be present and close will be
seen as socially responsible agents and, therefore, eco-
nomic partners worth keeping.
Therefore, with a view to maintaining the chain of re-
lationships and without the pretence of foreseeing myriad
opportunities during a raging social crisis, we can find
the desire to do business, fed by the eagerness of com-
panies to keep their contact networks running. With the
boldness that characterises its DNA, encouraged by the
corporate community, and knowing that the region is in
urgent need of finding a strong response through planned
growth, the AEP has developed goals for new projects. It
has also launched new virtual missions through its Pro-
jeto Conjunto [Joint Venture] during this period of time
in which aeroplanes were grounded and for as long as
flights remain shut down. With these virtual missions we
want to relay a clear sign to our partners that we stand
54Portugal Business on the Way
nal de contiguidade aos parceiros, por isso foi proposto
às empresas que estruturem mensagens e partilhem com
os pares que façam sentido com a missão, posicionamen-
to e com os territórios da marca. Convidados a integrar
a participação, alertámos para a utilização de estratégias
discursivas providas de identidade social, atendendo às
necessidade do seu público, mas que de forma inexorável
contribuía para a sustentabilidade da sociedade como um
todo. Este modelo mais do que uma transição do meio
físico para o digital aponta para a criação de uma experiên-
cia de interlocução digital social dinâmica, em que as em-
presas conseguem (através de ferramentas de comunicação
digital) exprimir em contacto B2B o valor acrescentado da
sua empresa, junto de potenciais parceiros internacionais,
tornando dessa forma o percetível possível. Assim temos
como objetivo:
- A Capacitação das empresas participantes para a co-
municação e concretização de negócios em ambiente vir-
tual;
- A Identificação de potenciais parceiros de negócio e
redes de distribuição que correspondam ao perfil desejado
por cada participante na missão;
- A Potenciação da exploração de oportunidades de ne-
gócio para as empresas participantes;
- O Agendamento de reuniões B2B com empresas e
instituições dos mercados-alvo proporcionando encontros
virtuais e experiências de negócio com os potenciais par-
ceiros nos mercados;
- A Avaliação das condições para o estabelecimento de
negócios no mercado, através de um trabalho de follow-up
qualitativo para potenciar a realização de negócios nos
mercados.
A ação está em execução e iniciámos já as reuniões de
diagnóstico com as empresas Portuguesas com o desígnio:
- De fazer a aferição do company profile (tipologia de
contactos a estabelecer, objeto de atividade, códigos pau-
tais, mercados em operação, etc.) da empresa, ajustamen-
to e adequação de mercados e consequente exercício de
Business Intelligence;
- De recolher informação geral e alinhando expectativas;
- De validar cronogramas;
- De fornecer dados generalistas para capacitação das
empresas participantes para a dinâmica das ações digitais;
- De aconselhar meios e ferramentas que permitam
conhecer a oferta da região e das empresas participantes,
adequados a cada caso;
beside them, which is why we invited companies to pre-
pare messages and share them with their peers, wherever
this makes sense according to the mission, the position
and territories covered by the brand. Having invited them
to take part, we asked them to tailor their speeches to
the needs of their audiences and to include social identity
factors, in a way that contributes to the sustainability of
society as a whole. More than a passage from a physical to
a virtual model, this strategy points to the creation of an
experience of digital social dynamic exchange, in which
companies (using digital communication tools) manage
to express their added value to prospective international
partners, through B2B contact, thereby making the pro-
spective possible. Therefore, our goals include:
- Providing participating companies with communica-
tion and business skills in a virtual environment;
- Identifying potential business partners and distribu-
tion networks that match the desired profile for each mis-
sion participant;
- Boosting business opportunities for participating
companies;
- Scheduling of B2B meetings with target-market com-
panies and institutions, providing participants with vir-
tual meetings and business experiences with potential
market partners;
- Evaluation of conditions for setting up businesses in
the market, through qualitative follow-up work to en-
courage deals in those markets.
All of this is already underway and we have begun to
hold diagnostics meetings with Portuguese companies,
with the aim of:
- Drawing up a company profile (type of contacts to
establish, purpose of activity, tariff codes, markets in
operation, etc.) adjusting and tailoring of markets and re-
spective Business Intelligence exercise;
- Gathering of general information and alignment of
expectations; 
- Validating timetables;
- Providing general details to endow participating
companies with the skills required for digital events;
- Advising on the use of means and tools to get to know
the regional supply and participating companies, on a case
by case basis;
- Gathering communication materials from the partic-
ipating companies to use in the virtual BTB conversation
rooms (sales presentations, videos, brochures and others);
55 Portugal Business on the Way
- Coletando material de comunicação das empresas
participantes para utilização nas salas de conversação vir-
tuais B2B (apresentação comercial, vídeos, brochuras, en-
tre outros);
- Estudando ou não o envio prévio de amostras;
- Sequenciando trabalho de matching que resultará nos
contactos;
- Dinamizando e ajustando técnicas que permitem dar
resposta às necessidades e exigências dos projetos conjun-
tos;
- Ponderando outras reuniões subsequentes para ajus-
tar o posicionamento e até para informação dos contactos
selecionados.
Não é crível que neste mundo VUCA (volatile, uncertain,
complex, ambiguous) a limitação de mobilidade das pessoas
se possa manter por muito mais tempo. Nem é possível,
nem é desejável reerguer fronteiras físicas ou impor qua-
rentenas por sistema. Isso seria contribuir para uma histe-
ria generalizada. Construamos pontes e vejamos as frechas
em janelas neste intervalo. Encaremos o contexto com pe-
quenas atitudes, como é este exercício virtual, que apesar
da distância junta. A AEP e a sua área de internacionali-
zação estão humildemente a fazê-lo, pois ao dia de hoje,
estamos em plena coordenação de reuniões comerciais
virtuais entre empresas. Não as de lá com as de cá. Não as
Latino Americanas com as Europeias, mas entre pessoas
em representação de um agente económico num mercado
global. Amanhã continuarão a ser estas mesmas pessoas,
os individuals, a entrarem nos aviões para de seguida com
um firme e convicto aperto de mão selarem o próximo
negócio!
Esse é o cromossoma da AEP. A janela finalmente vai-se
escancarar. Humanizemos a Economia.
- Studying whether or not to send samples beforehand;
- Sequencing the matching work that will come from
the contacts;
- Encouraging and adjusting techniques that make it
possible to fulfil the demands and needs of joint ventures;
- Considering whether to arrange further meetings to
adjust positions and to provide selected contacts with fur-
ther information.
We cannot expect current limitations on people’s mo-
bility to be maintained for long in this VUCA world (vol-
atile, uncertain, complex, ambiguous). Nor is it possible
or desirable that physical borders should be erected and
quarantine become a regular part of life. Let us use this
time to build bridges and look through windows. Let us
face this context with little attitudes, such as this virtual
exercise, that brings us together, despite distances. The
AEP and its internationalisation desk have been doing
so, humbly, and is currently arranging virtual meetings
between companies. Not between ours and theirs. Not
between the Latin Americans and the Europeans, but be-
tween people, representing economic agents in a global
market. These people will still be there tomorrow, the
individuals, getting on flights and closing deals with solid
and firm handshakes!
This is the AEPs DNA. The window will finally open.
Let’s give this economy a human face.

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As janelas de luz que se abrirão e o cromossoma da aep

  • 1. 52Portugal Business on the Way Quando me desafiaram para escrever este breve texto, prometi a mim mesmo não inscrever números, fossem eles naturais ou inteiros. Expressarei aqui contextos, enuncia- rei entidades, e projetos mas acima de tudo realçarei as pessoas que os edificarão. A entrar em março chegámos do México e da Guatema- la com uma equipa de empresários motivada pelos resul- tados da Missão Empresarial. Estreámos na Guatemala e consolidámos no México. Vivia a América Latina mais do que uma crise regional, um conjunto de fraquezas internas impulsionadas por condições politicas, sociais e económi- cas especificas de cada País, com graus de profundidade distintos, quando inopinadamente, foi lançado o alarme público em termos de saúde e de mobilidade global, eclo- dindo um contexto com consequências imprevisíveis para a economia transcontinental e em particular para a região LATAM. A recuperação da "batalha" contra a conjuntura em toda a região Latino Americana exigirá agora, não só uma resposta humanitária eficaz, mas também estratégias ino- vadoras para lidar com as enormes perdas económicas cau- sadas pela pandemia. Muito tem sido dito sobre os impac- tos a curto prazo do vírus, mas até ao momento em que escrevo estas palavras, talvez não tenha sido dada atenção suficiente a uma análise, a da capacidade da América La- tina absorver os impactos económicos. Embora o custo total ainda não esteja claro, parece quase certo que as im- plicações económicas e financeiras empurrarão a Região para uma recessão, e uma das razões fundamentais é que a vulnerabilidade estrutural das economias latino america- nas poderá exacerbar os custos da pandemia. Se o desafio é sair o quanto antes e equitativamente da crise atual, será necessário que os governos, apoiados por organizações in- ternacionais e regionais, planeiem uma saída que não seja When I was asked to write a short article for this issue I promised myself that I wouldn’t recite numbers, whatever they might be. I will talk about contexts, list entities and projects, but above all I will highlight the people who will be bringing them to life. As March began we returned from Mexico and Guate- mala with a team of businessmen, motivated by the suc- cess of their trade mission. It was our first time in Guate- mala, but not in Mexico, where we have consolidated our presence. Latin America was going through more than a simple regional crisis, with a number of internal weak- nesses – boosted by the specific political, social and eco- nomic conditions of each state – hitting the region with varying strength, when suddenly alarm bells began to ring out because of health and global mobility issues, launch- ing the whole area into a context of unpredictable conse- quences for transcontinental economy and, especially, for the LATAM region. Recovering from the aftermath of this “battle” which swept through all of Latin America will require not only an effective humanitarian response, but also innovative strategies to deal with the enormous economic losses caused by the pandemic. Much has been said about the short term impacts of the virus, but as I write these words not enough attention has been paid to Latin America’s ability to absorb this economic impact. Although the total price-tag is still unknown, it is almost certain that the economic and financial implications will push the re- gion into a recession, and one of the fundamental reasons for this is the structural vulnerability of Latin American economies, that can exacerbate the costs of the pandemic. If the challenge is to get out of the current crisis as quickly and equitably as possible, then governments, with the sup- port of international and regional organizations, will need As janelas de luz que se abrirão e o cromossoma da AEP! New opportunities on the horizon, and the AEP's ADN Miguel Matos Gestor de Mercado Market Manager
  • 2. 53 Portugal Business on the Way um retorno à "normalidade", mas um caminho para um projeto de desenvolvimento estruturante e inclusivo de longo prazo. Neste quadro funesto a AEP–Associação Empresarial de Portugal, entende que os efeitos da estagnação anun- ciada reverterão quase todos os progressos rumo a um crescimento mais equitativo na região, contudo assinala veementemente, que o foco no radar de internacionali- zação jamais deve ser mitigado pelos agentes económicos Portugueses. Quem agora mantiver o contacto, de alguma forma estiver com os parceiros, intentar vender e expor- tar, comprar, propor ainda que em modo prospetivo ou preparatório, terá nesta região um futuro económico luzi- dio. Temos essa convicção, mas é preciso empreender! To- das as empresas procuram hoje parceiros presentes, nesta razão, a global supply chain terá agora outro e diferenciado jogador. O “individual”, de perfil eminentemente emo- cional, que se compromete no limite para garantir a sus- tentabilidade financeira da empresa como agente econó- mico, mas que representando uma entidade se lembra do próximo como ser humano e que em conformidade age. E as empresas serão mais gratas a pessoas com estas ca- racterísticas. Mais do que nunca! A onda de humanização de proporções mundiais fez-nos ver que há indivíduos por trás dos dados estatísticos, por isso acreditamos que quem manifestar doravante e de uma forma inequívoca a pre- sença e a proximidade será percecionado como um agente de responsabilidade social, logo um parceiro económico a manter. Assim, nesta prossecução de manter a cadeia de re- lação, e sem a pretensão de vislumbrar uma miríade de oportunidades num contexto de flagrante crise social, encontram-se ensejos de negócios, despoletados até pela ânsia das empresas em manter o circuito de contactos ace- so. A AEP com o arrojo que faz parte do seu ADN, impul- sionada pela comunidade empresarial, e sabendo que esta região precisa urgentemente de articular uma resposta forte através do planeamento para o crescimento, enqua- drou objetivos para novos projetos. E lançou as missões virtuais no âmbito do seu Projeto Conjunto, neste inter- valo no tempo em que os aviões estão estacionados, e até se vislumbrar a abertura completa das fronteiras aéreas. Com as missões virtuais queremos dar um inequívoco si- to plan an exit that is not just a return to “normal”, but a structural and inclusive long-term development project. Against this nefarious backdrop, The Portuguese En- trepreneurial Association/Chamber of Commerce & In- dustry (AEP) believes that the effects of the forecast period of stagnation will reverse almost all the progress already made towards a more equitable economic growth in the region. However, it also stresses that the Portuguese eco- nomic authorities should in no circumstance abandon the priority of internationalisation. Those who keep in touch now, and find ways of persevering in their partnerships, trying to sell and export, buy, propose – whether in a prospective or preparatory manner – will have a bright future in this region. This is what we believe, but for that we need work! Today all companies are looking for part- ners on the ground, which is why from now on we can expect to find a new and different player in the global sup- ply chain. The “individual”, with an eminently emotional character, who is committed to guarantee the financial sustainability of the company as an economic agent, but who also thinks of his neighbour as a human being and acts in conformity. And companies will be more grateful to people who have these characteristics. More than ever! The world-wide wave of humanisation we have been ex- periencing has helped us to see that behind statistics lie individuals, and we therefore believe that those who prove themselves beyond doubt to be present and close will be seen as socially responsible agents and, therefore, eco- nomic partners worth keeping. Therefore, with a view to maintaining the chain of re- lationships and without the pretence of foreseeing myriad opportunities during a raging social crisis, we can find the desire to do business, fed by the eagerness of com- panies to keep their contact networks running. With the boldness that characterises its DNA, encouraged by the corporate community, and knowing that the region is in urgent need of finding a strong response through planned growth, the AEP has developed goals for new projects. It has also launched new virtual missions through its Pro- jeto Conjunto [Joint Venture] during this period of time in which aeroplanes were grounded and for as long as flights remain shut down. With these virtual missions we want to relay a clear sign to our partners that we stand
  • 3. 54Portugal Business on the Way nal de contiguidade aos parceiros, por isso foi proposto às empresas que estruturem mensagens e partilhem com os pares que façam sentido com a missão, posicionamen- to e com os territórios da marca. Convidados a integrar a participação, alertámos para a utilização de estratégias discursivas providas de identidade social, atendendo às necessidade do seu público, mas que de forma inexorável contribuía para a sustentabilidade da sociedade como um todo. Este modelo mais do que uma transição do meio físico para o digital aponta para a criação de uma experiên- cia de interlocução digital social dinâmica, em que as em- presas conseguem (através de ferramentas de comunicação digital) exprimir em contacto B2B o valor acrescentado da sua empresa, junto de potenciais parceiros internacionais, tornando dessa forma o percetível possível. Assim temos como objetivo: - A Capacitação das empresas participantes para a co- municação e concretização de negócios em ambiente vir- tual; - A Identificação de potenciais parceiros de negócio e redes de distribuição que correspondam ao perfil desejado por cada participante na missão; - A Potenciação da exploração de oportunidades de ne- gócio para as empresas participantes; - O Agendamento de reuniões B2B com empresas e instituições dos mercados-alvo proporcionando encontros virtuais e experiências de negócio com os potenciais par- ceiros nos mercados; - A Avaliação das condições para o estabelecimento de negócios no mercado, através de um trabalho de follow-up qualitativo para potenciar a realização de negócios nos mercados. A ação está em execução e iniciámos já as reuniões de diagnóstico com as empresas Portuguesas com o desígnio: - De fazer a aferição do company profile (tipologia de contactos a estabelecer, objeto de atividade, códigos pau- tais, mercados em operação, etc.) da empresa, ajustamen- to e adequação de mercados e consequente exercício de Business Intelligence; - De recolher informação geral e alinhando expectativas; - De validar cronogramas; - De fornecer dados generalistas para capacitação das empresas participantes para a dinâmica das ações digitais; - De aconselhar meios e ferramentas que permitam conhecer a oferta da região e das empresas participantes, adequados a cada caso; beside them, which is why we invited companies to pre- pare messages and share them with their peers, wherever this makes sense according to the mission, the position and territories covered by the brand. Having invited them to take part, we asked them to tailor their speeches to the needs of their audiences and to include social identity factors, in a way that contributes to the sustainability of society as a whole. More than a passage from a physical to a virtual model, this strategy points to the creation of an experience of digital social dynamic exchange, in which companies (using digital communication tools) manage to express their added value to prospective international partners, through B2B contact, thereby making the pro- spective possible. Therefore, our goals include: - Providing participating companies with communica- tion and business skills in a virtual environment; - Identifying potential business partners and distribu- tion networks that match the desired profile for each mis- sion participant; - Boosting business opportunities for participating companies; - Scheduling of B2B meetings with target-market com- panies and institutions, providing participants with vir- tual meetings and business experiences with potential market partners; - Evaluation of conditions for setting up businesses in the market, through qualitative follow-up work to en- courage deals in those markets. All of this is already underway and we have begun to hold diagnostics meetings with Portuguese companies, with the aim of: - Drawing up a company profile (type of contacts to establish, purpose of activity, tariff codes, markets in operation, etc.) adjusting and tailoring of markets and re- spective Business Intelligence exercise; - Gathering of general information and alignment of expectations;  - Validating timetables; - Providing general details to endow participating companies with the skills required for digital events; - Advising on the use of means and tools to get to know the regional supply and participating companies, on a case by case basis; - Gathering communication materials from the partic- ipating companies to use in the virtual BTB conversation rooms (sales presentations, videos, brochures and others);
  • 4. 55 Portugal Business on the Way - Coletando material de comunicação das empresas participantes para utilização nas salas de conversação vir- tuais B2B (apresentação comercial, vídeos, brochuras, en- tre outros); - Estudando ou não o envio prévio de amostras; - Sequenciando trabalho de matching que resultará nos contactos; - Dinamizando e ajustando técnicas que permitem dar resposta às necessidades e exigências dos projetos conjun- tos; - Ponderando outras reuniões subsequentes para ajus- tar o posicionamento e até para informação dos contactos selecionados. Não é crível que neste mundo VUCA (volatile, uncertain, complex, ambiguous) a limitação de mobilidade das pessoas se possa manter por muito mais tempo. Nem é possível, nem é desejável reerguer fronteiras físicas ou impor qua- rentenas por sistema. Isso seria contribuir para uma histe- ria generalizada. Construamos pontes e vejamos as frechas em janelas neste intervalo. Encaremos o contexto com pe- quenas atitudes, como é este exercício virtual, que apesar da distância junta. A AEP e a sua área de internacionali- zação estão humildemente a fazê-lo, pois ao dia de hoje, estamos em plena coordenação de reuniões comerciais virtuais entre empresas. Não as de lá com as de cá. Não as Latino Americanas com as Europeias, mas entre pessoas em representação de um agente económico num mercado global. Amanhã continuarão a ser estas mesmas pessoas, os individuals, a entrarem nos aviões para de seguida com um firme e convicto aperto de mão selarem o próximo negócio! Esse é o cromossoma da AEP. A janela finalmente vai-se escancarar. Humanizemos a Economia. - Studying whether or not to send samples beforehand; - Sequencing the matching work that will come from the contacts; - Encouraging and adjusting techniques that make it possible to fulfil the demands and needs of joint ventures; - Considering whether to arrange further meetings to adjust positions and to provide selected contacts with fur- ther information. We cannot expect current limitations on people’s mo- bility to be maintained for long in this VUCA world (vol- atile, uncertain, complex, ambiguous). Nor is it possible or desirable that physical borders should be erected and quarantine become a regular part of life. Let us use this time to build bridges and look through windows. Let us face this context with little attitudes, such as this virtual exercise, that brings us together, despite distances. The AEP and its internationalisation desk have been doing so, humbly, and is currently arranging virtual meetings between companies. Not between ours and theirs. Not between the Latin Americans and the Europeans, but be- tween people, representing economic agents in a global market. These people will still be there tomorrow, the individuals, getting on flights and closing deals with solid and firm handshakes! This is the AEPs DNA. The window will finally open. Let’s give this economy a human face.