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CULTURA E HISTÓRIA AFRO-BRASILEIRA INTEGRADO AOS DESCRITORES DAS MATRIZES DE REFERÊNCIA
      DE LÍNGUA PORTUGUESA

       TEXTO 01
O negro faz parte de nossa cultura. Saber sobre ele, significa conhecer um pouco mais do nosso Brasil. Além disso, durante anos eles
estiveram em inferioridade em nossa sociedade. Já está na hora de mudança! Algumas escolas já começaram o trabalho de conscientização
da cultura africana. Será que este trabalho pode ajudar a valorização dos negros em nossa sociedade?
Da Legislação
Eles bateram o martelo. A partir de 2003, todas as escolas, públicas e particulares, devem ensinar a cultura e história afro-brasileiras nas
aulas. Isso agora é lei (número 10.639) e foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 10 de janeiro de 2003.
CONTOS AFRICANOS
Em Salvador (BA), os alunos da escola municipal Eugênia Anna dos Santos, que fica dentro do terreiro Ilé Axé Opô Afonjá, aprenderam a
língua iorubá – falada na Nigéria, em Benin e em Togo, na África. “Eu adoro estudar iorubá e conhecer as lendas e contos africanos”, diz
Marcos Henrique Santos, 9, da 3ª série.
Na escola Professor Luiz Gonzaga Riguini, em São Paulo, as alunas fizeram bonecos e peça de teatro para discutir preconceito e cultura.
“Nossa professora sempre indica poesia e textos de autores negros”, diz Carla Dantas, 13. Na Escola Viva, na zona sul de São Paulo, os
alunos lêem sobre a cultura africana. “Gosto das pesquisas que fazemos na aula”, diz Rafael Vegas, 12.Fonte: Folhinha – 1/2/03
       (Descritores: localizar informações explícitas em um texto; inferir uma informação implícita em um texto)
      01 Baseando-se na leitura dos textos, responda:
      a- Qual é a proposta para o estudo sobre os negros em sala de aula?
      b- O que justifica o fato de alunos de uma escola em Salvador aprenderem uma língua africana?
      c- Ao indicar textos de autores negros, o que a professora mostra aos alunos?

      02 (Descritor: distinguir um fato da opinião relativa a esse fato)
      a- O que você acha da atitude do presidente Lula em assinar uma lei que obriga as escolas a trabalhar com a cultura afro-
      brasileira?
      b- Você acredita que este trabalho vai diminuir o preconceito?

       TEXTO 02-- Brasil com jeito de África
Especial para a Folhinha
Estudar a vida dos povos africanos no Brasil é importante para as crianças entenderem como eles contribuíram para a cultura brasileira. As
tradições que vieram da África deram aos brasileiros um jeito particular de ser, um tipo de beleza, religião, arte e futebol. Por mais de três
séculos, príncipes e súditos foram capturados nas terras africanas para o trabalho escravo nas plantações de cana-de-açúcar, nas minas e
nos cafezais dos senhores europeus que viviam no Brasil.
Não se sabe ao certo o número de africanos que chegaram aqui. As estimativas variam de 12 milhões a 50 milhões. Nagô, Jeje, Mina, Benin,
de origem sudanesa, Angola, Cabinda, Congo e Benguela, de origem banto, são algumas tribos africanas que foram trazidas para o Brasil.
Alguns reinos africanos foram destruídos pelo tráfico. E outros reinos eram ricos e sábios. Exemplos são Djenne e Timbuctu, importantes
centros culturais do século 16 que ficavam na atual Líbia.
No Brasil, documentos que registravam as origens desses povos foram queimados logo após a abolição da escravatura (1888). A idéia era
apagar a história negra do país.
Religião - Orixás simbolizam natureza
As tradições trazidas da África criaram formas diferentes de religião, como o candomblé, a umbanda, a macumba, o xangô, cujas
características variam conforme o lugar do Brasil. Os orixás são os santos africanos. Eles são mais conhecidos pelos nomes oirubás: Ogum
(deus da guerra), Oxóssi (caçador dos montes), Oxumarê (arco-íris), Ossain (rei das folhas), Xangô (dono dos raios), Logum Edé (menino que
todo velho respeita), Oxum (deusa das águas e do amor), Iansã (deusa das tempestades), Iemanjá (mãe da água), Oxalá (pai criador), Ifá
(saber divino) e outros. Os orixás simbolizam certas forças da natureza e possuem o axé, que é o poder de energia pura. Os iniciados nessa
religião recebem a força do orixá e trazem a alegria para a comunidade.
Zumbi era guerreiro
As religiões dos povos da África conseguiram se manter graças aos quilombos. Os africanos e brasileiros escravizados se refugiavam nas
matas. Formavam quilombos, que eram agrupamentos parecidos com alguns reinos da África. O quilombo de Palmares, em Alagoas, tinha
Zumbi como líder dos guerreiros. Ele resistiu a muitos ataques e tornou-se símbolo da liberdade. Em 20 de novembro, data da morte dele,
virou o Dia da Consciência Negra e é hoje feriado escolar.
Dono da força
Para os afro-brasileiros, não existe o diabo como na religião cristã. Exu não é o diabo. Ele representa o movimento entre a morte e a vida. É o
mensageiro entre os orixás e os homens. Ele foi a primeira forma criada no mundo por Olodum, o deus supremo.
Língua- A língua mais falada no candomblé no Brasil é o iorubá. Exemplos de palavras da língua falada no Brasil são fé, acarajé, jabá (carne-
seca) e axé. Mas há mais palavras de origem banto em português: cafuné, dengo, calango, macaco, canjica, samba, inhaca, jiló, ginga,
moleque, xodó, zangado, zum-zum-zum. Isso porque na época da colonização os grupos eram mais numerosos no Brasil.
Moda- Nos anos 70, chegou ao Brasil o movimento black dos Estados Unidos e o cabelo black-power grande e solto influenciou o
comportamento dos brasileiros. Também nessa época, no Carnaval, os cabelos ficavam soltos ou arrumados em lindos trançados com búzios
e contas coloridas. Os blocos afro-carnavalescos cantavam a beleza negra.
Música- Blues, rap e samba- A música dos africanos criada nos Estados Unidos ficou conhecida no mundo inteiro e influenciou muitos
gêneros musicais: blues, jazz, soul, rock, funk e rap. No Brasil foi criado o samba, inspirado nos ritmos dos rituais religiosos. O samba foi
inventado principalmente nos morros do Rio de Janeiro e na Bahia e nas festas populares do país.
       QUESTÃO 03 (Descritor: localizar informações explícitas em um texto)
       a- Por que no Brasil não encontramos documentos que registrem a origem dos povos escravizados?
       b- Por que o Brasil apresenta tanta diversidade da cultura africana?
       c- No Brasil ainda existem grupos que praticam a religião africana. Por que isso acontece?
      QUESTÃO 04 (Descritor: localizar informações explícitas em um texto)
      Escreva fatos que demonstrem que o branco, apesar do preconceito, usa da cultura africana e, nestes momentos, não questiona a
      cor.
      Na moda 
      Na música 
VOCÁBULOS AFRO-BRASILEIROS
 Angu- Massa de farinha de milho (fubá), de mandioca, de arroz, com água e sal, escaldada ao       O angu no início do Brasil colônia era
preparado com miúdos de carne. Podia ser feito com farinha de milho (fubá) ou farinha de mandioca,
 Batuque - Batuque é uma Religião Afro brasileira de culto aos Orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de
onde se estendeu para os países vizinhos tais como Uruguai e Argentina.
O batuque ( batuku ou batuk em crioulo cabo-verdiano) é um gênero musical e de dança de Cabo Verde .
 Cachimbo - O cachimbo é um instrumento para fumar composto de fornilho e piteira. Usa-se para fumar principalmente tabaco, que sofre
um processo especial para a preparação do fumo para o uso em cachimbo.
 Quitute -Iguaria delicada; acepipe; petisco.
 Senzala-A Senzala era um grande alojamento que se destinava à moradia dos escravos dos engenhos e das fazendas no Brasil.
 Pipoca -Pipoca é um prato feito a partir de uma variedade especial de milho, que estoura quando aquecido, ao aquecermos os grãos de
milho de maneira rápida, a umidade interna é convertida em vapor. Num determinado ponto, a pressão estoura a casca externa,
transformando a parte interna numa massa pouco consistente de amidos e fibras, maior do que o grão original.
 Caçula - Caçula é o filho mais novo.
 Cafuné - Cafuné é um carinho feito mexendo nos cabelos com as pontas dos dedos
 Cochilar -Momento de sonolência breve!
 Macaco -O macaco, no sentido lato, é a designação comum a todas as espécies de símios ou primatas antropoides, aplicada no Brasil,
restritivamente, aos cebídeos (ou macacos do Novo Mundo) em geral.
 Bagunça - bagunça é estado de desordem.
 Fubá -O fubá é a farinha fina feita com milho moído, muito empregado na culinária.
 Dendê -O dendezeiro (Elaeais guineensis Jaquim) é uma palmeira originária da costa oriental da África (Golfo da Guiné), sendo encontrada
em povoamentos subespontâneos desde o Senegal até Angola.
 Samba -O samba é um gênero musical, de onde deriva um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no Brasil e tido como o ritmo
nacional por excelência.

Culturas africanas influenciaram nosso idioma- Heidi Strecker*
"O português que falamos no Brasil tem muitas palavras de origem africana, você sabia? Isso acontece porque - principalmente
durante o período colonial - os negros foram trazidos da África como escravos, para trabalhar na lavoura.
Os africanos trouxeram consigo sua religião - o candomblé - e sua cultura, que inclui as comidas, a música, o modo de ver a
vida e muitos dos seus mitos e lendas. Trouxeram ainda - é claro - as línguas e dialetos que falavam.
Os povos bantos, que habitavam o litoral da África, falavam diversas línguas (como o quicongo, o quimbundo e o umbundo).
Muitos vocábulos que nós usamos frequentemente vieram desses idiomas. Quer exemplos? "Bagunça", "curinga", "moleque",
"dengo", "gangorra", "cachimbo", "fubá", "macaco", "quitanda"...
Outras palavras do português falado no Brasil também têm raízes africanas. Muitas delas vêm de diferentes povos do
continente, como os jejes e os nagôs (que falavam línguas como o fon e o ioruba). Palavras como "acarajé", "gogó", "jabá" e
muitas outras passaram a fazer parte do nosso vocabulário, foram incorporados à nossa cultura. Em geral, trata-se de nomes
ligados à religião, à família, a brincadeiras, à música e à vida cotidiana.
Dizem que a língua banta tem uma estrutura parecida com o português, devido ao uso de muitas vogais e sílabas nasais ou
abertas. Deve ser verdade, observe os sons da palavra "moleque" e de "gangorra". Parece também que o jeito malemolente
(isto é, devagar e cheio de ginga) de falar facilitou a integração entre o banto e o português.
A verdade é que hoje a gente usa tantas palavras africanas que nem repara em sua origem. Quer ver? O que seria do Brasil
sem o "samba"? E tem mais: "cachaça", "dendê", "fuxico", "berimbau", "quitute", cuíca", "cangaço", "quiabo", "senzala",
"corcunda", "batucada", "zabumba", "bafafá" e "axé". Para quem não sabe, "bafafá" significa confusão. E "axé" é uma saudação
com votos de paz e felicidade.” *Heidi Strecker é filósofa e educadora.

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  • 1. CULTURA E HISTÓRIA AFRO-BRASILEIRA INTEGRADO AOS DESCRITORES DAS MATRIZES DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA TEXTO 01 O negro faz parte de nossa cultura. Saber sobre ele, significa conhecer um pouco mais do nosso Brasil. Além disso, durante anos eles estiveram em inferioridade em nossa sociedade. Já está na hora de mudança! Algumas escolas já começaram o trabalho de conscientização da cultura africana. Será que este trabalho pode ajudar a valorização dos negros em nossa sociedade? Da Legislação Eles bateram o martelo. A partir de 2003, todas as escolas, públicas e particulares, devem ensinar a cultura e história afro-brasileiras nas aulas. Isso agora é lei (número 10.639) e foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 10 de janeiro de 2003. CONTOS AFRICANOS Em Salvador (BA), os alunos da escola municipal Eugênia Anna dos Santos, que fica dentro do terreiro Ilé Axé Opô Afonjá, aprenderam a língua iorubá – falada na Nigéria, em Benin e em Togo, na África. “Eu adoro estudar iorubá e conhecer as lendas e contos africanos”, diz Marcos Henrique Santos, 9, da 3ª série. Na escola Professor Luiz Gonzaga Riguini, em São Paulo, as alunas fizeram bonecos e peça de teatro para discutir preconceito e cultura. “Nossa professora sempre indica poesia e textos de autores negros”, diz Carla Dantas, 13. Na Escola Viva, na zona sul de São Paulo, os alunos lêem sobre a cultura africana. “Gosto das pesquisas que fazemos na aula”, diz Rafael Vegas, 12.Fonte: Folhinha – 1/2/03 (Descritores: localizar informações explícitas em um texto; inferir uma informação implícita em um texto) 01 Baseando-se na leitura dos textos, responda: a- Qual é a proposta para o estudo sobre os negros em sala de aula? b- O que justifica o fato de alunos de uma escola em Salvador aprenderem uma língua africana? c- Ao indicar textos de autores negros, o que a professora mostra aos alunos? 02 (Descritor: distinguir um fato da opinião relativa a esse fato) a- O que você acha da atitude do presidente Lula em assinar uma lei que obriga as escolas a trabalhar com a cultura afro- brasileira? b- Você acredita que este trabalho vai diminuir o preconceito? TEXTO 02-- Brasil com jeito de África Especial para a Folhinha Estudar a vida dos povos africanos no Brasil é importante para as crianças entenderem como eles contribuíram para a cultura brasileira. As tradições que vieram da África deram aos brasileiros um jeito particular de ser, um tipo de beleza, religião, arte e futebol. Por mais de três séculos, príncipes e súditos foram capturados nas terras africanas para o trabalho escravo nas plantações de cana-de-açúcar, nas minas e nos cafezais dos senhores europeus que viviam no Brasil. Não se sabe ao certo o número de africanos que chegaram aqui. As estimativas variam de 12 milhões a 50 milhões. Nagô, Jeje, Mina, Benin, de origem sudanesa, Angola, Cabinda, Congo e Benguela, de origem banto, são algumas tribos africanas que foram trazidas para o Brasil. Alguns reinos africanos foram destruídos pelo tráfico. E outros reinos eram ricos e sábios. 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Mas há mais palavras de origem banto em português: cafuné, dengo, calango, macaco, canjica, samba, inhaca, jiló, ginga, moleque, xodó, zangado, zum-zum-zum. Isso porque na época da colonização os grupos eram mais numerosos no Brasil. Moda- Nos anos 70, chegou ao Brasil o movimento black dos Estados Unidos e o cabelo black-power grande e solto influenciou o comportamento dos brasileiros. Também nessa época, no Carnaval, os cabelos ficavam soltos ou arrumados em lindos trançados com búzios e contas coloridas. Os blocos afro-carnavalescos cantavam a beleza negra. Música- Blues, rap e samba- A música dos africanos criada nos Estados Unidos ficou conhecida no mundo inteiro e influenciou muitos gêneros musicais: blues, jazz, soul, rock, funk e rap. No Brasil foi criado o samba, inspirado nos ritmos dos rituais religiosos. O samba foi inventado principalmente nos morros do Rio de Janeiro e na Bahia e nas festas populares do país. QUESTÃO 03 (Descritor: localizar informações explícitas em um texto) a- Por que no Brasil não encontramos documentos que registrem a origem dos povos escravizados? b- Por que o Brasil apresenta tanta diversidade da cultura africana? c- No Brasil ainda existem grupos que praticam a religião africana. Por que isso acontece? QUESTÃO 04 (Descritor: localizar informações explícitas em um texto) Escreva fatos que demonstrem que o branco, apesar do preconceito, usa da cultura africana e, nestes momentos, não questiona a cor. Na moda  Na música 
  • 2. VOCÁBULOS AFRO-BRASILEIROS  Angu- Massa de farinha de milho (fubá), de mandioca, de arroz, com água e sal, escaldada ao O angu no início do Brasil colônia era preparado com miúdos de carne. Podia ser feito com farinha de milho (fubá) ou farinha de mandioca,  Batuque - Batuque é uma Religião Afro brasileira de culto aos Orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de onde se estendeu para os países vizinhos tais como Uruguai e Argentina. O batuque ( batuku ou batuk em crioulo cabo-verdiano) é um gênero musical e de dança de Cabo Verde .  Cachimbo - O cachimbo é um instrumento para fumar composto de fornilho e piteira. Usa-se para fumar principalmente tabaco, que sofre um processo especial para a preparação do fumo para o uso em cachimbo.  Quitute -Iguaria delicada; acepipe; petisco.  Senzala-A Senzala era um grande alojamento que se destinava à moradia dos escravos dos engenhos e das fazendas no Brasil.  Pipoca -Pipoca é um prato feito a partir de uma variedade especial de milho, que estoura quando aquecido, ao aquecermos os grãos de milho de maneira rápida, a umidade interna é convertida em vapor. Num determinado ponto, a pressão estoura a casca externa, transformando a parte interna numa massa pouco consistente de amidos e fibras, maior do que o grão original.  Caçula - Caçula é o filho mais novo.  Cafuné - Cafuné é um carinho feito mexendo nos cabelos com as pontas dos dedos  Cochilar -Momento de sonolência breve!  Macaco -O macaco, no sentido lato, é a designação comum a todas as espécies de símios ou primatas antropoides, aplicada no Brasil, restritivamente, aos cebídeos (ou macacos do Novo Mundo) em geral.  Bagunça - bagunça é estado de desordem.  Fubá -O fubá é a farinha fina feita com milho moído, muito empregado na culinária.  Dendê -O dendezeiro (Elaeais guineensis Jaquim) é uma palmeira originária da costa oriental da África (Golfo da Guiné), sendo encontrada em povoamentos subespontâneos desde o Senegal até Angola.  Samba -O samba é um gênero musical, de onde deriva um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no Brasil e tido como o ritmo nacional por excelência. Culturas africanas influenciaram nosso idioma- Heidi Strecker* "O português que falamos no Brasil tem muitas palavras de origem africana, você sabia? Isso acontece porque - principalmente durante o período colonial - os negros foram trazidos da África como escravos, para trabalhar na lavoura. Os africanos trouxeram consigo sua religião - o candomblé - e sua cultura, que inclui as comidas, a música, o modo de ver a vida e muitos dos seus mitos e lendas. Trouxeram ainda - é claro - as línguas e dialetos que falavam. Os povos bantos, que habitavam o litoral da África, falavam diversas línguas (como o quicongo, o quimbundo e o umbundo). Muitos vocábulos que nós usamos frequentemente vieram desses idiomas. Quer exemplos? "Bagunça", "curinga", "moleque", "dengo", "gangorra", "cachimbo", "fubá", "macaco", "quitanda"... Outras palavras do português falado no Brasil também têm raízes africanas. Muitas delas vêm de diferentes povos do continente, como os jejes e os nagôs (que falavam línguas como o fon e o ioruba). Palavras como "acarajé", "gogó", "jabá" e muitas outras passaram a fazer parte do nosso vocabulário, foram incorporados à nossa cultura. Em geral, trata-se de nomes ligados à religião, à família, a brincadeiras, à música e à vida cotidiana. Dizem que a língua banta tem uma estrutura parecida com o português, devido ao uso de muitas vogais e sílabas nasais ou abertas. Deve ser verdade, observe os sons da palavra "moleque" e de "gangorra". Parece também que o jeito malemolente (isto é, devagar e cheio de ginga) de falar facilitou a integração entre o banto e o português. A verdade é que hoje a gente usa tantas palavras africanas que nem repara em sua origem. Quer ver? O que seria do Brasil sem o "samba"? E tem mais: "cachaça", "dendê", "fuxico", "berimbau", "quitute", cuíca", "cangaço", "quiabo", "senzala", "corcunda", "batucada", "zabumba", "bafafá" e "axé". Para quem não sabe, "bafafá" significa confusão. E "axé" é uma saudação com votos de paz e felicidade.” *Heidi Strecker é filósofa e educadora.