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A ESTRUTURA
OBSESSIVA
Profa. Ma. Débora Damacena de Andrade
AULA 1,PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE 4º NOT (1).pdf 2.9 Mb
AULA 1,PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE 4º NOT (1).pdf 2.9 Mb
A problemática obsessiva
01
Processo de atualização do desejo do sujeito
diante da função fálica
—Joel Dör
“Ao contrário do histérico, o
obsessivo sente-se amado
demais pela mãe”
Os obsessivos são nostálgicos do ser
● O obsessivo manifesta frequentemente como um sujeito
que particularmente investido como objeto privilegiado
do desejo materno, ou seja, privilegiado em seu
investimento fálico;
● Essa nostalgia tem seu principal apoio na lembrança de
um modo particular de relação que o obsessivo manteve
com sua mãe - seria mais exato dizer: que sua mãe
manteve com ele;
● Descobre-se sempre na história dos obsessivos a menção
a uma criança que teria sido a preferida pela mãe
Nos jogos do desejo mobilizados pela lógica fálica, esse “privilégio”
desperta necessariamente, na criança, um investimento psíquico
precoce e preponderante que consiste, para ela, em se constituir
como objeto junto ao qual a mãe supostamente irá encontrar o
que não consegue encontrar junto ao pai.
“A mãe poderia encontrar nela o
que supostamente espera do pai”
● Vivência psíquica é pressentida e
interpretada pela criança;
● “Se o pai é suposto fazer lei à mãe,
é sob a condição de a mãe, ela
própria, é suposta desejar o que
não tem o que o pai possui. É pela
própria definição do investimento
simbólico do pai que se trata,
investimento este que se fecha
com a atribuição fálica. É sempre
neste deslocamento do atributo
fálico que se efetua a passagem do
“ser” ao “ter”
● O deslocamento se dá a partir
do discurso materno que
declara que o objeto de desejo
da mãe depende da lei
paterna. “Somente a
significação dessa
dependência pode mobilizar
a criança na dimensão do
ter”
Passagem do “ser” ao “ter”
Suplência à satisfação do desejo materno
● Essa satisfação foi designada à criança como
falha;
● De um lado, a criança percebe que a mãe é
dependente do pai do ponto de vista do seu
desejo;
● Por outro lado, não parece receber por inteiro do
pai o que é suposta esperar;
● Esta lacuna na satisfação materna induz, junto à
criança que se faz testemunha disto, a abertura
favorável para uma suplência possível
Suplência à satisfação do desejo materno
● A criança é confrontada com a lei do pai, mas
mantém-se também subjugada pela mensagem
de insatisfação materna → “a mãe não aparece,
aos olhos da criança, como radicalmente
insatisfeita”
● Vacância parcial desta satisfação: a mãe vai
tentar uma suplência, buscando um
complemento possível junto à criança
● É nesse sentido que o obsessivo é objeto de um
investimento particular que lhe dá a convicção
de ter sido a criança preferida, privilegiada
Importante
“O privilégio nunca passa de suplência à satisfação falha do
desejo materno”
É como um apelo de oferecimento para uma persistência da
identificação fálica
● Existe sempre no obsessivo
uma incerteza constante
entre o retorno regressivo a
uma identificação fálica e a
obediência à Lei e às
implicações que esta supõe;
● Por mais que este retorno ao
ser seja fortemente cobiçado
em vista da satisfação falha do
discurso materno, ele nunca é
plenamente conseguido
● Já essa “nostalgia”
sintomática revela certos
traços estruturais
característicos da economia
obsessiva do desejo;
● Visto que o reconhecimento
do pai simbólico se suporta
com certas ambiguidades, ele
também será objeto de
notáveis manifestações
Fuga adiante
● Essa dúvida permanente se ilustra pela atitude de
fuga adiante que o obsessivo não para de
atualizar em vista do seu desejo.
Fuga adiante
Os traços da estrutura
obsessiva
02
Problemática dos sintomas
● Caráter imperioso da necessidade e do dever que vêm margear a organização
obcecante do prazer;
● A enfermidade da demanda e da ambivalência como traços associados a
dispositivos de defesa sintomáticos como:
○ Formações obcecantes;
○ Isolamento e anulação retroativa;
○ A ritualização
○ As formações reacionais
○ O trio: culpa, mortificação, contrição
○ O conjunto de quadro clínico habitualmente designado pela expressão
“caráter anal”
Problemática dos sintomas
● Ponto indutor da neurose obsessiva: o signo do desejo insatisfeito da mãe, que
inscreve a criança, junto a ela;
● A marca da falha na satisfação do desejo materno se apoia precocemente na
criança, ajudada pela relação dual privilegiada que ela mantém com a mãe;
● Freud dispõe a patologia obsessiva na classe das psiconeuroses de defesa,
para acentuar o fato de que, neste terreno neurótico, os processos de defesa
são postos à frente, isto é, no primeiro plano das manifestações sintomáticas.
● Na configuração relacional, é
sempre a mãe que desperta e
mantém a criança no registro
do seu gozo libidinal;
● Esta fase de erotização é
inevitável, já que encontra seu
suporte na repetição dos
contatos físicos mantido em
virtude dos cuidados e da
satisfação das necessidades;
● Por isso, a criança é objeto de
uma sedução erótica passiva
por parte da mãe;
● Porém, se a criança está presa
nesse gozo em favor de uma
falha da satisfação do desejo
da mãe, que lhe é significada,
essa sedução passiva se
redobra e tem-se um gozo
vivenciado como “agressão
sexual”
A falha da satisfação do desejo materno
● O excesso de amor testemunhado
por todos os sujeitos obsessivos
têm sua origem no dispositivo
onde a sedução erótica materna
constitui um apelo para suprir sua
insatisfação;
● A criança é de algum modo,
chamada a suprir uma falha no
gozo materno, o que introduz uma
incitação à passividade sexual;
● Essa disposição passiva envolve a
evocação nostálgica sa dua
identificação fálica;
● É com esse “passivo fálico” que a
criança vai abordar a passagem
decisiva do “ser” ao “ter”;
● Por essa razão seu acesso ao
universo do desejo e da lei
constitui um processo
problemático → relação particular
com a figura de autoridade (pai)
O excesso de amor → passividade
Passagem do ser ao ter
● Vivida na dimensão da insatisfação, já que é negada em sua identificação
fálica, tendo em vista a intrusão paterna;
● Onde deveria confrontar-se com a insatisfação, fica presa da satisfação na
relação de suplência que mantém com a mãe;
● O obsessivo não cessará de lembrar a que ponto esta experiência privilegiada
constitui um obstáculo na economia do seu desejo. A absorção materna
prematura não permite à criança mediatizar seu desejo;
● A criança permanece prisioneira do desejo insatisfeito da mãe
Ritmo do desejo
1. O desejo se separa da necessidade para entrar, em seguida, na
demanda;
2. À medida que o desejo é separado da necessidade, ele é
imediatamente tomado pela mãe insatisfeita que encontra aí um
objeto de suplência possível;
3. O desejo carrega o selo exigente e imperativo da necessidade, na
medida em que, desde seu surgimento, a mãe não lhe concede o
tempo de se suspender na espera da articulação de uma demanda.
● O desejo do obsessivo comporta
sempre a marca impiedosa da
necessidade;
● Por outro lado, o obsessivo é
tomado pela doença na
expressão de sua demanda;
● Passividade masoquista:
impossibilidade em que ele se
acha de poder demandar,
esforça-se em fazer adivinhar pelo
outro o que deseja e não
consegue ele próprio demandar
● Servidão voluntária: a
impossibilidade de demandar o leva
a dever tudo aceitar, tudo suportar;
● Ocupa-se do lugar de objeto do
gozo do outro;
● Isro reaparece sob a forma
sintomática da culpa que evoca
indiretamente esse privilégio quase
incestuoso da criança junto à mãe
com respeito à castração → temor
da castração (simbólica)
● Problemática da perda e da relação
com a lei do pai.
Dois traços de estrutura essenciais
O obsessivo, a perda
e a lei do pai
03
O obsessivo não pode perder
● Do mesmo modo que o obsessivo apresenta uma disposição favorável a se
constituir como tudo para o outro, deve também, tudo controlar e tudo
dominar, para que o outro não lhe escape de maneira nenhuma, isto é, para
que ele não perca nada;
● A perda de alguma coisa do objeto remete à castração, para o obsessivo há
uma falha em sua imagem narcísica;
● Inversamente, ultrapassar a castração é sempre tentar conquistar e manter
um status fálico;
● Como a Lei do pai permanece onipresente no desejo do obsessivo, a culpa é
irremediável;
● É a ambivalência entre nostalgia fálica e a perda implicada pela castração que
inscreve o obsessivo numa posição estruturalmente específica com relação ao
pai;
Imago paterna
● Sendo a imago paterna onipresente, ele só pode atrair rivalidade e competição,
tão prezadas pelos obsessivos;
● Necessidade imperativa de “matá-lo” para ocupar seu lugar junto à mãe;
● Esses desejos de morte reaparecem constantemente na problemática
obsessiva: ter o lugar do outro investido inconscientemente como um
representante potencial da referência simbólica paterna
● Tanto o Senhor lhe é insuportável, na medida em que é suposto deter o que o
obsessivo ambiciona, quanto deve assim mostrar-se e assim permanecer;
● É neste terreno que podemos identificar certos comportamentos de desafio;
● O obsessivo tem necessidade de
encontrar um Senhor e o histérico
procura um;
● No histérico, o desafio para com o
Senhor é sempre governado por
uma estratégia de destituição,
enquanto que para o obsessivo, é
preciso, ao contrário, que o Senhor
permaneça como tal, e até o fim.
● Por um lado, existe a lei do pai à qual
é preciso tudo sacrificar, até mesmo
se sacrificar. Por outro, esta mesma
Lei deve ser regularmente frustrada
e dominada por sua própria conta →
traços como perseverança e
obstinação
● Investimento de energia para atingir
o domínio do gozo - lugar do pai →
obsessivos são grandes
conquistadores
● À medida que atinge um objetivo, o
obsessivo já embarca em uma nova
corrida para atingir outro
Senhor: na histeria x na neurose obsessiva
Relação com a lei
● O obsessivo manifesta poucas atrações para com a coisa conquistada, nada
vale mais que um novo objeto a conquistar, um troféu suplementar a levar em
conta nesta interminável ascensão rumo com controle absoluto do gozo;
● “Quanto mais os caminhos a abrir são austeros e complicados, mais o
percurso valerá a pena” → custe o que custar
● Transgressão: ambivalência específica face à lei do pai - conflito
● Grande rigor moral: adesão incondicional às regras e as leis, defensor das
virtudes e das normas
Manifestações de defesa
● Isolamento:
○ desconectar um pensamento, uma atitude, um comportamento, da
sequência lógica em que se inscrevem.
○ Dissociar os afetos de uma representação, ligada a certos materiais
recalcados.
○ Isso se dá através de pausas e rituais estereotipados;
○ É a uma arma de defesa radical e sistemática que devemos o perfil
excessivamente controlado dos obsessivos → permanecer senhor de si
● Na análise, com efeito, o obsessivo resiste ao processo de associação livre por
meio da narrativa e racionalização;
● Observadores: O obsessivo fala de si a partir deste posto de observação
neutro, onde ele se diverte com este outro que é ele próprio
Manifestações de defesa
● Anulação retroativa: recusa pensamentos e atos, e tenta fazer como se não
tivessem acontecido
○ É um processo compulsório que consiste em colocar em cena, ou em ato,
um comportamento diretamente oposto àquele que o sujeito acaba de
afirmar
○ Oposição entre amor e ódio para com o objeto de investimento → na
maioria das vezes, é a vertente do ódio que se esforça por anular a
componentes do amor
○ Mecanismo de investimento e desinvestimento;
○ Escapar do seu desejo e anulá-lo o quanto puder a cada vez que se
encontra engajado autenticamente.
O obsessivo e seus
objetos de amor
04
Questão do gozo do outro
● Dá o melhor de si mesmo, paradoxalmente, tudo e absolutamente nada: tudo
na medida em que ele pode tudo sacrificar; nada, na medida em que não
aceita perder;
● Questão do gozo do outro: diante do que convém tudo controlar na mesma
medida em que o desejo deve estar morto - para que nada saia do lugar
● Já que o obsessivo não dá nada, ele não perde nada. Em contrapartida, ao
menor sinal exterior de gozo observado no outro, ele está pronto a tudo
sacrificar e a tudo dar para que as coisas voltem a seu estado inicial;
● A problemática da perda é tão frequente porque remete à problemática da
falta. Evitar ser confrontado com a falta, consiste em neutralizar o desejo;
Lugar do morto
● Instalar seu objeto de investimento amoroso neste lugar onde para ser amável
e ser amado, o objeto deve se fazer de morto;
● O imperativo se deve ao fato de que o outro não deve nada demandar, pois se
o outro demanda, é que ele deseja;
● Coloca em ato formas para que nada falte ao outro: “tem tudo o que quer”,
“nada lhe falta”, “faço tudo”, etc
● O obsessivo aguenta tudo, sem fazer contas e sem poupar, exceto que o outro
goze sem ele, sem que esteja ou possa ter atestado, de alguma forma,
concernido → “traição”
Resumindo
05
Relação com o falo: ser/ter
● “Nostálgicos do ser” (quer ser o falo): o obsessivo foi investido
como objeto privilegiado do desejo materno (investimento fálico).
● É com o “passivo fálico” que o obsessivo vai abordar a passar do
“ser” ao “ter”, passagem vivida na dimensão da insatisfação,
devido a intrusão paterna e presa na satisfação da relação de
suplência com a mãe (incerteza entre identificação fálica e a
obediência à Lei)
Traços estruturais
1º traço – “Excesso de amor”
2º traço – desejo marcado pela necessidade
3º traço – “o obsessivo é tomado pela doença na expressão de sua demanda” O
obsessivo participa da “servidão voluntária”, visto sua impossibilidade de demandar, o
que o leva a tudo aceitar. Assim, ocupa o lugar de objeto de gozo do outro, posto que
não pode formular suas próprias demandas. Essa posição de objeto do gozo do outro diz
do lugar infantil de objeto privilegiado da mãe ocupado pelo obsessivo. Esse privilégio
quase incestuoso e o temor da castração, no obsessivo, aparecem através da culpa.
4º traço – “Ter o lugar”: Rivalidade, competição e desafio, quer substituir o pai (“mata-lo”).
Lei do pai à qual é preciso tudo sacrificar x esta Lei deve ser regularmente frustrada e
dominada por sua própria conta. Tomar esse lugar diz da energia gasta para atingir o
domínio do gozo.
Identificação
● Identificação fálica;
● Falha em sua imagem narcísica: o obsessivo não pode perder;
mesmo se oferecendo como tudo para o outro, deve tudo
controlar para não perder nada, pois a perda de algo remete à
castração e à falta;
● Ultrapassar à castração: conquistar o status fálico (gozo sem
falta);
● Conflito: ambivalência em relação a Lei do Pai e pregnância da Lei.
Sintomas
● Formações obcecantes;
● Isolamento e anulação retroativa (oposição entre amor e ódio);
● Ritualização;
● Racionalização
● Culpa, mortificação, constrição;
● Perseverança e obstinação.
“Notas sobre um caso de Neurose
Obsessiva”, Freud (1909):
● Apresentava formações obcecantes: medo, impulsos compulsivos e proibições;
● Racionalização;
● Dúvida;
● Antagonismo amor e ódio em relação ao seu objeto de amor (sua dama);
● Culpa e conflito entre ambivalência em relação a Lei do Pai e pregnância da
Lei;
● ‘Desejo pela morte do pai’: conflito amor e ódio; pai como impedimento para a
realização do seu gozo; pai como autoridade máxima

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AULA 1,PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE 4º NOT (1).pdf 2.9 Mb

  • 1. A ESTRUTURA OBSESSIVA Profa. Ma. Débora Damacena de Andrade
  • 4. A problemática obsessiva 01 Processo de atualização do desejo do sujeito diante da função fálica
  • 5. —Joel Dör “Ao contrário do histérico, o obsessivo sente-se amado demais pela mãe”
  • 6. Os obsessivos são nostálgicos do ser ● O obsessivo manifesta frequentemente como um sujeito que particularmente investido como objeto privilegiado do desejo materno, ou seja, privilegiado em seu investimento fálico; ● Essa nostalgia tem seu principal apoio na lembrança de um modo particular de relação que o obsessivo manteve com sua mãe - seria mais exato dizer: que sua mãe manteve com ele; ● Descobre-se sempre na história dos obsessivos a menção a uma criança que teria sido a preferida pela mãe
  • 7. Nos jogos do desejo mobilizados pela lógica fálica, esse “privilégio” desperta necessariamente, na criança, um investimento psíquico precoce e preponderante que consiste, para ela, em se constituir como objeto junto ao qual a mãe supostamente irá encontrar o que não consegue encontrar junto ao pai. “A mãe poderia encontrar nela o que supostamente espera do pai”
  • 8. ● Vivência psíquica é pressentida e interpretada pela criança; ● “Se o pai é suposto fazer lei à mãe, é sob a condição de a mãe, ela própria, é suposta desejar o que não tem o que o pai possui. É pela própria definição do investimento simbólico do pai que se trata, investimento este que se fecha com a atribuição fálica. É sempre neste deslocamento do atributo fálico que se efetua a passagem do “ser” ao “ter” ● O deslocamento se dá a partir do discurso materno que declara que o objeto de desejo da mãe depende da lei paterna. “Somente a significação dessa dependência pode mobilizar a criança na dimensão do ter” Passagem do “ser” ao “ter”
  • 9. Suplência à satisfação do desejo materno ● Essa satisfação foi designada à criança como falha; ● De um lado, a criança percebe que a mãe é dependente do pai do ponto de vista do seu desejo; ● Por outro lado, não parece receber por inteiro do pai o que é suposta esperar; ● Esta lacuna na satisfação materna induz, junto à criança que se faz testemunha disto, a abertura favorável para uma suplência possível
  • 10. Suplência à satisfação do desejo materno ● A criança é confrontada com a lei do pai, mas mantém-se também subjugada pela mensagem de insatisfação materna → “a mãe não aparece, aos olhos da criança, como radicalmente insatisfeita” ● Vacância parcial desta satisfação: a mãe vai tentar uma suplência, buscando um complemento possível junto à criança ● É nesse sentido que o obsessivo é objeto de um investimento particular que lhe dá a convicção de ter sido a criança preferida, privilegiada
  • 11. Importante “O privilégio nunca passa de suplência à satisfação falha do desejo materno” É como um apelo de oferecimento para uma persistência da identificação fálica
  • 12. ● Existe sempre no obsessivo uma incerteza constante entre o retorno regressivo a uma identificação fálica e a obediência à Lei e às implicações que esta supõe; ● Por mais que este retorno ao ser seja fortemente cobiçado em vista da satisfação falha do discurso materno, ele nunca é plenamente conseguido ● Já essa “nostalgia” sintomática revela certos traços estruturais característicos da economia obsessiva do desejo; ● Visto que o reconhecimento do pai simbólico se suporta com certas ambiguidades, ele também será objeto de notáveis manifestações Fuga adiante
  • 13. ● Essa dúvida permanente se ilustra pela atitude de fuga adiante que o obsessivo não para de atualizar em vista do seu desejo. Fuga adiante
  • 14. Os traços da estrutura obsessiva 02
  • 15. Problemática dos sintomas ● Caráter imperioso da necessidade e do dever que vêm margear a organização obcecante do prazer; ● A enfermidade da demanda e da ambivalência como traços associados a dispositivos de defesa sintomáticos como: ○ Formações obcecantes; ○ Isolamento e anulação retroativa; ○ A ritualização ○ As formações reacionais ○ O trio: culpa, mortificação, contrição ○ O conjunto de quadro clínico habitualmente designado pela expressão “caráter anal”
  • 16. Problemática dos sintomas ● Ponto indutor da neurose obsessiva: o signo do desejo insatisfeito da mãe, que inscreve a criança, junto a ela; ● A marca da falha na satisfação do desejo materno se apoia precocemente na criança, ajudada pela relação dual privilegiada que ela mantém com a mãe; ● Freud dispõe a patologia obsessiva na classe das psiconeuroses de defesa, para acentuar o fato de que, neste terreno neurótico, os processos de defesa são postos à frente, isto é, no primeiro plano das manifestações sintomáticas.
  • 17. ● Na configuração relacional, é sempre a mãe que desperta e mantém a criança no registro do seu gozo libidinal; ● Esta fase de erotização é inevitável, já que encontra seu suporte na repetição dos contatos físicos mantido em virtude dos cuidados e da satisfação das necessidades; ● Por isso, a criança é objeto de uma sedução erótica passiva por parte da mãe; ● Porém, se a criança está presa nesse gozo em favor de uma falha da satisfação do desejo da mãe, que lhe é significada, essa sedução passiva se redobra e tem-se um gozo vivenciado como “agressão sexual” A falha da satisfação do desejo materno
  • 18. ● O excesso de amor testemunhado por todos os sujeitos obsessivos têm sua origem no dispositivo onde a sedução erótica materna constitui um apelo para suprir sua insatisfação; ● A criança é de algum modo, chamada a suprir uma falha no gozo materno, o que introduz uma incitação à passividade sexual; ● Essa disposição passiva envolve a evocação nostálgica sa dua identificação fálica; ● É com esse “passivo fálico” que a criança vai abordar a passagem decisiva do “ser” ao “ter”; ● Por essa razão seu acesso ao universo do desejo e da lei constitui um processo problemático → relação particular com a figura de autoridade (pai) O excesso de amor → passividade
  • 19. Passagem do ser ao ter ● Vivida na dimensão da insatisfação, já que é negada em sua identificação fálica, tendo em vista a intrusão paterna; ● Onde deveria confrontar-se com a insatisfação, fica presa da satisfação na relação de suplência que mantém com a mãe; ● O obsessivo não cessará de lembrar a que ponto esta experiência privilegiada constitui um obstáculo na economia do seu desejo. A absorção materna prematura não permite à criança mediatizar seu desejo; ● A criança permanece prisioneira do desejo insatisfeito da mãe
  • 20. Ritmo do desejo 1. O desejo se separa da necessidade para entrar, em seguida, na demanda; 2. À medida que o desejo é separado da necessidade, ele é imediatamente tomado pela mãe insatisfeita que encontra aí um objeto de suplência possível; 3. O desejo carrega o selo exigente e imperativo da necessidade, na medida em que, desde seu surgimento, a mãe não lhe concede o tempo de se suspender na espera da articulação de uma demanda.
  • 21. ● O desejo do obsessivo comporta sempre a marca impiedosa da necessidade; ● Por outro lado, o obsessivo é tomado pela doença na expressão de sua demanda; ● Passividade masoquista: impossibilidade em que ele se acha de poder demandar, esforça-se em fazer adivinhar pelo outro o que deseja e não consegue ele próprio demandar ● Servidão voluntária: a impossibilidade de demandar o leva a dever tudo aceitar, tudo suportar; ● Ocupa-se do lugar de objeto do gozo do outro; ● Isro reaparece sob a forma sintomática da culpa que evoca indiretamente esse privilégio quase incestuoso da criança junto à mãe com respeito à castração → temor da castração (simbólica) ● Problemática da perda e da relação com a lei do pai. Dois traços de estrutura essenciais
  • 22. O obsessivo, a perda e a lei do pai 03
  • 23. O obsessivo não pode perder ● Do mesmo modo que o obsessivo apresenta uma disposição favorável a se constituir como tudo para o outro, deve também, tudo controlar e tudo dominar, para que o outro não lhe escape de maneira nenhuma, isto é, para que ele não perca nada; ● A perda de alguma coisa do objeto remete à castração, para o obsessivo há uma falha em sua imagem narcísica; ● Inversamente, ultrapassar a castração é sempre tentar conquistar e manter um status fálico; ● Como a Lei do pai permanece onipresente no desejo do obsessivo, a culpa é irremediável; ● É a ambivalência entre nostalgia fálica e a perda implicada pela castração que inscreve o obsessivo numa posição estruturalmente específica com relação ao pai;
  • 24. Imago paterna ● Sendo a imago paterna onipresente, ele só pode atrair rivalidade e competição, tão prezadas pelos obsessivos; ● Necessidade imperativa de “matá-lo” para ocupar seu lugar junto à mãe; ● Esses desejos de morte reaparecem constantemente na problemática obsessiva: ter o lugar do outro investido inconscientemente como um representante potencial da referência simbólica paterna ● Tanto o Senhor lhe é insuportável, na medida em que é suposto deter o que o obsessivo ambiciona, quanto deve assim mostrar-se e assim permanecer; ● É neste terreno que podemos identificar certos comportamentos de desafio;
  • 25. ● O obsessivo tem necessidade de encontrar um Senhor e o histérico procura um; ● No histérico, o desafio para com o Senhor é sempre governado por uma estratégia de destituição, enquanto que para o obsessivo, é preciso, ao contrário, que o Senhor permaneça como tal, e até o fim. ● Por um lado, existe a lei do pai à qual é preciso tudo sacrificar, até mesmo se sacrificar. Por outro, esta mesma Lei deve ser regularmente frustrada e dominada por sua própria conta → traços como perseverança e obstinação ● Investimento de energia para atingir o domínio do gozo - lugar do pai → obsessivos são grandes conquistadores ● À medida que atinge um objetivo, o obsessivo já embarca em uma nova corrida para atingir outro Senhor: na histeria x na neurose obsessiva
  • 26. Relação com a lei ● O obsessivo manifesta poucas atrações para com a coisa conquistada, nada vale mais que um novo objeto a conquistar, um troféu suplementar a levar em conta nesta interminável ascensão rumo com controle absoluto do gozo; ● “Quanto mais os caminhos a abrir são austeros e complicados, mais o percurso valerá a pena” → custe o que custar ● Transgressão: ambivalência específica face à lei do pai - conflito ● Grande rigor moral: adesão incondicional às regras e as leis, defensor das virtudes e das normas
  • 27. Manifestações de defesa ● Isolamento: ○ desconectar um pensamento, uma atitude, um comportamento, da sequência lógica em que se inscrevem. ○ Dissociar os afetos de uma representação, ligada a certos materiais recalcados. ○ Isso se dá através de pausas e rituais estereotipados; ○ É a uma arma de defesa radical e sistemática que devemos o perfil excessivamente controlado dos obsessivos → permanecer senhor de si ● Na análise, com efeito, o obsessivo resiste ao processo de associação livre por meio da narrativa e racionalização; ● Observadores: O obsessivo fala de si a partir deste posto de observação neutro, onde ele se diverte com este outro que é ele próprio
  • 28. Manifestações de defesa ● Anulação retroativa: recusa pensamentos e atos, e tenta fazer como se não tivessem acontecido ○ É um processo compulsório que consiste em colocar em cena, ou em ato, um comportamento diretamente oposto àquele que o sujeito acaba de afirmar ○ Oposição entre amor e ódio para com o objeto de investimento → na maioria das vezes, é a vertente do ódio que se esforça por anular a componentes do amor ○ Mecanismo de investimento e desinvestimento; ○ Escapar do seu desejo e anulá-lo o quanto puder a cada vez que se encontra engajado autenticamente.
  • 29. O obsessivo e seus objetos de amor 04
  • 30. Questão do gozo do outro ● Dá o melhor de si mesmo, paradoxalmente, tudo e absolutamente nada: tudo na medida em que ele pode tudo sacrificar; nada, na medida em que não aceita perder; ● Questão do gozo do outro: diante do que convém tudo controlar na mesma medida em que o desejo deve estar morto - para que nada saia do lugar ● Já que o obsessivo não dá nada, ele não perde nada. Em contrapartida, ao menor sinal exterior de gozo observado no outro, ele está pronto a tudo sacrificar e a tudo dar para que as coisas voltem a seu estado inicial; ● A problemática da perda é tão frequente porque remete à problemática da falta. Evitar ser confrontado com a falta, consiste em neutralizar o desejo;
  • 31. Lugar do morto ● Instalar seu objeto de investimento amoroso neste lugar onde para ser amável e ser amado, o objeto deve se fazer de morto; ● O imperativo se deve ao fato de que o outro não deve nada demandar, pois se o outro demanda, é que ele deseja; ● Coloca em ato formas para que nada falte ao outro: “tem tudo o que quer”, “nada lhe falta”, “faço tudo”, etc ● O obsessivo aguenta tudo, sem fazer contas e sem poupar, exceto que o outro goze sem ele, sem que esteja ou possa ter atestado, de alguma forma, concernido → “traição”
  • 33. Relação com o falo: ser/ter ● “Nostálgicos do ser” (quer ser o falo): o obsessivo foi investido como objeto privilegiado do desejo materno (investimento fálico). ● É com o “passivo fálico” que o obsessivo vai abordar a passar do “ser” ao “ter”, passagem vivida na dimensão da insatisfação, devido a intrusão paterna e presa na satisfação da relação de suplência com a mãe (incerteza entre identificação fálica e a obediência à Lei)
  • 34. Traços estruturais 1º traço – “Excesso de amor” 2º traço – desejo marcado pela necessidade 3º traço – “o obsessivo é tomado pela doença na expressão de sua demanda” O obsessivo participa da “servidão voluntária”, visto sua impossibilidade de demandar, o que o leva a tudo aceitar. Assim, ocupa o lugar de objeto de gozo do outro, posto que não pode formular suas próprias demandas. Essa posição de objeto do gozo do outro diz do lugar infantil de objeto privilegiado da mãe ocupado pelo obsessivo. Esse privilégio quase incestuoso e o temor da castração, no obsessivo, aparecem através da culpa. 4º traço – “Ter o lugar”: Rivalidade, competição e desafio, quer substituir o pai (“mata-lo”). Lei do pai à qual é preciso tudo sacrificar x esta Lei deve ser regularmente frustrada e dominada por sua própria conta. Tomar esse lugar diz da energia gasta para atingir o domínio do gozo.
  • 35. Identificação ● Identificação fálica; ● Falha em sua imagem narcísica: o obsessivo não pode perder; mesmo se oferecendo como tudo para o outro, deve tudo controlar para não perder nada, pois a perda de algo remete à castração e à falta; ● Ultrapassar à castração: conquistar o status fálico (gozo sem falta); ● Conflito: ambivalência em relação a Lei do Pai e pregnância da Lei.
  • 36. Sintomas ● Formações obcecantes; ● Isolamento e anulação retroativa (oposição entre amor e ódio); ● Ritualização; ● Racionalização ● Culpa, mortificação, constrição; ● Perseverança e obstinação.
  • 37. “Notas sobre um caso de Neurose Obsessiva”, Freud (1909): ● Apresentava formações obcecantes: medo, impulsos compulsivos e proibições; ● Racionalização; ● Dúvida; ● Antagonismo amor e ódio em relação ao seu objeto de amor (sua dama); ● Culpa e conflito entre ambivalência em relação a Lei do Pai e pregnância da Lei; ● ‘Desejo pela morte do pai’: conflito amor e ódio; pai como impedimento para a realização do seu gozo; pai como autoridade máxima