SlideShare uma empresa Scribd logo
CRESCENTE FÉRTIL
EGITO
a arquitetura do antigo ao novo império
O Grande Templo de Abou Simbel – Lago Nasser, Núbia, Egito.
http://www.routard.com/photos/egypte/24239-le_grand_temple_d_abou_simbel.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
INTRODUÇÃO
A singularidade da estrutura
geográfica do Egito facilita a abstração
e o simbolismo dos conceitos
fundamentais da arquitetura que
considera as três dimensões habituais
que estruturam o Egito como uma
dádiva do Nilo, e o tempo como a
quarta dimensão que torna atemporal
o seu legado, pois lembramos que os
gregos aprenderam com os egípcios, e
todo nós aprendemos com os gregos
(PEREIRA, 2010, p.29).
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CRONOLOGIA DO EGITO ANTIGO E CLÁSSICO
IDADE DOS METAIS
(BRONZE)
IDADE DOS METAIS
(FERRO)
IDADE ANTIGA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
ANTIGO IMPÉRIO MÉDIO IMPÉRIO NOVO IMPÉRIO PERÍODO TARDIO
PERÍODO GRECO-
ROMANO
5.000 – 3.000 a.C. 2.750 – 2.140 a.C. 2.140 - 1.995 a.C. 1.955 – 1.785 a.C. 1.785 - 1.550 a.C 1.550 – 1.070 a.C. 1. 070 - 657 a.C. 657 – 332 a.C. 332 – 30 a.C.
PROTODINÁSTIC
O
(Dinastias I e II)
ANTIGO IMPÉRIO
(Dinastias III a VI)
PRIMEIRO
PERIODO
INTERMÉDIO
(Dinastias VII a X)
MÉDIO IMPÉRIO
(Dinastias XI e
XII)
SEGUNDO
PERIODO
INTERMÉDIO
(Dinastias XIII a
XVII)
NOVO IMPÉRIO
(Dinastias XVIII a
XX)
TERCEIRO
PERIODO
INTERMÉDIO
(Dinastias XXI a
XXV)
ÉPOCA BAIXA
(Dinastias XXVI a
XXXI)
PERÍODO
HELENÍSTICO
(Dinastias
Macedônica e
Ptolomaica)
•Unificação do
alto e baixo Egito
em 3.000 a.C
•Zoser ordenou a
construção da
Pirâmide
escalonada
(degraus) em
Saqqara,
projetada pelo
arquiteto e
vizir Imhotep.
•A IV dinastia
construiu as
grandes
pirâmides.
•Divisão do país. •Capital: Tebas
•Reunificação do
Império.
•Dominação dos
Hicsos.
•Os Hicsos
estavam
sediados em
Tebas e não
dominavam todo
o Egito. Os
últimos
governantes
iniciaram à
expulsão dos
Hicsos.
•Introdução da
metalurgia e das
bigas para 2
pessoas.
•Capital: Tebas
•Hatshepsut
(rainha faraó).
•Akhenaton:
fundador do
culto ao deus
Aton
(monoteísmo)
em detrimento
de Amon.
•Tutankhamon:
Filho de
Akhenaton e
restabeleceu quo
culto aos vários
deuses.
•Ramsés o
Grande, o Faraó
de maior
destaque em
todas as
dinastias
egípcias.
•Divisão do país. •Período das
invasões persa.
•A XXVII dinastia
egípcia é
conhecida como
1º Período Persa.
•A XXXI dinastia
egípcia é
conhecida como
2º domínio
Persa.
•Dinastia
Macedônica (332
– 304 a.C.):
Alexandre o
Grande.
•Construção de
Alexandria.
•Dinastia
Ptolomaica (304
– 30 a.C.): O
imperador
romano Augusto
transformou o
país em mera
província
romana.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
1. Características da ocupação do território egípcio
Imagem que ilustra o Vale do Nilo nas épocas de plantio e cheia. A. De junho à setembro: período de inundações; B. De outubro à fevereiro: período de sementeiras;
C. De março à julho: período de colheita. Fonte:http://historiasetemaia.blogspot.com.br/p/egipto.html
• Linearidade do território como dimensão urbana (Rio Nilo);
• Superfície como dimensão arquitetônica (Planície fértil e deserto);
• O ciclo anual das chuvas gerou uma média de dias que usamos até hoje – 365 dias;
• O cálculo das áreas das terras alagáveis reflete os primórdios da matemática, da arquitetura, da geometria
plana e trigonometria.
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
Mapa do Egito Antigo.
Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/egipcia/mapa-
do-egito.htm
Tanto no Alto Egito como no Baixo Egito, a vida é concebida
subordinada ao deserto, e como uma procissão para a
eternidade.
• No ALTO EGITO a procissão parte do templo, construção
de conteúdo urbano, para a planície do deserto e termina
na entrada da necrópole. Os mortos foram alojados ao
oeste, e os vivos no leste.
• No BAIXO EGITO, a procissão começa a partir da borda do
deserto, e vai se introduzindo no mundo urbano e social
ao viajar através de um roteiro linear e sequencial que
termina na sala sepulcral. Primeiramente os mortos foram
enterrados em casa e mais tarde no complexo funerário,
para os quais se levantaram templos e palácios reais.
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
1. Características da ocupação do território egípcio
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
Os pontos cardeais (axialidade) nos dão como resultado o
sentido de orientação egípcia na implantação arquitetônica,
que é dado pela relação do homem com o seu deus . O
conceito sagrado de orientação, etimologicamente falando é:
ORIENTAÇÃO SIGNIFICA ETMOLOGICAMENTE VOLTAR-
SE PARA O ORIENTE, LOCALIZAR O NASCER DO SOL.
• NORTE – SUL (rio Nilo) – EIXO LONGITUDINAL - nasce no
sul e morre no norte;
• LESTE – OESTE (nascente e poente do sol) – EIXO
TRANSVERSAL – simbolismo da vida e da morte – margem
oriental do Nilo é a vida e a ocidental é a morte.
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
2. Horizontal e Vertical
Orientação e axialidade.
Fonte PEREIRA, 2010, p.32.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O simbolismo da relação entre o poente e o nascente do
sol é primordial para compreendermos as formas de
implantação das cidades e construções egípcias.
Direção dos pontos cardeais.
Fonte: http://profprocop.blogspot.com.br/2011/03/pontos-
cardeais.html
OESTE = POENTE = MORTE
Lugar de morada dos mortos (necrópoles)
LESTE = NASCENTE = VIDA
Lugar de morada dos vivos (templos)
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
2. Horizontal e Vertical
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
2. Horizontal e Vertical
“(...) o arado vai abrindo sulcos paralelos
que definem parcelas mais ou menos
retangulares na sua forma. As sociedades
agrícolas necessitam um sistema simples de
parcelamento do solo para a delimitação
das plantações e das propriedades rurais;
assim como um sistema de tecido urbano
para o reparcelamento e a remarcação
depois de um transbordamento ou de uma
cheia. A TRAMA RETILÍNEA satisfaz tudo
isso e permite planejar o uso do território”
(PEREIRA, 2010, pp.32-33).
Ilustração de uma fazenda egípcia.
Fonte: http://acortedoslivros.blogspot.com.br/2013_05_01_archive.html
Ilustração do processo de semeadura no Egito Antigo.
Fonte: http://www.fascinioegito.sh06.com/agricola.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
2. Horizontal e Vertical
Da combinação desses dois eixos, norte – sul e leste –
oeste, origina a RETÍCULA (chamada de QUADRICULA se
ambos os eixos se cortam perpendicularmente), o qual,
por sua vez define o plano horizontal (PH).
• PLANO HORIZONTAL – origem da arquitetura
como elemento orientado. A arquitetura parte
do PH e se baseia na distinção entre ele e o
resto de espaço.
Com o arado o homem traça as primeiras linhas retas
sobre o solo (papel simbólico no processo de
urbanização). Esta ideia é aplicada a arquitetura.
Reticula e quadrícula no templo funerário de Ramsés II (Ramesseum, 1.300 a.C.), em Tebas.
Fonte: http://leccionesdesignprofdiezdelcorral.blogspot.com.br/2012_03_01_archive.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
2. Horizontal e Vertical
• DIRETRIZ VERTICAL – a direção vertical é
resultado da relação do plano horizontal em
que estamos com a abóbada celeste, ou
seja, da realidade com o infinito, ou seja.
Além da relação mítica-mágica, a relação vertical
também faz parte do início da arquitetura.
HORIZONTAL É A LINHA DE REPOUSO
(funcional)
VERTICAL É A LINHA DE MOVIMENTO
(simbólico)
Ambas se combinam em um ângulo reto que junto
com as linhas, adquire valor na arquitetura.
A esfera celeste (base para o entendimento sobre os conceitos topográficos
de zênite e nadir.
Fonte: http://www.cosmobrain.com.br/rc/cap1.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
A combinação da linha horizontal com a vertical e o ângulo reto resulta no triangulo
retângulo (atração mágica). Como consequência na arquitetura, a axialidade e a
simetria se colocam de forma complexa como princípios de organização espacial.
Estaqueamento do solo pelo método da triangulação para demarcação de terras.
Fonte:
O triângulo pitagórico.
Fonte: http://fisicaempratica.wordpress.com/category/matematica/
2. Horizontal e Vertical
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
3. Axialidade e Simetria
A simetria no Egito é resultado da relação com a linearidade do Nilo que se impõe como um
EIXO do percurso humano e que determina a vida.
• EIXO – é uma linha imaginária com a qual todos os pontos de uma superfície,
volume ou espaço mantêm uma determinada relação. No Egito, do eixo surge a
axialidade ↔ simetria.
Os eixos de simetrias das principais figuras geométricas. Observar que para o egípcio a composição simétrica guardava o simbolismo vital do Nilo.
Fonte: http://ajudaalunos.blogspot.com.br/2011/10/simetria.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
3. Axialidade e Simetria
Tipos de simetria:
1. SIMETRIA AXIAL OU BILATERAL: resulta do uso vertical como princípio de organização.
2. SIMETRIA TRANSLATIVA OU SÉRIE: resulta da repetição rítmica das formas (remonta à
pré-história) criando uma ordem compositiva.
l'estampte Jour et Nuit (1938).Obra de M.C. Escher que apresenta tanto a simetrial axial
como a translativa ou série.
Fonte: http://greensleevestoaground.wordpress.com/2010/04/01/m-c-escher-en-italie/
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
3. Axialidade e Simetria
Os conceitos geométricos da arquitetura egípcia, exemplificados na seção longitudinal e na planta do templo de
Consu, em Carnac.Simetria axial e em série.
Fonte: PEREIRA, 2010, p.34.
A REPETIÇÃO
DAS COLUNAS
DO SALÃO
HIPOSTILO
REPRESENTA A
SIMETRIA EM
SÉRIE
O EIXO
LONGITUDINAL
QUE REBATE A
FORMA DO
TEMPLO
REPRESENTA A
SIMETRIA
AXIAL
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA
NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE
4. Características compositivas da arquitetura egípcia
ORTOGONALIDADE
(CONBINAÇÃO PERPENDICULAR ENTRE EIXOS)
HORIZONTAL ↔ VERTICAL
(LINHA TERRENA DA PROCISSÃO – LINHA DIVINA DA ASCENSÃO)
SIMETRIA ↔ AXIALIDADE
(EIXO E REPETIÇÃO)
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O JOGO PLÁSTICO DAS FORMAS
A essência da forma pura vista pelo jogo de luz e
sombra é característica da arquitetura egípcia,
fundamentada pelo exercício da geometria plana e
espacial que articulam planos e diretrizes de simetrias.
ESPAÇO FÍSICO X ESPAÇO ARQUITETURAL
• ESPAÇO FÍSICO – Trata das três dimensões,
ou seja, a arquitetura como plástica pura.
• ESPAÇO ARQUITETURAL – Trata das três
dimensões e inclui o tempo como quarta, ou
seja, a arquitetura como um percurso
histórico contextualizado.
1. O jogo plástico das formas sob a luz
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
A forma sob a luz. Fonte:
http://eldesvandelpoeta.ning.com/group/egipto/forum/topics/arquitectura-
funeraria
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
No Egito é evidente a QUINTA DIMENSÃO, A LUZ,
que revela a forma, e que ainda é entendida
como simbólica na obra arquitetônica.
O JOGO PLÁSTICO DAS FORMAS
“LE CORBUSIER DEFINE A ARQUITETURA COMO UM JOGO DE VOLUMES SOB A LUZ: “o jogo sábio,
correto e magnífico dos volumes reunidos sob a luz”. E acrescenta: “Nossos olhos foram feitos
para ver as formas sob a luz; as sombras e os claros revelam as formas; cubos, cones, esferas
cilindros ou pirâmides são as grandes formas primárias que a luz revela com clareza; suas
imagens não são nítidas e tangíveis sem ambiguidade. Esta é a razão pela qual elas são as formas
mais belas. Esta é a verdadeira essência das artes plásticas”” (PEREIRA, 2011, pp.38-39)
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. O jogo plástico das formas sob a luz
O TEMPO
(a quarta dimensão)
A LUZ
(a quinta dimensão)
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA EGÍPCIA
MONUMENTALIDADE
HORIZONTALIDADE
ARQUITETURA ARQUITRAVADA
TETO ABOBADADO
(NÃO USAVAM O ARCO)
ARQUITETURA LÍTICA
(USARAM INICIALMENTE A MADEIRA, O ADOBE, E O
LADRILHO DE INFLUÊNCIA MESOPOTÂMICA)
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. Características construtivas da arquitetura egípcia
Detalhe do Templo de Karnak.
Fonte:
http://www.routard.com/photos/egypte/22
441-temple_de_karnak.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
As primeiras construções egípcias foram
as habitações e as funerárias.
Em relação as habitações, estas se
diferenciam em: residência para a
população agrícola; população de
pastores; e, e de caçadores.
Aquele que cultivava era sedentário e
precisava de uma habitação mais sólida,
estável e protegida contra as inundações;
a nômade (pastoreio e caça) necessitava
de um programa mínimo e tinha sua
estrutura móvel e feita com troncos,
ossos e peles de animais.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. Construção residencial
Casa típica egípcia nos dias atuais.
Fonte: http://apuntes.quijost.com/telocuento_old/web/egipto/aldea_vivienda.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
As primeiras habitações aproveitavam a
declividade do vale e eram feitas de barro
apisoado. Mais tarde a planta da habitação assume
a forma de um retângulo (5,5 x 4,0m) e ganha o
SETOR COMUM E O PRIVADO.
No Antigo Império é comum a planta em forma de
“L” com duas entradas. Entrava-se em um pátio
quadrado e com colunata através de uma porta
centrada, e ao redor se organizava a casa. As
janelas eram extremamente altas e pequenas, pois
tinham unicamente a função de ventilação e
iluminação.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
Transformaçãoda habitação egípcia entre 3.500 e 2.600 a.C. A casa pátio no Egito.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerroman
o/fotoegipto/Figura3.JPG
1. Construção residencial
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O pátio interno também servia como horta.
Eram frequentes casas com terraços e as
coberturas eram feitas com troncos de
palmeiras entrelaçadas com esteiras de junco
e sobre estes, uma camada de barro.
As casas melhores tinham muro em peças de
adobe, e as vigas de madeira eram mais
próximas. Este método foi aplicado nos
palácios, pois a pedra estava reservada para as
edificações concebidas para o espírito.
A casa pátio típica na Mesopotâmia
também ocorria no Egito.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
Habitação egípcia de 2.100 a.C.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegi
pto/Figura3.JPG
1. Construção residencial
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
A enorme atividade construtiva
impulsionou a criação de povoados de
trabalhadores e agrupamentos setoriais de
casas alinhadas e com plantas repetidas
(habitação funcional – vilas operárias).
A Vila de Deir el-Médina é uma das mais
conhecidas e estava destinada para a
moradia dos artesões e construtores
designados para edificar as tumbas reais
durante o Novo Império. A vila se situa no
caminho que leva do Remesseum ao Vale
das Rainhas.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. Construção residencial
Vista da Vila de Deir el-Médina.
Fonte: http://12121.hostinguk.com/medina.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. Construção residencial
SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO
ARQUEOLÓGICO DO VILAREJO DE DEIR EL-
MÉDINA COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
Fonte:
http://www.narmer.pl/teby/medina_en.htm
CEMITÉRIO
OESTE
CEMITÉRIO
LESTE
TEMPLO DE
HATOR
CEMITÉRIO
RAMESIDA
VILA
OPERÁRIA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. Construção residencial
A vila tem uma rua principal,
e cerca de 70 moradias
dentro das muralhas, mais
um adicional de 50 edifícios
exteriores. As casas
possuíam uma sala de
recepção, uma segunda
sala de estar, quarto e
cozinha com adega e
escadas, além de um
terraço para dormir. Planta típica e perfil da casa operária (tipologia em linha) de Deir El-Medina (XVIII – XX Dinastias).
Fonte: http://www.encyclopedie.bseditions.fr/article.php?pArticleId=34&pChapitreId=21352&pArticleLib=Deir+el-
Medineh+%5BLes+principaux+sites+de+l%92Egypte+ancienne%5D
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
RUA
SALA DE
RECEPÇÃO
SALA DE ESTAR
TERRAÇO
DESPENSA
QUARTO DE
DORMIR
COZINHA
ADEGA
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O uso de blocos de adobe proporcionou a evolução das
construções funerárias tanto em Menfis (capital do
Baixo Egito) como em Abidos (capital do Alto Egito), pois
foi a construção de muretas com tais blocos que
permitiu controlar o processo de escavação até as
MASTABAS.
Inicialmente os túmulos eram pequenas escavações no
deserto marcadas por um montículo de pequenas
pedras (3.400 a.C.).
AS PRIMEIRAS MASTABAS (3.000 a.C.) eram
construções em blocos de adobe que se mantinham
subterrâneas, mas que eram marcadas por
plataformas. A cobertura era feita com troncos e barro.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
2. Construção funerária
Ilustração das primeiras construções funerárias do Egito: Dos montículos às
primeiras mastabas.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerro
mano/fotoegipto/Figura5.JPG
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
A MASTABA da II dinastia (2.880 a.C.) teve sua planta transformada. Construída em tijolo,
possuía planta retangular e uma antessala a partir da qual se podia acessar a câmara
subterrânea através de um poço. Suas paredes se erguiam em talude e o teto era ligeiramente
abobadado. Este tipo de edificação foi comum no delta do Nilo (Baixo Egito). O interior é
decorado com mármores, baixos relevos e pinturas que faziam referência a cenas da vida eterna.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
2. Construção funerária
Mastaba típica do Antigo Império.
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura5.JPG
Mastaba da III Dinastia, Perto das aldeias de Mahansa e
Reqaqna, um pouco ao sul de Sohag. Fonte:
http://egyptsites.wordpress.com/2009/02/12/beit-
khallaf/
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
Com Zoser, rei da III Dinastia a arquitetura funerária dá um salto que
irá transformar toda a concepção arquitetônica. Este rei solicitou os
serviços do seu administrador geral, IMHOTEP, que ficou conhecido
como o primeiro arquiteto da história da humanidade, para construir
seu templo funerário em Saqqara.
Imhotep construiu a PIRÂMIDE ESCALONADA DE SAQQARA
(2.760 a.C.) a partir de uma mastaba retangular com câmara
subterrânea e em blocos de adobe. Progressivamente foi
aumentando o templo e à mediada que o fazia, entendeu
que seria melhor fazê-lo em blocos de pedra.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
2. Construção funerária
A tradição diz que Imhotep fundou a escola de arquitetura, quando, sob sua administração construiu a primeira pirâmide de pedra no Egito. As mastabas representavam a escada
simbólica que a alma do faraó tem que subir, (após a morte), a fim de entrar no reino espiritual do rei sol – RA.
Fonte: http://www.vopus.org/en/gnosis/great-characters/imhotep-master-of-sciences.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
2. Construção funerária
SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO COMPLEXO DE
ZOSER COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
Fonte:
http://www.odysseyadventures.ca/articles/saqqara/saqqara_text.htm
PIRÂMIDE
ESCALONADA
TEMPLO
FUNERÁRIO
ENTRADA
Ilustração trimensional do
complexo de Zoser.
Fonte:
http://www.quadernsdigit
als.net/egipto/Tumbas/eg
ipto.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
Evolução das medidas de M1, M2, M3, P1, P1' e P2 de Zoser
Mastaba M1 Mastaba M2 Mastaba M3 Pirâmide P1 Pirâmide P1' Pirâmide P2
Dimensões da
base
63 m × 63 m 71,5 m × 71,5 m 79,5 m × 71,5 m 85,5 m × 77 m 119 m × 107 m 121 m × 109 m
Altura 8 m 8 m, 7 m 8 m, 7 m, 5 m 42 m 60 m 62 m
Fundação
Placas
horizontais
Placas
horizontais
Placas
horizontais
Placas diversas Placas diversas Placas diversas
Altura dos
blocos de
alvenaria
0,30 m 0,30 m 0,30 m 0,38 m 0,52 m 0,52 m
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
A forma tinha quase 100 metros de base por 60 de altura, e suas faces eram conformadas como
triângulos isósceles. Com a pirâmide de Zoser nasce o período da história egípcia conhecido como
o “ETAPA DAS PIRÂMIDES” (2.680 – 2.260 a.C.), e que finaliza com a invasão dos Hicsos (Segundo
Império Intermédio).
2. Construção funerária
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
Fonte:
http://ww2.mariomarcia.com/?folio=7POYGN0G2
2. Construção funerária
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Saqqara
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
3. Pirâmides
LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS PIRÂMIDES DO
ANTÍGO IMPÉRIO EGÍPCIO SOBRE IMAGEM DO
GOOGLE EARTH.
LESTE DO RIO NILO = ORIENTE
MORADA DOS VIVOS
OESTE DO RIO NILO = OCIDENTE
MORADA DOS MORTOS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
A PIRÂMIDE DE MEIDUM ou FALSA PIRÂMIDE se encontra em El Fayum, pois foi construída como
escalonada e revestida com pedra calcária. Esta é a primeira pirâmide de faces lisas e foi iniciada
pelo último faraó da III dinastia, e acrescida por Sneferu. A pirâmide media 147 metros de base e
93,5 de altura (estado atual 65 metros).
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
3. Pirâmides
Vista sul-norte da pirâmide de Meidum.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Meidoum-coupe.jpg
Ruídas da pirâmide de Meidum.
Fonte: http://pietonnecairote.wordpress.com/2008/06/03/abousir-et-
meidoum/
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
As pirâmides representam o apogeu plástico da expressão arquitetônica egípcia atingida no
Antigo Império. A PIRÂMIDE CURVADA DE SNEFERU, faraó da IV dinastia, mede cerca de 190 de
base por 102 de altura. Ela tem este nome por ter suas faces quebradas em dois ângulos, o plano
mais baixo possui uma inclinação de 52° e o superior de 42°. A alteração do ângulo foi uma
medida tomada pelos construtores depois do colapso da pirâmide de Meidum.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
3. Pirâmides
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
3. Pirâmides
Vista da Pirâmide Vermelha.
Fonte: http://nefertary.unblog.fr/category/pyramide-rouge/
A PIRÂMIDE VERMELHA é a maior das três
pirâmides localizadas no complexo funerário de
Dahshur, e a terceira maior do Egito. Acredita-se
que foi a primeira verdadeira pirâmide com os
lados lisos.
Ela também foi construída durante o reinado
do faraó Sneferu, e alguns sugerem ter sido local
de seu descanso final. Ela possui base quadrada
de 220 m de lado, o mesmo ângulo raso de 43º
da seção superior da pirâmide curvada, e atinge
ap. 105 m de altura.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
Cem anos depois da construção de Imhotep, iniciou-se em Gizé, com a IV dinastia, a construção do
COMPLEXO DAS PIRÂMIDES DE QUÉOPS, QUEFRÉN E MIQUERINOS, as pirâmides menores
destinadas as rainhas, diversos templos fúnebres, e a colossal esfinge junto ao templo de Quefrén.
Todas estão orientadas segundo os pontos cardeais. No seu interior prepondera a ausência de
espaço interno, que está limitada a uma pequena câmara sepulcral. O plano Vertical e
horizontal formam um sistema simbólico parte de um espaço ortogonal absoluto e
abstrato.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
3. Pirâmides
Vista panorâmica da necrópole de Gizé.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Robarmitagepyrammids.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
3. Pirâmides
SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO GIZÉ COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
Fonte: http://antikforever.com/Egypte/Pyramides/Guizeh.htm
PIRÂMIDE
DE QUÉOPS
PIRÂMIDE
DE QUEFRÉN
PIRÂMIDE DE
MIQUERINOS
ESFINGE
PIRÂMIDES
DAS RAINHAS
PIRÂMIDES
DAS RAINHAS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
A PIRÂMIDE DE QUÉOPS OU KHUFU é a maior
e tem base de quadrada de 227 m e altura de
146,60 m. Se observarmos de frente cada face
da pirâmide percebemos somente um triangulo
isósceles (sem profundidade) com inclinação
ap. de 52° 10'. Ela foi construída e revestida
por fora de uma camada de pedras calcárias
lisas. A fachada externa da pirâmide, conforme
o historiador grego Heródoto, estava coberta
com gravuras e inscrições hieroglíficas. Os
quatro lados da pirâmide correspondem
relativamente com os quatro pontos cardeais.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
3. Pirâmides
Perfil da Grande Pirâmide.
Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/piramide2.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
Os trabalhos de orientação para implantação
da base das pirâmides se valia de muros
posicionados na ortogonal, que serviam para
referenciar os movimentos dos astros (estrela
siriús). Os alinhamentos eram feitos com
cordas com 12 partes que combinados em
ângulos representavam o triangulo pitagórico
de razão 3:4:5 (Pitágoras morou no Egito). Já o
nivelamento usava canais que corriam entre os
muros (parecido com um nível de bolha atual).
3. Pirâmides
Muros usados para implantar as bases das pirâmides, com os canais de nivelamento.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/foto
egipto/Figura10.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O TEMPLO FUNERÁRIO e o TEMPLO RITUAL são representativas do Império Médio e do Império
Novo. Estes templos determinam duas constantes fundamentais: A SIMETRIA AXIAL E O SISTEMA
DE PÓRTICO (PILARES E VIGAS). Dentre diversos, destacam-se: Templo de Amon em Luxor; Templo
de Amon em Karnak, construído sobre as ruínas de outro templo iniciado da XII dinastia;
Ramesseum; Templo de Seti em Abidos; Templo de Consu em Karnac. No período Ptolomaioco:
Templo de Hórus em Edfu (230 a.C.) e Templo de Hathor em Dendera (100 a.C.).
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
4. Templo
Vista lateral do Templo de Luxor.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Luxor,_Medinet_Habu,_Egypt,_Oct_2004_A.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
4. Templo
RELAÇÃO ENTRE AS MARGENS ORIENTAL E OCIDENTAL
DO RIO NILO SOBRE IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
LESTE = ORIENTE
TEMPLOS RITUAIS
OESTE = OCIDENTE
TEMPLOS FUNERÁRIOS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
O templo funerário chamado HIPOGEU é uma câmara
funerária escavada, e que aparece no exterior em uma bela
fachada esculpida diretamente na montanha. Diversos
exemplares são encontrados no Vale de Deir el-Bahari , onde
existia a vila operária.
O TEMPLO HIPOGEU DE ABOU SIMBEL é um templo
construídos pelo faraó Ramsés II (XIX dinastia), dedicados
ao seu culto como deus e de sua esposa Néfertari. Situa-se
ao norte do lago Nasser no alto Egito.
Nos anos 1960, com a construção da barragem de Assuã, o
templo ficaria submerso, com isso, a UNESCO empreendeu
uma grande obra de engenharia para deslocamento do
mesmo.
Obra de reconstrução do templo de Abou Simbel.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Abusimbel.jpg
4. Templo funerário (ocidente)
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
4. Templo funerário (ocidente)
LOCALIZAÇÃO DE ABOU SIMBEL SOBRE IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
Reconstrução de Abou Simbel.
Fonte: http://egyptologie.monipag.com/2011/02/21/le-barrage-
dassouan-et-ses-consequences/
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
Perfil do templo de Abou Simbel reconstruído sob colina artificial.
Fonte: http://www.bubastis.be/voyage/nubie/plans/abou01.html
Planta do templo de Abou Simbel reconstruído sob colina artificial.
Fonte: http://historiadelarte.skyrock.com/1240874582-Tema-2-Arte-Egipcio.html
4. Templo funerário (ocidente)
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
Vista do Templo de Hatshepsout.
Fonte: http://www.sofiaoriginals.com/oct529dehir.htm
Os TEMPLOS HIPOGEUS DE MENTUHOTEP I e O TEMPLO DE HATSHEPSOUT, a faraó mulher (XII
dinastia) que foram construídos pelo arquiteto Senmut em pedra, estão situado no Vale dos Reis. A
característica compositiva principal do hipogeu é a linearidade da planta que expressa uma
edificação que se desenvolve através da simetria axial e em série.
4. Templo funerário (ocidente)
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
4. Templo funerário (ocidente)
Planta do Templo de Hatshepsout. Observar simetrias axial e em série.
Fonte: http://nefertari789.over-blog.com/article-decouvre-ce-qui-se-cachait-sous-le-
puzzle-60806970.html
SETORIZAÇÃO DO TEMPLO DE HATSHEPSOUT
1. Primeiro pátio;
2. Primeira rampa;
3. Primeiro pórtico;
4. Segundo pátio;
5. Tumba de Senmout;
6. Segunda rampa;
7. Pórtico “protodórico”;
8. Segunda rampa;
9. Terceiro pórtico;
10. Capela de Anúbis;
11. Templo solar;
12. Santuário de Hatshepsout e de Thoutmosis I;
13. Terceiro pátio;
14. Capela de Hator;
15. Santuário de Amon.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O RAMESSEUM é o templo funerário
do faraó Ramsés II. Situado na margem
ocidental do Nilo estava dedicado ao
Deus Amon e ao próprio faraó. O templo é
famoso pela estátua colossal de Ramsés em
posição sentada (da qual apenas restam
fragmentos). Nas paredes do templo foram
representados eventos como a Batalha de
Kadesh e a celebração da festa do Deus Min,
assim como uma procissão dos numerosos
filhos do faraó.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
4. Templo funerário (ocidente)
Vista aérea do Ramesseun atualmente.
Fonte: http://www.culture.gouv.fr/fr/arcnat/thebes/fr/framintro.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
4. Templo funerário (ocidente)
SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO RAMESSEUN COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
Fonte: http://ramesseum.pagesperso-orange.fr/descript.htm
TEMPLO PRINCIPAL
PALÁCIO REAL E OS
APARTAMENTOS
TEMPLO DE
MOUT-TOUY E
DE NEFERTARI
ANEXOS
CONSTRUÍDOS
COM ADOBES
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
Fonte: http://saelicessegobriga.blogspot.com.br/p/historia-del-arte.html
DA MASTABA AO HIPOGEU: A EVOLUÇÃO DAS TUMBAS REAIS NO EGITO ANTIGO
Mastaba Pirâmide escalonada Pirâmide de Gizé Hipogeu
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
4. Templo funerário (ocidente)
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
Com o novo império e a reunificação do Egito na
XVIII dinastia, inicia-se uma fase de grandes
construções que vai até o período Ptolomaico.
Os centros eram as cidades de Luxor, Tebas e
Karnak.
O TEMPLO DE AMON EM LUXOR é um dos
melhores modelos para estudar a tipologia
construtiva dos templos egípcios. Este esta
situado um pouco mais de 2 km do Templo de
Karnak e estão unidos por um DROMOS
(caminho em grego) ladeado por 700 esfinges
com cabeças de cordeiros.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
5. Templo ritual (oriente)
Vista aérea do templo de Amon em Luxor na atualidade.
Fonte: http://www.altawfiktravel.com/cities/city-of-luxor
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
5. Templo ritual (oriente)
SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO
DE LUXOR COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
Fonte:
http://iessonferrerdghaboix.blogspot.com.br/2011/11/comenta
rio-templos-de-karnak-y-luxor.html
DROMOS QUE SEGUE PARA KARNAK
GRANDES PILONOS DE RAMSÉS II
PÁTIO PERISTILO DE RAMSÉS II
PILONO E COLUNATA À AMONHOTEP III
PÁTIO PERISTILO DE AMONHOTEP III
SALÃO HIPOSTILO
SANTUÁRIO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
Através do dromos se atinge os
PILONOS (pórtico com duas torres
simétricas) simbolicamente expressa a
verticalidade que atinge o céu. Em
frente, o OBELISCO que é a
representação formal do sentido de
verticalidade na arquitetura Egípcia
(menir antigo). Esbelto e longilíneo
também procura atingir o céu, e ao
mesmo tempo é coroado por um
PIRAMIDIÃO, que representa o sol
orientado pelas quatro direções
horizontais (quatro faces da pirâmide).
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
5. Templo ritual (oriente)
Vista dos pilonos e do obelisco após o dromos na atualidade.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Louxor_dromos_%26_pyl%C3%B4ne.JPG
PILONO
OBELISCO
DROMOS
PIRAMIDIÃO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
5. Templo ritual (oriente)
Vista do pátio peristilo de Ramsés II atualmente.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Luxor_Temple_R04.jpg
PILONO
PÁTIO
PERISTILO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O COMPLEXO DE KARNAK, É um complexo religioso que
contém um conjunto de templos dedicados,
fundamentalmente, à Tríade de Tebas; Amon, Mut, e Consu,
junto a outras divindades egípcias. O lugar era chamado de
Ipet-Sut, que significa “o melhor de todos os lugares”.
O complexo foi construído e reconstruído no transcorrer de
ap. 2.000 anos, sucessivamente pelos faraós Sésostris I no
Império Médio, até a época Ptolomaica. Ocupa uma área
média de 2,0 km², e é o maior complexo religioso de toda a
antiguidade.
Os templos em destaque no complexo são: de Amon-Rá; de
Mut; de Consu; de Ipyt (no canto sul); de Petah; de Osíris; e, de
Atón (que foi destruído, e estava no lado leste).
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
5. Templo ritual (oriente) Imagem aérea do Complexo de Karnak.
Fonte: http://www.passion-egyptienne.fr/Karnak%201.htm
TEMPLO
DE AMON
LAGO
SAGRADO
DROMOS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
5. Templo ritual (oriente)
Planta de setorização do complexo de karnak dedicado à divina trindade egípcia. Fonte: http://destinoinfinito.com/karnak/
DROMOS DROMOS
LAGO SAGRADO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
COMPLEXO CONSUCOMPLEXO DE
MONTU
COMPLEXO DE MUT
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
Ampliação ilustrada do Complexo de Consu em Karnak.
Fonte: www.picstopin.com
SALÃO
HIPOSTILO
LAGO
SAGRADO
DROMOS
DROMOS
OBELISCOS
PÁTIO
PERISTILO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
5. Templo ritual (oriente)
PILONOS
PILONOS
PILONOS
PILONOS
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
5. Templo ritual (oriente)
RELAÇÃO ENTRE OS COMPLEXOS DE LUXOR E KARNAK SOBRE IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
LESTE = ORIENTE
TEMPLOS RITUAIS
OESTE = OCIDENTE
TEMPLOS FUNERÁRIOS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
A construção mais conhecida deste complexo é
a SALA HIPOSTILO edificada no tempo dos
faraós Séti (1.312 – 1.298 a.C) e Ramsés II, a
partir da nave central, iniciada no reinado de
Amenófis III. Esta sala, com 102 metros de
largura e 53 metros de profundidade, era o
lugar onde se preparavam as oferendas. Tinha
134 colunas dispostas em 16 filas (SIMETRIA
EM SÉRIE), com um corredor central de 24
metros de altura, sustentado por colunas que
chegavam a ter 3,57 metros de diâmetro.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
5. Templo ritual (oriente)
Salão Hipostilo do templo de Amon em Karnak.
Fonte: http://www.dimedondeir.com/2009/10/templo-de-karnak-el-mas-grande-de-
egipto/
ARQUITRAVE
(SISTEMA ADINTELADO OU TRILÍTICO)
COLUNA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O teto seria sustentado por
arquitraves com 70 toneladas. As
janelas com grades de pedras
alinhadas no cimo da nave central
ligavam os dois níveis de tetos,
possibilitando a entrada de um
pouco de ar na sala.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
5. Templo ritual (oriente)
Composição estrutural do templo de Amon em Karnak.
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/11_prerromano/c1121.htm
Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wi
ki/File:Karnak-Hypostyle8.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CONSTRUÇÕES E MATERIAIS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
5. Templo ritual (oriente)
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
Passeio virtual por Tebas, com DESTAQUE PARA OS COMPLEXOS DE TEMPLOS RITUAIS
DE KARNAK E LUXOR NA MARGEM DIREITA (LESTE) DO NILO E O TEMPLO FUNERÁRIO
RAMESSEUN NA MARGEM ESQUERDA (OESTE) DO NILO.
VIDEO 1_AULA 8_ TEBAS, RECREACION DE LA ANTIGUA CAPITAL DE EGIPTO.wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Z_hr2CDG-ic
SUGERIDO_Karnak.wmv (em inglês)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ROg1-enJEms
OS ELEMENTOS
As formas das composições estruturais no Egito basearam-se nos recursos naturais do
país. As hastes dos papiros foram amarradas para fazer os primeiros suportes
(COLUNAS), e os muros foram coroados com palmas e com flores de lótus (CAPITEIS).
Estes formas foram transladadas para a construção.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
1 - Papiro. Fonte: http://www.larousse.fr/encyclopedie/divers/papyrus/76641
2 - Palmeira Medemia argun. Fonte: http://www.rarepalmseeds.com/pix/MedArg.shtml
3 - Flor de lótus. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nymphaea_lotus_1.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Fonte: http://www.sandrashaw.com/AH1L24.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Fonte: http://www.sandrashaw.com/AH1L24.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Coluna modelo.
Fonte: http://ushebtisegipcios.blogspot.com.br/2011/05/tipos-de-columnas.html
BASE:
do latim base (planta do pé), é o ponto de ligação do fuste com o pedestal ou
pavimento do edifício. Surge inicialmente como uma simples placa de pedra,
consequência da necessidade de evitar que a humidade do chão danificasse as
primeiras colunas de madeira.
FUSTE:
é a parte da coluna entre o capitel e a base, ou seja, é o próprio apoio. Do
latim fuste (pau de madeira), ele pode ser monolítico ou constituído por
diversas pedras chamadas tambores. Caso a coluna só apresente fuste, o
extremo inferior deste designa-se imoscapo e o superior sumoscapo.
ARQUITRAVE:
trave horizontal que se apoia em duas (trilítico) ou mais colunas.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Coluna modelo.
Fonte: http://ushebtisegipcios.blogspot.com.br/2011/05/tipos-de-columnas.html
CAPITEL:
latim capitellum diminutivo de caput (cabeça, extremidade), faz a união entre o
elemento vertical (fuste) e horizontal (arquitrave) de características estáticas
muito diferentes. Assim, o capitel não só soluciona problemas técnicos como
assume, acima de tudo, papel estético, sendo normalmente a parte mais
trabalhada da coluna, a parte mais característica de uma dada ordem ou estilo.
ÁBACO:
do grego abax que significa prancha, e do latim abacus refere-se
em arquitetura ao elemento sobre o capitel de uma coluna onde apoia
a arquitrave ou de onde parte um arco. Este elemento é geralmente achatado e
mais largo que o capitel, pois a sua função principal é servir de base de apoio
ao peso exercido pelo elemento superior.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
a. CAMPANIFORME OU PAPIRIFORME ABERTA:
É composta de fuste liso, normalmente decorado com inscrições e um capitel em
forma de flor de papiro aberta.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Ramesseun. Imagem do capitel
papiriforme aberta.
Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:
Luxor,_West_Bank,_Ramesseum,_colum
n_top_decorations,_Egypt,_Oct_2004.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
b. CAMPANIFORME OU PAPIRIFORME FECHADA:
Tem o fuste fasciculado e um capitel em forma flor de papiro fechado.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Templo de milhões de anos dedicado a Ramsés III.
Imagem do capitel papiriforme fechada.
Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Egypt.Medi
netHabu.02.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
c. PALMIFORME OU DACTILIFORME:
Fuste liso, base circular e capitel em forma de ramos de palmas levantadas.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Templo de Edfu construído na dinastia
Ptolomaica. Imagem do pórtico
composto por colunas palmiformes.
Fonte: http://www.encyclopedie-
universelle.com/abaque-architecture1-
introduction.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
d. LOTIFORME:
Fuste fasciculado formado por quatro ou seis talhos de lótus de seção
semicircular. O capitel é formado pelas quatro ou seis flores dos talos.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Templo de Luxor. Imagem do salão hipostilo
composto por colunas lotiformes fechadas.
Fonte: http://nimouria.perso.infonie.fr/prog1.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
e. HATÓRICA OU COLUNA SISTRO:
Capitel é formado por um pedaço de pedra que descansa sobre a cabeça da deusa
Hator.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Templo de Isis, um complexo de templos construído
na ilha de Philae na época de Nectanebo I, sendo
sobretudo uma obra da era Ptolomaica (305 a 30
a.C.). Imagem do capitel hatórico.
Fonte: http://www.passion-
egyptienne.fr/Philae.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
f. CAPITEL ESTRIADO OU COLUNA ESTACA:
Fuste liso e capitel com estrias. O seu uso não é corrente.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Salão de festivais do Templo de milhões
de anos do complexo de Karnak. Imagem
do capitel.
Fonte:
http://ancienegypte.fr/akhmenou/page2
.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
g. PROTODÓRICA:
Uma coluna de fuste canelado semelhante à Dórica Grega.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
1. As colunas
Coluna protodórica na entrada do complexo de Zoser em Saqqara(III dinastia).
Fonte: http://www.sofiaoriginals.com/oct521teoriaconstruccion2.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
2. Carpintaria Egípcia
Composição da carpintaria egípcia. Fechamento com palha.
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura26.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
3. Os processos construtivos
Transporte dos blocos de pedras por trenós.
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura29.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
3. Os processos construtivos
A construção do templo por aterramento.
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura30.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
3. Os processos construtivos
Sistema estrutural adintelado. Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura34.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS ELEMENTOS
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
A construção do obelisco.
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura36.jpg
3. Os processos construtivos
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
VÍDEOS SUGERIDOS
1. A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA (DUB) - PARTE 1 DE 2:
https://www.youtube.com/watch?v=ZXLDJ13lCBg
2. A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA (DUB) - PARTE 2 DE 2:
https://www.youtube.com/watch?v=Qg0JkytlEsw
3. CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - EPISODIO 02 – EGITO:
https://www.youtube.com/watch?v=hFwcOaIz0PU
4. PLANETA EGITO - PARTE 01 - O NASCIMENTO DE UM
IMPÉRIO:
https://www.youtube.com/watch?v=4BumfUXz6sk
5. PLANETA EGITO - PARTE 02 - FARAÓS EM GUERRA:
https://www.youtube.com/watch?v=0AXiTHi0Khc
6. PLANETA EGITO - PARTE 03 - TEMPLOS DO PODER:
https://www.youtube.com/watch?v=2HafGjebJW8
7. PLANETA EGITO - PARTE 04 - A BUSCA DA ETERNIDADE:
https://www.youtube.com/watch?v=XrUUzKc-cOE
8. DISCOVERY CHANNEL - LEGADOS DO EGITO - EP.2: AS
PIRÂMIDES:
https://www.youtube.com/watch?v=wFk4H5maBag
9. DISCOVERY CHANNEL - LEGADOS DO EGITO - EP.3:
CENTROS URBANOS:
https://www.youtube.com/watch?v=iWilHPRZdEI
10. EGITO REVELADO - RAMSÉS II:
https://www.youtube.com/watch?v=0jDWeF89viY
11. DOC: VALE DOS REIS (EGITO) - GRANDES TESOUROS DA
ARQUEOLOGIA:
https://www.youtube.com/watch?v=XaEaZbRYZ_0
12. VIRTUAL TOUR THROUGH THE GREAT PYRAMID:
https://www.youtube.com/watch?v=aiRZttZNpRs
13. LABYRINTH OF EGYPT | EGYPT LABYRINTH | ANIMATION
STUDIO: https://www.youtube.com/watch?v=a9B80bQ6TmI
14. A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA – DOCUMENTÁRIO:
https://www.youtube.com/watch?v=TK5zppZzUy4
15. AS CARRUAGENS DE GUERRA DE RAMSÉS BATALHAS A C
DOCUMENTÁRIO:
https://www.youtube.com/watch?v=8sf9EfT3QZk
16. DOCUMENTÁRIO: AS 10 MAIORES DESCOBERTAS DO EGITO
ANTIGO: https://www.youtube.com/watch?v=rSye6xTobeM
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
1. ANDRADE , Don Francisco Ortega. Historia de la construcción: La Historia de la Construcción es
un conjunto de fichas donde se analiza la evolución histórica de los sistemas constructivos
arquitectónicos. Estas fichas han sido elaboradas por el Catedrático de Construcción
Arquitectónica de la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Las Palmas de Gran Canaria,
Don Francisco Ortega Andrade.
http://editorial.dca.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/index.htm (Acessado em 26-
Mai-2013).
2. PENNICK, Nigel. Geometria sagrada: simbolismo e intenção nas estruturas religiosas. São Paulo:
Editora Pensamento, 1980.
1. WODEHOUSE, Lawrence; MOFFETT, Marian; FAZIO, Michael. A História da Arquitetura Mundial.
Ed. Bookman, 2010, pp. 34-53.
1. ALONSO PEREIRA, José Ramón. Introdução à História da Arquitetura: Das origens ao século XXI.
Porto Alegre: Ed. Bookman, 2010, Capítulos 3 e 4.
O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA
REFERÊNCIAS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno

Mais conteúdo relacionado

PDF
Aula 7 arte e arquitetura mesopotâmia [revisado em 121013]
PDF
Aula 9 arte e arquitetura grega [revisado em 040514]
PDF
Arquitetura grega
PDF
Aula 3 pre historia na arte e na arquitetura [revisado em 060314]
PDF
Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]
PPT
A origem da cidade no oriente próximo - Mesopotâmia e Egito (Prof. Thays Zenk...
PDF
Aula 02 grecia e as primeiras cidades [revisado em 20160821]
PDF
Aula 4 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica maia [revisado em 160913]
Aula 7 arte e arquitetura mesopotâmia [revisado em 121013]
Aula 9 arte e arquitetura grega [revisado em 040514]
Arquitetura grega
Aula 3 pre historia na arte e na arquitetura [revisado em 060314]
Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]
A origem da cidade no oriente próximo - Mesopotâmia e Egito (Prof. Thays Zenk...
Aula 02 grecia e as primeiras cidades [revisado em 20160821]
Aula 4 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica maia [revisado em 160913]

Mais procurados (20)

PPT
Arquitetura egípcia
PPT
Arquitetura grega
PPT
ARTE GREGA - AULA 4
PDF
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
PDF
Análise da forma na arquitetura
PPTX
Arte Romana
PPTX
Arte greco romana
DOCX
Panteão de roma
PPTX
Saber ver a arquitetura - Bruno Zevi
PDF
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
PPT
Arquitetura renascentista
PPTX
O pré urbanismo culturalista
PPT
Arquitetura Egipcia
PDF
Aula 03 arquitetura e arte bizantina
PPT
Arte grega
PPT
Arquitetura romana i
PPT
Arte Grega - 6º Ano E.F.
PPTX
Cultura do Mosteiro - Arte carolíngia
PPTX
Arte do renascimento - arquitetura
PPTX
Arquitetura egípcia
Arquitetura grega
ARTE GREGA - AULA 4
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
Análise da forma na arquitetura
Arte Romana
Arte greco romana
Panteão de roma
Saber ver a arquitetura - Bruno Zevi
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Arquitetura renascentista
O pré urbanismo culturalista
Arquitetura Egipcia
Aula 03 arquitetura e arte bizantina
Arte grega
Arquitetura romana i
Arte Grega - 6º Ano E.F.
Cultura do Mosteiro - Arte carolíngia
Arte do renascimento - arquitetura
Anúncio

Destaque (17)

PDF
Aula 2 poder simbolico e senso comum
PDF
Aula 3 antropologia urbana e metodo etnografico
PDF
Aula 1 nocoes sobre cultura
PPT
Arquitetura Egito Antigo
PDF
Plan de Acción Secretaría de Hacienda 2014
PPS
MUSEU DO CAIRO - EGITO
PDF
As Actividades Economicas No Egipto
PPT
Egipto arte
PDF
Aula 1 elvan silva
PDF
Tcc fábio de souza luiz - arte em mobiliários coloniais
PDF
Aula 04 a cidade medieval [revisado em 20160921]
PDF
Aula 03 cidades pre colombianas [revisado em 20160821]
PDF
Aula 01 sobre urbanismo [revisado em 20160808]
PPT
Creta y micenas
PDF
Aula 5 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica azteca [revisado em 230314]
PDF
Aula 4 globalização
PPTX
Imperialismo americano
Aula 2 poder simbolico e senso comum
Aula 3 antropologia urbana e metodo etnografico
Aula 1 nocoes sobre cultura
Arquitetura Egito Antigo
Plan de Acción Secretaría de Hacienda 2014
MUSEU DO CAIRO - EGITO
As Actividades Economicas No Egipto
Egipto arte
Aula 1 elvan silva
Tcc fábio de souza luiz - arte em mobiliários coloniais
Aula 04 a cidade medieval [revisado em 20160921]
Aula 03 cidades pre colombianas [revisado em 20160821]
Aula 01 sobre urbanismo [revisado em 20160808]
Creta y micenas
Aula 5 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica azteca [revisado em 230314]
Aula 4 globalização
Imperialismo americano
Anúncio

Semelhante a Aula 8 arte e arquitetura egito [revisado em 130414] (20)

PPTX
Arte Egícia eud djsjfjrj ehieisjsjsjshsjajdhfhsj
DOC
Trabalho arte egípcia
PDF
3egito
PPTX
Banner Arquitetura Egípicia
PPTX
Arte na Grécia Antiga.pptx arquitetura grega
PPT
Egito Antigo - alunos Politécnico
PPT
Egito antigo
PPT
Egito antigo
PPTX
História I - Unidade 03 EGITO ANTIGO.pptx
PPT
PDF
Antigo Egito: a vida na antiguidade .pdf
PPT
Civilização Egípcia
PDF
Arte egípicia
PDF
Arquitetura da antiguidade
PPTX
Arte Egícia.pptx conteudo basico da arte egipcia
PPTX
Arte Egícia.pptx arte na antiguidade egito
PDF
SoniaBaldassoArteegipcia.pdf
PPT
Aula 06 egito
Arte Egícia eud djsjfjrj ehieisjsjsjshsjajdhfhsj
Trabalho arte egípcia
3egito
Banner Arquitetura Egípicia
Arte na Grécia Antiga.pptx arquitetura grega
Egito Antigo - alunos Politécnico
Egito antigo
Egito antigo
História I - Unidade 03 EGITO ANTIGO.pptx
Antigo Egito: a vida na antiguidade .pdf
Civilização Egípcia
Arte egípicia
Arquitetura da antiguidade
Arte Egícia.pptx conteudo basico da arte egipcia
Arte Egícia.pptx arte na antiguidade egito
SoniaBaldassoArteegipcia.pdf
Aula 06 egito

Último (20)

PPTX
seminário genética1 - cultura c elular.pptx
PPTX
slide sobre calculo 1 de ROGAWSKI_CalculoV1_C1.pptx
PPTX
Evolução dos modelos atômicos (Modelos científicos).pptx
PPTX
CONTINENTE ASIATICO PARA ALUNOS DO 9 ANO
PDF
Reprodução.assexuada.sexuada dos animais e vegetais
PPT
Sistema Digestivo e Nutrição para 1 ano do ensino médio
PDF
TBE TOT vs LAMBIDA CDM Comparativo Entre Teorias
PDF
APOSTILA COM RESUMO DA MATÉRIA DE PRÁTICAS AGRÍCOLAS.pdf
PPTX
Aspectos básicos do comportamento animal.pptx
PPTX
Aula sobre características dos mamíferos (classe Mammalia)
PPTX
O SOL NO SISTEMA SOLAR - 9 ANO - ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS
PDF
Historia da Astronomia e o processo histórico
PPTX
Adubação orgânica.pptx...............................
PPTX
AULA 01 - Biomoléculas aula ensino medio fund.pptx
PPTX
Modelos atômicos - Aula sobre a evolução dos modelos atômicos
PDF
MÁQUINAS SIMPLES .pdf
PDF
Imaginação sociológica. Wrightmills1 pdf
PPT
aula-1-conceitos-gerais1.ppt conceitod de qualidade
PPTX
Aula 01 - Química e Ciência dos Materiais.pptx
PPTX
Substancias_Puras_Misturas_6Ano quimicapptx
seminário genética1 - cultura c elular.pptx
slide sobre calculo 1 de ROGAWSKI_CalculoV1_C1.pptx
Evolução dos modelos atômicos (Modelos científicos).pptx
CONTINENTE ASIATICO PARA ALUNOS DO 9 ANO
Reprodução.assexuada.sexuada dos animais e vegetais
Sistema Digestivo e Nutrição para 1 ano do ensino médio
TBE TOT vs LAMBIDA CDM Comparativo Entre Teorias
APOSTILA COM RESUMO DA MATÉRIA DE PRÁTICAS AGRÍCOLAS.pdf
Aspectos básicos do comportamento animal.pptx
Aula sobre características dos mamíferos (classe Mammalia)
O SOL NO SISTEMA SOLAR - 9 ANO - ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS
Historia da Astronomia e o processo histórico
Adubação orgânica.pptx...............................
AULA 01 - Biomoléculas aula ensino medio fund.pptx
Modelos atômicos - Aula sobre a evolução dos modelos atômicos
MÁQUINAS SIMPLES .pdf
Imaginação sociológica. Wrightmills1 pdf
aula-1-conceitos-gerais1.ppt conceitod de qualidade
Aula 01 - Química e Ciência dos Materiais.pptx
Substancias_Puras_Misturas_6Ano quimicapptx

Aula 8 arte e arquitetura egito [revisado em 130414]

  • 1. CRESCENTE FÉRTIL EGITO a arquitetura do antigo ao novo império O Grande Templo de Abou Simbel – Lago Nasser, Núbia, Egito. http://www.routard.com/photos/egypte/24239-le_grand_temple_d_abou_simbel.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 2. INTRODUÇÃO A singularidade da estrutura geográfica do Egito facilita a abstração e o simbolismo dos conceitos fundamentais da arquitetura que considera as três dimensões habituais que estruturam o Egito como uma dádiva do Nilo, e o tempo como a quarta dimensão que torna atemporal o seu legado, pois lembramos que os gregos aprenderam com os egípcios, e todo nós aprendemos com os gregos (PEREIRA, 2010, p.29). História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 3. CRONOLOGIA DO EGITO ANTIGO E CLÁSSICO IDADE DOS METAIS (BRONZE) IDADE DOS METAIS (FERRO) IDADE ANTIGA ANTIGUIDADE CLÁSSICA ANTIGO IMPÉRIO MÉDIO IMPÉRIO NOVO IMPÉRIO PERÍODO TARDIO PERÍODO GRECO- ROMANO 5.000 – 3.000 a.C. 2.750 – 2.140 a.C. 2.140 - 1.995 a.C. 1.955 – 1.785 a.C. 1.785 - 1.550 a.C 1.550 – 1.070 a.C. 1. 070 - 657 a.C. 657 – 332 a.C. 332 – 30 a.C. PROTODINÁSTIC O (Dinastias I e II) ANTIGO IMPÉRIO (Dinastias III a VI) PRIMEIRO PERIODO INTERMÉDIO (Dinastias VII a X) MÉDIO IMPÉRIO (Dinastias XI e XII) SEGUNDO PERIODO INTERMÉDIO (Dinastias XIII a XVII) NOVO IMPÉRIO (Dinastias XVIII a XX) TERCEIRO PERIODO INTERMÉDIO (Dinastias XXI a XXV) ÉPOCA BAIXA (Dinastias XXVI a XXXI) PERÍODO HELENÍSTICO (Dinastias Macedônica e Ptolomaica) •Unificação do alto e baixo Egito em 3.000 a.C •Zoser ordenou a construção da Pirâmide escalonada (degraus) em Saqqara, projetada pelo arquiteto e vizir Imhotep. •A IV dinastia construiu as grandes pirâmides. •Divisão do país. •Capital: Tebas •Reunificação do Império. •Dominação dos Hicsos. •Os Hicsos estavam sediados em Tebas e não dominavam todo o Egito. Os últimos governantes iniciaram à expulsão dos Hicsos. •Introdução da metalurgia e das bigas para 2 pessoas. •Capital: Tebas •Hatshepsut (rainha faraó). •Akhenaton: fundador do culto ao deus Aton (monoteísmo) em detrimento de Amon. •Tutankhamon: Filho de Akhenaton e restabeleceu quo culto aos vários deuses. •Ramsés o Grande, o Faraó de maior destaque em todas as dinastias egípcias. •Divisão do país. •Período das invasões persa. •A XXVII dinastia egípcia é conhecida como 1º Período Persa. •A XXXI dinastia egípcia é conhecida como 2º domínio Persa. •Dinastia Macedônica (332 – 304 a.C.): Alexandre o Grande. •Construção de Alexandria. •Dinastia Ptolomaica (304 – 30 a.C.): O imperador romano Augusto transformou o país em mera província romana. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 4. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA 1. Características da ocupação do território egípcio Imagem que ilustra o Vale do Nilo nas épocas de plantio e cheia. A. De junho à setembro: período de inundações; B. De outubro à fevereiro: período de sementeiras; C. De março à julho: período de colheita. Fonte:http://historiasetemaia.blogspot.com.br/p/egipto.html • Linearidade do território como dimensão urbana (Rio Nilo); • Superfície como dimensão arquitetônica (Planície fértil e deserto); • O ciclo anual das chuvas gerou uma média de dias que usamos até hoje – 365 dias; • O cálculo das áreas das terras alagáveis reflete os primórdios da matemática, da arquitetura, da geometria plana e trigonometria. NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 5. Mapa do Egito Antigo. Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/egipcia/mapa- do-egito.htm Tanto no Alto Egito como no Baixo Egito, a vida é concebida subordinada ao deserto, e como uma procissão para a eternidade. • No ALTO EGITO a procissão parte do templo, construção de conteúdo urbano, para a planície do deserto e termina na entrada da necrópole. Os mortos foram alojados ao oeste, e os vivos no leste. • No BAIXO EGITO, a procissão começa a partir da borda do deserto, e vai se introduzindo no mundo urbano e social ao viajar através de um roteiro linear e sequencial que termina na sala sepulcral. Primeiramente os mortos foram enterrados em casa e mais tarde no complexo funerário, para os quais se levantaram templos e palácios reais. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE 1. Características da ocupação do território egípcio História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 6. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA Os pontos cardeais (axialidade) nos dão como resultado o sentido de orientação egípcia na implantação arquitetônica, que é dado pela relação do homem com o seu deus . O conceito sagrado de orientação, etimologicamente falando é: ORIENTAÇÃO SIGNIFICA ETMOLOGICAMENTE VOLTAR- SE PARA O ORIENTE, LOCALIZAR O NASCER DO SOL. • NORTE – SUL (rio Nilo) – EIXO LONGITUDINAL - nasce no sul e morre no norte; • LESTE – OESTE (nascente e poente do sol) – EIXO TRANSVERSAL – simbolismo da vida e da morte – margem oriental do Nilo é a vida e a ocidental é a morte. NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE 2. Horizontal e Vertical Orientação e axialidade. Fonte PEREIRA, 2010, p.32. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 7. O simbolismo da relação entre o poente e o nascente do sol é primordial para compreendermos as formas de implantação das cidades e construções egípcias. Direção dos pontos cardeais. Fonte: http://profprocop.blogspot.com.br/2011/03/pontos- cardeais.html OESTE = POENTE = MORTE Lugar de morada dos mortos (necrópoles) LESTE = NASCENTE = VIDA Lugar de morada dos vivos (templos) O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE 2. Horizontal e Vertical História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 8. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE 2. Horizontal e Vertical “(...) o arado vai abrindo sulcos paralelos que definem parcelas mais ou menos retangulares na sua forma. As sociedades agrícolas necessitam um sistema simples de parcelamento do solo para a delimitação das plantações e das propriedades rurais; assim como um sistema de tecido urbano para o reparcelamento e a remarcação depois de um transbordamento ou de uma cheia. A TRAMA RETILÍNEA satisfaz tudo isso e permite planejar o uso do território” (PEREIRA, 2010, pp.32-33). Ilustração de uma fazenda egípcia. Fonte: http://acortedoslivros.blogspot.com.br/2013_05_01_archive.html Ilustração do processo de semeadura no Egito Antigo. Fonte: http://www.fascinioegito.sh06.com/agricola.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 9. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE 2. Horizontal e Vertical Da combinação desses dois eixos, norte – sul e leste – oeste, origina a RETÍCULA (chamada de QUADRICULA se ambos os eixos se cortam perpendicularmente), o qual, por sua vez define o plano horizontal (PH). • PLANO HORIZONTAL – origem da arquitetura como elemento orientado. A arquitetura parte do PH e se baseia na distinção entre ele e o resto de espaço. Com o arado o homem traça as primeiras linhas retas sobre o solo (papel simbólico no processo de urbanização). Esta ideia é aplicada a arquitetura. Reticula e quadrícula no templo funerário de Ramsés II (Ramesseum, 1.300 a.C.), em Tebas. Fonte: http://leccionesdesignprofdiezdelcorral.blogspot.com.br/2012_03_01_archive.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 10. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE 2. Horizontal e Vertical • DIRETRIZ VERTICAL – a direção vertical é resultado da relação do plano horizontal em que estamos com a abóbada celeste, ou seja, da realidade com o infinito, ou seja. Além da relação mítica-mágica, a relação vertical também faz parte do início da arquitetura. HORIZONTAL É A LINHA DE REPOUSO (funcional) VERTICAL É A LINHA DE MOVIMENTO (simbólico) Ambas se combinam em um ângulo reto que junto com as linhas, adquire valor na arquitetura. A esfera celeste (base para o entendimento sobre os conceitos topográficos de zênite e nadir. Fonte: http://www.cosmobrain.com.br/rc/cap1.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 11. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE A combinação da linha horizontal com a vertical e o ângulo reto resulta no triangulo retângulo (atração mágica). Como consequência na arquitetura, a axialidade e a simetria se colocam de forma complexa como princípios de organização espacial. Estaqueamento do solo pelo método da triangulação para demarcação de terras. Fonte: O triângulo pitagórico. Fonte: http://fisicaempratica.wordpress.com/category/matematica/ 2. Horizontal e Vertical História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 12. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE 3. Axialidade e Simetria A simetria no Egito é resultado da relação com a linearidade do Nilo que se impõe como um EIXO do percurso humano e que determina a vida. • EIXO – é uma linha imaginária com a qual todos os pontos de uma superfície, volume ou espaço mantêm uma determinada relação. No Egito, do eixo surge a axialidade ↔ simetria. Os eixos de simetrias das principais figuras geométricas. Observar que para o egípcio a composição simétrica guardava o simbolismo vital do Nilo. Fonte: http://ajudaalunos.blogspot.com.br/2011/10/simetria.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 13. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE 3. Axialidade e Simetria Tipos de simetria: 1. SIMETRIA AXIAL OU BILATERAL: resulta do uso vertical como princípio de organização. 2. SIMETRIA TRANSLATIVA OU SÉRIE: resulta da repetição rítmica das formas (remonta à pré-história) criando uma ordem compositiva. l'estampte Jour et Nuit (1938).Obra de M.C. Escher que apresenta tanto a simetrial axial como a translativa ou série. Fonte: http://greensleevestoaground.wordpress.com/2010/04/01/m-c-escher-en-italie/ História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 14. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE 3. Axialidade e Simetria Os conceitos geométricos da arquitetura egípcia, exemplificados na seção longitudinal e na planta do templo de Consu, em Carnac.Simetria axial e em série. Fonte: PEREIRA, 2010, p.34. A REPETIÇÃO DAS COLUNAS DO SALÃO HIPOSTILO REPRESENTA A SIMETRIA EM SÉRIE O EIXO LONGITUDINAL QUE REBATE A FORMA DO TEMPLO REPRESENTA A SIMETRIA AXIAL História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 15. O EGITO COMO LABORATÓRIO DA ARQUITETURA NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E ORTOGONALIDADE 4. Características compositivas da arquitetura egípcia ORTOGONALIDADE (CONBINAÇÃO PERPENDICULAR ENTRE EIXOS) HORIZONTAL ↔ VERTICAL (LINHA TERRENA DA PROCISSÃO – LINHA DIVINA DA ASCENSÃO) SIMETRIA ↔ AXIALIDADE (EIXO E REPETIÇÃO) História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 16. O JOGO PLÁSTICO DAS FORMAS A essência da forma pura vista pelo jogo de luz e sombra é característica da arquitetura egípcia, fundamentada pelo exercício da geometria plana e espacial que articulam planos e diretrizes de simetrias. ESPAÇO FÍSICO X ESPAÇO ARQUITETURAL • ESPAÇO FÍSICO – Trata das três dimensões, ou seja, a arquitetura como plástica pura. • ESPAÇO ARQUITETURAL – Trata das três dimensões e inclui o tempo como quarta, ou seja, a arquitetura como um percurso histórico contextualizado. 1. O jogo plástico das formas sob a luz O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA A forma sob a luz. Fonte: http://eldesvandelpoeta.ning.com/group/egipto/forum/topics/arquitectura- funeraria História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno No Egito é evidente a QUINTA DIMENSÃO, A LUZ, que revela a forma, e que ainda é entendida como simbólica na obra arquitetônica.
  • 17. O JOGO PLÁSTICO DAS FORMAS “LE CORBUSIER DEFINE A ARQUITETURA COMO UM JOGO DE VOLUMES SOB A LUZ: “o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes reunidos sob a luz”. E acrescenta: “Nossos olhos foram feitos para ver as formas sob a luz; as sombras e os claros revelam as formas; cubos, cones, esferas cilindros ou pirâmides são as grandes formas primárias que a luz revela com clareza; suas imagens não são nítidas e tangíveis sem ambiguidade. Esta é a razão pela qual elas são as formas mais belas. Esta é a verdadeira essência das artes plásticas”” (PEREIRA, 2011, pp.38-39) O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. O jogo plástico das formas sob a luz O TEMPO (a quarta dimensão) A LUZ (a quinta dimensão) História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 18. CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA EGÍPCIA MONUMENTALIDADE HORIZONTALIDADE ARQUITETURA ARQUITRAVADA TETO ABOBADADO (NÃO USAVAM O ARCO) ARQUITETURA LÍTICA (USARAM INICIALMENTE A MADEIRA, O ADOBE, E O LADRILHO DE INFLUÊNCIA MESOPOTÂMICA) O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. Características construtivas da arquitetura egípcia Detalhe do Templo de Karnak. Fonte: http://www.routard.com/photos/egypte/22 441-temple_de_karnak.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 19. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS As primeiras construções egípcias foram as habitações e as funerárias. Em relação as habitações, estas se diferenciam em: residência para a população agrícola; população de pastores; e, e de caçadores. Aquele que cultivava era sedentário e precisava de uma habitação mais sólida, estável e protegida contra as inundações; a nômade (pastoreio e caça) necessitava de um programa mínimo e tinha sua estrutura móvel e feita com troncos, ossos e peles de animais. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. Construção residencial Casa típica egípcia nos dias atuais. Fonte: http://apuntes.quijost.com/telocuento_old/web/egipto/aldea_vivienda.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 20. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS As primeiras habitações aproveitavam a declividade do vale e eram feitas de barro apisoado. Mais tarde a planta da habitação assume a forma de um retângulo (5,5 x 4,0m) e ganha o SETOR COMUM E O PRIVADO. No Antigo Império é comum a planta em forma de “L” com duas entradas. Entrava-se em um pátio quadrado e com colunata através de uma porta centrada, e ao redor se organizava a casa. As janelas eram extremamente altas e pequenas, pois tinham unicamente a função de ventilação e iluminação. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA Transformaçãoda habitação egípcia entre 3.500 e 2.600 a.C. A casa pátio no Egito. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerroman o/fotoegipto/Figura3.JPG 1. Construção residencial História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 21. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O pátio interno também servia como horta. Eram frequentes casas com terraços e as coberturas eram feitas com troncos de palmeiras entrelaçadas com esteiras de junco e sobre estes, uma camada de barro. As casas melhores tinham muro em peças de adobe, e as vigas de madeira eram mais próximas. Este método foi aplicado nos palácios, pois a pedra estava reservada para as edificações concebidas para o espírito. A casa pátio típica na Mesopotâmia também ocorria no Egito. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA Habitação egípcia de 2.100 a.C. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegi pto/Figura3.JPG 1. Construção residencial História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 22. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS A enorme atividade construtiva impulsionou a criação de povoados de trabalhadores e agrupamentos setoriais de casas alinhadas e com plantas repetidas (habitação funcional – vilas operárias). A Vila de Deir el-Médina é uma das mais conhecidas e estava destinada para a moradia dos artesões e construtores designados para edificar as tumbas reais durante o Novo Império. A vila se situa no caminho que leva do Remesseum ao Vale das Rainhas. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. Construção residencial Vista da Vila de Deir el-Médina. Fonte: http://12121.hostinguk.com/medina.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 23. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. Construção residencial SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO VILAREJO DE DEIR EL- MÉDINA COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH. Fonte: http://www.narmer.pl/teby/medina_en.htm CEMITÉRIO OESTE CEMITÉRIO LESTE TEMPLO DE HATOR CEMITÉRIO RAMESIDA VILA OPERÁRIA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 24. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. Construção residencial A vila tem uma rua principal, e cerca de 70 moradias dentro das muralhas, mais um adicional de 50 edifícios exteriores. As casas possuíam uma sala de recepção, uma segunda sala de estar, quarto e cozinha com adega e escadas, além de um terraço para dormir. Planta típica e perfil da casa operária (tipologia em linha) de Deir El-Medina (XVIII – XX Dinastias). Fonte: http://www.encyclopedie.bseditions.fr/article.php?pArticleId=34&pChapitreId=21352&pArticleLib=Deir+el- Medineh+%5BLes+principaux+sites+de+l%92Egypte+ancienne%5D História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno RUA SALA DE RECEPÇÃO SALA DE ESTAR TERRAÇO DESPENSA QUARTO DE DORMIR COZINHA ADEGA
  • 25. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O uso de blocos de adobe proporcionou a evolução das construções funerárias tanto em Menfis (capital do Baixo Egito) como em Abidos (capital do Alto Egito), pois foi a construção de muretas com tais blocos que permitiu controlar o processo de escavação até as MASTABAS. Inicialmente os túmulos eram pequenas escavações no deserto marcadas por um montículo de pequenas pedras (3.400 a.C.). AS PRIMEIRAS MASTABAS (3.000 a.C.) eram construções em blocos de adobe que se mantinham subterrâneas, mas que eram marcadas por plataformas. A cobertura era feita com troncos e barro. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 2. Construção funerária Ilustração das primeiras construções funerárias do Egito: Dos montículos às primeiras mastabas. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerro mano/fotoegipto/Figura5.JPG História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 26. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS A MASTABA da II dinastia (2.880 a.C.) teve sua planta transformada. Construída em tijolo, possuía planta retangular e uma antessala a partir da qual se podia acessar a câmara subterrânea através de um poço. Suas paredes se erguiam em talude e o teto era ligeiramente abobadado. Este tipo de edificação foi comum no delta do Nilo (Baixo Egito). O interior é decorado com mármores, baixos relevos e pinturas que faziam referência a cenas da vida eterna. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 2. Construção funerária Mastaba típica do Antigo Império. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura5.JPG Mastaba da III Dinastia, Perto das aldeias de Mahansa e Reqaqna, um pouco ao sul de Sohag. Fonte: http://egyptsites.wordpress.com/2009/02/12/beit- khallaf/ História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 27. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS Com Zoser, rei da III Dinastia a arquitetura funerária dá um salto que irá transformar toda a concepção arquitetônica. Este rei solicitou os serviços do seu administrador geral, IMHOTEP, que ficou conhecido como o primeiro arquiteto da história da humanidade, para construir seu templo funerário em Saqqara. Imhotep construiu a PIRÂMIDE ESCALONADA DE SAQQARA (2.760 a.C.) a partir de uma mastaba retangular com câmara subterrânea e em blocos de adobe. Progressivamente foi aumentando o templo e à mediada que o fazia, entendeu que seria melhor fazê-lo em blocos de pedra. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 2. Construção funerária A tradição diz que Imhotep fundou a escola de arquitetura, quando, sob sua administração construiu a primeira pirâmide de pedra no Egito. As mastabas representavam a escada simbólica que a alma do faraó tem que subir, (após a morte), a fim de entrar no reino espiritual do rei sol – RA. Fonte: http://www.vopus.org/en/gnosis/great-characters/imhotep-master-of-sciences.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 28. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 2. Construção funerária SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO COMPLEXO DE ZOSER COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH. Fonte: http://www.odysseyadventures.ca/articles/saqqara/saqqara_text.htm PIRÂMIDE ESCALONADA TEMPLO FUNERÁRIO ENTRADA Ilustração trimensional do complexo de Zoser. Fonte: http://www.quadernsdigit als.net/egipto/Tumbas/eg ipto.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 29. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS Evolução das medidas de M1, M2, M3, P1, P1' e P2 de Zoser Mastaba M1 Mastaba M2 Mastaba M3 Pirâmide P1 Pirâmide P1' Pirâmide P2 Dimensões da base 63 m × 63 m 71,5 m × 71,5 m 79,5 m × 71,5 m 85,5 m × 77 m 119 m × 107 m 121 m × 109 m Altura 8 m 8 m, 7 m 8 m, 7 m, 5 m 42 m 60 m 62 m Fundação Placas horizontais Placas horizontais Placas horizontais Placas diversas Placas diversas Placas diversas Altura dos blocos de alvenaria 0,30 m 0,30 m 0,30 m 0,38 m 0,52 m 0,52 m O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA A forma tinha quase 100 metros de base por 60 de altura, e suas faces eram conformadas como triângulos isósceles. Com a pirâmide de Zoser nasce o período da história egípcia conhecido como o “ETAPA DAS PIRÂMIDES” (2.680 – 2.260 a.C.), e que finaliza com a invasão dos Hicsos (Segundo Império Intermédio). 2. Construção funerária História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 30. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA Fonte: http://ww2.mariomarcia.com/?folio=7POYGN0G2 2. Construção funerária Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Saqqara História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 31. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 3. Pirâmides LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS PIRÂMIDES DO ANTÍGO IMPÉRIO EGÍPCIO SOBRE IMAGEM DO GOOGLE EARTH. LESTE DO RIO NILO = ORIENTE MORADA DOS VIVOS OESTE DO RIO NILO = OCIDENTE MORADA DOS MORTOS História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 32. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS A PIRÂMIDE DE MEIDUM ou FALSA PIRÂMIDE se encontra em El Fayum, pois foi construída como escalonada e revestida com pedra calcária. Esta é a primeira pirâmide de faces lisas e foi iniciada pelo último faraó da III dinastia, e acrescida por Sneferu. A pirâmide media 147 metros de base e 93,5 de altura (estado atual 65 metros). O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 3. Pirâmides Vista sul-norte da pirâmide de Meidum. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Meidoum-coupe.jpg Ruídas da pirâmide de Meidum. Fonte: http://pietonnecairote.wordpress.com/2008/06/03/abousir-et- meidoum/ História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 33. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS As pirâmides representam o apogeu plástico da expressão arquitetônica egípcia atingida no Antigo Império. A PIRÂMIDE CURVADA DE SNEFERU, faraó da IV dinastia, mede cerca de 190 de base por 102 de altura. Ela tem este nome por ter suas faces quebradas em dois ângulos, o plano mais baixo possui uma inclinação de 52° e o superior de 42°. A alteração do ângulo foi uma medida tomada pelos construtores depois do colapso da pirâmide de Meidum. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 3. Pirâmides História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 34. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 3. Pirâmides Vista da Pirâmide Vermelha. Fonte: http://nefertary.unblog.fr/category/pyramide-rouge/ A PIRÂMIDE VERMELHA é a maior das três pirâmides localizadas no complexo funerário de Dahshur, e a terceira maior do Egito. Acredita-se que foi a primeira verdadeira pirâmide com os lados lisos. Ela também foi construída durante o reinado do faraó Sneferu, e alguns sugerem ter sido local de seu descanso final. Ela possui base quadrada de 220 m de lado, o mesmo ângulo raso de 43º da seção superior da pirâmide curvada, e atinge ap. 105 m de altura. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 35. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS Cem anos depois da construção de Imhotep, iniciou-se em Gizé, com a IV dinastia, a construção do COMPLEXO DAS PIRÂMIDES DE QUÉOPS, QUEFRÉN E MIQUERINOS, as pirâmides menores destinadas as rainhas, diversos templos fúnebres, e a colossal esfinge junto ao templo de Quefrén. Todas estão orientadas segundo os pontos cardeais. No seu interior prepondera a ausência de espaço interno, que está limitada a uma pequena câmara sepulcral. O plano Vertical e horizontal formam um sistema simbólico parte de um espaço ortogonal absoluto e abstrato. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 3. Pirâmides Vista panorâmica da necrópole de Gizé. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Robarmitagepyrammids.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 36. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 3. Pirâmides SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO GIZÉ COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH. Fonte: http://antikforever.com/Egypte/Pyramides/Guizeh.htm PIRÂMIDE DE QUÉOPS PIRÂMIDE DE QUEFRÉN PIRÂMIDE DE MIQUERINOS ESFINGE PIRÂMIDES DAS RAINHAS PIRÂMIDES DAS RAINHAS História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 37. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS A PIRÂMIDE DE QUÉOPS OU KHUFU é a maior e tem base de quadrada de 227 m e altura de 146,60 m. Se observarmos de frente cada face da pirâmide percebemos somente um triangulo isósceles (sem profundidade) com inclinação ap. de 52° 10'. Ela foi construída e revestida por fora de uma camada de pedras calcárias lisas. A fachada externa da pirâmide, conforme o historiador grego Heródoto, estava coberta com gravuras e inscrições hieroglíficas. Os quatro lados da pirâmide correspondem relativamente com os quatro pontos cardeais. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 3. Pirâmides Perfil da Grande Pirâmide. Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/piramide2.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 38. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA Os trabalhos de orientação para implantação da base das pirâmides se valia de muros posicionados na ortogonal, que serviam para referenciar os movimentos dos astros (estrela siriús). Os alinhamentos eram feitos com cordas com 12 partes que combinados em ângulos representavam o triangulo pitagórico de razão 3:4:5 (Pitágoras morou no Egito). Já o nivelamento usava canais que corriam entre os muros (parecido com um nível de bolha atual). 3. Pirâmides Muros usados para implantar as bases das pirâmides, com os canais de nivelamento. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/foto egipto/Figura10.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 39. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O TEMPLO FUNERÁRIO e o TEMPLO RITUAL são representativas do Império Médio e do Império Novo. Estes templos determinam duas constantes fundamentais: A SIMETRIA AXIAL E O SISTEMA DE PÓRTICO (PILARES E VIGAS). Dentre diversos, destacam-se: Templo de Amon em Luxor; Templo de Amon em Karnak, construído sobre as ruínas de outro templo iniciado da XII dinastia; Ramesseum; Templo de Seti em Abidos; Templo de Consu em Karnac. No período Ptolomaioco: Templo de Hórus em Edfu (230 a.C.) e Templo de Hathor em Dendera (100 a.C.). O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 4. Templo Vista lateral do Templo de Luxor. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Luxor,_Medinet_Habu,_Egypt,_Oct_2004_A.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 40. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 4. Templo RELAÇÃO ENTRE AS MARGENS ORIENTAL E OCIDENTAL DO RIO NILO SOBRE IMAGEM DO GOOGLE EARTH. LESTE = ORIENTE TEMPLOS RITUAIS OESTE = OCIDENTE TEMPLOS FUNERÁRIOS História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 41. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA O templo funerário chamado HIPOGEU é uma câmara funerária escavada, e que aparece no exterior em uma bela fachada esculpida diretamente na montanha. Diversos exemplares são encontrados no Vale de Deir el-Bahari , onde existia a vila operária. O TEMPLO HIPOGEU DE ABOU SIMBEL é um templo construídos pelo faraó Ramsés II (XIX dinastia), dedicados ao seu culto como deus e de sua esposa Néfertari. Situa-se ao norte do lago Nasser no alto Egito. Nos anos 1960, com a construção da barragem de Assuã, o templo ficaria submerso, com isso, a UNESCO empreendeu uma grande obra de engenharia para deslocamento do mesmo. Obra de reconstrução do templo de Abou Simbel. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Abusimbel.jpg 4. Templo funerário (ocidente) História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 42. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 4. Templo funerário (ocidente) LOCALIZAÇÃO DE ABOU SIMBEL SOBRE IMAGEM DO GOOGLE EARTH. Reconstrução de Abou Simbel. Fonte: http://egyptologie.monipag.com/2011/02/21/le-barrage- dassouan-et-ses-consequences/ História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 43. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA Perfil do templo de Abou Simbel reconstruído sob colina artificial. Fonte: http://www.bubastis.be/voyage/nubie/plans/abou01.html Planta do templo de Abou Simbel reconstruído sob colina artificial. Fonte: http://historiadelarte.skyrock.com/1240874582-Tema-2-Arte-Egipcio.html 4. Templo funerário (ocidente) História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 44. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA Vista do Templo de Hatshepsout. Fonte: http://www.sofiaoriginals.com/oct529dehir.htm Os TEMPLOS HIPOGEUS DE MENTUHOTEP I e O TEMPLO DE HATSHEPSOUT, a faraó mulher (XII dinastia) que foram construídos pelo arquiteto Senmut em pedra, estão situado no Vale dos Reis. A característica compositiva principal do hipogeu é a linearidade da planta que expressa uma edificação que se desenvolve através da simetria axial e em série. 4. Templo funerário (ocidente) História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 45. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 4. Templo funerário (ocidente) Planta do Templo de Hatshepsout. Observar simetrias axial e em série. Fonte: http://nefertari789.over-blog.com/article-decouvre-ce-qui-se-cachait-sous-le- puzzle-60806970.html SETORIZAÇÃO DO TEMPLO DE HATSHEPSOUT 1. Primeiro pátio; 2. Primeira rampa; 3. Primeiro pórtico; 4. Segundo pátio; 5. Tumba de Senmout; 6. Segunda rampa; 7. Pórtico “protodórico”; 8. Segunda rampa; 9. Terceiro pórtico; 10. Capela de Anúbis; 11. Templo solar; 12. Santuário de Hatshepsout e de Thoutmosis I; 13. Terceiro pátio; 14. Capela de Hator; 15. Santuário de Amon. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 46. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O RAMESSEUM é o templo funerário do faraó Ramsés II. Situado na margem ocidental do Nilo estava dedicado ao Deus Amon e ao próprio faraó. O templo é famoso pela estátua colossal de Ramsés em posição sentada (da qual apenas restam fragmentos). Nas paredes do templo foram representados eventos como a Batalha de Kadesh e a celebração da festa do Deus Min, assim como uma procissão dos numerosos filhos do faraó. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 4. Templo funerário (ocidente) Vista aérea do Ramesseun atualmente. Fonte: http://www.culture.gouv.fr/fr/arcnat/thebes/fr/framintro.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 47. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 4. Templo funerário (ocidente) SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO RAMESSEUN COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH. Fonte: http://ramesseum.pagesperso-orange.fr/descript.htm TEMPLO PRINCIPAL PALÁCIO REAL E OS APARTAMENTOS TEMPLO DE MOUT-TOUY E DE NEFERTARI ANEXOS CONSTRUÍDOS COM ADOBES História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 48. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA Fonte: http://saelicessegobriga.blogspot.com.br/p/historia-del-arte.html DA MASTABA AO HIPOGEU: A EVOLUÇÃO DAS TUMBAS REAIS NO EGITO ANTIGO Mastaba Pirâmide escalonada Pirâmide de Gizé Hipogeu CONSTRUÇÕES E MATERIAIS 4. Templo funerário (ocidente) História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 49. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS Com o novo império e a reunificação do Egito na XVIII dinastia, inicia-se uma fase de grandes construções que vai até o período Ptolomaico. Os centros eram as cidades de Luxor, Tebas e Karnak. O TEMPLO DE AMON EM LUXOR é um dos melhores modelos para estudar a tipologia construtiva dos templos egípcios. Este esta situado um pouco mais de 2 km do Templo de Karnak e estão unidos por um DROMOS (caminho em grego) ladeado por 700 esfinges com cabeças de cordeiros. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 5. Templo ritual (oriente) Vista aérea do templo de Amon em Luxor na atualidade. Fonte: http://www.altawfiktravel.com/cities/city-of-luxor História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 50. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 5. Templo ritual (oriente) SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DE LUXOR COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH. Fonte: http://iessonferrerdghaboix.blogspot.com.br/2011/11/comenta rio-templos-de-karnak-y-luxor.html DROMOS QUE SEGUE PARA KARNAK GRANDES PILONOS DE RAMSÉS II PÁTIO PERISTILO DE RAMSÉS II PILONO E COLUNATA À AMONHOTEP III PÁTIO PERISTILO DE AMONHOTEP III SALÃO HIPOSTILO SANTUÁRIO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 51. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS Através do dromos se atinge os PILONOS (pórtico com duas torres simétricas) simbolicamente expressa a verticalidade que atinge o céu. Em frente, o OBELISCO que é a representação formal do sentido de verticalidade na arquitetura Egípcia (menir antigo). Esbelto e longilíneo também procura atingir o céu, e ao mesmo tempo é coroado por um PIRAMIDIÃO, que representa o sol orientado pelas quatro direções horizontais (quatro faces da pirâmide). O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 5. Templo ritual (oriente) Vista dos pilonos e do obelisco após o dromos na atualidade. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Louxor_dromos_%26_pyl%C3%B4ne.JPG PILONO OBELISCO DROMOS PIRAMIDIÃO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 52. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 5. Templo ritual (oriente) Vista do pátio peristilo de Ramsés II atualmente. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Luxor_Temple_R04.jpg PILONO PÁTIO PERISTILO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 53. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O COMPLEXO DE KARNAK, É um complexo religioso que contém um conjunto de templos dedicados, fundamentalmente, à Tríade de Tebas; Amon, Mut, e Consu, junto a outras divindades egípcias. O lugar era chamado de Ipet-Sut, que significa “o melhor de todos os lugares”. O complexo foi construído e reconstruído no transcorrer de ap. 2.000 anos, sucessivamente pelos faraós Sésostris I no Império Médio, até a época Ptolomaica. Ocupa uma área média de 2,0 km², e é o maior complexo religioso de toda a antiguidade. Os templos em destaque no complexo são: de Amon-Rá; de Mut; de Consu; de Ipyt (no canto sul); de Petah; de Osíris; e, de Atón (que foi destruído, e estava no lado leste). O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 5. Templo ritual (oriente) Imagem aérea do Complexo de Karnak. Fonte: http://www.passion-egyptienne.fr/Karnak%201.htm TEMPLO DE AMON LAGO SAGRADO DROMOS História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 54. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 5. Templo ritual (oriente) Planta de setorização do complexo de karnak dedicado à divina trindade egípcia. Fonte: http://destinoinfinito.com/karnak/ DROMOS DROMOS LAGO SAGRADO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno COMPLEXO CONSUCOMPLEXO DE MONTU COMPLEXO DE MUT
  • 55. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA Ampliação ilustrada do Complexo de Consu em Karnak. Fonte: www.picstopin.com SALÃO HIPOSTILO LAGO SAGRADO DROMOS DROMOS OBELISCOS PÁTIO PERISTILO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno 5. Templo ritual (oriente) PILONOS PILONOS PILONOS PILONOS
  • 56. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 5. Templo ritual (oriente) RELAÇÃO ENTRE OS COMPLEXOS DE LUXOR E KARNAK SOBRE IMAGEM DO GOOGLE EARTH. LESTE = ORIENTE TEMPLOS RITUAIS OESTE = OCIDENTE TEMPLOS FUNERÁRIOS História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 57. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS A construção mais conhecida deste complexo é a SALA HIPOSTILO edificada no tempo dos faraós Séti (1.312 – 1.298 a.C) e Ramsés II, a partir da nave central, iniciada no reinado de Amenófis III. Esta sala, com 102 metros de largura e 53 metros de profundidade, era o lugar onde se preparavam as oferendas. Tinha 134 colunas dispostas em 16 filas (SIMETRIA EM SÉRIE), com um corredor central de 24 metros de altura, sustentado por colunas que chegavam a ter 3,57 metros de diâmetro. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 5. Templo ritual (oriente) Salão Hipostilo do templo de Amon em Karnak. Fonte: http://www.dimedondeir.com/2009/10/templo-de-karnak-el-mas-grande-de- egipto/ ARQUITRAVE (SISTEMA ADINTELADO OU TRILÍTICO) COLUNA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 58. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O teto seria sustentado por arquitraves com 70 toneladas. As janelas com grades de pedras alinhadas no cimo da nave central ligavam os dois níveis de tetos, possibilitando a entrada de um pouco de ar na sala. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 5. Templo ritual (oriente) Composição estrutural do templo de Amon em Karnak. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/11_prerromano/c1121.htm Fonte: http://commons.wikimedia.org/wi ki/File:Karnak-Hypostyle8.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 59. CONSTRUÇÕES E MATERIAIS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 5. Templo ritual (oriente) História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno Passeio virtual por Tebas, com DESTAQUE PARA OS COMPLEXOS DE TEMPLOS RITUAIS DE KARNAK E LUXOR NA MARGEM DIREITA (LESTE) DO NILO E O TEMPLO FUNERÁRIO RAMESSEUN NA MARGEM ESQUERDA (OESTE) DO NILO. VIDEO 1_AULA 8_ TEBAS, RECREACION DE LA ANTIGUA CAPITAL DE EGIPTO.wmv Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Z_hr2CDG-ic SUGERIDO_Karnak.wmv (em inglês) Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ROg1-enJEms
  • 60. OS ELEMENTOS As formas das composições estruturais no Egito basearam-se nos recursos naturais do país. As hastes dos papiros foram amarradas para fazer os primeiros suportes (COLUNAS), e os muros foram coroados com palmas e com flores de lótus (CAPITEIS). Estes formas foram transladadas para a construção. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas 1 - Papiro. Fonte: http://www.larousse.fr/encyclopedie/divers/papyrus/76641 2 - Palmeira Medemia argun. Fonte: http://www.rarepalmseeds.com/pix/MedArg.shtml 3 - Flor de lótus. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nymphaea_lotus_1.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 61. OS ELEMENTOS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Fonte: http://www.sandrashaw.com/AH1L24.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 62. OS ELEMENTOS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Fonte: http://www.sandrashaw.com/AH1L24.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 63. OS ELEMENTOS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Coluna modelo. Fonte: http://ushebtisegipcios.blogspot.com.br/2011/05/tipos-de-columnas.html BASE: do latim base (planta do pé), é o ponto de ligação do fuste com o pedestal ou pavimento do edifício. Surge inicialmente como uma simples placa de pedra, consequência da necessidade de evitar que a humidade do chão danificasse as primeiras colunas de madeira. FUSTE: é a parte da coluna entre o capitel e a base, ou seja, é o próprio apoio. Do latim fuste (pau de madeira), ele pode ser monolítico ou constituído por diversas pedras chamadas tambores. Caso a coluna só apresente fuste, o extremo inferior deste designa-se imoscapo e o superior sumoscapo. ARQUITRAVE: trave horizontal que se apoia em duas (trilítico) ou mais colunas. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 64. OS ELEMENTOS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Coluna modelo. Fonte: http://ushebtisegipcios.blogspot.com.br/2011/05/tipos-de-columnas.html CAPITEL: latim capitellum diminutivo de caput (cabeça, extremidade), faz a união entre o elemento vertical (fuste) e horizontal (arquitrave) de características estáticas muito diferentes. Assim, o capitel não só soluciona problemas técnicos como assume, acima de tudo, papel estético, sendo normalmente a parte mais trabalhada da coluna, a parte mais característica de uma dada ordem ou estilo. ÁBACO: do grego abax que significa prancha, e do latim abacus refere-se em arquitetura ao elemento sobre o capitel de uma coluna onde apoia a arquitrave ou de onde parte um arco. Este elemento é geralmente achatado e mais largo que o capitel, pois a sua função principal é servir de base de apoio ao peso exercido pelo elemento superior. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 65. OS ELEMENTOS a. CAMPANIFORME OU PAPIRIFORME ABERTA: É composta de fuste liso, normalmente decorado com inscrições e um capitel em forma de flor de papiro aberta. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Ramesseun. Imagem do capitel papiriforme aberta. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File: Luxor,_West_Bank,_Ramesseum,_colum n_top_decorations,_Egypt,_Oct_2004.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 66. OS ELEMENTOS b. CAMPANIFORME OU PAPIRIFORME FECHADA: Tem o fuste fasciculado e um capitel em forma flor de papiro fechado. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Templo de milhões de anos dedicado a Ramsés III. Imagem do capitel papiriforme fechada. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Egypt.Medi netHabu.02.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 67. OS ELEMENTOS c. PALMIFORME OU DACTILIFORME: Fuste liso, base circular e capitel em forma de ramos de palmas levantadas. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Templo de Edfu construído na dinastia Ptolomaica. Imagem do pórtico composto por colunas palmiformes. Fonte: http://www.encyclopedie- universelle.com/abaque-architecture1- introduction.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 68. OS ELEMENTOS d. LOTIFORME: Fuste fasciculado formado por quatro ou seis talhos de lótus de seção semicircular. O capitel é formado pelas quatro ou seis flores dos talos. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Templo de Luxor. Imagem do salão hipostilo composto por colunas lotiformes fechadas. Fonte: http://nimouria.perso.infonie.fr/prog1.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 69. OS ELEMENTOS e. HATÓRICA OU COLUNA SISTRO: Capitel é formado por um pedaço de pedra que descansa sobre a cabeça da deusa Hator. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Templo de Isis, um complexo de templos construído na ilha de Philae na época de Nectanebo I, sendo sobretudo uma obra da era Ptolomaica (305 a 30 a.C.). Imagem do capitel hatórico. Fonte: http://www.passion- egyptienne.fr/Philae.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 70. OS ELEMENTOS f. CAPITEL ESTRIADO OU COLUNA ESTACA: Fuste liso e capitel com estrias. O seu uso não é corrente. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Salão de festivais do Templo de milhões de anos do complexo de Karnak. Imagem do capitel. Fonte: http://ancienegypte.fr/akhmenou/page2 .htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 71. OS ELEMENTOS g. PROTODÓRICA: Uma coluna de fuste canelado semelhante à Dórica Grega. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 1. As colunas Coluna protodórica na entrada do complexo de Zoser em Saqqara(III dinastia). Fonte: http://www.sofiaoriginals.com/oct521teoriaconstruccion2.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 72. OS ELEMENTOS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 2. Carpintaria Egípcia Composição da carpintaria egípcia. Fechamento com palha. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura26.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 73. OS ELEMENTOS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 3. Os processos construtivos Transporte dos blocos de pedras por trenós. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura29.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 74. OS ELEMENTOS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 3. Os processos construtivos A construção do templo por aterramento. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura30.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 75. OS ELEMENTOS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA 3. Os processos construtivos Sistema estrutural adintelado. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura34.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 76. OS ELEMENTOS O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA A construção do obelisco. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/fotoegipto/Figura36.jpg 3. Os processos construtivos História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 77. VÍDEOS SUGERIDOS 1. A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA (DUB) - PARTE 1 DE 2: https://www.youtube.com/watch?v=ZXLDJ13lCBg 2. A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA (DUB) - PARTE 2 DE 2: https://www.youtube.com/watch?v=Qg0JkytlEsw 3. CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - EPISODIO 02 – EGITO: https://www.youtube.com/watch?v=hFwcOaIz0PU 4. PLANETA EGITO - PARTE 01 - O NASCIMENTO DE UM IMPÉRIO: https://www.youtube.com/watch?v=4BumfUXz6sk 5. PLANETA EGITO - PARTE 02 - FARAÓS EM GUERRA: https://www.youtube.com/watch?v=0AXiTHi0Khc 6. PLANETA EGITO - PARTE 03 - TEMPLOS DO PODER: https://www.youtube.com/watch?v=2HafGjebJW8 7. PLANETA EGITO - PARTE 04 - A BUSCA DA ETERNIDADE: https://www.youtube.com/watch?v=XrUUzKc-cOE 8. DISCOVERY CHANNEL - LEGADOS DO EGITO - EP.2: AS PIRÂMIDES: https://www.youtube.com/watch?v=wFk4H5maBag 9. DISCOVERY CHANNEL - LEGADOS DO EGITO - EP.3: CENTROS URBANOS: https://www.youtube.com/watch?v=iWilHPRZdEI 10. EGITO REVELADO - RAMSÉS II: https://www.youtube.com/watch?v=0jDWeF89viY 11. DOC: VALE DOS REIS (EGITO) - GRANDES TESOUROS DA ARQUEOLOGIA: https://www.youtube.com/watch?v=XaEaZbRYZ_0 12. VIRTUAL TOUR THROUGH THE GREAT PYRAMID: https://www.youtube.com/watch?v=aiRZttZNpRs 13. LABYRINTH OF EGYPT | EGYPT LABYRINTH | ANIMATION STUDIO: https://www.youtube.com/watch?v=a9B80bQ6TmI 14. A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA – DOCUMENTÁRIO: https://www.youtube.com/watch?v=TK5zppZzUy4 15. AS CARRUAGENS DE GUERRA DE RAMSÉS BATALHAS A C DOCUMENTÁRIO: https://www.youtube.com/watch?v=8sf9EfT3QZk 16. DOCUMENTÁRIO: AS 10 MAIORES DESCOBERTAS DO EGITO ANTIGO: https://www.youtube.com/watch?v=rSye6xTobeM O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 78. 1. ANDRADE , Don Francisco Ortega. Historia de la construcción: La Historia de la Construcción es un conjunto de fichas donde se analiza la evolución histórica de los sistemas constructivos arquitectónicos. Estas fichas han sido elaboradas por el Catedrático de Construcción Arquitectónica de la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Las Palmas de Gran Canaria, Don Francisco Ortega Andrade. http://editorial.dca.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/index.htm (Acessado em 26- Mai-2013). 2. PENNICK, Nigel. Geometria sagrada: simbolismo e intenção nas estruturas religiosas. São Paulo: Editora Pensamento, 1980. 1. WODEHOUSE, Lawrence; MOFFETT, Marian; FAZIO, Michael. A História da Arquitetura Mundial. Ed. Bookman, 2010, pp. 34-53. 1. ALONSO PEREIRA, José Ramón. Introdução à História da Arquitetura: Das origens ao século XXI. Porto Alegre: Ed. Bookman, 2010, Capítulos 3 e 4. O EGITO DA GEOMETRIA À FORMA REFERÊNCIAS História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno