CASTELO DE ROBSON MIGUEL - RIBEIRÃO PIRES
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 2 ]
CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO
Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na
internet. Se você a leu, gostou e lhe edificou, peço que faça uma
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Este material literário do autor não tem fins lucrativos,
nem lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste
em contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de
vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o
único Deus Todo-Poderoso.
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[ 3 ]
FINALIDADE DESTA OBRA
Este livro como os demais por mim publicados
tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores,
a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si
mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de
entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa
existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a
caminhada para o conhecimento é gradual e não
alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente
não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste
livro você encontrará algumas respostas para alguns dos
dilemas de nossa existência.
AUTOR: O PEREGRINO CRISTÃO é licenciado em
Ciências Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de
Santos; possui curso superior em Gestão de Empresas pela
UNIMONTE de Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das
Assembléias de Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia
Judiciária pela USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA
sobre Epístolas Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista
profissional pelo SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do
Trabalho. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o
Centro de Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros e
ao ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou
participar de eventos, evitando convívio social.
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[ 4 ]
CONTATO:
Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com
áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo
Grupo de estudo no whatsapp
55 13 996220766 com o Escriba de Cristo
E-MAIL: teologovaldemir@hotmail.com
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
M543 O PEREGRINO CRISTÃO, Central de Ensinos
Bíblicos 1969 –
CASTELO DE ROBSON MIGUEL
Ribeirão Pires / SP
Clubedeautores, Uiclap, Rascunho2, 2025,
116 p. ; 21 cm
ISBN: Edição 1°
1. Castelo medieval 2. Robson Miguel 3. História
4. Ribeirão Pires 5. Arquitetura
CDD 180
CDU 380.8
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
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Sumário
INTRODUÇÃO......................................................................8
O QUE É UM CASTELO .................................................... 10
O SONHO DO CASTELO................................................... 15
O TERRENO ....................................................................... 17
SISTEMA DE AQUECIMENTO PRIMITIVO..................20
CASTELO DE PEDRAS ......................................................20
O ENIGMA DA LUZ ...........................................................23
ACESSO AO CASTELO.......................................................23
PORTÃO DE ENTRADA....................................................24
PORTA LEVADIÇA.............................................................25
O TÚNEL DO CASTELO ...................................................27
SACADA................................................................................30
PONTE LEVADIÇA ............................................................33
CALABOUÇO.......................................................................36
MURALHAS .........................................................................38
AMEIAS ................................................................................ 41
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[ 6 ]
BANHEIROS........................................................................46
ADARVE OU CAMINHO DE RONDA .............................49
QUARTO PARA HÓSPEDES .............................................50
BURACO NEGRO ...............................................................52
FONTE DE ÁGUA DO CASTELO.....................................54
CASTELO ALUGA-SE PARA EVENTOS ..........................56
PROJETOS COM NOTA SOL ............................................57
SERVIÇO DE MONITORAMENTO.................................57
OS ORIFÍCIOS DE OBSERVAÇÃO PELO CASTELO.....59
A SALA DO REI ...................................................................59
AS BÍBLIAS........................................................................... 61
SEMELHANÇA COM A PIRÂMIDE DE QUÉOPS ......... 61
A FORCA ..............................................................................62
LAGO DE CARPAS..............................................................65
O FOSSO QUE CERCA O CASTELO ................................66
A SENZALA.................................Error! Bookmark not defined.
PAREDÕES ..........................................................................68
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[ 7 ]
PÁTIO PRINCIPAL.............................................................70
POÇO DE ÁGUA..................................................................75
CANHÃO E OS CASTELOS ...............................................76
ESCADARIAS DO CASTELO .............................................77
ALMOÇO NO CASTELO.................................................... 81
RIBEIRÃO PIRES LOCAL DO CASTELO........................82
CASTELO MEDIEVAL .......................................................87
PARTE 2 ...............................................................................94
A BIOGRAFIA DO ROBSON MIGUEL.............................94
O ACIDENTE COM COBRA............................................ 106
TRADUTOR DE TUPY-GUARANI ..................................112
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[ 8 ]
INTRODUÇÃO
Este castelo é inspirado no violão, na nota
musical SOL e é dedicado ao violão. Caminhando em um
dos pátios você poderá ver lajotas no formato de violão.
O castelo demorou apenas 5 anos para ser construido,
sim, apenas 5 anos, porque se fosse na Idade medieval
demoraria décadas. Robson Miguel é um dos maiores
nomes do violão do mundo e ele muito se encantou ao
saber que os violões nasceram dentro dos castelos e por
isso esta relação de Robson que sempre foi forte com
violão, também anexou a paixão por castelo. Em um dos
ambientes, Robson Miguel já tem uma urna cinerária em
forma de violão onde deverá ser guardada as suas cinzas
após sua morte.
O castelo tem 77 olhos ocultos que dá para
enxergar através das paredes em diversos pontos do
castelo. Em uma das salas, estão expostas dezenas de
fotos de Robson Miguel visitando os castelos europeus.
Destas visitas veio a inspiração para construir este
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[ 9 ]
castelo em Ribeirão Pires. Foi em28 de agosto de 1999, a
data da inauguração do castelo de Robson Miguel.
Localizado na Estância Turística de Ribeirão
Pires/SP, agende sua visita! Tel:(011)91640-6878, não se
arrisque de ir sem entrar em contato antes porque podem
acontecer imprevistos e para não perder viagem, sempre
temos que ser precavidos.
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[ 10 ]
O QUE É UM CASTELO
Um castelo é um tipo de estrutura fortificada
construída durante a Idade Média predominantemente
pela nobreza ou realeza e por ordens militares. Os
estudiosos geralmente consideram um castelo como a
residência privada fortificada de um senhor ou nobre. Isso
é diferente de uma mansão, palácio e vila, cujo propósito
principal era exclusivamente para o prazer e não são
principalmente fortalezas, mas podem ser fortificadas. O
uso do termo variou ao longo do tempo e, às vezes,
também foi aplicado a estruturas como fortalezas de
colina e casas dos séculos XIX e XX construídas para se
assemelhar a castelos. Durante a Idade Média, quando
castelos genuínos foram construídos, eles assumiram
muitas formas com muitas características diferentes,
embora algumas, como paredes de cortina, seteiras e
portas levadiças, fossem comuns.
Os castelos de estilo europeu se originaram nos
séculos IX e X após a queda do Império Carolíngio, o que
resultou na divisão de seu território entre senhores e
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[ 11 ]
príncipes individuais. Esses nobres construíram castelos
para controlar a área imediatamente ao redor deles e
eram estruturas ofensivas e defensivas: eles forneciam
uma base da qual ataques podiam ser lançados, bem
como ofereciam proteção contra inimigos. Embora suas
origens militares sejam frequentemente enfatizadas em
estudos de castelos, as estruturas também serviam como
centros de administração e símbolos de poder. Castelos
urbanos eram usados para controlar a população local e
importantes rotas de viagem, e castelos rurais eram
frequentemente situados perto de características que
eram essenciais para a vida na comunidade, como
moinhos, terras férteis ou uma fonte de água.
O castelo de Robson Miguel não é um castelo
medieval no sentido que foi construído na idade Média,
mas um castelo memorial na qual traz ao território
brasileiro a possibilidade de pessoas visitarem um castelo
de verdade com características medievais, em vários
aspectos quem visita o castelo de Robson Miguel pode
ver e sentir a atmosfera de um castelo europeu.
Muitos castelos do norte da Europa foram
originalmente construídos de terra e madeira, mas tiveram
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[ 12 ]
suas defesas substituídas mais tarde por pedra. Os
primeiros castelos frequentemente exploravam defesas
naturais, carecendo de características como torres e
seteiras e contando com uma torre central. No final do
século XII e início do século XIII, surgiu uma abordagem
científica para a defesa do castelo. Isso levou à
proliferação de torres, com ênfase no fogo de flanco.
Muitos castelos novos eram poligonais ou dependiam de
defesa concêntrica - vários estágios de defesa uns dentro
dos outros que podiam funcionar ao mesmo tempo para
maximizar o poder de fogo do castelo. Essas mudanças
na defesa foram atribuídas a uma mistura de tecnologia
de castelo das Cruzadas, como fortificação concêntrica, e
inspiração de defesas anteriores, como fortes romanos.
Nem todos os elementos da arquitetura do castelo eram
de natureza militar, de modo que dispositivos como
fossos evoluíram de seu propósito original de defesa para
símbolos de poder. Alguns grandes castelos tinham
abordagens longas e sinuosas destinadas a impressionar
e dominar sua paisagem.
O castelo de Robson Miguel em Ribeirão Pires
no Grande ABC no estado de São Paulo possui fosso,
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[ 13 ]
calabouço, torres e vários equipamentos arquitetônicos
que o qualifica para ser chamado de castelo e não de
uma mera mansão e palácio. Ao construir esta
emblemática obra, Robson Miguel se inspirou em mais de
80 castelo que ele já havia visitado na Espanha.
Em termos mais simples, a definição de um
castelo aceita entre os acadêmicos é "uma residência
privada fortificada". Isso contrasta com fortificações
anteriores, como burhs anglo-saxões e cidades muradas
como Constantinopla e Antioquia no Oriente Médio; os
castelos não eram defesas comunitárias, mas eram
construídos e de propriedade dos senhores feudais locais
, para si próprios ou para seu monarca. O feudalismo era
o elo entre um senhor e seu vassalo onde, em troca do
serviço militar e da expectativa de lealdade, o senhor
concederia terras ao vassalo. No final do século XX,
houve uma tendência de refinar a definição de um castelo
incluindo o critério de propriedade feudal, vinculando
assim os castelos ao período medieval; no entanto, isso
não reflete necessariamente a terminologia usada no
período medieval. Durante a Primeira Cruzada (1096–
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[ 14 ]
1099), os exércitos francos encontraram povoados e
fortes murados aos quais se referiam
indiscriminadamente como castelos, mas que não seriam
considerados como tal segundo a definição moderna.
Um castelo, visto no final de uma longa avenida,
iluminado de rosa e vermelho pelo pôr do sol. O castelo
dá uma impressão de tamanho tremendo, e tem uma
imponente portaria com duas torres e, à esquerda, uma
grande torre redonda.
Os castelos serviam a uma série de propósitos,
os mais importantes dos quais eram militares,
administrativos e domésticos. Além de estruturas
defensivas, os castelos também eram ferramentas
ofensivas que podiam ser usadas como base de
operações em território inimigo. Os castelos foram
estabelecidos pelos invasores normandos da Inglaterra
para fins defensivos e para pacificar os habitantes do
país. À medida que Guilherme, o Conquistador,
avançava pela Inglaterra, ele fortificou posições-chave
para proteger as terras que havia tomado. Entre 1066 e
1087, ele estabeleceu 36 castelos, como o Castelo de
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 15 ]
Warwick, que ele usou para proteger contra a rebelião
nas Midlands inglesas.
No final da Idade Média, os castelos tendiam a
perder seu significado militar devido ao advento de
canhões poderosos e fortificações de artilharia
permanentes; como resultado, os castelos se tornaram
mais importantes como residências e declarações de
poder. Um castelo poderia atuar como uma fortaleza e
prisão, mas também era um lugar onde um cavaleiro ou
senhor poderia entreter seus pares. Com o tempo, a
estética do projeto se tornou mais importante, pois a
aparência e o tamanho do castelo começaram a refletir o
prestígio e o poder de seu ocupante. Casas confortáveis
eram frequentemente construídas dentro de suas paredes
fortificadas. Embora os castelos ainda fornecessem
proteção contra baixos níveis de violência em períodos
posteriores, eventualmente eles foram sucedidos por
casas de campo como residências de alto status.
O SONHO DO CASTELO
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 16 ]
Um artigo da Wikipédia é dedicado a Robson
Miguel e conta assim o sonho do castelo:
Após visitar 78 Castelos e confirmar que o Violão
nasceu tocado para Reis e Rainhas dentro de Castelos na
Espanha, Robson Miguel ao retornar para o Brasil, iniciou
uma obra ousada no Brasil, no Estado de São Paulo, na
Estância Turística de Ribeirão Pires, onde em 5 anos
terminou a inusitada construção do seu castelo.
"O Castelo de Robson Miguel" é o único no
mundo especialmente criado em homenagem ao violão,
com 2.056 m² de área construída, contendo a historia dos
reis, negros, índios e do violão, com lagos, túneis,
passagens secretas, pelourinho, forca, prisões,
calabouços, passagens secretas e o Buraco Negro.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 17 ]
No dia 25 de janeiro de 2025, um sábado, tive a
oportunidade de visitar o castelo e ouvi da boca do
próprio Robson Miguel como o seu sonho surgiu após
visitar dezenas de castelos na Europa. Ao retornar ao
Brasil, Robson achou este lote de terreno que tinha as
características ideais para fazer um castelo, a inclinação
do morro onde está o castelo era ideal para começar este
sonho. O sonho não ficou só na cabeça e no coração e
por esforço próprio e sem ajuda governamental ou de
empresas, ele construiu seu castelo dos sonhos. Fica a
lição para todos que mesmo nascendo pobre e
desfavorecido, não temos que lamentar, e sim arregaçar
as mangas.
O TERRENO
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 18 ]
Quando visitei o castelo de Robson Miguel em
Ribeirão Pires, escutei do próprio Robson que após ele
retornar ao Brasil depois de uma temporada na Espanha,
ele ficou sabendo que o lote de terreno estava a venda e
quando ele foi visitar o local, ele de imediato se encantou,
porque o terreno era íngreme como uma colina,
tipicamente um terreno que favorecia a construção de um
castelo, Porque se o terreno fosse plano, as pessoas ao
passarem na rua não veriam o castelo, pois ficaria
escondida atrás das muralhas, mas com o castelo em
uma colina, as pessoas poderia ver acima das muralhas a
estrutura do castelo.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 19 ]
Uma colina era um monte de terra com um topo
plano. Era frequentemente artificial, embora às vezes
incorporasse uma característica pré-existente da
paisagem. A escavação da terra para fazer o monte
deixava uma vala ao redor da colina, chamada de fosso
(que poderia ser úmido ou seco). Embora uma colina seja
comumente associado ao pátio para formar um castelo de
colina e pátio, nem sempre foi esse o caso e há casos em
que uma colina existia por conta própria.
A colina refere-se apenas ao monte, mas era
frequentemente encimado por uma estrutura fortificada,
como uma torre de menagem, e o topo plano era cercado
por uma paliçada. Era comum que a colina fosse
alcançado por uma ponte voadora (uma ponte sobre a
vala da escarpa da vala até a borda do topo do monte).
Às vezes, uma colina cobria um castelo ou salão mais
antigo, cujos quartos se tornavam áreas de
armazenamento subterrâneas e prisões sob uma nova
torre de menagem.
Os castelos mais populares da Europa eram
construídos no topo de penhascos altos. Além das vistas
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[ 20 ]
maravilhosas, isso tinha a vantagem de que os inimigos
se aproximando podiam ser vistos mais cedo, assim como
o terreno acidentado tornava seu acesso mais difícil para
o inimigo.
SISTEMA DE AQUECIMENTO PRIMITIVO
Como era muito caro construir castelos de pedra,
durante o início da Idade Média, a madeira era
geralmente usada. Em termos de aquecimento e
isolamento, podemos ver o quão subdesenvolvidos esses
primeiros tempos eram pelo fato de que os habitantes de
castelos de madeira construíam suas salas de estar
acima dos chiqueiros, tentando se beneficiar do calor
natural que os corpos dos animais emitiam. [8]
Mas fiquem tranquilos... Aqui no castelo do
Robson Miguel não tem chiqueiros, nem este tipo de
aquecimento.
CASTELO DE PEDRAS
Robson Miguel construiu seu castelo em Ribeirão
Pires inspirado nos castelos medievais que visitou na
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 21 ]
Espanha e estes castelos eram de pedras, porque as
pedras davam mais robustez a fortaleza do que as
antigas fortificações de madeira. Com esta inspiração,
Robson Miguel construiu sua fortaleza com o mesmo
material.
Construção: Os primeiros castelos eram feitos de
madeira, mas eram vulneráveis ao fogo e à podridão. O
rei William ordenou que os castelos fossem construídos
em pedra, substituindo muitos castelos de madeira
originais.
Força: Os castelos de pedra eram mais fortes e
mais capazes de suportar ataques.
Custo: Os castelos de pedra eram mais caros do
que os de madeira.
Tempo: Poderia levar uma década ou mais para
construir um castelo de pedra.
Simbolismo: Os castelos eram um símbolo de
poder, prestígio e controle para as famílias da nobreza
que viviam neles.
Outras características dos castelos medievais
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[ 22 ]
Fortalezas: Os castelos de pedra tinham uma
torre principal chamada de fortaleza.
Barbacãs: Os castelos de pedra tinham um portão
externo chamado barbacã.
Escadas em espiral: As escadas em espiral eram
giradas no sentido horário para dar vantagem aos
defensores.
Muralhas romanas: Alguns castelos foram
construídos diretamente sobre fundações de muralhas
romanas ou colocados dentro de fortificações de pedra
romanas.
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[ 23 ]
O ENIGMA DA LUZ
As 12;10h do dia 28 de agosto a luz do sol entra
em uma fresta do castelo que tem o formato de um violão.
O alinhamento desta fresta com os movimentos
astronômicos faz que somente neste dia e horário a luz
do sol entra e se projeta sobre o ataúde onde será
depositadas as cinzas de Robson Miguel quando ele
estiver morto.
Este efeito ótico também faz parte de outras duas
obras monumentais: O vale dos Reis e a Pirâmide de
Queóps, ambos no Egito.
ACESSO AO CASTELO
O acesso ao castelo é muito fácil. Ele esta
inserido no município de Ribeirão Pires que por sua vez
esta a poucos minutos de outras cidades do Grande ABC
e cidades como Suzano, Santo André, Rio Grande da
Serra, Mauá, Mogi das Cruzes, São Caetano. Ficando a
apenas uma hora do centro de São Paulo. Para quem
mostra na baixada santista e cidades como Santos, São
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[ 24 ]
Vicente, Praia Grande, Cubatão, Guarujá também não se
gasta mais do que uma hora de carro. O endereço é Rua
do Castelo, 310, Recanto Irani, Ribeirão Pires com
acesso pelo Rodoanel Mario Covas e a rodovia Índio
Tibiriça.
PORTÃO DE ENTRADA
Uma portaria é uma estrutura fortificada
construída sobre o portão de entrada de uma cidade ou
castelo. A portaria moderna é uma característica de
castelos, solares e mansões europeus.
As portarias fizeram sua primeira aparição na
antiguidade primitiva, quando se tornou necessário
proteger a entrada principal de um castelo ou cidade.
Com o tempo, elas evoluíram para estruturas muito
complicadas com muitas linhas de defesa.
Portarias fortemente fortificadas normalmente
incluiriam uma ponte levadiça, uma ou mais portas
levadiças, matacães, arcos para flechas e possivelmente
até buracos para emboscadas onde pedras seriam
jogadas sobre os atacantes. No final da Idade Média,
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[ 25 ]
alguns desses arcos para flechas podem ter sido
convertidos em arcos para armas (ou portas para armas).
[11]
Em 2024 me mudei para a cidade de Rio Grande
da Serra, cidade ao lado de Ribeirão Pires e um dos
lugares que me sugeriram para visitar como ponto
turístico da região foi a Vila inglesa de Paranapiacaba e o
castelo de Robson Miguel. Coisa que fiz e como
historiador e peregrino, os dois lugares me encantaram.
PORTA LEVADIÇA
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 26 ]
A grade levadiça de um castelo é uma entrada
fortificada feita de uma combinação de metal e madeira
forte, como carvalho. A grade levadiça consistia em uma
grade treliçada e podia deslizar rapidamente para cima ou
para baixo em ranhuras inseridas no portal usando cordas
ou correntes.
As portas levadiças fechavam com segurança a
entrada de um castelo enquanto estava sob ataque ou
cerco. Em tempos de crise, elas podiam ser
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 27 ]
administradas por apenas um guarda. Elas eram um
mecanismo de defesa essencial, pois permitiam que o
castelo fosse organizado ao enfrentar uma emboscada.
[10]
Robson Miguel construiu seu castelo procurando
em tudo imitar um autêntico castelo medieval, mas um
castelo exige cifras milionárias, por isto nem tudo ele
pode colocar como manda o figurino. De qualquer
maneira o portão de entrada do seu castelo aparenta ser
porta levadiça.
O TÚNEL DO CASTELO
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 28 ]
Rinaldo Ribeiro de Oliveira publicou em 29 de
março de 2021 no Link In um artigo fazendo analogia dos
tuneis de castelos medievais com a segurança
cibernética.
Não, eu não sou historiador e ainda sou um
profissional apaixonado por segurança cibernética. Então
por que teríamos um título assim para um artigo
relacionado à cibernética, você pode perguntar?
Passagens secretas foram construídas em quase
todos os castelos medievais. Na maioria dos casos, elas
foram construídas para a realeza e aristocratas e muitas
vezes usadas para o movimento de tesouros. Esses
"túneis" geralmente teriam portas escondidas ou
camufladas, usadas como rotas de fuga ou levando a
áreas secretas. Elas seriam abertas por meio de
dispositivos de travamento ou um mecanismo protegido
por código. Você consegue começar a ver as conexões
com o cenário atual de ameaças cibernéticas?
Nossa dependência da tecnologia está mais
evidente do que nunca. Após um ano da pandemia
declarada de COVID-19, as organizações se adaptaram
rapidamente para acomodar o número crescente de
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[ 29 ]
usuários remotos e as necessidades do ecossistema de
tecnologia em uma era sem perímetro. "Zero-trust" é mais
do que uma palavra da moda, mas uma forma de
destacar a necessidade de melhor conscientização sobre
um fato simples: a tecnologia falha.
A equipe do Projeto Zero do Google expôs
publicamente uma operação de hacking de nove meses
que estava usando não 1, mas 11 vulnerabilidades de dia
zero. Eram 11 túneis secretos e backdoors para a
tecnologia que usamos em nossas vidas cotidianas,
supostamente conhecidos apenas por alguns, incluindo
um governo ocidental aliado dos EUA. O software que foi
atacado incluía o navegador Safari em iPhones, mas
também muitos produtos do Google, incluindo o
navegador Chrome em telefones Android e computadores
Windows.
Isso merece alguma reflexão: assim como as
portas secretas e passagens ocultas em castelos
medievais, vemos regularmente evidências de backdoors
semelhantes presentes em tecnologias usadas por
organizações e cidadãos no mundo todo. [16]
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 30 ]
Em resumo, os túneis podiam ser usados como
rota de fuga caso algo desse errado com o sistema de
segurança de um castelo e o inimigo conseguiu invadir.
SACADA
Uma sacada é uma construção externa que não
segue o alinhamento da parede, dando a impressão de
estar fora da construção.
Ao longo dos séculos, as sacadas
desempenharam um papel importante como
características arquitetônicas bonitas, porém práticas, em
edifícios no mundo todo. Balconette analisa sua evolução
e destaca alguns exemplos interessantes e históricos.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 31 ]
Para entender completamente uma sacada e seu
propósito, precisamos primeiro defini-la. Derivado do
italiano balcone que significa andaime, do alto alemão
balcho ou viga e do termo persa balkaneh, uma sacada é
um tipo de plataforma que se projeta da parede de um
edifício, apoiada por colunas, suportes ou em balanço e
fechada com uma balaustrada.
Acredita-se que as primeiras sacadas datam de
mais de dois mil anos, na Grécia Antiga, quando
provavelmente atendiam a necessidades puramente
funcionais, como aumentar a circulação de ar em climas
quentes ou melhorar a iluminação natural no interior de
um edifício.
Uma sacada é parte integrante da fachada de um
edifício, portanto seu design é crucial para a arquitetura
da propriedade. Ao longo dos anos, os estilos de sacada
evoluíram para refletir mudanças no design estrutural,
construção e materiais de construção. A sacada
tradicional maltesa é uma sacada fechada de madeira
que se projeta de uma parede. Alternativamente, as
sacadas Julieta (nomeadas em homenagem à Julieta de
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[ 32 ]
Shakespeare que cortejou Romeu de sua sacada) não se
projetam para fora do edifício. Elas geralmente fazem
parte de um andar superior, estreitas em profundidade e
com uma balaustrada apenas na frente. Vários tipos de
sacada foram usados para representar a cena fictícia dos
amantes e a famosa na villa de Verona não é uma sacada
Julieta no verdadeiro sentido de design.
As sacadas Julieta cercam portas francesas ou
duplas e permitem que elas sejam abertas para dentro
para aumentar a luz e a ventilação, evitando que os
ocupantes caiam. Atuando efetivamente como uma
restrição, elas não são consideradas sacadas verdadeiras
porque não têm plataforma para ficar em pé. No entanto,
as sacadas Julieta continuam tão populares agora quanto
eram há vários séculos e são uma maneira muito eficaz
de adicionar uma sensação externa a um espaço interno.
Nos períodos medieval e renascentista, as sacadas
externas eram sustentadas por mísulas feitas de
sucessivas fiadas de alvenaria ou por grandes suportes
de madeira ou pedra. A partir do século XIX, os suportes
comumente usados incluem ferro fundido, concreto
armado e outros materiais. [15]
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 33 ]
Nas fotos acima, minha esposa Gladis esta na
sacada do castelo, saindo do salão principal e posando
na sacada que dá visão para a entrada do castelo.
PONTE LEVADIÇA
O castelo de Robson Miguel não possui ponte
levadiça, nem todos os castelos medievais possuíam.
Mas acredito que falta apoio financeiro da prefeitura e da
inciativa privada para fazerem parceria com Robson
Miguel, para poderem fazer reformas e ampliações no
castelo, afinal é um patrimônio cultural da cidade.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 34 ]
Melhorias no castelo iria trazer mais turistas e
consequentemente mais dinheiro para o município.
Infelizmente não vejo visão do poder público e nem dos
administradores de empresa, pois deveria associar suas
marcas a um empreendimento cultural. Quem não tem
dinheiro para ir visitar castelos na Europa, bem poderiam
ir no Grande ABC para ver uma réplica. Até o governo
estadual e federal deveriam pensar nisso.
Partes do Castelo Medieval: O Portal - Ilustração
Como a ponte levadiça funcionava
A ponte levadiça era geralmente apoiada por um
ou mais potcullises.
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[ 35 ]
A ponte levadiça de um castelo normalmente
formava sua entrada e levava ao portão. Ela se estendia
sobre o fosso e podia ser elevada para impedir a entrada
na fortificação.
Pontes levadiças eram comumente feitas de
madeira. O deck de madeira tinha uma borda articulada
ou pivotante na soleira da portaria para que pudesse ser
levantada e nivelada contra o portão. Algumas podem ter
sido projetadas para serem destruídas no caso de um
ataque.
A ponte levadiça podia ser abaixada ou levantada
usando cordas ou correntes presas a um molinete em
uma câmara na portaria. Alguma forma de basculante
geralmente pode ser encontrada para pontes mais
pesadas, pois elas forneciam um contrapeso mais
pesado. Em alguns casos, o peso era fornecido pela
ponte levadiça. No século XIV, arranjos de basculantes,
como braços de elevação, foram introduzidos. Eles eram
instalados acima e paralelos ao tabuleiro da ponte. As
extremidades eram ligadas por correntes à extremidade
de elevação da ponte. Na posição elevada, os arpões se
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 36 ]
encaixavam em ranhuras na parede da portaria. Dentro
deles, geralmente havia contrapesos. [19]
CALABOUÇO
A Oubliette – ou o "quarto esquecido" – era uma
punição pior do que ser jogado em uma masmorra de
castelo. Se você consegue se lembrar do "chokey" de
"Matilda", de Roald Dahl, a oubliette era uma punição
muito parecida.
A masmorra era um pequeno poço vertical, que
muitas vezes era grande o suficiente apenas para uma
pessoa ficar de pé. Nele, ela não conseguiria se agachar,
ajoelhar, sentar ou até mesmo se virar.
Um diagrama de uma masmorra de castelo. Esta
era mais larga do que muitas – uma prisão de campânula,
se preferir.
Eles teriam sido baixados até esse poço por um
guarda e, quando chegassem ao fundo, a corda teria sido
recolhida e o alçapão acima deles teria sido fechado.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 37 ]
Muitas vezes, o poço era tão fundo que não havia
como alcançar o alçapão.
Na masmorra, o prisioneiro seria forçado a
permanecer de pé, no escuro, até ser libertado – se é que
isso aconteceria.
Comida e água poderiam ter sido jogadas neles
se tivessem sorte (ou se sua sobrevivência fosse
considerada importante), mas, no geral, era uma punição
realmente horrível.
Um exemplo de masmorra pode ser descoberto
na Bastilha, na França. [3]
Na foto apareço ao lado do calabouço e ao fundo
vemos o Robson Miguel. Neste momento ele nos
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 38 ]
explicava sobre a função do calabouço nos castelos
medievais.
MURALHAS
Além de simples torres, todos os castelos têm
muralhas defensivas ao redor.
como os romanos sabiam, muros simples podem
ser difíceis de defender porque os defensores precisam
ser capazes de atirar em todas as áreas externas, mas
perto dos muros. A solução romana era construir torres
em intervalos ao longo dos muros. Essas torres forneciam
fogo de cobertura para os muros. Essa mesma solução foi
usada na época medieval.
Os construtores medievais usavam uma série de
técnicas para reforçar muros, por exemplo, construindo-os
mais grossos na base para evitar solapamentos (taludes)
e cortando as pedras de forma a suportar projéteis de alto
impacto (bossing).
Muralhas de castelo também eram usadas para
ajudar as defesas de outras maneiras - por exemplo,
passarelas no topo das muralhas (chemins de rondes)
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 39 ]
permitiam que os defensores se movessem rapidamente
ao redor das defesas do castelo. Ameias os protegiam do
fogo inimigo. Ameias simples podiam dar suporte a outras
defesas, como hourdes em tempos difíceis, mais tarde
substituídas por matacães de pedra permanentes.
Os muros eram frequentemente providos de arcos
para flechas e, mais tarde, de canhoneiras para permitir
que os defensores atirassem no inimigo com relativa
segurança.
Não era só o castelo que precisava de proteção.
Em áreas onde a Igreja era particularmente impopular,
seus edifícios eram frequentemente construídos como
castelos. Esta é a Catedral de Albi, na França.
Muros de cortina
Uma muralha cortina ou courtine é um tipo de
muralha defensiva que faz parte das defesas de castelos
e cidades medievais.
A parede cortina cercava e protegia o pátio
interno, ou muralha, de um castelo. Essas paredes eram
frequentemente conectadas por uma série de torres ou
torres murais para adicionar força e fornecer melhor
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 40 ]
defesa do solo fora do castelo, e eram conectadas como
uma cortina drapeada entre esses postes.
Provisões e edifícios adicionais eram
frequentemente cercados por tais construções, projetados
para ajudar uma guarnição a durar mais tempo durante
um cerco por forças inimigas.
Com a introdução dos fortes em estrela
(fortificação de traço italiano), a altura das muralhas foi
reduzida e obras externas adicionais, como revelins e
tenailles, foram adicionadas além do fosso para proteger
as muralhas de canhões diretos. [4]
Na foto, estou no caminho de patrulha, no alto de
uma muralha do castelo de Robson Miguel.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 41 ]
AMEIAS
As muralhas do castelo eram frequentemente
ameadas, ou seja, providas de projeções chamadas
merlões. Esses merlões forneciam proteção aos
defensores, permitindo que atirassem das brechas entre
eles. Alguns merlões eram providos de suas próprias
seteiras, fornecendo aos defensores ainda mais proteção.
Uma ameia (também chamada de ameia) na
arquitetura defensiva, como a de muralhas ou castelos,
(compreende muros) nos quais porções foram cortadas
em intervalos para permitir o disparo de flechas ou outros
projéteis. Essas porções cortadas formam ameias
(também conhecidas como cornels, embrasures, loops ou
wheelers).
As larguras sólidas entre as ameias são
chamadas de merlões. Uma parede com ameias é dita
ameada. As ameias podem ter passarelas protegidas
atrás delas.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 42 ]
O termo surgiu por volta do século XIV, a partir da
palavra francesa antiga batailler, "fortificar com batailles"
(torres de defesa fixas ou móveis).
Ameias têm sido usadas por milhares de anos; o
exemplo mais antigo conhecido está no palácio de
Medinet-Abu em Tebas no Egito, que supostamente
deriva de fortalezas sírias. Ameias eram usadas nas
muralhas que cercavam cidades assírias, como mostrado
em baixos-relevos de Nimrud e outros lugares. Vestígios
delas permanecem em Micenas na Grécia, e alguns
vasos gregos antigos sugerem a existência de ameias.
Ameias podem ser vistas na Grande Muralha da China.
Os romanos usavam pináculos baixos de madeira
para seus primeiros aggeres (terreplains). Nas ameias de
Pompéia, proteção adicional derivava de pequenos
contrafortes internos ou paredes de esporão contra as
quais o defensor podia se colocar para obter proteção
completa de um lado. Nas ameias da Idade Média, a
ameia compreendia um terço da largura do merlão: este
último, além disso, podia ser provido de arcos de flechas
de vários formatos, dependendo da arma a ser disparada.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 43 ]
Os merlões tardios permitiam disparos das primeiras
armas de fogo.
A partir do século XIII, os merlões podiam ser
conectados com persianas de madeira que forneciam
proteção adicional quando fechadas. As persianas foram
projetadas para serem abertas temporariamente para
permitir fogo contra atacantes, e fechadas durante o
recarregamento.
O termo canhoneira, na arquitetura militar, refere-
se à abertura em uma ameia entre as duas porções
sólidas elevadas ou merlões, às vezes chamada de ameia
ou crenelle. O propósito das canhoneiras é permitir que
as armas sejam disparadas para fora da fortificação
enquanto o atirador permanece coberto. A extensão da
parede no interior fornece espaço para o soldado e seu
equipamento, e permite que eles cheguem o mais perto
possível da face da parede e da própria seteira.
Excelentes exemplos de seteiras profundas podem ser
vistos em Aigues-Mortes e Château de Coucy, ambos na
França.
No século XIX, uma distinção foi feita entre
canhoneiras sendo usadas para canhões e brechas
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 44 ]
sendo usadas para mosquetes. Em ambos os casos, a
abertura era normalmente feita mais larga na parte interna
da parede do que na parte externa. A parte externa era
feita o mais estreita possível (um pouco mais larga do que
o cano da arma que se pretendia usá-la) para permitir o
tiro mais difícil possível para os atacantes que
retornassem o fogo, mas a parte interna tinha que ser
mais larga para permitir que a arma fosse girada para
mirar em um arco razoavelmente grande.
Foi feita uma distinção entre canhoneiras ou
brechas verticais e horizontais, dependendo da orientação
da fenda formada na parede externa. As brechas verticais
— que são muito mais comuns — permitem que a arma
seja facilmente levantada e abaixada em elevação para
cobrir uma variedade de alcances facilmente. Para varrer
de um lado para o outro, a arma (e seu atirador ou
tripulação) deve se mover corporalmente de um lado para
o outro, girando em torno do cano, que é efetivamente
fixado pela fenda.
As brechas horizontais, por outro lado, facilitam a
varredura rápida pelo arco na frente, mas tornam grandes
ajustes na elevação muito difíceis. Elas eram geralmente
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 45 ]
usadas em circunstâncias em que o alcance era muito
restrito de qualquer maneira, ou onde a cobertura rápida
de um amplo campo de arco era preferida.
Outra variação tinha fendas horizontais e verticais
dispostas na forma de uma cruz, e era chamada de
crosslet loop ou arbalestina, pois era destinada
principalmente a arbalestiers (besteiros). Nos séculos XVI
e XVII, depois que a besta se tornou obsoleta como arma
militar, as crosslet loopholes ainda eram criadas às vezes
como um recurso arquitetônico decorativo com um
simbolismo cristão. [7]
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 46 ]
NO castelo de Robson Miguel no alto de muralhas
e nos muros existem ameias que são estas aberturas no
topo, onde os soldados podiam se proteger de flechadas
dos invasores e inimigos e dali lançar seus projéteis
contra os adversários.
BANHEIROS
Os banheiros tem os dizeres: Banheiro das
rainhas e banheiros dos reis. A segunda foto abaixo não é
do castelo do Robson Miguel, trata-se de um típico
banheiro medieval.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 47 ]
Banheiros, Lavatórios e Guarda-roupas
Banheiros, tão comuns no mundo clássico,
desapareceram na Europa Medieval - exceto em
monastérios. Exceto em certas circunstâncias, banhos
não eram necessários para pessoas comuns - até os
tempos vitorianos, a limpeza era fundamentalmente
precária.
Os banhos eram tomados em banheiras de
madeira transportáveis. No verão, o sol podia aquecer a
água e o banhista. A banheira podia ser movida para
dentro quando o tempo piorava.
A privacidade era garantida com uma tenda ou
cobertura.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 48 ]
Em inglês, um garderobe passou a significar um
banheiro primitivo em um castelo ou outra construção
medieval, geralmente um simples buraco descarregando
para o exterior. Esses banheiros eram frequentemente
colocados dentro de uma pequena câmara.
Tecnicamente, os garderobes eram pequenos
cômodos ou grandes armários (closets) nos quais a
latrina ficava localizada. Esses armários eram
frequentemente usados para armazenar objetos de valor
Uma descrição do guarda-roupa no castelo de
Donegal indica que, na época em que o guarda-roupa do
castelo estava em uso, acreditava-se que a amônia era
um desinfetante e que os casacos e capas dos visitantes
eram guardados no guarda-roupa.
Dependendo da estrutura do edifício, os
garderobes podem levar a fossas ou fossos. Muitos ainda
podem ser vistos em castelos e fortificações normandos e
medievais. Eles se tornaram obsoletos com a introdução
do encanamento interno.
Dadas as prováveis correntes de ar ascendentes
em um castelo medieval, um penico geralmente ficava
perto da cabeceira da cama. [6]
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 49 ]
ADARVE OU CAMINHO DE RONDA
Um chemin de ronde (francês, "caminho redondo"
ou "caminho de patrulha") é uma passagem elevada e
protegida atrás de uma ameia de castelo.
Nas primeiras fortificações, os altos muros do
castelo eram difíceis de defender do chão. O chemin de
ronde foi concebido como uma passarela permitindo que
os defensores patrulhassem os topos das muralhas,
protegidos do lado de fora pelas ameias ou um parapeito,
colocando-os em uma posição vantajosa para atirar ou
lançar projéteis. [12]
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 50 ]
Na foto, eu e a minha esposa Gladis
estamos em um pátio que serve com caminho de ronda,
pois está em uma elevação com muralha e as ameias
para defesa do castelo, ao fundo da foto, vemos uma
torre.
QUARTO PARA HÓSPEDES
Câmaras de cama
O cômodo no castelo chamado de Câmara dos
Lordes e Damas, ou Grande Câmara, foi planejado para
ser usado como um quarto e usado pelo senhor e pela
senhora do castelo - também oferecia alguma privacidade
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 51 ]
para a família nobre do castelo. Este tipo de câmara era
originalmente uma sala dividida que foi adicionada ao final
do Grande Salão. A câmara dos Lordes e Damas foi
posteriormente situada em um andar superior quando era
chamada de solar.
Os atendentes pessoais do senhor e da senhora
tinham a sorte de ficar com seu mestre ou senhora em
seus aposentos separados. No entanto, eles dormiam no
chão enrolados em um cobertor, mas, pelo menos no
chão, eles podiam absorver um pouco do calor da lareira.
Mesmo durante os meses mais quentes do ano, o castelo
mantinha uma umidade fria e todos os moradores
passavam o máximo de tempo possível aproveitando o ar
livre. Muitas vezes, os membros enrolavam cobertores em
volta de si mesmos para se manterem aquecidos
enquanto trabalhavam (de onde derivamos o termo roupa
de cama).
O senhor, sua família e convidados tinham o
conforto adicional de cobertores pesados, colchões de
penas, cobertores de pele e tapeçarias penduradas nas
paredes para bloquear a umidade e a brisa, enquanto os
moradores de status inferior geralmente dormiam nas
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 52 ]
torres e se contentavam com roupas de cama mais leves
e o corpo humano para se aquecer. [5]
Nesta foto, estou em um quarto de hóspede do
castelo do Robson Miguel. Aqui as pessoas podem
passar por uma experiência de pagar uma diária, hoje no
valor de 200 reais e dormir no castelo.
BURACO NEGRO
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 53 ]
O buraco negro é uma parte do castelo de
Robson Miguel que é sensacional. Conversei com várias
pessoas que visitaram o castelo e todas amaram
caminhar pelo túnel. Algumas tiveram medo, outras
acharam que sentiriam claustrofobia, mas não foi para
tanto. Outras pessoas disseram que no dia que foram
viram morcegos. No dia que eu visitei e caminhei de
ponta a ponta pelo túnel e estive no buraco negro não vi
nenhum morcego, mas também se visse, ficaria mais
contente, pois daria mais clima ao ambiente.
Na foto acima dá para se ter uma ideia da altura
deste buraco. Tiramos a foto de baixo para cima e vemos
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 54 ]
ao fundo o buraco acima de nós. Em alguns castelos este
buraco servia para arremessar os condenados a morte.
FONTE DE ÁGUA DO CASTELO
Um poço de castelo era um reservatório de água
construído para fornecer água potável a um castelo. Era
frequentemente o elemento mais caro e demorado na
construção de um castelo, e seu tempo de construção
podia durar décadas.
O poço – assim como quaisquer cisternas
disponíveis – fornecia uma fonte protegida de água
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 55 ]
potável para a guarnição do castelo em paz e guerra e
também para qualquer população civil que buscasse
refúgio durante um cerco. Nos tempos medievais, poços
externos eram frequentemente envenenados, geralmente
com um corpo em decomposição, para forçar uma
guarnição a se render. Mas poços perfurados dentro do
próprio castelo não podiam ser envenenados de fora
durante um cerco. [13]
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 56 ]
Conforme lemos na inscrição, no castelo de
Robson Miguel em Ribeirão Pires se encontra uma das 33
nascentes que dá nome a cidade: Ribeirão Pires.
CASTELO ALUGA-SE PARA EVENTOS
Jefferson Ribeiro de Medeiros em 2024 visitou o
local e disse:
É uma experiência pitoresca. O próprio Robson é
o guia do seu castelo. Muitas surpresas nos esperam. O
acesso é bem fácil. Muitas histórias da carreira do
Robson são contadas. O local também pode ser alugado
para eventos.
Nos últimos anos o castelo recebeu estudantes
de escolas que vão em excursão, encontros culturais de
literatura, arte e música.
Imagine você fazer sua festa de casamento em
um castelo??? Olha que seria um evento inesquecível!!!
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 57 ]
PROJETOS COM NOTA SOL
A primeira torre de entrada do castelo é afinada
em 96 hertz e por todo lado, o musico Robson Miguel fez
esta engenhosidade no castelo. Em um vídeo ele diz que
usou um trombone porque dá para controlar as notas
musicais por este instrumento. Ele explica como usou o
trombone, fita métrica, calculo com a medida PI, assim ele
chegou no diâmetro e altura que deveria ter aquela torre
para dar um efeito sonoro que vocês só vão saber
estando lá e fazendo a visita monitorada, pois nela o
Robson Miguel vai demonstrar algo impressionante.
SERVIÇO DE MONITORAMENTO
Agora no início de 2025, a administração do
castelo cobrava 10 reais para visitar as instalações do
castelo e 50 reais para visita com o monitoramento do
próprio Robson Miguel. Só a presença do Robson Miguel
por algumas horas conosco já vale muito mais do que 50
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 58 ]
reais, agora a aula de história e o aprendizado “in loco”
que temos pelo serviço de monitoramento de visita, não
tem preço. Você ter como guia turístico o construtor e
dono do castelo é sensacional.
Robson Miguel começando os trabalhos como
guia do castelo e falando de cada detalhe. Neste instante
ele chamou uma das tartarugas pelo nome e ele emitia
um som, ela rapidamente saiu do fundo do lago e veio a
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 59 ]
superfície do lago e se dirigiu até o Robson Miguel. Uma
experiencia fantástica vê ele e o animal interagirem
daquela forma. Valeu cada centavos do ingresso. Eu e os
demais turistas ficamos estarrecidos com a apresentação.
OS ORIFÍCIOS DE OBSERVAÇÃO PELO CASTELO
O castelo tem 77 olhos ocultos que dá para
enxergar através das paredes em diversos pontos do
castelo. São buracos na parede em locais estratégicos,
seguindo os melhores modelos medievais e nos remete
aos filmes de terror em castelos mal-assombrados.
Robson Miguel pensou também neste detalhe ao construir
seu castelo. Durante a visitada monitorada, Robson
Miguel vai mostrando diversos orifícios nas muralhas com
esta finalidade de observação.
A SALA DO REI
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 60 ]
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 61 ]
Quem visita o castelo Robson Miguel com o
monitoramento de Robson Miguel tem a vantagem de
ouvir as explicações de coisas que a pessoa nem imagina
que tem ali, e de quebra ainda pode brincar como eu e
minha esposa de se assentarem no trono do castelo, ser
coroado e levantar a espada real.
AS BÍBLIAS
Robson Miguel é cristão de linha evangélica e
vemos no castelo várias evidencias que a influencia do
cristianismo é forte em sua vida. Em uma mesa há uma
coleção de Bìblias em várias línguas. Uma delas é uma
raridade e esta em uma redonda de vidro a prova de bala
e segundo Robson Miguel é da época da Reforma
Protestante. Na visita monitorada Robson explica sua
teoria sobre a divisão da terra descrita no livro de Gênesis
e a origem das etnias humanas.
SEMELHANÇA COM A PIRÂMIDE DE QUÉOPS
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 62 ]
A FORCA
Nos castelos medievais, o senhor feudal tinha
poder de vida e morte e executava justiça na sua
jurisdição, podendo condenar a morte aquele que fosse
considerado culpado por algum crime. Esta é uma forca
exibida no castelo de Robson Miguel.
Tortura e Punição - Morte por Enforcamento
Durante os tempos medievais, infligir dor e tortura
era uma forma aceita de punição ou interrogatório. Os
torturadores cruéis e impiedosos eram induzidos a infligir
os horrores da tortura ou punição, incluindo a Morte por
Enforcamento, aos lamentáveis prisioneiros. Diferentes
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 63 ]
tipos de tortura ou métodos de punição eram infligidos,
dependendo do crime e do status social da vítima, usando
vários métodos e vários tipos de dispositivos ou
instrumentos.
A Lei, Crime, Tortura e Punição - Morte por
Enforcamento
Não havia leis ou regras para proteger o
tratamento de prisioneiros que enfrentavam tortura ou
punição, como a Morte por Enforcamento. Não importava
o tipo de tortura ou punição usada, era visto como um
meio totalmente legítimo para a justiça extrair confissões,
obter os nomes de cúmplices, obter testemunhos ou
confissões ou impor uma pena, sancionada por lei por um
erro cometido. A descrição a seguir fornece fatos e
informações sobre a Morte por Enforcamento.
Fatos e informações sobre a morte por
enforcamento - A forca
A forma mais comum de execução na Idade
Média era a execução por enforcamento, que era
praticada e descrita da seguinte forma:
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 64 ]
"Em cada cidade, e quase em cada vila, havia
uma forca permanente, que, devido ao costume de deixar
os corpos pendurados até que se desfizessem em pó,
raramente ficava sem alguns cadáveres ou esqueletos
presos a ela. De acordo com a regra prescrita, a forca era
colocada em uma parte importante na história política e
criminal daquela cidade."
Descrição da Morte por Enforcamento
A seguinte descrição de uma execução na Idade
Média descreve a Morte por Enforcamento:
"O criminoso condenado à forca era geralmente
levado ao local da execução sentado ou em pé em uma
carroça*, de costas para os cavalos. Quando o criminoso
chegava ao local da execução, a corda era colocada em
volta do seu pescoço, da qual ele era suspenso e,
portanto, estrangulado até a morte. Quando as palavras
"será enforcado até que a morte aconteça" são
encontradas em uma sentença, não se deve supor que
elas foram usadas apenas como uma forma, pois em
certos casos o juiz ordenou que a sentença fosse
executada apenas na medida em que provasse ao
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 65 ]
culpado a terrível sensação de enforcamento. Em tais
casos, a vítima era simplesmente suspensa por cordas
passando sob as axilas, um tipo de exibição que não
estava livre de perigo quando era muito prolongada, pois
o peso do corpo apertava tanto a corda em volta do peito
que a circulação poderia ser interrompida. Muitos
culpados, depois de pendurados assim por uma hora,
quando derrubados, estavam mortos ou só sobreviveram
a esse doloroso processo por um curto período de
tempo." [21]
LAGO DE CARPAS
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 66 ]
Neste lago no castelo se encontra carpas e varias
tartarugas-tigres. Os visitantes são estimulados a darem
ração as carpas, jogando no lago ração para poder
apreciar os peixes subindo a superfície.
O FOSSO QUE CERCA O CASTELO
O fosso é pequeno conforme dá para ver no lado
esquerdo do portão no castelo de Robson Miguel. Apenas
servindo como modelo.
Uma vala artificial ou fosso era cavado em volta
de todo o complexo do castelo e podia ser preenchido
com água, permanente, ou temporariamente, em alguns
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 67 ]
casos, durante ataque. Como a criação de um fosso fosse
um empreendimento muito grande, a presença de
elevações ou depressões naturais eram fatores
importantes na escolha, em primeiro lugar, da localização
do castelo. A terra ou a pedra escavada na preparação do
fosso, podiam ser usadas para fazer a elevação na qual o
castelo seria, subsequentemente, construído.
O fosso era suficientemente profundo para
impedir ataques a cavalo, a pé ou torres de sítio. As
laterais de pedra eram inclinadas e podiam receber um
acabamento com estacas de madeira para torná-la mais
escorregadia. Algumas estacas podiam ser colocadas no
fundo para impedir uma travessia fácil. Se preenchido
com água, somente meio-metro de água era suficiente
para obstruir o inimigo e torná-lo mais vulnerável aos
projéteis lançados do alto das torres. [9]
No castelo de Robson Miguel, ele nos contou que
saiu caro fazer o fosso que cerca a frente do castelo,
foram necessários muitos caminhões para aterrar, porque
ali na frente era um brejo que atolava até as botas.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 68 ]
PAREDÕES
Os paredões dos castelos dão uma visão
imponente a estas construções. Nas fotos acima vemos
alguns paredões do castelo de Robson Miguel. Os
revestimentos de pedras dão um glamour especial
remetendo ao período que o castelo se propõe a imitar.
Origem das muralhas de pedras
Quando os romanos ocuparam a Inglaterra no
século I a.C., eles construíram fortes defensivos em locais
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 69 ]
cruciais para controlar o campo. Cerca de 500 anos
depois, o Império Romano estava sobrecarregado e sob
pressão de novas ameaças em casa, então eles deixaram
a Inglaterra, e a Idade das Trevas começou.
Eles também deixaram para trás muros de pedra,
como a Muralha de Adriano no Norte da Inglaterra, e
fortificações de pedra, principalmente ao longo da costa
sul. Quando William invadiu a Inglaterra em 1066 e
desembarcou na Baía de Pevensey, sua primeira ação foi
construir um castelo de madeira com motte e bailey. Ele
colocou o castelo dentro dos muros romanos que eles
deixaram para trás em Pevensey. Isso forneceu ao
castelo de madeira de William um perímetro de muro de
pedra instantâneo, tornando a defesa mais fácil.
Isso se tornou uma prática comum: colocar
castelos medievais dentro de fortificações de pedra
romanas ou construir castelos diretamente sobre as
fundações da muralha romana. Algumas cidades inglesas
eram cercadas por uma muralha de pedra romana, que
ainda existe em York e Chester. [22]
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 70 ]
PÁTIO PRINCIPAL
Na foto estou no salão ou pátio principal do
castelo de Robson Miguel, aqui ocorre os eventos, festas,
e é servido o almoço para os turistas que contratam este
serviço.
Um bailey interior, também chamado de ala, era
um recinto fortificado. Foi uma característica comum dos
castelos e a maioria destes tinha pelo menos um. A torre
em cima da mota era o domicílio do senhor encarregado
do castelo e um baluarte do derradeiro reduto de defesa,
enquanto o bailey era o lar da família e criadagem do
senhor e lhes dava proteção. Os quartéis para guarnição,
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 71 ]
estábulos, oficinas e instalações de armazenamento eram
frequentemente encontrados no bailey. A água era
fornecida por um poço ou cisterna. Com o tempo, o foco
de alojamento de status elevado deslocou-se da torre
para o bailey; isso resultou na criação de outro bailey que
separou os edifícios de alto status, como o aposento do
senhor e a capela, das estruturas cotidianas, como as
oficinas e os quartéis.
A partir do final do século XII, havia uma
tendência para que os cavaleiros se deslocassem das
pequenas casas que anteriormente haviam ocupado no
bailey interior para viver em casas fortificadas no
campo.[26] Embora frequentemente associado ao castelo
de mota, os baileys também podem ser encontrados
como estruturas defensivas independentes. Essas
fortificações simples eram chamadas de "ringworks". O
enceinte era o principal armamento defensivo do castelo,
e os termos "bailey" e "enceinte" estão ligados. Um
castelo poderia ter vários baileys, mas apenas um
enceinte. Os castelos sem uma torre de menagem, que
dependiam de suas defesas externas para proteção, às
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 72 ]
vezes são chamados de castelos de enceinte; estas
foram as primeiras formas de castelos, antes que a torre
de menagem fosse introduzida no século X.
Na foto estou ao lado do Fernando que também
veio visitar o castelo com suas duas filhas e ao final ainda
assistimos um show particular de Robson Miguel e do
músico e diretor da instituição do castelo: Eneias.
Fernando e suas filhas assistindo o show
particular.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 73 ]
Robson Miguel e Eneias tocando violão em um
show particular.
Eu e a minha esposa Gladis assistindo a
apresentação violão do maior violonista do mundo.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 74 ]
Emily, funcionária do castelo que atende os
visitantes.
O músico Eneias fez duas apresentações. Uma
durante o almoço e outra no final com o Mestre Robson
Miguel
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 75 ]
POÇO DE ÁGUA
Já vimos em outro capítulo anterior a fonte do
castelo que é uma das nascentes do Ribeirão Pires. Em
outra parte do castelo fica o poço conforme foto acima.
Todo castelo precisava de um poço de água e
reservatório para se manter. Na história da humanidade e
das guerras, o inimigo sempre procurava cortar o
fornecimento de agua para forçar uma rendição.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 76 ]
CANHÃO E OS CASTELOS
Embora a pólvora tenha sido introduzida na
Europa no século XIV, ela não afetou significativamente a
construção de castelos até o século XV, quando a
artilharia se tornou poderosa o suficiente para romper
paredes de pedra. Embora os castelos continuassem a
ser construídos até o século XVI, novas técnicas para
lidar com o fogo de canhão aprimorado os tornaram
lugares desconfortáveis e indesejáveis para se viver.
Como resultado, os verdadeiros castelos entraram em
declínio e foram substituídos por fortes de artilharia em
forma de estrela sem função na administração civil, e
castelos ou casas de campo que eram indefensáveis. A
partir do século XVIII, houve um interesse renovado em
castelos com a construção de castelos falsos, parte de
um renascimento romântico da arquitetura gótica, mas
eles não tinham propósito militar.[1]
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 77 ]
ESCADARIAS DO CASTELO
O Mito da Escada em Espiral
No castelo de Robson Miguel existem inúmeras
escadas que dão acessos a vários pavimentos e
cômodos, até nos túneis tem escadas que dão acesso ao
salão principal. Tem estas escadas que estamos
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 78 ]
descendo na foto acima em que saímos do salão principal
e estávamos nos dirigindo a parte baixa do castelo.
A escada em espiral se tornou sinônimo de
castelos, e seu propósito tem sido debatido há muito
tempo. Por muito tempo, a narrativa aceita era que as
escadas em espiral foram desenvolvidas como um
recurso defensivo dentro de um castelo, que foi
construído exclusivamente para defesa. A ideia era que
as escadas em espiral fossem construídas para correr no
sentido horário, de modo que qualquer um que atacasse
(subindo as escadas correndo) seria impedido de lutar
com uma espada, pois o teto e a coluna central
bloqueariam sua mão direita. Enquanto isso, aqueles que
defendessem (descendo as escadas) teriam liberdade de
movimento para sua mão direita, pois o teto geralmente é
mais alto e eles estavam livres da coluna central.
Infelizmente, essa teoria é um tanto prejudicada
por alguns pontos que precisamos considerar. Primeiro,
há escadas anti-horárias registradas, o que dificulta a
teoria. Segundo, em termos de defesa, se os soldados
inimigos conseguiram romper todas as defesas que o
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 79 ]
castelo lançou contra eles e agora estão lutando nas
escadas dentro da fortaleza, os defensores devem saber
quando desistir porque perderam. Normalmente, nas
raras ocasiões em que um castelo era arrastado para o
conflito, os defensores resistiriam se pudessem até que o
alívio chegasse ou se renderiam se a derrota fosse
inevitável. Então, se o inimigo tivesse passado pelos seus
portões e conseguido invadir sua fortaleza, é provável que
você desistisse.
Infelizmente, os propósitos das escadas em
espiral evoluíram para uma versão muito mais
emocionante da verdade. Em vez disso, elas eram uma
resposta útil para uma consideração importante para
mestres pedreiros e construtores de castelos - espaço.
Embora o donjon (torre) fosse a maior estrutura dentro do
castelo, o espaço ainda era escasso, especialmente
quando se considerava a espessura das paredes e salas.
Para atender às demandas de conservação de espaço, os
construtores de castelos usavam escadas em espiral
dentro dos castelos. A escada em espiral foi um
desenvolvimento perfeito para castelos, sendo uma
excelente combinação de economia de espaço e material.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 80 ]
O triste fato das escadas em espiral é que elas não são
tão interessantes quanto as tornamos.
Uma grande entrada
Espirais não são as únicas escadas presentes em
castelos e escadas retas têm seu lugar no grande design.
É correto dizer que castelos não foram construídos
somente como estruturas defensivas, no entanto, escadas
retas eram uma parte importante disso.
As entradas principais de uma torre de menagem
ficavam principalmente no primeiro andar e, portanto, o
edifício só podia ser acessado por uma escada externa.
Isso era muito útil para evitar que máquinas de cerco
acessassem as portas e limitasse a mobilidade daqueles
que pudessem estar tentando entrar à força.
Escadas retas também são importantes para
limitar o acesso de outras maneiras. Elas fornecem aos
guardas e anfitriões uma visão clara de quem quer que
esteja tentando entrar, o que significa que eles são
capazes de evitar hóspedes indesejados simplesmente
dizendo a eles para irem embora e saber quando
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 81 ]
hóspedes importantes estão chegando para fornecer um
breve aviso de momentos. [20]
ALMOÇO NO CASTELO
Chegamos no castelo na parte da manhã e
reservamos o almoço e a visita monitorada. A comida
cozida no fogão a lenha dá uma atmosfera que lembra a
Idade Média pela rusticidade. Não precisa dizer que o
almoço estava ótimo e com preço módico, apenas 30
reais e com direito a comer a vontade. Em uma das fotos,
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 82 ]
minha esposa Gladis tirou uma foto com a cozinheira do
castelo. Uma simpatia de pessoa.
RIBEIRÃO PIRES LOCAL DO CASTELO
O castelo de Robson Miguel está localizado no
município de Ribeirão Pires e provavelmente muitos
brasileiros nunca tenham ouvido falar de Ribeirão Pires,
mas esta cidade tem história e sua história remonta aos
tempos do descobrimento do Brasil pelos portugueses. O
texto a seguir é o que está disponibilizado no portal da
Prefeitura de Ribeirão Pires a qual transcrevo:
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 83 ]
Origens
No século 16, ao tempo da chegada dos
portugueses, o território de Ribeirão Pires estava inserido
em uma imensa aldeia tupiniquim chamada Geribatiba –
nome derivado do Rio Jurubatuba-açú, hoje chamado de
Rio Grande (no ABC) e Pinheiros (na Capital). Chefiava
essa aldeia o índio Caiubi, irmão do Cacique Tibiriçá.
Com o apossamento das terras pelos portugueses e a
criação do sistema de sesmarias, o território de Ribeirão
Pires foi incorporado aos domínios de Brás Cubas, que já
possuía fazenda na Baixada, mas fundou a segunda, no
Planalto, no atual bairro do Tatuapé, à beira do Rio Tietê.
Dadas as condições geográficas desfavoráveis da região
serrana – floresta úmida e fechada, clima frio, forte
neblina – a atual cidade de Ribeirão Pires serviu apenas
como rota de acesso à Vila de São Paulo de Piratininga e
não como local de assentamento. Os colonos buscavam
lugares altos e de campos abertos, fáceis de fortificar,
pois poderiam antever os ataques dos Tamoios (por
exemplo, a construção do Pátio do Colégio, em lugar
elevado, cercado de campos, e a destruição da Vila de
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 84 ]
Santo André da Borda do Campo, localizada em lugar
baixo e cercado de mata fechada).
A Família Pires
A historiografia oficial atribui o nome do município
de Ribeirão Pires ao mestre de campo Antônio Pires de
Ávila. Porém, o militar morou muito brevemente em um
sítio chamado Cassaquera, na beira de um córrego que
leva o mesmo nome – região do atual município de Mauá.
Como seus domínios eram muito amplos e as atuais
divisas não existiam, seu sítio abocanhava uma parte
considerável da região noroeste de Ribeirão Pires,
banhada por um pequeno ribeirão, denominado “dos
Pires”. Sabe-se, com certeza, que se estabeleceu nesse
sítio por volta de 1716, quando retornou de uma de suas
missões em Mato Grosso, em busca de ouro.
O reduto dos Pires – família extensa que chegou
ao Brasil na esquadra de Pedro Álvares Cabral – sempre
foi a Vila de São Paulo. Por essa razão, o militar
concentrava sua atuação na capital, onde disputava
ferrenhamente o poder com a família Camargo.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 85 ]
Por determinação do Rei João V, as duas famílias
– Pires e Camargo – deveriam se revezar no comando da
Câmara de São Paulo, evitando assim o confronto e a
desordem. Nas eleições de janeiro de 1738, ganhou a
disputa um terceiro nome, desbancando o representante
da família Pires, que deveria ser Pedro de Taques Pires.
Revoltado, Antônio Pires de Ávila levantou infantarias de
diversos locais para derrubar o recém-eleito e prender a
todos que o apoiaram. Foi impedido pelo Ouvidor-Geral,
João Rodrigues Campelo, que o condenou por abuso de
autoridade e o enviou a prisão. Pires de Ávila morreu na
Bahia, meses depois, no fundo de uma das piores
masmorras do Brasil.
O único município que Pires de Ávila
comprovadamente fundou foi o de Pitangui, em Minas
Gerais. Quanto ao de Ribeirão Pires, embora não haja
comprovação, convencionou-se, a partir da década de
1980, que sua rápida passagem por esta região
desencadeou o nosso desenvolvimento. Essa versão é
tratada com reserva por historiadores sérios.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 86 ]
Quanto aos descendentes de Pires de Ávila, nada
se sabe. Do ponto de vista histórico-científico, o
levantamento genealógico se torna muito difícil pelo fato
de o mestre de campo ter tido cinco filhas e nenhum filho
varão. Isso significa que os netos de Pires de Ávila não
carregaram seu nome, pois a mulher – ainda nos tempos
atuais – não transmite aos netos a linhagem do nome,
apenas o homem.
Sem a comprovação de que netos do mestre de
campo geraram novos descendentes no atual município
de Ribeirão Pires, tem-se, até o momento, que sua
genealogia se encerrou nas filhas. No século 19, a região
do Pilar Velho teve um proprietário de muitas terras,
chamado Caetano Pires, mas sua relação com a família
de Antônio Pires de Ávila nunca foi comprovada.
A origem do nome “Ribeirão Pires”
No século XIX, a São Paulo Railway & Co.
compra várias terras para a instalação da ferrovia. Em um
de seus relatórios, a companhia cita a necessidade de
construir pontes sobre o Ribeirão Pires e o Ribeirão
Grande. O primeiro, localizado nas proximidades dos
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 87 ]
atuais bairros do Jardim do Mirante, Vila Suely e Bocaina
e o segundo, nas imediações da atual Rua Capitão José
Gallo. O nome “Ribeirão Pires” será gravado na história a
partir da construção da primeira parada de trem, em 1885,
então chamada de “Estação do Ribeirão Pires” – até essa
data, a localidade era chamada de Pilar ou Caguaçú. [14]
CASTELO MEDIEVAL
O Dicionário da Idade Média, organizado por
Henry R. Loyn, com 859 páginas, publicado em 1989 em
Londres tem uma verbete dedicada a explicar o que é um
castelo, a qual transcrevo aqui, uma vez que o objetivo
deste livro é estimular a busca de conhecimento sobre
castelo medieval e devemos a Robson Miguel o esforço
de uma vida para reproduzir em terras tupiniquins um
castelo europeu Medieval.
O castelo talvez seja o mais conhecido e o menos
compreendido dos monumentos medievais. Era a
residência fortificada e a fortaleza residencial de um
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 88 ]
senhor; essa dualidade de função é peculiar ao castelo na
história das fortificações e aponta para a sua feudalidade.
Todos os edifícios refletem a sociedade que os produz, e
os castelos são o produto característico de uma
sociedade feudal, dominada por uma aristocracia militar
para a qual eles são a moldura apropriada. Embora
existissem também palácios e casas não fortificadas,
assim como residências dotadas de fortificações
comparativamente ligeiras, conhecidas na Inglaterra como
manors, na França como maisons fortes e em Portugal
como solares, os castelos estavam entre as mais
prestigiosas das casas senhoriais no período feudal e
converteram-se também em símbolos da nobreza feudal.
O castelo era a residência fortificada não só do rei ou
príncipe, mas de qualquer senhor; e enquanto representa,
portanto, aquela fragmentação ou delegação de poder
civil e militar que é essencialmente feudal, também é
propriedade estritamente privada, em oposição à pública,
sede e centro do senhorio de um homem, de sua família,
seus servidores e dependentes: um conceito muito
diferente da vila ou cidade fortificada, a chamada praça
forte.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 89 ]
Com exceção das defesas lineares, as
fortificações do período pré-feudal eram comunais e
públicas, como, por exemplo, os acampamentos da idade
do Ferro, os acampamentos e cidades amuralhadas
romanos, seus sucessores merovíngios e carolíngios, os
burghs anglo-saxônicos, ou os grandes acampamentos
vikings como Trelleborg. Por outro lado, excetuando-se as
defesas lineares e as praças fortes, as fortificações
modernas, começando na Inglaterra com os fortes
costeiros de Henrique VIII, são, ao invés do castelo,
puramente militares e, uma vez mais, são edificações
públicas, pertencentes ao Estado.
É essencial sublinhar que o papel residencial do
castelo era, pelo menos, tão importante quanto o
castrense. Tanto quanto qualquer consideração tática ou
estratégica, é isso o que pode explicar a localização de
um castelo; suas suntuosas acomodações internas —
salões, alcovas, capelas etc; e (combinados com a
solidez do castelo como lugar seguro) tais usos
subsidiários como tesouraria, arsenal e prisão; e, enfim,
sua função geral, quer real ou senhorial, como centro do
governo local. É significativo que, na França, o berço do
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 90 ]
feudalismo, a palavra Château foi conservada para a
grande casa, embora já não seja fortificada. Na Inglaterra,
o castelo de Windsor continua sendo a principal
residência da rainha, e Arundel, a do primeiro duque de
Norfolk. Os suntuosos aposentos em ambos nada têm,
obviamente, de casernas, nem a majestade da Capela de
São Jorge, em Windsor, tem algo a ver com uma capela
de quartel.
E igualmente importante enfatizar que o papel
militar do castelo não era apenas defensivo. A defesa
determinou seu traço e todas as características
arquitetônicas mais salientes. Uma grande torre de
menagem dominava o conjunto como último reduto, mas
também continha as melhores acomodações residenciais.
Sólidas e robustas muralhas, com ameias e caminho de
ronda, cercavam o castelo, entremeadas de torres
salientes como baluartes — torre de ângulo, torre de
flanquear — de guaritas e seteiras, capazes de abrir fogo
de flanco na face exterior exposta; a entrada era
defendida e reforçada por posternas, barbacãs e taludes
que precediam a chegada à ponte levadiça, e que, em
caso de ataque, revelavam-se como a melhor forma de
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 91 ]
defesa; muralhas, torres e portas eram, com freqüência,
adicionalmente protegidas por galerias salientes de
madeira (adarves) ou de pedra (machicólis). Grandes
cercos, como os de Rochester (1215), Bedford (1224) ou
Kenilworth (1266) na história inglesa, são as ocasiões
mais conhecidas na história dos castelos. Mas a razão
pela qual os castelos tinham que ser atacados e tomados
por um exército inimigo era que controlavam todas as
terras circunvizinhas por meio da tropa montada neles
aquartelada. O raio de ação do castelo correspondia ao
raio de ação do cavalo e do cavaleiro armado, não ao
limitado alcance dos armamentos defensivos que ali
tinham sua base e que, pela forma como eram dispostos,
faziam dele um lugar quase inexpugnável. Na análise
militar, o papel ofensivo do castelo é primordial, seu papel
defensivo, secundário, embora ambos os aspectos se
conjuguem para decidir uma guerra.
O castelo teve sua origem na França setentrional,
possivelmente no século IX mas com certeza no século X,
concomitantemente com o advento da própria sociedade
feudal. Os mais antigos castelos conhecidos ainda
remanescentes são os de Doué-la-Fontaine (c. 950) e de
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 92 ]
Langeais (c. 994), ambos na região do Loire. Pertenceram
a grandes senhores, príncipes feudais em ascensão
(respectivamente, Teobaldo, conde de Blois, e Fulque, o
Negro, conde de Anjou), que estavam nessa época
fundando seus principados feudais. Na Inglaterra, os
castelos chegaram por volta de 1066 com os normandos,
que impuseram suserania feudal a um antigo reino;
levaram subseqüentemente os castelos com eles para o
País de Gales, Escócia e Irlanda. Estando os castelos tão
intimamente vinculados ao feudalismo, o declínio
daqueles foi sintomático da lenta decadência deste; a
pólvora teve muito pouco a ver com esse fato.
[O feudalismo não teve em Portugal a mesma
importância, como organização política e social, que no
resto do Ocidente, o que significou que o castelo, durante
a Idade Média, poucas vezes teve como destinação a
residência de um nobre, seus homens de armas, vassalos
e dependentes. Alguns foram residências reais — como,
por exemplo, os castelos de Guimarães e de Leiria, que
abrigavam os monarcas e suas cortes nos deslocamentos
pelo país. Entretanto, em sua grande maioria, os castelos
tinham funções sobretudo estratégicas e estavam quase
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 93 ]
sempre confiados às Ordens religiosas e militares
responsáveis pela formação territorial e, mais tarde, de
defesa das fronteiras e das vias de penetração de
eventuais invasores. Estavam nesse caso as Ordens dos
Templários e de Santiago e castelos como os do Almourol
e de Palmela.
Muitos castelos foram adaptações de anteriores
edificações castrenses mouras (alcáceres), como o de
Lisboa. Vila da Feira, Óbidos, Ourém, Montemor,
Santarém possuem ainda hoje exemplares bem
conservados de castelos medievais. [17]
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 94 ]
PARTE 2
A BIOGRAFIA DO ROBSON MIGUEL
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 95 ]
A pessoa precisa ser uma figura relevante para
ter uma verbete com a sua biografia na Wikipédia e
Robson Miguel tem espaço na maior enciclopédia do
mundo a qual reproduzo, porque ficaria incompleto este
trabalho sobre o castelo se as pessoas não conhecerem a
importância de Robson Miguel:
Robson Neves Miguel (Vitória, 28 de agosto de
1959) é um violonista brasileiro. Tornando-se referência
do violão no mundo, tendo seu nome presente em mais
de cem países, criando estilo próprio e um conceito
contemporâneo nos arranjos para violão e as 136
composições de sua autoria escritas para violão solo,
duos, grupos, big-band, orquestra popular e até
orquestras sinfônicas que prisma sua qualidade como
maestro de respeito nacional e internacional.
Sua musicalidade e versatilidade como violonista
não ofusca seu destaque como produtor artístico
realizando inúmeros projetos musicais no Brasil e Europa,
como multi-instrumentista, compositor, arranjador, diretor
e maestro de orquestra sinfônica e jazz-fusion de música
brasileira.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 96 ]
Robson Miguel é fundador da Orquestra Sinfônica
de Santo André – São Paulo e também Fundador,
Maestro e Arranjador da Orquestra Sinfônica Kalein de
Madrid – Espanha que sob sua regência chegou a atuar
com 208 músicos lotando teatros na Europa, com
destaque para suas apresentações no Teatro
Monumental de Madrid.
É autor de vários livros didáticos editados, com
destaque para "The Jazz in Your Hands" ("O Jazz Em
Suas Mãos") editado em inglês e Espanhol pela Real
Musical de Madrid, livro que insere o programa das
universidades de musica de 12 países europeus e da
Universidade de Kentucky nos Estados Unidos.
Robson Miguel têm sua biográfica em vários livros
e dicionários de musica, gravou 22 vídeos aulas-show, 27
CDs e 19 DVDs que estão na galeria dos mais vendidos,
tornado-se referencia e de vários artistas da música
popular brasileira da atualidade, conquistando o respeito
do público e da crítica internacional especializada, sendo
condecorado internacionalmente como o primeiro
violonista brasileiro a se destacar no ranking mundial
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 97 ]
violonístico, recebendo o maior título internacional pelo
Circulo Violonístico Europeu de Madrid – Espanha, a terra
onde nasceu o violão, e divulgado para o mundo em
cadeia internacional através da TV Espanhola.
Em 1991, tocou no evento em comemoração aos
500 anos do descobrimento da América, em que o
governo espanhol reuniu 67 violonistas de todo o mundo
no Castelo de Córdoba.Possui 136 obras lançadas, entre
livros didáticos, CDs, DVDs e vídeos aulas-show.
Robson Miguel se tornou conhecido por sua
missão de lutar pela inclusão Social dos Povos Indígenas,
reconhecimento da influencia indígena em sua historia,
sendo o primeiro a fazer a versão, tradução e gravação
do “Hino Nacional Brasileiro” na língua nativa “Guarani”
com seu Vice-Cacique e Índio Guarany Karay Basilio, e
foi o primeiro a reescrever a História do Brasil incluindo a
voz dos Índios, lançando o Livro: ÍNDIOS – "Uma história
contada pelos verdadeiros donos do Brasil”, em
atendimento à Lei 11.645, que institui como obrigatório o
estudo da história, lingua, cultura e tradições indígenas.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 98 ]
Maestro
O fruto da dedicação sacrifícios e matizes que
envolvem a arte e musicalidade do Violonista e Multi-
instrumentista Robson Miguel, não estão apenas na
qualidade de Maestro, Compositor Arranjador de
Orquestras Sinfônicas que conquistou respeito no mundo.
Robson Miguel, popularmente conhecido como Mestre
Robson Miguel, é um musico multi-instrumentista que
como violonista solista se tornou um dos principais nomes
no mundo quando o assunto é violão, e como maestro de
orquestra e arranjador muito cedo iniciou sua trajetória.
Mesmo sem nunca ter frequentado uma
universidade de musica e sendo um autodidata na área
de harmonia, composição e regência para coro, orquestra
e arranjos orquestrais, Robson Miguel aos 16 anos já
escrevia seus complexos arranjos, já fundava e regia
suas próprias orquestras nas igrejas evangélicas, e sua
orquestra era convidada para tocar oficialmente nos
eventos de aniversários das cidades. Aos 19 anos fundou
a Magnificent Big-Band de Jazz que com arranjos
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 99 ]
próprios se apresentava em vários teatros, estádios e
programas de TVs.
Como professor-empreendedor fundou a sua
própria Rede de Escolas CURSON- Cursos Robson, com
cursos de cordas, metais, percussão, canto e regência
para coro e orquestra, que com sua metodologia própria
inicialmente publicada em papel, foi o pioneiro na
produção de Cursos publicados em VHS, evoluindo para
DVDs e muitos deles atualmente disponíveis no YouTube.
Assim, seus materiais foram divulgados e distribuídos
para países da América, Europa e Ásia tornando-o um
musico e maestro pedagogo de fama e respeito nacional
e internacional.
Seu lançamento oficial na Europa como violonista
referência na Espanha, terra onde nasceu o violão, foi
com apenas 31 anos de idade no dia 9 de dezembro de
1991 no Gran Teatro monumental de Madrid – Espanha,
vindo a apresentar-se no mesmo teatro com a sua própria
Orquestra Kalein com 72 componentes em 26 de
setembro de 1992, concerto este organizado pela
Televisão Espanhola RTVE na qual tinha contrato.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 100 ]
Atualmente com 27 CDs gravados entre Brasil,
Chile, Alemanha, Espanha, Suíça e Inglaterra, 20 DVDs
publicados e suas mais de 100 obras e composições
próprias escritas e arranjadas para Coro, Orquestras
Sinfônicas, Bandas Militares e Big-Band de Jazz, mais de
40 delas se tornaram trilhas sonoras de novelas, filmes,
prefixos de Rádios e TVs.
Robson Miguel é Maestro Trilheiro contratado da
L.C.Barreto da ANCINE- Agencia Nacional de Cinema,
sendo que uma das suas mais importantes trilhas foi a do
filme “O Negro no Futebol Brasileiro” – produzido em
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 101 ]
quatro episódios à disposição no YouTube, Netflix, H.B.O.
e outras plataformas. O filme que retrata e resgata toda a
histórica do futebol brasileiro e sua ascendência rumo a
inclusão social dos negros e indígenas.
Robson Miguel entrou para historia como sendo o
primeiro maestro Cafuzo ( mistura de Índio Guarani com
Negro do Congo) a fundar sem patrocínios e reger uma
orquestra sinfônica própria - Orquestra Kalein no Teatro
Monumental de Madrid; e a ter a sua própria Orquestra e
Coro do Castelo de Robson Miguel, que se apresenta
com concertos mensais ( agendados antecipadamente ),
além de atender a convites para shows em teatros,
empresas, palestras, eventos em estádios e televisões no
Brasil e no Mundo, figurando dentre os grandes maestros
trilheiros brasileiros. Seus arranjos também conquistaram
o respeito de importantes maestros, com entrevistas
televisivas e trabalhos realizados ao lado de respeitados
maestros nacionais e internacionais.
Trabalhos realizados com maestros nacionais e
internacionais:
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 102 ]
Maestro Eleazar de Carvalho – sendo
entrevistado por ele no Programa Ensaio - TV Cultura.
Maestro Silvio Baccarelli – participou do Projeto
Quatro em Ponto criado e dirigido pelo Mestre Robson
Miguel.
Maestro Diogo Pacheco - sendo entrevistado por
ele no Programa Ligue para um Clássico - TV Cultura.
Maestro Benito Juarez - Regente da Orquestra
Sinfônica de Campinas (SP) – entrevistado no Programa
da Ana Maria Braga.
Maestro Valter Lourenção - entrevistado no
Programa da Radio e TV Cultura.
Maestro Silvio Versolato e Orquestra - atual vice-
presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, com
concertos realizados.
Maestro Carlos Binder – Banda Lira de Mauá
como maestro participante de seus projetos orquestrais.
Trabalhos realizados com orquestras e bandas
sinfônicas:
Orquestra Sinfônica de Santo André – OSSA –
São Paulo – regida pelo Maestro Titular Flavio Forense
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 103 ]
como solos e arranjos do Mestre Robson Miguel que é
também um dos fundadores da OSSA.
Orquestra Sinfônica de Americana com concertos
e DVD produzido.
Traditional Jazz Band – show e palestra sobre a
historia do Jazz, realizado no Teatro Municipal de Santo
André
Banda Sinfônica de Bristol Easton – Inglaterra e
Maestro Don Jenkis - com a Orquestra Kalein no Teatro
Monumental de Madrid - Espanha.
Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo
– com a Maestrina Monica Giardini – Concerto na
Pedreira de Rio Grande da Serra – São Paulo.
Orquestra Filarmônica do seu Estado do Espirito
Santo – com Maestro Elder Strefinger no Teatro Estadual
Carlos Gomes – Espirito Santo regendo os arranjos
orquestrais do Mestre Robson Miguel.
Banda Sinfônica da Policia Militar do Estado de
São Paulo – regida pelo Maestro Major Renato
Maximiano da Silva – Palácio das Convenções do
Anhembí – São Paulo com arranjos do Mestre Robson
Miguel.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 104 ]
Banda da Policia Militar do Estado de São Paulo –
Maestro 2º Tenente Jassen Feliciano – Lançamento
Oficial do Hino Nacional Brasileiro na Língua Guarani – 1ª
tradução, gravação e versão feita pelo Mestre Robson
Miguel.
Orquestra de Cordas de Suzano - Mestre Robson
Miguel como Padrinho Cultural.
Orquestra de Cordas Camerata Quattro Stagione
– Maestro João Carlos com arranjos do Mestre Robson
Miguel como Padrinho Cultural.
Orquestra Hyper Sonora – Maestro Eduardo
d’Alcântara - e Mestre Robson Miguel com arranjos do
Mestre Robson Miguel como Padrinho Cultural.
Orquestra Bachiana Filarmônica SESI – SP –
regida e fundada pelo Maestro João Carlos Martins –
show com o Mestre Robson Miguel no Teatro Municipal
de Santos – São Paulo e concerto na Estância Turística
de Ribeirão Pires – São Paulo.
Orquestra e Coro do Castelo de Robson Miguel -
Hino da ONU Pela Paz Mundial com letra e musica do
Mestre Robson Miguel e arranjos do Maestro Eduardo
d’Alcântara e Jefferson Carvalho.
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 105 ]
Banda da Policia Militar do Estado de São Paulo –
regida pelo Maestro 2º Sargento Beline Calandrin
Carneiro.
Orquestra Sinfônica de São Carlos – regida pelo
Maestro João Cordiano com show com solo e arranjos do
Mestre Robson Miguel.
Trabalhos pedagógicos implantados como
maestro-regente:
Curso de Regência para Coro e Orquestra – VHS
– DVD – YouTube.
Universidade Zumbi do Palmares – Implantação
dos Cursos de Musica e Regência para Coro e Orquestra.
Faculdade FAMES-Faculdade de Musica do
Espirito Santo.
IMT-Instituto de Musica e Tecnologia - São Paulo.
Universidade FATAB-Faculdade Teológica do
Avivamento Bíblico – Ribeirão Pires.
Faculdade FABC-Faculdade do ABC - São
Bernardo do Campo – São Paulo.
Livro “The Jazz in Your Hands” ( El Jazz em Sus
Manos ) – Editora Real Musical – Madrid – Espanha
adotado nas Escolas e Conservatórios dos países
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 106 ]
europeus do Tratado de Mastrick e também na
Universidade de Kentucky - Estados Unidos. [18]
O ACIDENTE COM COBRA
NO dia 01/05/22 o Jornal JB publicou uma
matéria do acidente com cobra peçonhenta com Robson
Miguel que poderia ter terminado de forma trágica:
Violonista mestre Robson Miguel está curado e
voltou a tocar depois de ser tratado com sucesso na
unidade. “Tive medo de perder o dedo, mas o soro do
Butantan me salvou”, diz violonista que foi picado por
cobra e tratado no hospital Vital Brazil.
Violonista mestre Robson Miguel está curado e
voltou a tocar depois de ser tratado com sucesso na
unidade.
O dedo do meio da mão direita que toca
divinamente o violão, recita orquestras, escreve livros,
cria marcos emblemáticos para o Brasil, como o hino
nacional em tupi guarani, e os jogos indígenas de São
Paulo recebeu uma dolorosa picada de jararaca em
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 107 ]
meados de abril. A sorte do violonista mestre Robson
Miguel, de 62 anos, foi ter sido tratado no Hospital Vital
Brazil (HVB), do Instituto Butantan, onde tomou o soro
antiofídico e permaneceu internado por cinco dias até a
cura.
A experiência foi diferente de tudo que o músico
já passou. E olha que Robson Miguel tem uma história de
vida impressionante graças a sua incrível habilidade no
violão, que lhe fez se tornar uma referência no Brasil e na
Europa e tocar sua ampla discografia para realezas, além
de ter sido eleito o primeiro cacique cafuzo (filho de negro
com indígena) tupi guarani do Brasil. Robson é o líder da
Aldeia Guarani de Itaoca, em Mongaguá (SP), desde
1999.
Picada em dedo que toca o violão
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 108 ]
Infelizmente seu currículo e seu costume de
imobilizar cobras nas aldeias por onde viveu no Espírito
Santo, no litoral e interior paulistas, não lhe pouparam do
acidente. Na noite escura e chuvosa de 5 de abril,
Robson sentiu a picada após tentar mobilizar a serpente
dentro do castelo turístico onde vive em Ribeirão Pires
(SP).
“Muito cedo eu perdi o medo de animais
peçonhentos por viver em região de mangue onde era
comum enfiar a mão em buracos, pegar caranguejo e
serpentes. Mas nunca uma cobra tinha me pegado; essa
é a diferença de quando você tem 30 anos e um reflexo
rápido, e quando tem 62 anos, quando o reflexo não é
mais o mesmo”, disse ao fim da consulta no HVB, após a
quarta microcirurgia no dedo lesionado.
Naquela noite, o poderoso veneno da jararaca lhe
causou um apagão e, após chegar ao hospital local, ele
foi transferido. Já no Vital Brazil, Robson recebeu quatro
ampolas de soro antibotrópico e passou por três
microcirurgias no dedo que já estava em processo de
necrose, além de lhe causar uma dor lancinante. Quem
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 109 ]
atendeu o músico durante a internação e no
acompanhamento ambulatorial foi o médico cirurgião
Jefferson C. Murad, plantonista do HVB.
“A serpente picou a ponta do terceiro dedo da
mão direita. Então, eu fiz duas perfurações na unha dele
onde tinha hematoma para drenar o sangue e na ponta do
dedo fiz um desbridamento superficial. Foi removido esse
tecido e a recuperação dele vai ser excelente daqui para
frente.”, explica o cirurgião.
Medo de encerrar a carreira
Diante da situação, o culto e bem humorado
músico confessa que sentiu medo de perder a função do
dedo e ter que encerrar a carreira de 50 anos. Mas o
receio foi mudando à medida que o tratamento fazia efeito
e a equipe do hospital se mobilizava para oferecer bem
estar físico e emocional a Robson.
“Cheguei a pensar que poderia perder pelo
menos a falange porque necrosou muito e que isso
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 110 ]
poderia me impedir de tocar. Mas a esperança chegou
quando o doutor Jefferson e toda a equipe me trataram
com excelência, com remédios e palavras de fé e até
tocaram violão para mim dizendo que eu voltaria a tocar”,
descreve o violonista.
Os cinco dias de internação foram para
acompanhar a evolução do ferimento no dedo e a
ausência de sintomas físicos e neurológicos que
poderiam ser causados pelo envenenamento. Apesar
disso, Robson conta que logo que recebeu as doses do
soro e medicamentos, a dor que lhe afligia sumiu e ele
começou a se sentir melhor.
“Quando eu cheguei, a equipe rapidamente
aplicou as doses do soro, analgésico, ficaram aferindo a
pressão e aquela dor tão intensa desapareceu. Eu dormi
tranquilamente e iniciei o tratamento com a equipe
observando exames de urina, sangue a cada hora.”
Mesmo com o dedo recém-operado, o virtuose
desenvolveu uma técnica para tocar com um dedo a
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 111 ]
menos, o que lhe permite recitar pérolas do cancioneiro
popular brasileiro e mundial com maestria.
“Estou muito feliz e estou conseguindo até tocar
bastante coisa. Tenho certeza que as obras virtuosas vão
voltar em breve, graças à excelência do Butantan e a
Deus”, reforçou.
Segundo Robson, é bastante simbólico ter sido
tratado em um hospital com o nome do criador dos soros
antiofídicos Vital Brazil, dentro do Butantan, palavra de
origem indígena que significa terra muito dura (Bun =
terra; tan tan = muito dura).
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 112 ]
“Essa parceria entre a cultura indígena agregada
à ciência é simbólica. O embasamento indígena é
empírico, baseado só na observação e sem comprovação
científica. Vital Brazil teve a visão de descobrir e analisar
as cobras que mais faziam vítimas no país e desenvolver
os soros que salvam vidas”, disse.
Já com violão no colo, tocando com um dedo a
menos o clássico “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, o
músico cantou sobre o criador de sua cura. “Vital Brasil
era um visionário e quando ele criou o soro, pensou no
próprio nome dele, porque não tem nome mais brasileiro
do que Vital Brazil. Onde ele vai, vai levando o nome do
nosso país no seu próprio no me. E ele entendeu que
esse soro não vinha para curar só europeus imigrantes,
mas também indígenas, negros brancos, o mundo.” [1]
TRADUTOR DE TUPY-GUARANI
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 113 ]
CACIQUE ROBSON MIGUEL
Português | Espanhol | Guarani | Tupy-guarany
Tradutor, Intérprete e Professor de Língua e
Cultura Indigena Guarani e Tupy-guarany, eleito cacique
na Aldeia Guarani de Itaóca - Mongaguá-S.P. com Curso
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 114 ]
de Tradução e Interpretação concluido na UnB -
Universidade Federal de Brasília.
Foi o primeiro idealizador e tradutor do Hino
Nacional Brasileiro em Guarani, é Membro Tradutor
Indigena do IHGSP- Instituto Histórico e Geográfico de
São Paulo e do IBB- Instituto Biográfico do Brasil,
atualmente trabalhando como Tradutor-Interprete Forense
da Defensoria Pública no TRF3 -Tribunal Regional
Federal de São Paulo junto aos Juízes Desembargadores
Federais.[2]
REFERÊNCIAS
1 -
https://www.jb7cidades.com.br/noticia/2179/violonista-
mestre-robson-miguel-esta-curado-e-voltou-a-tocar-
depois-de-ser-tratado-com-sucesso-na-unidade
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 115 ]
2 -
https://www.jusbrasil.com.br/processos/nome/42110607/r
obson-miguel
3 - https://www.exploring-
castles.com/castle_designs/castle_dungeon/
4 -
https://www.castlesandmanorhouses.com/architecture_03
_walls.htm
5 -
https://www.castlesandmanorhouses.com/life_01_rooms.h
tm
6 -
https://www.castlesandmanorhouses.com/life_01_rooms.h
tm
7 -
https://www.castlesandmanorhouses.com/architecture_03
_walls.htm
8 - https://www.europeana.eu/en/stories/living-in-
a-medieval-castle
9 - https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-
17024/castelo-
medieval/?utm_source=whe&utm_medium=lang_popup&
utm_campaign=browser_lang_forward
10 - https://medievalbritain.com/type/medieval-
life/architecture/parts-of-a-medieval-castle-the-portcullis/
11 -
https://www.castlesandmanorhouses.com/life_01_rooms.h
tm
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 116 ]
12 -
https://www.castlesandmanorhouses.com/architecture_03
_walls.htm
13 - https://en.wikipedia.org/wiki/Castle_well
14 - https://ribeiraopires.sp.gov.br/historia/#
15 - https://www.balconette.co.uk/juliet-
balcony/articles/balconies-through-the-ages
16 - https://www.linkedin.com/pulse/medieval-
castles-secret-tunnels-backdoors-rinaldo-ribeiro-de-
oliveira
17 - Dicionário da Idade Média, organizado por
Henry R. Loyn, com 859 páginas, publicado em 1989 em
Londres
18 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Robson_Miguel
19 - https://medievalbritain.com/type/medieval-
life/architecture/parts-of-a-medieval-castle-the-drawbridge/
20 - https://www.newcastlecastle.co.uk/castle-
blog/castle-stairs
21 - https://www.medieval-life-and-
times.info/medieval-torture-and-punishment/death-by-
hanging.htm
22 - https://great-castles.com/anatomy.html
English Castles (1976);
The Architecture of Castles (1984).
G. Fournier, Le Château dans Ia France
médiévale: essai de sociologie monumentale
CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES
[ 117 ]
COLEÇÃO DE LIVROS TERRAS BÍBLICAS
AUTOR: O PEREGRINO CRISTÃO
Grande Esfinge do Egito
As pirâmides do Egito
O Mar Vermelho
Monte das Oliveiras
Belém, onde nasceu Jesus
Basílica da Natividade em Belém
Jerônimo de Belém da Judéia
Sinai, o monte de Deus
O exótico Mar Morto
Jericó, a cidade mais antiga do mundo
Monte Carmelo e o profeta Elias
Mênfis, no Egito
Barreira israelense na Cisjordânia
Rio Nilo no Egito
Museu Egípcio do Cairo
Aeroporto de Tel-Aviv, maravilha da humanidade
Os beduínos na Bíblia e hoje
Dubai, maravilha da humanidade
História da cidade de Jerusalém
Jerusalém na Bíblia
O Jardim do Éden na Bíblia
O Estado Judeu de Israel
Introdução à Arqueologia
Egiptologia Bíblica
Aeroporto Guarulhos, maravilha da humanidade
Airbus A380, maravilha da humanidade
Castelo de Robson Miguel

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CASTELO DE ROBSON MIGUEL - RIBEIRÃO PIRES

  • 2. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 2 ] CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na internet. Se você a leu, gostou e lhe edificou, peço que faça uma doação ao meu ministério fazendo um pix, nem que seja de um dólar [ou cinco reais BR], assim continuaremos produzindo livros que edifiquem: PIX Valdemir Mota de Menezes, Banco do Brasil CPF 069 925 388 88 Este material literário do autor não tem fins lucrativos, nem lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste em contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o único Deus Todo-Poderoso.
  • 3. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 3 ] FINALIDADE DESTA OBRA Este livro como os demais por mim publicados tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores, a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a caminhada para o conhecimento é gradual e não alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste livro você encontrará algumas respostas para alguns dos dilemas de nossa existência. AUTOR: O PEREGRINO CRISTÃO é licenciado em Ciências Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de Santos; possui curso superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembléias de Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o Centro de Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros e ao ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou participar de eventos, evitando convívio social.
  • 4. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 4 ] CONTATO: Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo Grupo de estudo no whatsapp 55 13 996220766 com o Escriba de Cristo E-MAIL: [email protected] Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP) M543 O PEREGRINO CRISTÃO, Central de Ensinos Bíblicos 1969 – CASTELO DE ROBSON MIGUEL Ribeirão Pires / SP Clubedeautores, Uiclap, Rascunho2, 2025, 116 p. ; 21 cm ISBN: Edição 1° 1. Castelo medieval 2. Robson Miguel 3. História 4. Ribeirão Pires 5. Arquitetura CDD 180 CDU 380.8
  • 5. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 5 ] Sumário INTRODUÇÃO......................................................................8 O QUE É UM CASTELO .................................................... 10 O SONHO DO CASTELO................................................... 15 O TERRENO ....................................................................... 17 SISTEMA DE AQUECIMENTO PRIMITIVO..................20 CASTELO DE PEDRAS ......................................................20 O ENIGMA DA LUZ ...........................................................23 ACESSO AO CASTELO.......................................................23 PORTÃO DE ENTRADA....................................................24 PORTA LEVADIÇA.............................................................25 O TÚNEL DO CASTELO ...................................................27 SACADA................................................................................30 PONTE LEVADIÇA ............................................................33 CALABOUÇO.......................................................................36 MURALHAS .........................................................................38 AMEIAS ................................................................................ 41
  • 6. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 6 ] BANHEIROS........................................................................46 ADARVE OU CAMINHO DE RONDA .............................49 QUARTO PARA HÓSPEDES .............................................50 BURACO NEGRO ...............................................................52 FONTE DE ÁGUA DO CASTELO.....................................54 CASTELO ALUGA-SE PARA EVENTOS ..........................56 PROJETOS COM NOTA SOL ............................................57 SERVIÇO DE MONITORAMENTO.................................57 OS ORIFÍCIOS DE OBSERVAÇÃO PELO CASTELO.....59 A SALA DO REI ...................................................................59 AS BÍBLIAS........................................................................... 61 SEMELHANÇA COM A PIRÂMIDE DE QUÉOPS ......... 61 A FORCA ..............................................................................62 LAGO DE CARPAS..............................................................65 O FOSSO QUE CERCA O CASTELO ................................66 A SENZALA.................................Error! Bookmark not defined. PAREDÕES ..........................................................................68
  • 7. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 7 ] PÁTIO PRINCIPAL.............................................................70 POÇO DE ÁGUA..................................................................75 CANHÃO E OS CASTELOS ...............................................76 ESCADARIAS DO CASTELO .............................................77 ALMOÇO NO CASTELO.................................................... 81 RIBEIRÃO PIRES LOCAL DO CASTELO........................82 CASTELO MEDIEVAL .......................................................87 PARTE 2 ...............................................................................94 A BIOGRAFIA DO ROBSON MIGUEL.............................94 O ACIDENTE COM COBRA............................................ 106 TRADUTOR DE TUPY-GUARANI ..................................112
  • 8. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 8 ] INTRODUÇÃO Este castelo é inspirado no violão, na nota musical SOL e é dedicado ao violão. Caminhando em um dos pátios você poderá ver lajotas no formato de violão. O castelo demorou apenas 5 anos para ser construido, sim, apenas 5 anos, porque se fosse na Idade medieval demoraria décadas. Robson Miguel é um dos maiores nomes do violão do mundo e ele muito se encantou ao saber que os violões nasceram dentro dos castelos e por isso esta relação de Robson que sempre foi forte com violão, também anexou a paixão por castelo. Em um dos ambientes, Robson Miguel já tem uma urna cinerária em forma de violão onde deverá ser guardada as suas cinzas após sua morte. O castelo tem 77 olhos ocultos que dá para enxergar através das paredes em diversos pontos do castelo. Em uma das salas, estão expostas dezenas de fotos de Robson Miguel visitando os castelos europeus. Destas visitas veio a inspiração para construir este
  • 9. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 9 ] castelo em Ribeirão Pires. Foi em28 de agosto de 1999, a data da inauguração do castelo de Robson Miguel. Localizado na Estância Turística de Ribeirão Pires/SP, agende sua visita! Tel:(011)91640-6878, não se arrisque de ir sem entrar em contato antes porque podem acontecer imprevistos e para não perder viagem, sempre temos que ser precavidos.
  • 10. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 10 ] O QUE É UM CASTELO Um castelo é um tipo de estrutura fortificada construída durante a Idade Média predominantemente pela nobreza ou realeza e por ordens militares. Os estudiosos geralmente consideram um castelo como a residência privada fortificada de um senhor ou nobre. Isso é diferente de uma mansão, palácio e vila, cujo propósito principal era exclusivamente para o prazer e não são principalmente fortalezas, mas podem ser fortificadas. O uso do termo variou ao longo do tempo e, às vezes, também foi aplicado a estruturas como fortalezas de colina e casas dos séculos XIX e XX construídas para se assemelhar a castelos. Durante a Idade Média, quando castelos genuínos foram construídos, eles assumiram muitas formas com muitas características diferentes, embora algumas, como paredes de cortina, seteiras e portas levadiças, fossem comuns. Os castelos de estilo europeu se originaram nos séculos IX e X após a queda do Império Carolíngio, o que resultou na divisão de seu território entre senhores e
  • 11. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 11 ] príncipes individuais. Esses nobres construíram castelos para controlar a área imediatamente ao redor deles e eram estruturas ofensivas e defensivas: eles forneciam uma base da qual ataques podiam ser lançados, bem como ofereciam proteção contra inimigos. Embora suas origens militares sejam frequentemente enfatizadas em estudos de castelos, as estruturas também serviam como centros de administração e símbolos de poder. Castelos urbanos eram usados para controlar a população local e importantes rotas de viagem, e castelos rurais eram frequentemente situados perto de características que eram essenciais para a vida na comunidade, como moinhos, terras férteis ou uma fonte de água. O castelo de Robson Miguel não é um castelo medieval no sentido que foi construído na idade Média, mas um castelo memorial na qual traz ao território brasileiro a possibilidade de pessoas visitarem um castelo de verdade com características medievais, em vários aspectos quem visita o castelo de Robson Miguel pode ver e sentir a atmosfera de um castelo europeu. Muitos castelos do norte da Europa foram originalmente construídos de terra e madeira, mas tiveram
  • 12. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 12 ] suas defesas substituídas mais tarde por pedra. Os primeiros castelos frequentemente exploravam defesas naturais, carecendo de características como torres e seteiras e contando com uma torre central. No final do século XII e início do século XIII, surgiu uma abordagem científica para a defesa do castelo. Isso levou à proliferação de torres, com ênfase no fogo de flanco. Muitos castelos novos eram poligonais ou dependiam de defesa concêntrica - vários estágios de defesa uns dentro dos outros que podiam funcionar ao mesmo tempo para maximizar o poder de fogo do castelo. Essas mudanças na defesa foram atribuídas a uma mistura de tecnologia de castelo das Cruzadas, como fortificação concêntrica, e inspiração de defesas anteriores, como fortes romanos. Nem todos os elementos da arquitetura do castelo eram de natureza militar, de modo que dispositivos como fossos evoluíram de seu propósito original de defesa para símbolos de poder. Alguns grandes castelos tinham abordagens longas e sinuosas destinadas a impressionar e dominar sua paisagem. O castelo de Robson Miguel em Ribeirão Pires no Grande ABC no estado de São Paulo possui fosso,
  • 13. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 13 ] calabouço, torres e vários equipamentos arquitetônicos que o qualifica para ser chamado de castelo e não de uma mera mansão e palácio. Ao construir esta emblemática obra, Robson Miguel se inspirou em mais de 80 castelo que ele já havia visitado na Espanha. Em termos mais simples, a definição de um castelo aceita entre os acadêmicos é "uma residência privada fortificada". Isso contrasta com fortificações anteriores, como burhs anglo-saxões e cidades muradas como Constantinopla e Antioquia no Oriente Médio; os castelos não eram defesas comunitárias, mas eram construídos e de propriedade dos senhores feudais locais , para si próprios ou para seu monarca. O feudalismo era o elo entre um senhor e seu vassalo onde, em troca do serviço militar e da expectativa de lealdade, o senhor concederia terras ao vassalo. No final do século XX, houve uma tendência de refinar a definição de um castelo incluindo o critério de propriedade feudal, vinculando assim os castelos ao período medieval; no entanto, isso não reflete necessariamente a terminologia usada no período medieval. Durante a Primeira Cruzada (1096–
  • 14. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 14 ] 1099), os exércitos francos encontraram povoados e fortes murados aos quais se referiam indiscriminadamente como castelos, mas que não seriam considerados como tal segundo a definição moderna. Um castelo, visto no final de uma longa avenida, iluminado de rosa e vermelho pelo pôr do sol. O castelo dá uma impressão de tamanho tremendo, e tem uma imponente portaria com duas torres e, à esquerda, uma grande torre redonda. Os castelos serviam a uma série de propósitos, os mais importantes dos quais eram militares, administrativos e domésticos. Além de estruturas defensivas, os castelos também eram ferramentas ofensivas que podiam ser usadas como base de operações em território inimigo. Os castelos foram estabelecidos pelos invasores normandos da Inglaterra para fins defensivos e para pacificar os habitantes do país. À medida que Guilherme, o Conquistador, avançava pela Inglaterra, ele fortificou posições-chave para proteger as terras que havia tomado. Entre 1066 e 1087, ele estabeleceu 36 castelos, como o Castelo de
  • 15. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 15 ] Warwick, que ele usou para proteger contra a rebelião nas Midlands inglesas. No final da Idade Média, os castelos tendiam a perder seu significado militar devido ao advento de canhões poderosos e fortificações de artilharia permanentes; como resultado, os castelos se tornaram mais importantes como residências e declarações de poder. Um castelo poderia atuar como uma fortaleza e prisão, mas também era um lugar onde um cavaleiro ou senhor poderia entreter seus pares. Com o tempo, a estética do projeto se tornou mais importante, pois a aparência e o tamanho do castelo começaram a refletir o prestígio e o poder de seu ocupante. Casas confortáveis eram frequentemente construídas dentro de suas paredes fortificadas. Embora os castelos ainda fornecessem proteção contra baixos níveis de violência em períodos posteriores, eventualmente eles foram sucedidos por casas de campo como residências de alto status. O SONHO DO CASTELO
  • 16. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 16 ] Um artigo da Wikipédia é dedicado a Robson Miguel e conta assim o sonho do castelo: Após visitar 78 Castelos e confirmar que o Violão nasceu tocado para Reis e Rainhas dentro de Castelos na Espanha, Robson Miguel ao retornar para o Brasil, iniciou uma obra ousada no Brasil, no Estado de São Paulo, na Estância Turística de Ribeirão Pires, onde em 5 anos terminou a inusitada construção do seu castelo. "O Castelo de Robson Miguel" é o único no mundo especialmente criado em homenagem ao violão, com 2.056 m² de área construída, contendo a historia dos reis, negros, índios e do violão, com lagos, túneis, passagens secretas, pelourinho, forca, prisões, calabouços, passagens secretas e o Buraco Negro.
  • 17. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 17 ] No dia 25 de janeiro de 2025, um sábado, tive a oportunidade de visitar o castelo e ouvi da boca do próprio Robson Miguel como o seu sonho surgiu após visitar dezenas de castelos na Europa. Ao retornar ao Brasil, Robson achou este lote de terreno que tinha as características ideais para fazer um castelo, a inclinação do morro onde está o castelo era ideal para começar este sonho. O sonho não ficou só na cabeça e no coração e por esforço próprio e sem ajuda governamental ou de empresas, ele construiu seu castelo dos sonhos. Fica a lição para todos que mesmo nascendo pobre e desfavorecido, não temos que lamentar, e sim arregaçar as mangas. O TERRENO
  • 18. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 18 ] Quando visitei o castelo de Robson Miguel em Ribeirão Pires, escutei do próprio Robson que após ele retornar ao Brasil depois de uma temporada na Espanha, ele ficou sabendo que o lote de terreno estava a venda e quando ele foi visitar o local, ele de imediato se encantou, porque o terreno era íngreme como uma colina, tipicamente um terreno que favorecia a construção de um castelo, Porque se o terreno fosse plano, as pessoas ao passarem na rua não veriam o castelo, pois ficaria escondida atrás das muralhas, mas com o castelo em uma colina, as pessoas poderia ver acima das muralhas a estrutura do castelo.
  • 19. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 19 ] Uma colina era um monte de terra com um topo plano. Era frequentemente artificial, embora às vezes incorporasse uma característica pré-existente da paisagem. A escavação da terra para fazer o monte deixava uma vala ao redor da colina, chamada de fosso (que poderia ser úmido ou seco). Embora uma colina seja comumente associado ao pátio para formar um castelo de colina e pátio, nem sempre foi esse o caso e há casos em que uma colina existia por conta própria. A colina refere-se apenas ao monte, mas era frequentemente encimado por uma estrutura fortificada, como uma torre de menagem, e o topo plano era cercado por uma paliçada. Era comum que a colina fosse alcançado por uma ponte voadora (uma ponte sobre a vala da escarpa da vala até a borda do topo do monte). Às vezes, uma colina cobria um castelo ou salão mais antigo, cujos quartos se tornavam áreas de armazenamento subterrâneas e prisões sob uma nova torre de menagem. Os castelos mais populares da Europa eram construídos no topo de penhascos altos. Além das vistas
  • 20. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 20 ] maravilhosas, isso tinha a vantagem de que os inimigos se aproximando podiam ser vistos mais cedo, assim como o terreno acidentado tornava seu acesso mais difícil para o inimigo. SISTEMA DE AQUECIMENTO PRIMITIVO Como era muito caro construir castelos de pedra, durante o início da Idade Média, a madeira era geralmente usada. Em termos de aquecimento e isolamento, podemos ver o quão subdesenvolvidos esses primeiros tempos eram pelo fato de que os habitantes de castelos de madeira construíam suas salas de estar acima dos chiqueiros, tentando se beneficiar do calor natural que os corpos dos animais emitiam. [8] Mas fiquem tranquilos... Aqui no castelo do Robson Miguel não tem chiqueiros, nem este tipo de aquecimento. CASTELO DE PEDRAS Robson Miguel construiu seu castelo em Ribeirão Pires inspirado nos castelos medievais que visitou na
  • 21. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 21 ] Espanha e estes castelos eram de pedras, porque as pedras davam mais robustez a fortaleza do que as antigas fortificações de madeira. Com esta inspiração, Robson Miguel construiu sua fortaleza com o mesmo material. Construção: Os primeiros castelos eram feitos de madeira, mas eram vulneráveis ao fogo e à podridão. O rei William ordenou que os castelos fossem construídos em pedra, substituindo muitos castelos de madeira originais. Força: Os castelos de pedra eram mais fortes e mais capazes de suportar ataques. Custo: Os castelos de pedra eram mais caros do que os de madeira. Tempo: Poderia levar uma década ou mais para construir um castelo de pedra. Simbolismo: Os castelos eram um símbolo de poder, prestígio e controle para as famílias da nobreza que viviam neles. Outras características dos castelos medievais
  • 22. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 22 ] Fortalezas: Os castelos de pedra tinham uma torre principal chamada de fortaleza. Barbacãs: Os castelos de pedra tinham um portão externo chamado barbacã. Escadas em espiral: As escadas em espiral eram giradas no sentido horário para dar vantagem aos defensores. Muralhas romanas: Alguns castelos foram construídos diretamente sobre fundações de muralhas romanas ou colocados dentro de fortificações de pedra romanas.
  • 23. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 23 ] O ENIGMA DA LUZ As 12;10h do dia 28 de agosto a luz do sol entra em uma fresta do castelo que tem o formato de um violão. O alinhamento desta fresta com os movimentos astronômicos faz que somente neste dia e horário a luz do sol entra e se projeta sobre o ataúde onde será depositadas as cinzas de Robson Miguel quando ele estiver morto. Este efeito ótico também faz parte de outras duas obras monumentais: O vale dos Reis e a Pirâmide de Queóps, ambos no Egito. ACESSO AO CASTELO O acesso ao castelo é muito fácil. Ele esta inserido no município de Ribeirão Pires que por sua vez esta a poucos minutos de outras cidades do Grande ABC e cidades como Suzano, Santo André, Rio Grande da Serra, Mauá, Mogi das Cruzes, São Caetano. Ficando a apenas uma hora do centro de São Paulo. Para quem mostra na baixada santista e cidades como Santos, São
  • 24. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 24 ] Vicente, Praia Grande, Cubatão, Guarujá também não se gasta mais do que uma hora de carro. O endereço é Rua do Castelo, 310, Recanto Irani, Ribeirão Pires com acesso pelo Rodoanel Mario Covas e a rodovia Índio Tibiriça. PORTÃO DE ENTRADA Uma portaria é uma estrutura fortificada construída sobre o portão de entrada de uma cidade ou castelo. A portaria moderna é uma característica de castelos, solares e mansões europeus. As portarias fizeram sua primeira aparição na antiguidade primitiva, quando se tornou necessário proteger a entrada principal de um castelo ou cidade. Com o tempo, elas evoluíram para estruturas muito complicadas com muitas linhas de defesa. Portarias fortemente fortificadas normalmente incluiriam uma ponte levadiça, uma ou mais portas levadiças, matacães, arcos para flechas e possivelmente até buracos para emboscadas onde pedras seriam jogadas sobre os atacantes. No final da Idade Média,
  • 25. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 25 ] alguns desses arcos para flechas podem ter sido convertidos em arcos para armas (ou portas para armas). [11] Em 2024 me mudei para a cidade de Rio Grande da Serra, cidade ao lado de Ribeirão Pires e um dos lugares que me sugeriram para visitar como ponto turístico da região foi a Vila inglesa de Paranapiacaba e o castelo de Robson Miguel. Coisa que fiz e como historiador e peregrino, os dois lugares me encantaram. PORTA LEVADIÇA
  • 26. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 26 ] A grade levadiça de um castelo é uma entrada fortificada feita de uma combinação de metal e madeira forte, como carvalho. A grade levadiça consistia em uma grade treliçada e podia deslizar rapidamente para cima ou para baixo em ranhuras inseridas no portal usando cordas ou correntes. As portas levadiças fechavam com segurança a entrada de um castelo enquanto estava sob ataque ou cerco. Em tempos de crise, elas podiam ser
  • 27. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 27 ] administradas por apenas um guarda. Elas eram um mecanismo de defesa essencial, pois permitiam que o castelo fosse organizado ao enfrentar uma emboscada. [10] Robson Miguel construiu seu castelo procurando em tudo imitar um autêntico castelo medieval, mas um castelo exige cifras milionárias, por isto nem tudo ele pode colocar como manda o figurino. De qualquer maneira o portão de entrada do seu castelo aparenta ser porta levadiça. O TÚNEL DO CASTELO
  • 28. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 28 ] Rinaldo Ribeiro de Oliveira publicou em 29 de março de 2021 no Link In um artigo fazendo analogia dos tuneis de castelos medievais com a segurança cibernética. Não, eu não sou historiador e ainda sou um profissional apaixonado por segurança cibernética. Então por que teríamos um título assim para um artigo relacionado à cibernética, você pode perguntar? Passagens secretas foram construídas em quase todos os castelos medievais. Na maioria dos casos, elas foram construídas para a realeza e aristocratas e muitas vezes usadas para o movimento de tesouros. Esses "túneis" geralmente teriam portas escondidas ou camufladas, usadas como rotas de fuga ou levando a áreas secretas. Elas seriam abertas por meio de dispositivos de travamento ou um mecanismo protegido por código. Você consegue começar a ver as conexões com o cenário atual de ameaças cibernéticas? Nossa dependência da tecnologia está mais evidente do que nunca. Após um ano da pandemia declarada de COVID-19, as organizações se adaptaram rapidamente para acomodar o número crescente de
  • 29. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 29 ] usuários remotos e as necessidades do ecossistema de tecnologia em uma era sem perímetro. "Zero-trust" é mais do que uma palavra da moda, mas uma forma de destacar a necessidade de melhor conscientização sobre um fato simples: a tecnologia falha. A equipe do Projeto Zero do Google expôs publicamente uma operação de hacking de nove meses que estava usando não 1, mas 11 vulnerabilidades de dia zero. Eram 11 túneis secretos e backdoors para a tecnologia que usamos em nossas vidas cotidianas, supostamente conhecidos apenas por alguns, incluindo um governo ocidental aliado dos EUA. O software que foi atacado incluía o navegador Safari em iPhones, mas também muitos produtos do Google, incluindo o navegador Chrome em telefones Android e computadores Windows. Isso merece alguma reflexão: assim como as portas secretas e passagens ocultas em castelos medievais, vemos regularmente evidências de backdoors semelhantes presentes em tecnologias usadas por organizações e cidadãos no mundo todo. [16]
  • 30. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 30 ] Em resumo, os túneis podiam ser usados como rota de fuga caso algo desse errado com o sistema de segurança de um castelo e o inimigo conseguiu invadir. SACADA Uma sacada é uma construção externa que não segue o alinhamento da parede, dando a impressão de estar fora da construção. Ao longo dos séculos, as sacadas desempenharam um papel importante como características arquitetônicas bonitas, porém práticas, em edifícios no mundo todo. Balconette analisa sua evolução e destaca alguns exemplos interessantes e históricos.
  • 31. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 31 ] Para entender completamente uma sacada e seu propósito, precisamos primeiro defini-la. Derivado do italiano balcone que significa andaime, do alto alemão balcho ou viga e do termo persa balkaneh, uma sacada é um tipo de plataforma que se projeta da parede de um edifício, apoiada por colunas, suportes ou em balanço e fechada com uma balaustrada. Acredita-se que as primeiras sacadas datam de mais de dois mil anos, na Grécia Antiga, quando provavelmente atendiam a necessidades puramente funcionais, como aumentar a circulação de ar em climas quentes ou melhorar a iluminação natural no interior de um edifício. Uma sacada é parte integrante da fachada de um edifício, portanto seu design é crucial para a arquitetura da propriedade. Ao longo dos anos, os estilos de sacada evoluíram para refletir mudanças no design estrutural, construção e materiais de construção. A sacada tradicional maltesa é uma sacada fechada de madeira que se projeta de uma parede. Alternativamente, as sacadas Julieta (nomeadas em homenagem à Julieta de
  • 32. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 32 ] Shakespeare que cortejou Romeu de sua sacada) não se projetam para fora do edifício. Elas geralmente fazem parte de um andar superior, estreitas em profundidade e com uma balaustrada apenas na frente. Vários tipos de sacada foram usados para representar a cena fictícia dos amantes e a famosa na villa de Verona não é uma sacada Julieta no verdadeiro sentido de design. As sacadas Julieta cercam portas francesas ou duplas e permitem que elas sejam abertas para dentro para aumentar a luz e a ventilação, evitando que os ocupantes caiam. Atuando efetivamente como uma restrição, elas não são consideradas sacadas verdadeiras porque não têm plataforma para ficar em pé. No entanto, as sacadas Julieta continuam tão populares agora quanto eram há vários séculos e são uma maneira muito eficaz de adicionar uma sensação externa a um espaço interno. Nos períodos medieval e renascentista, as sacadas externas eram sustentadas por mísulas feitas de sucessivas fiadas de alvenaria ou por grandes suportes de madeira ou pedra. A partir do século XIX, os suportes comumente usados incluem ferro fundido, concreto armado e outros materiais. [15]
  • 33. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 33 ] Nas fotos acima, minha esposa Gladis esta na sacada do castelo, saindo do salão principal e posando na sacada que dá visão para a entrada do castelo. PONTE LEVADIÇA O castelo de Robson Miguel não possui ponte levadiça, nem todos os castelos medievais possuíam. Mas acredito que falta apoio financeiro da prefeitura e da inciativa privada para fazerem parceria com Robson Miguel, para poderem fazer reformas e ampliações no castelo, afinal é um patrimônio cultural da cidade.
  • 34. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 34 ] Melhorias no castelo iria trazer mais turistas e consequentemente mais dinheiro para o município. Infelizmente não vejo visão do poder público e nem dos administradores de empresa, pois deveria associar suas marcas a um empreendimento cultural. Quem não tem dinheiro para ir visitar castelos na Europa, bem poderiam ir no Grande ABC para ver uma réplica. Até o governo estadual e federal deveriam pensar nisso. Partes do Castelo Medieval: O Portal - Ilustração Como a ponte levadiça funcionava A ponte levadiça era geralmente apoiada por um ou mais potcullises.
  • 35. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 35 ] A ponte levadiça de um castelo normalmente formava sua entrada e levava ao portão. Ela se estendia sobre o fosso e podia ser elevada para impedir a entrada na fortificação. Pontes levadiças eram comumente feitas de madeira. O deck de madeira tinha uma borda articulada ou pivotante na soleira da portaria para que pudesse ser levantada e nivelada contra o portão. Algumas podem ter sido projetadas para serem destruídas no caso de um ataque. A ponte levadiça podia ser abaixada ou levantada usando cordas ou correntes presas a um molinete em uma câmara na portaria. Alguma forma de basculante geralmente pode ser encontrada para pontes mais pesadas, pois elas forneciam um contrapeso mais pesado. Em alguns casos, o peso era fornecido pela ponte levadiça. No século XIV, arranjos de basculantes, como braços de elevação, foram introduzidos. Eles eram instalados acima e paralelos ao tabuleiro da ponte. As extremidades eram ligadas por correntes à extremidade de elevação da ponte. Na posição elevada, os arpões se
  • 36. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 36 ] encaixavam em ranhuras na parede da portaria. Dentro deles, geralmente havia contrapesos. [19] CALABOUÇO A Oubliette – ou o "quarto esquecido" – era uma punição pior do que ser jogado em uma masmorra de castelo. Se você consegue se lembrar do "chokey" de "Matilda", de Roald Dahl, a oubliette era uma punição muito parecida. A masmorra era um pequeno poço vertical, que muitas vezes era grande o suficiente apenas para uma pessoa ficar de pé. Nele, ela não conseguiria se agachar, ajoelhar, sentar ou até mesmo se virar. Um diagrama de uma masmorra de castelo. Esta era mais larga do que muitas – uma prisão de campânula, se preferir. Eles teriam sido baixados até esse poço por um guarda e, quando chegassem ao fundo, a corda teria sido recolhida e o alçapão acima deles teria sido fechado.
  • 37. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 37 ] Muitas vezes, o poço era tão fundo que não havia como alcançar o alçapão. Na masmorra, o prisioneiro seria forçado a permanecer de pé, no escuro, até ser libertado – se é que isso aconteceria. Comida e água poderiam ter sido jogadas neles se tivessem sorte (ou se sua sobrevivência fosse considerada importante), mas, no geral, era uma punição realmente horrível. Um exemplo de masmorra pode ser descoberto na Bastilha, na França. [3] Na foto apareço ao lado do calabouço e ao fundo vemos o Robson Miguel. Neste momento ele nos
  • 38. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 38 ] explicava sobre a função do calabouço nos castelos medievais. MURALHAS Além de simples torres, todos os castelos têm muralhas defensivas ao redor. como os romanos sabiam, muros simples podem ser difíceis de defender porque os defensores precisam ser capazes de atirar em todas as áreas externas, mas perto dos muros. A solução romana era construir torres em intervalos ao longo dos muros. Essas torres forneciam fogo de cobertura para os muros. Essa mesma solução foi usada na época medieval. Os construtores medievais usavam uma série de técnicas para reforçar muros, por exemplo, construindo-os mais grossos na base para evitar solapamentos (taludes) e cortando as pedras de forma a suportar projéteis de alto impacto (bossing). Muralhas de castelo também eram usadas para ajudar as defesas de outras maneiras - por exemplo, passarelas no topo das muralhas (chemins de rondes)
  • 39. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 39 ] permitiam que os defensores se movessem rapidamente ao redor das defesas do castelo. Ameias os protegiam do fogo inimigo. Ameias simples podiam dar suporte a outras defesas, como hourdes em tempos difíceis, mais tarde substituídas por matacães de pedra permanentes. Os muros eram frequentemente providos de arcos para flechas e, mais tarde, de canhoneiras para permitir que os defensores atirassem no inimigo com relativa segurança. Não era só o castelo que precisava de proteção. Em áreas onde a Igreja era particularmente impopular, seus edifícios eram frequentemente construídos como castelos. Esta é a Catedral de Albi, na França. Muros de cortina Uma muralha cortina ou courtine é um tipo de muralha defensiva que faz parte das defesas de castelos e cidades medievais. A parede cortina cercava e protegia o pátio interno, ou muralha, de um castelo. Essas paredes eram frequentemente conectadas por uma série de torres ou torres murais para adicionar força e fornecer melhor
  • 40. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 40 ] defesa do solo fora do castelo, e eram conectadas como uma cortina drapeada entre esses postes. Provisões e edifícios adicionais eram frequentemente cercados por tais construções, projetados para ajudar uma guarnição a durar mais tempo durante um cerco por forças inimigas. Com a introdução dos fortes em estrela (fortificação de traço italiano), a altura das muralhas foi reduzida e obras externas adicionais, como revelins e tenailles, foram adicionadas além do fosso para proteger as muralhas de canhões diretos. [4] Na foto, estou no caminho de patrulha, no alto de uma muralha do castelo de Robson Miguel.
  • 41. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 41 ] AMEIAS As muralhas do castelo eram frequentemente ameadas, ou seja, providas de projeções chamadas merlões. Esses merlões forneciam proteção aos defensores, permitindo que atirassem das brechas entre eles. Alguns merlões eram providos de suas próprias seteiras, fornecendo aos defensores ainda mais proteção. Uma ameia (também chamada de ameia) na arquitetura defensiva, como a de muralhas ou castelos, (compreende muros) nos quais porções foram cortadas em intervalos para permitir o disparo de flechas ou outros projéteis. Essas porções cortadas formam ameias (também conhecidas como cornels, embrasures, loops ou wheelers). As larguras sólidas entre as ameias são chamadas de merlões. Uma parede com ameias é dita ameada. As ameias podem ter passarelas protegidas atrás delas.
  • 42. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 42 ] O termo surgiu por volta do século XIV, a partir da palavra francesa antiga batailler, "fortificar com batailles" (torres de defesa fixas ou móveis). Ameias têm sido usadas por milhares de anos; o exemplo mais antigo conhecido está no palácio de Medinet-Abu em Tebas no Egito, que supostamente deriva de fortalezas sírias. Ameias eram usadas nas muralhas que cercavam cidades assírias, como mostrado em baixos-relevos de Nimrud e outros lugares. Vestígios delas permanecem em Micenas na Grécia, e alguns vasos gregos antigos sugerem a existência de ameias. Ameias podem ser vistas na Grande Muralha da China. Os romanos usavam pináculos baixos de madeira para seus primeiros aggeres (terreplains). Nas ameias de Pompéia, proteção adicional derivava de pequenos contrafortes internos ou paredes de esporão contra as quais o defensor podia se colocar para obter proteção completa de um lado. Nas ameias da Idade Média, a ameia compreendia um terço da largura do merlão: este último, além disso, podia ser provido de arcos de flechas de vários formatos, dependendo da arma a ser disparada.
  • 43. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 43 ] Os merlões tardios permitiam disparos das primeiras armas de fogo. A partir do século XIII, os merlões podiam ser conectados com persianas de madeira que forneciam proteção adicional quando fechadas. As persianas foram projetadas para serem abertas temporariamente para permitir fogo contra atacantes, e fechadas durante o recarregamento. O termo canhoneira, na arquitetura militar, refere- se à abertura em uma ameia entre as duas porções sólidas elevadas ou merlões, às vezes chamada de ameia ou crenelle. O propósito das canhoneiras é permitir que as armas sejam disparadas para fora da fortificação enquanto o atirador permanece coberto. A extensão da parede no interior fornece espaço para o soldado e seu equipamento, e permite que eles cheguem o mais perto possível da face da parede e da própria seteira. Excelentes exemplos de seteiras profundas podem ser vistos em Aigues-Mortes e Château de Coucy, ambos na França. No século XIX, uma distinção foi feita entre canhoneiras sendo usadas para canhões e brechas
  • 44. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 44 ] sendo usadas para mosquetes. Em ambos os casos, a abertura era normalmente feita mais larga na parte interna da parede do que na parte externa. A parte externa era feita o mais estreita possível (um pouco mais larga do que o cano da arma que se pretendia usá-la) para permitir o tiro mais difícil possível para os atacantes que retornassem o fogo, mas a parte interna tinha que ser mais larga para permitir que a arma fosse girada para mirar em um arco razoavelmente grande. Foi feita uma distinção entre canhoneiras ou brechas verticais e horizontais, dependendo da orientação da fenda formada na parede externa. As brechas verticais — que são muito mais comuns — permitem que a arma seja facilmente levantada e abaixada em elevação para cobrir uma variedade de alcances facilmente. Para varrer de um lado para o outro, a arma (e seu atirador ou tripulação) deve se mover corporalmente de um lado para o outro, girando em torno do cano, que é efetivamente fixado pela fenda. As brechas horizontais, por outro lado, facilitam a varredura rápida pelo arco na frente, mas tornam grandes ajustes na elevação muito difíceis. Elas eram geralmente
  • 45. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 45 ] usadas em circunstâncias em que o alcance era muito restrito de qualquer maneira, ou onde a cobertura rápida de um amplo campo de arco era preferida. Outra variação tinha fendas horizontais e verticais dispostas na forma de uma cruz, e era chamada de crosslet loop ou arbalestina, pois era destinada principalmente a arbalestiers (besteiros). Nos séculos XVI e XVII, depois que a besta se tornou obsoleta como arma militar, as crosslet loopholes ainda eram criadas às vezes como um recurso arquitetônico decorativo com um simbolismo cristão. [7]
  • 46. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 46 ] NO castelo de Robson Miguel no alto de muralhas e nos muros existem ameias que são estas aberturas no topo, onde os soldados podiam se proteger de flechadas dos invasores e inimigos e dali lançar seus projéteis contra os adversários. BANHEIROS Os banheiros tem os dizeres: Banheiro das rainhas e banheiros dos reis. A segunda foto abaixo não é do castelo do Robson Miguel, trata-se de um típico banheiro medieval.
  • 47. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 47 ] Banheiros, Lavatórios e Guarda-roupas Banheiros, tão comuns no mundo clássico, desapareceram na Europa Medieval - exceto em monastérios. Exceto em certas circunstâncias, banhos não eram necessários para pessoas comuns - até os tempos vitorianos, a limpeza era fundamentalmente precária. Os banhos eram tomados em banheiras de madeira transportáveis. No verão, o sol podia aquecer a água e o banhista. A banheira podia ser movida para dentro quando o tempo piorava. A privacidade era garantida com uma tenda ou cobertura.
  • 48. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 48 ] Em inglês, um garderobe passou a significar um banheiro primitivo em um castelo ou outra construção medieval, geralmente um simples buraco descarregando para o exterior. Esses banheiros eram frequentemente colocados dentro de uma pequena câmara. Tecnicamente, os garderobes eram pequenos cômodos ou grandes armários (closets) nos quais a latrina ficava localizada. Esses armários eram frequentemente usados para armazenar objetos de valor Uma descrição do guarda-roupa no castelo de Donegal indica que, na época em que o guarda-roupa do castelo estava em uso, acreditava-se que a amônia era um desinfetante e que os casacos e capas dos visitantes eram guardados no guarda-roupa. Dependendo da estrutura do edifício, os garderobes podem levar a fossas ou fossos. Muitos ainda podem ser vistos em castelos e fortificações normandos e medievais. Eles se tornaram obsoletos com a introdução do encanamento interno. Dadas as prováveis correntes de ar ascendentes em um castelo medieval, um penico geralmente ficava perto da cabeceira da cama. [6]
  • 49. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 49 ] ADARVE OU CAMINHO DE RONDA Um chemin de ronde (francês, "caminho redondo" ou "caminho de patrulha") é uma passagem elevada e protegida atrás de uma ameia de castelo. Nas primeiras fortificações, os altos muros do castelo eram difíceis de defender do chão. O chemin de ronde foi concebido como uma passarela permitindo que os defensores patrulhassem os topos das muralhas, protegidos do lado de fora pelas ameias ou um parapeito, colocando-os em uma posição vantajosa para atirar ou lançar projéteis. [12]
  • 50. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 50 ] Na foto, eu e a minha esposa Gladis estamos em um pátio que serve com caminho de ronda, pois está em uma elevação com muralha e as ameias para defesa do castelo, ao fundo da foto, vemos uma torre. QUARTO PARA HÓSPEDES Câmaras de cama O cômodo no castelo chamado de Câmara dos Lordes e Damas, ou Grande Câmara, foi planejado para ser usado como um quarto e usado pelo senhor e pela senhora do castelo - também oferecia alguma privacidade
  • 51. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 51 ] para a família nobre do castelo. Este tipo de câmara era originalmente uma sala dividida que foi adicionada ao final do Grande Salão. A câmara dos Lordes e Damas foi posteriormente situada em um andar superior quando era chamada de solar. Os atendentes pessoais do senhor e da senhora tinham a sorte de ficar com seu mestre ou senhora em seus aposentos separados. No entanto, eles dormiam no chão enrolados em um cobertor, mas, pelo menos no chão, eles podiam absorver um pouco do calor da lareira. Mesmo durante os meses mais quentes do ano, o castelo mantinha uma umidade fria e todos os moradores passavam o máximo de tempo possível aproveitando o ar livre. Muitas vezes, os membros enrolavam cobertores em volta de si mesmos para se manterem aquecidos enquanto trabalhavam (de onde derivamos o termo roupa de cama). O senhor, sua família e convidados tinham o conforto adicional de cobertores pesados, colchões de penas, cobertores de pele e tapeçarias penduradas nas paredes para bloquear a umidade e a brisa, enquanto os moradores de status inferior geralmente dormiam nas
  • 52. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 52 ] torres e se contentavam com roupas de cama mais leves e o corpo humano para se aquecer. [5] Nesta foto, estou em um quarto de hóspede do castelo do Robson Miguel. Aqui as pessoas podem passar por uma experiência de pagar uma diária, hoje no valor de 200 reais e dormir no castelo. BURACO NEGRO
  • 53. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 53 ] O buraco negro é uma parte do castelo de Robson Miguel que é sensacional. Conversei com várias pessoas que visitaram o castelo e todas amaram caminhar pelo túnel. Algumas tiveram medo, outras acharam que sentiriam claustrofobia, mas não foi para tanto. Outras pessoas disseram que no dia que foram viram morcegos. No dia que eu visitei e caminhei de ponta a ponta pelo túnel e estive no buraco negro não vi nenhum morcego, mas também se visse, ficaria mais contente, pois daria mais clima ao ambiente. Na foto acima dá para se ter uma ideia da altura deste buraco. Tiramos a foto de baixo para cima e vemos
  • 54. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 54 ] ao fundo o buraco acima de nós. Em alguns castelos este buraco servia para arremessar os condenados a morte. FONTE DE ÁGUA DO CASTELO Um poço de castelo era um reservatório de água construído para fornecer água potável a um castelo. Era frequentemente o elemento mais caro e demorado na construção de um castelo, e seu tempo de construção podia durar décadas. O poço – assim como quaisquer cisternas disponíveis – fornecia uma fonte protegida de água
  • 55. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 55 ] potável para a guarnição do castelo em paz e guerra e também para qualquer população civil que buscasse refúgio durante um cerco. Nos tempos medievais, poços externos eram frequentemente envenenados, geralmente com um corpo em decomposição, para forçar uma guarnição a se render. Mas poços perfurados dentro do próprio castelo não podiam ser envenenados de fora durante um cerco. [13]
  • 56. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 56 ] Conforme lemos na inscrição, no castelo de Robson Miguel em Ribeirão Pires se encontra uma das 33 nascentes que dá nome a cidade: Ribeirão Pires. CASTELO ALUGA-SE PARA EVENTOS Jefferson Ribeiro de Medeiros em 2024 visitou o local e disse: É uma experiência pitoresca. O próprio Robson é o guia do seu castelo. Muitas surpresas nos esperam. O acesso é bem fácil. Muitas histórias da carreira do Robson são contadas. O local também pode ser alugado para eventos. Nos últimos anos o castelo recebeu estudantes de escolas que vão em excursão, encontros culturais de literatura, arte e música. Imagine você fazer sua festa de casamento em um castelo??? Olha que seria um evento inesquecível!!!
  • 57. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 57 ] PROJETOS COM NOTA SOL A primeira torre de entrada do castelo é afinada em 96 hertz e por todo lado, o musico Robson Miguel fez esta engenhosidade no castelo. Em um vídeo ele diz que usou um trombone porque dá para controlar as notas musicais por este instrumento. Ele explica como usou o trombone, fita métrica, calculo com a medida PI, assim ele chegou no diâmetro e altura que deveria ter aquela torre para dar um efeito sonoro que vocês só vão saber estando lá e fazendo a visita monitorada, pois nela o Robson Miguel vai demonstrar algo impressionante. SERVIÇO DE MONITORAMENTO Agora no início de 2025, a administração do castelo cobrava 10 reais para visitar as instalações do castelo e 50 reais para visita com o monitoramento do próprio Robson Miguel. Só a presença do Robson Miguel por algumas horas conosco já vale muito mais do que 50
  • 58. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 58 ] reais, agora a aula de história e o aprendizado “in loco” que temos pelo serviço de monitoramento de visita, não tem preço. Você ter como guia turístico o construtor e dono do castelo é sensacional. Robson Miguel começando os trabalhos como guia do castelo e falando de cada detalhe. Neste instante ele chamou uma das tartarugas pelo nome e ele emitia um som, ela rapidamente saiu do fundo do lago e veio a
  • 59. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 59 ] superfície do lago e se dirigiu até o Robson Miguel. Uma experiencia fantástica vê ele e o animal interagirem daquela forma. Valeu cada centavos do ingresso. Eu e os demais turistas ficamos estarrecidos com a apresentação. OS ORIFÍCIOS DE OBSERVAÇÃO PELO CASTELO O castelo tem 77 olhos ocultos que dá para enxergar através das paredes em diversos pontos do castelo. São buracos na parede em locais estratégicos, seguindo os melhores modelos medievais e nos remete aos filmes de terror em castelos mal-assombrados. Robson Miguel pensou também neste detalhe ao construir seu castelo. Durante a visitada monitorada, Robson Miguel vai mostrando diversos orifícios nas muralhas com esta finalidade de observação. A SALA DO REI
  • 60. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 60 ]
  • 61. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 61 ] Quem visita o castelo Robson Miguel com o monitoramento de Robson Miguel tem a vantagem de ouvir as explicações de coisas que a pessoa nem imagina que tem ali, e de quebra ainda pode brincar como eu e minha esposa de se assentarem no trono do castelo, ser coroado e levantar a espada real. AS BÍBLIAS Robson Miguel é cristão de linha evangélica e vemos no castelo várias evidencias que a influencia do cristianismo é forte em sua vida. Em uma mesa há uma coleção de Bìblias em várias línguas. Uma delas é uma raridade e esta em uma redonda de vidro a prova de bala e segundo Robson Miguel é da época da Reforma Protestante. Na visita monitorada Robson explica sua teoria sobre a divisão da terra descrita no livro de Gênesis e a origem das etnias humanas. SEMELHANÇA COM A PIRÂMIDE DE QUÉOPS
  • 62. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 62 ] A FORCA Nos castelos medievais, o senhor feudal tinha poder de vida e morte e executava justiça na sua jurisdição, podendo condenar a morte aquele que fosse considerado culpado por algum crime. Esta é uma forca exibida no castelo de Robson Miguel. Tortura e Punição - Morte por Enforcamento Durante os tempos medievais, infligir dor e tortura era uma forma aceita de punição ou interrogatório. Os torturadores cruéis e impiedosos eram induzidos a infligir os horrores da tortura ou punição, incluindo a Morte por Enforcamento, aos lamentáveis prisioneiros. Diferentes
  • 63. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 63 ] tipos de tortura ou métodos de punição eram infligidos, dependendo do crime e do status social da vítima, usando vários métodos e vários tipos de dispositivos ou instrumentos. A Lei, Crime, Tortura e Punição - Morte por Enforcamento Não havia leis ou regras para proteger o tratamento de prisioneiros que enfrentavam tortura ou punição, como a Morte por Enforcamento. Não importava o tipo de tortura ou punição usada, era visto como um meio totalmente legítimo para a justiça extrair confissões, obter os nomes de cúmplices, obter testemunhos ou confissões ou impor uma pena, sancionada por lei por um erro cometido. A descrição a seguir fornece fatos e informações sobre a Morte por Enforcamento. Fatos e informações sobre a morte por enforcamento - A forca A forma mais comum de execução na Idade Média era a execução por enforcamento, que era praticada e descrita da seguinte forma:
  • 64. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 64 ] "Em cada cidade, e quase em cada vila, havia uma forca permanente, que, devido ao costume de deixar os corpos pendurados até que se desfizessem em pó, raramente ficava sem alguns cadáveres ou esqueletos presos a ela. De acordo com a regra prescrita, a forca era colocada em uma parte importante na história política e criminal daquela cidade." Descrição da Morte por Enforcamento A seguinte descrição de uma execução na Idade Média descreve a Morte por Enforcamento: "O criminoso condenado à forca era geralmente levado ao local da execução sentado ou em pé em uma carroça*, de costas para os cavalos. Quando o criminoso chegava ao local da execução, a corda era colocada em volta do seu pescoço, da qual ele era suspenso e, portanto, estrangulado até a morte. Quando as palavras "será enforcado até que a morte aconteça" são encontradas em uma sentença, não se deve supor que elas foram usadas apenas como uma forma, pois em certos casos o juiz ordenou que a sentença fosse executada apenas na medida em que provasse ao
  • 65. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 65 ] culpado a terrível sensação de enforcamento. Em tais casos, a vítima era simplesmente suspensa por cordas passando sob as axilas, um tipo de exibição que não estava livre de perigo quando era muito prolongada, pois o peso do corpo apertava tanto a corda em volta do peito que a circulação poderia ser interrompida. Muitos culpados, depois de pendurados assim por uma hora, quando derrubados, estavam mortos ou só sobreviveram a esse doloroso processo por um curto período de tempo." [21] LAGO DE CARPAS
  • 66. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 66 ] Neste lago no castelo se encontra carpas e varias tartarugas-tigres. Os visitantes são estimulados a darem ração as carpas, jogando no lago ração para poder apreciar os peixes subindo a superfície. O FOSSO QUE CERCA O CASTELO O fosso é pequeno conforme dá para ver no lado esquerdo do portão no castelo de Robson Miguel. Apenas servindo como modelo. Uma vala artificial ou fosso era cavado em volta de todo o complexo do castelo e podia ser preenchido com água, permanente, ou temporariamente, em alguns
  • 67. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 67 ] casos, durante ataque. Como a criação de um fosso fosse um empreendimento muito grande, a presença de elevações ou depressões naturais eram fatores importantes na escolha, em primeiro lugar, da localização do castelo. A terra ou a pedra escavada na preparação do fosso, podiam ser usadas para fazer a elevação na qual o castelo seria, subsequentemente, construído. O fosso era suficientemente profundo para impedir ataques a cavalo, a pé ou torres de sítio. As laterais de pedra eram inclinadas e podiam receber um acabamento com estacas de madeira para torná-la mais escorregadia. Algumas estacas podiam ser colocadas no fundo para impedir uma travessia fácil. Se preenchido com água, somente meio-metro de água era suficiente para obstruir o inimigo e torná-lo mais vulnerável aos projéteis lançados do alto das torres. [9] No castelo de Robson Miguel, ele nos contou que saiu caro fazer o fosso que cerca a frente do castelo, foram necessários muitos caminhões para aterrar, porque ali na frente era um brejo que atolava até as botas.
  • 68. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 68 ] PAREDÕES Os paredões dos castelos dão uma visão imponente a estas construções. Nas fotos acima vemos alguns paredões do castelo de Robson Miguel. Os revestimentos de pedras dão um glamour especial remetendo ao período que o castelo se propõe a imitar. Origem das muralhas de pedras Quando os romanos ocuparam a Inglaterra no século I a.C., eles construíram fortes defensivos em locais
  • 69. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 69 ] cruciais para controlar o campo. Cerca de 500 anos depois, o Império Romano estava sobrecarregado e sob pressão de novas ameaças em casa, então eles deixaram a Inglaterra, e a Idade das Trevas começou. Eles também deixaram para trás muros de pedra, como a Muralha de Adriano no Norte da Inglaterra, e fortificações de pedra, principalmente ao longo da costa sul. Quando William invadiu a Inglaterra em 1066 e desembarcou na Baía de Pevensey, sua primeira ação foi construir um castelo de madeira com motte e bailey. Ele colocou o castelo dentro dos muros romanos que eles deixaram para trás em Pevensey. Isso forneceu ao castelo de madeira de William um perímetro de muro de pedra instantâneo, tornando a defesa mais fácil. Isso se tornou uma prática comum: colocar castelos medievais dentro de fortificações de pedra romanas ou construir castelos diretamente sobre as fundações da muralha romana. Algumas cidades inglesas eram cercadas por uma muralha de pedra romana, que ainda existe em York e Chester. [22]
  • 70. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 70 ] PÁTIO PRINCIPAL Na foto estou no salão ou pátio principal do castelo de Robson Miguel, aqui ocorre os eventos, festas, e é servido o almoço para os turistas que contratam este serviço. Um bailey interior, também chamado de ala, era um recinto fortificado. Foi uma característica comum dos castelos e a maioria destes tinha pelo menos um. A torre em cima da mota era o domicílio do senhor encarregado do castelo e um baluarte do derradeiro reduto de defesa, enquanto o bailey era o lar da família e criadagem do senhor e lhes dava proteção. Os quartéis para guarnição,
  • 71. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 71 ] estábulos, oficinas e instalações de armazenamento eram frequentemente encontrados no bailey. A água era fornecida por um poço ou cisterna. Com o tempo, o foco de alojamento de status elevado deslocou-se da torre para o bailey; isso resultou na criação de outro bailey que separou os edifícios de alto status, como o aposento do senhor e a capela, das estruturas cotidianas, como as oficinas e os quartéis. A partir do final do século XII, havia uma tendência para que os cavaleiros se deslocassem das pequenas casas que anteriormente haviam ocupado no bailey interior para viver em casas fortificadas no campo.[26] Embora frequentemente associado ao castelo de mota, os baileys também podem ser encontrados como estruturas defensivas independentes. Essas fortificações simples eram chamadas de "ringworks". O enceinte era o principal armamento defensivo do castelo, e os termos "bailey" e "enceinte" estão ligados. Um castelo poderia ter vários baileys, mas apenas um enceinte. Os castelos sem uma torre de menagem, que dependiam de suas defesas externas para proteção, às
  • 72. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 72 ] vezes são chamados de castelos de enceinte; estas foram as primeiras formas de castelos, antes que a torre de menagem fosse introduzida no século X. Na foto estou ao lado do Fernando que também veio visitar o castelo com suas duas filhas e ao final ainda assistimos um show particular de Robson Miguel e do músico e diretor da instituição do castelo: Eneias. Fernando e suas filhas assistindo o show particular.
  • 73. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 73 ] Robson Miguel e Eneias tocando violão em um show particular. Eu e a minha esposa Gladis assistindo a apresentação violão do maior violonista do mundo.
  • 74. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 74 ] Emily, funcionária do castelo que atende os visitantes. O músico Eneias fez duas apresentações. Uma durante o almoço e outra no final com o Mestre Robson Miguel
  • 75. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 75 ] POÇO DE ÁGUA Já vimos em outro capítulo anterior a fonte do castelo que é uma das nascentes do Ribeirão Pires. Em outra parte do castelo fica o poço conforme foto acima. Todo castelo precisava de um poço de água e reservatório para se manter. Na história da humanidade e das guerras, o inimigo sempre procurava cortar o fornecimento de agua para forçar uma rendição.
  • 76. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 76 ] CANHÃO E OS CASTELOS Embora a pólvora tenha sido introduzida na Europa no século XIV, ela não afetou significativamente a construção de castelos até o século XV, quando a artilharia se tornou poderosa o suficiente para romper paredes de pedra. Embora os castelos continuassem a ser construídos até o século XVI, novas técnicas para lidar com o fogo de canhão aprimorado os tornaram lugares desconfortáveis e indesejáveis para se viver. Como resultado, os verdadeiros castelos entraram em declínio e foram substituídos por fortes de artilharia em forma de estrela sem função na administração civil, e castelos ou casas de campo que eram indefensáveis. A partir do século XVIII, houve um interesse renovado em castelos com a construção de castelos falsos, parte de um renascimento romântico da arquitetura gótica, mas eles não tinham propósito militar.[1]
  • 77. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 77 ] ESCADARIAS DO CASTELO O Mito da Escada em Espiral No castelo de Robson Miguel existem inúmeras escadas que dão acessos a vários pavimentos e cômodos, até nos túneis tem escadas que dão acesso ao salão principal. Tem estas escadas que estamos
  • 78. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 78 ] descendo na foto acima em que saímos do salão principal e estávamos nos dirigindo a parte baixa do castelo. A escada em espiral se tornou sinônimo de castelos, e seu propósito tem sido debatido há muito tempo. Por muito tempo, a narrativa aceita era que as escadas em espiral foram desenvolvidas como um recurso defensivo dentro de um castelo, que foi construído exclusivamente para defesa. A ideia era que as escadas em espiral fossem construídas para correr no sentido horário, de modo que qualquer um que atacasse (subindo as escadas correndo) seria impedido de lutar com uma espada, pois o teto e a coluna central bloqueariam sua mão direita. Enquanto isso, aqueles que defendessem (descendo as escadas) teriam liberdade de movimento para sua mão direita, pois o teto geralmente é mais alto e eles estavam livres da coluna central. Infelizmente, essa teoria é um tanto prejudicada por alguns pontos que precisamos considerar. Primeiro, há escadas anti-horárias registradas, o que dificulta a teoria. Segundo, em termos de defesa, se os soldados inimigos conseguiram romper todas as defesas que o
  • 79. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 79 ] castelo lançou contra eles e agora estão lutando nas escadas dentro da fortaleza, os defensores devem saber quando desistir porque perderam. Normalmente, nas raras ocasiões em que um castelo era arrastado para o conflito, os defensores resistiriam se pudessem até que o alívio chegasse ou se renderiam se a derrota fosse inevitável. Então, se o inimigo tivesse passado pelos seus portões e conseguido invadir sua fortaleza, é provável que você desistisse. Infelizmente, os propósitos das escadas em espiral evoluíram para uma versão muito mais emocionante da verdade. Em vez disso, elas eram uma resposta útil para uma consideração importante para mestres pedreiros e construtores de castelos - espaço. Embora o donjon (torre) fosse a maior estrutura dentro do castelo, o espaço ainda era escasso, especialmente quando se considerava a espessura das paredes e salas. Para atender às demandas de conservação de espaço, os construtores de castelos usavam escadas em espiral dentro dos castelos. A escada em espiral foi um desenvolvimento perfeito para castelos, sendo uma excelente combinação de economia de espaço e material.
  • 80. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 80 ] O triste fato das escadas em espiral é que elas não são tão interessantes quanto as tornamos. Uma grande entrada Espirais não são as únicas escadas presentes em castelos e escadas retas têm seu lugar no grande design. É correto dizer que castelos não foram construídos somente como estruturas defensivas, no entanto, escadas retas eram uma parte importante disso. As entradas principais de uma torre de menagem ficavam principalmente no primeiro andar e, portanto, o edifício só podia ser acessado por uma escada externa. Isso era muito útil para evitar que máquinas de cerco acessassem as portas e limitasse a mobilidade daqueles que pudessem estar tentando entrar à força. Escadas retas também são importantes para limitar o acesso de outras maneiras. Elas fornecem aos guardas e anfitriões uma visão clara de quem quer que esteja tentando entrar, o que significa que eles são capazes de evitar hóspedes indesejados simplesmente dizendo a eles para irem embora e saber quando
  • 81. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 81 ] hóspedes importantes estão chegando para fornecer um breve aviso de momentos. [20] ALMOÇO NO CASTELO Chegamos no castelo na parte da manhã e reservamos o almoço e a visita monitorada. A comida cozida no fogão a lenha dá uma atmosfera que lembra a Idade Média pela rusticidade. Não precisa dizer que o almoço estava ótimo e com preço módico, apenas 30 reais e com direito a comer a vontade. Em uma das fotos,
  • 82. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 82 ] minha esposa Gladis tirou uma foto com a cozinheira do castelo. Uma simpatia de pessoa. RIBEIRÃO PIRES LOCAL DO CASTELO O castelo de Robson Miguel está localizado no município de Ribeirão Pires e provavelmente muitos brasileiros nunca tenham ouvido falar de Ribeirão Pires, mas esta cidade tem história e sua história remonta aos tempos do descobrimento do Brasil pelos portugueses. O texto a seguir é o que está disponibilizado no portal da Prefeitura de Ribeirão Pires a qual transcrevo:
  • 83. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 83 ] Origens No século 16, ao tempo da chegada dos portugueses, o território de Ribeirão Pires estava inserido em uma imensa aldeia tupiniquim chamada Geribatiba – nome derivado do Rio Jurubatuba-açú, hoje chamado de Rio Grande (no ABC) e Pinheiros (na Capital). Chefiava essa aldeia o índio Caiubi, irmão do Cacique Tibiriçá. Com o apossamento das terras pelos portugueses e a criação do sistema de sesmarias, o território de Ribeirão Pires foi incorporado aos domínios de Brás Cubas, que já possuía fazenda na Baixada, mas fundou a segunda, no Planalto, no atual bairro do Tatuapé, à beira do Rio Tietê. Dadas as condições geográficas desfavoráveis da região serrana – floresta úmida e fechada, clima frio, forte neblina – a atual cidade de Ribeirão Pires serviu apenas como rota de acesso à Vila de São Paulo de Piratininga e não como local de assentamento. Os colonos buscavam lugares altos e de campos abertos, fáceis de fortificar, pois poderiam antever os ataques dos Tamoios (por exemplo, a construção do Pátio do Colégio, em lugar elevado, cercado de campos, e a destruição da Vila de
  • 84. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 84 ] Santo André da Borda do Campo, localizada em lugar baixo e cercado de mata fechada). A Família Pires A historiografia oficial atribui o nome do município de Ribeirão Pires ao mestre de campo Antônio Pires de Ávila. Porém, o militar morou muito brevemente em um sítio chamado Cassaquera, na beira de um córrego que leva o mesmo nome – região do atual município de Mauá. Como seus domínios eram muito amplos e as atuais divisas não existiam, seu sítio abocanhava uma parte considerável da região noroeste de Ribeirão Pires, banhada por um pequeno ribeirão, denominado “dos Pires”. Sabe-se, com certeza, que se estabeleceu nesse sítio por volta de 1716, quando retornou de uma de suas missões em Mato Grosso, em busca de ouro. O reduto dos Pires – família extensa que chegou ao Brasil na esquadra de Pedro Álvares Cabral – sempre foi a Vila de São Paulo. Por essa razão, o militar concentrava sua atuação na capital, onde disputava ferrenhamente o poder com a família Camargo.
  • 85. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 85 ] Por determinação do Rei João V, as duas famílias – Pires e Camargo – deveriam se revezar no comando da Câmara de São Paulo, evitando assim o confronto e a desordem. Nas eleições de janeiro de 1738, ganhou a disputa um terceiro nome, desbancando o representante da família Pires, que deveria ser Pedro de Taques Pires. Revoltado, Antônio Pires de Ávila levantou infantarias de diversos locais para derrubar o recém-eleito e prender a todos que o apoiaram. Foi impedido pelo Ouvidor-Geral, João Rodrigues Campelo, que o condenou por abuso de autoridade e o enviou a prisão. Pires de Ávila morreu na Bahia, meses depois, no fundo de uma das piores masmorras do Brasil. O único município que Pires de Ávila comprovadamente fundou foi o de Pitangui, em Minas Gerais. Quanto ao de Ribeirão Pires, embora não haja comprovação, convencionou-se, a partir da década de 1980, que sua rápida passagem por esta região desencadeou o nosso desenvolvimento. Essa versão é tratada com reserva por historiadores sérios.
  • 86. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 86 ] Quanto aos descendentes de Pires de Ávila, nada se sabe. Do ponto de vista histórico-científico, o levantamento genealógico se torna muito difícil pelo fato de o mestre de campo ter tido cinco filhas e nenhum filho varão. Isso significa que os netos de Pires de Ávila não carregaram seu nome, pois a mulher – ainda nos tempos atuais – não transmite aos netos a linhagem do nome, apenas o homem. Sem a comprovação de que netos do mestre de campo geraram novos descendentes no atual município de Ribeirão Pires, tem-se, até o momento, que sua genealogia se encerrou nas filhas. No século 19, a região do Pilar Velho teve um proprietário de muitas terras, chamado Caetano Pires, mas sua relação com a família de Antônio Pires de Ávila nunca foi comprovada. A origem do nome “Ribeirão Pires” No século XIX, a São Paulo Railway & Co. compra várias terras para a instalação da ferrovia. Em um de seus relatórios, a companhia cita a necessidade de construir pontes sobre o Ribeirão Pires e o Ribeirão Grande. O primeiro, localizado nas proximidades dos
  • 87. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 87 ] atuais bairros do Jardim do Mirante, Vila Suely e Bocaina e o segundo, nas imediações da atual Rua Capitão José Gallo. O nome “Ribeirão Pires” será gravado na história a partir da construção da primeira parada de trem, em 1885, então chamada de “Estação do Ribeirão Pires” – até essa data, a localidade era chamada de Pilar ou Caguaçú. [14] CASTELO MEDIEVAL O Dicionário da Idade Média, organizado por Henry R. Loyn, com 859 páginas, publicado em 1989 em Londres tem uma verbete dedicada a explicar o que é um castelo, a qual transcrevo aqui, uma vez que o objetivo deste livro é estimular a busca de conhecimento sobre castelo medieval e devemos a Robson Miguel o esforço de uma vida para reproduzir em terras tupiniquins um castelo europeu Medieval. O castelo talvez seja o mais conhecido e o menos compreendido dos monumentos medievais. Era a residência fortificada e a fortaleza residencial de um
  • 88. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 88 ] senhor; essa dualidade de função é peculiar ao castelo na história das fortificações e aponta para a sua feudalidade. Todos os edifícios refletem a sociedade que os produz, e os castelos são o produto característico de uma sociedade feudal, dominada por uma aristocracia militar para a qual eles são a moldura apropriada. Embora existissem também palácios e casas não fortificadas, assim como residências dotadas de fortificações comparativamente ligeiras, conhecidas na Inglaterra como manors, na França como maisons fortes e em Portugal como solares, os castelos estavam entre as mais prestigiosas das casas senhoriais no período feudal e converteram-se também em símbolos da nobreza feudal. O castelo era a residência fortificada não só do rei ou príncipe, mas de qualquer senhor; e enquanto representa, portanto, aquela fragmentação ou delegação de poder civil e militar que é essencialmente feudal, também é propriedade estritamente privada, em oposição à pública, sede e centro do senhorio de um homem, de sua família, seus servidores e dependentes: um conceito muito diferente da vila ou cidade fortificada, a chamada praça forte.
  • 89. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 89 ] Com exceção das defesas lineares, as fortificações do período pré-feudal eram comunais e públicas, como, por exemplo, os acampamentos da idade do Ferro, os acampamentos e cidades amuralhadas romanos, seus sucessores merovíngios e carolíngios, os burghs anglo-saxônicos, ou os grandes acampamentos vikings como Trelleborg. Por outro lado, excetuando-se as defesas lineares e as praças fortes, as fortificações modernas, começando na Inglaterra com os fortes costeiros de Henrique VIII, são, ao invés do castelo, puramente militares e, uma vez mais, são edificações públicas, pertencentes ao Estado. É essencial sublinhar que o papel residencial do castelo era, pelo menos, tão importante quanto o castrense. Tanto quanto qualquer consideração tática ou estratégica, é isso o que pode explicar a localização de um castelo; suas suntuosas acomodações internas — salões, alcovas, capelas etc; e (combinados com a solidez do castelo como lugar seguro) tais usos subsidiários como tesouraria, arsenal e prisão; e, enfim, sua função geral, quer real ou senhorial, como centro do governo local. É significativo que, na França, o berço do
  • 90. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 90 ] feudalismo, a palavra Château foi conservada para a grande casa, embora já não seja fortificada. Na Inglaterra, o castelo de Windsor continua sendo a principal residência da rainha, e Arundel, a do primeiro duque de Norfolk. Os suntuosos aposentos em ambos nada têm, obviamente, de casernas, nem a majestade da Capela de São Jorge, em Windsor, tem algo a ver com uma capela de quartel. E igualmente importante enfatizar que o papel militar do castelo não era apenas defensivo. A defesa determinou seu traço e todas as características arquitetônicas mais salientes. Uma grande torre de menagem dominava o conjunto como último reduto, mas também continha as melhores acomodações residenciais. Sólidas e robustas muralhas, com ameias e caminho de ronda, cercavam o castelo, entremeadas de torres salientes como baluartes — torre de ângulo, torre de flanquear — de guaritas e seteiras, capazes de abrir fogo de flanco na face exterior exposta; a entrada era defendida e reforçada por posternas, barbacãs e taludes que precediam a chegada à ponte levadiça, e que, em caso de ataque, revelavam-se como a melhor forma de
  • 91. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 91 ] defesa; muralhas, torres e portas eram, com freqüência, adicionalmente protegidas por galerias salientes de madeira (adarves) ou de pedra (machicólis). Grandes cercos, como os de Rochester (1215), Bedford (1224) ou Kenilworth (1266) na história inglesa, são as ocasiões mais conhecidas na história dos castelos. Mas a razão pela qual os castelos tinham que ser atacados e tomados por um exército inimigo era que controlavam todas as terras circunvizinhas por meio da tropa montada neles aquartelada. O raio de ação do castelo correspondia ao raio de ação do cavalo e do cavaleiro armado, não ao limitado alcance dos armamentos defensivos que ali tinham sua base e que, pela forma como eram dispostos, faziam dele um lugar quase inexpugnável. Na análise militar, o papel ofensivo do castelo é primordial, seu papel defensivo, secundário, embora ambos os aspectos se conjuguem para decidir uma guerra. O castelo teve sua origem na França setentrional, possivelmente no século IX mas com certeza no século X, concomitantemente com o advento da própria sociedade feudal. Os mais antigos castelos conhecidos ainda remanescentes são os de Doué-la-Fontaine (c. 950) e de
  • 92. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 92 ] Langeais (c. 994), ambos na região do Loire. Pertenceram a grandes senhores, príncipes feudais em ascensão (respectivamente, Teobaldo, conde de Blois, e Fulque, o Negro, conde de Anjou), que estavam nessa época fundando seus principados feudais. Na Inglaterra, os castelos chegaram por volta de 1066 com os normandos, que impuseram suserania feudal a um antigo reino; levaram subseqüentemente os castelos com eles para o País de Gales, Escócia e Irlanda. Estando os castelos tão intimamente vinculados ao feudalismo, o declínio daqueles foi sintomático da lenta decadência deste; a pólvora teve muito pouco a ver com esse fato. [O feudalismo não teve em Portugal a mesma importância, como organização política e social, que no resto do Ocidente, o que significou que o castelo, durante a Idade Média, poucas vezes teve como destinação a residência de um nobre, seus homens de armas, vassalos e dependentes. Alguns foram residências reais — como, por exemplo, os castelos de Guimarães e de Leiria, que abrigavam os monarcas e suas cortes nos deslocamentos pelo país. Entretanto, em sua grande maioria, os castelos tinham funções sobretudo estratégicas e estavam quase
  • 93. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 93 ] sempre confiados às Ordens religiosas e militares responsáveis pela formação territorial e, mais tarde, de defesa das fronteiras e das vias de penetração de eventuais invasores. Estavam nesse caso as Ordens dos Templários e de Santiago e castelos como os do Almourol e de Palmela. Muitos castelos foram adaptações de anteriores edificações castrenses mouras (alcáceres), como o de Lisboa. Vila da Feira, Óbidos, Ourém, Montemor, Santarém possuem ainda hoje exemplares bem conservados de castelos medievais. [17]
  • 94. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 94 ] PARTE 2 A BIOGRAFIA DO ROBSON MIGUEL
  • 95. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 95 ] A pessoa precisa ser uma figura relevante para ter uma verbete com a sua biografia na Wikipédia e Robson Miguel tem espaço na maior enciclopédia do mundo a qual reproduzo, porque ficaria incompleto este trabalho sobre o castelo se as pessoas não conhecerem a importância de Robson Miguel: Robson Neves Miguel (Vitória, 28 de agosto de 1959) é um violonista brasileiro. Tornando-se referência do violão no mundo, tendo seu nome presente em mais de cem países, criando estilo próprio e um conceito contemporâneo nos arranjos para violão e as 136 composições de sua autoria escritas para violão solo, duos, grupos, big-band, orquestra popular e até orquestras sinfônicas que prisma sua qualidade como maestro de respeito nacional e internacional. Sua musicalidade e versatilidade como violonista não ofusca seu destaque como produtor artístico realizando inúmeros projetos musicais no Brasil e Europa, como multi-instrumentista, compositor, arranjador, diretor e maestro de orquestra sinfônica e jazz-fusion de música brasileira.
  • 96. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 96 ] Robson Miguel é fundador da Orquestra Sinfônica de Santo André – São Paulo e também Fundador, Maestro e Arranjador da Orquestra Sinfônica Kalein de Madrid – Espanha que sob sua regência chegou a atuar com 208 músicos lotando teatros na Europa, com destaque para suas apresentações no Teatro Monumental de Madrid. É autor de vários livros didáticos editados, com destaque para "The Jazz in Your Hands" ("O Jazz Em Suas Mãos") editado em inglês e Espanhol pela Real Musical de Madrid, livro que insere o programa das universidades de musica de 12 países europeus e da Universidade de Kentucky nos Estados Unidos. Robson Miguel têm sua biográfica em vários livros e dicionários de musica, gravou 22 vídeos aulas-show, 27 CDs e 19 DVDs que estão na galeria dos mais vendidos, tornado-se referencia e de vários artistas da música popular brasileira da atualidade, conquistando o respeito do público e da crítica internacional especializada, sendo condecorado internacionalmente como o primeiro violonista brasileiro a se destacar no ranking mundial
  • 97. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 97 ] violonístico, recebendo o maior título internacional pelo Circulo Violonístico Europeu de Madrid – Espanha, a terra onde nasceu o violão, e divulgado para o mundo em cadeia internacional através da TV Espanhola. Em 1991, tocou no evento em comemoração aos 500 anos do descobrimento da América, em que o governo espanhol reuniu 67 violonistas de todo o mundo no Castelo de Córdoba.Possui 136 obras lançadas, entre livros didáticos, CDs, DVDs e vídeos aulas-show. Robson Miguel se tornou conhecido por sua missão de lutar pela inclusão Social dos Povos Indígenas, reconhecimento da influencia indígena em sua historia, sendo o primeiro a fazer a versão, tradução e gravação do “Hino Nacional Brasileiro” na língua nativa “Guarani” com seu Vice-Cacique e Índio Guarany Karay Basilio, e foi o primeiro a reescrever a História do Brasil incluindo a voz dos Índios, lançando o Livro: ÍNDIOS – "Uma história contada pelos verdadeiros donos do Brasil”, em atendimento à Lei 11.645, que institui como obrigatório o estudo da história, lingua, cultura e tradições indígenas.
  • 98. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 98 ] Maestro O fruto da dedicação sacrifícios e matizes que envolvem a arte e musicalidade do Violonista e Multi- instrumentista Robson Miguel, não estão apenas na qualidade de Maestro, Compositor Arranjador de Orquestras Sinfônicas que conquistou respeito no mundo. Robson Miguel, popularmente conhecido como Mestre Robson Miguel, é um musico multi-instrumentista que como violonista solista se tornou um dos principais nomes no mundo quando o assunto é violão, e como maestro de orquestra e arranjador muito cedo iniciou sua trajetória. Mesmo sem nunca ter frequentado uma universidade de musica e sendo um autodidata na área de harmonia, composição e regência para coro, orquestra e arranjos orquestrais, Robson Miguel aos 16 anos já escrevia seus complexos arranjos, já fundava e regia suas próprias orquestras nas igrejas evangélicas, e sua orquestra era convidada para tocar oficialmente nos eventos de aniversários das cidades. Aos 19 anos fundou a Magnificent Big-Band de Jazz que com arranjos
  • 99. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 99 ] próprios se apresentava em vários teatros, estádios e programas de TVs. Como professor-empreendedor fundou a sua própria Rede de Escolas CURSON- Cursos Robson, com cursos de cordas, metais, percussão, canto e regência para coro e orquestra, que com sua metodologia própria inicialmente publicada em papel, foi o pioneiro na produção de Cursos publicados em VHS, evoluindo para DVDs e muitos deles atualmente disponíveis no YouTube. Assim, seus materiais foram divulgados e distribuídos para países da América, Europa e Ásia tornando-o um musico e maestro pedagogo de fama e respeito nacional e internacional. Seu lançamento oficial na Europa como violonista referência na Espanha, terra onde nasceu o violão, foi com apenas 31 anos de idade no dia 9 de dezembro de 1991 no Gran Teatro monumental de Madrid – Espanha, vindo a apresentar-se no mesmo teatro com a sua própria Orquestra Kalein com 72 componentes em 26 de setembro de 1992, concerto este organizado pela Televisão Espanhola RTVE na qual tinha contrato.
  • 100. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 100 ] Atualmente com 27 CDs gravados entre Brasil, Chile, Alemanha, Espanha, Suíça e Inglaterra, 20 DVDs publicados e suas mais de 100 obras e composições próprias escritas e arranjadas para Coro, Orquestras Sinfônicas, Bandas Militares e Big-Band de Jazz, mais de 40 delas se tornaram trilhas sonoras de novelas, filmes, prefixos de Rádios e TVs. Robson Miguel é Maestro Trilheiro contratado da L.C.Barreto da ANCINE- Agencia Nacional de Cinema, sendo que uma das suas mais importantes trilhas foi a do filme “O Negro no Futebol Brasileiro” – produzido em
  • 101. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 101 ] quatro episódios à disposição no YouTube, Netflix, H.B.O. e outras plataformas. O filme que retrata e resgata toda a histórica do futebol brasileiro e sua ascendência rumo a inclusão social dos negros e indígenas. Robson Miguel entrou para historia como sendo o primeiro maestro Cafuzo ( mistura de Índio Guarani com Negro do Congo) a fundar sem patrocínios e reger uma orquestra sinfônica própria - Orquestra Kalein no Teatro Monumental de Madrid; e a ter a sua própria Orquestra e Coro do Castelo de Robson Miguel, que se apresenta com concertos mensais ( agendados antecipadamente ), além de atender a convites para shows em teatros, empresas, palestras, eventos em estádios e televisões no Brasil e no Mundo, figurando dentre os grandes maestros trilheiros brasileiros. Seus arranjos também conquistaram o respeito de importantes maestros, com entrevistas televisivas e trabalhos realizados ao lado de respeitados maestros nacionais e internacionais. Trabalhos realizados com maestros nacionais e internacionais:
  • 102. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 102 ] Maestro Eleazar de Carvalho – sendo entrevistado por ele no Programa Ensaio - TV Cultura. Maestro Silvio Baccarelli – participou do Projeto Quatro em Ponto criado e dirigido pelo Mestre Robson Miguel. Maestro Diogo Pacheco - sendo entrevistado por ele no Programa Ligue para um Clássico - TV Cultura. Maestro Benito Juarez - Regente da Orquestra Sinfônica de Campinas (SP) – entrevistado no Programa da Ana Maria Braga. Maestro Valter Lourenção - entrevistado no Programa da Radio e TV Cultura. Maestro Silvio Versolato e Orquestra - atual vice- presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, com concertos realizados. Maestro Carlos Binder – Banda Lira de Mauá como maestro participante de seus projetos orquestrais. Trabalhos realizados com orquestras e bandas sinfônicas: Orquestra Sinfônica de Santo André – OSSA – São Paulo – regida pelo Maestro Titular Flavio Forense
  • 103. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 103 ] como solos e arranjos do Mestre Robson Miguel que é também um dos fundadores da OSSA. Orquestra Sinfônica de Americana com concertos e DVD produzido. Traditional Jazz Band – show e palestra sobre a historia do Jazz, realizado no Teatro Municipal de Santo André Banda Sinfônica de Bristol Easton – Inglaterra e Maestro Don Jenkis - com a Orquestra Kalein no Teatro Monumental de Madrid - Espanha. Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo – com a Maestrina Monica Giardini – Concerto na Pedreira de Rio Grande da Serra – São Paulo. Orquestra Filarmônica do seu Estado do Espirito Santo – com Maestro Elder Strefinger no Teatro Estadual Carlos Gomes – Espirito Santo regendo os arranjos orquestrais do Mestre Robson Miguel. Banda Sinfônica da Policia Militar do Estado de São Paulo – regida pelo Maestro Major Renato Maximiano da Silva – Palácio das Convenções do Anhembí – São Paulo com arranjos do Mestre Robson Miguel.
  • 104. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 104 ] Banda da Policia Militar do Estado de São Paulo – Maestro 2º Tenente Jassen Feliciano – Lançamento Oficial do Hino Nacional Brasileiro na Língua Guarani – 1ª tradução, gravação e versão feita pelo Mestre Robson Miguel. Orquestra de Cordas de Suzano - Mestre Robson Miguel como Padrinho Cultural. Orquestra de Cordas Camerata Quattro Stagione – Maestro João Carlos com arranjos do Mestre Robson Miguel como Padrinho Cultural. Orquestra Hyper Sonora – Maestro Eduardo d’Alcântara - e Mestre Robson Miguel com arranjos do Mestre Robson Miguel como Padrinho Cultural. Orquestra Bachiana Filarmônica SESI – SP – regida e fundada pelo Maestro João Carlos Martins – show com o Mestre Robson Miguel no Teatro Municipal de Santos – São Paulo e concerto na Estância Turística de Ribeirão Pires – São Paulo. Orquestra e Coro do Castelo de Robson Miguel - Hino da ONU Pela Paz Mundial com letra e musica do Mestre Robson Miguel e arranjos do Maestro Eduardo d’Alcântara e Jefferson Carvalho.
  • 105. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 105 ] Banda da Policia Militar do Estado de São Paulo – regida pelo Maestro 2º Sargento Beline Calandrin Carneiro. Orquestra Sinfônica de São Carlos – regida pelo Maestro João Cordiano com show com solo e arranjos do Mestre Robson Miguel. Trabalhos pedagógicos implantados como maestro-regente: Curso de Regência para Coro e Orquestra – VHS – DVD – YouTube. Universidade Zumbi do Palmares – Implantação dos Cursos de Musica e Regência para Coro e Orquestra. Faculdade FAMES-Faculdade de Musica do Espirito Santo. IMT-Instituto de Musica e Tecnologia - São Paulo. Universidade FATAB-Faculdade Teológica do Avivamento Bíblico – Ribeirão Pires. Faculdade FABC-Faculdade do ABC - São Bernardo do Campo – São Paulo. Livro “The Jazz in Your Hands” ( El Jazz em Sus Manos ) – Editora Real Musical – Madrid – Espanha adotado nas Escolas e Conservatórios dos países
  • 106. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 106 ] europeus do Tratado de Mastrick e também na Universidade de Kentucky - Estados Unidos. [18] O ACIDENTE COM COBRA NO dia 01/05/22 o Jornal JB publicou uma matéria do acidente com cobra peçonhenta com Robson Miguel que poderia ter terminado de forma trágica: Violonista mestre Robson Miguel está curado e voltou a tocar depois de ser tratado com sucesso na unidade. “Tive medo de perder o dedo, mas o soro do Butantan me salvou”, diz violonista que foi picado por cobra e tratado no hospital Vital Brazil. Violonista mestre Robson Miguel está curado e voltou a tocar depois de ser tratado com sucesso na unidade. O dedo do meio da mão direita que toca divinamente o violão, recita orquestras, escreve livros, cria marcos emblemáticos para o Brasil, como o hino nacional em tupi guarani, e os jogos indígenas de São Paulo recebeu uma dolorosa picada de jararaca em
  • 107. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 107 ] meados de abril. A sorte do violonista mestre Robson Miguel, de 62 anos, foi ter sido tratado no Hospital Vital Brazil (HVB), do Instituto Butantan, onde tomou o soro antiofídico e permaneceu internado por cinco dias até a cura. A experiência foi diferente de tudo que o músico já passou. E olha que Robson Miguel tem uma história de vida impressionante graças a sua incrível habilidade no violão, que lhe fez se tornar uma referência no Brasil e na Europa e tocar sua ampla discografia para realezas, além de ter sido eleito o primeiro cacique cafuzo (filho de negro com indígena) tupi guarani do Brasil. Robson é o líder da Aldeia Guarani de Itaoca, em Mongaguá (SP), desde 1999. Picada em dedo que toca o violão
  • 108. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 108 ] Infelizmente seu currículo e seu costume de imobilizar cobras nas aldeias por onde viveu no Espírito Santo, no litoral e interior paulistas, não lhe pouparam do acidente. Na noite escura e chuvosa de 5 de abril, Robson sentiu a picada após tentar mobilizar a serpente dentro do castelo turístico onde vive em Ribeirão Pires (SP). “Muito cedo eu perdi o medo de animais peçonhentos por viver em região de mangue onde era comum enfiar a mão em buracos, pegar caranguejo e serpentes. Mas nunca uma cobra tinha me pegado; essa é a diferença de quando você tem 30 anos e um reflexo rápido, e quando tem 62 anos, quando o reflexo não é mais o mesmo”, disse ao fim da consulta no HVB, após a quarta microcirurgia no dedo lesionado. Naquela noite, o poderoso veneno da jararaca lhe causou um apagão e, após chegar ao hospital local, ele foi transferido. Já no Vital Brazil, Robson recebeu quatro ampolas de soro antibotrópico e passou por três microcirurgias no dedo que já estava em processo de necrose, além de lhe causar uma dor lancinante. Quem
  • 109. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 109 ] atendeu o músico durante a internação e no acompanhamento ambulatorial foi o médico cirurgião Jefferson C. Murad, plantonista do HVB. “A serpente picou a ponta do terceiro dedo da mão direita. Então, eu fiz duas perfurações na unha dele onde tinha hematoma para drenar o sangue e na ponta do dedo fiz um desbridamento superficial. Foi removido esse tecido e a recuperação dele vai ser excelente daqui para frente.”, explica o cirurgião. Medo de encerrar a carreira Diante da situação, o culto e bem humorado músico confessa que sentiu medo de perder a função do dedo e ter que encerrar a carreira de 50 anos. Mas o receio foi mudando à medida que o tratamento fazia efeito e a equipe do hospital se mobilizava para oferecer bem estar físico e emocional a Robson. “Cheguei a pensar que poderia perder pelo menos a falange porque necrosou muito e que isso
  • 110. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 110 ] poderia me impedir de tocar. Mas a esperança chegou quando o doutor Jefferson e toda a equipe me trataram com excelência, com remédios e palavras de fé e até tocaram violão para mim dizendo que eu voltaria a tocar”, descreve o violonista. Os cinco dias de internação foram para acompanhar a evolução do ferimento no dedo e a ausência de sintomas físicos e neurológicos que poderiam ser causados pelo envenenamento. Apesar disso, Robson conta que logo que recebeu as doses do soro e medicamentos, a dor que lhe afligia sumiu e ele começou a se sentir melhor. “Quando eu cheguei, a equipe rapidamente aplicou as doses do soro, analgésico, ficaram aferindo a pressão e aquela dor tão intensa desapareceu. Eu dormi tranquilamente e iniciei o tratamento com a equipe observando exames de urina, sangue a cada hora.” Mesmo com o dedo recém-operado, o virtuose desenvolveu uma técnica para tocar com um dedo a
  • 111. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 111 ] menos, o que lhe permite recitar pérolas do cancioneiro popular brasileiro e mundial com maestria. “Estou muito feliz e estou conseguindo até tocar bastante coisa. Tenho certeza que as obras virtuosas vão voltar em breve, graças à excelência do Butantan e a Deus”, reforçou. Segundo Robson, é bastante simbólico ter sido tratado em um hospital com o nome do criador dos soros antiofídicos Vital Brazil, dentro do Butantan, palavra de origem indígena que significa terra muito dura (Bun = terra; tan tan = muito dura).
  • 112. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 112 ] “Essa parceria entre a cultura indígena agregada à ciência é simbólica. O embasamento indígena é empírico, baseado só na observação e sem comprovação científica. Vital Brazil teve a visão de descobrir e analisar as cobras que mais faziam vítimas no país e desenvolver os soros que salvam vidas”, disse. Já com violão no colo, tocando com um dedo a menos o clássico “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, o músico cantou sobre o criador de sua cura. “Vital Brasil era um visionário e quando ele criou o soro, pensou no próprio nome dele, porque não tem nome mais brasileiro do que Vital Brazil. Onde ele vai, vai levando o nome do nosso país no seu próprio no me. E ele entendeu que esse soro não vinha para curar só europeus imigrantes, mas também indígenas, negros brancos, o mundo.” [1] TRADUTOR DE TUPY-GUARANI
  • 113. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 113 ] CACIQUE ROBSON MIGUEL Português | Espanhol | Guarani | Tupy-guarany Tradutor, Intérprete e Professor de Língua e Cultura Indigena Guarani e Tupy-guarany, eleito cacique na Aldeia Guarani de Itaóca - Mongaguá-S.P. com Curso
  • 114. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 114 ] de Tradução e Interpretação concluido na UnB - Universidade Federal de Brasília. Foi o primeiro idealizador e tradutor do Hino Nacional Brasileiro em Guarani, é Membro Tradutor Indigena do IHGSP- Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e do IBB- Instituto Biográfico do Brasil, atualmente trabalhando como Tradutor-Interprete Forense da Defensoria Pública no TRF3 -Tribunal Regional Federal de São Paulo junto aos Juízes Desembargadores Federais.[2] REFERÊNCIAS 1 - https://www.jb7cidades.com.br/noticia/2179/violonista- mestre-robson-miguel-esta-curado-e-voltou-a-tocar- depois-de-ser-tratado-com-sucesso-na-unidade
  • 115. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 115 ] 2 - https://www.jusbrasil.com.br/processos/nome/42110607/r obson-miguel 3 - https://www.exploring- castles.com/castle_designs/castle_dungeon/ 4 - https://www.castlesandmanorhouses.com/architecture_03 _walls.htm 5 - https://www.castlesandmanorhouses.com/life_01_rooms.h tm 6 - https://www.castlesandmanorhouses.com/life_01_rooms.h tm 7 - https://www.castlesandmanorhouses.com/architecture_03 _walls.htm 8 - https://www.europeana.eu/en/stories/living-in- a-medieval-castle 9 - https://www.worldhistory.org/trans/pt/1- 17024/castelo- medieval/?utm_source=whe&utm_medium=lang_popup& utm_campaign=browser_lang_forward 10 - https://medievalbritain.com/type/medieval- life/architecture/parts-of-a-medieval-castle-the-portcullis/ 11 - https://www.castlesandmanorhouses.com/life_01_rooms.h tm
  • 116. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 116 ] 12 - https://www.castlesandmanorhouses.com/architecture_03 _walls.htm 13 - https://en.wikipedia.org/wiki/Castle_well 14 - https://ribeiraopires.sp.gov.br/historia/# 15 - https://www.balconette.co.uk/juliet- balcony/articles/balconies-through-the-ages 16 - https://www.linkedin.com/pulse/medieval- castles-secret-tunnels-backdoors-rinaldo-ribeiro-de- oliveira 17 - Dicionário da Idade Média, organizado por Henry R. Loyn, com 859 páginas, publicado em 1989 em Londres 18 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Robson_Miguel 19 - https://medievalbritain.com/type/medieval- life/architecture/parts-of-a-medieval-castle-the-drawbridge/ 20 - https://www.newcastlecastle.co.uk/castle- blog/castle-stairs 21 - https://www.medieval-life-and- times.info/medieval-torture-and-punishment/death-by- hanging.htm 22 - https://great-castles.com/anatomy.html English Castles (1976); The Architecture of Castles (1984). G. Fournier, Le Château dans Ia France médiévale: essai de sociologie monumentale
  • 117. CASTELO DE ROBSON MIGUEL EM RIBEIRÃO PIRES [ 117 ] COLEÇÃO DE LIVROS TERRAS BÍBLICAS AUTOR: O PEREGRINO CRISTÃO Grande Esfinge do Egito As pirâmides do Egito O Mar Vermelho Monte das Oliveiras Belém, onde nasceu Jesus Basílica da Natividade em Belém Jerônimo de Belém da Judéia Sinai, o monte de Deus O exótico Mar Morto Jericó, a cidade mais antiga do mundo Monte Carmelo e o profeta Elias Mênfis, no Egito Barreira israelense na Cisjordânia Rio Nilo no Egito Museu Egípcio do Cairo Aeroporto de Tel-Aviv, maravilha da humanidade Os beduínos na Bíblia e hoje Dubai, maravilha da humanidade História da cidade de Jerusalém Jerusalém na Bíblia O Jardim do Éden na Bíblia O Estado Judeu de Israel Introdução à Arqueologia Egiptologia Bíblica Aeroporto Guarulhos, maravilha da humanidade Airbus A380, maravilha da humanidade Castelo de Robson Miguel