CIDADE DO CAIRO NO EGITO - TERRAS BÍBLICAS
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 2 ]
FINALIDADE DESTA OBRA
Este livro como os demais por mim publicados
tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores,
a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si
mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de
entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa
existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a
caminhada para o conhecimento é gradual e não
alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente
não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste
livro você encontrará algumas respostas para alguns dos
dilemas de nossa existência.
AUTOR: Escriba de Cristo é licenciado em Ciências
Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de Santos;
possui curso superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de
Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembléias de
Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela
USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas
Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo
SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu
em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o Centro de
Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros e ao
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 3 ]
ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou
participar de eventos, evitando convívio social.
CONTATO:
Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com
áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo
Grupo de estudo no whatsapp
55 13 996220766 com o Escriba de Cristo
E-MAIL: teologovaldemir@hotmail.com
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
M543 O PEREGRINO CRISTÃO, Central de
Ensinos Bíblicos 1969 –
Cidade do Cairo no Egito
Cairo / Egito, Uiclap, Clubebedeautores, Draft2
2025, 170 p. ; 21 cm
ISBN: Edição 1°
1. Cidade do Cairo 2. Egito
3. Geografia Bíblica 4. História
CDD 720
CDU 72
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 4 ]
Sumário
INTRODUÇÃO.................................................................... 10
PARTE 1................................................................................ 11
MINHAS PERCEPÇÕES SOBRE O CAIRO..................... 11
ROYAL PERFUME DO CAIRO ......................................... 11
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO ........................................... 14
AL-JAZEERA........................................................................ 16
Edifícios sem reboco............................................................. 19
PLANTAÇÃO DE TAMAREIRA NO CAIRO....................22
IGREJA DE S. SERGIO E S. BACO....................................29
Igreja de São José ..................................................................33
MC DONALD’S....................................................................35
Fabricantes de automóveis do Cairo.....................................38
DESERTO DO SAARA ........................................................38
HORÁRIO COMERCIAL....................................................39
AS PIRÂMIDES DO EGITO ............................................... 41
BANCOS DO CAIRO...........................................................43
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 5 ]
TRÂNSITO CAÓTICO........................................................45
LOJAS DE LINGERIE NO CAIRO....................................52
GRANDE ESFINGE DO EGITO .......................................53
MERCADO DE LIVRARIA NO CAIRO ............................55
VIÚVAS PEDINTES NO CAIRO .......................................60
ETIQUETAS PARA TURISTAS NO CAIRO..................... 61
MESQUITAS ........................................................................ 71
NOVO MUSEU DO CAIRO................................................72
AEROPORTO DO CAIRO..................................................73
INSTITUTO DO PAPIRO...................................................75
MÊNFIS, NO EGITO..........................................................79
AGÊNCIA EXOTIC TOUR AND TRAVEL....................... 81
SWISS INN PLAZA HOTEL...............................................82
RIO NILO.............................................................................84
PARTE 2 ...............................................................................87
HISTÓRIA E GEOGRAFIA ................................................87
ORIGEM...............................................................................88
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 6 ]
História.................................................................................. 91
Assentamentos antigos.......................................................... 91
Fundação e expansão do Cairo.............................................97
Apogeu e declínio sob os mamelucos..................................101
Domínio otomano ............................................................... 107
Era moderna.........................................................................110
Ocupação britânica até 1956.................................................114
Depois de 1956......................................................................115
Revolução egípcia de 2011....................................................118
Cairo pós-revolucionário......................................................119
Geografia ..............................................................................119
Clima ................................................................................... 123
Área metropolitana e distritos............................................. 125
Cidades satélites.................................................................. 128
Nova capital planejada........................................................ 129
Demografia.......................................................................... 129
Religião................................................................................ 130
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 7 ]
Economia .............................................................................131
Infraestrutura....................................................................... 132
Saúde ................................................................................... 132
Educação............................................................................. 133
Transporte ........................................................................... 135
Estradas............................................................................... 137
Cultura................................................................................. 138
Festival Internacional de Cinema do Cairo ........................ 140
Cairo Geniza.........................................................................141
Esportes................................................................................141
Paisagem urbana e pontos de referência ............................ 145
Praça Tahrir......................................................................... 145
Museu Egípcio .............................Error! Bookmark not defined.
Grande Museu Egípcio ....................................................... 146
Torre do Cairo ..................................................................... 147
Cairo Antigo ........................................................................ 148
Cairo Islâmico ..................................................................... 150
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 8 ]
Cidadela do Cairo................................................................ 154
Khan el-Khalili..................................................................... 156
Sociedade............................................................................. 157
Direitos das mulheres.......................................................... 157
Poluição............................................................................... 158
Tráfego no Cairo ................................................................. 159
Relações internacionais....................................................... 162
Pessoas notáveis.................................................................. 163
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 9 ]
CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO
Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na
internet. Se você a leu, gostou e lhe edificou, peço que faça uma
doação ao meu ministério fazendo um pix, nem que seja de
um dólar [ou cinco reais BR],
assim continuaremos produzindo livros que edifiquem:
PIX
Valdemir Mota de Menezes,
Banco do Brasil
CPF 069 925 388 88
Este material literário do autor não tem fins lucrativos,
nem lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste
em contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de
vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o
único Deus Todo-Poderoso.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 10 ]
INTRODUÇÃO
Este livro divide-se em duas partes: A primeira
trata-se da minha percepção sobre a vida no Cairo e a
segunda é uma descrição técnica do ponto de vista da
história e da geografia. Em 2023 tive o prazer de visitar a
lendária cidade do Cairo, atual capital do Egito. Passei
com meu irmão em Cristo, pastor Márcio pelo centro do
Cairo, que desde 1979 é patrimônio Mundial. Fiquei
chocado com a cidade que existe dentro de um cemitério,
onde pobres vivem sem nenhuma infraestrutura dentro de
um gigantesco cemitério, vivos coabitando com os mortos
e disputando o mesmo espaço. Uma coisa surreal. O
Cairo é um contraste de riquezas e pobreza, de
modernidade e de antiguidades que remontam ao
princípio da humanidade. Cairo é cortada pelo famoso rio
Nilo de onde Moisés foi resgatado. Passagens épicas da
bíblica envolvem o Egito e não dá para desassociar o
nome Egito de sua atual capital, o Cairo.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 11 ]
PARTE 1
MINHAS PERCEPÇÕES
SOBRE O CAIRO
ROYAL PERFUME DO CAIRO
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 12 ]
Nosso ônibus parou em uma praça junto com
outros ônibus de turistas estrangeiros e dali fomos ao
Royal Perfumes. A loja recebe grupos e grupos de turistas
todos os dias, tudo já previamente combinado com as
agencias de turismo para sincronizar os horários de
visitas para ninguém perder tempo, pois tempo é dinheiro.
A loja é muito bonita e luxuosa e os perfumes ali vendidos
são os melhores do mundo. Só o nosso grupo deixou
milhares de reais. Muitos gastaram ali facilmente mil reais
em perfumes.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 13 ]
A Royal Perfumes orgulhosamente anuncia o
lançamento da ASGHARALI Perfumes, uma renomada
marca de perfumes do Bahrein. Somos o PRIMEIRO
distribuidor autorizado e autêntico de perfumes Asgharali
nos EUA. A Royal Perfumes apresenta aos amantes de
fragrâncias a MELHOR coleção de luxo de perfumes e
óleos orientais. Uma tradição que estava escondida e
nunca vista antes na indústria de perfumaria.
Asgharali é uma marca internacional de luxo
conhecida e reconhecida no campo de perfumes orientais
e franceses no mundo oriental desde 1924. Os
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 14 ]
showrooms de luxo da Asgharali estão localizados nos
shoppings de elite do Bahrein, Arábia Saudita, Paquistão,
Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Catar, Brasil,
Rússia, África do Sul e ainda estão crescendo. [2]
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO
O Museu de Antiguidades Egípcias, conhecido
comumente como Museu Egípcio, abriga a mais extensa
coleção de antiguidades egípcias antigas do mundo. Ele
tem 136.000 itens em exposição, com muitas centenas de
milhares em seus depósitos no porão. Entre as coleções
em exposição estão os achados da tumba de
Tutancâmon.
Sobre este assunto escrevi um livro a parte a qual
transcrevo a SINOPSE:
Resguardada as devidas proporções, a minha
felicidade em entrar no Museu do Cairo só percebeu em
ansiedade a de Jean-François Champollion, o decifrador
dos hieróglifos. Desde os meus 15 anos que estudo a
Bíblia e consequentemente acabamos por estudar
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 15 ]
também a civilização egípcia, uma vez que o surgimento
da nação de Israel tem relação com a imigração dos
patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José ao Egito. Depois
temos a história do Êxodo com Moisés e quando
pensamos que o Egito não tem mais relação com a Bíblia,
ai surge o Novo Testamento e Jesus e sua família foge de
Belém para o Egito até Herodes morrer, uma vez que
perseguiu e queria matar o ainda menino Jesus. No
museu Egípcio do Cairo eu pude saborear as obras de
arte, artefatos, sarcófagos, múmias e todo esplendor dos
faraós como Tutancâmon. Ao chegar na porta do Museu
eu fiquei arrepiado, cheguei mesmo a gravar um vídeo na
hora e até printei este momento único.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 16 ]
Foi um arrepio de emoção, estou com 54 anos e
foram quase 40 anos lendo e estudando sobre a antiga
civilização do Egito e ao chegar aqui no museu do Cairo,
eu concretizei um sonho da adolescência e que esperei
uma vida inteira por este momento. Neste livro vou
pincelar informações e mostrar fotos que tirei no museu
sempre posando do lado destas peças que por tantos
anos só conhecia por fotos e vídeos. Recomendo que
antes de visitar o Museu leia este livro par você já ir com
noções do que verá lá.
AL-JAZEERA
De dentro do nosso ônibus de turismo,
confortavelmente no ar condicionado, tirei esta foto pela
janela do prédio que fica a sede da TV Al-Jazeera. A voz
do pensamento muçulmano no mundo árabe. sua
ideologia e linha editorial é pró-islâmica. Quando o mundo
ocidental esta em guerra com grupos terroristas islâmicos,
a TV que consegue entrevistar os líderes dos terroristas é
a AL-Jazeera. Costumo chama-la de REDE GLOBO DO
ORIENTE MÉDIO
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 17 ]
AL-JAZEERA E NOTÍCIAS ÁRABES
A Al-Jazeera é uma estação de televisão árabe
via satélite, 24 horas, semelhante à CNN. Com sede em
Doha, Qatar, e financiada pela família real do Qatar, é a
primeira emissora no mundo árabe-muçulmano a fornecer
notícias independentes e sem censura. Al-Jazeera
significa "a Península", uma referência à Península
Arábica. O Qatar é uma ilha.
A Al-Jazeera é o serviço de notícias mais popular
no mundo de língua árabe — com uma audiência global
de mais de 40 milhões de espectadores. Ela cobre
eventos e tópicos globais e influenciou eventos mundiais,
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 18 ]
mais significativamente ao apresentar uma interpretação
árabe-muçulmana e uma interpretação de eventos no
Oriente Médio tradicionalmente vistos por uma lente
ocidental. Em 2005, a Al-Jazeera foi eleita a 5ª marca
mais influente do mundo, atrás da Apple, Google, Nokia e
Starbucks, em uma pesquisa com 200 executivos pela
revista online Bandchannel.
A Al-Jazeera é assistida com interesse particular
no mundo árabe-muçulmano, onde seus espectadores
incluem emires em lugares dourados, pastores de cabras
beduínos no meio do deserto e homens desempregados
ou subempregados sentados em casas de chá e cafés.
Pessoas que vivem em lugares onde a televisão via
satélite é suprimida podem pegar fitas da Al-Jazeera em
mercados. Os vídeos transmitidos pela primeira vez na Al-
Jazeera também são amplamente exibidos em outras
redes ao redor do mundo.
A Al-Jazeera fez seu nome internacionalmente
retransmitindo mensagens de Osama bin Laden e da Al-
Qaeda após 11 de setembro, e cobrindo a Guerra do
Afeganistão de 2001-2002 do lado do Talibã e a guerra de
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 19 ]
2003 no Iraque do lado dos iraquianos, alguns deles
lutando contra os americanos e seus aliados. Em uma
pesquisa em 2004, a Al-Jazeera foi o serviço de notícias
via satélite escolhido por 62% dos telespectadores na
Jordânia, 66% no Egito e 44% na Arábia Saudita. [3]
Edifícios sem reboco
Estas fotos que tirei mostram que predomina a cor bege,
uma tonalidade de cor semelhante a areia, porque é muito
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 20 ]
comum tempestades de areia no Cairo, e a cor dos prédio
não alteram com a invasão da areia na cidade.
Os edifícios no Cairo muitas vezes parecem não
ter reboco, principalmente por causa da poeira
predominante do deserto, que rapidamente cobriria
qualquer acabamento de reboco, tornando-o impraticável
de manter; os materiais de construção e práticas de
construção locais também tendem a priorizar uma
aparência mais exposta e rústica, muitas vezes deixando
as paredes externas dos edifícios inacabadas ou com
uma camada mínima de reboco que absorve prontamente
a poeira do deserto, dando ao Cairo sua aparência
característica de "cidade amarela".
Pontos-chave sobre esse fenômeno:
Poeira do deserto:
A proximidade do Cairo com o deserto do Saara
significa um fluxo constante de poeira, que rapidamente
cobriria e deterioraria o reboco dos edifícios.
Materiais de construção locais:
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 21 ]
Os materiais de construção prontamente
disponíveis na região, como calcário e tijolos de barro,
são frequentemente usados com um acabamento mínimo
de reboco, contribuindo para a aparência sem reboco.
Desafios de manutenção:
Rebocar regularmente edifícios em um ambiente
empoeirado exigiria manutenção significativa, o que
geralmente não é viável para muitos moradores.
Meu parceiro na viagem, o pastor Márcio segura a
cortina da janela para eu tirar esta foto dos prédios sem
reboco que vimos por todo o Egito, principalmente na
periferia do Cairo. O nosso guia egípcio, Bassan nos
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 22 ]
informou que isso acontece para que não se pague um
imposto predial completo, pois o governo considera o
prédio pronto só após ser revestido de massa. Então para
burlar o fisco, as construtoras entregam os apartamentos
sem reboca-los por fora. Esta foi a explicação do nosso
guia que é historiador e morador do Cairo.
PLANTAÇÃO DE TAMAREIRA NO CAIRO
O site CENAS DO CAIRO publicou em 24 de
dezembro de 2018 a notícia que o Egito construirá sua
maior plantação de tâmaras com 2,5 milhões de
palmeiras. Quando estive no Cairo em 2023 já percebi
que o Cairo possuía muitas tâmaras por ser uma palmeira
muito resistente ao clima do deserto. Passeando de
ônibus pela grande Cairo constatei que as tamareiras
devem ajudar bastante a economia nacional.
O Egito já é um dos maiores produtores de
tâmaras do mundo.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 23 ]
O Egito está atualmente trabalhando para
construir a maior plantação de tâmaras do país, que
deverá abrigar cerca de 2,5 milhões de palmeiras, de
acordo com o Egypt Today.
Exportando tâmaras para 42 países, o Egito é o
maior produtor de tâmaras do mundo, com produção
representando cerca de 18% da produção global de
tâmaras e 23% da produção árabe.
O ex-ministro da Indústria e Comércio Exterior
Tarek Kabil revelou que o Egito exportou 70% mais
tâmaras no início de 2018, o que equivale a 30.000
toneladas no valor de EGP 29,4 milhões.
O anúncio foi feito pelo presidente Abdel Fattah
Al-Sisi no sábado, na inauguração do Projeto Nacional de
Estufas no 10º Ramadã, que verá mais de 100.000
estufas construídas para promover a produção de safras
fora de temporada, bem como fornecer oportunidades de
emprego e melhorar a qualidade dos produtos
exportados. [4]
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 24 ]
O site Monitor do Oriente Médio publicou em 30
de maio de 2023, justamente na época que eu estava no
Egito sobre o consumo de proteína animal no Egito e o
povo reclamando como o preço da carne e frango subiu.
Texto de Mahmoud Hassan:
Quem pode comprar carne no Egito hoje em dia?
“Podemos voltar aos velhos tempos, comendo
carne uma vez por ano…” lamentou um cidadão egípcio,
criticando o aumento recorde nos preços da carne e a
incapacidade das pessoas de baixa renda de comprar até
mesmo alguns gramas.
Nos últimos meses, os preços da carne no Egito
tiveram aumentos astronômicos, tirando a proteína animal
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 25 ]
das mesas de jantar egípcias, especialmente com a piora
da situação econômica do país, o declínio acentuado do
valor da moeda local em relação ao dólar e o colapso do
poder de compra dos cidadãos.
O preço de um quilo de carne bovina nos
mercados egípcios atingiu 350 libras egípcias (EGP)
(cerca de US$ 12), enquanto o custo da carne de camelo
subiu para 300 EGP (aproximadamente US$ 9,7) nos
mercados varejistas.
Os preços variam de uma área para outra, em
meio à falta de controle do governo, com preços em
alguns bairros do Cairo excedendo 400 EGP (cerca de
US$ 13). O valor de alguns cortes premium de carne pode
até chegar a 450 EGP (cerca de US$ 14,5).
Há cada vez mais receios de que o preço da
carne possa chegar a 500 EGP (mais de US$ 16) por
quilo antes do Eid Al-Adha, em meio a uma onda de
inflação sem precedentes que atingiu todos os bens,
commodities e serviços do país.
Desde janeiro passado, os preços da carne
atingiram aumentos recordes de 80% a 100% após
ultrapassar a marca de 200 libras, aproximando-se de 400
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 26 ]
EGP por quilo. Isso levou muitos egípcios a abandonar a
carne do cardápio e buscar outras alternativas, como
aves e peixes.
Enquanto passeávamos de ônibus pela periferia
do Cairo, fotografei este comércio que vende o famoso
espetinho de carne, tão consumido como petisco aqui no
Brasil. Em primeiro plano na foto, meu amigo o pastor
evangélico Márcio.
Famílias pobres em vilas e cidades por todo o
Egito fervem ossos para criar um caldo rico, que fornece
um aroma que lembra um pouco o da carne, o que pode
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 27 ]
ajudar a afastar a fome daqueles que são esmagados
pela pobreza e pelo aumento dos custos.
Abu Tariq, um açougueiro, conta ao MEMO que
os preços dos ossos aumentaram devido à crescente
demanda. Ele acrescenta que os açougueiros cortam a
coluna vertebral e a vendem por sete a dez EGP por quilo
(cerca de US$ 0,3), enquanto o preço do “pipe” (os ossos
do gado abatido e esfolado) atingiu 30 EGP (cerca de um
dólar), algo que era dado de graça no passado.
Alguns meses atrás, uma grande polêmica surgiu
no Egito depois que circularam imagens de uma
instituição de caridade distribuindo ossos de gado para
famílias de baixa renda na província de Alexandria (no
norte do país), se gabando dos benefícios dos ossos,
provocando críticas generalizadas nas plataformas de
mídia social.
Muitos egípcios estão agora substituindo a carne
vermelha pelo que é coloquialmente conhecido como
"frutas de carne" ou "acessórios de gado", incluindo tripas
ao custo de 100 EGP (US$ 3,2), pulmões a 150 EGP
(US$ 4,8), tripa de salsicha a 100 EGP (US$ 3,2), carne
de cabeça a 250 EGP (cerca de US$ 8), baço a 200 EGP
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 28 ]
(cerca de US$ 6,5), língua a 250 EGP (cerca de US$ 8),
pés de vitela a 200 EGP (cerca de US$ 6,5) e fígado e
coração a 320 EGP (cerca de US$ 10,3) por quilo, de
acordo com vendedores de mercado em Gizé, perto da
capital.
Em dezembro passado, a mídia egípcia estava
ocupada promovendo os benefícios dos pés de frango,
cujo preço aumentou no mercado local devido ao
aumento da demanda, chegando a 30 EGP ($ 1) por
quilo. Além disso, as carcaças de frango custam 40 EGP
($ 1,3), as asas 55 EGP ($ 1,8), os pescoços 75 EGP ($
2,4) e a carne de frango 76 EGP ($ 2,4) por quilo.
Declínio do consumo
A inflação forçou 93,1% das famílias egípcias a
reduzir o consumo de proteínas (carne e aves) e 92,5%
das famílias a reduzir o consumo de peixe em novembro
passado, de acordo com um estudo da Agência Central
de Mobilização Pública e Estatísticas.
O consumo médio per capita de carne no Egito
caiu anualmente de 10,7 quilos em 2017 para 7,3 quilos
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 29 ]
em 2020. No entanto, essa taxa pode estar a caminho de
cair para números sem precedentes.
O conhecido escritor egípcio Anwar Al-Hawari
expressou sua frustração com a loucura dos preços da
carne, postando no Facebook: “Três meses atrás, a carne
custava 325 EGP, hoje custa 397 EGP, e o cordeiro custa
410 EGP em uma loja frequentada pela classe média, da
qual agora estamos completamente sem.”
No entanto, um açougueiro na província de Sohag
tentou aliviar o sofrimento dos egípcios, lançando uma
iniciativa para vender carne por peça, com o preço de um
pedaço de 100 gramas fixado em 28 EGP (cerca de US$
0,9) e um corte de 80 gramas em 22 EGP
(aproximadamente US$ 0,7). [5]
IGREJA DE S. SERGIO E S. BACO
A Igreja de São Sérgio e Baco, também
conhecida como Abu Serga, foi construída sobre um
antigo forte romano no Cairo Antigo. A história da igreja
ainda está sendo debatida. Alguns estudiosos acreditam
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 30 ]
que ela data do final do quarto ao início do quinto século
d.C., enquanto outros acreditam que ela deve ser datada
aproximadamente do século XVII d.C.
Esta igreja adquiriu um status religioso
especial entre as igrejas coptas porque está associada à
jornada da Sagrada Família pelo Egito. Ela recebeu o
nome de renomados santos do início do século IV d.C.,
Sérgio e Baco, ambos martirizados em al-Resafa, na
Síria, por suas crenças cristãs.
[A placa indica vários monumentos religiosos e
entre eles a Igreja de São Sérgio ou Abu Sirga, na
segunda foto já estamos diante da entrada da Igreja, em
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 31 ]
uma viela apertada. Se vê no alto a gravura indicando que
ali teria vivido Jesus e sua família quando fugiram para o
Egito. Nosso guia Bassan segurando a bandeira do Brasil
e dezenas de peregrinos de nossa caravana aqui.]
Como várias outras igrejas cristãs
primitivas, a Igreja de Abu Serga e sua caverna
subterrânea são projetadas no layout da basílica e,
portanto, juntas consistem em três partes: o nártex, a
nave e o santuário (a caverna fica abaixo do santuário). A
igreja é caracterizada por seus elementos arquitetônicos e
artísticos únicos que refletem o espírito da arquitetura da
igreja copta no Egito. Isso inclui o púlpito, a pia batismal,
o templon de marfim e madeira incrustados e a decoração
religiosa única dos santos e apóstolos decorando as
várias cúpulas, paredes e colunas. [13]
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 32 ]
Na primeira foto estou entrando na gruta da Igreja de São
Sergio e São Baco e na segunda vemos ao fundo nosso
guia egípcio Bassan e o interior da igreja.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 33 ]
Um tanto emocionado por estar em um lugar que
supostamente Jesus viveu quando criança. Ainda que a
hipótese é mínima, mesmo assim causa emoção. Na
primeira foto estou na nave da igreja e na segunda estou
no subsolo, onde fica a gruta que Jesus teria morado com
sua família no Egito.
Igreja de São José
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 34 ]
Esta igreja católica romana de estilo florentino é
um marco importante ao longo da Sharia Mohammed
Farid. Ela data de 1909, quando Cairo era o lar de uma
comunidade italiana considerável que usava a igreja
como seu principal local de culto.
Em 2023 estive no Cairo e também visitei a Igreja
de São José, o padre Jeferson de Colombo/Paraná rezou
uma missa lá, ele participou da caravana com muitos
outros católicos e evangélicos. Não pátio da igreja existe
uma lojinha com produtos religiosos e havia um banner
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 35 ]
indiciando que em breve haveria um festival de filmes
católicos.
MC DONALD’S
Quando estive no Cairo, capital do Egito em 2023
constatamos como algumas marcas são globais. O
McDonald é uma delas. Por mais que haja um sentimento
antiamericano no mundo, fica difícil viver sem muitos dos
produtos da terra do tio Sam. Enquanto passeava pelo
centro do Cairo fiz dezenas de vídeos sobre as
peculiaridades do Cairo. O grupo Mansour detem os
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 36 ]
direitos de explorar a marca no Egito. O Mc Doanld’s
entrou no Egito em 1994. Mas infelizmente pregar o
evangelho para os egípcios ainda é algo melindroso. No
Egito, os cristãos enfrentam discriminação em suas
comunidades. As mulheres cristãs são assediadas nas
ruas, principalmente nas zonas rurais, e as crianças
cristãs sofrem bullying na escola. Grupos muçulmanos
forçam os cristãos a abandonar suas casas após
acusações de blasfêmia.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 37 ]
A Mansour Group é a franqueada nacional do
McDonald’s no Egito. A McDonald’s Manfoods Egypt é
uma empresa 100% egípcia.
O menu é o mesmo do McDonald’s em outros
países, mas com algumas adaptações ao estilo árabe Há
vários restaurantes McDonald’s no Egito, incluindo em
Cairo e Gizé
O McDonald’s do Egito oferece Mc Falafel,
batatas fritas especiais e sobremesas únicas.
Ação social da McDonald’s no Egito
Em parceria com a Fundação Misr El Kheir, a
McDonald’s Egypt forneceu mais de 120.000 suprimentos
médicos para hospitais de quarentena no Egito
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 38 ]
Fabricantes de automóveis do Cairo
Empresa de veículos árabes americanos.
Companhia Egípcia de Fabricação de Transporte
Leve (pedante da NSU egípcia).
Grupo Ghabbour (Fuso, Hyundai e Volvo)
MCV Corporate Group (uma parte da Daimler
AG)
Carro Mod
Seoudi Group (Motores modernos: Nissan, BMW
(anteriormente); El-Mashreq: Alfa Romeo e Fiat)
Speranza (antiga Daewoo Motors Egypt; Chery ,
Daewoo )
General Motors Egito
DESERTO DO SAARA
Como vemos no mapa abaixo, a cidade do Cairo
no Egito está nos limites do maior deserto seco da terra, o
deserto do Saara. Tive a oportunidade de contemplar esta
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 39 ]
paisagem inóspita do Saara. Na foto abaixo vemos pela
janela do ônibus as dunas infinitas na periferia do Cairo.
HORÁRIO COMERCIAL
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 40 ]
Tirei esta foto de dentro do ônibus de turismo que
a agencia Tali havia fretado para nossos passeios pelo
Egito. Uma curiosidade é que muitos comércios ficam
abertos a noite e de madrugada e durante o dia ficam
fechados. Isso ocorre porque com o calor intenso do
deserto, a noite e de madrugada fica mais agradável para
sair de casa. Chegamos de Dubai no Egito já de
madrugada e enquanto nos deslocamos do aeroporto
para o hotel víamos muitos comércios abertos e
estranhamos o horário de funcionamento. O que
prontamente o nosso guia egípcio Bassan, nos explicou.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 41 ]
AS PIRÂMIDES DO EGITO
Na grande Cairo se encontra Gizé e lá se
encontram as famosas pirâmides. Sobre este assunto
escrevi o livro AS PIRÂMIDES DO EGITO. Segue abaixo
a sinopse do livro:
Sinopse:
Hoje, mais de quarenta séculos após as
Pirâmides de Gizé terem sido concluídas, o fato de como
elas foram construídas continua sendo um mistério.
Embora várias hipóteses tenham sido apresentadas, esta
pirâmide manteve o segredo com sucesso ao longo dos
milênios. Por mais de 4500 anos, a altura da Grande
Pirâmide de Khufu (Quéops) foi a referência para
realizações de edifícios altos. O presente estudo investiga
esses pontos de uma maneira mais viável do que as
teorias até então avançadas. Para obter uma percepção
mais precisa de como as pirâmides foram construídas,
concentramos nossos esforços em explorar certos fatores
insuficientemente explicados nas teorias existentes sobre
a construção da Grande Pirâmide. Investigando essas
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 42 ]
hipóteses do ponto de vista da engenharia, notamos que
elas têm vários fatos insustentáveis em suas formas
atuais. Utilizando os resultados do nosso estudo,
avançamos a base para uma nova teoria que pode
satisfazer as condições necessárias.
Capa do livro.
Em síntese são três teorias sobre quem construiu:
Humanos, extraterrestres ou nefilins [anjos caídos]. A
academia de ciências sempre exclui o extraordinário,
Deus e as forças espirituais bem como alienígenas. Quem
é prepotente e não aceita discutir as múltiplas
possibilidades, não podem ser considerados sábios,
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 43 ]
apenas inteligentes e intelectuais. Há vários entraves
sobre as construções das pirâmides de Gizé, como
pedras de granito de 70 toneladas transportadas por 800
km e cortadas com a precisão da face de uma lâmina de
barbear. Que tecnologia fez isto?
BANCOS DO CAIRO
Egito – Sistemas Bancários
Inclui características especiais do sistema
bancário deste país e regras/leis que podem impactar os
negócios nos EUA.
De acordo com a Central Band of Egypt (CBE), o
sistema bancário egípcio consiste em 40 bancos
categorizados como comerciais, não comerciais, públicos
e privados. Serviços de ATM são oferecidos em todas as
agências bancárias, bem como em muitos pontos de
venda. Na prática, a grande maioria desses bancos opera
como bancos comerciais, embora existam alguns bancos
especializados (por exemplo, agricultura e imobiliário). O
National Bank of Egypt, Bank Misr e Banque Du Caire são
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 44 ]
grandes bancos do setor público que controlam 40% do
setor bancário. Todos os bancos no Egito estão sujeitos à
supervisão do CBE; no entanto, o Arab International
Bank, o Nasr Social Bank e o National Investment Bank
estão isentos devido a disposições especiais em lei e
tratado.
O Citibank, anteriormente o único banco
americano de serviço completo operando no mercado
egípcio, vendeu suas operações de varejo e consumo
para o banco CIB, embora mantenha suas operações de
banco comercial e de investimento no Egito. [6]
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 45 ]
Eu [O Peregrino Cristão, Valdemir Mota de
Menezes e meu amigo Marcio em frente ao Banco Misr
que quer dizer: Egito]
Foto em frente ao Banco Nacional do Egito no
centro do Cairo.
TRÂNSITO CAÓTICO
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 46 ]
O Egito é famoso por seu trânsito caótico. O Cairo
possui poucos semáforos e como vemos, os motociclistas
nem mesmo usam capacetes.
Em 14 de janeiro de 2018, Shounaz Mekky
publicou um artigo no Arab News falando desta loucura
que é o trânsito no Cairo.
Pesadelo diário de deslocamento nas estradas do
Egito
Shounaz Mekky publicou este artigo em 14 de
janeiro de 2018.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 47 ]
CAIRO: Em uma cidade tão grande e
movimentada quanto Cairo, um trajeto diário é
simplesmente um pesadelo.
De caminhões batendo em carros menores a
pedestres que de repente entram na estrada, uma viagem
no Cairo em um dia movimentado pode parecer uma
viagem pelo inferno.
Para sobreviver nas ruas do Egito, é preciso
obedecer a um conjunto não escrito de leis de trânsito às
quais os motoristas locais se acostumaram.
Sua missão não é apenas evitar erros, mas, mais
importante, ficar atento aos erros dos outros.
Os motoristas devem, em primeiro lugar, evitar
mexer com veículos grandes. Caminhões e ônibus
públicos são donos das estradas no Egito e dão pouca
importância aos veículos menores ao redor deles. Táxis,
micro-ônibus e motoristas de tuk-tuk também devem ser
evitados, pois operam sob um conjunto totalmente
diferente de regras.
E apesar de ser 2018, não se surpreenda ao se
encontrar preso atrás de carroças decrépitas puxadas por
cavalos ou burros.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 48 ]
As estradas do Egito geralmente não têm faixas
demarcadas. Mesmo quando o asfalto tem marcações, é
quase impossível segui-las porque outros motoristas
forçam você a encostar em um dos lados para que eles
possam realizar suas manobras suicidas de
ultrapassagem.
Nos famosos engarrafamentos do Cairo, não há
espaço para boas maneiras. Os motoristas que
conseguem colocar o carro um pouco na frente do seu se
sentirão no direito de forçar a entrada.
E então há as infames conversões em U do Egito.
Um desastroso pedaço de planejamento rodoviário
encontrado aleatoriamente em rodovias que são muito
pequenas para lidar com o volume de tráfego tentando
usá-las. Uma façanha favorita entre os motoristas do
Egito é alguém estar na quarta faixa e ainda tentar fazer
uma conversão em U — porque por que esperar na fila?
As ruas congestionadas do Egito são notórias
pela cacofonia de buzinas de carros. Cada conjunto de
buzinas carrega um significado específico, desde xingar
alguém até cumprimentar outro.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 49 ]
O mais sério é o alto preço que os egípcios
pagam pelo caos em suas estradas. Números oficiais
dizem que mais de 5.000 pessoas morreram em
acidentes de trânsito em 2016.
Mas esses números de mortos contam apenas o
número de pessoas que morreram no local do acidente. O
número real pode ser o dobro quando inclui aqueles que
morreram mais tarde devido aos ferimentos, disse Osama
Aqeel, um importante especialista em estradas egípcias.
Até mesmo o Ministro dos Transportes do Egito,
Dr. Hisham Arafat, admitiu recentemente que o número
real de mortes pode chegar a 13.000 por ano.
O ministro também disse que 94% dos acidentes
rodoviários no Egito são causados por erro humano e
veículos defeituosos, enquanto as condições das estradas
somam apenas 4% e as condições climáticas, 2%.
Em 2016, um relatório da Organização Mundial da
Saúde colocou o Egito entre os 10 piores países do
mundo por suas estradas fatais.
Em 2017, o Egito ficou em 48º lugar globalmente
em mortes no trânsito, de acordo com o ministro dos
transportes.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 50 ]
A questão de quem é responsável pela péssima
direção do Egito, o governo ou o povo egípcio, ficou em
aberto por décadas.
“É uma responsabilidade mútua entre o governo e
o público”, disse Ibrahim Mabrook, professor de
engenharia de transporte e tráfego na Universidade Ain
Shams, no Cairo.
Mabrook disse que o Egito pode melhorar sua
segurança nas estradas “’projetando estradas melhores,
educando o público sobre segurança nas estradas,
aplicando leis rigorosas e aplicando a lei igualmente a
todos os membros da sociedade.’’ Aqeel disse que
considera o governo 100 por cento responsável pelas
altas mortes no trânsito porque ele é responsável por toda
a estratégia.
“’Dizer que a maioria dos acidentes no Egito
ocorre por causa de ‘erro humano’ é completamente
impreciso na minha opinião, porque a regulamentação do
trânsito é o principal fator’’, disse ele.
No Egito, caminhões, ônibus, carros, motocicletas
e pedestres compartilham o mesmo espaço nas estradas.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 51 ]
Aqeel disse que mais de 40 por cento dos acidentes que
resultam em mortes envolvem caminhões.
“’Se criarmos estradas alternativas para
caminhões, por exemplo, para impedi-los de circular com
carros comuns nas estradas principais, o número de
acidentes resultando em morte cairá imediatamente.”’
Ahmed Shelbaya, cofundador da Fundação NADA
para Estradas Egípcias Mais Seguras, disse que os
acidentes de trânsito são a “’morte número um da
juventude egípcia.”’ Ele disse que o governo não leva a
crise da segurança nas estradas a sério o suficiente e que
há uma falta de “’leis de segurança inteligentes.”’ [7]
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 52 ]
Além de motociclistas sem capacetes, muitas vias
nem mesmo tem faixas pintadas na pista que dividem as
pistas de rolamento.
LOJAS DE LINGERIE NO CAIRO
Sassy é uma loja única para todas as roupas
femininas para casa.
Coleção especial para noivas
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 53 ]
Localização da loja: 33 Abd El-Khalik Tharwat, na
rua Mohamed Farid, Abdeen, Cairo Governorate.
Caminhando pelas ruas do Cairo, vi esta loja de
lingerie com os manequins expostos na vitrine, o que me
fez refletir que a rigidez moral no mundo islâmico também
esta de decadência como tem ocorrido aqui no Ocidente
cristão. Mesmo manequins, estes objetos acabam
despertando o libido sexual, e isto exposto em rua no
Cairo, realmente me surpreendeu. A página do facebook
da referida loja contém muito mais material sensual e pelo
jeito, não há censura quanto a isso no Egito.
https://www.facebook.com/Sassy.Egy?
GRANDE ESFINGE DO EGITO
Em frente as pirâmides de Gizé na Grande Cairo,
se encontra a enigmática esfinge. Sobre este tema
escrevi um livro. Segue a sinopse dele:
SINOPSE:
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 54 ]
A Grande Esfinge de Gizé é uma estátua de
calcário de uma esfinge reclinada, uma criatura mítica
com cabeça de humano e corpo de leão. Voltada
diretamente de oeste para leste, fica no Planalto de Gizé,
na margem oeste do Nilo, em Gizé, Egito. O rosto da
Esfinge parece representar o faraó Quéfren. A forma
original da Esfinge foi cortada da rocha e, desde então, foi
restaurada com camadas de blocos de calcário. Ela mede
73 m de comprimento da pata à cauda, 20 m de altura da
base ao topo da cabeça e 19 m de largura nas ancas
traseiras. Os egiptólogos humanistas descrentes de
forças sobrenaturais apostam que é coisa do faraó
Quéfren, mas nenhum texto egípcio corrobora com isto,
antes, diz que é um ser espiritual, um deus que comia
pessoas que não respondia corretamente seus enigmas.
Nesta obra eu cito as principais hipóteses, mas mantenho
ainda minha crença que tem relação com forças
espirituais malignas ligadas aos nefilins, os gigantes da
antiguidade.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 55 ]
Capa do livro
MERCADO DE LIVRARIA NO CAIRO
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 56 ]
Minha imagem refletiva na vitrine de uma livraria
no centro comercial do Cairo.
Em 22 de novembro de 2021, Bahira Amin
publicou no site OBSERVATÓRIO DO ORIENTE MÉDIO,
um artigo explicando como o Cairo é ainda A CIDADE
DOS MIL LIVREIROS:
Enquanto caminhava por uma viela no bairro
Copta do Cairo, passei por vários livreiros de rua.
Interessante saber que os egípcios com tantos
analfabeto, tenha tantas livrarias. Estava nesta foto bem
próximo da Igreja de São Sérgio e São Baco.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 57 ]
A história literária do Cairo é longa e complexa,
com muitas livrarias abertas como acompanhamento do
país e das primeiras editoras da região.
Dar El Maaref, por exemplo, é a mais antiga
editora egípcia, fundada em 1890, com a primeira filial de
suas livrarias inaugurada em 1910, e ainda hoje de pé em
Ramsés.
Uma busca pelas livrarias mais antigas da cidade
resulta em uma aventura urbana e tanto. Através de um
arco milenar, centenas de volumes encadernados em
couro são empilhados do chão ao teto.
Conhecido em árabe como Soor el-Azbakeya, o
mercado do Muro de Azbakeya abrange 132 livrarias que
vendem livros, bem como jornais e pôsteres antigos
(MEE/Sarah Sarofim)
Ou afaste-se de uma das rotatórias mais icônicas
do Cairo e você descobrirá - entre uma agência de
viagens e uma loja de eletrônicos - uma biblioteca
orientalista do século XIX, repleta de primeiras edições de
cair o queixo e mapas antigos.
Acima de uma das estações de metrô mais
movimentadas da cidade, gravuras acessíveis e itens de
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 58 ]
colecionador exclusivos explodem nas 132 livrarias de
livros usados que se espalham por um mercado de livros
com mais de um século de existência.
É um passeio a pé revelador, tornado um pouco
mais fácil pelo fato de que nos bairros mais antigos do
Cairo, lojas independentes do mesmo tipo geralmente
ficam amontoadas. Para livros, isso significa logo atrás da
Mesquita al-Azhar, do outro lado da rua do histórico souk
Khan el-Khalili, ao longo da Rua Abd el-Khalik Tharwat no
centro do Cairo, a poucos minutos da Praça Tahrir e
espalhados pela expansão icônica de Soor el-Azbakeya
(o Mercado de Livros do Muro de Azbakeya).
Embora as lojas apresentadas na lista a seguir
sejam testemunhos notáveis de resiliência — com a
maioria sobrevivendo aos últimos anos da ocupação
britânica; aos últimos monarcas egípcios; a uma nova era
de construção de estado, bem como a décadas de
reconstrução econômica; à guerra e à revolução bem do
lado de fora de suas portas; e à inevitável convulsão da
indústria — outras tiveram menos sorte.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 59 ]
Abdelzaher (Abdelzaher)
A Abdelzaher Book Binding também vende diários
e cadernos de desenho feitos no estilo exclusivo,
pequenos presentes e outros artesanatos, além de uma
pequena seleção de livros (MEE/Sarah Sarofim)
Muitas livrarias se transformaram em lojas de
papelaria no último meio século, ou mudaram
completamente de setor. Wahib & Co., Maison de Reliure,
foi um dos últimos ateliês de encadernação, antes de
fazer a transição para vender cofres e caixas de depósito
de segurança uma década atrás, trazendo uma receita
mais estável. Um pouco desgastada, a placa da loja na
Abd el-Khalik Tharwat Street continua a mesma, e o
proprietário ainda mantém o gigantesco equipamento de
encadernação armazenado nos fundos.
A seguir estão algumas das livrarias mais antigas
e icônicas da cidade, onde você pode ter uma edição do
século XVIII de Voltaire em suas mãos, revisitar os salões
literários de Naguib Mahfouz e Taha Hussein, folhear
gravuras vintage raras e encadernar os livros que você
comprou em couro em uma das últimas encadernadoras
sobreviventes da cidade. [8]
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 60 ]
VIÚVAS PEDINTES NO CAIRO
Viúvas no Egito não tem os mesmos suportes que
as pensionistas do Brasil e de países ocidentais, o que
levam muitas delas a mendicância e até mesmo serem
presas por endividamento. Nesta foto que tirei no centro
do Cairo, vemos uma mulher vestida de preto, sentada do
outro lado da rua pedindo esmola. Vi esta mesma cena na
porta de Damasco na cidade velha de Jerusalém.
A ONG Ajuda Barnabé em 10 de janeiro de 2025
publicou em sua página na internet a seguinte declaração:
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 61 ]
“Eu mal consigo comprar arroz ou macarrão
suficiente para mim”, disse Mariam, uma viúva no Cairo.
Sua situação é típica das viúvas na comunidade Cristã
marginalizada do Egito.
As viúvas e órfãos Cristãos aqui estão entre os
grupos mais vulneráveis. Eles enfrentam dificuldades
sociais e econômicas significativas, e muitos estão sem
pensões ou qualquer forma de segurança financeira.
Desde 2022, o Egito tem enfrentado uma grave
crise econômica, com os preços dos alimentos subindo
mais de 30% anualmente. Quase dois terços da
população do Egito vivem abaixo da linha da pobreza.
Você pode nos ajudar a prover para viúvas
Cristas pobres e destituídas?
As viúvas muitas vezes não têm membros da
família capazes de cuidar delas. Os órfãos estão em risco
de exploração, com promessas de moradia ou dinheiro
frequentemente levando-os a situações prejudiciais. [9]
ETIQUETAS PARA TURISTAS NO CAIRO
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 62 ]
A medida que eu e Marcio caminhávamos pelo
centro do Cairo, os taxistas paravam e perguntavam se
queríamos uma corrida. Eles facilmente reconheciam que
nós éramos turistas devido nossas vestes e
características étnicas.
O portal Rough Guides publicou em 05/02/2025
uma cartilha com recomendações para os turistas que
visitam o Cairo a qual deve ser levada em consideração,
uma vez que o turista pode ter problemas no Egito devido
aos costumes:
Para aproveitar ao máximo uma viagem ao Egito,
não presuma que todos que se aproximam de você estão
tentando enganá-lo. Muitos turistas fazem isso e perdem
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 63 ]
a chance de se conectar com algumas das pessoas mais
amigáveis que você conhecerá. Claro, você encontrará
ofertas insistentes — especialmente em pontos turísticos
— mas uma recusa firme e educada funciona melhor do
que ser rude ou agressivo. Se você está debatendo
quanto tempo ficará no Egito, dê a si mesmo tempo
suficiente para ir além dos pontos turísticos habituais e
experimentar a calorosa hospitalidade do país.
Comportamento íntimo em público (beijos e
abraços) é proibido, e até mesmo dar as mãos é
desaprovado. Esteja ciente também da importância da
vestimenta: shorts são socialmente aceitáveis apenas em
resorts de praia (e para mulheres apenas em resorts
privados ou ao longo da costa do Golfo de Aqaba),
enquanto camisas (para ambos os sexos) devem cobrir
seus ombros. Muitos turistas ignoram essas convenções,
sem saber como isso os rebaixa aos olhos dos egípcios.
Mulheres usando golas halter, camisetas curtas,
minissaias e coisas do tipo atrairão apalpadores e a
desaprovação de ambos os sexos. Se você estiver
visitando uma mesquita, espera-se que esteja vestido
"modestamente" (os homens devem estar cobertos de
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 64 ]
abaixo do ombro até abaixo do joelho, as mulheres do
pulso ao tornozelo). Também é obrigatório tirar os
sapatos (ou calçar galochas).
Quando convidado para uma casa , é normal tirar
os sapatos antes de entrar nas salas de recepção. É
costume levar um presente: doces (ou chá e açúcar em
áreas rurais) são sempre aceitáveis.
Uma coisa importante a se ter em mente no Egito
são as diferentes funções das duas mãos. Seja você
destro ou canhoto, a mão esquerda é usada para funções
"impuras", como limpar o bumbum ou calçar sapatos,
então é considerado anti-higiênico comer com ela. Você
pode segurar pão com a mão esquerda para arrancar um
pedaço, mas nunca deve colocar comida na boca com a
mão esquerda, nem colocá-la na tigela ao comer em
comunidade.
Os egípcios provavelmente têm sentimentos
muito fortes sobre certos assuntos – Palestina, Israel e
islamismo, por exemplo, e estes devem ser tratados
diplomaticamente se surgirem em conversas. Alguns
egípcios estão interessados em discuti-los, outros não,
mas opiniões expressas descuidadamente, e
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 65 ]
particularmente desprezo aberto pela religião, podem
causar sérias ofensas.
Gorjetas e subornos
Como um khawaga (estrangeiro) supostamente
rico , espera-se que você seja liberal com baksheesh, que
pode ser dividido em três variedades principais. A mais
comum é a gorjeta: uma pequena recompensa por um
pequeno serviço – qualquer coisa, desde serviço de
garçom até destrancar um túmulo ou sala de museu.
Tente encontrar um equilíbrio entre defender sua própria
carteira e aquiescer graciosamente quando apropriado.
Não faz muito sentido ficar chateado ou ofender as
pessoas com o que são somas insignificantes para um
turista ocidental, mas uma parte importante do sustento
das pessoas em um país onde muitas pessoas vivem com
menos de £ 50/US$ 75 por mês.
As gorjetas típicas podem ser de £E1–2 para
cuidar dos seus sapatos enquanto você visita uma
mesquita (embora os fiéis geralmente não dêem gorjeta
por isso), ou £E5–10 para um zelador por abrir uma porta
para deixar você entrar em um prédio ou subir em um
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 66 ]
minarete. Em restaurantes, você geralmente não deixa
uma porcentagem da conta: as gorjetas típicas
(independentemente de a conta alegar incluir "serviço")
são tão pequenas quanto £E3 em um lugar ultrabarato
como uma junta kushari , £E3–5 em um restaurante
barato típico ou £E10–25 em um estabelecimento mais
elegante. Os clientes também costumam dar gorjetas de
£E1–2 em um café e, às vezes, 50pt–£E1 em um bar de
sucos.
Um tipo mais caro e comum de suborno é
recompensar a quebra de regras – muitas das quais
parecem ter sido projetadas exatamente para esse
propósito. Exemplos podem incluir deixar você entrar em
um sítio arqueológico depois do horário (ou em uma área
vagamente restrita), encontrar um dormitório para você
em um trem quando os vagões estão “cheios”, e assim
por diante. Isso não deve ser confundido com suborno,
que é um negócio mais sério com sua própria etiqueta e
riscos – é melhor não entrar nisso.
O último tipo de baksheesh é simplesmente dar
esmolas. Para os egípcios, dar dinheiro e bens aos
necessitados é um ato natural – e uma exigência do
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 67 ]
islamismo. Os deficientes são recipientes tradicionais de
tais presentes, e parece certo se juntar aos moradores
locais para dar pequenas moedas. As crianças, no
entanto, são um caso diferente, pressionando suas
demandas apenas aos turistas. Se alguém oferece ajuda
genuína e pede um alúmen (caneta), parece justo o
suficiente, mas ceder a cada pedido encoraja um ciclo de
dependência do qual o Egito poderia prescindir.
Como a maior parte do dinheiro egípcio é de
papel, geralmente na forma de notas bem usadas que
podem ser complicadas de separar, pode facilitar a vida
manter notas pequenas em um "bolso de baksheesh"
separado, especificamente para esse propósito. Se der
baksheesh em moeda estrangeira, dê notas em vez de
moedas (que não podem ser trocadas por moeda
egípcia).
Golpistas
A correria é uma necessidade para milhões de
egípcios – pedindo dinheiro para recados ou conhecendo
um “primo” que pode resolver as coisas. Os khirtiyya em
tempo integral que se concentram em turistas são
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 68 ]
versáteis, anunciando hotéis, promovendo excursões
(frequentemente muito mais caras), direcionando turistas
para lojas ou agências de viagens (onde suas comissões
serão discretamente adicionadas à sua conta) e até
mesmo sendo gigolôs. Eles vão se agarrar a você assim
que você chegar (no aeroporto do Cairo ou Luxor),
cumprimentar você na rua como um velho amigo (“Ei!
Lembra de mim?”), ou dizer qualquer coisa para chamar
sua atenção (“Você deixou cair sua carteira”). Se eles
ainda não sabem, eles vão tentar descobrir onde você
está hospedado, quais são seus planos e importuná-lo
regularmente.
É fácil ficar farto de ser incomodado e reagir com
fúria a qualquer abordagem de estranhos – até mesmo
um sincero “Bem-vindo ao Egito”. Tente manter a calma e
responder educadamente; entoar la shukran (não,
obrigado) com a mão no coração, enquanto segue em
frente rapidamente, dissuadirá a maioria dos vendedores
ambulantes. Ou você pode tentar uma resposta bem-
humorada a cantadas clássicas como “Eu sei o que você
precisa” – Fil mish mish (“Nos seus sonhos!”) funciona
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 69 ]
bem. Se necessário, aumente para um khalas (“Chega!”)
áspero e, se isso não for suficiente, berrar shorta
(“Polícia!”) certamente fará qualquer traficante ir embora.
Mulheres viajantes
O assédio sexual é comum no Egito: 98% das
visitantes estrangeiras e 83% das egípcias já passaram
por isso, de acordo com uma pesquisa. A percepção de
que as turistas são "fáceis" é reforçada por elas fazerem
coisas que nenhuma egípcia respeitável faria: vestir-se
"de forma indecente", mostrar ombros e decote, dividir
quartos com homens com quem não são casadas, beber
álcool em bares ou restaurantes, fumar em público, até
mesmo viajar sozinhas em transporte público sem um
parente como acompanhante. Enquanto egípcias bem-
educadas e familiarizadas com a cultura ocidental podem
levar isso na esportiva, as menos sofisticadas tendem a
presumir o pior. Histórias de casos com turistas,
especialmente de visitantes russos de Hurghada, que são
consideradas bastante escandalosas, são comuns entre
os homens egípcios. No Sinai, no entanto, mulheres
desacompanhadas passam por poucos aborrecimentos,
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 70 ]
exceto de trabalhadores da construção civil do Egito
"continental".
Sem comprometer muito sua liberdade, há
algumas medidas que você pode tomar para melhorar sua
imagem. A mais importante e óbvia é a vestimenta:
roupas largas e opacas que cobrem todas as áreas
"indecentes" (coxas, braços, peito) e escondem seus
contornos são uma grande ajuda e essenciais se estiver
viajando sozinha ou em áreas rurais (onde cobrir cabelos
longos também é aconselhável). No transporte público
(ônibus, trens, táxis de serviço), tente sentar-se com
outras mulheres - que podem convidá-la a fazê-lo. No
metrô do Cairo e nos bondes de Alexandria, há vagões
reservados para mulheres. Se estiver viajando com um
homem, usar uma aliança confere respeitabilidade, e
afirmar que você é casada é melhor do que admitir que
são "apenas amigas".
Parecer confiante e saber para onde você está
indo sempre ajuda, e vale a pena evitar contato visual
com homens egípcios (algumas mulheres usam óculos
escuros para esse propósito), e é melhor pecar pelo
distanciamento, pois até mesmo um sorriso amigável
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 71 ]
pode ser considerado um chamariz. Problemas — mais
comumente sibilando ou apalpando — tendem a surgir no
centro do Cairo e nos resorts de praia públicos (exceto na
costa de Aqaba, no Sinai, ou nas vilas de férias do Mar
Vermelho — provavelmente os únicos lugares onde você
se sentirá feliz tomando sol). Nos oásis, onde as atrações
incluem fontes a céu aberto e piscinas termais, não tem
problema tomar banho — mas faça isso pelo menos com
uma camiseta e leggings: as pessoas dos oásis estão
entre as mais conservadoras do país.
Algumas mulheres acham que é melhor ignorar
aborrecimentos verbais, enquanto outras podem preferir
usar uma forma egípcia de se livrar deles, como khalas
(chega!) ou uskut (fique quieta). Se você for apalpada, a
melhor resposta é gritar aram! (mal!) ou sibnee le wadi
(não me toque), o que envergonhará qualquer agressor
em público e pode atrair ajuda, ou assustá-lo gritando
shorta! (polícia!). [10]
MESQUITAS
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 72 ]
Foto que tirei quando passava na frente de uma
mesquita no Cairo. O Cairo é conhecida como a cidade
dos mil minaretes. Minaretes são as torres das mesquitas
na qual se instala autofalantes para chamar os
muçulmanos a orar nos horários sagrados. Quando estive
no Cairo tive a oportunidade de entrar na mesquita do
alabastro, a mais famosa que fica na cidadela de
Saladino.
NOVO MUSEU DO CAIRO
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 73 ]
Neste museu só passei na porta, mas tive a
oportunidade de entrar e passar muitas horas no Museu
egípcio do Cairo, o mais completo do mundo com 32 mil
múmias. Inclusive escrevi um livro somente dedicado ao
Museu Egípcio do Cairo.
AEROPORTO DO CAIRO
A história do Aeroporto Internacional do Cairo
começou nos anos quarenta do século passado, quando
a base aérea americana Bayn Field foi estabelecida a
cinco quilômetros do Aeroporto Almaza para servir a
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 74 ]
Aliança durante a Segunda Guerra Mundial. As forças
americanas deixaram a base no final da guerra.
Em 1945, a Autoridade de Aviação Civil assumiu
a base e a alocou para a Aviação Civil Internacional. O
Aeroporto foi chamado de "King Farouk 1st Airport".
Enquanto isso, o Aeroporto de Almaza foi dedicado aos
voos domésticos. [11]
Quando desci do avião andei por um corredor até
a saída e na foto vemos atrás de mim um típico egípcio
com suas características físicas e fisionômicas peculiares.
Na outra foto, vemos o Boeing 777 na qual cheguei no
Cairo vindo de Dubai.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 75 ]
Foto da visão frontal do aeroporto do Cairo
Interior do avião Boeing 777 que fez a linha Dubai
ao Cairo.
INSTITUTO DO PAPIRO
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 76 ]
O 3 Pyramids Papyrus Institute possui licença do
Ministério do Turismo e, por isso, os papiros vendidos
aqui são de boa qualidade.
Há uma breve explicação de como o papiro é
feito, a partir da planta. Em seguida, é oferecida uma
bebida e, então, o turista pode observar as belíssimas
imagens e, se quiser, adquirir um papiro a sua escolha.
Há a possibilidade de escrever seu nome com
hieróglifos em cartuchos desenhados previamente nos
papiros. Cobra-se, em janeiro de 2020, 2 dólares por
nome gravado.
Papiro é o material que os antigos egípcios
usavam para escrever. Atualmente, é a palavra para o
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 77 ]
presente mais popular do país. Folhas de papiro com
cenas de desenhos de templos e figuras faraônicas
pintadas nelas são altamente portáteis e são ótimas
lembranças. Mas infelizmente há tanto papiro falso por aí
que, a menos que você tenha um local conhecedor em
quem possa confiar seu dinheiro, é melhor comprá-los do
instituto de papiro.
O instituto do papiro é uma loja aprovada pelo
governo que fabrica e vende papiros autênticos. Ele está
localizado em Gizé, próximo às pirâmides. As pessoas na
loja também o guiarão por todo o processo de fabricação.
O papiro é feito do caule da planta do papiro, que tem um
interior muito quebradiço dentro de uma cobertura externa
resistente. A seção transversal do caule é triangular,
lembrando o formato sagrado das pirâmides. Primeiro, a
cobertura externa do caule é removida e o interior é
cortado em tiras finas e martelado para remover a água.
Esse processo também as torna menos quebradiças. As
tiras são então embebidas em água para reduzir o teor de
açúcar de 20% para 10%. Em seguida, elas são dispostas
horizontalmente e verticalmente, interligadas umas às
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 78 ]
outras na forma de uma malha. A malha é então mantida
pressionada por 6 dias sob pesadas prensas de ferro.
Durante esse tempo, o papiro deve ser retirado
periodicamente para remover o excesso de água. Nos
tempos antigos, blocos pesados de calcário eram usados
para atingir o duplo propósito de pressionar o papiro e
absorver o excesso de água. O papiro feito dessa
maneira é de altíssima qualidade e bastante resistente a
rasgos.
As falsificações normalmente não são bem
encharcadas ou não são prensadas por tempo suficiente
e, muitas vezes, são parcial e totalmente feitas de folhas
de bananeira! É muito difícil dizer as falsificações do
original com um olho destreinado, a menos que você faça
um teste destrutivo de quão facilmente elas rasgam.
Normalmente, as falsificações são acompanhadas por
certificados igualmente espúrios do instituto do papiro.
Portanto, apesar do fato de que o instituto do papiro é o
lugar mais caro para comprar papiro em todo o país, é
facilmente o mais seguro. [14]
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 79 ]
MÊNFIS, NO EGITO
A cerca de 20 km do Cairo, mas dentro dos
limites da Grande Cairo, fica as ruinas da antiga capital do
Egito, Mênfis. Sobre isto, escrevi um livro e abaixo segue
a sinopse e capa.
SINOPSE:
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 80 ]
Em maio de 2023 visitei a cidade de Mênfis no
Egito e fiquei emocionado. Fiquei arrepiado, meus olhos
se encheram de lágrimas, um sentimento muito estranho,
como se eu ali sentisse toda a história que foi vivida
naquele lugar. O colosso de Ramsés II deitado provocou-
me emoções a ponto que eu não só tocava nela como
lixava minha mão como querendo que o pó da estátua
pudesse penetrar nos meus poros. NO pátio a esfinge de
alabastro, os sarcófagos, os vasos, os objetos espalhado
por todo lado a céu aberto, eu fiquei maravilhado com
tantos artefatos da antiguidade que estavam ali
espalhados, imagino a fortuna e o valor inestimável
daqueles objetos. Eu não perdi oportunidade e recolhi
pelo menos pedras do chão de Mênfis e trouxe para
minha coleção de mineralogia. Eu sinceramente fiquei em
choque emocional em poder visitar tudo aquilo. Eu só
ouvia a voz de Deus dentro de mim: “Esta viagem foi um
presente meu para você.” Quem puder, visite Mênfis, mas
antes leia este livro.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 81 ]
Capa do livro
AGÊNCIA EXOTIC TOUR AND TRAVEL
Na foto vemos o ônibus que usamos no Cairo que
a agencia de turismo Tali [Tali esta vestida de rosa ao
lado do ônibus] contratou para prestar serviço para nossa
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 82 ]
caravana no Cairo e deu tudo certo conosco. A agencia é
bem avaliada como o exemplo abaixo na Tripadivsor:
Estivemos no Egito boa parte da viagem com a
EXOTIC TOURS AND TRAVEL EGIPTO. A empresa
cumpre com o contratado, os guias são formados em
turismo, portanto conhecem a história do Egito
profundamente. Nossa agência do Brasil errou a data,
assim chegamos um dia antes, sem que nos
apercebêssemos. Ligamos para empresa de madrugada,
do aeroporto quando nos explicaram que havíamos
chegado antes. Contudo foram nos buscar e nos levaram
para o hotel. Conseguiram também que o hotel não
cobrasse a tarifa cheia. Foram durante os 6 dias, bastante
prestativos, gentis e atenciosos. Enfatizo o trabalho do
guia Mohammad. [12]
SWISS INN PLAZA HOTEL
Swiss Inn Plaza fica a menos de 15 minutos de
carro de Pirâmide de Quéops e oferece um campo de
golfe e um terraço na cobertura. Os hóspedes podem dar
umas braçadas na piscina externa e visitar o spa para
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 83 ]
relaxar com massagens. O local ainda conta com um bar
ao lado da piscina, uma academia e uma sauna seca.
Eu sou um pessoa simples e de poucas posses e
por alguns dias vivi como marajá, ficando hospedado
neste hotel de alto padrão.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 84 ]
Na terceira foto acima, estava ocorrendo uma
festa de casamento luxuosa de gente da alta sociedade
egípcia. As pessoas estavam vestidas estupidamente
elegantes.
RIO NILO
Sobre este assunto escrevi um livro a parte e aqui
está a SINOPSE:
Em 2023 tive o prazer de ver as água do rio Nilo e
mais ainda, naveguei em um cruzeiro pelo rio Nilo, um
pequeno cruzeiro que apenas abrangeu a região do
Cairo. As águas passavam em uma correnteza um tanto
forte. Enquanto olhava para aquelas águas, não tinha
como não lembrar de três coisas: O nascimento de
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 85 ]
Moisés e como ele foi colocado em um cesto no Nilo e em
seguida resgatado pela filha de faraó. Outra coisa que me
veio a mente foram as pragas que Moisés lançou no Egito
anos depois e muitas destas pragas foram lançadas sobre
as águas do rio Nilo, porque a vida do Egito, depende do
rio Nilo. Enquanto contemplava as águas do Nilo, eu
também me lembrava de quantas vezes li livros escolares
sobre história e que sempre falavam da importância do rio
Nilo, não somente para o Egito, mas como para o
florescimento das civilizações humanas. Afinal uma das
construções mais importante da terra, se encontra as
margens do rio Nilo, que são as três pirâmides e a
Esfinge.
As enchentes e vazantes do rio Nilo regulavam a
agricultura do Egito. O Nilo também servia como principal
via de transporte de varias civilizações africanas. Por fim,
sempre houve debates sobre qual é o maior rio do
mundo, ficando uma disputa entre rio Nilo e o nosso
famoso rio Amazonas. Nesta obra vou trazer um relato
histórico, bíblico e geográfico sobre este importante curso
de água do planeta Terra.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 86 ]
Capa do livro
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 87 ]
PARTE 2
HISTÓRIA E GEOGRAFIA
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 88 ]
ORIGEM
Cairo é a capital e maior cidade do Egito e da
província do Cairo, sendo o lar de mais de 10 milhões de
pessoas. Também faz parte da maior aglomeração
urbana da África, do mundo árabe e do Oriente Médio. A
Grande Cairo é a12ª maior do mundo em população, com
mais de 22,1 milhões de pessoas.
A área que se tornaria o Cairo fazia parte do
antigo Egito, já que o complexo da pirâmide de Gizé e as
antigas cidades de Mênfis e Heliópolis estão próximas.
Localizado perto do Delta do Nilo, o assentamento
predecessor foi Fustat após a conquista muçulmana do
Egito em 641, próximo a uma antiga fortaleza romana
existente, a Babilônia. Posteriormente, o Cairo foi fundado
pela dinastia fatímida em 969. Mais tarde, substituiu
Fustat como o principal centro urbano durante os
períodos aiúbida e mameluco (séculos XII a XVI).
Cairo tornou-se desde então um centro de longa
data da vida política e cultural, e é intitulada "a cidade dos
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 89 ]
mil minaretes" por sua preponderância da arquitetura
islâmica. O centro histórico do Cairo recebeu o status de
Patrimônio Mundial em 1979. Cairo é considerada uma
Cidade Mundial com uma classificação "Beta +" de acordo
com GaWC.
Cairo tem a mais antiga e maior indústria
cinematográfica e musical do mundo árabe, bem como a
mais antiga instituição de ensino superior do Egito, a
Universidade Al-Azhar. Muitas mídias, empresas e
organizações internacionais têm sedes regionais na
cidade; a Liga Árabe tem sua sede no Cairo durante a
maior parte de sua existência.
O Cairo, como muitas outras megacidades, sofre
com altos níveis de poluição e tráfego. O metrô do Cairo,
inaugurado em 1987, é o sistema de metrô mais antigo da
África, e está entre os quinze mais movimentados do
mundo, com mais de 1 bilhão de viagens anuais de
passageiros. A economia do Cairo foi classificada em
primeiro lugar no Oriente Médio em 2005, e 43º
globalmente no Índice Global de Cidades de 2010 da
Foreign Policy.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 90 ]
Etimologia
O nome do Cairo é derivado do árabe al-Qāhirah,
que significa 'o Vencedor' ou 'o Conquistador', dado pelo
califa fatímida al-Mu'izz após o estabelecimento da cidade
como capital da dinastia fatímida. Seu nome completo e
formal era al-Qāhirah al-Mu'izziyyah, que significa 'o
Vencedor de al-Mu'izz'. Também é supostamente devido
ao fato de que o planeta Marte , conhecido em árabe por
nomes como an-Najm al-Qāhir ('a Estrela
Conquistadora'), estava nascendo na época da fundação
da cidade.
Os egípcios costumam se referir ao Cairo como
Maṣr, o nome árabe egípcio para o próprio Egito,
enfatizando a importância da cidade para o país.
Há uma série de nomes coptas para a cidade.
Tikešrōmi é atestado no texto de 1211 O Martírio de João
de Phanijoit e é um calque que significa 'quebrador de
homens', semelhante ao árabe al-Qāhirah, ou uma
derivação do árabe qaṣr ar-rūm, "o castelo romano", outro
nome da Fortaleza da Babilônia no Cairo Antigo. O nome
árabe também é calqueado como "a cidade vitoriosa" no
antifonário copta.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 91 ]
A forma Khairon (copta : ⲭⲁⲓⲣⲟⲛ) é atestada no
texto copta moderno é outro nome que descende do
nome grego de Heliópolis (Ήλιούπολις). Alguns
argumentam que Mistram (Ⲙⲓⲥⲧⲣⲁⲙ Copta tardio) é outro
nome copta para Cairo, embora outros pensem que é
mais um nome para a capital da província abássida al-
Askar.
História
Assentamentos antigos
A área ao redor do atual Cairo foi por muito tempo
um ponto focal do Antigo Egito devido à sua localização
estratégica na junção do Vale do Nilo e das regiões do
Delta do Nilo (aproximadamente Alto Egito e Baixo Egito),
o que também a colocou no cruzamento das principais
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 92 ]
rotas entre o Norte da África e o Levante. Mênfis , a
capital do Egito durante o Império Antigo e uma cidade
importante até o período ptolomaico, estava localizada a
uma curta distância a sudoeste do atual Cairo. Heliópolis,
outra cidade importante e importante centro religioso,
estava localizada no que hoje são os distritos modernos
de Matariya e Ain Shams, no nordeste do Cairo. Foi
amplamente destruída pelas invasões persas em 525 aC
e 343 aC e parcialmente abandonada no final do primeiro
século aC.
No entanto, as origens do Cairo moderno são
geralmente rastreadas até uma série de assentamentos
no primeiro milênio d.C. Por volta da virada do século IV,
enquanto Mênfis continuava a perder importância, os
romanos estabeleceram uma grande fortaleza ao longo
da margem leste do Nilo . A fortaleza, chamada Babilônia,
foi construída pelo imperador romano Diocleciano (r. 285–
305) na entrada de um canal que conectava o Nilo ao Mar
Vermelho, criado anteriormente pelo imperador Trajano (r.
98–117). Mais ao norte da fortaleza, perto do atual distrito
de al-Azbakiya, havia um porto e posto avançado
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 93 ]
fortificado conhecido como Tendunyas Embora nenhuma
estrutura mais antiga do que o século VII tenha sido
preservada na área, além das fortificações romanas,
evidências históricas sugerem que uma cidade
considerável existiu. A cidade era importante o suficiente
para que seu bispo, Ciro, participasse do Segundo
Concílio de Éfeso em 449.
A Guerra Bizantina-Sassânida entre 602 e 628
causou grandes dificuldades e provavelmente fez com
que grande parte da população urbana partisse para o
campo, deixando o assentamento parcialmente deserto.
O local hoje permanece no núcleo da comunidade
ortodoxa copta, que se separou das igrejas romana e
bizantina no final do século IV. As igrejas mais antigas
existentes no Cairo, como a Igreja de Santa Bárbara e a
Igreja dos Santos Sérgio e Baco (do final do século VII ou
início do século VIII), estão localizadas dentro das
muralhas da fortaleza no que hoje é conhecido como
Cairo Antigo ou Cairo Copta.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 94 ]
A conquista muçulmana do Egito bizantino foi
liderada por Amr ibn al-As de 639 a 642. A Fortaleza da
Babilônia foi sitiada em setembro de 640 e caiu em abril
de 641. Em 641 ou no início de 642, após a rendição de
Alexandria (a capital egípcia na época), ele fundou um
novo assentamento próximo à Fortaleza da Babilônia. A
cidade, conhecida como Fustat, serviu como uma cidade-
guarnição e como a nova capital administrativa do Egito.
Historiadores como Janet Abu-Lughod e André Raymond
traçam a gênese do atual Cairo até a fundação de Fustat.
A escolha de fundar um novo assentamento neste local
interior, em vez de usar a capital existente de Alexandria
na costa do Mediterrâneo, pode ter sido devido às
prioridades estratégicas dos novos conquistadores. Um
dos primeiros projetos da nova administração muçulmana
foi limpar e reabrir o antigo canal de Trajano para enviar
grãos mais diretamente do Egito para Medina, a capital do
califado na Arábia. Ibn al-As também fundou uma
mesquita para a cidade na mesma época, agora
conhecida como Mesquita de Amr Ibn al-As, a mesquita
mais antiga do Egito e da África (embora a estrutura atual
seja de expansões posteriores).
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 95 ]
Em 750, após a derrubada do califado omíada
pelos abássidas, os novos governantes criaram seu
próprio assentamento a nordeste de Fustat, que se tornou
a nova capital provincial. Isso era conhecido como al-
Askar, pois era disposto como um acampamento militar.
Uma residência do governador e uma nova mesquita
também foram adicionadas, com esta última concluída em
786. O canal do Mar Vermelho escavado novamente no
século VII foi fechado pelo califa abássida al-Mansur em
al-Mansur ( 754–775), mas uma parte do canal, conhecida
como Khalij, continuou a ser uma característica
importante da geografia do Cairo e de seu abastecimento
de água até o século XIX. Em 861, por ordem do califa
abássida al-Mutawakkil, um Nilômetro foi construído na
Ilha de Roda, perto de Fustat. Embora tenha sido
reparado e tenha recebido um novo telhado nos séculos
posteriores, sua estrutura básica ainda é preservada hoje,
tornando-se a mais antiga estrutura preservada da era
islâmica no Cairo hoje.
Em 868, um comandante de origem turca
chamado Bakbak foi enviado ao Egito pelo califa abássida
al-Mu'taz para restaurar a ordem após uma rebelião no
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 96 ]
país. Ele foi acompanhado por seu enteado, Ahmad ibn
Tulun, que se tornou governador efetivo do Egito. Com o
tempo, Ibn Tulun ganhou um exército e acumulou
influência e riqueza, permitindo-lhe tornar-se o governante
independente de fato do Egito e da Síria em 878. Em 870,
ele usou sua crescente riqueza para fundar uma nova
capital administrativa, al-Qata'i, a nordeste de Fustat e de
al-Askar. A nova cidade incluía um palácio conhecido
como Dar al-Imara, um campo de desfiles conhecido
como al-Maydan, um bimaristan (hospital) e um aqueduto
para fornecer água. Entre 876 e 879, Ibn Tulun construiu
uma grande mesquita, agora conhecida como Mesquita
de Ibn Tulun, no centro da cidade, ao lado do palácio.
Após sua morte em 884, Ibn Tulun foi sucedido por seu
filho e seus descendentes que continuaram uma dinastia
de curta duração, os Tulunidas. Em 905, os abássidas
enviaram o general Muhammad Sulayman al-Katib para
reafirmar o controle direto sobre o país. O governo
Tulunida foi encerrado e al-Qatta'i foi arrasada, exceto
pela mesquita que permanece de pé até hoje.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 97 ]
Fundação e expansão do Cairo
Em 969, o império xiita ismaelita fatímida
conquistou o Egito após governar de Ifriqiya. O general
fatímida Jawhar Al Saqili fundou uma nova cidade
fortificada a nordeste de Fustat e da antiga al-Qata'i.
Demorou quatro anos para construir a cidade,
inicialmente conhecida como al-Manṣūriyyah, que serviria
como a nova capital do califado. Durante esse tempo, a
construção da Mesquita al-Azhar foi encomendada por
ordem do califa, que se tornou a terceira universidade
mais antiga do mundo. O Cairo acabaria se tornando um
centro de aprendizado, com a biblioteca do Cairo
contendo centenas de milhares de livros. Quando o califa
al-Mu'izz li Din Allah chegou da antiga capital fatímida de
Mahdia, na Tunísia, em 973, ele deu à cidade seu nome
atual, Qāhirat al-Mu'izz ("O Vencedor de al-Mu'izz"), de
onde se origina o nome "Cairo" ( al-Qāhira ). Os califas
viviam em um vasto e luxuoso complexo palaciano que
ocupava o coração da cidade. O Cairo permaneceu uma
cidade real relativamente exclusiva durante a maior parte
desta era, mas durante o mandato de Badr al-Gamali
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 98 ]
como vizir (1073–1094) as restrições foram afrouxadas
pela primeira vez e famílias mais ricas de Fustat foram
autorizadas a se mudar para a cidade. Entre 1087 e
1092, Badr al-Gamali também reconstruiu as muralhas da
cidade em pedra e construiu os portões da cidade de Bab
al-Futuh, Bab al-Nasr e Bab Zuweila, que ainda existem
hoje.
Durante o período fatímida, Fustat atingiu seu
apogeu em tamanho e prosperidade, atuando como um
centro de artesanato e comércio internacional e como o
principal porto da área no Nilo. Fontes históricas relatam
que residências comunitárias de vários andares existiam
na cidade, particularmente em seu centro, que eram
tipicamente habitadas por moradores de classe média e
baixa. Algumas delas tinham até sete andares e podiam
abrigar cerca de 200 a 350 pessoas. Elas podem ter sido
semelhantes às insulae romanas e podem ter sido os
protótipos para os complexos de apartamentos para
aluguel que se tornaram comuns nos últimos períodos
mameluco e otomano.
No entanto, em 1168, o vizir fatímida Shawar
ateou fogo à não fortificada Fustat para evitar sua
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 99 ]
potencial captura por Amalric, o rei cruzado de Jerusalém.
Embora o fogo não tenha destruído a cidade e ela tenha
continuado a existir depois, marcou o início de seu
declínio. Ao longo dos séculos seguintes, foi o Cairo, a
antiga cidade-palácio, que se tornou o novo centro
econômico e atraiu a migração de Fustat.
Uma mesquita com várias cúpulas domina a
Cidadela murada, com tumbas em ruínas e um minarete
solitário na frente.
A Cidadela do Cairo, vista acima no século XIX,
foi iniciada por Saladino em 1176.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 100 ]
Embora os cruzados não tenham capturado a
cidade em 1168, uma luta contínua pelo poder entre
Shawar, o rei Amalric e o general Zengid Shirkuh levou à
queda do estabelecimento fatímida. Em 1169, o sobrinho
de Shirkuh, Saladino, foi nomeado o novo vizir do Egito
pelos fatímidas e dois anos depois ele tomou o poder da
família do último califa fatímida, al-'Āḍid. Como o primeiro
sultão do Egito, Saladino estabeleceu a dinastia aiúbida,
com sede no Cairo, e alinhou o Egito com os abássidas
sunitas, que estavam baseados em Bagdá. Em 1176,
Saladino começou a construção da Cidadela do Cairo,
que serviria como sede do governo egípcio até meados
do século XIX. A construção da Cidadela encerrou
definitivamente o status do Cairo construído pelos
fatímidas como uma cidade-palácio exclusiva e a abriu
para os egípcios comuns e para os comerciantes
estrangeiros, estimulando seu desenvolvimento
comercial. Junto com a Cidadela, Saladino também
começou a construção de um novo muro de 20
quilômetros de comprimento que protegeria o Cairo e
Fustat em seu lado oriental e os conectaria com a nova
Cidadela. Esses projetos de construção continuaram além
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 101 ]
da vida de Saladino e foram concluídos sob seus
sucessores aiúbidas.
Apogeu e declínio sob os mamelucos
Complexo Mausoléu-Madrassa-Hospital do Sultão
Qalawun , construído em 1284-1285 no centro do Cairo,
sobre as ruínas de um palácio fatímida.
Em 1250, durante a Sétima Cruzada, a dinastia
aiúbida teve uma crise com a morte de al-Salih e o poder
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 102 ]
passou para os mamelucos, em parte com a ajuda da
esposa de al-Salih, Shajar ad-Durr, que governou por um
breve período nessa época. Os mamelucos eram
soldados que eram comprados como jovens escravos e
criados para servir no exército do sultão. Entre 1250 e
1517, o trono do Sultanato Mameluco passou de um
mameluco para outro em um sistema de sucessão que
geralmente não era hereditário, mas também
frequentemente violento e caótico. O Império Mameluco,
no entanto, tornou-se uma grande potência na região e foi
responsável por repelir o avanço dos mongóis (mais
notoriamente na Batalha de Ain Jalut em 1260) e por
eliminar os últimos estados cruzados no Levante.
Apesar de seu caráter militar, os mamelucos
também foram construtores prolíficos e deixaram um rico
legado arquitetônico por todo o Cairo. Dando continuidade
a uma prática iniciada pelos aiúbidas, grande parte das
terras ocupadas pelos antigos palácios fatímidas foi
vendida e substituída por edifícios mais novos, tornando-
se um local de prestígio para a construção de complexos
religiosos e funerários mamelucos. Os projetos de
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 103 ]
construção iniciados pelos mamelucos empurraram a
cidade para fora, ao mesmo tempo que trouxeram novas
infraestruturas para o centro da cidade.
Enquanto isso, o Cairo floresceu como um centro
de estudos islâmicos e uma encruzilhada na rota de
comércio de especiarias entre as civilizações da Afro-
Eurásia. Sob o reinado do sultão mameluco al-Nasir
Muhammad (1293–1341, com interregnos), o Cairo
atingiu seu apogeu em termos de população e riqueza.
Em 1340, o Cairo tinha uma população de quase meio
milhão de habitantes, tornando-se a maior cidade a oeste
da China.
Edifícios de vários andares ocupados por
apartamentos para alugar, conhecidos como rab' (plural
ribā' ou urbu), tornaram-se comuns no período mameluco
e continuaram a ser uma característica da habitação da
cidade durante o período otomano posterior. Esses
apartamentos eram frequentemente dispostos como
duplexes ou triplexes de vários andares. Às vezes, eram
anexados a caravanserais, onde os dois andares
inferiores eram para fins comerciais e de armazenamento
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 104 ]
e os vários andares acima deles eram alugados para
inquilinos. O exemplo mais antigo parcialmente
preservado desse tipo de estrutura é o Wikala de Amir
Qawsun, construído antes de 1341. Os edifícios
residenciais eram, por sua vez, organizados em bairros
muito unidos chamados harat, que em muitos casos
tinham portões que podiam ser fechados à noite ou
durante distúrbios.
Complexo funerário do sultão Qaytbay, construído
em 1470–1474 no Cemitério do Norte (visto em 1880)
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 105 ]
Quando o viajante Ibn Battuta chegou ao Cairo
pela primeira vez em 1326, ele o descreveu como o
principal distrito do Egito. Quando ele passou pela área
novamente em sua viagem de volta em 1348, a Peste
Negra estava devastando a maioria das grandes cidades.
Ele citou relatos de milhares de mortes por dia no Cairo.
Embora o Cairo tenha evitado a estagnação da Europa
durante a Baixa Idade Média, não conseguiu escapar da
Peste Negra, que atingiu a cidade mais de cinquenta
vezes entre 1348 e 1517. Durante suas ondas iniciais e
mais mortais, aproximadamente 200.000 pessoas foram
mortas pela peste, e, no século XV, a população do Cairo
havia sido reduzida para entre 150.000 e 300.000. O
declínio populacional foi acompanhado por um período de
instabilidade política entre 1348 e 1412. Foi, no entanto,
neste período que o maior monumento religioso da era
mameluca, a Mesquita Madrasa do Sultão Hasan, foi
construído. No final do século XIV, os mamelucos Burji
substituíram os mamelucos Bahri como governantes do
estado mameluco, mas o sistema mameluco continuou a
declinar.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 106 ]
Embora as pragas tenham retornado com
frequência ao longo do século XV, o Cairo continuou
sendo uma grande metrópole e sua população se
recuperou em parte por meio da migração rural. Esforços
mais conscientes foram conduzidos por governantes e
autoridades da cidade para corrigir a infraestrutura e a
limpeza da cidade. Sua economia e política também se
tornaram mais profundamente conectadas com o
Mediterrâneo mais amplo. Alguns sultões mamelucos
neste período, como Barbsay (1422–1438) e Qaytbay
(1468–1496), tiveram reinados relativamente longos e
bem-sucedidos. Depois de al-Nasir Muhammad, Qaytbay
foi um dos mais prolíficos patronos da arte e da
arquitetura da era mameluca. Ele construiu ou restaurou
vários monumentos no Cairo, além de encomendar
projetos fora do Egito. A crise do poder mameluco e do
papel econômico do Cairo se aprofundou após Qaytbay.
O estatuto da cidade foi diminuído depois de Vasco da
Gama ter descoberto uma rota marítima em torno do
Cabo da Boa Esperança entre 1497 e 1499, permitindo
assim que os comerciantes de especiarias evitassem o
Cairo.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 107 ]
Domínio otomano
A influência política do Cairo diminuiu
significativamente depois que os otomanos derrotaram o
sultão al-Ghuri na Batalha de Marj Dabiq em 1516 e
conquistaram o Egito em 1517. Governando de
Constantinopla, o sultão Selim I relegou o Egito a uma
província, com o Cairo como sua capital. Por esta razão,
a história do Cairo durante os tempos otomanos é
frequentemente descrita como inconsequente,
especialmente em comparação com outros períodos de
tempo.
Durante os séculos XVI e XVII, o Cairo ainda
permaneceu um importante centro econômico e cultural.
Embora não estivesse mais na rota das especiarias, a
cidade facilitou o transporte de café iemenita e tecidos
indianos, principalmente para a Anatólia, Norte da África e
os Bálcãs. Os comerciantes do Cairo foram fundamentais
para trazer mercadorias para o árido Hejaz,
especialmente durante o hajj anual para Meca. Foi
durante este mesmo período que a Universidade al-Azhar
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 108 ]
atingiu a predominância entre as escolas islâmicas que
continua a manter hoje; os peregrinos a caminho do hajj
frequentemente atestavam a superioridade da instituição,
que se tornou associada ao corpo de estudiosos islâmicos
do Egito. A primeira prensa tipográfica do Oriente Médio,
imprimindo em hebraico, foi estabelecida no Cairo no
1557 por um descendente da família de impressores
Soncino, judeus italianos de origem Ashkenazi que
operavam uma prensa em Constantinopla. A existência
da prensa é conhecida apenas por dois fragmentos
descobertos na Geniza do Cairo.
Louis Comfort Tiffany (1848–1933). No Caminho
Entre o Velho e o Novo Cairo, Mesquita da Cidadela de
Mohammed Ali e Tumbas dos Mamelucos, 1872. Óleo
sobre tela. Brooklyn Museum.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 109 ]
Sob os otomanos, o Cairo expandiu-se para sul e
oeste a partir do seu núcleo em torno da Cidadela. A
cidade era a segunda maior do império, atrás de
Constantinopla, e, embora a migração não fosse a
principal fonte do crescimento do Cairo, vinte por cento da
sua população no final do século XVIII consistia em
minorias religiosas e estrangeiros de todo o Mediterrâneo.
Ainda assim, quando Napoleão chegou ao Cairo em
1798, a população da cidade era inferior a 300.000,
quarenta por cento inferior à que era no auge da
influência mameluca e cairene em meados do século XIV.
A ocupação francesa durou pouco, pois as forças
britânicas e otomanas, incluindo um considerável
contingente albanês, recapturaram o país em 1801. O
próprio Cairo foi sitiado por uma força britânica e
otomana, culminando com a rendição francesa em 22 de
junho de 1801. Os britânicos desocuparam o Egito dois
anos depois, deixando os otomanos, os albaneses e os
mamelucos há muito enfraquecidos lutando pelo controle
do país. A guerra civil contínua permitiu que um albanês
chamado Muhammad Ali Pasha ascendesse ao papel de
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 110 ]
comandante e, eventualmente, com a aprovação do
estabelecimento religioso, vice-rei do Egito em 1805.
Era moderna
Cairo no final do século XIX, Georg Macco (1863–
1933), óleo sobre tela.
Até sua morte em 1848, Muhammad Ali Pasha
instituiu uma série de reformas sociais e econômicas que
lhe renderam o título de fundador do Egito moderno. No
entanto, enquanto Muhammad Ali iniciou a construção de
edifícios públicos na cidade, essas reformas tiveram
efeito mínimo na paisagem do Cairo. Mudanças maiores
ocorreram no Cairo sob Isma'il Pasha (1863–1879), que
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 111 ]
continuou os processos de modernização iniciados por
seu avô. Inspirando-se em Paris, Isma'il imaginou uma
cidade de maidans e avenidas largas; devido a restrições
financeiras, apenas algumas delas, na área que agora
compõe o centro do Cairo, deram frutos. Isma'il também
buscou modernizar a cidade, que estava se fundindo com
assentamentos vizinhos, estabelecendo um ministério de
obras públicas, trazendo gás e iluminação para a cidade e
abrindo um teatro e uma casa de ópera.
A imensa dívida resultante dos projetos de Isma'il
forneceu um pretexto para aumentar o controle europeu,
que culminou com a invasão britânica em 1882. O centro
econômico da cidade rapidamente se mudou para o oeste
em direção ao Nilo, longe da histórica seção islâmica do
Cairo e em direção às áreas contemporâneas de estilo
europeu construídas por Isma'il. Os europeus
representavam cinco por cento da população do Cairo no
final do século XIX, altura em que ocupavam a maioria
dos cargos governamentais de topo.
Em 1906, a Heliopolis Oasis Company, liderada
pelo industrial belga Édouard Empain e seu colega
egípcio Boghos Nubar, construiu um subúrbio chamado
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 112 ]
Heliopolis (cidade do sol em grego) a dez quilômetros do
centro do Cairo. Em 1905-1907, a parte norte da ilha de
Gezira foi desenvolvida pela Baehler Company em
Zamalek, que mais tarde se tornaria o bairro "chique" de
luxo do Cairo. Em 1906, começou a construção de
Garden City, um bairro de vilas urbanas com jardins e
ruas curvas.
Ponte Qasr El Nil
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 113 ]
Vista aérea em 1904, de um balão, da
extremidade centro-leste do Cairo, mostrando o
desenvolvimento inicial de Gezira/Ilha Zamalek (centro à
esquerda) e do centro da cidade (canto inferior direito),
bem como Bulaq (canto superior direito).
A ocupação britânica pretendia ser temporária,
mas durou até ao século XX. Os nacionalistas
organizaram manifestações em grande escala no Cairo
em 1919, cinco anos após o Egito ter sido declarado
protetorado britânico. No entanto, isto levou à
independência do Egito em 1922.
A Edição do Rei Fuad I do Alcorão foi publicada
pela primeira vez em 10 de julho de 1924 no Cairo sob o
patrocínio do Rei Fuad. O objetivo do governo do recém-
formado Reino do Egito não era deslegitimar os outros
textos variantes do Alcorão (" qira'at "), mas eliminar erros
encontrados nos textos do Alcorão usados nas escolas
públicas. Um comitê de professores escolheu preservar
uma única das "leituras" canônicas do qira'at, a saber, a
da versão " Ḥafṣ", uma recitação cúfica do século VIII.
Esta edição se tornou o padrão para impressões
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 114 ]
modernas do Alcorão para grande parte do mundo
islâmico. A publicação foi chamada de "um sucesso
tremendo", e a edição foi descrita como "agora
amplamente vista como o texto oficial do Alcorão", tão
popular entre sunitas e xiitas que a crença comum entre
os muçulmanos menos bem informados é "que o Alcorão
tem uma leitura única e inequívoca". Pequenas alterações
foram feitas mais tarde em 1924 e em 1936 - a "edição
Faruq" em homenagem ao então governante, o rei Faruq.
Ocupação britânica até 1956
As tropas britânicas permaneceram no país até
1956. Durante esse período, o Cairo urbano, estimulado
por novas pontes e ligações de transporte, continuou a
expandir-se para incluir os bairros de luxo de Garden City,
Zamalek e Heliópolis. Entre 1882 e 1937, a população do
Cairo mais do que triplicou — de 347.000 para 1,3
milhões — e a sua área aumentou de 10 para 163 km2.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 115 ]
A cidade foi devastada durante os tumultos de
1952, conhecidos como o Incêndio do Cairo ou Sábado
Negro, que destruíram quase 700 lojas, cinemas,
cassinos e hotéis no centro do Cairo. Os britânicos
partiram do Cairo após a Revolução Egípcia de 1952,
mas o rápido crescimento da cidade não mostrou sinais
de diminuir. Buscando acomodar a crescente população,
o presidente Gamal Abdel Nasser reconstruiu a Praça
Tahrir e a Corniche do Nilo, e melhorou a rede de pontes
e rodovias da cidade. Enquanto isso, controles adicionais
do Nilo promoveram o desenvolvimento dentro da Ilha
Gezira e ao longo da orla da cidade. A metrópole
começou a invadir o fértil Delta do Nilo, levando o governo
a construir cidades satélites no deserto e a criar
incentivos para que os moradores da cidade se
mudassem para elas.
Depois de 1956
Na segunda metade do século XX, o Cairo
continuou a crescer enormemente tanto em população
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 116 ]
quanto em área. Entre 1947 e 2006, a população da
Grande Cairo passou de 2.986.280 para 16.292.269. A
explosão populacional também impulsionou o surgimento
de moradias "informais" ( 'ashwa'iyyat ), ou seja, moradias
que foram construídas sem nenhum planejamento ou
controle oficial. A forma exata desse tipo de moradia
varia consideravelmente, mas geralmente tem uma
densidade populacional muito maior do que a moradia
formal. Em 2009, mais de 63% da população da Grande
Cairo vivia em bairros informais, embora estes
ocupassem apenas 17% da área total da Grande Cairo.
De acordo com o economista David Sims, a moradia
informal tem os benefícios de fornecer acomodações
acessíveis e comunidades vibrantes para um grande
número de classes trabalhadoras do Cairo, mas também
sofre com a negligência do governo, uma relativa falta de
serviços e superlotação.
A cidade "formal" também foi expandida. O
exemplo mais notável foi a criação de Madinat Nasr, uma
enorme expansão da cidade patrocinada pelo governo
para o leste, que começou oficialmente em 1959, mas foi
desenvolvida principalmente em meados da década de
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 117 ]
1970. A partir de 1977, o governo egípcio estabeleceu a
Autoridade das Novas Comunidades Urbanas para iniciar
e direcionar o desenvolvimento de novas cidades
planejadas nos arredores do Cairo, geralmente
estabelecidas em terras desérticas. Essas novas cidades
satélites tinham como objetivo fornecer moradia,
investimento e oportunidades de emprego para a
crescente população da região, bem como para impedir o
crescimento adicional de bairros informais. Em 2014,
cerca de 10% da população da Grande Cairo vivia nas
novas cidades.
Ao mesmo tempo, o Cairo estabeleceu-se como
um centro político e econômico para o Norte de África e o
mundo árabe, com muitas empresas e organizações
multinacionais, incluindo a Liga Árabe, a operar fora da
cidade. Em 1979, os bairros históricos do Cairo foram
listados como Património Mundial da UNESCO.
Em 1992, o Cairo foi atingido por um terremoto
que causou 545 mortes, feriu 6.512 pessoas e deixou
cerca de 50.000 pessoas desabrigadas.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 118 ]
Revolução egípcia de 2011
A Praça Tahrir do Cairo foi o ponto focal da
revolução egípcia de 2011 contra o ex-presidente Hosni
Mubarak. Mais de 50.000 manifestantes ocuparam a
praça pela primeira vez em 25 de janeiro, durante o qual
os serviços sem fio da área foram relatados como
prejudicados. Nos dias seguintes, a Praça Tahrir
continuou a ser o principal destino dos protestos no Cairo.
A revolta foi principalmente uma campanha de resistência
civil não violenta, que contou com uma série de
manifestações, marchas, atos de desobediência civil e
greves trabalhistas. Milhões de manifestantes de diversas
origens socioeconômicas e religiosas exigiram a
derrubada do regime do presidente egípcio Hosni
Mubarak. Apesar de ser predominantemente pacífica por
natureza, a revolução não ocorreu sem confrontos
violentos entre as forças de segurança e os
manifestantes, com pelo menos 846 pessoas mortas e
6.000 feridas. A revolta ocorreu no Cairo, Alexandria e em
outras cidades do Egito, após a revolução tunisina que
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 119 ]
resultou na derrubada do antigo presidente tunisino Zine
El Abidine Ben Ali. Em 11 de fevereiro, após semanas de
protestos e pressão popular determinada, Hosni Mubarak
renunciou ao cargo.
Cairo pós-revolucionário
Sob o governo do presidente el-Sisi, em março de
2015 foram anunciados planos para outra cidade
planejada, ainda sem nome, a ser construída mais a leste
da atual cidade satélite do Novo Cairo, destinada a servir
como a nova capital do Egito.
Geografia
O rio Nilo atravessa o Cairo, contrastando aqui os
antigos costumes da vida cotidiana com a cidade
moderna de hoje.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 120 ]
Vista aérea olhando para o sul, com os distritos
de Zamalek e Gezira na Ilha de Gezira, cercados pelo
Nilo
Cairo está localizado no norte do Egito, conhecido
como Baixo Egito, 165 km ao sul do Mar Mediterrâneo e
120 km a oeste do Golfo de Suez e do Canal de Suez. A
cidade fica ao longo do Rio Nilo, imediatamente ao sul do
ponto onde o rio deixa seu vale desértico e se ramifica na
região baixa do Delta do Nilo. Embora a metrópole do
Cairo se estenda para longe do Nilo em todas as
direções, a cidade do Cairo reside apenas na margem
leste do rio e duas ilhas dentro dele em uma área total de
453 km 2. Geologicamente, o Cairo fica em aluviões e
dunas de areia.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 121 ]
Até meados do século XIX, quando o rio foi
domado por represas, diques e outros controles, o Nilo
nas proximidades do Cairo era altamente suscetível a
mudanças no curso e no nível da superfície. Ao longo dos
anos, o Nilo gradualmente mudou para o oeste,
fornecendo o local entre a borda oriental do rio e as terras
altas de Mokattam, nas quais a cidade agora se ergue. A
terra na qual o Cairo foi estabelecido em 969 (atual Cairo
islâmico) estava localizada debaixo d'água pouco mais de
trezentos anos antes, quando Fustat foi construída pela
primeira vez.
Os períodos baixos do Nilo durante o século XI
continuaram a adicionar à paisagem do Cairo; uma nova
ilha, conhecida como Geziret al-Fil, apareceu pela
primeira vez em 1174, mas acabou se conectando ao
continente. Hoje, o local de Geziret al-Fil é ocupado pelo
distrito de Shubra. Os períodos baixos criaram outra ilha
na virada do século XIV que agora compõe Zamalek e
Gezira. Os esforços de recuperação de terras pelos
mamelucos e otomanos contribuíram ainda mais para a
expansão na margem leste do rio.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 122 ]
Devido ao movimento do Nilo, as partes mais
novas da cidade — Garden City, Downtown Cairo e
Zamalek — estão localizadas mais próximas da margem
do rio. As áreas, que abrigam a maioria das embaixadas
do Cairo, são cercadas ao norte, leste e sul pelas partes
mais antigas da cidade. O Cairo Antigo, localizado ao sul
do centro, abriga os restos de Fustat e o coração da
comunidade cristã copta do Egito, o Cairo Copta. O
distrito de Boulaq, que fica na parte norte da cidade,
nasceu de um grande porto do século XVI e agora é um
grande centro industrial. A Cidadela está localizada a
leste do centro da cidade, em torno do Cairo Islâmico, que
remonta à era Fatímida e à fundação do Cairo. Enquanto
o Cairo ocidental é dominado por amplas avenidas,
espaços abertos e arquitetura moderna de influência
europeia, a metade oriental, tendo crescido
desordenadamente ao longo dos séculos, é dominada por
pequenas vielas, cortiços lotados e arquitetura islâmica.
As partes norte e extremo leste do Cairo, que
incluem cidades satélites, estão entre as adições mais
recentes à cidade, pois se desenvolveram no final do
século XX e início do século XXI para acomodar o rápido
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 123 ]
crescimento da cidade. A margem ocidental do Nilo é
comumente incluída na área urbana do Cairo, mas
compõe a cidade de Gizé e a província de Gizé. A cidade
de Gizé também passou por uma expansão significativa
nos últimos anos e hoje tem uma população de 2,7
milhões. A província do Cairo ficava ao norte da província
de Helwan de 2008, quando alguns distritos do sul do
Cairo, incluindo Maadi e Novo Cairo, foram separados e
anexados à nova província, a 2011, quando a província
de Helwan foi reincorporada à província do Cairo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o
nível de poluição atmosférica no Cairo é quase 12 vezes
superior ao nível de segurança recomendado.
Clima
No Cairo e ao longo do Vale do Rio Nilo, o clima é
um clima desértico quente ( BWh de acordo com o
sistema de classificação climática de Köppen).
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 124 ]
Tempestades de vento podem ser frequentes,
trazendo poeira saariana para a cidade, de março a maio,
e o ar frequentemente se torna desconfortavelmente
seco. Os invernos são amenos a quentes, enquanto os
verões são longos e quentes. As altas temperaturas no
inverno variam de 14 a 22 °C, enquanto as baixas
noturnas caem para menos de 11 °C, frequentemente
para 5 °C. No verão, as altas frequentemente excedem 31
°C, mas raramente ultrapassam 40 °C, e as baixas caem
para cerca de 20 °C. A precipitação é escassa e só
acontece nos meses mais frios, mas chuvas repentinas
podem causar inundações severas. Os meses de verão
têm alta umidade devido à proximidade com a costa do
Mediterrâneo. A queda de neve é extremamente rara;
uma pequena quantidade de granizo, que se acredita ser
neve, caiu nos subúrbios mais a leste do Cairo em 13 de
dezembro de 2013, a primeira vez que a área do Cairo
recebeu esse tipo de precipitação em muitas décadas. Os
pontos de orvalho nos meses mais quentes variam de
13,9 °C em junho a 18,3 °C em agosto.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 125 ]
Área metropolitana e distritos
A cidade do Cairo faz parte do Grande Cairo, a
maior área metropolitana da África. Embora não tenha
um órgão administrativo, o Ministério do Planejamento a
considera uma região econômica composta pela
Província do Cairo, Província de Gizé e Província de
Qalyubia. Como uma área metropolitana contígua, vários
estudos consideraram que o Grande Cairo é composto
pelas cidades administrativas Cairo, Gizé e Shubra al-
Kheima, além das cidades satélites / novas cidades que
as cercam.
Cairo é uma cidade-estado onde o governador
também é o chefe da cidade. A própria cidade do Cairo
difere de outras cidades egípcias por ter uma divisão
administrativa extra entre os níveis da cidade e do distrito,
que são áreas, que são chefiadas por vice-governadores.
Cairo consiste em 4 áreas (manatiq, singl. mantiqa)
divididas em 38 distritos (ahya', singl. hayy) e 46 qisms
(alas policiais, 1-2 por distrito):
A Área Norte está dividida em 8 Distritos:
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 126 ]
Shubra
Al-Zawiya al-Hamra
Hadayek al-Qubba
Rod al-Farg
Al-Sharabia
Al-Sahel
Al-Zeitoun
Al-Amiriya
A Área Oriental foi dividida em 9 Distritos e três
novas cidades:
Misr al-Gadidah e Al-Nozha (Heliópolis)
Cidade de Nasr Leste e Cidade de Nasr Oeste
Al-Salam 1 (Awwal) e al-Salam 2 (Than)
Ain Shams
Al-Matariya
Al-Marg
Shorouk (sob jurisdição da NUCA)
Badr (sob jurisdição da NUCA)
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 127 ]
Al-Qahira al-Gadida (Novo Cairo, três qismos, sob
jurisdição do NUCA)
A Área Ocidental é dividida em 9 Distritos:
Manshiyat Nasser
Al-Wayli (incluindo qism al-Daher)
Wasat al-Qahira (Centro do Cairo, incluindo Al-
Darb al-Ahmar, al-Gamaliyya qisms)
Bulaque
Gharb al-Qahira (West Cairo, incluindo Zamalek
qism, Qasr al-Nil qism incluindo Garden City e parte de
Down Town)
Abdeen
Al-Azbakiya
Al-Muski
Bab al-Sha'aria
A Área Sul é dividida em 12 Distritos:
Masr El-Qadima (Antigo Cairo, incluindo Al-
Manial)
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 128 ]
Al-Khalifa
Al-Moqattam
Al-Basatin
Dar al-Salam
Distrito de Sayyidah Zainab
Al-Tebin
Helwan
Al-Ma'sara
Al-Maadi
Torá
15 de maio (sob jurisdição da NUCA)
Cidades satélites
Desde 1977, uma série de novas cidades foram
planejadas e construídas pela New Urban Communities
Authority (NUCA) no Deserto Oriental ao redor do Cairo,
ostensivamente para acomodar o crescimento
populacional adicional e o desenvolvimento da cidade e
conter o desenvolvimento de áreas informais
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 129 ]
autoconstruídas, especialmente em terras agrícolas. Em
2022, quatro novas cidades foram construídas e têm
populações residenciais: 15th of May City, Badr City,
Shorouk City e New Cairo. Além disso, mais duas estão
em construção: a New Administrative Capital. E Capital
Gardens, onde a terra foi alocada em 2021, e que
abrigará a maioria dos funcionários públicos empregados
na nova capital.
Nova capital planejada
Em Março de 2015, foram anunciados planos
para a construção de uma nova cidade a leste do Cairo,
numa área subdesenvolvida da província do Cairo, que
serviria como a Nova Capital Administrativa do Egito.
Demografia
População histórica
Ano População ±% ao ano
1884 352.416 —
1907 654.476 +2,73%
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 130 ]
1950 2.493.514 +3,16%
1960 3.680.160 +3,97%
1970 5.584.507 +4,26%
1980 7.348.778 +2,78%
1990 9.892.143 +3,02%
2000 13.625.565+3,25%
2010 16.899.015+2,18%
2019 20.484.965+2,16%
Fonte: Censo decenal. Para a aglomeração do
Cairo:
De acordo com o censo de 2017, o Cairo tinha
uma população de 9.539.673 pessoas, distribuídas por 46
qisms (alas policiais):
Religião
A maioria da população do Egito e do Cairo é
muçulmana sunita. Existe uma minoria cristã significativa,
entre os quais os ortodoxos coptas são a maioria.
Números precisos para cada comunidade religiosa no
Egito não estão disponíveis e as estimativas variam.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 131 ]
Outras igrejas que têm, ou tiveram, uma presença no
Cairo moderno incluem a Igreja Católica (incluindo a
Católica Armênia, Católica Copta, Católica Caldeia,
Católica Síria e Maronita), a Igreja Ortodoxa Grega, a
Igreja Evangélica do Egito (Sínodo do Nilo) e algumas
igrejas protestantes. O Cairo é a sede da Igreja Ortodoxa
Copta desde o século XII, e a sede do Papa Ortodoxo
Copta está localizada na Catedral Ortodoxa Copta de São
Marcos. Até o século XX, o Cairo tinha uma comunidade
judaica considerável, mas em 2022 apenas três judeus
viviam na cidade. Um total de 12 sinagogas no Cairo
ainda existem.
Economia
A economia do Cairo tem sido tradicionalmente
baseada em instituições e serviços governamentais, com
o setor produtivo moderno se expandindo no século XX
para incluir desenvolvimentos em têxteis e
processamento de alimentos – especificamente a
produção de cana-de-açúcar. Em 2005, o Egito tinha o
maior PIB não baseado em petróleo do mundo árabe.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 132 ]
O Cairo é responsável por 11% da população do
Egito e 22% de sua economia (PPP). A maior parte do
comércio do país é gerada lá, ou passa pela cidade. A
grande maioria das editoras e veículos de comunicação e
quase todos os estúdios de cinema estão lá, assim como
metade dos leitos hospitalares e universidades do país.
Isso impulsionou a rápida construção na cidade, com um
edifício em cada cinco tendo menos de 15 anos.
Este crescimento até recentemente avançou
muito à frente dos serviços da cidade. Casas, estradas,
eletricidade, telefone e serviços de esgoto eram todos
escassos. Analistas tentando compreender a magnitude
da mudança cunharam termos como "hiperurbanização".
Infraestrutura
Saúde
Cairo, assim como a vizinha Gizé, foi estabelecida
como o principal centro de tratamento médico do Egito e,
apesar de algumas exceções, tem o nível mais avançado
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 133 ]
de assistência médica do país. Os hospitais do Cairo
incluem o Hospital Internacional As-Salaam credenciado
pela JCI, Hospital Universitário Ain Shams, Dar Al Fouad,
Hospital Nile Badrawi, Hospital 57357, bem como o
Hospital Qasr El Eyni.
Educação
A Grande Cairo tem sido há muito tempo o centro
de educação e serviços educacionais para o Egito e a
região.
Hoje, a Grande Cairo é o centro de muitos
escritórios governamentais que regem o sistema
educacional egípcio, tem o maior número de escolas e
institutos de ensino superior entre outras cidades e
províncias do Egito.
Algumas das escolas internacionais encontradas
no Cairo:
Faculdade de Engenharia, Universidade Ain
Shams
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 134 ]
Faculdade de Farmácia, Universidade Ain Shams
A Universidade do Cairo é a maior universidade
do Egito e está localizada em Gizé.
Universidades na Grande Cairo:
Universidade Data de fundação
Universidade Al Azhar 970–972
Universidade do Cairo 1908
Universidade Americana no Cairo 1919
Universidade Ain Shams 1950
Academia Árabe de Ciência e Tecnologia e
Transporte Marítimo 1972
Universidade de Helwan 1975
Academia Sadat de Ciências da Administração
1981
Instituto Superior Tecnológico 1989
Academia Moderna em Maadi 1993
Universidade Internacional Misr 1996
Universidade Misr de Ciência e Tecnologia 1996
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 135 ]
Universidade de Ciências e Artes Modernas 1996
Universidade Francesa do Egito 2002
Universidade Alemã no Cairo 2003
Universidade Aberta Árabe 2003
Faculdade Internacional Canadense 2004
Universidade Britânica no Egito 2005
Universidade Canadense Ahram 2005
Universidade do Nilo 2006
Universidade do Futuro no Egito 2006
Universidade Egípcia Russa 2006
Universidade de Heliópolis para o
Desenvolvimento Sustentável 2009
Nova Universidade de Gizé 2016
Transporte
O Cairo tem uma extensa rede rodoviária, sistema
ferroviário, sistema de metrô e serviços marítimos. O
transporte rodoviário é facilitado por veículos pessoais,
táxis, ônibus públicos privados e microônibus. O
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 136 ]
Aeroporto Internacional do Cairo é o maior aeroporto do
país e um dos aeroportos mais movimentados da África.
Transporte público
O Cairo, especificamente a Estação Ramsés, é o
centro de quase toda a rede de transporte egípcia.
A Cairo Transportation Authority (CTA) administra
o transporte público do Cairo. O sistema de metrô, o Cairo
Metro, é uma maneira rápida e eficiente de se locomover
pelo Cairo. A rede de metrô cobre Helwan e outros
subúrbios. Pode ficar muito lotado durante a hora do rush.
Dois vagões de trem (o quarto e o quinto) são reservados
apenas para mulheres, embora as mulheres possam
andar em qualquer vagão que desejarem.
Os bondes no Grande Cairo e os trólebus do
Cairo eram usados como meios de transporte, mas foram
fechados na década de 1970 em todos os lugares, exceto
Heliópolis e Helwan. Eles foram fechados em 2014, após
a Revolução Egípcia.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 137 ]
Em 2017, foram anunciados planos para construir
dois sistemas de monotrilho, um ligando 6 de outubro ao
subúrbio de Gizé, uma distância de 35 km, e o outro
ligando a cidade de Nasr ao Novo Cairo, uma distância de
52 km.
Estradas
Ponte 6 de Outubro no Cairo
Duas rotas de automóveis transafricanas se
originam no Cairo: a Rodovia Cairo-Cidade do Cabo e a
Rodovia Cairo-Dacar. Uma extensa rede rodoviária
conecta o Cairo com outras cidades e vilas egípcias. Há
um novo anel viário que circunda os arredores da cidade,
com saídas que chegam aos distritos externos do Cairo.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 138 ]
Há viadutos e pontes, como a Ponte 6 de Outubro que,
quando o tráfego não é intenso, permite meios rápidos de
transporte de um lado da cidade para o outro.
O trânsito do Cairo é conhecido por ser opressivo
e superlotado. O trânsito se move em um ritmo
relativamente fluido. Os motoristas tendem a ser
agressivos, mas são mais corteses nos cruzamentos,
revezando-se na ida, com a polícia auxiliando no controle
do tráfego em algumas áreas congestionadas.
Outras formas de transporte
Parafuso
Cairo Nilo Ferry
Táxi do Cairo/Táxi Amarelo
Carreguem
DiDi
Uber
Cultura
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 139 ]
Cairo Opera House, no Centro Cultural Nacional,
distrito de Zamalek.
O presidente Mubarak inaugurou a nova Cairo
Opera House dos Centros Culturais Nacionais Egípcios
em 10 de outubro de 1988, 17 anos após a Royal Opera
House ter sido destruída por um incêndio. O National
Cultural Centre foi construído com a ajuda da JICA, a
Japan International Co-operation Agency e se destaca
como uma característica proeminente da cooperação
nipo-egípcia e da amizade entre as duas nações.
Ópera Khedivial
A Khedivial Opera House, ou Royal Opera House,
foi a casa de ópera original no Cairo. Foi inaugurada em
1º de novembro de 1869 e incendiada em 28 de outubro
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 140 ]
de 1971. Depois que a casa de ópera original foi
destruída, o Cairo ficou sem uma casa de ópera por
quase duas décadas até a inauguração da nova Cairo
Opera House em 1988.
Festival Internacional de Cinema do Cairo
O Cairo realizou seu primeiro festival internacional
de cinema em 16 de agosto de 1976, quando o primeiro
Festival Internacional de Cinema do Cairo foi lançado pela
Associação Egípcia de Escritores e Críticos de Cinema,
liderada por Kamal El-Mallakh. A Associação administrou
o festival por sete anos até 1983.
Essa conquista levou o Presidente do Festival a
contatar novamente a FIAPF com o pedido de que uma
competição fosse incluída no Festival de 1991. O pedido
foi atendido.
Em 1998, o Festival ocorreu sob a presidência de
um dos principais atores do Egito, Hussein Fahmy, que foi
nomeado pelo Ministro da Cultura, Farouk Hosni, após a
morte de Saad El-Din Wahba. Quatro anos depois, o
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 141 ]
jornalista e escritor Cherif El-Shoubashy tornou-se
presidente.
Cairo Geniza
A Geniza do Cairo é um acúmulo de quase
200.000 manuscritos judaicos que foram encontrados na
genizah da Sinagoga Ben Ezra (construída em 882) de
Fustat, Egito (hoje Cairo Antigo), no cemitério Basatin a
leste do Cairo Antigo e em vários documentos antigos que
foram comprados no Cairo no final do século XIX. Esses
documentos foram escritos de cerca de 870 a 1880 d.C. e
foram arquivados em várias bibliotecas americanas e
europeias. A coleção Taylor-Schechter na Universidade
de Cambridge tem 140.000 manuscritos; outros 40.000
manuscritos estão abrigados no Seminário Teológico
Judaico da América.
Esportes
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 142 ]
Estádio Internacional do Cairo com 75.100
lugares
O futebol é o esporte mais popular no Egito, e o
Cairo tem times esportivos que competem em ligas
nacionais e regionais, mais notavelmente o Al Ahly e o
Zamalek SC, que foram o primeiro e o segundo clubes
africanos da CAF do século XX. A partida anual entre o Al
Ahly e o El Zamalek é um dos eventos esportivos mais
assistidos no Egito. Os times formam a maior rivalidade
do futebol egípcio. Eles jogam seus jogos em casa no
Estádio Internacional do Cairo, que é o segundo maior
estádio do Egito, bem como o maior do Cairo.
O Estádio Internacional do Cairo foi construído
em 1960. Seu complexo esportivo multiuso abriga o
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 143 ]
principal estádio de futebol, um estádio coberto, campos
satélites que realizam jogos regionais e continentais,
incluindo os Jogos Africanos, o Campeonato Mundial de
Futebol Sub-17 e a Copa das Nações Africanas de 2006.
O Egito mais tarde venceu a competição e a próxima
edição em Gana (2008), tornando as seleções egípcia e
ganesa as únicas a vencer a Copa das Nações Africanas
consecutivamente. O Egito conquistou o título por um
recorde de seis vezes na história da Competição
Continental Africana. Isso foi seguido por uma terceira
vitória consecutiva em Angola em 2010, tornando o Egito
o único país com um recorde de 3 vitórias consecutivos e
7 no total da Competição Continental de Futebol. Em
2021, a seleção egípcia está classificada em 46º lugar no
mundo pela FIFA.
O Cairo falhou na fase de candidatura quando se
candidatou aos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, que
foram sediados em Pequim. No entanto, o Cairo acolheu
os Jogos Pan-Árabes de 2007.
Existem outros times esportivos na cidade que
participam de vários esportes, incluindo Gezira Sporting
Club, el Shams Club, Shooting Club, Heliopolis Sporting
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 144 ]
Club e vários clubes menores. Existem novos clubes
esportivos na área de New Cairo (a uma hora do centro
do Cairo), estes são Al Zohour sporting club, Wadi Degla
sporting club e Platinum Club.
A maioria das federações esportivas do país
estão localizadas nos subúrbios da cidade, incluindo a
Associação Egípcia de Futebol. A sede da Confederação
Africana de Futebol (CAF) estava anteriormente
localizada no Cairo, antes de se mudar para sua nova
sede na Cidade 6 de Outubro, uma pequena cidade longe
dos distritos lotados do Cairo. Em 2008, a Federação
Egípcia de Rúgbi foi oficialmente formada e recebeu a
filiação ao Conselho Internacional de Rúgbi.
O Egito é conhecido internacionalmente pela
excelência de seus jogadores de squash que se
destacam nas divisões profissional e júnior. O Egito tem
sete jogadores no top dez do ranking mundial masculino
da PSA e três no top dez feminino. Mohamed El Shorbagy
ocupou a posição de número um do mundo por mais de
um ano. Nour El Sherbini venceu o Campeonato Mundial
Feminino duas vezes e foi a número um do mundo
feminino. Em 30 de abril de 2016, ela se tornou a mulher
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 145 ]
mais jovem a vencer o Campeonato Mundial Feminino.
Em 2017, ela manteve seu título.
O Cairo é o ponto final oficial do Cross Egypt
Challenge, onde sua rota termina anualmente no lugar
mais sagrado do Egito, sob as Grandes Pirâmides de
Gizé, com uma grande cerimônia de entrega de troféus.
Paisagem urbana e pontos de referência
Praça Tahrir
Vista da Praça Tahrir (em 2020)
A Praça Tahrir foi fundada em meados do século
XIX com o estabelecimento do moderno centro do Cairo.
Foi inicialmente chamada de Praça Ismailia, em
homenagem ao governante do século XIX Khedive Ismail,
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 146 ]
que encomendou o projeto "Paris no Nilo" do novo distrito
do centro. Após a Revolução Egípcia de 1919, a praça
tornou-se amplamente conhecida como Praça Tahrir
(Libertação), embora não tenha sido oficialmente
renomeada como tal até depois da Revolução de 1952,
que eliminou a monarquia. Vários edifícios notáveis
cercam a praça, incluindo a Universidade Americana no
campus do centro do Cairo, o Edifício administrativo
governamental Mogamma, a sede da Liga Árabe, o Nile
Ritz Carlton Hotel e o Museu Egípcio. Estando no coração
do Cairo, a praça testemunhou vários protestos
importantes ao longo dos anos. No entanto, o evento mais
notável na praça foi ser o ponto focal da Revolução
Egípcia de 2011 contra o ex-presidente Hosni Mubarak.
Em 2020, o governo concluiu a construção de um novo
monumento no centro da praça, com um antigo obelisco
do reinado de Ramsés II, originalmente descoberto em
Tanis (San al-Hagar) em 2019, e quatro estátuas de
esfinge com cabeça de carneiro movidas de Karnak.
Grande Museu Egípcio
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 147 ]
Grande parte da coleção do Museu de
Antiguidades Egípcias, incluindo a coleção de
Tutancâmon, está programada para ser transferida para o
novo Grande Museu Egípcio, em construção em Gizé e
com inauguração prevista para o final de 2020.
Torre do Cairo
Torre do Cairo à noite
A Torre do Cairo é uma torre independente com
um restaurante giratório no topo. É um dos marcos do
Cairo e oferece uma vista panorâmica da cidade para os
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 148 ]
clientes do restaurante. Fica no distrito de Zamalek, na
Ilha Gezira, no Rio Nilo, no centro da cidade. Com 187 m,
44 m mais alto que a Grande Pirâmide de Gizé, que fica
a cerca de 15 km a sudoeste.
Cairo Antigo
Esta área do Cairo é assim chamada porque
contém os restos da antiga fortaleza romana da Babilônia
e também se sobrepõe ao local original de Fustat, o
primeiro assentamento árabe no Egito (século VII d.C.) e
o antecessor do Cairo posterior. A área inclui o Cairo
copta, que detém uma alta concentração de antigas
igrejas cristãs, como a Igreja Suspensa, a Igreja Ortodoxa
Grega de São Jorge e outros edifícios cristãos ou coptas,
a maioria dos quais está localizada em um enclave no
local da antiga fortaleza romana. É também a localização
do Museu Copta, que exibe a história da arte copta desde
os tempos greco-romanos até os islâmicos, e da
Sinagoga Ben Ezra, a mais antiga e conhecida sinagoga
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 149 ]
do Cairo, onde a importante coleção de documentos de
Geniza foi descoberta no século XIX.
Cemitério no Cairo Copta
Ao norte deste enclave copta está a Mesquita
Amr ibn al-'As, a primeira mesquita do Egito e o centro
religioso mais importante do que era anteriormente
Fustat, fundada em 642 d.C. logo após a conquista árabe,
mas reconstruída muitas vezes desde então. Uma parte
da antiga cidade de Fustat também foi escavada a leste
da mesquita e do enclave copta, embora o sítio
arqueológico esteja ameaçado pela construção invasora e
pelo desenvolvimento moderno. A noroeste da Fortaleza
da Babilônia e da mesquita está o Mosteiro de São
Mercúrio (ou Dayr Abu Sayfayn), um importante e
histórico complexo religioso copta que consiste na Igreja
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 150 ]
de São Mercúrio, na Igreja de Santa Shenute e na Igreja
da Virgem (também conhecida como al-Damshiriya.
Várias outras igrejas históricas também estão situadas ao
sul da Fortaleza da Babilônia.
Cairo Islâmico
Mesquita Al-Azhar, vista do pátio da era fatímida
e minaretes mamelucos.
O Cairo abriga uma das maiores concentrações
de monumentos históricos de arquitetura islâmica do
mundo. As áreas ao redor da antiga cidade murada e ao
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 151 ]
redor da Cidadela são caracterizadas por centenas de
mesquitas, tumbas, madrassas, mansões, caravançarais
e fortificações que datam da era islâmica e são
frequentemente chamadas de "Cairo islâmico",
especialmente na literatura de viagens em inglês. É
também o local de vários santuários religiosos
importantes, como a Mesquita al-Hussein (cujo santuário
se acredita conter a cabeça de Husayn ibn Ali), o
Mausoléu do Imam al-Shafi'i (fundador do madhhab
Shafi'i, uma das principais escolas de pensamento da
jurisprudência islâmica sunita), o Túmulo de Sayyida
Ruqayya, a Mesquita de Sayyida Nafisa e outros.
A primeira mesquita no Egito foi a Mesquita de
Amr ibn al-As no que era anteriormente Fustat, o primeiro
assentamento árabe-muçulmano na área. No entanto, a
Mesquita de Ibn Tulun é a mesquita mais antiga que
ainda mantém sua forma original e é um raro exemplo da
arquitetura abássida do período clássico da civilização
islâmica. Foi construída em 876–879 d.C. em um estilo
inspirado na capital abássida de Samarra, no Iraque. É
uma das maiores mesquitas do Cairo e é frequentemente
citada como uma das mais bonitas. Outra construção
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 152 ]
abássida, o Nilômetro na Ilha de Roda, é a estrutura
original mais antiga do Cairo, construída em 862 d.C. Foi
projetada para medir o nível do Nilo, que era importante
para fins agrícolas e administrativos.
O assentamento que foi formalmente chamado de
Cairo (em árabe: al-Qahira) foi fundado a nordeste de
Fustat em 959 d.C. pelo vitorioso exército fatímida. Os
fatímidas construíram-na como uma cidade palaciana
separada que continha seus palácios e instituições de
governo. Era cercada por um circuito de muralhas, que
foram reconstruídas em pedra no final do século XI d.C.
pelo vizir Badr al-Gamali, partes das quais sobrevivem
hoje em Bab Zuwayla no sul e Bab al-Futuh e Bab al-Nasr
no norte. Entre os monumentos existentes da era fatímida
estão a grande Mesquita de al-Hakim, a Mesquita de
Aqmar, a Mesquita de Juyushi, a Mesquita de Lulua e a
Mesquita de Al-Salih Tala'i.
Uma das instituições mais importantes e
duradouras fundadas no período fatímida foi a Mesquita
de al-Azhar, fundada em 970 d.C., que compete com a
Qarawiyyin em Fez pelo título de universidade mais antiga
do mundo. Hoje, a Universidade al-Azhar é o principal
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 153 ]
centro de aprendizagem islâmica do mundo e uma das
maiores universidades do Egito, com campus em todo o
país. A mesquita em si retém elementos fatímidas
significativos, mas foi adicionada e expandida nos séculos
subsequentes, principalmente pelos sultões mamelucos
Qaytbay e al-Ghuri e por Abd al-Rahman Katkhuda no
século XVIII.
A herança arquitetônica mais proeminente do
Cairo medieval, no entanto, data do período mameluco,
de 1250 a 1517 d.C. Os sultões e elites mamelucos eram
patronos ávidos da vida religiosa e acadêmica,
comumente construindo complexos religiosos ou
funerários cujas funções podiam incluir uma mesquita,
madrasa, khanqah (para sufis), um sabil (dispensário de
água) e um mausoléu para eles e suas famílias. Entre os
exemplos mais conhecidos de monumentos mamelucos
no Cairo estão a enorme Mesquita-Madrasa do Sultão
Hasan, a Mesquita de Amir al-Maridani, a Mesquita do
Sultão al-Mu'ayyad (cujos minaretes gêmeos foram
construídos acima do portão de Bab Zuwayla), o
complexo do Sultão Al-Ghuri, o complexo funerário do
Sultão Qaytbay no Cemitério do Norte e o trio de
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 154 ]
monumentos na área de Bayn al-Qasrayn,
compreendendo o complexo do Sultão al-Mansur
Qalawun, a Madrasa de al-Nasir Muhammad e a Madrasa
do Sultão Barquq. Algumas mesquitas incluem spolia
(frequentemente colunas ou capitéis) de edifícios
anteriores construídos pelos romanos, bizantinos ou
coptas.
Os mamelucos, e os otomanos posteriores,
também construíram wikalas ou caravanserais para
abrigar comerciantes e mercadorias devido ao importante
papel do comércio na economia do Cairo. Ainda intacta
hoje está a Wikala al-Ghuri, que hoje hospeda
apresentações regulares da Al-Tannoura Egyptian
Heritage Dance Troupe. O Khan al-Khalili é um centro
comercial que também integra caravanserais (também
conhecidos como khans).
Cidadela do Cairo
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 155 ]
A Cidadela do Cairo, com a Mesquita de
Muhammad Ali
A Cidadela é um recinto fortificado iniciado por
Salah al-Din em 1176 d.C. em um afloramento das colinas
de Muqattam como parte de um grande sistema defensivo
para proteger o Cairo ao norte e Fustat ao sudoeste. Foi
o centro do governo egípcio e residência de seus
governantes até 1874, quando o quediva Isma'il se mudou
para o Palácio 'Abdin. Ainda é ocupada pelos militares
hoje, mas agora está aberta como uma atração turística
que compreende, notavelmente, o Museu Militar Nacional,
a Mesquita de al-Nasir Muhammad do século XIV e a
Mesquita de Muhammad Ali do século XIX, que comanda
uma posição dominante no horizonte do Cairo.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 156 ]
Khan el-Khalili
Um portal medieval em Khan al-Khalili
Khan el-Khalili é um antigo bazar, ou mercado
adjacente à Mesquita Al-Hussein. Ele remonta a 1385,
quando Amir Jarkas el-Khalili construiu um grande
caravanserai, ou khan. (Um caravanserai é um hotel para
comerciantes e geralmente o ponto focal para qualquer
área circundante.) Este edifício original de caravanserai
foi demolido pelo sultão al-Ghuri, que o reconstruiu como
um novo complexo comercial no início do século XVI,
formando a base para a rede de souqs existentes hoje.
Muitos elementos medievais permanecem hoje, incluindo
os portões ornamentados em estilo mameluco. Hoje, o
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 157 ]
Khan el-Khalili é uma grande atração turística e parada
popular para grupos de turistas.
Sociedade
Atualmente, o Cairo é uma cidade fortemente
urbanizada. Devido ao fluxo de pessoas para a cidade,
casas isoladas são raras, e prédios de apartamentos
acomodam o espaço limitado e a abundância de pessoas.
Casas isoladas são geralmente de propriedade dos ricos.
A educação formal também é vista como importante, com
doze anos de educação formal padrão. Os habitantes de
Cairo podem fazer um teste padronizado semelhante ao
SAT para serem aceitos em uma instituição de ensino
superior, mas a maioria das crianças não termina a escola
e opta por escolher um ofício para entrar na força de
trabalho. O Egito ainda luta contra a pobreza, com quase
metade da população vivendo com US$ 2 ou menos por
dia.
Direitos das mulheres
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 158 ]
O movimento pelos direitos civis das mulheres no
Cairo – e, por extensão, no Egito – tem sido uma luta há
anos. Há relatos de que as mulheres enfrentam
discriminação constante, assédio sexual e abuso em todo
o Cairo. Um estudo da ONU de 2013 descobriu que mais
de 99% das mulheres egípcias relataram ter sofrido
assédio sexual em algum momento de suas vidas. O
problema persiste apesar das novas leis nacionais desde
2014 que definem e criminalizam o assédio sexual. A
situação é tão grave que em 2017, o Cairo foi nomeado
por uma pesquisa como a megacidade mais perigosa
para as mulheres no mundo. Em 2020, a conta de mídia
social "Assault Police" começou a nomear e envergonhar
os perpetradores de violência contra as mulheres, em um
esforço para dissuadir potenciais infratores. A conta foi
fundada pela estudante Nadeen Ashraf, que é creditada
por instigar uma iteração do movimento #MeToo no Egito.
Poluição
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 159 ]
Fumaça no Cairo
Tráfego no Cairo
A poluição do ar no Cairo é uma questão de séria
preocupação. Os níveis de hidrocarbonetos aromáticos
voláteis da Grande Cairo são mais altos do que em
muitas outras cidades semelhantes. As medições da
qualidade do ar no Cairo também têm registrado níveis
perigosos de concentrações de chumbo, dióxido de
carbono, dióxido de enxofre e partículas em suspensão
devido a décadas de emissões de veículos não
regulamentadas, operações industriais urbanas e queima
de palha e lixo. Existem mais de 4.500.000 carros nas
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 160 ]
ruas do Cairo, 60% dos quais têm mais de 10 anos e,
portanto, não possuem recursos modernos de redução de
emissões. O Cairo tem um fator de dispersão muito baixo
devido à falta de chuva e ao seu layout de edifícios altos e
ruas estreitas, que criam um efeito de tigela.
Nos últimos anos, uma nuvem negra (como os
egípcios a chamam) de poluição atmosférica apareceu
sobre o Cairo a cada outono devido à inversão de
temperatura. A poluição atmosférica causa doenças
respiratórias graves e irritações oculares nos cidadãos da
cidade. Os turistas que não estão familiarizados com
níveis tão altos de poluição devem tomar cuidado extra.
O Cairo também tem muitas fundições de chumbo
e cobre não registradas que poluem fortemente a cidade.
Os resultados disso têm sido uma névoa permanente
sobre a cidade com partículas no ar atingindo mais de
três vezes os níveis normais. Estima-se que 10.000 a
25.000 pessoas por ano no Cairo morrem devido a
doenças relacionadas à poluição do ar. Foi demonstrado
que o chumbo causa danos ao sistema nervoso central e
neurotoxicidade, especialmente em crianças. Em 1995, as
primeiras leis ambientais foram introduzidas e a situação
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 161 ]
viu alguma melhora com 36 estações de monitoramento
do ar e testes de emissões em carros. Vinte mil ônibus
também foram comissionados para a cidade para
melhorar os níveis de congestionamento, que são muito
altos.
A cidade também sofre com um alto nível de
poluição do solo. Cairo produz 10.000 toneladas de
resíduos por dia, 4.000 toneladas das quais não são
coletadas ou gerenciadas. Este é um grande risco à
saúde, e o governo egípcio está procurando maneiras de
combater isso. A Agência de Limpeza e Embelezamento
do Cairo foi fundada para coletar e reciclar os resíduos;
eles trabalham com a comunidade Zabbaleen que coleta
e recicla os resíduos do Cairo desde a virada do século
XX e vive em uma área conhecida localmente como
Manshiyat naser. Ambos estão trabalhando juntos para
coletar o máximo de resíduos possível dentro dos limites
da cidade, embora continue sendo um problema urgente.
A poluição da água também é um problema sério
na cidade, pois o sistema de esgoto tende a falhar e
transbordar. Às vezes, o esgoto escapa para as ruas e
cria um risco à saúde. Espera-se que esse problema seja
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 162 ]
resolvido por um novo sistema de esgoto financiado pela
União Europeia, que poderia lidar com a demanda da
cidade. Os níveis perigosamente altos de mercúrio no
sistema de água da cidade deixaram as autoridades de
saúde globais preocupadas com os riscos à saúde
relacionados.
Relações internacionais
A sede da Liga Árabe está localizada na Praça
Tahrir, no centro do Cairo.
Cidades gêmeas – cidades irmãs
Cairo é geminada com:
Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos
Amã, Jordânia
Bagdá, Iraque
Pequim, China
Damasco, Síria
Jerusalém Oriental, Palestina
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 163 ]
Istambul, Turquia
Kairouan, Tunísia
Cartum, Sudão
Muscat, Omã
Província de Palermo, Itália
Rabat, Marrocos
Sanaa, Iêmen
Seul, Coreia do Sul
Stuttgart, Alemanha
Tashkent, Uzbequistão
Tbilisi, Geórgia
Tóquio, Japão
Trípoli, Líbia
Pessoas notáveis
Família Zulfikar , família nobre egípcia.
Rabab Al-Kadhimi (1918–1998), dentista e poeta.
Wael Alaa (nascido em 1987), músico conhecido
como Neobyrd.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 164 ]
Amr Aly (nascido em 1962), jogador de futebol
americano e atleta olímpico.
Gamal Aziz, também conhecido como Gamal
Mohammed Abdelaziz, ex-presidente e diretor de
operações da Wynn Resorts e ex-CEO da MGM Resorts
International, indiciado como parte do escândalo de
suborno em admissões em faculdades de 2019.
Yasser Arafat (1929–2004), nascido Mohammed
Abdel Rahman Abdel Raouf al-Qudwa al-Husseini, foi o
terceiro presidente da OLP e o primeiro presidente da
Autoridade Palestina.
Abu Sa'id al-Afif, samaritano do século XV.
Ezz El-Dine Zulficar, (1919–1963) foi um diretor
de cinema, roteirista, ator e produtor egípcio, conhecido
por seu estilo distinto, que mistura romance e ação.
Zulficar foi um dos cineastas mais influentes da era de
ouro do cinema egípcio.
Boutros Ghali (1922–2016), ex-secretário-geral
das Nações Unidas.
Dalida (1933–1987), cantora ítalo-egípcia que
viveu a maior parte de sua vida na França, recebeu 55
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 165 ]
discos de ouro e foi a primeira cantora a receber um disco
de diamante.
Farouk El-Baz (nascido em 1938), um cientista
espacial egípcio-americano que trabalhou com a NASA
para auxiliar no planejamento da exploração científica da
Lua, incluindo a seleção de locais de pouso para as
missões Apollo e o treinamento de astronautas em
observações e fotografia lunares.
Ahmed Mourad Bey Zulfikar (1888–1945), chefe
de polícia egípcio.
Freddy Elbaiady (nascido em 1971), político
egípcio.
Mohamed ElBaradei (nascido em 1942), ex-
diretor-geral da Agência Internacional de Energia
Atômica, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2005
CS Forester (1899–1966), romancista inglês
conhecido por escrever contos de guerra naval, nascido
no Cairo.
Nourane Foster (nascido em 1987), empresário,
político e membro da Assembleia Nacional camaronês.
William Donald Hamilton (1936–2000), biólogo
evolucionista britânico, nasceu no Cairo.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 166 ]
Mauro Hamza (nascido em 1965 ou 1966),
treinador de esgrima.
Taco Hemingway (nascido em 1990), artista de
hip-hop polonês.
Dorothy Hodgkin (1910–1994), química britânica,
creditada pelo desenvolvimento da cristalografia de
proteínas, Prêmio Nobel de Química em 1964.
Naguib Mahfouz (1911–2006), romancista,
laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1988.
Roland Moreno (1945–2012), inventor,
engenheiro, humorista e autor francês que inventou o
cartão inteligente.
Gamal Abdel Nasser (1918–1970) foi um político
egípcio que serviu como segundo presidente do Egito de
1954 até sua morte em 1970.
Ahmed Sabri (1889–1955), pintor.
Dina Zulfikar (nascida em 1962), distribuidora de
filmes e ativista do bem-estar animal.
Mohamed Sobhi (nascido em 1948), ator de
cinema, televisão e teatro e diretor.
Beata Maria Caterina Troiani (1813–1887),
ativista caritativa.
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 167 ]
Magdi Yacoub (nascido em 1935), cirurgião
cardiotorácico egípcio-britânico.
Hesham Youssef, diplomata egípcio.
Ahmed Zulfikar (1952–2010), engenheiro
mecânico e empresário.
Naguib Sawiris (nascido em 1954), empresário,
62ª pessoa mais rica da Terra na lista de bilionários de
2007, alcançando US$ 10,0 bilhões com sua empresa
Orascom Telecom Holding
Yakub Kadri Karaosmanoğlu (1889–1974),
romancista turco.
Mona Zulficar (nascida em 1950), advogada e
ativista dos direitos humanos. Foi incluída na lista da
Forbes 2021 das "100 empresárias mais poderosas da
região árabe".
Ismail Pacha (1830–1895), foi um político egípcio
que serviu como quediva do Egito de 1863 a 1879.
Avi Cohen (1956–2010), jogador de futebol
internacional israelense.
Maghlatay ibn Qalij (1291-1361), estudioso
islâmico e autor da era mameluca. [1]
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 168 ]
REFERÊNCIAS
1 - en.wikipedia.org/wiki/Cairo
2 - royal-perfumes.com/about-us/
3 - africame.factsanddetails.com/article/entry-
452.html
4 - https://cairoscene.com/buzz/egypt-build-
biggest-date-plantation
5 - https://www.middleeastmonitor.com/20230530-
who-can-afford-meat-in-egypt-today/
6 -
https://www.privacyshield.gov/ps/article?id=Egypt-
Banking-Systems
7 -
https://www.arabnews.com/node/1225251/middle-east
8 - https://www.middleeasteye.net/discover/egypt-
oldest-bookshops-cairo-treasure-trove
9 - https://www.barnabasaid.org/br/latest-
needs/voce-pode-ajudar-as-viuvas-e-os-orfaos-da-
comunidade-crista-marginalizad/
10 - https://www.roughguides.com/egypt/customs-
etiquette/
11 - https://www.cairo-airport.com/en-us/
12 - https://www.tripadvisor.com.br/ShowTopic-
g294200-i9124-k12221202-
Exotic_Tours_and_travel-Egypt.html
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 169 ]
13 -
https://egymonuments.gov.eg/en/monuments/churc
h-of-saint-sergius-and-bacchus/
14 - https://www.travel-notes.org/papyrus.html
COLEÇÃO DE LIVROS TERRAS BÍBLICAS
AUTOR: O PEREGRINO CRISTÃO
Cidade do Cairo no Egito
Caná da Galileia
Via Dolorosa
Grande Esfinge do Egito
As pirâmides do Egito
O Mar Vermelho
O Mar da Galileia
Monte das Oliveiras
Belém, onde nasceu Jesus
Basílica da Natividade em Belém
Jerônimo de Belém da Judéia
Sinai, o monte de Deus
O exótico Mar Morto
Jericó, a cidade mais antiga do mundo
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 170 ]
Monte Carmelo e o profeta Elias
Mênfis, no Egito
Barreira israelense na Cisjordânia
Rio Nilo no Egito
Museu Egípcio do Cairo
Aeroporto de Tel-Aviv, maravilha da humanidade
Os beduínos na Bíblia e hoje
Dubai, maravilha da humanidade
História da cidade de Jerusalém
Jerusalém na Bíblia
O Jardim do Éden na Bíblia
O Estado Judeu de Israel
Introdução à Arqueologia
Egiptologia Bíblica
Aeroporto Guarulhos, maravilha da humanidade
Airbus A380, maravilha da humanidade
David Ben-Gurion – Herói de Israel
CIDADE DO CAIRO NO EGITO
[ 171 ]
COLEÇÃO DE LIVROS CONTRA O ANTISSEMITISMO
Lutero era antissemita
O Talmud Desmascarado [analisado]
A vitória do judaísmo sobre o germanismo com
comentários.
Cronologia de perseguições aos judeus – Volume
1 [do início ao século XIX]
Cronologia de perseguições aos judeus – Volume
2 [séc XX e XXI]
Guerras e crimes contra Israel
Minha Luta de Adolf Hitler com comentários
Antissemitismo na Alemanha pré-nazista
Estatuto do Hamas com comentários
O Estado Judeu de Israel
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CIDADE DO CAIRO NO EGITO - TERRAS BÍBLICAS

  • 2. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 2 ] FINALIDADE DESTA OBRA Este livro como os demais por mim publicados tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores, a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a caminhada para o conhecimento é gradual e não alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste livro você encontrará algumas respostas para alguns dos dilemas de nossa existência. AUTOR: Escriba de Cristo é licenciado em Ciências Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de Santos; possui curso superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembléias de Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o Centro de Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros e ao
  • 3. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 3 ] ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou participar de eventos, evitando convívio social. CONTATO: Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo Grupo de estudo no whatsapp 55 13 996220766 com o Escriba de Cristo E-MAIL: [email protected] Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP) M543 O PEREGRINO CRISTÃO, Central de Ensinos Bíblicos 1969 – Cidade do Cairo no Egito Cairo / Egito, Uiclap, Clubebedeautores, Draft2 2025, 170 p. ; 21 cm ISBN: Edição 1° 1. Cidade do Cairo 2. Egito 3. Geografia Bíblica 4. História CDD 720 CDU 72
  • 4. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 4 ] Sumário INTRODUÇÃO.................................................................... 10 PARTE 1................................................................................ 11 MINHAS PERCEPÇÕES SOBRE O CAIRO..................... 11 ROYAL PERFUME DO CAIRO ......................................... 11 MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO ........................................... 14 AL-JAZEERA........................................................................ 16 Edifícios sem reboco............................................................. 19 PLANTAÇÃO DE TAMAREIRA NO CAIRO....................22 IGREJA DE S. SERGIO E S. BACO....................................29 Igreja de São José ..................................................................33 MC DONALD’S....................................................................35 Fabricantes de automóveis do Cairo.....................................38 DESERTO DO SAARA ........................................................38 HORÁRIO COMERCIAL....................................................39 AS PIRÂMIDES DO EGITO ............................................... 41 BANCOS DO CAIRO...........................................................43
  • 5. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 5 ] TRÂNSITO CAÓTICO........................................................45 LOJAS DE LINGERIE NO CAIRO....................................52 GRANDE ESFINGE DO EGITO .......................................53 MERCADO DE LIVRARIA NO CAIRO ............................55 VIÚVAS PEDINTES NO CAIRO .......................................60 ETIQUETAS PARA TURISTAS NO CAIRO..................... 61 MESQUITAS ........................................................................ 71 NOVO MUSEU DO CAIRO................................................72 AEROPORTO DO CAIRO..................................................73 INSTITUTO DO PAPIRO...................................................75 MÊNFIS, NO EGITO..........................................................79 AGÊNCIA EXOTIC TOUR AND TRAVEL....................... 81 SWISS INN PLAZA HOTEL...............................................82 RIO NILO.............................................................................84 PARTE 2 ...............................................................................87 HISTÓRIA E GEOGRAFIA ................................................87 ORIGEM...............................................................................88
  • 6. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 6 ] História.................................................................................. 91 Assentamentos antigos.......................................................... 91 Fundação e expansão do Cairo.............................................97 Apogeu e declínio sob os mamelucos..................................101 Domínio otomano ............................................................... 107 Era moderna.........................................................................110 Ocupação britânica até 1956.................................................114 Depois de 1956......................................................................115 Revolução egípcia de 2011....................................................118 Cairo pós-revolucionário......................................................119 Geografia ..............................................................................119 Clima ................................................................................... 123 Área metropolitana e distritos............................................. 125 Cidades satélites.................................................................. 128 Nova capital planejada........................................................ 129 Demografia.......................................................................... 129 Religião................................................................................ 130
  • 7. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 7 ] Economia .............................................................................131 Infraestrutura....................................................................... 132 Saúde ................................................................................... 132 Educação............................................................................. 133 Transporte ........................................................................... 135 Estradas............................................................................... 137 Cultura................................................................................. 138 Festival Internacional de Cinema do Cairo ........................ 140 Cairo Geniza.........................................................................141 Esportes................................................................................141 Paisagem urbana e pontos de referência ............................ 145 Praça Tahrir......................................................................... 145 Museu Egípcio .............................Error! Bookmark not defined. Grande Museu Egípcio ....................................................... 146 Torre do Cairo ..................................................................... 147 Cairo Antigo ........................................................................ 148 Cairo Islâmico ..................................................................... 150
  • 8. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 8 ] Cidadela do Cairo................................................................ 154 Khan el-Khalili..................................................................... 156 Sociedade............................................................................. 157 Direitos das mulheres.......................................................... 157 Poluição............................................................................... 158 Tráfego no Cairo ................................................................. 159 Relações internacionais....................................................... 162 Pessoas notáveis.................................................................. 163
  • 9. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 9 ] CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na internet. Se você a leu, gostou e lhe edificou, peço que faça uma doação ao meu ministério fazendo um pix, nem que seja de um dólar [ou cinco reais BR], assim continuaremos produzindo livros que edifiquem: PIX Valdemir Mota de Menezes, Banco do Brasil CPF 069 925 388 88 Este material literário do autor não tem fins lucrativos, nem lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste em contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o único Deus Todo-Poderoso.
  • 10. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 10 ] INTRODUÇÃO Este livro divide-se em duas partes: A primeira trata-se da minha percepção sobre a vida no Cairo e a segunda é uma descrição técnica do ponto de vista da história e da geografia. Em 2023 tive o prazer de visitar a lendária cidade do Cairo, atual capital do Egito. Passei com meu irmão em Cristo, pastor Márcio pelo centro do Cairo, que desde 1979 é patrimônio Mundial. Fiquei chocado com a cidade que existe dentro de um cemitério, onde pobres vivem sem nenhuma infraestrutura dentro de um gigantesco cemitério, vivos coabitando com os mortos e disputando o mesmo espaço. Uma coisa surreal. O Cairo é um contraste de riquezas e pobreza, de modernidade e de antiguidades que remontam ao princípio da humanidade. Cairo é cortada pelo famoso rio Nilo de onde Moisés foi resgatado. Passagens épicas da bíblica envolvem o Egito e não dá para desassociar o nome Egito de sua atual capital, o Cairo.
  • 11. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 11 ] PARTE 1 MINHAS PERCEPÇÕES SOBRE O CAIRO ROYAL PERFUME DO CAIRO
  • 12. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 12 ] Nosso ônibus parou em uma praça junto com outros ônibus de turistas estrangeiros e dali fomos ao Royal Perfumes. A loja recebe grupos e grupos de turistas todos os dias, tudo já previamente combinado com as agencias de turismo para sincronizar os horários de visitas para ninguém perder tempo, pois tempo é dinheiro. A loja é muito bonita e luxuosa e os perfumes ali vendidos são os melhores do mundo. Só o nosso grupo deixou milhares de reais. Muitos gastaram ali facilmente mil reais em perfumes.
  • 13. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 13 ] A Royal Perfumes orgulhosamente anuncia o lançamento da ASGHARALI Perfumes, uma renomada marca de perfumes do Bahrein. Somos o PRIMEIRO distribuidor autorizado e autêntico de perfumes Asgharali nos EUA. A Royal Perfumes apresenta aos amantes de fragrâncias a MELHOR coleção de luxo de perfumes e óleos orientais. Uma tradição que estava escondida e nunca vista antes na indústria de perfumaria. Asgharali é uma marca internacional de luxo conhecida e reconhecida no campo de perfumes orientais e franceses no mundo oriental desde 1924. Os
  • 14. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 14 ] showrooms de luxo da Asgharali estão localizados nos shoppings de elite do Bahrein, Arábia Saudita, Paquistão, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Catar, Brasil, Rússia, África do Sul e ainda estão crescendo. [2] MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO O Museu de Antiguidades Egípcias, conhecido comumente como Museu Egípcio, abriga a mais extensa coleção de antiguidades egípcias antigas do mundo. Ele tem 136.000 itens em exposição, com muitas centenas de milhares em seus depósitos no porão. Entre as coleções em exposição estão os achados da tumba de Tutancâmon. Sobre este assunto escrevi um livro a parte a qual transcrevo a SINOPSE: Resguardada as devidas proporções, a minha felicidade em entrar no Museu do Cairo só percebeu em ansiedade a de Jean-François Champollion, o decifrador dos hieróglifos. Desde os meus 15 anos que estudo a Bíblia e consequentemente acabamos por estudar
  • 15. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 15 ] também a civilização egípcia, uma vez que o surgimento da nação de Israel tem relação com a imigração dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José ao Egito. Depois temos a história do Êxodo com Moisés e quando pensamos que o Egito não tem mais relação com a Bíblia, ai surge o Novo Testamento e Jesus e sua família foge de Belém para o Egito até Herodes morrer, uma vez que perseguiu e queria matar o ainda menino Jesus. No museu Egípcio do Cairo eu pude saborear as obras de arte, artefatos, sarcófagos, múmias e todo esplendor dos faraós como Tutancâmon. Ao chegar na porta do Museu eu fiquei arrepiado, cheguei mesmo a gravar um vídeo na hora e até printei este momento único.
  • 16. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 16 ] Foi um arrepio de emoção, estou com 54 anos e foram quase 40 anos lendo e estudando sobre a antiga civilização do Egito e ao chegar aqui no museu do Cairo, eu concretizei um sonho da adolescência e que esperei uma vida inteira por este momento. Neste livro vou pincelar informações e mostrar fotos que tirei no museu sempre posando do lado destas peças que por tantos anos só conhecia por fotos e vídeos. Recomendo que antes de visitar o Museu leia este livro par você já ir com noções do que verá lá. AL-JAZEERA De dentro do nosso ônibus de turismo, confortavelmente no ar condicionado, tirei esta foto pela janela do prédio que fica a sede da TV Al-Jazeera. A voz do pensamento muçulmano no mundo árabe. sua ideologia e linha editorial é pró-islâmica. Quando o mundo ocidental esta em guerra com grupos terroristas islâmicos, a TV que consegue entrevistar os líderes dos terroristas é a AL-Jazeera. Costumo chama-la de REDE GLOBO DO ORIENTE MÉDIO
  • 17. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 17 ] AL-JAZEERA E NOTÍCIAS ÁRABES A Al-Jazeera é uma estação de televisão árabe via satélite, 24 horas, semelhante à CNN. Com sede em Doha, Qatar, e financiada pela família real do Qatar, é a primeira emissora no mundo árabe-muçulmano a fornecer notícias independentes e sem censura. Al-Jazeera significa "a Península", uma referência à Península Arábica. O Qatar é uma ilha. A Al-Jazeera é o serviço de notícias mais popular no mundo de língua árabe — com uma audiência global de mais de 40 milhões de espectadores. Ela cobre eventos e tópicos globais e influenciou eventos mundiais,
  • 18. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 18 ] mais significativamente ao apresentar uma interpretação árabe-muçulmana e uma interpretação de eventos no Oriente Médio tradicionalmente vistos por uma lente ocidental. Em 2005, a Al-Jazeera foi eleita a 5ª marca mais influente do mundo, atrás da Apple, Google, Nokia e Starbucks, em uma pesquisa com 200 executivos pela revista online Bandchannel. A Al-Jazeera é assistida com interesse particular no mundo árabe-muçulmano, onde seus espectadores incluem emires em lugares dourados, pastores de cabras beduínos no meio do deserto e homens desempregados ou subempregados sentados em casas de chá e cafés. Pessoas que vivem em lugares onde a televisão via satélite é suprimida podem pegar fitas da Al-Jazeera em mercados. Os vídeos transmitidos pela primeira vez na Al- Jazeera também são amplamente exibidos em outras redes ao redor do mundo. A Al-Jazeera fez seu nome internacionalmente retransmitindo mensagens de Osama bin Laden e da Al- Qaeda após 11 de setembro, e cobrindo a Guerra do Afeganistão de 2001-2002 do lado do Talibã e a guerra de
  • 19. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 19 ] 2003 no Iraque do lado dos iraquianos, alguns deles lutando contra os americanos e seus aliados. Em uma pesquisa em 2004, a Al-Jazeera foi o serviço de notícias via satélite escolhido por 62% dos telespectadores na Jordânia, 66% no Egito e 44% na Arábia Saudita. [3] Edifícios sem reboco Estas fotos que tirei mostram que predomina a cor bege, uma tonalidade de cor semelhante a areia, porque é muito
  • 20. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 20 ] comum tempestades de areia no Cairo, e a cor dos prédio não alteram com a invasão da areia na cidade. Os edifícios no Cairo muitas vezes parecem não ter reboco, principalmente por causa da poeira predominante do deserto, que rapidamente cobriria qualquer acabamento de reboco, tornando-o impraticável de manter; os materiais de construção e práticas de construção locais também tendem a priorizar uma aparência mais exposta e rústica, muitas vezes deixando as paredes externas dos edifícios inacabadas ou com uma camada mínima de reboco que absorve prontamente a poeira do deserto, dando ao Cairo sua aparência característica de "cidade amarela". Pontos-chave sobre esse fenômeno: Poeira do deserto: A proximidade do Cairo com o deserto do Saara significa um fluxo constante de poeira, que rapidamente cobriria e deterioraria o reboco dos edifícios. Materiais de construção locais:
  • 21. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 21 ] Os materiais de construção prontamente disponíveis na região, como calcário e tijolos de barro, são frequentemente usados com um acabamento mínimo de reboco, contribuindo para a aparência sem reboco. Desafios de manutenção: Rebocar regularmente edifícios em um ambiente empoeirado exigiria manutenção significativa, o que geralmente não é viável para muitos moradores. Meu parceiro na viagem, o pastor Márcio segura a cortina da janela para eu tirar esta foto dos prédios sem reboco que vimos por todo o Egito, principalmente na periferia do Cairo. O nosso guia egípcio, Bassan nos
  • 22. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 22 ] informou que isso acontece para que não se pague um imposto predial completo, pois o governo considera o prédio pronto só após ser revestido de massa. Então para burlar o fisco, as construtoras entregam os apartamentos sem reboca-los por fora. Esta foi a explicação do nosso guia que é historiador e morador do Cairo. PLANTAÇÃO DE TAMAREIRA NO CAIRO O site CENAS DO CAIRO publicou em 24 de dezembro de 2018 a notícia que o Egito construirá sua maior plantação de tâmaras com 2,5 milhões de palmeiras. Quando estive no Cairo em 2023 já percebi que o Cairo possuía muitas tâmaras por ser uma palmeira muito resistente ao clima do deserto. Passeando de ônibus pela grande Cairo constatei que as tamareiras devem ajudar bastante a economia nacional. O Egito já é um dos maiores produtores de tâmaras do mundo.
  • 23. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 23 ] O Egito está atualmente trabalhando para construir a maior plantação de tâmaras do país, que deverá abrigar cerca de 2,5 milhões de palmeiras, de acordo com o Egypt Today. Exportando tâmaras para 42 países, o Egito é o maior produtor de tâmaras do mundo, com produção representando cerca de 18% da produção global de tâmaras e 23% da produção árabe. O ex-ministro da Indústria e Comércio Exterior Tarek Kabil revelou que o Egito exportou 70% mais tâmaras no início de 2018, o que equivale a 30.000 toneladas no valor de EGP 29,4 milhões. O anúncio foi feito pelo presidente Abdel Fattah Al-Sisi no sábado, na inauguração do Projeto Nacional de Estufas no 10º Ramadã, que verá mais de 100.000 estufas construídas para promover a produção de safras fora de temporada, bem como fornecer oportunidades de emprego e melhorar a qualidade dos produtos exportados. [4]
  • 24. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 24 ] O site Monitor do Oriente Médio publicou em 30 de maio de 2023, justamente na época que eu estava no Egito sobre o consumo de proteína animal no Egito e o povo reclamando como o preço da carne e frango subiu. Texto de Mahmoud Hassan: Quem pode comprar carne no Egito hoje em dia? “Podemos voltar aos velhos tempos, comendo carne uma vez por ano…” lamentou um cidadão egípcio, criticando o aumento recorde nos preços da carne e a incapacidade das pessoas de baixa renda de comprar até mesmo alguns gramas. Nos últimos meses, os preços da carne no Egito tiveram aumentos astronômicos, tirando a proteína animal
  • 25. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 25 ] das mesas de jantar egípcias, especialmente com a piora da situação econômica do país, o declínio acentuado do valor da moeda local em relação ao dólar e o colapso do poder de compra dos cidadãos. O preço de um quilo de carne bovina nos mercados egípcios atingiu 350 libras egípcias (EGP) (cerca de US$ 12), enquanto o custo da carne de camelo subiu para 300 EGP (aproximadamente US$ 9,7) nos mercados varejistas. Os preços variam de uma área para outra, em meio à falta de controle do governo, com preços em alguns bairros do Cairo excedendo 400 EGP (cerca de US$ 13). O valor de alguns cortes premium de carne pode até chegar a 450 EGP (cerca de US$ 14,5). Há cada vez mais receios de que o preço da carne possa chegar a 500 EGP (mais de US$ 16) por quilo antes do Eid Al-Adha, em meio a uma onda de inflação sem precedentes que atingiu todos os bens, commodities e serviços do país. Desde janeiro passado, os preços da carne atingiram aumentos recordes de 80% a 100% após ultrapassar a marca de 200 libras, aproximando-se de 400
  • 26. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 26 ] EGP por quilo. Isso levou muitos egípcios a abandonar a carne do cardápio e buscar outras alternativas, como aves e peixes. Enquanto passeávamos de ônibus pela periferia do Cairo, fotografei este comércio que vende o famoso espetinho de carne, tão consumido como petisco aqui no Brasil. Em primeiro plano na foto, meu amigo o pastor evangélico Márcio. Famílias pobres em vilas e cidades por todo o Egito fervem ossos para criar um caldo rico, que fornece um aroma que lembra um pouco o da carne, o que pode
  • 27. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 27 ] ajudar a afastar a fome daqueles que são esmagados pela pobreza e pelo aumento dos custos. Abu Tariq, um açougueiro, conta ao MEMO que os preços dos ossos aumentaram devido à crescente demanda. Ele acrescenta que os açougueiros cortam a coluna vertebral e a vendem por sete a dez EGP por quilo (cerca de US$ 0,3), enquanto o preço do “pipe” (os ossos do gado abatido e esfolado) atingiu 30 EGP (cerca de um dólar), algo que era dado de graça no passado. Alguns meses atrás, uma grande polêmica surgiu no Egito depois que circularam imagens de uma instituição de caridade distribuindo ossos de gado para famílias de baixa renda na província de Alexandria (no norte do país), se gabando dos benefícios dos ossos, provocando críticas generalizadas nas plataformas de mídia social. Muitos egípcios estão agora substituindo a carne vermelha pelo que é coloquialmente conhecido como "frutas de carne" ou "acessórios de gado", incluindo tripas ao custo de 100 EGP (US$ 3,2), pulmões a 150 EGP (US$ 4,8), tripa de salsicha a 100 EGP (US$ 3,2), carne de cabeça a 250 EGP (cerca de US$ 8), baço a 200 EGP
  • 28. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 28 ] (cerca de US$ 6,5), língua a 250 EGP (cerca de US$ 8), pés de vitela a 200 EGP (cerca de US$ 6,5) e fígado e coração a 320 EGP (cerca de US$ 10,3) por quilo, de acordo com vendedores de mercado em Gizé, perto da capital. Em dezembro passado, a mídia egípcia estava ocupada promovendo os benefícios dos pés de frango, cujo preço aumentou no mercado local devido ao aumento da demanda, chegando a 30 EGP ($ 1) por quilo. Além disso, as carcaças de frango custam 40 EGP ($ 1,3), as asas 55 EGP ($ 1,8), os pescoços 75 EGP ($ 2,4) e a carne de frango 76 EGP ($ 2,4) por quilo. Declínio do consumo A inflação forçou 93,1% das famílias egípcias a reduzir o consumo de proteínas (carne e aves) e 92,5% das famílias a reduzir o consumo de peixe em novembro passado, de acordo com um estudo da Agência Central de Mobilização Pública e Estatísticas. O consumo médio per capita de carne no Egito caiu anualmente de 10,7 quilos em 2017 para 7,3 quilos
  • 29. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 29 ] em 2020. No entanto, essa taxa pode estar a caminho de cair para números sem precedentes. O conhecido escritor egípcio Anwar Al-Hawari expressou sua frustração com a loucura dos preços da carne, postando no Facebook: “Três meses atrás, a carne custava 325 EGP, hoje custa 397 EGP, e o cordeiro custa 410 EGP em uma loja frequentada pela classe média, da qual agora estamos completamente sem.” No entanto, um açougueiro na província de Sohag tentou aliviar o sofrimento dos egípcios, lançando uma iniciativa para vender carne por peça, com o preço de um pedaço de 100 gramas fixado em 28 EGP (cerca de US$ 0,9) e um corte de 80 gramas em 22 EGP (aproximadamente US$ 0,7). [5] IGREJA DE S. SERGIO E S. BACO A Igreja de São Sérgio e Baco, também conhecida como Abu Serga, foi construída sobre um antigo forte romano no Cairo Antigo. A história da igreja ainda está sendo debatida. Alguns estudiosos acreditam
  • 30. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 30 ] que ela data do final do quarto ao início do quinto século d.C., enquanto outros acreditam que ela deve ser datada aproximadamente do século XVII d.C. Esta igreja adquiriu um status religioso especial entre as igrejas coptas porque está associada à jornada da Sagrada Família pelo Egito. Ela recebeu o nome de renomados santos do início do século IV d.C., Sérgio e Baco, ambos martirizados em al-Resafa, na Síria, por suas crenças cristãs. [A placa indica vários monumentos religiosos e entre eles a Igreja de São Sérgio ou Abu Sirga, na segunda foto já estamos diante da entrada da Igreja, em
  • 31. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 31 ] uma viela apertada. Se vê no alto a gravura indicando que ali teria vivido Jesus e sua família quando fugiram para o Egito. Nosso guia Bassan segurando a bandeira do Brasil e dezenas de peregrinos de nossa caravana aqui.] Como várias outras igrejas cristãs primitivas, a Igreja de Abu Serga e sua caverna subterrânea são projetadas no layout da basílica e, portanto, juntas consistem em três partes: o nártex, a nave e o santuário (a caverna fica abaixo do santuário). A igreja é caracterizada por seus elementos arquitetônicos e artísticos únicos que refletem o espírito da arquitetura da igreja copta no Egito. Isso inclui o púlpito, a pia batismal, o templon de marfim e madeira incrustados e a decoração religiosa única dos santos e apóstolos decorando as várias cúpulas, paredes e colunas. [13]
  • 32. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 32 ] Na primeira foto estou entrando na gruta da Igreja de São Sergio e São Baco e na segunda vemos ao fundo nosso guia egípcio Bassan e o interior da igreja.
  • 33. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 33 ] Um tanto emocionado por estar em um lugar que supostamente Jesus viveu quando criança. Ainda que a hipótese é mínima, mesmo assim causa emoção. Na primeira foto estou na nave da igreja e na segunda estou no subsolo, onde fica a gruta que Jesus teria morado com sua família no Egito. Igreja de São José
  • 34. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 34 ] Esta igreja católica romana de estilo florentino é um marco importante ao longo da Sharia Mohammed Farid. Ela data de 1909, quando Cairo era o lar de uma comunidade italiana considerável que usava a igreja como seu principal local de culto. Em 2023 estive no Cairo e também visitei a Igreja de São José, o padre Jeferson de Colombo/Paraná rezou uma missa lá, ele participou da caravana com muitos outros católicos e evangélicos. Não pátio da igreja existe uma lojinha com produtos religiosos e havia um banner
  • 35. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 35 ] indiciando que em breve haveria um festival de filmes católicos. MC DONALD’S Quando estive no Cairo, capital do Egito em 2023 constatamos como algumas marcas são globais. O McDonald é uma delas. Por mais que haja um sentimento antiamericano no mundo, fica difícil viver sem muitos dos produtos da terra do tio Sam. Enquanto passeava pelo centro do Cairo fiz dezenas de vídeos sobre as peculiaridades do Cairo. O grupo Mansour detem os
  • 36. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 36 ] direitos de explorar a marca no Egito. O Mc Doanld’s entrou no Egito em 1994. Mas infelizmente pregar o evangelho para os egípcios ainda é algo melindroso. No Egito, os cristãos enfrentam discriminação em suas comunidades. As mulheres cristãs são assediadas nas ruas, principalmente nas zonas rurais, e as crianças cristãs sofrem bullying na escola. Grupos muçulmanos forçam os cristãos a abandonar suas casas após acusações de blasfêmia.
  • 37. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 37 ] A Mansour Group é a franqueada nacional do McDonald’s no Egito. A McDonald’s Manfoods Egypt é uma empresa 100% egípcia. O menu é o mesmo do McDonald’s em outros países, mas com algumas adaptações ao estilo árabe Há vários restaurantes McDonald’s no Egito, incluindo em Cairo e Gizé O McDonald’s do Egito oferece Mc Falafel, batatas fritas especiais e sobremesas únicas. Ação social da McDonald’s no Egito Em parceria com a Fundação Misr El Kheir, a McDonald’s Egypt forneceu mais de 120.000 suprimentos médicos para hospitais de quarentena no Egito
  • 38. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 38 ] Fabricantes de automóveis do Cairo Empresa de veículos árabes americanos. Companhia Egípcia de Fabricação de Transporte Leve (pedante da NSU egípcia). Grupo Ghabbour (Fuso, Hyundai e Volvo) MCV Corporate Group (uma parte da Daimler AG) Carro Mod Seoudi Group (Motores modernos: Nissan, BMW (anteriormente); El-Mashreq: Alfa Romeo e Fiat) Speranza (antiga Daewoo Motors Egypt; Chery , Daewoo ) General Motors Egito DESERTO DO SAARA Como vemos no mapa abaixo, a cidade do Cairo no Egito está nos limites do maior deserto seco da terra, o deserto do Saara. Tive a oportunidade de contemplar esta
  • 39. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 39 ] paisagem inóspita do Saara. Na foto abaixo vemos pela janela do ônibus as dunas infinitas na periferia do Cairo. HORÁRIO COMERCIAL
  • 40. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 40 ] Tirei esta foto de dentro do ônibus de turismo que a agencia Tali havia fretado para nossos passeios pelo Egito. Uma curiosidade é que muitos comércios ficam abertos a noite e de madrugada e durante o dia ficam fechados. Isso ocorre porque com o calor intenso do deserto, a noite e de madrugada fica mais agradável para sair de casa. Chegamos de Dubai no Egito já de madrugada e enquanto nos deslocamos do aeroporto para o hotel víamos muitos comércios abertos e estranhamos o horário de funcionamento. O que prontamente o nosso guia egípcio Bassan, nos explicou.
  • 41. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 41 ] AS PIRÂMIDES DO EGITO Na grande Cairo se encontra Gizé e lá se encontram as famosas pirâmides. Sobre este assunto escrevi o livro AS PIRÂMIDES DO EGITO. Segue abaixo a sinopse do livro: Sinopse: Hoje, mais de quarenta séculos após as Pirâmides de Gizé terem sido concluídas, o fato de como elas foram construídas continua sendo um mistério. Embora várias hipóteses tenham sido apresentadas, esta pirâmide manteve o segredo com sucesso ao longo dos milênios. Por mais de 4500 anos, a altura da Grande Pirâmide de Khufu (Quéops) foi a referência para realizações de edifícios altos. O presente estudo investiga esses pontos de uma maneira mais viável do que as teorias até então avançadas. Para obter uma percepção mais precisa de como as pirâmides foram construídas, concentramos nossos esforços em explorar certos fatores insuficientemente explicados nas teorias existentes sobre a construção da Grande Pirâmide. Investigando essas
  • 42. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 42 ] hipóteses do ponto de vista da engenharia, notamos que elas têm vários fatos insustentáveis em suas formas atuais. Utilizando os resultados do nosso estudo, avançamos a base para uma nova teoria que pode satisfazer as condições necessárias. Capa do livro. Em síntese são três teorias sobre quem construiu: Humanos, extraterrestres ou nefilins [anjos caídos]. A academia de ciências sempre exclui o extraordinário, Deus e as forças espirituais bem como alienígenas. Quem é prepotente e não aceita discutir as múltiplas possibilidades, não podem ser considerados sábios,
  • 43. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 43 ] apenas inteligentes e intelectuais. Há vários entraves sobre as construções das pirâmides de Gizé, como pedras de granito de 70 toneladas transportadas por 800 km e cortadas com a precisão da face de uma lâmina de barbear. Que tecnologia fez isto? BANCOS DO CAIRO Egito – Sistemas Bancários Inclui características especiais do sistema bancário deste país e regras/leis que podem impactar os negócios nos EUA. De acordo com a Central Band of Egypt (CBE), o sistema bancário egípcio consiste em 40 bancos categorizados como comerciais, não comerciais, públicos e privados. Serviços de ATM são oferecidos em todas as agências bancárias, bem como em muitos pontos de venda. Na prática, a grande maioria desses bancos opera como bancos comerciais, embora existam alguns bancos especializados (por exemplo, agricultura e imobiliário). O National Bank of Egypt, Bank Misr e Banque Du Caire são
  • 44. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 44 ] grandes bancos do setor público que controlam 40% do setor bancário. Todos os bancos no Egito estão sujeitos à supervisão do CBE; no entanto, o Arab International Bank, o Nasr Social Bank e o National Investment Bank estão isentos devido a disposições especiais em lei e tratado. O Citibank, anteriormente o único banco americano de serviço completo operando no mercado egípcio, vendeu suas operações de varejo e consumo para o banco CIB, embora mantenha suas operações de banco comercial e de investimento no Egito. [6]
  • 45. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 45 ] Eu [O Peregrino Cristão, Valdemir Mota de Menezes e meu amigo Marcio em frente ao Banco Misr que quer dizer: Egito] Foto em frente ao Banco Nacional do Egito no centro do Cairo. TRÂNSITO CAÓTICO
  • 46. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 46 ] O Egito é famoso por seu trânsito caótico. O Cairo possui poucos semáforos e como vemos, os motociclistas nem mesmo usam capacetes. Em 14 de janeiro de 2018, Shounaz Mekky publicou um artigo no Arab News falando desta loucura que é o trânsito no Cairo. Pesadelo diário de deslocamento nas estradas do Egito Shounaz Mekky publicou este artigo em 14 de janeiro de 2018.
  • 47. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 47 ] CAIRO: Em uma cidade tão grande e movimentada quanto Cairo, um trajeto diário é simplesmente um pesadelo. De caminhões batendo em carros menores a pedestres que de repente entram na estrada, uma viagem no Cairo em um dia movimentado pode parecer uma viagem pelo inferno. Para sobreviver nas ruas do Egito, é preciso obedecer a um conjunto não escrito de leis de trânsito às quais os motoristas locais se acostumaram. Sua missão não é apenas evitar erros, mas, mais importante, ficar atento aos erros dos outros. Os motoristas devem, em primeiro lugar, evitar mexer com veículos grandes. Caminhões e ônibus públicos são donos das estradas no Egito e dão pouca importância aos veículos menores ao redor deles. Táxis, micro-ônibus e motoristas de tuk-tuk também devem ser evitados, pois operam sob um conjunto totalmente diferente de regras. E apesar de ser 2018, não se surpreenda ao se encontrar preso atrás de carroças decrépitas puxadas por cavalos ou burros.
  • 48. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 48 ] As estradas do Egito geralmente não têm faixas demarcadas. Mesmo quando o asfalto tem marcações, é quase impossível segui-las porque outros motoristas forçam você a encostar em um dos lados para que eles possam realizar suas manobras suicidas de ultrapassagem. Nos famosos engarrafamentos do Cairo, não há espaço para boas maneiras. Os motoristas que conseguem colocar o carro um pouco na frente do seu se sentirão no direito de forçar a entrada. E então há as infames conversões em U do Egito. Um desastroso pedaço de planejamento rodoviário encontrado aleatoriamente em rodovias que são muito pequenas para lidar com o volume de tráfego tentando usá-las. Uma façanha favorita entre os motoristas do Egito é alguém estar na quarta faixa e ainda tentar fazer uma conversão em U — porque por que esperar na fila? As ruas congestionadas do Egito são notórias pela cacofonia de buzinas de carros. Cada conjunto de buzinas carrega um significado específico, desde xingar alguém até cumprimentar outro.
  • 49. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 49 ] O mais sério é o alto preço que os egípcios pagam pelo caos em suas estradas. Números oficiais dizem que mais de 5.000 pessoas morreram em acidentes de trânsito em 2016. Mas esses números de mortos contam apenas o número de pessoas que morreram no local do acidente. O número real pode ser o dobro quando inclui aqueles que morreram mais tarde devido aos ferimentos, disse Osama Aqeel, um importante especialista em estradas egípcias. Até mesmo o Ministro dos Transportes do Egito, Dr. Hisham Arafat, admitiu recentemente que o número real de mortes pode chegar a 13.000 por ano. O ministro também disse que 94% dos acidentes rodoviários no Egito são causados por erro humano e veículos defeituosos, enquanto as condições das estradas somam apenas 4% e as condições climáticas, 2%. Em 2016, um relatório da Organização Mundial da Saúde colocou o Egito entre os 10 piores países do mundo por suas estradas fatais. Em 2017, o Egito ficou em 48º lugar globalmente em mortes no trânsito, de acordo com o ministro dos transportes.
  • 50. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 50 ] A questão de quem é responsável pela péssima direção do Egito, o governo ou o povo egípcio, ficou em aberto por décadas. “É uma responsabilidade mútua entre o governo e o público”, disse Ibrahim Mabrook, professor de engenharia de transporte e tráfego na Universidade Ain Shams, no Cairo. Mabrook disse que o Egito pode melhorar sua segurança nas estradas “’projetando estradas melhores, educando o público sobre segurança nas estradas, aplicando leis rigorosas e aplicando a lei igualmente a todos os membros da sociedade.’’ Aqeel disse que considera o governo 100 por cento responsável pelas altas mortes no trânsito porque ele é responsável por toda a estratégia. “’Dizer que a maioria dos acidentes no Egito ocorre por causa de ‘erro humano’ é completamente impreciso na minha opinião, porque a regulamentação do trânsito é o principal fator’’, disse ele. No Egito, caminhões, ônibus, carros, motocicletas e pedestres compartilham o mesmo espaço nas estradas.
  • 51. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 51 ] Aqeel disse que mais de 40 por cento dos acidentes que resultam em mortes envolvem caminhões. “’Se criarmos estradas alternativas para caminhões, por exemplo, para impedi-los de circular com carros comuns nas estradas principais, o número de acidentes resultando em morte cairá imediatamente.”’ Ahmed Shelbaya, cofundador da Fundação NADA para Estradas Egípcias Mais Seguras, disse que os acidentes de trânsito são a “’morte número um da juventude egípcia.”’ Ele disse que o governo não leva a crise da segurança nas estradas a sério o suficiente e que há uma falta de “’leis de segurança inteligentes.”’ [7]
  • 52. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 52 ] Além de motociclistas sem capacetes, muitas vias nem mesmo tem faixas pintadas na pista que dividem as pistas de rolamento. LOJAS DE LINGERIE NO CAIRO Sassy é uma loja única para todas as roupas femininas para casa. Coleção especial para noivas
  • 53. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 53 ] Localização da loja: 33 Abd El-Khalik Tharwat, na rua Mohamed Farid, Abdeen, Cairo Governorate. Caminhando pelas ruas do Cairo, vi esta loja de lingerie com os manequins expostos na vitrine, o que me fez refletir que a rigidez moral no mundo islâmico também esta de decadência como tem ocorrido aqui no Ocidente cristão. Mesmo manequins, estes objetos acabam despertando o libido sexual, e isto exposto em rua no Cairo, realmente me surpreendeu. A página do facebook da referida loja contém muito mais material sensual e pelo jeito, não há censura quanto a isso no Egito. https://www.facebook.com/Sassy.Egy? GRANDE ESFINGE DO EGITO Em frente as pirâmides de Gizé na Grande Cairo, se encontra a enigmática esfinge. Sobre este tema escrevi um livro. Segue a sinopse dele: SINOPSE:
  • 54. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 54 ] A Grande Esfinge de Gizé é uma estátua de calcário de uma esfinge reclinada, uma criatura mítica com cabeça de humano e corpo de leão. Voltada diretamente de oeste para leste, fica no Planalto de Gizé, na margem oeste do Nilo, em Gizé, Egito. O rosto da Esfinge parece representar o faraó Quéfren. A forma original da Esfinge foi cortada da rocha e, desde então, foi restaurada com camadas de blocos de calcário. Ela mede 73 m de comprimento da pata à cauda, 20 m de altura da base ao topo da cabeça e 19 m de largura nas ancas traseiras. Os egiptólogos humanistas descrentes de forças sobrenaturais apostam que é coisa do faraó Quéfren, mas nenhum texto egípcio corrobora com isto, antes, diz que é um ser espiritual, um deus que comia pessoas que não respondia corretamente seus enigmas. Nesta obra eu cito as principais hipóteses, mas mantenho ainda minha crença que tem relação com forças espirituais malignas ligadas aos nefilins, os gigantes da antiguidade.
  • 55. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 55 ] Capa do livro MERCADO DE LIVRARIA NO CAIRO
  • 56. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 56 ] Minha imagem refletiva na vitrine de uma livraria no centro comercial do Cairo. Em 22 de novembro de 2021, Bahira Amin publicou no site OBSERVATÓRIO DO ORIENTE MÉDIO, um artigo explicando como o Cairo é ainda A CIDADE DOS MIL LIVREIROS: Enquanto caminhava por uma viela no bairro Copta do Cairo, passei por vários livreiros de rua. Interessante saber que os egípcios com tantos analfabeto, tenha tantas livrarias. Estava nesta foto bem próximo da Igreja de São Sérgio e São Baco.
  • 57. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 57 ] A história literária do Cairo é longa e complexa, com muitas livrarias abertas como acompanhamento do país e das primeiras editoras da região. Dar El Maaref, por exemplo, é a mais antiga editora egípcia, fundada em 1890, com a primeira filial de suas livrarias inaugurada em 1910, e ainda hoje de pé em Ramsés. Uma busca pelas livrarias mais antigas da cidade resulta em uma aventura urbana e tanto. Através de um arco milenar, centenas de volumes encadernados em couro são empilhados do chão ao teto. Conhecido em árabe como Soor el-Azbakeya, o mercado do Muro de Azbakeya abrange 132 livrarias que vendem livros, bem como jornais e pôsteres antigos (MEE/Sarah Sarofim) Ou afaste-se de uma das rotatórias mais icônicas do Cairo e você descobrirá - entre uma agência de viagens e uma loja de eletrônicos - uma biblioteca orientalista do século XIX, repleta de primeiras edições de cair o queixo e mapas antigos. Acima de uma das estações de metrô mais movimentadas da cidade, gravuras acessíveis e itens de
  • 58. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 58 ] colecionador exclusivos explodem nas 132 livrarias de livros usados que se espalham por um mercado de livros com mais de um século de existência. É um passeio a pé revelador, tornado um pouco mais fácil pelo fato de que nos bairros mais antigos do Cairo, lojas independentes do mesmo tipo geralmente ficam amontoadas. Para livros, isso significa logo atrás da Mesquita al-Azhar, do outro lado da rua do histórico souk Khan el-Khalili, ao longo da Rua Abd el-Khalik Tharwat no centro do Cairo, a poucos minutos da Praça Tahrir e espalhados pela expansão icônica de Soor el-Azbakeya (o Mercado de Livros do Muro de Azbakeya). Embora as lojas apresentadas na lista a seguir sejam testemunhos notáveis de resiliência — com a maioria sobrevivendo aos últimos anos da ocupação britânica; aos últimos monarcas egípcios; a uma nova era de construção de estado, bem como a décadas de reconstrução econômica; à guerra e à revolução bem do lado de fora de suas portas; e à inevitável convulsão da indústria — outras tiveram menos sorte.
  • 59. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 59 ] Abdelzaher (Abdelzaher) A Abdelzaher Book Binding também vende diários e cadernos de desenho feitos no estilo exclusivo, pequenos presentes e outros artesanatos, além de uma pequena seleção de livros (MEE/Sarah Sarofim) Muitas livrarias se transformaram em lojas de papelaria no último meio século, ou mudaram completamente de setor. Wahib & Co., Maison de Reliure, foi um dos últimos ateliês de encadernação, antes de fazer a transição para vender cofres e caixas de depósito de segurança uma década atrás, trazendo uma receita mais estável. Um pouco desgastada, a placa da loja na Abd el-Khalik Tharwat Street continua a mesma, e o proprietário ainda mantém o gigantesco equipamento de encadernação armazenado nos fundos. A seguir estão algumas das livrarias mais antigas e icônicas da cidade, onde você pode ter uma edição do século XVIII de Voltaire em suas mãos, revisitar os salões literários de Naguib Mahfouz e Taha Hussein, folhear gravuras vintage raras e encadernar os livros que você comprou em couro em uma das últimas encadernadoras sobreviventes da cidade. [8]
  • 60. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 60 ] VIÚVAS PEDINTES NO CAIRO Viúvas no Egito não tem os mesmos suportes que as pensionistas do Brasil e de países ocidentais, o que levam muitas delas a mendicância e até mesmo serem presas por endividamento. Nesta foto que tirei no centro do Cairo, vemos uma mulher vestida de preto, sentada do outro lado da rua pedindo esmola. Vi esta mesma cena na porta de Damasco na cidade velha de Jerusalém. A ONG Ajuda Barnabé em 10 de janeiro de 2025 publicou em sua página na internet a seguinte declaração:
  • 61. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 61 ] “Eu mal consigo comprar arroz ou macarrão suficiente para mim”, disse Mariam, uma viúva no Cairo. Sua situação é típica das viúvas na comunidade Cristã marginalizada do Egito. As viúvas e órfãos Cristãos aqui estão entre os grupos mais vulneráveis. Eles enfrentam dificuldades sociais e econômicas significativas, e muitos estão sem pensões ou qualquer forma de segurança financeira. Desde 2022, o Egito tem enfrentado uma grave crise econômica, com os preços dos alimentos subindo mais de 30% anualmente. Quase dois terços da população do Egito vivem abaixo da linha da pobreza. Você pode nos ajudar a prover para viúvas Cristas pobres e destituídas? As viúvas muitas vezes não têm membros da família capazes de cuidar delas. Os órfãos estão em risco de exploração, com promessas de moradia ou dinheiro frequentemente levando-os a situações prejudiciais. [9] ETIQUETAS PARA TURISTAS NO CAIRO
  • 62. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 62 ] A medida que eu e Marcio caminhávamos pelo centro do Cairo, os taxistas paravam e perguntavam se queríamos uma corrida. Eles facilmente reconheciam que nós éramos turistas devido nossas vestes e características étnicas. O portal Rough Guides publicou em 05/02/2025 uma cartilha com recomendações para os turistas que visitam o Cairo a qual deve ser levada em consideração, uma vez que o turista pode ter problemas no Egito devido aos costumes: Para aproveitar ao máximo uma viagem ao Egito, não presuma que todos que se aproximam de você estão tentando enganá-lo. Muitos turistas fazem isso e perdem
  • 63. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 63 ] a chance de se conectar com algumas das pessoas mais amigáveis que você conhecerá. Claro, você encontrará ofertas insistentes — especialmente em pontos turísticos — mas uma recusa firme e educada funciona melhor do que ser rude ou agressivo. Se você está debatendo quanto tempo ficará no Egito, dê a si mesmo tempo suficiente para ir além dos pontos turísticos habituais e experimentar a calorosa hospitalidade do país. Comportamento íntimo em público (beijos e abraços) é proibido, e até mesmo dar as mãos é desaprovado. Esteja ciente também da importância da vestimenta: shorts são socialmente aceitáveis apenas em resorts de praia (e para mulheres apenas em resorts privados ou ao longo da costa do Golfo de Aqaba), enquanto camisas (para ambos os sexos) devem cobrir seus ombros. Muitos turistas ignoram essas convenções, sem saber como isso os rebaixa aos olhos dos egípcios. Mulheres usando golas halter, camisetas curtas, minissaias e coisas do tipo atrairão apalpadores e a desaprovação de ambos os sexos. Se você estiver visitando uma mesquita, espera-se que esteja vestido "modestamente" (os homens devem estar cobertos de
  • 64. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 64 ] abaixo do ombro até abaixo do joelho, as mulheres do pulso ao tornozelo). Também é obrigatório tirar os sapatos (ou calçar galochas). Quando convidado para uma casa , é normal tirar os sapatos antes de entrar nas salas de recepção. É costume levar um presente: doces (ou chá e açúcar em áreas rurais) são sempre aceitáveis. Uma coisa importante a se ter em mente no Egito são as diferentes funções das duas mãos. Seja você destro ou canhoto, a mão esquerda é usada para funções "impuras", como limpar o bumbum ou calçar sapatos, então é considerado anti-higiênico comer com ela. Você pode segurar pão com a mão esquerda para arrancar um pedaço, mas nunca deve colocar comida na boca com a mão esquerda, nem colocá-la na tigela ao comer em comunidade. Os egípcios provavelmente têm sentimentos muito fortes sobre certos assuntos – Palestina, Israel e islamismo, por exemplo, e estes devem ser tratados diplomaticamente se surgirem em conversas. Alguns egípcios estão interessados em discuti-los, outros não, mas opiniões expressas descuidadamente, e
  • 65. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 65 ] particularmente desprezo aberto pela religião, podem causar sérias ofensas. Gorjetas e subornos Como um khawaga (estrangeiro) supostamente rico , espera-se que você seja liberal com baksheesh, que pode ser dividido em três variedades principais. A mais comum é a gorjeta: uma pequena recompensa por um pequeno serviço – qualquer coisa, desde serviço de garçom até destrancar um túmulo ou sala de museu. Tente encontrar um equilíbrio entre defender sua própria carteira e aquiescer graciosamente quando apropriado. Não faz muito sentido ficar chateado ou ofender as pessoas com o que são somas insignificantes para um turista ocidental, mas uma parte importante do sustento das pessoas em um país onde muitas pessoas vivem com menos de £ 50/US$ 75 por mês. As gorjetas típicas podem ser de £E1–2 para cuidar dos seus sapatos enquanto você visita uma mesquita (embora os fiéis geralmente não dêem gorjeta por isso), ou £E5–10 para um zelador por abrir uma porta para deixar você entrar em um prédio ou subir em um
  • 66. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 66 ] minarete. Em restaurantes, você geralmente não deixa uma porcentagem da conta: as gorjetas típicas (independentemente de a conta alegar incluir "serviço") são tão pequenas quanto £E3 em um lugar ultrabarato como uma junta kushari , £E3–5 em um restaurante barato típico ou £E10–25 em um estabelecimento mais elegante. Os clientes também costumam dar gorjetas de £E1–2 em um café e, às vezes, 50pt–£E1 em um bar de sucos. Um tipo mais caro e comum de suborno é recompensar a quebra de regras – muitas das quais parecem ter sido projetadas exatamente para esse propósito. Exemplos podem incluir deixar você entrar em um sítio arqueológico depois do horário (ou em uma área vagamente restrita), encontrar um dormitório para você em um trem quando os vagões estão “cheios”, e assim por diante. Isso não deve ser confundido com suborno, que é um negócio mais sério com sua própria etiqueta e riscos – é melhor não entrar nisso. O último tipo de baksheesh é simplesmente dar esmolas. Para os egípcios, dar dinheiro e bens aos necessitados é um ato natural – e uma exigência do
  • 67. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 67 ] islamismo. Os deficientes são recipientes tradicionais de tais presentes, e parece certo se juntar aos moradores locais para dar pequenas moedas. As crianças, no entanto, são um caso diferente, pressionando suas demandas apenas aos turistas. Se alguém oferece ajuda genuína e pede um alúmen (caneta), parece justo o suficiente, mas ceder a cada pedido encoraja um ciclo de dependência do qual o Egito poderia prescindir. Como a maior parte do dinheiro egípcio é de papel, geralmente na forma de notas bem usadas que podem ser complicadas de separar, pode facilitar a vida manter notas pequenas em um "bolso de baksheesh" separado, especificamente para esse propósito. Se der baksheesh em moeda estrangeira, dê notas em vez de moedas (que não podem ser trocadas por moeda egípcia). Golpistas A correria é uma necessidade para milhões de egípcios – pedindo dinheiro para recados ou conhecendo um “primo” que pode resolver as coisas. Os khirtiyya em tempo integral que se concentram em turistas são
  • 68. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 68 ] versáteis, anunciando hotéis, promovendo excursões (frequentemente muito mais caras), direcionando turistas para lojas ou agências de viagens (onde suas comissões serão discretamente adicionadas à sua conta) e até mesmo sendo gigolôs. Eles vão se agarrar a você assim que você chegar (no aeroporto do Cairo ou Luxor), cumprimentar você na rua como um velho amigo (“Ei! Lembra de mim?”), ou dizer qualquer coisa para chamar sua atenção (“Você deixou cair sua carteira”). Se eles ainda não sabem, eles vão tentar descobrir onde você está hospedado, quais são seus planos e importuná-lo regularmente. É fácil ficar farto de ser incomodado e reagir com fúria a qualquer abordagem de estranhos – até mesmo um sincero “Bem-vindo ao Egito”. Tente manter a calma e responder educadamente; entoar la shukran (não, obrigado) com a mão no coração, enquanto segue em frente rapidamente, dissuadirá a maioria dos vendedores ambulantes. Ou você pode tentar uma resposta bem- humorada a cantadas clássicas como “Eu sei o que você precisa” – Fil mish mish (“Nos seus sonhos!”) funciona
  • 69. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 69 ] bem. Se necessário, aumente para um khalas (“Chega!”) áspero e, se isso não for suficiente, berrar shorta (“Polícia!”) certamente fará qualquer traficante ir embora. Mulheres viajantes O assédio sexual é comum no Egito: 98% das visitantes estrangeiras e 83% das egípcias já passaram por isso, de acordo com uma pesquisa. A percepção de que as turistas são "fáceis" é reforçada por elas fazerem coisas que nenhuma egípcia respeitável faria: vestir-se "de forma indecente", mostrar ombros e decote, dividir quartos com homens com quem não são casadas, beber álcool em bares ou restaurantes, fumar em público, até mesmo viajar sozinhas em transporte público sem um parente como acompanhante. Enquanto egípcias bem- educadas e familiarizadas com a cultura ocidental podem levar isso na esportiva, as menos sofisticadas tendem a presumir o pior. Histórias de casos com turistas, especialmente de visitantes russos de Hurghada, que são consideradas bastante escandalosas, são comuns entre os homens egípcios. No Sinai, no entanto, mulheres desacompanhadas passam por poucos aborrecimentos,
  • 70. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 70 ] exceto de trabalhadores da construção civil do Egito "continental". Sem comprometer muito sua liberdade, há algumas medidas que você pode tomar para melhorar sua imagem. A mais importante e óbvia é a vestimenta: roupas largas e opacas que cobrem todas as áreas "indecentes" (coxas, braços, peito) e escondem seus contornos são uma grande ajuda e essenciais se estiver viajando sozinha ou em áreas rurais (onde cobrir cabelos longos também é aconselhável). No transporte público (ônibus, trens, táxis de serviço), tente sentar-se com outras mulheres - que podem convidá-la a fazê-lo. No metrô do Cairo e nos bondes de Alexandria, há vagões reservados para mulheres. Se estiver viajando com um homem, usar uma aliança confere respeitabilidade, e afirmar que você é casada é melhor do que admitir que são "apenas amigas". Parecer confiante e saber para onde você está indo sempre ajuda, e vale a pena evitar contato visual com homens egípcios (algumas mulheres usam óculos escuros para esse propósito), e é melhor pecar pelo distanciamento, pois até mesmo um sorriso amigável
  • 71. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 71 ] pode ser considerado um chamariz. Problemas — mais comumente sibilando ou apalpando — tendem a surgir no centro do Cairo e nos resorts de praia públicos (exceto na costa de Aqaba, no Sinai, ou nas vilas de férias do Mar Vermelho — provavelmente os únicos lugares onde você se sentirá feliz tomando sol). Nos oásis, onde as atrações incluem fontes a céu aberto e piscinas termais, não tem problema tomar banho — mas faça isso pelo menos com uma camiseta e leggings: as pessoas dos oásis estão entre as mais conservadoras do país. Algumas mulheres acham que é melhor ignorar aborrecimentos verbais, enquanto outras podem preferir usar uma forma egípcia de se livrar deles, como khalas (chega!) ou uskut (fique quieta). Se você for apalpada, a melhor resposta é gritar aram! (mal!) ou sibnee le wadi (não me toque), o que envergonhará qualquer agressor em público e pode atrair ajuda, ou assustá-lo gritando shorta! (polícia!). [10] MESQUITAS
  • 72. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 72 ] Foto que tirei quando passava na frente de uma mesquita no Cairo. O Cairo é conhecida como a cidade dos mil minaretes. Minaretes são as torres das mesquitas na qual se instala autofalantes para chamar os muçulmanos a orar nos horários sagrados. Quando estive no Cairo tive a oportunidade de entrar na mesquita do alabastro, a mais famosa que fica na cidadela de Saladino. NOVO MUSEU DO CAIRO
  • 73. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 73 ] Neste museu só passei na porta, mas tive a oportunidade de entrar e passar muitas horas no Museu egípcio do Cairo, o mais completo do mundo com 32 mil múmias. Inclusive escrevi um livro somente dedicado ao Museu Egípcio do Cairo. AEROPORTO DO CAIRO A história do Aeroporto Internacional do Cairo começou nos anos quarenta do século passado, quando a base aérea americana Bayn Field foi estabelecida a cinco quilômetros do Aeroporto Almaza para servir a
  • 74. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 74 ] Aliança durante a Segunda Guerra Mundial. As forças americanas deixaram a base no final da guerra. Em 1945, a Autoridade de Aviação Civil assumiu a base e a alocou para a Aviação Civil Internacional. O Aeroporto foi chamado de "King Farouk 1st Airport". Enquanto isso, o Aeroporto de Almaza foi dedicado aos voos domésticos. [11] Quando desci do avião andei por um corredor até a saída e na foto vemos atrás de mim um típico egípcio com suas características físicas e fisionômicas peculiares. Na outra foto, vemos o Boeing 777 na qual cheguei no Cairo vindo de Dubai.
  • 75. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 75 ] Foto da visão frontal do aeroporto do Cairo Interior do avião Boeing 777 que fez a linha Dubai ao Cairo. INSTITUTO DO PAPIRO
  • 76. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 76 ] O 3 Pyramids Papyrus Institute possui licença do Ministério do Turismo e, por isso, os papiros vendidos aqui são de boa qualidade. Há uma breve explicação de como o papiro é feito, a partir da planta. Em seguida, é oferecida uma bebida e, então, o turista pode observar as belíssimas imagens e, se quiser, adquirir um papiro a sua escolha. Há a possibilidade de escrever seu nome com hieróglifos em cartuchos desenhados previamente nos papiros. Cobra-se, em janeiro de 2020, 2 dólares por nome gravado. Papiro é o material que os antigos egípcios usavam para escrever. Atualmente, é a palavra para o
  • 77. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 77 ] presente mais popular do país. Folhas de papiro com cenas de desenhos de templos e figuras faraônicas pintadas nelas são altamente portáteis e são ótimas lembranças. Mas infelizmente há tanto papiro falso por aí que, a menos que você tenha um local conhecedor em quem possa confiar seu dinheiro, é melhor comprá-los do instituto de papiro. O instituto do papiro é uma loja aprovada pelo governo que fabrica e vende papiros autênticos. Ele está localizado em Gizé, próximo às pirâmides. As pessoas na loja também o guiarão por todo o processo de fabricação. O papiro é feito do caule da planta do papiro, que tem um interior muito quebradiço dentro de uma cobertura externa resistente. A seção transversal do caule é triangular, lembrando o formato sagrado das pirâmides. Primeiro, a cobertura externa do caule é removida e o interior é cortado em tiras finas e martelado para remover a água. Esse processo também as torna menos quebradiças. As tiras são então embebidas em água para reduzir o teor de açúcar de 20% para 10%. Em seguida, elas são dispostas horizontalmente e verticalmente, interligadas umas às
  • 78. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 78 ] outras na forma de uma malha. A malha é então mantida pressionada por 6 dias sob pesadas prensas de ferro. Durante esse tempo, o papiro deve ser retirado periodicamente para remover o excesso de água. Nos tempos antigos, blocos pesados de calcário eram usados para atingir o duplo propósito de pressionar o papiro e absorver o excesso de água. O papiro feito dessa maneira é de altíssima qualidade e bastante resistente a rasgos. As falsificações normalmente não são bem encharcadas ou não são prensadas por tempo suficiente e, muitas vezes, são parcial e totalmente feitas de folhas de bananeira! É muito difícil dizer as falsificações do original com um olho destreinado, a menos que você faça um teste destrutivo de quão facilmente elas rasgam. Normalmente, as falsificações são acompanhadas por certificados igualmente espúrios do instituto do papiro. Portanto, apesar do fato de que o instituto do papiro é o lugar mais caro para comprar papiro em todo o país, é facilmente o mais seguro. [14]
  • 79. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 79 ] MÊNFIS, NO EGITO A cerca de 20 km do Cairo, mas dentro dos limites da Grande Cairo, fica as ruinas da antiga capital do Egito, Mênfis. Sobre isto, escrevi um livro e abaixo segue a sinopse e capa. SINOPSE:
  • 80. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 80 ] Em maio de 2023 visitei a cidade de Mênfis no Egito e fiquei emocionado. Fiquei arrepiado, meus olhos se encheram de lágrimas, um sentimento muito estranho, como se eu ali sentisse toda a história que foi vivida naquele lugar. O colosso de Ramsés II deitado provocou- me emoções a ponto que eu não só tocava nela como lixava minha mão como querendo que o pó da estátua pudesse penetrar nos meus poros. NO pátio a esfinge de alabastro, os sarcófagos, os vasos, os objetos espalhado por todo lado a céu aberto, eu fiquei maravilhado com tantos artefatos da antiguidade que estavam ali espalhados, imagino a fortuna e o valor inestimável daqueles objetos. Eu não perdi oportunidade e recolhi pelo menos pedras do chão de Mênfis e trouxe para minha coleção de mineralogia. Eu sinceramente fiquei em choque emocional em poder visitar tudo aquilo. Eu só ouvia a voz de Deus dentro de mim: “Esta viagem foi um presente meu para você.” Quem puder, visite Mênfis, mas antes leia este livro.
  • 81. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 81 ] Capa do livro AGÊNCIA EXOTIC TOUR AND TRAVEL Na foto vemos o ônibus que usamos no Cairo que a agencia de turismo Tali [Tali esta vestida de rosa ao lado do ônibus] contratou para prestar serviço para nossa
  • 82. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 82 ] caravana no Cairo e deu tudo certo conosco. A agencia é bem avaliada como o exemplo abaixo na Tripadivsor: Estivemos no Egito boa parte da viagem com a EXOTIC TOURS AND TRAVEL EGIPTO. A empresa cumpre com o contratado, os guias são formados em turismo, portanto conhecem a história do Egito profundamente. Nossa agência do Brasil errou a data, assim chegamos um dia antes, sem que nos apercebêssemos. Ligamos para empresa de madrugada, do aeroporto quando nos explicaram que havíamos chegado antes. Contudo foram nos buscar e nos levaram para o hotel. Conseguiram também que o hotel não cobrasse a tarifa cheia. Foram durante os 6 dias, bastante prestativos, gentis e atenciosos. Enfatizo o trabalho do guia Mohammad. [12] SWISS INN PLAZA HOTEL Swiss Inn Plaza fica a menos de 15 minutos de carro de Pirâmide de Quéops e oferece um campo de golfe e um terraço na cobertura. Os hóspedes podem dar umas braçadas na piscina externa e visitar o spa para
  • 83. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 83 ] relaxar com massagens. O local ainda conta com um bar ao lado da piscina, uma academia e uma sauna seca. Eu sou um pessoa simples e de poucas posses e por alguns dias vivi como marajá, ficando hospedado neste hotel de alto padrão.
  • 84. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 84 ] Na terceira foto acima, estava ocorrendo uma festa de casamento luxuosa de gente da alta sociedade egípcia. As pessoas estavam vestidas estupidamente elegantes. RIO NILO Sobre este assunto escrevi um livro a parte e aqui está a SINOPSE: Em 2023 tive o prazer de ver as água do rio Nilo e mais ainda, naveguei em um cruzeiro pelo rio Nilo, um pequeno cruzeiro que apenas abrangeu a região do Cairo. As águas passavam em uma correnteza um tanto forte. Enquanto olhava para aquelas águas, não tinha como não lembrar de três coisas: O nascimento de
  • 85. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 85 ] Moisés e como ele foi colocado em um cesto no Nilo e em seguida resgatado pela filha de faraó. Outra coisa que me veio a mente foram as pragas que Moisés lançou no Egito anos depois e muitas destas pragas foram lançadas sobre as águas do rio Nilo, porque a vida do Egito, depende do rio Nilo. Enquanto contemplava as águas do Nilo, eu também me lembrava de quantas vezes li livros escolares sobre história e que sempre falavam da importância do rio Nilo, não somente para o Egito, mas como para o florescimento das civilizações humanas. Afinal uma das construções mais importante da terra, se encontra as margens do rio Nilo, que são as três pirâmides e a Esfinge. As enchentes e vazantes do rio Nilo regulavam a agricultura do Egito. O Nilo também servia como principal via de transporte de varias civilizações africanas. Por fim, sempre houve debates sobre qual é o maior rio do mundo, ficando uma disputa entre rio Nilo e o nosso famoso rio Amazonas. Nesta obra vou trazer um relato histórico, bíblico e geográfico sobre este importante curso de água do planeta Terra.
  • 86. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 86 ] Capa do livro
  • 87. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 87 ] PARTE 2 HISTÓRIA E GEOGRAFIA
  • 88. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 88 ] ORIGEM Cairo é a capital e maior cidade do Egito e da província do Cairo, sendo o lar de mais de 10 milhões de pessoas. Também faz parte da maior aglomeração urbana da África, do mundo árabe e do Oriente Médio. A Grande Cairo é a12ª maior do mundo em população, com mais de 22,1 milhões de pessoas. A área que se tornaria o Cairo fazia parte do antigo Egito, já que o complexo da pirâmide de Gizé e as antigas cidades de Mênfis e Heliópolis estão próximas. Localizado perto do Delta do Nilo, o assentamento predecessor foi Fustat após a conquista muçulmana do Egito em 641, próximo a uma antiga fortaleza romana existente, a Babilônia. Posteriormente, o Cairo foi fundado pela dinastia fatímida em 969. Mais tarde, substituiu Fustat como o principal centro urbano durante os períodos aiúbida e mameluco (séculos XII a XVI). Cairo tornou-se desde então um centro de longa data da vida política e cultural, e é intitulada "a cidade dos
  • 89. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 89 ] mil minaretes" por sua preponderância da arquitetura islâmica. O centro histórico do Cairo recebeu o status de Patrimônio Mundial em 1979. Cairo é considerada uma Cidade Mundial com uma classificação "Beta +" de acordo com GaWC. Cairo tem a mais antiga e maior indústria cinematográfica e musical do mundo árabe, bem como a mais antiga instituição de ensino superior do Egito, a Universidade Al-Azhar. Muitas mídias, empresas e organizações internacionais têm sedes regionais na cidade; a Liga Árabe tem sua sede no Cairo durante a maior parte de sua existência. O Cairo, como muitas outras megacidades, sofre com altos níveis de poluição e tráfego. O metrô do Cairo, inaugurado em 1987, é o sistema de metrô mais antigo da África, e está entre os quinze mais movimentados do mundo, com mais de 1 bilhão de viagens anuais de passageiros. A economia do Cairo foi classificada em primeiro lugar no Oriente Médio em 2005, e 43º globalmente no Índice Global de Cidades de 2010 da Foreign Policy.
  • 90. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 90 ] Etimologia O nome do Cairo é derivado do árabe al-Qāhirah, que significa 'o Vencedor' ou 'o Conquistador', dado pelo califa fatímida al-Mu'izz após o estabelecimento da cidade como capital da dinastia fatímida. Seu nome completo e formal era al-Qāhirah al-Mu'izziyyah, que significa 'o Vencedor de al-Mu'izz'. Também é supostamente devido ao fato de que o planeta Marte , conhecido em árabe por nomes como an-Najm al-Qāhir ('a Estrela Conquistadora'), estava nascendo na época da fundação da cidade. Os egípcios costumam se referir ao Cairo como Maṣr, o nome árabe egípcio para o próprio Egito, enfatizando a importância da cidade para o país. Há uma série de nomes coptas para a cidade. Tikešrōmi é atestado no texto de 1211 O Martírio de João de Phanijoit e é um calque que significa 'quebrador de homens', semelhante ao árabe al-Qāhirah, ou uma derivação do árabe qaṣr ar-rūm, "o castelo romano", outro nome da Fortaleza da Babilônia no Cairo Antigo. O nome árabe também é calqueado como "a cidade vitoriosa" no antifonário copta.
  • 91. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 91 ] A forma Khairon (copta : ⲭⲁⲓⲣⲟⲛ) é atestada no texto copta moderno é outro nome que descende do nome grego de Heliópolis (Ήλιούπολις). Alguns argumentam que Mistram (Ⲙⲓⲥⲧⲣⲁⲙ Copta tardio) é outro nome copta para Cairo, embora outros pensem que é mais um nome para a capital da província abássida al- Askar. História Assentamentos antigos A área ao redor do atual Cairo foi por muito tempo um ponto focal do Antigo Egito devido à sua localização estratégica na junção do Vale do Nilo e das regiões do Delta do Nilo (aproximadamente Alto Egito e Baixo Egito), o que também a colocou no cruzamento das principais
  • 92. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 92 ] rotas entre o Norte da África e o Levante. Mênfis , a capital do Egito durante o Império Antigo e uma cidade importante até o período ptolomaico, estava localizada a uma curta distância a sudoeste do atual Cairo. Heliópolis, outra cidade importante e importante centro religioso, estava localizada no que hoje são os distritos modernos de Matariya e Ain Shams, no nordeste do Cairo. Foi amplamente destruída pelas invasões persas em 525 aC e 343 aC e parcialmente abandonada no final do primeiro século aC. No entanto, as origens do Cairo moderno são geralmente rastreadas até uma série de assentamentos no primeiro milênio d.C. Por volta da virada do século IV, enquanto Mênfis continuava a perder importância, os romanos estabeleceram uma grande fortaleza ao longo da margem leste do Nilo . A fortaleza, chamada Babilônia, foi construída pelo imperador romano Diocleciano (r. 285– 305) na entrada de um canal que conectava o Nilo ao Mar Vermelho, criado anteriormente pelo imperador Trajano (r. 98–117). Mais ao norte da fortaleza, perto do atual distrito de al-Azbakiya, havia um porto e posto avançado
  • 93. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 93 ] fortificado conhecido como Tendunyas Embora nenhuma estrutura mais antiga do que o século VII tenha sido preservada na área, além das fortificações romanas, evidências históricas sugerem que uma cidade considerável existiu. A cidade era importante o suficiente para que seu bispo, Ciro, participasse do Segundo Concílio de Éfeso em 449. A Guerra Bizantina-Sassânida entre 602 e 628 causou grandes dificuldades e provavelmente fez com que grande parte da população urbana partisse para o campo, deixando o assentamento parcialmente deserto. O local hoje permanece no núcleo da comunidade ortodoxa copta, que se separou das igrejas romana e bizantina no final do século IV. As igrejas mais antigas existentes no Cairo, como a Igreja de Santa Bárbara e a Igreja dos Santos Sérgio e Baco (do final do século VII ou início do século VIII), estão localizadas dentro das muralhas da fortaleza no que hoje é conhecido como Cairo Antigo ou Cairo Copta.
  • 94. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 94 ] A conquista muçulmana do Egito bizantino foi liderada por Amr ibn al-As de 639 a 642. A Fortaleza da Babilônia foi sitiada em setembro de 640 e caiu em abril de 641. Em 641 ou no início de 642, após a rendição de Alexandria (a capital egípcia na época), ele fundou um novo assentamento próximo à Fortaleza da Babilônia. A cidade, conhecida como Fustat, serviu como uma cidade- guarnição e como a nova capital administrativa do Egito. Historiadores como Janet Abu-Lughod e André Raymond traçam a gênese do atual Cairo até a fundação de Fustat. A escolha de fundar um novo assentamento neste local interior, em vez de usar a capital existente de Alexandria na costa do Mediterrâneo, pode ter sido devido às prioridades estratégicas dos novos conquistadores. Um dos primeiros projetos da nova administração muçulmana foi limpar e reabrir o antigo canal de Trajano para enviar grãos mais diretamente do Egito para Medina, a capital do califado na Arábia. Ibn al-As também fundou uma mesquita para a cidade na mesma época, agora conhecida como Mesquita de Amr Ibn al-As, a mesquita mais antiga do Egito e da África (embora a estrutura atual seja de expansões posteriores).
  • 95. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 95 ] Em 750, após a derrubada do califado omíada pelos abássidas, os novos governantes criaram seu próprio assentamento a nordeste de Fustat, que se tornou a nova capital provincial. Isso era conhecido como al- Askar, pois era disposto como um acampamento militar. Uma residência do governador e uma nova mesquita também foram adicionadas, com esta última concluída em 786. O canal do Mar Vermelho escavado novamente no século VII foi fechado pelo califa abássida al-Mansur em al-Mansur ( 754–775), mas uma parte do canal, conhecida como Khalij, continuou a ser uma característica importante da geografia do Cairo e de seu abastecimento de água até o século XIX. Em 861, por ordem do califa abássida al-Mutawakkil, um Nilômetro foi construído na Ilha de Roda, perto de Fustat. Embora tenha sido reparado e tenha recebido um novo telhado nos séculos posteriores, sua estrutura básica ainda é preservada hoje, tornando-se a mais antiga estrutura preservada da era islâmica no Cairo hoje. Em 868, um comandante de origem turca chamado Bakbak foi enviado ao Egito pelo califa abássida al-Mu'taz para restaurar a ordem após uma rebelião no
  • 96. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 96 ] país. Ele foi acompanhado por seu enteado, Ahmad ibn Tulun, que se tornou governador efetivo do Egito. Com o tempo, Ibn Tulun ganhou um exército e acumulou influência e riqueza, permitindo-lhe tornar-se o governante independente de fato do Egito e da Síria em 878. Em 870, ele usou sua crescente riqueza para fundar uma nova capital administrativa, al-Qata'i, a nordeste de Fustat e de al-Askar. A nova cidade incluía um palácio conhecido como Dar al-Imara, um campo de desfiles conhecido como al-Maydan, um bimaristan (hospital) e um aqueduto para fornecer água. Entre 876 e 879, Ibn Tulun construiu uma grande mesquita, agora conhecida como Mesquita de Ibn Tulun, no centro da cidade, ao lado do palácio. Após sua morte em 884, Ibn Tulun foi sucedido por seu filho e seus descendentes que continuaram uma dinastia de curta duração, os Tulunidas. Em 905, os abássidas enviaram o general Muhammad Sulayman al-Katib para reafirmar o controle direto sobre o país. O governo Tulunida foi encerrado e al-Qatta'i foi arrasada, exceto pela mesquita que permanece de pé até hoje.
  • 97. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 97 ] Fundação e expansão do Cairo Em 969, o império xiita ismaelita fatímida conquistou o Egito após governar de Ifriqiya. O general fatímida Jawhar Al Saqili fundou uma nova cidade fortificada a nordeste de Fustat e da antiga al-Qata'i. Demorou quatro anos para construir a cidade, inicialmente conhecida como al-Manṣūriyyah, que serviria como a nova capital do califado. Durante esse tempo, a construção da Mesquita al-Azhar foi encomendada por ordem do califa, que se tornou a terceira universidade mais antiga do mundo. O Cairo acabaria se tornando um centro de aprendizado, com a biblioteca do Cairo contendo centenas de milhares de livros. Quando o califa al-Mu'izz li Din Allah chegou da antiga capital fatímida de Mahdia, na Tunísia, em 973, ele deu à cidade seu nome atual, Qāhirat al-Mu'izz ("O Vencedor de al-Mu'izz"), de onde se origina o nome "Cairo" ( al-Qāhira ). Os califas viviam em um vasto e luxuoso complexo palaciano que ocupava o coração da cidade. O Cairo permaneceu uma cidade real relativamente exclusiva durante a maior parte desta era, mas durante o mandato de Badr al-Gamali
  • 98. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 98 ] como vizir (1073–1094) as restrições foram afrouxadas pela primeira vez e famílias mais ricas de Fustat foram autorizadas a se mudar para a cidade. Entre 1087 e 1092, Badr al-Gamali também reconstruiu as muralhas da cidade em pedra e construiu os portões da cidade de Bab al-Futuh, Bab al-Nasr e Bab Zuweila, que ainda existem hoje. Durante o período fatímida, Fustat atingiu seu apogeu em tamanho e prosperidade, atuando como um centro de artesanato e comércio internacional e como o principal porto da área no Nilo. Fontes históricas relatam que residências comunitárias de vários andares existiam na cidade, particularmente em seu centro, que eram tipicamente habitadas por moradores de classe média e baixa. Algumas delas tinham até sete andares e podiam abrigar cerca de 200 a 350 pessoas. Elas podem ter sido semelhantes às insulae romanas e podem ter sido os protótipos para os complexos de apartamentos para aluguel que se tornaram comuns nos últimos períodos mameluco e otomano. No entanto, em 1168, o vizir fatímida Shawar ateou fogo à não fortificada Fustat para evitar sua
  • 99. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 99 ] potencial captura por Amalric, o rei cruzado de Jerusalém. Embora o fogo não tenha destruído a cidade e ela tenha continuado a existir depois, marcou o início de seu declínio. Ao longo dos séculos seguintes, foi o Cairo, a antiga cidade-palácio, que se tornou o novo centro econômico e atraiu a migração de Fustat. Uma mesquita com várias cúpulas domina a Cidadela murada, com tumbas em ruínas e um minarete solitário na frente. A Cidadela do Cairo, vista acima no século XIX, foi iniciada por Saladino em 1176.
  • 100. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 100 ] Embora os cruzados não tenham capturado a cidade em 1168, uma luta contínua pelo poder entre Shawar, o rei Amalric e o general Zengid Shirkuh levou à queda do estabelecimento fatímida. Em 1169, o sobrinho de Shirkuh, Saladino, foi nomeado o novo vizir do Egito pelos fatímidas e dois anos depois ele tomou o poder da família do último califa fatímida, al-'Āḍid. Como o primeiro sultão do Egito, Saladino estabeleceu a dinastia aiúbida, com sede no Cairo, e alinhou o Egito com os abássidas sunitas, que estavam baseados em Bagdá. Em 1176, Saladino começou a construção da Cidadela do Cairo, que serviria como sede do governo egípcio até meados do século XIX. A construção da Cidadela encerrou definitivamente o status do Cairo construído pelos fatímidas como uma cidade-palácio exclusiva e a abriu para os egípcios comuns e para os comerciantes estrangeiros, estimulando seu desenvolvimento comercial. Junto com a Cidadela, Saladino também começou a construção de um novo muro de 20 quilômetros de comprimento que protegeria o Cairo e Fustat em seu lado oriental e os conectaria com a nova Cidadela. Esses projetos de construção continuaram além
  • 101. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 101 ] da vida de Saladino e foram concluídos sob seus sucessores aiúbidas. Apogeu e declínio sob os mamelucos Complexo Mausoléu-Madrassa-Hospital do Sultão Qalawun , construído em 1284-1285 no centro do Cairo, sobre as ruínas de um palácio fatímida. Em 1250, durante a Sétima Cruzada, a dinastia aiúbida teve uma crise com a morte de al-Salih e o poder
  • 102. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 102 ] passou para os mamelucos, em parte com a ajuda da esposa de al-Salih, Shajar ad-Durr, que governou por um breve período nessa época. Os mamelucos eram soldados que eram comprados como jovens escravos e criados para servir no exército do sultão. Entre 1250 e 1517, o trono do Sultanato Mameluco passou de um mameluco para outro em um sistema de sucessão que geralmente não era hereditário, mas também frequentemente violento e caótico. O Império Mameluco, no entanto, tornou-se uma grande potência na região e foi responsável por repelir o avanço dos mongóis (mais notoriamente na Batalha de Ain Jalut em 1260) e por eliminar os últimos estados cruzados no Levante. Apesar de seu caráter militar, os mamelucos também foram construtores prolíficos e deixaram um rico legado arquitetônico por todo o Cairo. Dando continuidade a uma prática iniciada pelos aiúbidas, grande parte das terras ocupadas pelos antigos palácios fatímidas foi vendida e substituída por edifícios mais novos, tornando- se um local de prestígio para a construção de complexos religiosos e funerários mamelucos. Os projetos de
  • 103. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 103 ] construção iniciados pelos mamelucos empurraram a cidade para fora, ao mesmo tempo que trouxeram novas infraestruturas para o centro da cidade. Enquanto isso, o Cairo floresceu como um centro de estudos islâmicos e uma encruzilhada na rota de comércio de especiarias entre as civilizações da Afro- Eurásia. Sob o reinado do sultão mameluco al-Nasir Muhammad (1293–1341, com interregnos), o Cairo atingiu seu apogeu em termos de população e riqueza. Em 1340, o Cairo tinha uma população de quase meio milhão de habitantes, tornando-se a maior cidade a oeste da China. Edifícios de vários andares ocupados por apartamentos para alugar, conhecidos como rab' (plural ribā' ou urbu), tornaram-se comuns no período mameluco e continuaram a ser uma característica da habitação da cidade durante o período otomano posterior. Esses apartamentos eram frequentemente dispostos como duplexes ou triplexes de vários andares. Às vezes, eram anexados a caravanserais, onde os dois andares inferiores eram para fins comerciais e de armazenamento
  • 104. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 104 ] e os vários andares acima deles eram alugados para inquilinos. O exemplo mais antigo parcialmente preservado desse tipo de estrutura é o Wikala de Amir Qawsun, construído antes de 1341. Os edifícios residenciais eram, por sua vez, organizados em bairros muito unidos chamados harat, que em muitos casos tinham portões que podiam ser fechados à noite ou durante distúrbios. Complexo funerário do sultão Qaytbay, construído em 1470–1474 no Cemitério do Norte (visto em 1880)
  • 105. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 105 ] Quando o viajante Ibn Battuta chegou ao Cairo pela primeira vez em 1326, ele o descreveu como o principal distrito do Egito. Quando ele passou pela área novamente em sua viagem de volta em 1348, a Peste Negra estava devastando a maioria das grandes cidades. Ele citou relatos de milhares de mortes por dia no Cairo. Embora o Cairo tenha evitado a estagnação da Europa durante a Baixa Idade Média, não conseguiu escapar da Peste Negra, que atingiu a cidade mais de cinquenta vezes entre 1348 e 1517. Durante suas ondas iniciais e mais mortais, aproximadamente 200.000 pessoas foram mortas pela peste, e, no século XV, a população do Cairo havia sido reduzida para entre 150.000 e 300.000. O declínio populacional foi acompanhado por um período de instabilidade política entre 1348 e 1412. Foi, no entanto, neste período que o maior monumento religioso da era mameluca, a Mesquita Madrasa do Sultão Hasan, foi construído. No final do século XIV, os mamelucos Burji substituíram os mamelucos Bahri como governantes do estado mameluco, mas o sistema mameluco continuou a declinar.
  • 106. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 106 ] Embora as pragas tenham retornado com frequência ao longo do século XV, o Cairo continuou sendo uma grande metrópole e sua população se recuperou em parte por meio da migração rural. Esforços mais conscientes foram conduzidos por governantes e autoridades da cidade para corrigir a infraestrutura e a limpeza da cidade. Sua economia e política também se tornaram mais profundamente conectadas com o Mediterrâneo mais amplo. Alguns sultões mamelucos neste período, como Barbsay (1422–1438) e Qaytbay (1468–1496), tiveram reinados relativamente longos e bem-sucedidos. Depois de al-Nasir Muhammad, Qaytbay foi um dos mais prolíficos patronos da arte e da arquitetura da era mameluca. Ele construiu ou restaurou vários monumentos no Cairo, além de encomendar projetos fora do Egito. A crise do poder mameluco e do papel econômico do Cairo se aprofundou após Qaytbay. O estatuto da cidade foi diminuído depois de Vasco da Gama ter descoberto uma rota marítima em torno do Cabo da Boa Esperança entre 1497 e 1499, permitindo assim que os comerciantes de especiarias evitassem o Cairo.
  • 107. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 107 ] Domínio otomano A influência política do Cairo diminuiu significativamente depois que os otomanos derrotaram o sultão al-Ghuri na Batalha de Marj Dabiq em 1516 e conquistaram o Egito em 1517. Governando de Constantinopla, o sultão Selim I relegou o Egito a uma província, com o Cairo como sua capital. Por esta razão, a história do Cairo durante os tempos otomanos é frequentemente descrita como inconsequente, especialmente em comparação com outros períodos de tempo. Durante os séculos XVI e XVII, o Cairo ainda permaneceu um importante centro econômico e cultural. Embora não estivesse mais na rota das especiarias, a cidade facilitou o transporte de café iemenita e tecidos indianos, principalmente para a Anatólia, Norte da África e os Bálcãs. Os comerciantes do Cairo foram fundamentais para trazer mercadorias para o árido Hejaz, especialmente durante o hajj anual para Meca. Foi durante este mesmo período que a Universidade al-Azhar
  • 108. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 108 ] atingiu a predominância entre as escolas islâmicas que continua a manter hoje; os peregrinos a caminho do hajj frequentemente atestavam a superioridade da instituição, que se tornou associada ao corpo de estudiosos islâmicos do Egito. A primeira prensa tipográfica do Oriente Médio, imprimindo em hebraico, foi estabelecida no Cairo no 1557 por um descendente da família de impressores Soncino, judeus italianos de origem Ashkenazi que operavam uma prensa em Constantinopla. A existência da prensa é conhecida apenas por dois fragmentos descobertos na Geniza do Cairo. Louis Comfort Tiffany (1848–1933). No Caminho Entre o Velho e o Novo Cairo, Mesquita da Cidadela de Mohammed Ali e Tumbas dos Mamelucos, 1872. Óleo sobre tela. Brooklyn Museum.
  • 109. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 109 ] Sob os otomanos, o Cairo expandiu-se para sul e oeste a partir do seu núcleo em torno da Cidadela. A cidade era a segunda maior do império, atrás de Constantinopla, e, embora a migração não fosse a principal fonte do crescimento do Cairo, vinte por cento da sua população no final do século XVIII consistia em minorias religiosas e estrangeiros de todo o Mediterrâneo. Ainda assim, quando Napoleão chegou ao Cairo em 1798, a população da cidade era inferior a 300.000, quarenta por cento inferior à que era no auge da influência mameluca e cairene em meados do século XIV. A ocupação francesa durou pouco, pois as forças britânicas e otomanas, incluindo um considerável contingente albanês, recapturaram o país em 1801. O próprio Cairo foi sitiado por uma força britânica e otomana, culminando com a rendição francesa em 22 de junho de 1801. Os britânicos desocuparam o Egito dois anos depois, deixando os otomanos, os albaneses e os mamelucos há muito enfraquecidos lutando pelo controle do país. A guerra civil contínua permitiu que um albanês chamado Muhammad Ali Pasha ascendesse ao papel de
  • 110. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 110 ] comandante e, eventualmente, com a aprovação do estabelecimento religioso, vice-rei do Egito em 1805. Era moderna Cairo no final do século XIX, Georg Macco (1863– 1933), óleo sobre tela. Até sua morte em 1848, Muhammad Ali Pasha instituiu uma série de reformas sociais e econômicas que lhe renderam o título de fundador do Egito moderno. No entanto, enquanto Muhammad Ali iniciou a construção de edifícios públicos na cidade, essas reformas tiveram efeito mínimo na paisagem do Cairo. Mudanças maiores ocorreram no Cairo sob Isma'il Pasha (1863–1879), que
  • 111. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 111 ] continuou os processos de modernização iniciados por seu avô. Inspirando-se em Paris, Isma'il imaginou uma cidade de maidans e avenidas largas; devido a restrições financeiras, apenas algumas delas, na área que agora compõe o centro do Cairo, deram frutos. Isma'il também buscou modernizar a cidade, que estava se fundindo com assentamentos vizinhos, estabelecendo um ministério de obras públicas, trazendo gás e iluminação para a cidade e abrindo um teatro e uma casa de ópera. A imensa dívida resultante dos projetos de Isma'il forneceu um pretexto para aumentar o controle europeu, que culminou com a invasão britânica em 1882. O centro econômico da cidade rapidamente se mudou para o oeste em direção ao Nilo, longe da histórica seção islâmica do Cairo e em direção às áreas contemporâneas de estilo europeu construídas por Isma'il. Os europeus representavam cinco por cento da população do Cairo no final do século XIX, altura em que ocupavam a maioria dos cargos governamentais de topo. Em 1906, a Heliopolis Oasis Company, liderada pelo industrial belga Édouard Empain e seu colega egípcio Boghos Nubar, construiu um subúrbio chamado
  • 112. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 112 ] Heliopolis (cidade do sol em grego) a dez quilômetros do centro do Cairo. Em 1905-1907, a parte norte da ilha de Gezira foi desenvolvida pela Baehler Company em Zamalek, que mais tarde se tornaria o bairro "chique" de luxo do Cairo. Em 1906, começou a construção de Garden City, um bairro de vilas urbanas com jardins e ruas curvas. Ponte Qasr El Nil
  • 113. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 113 ] Vista aérea em 1904, de um balão, da extremidade centro-leste do Cairo, mostrando o desenvolvimento inicial de Gezira/Ilha Zamalek (centro à esquerda) e do centro da cidade (canto inferior direito), bem como Bulaq (canto superior direito). A ocupação britânica pretendia ser temporária, mas durou até ao século XX. Os nacionalistas organizaram manifestações em grande escala no Cairo em 1919, cinco anos após o Egito ter sido declarado protetorado britânico. No entanto, isto levou à independência do Egito em 1922. A Edição do Rei Fuad I do Alcorão foi publicada pela primeira vez em 10 de julho de 1924 no Cairo sob o patrocínio do Rei Fuad. O objetivo do governo do recém- formado Reino do Egito não era deslegitimar os outros textos variantes do Alcorão (" qira'at "), mas eliminar erros encontrados nos textos do Alcorão usados nas escolas públicas. Um comitê de professores escolheu preservar uma única das "leituras" canônicas do qira'at, a saber, a da versão " Ḥafṣ", uma recitação cúfica do século VIII. Esta edição se tornou o padrão para impressões
  • 114. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 114 ] modernas do Alcorão para grande parte do mundo islâmico. A publicação foi chamada de "um sucesso tremendo", e a edição foi descrita como "agora amplamente vista como o texto oficial do Alcorão", tão popular entre sunitas e xiitas que a crença comum entre os muçulmanos menos bem informados é "que o Alcorão tem uma leitura única e inequívoca". Pequenas alterações foram feitas mais tarde em 1924 e em 1936 - a "edição Faruq" em homenagem ao então governante, o rei Faruq. Ocupação britânica até 1956 As tropas britânicas permaneceram no país até 1956. Durante esse período, o Cairo urbano, estimulado por novas pontes e ligações de transporte, continuou a expandir-se para incluir os bairros de luxo de Garden City, Zamalek e Heliópolis. Entre 1882 e 1937, a população do Cairo mais do que triplicou — de 347.000 para 1,3 milhões — e a sua área aumentou de 10 para 163 km2.
  • 115. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 115 ] A cidade foi devastada durante os tumultos de 1952, conhecidos como o Incêndio do Cairo ou Sábado Negro, que destruíram quase 700 lojas, cinemas, cassinos e hotéis no centro do Cairo. Os britânicos partiram do Cairo após a Revolução Egípcia de 1952, mas o rápido crescimento da cidade não mostrou sinais de diminuir. Buscando acomodar a crescente população, o presidente Gamal Abdel Nasser reconstruiu a Praça Tahrir e a Corniche do Nilo, e melhorou a rede de pontes e rodovias da cidade. Enquanto isso, controles adicionais do Nilo promoveram o desenvolvimento dentro da Ilha Gezira e ao longo da orla da cidade. A metrópole começou a invadir o fértil Delta do Nilo, levando o governo a construir cidades satélites no deserto e a criar incentivos para que os moradores da cidade se mudassem para elas. Depois de 1956 Na segunda metade do século XX, o Cairo continuou a crescer enormemente tanto em população
  • 116. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 116 ] quanto em área. Entre 1947 e 2006, a população da Grande Cairo passou de 2.986.280 para 16.292.269. A explosão populacional também impulsionou o surgimento de moradias "informais" ( 'ashwa'iyyat ), ou seja, moradias que foram construídas sem nenhum planejamento ou controle oficial. A forma exata desse tipo de moradia varia consideravelmente, mas geralmente tem uma densidade populacional muito maior do que a moradia formal. Em 2009, mais de 63% da população da Grande Cairo vivia em bairros informais, embora estes ocupassem apenas 17% da área total da Grande Cairo. De acordo com o economista David Sims, a moradia informal tem os benefícios de fornecer acomodações acessíveis e comunidades vibrantes para um grande número de classes trabalhadoras do Cairo, mas também sofre com a negligência do governo, uma relativa falta de serviços e superlotação. A cidade "formal" também foi expandida. O exemplo mais notável foi a criação de Madinat Nasr, uma enorme expansão da cidade patrocinada pelo governo para o leste, que começou oficialmente em 1959, mas foi desenvolvida principalmente em meados da década de
  • 117. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 117 ] 1970. A partir de 1977, o governo egípcio estabeleceu a Autoridade das Novas Comunidades Urbanas para iniciar e direcionar o desenvolvimento de novas cidades planejadas nos arredores do Cairo, geralmente estabelecidas em terras desérticas. Essas novas cidades satélites tinham como objetivo fornecer moradia, investimento e oportunidades de emprego para a crescente população da região, bem como para impedir o crescimento adicional de bairros informais. Em 2014, cerca de 10% da população da Grande Cairo vivia nas novas cidades. Ao mesmo tempo, o Cairo estabeleceu-se como um centro político e econômico para o Norte de África e o mundo árabe, com muitas empresas e organizações multinacionais, incluindo a Liga Árabe, a operar fora da cidade. Em 1979, os bairros históricos do Cairo foram listados como Património Mundial da UNESCO. Em 1992, o Cairo foi atingido por um terremoto que causou 545 mortes, feriu 6.512 pessoas e deixou cerca de 50.000 pessoas desabrigadas.
  • 118. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 118 ] Revolução egípcia de 2011 A Praça Tahrir do Cairo foi o ponto focal da revolução egípcia de 2011 contra o ex-presidente Hosni Mubarak. Mais de 50.000 manifestantes ocuparam a praça pela primeira vez em 25 de janeiro, durante o qual os serviços sem fio da área foram relatados como prejudicados. Nos dias seguintes, a Praça Tahrir continuou a ser o principal destino dos protestos no Cairo. A revolta foi principalmente uma campanha de resistência civil não violenta, que contou com uma série de manifestações, marchas, atos de desobediência civil e greves trabalhistas. Milhões de manifestantes de diversas origens socioeconômicas e religiosas exigiram a derrubada do regime do presidente egípcio Hosni Mubarak. Apesar de ser predominantemente pacífica por natureza, a revolução não ocorreu sem confrontos violentos entre as forças de segurança e os manifestantes, com pelo menos 846 pessoas mortas e 6.000 feridas. A revolta ocorreu no Cairo, Alexandria e em outras cidades do Egito, após a revolução tunisina que
  • 119. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 119 ] resultou na derrubada do antigo presidente tunisino Zine El Abidine Ben Ali. Em 11 de fevereiro, após semanas de protestos e pressão popular determinada, Hosni Mubarak renunciou ao cargo. Cairo pós-revolucionário Sob o governo do presidente el-Sisi, em março de 2015 foram anunciados planos para outra cidade planejada, ainda sem nome, a ser construída mais a leste da atual cidade satélite do Novo Cairo, destinada a servir como a nova capital do Egito. Geografia O rio Nilo atravessa o Cairo, contrastando aqui os antigos costumes da vida cotidiana com a cidade moderna de hoje.
  • 120. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 120 ] Vista aérea olhando para o sul, com os distritos de Zamalek e Gezira na Ilha de Gezira, cercados pelo Nilo Cairo está localizado no norte do Egito, conhecido como Baixo Egito, 165 km ao sul do Mar Mediterrâneo e 120 km a oeste do Golfo de Suez e do Canal de Suez. A cidade fica ao longo do Rio Nilo, imediatamente ao sul do ponto onde o rio deixa seu vale desértico e se ramifica na região baixa do Delta do Nilo. Embora a metrópole do Cairo se estenda para longe do Nilo em todas as direções, a cidade do Cairo reside apenas na margem leste do rio e duas ilhas dentro dele em uma área total de 453 km 2. Geologicamente, o Cairo fica em aluviões e dunas de areia.
  • 121. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 121 ] Até meados do século XIX, quando o rio foi domado por represas, diques e outros controles, o Nilo nas proximidades do Cairo era altamente suscetível a mudanças no curso e no nível da superfície. Ao longo dos anos, o Nilo gradualmente mudou para o oeste, fornecendo o local entre a borda oriental do rio e as terras altas de Mokattam, nas quais a cidade agora se ergue. A terra na qual o Cairo foi estabelecido em 969 (atual Cairo islâmico) estava localizada debaixo d'água pouco mais de trezentos anos antes, quando Fustat foi construída pela primeira vez. Os períodos baixos do Nilo durante o século XI continuaram a adicionar à paisagem do Cairo; uma nova ilha, conhecida como Geziret al-Fil, apareceu pela primeira vez em 1174, mas acabou se conectando ao continente. Hoje, o local de Geziret al-Fil é ocupado pelo distrito de Shubra. Os períodos baixos criaram outra ilha na virada do século XIV que agora compõe Zamalek e Gezira. Os esforços de recuperação de terras pelos mamelucos e otomanos contribuíram ainda mais para a expansão na margem leste do rio.
  • 122. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 122 ] Devido ao movimento do Nilo, as partes mais novas da cidade — Garden City, Downtown Cairo e Zamalek — estão localizadas mais próximas da margem do rio. As áreas, que abrigam a maioria das embaixadas do Cairo, são cercadas ao norte, leste e sul pelas partes mais antigas da cidade. O Cairo Antigo, localizado ao sul do centro, abriga os restos de Fustat e o coração da comunidade cristã copta do Egito, o Cairo Copta. O distrito de Boulaq, que fica na parte norte da cidade, nasceu de um grande porto do século XVI e agora é um grande centro industrial. A Cidadela está localizada a leste do centro da cidade, em torno do Cairo Islâmico, que remonta à era Fatímida e à fundação do Cairo. Enquanto o Cairo ocidental é dominado por amplas avenidas, espaços abertos e arquitetura moderna de influência europeia, a metade oriental, tendo crescido desordenadamente ao longo dos séculos, é dominada por pequenas vielas, cortiços lotados e arquitetura islâmica. As partes norte e extremo leste do Cairo, que incluem cidades satélites, estão entre as adições mais recentes à cidade, pois se desenvolveram no final do século XX e início do século XXI para acomodar o rápido
  • 123. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 123 ] crescimento da cidade. A margem ocidental do Nilo é comumente incluída na área urbana do Cairo, mas compõe a cidade de Gizé e a província de Gizé. A cidade de Gizé também passou por uma expansão significativa nos últimos anos e hoje tem uma população de 2,7 milhões. A província do Cairo ficava ao norte da província de Helwan de 2008, quando alguns distritos do sul do Cairo, incluindo Maadi e Novo Cairo, foram separados e anexados à nova província, a 2011, quando a província de Helwan foi reincorporada à província do Cairo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o nível de poluição atmosférica no Cairo é quase 12 vezes superior ao nível de segurança recomendado. Clima No Cairo e ao longo do Vale do Rio Nilo, o clima é um clima desértico quente ( BWh de acordo com o sistema de classificação climática de Köppen).
  • 124. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 124 ] Tempestades de vento podem ser frequentes, trazendo poeira saariana para a cidade, de março a maio, e o ar frequentemente se torna desconfortavelmente seco. Os invernos são amenos a quentes, enquanto os verões são longos e quentes. As altas temperaturas no inverno variam de 14 a 22 °C, enquanto as baixas noturnas caem para menos de 11 °C, frequentemente para 5 °C. No verão, as altas frequentemente excedem 31 °C, mas raramente ultrapassam 40 °C, e as baixas caem para cerca de 20 °C. A precipitação é escassa e só acontece nos meses mais frios, mas chuvas repentinas podem causar inundações severas. Os meses de verão têm alta umidade devido à proximidade com a costa do Mediterrâneo. A queda de neve é extremamente rara; uma pequena quantidade de granizo, que se acredita ser neve, caiu nos subúrbios mais a leste do Cairo em 13 de dezembro de 2013, a primeira vez que a área do Cairo recebeu esse tipo de precipitação em muitas décadas. Os pontos de orvalho nos meses mais quentes variam de 13,9 °C em junho a 18,3 °C em agosto.
  • 125. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 125 ] Área metropolitana e distritos A cidade do Cairo faz parte do Grande Cairo, a maior área metropolitana da África. Embora não tenha um órgão administrativo, o Ministério do Planejamento a considera uma região econômica composta pela Província do Cairo, Província de Gizé e Província de Qalyubia. Como uma área metropolitana contígua, vários estudos consideraram que o Grande Cairo é composto pelas cidades administrativas Cairo, Gizé e Shubra al- Kheima, além das cidades satélites / novas cidades que as cercam. Cairo é uma cidade-estado onde o governador também é o chefe da cidade. A própria cidade do Cairo difere de outras cidades egípcias por ter uma divisão administrativa extra entre os níveis da cidade e do distrito, que são áreas, que são chefiadas por vice-governadores. Cairo consiste em 4 áreas (manatiq, singl. mantiqa) divididas em 38 distritos (ahya', singl. hayy) e 46 qisms (alas policiais, 1-2 por distrito): A Área Norte está dividida em 8 Distritos:
  • 126. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 126 ] Shubra Al-Zawiya al-Hamra Hadayek al-Qubba Rod al-Farg Al-Sharabia Al-Sahel Al-Zeitoun Al-Amiriya A Área Oriental foi dividida em 9 Distritos e três novas cidades: Misr al-Gadidah e Al-Nozha (Heliópolis) Cidade de Nasr Leste e Cidade de Nasr Oeste Al-Salam 1 (Awwal) e al-Salam 2 (Than) Ain Shams Al-Matariya Al-Marg Shorouk (sob jurisdição da NUCA) Badr (sob jurisdição da NUCA)
  • 127. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 127 ] Al-Qahira al-Gadida (Novo Cairo, três qismos, sob jurisdição do NUCA) A Área Ocidental é dividida em 9 Distritos: Manshiyat Nasser Al-Wayli (incluindo qism al-Daher) Wasat al-Qahira (Centro do Cairo, incluindo Al- Darb al-Ahmar, al-Gamaliyya qisms) Bulaque Gharb al-Qahira (West Cairo, incluindo Zamalek qism, Qasr al-Nil qism incluindo Garden City e parte de Down Town) Abdeen Al-Azbakiya Al-Muski Bab al-Sha'aria A Área Sul é dividida em 12 Distritos: Masr El-Qadima (Antigo Cairo, incluindo Al- Manial)
  • 128. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 128 ] Al-Khalifa Al-Moqattam Al-Basatin Dar al-Salam Distrito de Sayyidah Zainab Al-Tebin Helwan Al-Ma'sara Al-Maadi Torá 15 de maio (sob jurisdição da NUCA) Cidades satélites Desde 1977, uma série de novas cidades foram planejadas e construídas pela New Urban Communities Authority (NUCA) no Deserto Oriental ao redor do Cairo, ostensivamente para acomodar o crescimento populacional adicional e o desenvolvimento da cidade e conter o desenvolvimento de áreas informais
  • 129. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 129 ] autoconstruídas, especialmente em terras agrícolas. Em 2022, quatro novas cidades foram construídas e têm populações residenciais: 15th of May City, Badr City, Shorouk City e New Cairo. Além disso, mais duas estão em construção: a New Administrative Capital. E Capital Gardens, onde a terra foi alocada em 2021, e que abrigará a maioria dos funcionários públicos empregados na nova capital. Nova capital planejada Em Março de 2015, foram anunciados planos para a construção de uma nova cidade a leste do Cairo, numa área subdesenvolvida da província do Cairo, que serviria como a Nova Capital Administrativa do Egito. Demografia População histórica Ano População ±% ao ano 1884 352.416 — 1907 654.476 +2,73%
  • 130. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 130 ] 1950 2.493.514 +3,16% 1960 3.680.160 +3,97% 1970 5.584.507 +4,26% 1980 7.348.778 +2,78% 1990 9.892.143 +3,02% 2000 13.625.565+3,25% 2010 16.899.015+2,18% 2019 20.484.965+2,16% Fonte: Censo decenal. Para a aglomeração do Cairo: De acordo com o censo de 2017, o Cairo tinha uma população de 9.539.673 pessoas, distribuídas por 46 qisms (alas policiais): Religião A maioria da população do Egito e do Cairo é muçulmana sunita. Existe uma minoria cristã significativa, entre os quais os ortodoxos coptas são a maioria. Números precisos para cada comunidade religiosa no Egito não estão disponíveis e as estimativas variam.
  • 131. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 131 ] Outras igrejas que têm, ou tiveram, uma presença no Cairo moderno incluem a Igreja Católica (incluindo a Católica Armênia, Católica Copta, Católica Caldeia, Católica Síria e Maronita), a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Evangélica do Egito (Sínodo do Nilo) e algumas igrejas protestantes. O Cairo é a sede da Igreja Ortodoxa Copta desde o século XII, e a sede do Papa Ortodoxo Copta está localizada na Catedral Ortodoxa Copta de São Marcos. Até o século XX, o Cairo tinha uma comunidade judaica considerável, mas em 2022 apenas três judeus viviam na cidade. Um total de 12 sinagogas no Cairo ainda existem. Economia A economia do Cairo tem sido tradicionalmente baseada em instituições e serviços governamentais, com o setor produtivo moderno se expandindo no século XX para incluir desenvolvimentos em têxteis e processamento de alimentos – especificamente a produção de cana-de-açúcar. Em 2005, o Egito tinha o maior PIB não baseado em petróleo do mundo árabe.
  • 132. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 132 ] O Cairo é responsável por 11% da população do Egito e 22% de sua economia (PPP). A maior parte do comércio do país é gerada lá, ou passa pela cidade. A grande maioria das editoras e veículos de comunicação e quase todos os estúdios de cinema estão lá, assim como metade dos leitos hospitalares e universidades do país. Isso impulsionou a rápida construção na cidade, com um edifício em cada cinco tendo menos de 15 anos. Este crescimento até recentemente avançou muito à frente dos serviços da cidade. Casas, estradas, eletricidade, telefone e serviços de esgoto eram todos escassos. Analistas tentando compreender a magnitude da mudança cunharam termos como "hiperurbanização". Infraestrutura Saúde Cairo, assim como a vizinha Gizé, foi estabelecida como o principal centro de tratamento médico do Egito e, apesar de algumas exceções, tem o nível mais avançado
  • 133. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 133 ] de assistência médica do país. Os hospitais do Cairo incluem o Hospital Internacional As-Salaam credenciado pela JCI, Hospital Universitário Ain Shams, Dar Al Fouad, Hospital Nile Badrawi, Hospital 57357, bem como o Hospital Qasr El Eyni. Educação A Grande Cairo tem sido há muito tempo o centro de educação e serviços educacionais para o Egito e a região. Hoje, a Grande Cairo é o centro de muitos escritórios governamentais que regem o sistema educacional egípcio, tem o maior número de escolas e institutos de ensino superior entre outras cidades e províncias do Egito. Algumas das escolas internacionais encontradas no Cairo: Faculdade de Engenharia, Universidade Ain Shams
  • 134. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 134 ] Faculdade de Farmácia, Universidade Ain Shams A Universidade do Cairo é a maior universidade do Egito e está localizada em Gizé. Universidades na Grande Cairo: Universidade Data de fundação Universidade Al Azhar 970–972 Universidade do Cairo 1908 Universidade Americana no Cairo 1919 Universidade Ain Shams 1950 Academia Árabe de Ciência e Tecnologia e Transporte Marítimo 1972 Universidade de Helwan 1975 Academia Sadat de Ciências da Administração 1981 Instituto Superior Tecnológico 1989 Academia Moderna em Maadi 1993 Universidade Internacional Misr 1996 Universidade Misr de Ciência e Tecnologia 1996
  • 135. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 135 ] Universidade de Ciências e Artes Modernas 1996 Universidade Francesa do Egito 2002 Universidade Alemã no Cairo 2003 Universidade Aberta Árabe 2003 Faculdade Internacional Canadense 2004 Universidade Britânica no Egito 2005 Universidade Canadense Ahram 2005 Universidade do Nilo 2006 Universidade do Futuro no Egito 2006 Universidade Egípcia Russa 2006 Universidade de Heliópolis para o Desenvolvimento Sustentável 2009 Nova Universidade de Gizé 2016 Transporte O Cairo tem uma extensa rede rodoviária, sistema ferroviário, sistema de metrô e serviços marítimos. O transporte rodoviário é facilitado por veículos pessoais, táxis, ônibus públicos privados e microônibus. O
  • 136. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 136 ] Aeroporto Internacional do Cairo é o maior aeroporto do país e um dos aeroportos mais movimentados da África. Transporte público O Cairo, especificamente a Estação Ramsés, é o centro de quase toda a rede de transporte egípcia. A Cairo Transportation Authority (CTA) administra o transporte público do Cairo. O sistema de metrô, o Cairo Metro, é uma maneira rápida e eficiente de se locomover pelo Cairo. A rede de metrô cobre Helwan e outros subúrbios. Pode ficar muito lotado durante a hora do rush. Dois vagões de trem (o quarto e o quinto) são reservados apenas para mulheres, embora as mulheres possam andar em qualquer vagão que desejarem. Os bondes no Grande Cairo e os trólebus do Cairo eram usados como meios de transporte, mas foram fechados na década de 1970 em todos os lugares, exceto Heliópolis e Helwan. Eles foram fechados em 2014, após a Revolução Egípcia.
  • 137. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 137 ] Em 2017, foram anunciados planos para construir dois sistemas de monotrilho, um ligando 6 de outubro ao subúrbio de Gizé, uma distância de 35 km, e o outro ligando a cidade de Nasr ao Novo Cairo, uma distância de 52 km. Estradas Ponte 6 de Outubro no Cairo Duas rotas de automóveis transafricanas se originam no Cairo: a Rodovia Cairo-Cidade do Cabo e a Rodovia Cairo-Dacar. Uma extensa rede rodoviária conecta o Cairo com outras cidades e vilas egípcias. Há um novo anel viário que circunda os arredores da cidade, com saídas que chegam aos distritos externos do Cairo.
  • 138. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 138 ] Há viadutos e pontes, como a Ponte 6 de Outubro que, quando o tráfego não é intenso, permite meios rápidos de transporte de um lado da cidade para o outro. O trânsito do Cairo é conhecido por ser opressivo e superlotado. O trânsito se move em um ritmo relativamente fluido. Os motoristas tendem a ser agressivos, mas são mais corteses nos cruzamentos, revezando-se na ida, com a polícia auxiliando no controle do tráfego em algumas áreas congestionadas. Outras formas de transporte Parafuso Cairo Nilo Ferry Táxi do Cairo/Táxi Amarelo Carreguem DiDi Uber Cultura
  • 139. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 139 ] Cairo Opera House, no Centro Cultural Nacional, distrito de Zamalek. O presidente Mubarak inaugurou a nova Cairo Opera House dos Centros Culturais Nacionais Egípcios em 10 de outubro de 1988, 17 anos após a Royal Opera House ter sido destruída por um incêndio. O National Cultural Centre foi construído com a ajuda da JICA, a Japan International Co-operation Agency e se destaca como uma característica proeminente da cooperação nipo-egípcia e da amizade entre as duas nações. Ópera Khedivial A Khedivial Opera House, ou Royal Opera House, foi a casa de ópera original no Cairo. Foi inaugurada em 1º de novembro de 1869 e incendiada em 28 de outubro
  • 140. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 140 ] de 1971. Depois que a casa de ópera original foi destruída, o Cairo ficou sem uma casa de ópera por quase duas décadas até a inauguração da nova Cairo Opera House em 1988. Festival Internacional de Cinema do Cairo O Cairo realizou seu primeiro festival internacional de cinema em 16 de agosto de 1976, quando o primeiro Festival Internacional de Cinema do Cairo foi lançado pela Associação Egípcia de Escritores e Críticos de Cinema, liderada por Kamal El-Mallakh. A Associação administrou o festival por sete anos até 1983. Essa conquista levou o Presidente do Festival a contatar novamente a FIAPF com o pedido de que uma competição fosse incluída no Festival de 1991. O pedido foi atendido. Em 1998, o Festival ocorreu sob a presidência de um dos principais atores do Egito, Hussein Fahmy, que foi nomeado pelo Ministro da Cultura, Farouk Hosni, após a morte de Saad El-Din Wahba. Quatro anos depois, o
  • 141. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 141 ] jornalista e escritor Cherif El-Shoubashy tornou-se presidente. Cairo Geniza A Geniza do Cairo é um acúmulo de quase 200.000 manuscritos judaicos que foram encontrados na genizah da Sinagoga Ben Ezra (construída em 882) de Fustat, Egito (hoje Cairo Antigo), no cemitério Basatin a leste do Cairo Antigo e em vários documentos antigos que foram comprados no Cairo no final do século XIX. Esses documentos foram escritos de cerca de 870 a 1880 d.C. e foram arquivados em várias bibliotecas americanas e europeias. A coleção Taylor-Schechter na Universidade de Cambridge tem 140.000 manuscritos; outros 40.000 manuscritos estão abrigados no Seminário Teológico Judaico da América. Esportes
  • 142. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 142 ] Estádio Internacional do Cairo com 75.100 lugares O futebol é o esporte mais popular no Egito, e o Cairo tem times esportivos que competem em ligas nacionais e regionais, mais notavelmente o Al Ahly e o Zamalek SC, que foram o primeiro e o segundo clubes africanos da CAF do século XX. A partida anual entre o Al Ahly e o El Zamalek é um dos eventos esportivos mais assistidos no Egito. Os times formam a maior rivalidade do futebol egípcio. Eles jogam seus jogos em casa no Estádio Internacional do Cairo, que é o segundo maior estádio do Egito, bem como o maior do Cairo. O Estádio Internacional do Cairo foi construído em 1960. Seu complexo esportivo multiuso abriga o
  • 143. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 143 ] principal estádio de futebol, um estádio coberto, campos satélites que realizam jogos regionais e continentais, incluindo os Jogos Africanos, o Campeonato Mundial de Futebol Sub-17 e a Copa das Nações Africanas de 2006. O Egito mais tarde venceu a competição e a próxima edição em Gana (2008), tornando as seleções egípcia e ganesa as únicas a vencer a Copa das Nações Africanas consecutivamente. O Egito conquistou o título por um recorde de seis vezes na história da Competição Continental Africana. Isso foi seguido por uma terceira vitória consecutiva em Angola em 2010, tornando o Egito o único país com um recorde de 3 vitórias consecutivos e 7 no total da Competição Continental de Futebol. Em 2021, a seleção egípcia está classificada em 46º lugar no mundo pela FIFA. O Cairo falhou na fase de candidatura quando se candidatou aos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, que foram sediados em Pequim. No entanto, o Cairo acolheu os Jogos Pan-Árabes de 2007. Existem outros times esportivos na cidade que participam de vários esportes, incluindo Gezira Sporting Club, el Shams Club, Shooting Club, Heliopolis Sporting
  • 144. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 144 ] Club e vários clubes menores. Existem novos clubes esportivos na área de New Cairo (a uma hora do centro do Cairo), estes são Al Zohour sporting club, Wadi Degla sporting club e Platinum Club. A maioria das federações esportivas do país estão localizadas nos subúrbios da cidade, incluindo a Associação Egípcia de Futebol. A sede da Confederação Africana de Futebol (CAF) estava anteriormente localizada no Cairo, antes de se mudar para sua nova sede na Cidade 6 de Outubro, uma pequena cidade longe dos distritos lotados do Cairo. Em 2008, a Federação Egípcia de Rúgbi foi oficialmente formada e recebeu a filiação ao Conselho Internacional de Rúgbi. O Egito é conhecido internacionalmente pela excelência de seus jogadores de squash que se destacam nas divisões profissional e júnior. O Egito tem sete jogadores no top dez do ranking mundial masculino da PSA e três no top dez feminino. Mohamed El Shorbagy ocupou a posição de número um do mundo por mais de um ano. Nour El Sherbini venceu o Campeonato Mundial Feminino duas vezes e foi a número um do mundo feminino. Em 30 de abril de 2016, ela se tornou a mulher
  • 145. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 145 ] mais jovem a vencer o Campeonato Mundial Feminino. Em 2017, ela manteve seu título. O Cairo é o ponto final oficial do Cross Egypt Challenge, onde sua rota termina anualmente no lugar mais sagrado do Egito, sob as Grandes Pirâmides de Gizé, com uma grande cerimônia de entrega de troféus. Paisagem urbana e pontos de referência Praça Tahrir Vista da Praça Tahrir (em 2020) A Praça Tahrir foi fundada em meados do século XIX com o estabelecimento do moderno centro do Cairo. Foi inicialmente chamada de Praça Ismailia, em homenagem ao governante do século XIX Khedive Ismail,
  • 146. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 146 ] que encomendou o projeto "Paris no Nilo" do novo distrito do centro. Após a Revolução Egípcia de 1919, a praça tornou-se amplamente conhecida como Praça Tahrir (Libertação), embora não tenha sido oficialmente renomeada como tal até depois da Revolução de 1952, que eliminou a monarquia. Vários edifícios notáveis cercam a praça, incluindo a Universidade Americana no campus do centro do Cairo, o Edifício administrativo governamental Mogamma, a sede da Liga Árabe, o Nile Ritz Carlton Hotel e o Museu Egípcio. Estando no coração do Cairo, a praça testemunhou vários protestos importantes ao longo dos anos. No entanto, o evento mais notável na praça foi ser o ponto focal da Revolução Egípcia de 2011 contra o ex-presidente Hosni Mubarak. Em 2020, o governo concluiu a construção de um novo monumento no centro da praça, com um antigo obelisco do reinado de Ramsés II, originalmente descoberto em Tanis (San al-Hagar) em 2019, e quatro estátuas de esfinge com cabeça de carneiro movidas de Karnak. Grande Museu Egípcio
  • 147. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 147 ] Grande parte da coleção do Museu de Antiguidades Egípcias, incluindo a coleção de Tutancâmon, está programada para ser transferida para o novo Grande Museu Egípcio, em construção em Gizé e com inauguração prevista para o final de 2020. Torre do Cairo Torre do Cairo à noite A Torre do Cairo é uma torre independente com um restaurante giratório no topo. É um dos marcos do Cairo e oferece uma vista panorâmica da cidade para os
  • 148. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 148 ] clientes do restaurante. Fica no distrito de Zamalek, na Ilha Gezira, no Rio Nilo, no centro da cidade. Com 187 m, 44 m mais alto que a Grande Pirâmide de Gizé, que fica a cerca de 15 km a sudoeste. Cairo Antigo Esta área do Cairo é assim chamada porque contém os restos da antiga fortaleza romana da Babilônia e também se sobrepõe ao local original de Fustat, o primeiro assentamento árabe no Egito (século VII d.C.) e o antecessor do Cairo posterior. A área inclui o Cairo copta, que detém uma alta concentração de antigas igrejas cristãs, como a Igreja Suspensa, a Igreja Ortodoxa Grega de São Jorge e outros edifícios cristãos ou coptas, a maioria dos quais está localizada em um enclave no local da antiga fortaleza romana. É também a localização do Museu Copta, que exibe a história da arte copta desde os tempos greco-romanos até os islâmicos, e da Sinagoga Ben Ezra, a mais antiga e conhecida sinagoga
  • 149. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 149 ] do Cairo, onde a importante coleção de documentos de Geniza foi descoberta no século XIX. Cemitério no Cairo Copta Ao norte deste enclave copta está a Mesquita Amr ibn al-'As, a primeira mesquita do Egito e o centro religioso mais importante do que era anteriormente Fustat, fundada em 642 d.C. logo após a conquista árabe, mas reconstruída muitas vezes desde então. Uma parte da antiga cidade de Fustat também foi escavada a leste da mesquita e do enclave copta, embora o sítio arqueológico esteja ameaçado pela construção invasora e pelo desenvolvimento moderno. A noroeste da Fortaleza da Babilônia e da mesquita está o Mosteiro de São Mercúrio (ou Dayr Abu Sayfayn), um importante e histórico complexo religioso copta que consiste na Igreja
  • 150. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 150 ] de São Mercúrio, na Igreja de Santa Shenute e na Igreja da Virgem (também conhecida como al-Damshiriya. Várias outras igrejas históricas também estão situadas ao sul da Fortaleza da Babilônia. Cairo Islâmico Mesquita Al-Azhar, vista do pátio da era fatímida e minaretes mamelucos. O Cairo abriga uma das maiores concentrações de monumentos históricos de arquitetura islâmica do mundo. As áreas ao redor da antiga cidade murada e ao
  • 151. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 151 ] redor da Cidadela são caracterizadas por centenas de mesquitas, tumbas, madrassas, mansões, caravançarais e fortificações que datam da era islâmica e são frequentemente chamadas de "Cairo islâmico", especialmente na literatura de viagens em inglês. É também o local de vários santuários religiosos importantes, como a Mesquita al-Hussein (cujo santuário se acredita conter a cabeça de Husayn ibn Ali), o Mausoléu do Imam al-Shafi'i (fundador do madhhab Shafi'i, uma das principais escolas de pensamento da jurisprudência islâmica sunita), o Túmulo de Sayyida Ruqayya, a Mesquita de Sayyida Nafisa e outros. A primeira mesquita no Egito foi a Mesquita de Amr ibn al-As no que era anteriormente Fustat, o primeiro assentamento árabe-muçulmano na área. No entanto, a Mesquita de Ibn Tulun é a mesquita mais antiga que ainda mantém sua forma original e é um raro exemplo da arquitetura abássida do período clássico da civilização islâmica. Foi construída em 876–879 d.C. em um estilo inspirado na capital abássida de Samarra, no Iraque. É uma das maiores mesquitas do Cairo e é frequentemente citada como uma das mais bonitas. Outra construção
  • 152. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 152 ] abássida, o Nilômetro na Ilha de Roda, é a estrutura original mais antiga do Cairo, construída em 862 d.C. Foi projetada para medir o nível do Nilo, que era importante para fins agrícolas e administrativos. O assentamento que foi formalmente chamado de Cairo (em árabe: al-Qahira) foi fundado a nordeste de Fustat em 959 d.C. pelo vitorioso exército fatímida. Os fatímidas construíram-na como uma cidade palaciana separada que continha seus palácios e instituições de governo. Era cercada por um circuito de muralhas, que foram reconstruídas em pedra no final do século XI d.C. pelo vizir Badr al-Gamali, partes das quais sobrevivem hoje em Bab Zuwayla no sul e Bab al-Futuh e Bab al-Nasr no norte. Entre os monumentos existentes da era fatímida estão a grande Mesquita de al-Hakim, a Mesquita de Aqmar, a Mesquita de Juyushi, a Mesquita de Lulua e a Mesquita de Al-Salih Tala'i. Uma das instituições mais importantes e duradouras fundadas no período fatímida foi a Mesquita de al-Azhar, fundada em 970 d.C., que compete com a Qarawiyyin em Fez pelo título de universidade mais antiga do mundo. Hoje, a Universidade al-Azhar é o principal
  • 153. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 153 ] centro de aprendizagem islâmica do mundo e uma das maiores universidades do Egito, com campus em todo o país. A mesquita em si retém elementos fatímidas significativos, mas foi adicionada e expandida nos séculos subsequentes, principalmente pelos sultões mamelucos Qaytbay e al-Ghuri e por Abd al-Rahman Katkhuda no século XVIII. A herança arquitetônica mais proeminente do Cairo medieval, no entanto, data do período mameluco, de 1250 a 1517 d.C. Os sultões e elites mamelucos eram patronos ávidos da vida religiosa e acadêmica, comumente construindo complexos religiosos ou funerários cujas funções podiam incluir uma mesquita, madrasa, khanqah (para sufis), um sabil (dispensário de água) e um mausoléu para eles e suas famílias. Entre os exemplos mais conhecidos de monumentos mamelucos no Cairo estão a enorme Mesquita-Madrasa do Sultão Hasan, a Mesquita de Amir al-Maridani, a Mesquita do Sultão al-Mu'ayyad (cujos minaretes gêmeos foram construídos acima do portão de Bab Zuwayla), o complexo do Sultão Al-Ghuri, o complexo funerário do Sultão Qaytbay no Cemitério do Norte e o trio de
  • 154. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 154 ] monumentos na área de Bayn al-Qasrayn, compreendendo o complexo do Sultão al-Mansur Qalawun, a Madrasa de al-Nasir Muhammad e a Madrasa do Sultão Barquq. Algumas mesquitas incluem spolia (frequentemente colunas ou capitéis) de edifícios anteriores construídos pelos romanos, bizantinos ou coptas. Os mamelucos, e os otomanos posteriores, também construíram wikalas ou caravanserais para abrigar comerciantes e mercadorias devido ao importante papel do comércio na economia do Cairo. Ainda intacta hoje está a Wikala al-Ghuri, que hoje hospeda apresentações regulares da Al-Tannoura Egyptian Heritage Dance Troupe. O Khan al-Khalili é um centro comercial que também integra caravanserais (também conhecidos como khans). Cidadela do Cairo
  • 155. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 155 ] A Cidadela do Cairo, com a Mesquita de Muhammad Ali A Cidadela é um recinto fortificado iniciado por Salah al-Din em 1176 d.C. em um afloramento das colinas de Muqattam como parte de um grande sistema defensivo para proteger o Cairo ao norte e Fustat ao sudoeste. Foi o centro do governo egípcio e residência de seus governantes até 1874, quando o quediva Isma'il se mudou para o Palácio 'Abdin. Ainda é ocupada pelos militares hoje, mas agora está aberta como uma atração turística que compreende, notavelmente, o Museu Militar Nacional, a Mesquita de al-Nasir Muhammad do século XIV e a Mesquita de Muhammad Ali do século XIX, que comanda uma posição dominante no horizonte do Cairo.
  • 156. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 156 ] Khan el-Khalili Um portal medieval em Khan al-Khalili Khan el-Khalili é um antigo bazar, ou mercado adjacente à Mesquita Al-Hussein. Ele remonta a 1385, quando Amir Jarkas el-Khalili construiu um grande caravanserai, ou khan. (Um caravanserai é um hotel para comerciantes e geralmente o ponto focal para qualquer área circundante.) Este edifício original de caravanserai foi demolido pelo sultão al-Ghuri, que o reconstruiu como um novo complexo comercial no início do século XVI, formando a base para a rede de souqs existentes hoje. Muitos elementos medievais permanecem hoje, incluindo os portões ornamentados em estilo mameluco. Hoje, o
  • 157. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 157 ] Khan el-Khalili é uma grande atração turística e parada popular para grupos de turistas. Sociedade Atualmente, o Cairo é uma cidade fortemente urbanizada. Devido ao fluxo de pessoas para a cidade, casas isoladas são raras, e prédios de apartamentos acomodam o espaço limitado e a abundância de pessoas. Casas isoladas são geralmente de propriedade dos ricos. A educação formal também é vista como importante, com doze anos de educação formal padrão. Os habitantes de Cairo podem fazer um teste padronizado semelhante ao SAT para serem aceitos em uma instituição de ensino superior, mas a maioria das crianças não termina a escola e opta por escolher um ofício para entrar na força de trabalho. O Egito ainda luta contra a pobreza, com quase metade da população vivendo com US$ 2 ou menos por dia. Direitos das mulheres
  • 158. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 158 ] O movimento pelos direitos civis das mulheres no Cairo – e, por extensão, no Egito – tem sido uma luta há anos. Há relatos de que as mulheres enfrentam discriminação constante, assédio sexual e abuso em todo o Cairo. Um estudo da ONU de 2013 descobriu que mais de 99% das mulheres egípcias relataram ter sofrido assédio sexual em algum momento de suas vidas. O problema persiste apesar das novas leis nacionais desde 2014 que definem e criminalizam o assédio sexual. A situação é tão grave que em 2017, o Cairo foi nomeado por uma pesquisa como a megacidade mais perigosa para as mulheres no mundo. Em 2020, a conta de mídia social "Assault Police" começou a nomear e envergonhar os perpetradores de violência contra as mulheres, em um esforço para dissuadir potenciais infratores. A conta foi fundada pela estudante Nadeen Ashraf, que é creditada por instigar uma iteração do movimento #MeToo no Egito. Poluição
  • 159. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 159 ] Fumaça no Cairo Tráfego no Cairo A poluição do ar no Cairo é uma questão de séria preocupação. Os níveis de hidrocarbonetos aromáticos voláteis da Grande Cairo são mais altos do que em muitas outras cidades semelhantes. As medições da qualidade do ar no Cairo também têm registrado níveis perigosos de concentrações de chumbo, dióxido de carbono, dióxido de enxofre e partículas em suspensão devido a décadas de emissões de veículos não regulamentadas, operações industriais urbanas e queima de palha e lixo. Existem mais de 4.500.000 carros nas
  • 160. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 160 ] ruas do Cairo, 60% dos quais têm mais de 10 anos e, portanto, não possuem recursos modernos de redução de emissões. O Cairo tem um fator de dispersão muito baixo devido à falta de chuva e ao seu layout de edifícios altos e ruas estreitas, que criam um efeito de tigela. Nos últimos anos, uma nuvem negra (como os egípcios a chamam) de poluição atmosférica apareceu sobre o Cairo a cada outono devido à inversão de temperatura. A poluição atmosférica causa doenças respiratórias graves e irritações oculares nos cidadãos da cidade. Os turistas que não estão familiarizados com níveis tão altos de poluição devem tomar cuidado extra. O Cairo também tem muitas fundições de chumbo e cobre não registradas que poluem fortemente a cidade. Os resultados disso têm sido uma névoa permanente sobre a cidade com partículas no ar atingindo mais de três vezes os níveis normais. Estima-se que 10.000 a 25.000 pessoas por ano no Cairo morrem devido a doenças relacionadas à poluição do ar. Foi demonstrado que o chumbo causa danos ao sistema nervoso central e neurotoxicidade, especialmente em crianças. Em 1995, as primeiras leis ambientais foram introduzidas e a situação
  • 161. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 161 ] viu alguma melhora com 36 estações de monitoramento do ar e testes de emissões em carros. Vinte mil ônibus também foram comissionados para a cidade para melhorar os níveis de congestionamento, que são muito altos. A cidade também sofre com um alto nível de poluição do solo. Cairo produz 10.000 toneladas de resíduos por dia, 4.000 toneladas das quais não são coletadas ou gerenciadas. Este é um grande risco à saúde, e o governo egípcio está procurando maneiras de combater isso. A Agência de Limpeza e Embelezamento do Cairo foi fundada para coletar e reciclar os resíduos; eles trabalham com a comunidade Zabbaleen que coleta e recicla os resíduos do Cairo desde a virada do século XX e vive em uma área conhecida localmente como Manshiyat naser. Ambos estão trabalhando juntos para coletar o máximo de resíduos possível dentro dos limites da cidade, embora continue sendo um problema urgente. A poluição da água também é um problema sério na cidade, pois o sistema de esgoto tende a falhar e transbordar. Às vezes, o esgoto escapa para as ruas e cria um risco à saúde. Espera-se que esse problema seja
  • 162. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 162 ] resolvido por um novo sistema de esgoto financiado pela União Europeia, que poderia lidar com a demanda da cidade. Os níveis perigosamente altos de mercúrio no sistema de água da cidade deixaram as autoridades de saúde globais preocupadas com os riscos à saúde relacionados. Relações internacionais A sede da Liga Árabe está localizada na Praça Tahrir, no centro do Cairo. Cidades gêmeas – cidades irmãs Cairo é geminada com: Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos Amã, Jordânia Bagdá, Iraque Pequim, China Damasco, Síria Jerusalém Oriental, Palestina
  • 163. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 163 ] Istambul, Turquia Kairouan, Tunísia Cartum, Sudão Muscat, Omã Província de Palermo, Itália Rabat, Marrocos Sanaa, Iêmen Seul, Coreia do Sul Stuttgart, Alemanha Tashkent, Uzbequistão Tbilisi, Geórgia Tóquio, Japão Trípoli, Líbia Pessoas notáveis Família Zulfikar , família nobre egípcia. Rabab Al-Kadhimi (1918–1998), dentista e poeta. Wael Alaa (nascido em 1987), músico conhecido como Neobyrd.
  • 164. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 164 ] Amr Aly (nascido em 1962), jogador de futebol americano e atleta olímpico. Gamal Aziz, também conhecido como Gamal Mohammed Abdelaziz, ex-presidente e diretor de operações da Wynn Resorts e ex-CEO da MGM Resorts International, indiciado como parte do escândalo de suborno em admissões em faculdades de 2019. Yasser Arafat (1929–2004), nascido Mohammed Abdel Rahman Abdel Raouf al-Qudwa al-Husseini, foi o terceiro presidente da OLP e o primeiro presidente da Autoridade Palestina. Abu Sa'id al-Afif, samaritano do século XV. Ezz El-Dine Zulficar, (1919–1963) foi um diretor de cinema, roteirista, ator e produtor egípcio, conhecido por seu estilo distinto, que mistura romance e ação. Zulficar foi um dos cineastas mais influentes da era de ouro do cinema egípcio. Boutros Ghali (1922–2016), ex-secretário-geral das Nações Unidas. Dalida (1933–1987), cantora ítalo-egípcia que viveu a maior parte de sua vida na França, recebeu 55
  • 165. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 165 ] discos de ouro e foi a primeira cantora a receber um disco de diamante. Farouk El-Baz (nascido em 1938), um cientista espacial egípcio-americano que trabalhou com a NASA para auxiliar no planejamento da exploração científica da Lua, incluindo a seleção de locais de pouso para as missões Apollo e o treinamento de astronautas em observações e fotografia lunares. Ahmed Mourad Bey Zulfikar (1888–1945), chefe de polícia egípcio. Freddy Elbaiady (nascido em 1971), político egípcio. Mohamed ElBaradei (nascido em 1942), ex- diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2005 CS Forester (1899–1966), romancista inglês conhecido por escrever contos de guerra naval, nascido no Cairo. Nourane Foster (nascido em 1987), empresário, político e membro da Assembleia Nacional camaronês. William Donald Hamilton (1936–2000), biólogo evolucionista britânico, nasceu no Cairo.
  • 166. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 166 ] Mauro Hamza (nascido em 1965 ou 1966), treinador de esgrima. Taco Hemingway (nascido em 1990), artista de hip-hop polonês. Dorothy Hodgkin (1910–1994), química britânica, creditada pelo desenvolvimento da cristalografia de proteínas, Prêmio Nobel de Química em 1964. Naguib Mahfouz (1911–2006), romancista, laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1988. Roland Moreno (1945–2012), inventor, engenheiro, humorista e autor francês que inventou o cartão inteligente. Gamal Abdel Nasser (1918–1970) foi um político egípcio que serviu como segundo presidente do Egito de 1954 até sua morte em 1970. Ahmed Sabri (1889–1955), pintor. Dina Zulfikar (nascida em 1962), distribuidora de filmes e ativista do bem-estar animal. Mohamed Sobhi (nascido em 1948), ator de cinema, televisão e teatro e diretor. Beata Maria Caterina Troiani (1813–1887), ativista caritativa.
  • 167. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 167 ] Magdi Yacoub (nascido em 1935), cirurgião cardiotorácico egípcio-britânico. Hesham Youssef, diplomata egípcio. Ahmed Zulfikar (1952–2010), engenheiro mecânico e empresário. Naguib Sawiris (nascido em 1954), empresário, 62ª pessoa mais rica da Terra na lista de bilionários de 2007, alcançando US$ 10,0 bilhões com sua empresa Orascom Telecom Holding Yakub Kadri Karaosmanoğlu (1889–1974), romancista turco. Mona Zulficar (nascida em 1950), advogada e ativista dos direitos humanos. Foi incluída na lista da Forbes 2021 das "100 empresárias mais poderosas da região árabe". Ismail Pacha (1830–1895), foi um político egípcio que serviu como quediva do Egito de 1863 a 1879. Avi Cohen (1956–2010), jogador de futebol internacional israelense. Maghlatay ibn Qalij (1291-1361), estudioso islâmico e autor da era mameluca. [1]
  • 168. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 168 ] REFERÊNCIAS 1 - en.wikipedia.org/wiki/Cairo 2 - royal-perfumes.com/about-us/ 3 - africame.factsanddetails.com/article/entry- 452.html 4 - https://cairoscene.com/buzz/egypt-build- biggest-date-plantation 5 - https://www.middleeastmonitor.com/20230530- who-can-afford-meat-in-egypt-today/ 6 - https://www.privacyshield.gov/ps/article?id=Egypt- Banking-Systems 7 - https://www.arabnews.com/node/1225251/middle-east 8 - https://www.middleeasteye.net/discover/egypt- oldest-bookshops-cairo-treasure-trove 9 - https://www.barnabasaid.org/br/latest- needs/voce-pode-ajudar-as-viuvas-e-os-orfaos-da- comunidade-crista-marginalizad/ 10 - https://www.roughguides.com/egypt/customs- etiquette/ 11 - https://www.cairo-airport.com/en-us/ 12 - https://www.tripadvisor.com.br/ShowTopic- g294200-i9124-k12221202- Exotic_Tours_and_travel-Egypt.html
  • 169. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 169 ] 13 - https://egymonuments.gov.eg/en/monuments/churc h-of-saint-sergius-and-bacchus/ 14 - https://www.travel-notes.org/papyrus.html COLEÇÃO DE LIVROS TERRAS BÍBLICAS AUTOR: O PEREGRINO CRISTÃO Cidade do Cairo no Egito Caná da Galileia Via Dolorosa Grande Esfinge do Egito As pirâmides do Egito O Mar Vermelho O Mar da Galileia Monte das Oliveiras Belém, onde nasceu Jesus Basílica da Natividade em Belém Jerônimo de Belém da Judéia Sinai, o monte de Deus O exótico Mar Morto Jericó, a cidade mais antiga do mundo
  • 170. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 170 ] Monte Carmelo e o profeta Elias Mênfis, no Egito Barreira israelense na Cisjordânia Rio Nilo no Egito Museu Egípcio do Cairo Aeroporto de Tel-Aviv, maravilha da humanidade Os beduínos na Bíblia e hoje Dubai, maravilha da humanidade História da cidade de Jerusalém Jerusalém na Bíblia O Jardim do Éden na Bíblia O Estado Judeu de Israel Introdução à Arqueologia Egiptologia Bíblica Aeroporto Guarulhos, maravilha da humanidade Airbus A380, maravilha da humanidade David Ben-Gurion – Herói de Israel
  • 171. CIDADE DO CAIRO NO EGITO [ 171 ] COLEÇÃO DE LIVROS CONTRA O ANTISSEMITISMO Lutero era antissemita O Talmud Desmascarado [analisado] A vitória do judaísmo sobre o germanismo com comentários. Cronologia de perseguições aos judeus – Volume 1 [do início ao século XIX] Cronologia de perseguições aos judeus – Volume 2 [séc XX e XXI] Guerras e crimes contra Israel Minha Luta de Adolf Hitler com comentários Antissemitismo na Alemanha pré-nazista Estatuto do Hamas com comentários O Estado Judeu de Israel 41 livros