COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 2 ]
FINALIDADE DESTA OBRA
Este livro como os demais por mim publicados tem
o intuito de levar os homens a se tornarem melhores, a
amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si mesmo.
Minhas obras não têm a finalidade de entretenimento, mas
de provocar a reflexão sobre a nossa existência. Em Deus
há resposta para tudo, mas a caminhada para o
conhecimento é gradual e não alcançaremos respostas
para tudo, porque nossa mente não tem espaço livre
suficiente para suportar. Mas neste livro você encontrará
algumas respostas para alguns dos dilemas de nossa
existência.
AUTOR: Direita Conservadora Cristã é uma
produtora de livros que tem a sua frente o Escriba de
Cristo. Desde 1990 o seu criador sonhou em compactar
seus conhecimentos em forma de livros tentando organizar
seus conhecimentos sobre Deus, o universo, o homem e a
Bíblia. Nosso objetivo é buscar a verdade absoluta sobre
as coisas e estamos atrelados a duas fontes. A Bíblia e os
padrões que Deus estabeleceu no universo através de leis
físicas e a natureza das coisas.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 3 ]
CONTATO:
Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com áudios,
palestras e textos do Escriba de Cristo
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Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
M543 Direita Conservadora Cristã
1969 –
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA SEUS OPOSITORES
Moscou/Russia, clubedeautores
Draft2, UICLAP, 2025, 200 p. ; 21 cm
ISBN: Edição 1°
1. Rússia 2. Tirania 3. Vladimir Putin
4. Assassinatos 5. Eleições
CDD 320
CDU 32
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
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Sumário
INTRODUÇÃO......................................................................7
ELEIÇÕES FRADULENTAS ...............................................8
ALEKSEI NAVALNY...........................................................20
Evgeny Prigozhin..................................................................23
Serguei Yushenkov................................................................28
Ana Politkovskaya .................................................................29
Alexandre Litvinenko ............................................................30
Natália Estemirova................................................................34
Serguei Magnitsky.................................................................35
Boris Nemtsov.......................................................................37
Boris Berezovsky...................................................................38
MIKHAIL LESIN.................................................................40
KIRILL STREMOUSOV...................................................... 41
Badri Patarkatsishvili ............................................................42
Yekaterina Dunsova ..............................................................45
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 5 ]
Boris Nadezhdin ...................................................................50
Mikhail Kasyanov..................................................................57
Ilya Yashin.............................................................................60
Vladimir Kara-Murza ............................................................69
Emin Ibragimov ....................................................................75
Sergei Skripal.........................................................................83
BIELORRÚSSIA UM ANEXO DE PUTIN........................84
IMPRENSA SILENCIADA NO REGIME PUTIN............86
PUTIN E A RELAÇÃO COM A IMPRENSA....................119
Jornalistas mortos durante reportagem sobre a Chechênia 154
BIOGRAFIA DE VLADIMIR PUTIN .............................. 162
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
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CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO
Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na
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Este material literário do autor não tem fins lucrativos, nem
lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste em
contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de vida
para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o único Deus
Todo-Poderoso.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
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INTRODUÇÃO
Desde que Vladmir Putin subiu ao poder que venho
acompanhando os rumos da sua política. Os homens vão
mostrando o que querem e pensam a medida que passa o
tempo e quanto mais poderoso um homem fica, mas ele
revelará o que tem no seu coração. Putin é mais um
megalomaníaco que quer construir um império mundial e
para isso elimina qualquer um que se opõe a ele, seja
concorrentes políticos, jornalistas ou manifestantes. Putin
tenta retomar os estados que deixaram a antiga União
Soviética e financia grupos rebeldes pelo mundo inteiro.
Nesta obra vou listar as vitimas políticas e também os
jornalistas russos que ele silenciou. Alguns casos são
explícitos, outros são dissimulados. Putin usa milhares de
agentes secretos para executarem e matarem aqueles que
ousam desafiar sua soberania na Rússia. Faço minha a
declaração de Litvinenko que antes de entrar em coma,
Litvinenko ditou uma declaração a ser divulgada após sua
morte:
Acho que chegou a hora de dizer algumas palavras
ao homem responsável pela minha condição atual. Você
pode me forçar a ficar quieto, mas esse silêncio tem um
preço para você. Você provou agora que é exatamente o
bárbaro implacável que seus críticos mais severos fizeram
de você. Você demonstrou que não tem respeito pela vida
humana, liberdade ou outros valores da civilização. Você
mostrou que não merece manter seu posto e não merece
a confiança de pessoas civilizadas. Você pode calar um
homem, mas o barulho de protestos em todo o mundo
ecoará em seus ouvidos, Sr. Putin, até o fim de sua vida.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
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Que Deus o perdoe pelo que você fez, não apenas a mim,
mas à minha amada Rússia e seu povo.
Poucas horas após a morte de Litvinenko, a polícia
de Londres determinou que ele havia sido envenenado por
Polônio 210: um isótopo altamente radioativo, letal quando
ingerido e produzido quase exclusivamente na Rússia
ELEIÇÕES FRADULENTAS
Steve Cannane, chefe do escritório da Europa,
publicou este artigo direto de Vilnius, Lituânia em 15 de
março de 2024 onde comenta as fraudes maquiavélicas de
Putin para se perpetuar no poder:
A votação para a eleição presidencial da Rússia
está em andamento, embora muitos observadores
internacionais digam que a disputa é fraudada para que
Vladimir Putin vença.
Especialistas dizem que há várias maneiras de
conseguir isso, incluindo impedir candidatos da oposição
de concorrer e fraudar as urnas.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 9 ]
O que vem a seguir:
A votação termina no domingo, com resultados
preliminares esperados para a noite (segunda-feira de
manhã, AEDT).
Pareceu um dos comentários mais críveis já saídos
da boca do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Em agosto do ano passado, em entrevista ao New
York Times, ele admitiu que as eleições presidenciais em
seu país não são eleições propriamente ditas como as
conhecemos.
Toda a ferramenta preparada contra ti não
prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em
juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do
Senhor, e a sua justiça que de mim procede, diz o Senhor.
Isaias 54.17 [Putin prosperou até agora, mas seu fim é
iminente e suas armas atômicas não vão atingir ninguém.]
"Nossa eleição presidencial não é realmente uma
democracia", disse ele.
"É uma burocracia custosa. O Sr. Putin será
reeleito no ano que vem com mais de 90 por cento dos
votos."
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 10 ]
Se o porta-voz do Kremlin estava revelando tudo a
sete meses da eleição, ele conseguiu refinar essa
mensagem desde então.
Na semana passada, ele disse em um fórum de
jovens em Sochi: "Não toleraremos mais críticas à nossa
democracia. Nossa democracia é a melhor."
[Que frase maravilhosa dos tiranos. Minha
democracia é a melhor e não aceitamos crítica. A palavra
democracia é muito deturpada pelos tiranos.]
Um homem de terno, olhando para a câmera com
uma expressão neutra
Roman Udot diz que há várias maneiras pelas
quais a eleição russa é fraudada. (ABC News: Adrian
Wilson)
Roman Udot tem examinado as eleições na Rússia
e na Ucrânia por mais de 20 anos, mas agora está vivendo
em exílio político na Lituânia. Ele rejeitou as alegações
mais recentes do Sr. Peskov sobre a democracia na
Rússia.
"É mentira", disse ele à ABC.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 11 ]
"Peskov é o representante de um regime
opressivo. Eles não têm o direito de alegar que foram
eleitos democraticamente."
O Sr. Udot foi o copresidente do Golos, um grupo
independente de monitoramento eleitoral, por uma década.
Tornou-se a primeira organização na Rússia a ser
declarada "agentes estrangeiros".
O Sr. Udot descreve isso como o momento "em
que os observadores independentes se tornaram inimigos
do estado".
[No Brasil do rei Xandão I, ministro do STF, duvidar
do sistema eleitoral é atentado a democracia. Estes
canalhas nos roubam e ainda chamam a polícia para nós...]
Poucas horas após a abertura das urnas para a
eleição presidencial de 2024, o Sr. Udot já havia reunido
evidências do que ele disse ser fraude eleitoral.
"As regiões mais distantes começaram a votar há
várias horas e já temos filmagens. Temos fotos de
enchimento de urnas", disse ele.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
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Enquanto o Sr. Udot mostra uma das fotos à ABC,
ele explica como pode perceber que o processo de votação
foi adulterado.
"Em uma urna normal, as cédulas devem ficar
dispostas de forma caótica."
"Quando eles mentem assim", disse ele apontando
para um maço de cédulas de votação dobradas, "significa
que elas foram fraudadas".
[Se com voto de papel tem fraude, aqui no Brasil,
os corruptos que dominam o poder fizeram um sistema
mais avançado de fraude eleitoral. Eleições eletrônicas e
sem métodos de contagem de votos e sem possibilidade
de ser auditável.]
Ele também ressaltou que as cédulas dobradas
não teriam passado pela fenda estreita da urna e que
alguém deve ter destrancado a caixa para colocá-las lá
dentro.
Uma pilha de cédulas dobradas na base de uma
caixa transparente.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
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Roman Udot diz que esta pilha de cédulas parece
ter sido "enfiada" na caixa de uma seção eleitoral.
Bill Browder, chefe da Campanha Global pela
Justiça Magnitsky, disse que não havia oposição real, nem
mídia livre, nem comissão eleitoral independente na Rússia
para atuar como um freio e equilíbrio no poder de Putin.
O Sr. Browder, que já foi o maior investidor
estrangeiro na Rússia, agora é um ativista dos direitos
humanos que luta por reformas democráticas e medidas
anticorrupção no país.
"Chamar isso de eleição é um insulto às eleições",
disse ele à ABC.
"O que Putin faz é manipular completamente o jogo
de cima a baixo. Ele mata, aprisiona ou exila qualquer
político de oposição real.
[Qual pessoa que diz ter admiração por Putin me
causa repulsa. Infelizmente Trump e Netanyahu dão uma
de que não sabem de nada e alardeiam que tem boas
relações com Putin. O que me passa a impressão que é
medo de enfrentar Putin e seus brinquedos atômicos]
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[ 14 ]
"E então eles não permitem que ninguém expresse
nenhuma opinião além de apoiar Putin e, então, só por
precaução, eles enchem as urnas."
Duas mulheres, uma carregando uma urna e a
outra segurando uma prancheta, caminham ao ar livre na
neve perto de casas
Autoridades eleitorais vão de porta em porta em
uma vila siberiana, onde as pessoas podem votar de casa,
na sexta-feira. ( Reuters: Alexey Malgavko )
O Sr. Udot disse que a fraude no sistema eleitoral
piorou quanto mais tempo o Sr. Putin esteve no poder.
"Acho que a primeira eleição de Putin foi mais ou
menos boa, em 2000. Mas, desde então, as pessoas se
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 15 ]
cansaram deles e de sua reputação, e seus índices de
popularidade vêm caindo.
"E como suas classificações estavam caindo, a
fabricação e a falsificação começaram a crescer. Esta é
apenas a reação deles, seus meios de se agarrar ao
poder."
O Sr. Browder acredita que a morte sob custódia
do político da oposição Alexei Navalny no mês passado,
que ele atribui a Putin, estava diretamente relacionada à
tentativa do Kremlin de controlar o resultado da eleição
presidencial deste ano.
"As pessoas não estão felizes com ele [Putin]. Ele
começou uma guerra. A economia está uma bagunça. E
então ele está aterrorizado com qualquer um que esteja se
levantando contra ele", disse ele.
"Alexei Navalny era uma figura muito popular. E a
melhor maneira de Putin lidar com esse tipo de ameaça é
eliminá-la."
O Kremlin controla quem está nas urnas
Nesta eleição presidencial, apenas quatro
candidatos foram permitidos na cédula de votação.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
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Eles são o Sr. Putin e três candidatos que, em sua
maioria, evitam criticar o líder de longa data da Rússia e
sua guerra na Ucrânia.
Todos os candidatos que foram autorizados a
concorrer têm índices de aprovação abaixo de 10%, então
não representam nenhuma ameaça real.
[Homem sem vergonha, Putin só permite concorrer
os candidatos nanicos. O inferno está de portas abertas
para este maldito.]
Esses três candidatos são Leonid Slutsky, do
Partido Liberal Democrata, Nikolai Kharitonov, do Partido
Comunista, e Vladislav Davankov, do Novo Partido
Popular.
O político da oposição preso Vladimir Kara-Murza
os descreveu como "candidatos simbólicos dos partidos de
'oposição' oficialmente permitidos".
Vladimir Putin é presidente ou primeiro-ministro da
Rússia desde 1999. (Sputnik: Sergei Savostyanov via
Reuters)
Candidatos fora dessa esfera simplesmente não
aparecem na cédula.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 17 ]
A ex-jornalista de TV Yekaterina Dunsova queria
concorrer à presidência com uma plataforma anti-guerra,
mas foi impedida.
O turbopatriota e criminoso de guerra condenado
Igor Girkin — que disse que queria interromper o que
chamou de votação "farsa" na qual "o único vencedor é
conhecido com antecedência" — também foi impedido de
concorrer. Ele continua na prisão após ser condenado por
acusações de extremismo.
[NO Brasil os 11 demônios do STF também
usaram o mesmo método de tornar inelegível os seus
opositores. NO caso o ex-presidente Bolsonaro.]
Em janeiro, o político anti-guerra Boris Nadezhdin
apresentou sua inscrição com mais de 100.000 assinaturas
para apoiar sua candidatura. Parecia que ele poderia
corroer a maioria do Sr. Putin, já que seus números nas
pesquisas dispararam para dois dígitos.
Na época, ele disse à ABC que "não temos
eleições livres e justas" na Rússia e que o Sr. Putin e o
Kremlin o temiam.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
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A Comissão Eleitoral Central logo o desqualificou
da candidatura depois que cerca de 9.000 de suas
assinaturas foram declaradas inválidas.
O político russo arrisca tudo para enfrentar
Vladimir Putin.
Porque o tirano é reduzido a nada, e se consome
o escarnecedor, e todos os que se dão à iniquidade são
desarraigados; Isaias 29.20 [Nenhum tirano se perpetuou
até hoje, logo Putin será desarraigado.]
Boris Nadezhdin acredita que sua postura
antiguerra está ganhando força entre os eleitores de um
dos regimes mais autoritários do mundo.
A Dra. Ekaterina Schulmann, cientista política
russa do Centro Carnegie em Berlim, disse que o órgão
que tomou essas decisões não era independente e era
controlado pelo Kremlin.
"Você pode ver isso pela forma como é composto.
São principalmente os representantes do presidente
diretamente, representantes do Rússia Unida, o partido
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 19 ]
majoritário e outros partidos parlamentares, que também
são controlados pelo Kremlin", ela disse à ABC.
A desqualificação do Sr. Nadezhdin é uma história
familiar. A Comissão Eleitoral Central decidiu que o popular
crítico de Putin e cruzado anticorrupção Alexei Navalny não
poderia concorrer na eleição presidencial de 2018.
O ex-primeiro-ministro e crítico do Kremlin Mikhail
Kasyanov foi proibido de concorrer na eleição presidencial
de 2008 depois que a comissão decidiu que ele tinha
dezenas de milhares de assinaturas inválidas.
O Sr. Browder disse que o Sr. Putin garantiu que,
mais uma vez, qualquer um que pudesse representar uma
ameaça à sua supremacia política na eleição mais recente
fosse eliminado.
"Minha opinião é que todos os políticos de
oposição reais acabam na prisão ou mortos", disse ele.
"Eles mataram Alexei Navalny e meu amigo, Vladimir Kara-
Murza, foi condenado a 25 anos de prisão e Ilya Yashin
está na prisão por oito anos."
O carismático político da oposição Boris Nemtsov,
que também falou em concorrer à presidência, foi
assassinado em uma ponte perto do Kremlin em 2015.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 20 ]
Steve Gutterman em 16/02/24 falou da famosa lista
de opositores de Putin que foram silenciados:
A lista é longa: russos que morreram após
entrarem em conflito com o Kremlin
A lista de russos influentes que foram mortos ou
morreram em circunstâncias obscuras após se oporem,
criticarem ou contrariarem o presidente russo Vladimir
Putin, o Kremlin ou o estado é longa. E ficou ainda mais
longa. [5]
ALEKSEI NAVALNY
A mais recente adição é Alexei Navalny, o político
da oposição preso que lutou contra a corrupção oficial e
liderou protestos massivos contra o Kremlin, o que lhe
rendeu a ira de Putin, que fez questão de não pronunciar
seu nome em público.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 21 ]
Navalny morreu em 16 de fevereiro na prisão do
Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos, disse o serviço
prisional da Rússia. Navalny, 47, sentiu-se mal após uma
caminhada mais cedo naquele dia, de acordo com o
Serviço Penitenciário Federal, e então perdeu a
consciência. Uma ambulância chegou, mas ele não pôde
ser reanimado, disse um comunicado, acrescentando que
a causa da morte estava "sendo estabelecida".
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
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O líder da oposição russa Alexei Navalny discursa
para apoiadores durante um protesto anti-Putin não
autorizado em maio de 2018.
Aleksei Navalny, o crítico mais ferrenho de Putin,
foi encontrado morto na prisão, diz a Rússia
A morte de Navalny ocorre um mês antes de uma
eleição que deve dar a Putin mais seis anos como
presidente.
Estas são algumas das pessoas importantes que
morreram de forma violenta ou suspeita desde que ele
chegou ao poder há quase um quarto de século.
Não estão incluídos aqui aqueles que
sobreviveram a situações de risco — como o ex-oficial de
inteligência militar Sergei Skripal, que foi envenenado junto
com sua filha em março de 2018.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 23 ]
Evgeny Prigozhin
Em um vídeo divulgado em 5 de maio, Yevgeny
Prigozhin fica em frente a vários corpos caídos no chão,
que ele disse serem combatentes mortos de Wagner, e
repreende o Kremlin pela falta de apoio.
Em um vídeo divulgado em 5 de maio, Yevgeny
Prigozhin fica em frente a vários corpos caídos no chão,
que ele disse serem combatentes mortos de Wagner, e
repreende o Kremlin pela falta de apoio.
23 de agosto de 2023: Yevgeny Prigozhin, o chefe
do grupo mercenário Wagner com laços estreitos com
Putin, morreu em um acidente de avião com seus principais
associados. O longo e secreto Prigozhin, que de repente
se tornou franco, estava por trás de uma série de
empreendimentos obscuros e prejudiciais, de uma
"fazenda de trolls" que interferiu nas eleições dos EUA a
um exército mercenário que lutou na Síria e na Ucrânia —
onde esteve no centro da longa e sangrenta batalha por
Bakhmut — e esteve ativo em vários países africanos.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 24 ]
Antigo aliado de Putin, Prigozhin lançou um motim
frustrado no final de junho, dois meses antes de sua morte,
que, segundo ele, teve como alvo os líderes militares
russos, mas envergonhou Putin e expôs os limites de seu
controle, fazendo com que um líder considerado um
protetor forte e confiável do povo parecesse fraco.
CRIME TÍPICO DA KGB
Alexandre Butler publicou no domingo, 24 de
dezembro de 2023 jornal britânico INDEPENDENT um
artigo que relata como ter ocorrido o assassinato de
Prigozhin e com certeza por ordem de Putin:
Como a morte do chefe da Wagner, Yevgeny
Prigozhin, foi "orquestrada pelo mais antigo aliado de
Putin".
Nikolai Patrushev foi acusado por um oficial de
inteligência russo de supervisionar pessoalmente a morte
de Yevgeny Prigozhin.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 25 ]
Imagens mostram destroços de avião que
supostamente transportava o chefe da Wagner, Yevgeny
Prigozhin.
O ex-chefe da Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi
morto em um atentado a bomba orquestrado pelo aliado
mais antigo de Vladimir Putin, afirmou um oficial de
inteligência russo.
O Sr. Prigozhin, que morreu quando seu avião caiu
sobre a Rússia em 23 de agosto deste ano, lançou um
motim contra o Ministério da Defesa russo em junho, após
uma longa disputa com autoridades sobre a direção da
guerra na Ucrânia.
Na época, o Kremlin negou qualquer envolvimento
com sua morte e caracterizou as avaliações da inteligência
ocidental sobre a culpabilidade de Putin como uma
"mentira absoluta".
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 26 ]
Um oficial de inteligência russo disse agora que o
ex-oficial da KGB e antigo aliado de Putin, Nikolai
Patrushev, supervisionou pessoalmente o planejamento da
operação que envolveu o plantio de uma bomba sob a asa
da aeronave de Prigozhin.
[Putin é um ex-agente da KGB, homem frio, que
não demonstra sentimento, frio e calculista e não
demonstra amor a vida humana que só quer o poder acima
de tudo. Tudo converge para aponta-lo como o mandante
do crime.]
O Sr. Patrushev alertou pela primeira vez que o
senhor da guerra havia se tornado "perigoso" e não tinha
respeito pelo Kremlin depois de ouvir um telefonema
criticando Putin pela falta de suprimentos no campo de
batalha na Ucrânia, de acordo com o Wall Street Journal.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 27 ]
Nikolai Patrushev (à esquerda) foi acusado de
supervisionar pessoalmente o assassinato de Yevgeny
Prigozhin.
Deste ponto em diante, o Sr. Patrushev começou a
dar ordens ao seu assistente para prosseguir no
planejamento de uma operação para se livrar do Sr.
Prigozhin. Putin viu os planos e não se opôs, de acordo
com o Wall Street Journal.
Uma pequena bomba foi colocada sob a asa do
avião Embraer Legacy 600, enquanto Prigozhin e outros
nove aguardavam na pista de um aeroporto de Moscou
para que uma verificação pré-voo fosse realizada.
Ninguém dentro da cabine pareceu notar o
dispositivo sendo conectado enquanto esperavam para
decolar para São Petersburgo, na Rússia.
O jato subiu por cerca de 30 minutos a 28.000 pés
antes que a bomba fosse detonada e a aeronave caísse no
chão.
Todas as 10 pessoas a bordo morreram, incluindo
Prigozhin, seus quatro guarda-costas, três membros da
tripulação e duas outras pessoas importantes para o grupo
Wagner.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 28 ]
Prigozhin morreu quando seu avião caiu sobre a
Rússia em 23 de agosto deste ano, poucos meses depois
de ter lançado um motim contra o Ministério da Defesa da
Rússia.
“Ele teve que ser removido”, disse um funcionário
do Kremlin a um oficial de inteligência europeu com canais
secretos de comunicação com o regime russo após o
incidente.
O Kremlin rejeitou os relatos do envolvimento do
Sr. Patrushev como “pulp fiction”. O porta-voz do Kremlin,
Dmitry Peskov, disse: “Ultimamente, infelizmente, o Wall
Street Journal tem gostado muito de produzir pulp fiction.”
[7]
[É o presidente Lula no Brasil negando todas as
corrupções no seu governo e Putin negando que é ele que
elimina seus concorrentes, críticos e detratores.]
Serguei Yushenkov
17 de abril de 2003: Sergei Yushenkov, um político
veterano e líder do partido anti-Kremlin, Rússia Liberal, é
baleado em frente à sua casa em Moscou.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 29 ]
Yushenkov esteve na vanguarda dos esforços de
legisladores liberais para investigar o possível
envolvimento do Serviço Federal de Segurança (FSB) em
uma série de atentados mortais a apartamentos em 1999.
Os atentados, que mataram cerca de 300 pessoas, foram
atribuídos a militantes chechenos e usados por Moscou
como pretexto para iniciar a Segunda Guerra Chechena.
Ana Politkovskaya
7 de outubro de 2006: Uma das jornalistas mais
proeminentes da Rússia e cronista persistente de abusos
de direitos na Chechênia, Politkovskaya, é morta a tiros em
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 30 ]
seu prédio, em um assassinato semelhante a uma
execução.
Dois homens foram condenados à prisão perpétua
e outros três a longas penas de prisão em 2014 por seu
envolvimento, mas parentes, colegas e governos
ocidentais suspeitam que as autoridades russas nunca
identificarão ou punirão os mentores do assassinato,
porque uma investigação completa os levaria muito perto
do governo de Putin ou da liderança apoiada pelo Kremlin
na Chechênia.
[Mafioso, Putin é o Poderoso-Chefão, o exemplo
clássico dos mafiosos italianos. Só que Putin superar todos
os seus antecessores na história da política mundial.
Incrível como seus oponentes tem morte misteriosa...]
Alexandre Litvinenko
23 de novembro de 2006: O ex-agente de
segurança russo morre em Londres após ser envenenado
com polônio-210 radioativo. Litvinenko fugiu para a Grã-
Bretanha em 2000 após acusar o FSB de conspirar para
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 31 ]
matar o oligarca Boris Berezovsky. Mais tarde, ele foi
coautor de um livro culpando a agência pelos atentados a
bomba em prédios de apartamentos em 1999.
A investigação britânica descobriu que Litvinenko
bebeu chá misturado com polônio durante uma reunião em
um hotel de Londres, várias semanas antes, com os russos
Andrei Lugovoi e Dmitry Kovtun. Moscou se recusou a
extraditá-los. Em 2017, os Estados Unidos colocaram
ambos na lista negra sob o Magnitsky Act.
O Jornal O GLOBO no dia 09 de março de 2015
publicou uma matéria falando sobre o absurdo e o descaso
de Vladimir Putin com a opinião internacional. Ele manda
matar e ainda condecora os assassinos. É chocante o que
este canalha faz. Realmente existe a necessidade de um
inferno eterno, porque nesta vida nem em mil encarnações
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 32 ]
daria para Putin ser punido pelos seus crimes nesta vida.
Eis o teor da matéria:
Putin condecora suspeito de matar ex-espião e
líder checheno ligado a assassino de opositor.
Presidente russo entrega medalhas de honra a
figuras ligadas a escândalos não esclarecidos.
Ramzan Kadyrov comanda a Chechênia desde
2007 Foto: RIA Novosti / Said Tzarnaev / Reuters
MOSCOU - O presidente russo, Vladimir Putin,
condecorou nesta segunda-feira uma série de
personalidades políticas do país, entre eles o líder
checheno, Ramzan Kadyrov, e o parlamentar Andrei
Lugovoi. O primeiro é conhecido por suas políticas
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 33 ]
agressivas na região e pela proximidade com o assassino
confesso do opositor Boris Nemtsov. O segundo é ex-
espião, parlamentar e um dos acusados do
envenenamento que matou o ex-agente da KGB Alexander
Litvinenko em 2006.
Kadyrov recebeu a Ordem de Honra russa, mérito
dado ao conjunto de reconhecimentos na vida pública.
Desde 2007 no cargo, o líder checheno afirmou que
conhecia bem Zaur Dadayev, que confessou participar da
execução de Nemtsov. Ele afirmou que o assassino era um
devoto ao país, mas que acreditava que o jovem se
radicalizou após o atentado ao “Charlie Hebdo”, em janeiro.
O checheno também é conhecido pelas violações
de direitos humanos em violência contra manifestantes.
Muçulmano, ele aumentou a imposição de leis islâmicas no
país, como obrigar até o usar de cobertura na cabeça por
mulheres. No entanto, é forte aliado do Kremlin e ajudou a
combater células extremistas na região.
Putin, por sua vez, deu uma medalha de serviços
prestados ao país a Lugovoi. A condecoração foi dada ao
ex-agente da KGB por conta de sua carreira política no
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 34 ]
país, onde virou parlamentar pelo partido nacionalista de
direita Liberal Democrata.
Ao lado de outro ex-espião, Lugovoi é acusado de
ter matado com uma dose fatal de polônio o ex-agente
Alexander Litvinenko, que morreu em Londres semanas
após um encontro com a dupla. Ele, no entanto, tem
pedidos de extradição ao Reino Unido sempre negados por
Moscou. O caso está em fase de inquérito.
O Kremlin não comentou a polêmica provocada
pelas duas condecorações. [15]
Como vemos Putin manda matar e ainda
condecora com medalha de HONRA aos assassinos. Putin
não é gente, é demônio encarnado!!!
Natália Estemirova
16 de julho de 2009: O corpo da renomada ativista
de direitos humanos, com ferimentos de bala na cabeça e
no peito, é encontrado na Inguchétia, horas após seu
sequestro, perto de sua casa na capital da Chechênia,
Grozny.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 35 ]
Natalya Estemirova vinha investigando centenas
de suspeitas de abusos de direitos na Chechênia, incluindo
sequestro e assassinato. O grupo de direitos para o qual
ela trabalhava, Memorial, disse que a investigação inicial
apontou para o possível envolvimento de policiais locais.
O chefe do Memorial, Oleg Orlov, foi
posteriormente processado por difamação após acusar o
líder checheno apoiado pelo Kremlin, Ramzan Kadyrov, de
orquestrar o assassinato de Estemirova, mas ele acabou
sendo absolvido.
Serguei Magnitsky
16 de novembro de 2009: O advogado denunciante
que implicou autoridades russas em uma suposta fraude
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 36 ]
fiscal de US$ 230 milhões morre um ano após ser preso
por acusações semelhantes. Sergei Magnitsky sofria de
pancreatite e teve atendimento médico negado em prisão
preventiva, condições que ativistas de direitos humanos
disseram ser equivalentes a tortura. De acordo com o
próprio conselho de direitos humanos do Kremlin, ele foi
espancado violentamente antes de morrer.
Em 2012, os Estados Unidos adotaram o
Magnitsky Act, que tem como alvo russos implicados em
abusos de direitos com proibições de visto e congelamento
de ativos, e outros países ocidentais seguiram o exemplo.
Em julho de 2013, um tribunal russo considerou Magnitsky
culpado de sonegação fiscal em um julgamento póstumo
sem precedentes.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 37 ]
[Se o judiciário do Brasil está virando uma piada,
na Rússia o negócio não é para amadores. Processaram e
condenaram um morto...]
Boris Nemtsov
27 de fevereiro de 2015: O ex-governador regional
reformista e vice-primeiro-ministro, que era uma estrela
política em ascensão na década de 1990, mas se tornou
um dos maiores oponentes de Putin, é morto a tiros em um
assassinato cometido por gangues em uma ponte perto do
Kremlin, aos 55 anos.
Não dominarás com tirania, mas terás o temor do
teu Deus. Levítico 25.43 [Putin está em pecado e será
punido por Deus.]
Um legislador liberal no início da presidência de
Putin, Nemtsov ajudou a liderar protestos contra eleições
parlamentares empatadas e o retorno de Putin à
presidência em 2012. Ele se opôs firmemente à agressão
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 38 ]
da Rússia contra a Ucrânia em 2014, chamando-a de
"desprezível", "insolente" e "prejudicial para a Rússia".
Na época de seu assassinato, ele e seus
associados estavam trabalhando em um relatório
detalhando evidências da extensão da interferência de
Moscou no país vizinho. [2]
Boris Berezovsky
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 39 ]
Em 2013, Boris Berezovsky foi encontrado
aparentemente enforcado no banheiro de sua casa em
Ascot. Berezovsky era um ex-membro do Kremlin que se
tornou crítico vocal do governo de Putin e que se exilou
autoimposto no Reino Unido no início dos anos 2000.
Investigações e inquéritos públicos sobre a morte
não estabeleceram conclusivamente nada além da causa
oficialmente determinada do suicídio.
Muitos dos associados de Berezovsky também
morreram em circunstâncias misteriosas, incluindo Badri
Patarkatsishvili, um oligarca georgiano e parceiro de
negócios, e Nikolai Glushkov e o fundador da petrolífera
Yukos, Yuri Golubev, que foram encontrados mortos em
Londres. [3]
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 40 ]
[Os agentes secretos de Putin trabalham em todo
o mundo para que este ser abjeto chamado Putin possam
se vingar dos seus críticos. Ele mata na Rússia, mas
também em qualquer país do mundo. Foi isso que ele
aprendeu a fazer nos seus anos de KGB.]
MIKHAIL LESIN
Outro ex-membro do Kremlin, Mikhail Lesin, que
fundou a rede de televisão em inglês RT, antiga Russia
Today, foi encontrado morto em um quarto de hotel em
Washington DC em 2015, onde havia sido convidado para
participar de um jantar de arrecadação de fundos.
Antes um jogador poderoso na ascensão de Putin
ao poder, Lesin foi surpreendentemente demitido de sua
posição no influente aparato de mídia do Kremlin. Após
uma longa investigação, uma autópsia nos EUA concluiu
que ele morreu como resultado de "ferimentos
contundentes" e não de um ataque cardíaco, como a mídia
estatal russa havia relatado. [4]
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 41 ]
[Como se vê, esta serpente chamada Putin mata
seus inimigos em qualquer país do mundo, e muitas vezes
os legistas tem dificuldade de afirmar a causa morte porque
os agentes secretos de Putin tem métodos para ocultar a
causa da morte.]
KIRILL STREMOUSOV
Um mistério que provavelmente permanecerá sem
solução para sempre é a morte de Kirill Stremousov, vice-
governador da província de Kherson, na Ucrânia, nomeado
pela Rússia, que, segundo autoridades russas, morreu em
um acidente de carro no dia em que as forças ucranianas
libertaram a cidade de Kherson, no outono de 2022.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 42 ]
Stremousov, um dos mais proeminentes
proponentes da ocupação russa, conhecido por suas
declarações agressivas nas mídias sociais, sugeriu
publicamente em um de seus vídeos diários que o ministro
da defesa da Rússia, Sergei Shoigu, um amigo próximo de
Putin, deveria se matar. Sua morte obscura foi rapidamente
atribuída por alguns aos serviços de segurança russos, que
precisavam se livrar de um falastrão inconveniente que não
era mais útil para as autoridades. [4]
Badri Patarkatsishvili
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 43 ]
Bilionário georgiano e oponente de Putin
recentemente exilado em Londres morreu ou foi
assassinado?
Tom Parfitt no dia 15 de fevereiro de 2008 publicou
no The Guardian este artigo:
O bilionário georgiano Arkadi "Badri"
Patarkatsishvili, que morreu, aparentemente de um ataque
cardíaco aos 52 anos, era um daquela escola de magnatas
que enriqueceu por meio de coragem e oportunismo na
esteira da dissolução da União Soviética. Quando morreu,
ele era considerado um patrimônio de £ 6 bilhões.
Patarkatsishvili foi, de fato, um dos verdadeiros
oligarcas de sua época, combinando prestidigitação
empresarial com influência política. Ele também foi um
associado próximo de Boris Berezovsky, o antigo
matemático que se tornou o cardeal cinza no Kremlin
durante a década de 1990.
Uma figura extravagante com um distinto bigode
branco, Patarkatsishvili construiu um império empresarial
que em vários momentos incluiu participações na
concessionária de automóveis LogoVAZ, no influente jornal
russo Kommersant e na empresa petrolífera Sibneft, mais
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 44 ]
tarde controlada por Roman Abramovich, o proprietário do
clube de futebol Chelsea.
Forçado a fugir da Rússia em 2001 sob ameaça de
processo por fraude e então expulso de sua Geórgia natal
no ano passado, Patarkatsishvili se juntou ao crescente
grupo de exilados ricos em Londres. De lá, ele atirou em
seus algozes em Moscou e Tbilisi, a capital georgiana.
Sua luta se tornou abertamente política em 2006,
quando ele se voltou contra seu antigo aliado, o presidente
georgiano Mikhail Saakashvili, acusando-o de liderar uma
marcha em direção à corrupção. Três anos antes,
enquanto o advogado formado nos EUA se preparava para
tomar a presidência, Patarkatsishvili se posicionou como
um apoiador. Agora, acusações de conspirações de
assassinato e golpe começaram a voar entre os dois lados,
enquanto Patarkatsishvili começou a financiar a oposição
política a Saakashvili e então concorreu contra ele, sem
entrar no país, para a presidência. "Geórgia sem
Saakashvili", ele proclamou, "é uma Geórgia sem terror".
Em 5 de janeiro de 2008, ele obteve 7% dos votos.
Saakashvili obteve 52%.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 45 ]
Dois meses antes de sua morte, Patarkatsishvili
entregou aos jornais uma gravação que ele havia obtido,
na qual um oficial georgiano e um senhor da guerra
checheno supostamente discutiam seu assassinato, junto
com seu séquito de guarda-costas. Ele estava convencido
de que os aliados de Saakashvili tentariam matá-lo.
Apesar dos testes iniciais post-mortem, que
indicam que ele morreu de causas naturais, suspeitas de
crime provavelmente persistirão. As autoridades
georgianas responderam que a alegação de assassinato
foi uma "provocação" e divulgaram anteriormente sua
própria fita cassete na qual Patarkatsishvili estaria
conspirando para derrubar o governo. [9]
[Acredita-se que Putin de alguma forma esta por
trás da morte dele. O serviço secreto Russo deve ter
mecanismos de esconde substancias que matam sem
deixar rastro. Qualquer pessoa que represente perigo para
Putin e seus propósitos, ele não tem receio de eliminar.
Putin tem suas ambições na Georgia.]
Yekaterina Dunsova
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 46 ]
Yekaterina Duntsova impedida de concorrer contra
Putin nas eleições. Isto para ela foi um livramento, porque
assim Putin não precisou usar de outras ferramentas cruéis
como a prisão ou que ele fizesse-a morrer de “um
acidente”, ou “enfarto”.
Mark Trevelyan em 23 de dezembro de 2023
publicou o seguinte texto na agência Reuters:
Resumo
Comissão eleitoral encontra falhas em documentos
de registro.
Campanha de Duntsova torpedeada após menos
de 72 horas.
Putin não enfrenta oposição real na tentativa de
novo mandato de seis anos.
LONDRES, 23 de dezembro (Reuters) - A ex-
jornalista de TV Yekaterina Duntsova foi desqualificada no
sábado como candidata para a próxima eleição
presidencial da Rússia, impedindo-a de concorrer contra
Vladimir Putin com uma plataforma de oposição à guerra
na Ucrânia.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 47 ]
Membros da comissão eleitoral central votaram por
unanimidade para rejeitar sua candidatura, citando
"inúmeras violações" nos documentos que ela havia
apresentado em apoio à sua candidatura.
Os críticos de Putin disseram que a decisão
mostrou que ninguém com visões de oposição genuínas
teria permissão para concorrer contra ele em março na
primeira eleição presidencial desde o início da guerra de
22 meses. Eles veem isso como um processo falso com
apenas um resultado possível.
O Kremlin diz que Putin vencerá porque ele conta
com apoio genuíno da sociedade, com índices de
aprovação em torno de 80% nas pesquisas de opinião.
Duntsova, 40, disse no Telegram que contestaria a
decisão na Suprema Corte, chamando-a de injustificada e
antidemocrática.
"Com essa decisão política, estamos privados da
oportunidade de ter nosso próprio representante e
expressar opiniões que diferem do discurso agressivo
oficial", disse ela.
Em um desenvolvimento separado, agências de
notícias russas disseram que Boris Nadezhdin, um político
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 48 ]
da oposição que tem criticado Putin e a guerra, foi
apresentado como candidato no sábado pelo partido de
centro-direita Civic Initiative. Eles disseram que ele
planejava se registrar na comissão eleitoral em 25 de
dezembro.
'TUDO À SUA FRENTE'
A chefe da comissão eleitoral, Ella Pamfilova,
ofereceu palavras de consolo a Duntsova após sua
rejeição.
"Você é uma mulher jovem, tem tudo pela frente.
Qualquer menos sempre pode ser transformado em um
mais. Qualquer experiência ainda é uma experiência",
disse Pamfilova.
Capturas de tela postadas por um canal de
Telegram representando Duntsova mostraram
documentos com assinaturas que, segundo a comissão,
foram destacadas como inadmissíveis.
Duntsova apelou ao veterano político liberal
Grigory Yavlinsky para deixá-la concorrer como
representante de seu partido Yabloko em vez de como
candidata independente, o que lhe permitiria enviar uma
nova candidatura.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 49 ]
Mas Yavlinsky disse em uma entrevista em um
canal do YouTube que Yabloko não estava planejando
apresentar um candidato e não apoiaria Duntsova "porque
não a conhecemos".
Yekaterina Duntsova, uma ex-jornalista regional
que planeja concorrer à presidência russa nas eleições de
março de 2024, fala com jornalistas após se reunir com
autoridades da Comissão Eleitoral Central para entregar
documentos em um escritório em Moscou, Rússia, em 20
de dezembro de 2023. REUTERS/Maxim Shemetov/Foto
de arquivo
Quando Duntsova disse no mês passado que
queria concorrer, os comentaristas a descreveram como
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 50 ]
louca, corajosa ou parte de um plano do Kremlin para criar
a aparência de competição.
"Qualquer pessoa sã que tomasse essa atitude
ficaria com medo, mas o medo não deve vencer", disse ela
à Reuters em uma entrevista em novembro, na qual pediu
a libertação de presos políticos e disse que os russos
estavam "muito cansados" do conflito na Ucrânia. [10]
Boris Nadezhdin
Paulo Kirby no dia 08 de fevereiro de 2024 publicou
na BBC este artigo abaixo. Boris Nadezhdin foi mais um
eliminado do sistema eleitoral, na qual Putin usa o sistema
judiciário para excluir candidatos a presidente que possam
tomar-lhe o poder. O mesmo que a esquerda tem feito no
Brasil com Bolsonaro e o que Maduro tem feito com seus
oponentes.
Boris Nadezhdin: "As pessoas querem um futuro
normal".
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 51 ]
A comissão eleitoral da Rússia rejeitou o candidato
anti-guerra Boris Nadezhdin como candidato na eleição
presidencial do mês que vem.
O Sr. Nadezhdin tem sido relativamente crítico em
relação à guerra em larga escala de Vladimir Putin na
Ucrânia, quando poucas vozes dissidentes eram toleradas
na Rússia.
As autoridades eleitorais alegaram que mais de
15% das assinaturas que ele enviou com sua candidatura
estavam erradas.
Ele tentou contestar isso, mas a comissão rejeitou
sua proposta.
Recusando-se a desistir, o Sr. Nadezhdin, 60 anos,
disse nas redes sociais que contestaria a decisão na
Suprema Corte da Rússia.
A Comissão Eleitoral Central disse que das
105.000 assinaturas submetidas pelo Sr. Nadezhdin, mais
de 9.000 eram inválidas. Eles citaram uma variedade de
violações.
Isso deixou 95.587 nomes, o que significa que ele
ficou um pouco aquém das 100.000 assinaturas
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 52 ]
necessárias para se registrar como candidato, disse o
membro da comissão Andrei Shutov.
O Sr. Nadezhdin disse à BBC que algumas
decisões na política russa infelizmente "não se devem à
lei", mas disse que já havia atraído o apoio de "dezenas de
milhões de pessoas que não querem que a Rússia siga
esse caminho de autoritarismo e militarismo".
"A decisão foi tomada", declarou a presidente da
comissão, Ella Pamfilova. "Se Nadezhdin quiser, ele pode
ir ao tribunal", disse ela, citada pela agência de notícias
Tass.
A eleição presidencial da Rússia deve ocorrer de
15 a 17 de março, embora o resultado não esteja em
dúvida, pois apenas candidatos considerados aceitáveis
pelo Kremlin estão concorrendo.
A decisão final sobre quem pode participar será
tomada no sábado, mas a presidente da comissão eleitoral
disse que já estava claro que haveria quatro candidatos na
cédula.
Além de Vladimir Putin, eles incluem o líder
nacionalista Leonid Slutsky, o vice-presidente do
parlamento Vladislav Davankov e o comunista Nikolai
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 53 ]
Kharitonov. Todos os seus partidos apoiaram amplamente
as políticas do Kremlin e nenhum do trio é visto como um
desafiante genuíno.
Ella Pamfilova, chefe da Comissão Eleitoral
Central, disse que agora está claro que Putin enfrentará
três outros candidatos.
"Concorrer à presidência em 2024 é a decisão
política mais importante da minha vida. Não estou
recuando das minhas intenções", escreveu o Sr.
Nadezhdin no Telegram. "Coletei mais de 200.000
assinaturas em toda a Rússia. Conduzimos a coleta de
forma aberta e honesta."
Boris Nadezhdin é um improvável candidato de
mobilização para a oposição sitiada da Rússia. Um ex-MP,
ele agora é um vereador da área de Dolgoprudny, a
noroeste de Moscou.
Ele se tornou um dos poucos críticos do governo
cujas vozes foram ouvidas em talk shows na TV estatal
russa desde a invasão em grande escala da Ucrânia em 24
de fevereiro de 2022. Ele apareceu como um tipo de "bode
expiatório" antiguerra que outros convidados usariam
como alvo para críticas.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 54 ]
Na década de 1990, ele trabalhou como
conselheiro do crítico de Putin, Boris Nemtsov, que foi
assassinado a poucos metros do Kremlin em 2015. Mas ele
também tem laços com Sergei Kiriyenko, um importante
supervisor político de Putin.
Embora a candidatura de Nadezhdin à presidência
tenha sido vista inicialmente com suspeita por algumas
figuras da oposição, o principal líder da oposição russa,
Alexei Navalny, deu seu apoio à campanha de Nadezhdin
de sua cela na prisão dentro do Círculo Polar Ártico, assim
como o ex-magnata empresarial exilado Mikhail
Khodorkovsky.
Ele disse na quinta-feira que estava em segundo
lugar nas pesquisas, atrás do presidente Putin, que está
concorrendo a um inevitável quinto mandato.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 55 ]
Russos fazem fila em São Petersburgo para
assinar seu apoio a Boris Nadezhdin no final de janeiro.
A cientista política exilada Yekaterina Shulman,
assim como outros comentaristas, disse que inicialmente
ele foi ignorado por ser pouco carismático e, portanto,
inofensivo, até que os russos começaram a fazer fila para
registrar seu apoio à sua candidatura.
"Todo mundo viu as filas para Nadezhdin na neve,
mas ninguém viu filas para o presidente", disse ela ao site
Vazhnye istorii, sediado na Letônia.
Opositores do Kremlin têm sido frequentemente
excluídos de eleições por supostas infrações técnicas.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 56 ]
O próprio Alexei Navalny foi impedido de concorrer
na eleição presidencial de 2018 por causa de uma
condenação por peculato amplamente condenada como
politicamente motivada. O ativista anticorrupção agora está
cumprindo uma longa pena de prisão por extremismo, o
que também é amplamente visto como um meio de
silenciá-lo.
O Sr. Nadezhdin apareceu na BBC no mês
passado prometendo acabar com a guerra na Ucrânia em
seu primeiro dia como presidente, embora tenha sido
realista sobre suas chances de sucesso.
"Minha primeira tarefa será acabar com o conflito
com a Ucrânia e depois restaurar as relações normais
entre a Rússia e a comunidade ocidental."
Ele não é o primeiro candidato presidencial a
concorrer em uma plataforma anti-guerra. Em dezembro, a
ex-jornalista de TV e política independente Yekaterina
Duntsova foi impedida de concorrer porque a comissão
eleitoral disse que havia erros em seu formulário de
inscrição.
O Sr. Nadezhdin disse que havia explorado uma
onda de sentimento antiguerra na Rússia, encontrando
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 57 ]
esposas de reservistas que querem que seus maridos
retornem da guerra. Sua campanha começou lentamente e
foi somente nas últimas semanas que os russos
começaram a registrar seu apoio em grande número.
Seu sucesso crescente também atraiu a
condenação de propagandistas pró-Kremlin, como
Vladimir Solovyov, que sugeriram que ele poderia ser um
fantoche dos "nazistas ucranianos". [11]
Mikhail Kasyanov
O Noticiário abc27 publicou em 24 de novembro de
2023 em que o ex-primeiro-ministro de Putin, MIKHAIL
KASYANOV, e mais tarde seu oponente foi adicionado à
lista de "agentes estrangeiros" da Rússia. Kasyanov fugiu
da Russia devido a perseguição política. Fato que tem
ocorrido em muitos países do mundo como aqui no Brasil.
Muitos da Direita Conservadora foram presos ou se
autoexilaram com receio do STF e o rei Xandão I [Ministro
Alexandre de Moraes].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 58 ]
Este é um artigo arquivado e as informações no
artigo podem estar desatualizadas. Por favor, olhe o
carimbo de data/hora na história para ver quando foi a
última atualização.
MOSCOU (AP) — O Ministério da Justiça da
Rússia adicionou na sexta-feira Mikhail Kasyanov, que foi
o primeiro primeiro-ministro do presidente Vladimir Putin,
mas depois se tornou um de seus oponentes, ao seu
registro de “agentes estrangeiros”.
A lei russa permite que figuras e organizações que
recebem dinheiro ou apoio de fora do país sejam
designadas como agentes estrangeiros, um termo cujas
conotações pejorativas podem minar a credibilidade do
designado.
"Quando os maus ganham o poder, as pessoas se
escondem; mas quando eles desaparecem, os justos
aparecem de todo lado". Provérbios 28:15-28 [Chegará a
hora dos russos, ucranianos e o mundo festejar o fim de
Putin]
A lei, que tem sido amplamente usada contra
figuras da oposição e meios de comunicação
independentes, também exige que o material publicado por
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 59 ]
um representante contenha um aviso de isenção de
responsabilidade afirmando que ele vem de um agente
estrangeiro.
O site do ministério diz que Kasyanov “participou
da criação e disseminação de mensagens e materiais de
agentes estrangeiros para um círculo ilimitado de pessoas,
disseminou informações falsas sobre as decisões tomadas
pelas autoridades públicas da Federação Russa e as
políticas seguidas por elas” e “se opôs à operação militar
especial na Ucrânia”.
Kasyanov se tornou primeiro-ministro em 2000,
depois que Putin foi eleito para a presidência e serviu até
2004, quando foi demitido. Ele foi o principal responsável
pelas reformas econômicas, incluindo a adoção pela
Rússia de um imposto de renda fixo.
Ele se tornou uma figura proeminente da oposição
depois de deixar o cargo e tentou concorrer à presidência
em 2008, mas sua candidatura foi rejeitada pela comissão
eleitoral nacional.
Kasyanov mais tarde desapareceu de vista
conforme a oposição da Rússia enfraquecia sob prisões e
repressões. Depois que Putin enviou tropas para a Ucrânia
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 60 ]
em fevereiro de 2022, Kasyanov deixou o país e foi
relatado que estava na Letônia. [12]
Ilya Yashin
No dia 5 de agosto de 2024 Eva Hartog e Nette
Nöstlinger publicaram uma matéria dando conta do tramite
da deportação de Ilya Yashin, opositor de Putin que foi
deportado para a Alemanha. Outro que Putin eliminou da
oposição na Russia, sem precisar mata-lo. Putin quer ser
monarca da Russia até sua morte, e para ele é impensável
viver sem dominar o seu povo. O que ele queria mesmo
era ser o rei do mundo, o Jesus Cristo da Terra..
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 61 ]
Dissidente libertado diz que Putin usou troca de
prisioneiros para exilá-lo sem consentimento.
Ilya Yashin diz que quer voltar para a Rússia, mas
argumenta que o Kremlin pressionou a Alemanha para
garantir garantias de que ele nunca retornaria.
Um dos mais proeminentes dissidentes russos
libertados em uma histórica troca de prisioneiros na
semana passada está argumentando que Moscou o exilou
sem seu consentimento e exerceu pressão diplomática
para tentar garantir garantias de que ele nunca retornaria.
A alegação de Ilya Yashin vem junto com as
reclamações de vários outros prisioneiros libertados de que
eles foram removidos da Rússia sem seu conhecimento —
levantando a possibilidade de que o presidente russo
Vladimir Putin usou a troca como uma oportunidade
conveniente para se livrar de alguns de seus críticos mais
persistentes.
Yashin fez parte da maior troca de prisões desde a
Guerra Fria, na qual o Kremlin recebeu em casa um
assassino, vários espiões e outros russos presos em toda
a Europa, em troca da libertação de oito cidadãos
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 62 ]
estrangeiros ou com dupla nacionalidade e oito dissidentes
russos.
Embora a troca esteja sendo saudada como um
grande golpe em Washington — em parte por garantir a
libertação do repórter Evan Gershkovich e do ex-fuzileiro
naval Paul Whelan — ela deixou um gosto mais agridoce
entre os dissidentes libertados.
Yashin insistiu categoricamente que foi levado de
avião contra sua vontade.
Em uma entrevista coletiva na sexta-feira, Yashin
leu uma declaração que ele disse ter entregue às
autoridades prisionais antes da troca, afirmando: "Como
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 63 ]
cidadão russo, confirmo que não dou permissão para ser
enviado para fora da Rússia".
No domingo, ele continuou dizendo que o Kremlin
também havia pressionado a Alemanha para obter algum
tipo de garantia de que ele nunca retornaria ao solo russo.
“É claro que os alemães não poderiam dar essa
garantia”, disse Yashin em uma transmissão ao vivo no
YouTube. “Sou uma pessoa livre e posso voar a qualquer
momento para onde eu quiser.”
Frustrado por ser trocado
Yashin, que, após a morte do falecido Alexei
Navalny, estava entre os maiores críticos do Kremlin que
permaneceram na Rússia, estava cumprindo uma
sentença de oito anos e meio por denunciar os crimes de
guerra de Moscou na Ucrânia.
Tanto antes de sua prisão quanto depois, ele havia
expressado seu compromisso de permanecer na Rússia
como parte de sua batalha contra o regime de Putin,
insistindo que era seu direito de nascença permanecer em
seu país de origem — mesmo que isso significasse ficar
em uma cela.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 64 ]
Desde que chegou à Alemanha, Yashin não
escondeu sua frustração por ter sido incluído na troca no
lugar de outros que ainda definham em prisões russas e
sofrem de graves problemas de saúde, como o político de
Moscou Alexei Gorinov, que tem uma doença pulmonar
crônica.
Em sua transmissão no YouTube, Yashin disse
que foi uma iniciativa alemã incluí-lo na lista de pessoas
que queriam ser liberadas para dar peso adicional ao
acordo.
Ilya Yashin fez parte da maior troca de prisões
desde a Guerra Fria, que viu o Kremlin receber em casa
um assassino, vários espiões e outros russos presos em
toda a Europa.
O lado russo, disse ele, respondeu “com grande
entusiasmo e pediu garantias de que depois de chegar à
Alemanha eu não voaria de volta”. Ele não especificou a
fonte da informação.
Um porta-voz do governo alemão se recusou a
comentar na segunda-feira quando questionado pelo
POLITICO se a Rússia havia pedido garantias para impedir
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 65 ]
que políticos da oposição libertados retornassem a
Moscou.
As autoridades alemãs, e especificamente o
chanceler alemão Olaf Scholz, enfrentaram pressão em
casa por liberar Vadim Krasikov, como parte essencial do
acordo. Krasikov é um agente do FSB que estava
cumprindo pena perpétua por assassinato na Alemanha e,
como o Kremlin admitiu na semana passada, tem ligações
com Putin.
Mas Scholz defendeu sua decisão, dizendo que ela
foi “ponderada em relação à liberdade e ao perigo à vida e
à integridade física de pessoas inocentes presas na Rússia
e daquelas injustamente presas por razões políticas”.
Esse sentimento foi ecoado por Vladimir Kara-
Murza, um conhecido crítico do Kremlin que estava entre
os libertados em meio a graves preocupações com sua
saúde, e que disse que o comércio "salvou 16 vidas".
Se for verdade, as palavras de Yashin sugerem
que, com a troca, Moscou estava buscando mais do que
apenas a libertação de seu assassino favorito.
Ao enviar para o exterior alguns de seus críticos
mais veementes, o Kremlin se livrou de uma dor de cabeça,
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 66 ]
com os dissidentes usando suas prisões como munição
política e seus apoiadores chamando atenção constante
para sua situação, ao mesmo tempo em que buscavam
enfraquecer a oposição.
Pelo menos quatro dos oito que foram libertados —
incluindo figuras da oposição Kara-Murza e o ativista
Andrei Pivovarov, a ex-funcionária da Navalny Ksenia
Fadeyeva e o historiador Oleg Orlov — disseram que foram
retirados de suas celas e levados para a Alemanha sem
sua aprovação.
Vários também disseram que as autoridades
russas guardaram seus documentos de viagem ao exterior,
presumivelmente para dificultar sua reentrada legal na
Rússia.
“Eu quero ir para casa”
Até agora, porém, Yashin foi o único político a dizer
abertamente que quer retornar à Rússia.
É uma crença amplamente difundida nos círculos
políticos russos que travar uma batalha política contra o
Kremlin a partir do exílio é uma causa perdida.
“Tomei uma decisão consciente de não deixar a
Rússia em 2021 e não fugi quando um processo criminal
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 67 ]
foi aberto contra mim e a investigação estava em
andamento”, escreveu Fadeyeva, ex-coordenadora
regional de Navalny em Tomsk, na Sibéria, que cumpria
uma pena de nove anos por “extremismo” , no Telegram no
domingo, em seus primeiros comentários públicos desde a
troca.
Até agora, Ilya Yashin foi o único político a dizer
abertamente que quer retornar à Rússia.
Em vez de realizar prisões em massa, como nos
tempos stalinistas, as autoridades russas pressionam os
críticos a deixar o país e os encorajam a permanecer lá;
por exemplo, iniciando processos criminais contra eles.
Foi o que aconteceu também com Navalny que,
após se recuperar com sucesso de um ataque de veneno
na Alemanha, foi avisado que seria preso se voasse de
volta para Moscou, mas mesmo assim o fez em 2021.
"Quem pode tirar o despojo das mãos de um
guerreiro? Quem pode exigir que um tirano liberte seus
prisioneiros?" "Mas Javé diz: “Os cativos dos guerreiros
serão libertos, e o despojo dos tiranos será retomado”"
Isaías 49:24-25
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 68 ]
Autoridades dos EUA confirmaram na semana
passada relatos de que o nome de Navalny havia sido
incluído nas negociações iniciais sobre a troca de prisão.
Mas, de acordo com relatos da mídia e da equipe
de Navalny, logo após Putin concordar informalmente com
sua libertação, ele foi transferido para uma colônia penal
distante ao norte do Círculo Polar Ártico, onde morreu
misteriosamente várias semanas depois.
Na coletiva de imprensa de sexta-feira, Yashin
disse que foi informado antes da troca por um agente russo
do FSB que, se ele retornasse à Rússia, teria um destino
semelhante ao de Navalny.
Ele também disse que autoridades russas
deixaram claro que tal medida arruinaria as chances de
outros russos serem incluídos em uma possível troca
futura.
“Lutei até o último dia pelo meu direito de
permanecer na Rússia”, disse Yashin visivelmente
emocionado durante a coletiva de imprensa.
“Acima de tudo, quero ir para casa.” [12]
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 69 ]
Vladimir Kara-Murza
Pedro Pizano é um advogado internacional que
atualmente trabalha como diretor assistente do Instituto
McCain na Universidade Estadual do Arizona e em abril de
2024 publicou no JORNAL DA DEMOCRACIA um
excelente artigo falando da atitude heroica de Vladimir
Kara-Murza a qual transcrevo aqui. Fica o meu repúdio
total ao demoníaco Putin:
Por que Vladimir Kara-Murza desistiu de sua
liberdade.
O jornalista dissidente e ativista russo sabia que se
voltasse para a Rússia seria preso ou pior. Mas ele foi
atormentado por uma questão que o compeliu a ir.
O dia anterior ao retorno do jornalista dissidente e
ativista Vladimir Kara-Murza à Rússia, seus amigos
imploraram para que ele não embarcasse. Afinal, ele era
residente permanente legal dos Estados Unidos há dez
anos, tinha passaporte britânico e tinha três filhos nascidos
nos Estados Unidos. E ele sabia dos riscos que enfrentava:
ele havia sido envenenado em Moscou pelo regime de
Vladimir Putin não uma, mas duas vezes. Na segunda vez,
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 70 ]
seus órgãos falharam e ele teve que ser induzido a um
coma de uma semana.
Mas Kara-Murza retornou à Rússia mesmo assim.
Ele foi atormentado por uma questão que compartilhou
com seus amigos logo antes de partir para o aeroporto:
"Como posso pedir aos meus companheiros russos para
enfrentar Putin se estou com muito medo de fazer isso
sozinho?"
Dois anos atrás, em 11 de abril de 2022, as
autoridades russas o prenderam. Esta é a história de
Vladimir Kara-Murza, o “príncipe negro” — Kara-Murza
significa “príncipe negro” em tártaro — da liberdade russa,
agora cumprindo a pena mais longa por falar a verdade
sobre a Rússia de Putin: 25 anos no IK-7, um gulag de
Segezhlag.
As palavras de Kara-Murza foram seus únicos
crimes. Em 15 de março de 2022, o Instituto McCain e o
Conselho de Relações Exteriores de Phoenix convidaram
Kara-Murza para falar no Arizona. Enquanto estava lá, ele
se dirigiu à Câmara dos Representantes do Arizona, onde
disse : “O mundo inteiro vê o que o regime de Putin está
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 71 ]
fazendo com a Ucrânia. As bombas de fragmentação em
áreas residenciais, os bombardeios de maternidades,
hospitais e escolas, e os crimes de guerra. Esses são
crimes de guerra que estão sendo cometidos pelo regime
ditatorial no Kremlin contra uma nação no meio da Europa.”
Por esse discurso, ele foi indiciado na Rússia sob
a acusação de “disseminação de informações
conscientemente falsas sobre as Forças Armadas
Russas”, o que acarreta uma pena de dez a quinze anos.
A acusação alegou que “Kara-Murza... distribuiu, sob o
disfarce de relatórios confiáveis, informações
deliberadamente falsas”, que incluíam dados sobre o
bombardeio militar russo de áreas residenciais e
instalações de infraestrutura social (casas de maternidade,
hospitais e escolas) e sobre o uso de “meios e métodos de
guerra proibidos durante uma operação militar especial na
Ucrânia”. Assim, Kara-Murza causou “dano substancial aos
interesses da Federação Russa”, acusou a acusação.
Insatisfeitos, os promotores russos recorreram a
um discurso feito por Kara-Murza em Lisboa em 8 de
outubro de 2021, onde ele pediu à comunidade das
democracias ocidentais que negasse o reconhecimento a
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 72 ]
Putin caso ele usasse um conjunto de emendas
constitucionais ilegalmente promulgadas em 2020 para
permanecer no poder além de seu atual e último mandato
presidencial.
Para selar hermeticamente seu caso de “alta
traição” sob o Código Penal Russo, os promotores
adicionaram um discurso que ele fez em 29 de outubro de
2021 na Cerimônia do Prêmio Sakharov Freedom do
Comitê Norueguês de Helsinque em Oslo. Lá, Kara-Murza
disse: “A Rússia não é um lugar onde os direitos humanos
reinam... Há mais prisioneiros políticos na Rússia hoje do
que no fim da União Soviética... um lembrete gritante do
grave erro que o governo democrático de curta duração da
Rússia cometeu na década de 1990 por sua incapacidade
— ou sua falta de vontade — de chegar a um acordo total
com o passado soviético.”
E, finalmente, a acusação incluiu um discurso de
29 de março de 2022 na audiência da Comissão de
Helsinque em Washington, DC, onde Kara-Murza
observou: “A maioria dos russos, por mais alucinante que
pareça, nem sequer está ciente dos horrendos crimes de
guerra cometidos por Putin na Ucrânia. Aqueles que se
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 73 ]
manifestam contra esta guerra são passíveis de processo
criminal. Então, aqueles que simplesmente chamam isso
de guerra, recebem até quinze anos de prisão, de acordo
com uma nova lei aprovada com entusiasmo por um
chamado Parlamento, e igualmente assinada com
entusiasmo por Putin na segunda-feira.”
Por esses quatro discursos e por pertencer a uma
“organização indesejável”, a Free Russia Foundation,
Kara-Murza foi acusado e considerado culpado de “alta
traição” e “espalhar informações ‘falsas’”. Ele esperava
uma pena severa. Kara-Murza recebeu uma sentença de
25 anos.
Por que um julgamento tão severo para um
punhado de discursos? Putin pode ter sido motivado por
vingança. Em 2012, Kara-Murza ajudou a aprovar o US
Global Magnitsky Act. O regime de sanções direcionadas,
sem dúvida o mais eficaz do mundo, primeiro autorizou
sanções dos EUA contra autoridades russas envolvidas na
detenção e morte do consultor fiscal russo Sergei
Magnitsky, e posteriormente tornou os comparsas de Putin
alvos frequentes. Em uma ironia cruel — como escrevi em
outro lugar — os promotores de Kara-Murza estavam entre
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 74 ]
aqueles que ele uma vez ajudou a colocar na lista de
indivíduos sancionados do Magnitsky Act.
Kara-Murza levou sua coragem de volta à Rússia
por uma causa maior. Ele nos mostra, se quisermos olhar,
o que aqueles de nós que têm a sorte de nascer entre a
pequena parcela de pessoas que desfrutam de liberdade,
riqueza suficiente e oportunidade tomam como garantido.
Se uma democracia liberal está funcionando como deveria,
seus cidadãos podem perseguir seus próprios fins em vez
de labutar para garantir suas liberdades.
Mas, ocasionalmente, em tempos mais sombrios,
alguém como Nelson Mandela, Leopoldo López, Martin
Luther King Jr. ou Vladimir Kara-Murza ousará ser preso
por suas crenças. Ao fazer isso, ele vive não apenas de
acordo com a verdade de suas convicções — mas também
experimenta um tipo fundamental de liberdade.
Ninguém disse isso melhor do que Nadezhda
Tolokonnikova, do Pussy Riot, durante as declarações
finais de seu julgamento:
Em geral, as três integrantes do Pussy Riot não
são as que estão sendo julgadas aqui. Se estivéssemos,
este evento dificilmente seria tão significativo. Este é um
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 75 ]
julgamento de todo o sistema político da Federação
Russa... Apesar do fato de estarmos fisicamente aqui,
somos mais livres do que todos sentados à nossa frente no
lado da acusação. Podemos dizer o que quisermos e
dizemos tudo o que quisermos...
Então, abram todas as portas, arranquem suas
dragonas; venham saborear a liberdade conosco.
Essas palavras poderiam ser ditas igualmente
sobre Vladimir Kara-Murza hoje. [13]
Emin Ibragimov
O correspondente da BBC News, Richard Galpin
publicou em 23 de janeiro de 2015 um artigo sobre
Ibragimov. Confesso que não me sinto muito confortável e
seguro sobre as acusações dele, mas dou o benefício da
dúvida e transcrevo aqui para os leitores para análise de
vocês:
O refugiado checheno em Estrasburgo que diz que
agentes de Moscou o torturaram.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 76 ]
O sequestro e a tortura teriam ocorrido em
Estrasburgo, no leste da França.
Disse Emin Ibragimov, que fugiu da Chechênia
para a França há 14 anos, sempre presumiu que estaria
seguro em sua cidade natal adotiva, Estrasburgo.
Antes de receber asilo do governo francês, ele era
um homem marcado.
Como membro proeminente do movimento
separatista checheno — que declarou independência da
Rússia após o colapso da União Soviética — ele
sobreviveu a várias tentativas de assassinato em casa, ele
diz, bem como a um ataque com faca em Istambul.
Mas em agosto passado, na supostamente segura
cidade de Estrasburgo, ele disse que seus inimigos
atacaram novamente.
O homem de 68 anos estava pescando em seu
local favorito, um trecho tranquilo do Rio Ill, perto de sua
casa no subúrbio.
De repente, ele ouviu um barulho atrás dele.
Disse Emin Ibragimov que foi atacado enquanto
pescava. Vários homens apareceram, um deles batendo
forte na cabeça dele.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 77 ]
"Quando recuperei a consciência, estávamos em
um barco no rio. Eles foram educados dizendo vamos
chegar a um acordo", ele lembrou.
"Mas eu disse a eles que não concordo com
bandidos.
"Eles me bateram de novo e quando estávamos na
floresta, eles começaram a me torturar, me queimando
com um ferro e esmagando meus dedos até que eles
estalassem. A dor era terrível.
"Eles me esfaquearam nas pernas com algum tipo
de prego e me queimaram com cigarros."
Carregando as cicatrizes
Continuou, ele diz, por mais de dois dias, até que
finalmente o deixaram meio morto em uma vala na floresta,
suas roupas cobertas de sangue. Era noite.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 78 ]
Ele acordou de manhã com chuva caindo sobre
ele.
Cinco meses depois, ele ainda carrega as
cicatrizes dos ferimentos.
Disseram os ferimentos de Emin Ibragimov
Em seu pequeno apartamento, ele me mostrou o
relatório médico fornecido pelo hospital de Estrasburgo,
onde ele foi tratado.
Ele descreve várias queimaduras e cortes em seu
corpo.
O hospital confirmou à BBC que ele havia sido
internado em 10 de agosto do ano passado.
Então, quem foi o responsável por esse ataque?
"Pela maneira como falavam, pelos sotaques,
essas pessoas eram de Moscou", disse o Sr. Ibragimov.
"Tenho mais que certeza de que eram agentes do
FSB. Não há outra explicação."
O FSB é a agência de inteligência mais poderosa
da Rússia, já foi liderada pelo presidente russo Vladimir
Putin.
O presidente russo Vladimir Putin (D-frente) e o
vice-primeiro-ministro Dmitry Rogozin (atrás) examinam
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 79 ]
novas armas de fabricação russa durante sua visita ao
instituto de pesquisa de mecânica de precisão em
Klimovsk, região de Moscou, Rússia, 20 de janeiro de 2015
O Sr. Ibragimov foi atacado após solicitar uma
investigação ao presidente russo Vladimir Putin
O Sr. Ibragimov continuou me mostrando outro
documento importante que ele acredita ser o motivo do seu
ataque.
Trata-se de uma carta formal que ele enviou ao
promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia em
julho passado, poucas semanas antes de ser atacado.
Nele, ele solicita que um processo criminal seja
aberto contra o presidente Putin e outras autoridades
russas por supostos crimes de guerra, crimes contra a
humanidade e genocídio contra o povo checheno durante
as duas guerras com as forças armadas russas na década
de 1990.
Dossiê de provas
Junto com a carta, ele incluiu um dossiê do que,
segundo ele, são evidências coletadas nos últimos cinco
anos.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 80 ]
"O ataque foi por causa disso, claramente", ele me
disse.
"Enviei os documentos para Haia em 1º de julho de
2014. Depois que recebi uma carta de Haia dizendo que os
documentos seriam analisados, as ameaças contra mim
começaram.
"Eles foram tão abertos e descarados, que não
tiveram medo. Disseram que eu estava caluniando o
presidente."
Ele também tem um documento que parece ter
sido escrito por um alto promotor francês, que se refere a
uma tentativa em 2009 de assassinar até quatro refugiados
chechenos que viviam em Estrasburgo, incluindo o Sr.
Ibragimov.
Pessoas passam por quiosques queimados em um
mercado de rua perto de um prédio destruído que abriga a
mídia local, conhecido como Press House, no centro de
Grozny, em 4 de dezembro de 2014
A Chechénia está atualmente a viver um
ressurgimento da violência após anos de conflito
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 81 ]
Foto tirada em 10 de janeiro de 1995 mostra um
combatente checheno se protegendo de tiros de atiradores
em um prédio do outro lado da praça do palácio
presidencial destruído por bombardeios de artilharia russa.
De meados ao final da década de 1990, os
separatistas chechenos lutaram para obter a
independência da Rússia
O promotor cita a agência de inteligência francesa
dizendo que a equipe de assassinos foi patrocinada pela
atual liderança pró-Rússia na Chechênia.
Após o ataque de agosto passado, o Sr. Ibragimov
me disse que havia recebido ainda mais ameaças.
Mais recentemente, ele disse que foi abordado no
bonde em Estrasburgo por dois homens — um checheno e
outro russo — que lhe disseram "pare com isso, será mais
pacífico".
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 82 ]
Embora não tenha intenção de retirar o caso que
apresentou ao TPI, ele agora tem vários guarda-costas
para protegê-lo.
Em resposta às alegações do Sr. Ibragimov de que
ele foi atacado por agentes da inteligência russa, a BBC
recebeu uma declaração do porta-voz do presidente Putin,
Dmitry Peskov, na qual ele escreveu: "Este checheno é
conhecido por nós e, infelizmente, ele não é
completamente saudável psiquiatricamente."
Em toda a Europa, há outros opositores declarados
do Kremlin que acham que não estão seguros onde quer
que vivam.
O Kremlin rejeitou as alegações do Sr. Ibragimov.
Em Londres, o gestor de fundos Bill Browder tem
feito campanha persistente contra as autoridades russas
depois de dizer que sua empresa de investimentos em
Moscou foi adquirida por autoridades corruptas para que
pudessem cometer uma fraude fiscal em massa.
Seu advogado, Sergei Magnisky, que descobriu a
suposta fraude, morreu em uma cela de prisão em Moscou.
Tanto ele quanto o Sr. Browder foram
posteriormente condenados à revelia por fraude fiscal por
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 83 ]
um tribunal russo, em um julgamento denunciado por
organizações de direitos humanos.
A Interpol rejeitou os pedidos da Rússia para
ajudar a extraditar o Sr. Browder, descrevendo o caso
como "de natureza predominantemente política".
Isso, diz o Sr. Browder, levou a uma ameaça
específica contra ele.
"Recebemos informações do Departamento de
Justiça dos Estados Unidos no verão passado de que havia
uma tentativa de entrega ilegal sendo organizada contra
mim", disse ele.
"O governo russo, de acordo com o Departamento
de Justiça dos EUA, tentaria me sequestrar e me levar de
volta para a Rússia."
Assim como o Sr. Ibragimov, ele também tem
medidas de segurança em vigor para protegê-lo do que ele
acredita ser um risco muito sério. [14]
Sergei Skripal
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 84 ]
BIELORRÚSSIA UM ANEXO DE PUTIN
Abbas Gallyamov, ex-redator de discursos do
Kremlin, agora rotulado pelas autoridades como "agente
estrangeiro", disse que Putin não queria arriscar o mesmo
cenário de Alexander Lukashenko.
O líder bielorrusso se agarrou ao poder em 2020
apenas com a ajuda do que a oposição e os governos
ocidentais disseram ser uma fraude eleitoral em larga
escala para permitir que ele reivindicasse a vitória sobre a
candidata da oposição Sviatlana Tsikhanouskaya.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 85 ]
"O efeito Tsikhanouskaya é absolutamente
possível, e no Kremlin eles entendem isso", escreveu
Gallyamov no Telegram.
Anastasia Burakova, advogada e ativista de
direitos humanos, também recentemente designada como
agente estrangeira, disse que a desqualificação mostrou
que as autoridades estavam determinadas a que "nenhum
concorrente que pudesse lançar sombra sobre o apoio a
Putin e à guerra deveria estar no campo público".
Com Putin, 71 anos, no controle total das
alavancas do poder, apoiadores e oponentes dizem que
ele chegará a um novo mandato de seis anos que, se
concluído, o tornará o governante mais longevo da Rússia
desde o século XVIII, superando todos os governantes
soviéticos, incluindo Josef Stalin.
Seu oponente mais conhecido, Alexei Navalny,
está cumprindo penas de prisão totalizando mais de 30
anos e seus apoiadores dizem que nem sabem onde ele
está, depois que foram informados de que ele havia sido
transferido de sua colônia penal anterior no início deste
mês. Os advogados tiveram acesso a ele pela última vez
em 6 de dezembro.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 86 ]
Um dos partidos de oposição nominais no
parlamento, o partido Uma Rússia Justa - Pela Verdade,
disse no sábado que apoiaria Putin na eleição, informou a
agência de notícias estatal RIA.
Enquanto isso, o Partido Comunista, que ficou em
um distante segundo lugar atrás de Putin em todas as
eleições desde 2000, nomeou Nikolai Kharitonov, de 75
anos, como seu candidato.
Kharitonov concorreu anteriormente em 2004 e
ganhou 14% dos votos contra 71% de Putin. A agência de
notícias TASS o citou dizendo que não encontraria falhas
no líder do Kremlin.
"Ele é responsável pelo seu próprio ciclo de
trabalho, por que eu o criticaria?", disse Kharitonov. [10]
IMPRENSA SILENCIADA NO REGIME PUTIN
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 87 ]
O Dia da Memória dos Jornalistas Mortos em
Serviço na Rússia é comemorado em 15 de dezembro de
cada ano.
Têm prazer em fazer o mal e exultam com a maldade dos
perversos, Provérbios 2:14 [Putin mata seus desafetos
com veneno, forjando acidentes e toda sorte de maldade.
A Rússia não precisa de mais territórios, mas ele quer a
terra dos ucranianos.]
Metodologia
Entre os monitores internacionais, os números
citados para mortes de jornalistas na Rússia têm variado,
às vezes consideravelmente. Há várias explicações.
Primeiro, certas organizações estão preocupadas com
todos os aspectos da segurança na coleta de notícias,
então a Federação Internacional de Jornalistas e o Instituto
Internacional de Segurança de Notícias também registram
acidentes que ocorreram no trabalho. Segundo, alguns
órgãos de monitoramento incluem apenas fatalidades em
fogo cruzado e tarefas perigosas e aqueles assassinatos
onde eles têm certeza do motivo por trás do ataque letal e
podem com confiança fazer lobby no governo apropriado;
o Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) adota essa
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 88 ]
abordagem. Terceiro, o termo "jornalista" é usado pelos
monitores como um termo geral para cobrir muitas
ocupações diferentes dentro da mídia. Alguns incluem
equipe de apoio, outros não.
Em qualquer lista de mortes, compilada por
monitores dentro ou fora do país, a Rússia está perto do
topo em mortes. Quando a matança começou, a breve
Primeira Guerra Chechena tirou a vida de vários jornalistas
dentro da Chechênia e do exterior. Também houve
aumento de mortes de jornalistas em tempos de paz em
outros lugares da Federação Russa.
Os alvos deliberados por seu trabalho tendem a
ser repórteres, correspondentes e editores. Na Rússia,
muitos diretores de novas estações regionais de TV e rádio
foram assassinados, mas acredita-se que algumas dessas
mortes estejam relacionadas a interesses comerciais
conflitantes. scou e o conflito armado no Cáucaso do Norte.
Relatórios de 2009 sobre mortes de jornalistas
na Rússia
Em junho de 2009, foi publicada uma investigação
abrangente da Federação Internacional de Jornalistas
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 89 ]
sobre as mortes de jornalistas na Rússia. Ao mesmo
tempo, a FIJ lançou uma base de dados online que
documenta mais de trezentas mortes e desaparecimentos
desde 1993. Tanto o relatório Justiça Parcial como a base
de dados dependem das informações recolhidas na Rússia
ao longo dos últimos 16 anos pelos próprios monitores da
comunicação social do país: a Fundação de Defesa
Glasnost e o Centro de Jornalismo em Situações
Extremas.
Em setembro, no relatório Justice, o Committee to
Protect Journalists (CPJ) repetiu sua conclusão de que a
Rússia era um dos países mais mortais do mundo para
jornalistas e acrescentou que continua entre os piores em
resolver seus assassinatos. Jornalistas morreram ou foram
mortos, argumentou o CPJ, por causa do trabalho que
estavam fazendo e apenas um caso levou a uma acusação
parcialmente bem-sucedida.
[Falou mal do governo vira estatística...]
Seguindo os monitores da mídia russa, o banco de
dados da FIJ sobre mortes e desaparecimentos na Rússia
leva em conta toda a gama de ocupações da mídia e todos
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 90 ]
os graus de incerteza quanto ao motivo de muitos dos
ataques. Ele também permite seleção e análise. Ele
classifica a maneira como um jornalista morreu (homicídio,
acidente, fogo cruzado, ato terrorista ou não confirmado) e
avalia cada morte como certamente, possivelmente, ou
muito provavelmente não, ligada ao trabalho do jornalista.
Desde o início da década de 1990, os monitores da
mídia russa registram todas as mortes violentas ou
suspeitas que chegam ao seu conhecimento. Determinar
quais estavam ligadas ao trabalho do jornalista nem
sempre foi fácil, já que as agências policiais na Rússia
estavam lutando para lidar com uma onda de assassinatos
e o número de assassinatos não resolvidos de jornalistas
aumentou constantemente. Nos últimos anos, o Centro de
Jornalismo em Situações Extremas reuniu todas as
informações disponíveis sobre essas mortes em seu site
Memoriam. Isso tornou possível verificar o quanto essas
mortes foram investigadas e quantas levaram a processos
judiciais. O banco de dados da IFJ resume as informações
acumuladas no site Memoriam e as disponibiliza em inglês
pela primeira vez. Durante um estudo sobre homicídios por
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 91 ]
detecção de fraude internacional, que comparou casos de
homicídios por detecção de fraude dos Estados Unidos da
América com casos de homicídios por detecção de fraude
da antiga República Soviética, o assassinato de Paul
Klebenikov ilustrou um caso de assassinato por
encomenda de um jornalista conhecido por expor fraudes
em governos. Na época de seu assassinato, acreditava-se
que ele estava investigando um complexo esquema de
fraude de lavagem de dinheiro envolvendo projetos de
reconstrução chechenos. A investigação parece revelar
que Klebnikov havia descoberto que a fraude atingiu
profundamente os centros de poder no Kremlin, elementos
envolvendo o crime organizado e também a antiga KGB,
agora conhecida como FSB.
[Infelizmente a Rússia tem um longo histórico de
corrupção, mas com Putin a coisa piorou. Suspeita-se que
ele seja o homem mais rico do mundo]
Justiça Parcial e Anatomia da Injustiça
O relatório da IFJ Partial Justice mapeia os
contornos mutáveis da impunidade na Rússia. Ele mostra
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 92 ]
e explica o processo pelo qual mortes específicas são
selecionadas pela IFJ, CPJ e outros monitores. Ele enfatiza
a necessidade de um fim à impunidade total nas regiões
restantes (o Cáucaso do Norte, São Petersburgo) onde
ninguém jamais foi processado por matar um jornalista, e
de um avanço além da justiça parcial nos casos em que se
sabe, ou se suspeita fortemente, que o assassinato de um
jornalista foi planejado e premeditado. Não basta levar o
assassino a julgamento; ele deve ser acompanhado, ou
seguido, por seus cúmplices, e pelos intermediários e
indivíduos que ordenaram e pagaram pelo assassinato.
[Denunciar corrupção no governo é cruel e se for
contra o Kremlin ai pode ser fatal.]
O relatório do IFJ abre e fecha com o assassinato
de Politkovskaya e o julgamento subsequente, que ocorreu
de novembro de 2008 a fevereiro de 2009. Após 16 anos
de assassinatos não resolvidos, o clamor internacional
sobre sua morte fez deste um caso de teste que pode
finalmente romper a barreira da justiça parcial. As
evidências apresentadas pela promotoria, infelizmente,
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 93 ]
não convenceram o júri ou satisfizeram outros participantes
importantes. Anatomia da Injustiça, o relatório do CPJ,
exibe as conclusões a que o comitê chegou sobre certas
mortes desde 2000: as autoridades não reconhecem
algumas dessas mortes como homicídio, enquanto várias
outras chegaram aos tribunais, mas levaram, no máximo,
à condenação do perpetrador, não daqueles que
ordenaram o assassinato.
Seguindo rotas diferentes, os dois relatórios
chegam a um conjunto similar de recomendações. Eles
pedem às autoridades russas que deem aos
investigadores e tribunais o apoio de que precisam para
identificar e perseguir todos os responsáveis pelas mortes
de jornalistas e, enquanto isso, manter a imprensa e o
público mais bem informados sobre seu progresso no
enfrentamento de crimes tão perturbadores.
[Pedir para os mandantes dos crimes serem
transparentes na investigação é bobagem. Com Putin no
poder só piora a situação.]
Comparações internacionais
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 94 ]
Na década de 1990 e no início dos anos 2000, a
taxa de homicídios na Rússia estava entre as mais altas do
mundo. Houve mais de 500 assassinatos por encomenda
na Rússia em 1994. O comitê para a Proteção de
Jornalistas lista a Rússia como "o terceiro país mais mortal
do mundo para jornalistas" desde 1991, superado no
número de mortes apenas pela Argélia (1993-1996) e pelo
Iraque pós-invasão. Colocando a Rússia ao lado de seus
parceiros do G20 - não apenas os EUA e a França, mas
também a Arábia Saudita e a China. O problema da Rússia,
compartilhado por alguns outros membros do G20 ( Índia,
Brasil e México ), não é simplesmente o número de mortes,
mas a persistência de matar com impunidade ao longo de
muitos anos. As variadas condições nestes países
economicamente importantes destacam uma outra
dimensão crucial. O assassinato de jornalistas pode ser o
mais dramático e frequentemente citado "barômetro da
liberdade de imprensa", mas não é de modo algum a única
medida. O que isso significa para um país em particular só
pode ser devidamente avaliado no contexto mais amplo da
liberdade de imprensa e de outras liberdades, presentes
(ou ausentes) nessa sociedade. Muito poucos jornalistas
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 95 ]
foram mortos na China e nenhum foi noticiado na Coreia
do Norte.
[China e Coreia do Norte já esta em um nível de
corrupção e tirania tão elevado que não tem mais imprensa
livre.]
Outras deficiências garantem que esses países
ocupem uma posição inferior à da Rússia em qualquer
índice de liberdade de imprensa.
Mikhail Beketov sobreviveu inicialmente a um
ataque em 2008 e morreu cinco anos depois. A morte
imediata é o extremo do espectro de ameaças e
intimidação.
Mortes e julgamentos, estatísticas
As mortes violentas de jornalistas começaram na
era de Boris Yeltsin (1991–1999) e continuaram sob
Vladimir Putin, presidente da Rússia, de 31 de dezembro
de 1999 a 7 de maio de 2008. Quando Medvedev se tornou
presidente, ele falou da necessidade de acabar com o
"niilismo legal". De 2003 a 2008, houve um número
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 96 ]
crescente de julgamentos, mas em novembro de 2009
ainda não havia ocorrido um grande avanço, sob o
presidente Dmitri Medvedev, seja na acusação de mortes
anteriores a 2008 ou na investigação de assassinatos
desde sua posse em maio de 2008. O julgamento do
assassinato de Politkovskaya e as primeiras prisões no
assassinato de Baburova-Markelov (novembro de 2009)
mostraram alguns sinais inconclusivos de movimento.
O terceiro conjunto de números indica o número
anual de veredictos alcançados em julgamentos pelo
assassinato de jornalistas. Com apenas três exceções,
todos eles foram por homicídio. Alguns casos levaram de
seis a sete anos para chegar ao tribunal (por exemplo, os
assassinatos de Dmitry Kholodov e Igor Domnikov), mas a
maioria das mortes que resultaram em acusação levam,
em média, de 12 a 24 meses entre o assassinato e o
veredicto.
As taxas de condenação são uma questão
diferente. Quando a morte não estava relacionada ao
trabalho do jornalista, a taxa de condenação excede 90%.
Quando a morte do jornalista estava certamente ou parece
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 97 ]
provável que estivesse relacionada ao seu trabalho, a taxa
de absolvições aumenta acentuadamente para cerca de
metade do total. A maioria dos julgamentos ainda é
realizada perante um juiz, auxiliado por dois avaliadores
leigos. O julgamento por juiz e júri, que ainda é muito raro
na Rússia, geralmente oferece um teste mais rigoroso de
evidências, defesa robusta dos suspeitos e uma chance
maior de o réu ser considerado inocente (taxa média de
absolvição de 20%). O julgamento do assassinato de
Politkovskaya, que foi realizado perante um júri, terminou
em fevereiro de 2009 com a absolvição de todos os
acusados.
Se aproximadamente três quartos dos
assassinatos de jornalistas nos últimos 16 anos não
estavam relacionados com suas investigações e
publicações No entanto, o CJES considera que até 70%
das agressões, que anualmente chegam a dezenas, estão
relacionadas ao trabalho. Às vezes, são muito graves. Em
novembro de 2008, Mikhail Beketov, editor-chefe do
Khimkinskaya pravda, um jornal em um subúrbio de
Moscou, foi espancado tão severamente que, embora
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 98 ]
tenha sobrevivido, e seu jornal até mesmo tenha retomado
a publicação limitada, no início de 2010 ele ainda não havia
recuperado o poder de falar ou movimento independente.
Ele morreu em 2013.
Preocupação no exterior
Desde que Vladimir Putin se tornou primeiro-
ministro em 1999 (presidente desde 2000), as autoridades
russas têm sido repetidamente instadas pelos governos
ocidentais e pelos órgãos de comunicação social
internacionais a fazerem mais para investigar as mortes de
jornalistas. Os Repórteres Sem Fronteiras, sediados em
Paris, criticaram frequentemente a Rússia pelo que
descreveu como uma falha na investigação destes
assassinatos. A organização afirmou ainda que muitos dos
jornalistas assassinados tinham criticado o presidente
russo Putin.
[Este é o ponto chave. Criticar Putin na Rússia
pode ser sentença de morte. Este monstro do Putin tem um
verdadeiro esquadrão da morte para eliminar os
oponentes, sempre fazendo parecer que foi um acidente,
ou foi um caso isolado de crime comum]
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 99 ]
Entre Março de 2000 e Julho de 2007, os
Repórteres Sem Fronteiras alegaram que 21 jornalistas
foram assassinados na Rússia devido ao seu trabalho.
Números semelhantes foram produzidos pelo
comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ). Em uma
declaração de junho de 2007, o CPJ disse: "Um total de 47
jornalistas foram mortos na Rússia desde 1992, com a
grande maioria dos assassinatos não resolvidos".
Dezessete desses jornalistas foram mortos "no
cumprimento do dever" desde 2000: 14 foram
assassinados em retaliação por seu jornalismo, "dois
morreram em fogo cruzado; e um foi morto enquanto cobria
uma tarefa perigosa". O CPJ continuava investigando as
mortes de outros oito jornalistas para ver se havia uma
ligação entre seus assassinatos e seu trabalho. De acordo
com o CPJ, nenhum dos 14 assassinatos cometidos desde
2000 foi resolvido e "13 carregam as marcas de
assassinatos contratados".
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 100 ]
A pressão sobre as autoridades russas aumentou
no final de 2006 após o assassinato de Anna Politkovskaya
. Em junho de 2007, o conselho da Associação Mundial de
Jornais aprovou uma resolução, apelando às autoridades
russas para "investigarem as mortes de jornalistas com
mais vigor":
Há seis coisas que Javé odeia; sete que ele
detesta: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que
derramam sangue inocente, coração que trama planos
perversos, pés que se apressam para fazer o mal,
testemunha falsa que profere mentiras e aquele que
provoca discórdia entre irmãos. Provérbios 6:12-19 [Todo
este texto se aplica a Putin, e todo o sangue que ele
derramou, ele dará conta diante de Deus.]
O assassinato brutal em 7 de outubro de 2006 da
jornalista da Novaya Gazeta Anna Politkovskaya,
conhecida por suas reportagens críticas sobre o conflito na
Chechênia, nas quais ela buscava expor abusos de direitos
humanos, foi mais um lembrete aos jornalistas russos de
que a violência aguarda aqueles que investigam ou
criticam. Estima-se que 21 jornalistas foram mortos desde
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 101 ]
que o presidente russo Vladimir Putin chegou ao poder em
março de 2000. Na grande maioria dos casos, ninguém foi
condenado e sentenciado pelos assassinatos.
[Putin é chefe de um Estado mafioso e que não são
amadores na ciência de eliminar opositores. Matam dando
risadas. Com certeza Putin é o mandante de mortes
incontáveis. Um dia saberemos tudo direitinho.]
Em 18 de junho de 2007, a Câmara dos
Representantes dos EUA aprovou a Resolução 151 da
Câmara, apelando a Putin para "intensificar os esforços
para investigar" os assassinatos. Num relatório publicado
em 2007, o International News Safety Institute afirmou que
mais jornalistas tinham morrido de forma violenta na
Rússia nos últimos 10 anos do que em qualquer outro lugar
do mundo, além do Iraque, embora tenha oferecido
estatísticas em vez de detalhes das vítimas individuais. O
site da revista britânica New Statesman, que descreveu
como "solidariedade com os mortos, e em associação com
a Amnistia Internacional, o Centro para o Jornalismo em
Situações Extremas, o Comité para a Proteção dos
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 102 ]
Jornalistas e o Índice de Censura" publicou uma lista de 40
jornalistas russos mortos desde 1993, representando
apenas alguns dos que morreram.
[Não se tem calculo do número de jornalistas que
foram ameaços e coagidos a mudarem sua linha editorial
sob pena de sofrerem um acidente fatal...]
Resultados legais
Imediatamente após o assassinato de
Politkovskaya, surgiram dúvidas sobre as hipóteses de
justiça, embora a vítima neste caso fosse um jornalista que
tinha adquirido uma reputação mundial (cf. Dmitry
Kholodov em 1994). A comentadora americana Anne
Applebaum pensou que os assassinos de Politkovskaya
nunca seriam encontrados.
Os recentes assassinatos, em várias partes da
Rússia, de Ilyas Shurpayev, Yury Shebalkin, Konstantin
Borovko e Leonid Etkind levaram de fato a julgamentos e
condenações. Isto também foi verdade para alguns dos
homens envolvidos no brutal assassinato anterior do
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 103 ]
jornalista da Internet Vladimir Sukhomlin, de 23 anos. O
alegado assassino de Ilya Zimin, entretanto, foi julgado na
sua Moldávia natal e absolvido. No entanto, estes
exemplos não refutam a acusação de justiça parcial, uma
vez que apenas uma das mortes estava relacionada, sem
sombra de dúvida, com o trabalho jornalístico da vítima.
Críticas do exterior eram frequentemente
percebidas e rejeitadas como seletivas. No entanto, o
status buscado pela Rússia como membro do G8 a partir
de 1997 estabeleceu um padrão que mostrou as mortes
contínuas de jornalistas e outras restrições à mídia dentro
do país, sob uma luz desfavorável. Também foi importante
a admissão do país no Conselho da Europa e, como
resultado, o envolvimento potencial, após 1998, do
Tribunal Europeu de Direitos Humanos como árbitro de
último recurso. Tentativas malsucedidas foram feitas para
que a absolvição dos supostos assassinos de Dmitry
Kholodov em 2004 fosse examinada em Estrasburgo. Até
agora, o Tribunal determinou apenas uma vez a falha das
autoridades russas em perseguir os responsáveis pelas
mortes violentas de jornalistas. Em 2005, decidiu que o
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 104 ]
assassinato em outubro de 1999 na Chechênia dos
cinegrafistas Ramzan Mezhidov e Shamil Gigayev e de
mais de trinta outros civis que morreram durante o mesmo
incidente não havia sido devidamente investigado.
O desejo do perverso é fazer o mal; ele não tem dó do
próximo. Provérbios 21:10 [Cego pelo poder, Putin não
tem dó de ninguém, nem dos soldados ucranianos, nem
dos seus próprios soldados russos.]
Lista de jornalistas mortos na Rússia
O que se segue é uma lista de jornalistas
(repórteres, editores, cinegrafistas, fotógrafos) que foram
mortos na Rússia desde 1992. Inclui mortes por todas as
causas violentas, prematuras e inexplicáveis; mais
informações podem ser encontradas nas versões em
inglês e russo do banco de dados da FIJ. Uma indicação
se a morte está certamente [J], possivelmente [?J] ou muito
provavelmente não [nJ] ligada ao trabalho investigativo e
às publicações do jornalista segue cada nome.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 105 ]
Os anos de Yeltsin
1992
Sergey Bogdanovsky, correspondente da TV
"Ostankino", morto em Moscou.
1993
15 de abril – Dmitry Krikoryants, correspondente do
semanário Express Chronicle (Moscou), assassinado em
seu apartamento na capital chechena Groznyy, na noite de
14–15 de abril. A Chechênia era então de fato
independente. Homicídio [J].
Crise constitucional russa de 1993
Domingo, 3 de outubro, a partir das 19h30. Fora e
dentro da Torre de TV Ostankino.
Rory Peck, ARD Alemanha, cinegrafista. Crossfire
[J].
Ivan Scopan, TF1 França, cinegrafista. Fogo
cruzado [J].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 106 ]
Igor Belozerov, 4º canal "Ostankino", editor. Fogo
cruzado [J].
Sergey Krasilnikov, engenheiro de vídeo e TV
"Ostankino". Tiro à queima-roupa dentro de um prédio.
Homicídio [J].
Vladimir Drobyshev, People and nature monthly,
editor. Ataque cardíaco [J].
Segunda-feira, 4 de outubro, depois do meio-dia.
perto do edifício do Soviete Supremo.
Alexander Sidelnikov, jornalista freelancer e
cineasta de São Petersburgo. Crossfire [J].
Alexander Smirnov, correspondente do jornal
Youth Courier (Yoshkar-Ola). Crossfire [J].
29 de novembro – Elena Tkacheva, revisora de 26
anos do jornal Kuban Courier, morreu em Krasnodar em
consequência de uma bomba colocada no escritório do
jornal. Ato Terrorista [J]
9 de dezembro – Marina Iskanderova, jornalista de
uma estação de TV local, assassinada em seu
apartamento em Nadym, Yamalo-Nenets Autonomous
Okrug. Homicídio [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 107 ]
1994
1 de fevereiro – Sergei Dubov, diretor da editora
Novoye vremya, Moscou. Baleado em assassinato por
encomenda. Homicídio [nJ].
26 de abril – Andrey Ayzderdzis, deputado da
Duma e editor. Baleado em assassinato por encomenda,
em Khimki, Oblast de Moscou. [ 59 ] Homicídio [nJ].
15 de junho – Yury Soltys, jornalista e editor da
Interfax. Espancado até a morte em Moscou Oblast.
Homicídio [?J].
15 de outubro – Tatyana Zhuravlyova e marido,
trabalhadores da mídia, Komsomolskaya pravda (escritório
de Samara). Mortos em Voronezh Oblast enquanto
dirigiam. Homicídio. [nJ].
17 de julho – Yelena Roshchina, editora-chefe do
jornal infantil, Ivanovo. Assassinada em seu apartamento.
Homicídio. A gangue que a matou foi julgada e condenada
em 2000 [nJ].
17 de outubro – Dmitry Kholodov, correspondente
militar do jornal Moskovskii Komsomolets, foi morto em
Moscou quando uma pasta com armadilha que ele havia
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 108 ]
recolhido de um armário de estação ferroviária explodiu
nos escritórios de seu jornal. Homicídio. Os supostos
assassinos de Kholodov foram julgados e absolvidos duas
vezes, uma em 2002 e outra em 2004 [J].
Também houve quatro mortes na Chechénia após
o início do conflito em Novembro.
26 de novembro – Hussein Guzuyev, diretor da
Chechen TV & Radio Company. Grozny. Pego no fogo
cruzado entre os apoiadores de Dudayev e a oposição pró-
Moscou [J].
14 de dezembro – Gelani Charigov, jornalista da
Marsho, empresa privada de TV. Grozny. Crossfire [J].
22 de dezembro – Cynthia Elbaum,
correspondente fotográfica freelancer dos EUA em missão
para a revista Time. Grozny. Crossfire [J].
31 de dezembro – Bilal Akhmadov, cinegrafista da
empresa Marsho TV. Terrível. Fogo cruzado [J].
1995–1996 (incluindo o 1º conflito checheno)
1995
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 109 ]
1 de janeiro – Vladimir Zhitarenko, correspondente
do jornal Red Star ( Krasnaya zvezda ), Chechênia. Fogo
cruzado [J].
1 de janeiro – Pyotr Novikov, jornalista da revista
Smena, Moscou. Homicídio (ligado ao assassinato de
Anisimov no final de 1994) [nJ].
7 de janeiro – Sultan Nuriyev, Chechênia. Não
confirmado [?J].
10 de janeiro – Jochen Piest, correspondente da
revista Stern. Chervlyonnaya, Chechênia. Fogo cruzado
[J].
14 de janeiro – Valentin Yanus, cinegrafista do
canal de TV da cidade de Pskov, Chechênia. Fogo cruzado
[J].
17 de fevereiro – Vyacheslav Rudnev, jornalista
freelance, Kaluga, publicado nos jornais locais Vest e
Znamya. Homicídio [?J].
27 de fevereiro – Maxim Shabalin, editor de política
do jornal Nevskoye Vremya (São Petersburgo). e Felix
Titov, o fotógrafo do jornal, desapareceram em uma missão
na Chechênia. Apesar de inúmeras expedições, de 1995 a
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 110 ]
1999, nenhum vestígio foi encontrado dos restos mortais
dos dois homens. Desaparecidos [J].
1 de março – Vladislav Listyev, chefe do novo
canal de TV ORT, morto a tiros na escadaria de seu bloco
de apartamentos em Moscou em um assassinato por
encomenda. Homicídio [nJ].
3 de março – Igor Kaverin, engenheiro da estação
de rádio Svobodnaya Nakhodka, Primorsky Krai . Baleado
no carro, Homicídios [nJ].
8 de março – Oleg Ochkasov, jornalista freelance
em Voronezh, escrevendo para os jornais Vecherny
Voronezh e Skandalnaya pochta. Homicídio [nJ].
16 de março – Alexei Khropov, diretor da estação
de rádio Vox, recentemente fora do ar. Rodovia
Leningradskoye, Oblast de Moscou. Homicídio [nJ].
31 de março – Ruslan Tsebiyev, 23 anos, serviço
de imprensa de Dudayev, Grozny, Chechênia. Homicídio
[?J].
6 de maio – Malkan Suleimanova, jornalista do
jornal Ichkeria (Grozny). Morreu sob bombardeio em
Shatoi, Chechênia. Fogo cruzado [J].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 111 ]
22 de maio – Farkhad Kerimov, cinegrafista da
Associated Press TV. Executado em Vedeno, Chechênia.
Homicídio (crime de guerra)[J].
5 de maio – Sergei Ivanov, foi em busca de
Shabalin e Titov (acima de 27 de fevereiro), ao sul da
Chechênia. Desaparecido [J].
6 de junho – Alexander Konovalenko, jornalistas da
Krestyanskaya gazeta, Volgogrado, espancamento em
uma delegacia de polícia levou à sua morte. Homicídio.
Assassino condenado em 1998 [?J].
17 de junho – Natalya Alyakina-Mroszek, revista
Focus (Alemanha) e outros veículos. Baleado perto de
Budyonnovsk, Stavropol Krai. Fogo cruzado. Soldado
russo considerado culpado de negligência no uso de
armas, anistiado como participante da guerra chechena [J].
25 de julho – Andrew Shumack Jr, fotojornalista
freelancer dos EUA, St Petersburg Times (Flórida). Grozny,
Chechênia. Desaparecido [?J].
4 de agosto – Sergei Nazarov, ex-apresentador do
popular programa de TV "Vremechko". Morto em Moscou.
Homicídio [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 112 ]
10 de agosto – Vadim Obekhov, colunista do jornal
Vesti, Petropavlovsk-Kamchatsky. Homicídio [nJ].
2 de novembro – Andrei Ulanov, editor-chefe do
jornal Togliatti segodnya. Togliatti, Oblast de Samara.
Assassinato por encomenda, homicídio [nJ].
8 de novembro – Sergei Ananyev, chefe do serviço
de imprensa, departamento de crime organizado da Sibéria
Oriental. Assassinado em Irkutsk. Resultado do julgamento
de 2000 não está claro [nJ].
12 de dezembro – Victor Litvinov, comentarista da
estação de rádio "Golos Rossii", Moscou, morreu após
ataque de rua. Homicídio [nJ].
10 de dezembro – Yaroslav Zvaltsev, de 25 anos,
diretor financeiro do jornal Russky dom em Magnitogorsk,
Oblast de Chelyabinsk, baleado em um assassinato por
encomenda. Homicídio [nJ].
12 de dezembro – Shamkhan Kagirov,
correspondente do jornal Vozrozhdenie, Chechênia. Fogo
cruzado [J].
26 de dezembro – Vadim Alferyev, trabalhou como
jornalista para a imprensa local e TV em Krasnoyarsk, onde
morreu após uma surra selvagem. Homicídio [?J].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 113 ]
1996
25 de janeiro – Oleg Slabynko, fundador da
corporação "Moment Istiny", produtor de um programa de
mesmo nome, diretor da ORT (hoje Channel One TV),
assassinado em seu apartamento em Moscou.
Assassinato por encomenda [nJ].
8 de fevereiro – Yury Litvinov, engenheiro, e
Alexander Zaitsev, diretor, da Forward Cable Television.
Encontrados baleados em carro, Dalnegorsk, Primorsky
Krai. Assassinato por encomenda? [nJ].
26 de fevereiro – Felix Solovyov, famoso fotógrafo,
conselho editorial do jornal Aeroflot, assassinado em
Moscou. Homicídio [nJ].
11 de março – Victor Pimenov, cinegrafista da
empresa de TV Vaynakh (Chechênia). Grozny, Chechênia.
Fogo cruzado [J].
30 de março – Nadezhda Chaikova, jornalista
investigativa da Obshchaya Gazeta, executada na
Chechênia, corpo encontrado perto da aldeia de Gekhi.
Homicídio (crime de guerra) [J].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 114 ]
18 de abril – Anatoly Yagodin, correspondente do
jornal das forças Na Boyevom Postu, morto por militantes
chechenos. Assinovskaya, Chechênia. Fogo cruzado [J].
9 de maio – Nina Yefimova, correspondente do
jornal Vozrozhdeniye, Chechênia. Grozny, Chechênia.
Homicídio [J].
11 de maio – Victor Mikhailov, correspondente
policial do jornal Zabaikalsky rabochy. Chita. Homicídio
[nJ].
26 de julho – Nikita Chigarkov, funcionário da
Utrenniy ekspress, espancado e roubado. Moscou.
Homicídio [nJ].
1 de agosto – Ivan Gogun, correspondente rabochy
de Groznensky. Grozny, Chechênia. Fogo cruzado [J].
11 de agosto – Ramzan Khadjiev, correspondente
da ORT, baleado do lado de fora do posto de controle na
Chechênia. Grozny, Chechênia. Fogo cruzado [J].
16 de setembro – En Chan Kim, correspondente de
jornais de Sakhalin e da revista Blagodatnaya Semya.
Zhulebino, Moscou. Homicídio [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 115 ]
27 de outubro – Anatoly Tyutinkov, editor-chefe
assistente do Vecherniy Peterburg. Incidente não
confirmado, São Petersburgo. [nJ]
29 de outubro – Lev Bogomolov, editor-chefe de
Kaluga Vechernyaya, Kaluga. Incidente não confirmado
[nJ].
31 de outubro – Sergei Semisotov, editor do jornal
Traktir po Pyatnitsam. Volgogrado. Homicídio [nJ].
10 de novembro – Marina Gorelova, repórter da
empresa de TV Otechestvo e Yury Shmakov, consultor da
TV Otechestvo. Cemitério Kotlyakovskoye, Moscou. Ato
terrorista. Dois condenados em 2003 por 16 mortes,
incluindo dois jornalistas, por causar a explosão. [J]
6 de dezembro – Kirill Polenov, jornalista
freelancer. Vladikavkaz, Ossétia do Norte. Homicídio [nJ].
7 de dezembro – Anatoly Belousov, editor-chefe
adjunto do Red Star (Krasnaya Zvezda). Região de
Moscou. Homicídio [nJ].
1997–1999
1997
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 116 ]
16 de janeiro – Alexei Yeldashov, jornalista para
imprensa e rádio local. Khabarovsk, Primorsky Krai.
Homicídio [nJ].
16 de janeiro – Nikolai Lapin, editor-chefe do jornal
"Obo vsyom". Togliatti, Oblast de Samara. Homicídio [nJ].
3 de fevereiro – Yury Baldin, editor-chefe da Focus
TV. Cheliabinsk. Homicídio [nJ].
12 de fevereiro – Vyacheslav Zvonarev, editor da
empresa Takt TV. Kursk. Homicídio [nJ].
25 de fevereiro – Vadim Biryukov, editor-chefe da
revista "Delovye lyudi", Rua Novolesnaya, Moscou.
Homicídio [nJ].
23 de março – Vladimir Aliev, Prokhladnoye,
Kabardino-Balkaria. Homicídio [nJ].
30 de março – Nikolai Mozolin, Kirovsk, Oblast de
Leningrado. Homicídio [nJ].
10 de maio – Alexander Korkin, Pereslavl-
Zalessky, Oblast de Yaroslavl . Homicídio [nJ].
6 de agosto – Valery Krivosheyev, Lipetsk.
Homicídio [nJ].
19 de outubro – Lydia Lazarenko, Níjni Novgorod.
Homicídio [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 117 ]
1998
30 de janeiro – Vladimir Zbaratsky, Rua
Mosfilmoskaya, Moscou. Homicídio [nJ].
2 de abril – Ivan Fedyunin, correspondente do
jornal Bryanskie Izvestia. Homicídio, Bryansk [nJ].
6 de abril – Lira Lobach, trabalhadora da mídia.
distrito, Tomsk Oblast. Homicídio [nJ].
20 de maio – Igor Myasnikov, Kineshma, Oblast de
Yaroslavl. Homicídio [nJ].
7 de junho – Larisa Yudina, editora-chefe do jornal
Sovetskaya Kalmykia Segodnya. Elista, Kalmykia.
Assassinato por encomenda. Perpetradores condenados
(1999), mas não aqueles por trás de seu assassinato [J].
28 de julho – Vladimir Ustinov, Ivanovo. Homicídio
[nJ].
17 de agosto – Sergei Semenduyev, Makhachkala,
Daguestão. Faltando [nJ].
24 de agosto – Anatoly Levin-Utkin, São
Petersburgo. Homicídio [?J].
27 de agosto – Mirbaba Seidov, homicídio, Oblast
de Kaliningrado. Homicídio [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 118 ]
29 de agosto – Victor Shamro, homicídio, São
Petersburgo. Homicídio [nJ].
2 de setembro – Farid Sidaui, correspondente da
revista Proston nedvizhimost. Rua Ramenka, Moscou.
Homicídio [nJ].
30 de dezembro – Sergei Chechugo, Vladivostok.
Não confirmado [?J].
1999
19 de fevereiro – Gennady Bodrov, Homicídio [nJ].
25 de fevereiro – Valentina Mirolyubova e Nikolai
Mirolyubov, Homicídios [nJ].
4 de março – Andrei Polyakov, Homicídio [nJ].
30 de maio – Alexei Kulanov, Homicídios [nJ].
30 de junho – Vadim Rudenko, Homicídio.
30 de agosto – Lubov Loboda, Kuibyshev (Oblast
de Novosibirsk). Assassinato por encomenda. Perpetrador,
intermediário e homem que ordenou sua morte, todos
acusados e condenados [nJ].
27 de setembro – Christopher Reese, Moscou.
Homicídio [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 119 ]
27 de outubro – Supyan Ependiyev,
correspondente do jornal Groznenskiy Rabochy,
Chechênia. Fogo cruzado [J].
29 de outubro – Os cinegrafistas Shamil Gigayev e
Ramzan Mezhidov, canal nacional de TVC e TV local
chechena. Shami-Yurt, Chechênia. Fogo cruzado.
Julgamento de 2005 pelo Tribunal Europeu de Direitos
Humanos [J].
PUTIN E A RELAÇÃO COM A IMPRENSA
Sob Putin (2000–2008; incl. 2º conflito checheno)
2000–2002
Anna Politkovskaya foi assassinada em sua casa
em Moscou em 7 de outubro de 2006.
2000
1 de fevereiro – Vladimir Yatsina, um
fotocorrespondente da ITAR-TASS. Em sua primeira e
única viagem à Chechênia, ele foi sequestrado e depois
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 120 ]
morto (por um grupo de wahabitas, alguns sugerem).
Homicídio [J].
10 de fevereiro – Ludmila Zamana, Samara.
Homicídio. Condenação [nJ].
9 de março – Artyom Borovik, periódico e editora
Sovershenno sekretno, diretor e jornalista. Aeroporto
Sheremetyevo-1, Moscou. Incidente não confirmado [?J].
22 de março – Luisa Arzhieva, correspondente do
jornal Istina mira (Moscou). Avtury, Chechênia. Fogo
cruzado [?J].
17 de abril – Oleg Polukeyev, Homicídio.
1 de maio – Boris Gashev, crítico literário.
Homicídio. Condenação [nJ].
13 de maio – Alexander Yefremov, Chechênia.
Fotojornalista do jornal Nashe Vremya, da Sibéria
Ocidental, ele morreu quando militantes explodiram um jipe
militar no qual ele viajava. Em missões anteriores,
Yefremov recebeu atenção positiva por suas fotos de
notícias da região devastada pela guerra. Fogo cruzado [J].
16 de julho – Igor Domnikov, da Novaya Gazeta,
Moscou. Atingido na cabeça com um martelo na escada de
seu prédio de apartamentos em Moscou, Domnikov ficou
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 121 ]
em coma por dois meses. Seu assassino foi identificado
em 2003 e condenado em 2007. Os homens que
ordenaram e organizaram o ataque foram nomeados por
seu jornal, mas não foram acusados. Homicídio [J].
26 de julho – Sergei Novikov, Rádio Vesna,
Smolensk. Baleado em um assassinato por encomenda na
escadaria de seu prédio. Alegou que frequentemente
criticava a administração da Região de Smolensk.
Homicídio [?J].
21 de setembro – Iskander Khatloni, Radio Free
Europe, Moscou. Nativo do Tajiquistão, Khatloni foi morto
à noite em um ataque de machado na rua do lado de fora
de seu bloco de apartamentos em Moscou. Seu agressor
e o motivo do assassinato permanecem desconhecidos.
Uma porta-voz da RFE/RL disse que Khatloni trabalhou em
histórias sobre os abusos dos direitos humanos na
Chechênia. Homicídio [nJ].
[Isso já levanta a suspeita que o Kremlin esteja por
trás do crime. A Rússia tinha histórico de estado-mafioso,
mas com Putin no poder a coisa vai piorando.]
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 122 ]
3 de outubro – Sergei Ivanov, Lada-TV, Tolyatti.
Cinco tiros na cabeça e no peito em frente ao seu prédio.
Como diretor da maior empresa de televisão independente
em Tolyatti, ele foi um jogador importante na cena política
local. Homicídio. Gangue responsável em julgamento [nJ].
18 de outubro – Georgy Garibyan, jornalista da
Park TV (Rostov), assassinado em Rostov-on-Don [nJ].
20 de outubro – Oleg Goryansky, jornalista
freelancer, imprensa e TV. Assassinado em Cherepovets,
Vologda Oblast. Condenação [nJ].
21 de outubro – Raif Ablyashev, fotógrafo do jornal
Iskra. Kungur, Perm Krai. Homicídio [nJ].
3 de novembro – Sergei Loginov, Lada TV
(Togliatti). Incidente não confirmado [nJ].
20 de novembro – Pavel Asaulchenko, cinegrafista
da TV austríaca, Moscou. Assassinato por encomenda.
Condenação do perpetrador [nJ].
23 de novembro – Adam Tepsurkayev, Reuters,
Chechênia. Um cinegrafista checheno, ele foi baleado na
casa de seu vizinho na vila de Alkhan-Kala (também
conhecida como Yermolovka). Tepsurkayev filmou a
maioria das imagens da Reuters na Chechênia em 2000,
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 123 ]
incluindo o rebelde checheno Shamil Basayev tendo seu
pé amputado. Homicídio (crime de guerra) [J].
28 de novembro – Nikolai Karmanov, jornalista
aposentado. Lyubim, região de Yaroslavl. Homicídio [nJ].
23 de dezembro – Valery Kondakov, fotógrafo
freelancer. Morto em Armavir, Krasnodar Krai [nJ].
2001
1 de fevereiro – Eduard Burmagin, Homicídios.
24 de fevereiro – Leonid Grigoryev, Homicídio [nJ].
8 de março – Andrei Pivovarov, Homicídios.
31 de março – Oleg Dolgantsev, Homicídios [nJ].
17 de maio – Vladimir Kirsanov, editor-chefe.
Kurgan. Homicídio [J].
2 de junho – Victor Popkov, Novaya gazeta
contributore, morreu no hospital da região de Moscou.
Ferido na Chechênia dois meses antes. Fogo cruzado [J].
11 de setembro – Andrei Sheiko, Homicídio [nJ].
19 de setembro – Eduard Markevich, 29, editor e
editor do jornal local Novy Reft em Sverdlovsk Oblast.
Baleado nas costas em um assassinato por encomenda,
homicídio [J].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 124 ]
5 de novembro – Elina Voronova, Homicídios [nJ].
16 de novembro – Oleg Vedenin, Homicídio.
21 de novembro – Alexander Babaikin, Homicídio
[nJ].
1 de dezembro – Boris Mityurev, Homicídio.
2002
18 de janeiro – Svetlana Makarenko, Homicídios.
4 de março – Konstantin Pogodin, jornal Novoye
Delo, Nizhny Novgorod. Homicídio.
8 de março – Natalya Skryl, jornal Nashe Vremya,
Taganrog. Homicídio [?J].
31 de março – Valery Batuyev, jornal Moscow
News, Moscou. Homicídio [nJ].
1 de abril – Sergei Kalinovsky, Moskovskij
Komsomolets edição local, Smolensk . Homicídio [nJ].
4 de abril – Vitaly Sakhn-Vald, fotojornalista , Kursk
. Homicídio. Condenação [nJ].
25 de abril – Leonid Shevchenko, jornal Pervoye
Chtenie, Volgogrado. Homicídio [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 125 ]
29 de abril – Valery Ivanov, fundador e editor-chefe
do jornal Tolyattinskoye Obozrenie, Oblast de Samara.
Assassinato por encomenda [J].
20 de maio – Alexander Plotnikov, jornal Gostiny
Dvor , Tyumen . Homicídio.
6 de junho – Pavel Morozov, Homicídio.
25 de junho – Oleg Sedinko, fundador da Novaya
Volna TV & Radio Company, Vladivostok. Assassinato por
encomenda, explosivo em escada [nJ].
20 de julho – Nikolai Razmolodin, diretor geral da
Europroject TV & Radio Company, Ulyanovsk. Homicídio.
21 de julho – Homicídio de Maria Lisichkina [nJ].
27 de julho – Sergei Zhabin, serviço de imprensa
do governador do Oblast de Moscou. Homicídio [nJ].
18 de agosto – Nikolai Vasiliev, Cheboksary,
Chuváchia. Homicídio. Convicção [nJ].
25 de agosto – Paavo Voutilainen, ex-editor-chefe
da revista Karelia, Karelia. Homicídio [nJ].
4 de setembro – Leonid Kuznetsov, Periódicos da
editora Mari-El, Yoshkar-Ola. Incidente não confirmado
[?J].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 126 ]
20 de setembro – Igor Salikov, chefe de segurança
da informação no jornal Moskovskij Komsomolets em
Penza. Assassinato por encomenda [nJ].
26 de setembro – Roderick (Roddy) Scott, Frontline
TV Company, Grã-Bretanha. Crossfire [J].
2 de outubro – Yelena Popova, Homicídio.
Condenação [nJ].
19 de outubro – Homicídio de Leonid Plotnikov.
Condenação [nJ].
26 de outubro – Tamara Voinova (Stavropol) e
Maxim Mikhailov (Kaliningrado), crise de reféns no teatro
de Moscou. Lei Terrorista [nJ].
21 de dezembro – Dmitry Shalayev, Kazan,
Tartaristão. Homicídio. Convicção [nJ].
2003–2005
2003
7 de janeiro – Vladimir Sukhomlin, jornalista e
editor da Internet, Serbia.ru, Moscou. Homicídio. Policiais
fora de serviço condenados por seu assassinato. Os
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 127 ]
responsáveis pelo assassinato contratado não foram
condenados[J].
11 de janeiro – Yury Tishkov, comentarista
esportivo, Moscou. Assassinato por encomenda [nJ].
21 de fevereiro – Sergei Verbitsky, editor do jornal
BNV . Chita. Homicídio [nJ].
18 de abril – Dmitry Shvets, TV-21 Northwestern
Broadcasting, Murmansk. Vice-diretor da estação
independente TV-21 (Northwestern Broadcasting), ele foi
morto a tiros do lado de fora dos escritórios da TV. Os
colegas de Shvets disseram que a estação havia recebido
várias ameaças por suas reportagens sobre políticos locais
influentes. Assassinato por encomenda [nJ].
3 de julho – Yury Shchekochikhin, Novaya gazeta,
Moscou. Editor adjunto da Novaya gazeta e deputado da
Duma desde 1993. Ele morreu poucos dias antes de sua
viagem programada para os Estados Unidos para discutir
os resultados de sua investigação jornalística com oficiais
do FBI. Ele investigou o Escândalo de Corrupção das Três
Baleias que supostamente envolveu oficiais de alto escalão
do FSB. Shchekochikhin morreu de uma reação alérgica
aguda. Houve muita especulação sobre a causa de sua
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 128 ]
morte. A investigação sobre sua morte foi aberta e
encerrada quatro vezes. Homicídio [J].
[Caso clássico de envenenamento por agentes
secretos da Rússia. Putin mandou matar muita gente. É
impossível matematicamente alguém ter tantos opositores
morrendo e morrendo as toneladas e a oposição sendo
silenciada pela morte sem que Putin e sua máfia não esteja
por trás.]
4 de julho – Ali Astamirov, France Presse.
Desapareceu em Nazran [?J].
18 de julho – Alikhan Guliyev, jornalista freelance
de TV, da Inguchétia. Moscou. Homicídio [nJ].
10 de agosto – Martin Kraus, Daguestão. A
caminho da Chechênia. Homicídio [nJ].
9 de outubro – Alexei Sidorov, Tolyatinskoye
Obozreniye, Tolyatti. Segundo editor-chefe deste jornal
local a ser assassinado. Antecessor Valery Ivanov baleado
em abril de 2002. Homicídio. Suposto assassino absolvido
[?J].
24 de outubro – Alexei Bakhtin, jornalista e
empresário, ex- Mariiskaya pravda. Mari El. Homicídio [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 129 ]
30 de outubro – Yury Bugrov, editor do Provincial
Telegraph. Balakovo, região de Saratov. Homicídio.
Convicção [nJ].
25 de dezembro – Pyotr Babenko, editor da
Liskinskaya gazeta. Liski, Oblast de Voronej. Homicídio
[nJ].
2004
1 de fevereiro – Yefim Sukhanov, ATK-Media,
Archangelsk. Homicídio. Convicção [nJ].
23 de março – Farit Urazbayev, cinegrafista,
Vladivostok TV/Radio Company, Vladivostok. Incidente
não confirmado [nJ].
2 de maio – Shangysh Mongush, correspondente
do jornal Khemchiktin Syldyzy, Tuva. Homicídio [?J].
9 de maio – Adlan Khasanov, repórter da Reuters,
morreu no ataque a bomba em Grozny que matou o
presidente checheno Akhmad Kadyrov. Lei Terrorista [J].
9 de junho – Paul Klebnikov, editor chefe da versão
russa recém-criada da revista Forbes, Moscou.
Assassinato por encomenda, supostos perpetradores
levados a julgamento e absolvidos. Homicídio [J].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 130 ]
1 de julho – Maxim Maximov, jornalista do jornal
Gorod, São Petersburgo. Corpo não encontrado. Homicídio
[J].
10 de julho – Zoya Ivanova, apresentadora de TV,
Buryatia State Television & Radio Company, Ulan-Ude,
Buryatia. Homicídio [nJ].
17 de julho – Pail Peloyan, editor da revista
Armyansky Pereulok, Moscou. Homicídio [nJ].
3 de agosto – Vladimir Naumov, repórter
nacionalista, autor cossaco (Russky Vestnik, Zavtra),
Região de Moscou. Homicídio [nJ].
24 de agosto – Svetlana Shishkina, jornalista,
Kazan, Tartaristão. Homicídio. Convicção [nJ].
24 de agosto – Oleg Belozyorov, voo Moscou-
Volgogrado. Terrorist Act [nJ].
18 de setembro – Vladimir Pritchin, editor-chefe da
North Baikal TV & Radio Company, Buryatia . Homicídio
[?J].
27 de setembro – Jan Travinsky (São
Petersburgo), em Irkutsk como ativista político para
campanha eleitoral. Homicídio. Condenação [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 131 ]
2005
23 de maio – Pavel Makeyev, repórter da TNT-
Pulse Company, Rostov-on-Don. Atropelado enquanto
fotografava corrida de rua ilegal. Incidente não confirmado
[?J].
28 de julho – Magomed Varisov, analista político e
jornalista, morto a tiros perto de sua casa em Makhachkala,
Daguestão. Ele "recebeu ameaças, estava sendo seguido
e procurou, sem sucesso, ajuda da polícia local", de acordo
com o Committee to Protect Journalists. A Sharia Jamaat
assumiu a responsabilidade pelo assassinato. Homicídio
[J].
31 de agosto – Alexander Pitersky, repórter da
Baltika Radio, São Petersburgo. Homicídio [?J].
3 de setembro – Vladimir Pashutin, jornal
Smolensky Literator, Smolensk. Não confirmado [nJ].
13 de outubro – Tamirlan Kazikhanov, chefe do
serviço de imprensa do Centro Antiterrorista do
Departamento Principal do Distrito Federal do Sul do
Ministério de Assuntos Internos da Rússia, Nalchik. Fogo
cruzado [J].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 132 ]
4 de novembro – Kira Lezhneva, repórter do jornal
Kamensky rabochii, Oblast de Sverdlovsk. Homicídio.
Condenação [nJ].
2006–2008
2006
8 de janeiro – Vagif Kochetkov, recém-nomeado
correspondente do Trud na região, roubado e morto em
Tula. Absolvição [nJ].
26 de fevereiro – Ilya Zimin, trabalhava para o
canal de televisão NTV Russia, morto em apartamento em
Moscou. Suspeito julgado na Moldávia . Absolvição [nJ].
4 de maio – Oksana Teslo, trabalhadora de mídia,
Moscow Oblast. Ataque incendiário em dacha. Homicídio
[nJ].
14 de maio – Oleg Barabyshkin, diretor da estação
de rádio de Chelyabinsk. Homicídio. Convicção [nJ].
23 de maio – Vyacheslav Akatov, repórter especial,
programa de TV Business Moscow, assassinado em
Mytishchi, Oblast de Moscou. Assassino capturado e
condenado. Homicídio. Condenação [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 133 ]
25 de junho – Anton Kretenchuk, cinegrafista, TV
local Canal 38, morto em Rostov-on-Don. Homicídio.
Condenação [nJ].
25 de julho – Yevgeny Gerasimenko, jornalista do
jornal Saratovsky Rasklad. Assassinado em Saratov.
Convicção [nJ].
31 de julho – Anatoly Kozulin, jornalista freelance
aposentado. Ukhta, República de Komi. Homicídio [nJ].
8 de agosto – Alexander Petrov, editor-chefe da
revista Right to Choose, Omsk, assassinado com a família
durante férias na República de Altai. Assassino menor de
idade acusado e processado. Homicídio. Condenação [nJ].
17 de agosto – Elina Ersenoyeva, repórter do jornal
Chechenskoye obshchestvo. Seqüestrado em Grozny,
Chechênia. Faltando [?J].
13 de setembro – Vyacheslav Plotnikov, repórter,
TV local "Channel 41", Voronezh. Incidente não confirmado
[nJ].
7 de outubro – Anna Politkovskaya, comentarista
da Novaya Gazeta, Moscou, baleada no elevador de seu
prédio; Quatro acusados de assassinato por encomenda,
absolvidos em fevereiro de 2009 [J]. Cinco foram
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 134 ]
condenados em 2014, Rustam Makhmudov puxou o
gatilho, auxiliado por seu tio Lom-Ali Gaitukayev e dois
irmãos, Dzhabrail e Ibragim. Sergei Khadzhikurbanov, um
ex-policial de Moscou também estava envolvido, e foi
perdoado em 2023 após concordar em lutar por 6 meses
na Guerra Russo-Ucraniana.
[Aqui vemos um exemplo de como o canalha e
criminoso do Putin recruta seus soldados nos presídios.]
16 de outubro – Anatoly Voronin, agência de
notícias Itar-TASS, Moscou. Homicídio [nJ].
28 de dezembro – Vadim Kuznetsov, editor-chefe
da revista World & Home. Saint Petersburg, morto em Saint
Petersburg. Homicídio [nJ].
2007
14 de janeiro – Yury Shebalkin, jornalista
aposentado, anteriormente do Kaliningradskaya pravda.
Homicídio em Kaliningrado. Condenação [nJ].
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 135 ]
20 de janeiro – Konstantin Borovko, apresentador
da empresa de TV Gubernia (russo: "Губерния"), morto em
Khabarovsk. Homicídio. Convicção [nJ].
2 de março – Ivan Safronov, colunista militar do
jornal Kommersant. Morreu em Moscou, causa da morte
contestada. Incidente não confirmado. Investigação sob
incitação ao suicídio (artigo 110) [?J].
15 de março – Leonid Etkind, diretor do jornal
Karyera. Rapto e homicídio em Vodnik, Saratov Oblast.
Condenação [nJ].
5 de abril – Vyacheslav Ifanov, Novoye televidenie
Aleiska, cinegrafista. Anteriormente atacado por militares
locais. Aleisk, Território de Altai. Incidente não confirmado
[?J].
Abril – Marina Pisareva, vice-chefe do escritório
russo do grupo de mídia alemão Bertelsmann, foi
encontrada morta em sua dacha nos arredores de Moscou
em abril.
2008
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 136 ]
(Últimos meses de Putin como presidente em seu
primeiro mandato)
8 de fevereiro – Yelena Shestakova, ex-jornalista,
São Petersburgo. Assassina enviada para prisão
psiquiátrica. Homicídio [nJ].
21 de março – Gadji Abashilov, chefe da
Daguestão State TV & Radio Company VGTRK , baleado
em seu carro em Makhachkala. Homicídio [?J].
21 de março – Ilyas Shurpayev, jornalista do
Daguestão que cobria o Cáucaso no Canal Um, foi
estrangulado com um cinto por ladrões em Moscou.
Supostos assassinos rastreados até o Tajiquistão e
condenados lá por seu assassinato. Homicídio [?J].
A presidência de Medvedev
Magomed Yevloyev foi baleado e morto enquanto
estava sob custódia policial na Inguchétia em 31 de agosto
de 2008.
2008
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 137 ]
31 de agosto – Magomed Yevloyev foi morto a tiros
enquanto estava sob custódia policial na Inguchétia.
Yevloyev foi o fundador do site de oposição Ingushetia.org
e era conhecido por suas críticas regulares ao presidente
inguche Murat Zyazikov. O policial envolvido no
assassinato, Ibragim Yevloyev, foi considerado culpado de
homicídio culposo e sentenciado a dois anos de prisão e
foi libertado após cumprir três meses.
2 de setembro – Abdulla Alishayev foi baleado
várias vezes por agressores desconhecidos em
Makhachkala, Daguestão, e morreu no hospital. Alishayev
era o apresentador de televisão da TV-Chirkei e era
conhecido por sua oposição ao fundamentalismo islâmico
dentro da república e da Rússia como um todo.
[É notório que o Vladimir Putin apesar de ser
católico ortodoxo, sempre está envolvido em relações de
apoio a grupos muçulmanos no mundo inteiro. Porque
Putin sempre está desestabilizando alguns governos para
implantar sua política global, estabelecendo líderes que
apoiem sua causa.]
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 138 ]
30 de dezembro – Shafig Amrakhov foi baleado e
ferido por um agressor desconhecido em seu apartamento
em Murmansk e mais tarde morreu no hospital. Amrakhov
era o editor da agência de notícias RIA 51 e criticou as
políticas econômicas de Yuri Yevdokimov, o governador do
Oblast de Murmansk.
Livra-me, ó meu Deus, das mãos dos ímpios, das garras
dos perversos e cruéis. Salmos 71:4 [Oremos para Deus
livrar o mundo de Putin, ele é uma ameaça e pode levar o
mundo para uma guerra nuclear.]
2009
4 de janeiro – Vladislav Zakharchuk morreu em um
incêndio que envolveu um escritório de jornal em
Vladivostok, Primorsky Krai. Zakharchuk era o gerente de
anúncios do jornal Arsenyevskie Vesti. O jornal era
conhecido por suas críticas às autoridades do krai e seu
editor-chefe e jornalistas já haviam enfrentado multas e
prisão.
19 de janeiro – Stanislav Markelov e Anastasia
Baburova foram baleados e mortos por um atirador
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 139 ]
mascarado em Moscou. Markelov era um advogado que
trabalhava na Novaya Gazeta e moveu muitos processos
contra os militares russos, senhores da guerra chechenos
e grupos neonazistas. Baburova era uma jornalista em
treinamento da Novaya Gazeta e era conhecida por
investigar atividades neonazistas na Rússia. Nikita
Tikhonov e Yevgenia Khasis, supostamente membros da
União Nacional Russa, foram acusados em 2009 e
condenados em 2011 pelos assassinatos.
[Criticou e processou militares russos, sendo um
russo morando na Rússia... O esquema do tirano Putin
com seus agentes com certeza vai agir com sua máquina
de assassinatos. O Mandante superior nunca aparece nas
acusações, porque a ordem de matar é escalonada de
cima para baixo. Quem executa estes crimes na Rússia
muitas vezes nem sabe que está no topo da ordem. Sou
policial judiciário aposentado e sei como os superiores de
alta patente fazem para uma ordem ilegal chegar a ser
executada por um policial ou um mercenário contratado...]
30 de março – Sergei Protazanov foi encontrado
inconsciente em sua casa em Khimki, Oblast de Moscou, e
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 140 ]
mais tarde morreu no hospital. Autoridades e parentes
acreditavam que ele foi envenenado. Protazanov era o
designer de páginas do Grazhdanskoye Soglasiye, o único
jornal de oposição na cidade, e foi seriamente espancado
por agressores alguns dias antes de sua morte.
[A democracia russa é assim, eles vão eliminando
opositores do regime de alto a baixo, não poupando nem
críticos municipais. Assassinar opositores é uma política
não oficial na Rússia de Putin.]
29 de junho – Vyacheslav Yaroshenko morreu
devido aos ferimentos que recebeu de uma surra severa
por um agressor desconhecido em abril em Rostov-on-
Don, Oblast de Rostov. Yaroshenko era o editor-chefe do
jornal Korruptsiya i Prestupnost e antes de sua surra, o
jornal publicou vários artigos alegando corrupção no
governo, na polícia e no gabinete do promotor do Oblast.
15 de julho – Natalia Estemirova foi sequestrada e
depois morta em Grozny, Chechênia. Seu corpo foi
encontrado mais tarde perto de Nazran, Inguchétia.
Estemirova era uma ativista de direitos humanos do
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 141 ]
Memorial que trabalhava com jornalistas da Novaya
Gazeta e ocasionalmente publicava no jornal. Ela era
conhecida por investigar assassinatos e sequestros na
Chechênia e era colega de Anna Politkovskaya.
[Sabemos como foram e são as política de Putin
sobre a Chechênia... Isso merece não um capítulo a parte,
mas um livro...]
11 de agosto – Malik Akhmedilov foi encontrado
morto a tiros perto de Makhachkala, Daguestão.
Akhemdilov era o editor-chefe adjunto do Khakikat e o
editor-chefe dos jornais Sogratl, que se concentravam em
questões cívicas e políticas na república.
25 de outubro – Maksharip Aushev foi morto a tiros
em Nalchik, Kabardino-Balkaria. Aushev trabalhou em
vários casos de direitos humanos na vizinha Ingushetia e
foi o operador do Ingushetia.org após a morte de Magomed
Yevloyev em 2008.
16 de novembro – Olga Kotovskaya morreu após
cair de uma janela no 14º andar de um prédio em
Kaliningrado. As autoridades classificaram a morte como
suicídio, enquanto os colegas acreditam que ela foi
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 142 ]
assassinada por seu trabalho. Kotovskaya foi a
cofundadora da estação de rádio e televisão Kaskad, que
estava envolvida em um processo de propriedade movido
por Vladimir Pirogov, o ex-vice-governador do Oblast de
Kaliningrado.
2010
20 de janeiro – Konstantin Popov morreu devido a
uma surra recebida pela polícia russa enquanto estava sob
custódia em Tomsk. Popov foi o cofundador e diretor do
jornal Tema e foi supostamente torturado antes de sua
morte.
23 de fevereiro – Ivan Stepanov foi esfaqueado até
a morte em sua dacha em Khilok, Zabaykalsky Krai.
Stepanov era correspondente local do jornal Zabaikalsky
rabochy e autor de três livros que eram populares em seu
distrito.
20 de março – Maxim Zuyev desapareceu e mais
tarde foi encontrado morto em um apartamento que estava
alugando em Kaliningrado. Zuyev era repórter de vários
jornais em Kaliningrado Oblast e moderador da sociedade
de jornalistas de Koenigsberg.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 143 ]
5 de maio – Shamil Aliyev foi baleado e morto por
homens armados desconhecidos em Makhachkala,
Daguestão. Aliyev foi o fundador das estações de rádio
Priboi e Vatan e diretor da rede de televisão TNT-
Makhachkala e era conhecido por suas visões anti-
wahabistas, que se refletiam em suas estações de rádio e
TV.
13 de maio – Said Ibragimov foi morto a tiros
enquanto viajava com uma equipe de reparadores para
restaurar um transmissor de televisão que foi danificado
por militantes no dia anterior em Ayazihis Niva, Daguestão.
Ibragimov era o diretor da TBS, um canal de televisão local.
25 de junho – Dmitry Okkert, Moscou. Um
apresentador do canal Expert TV, Okkert foi encontrado
morto a facadas em seu próprio apartamento. O diretor da
holding de mídia Expert, Valery Fadeyev, não acredita que
o assassinato brutal de seu colega esteja ligado às suas
atividades jornalísticas.
25 de julho – Bella Ksalova foi mortalmente ferida
e mais tarde morreu no hospital após ser atropelada por
um veículo perto de sua casa em Cherkessk, Karachay-
Cherkessia. Ksalova era correspondente do site e agência
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 144 ]
de notícias Caucasian Knot e escreveu artigos altamente
críticos às autoridades locais. O motorista, Arsen
Abaikhanov, declarou-se culpado e foi condenado a três
anos em uma colônia penal.
1 de agosto – Malika Betiyeva foi morta junto com
quatro membros de sua família quando um veículo em alta
velocidade atingiu o dela em uma rodovia na Chechênia.
Betiyeva era a editora-chefe adjunta do jornal
Molodyozhnaya smena e correspondente da revista Dosh.
Ela era conhecida por escrever sobre o comportamento
ilegal de agências governamentais na Chechênia e seu
trabalho teve que ser publicado sob um nome falso para
sua própria segurança.
[Os agentes secretos russos são especialistas em
simulares mortes por acidentes, suicídios, enfartos etc.
Putin comanda a política de eliminar oponentes e
concorrentes e os agentes secretos já sabem o que tem
que fazer com aqueles que incomodam o governo...]
11 de agosto – Magomed Sultanmagomedov foi
morto em um tiroteio em Makhachkala, Daguetão.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 145 ]
Sultanmagomedov era o diretor da estação de TV de
Makhachkala e já foi alvo de uma tentativa de atentado a
bomba em 2008.
23 de outubro – Yevgeny Fedotov morreu no
hospital devido a ferimentos na cabeça que recebeu em
uma briga violenta com seu vizinho em Chita, Zabaykalsky
Krai. Este último foi acusado de homicídio culposo.
2011
15 de dezembro – Gadzhimurat Kamalov foi
baleado seis vezes em um tiroteio em frente ao escritório
de seu jornal em Makhachkala, Daguestão. Kamalov era
dono da empresa de mídia Svoboda Slova e era conhecido
por investigar corrupção e atividade rebelde na república.
[Um tiroteio no meio da rua e o Kamalov teve o
“azar” de ser atingido seis vezes por “bala perdida”. Incrível
como os jornalistas na Rússia são azarados...]
Sob Putin (desde 2012; incluindo a Guerra Russo-
Ucraniana)
2012
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 146 ]
7 de fevereiro – Victor Afanasenko morreu após
sofrer um misterioso ferimento na cabeça em sua casa em
Rostov-on-Don. Como editor-chefe do jornal Crime and
Corruption, Aphanasenko estava investigando ataques no
distrito de Kushchyovsky e na região de Rostov. Embora a
explicação oficial fosse que ele havia escorregado, um
colega que examinou seu corpo disse que o ferimento não
poderia ter resultado de uma queda.
7 de julho – Alexander Khodzinsky foi esfaqueado
até a morte pelo empresário local e ex-vice-prefeito
Gennady Zhigarev em Tulun, Oblast de Irkutsk. Khodzinsky
fez campanha contra práticas abusivas e ilegais na
construção de um shopping center no centro da cidade
desde 2007 e reclamava regularmente com o presidente
Dmitry Medvedev e o governador Dmitry Mezentsev sobre
o assunto.
[Assim as políticas russas na administração Putin
atende as demandas dos reclamantes...]
5 de dezembro – Kazbek Gekkiev foi morto a tiros
numa rua em Nalchik, Kabardino-Balkaria, após receber
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 147 ]
ameaças de morte de extremistas locais. Gekkiev
trabalhou para programas de TV locais na república.
2013
9 de julho – Akhmednabi Akhmednabiyev foi morto
enquanto dirigia a apenas 50 metros de sua casa nos
arredores de Makhachkala, Daguestão, após receber
inúmeras ameaças de morte. Akhmednabiyev era o editor
adjunto do jornal Novoye Delo e escrevia regularmente
sobre a política da república e questões de direitos
humanos no Cáucaso do Norte. Ele foi anteriormente
vítima de uma tentativa de assassinato em janeiro de 2013.
2014
1 de agosto – Timur Kuashev foi sequestrado de
sua casa e mais tarde encontrado morto em Nalchik,
Kabardino-Balkaria. Kuashev trabalhava para a revista
Dosh e recebeu ameaças de morte e foi parado pela polícia
local várias vezes.
2016
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 148 ]
31 de março – Dmitry Tsilikin foi esfaqueado até a
morte em seu apartamento em São Petersburgo. Tsilikin
escreveu para muitos meios de comunicação
independentes e se concentrou principalmente em
questões sociais e direitos humanos. O suposto assassino
é o neonazista Sergey Kosyrev. O assassinato foi atribuído
à homossexualidade de Tsilikin.
2017
17 de março – Yevgeny Khamaganov morreu de
causas inexplicáveis em Ulan-Ude, Buriácia. Khamaganov
era conhecido por escrever artigos que criticavam o
governo federal e foi supostamente espancado por
agressores desconhecidos em 10 de março.
[Vejamos... criticava o governo federal... quem está
no topo do governo federal??? Já sei: foi o Pateta!!!! O
Pateta mandou matar Khamaganov!!!!!]
19 de abril – O jornalista e ex-prisioneiro de
consciência Nikolay Andrushchenko morreu em São
Petersburgo devido aos ferimentos que recebeu de uma
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 149 ]
surra severa por agressores desconhecidos em 9 de
março. Andrushchenko foi o cofundador do jornal Novy
Petersburg e foi preso anteriormente em 2009 por um
tribunal da cidade por "difamação e extremismo".
24 de maio – Dmitry Popkov foi encontrado morto
por ferimentos de bala em uma casa de banhos perto de
sua casa em Minusinsk, Krasnoyarsk Krai. Popkov era o
editor-chefe do jornal Ton-M e era conhecido por investigar
a corrupção policial.
8 de setembro - O corpo de Andrey Ruskov foi
encontrado no rio Bira em Birobidzhan, Oblast Autônomo
Judaico. Ruskov trabalhava para o Bestvideo Broadcasting
Studio.
2018
15 de abril – Maksim Borodin morreu devido a
ferimentos causados por uma queda de uma janela em seu
apartamento em Yekaterinburg, Oblast de Sverdlovsk, em
12 de abril. As autoridades classificaram a morte como
suicídio, enquanto os colegas rejeitam a noção. Borodin
escreveu regularmente sobre crime, corrupção e o recente
envolvimento de mercenários russos na Síria.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 150 ]
[Estava querendo dizer o que Borodin?? Que Putin
mandava mercenários para a síria, que havia corrupção no
governo de Putin??? Putin vai suicidar você!!!!!!]
23 de julho – Denis Suvorov foi encontrado morto
após ser esfaqueado por um agressor desconhecido em
Nizhny Novgorod. Suvorov trabalhou para a estação de
televisão Vesti-Privolzhye e foi editor do portal de internet
Vesti. Nizhny Novgorod.
30 de julho – Três jornalistas, Kirill Radchenko,
Alexander Rastorguyev e Orkhan Dzhemal, foram
assassinados na República Centro-Africana enquanto
faziam reportagens sobre o envolvimento de empresas
militares privadas russas e traficantes de armas na guerra
civil daquele país.
[Jornalistas que denunciam as Forças Armadas
russas e o envolvimento do governo Putin em corrupção
acabam morrendo. Incrível como o mundo é cheio de
coincidências...]
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 151 ]
31 de julho – Sergei Grachyov desapareceu em
Nizhny Novgorod em 21 de julho após fazer uma viagem
de reportagem de Moscou. Seu corpo foi encontrado 11
dias depois. Grachyov trabalhou para o jornal Argumenty i
Fakty.
10 de setembro – Yegor Orlov desapareceu em 7
de setembro após sair para trabalhar em Naberezhnye
Chelny, Tartaristão. Seu corpo foi encontrado mais tarde
em um rio no distrito de Yelabuzhsky. Orlov era
correspondente e apresentador na Chelny REN-TV.
2022
23 de março – Oksana Baulina foi morta por um
bombardeio em Kiev enquanto fazia uma reportagem para
o The Insider
15 de agosto – Zemfira Suleymanova morreu após
ser atingida por uma mina PFM-1 em uma região ocupada
do Oblast de Donetsk, Ucrânia.
20 de agosto – Darya Dugina, uma jornalista que
trabalhava para a RT e a Tsargrad TV, foi morta por um
carro-bomba.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 152 ]
28 de outubro – Svetlana Babayeva, chefe da filial
de Simferopol da Rossiya Segodnya, morta por uma bala
perdida durante um treino de tiro militar.
2023
Abril – Vladlen Tatarsky, um blogueiro com mais de
500.000 seguidores, foi morto por uma bomba em um café
em São Petersburgo.
[Putin e sua curiola acusaram a Ucrânia deste
crime. O cabra safado faz as coisas e põe a culpa nos
opositores...]
Julho – Rostislav Zhuravlev foi morto por tiros de
artilharia na linha de frente na região de Zaporizhia, na
Ucrânia, enquanto trabalhava para a agência de notícias
russa RIA.
23 de novembro – Boris Maksudov,
correspondente de guerra do canal de TV Rossiya 24,
morreu devido a ferimentos de estilhaços após um ataque
de drone no sudeste da Ucrânia.
2024
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 153 ]
5 de janeiro – Zoya Konovalova, editora-chefe do
grupo de Internet da empresa de transmissão estatal
Kuban, foi encontrada morta ao lado do ex-marido.
Relatórios preliminares sugeriram que ela foi envenenada.
7 de janeiro – Alexander Rybin, jornalista que
trabalhava com Rabkor, foi encontrado morto em uma
estrada em Shakhty após criticar os esforços de
reconstrução da Rússia em Mariupol. Os investigadores
alegaram que ele morreu de cardiomiopatia.
[Criticou o governo Putin e óbvio, isto faz mal para
o coração... é um escândalo o que ocorre de morte
suspeita dos opositores de Vladimir Putin.]
19 de setembro − Victoria Roshchyna, jornalista
ucraniana, desapareceu em agosto de 2023, e em outubro
foi confirmada sua morte em detenção russa. O governo
ucraniano anunciou que investigaria sua morte como um
potencial assassinato e crime de guerra.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 154 ]
Jornalistas mortos durante reportagem sobre a
Chechênia
Esta categoria sobrepõe-se à da Rússia como um
todo. Ela destaca a ligação entre jornalismo, ativismo
público e ativistas dos direitos humanos. À sua maneira, as
mortes de Dmitry Krikoryants, Dmitry Kholodov, Nadezhda
Chaikova, Viktor Popkov, Anna Politkovskaya, Anastasia
Baburova, Stanislav Markelov e Natalia Estemirova
mostram que a situação problemática na pequena
república do Cáucaso do Norte vai muito além das suas
fronteiras formais.
Para todos os que morreram ou foram mortalmente
feridos na Chechênia, consulte os registros no banco de
dados da FIJ. Aqueles mortos em locais próximos ou
distantes da república do Cáucaso do Norte (por exemplo,
Natalya Alyakina, Anna Politkovskaya), cujas mortes
também foram consequência do conflito armado na
Chechênia.
1993
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 155 ]
14–15 de abril – Dmitry Krikoryants, Grozny.
Assassinado mais de um ano antes do início do conflito
aberto na Chechênia (primeiro entre facções pró-Dudayev
e pró-Moscou, depois com a intervenção das forças
federais). O assassinato de Krikoryants foi ligado à sua
investigação das atividades corruptas do regime local, em
casa e no exterior.
1ª Guerra Chechena, 1994–1996
1994 – Cynthia Elbaum. Em missão para a revista
Time (EUA), Elbaum estava fotografando as ruas de
Grozny quando foi morta em um bombardeio russo.
31 de dezembro de 1994 – Vladimir Zhitarenko, um
veterano correspondente militar do diário das forças
armadas russas Krasnaya Zvezda (Estrela Vermelha), foi
atingido por duas balas de atirador furtivo nos arredores da
cidade de Tolstoy-Yurt, perto de Grozny.
Nina Yefimova, uma repórter do novo jornal
Vozrozhdenie (Revival) foi sequestrada de seu
apartamento e morta junto com sua mãe. Jornalistas em
Grozny e Moscou acreditam que seu assassinato estava
relacionado a histórias que ela havia publicado sobre
crimes na Chechênia.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 156 ]
10 de janeiro de 1995 – Jochen Piest, um
correspondente da revista Stern (Alemanha), foi morto em
um ataque de um rebelde checheno contra uma unidade
russa de remoção de minas em Chervlyonna, uma vila 24
quilômetros a nordeste de Grozny. O correspondente da
Rossiskaya Gazeta, Vladimir Sorokin, foi ferido no ataque;
Piest foi mortalmente atingido por três balas.
22 de maio de 1995 – Farkhad Kerimov. Farkhad
Kerimov foi assassinado enquanto filmava para a
Associated Press atrás das linhas rebeldes na Chechênia.
Nenhum motivo foi estabelecido para o assassinato.
Natalya Alyakina, uma correspondente
independente de meios de comunicação alemães, foi
morta a tiro em Junho por um soldado depois de passar por
um posto de controlo russo perto de Budyonnovsk.
Shamkhan Kagirov, um repórter do diário de
Moscou Rossiyskaya Gazeta e do jornal local Vozrozhenie,
foi baleado e morto em uma emboscada na Chechênia.
Kagirov e três policiais locais estavam viajando em um
carro perto de Grozny quando foram atacados. Os três
policiais também foram mortos.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 157 ]
11 de março de 1996 –Viktor Pimenov, um
cinegrafista da empresa local de TV Vainakh, foi
mortalmente baleado nas costas por um atirador
posicionado no telhado de um prédio de 16 andares em
Grozny. Pimenov estava filmando a devastação causada à
capital chechena pelo ataque rebelde de 6 a 9 de março na
cidade. Pimenov foi postumamente premiado com o
Prêmio Rory Peck.
20 de março de 1996 – Nadezhda Chaikova,
correspondente do jornal semanal Obshchaya gazeta
(Moscou), desapareceu durante uma missão. Seu corpo foi
encontrado enterrado na aldeia chechena de Gekhi em 11
de abril, vendado e mostrando sinais de abuso. A causa da
morte foi um ferimento de bala na parte de trás da cabeça.
A identidade de seus algozes permanece contestada. De
acordo com documentos do arquivo de Dudaev que
chegaram às mãos dos serviços especiais russos em 2002,
ela foi morta por pessoas do chamado "Departamento de
segurança do estado da República Chechena da Ichkeria"
(em russo : Департамент государственной безопасности
ЧРИ ). Na altura, havia fortes suspeitas de que os serviços
de segurança russos estavam envolvidos.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 158 ]
Setembro de 1996 a outubro de 1999
Não há registo de morte de jornalistas entre
Setembro de 1996 e Outubro de 1999, mas 22 foram
raptados durante estes três anos e posteriormente
libertados.
2ª Guerra Chechena, 1999 em diante
Uma operação antiterrorista das autoridades
federais começou na região em setembro de 1999. Ela foi
declarada encerrada em 16 de abril de 2009.
27–29 de outubro de 1999 – Jornalista Supyan
Ependiyev. Na noite de 27 de outubro de 1999, vários
mísseis balísticos de curto alcance atingiram um mercado
ao ar livre lotado no centro de Grozny, matando e ferindo
centenas de pessoas. Cerca de uma hora após o ataque,
Ependiyev foi ao local para cobrir a carnificina para seu
jornal. Quando ele estava saindo do local, uma nova
rodada de foguetes caiu a cerca de 200 metros do bazar.
Ependiyev sofreu ferimentos graves de estilhaços e morreu
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 159 ]
em um hospital de Grozny na manhã seguinte. De acordo
com outras fontes, ele morreu dois dias depois.
29 de outubro de 1999 – Os cinegrafistas Ramzan
Mezhidov e Shamil Gigayev. Os jornalistas faziam parte de
um comboio civil, incluindo trabalhadores da Cruz
Vermelha e veículos, que tentava deixar a Chechênia.
Retornados na fronteira leste da república, eles estavam
viajando pela rodovia de Grozny para Nazran, na vizinha
Inguchétia, quando seus veículos foram atacados. Quando
o comboio se aproximou de Shami-Yurt, um caça russo
disparou várias vezes do ar, atingindo um ônibus cheio de
refugiados. Mezhidov e Gigayev deixaram seu veículo para
filmar a carnificina. Quando se aproximaram do ônibus,
outro foguete russo atingiu um caminhão próximo, ferindo
fatalmente os dois jornalistas.
19 de julho de 1999 – O fotojornalista Vladimir
Yatsina, um membro da equipe do ITAR-TASS que
trabalhava como freelancer em sua única viagem à
Chechênia, foi sequestrado e morto por um grupo de
wahabitas.
16 de outubro de 2000 – Antonio Russo, um
jornalista freelancer italiano, foi morto em Tbilisi, Geórgia.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 160 ]
Seu corpo foi encontrado perto de uma base do exército
russo. Ele tinha vindo para a capital georgiana para
documentar o conflito checheno como repórter da Radio
Radicale, trabalhando para uma estação de rádio
pertencente ao Partido Radical Italiano (Partito Radicale).
Seu corpo exibia ferimentos causados por tortura,
provavelmente por técnicas militares. Nenhuma das fitas,
artigos e escritos deixados em seu apartamento georgiano
foi encontrada.
Ora, os homens de Sodoma eram extremamente
perversos e pecadores contra o Senhor. Gênesis 13:13
[Putin é como um habitante de Sodoma, perverso, mata
sem piedade, concorrentes, jornalistas, estrangeiros, leva
a morte soldados russos e até refém russos]
Aleksandr Yefremov, um fotojornalista do jornal
siberiano ocidental Nashe Vremya foi morto na Chechênia
quando rebeldes explodiram um jipe militar no qual ele
viajava. Em missões anteriores, Yefremov ganhou elogios
por suas fotos de notícias da região devastada pela guerra.
26 de setembro de 2002 – O cinegrafista e editor
Roddy Scott foi morto na Inguchétia. Soldados russos
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 161 ]
encontraram seu corpo na região de Galashki, na
república, perto da fronteira com a Chechênia, após uma
batalha sangrenta entre forças russas e um grupo de
combatentes chechenos.
15 de julho de 2009 – Natalia Estemirova, ex-
professora, jornalista de TV e ativista premiada de direitos
humanos, membro do conselho da ONG Memorial e autora
da Novaya gazeta, foi sequestrada e assassinada.
Estemirova foi sequestrada por volta das 8h30 da
manhã em frente à sua casa em Grozny, na Chechênia,
enquanto trabalhava em casos "extremamente sensíveis"
de abusos de direitos humanos na Chechênia. Duas
testemunhas teriam visto Estemirova sendo empurrada
para dentro de um carro, gritando que estava sendo
sequestrada. Ela foi encontrada com ferimentos de bala na
cabeça e no peito às 16h30 em uma floresta a 100 m de
distância da rodovia federal "Kavkaz", perto da vila de Gazi-
Yurt, na Inguchétia.
1 de agosto de 2011 – Malika Betiyeva foi morta na
rodovia Grozny-Shatoi. A editora-chefe adjunta da
Molodyozhnaya smena e correspondente da Chechênia da
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 162 ]
revista Dosh (Palavra) morreu com quatro de seus
familiares próximos em um acidente de carro.
BIOGRAFIA DE VLADIMIR PUTIN
Leon Aron publicou em 01 de julho de 2013 um
artigo intitulado: Como Putin faz isso. Transcrevo na
íntegra:
Quando Vladimir Putin se tornou presidente
interino da Rússia após a renúncia de Boris Yeltsin na
véspera de Ano Novo de 1999, o major-general
aposentado da KGB Oleg Kalugin, que já vivia em
Washington ou nos arredores, foi questionado sobre o ex-
tenente-coronel da KGB, Putin. "Nunca ouvi falar dele",
respondeu Kalugin. O mais jovem chefe de
contrainteligência da história soviética, Kalugin pode ter
querido ressaltar a diferença entre eles em conquistas e
patentes. (Desde então, Putin nunca se referiu a Kalugin
como nada além de um "traidor". Dois anos após o primeiro
mandato de Putin, Kalugin foi julgado à revelia,
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 163 ]
considerado culpado de traição e sentenciado a 15 anos.)
No entanto, ciúmes profissionais à parte, Kalugin pode
estar dizendo a verdade. Os melhores e mais brilhantes da
inteligência soviética foram enviados para países
"capitalistas": primeiro e acima de tudo, América, depois
Grã-Bretanha, depois Escandinávia. Putin acabou na
República Democrática Alemã — e mesmo assim não em
Berlim Oriental, perto do Muro e da ação, mas no interior
de Dresden. Seu trabalho, se tivesse sorte, era recrutar um
esquerdista perdido da Alemanha Ocidental ou do Terceiro
Mundo. Segundo outros relatos, o briefing de Putin era
ainda menos glamoroso: ele era um mero elo entre a Stasi
e a Quinta Diretoria da KGB, que lidava com dissidência
doméstica. Havia legiões como ele nos bastidores dos
escritórios da polícia secreta dos países do "campo
socialista".
A obscuridade é apenas um dos muitos fatores que
fazem com que o caminho de Vladimir Putin para o poder
seja semelhante ao de muitos autocratas modernos:
começos modestos, perseverança, disciplina, trabalho
duro, educação, designação para as forças armadas ou
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 164 ]
polícia secreta, força de vontade, uma ascensão
burocrática implacável, mas nada espetacular — e,
sempre, o golpe final de sorte.
Além desses detalhes comuns, ainda há outro
empecilho para a ambição de um biógrafo: o próprio
homem, que é, por todos os relatos, controlado, sarcástico,
frio, rabugento e de boca fechada. Forjar até mesmo uma
narrativa levemente emocionante da "ascensão" de tal
homem é um trabalho e tanto, mas Masha Gessen encara
o desafio valentemente em The Man Without a Face
(Riverhead Books, 336 páginas). Longe da exposição
pretendida — e, no final, bastante tênue — que ela se
propôs a escrever, seu livro é um poderoso lembrete de
como é realmente o "parceiro" da Casa Branca de Obama
no Kremlin. Gessen conta pouca coisa que seja nova, mas
dada nossa capacidade nada impressionante de lembrar o
passado e nossa propensão a constantemente "começar
do zero", pode ser uma boa ideia revisitar a mentalidade
orientadora da Rússia, especialmente enquanto tentamos
mais uma "reinicialização" com o Kremlin.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 165 ]
É difícil pensar em um jornalista russo mais
qualificado para a tarefa. Uma importante repórter
investigativa na década de 1990, Gessen viveu o material
de seu livro. E é preciso coragem para escrever um livro
como o dela e ainda insistir em viver na Rússia de hoje,
onde as sanções por ultrapassar os limites aumentaram
drasticamente desde a reeleição de Putin no ano passado.
Ainda assim, mesmo para uma escritora com a experiência
e agressividade de Gessen, os obstáculos são altos e não
podem ser totalmente superados. Como qualquer um que
escreve uma biografia de um líder russo, soviético e pós-
soviético, ela foi prejudicada, e ocasionalmente infectada,
pelo espírito mentiroso de um lugar onde quase todas as
fontes, dentro ou fora do poder, são ou foram escravas e
tiranas, vítimas e vitimizadoras, traidoras e traídas. O que
Isaiah Berlin disse sobre a Mitteleuropa é, a fortiori,
verdadeiro para o mundo dos sobreviventes do Kremlin: “a
terrível [terra] distorcida na qual nada é reto, simples,
verdadeiro, todas as relações humanas e todas as atitudes
políticas são distorcidas em formas horríveis por aquelas
vítimas terríveis que, por serem aleijadas, não reconhecem
nada puro e firme no mundo!”
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 166 ]
Para seu crédito, Gessen buscou algo
extremamente raro em sua busca: informações que fossem
novas e verdadeiras. Ela localizou e entrevistou um ex-
agente da KGB na Alemanha Oriental na década de 1980;
o ex-assessor econômico pessoal de Putin, Andrei
Illarionov; e o ex-primeiro-ministro Mikhail Kasyanov.
Infelizmente, no final, todo esse trabalho acrescenta pouco
à triste narrativa da infância que surgiu de um livro de
entrevistas com Putin, publicado em 2000, e algumas
memórias que surgiram desde então. Há a pobreza
esmagadora de um apartamento comunitário infestado de
ratos em um prédio em ruínas do século XIX em
Leningrado do pós-guerra, uma cidade ainda se
recuperando do sofrimento inimaginável do cerco de 900
dias que matou um milhão de pessoas por fome e
bombardeio. Três famílias amontoadas no apartamento
sem aquecimento, água quente ou banheiro. (Eles
tomavam banho em um banheiro improvisado na escada,
com água aquecida no fogão a gás.)
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 167 ]
Um pequeno, mas tenaz "hooligan", que lutava à
menor provocação, o jovem Volodya se formou no ensino
médio, se voluntariou para a KGB e foi instruído a estudar
primeiro. Ele se candidatou ao departamento de direito da
Universidade Estadual de Leningrado e, de alguma forma
(ele não era um aluno brilhante), passou nos difíceis
exames de admissão. Ao longo do caminho, ele se
destacou na arte marcial soviética do sambo antes de
passar para o judô. Para sua alegria, na formatura, ele foi
descoberto pela KGB e se tornou um oficial de campo de
baixo escalão em Leningrado. No devido tempo, ele foi
enviado para a Academia Andropov em Moscou, aprendeu
alemão e depois foi despachado para Dresden. Após a
queda do Muro de Berlim, Putin, então casado e com duas
filhas, retornou a Leningrado e se juntou à administração
do primeiro prefeito eleito de Leningrado, o agitador da
perestroika (e professor de direito na Universidade
Estadual de Leningrado) Anatoly Sobchak.
Putin foi o primeiro a ser encarregado das relações
econômicas estrangeiras de Leningrado, seu alemão
fluente aparentemente foi uma consideração fundamental
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 168 ]
na nomeação. Um vice-prefeito na época em que Sobchak
perdeu uma tentativa de reeleição em 1996, Putin foi
ajudado por seus laços com alguns dos principais
conselheiros de Yeltsin de São Petersburgo (assim como
suas conexões com a KGB) e garantiu uma posição na
administração presidencial em Moscou, onde foi promovido
a vice-chefe. Em 1998, ele foi nomeado chefe do sucessor
da KGB, o FSB. Um ano depois, em agosto de 1999,
aparentemente impressionado com sua lealdade,
profissionalismo e aparente incorruptibilidade, o círculo de
Yeltsin o escolheu para ser primeiro-ministro. Nos meses
seguintes, uma série de eventos dramáticos fez de um
homem totalmente desconhecido o político mais popular da
Rússia. Após três meses como presidente interino, Putin
venceu facilmente uma eleição relativamente livre em
2000.
Gessen captura com maestria o entusiasmo quase
incrível da emancipação espiritual que a revolução da
glasnost trouxe a Leningrado entre 1988 e 1991. Seu
resumo do golpe de agosto de 1991 e das provações e
tribulações da década de 1990 estão entre os melhores,
em inglês ou russo. Ela tem uma história envolvente para
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 169 ]
contar e a conta muito bem. (Resumos são notoriamente
difíceis de manter precisos, mas eu notei apenas um erro
factual: a Ucrânia declarou independência não em junho de
1991, mas no início de dezembro, após um referendo
nacional.)
Assim como muitos escritores fora de seus livros,
os políticos raramente são interessantes fora da política. E
Putin está tão longe de Churchill, ou Lyndon Johnson, ou
Yeltsin em cores quanto Vladivostok está de Moscou. Nem
mesmo um jornalista do calibre de Gessen pode torná-lo
interessante. É em suas políticas que Putin ganha vida,
muito mais nítido e convincente em seus decretos e nas
leis que ele aprovou na Duma do que em mil entrevistas.
Alguém respira aliviado quando, no meio do livro, Gessen
abandona o “homem” para se concentrar em “sua época”.
O objetivo abrangente do regime de Putin pode ser
resumido como a recuperação de ativos políticos,
econômicos e geoestratégicos perdidos no colapso
soviético. Isso é o que pode ser chamado de "Doutrina
Putin". Ele não é um neocomunista ou um construtor de
impérios totalitários, nem um Pedro, o Grande, nem um
Stalin. Em vez disso, ele parece pensar que sua missão é
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 170 ]
restaurar ao estado russo, pelo menos parcialmente, o que
ele considera seu patrimônio, suas joias da coroa:
propriedade da política, mídia e tribunais; controle sobre a
economia — antes de tudo, gás e petróleo; e domínio
político, econômico e militar incontestável sobre a antiga
União Soviética.
Gessen registra a implementação dessa agenda
com um olhar atento aos detalhes. Putin providenciou que
o hino nacional da União Soviética, sua melodia e letra
examinadas e pessoalmente aprovadas por Stalin em
1943, fossem restauradas e equipadas com novas
palavras. (Ninguém conhece as palavras, mas a melodia,
ainda nos genes de milhões, junto com terror e espanto, é
reconhecida instantaneamente — o que, é claro, era
precisamente o ponto.) A câmara alta do parlamento, o
Conselho da Federação, não era mais eleita diretamente,
mas nomeada. As redes de televisão mais populares do
país, NTV e Channel One, foram assumidas pelo estado.
Para se registrar para a eleição, os candidatos
presidenciais tiveram que coletar dois milhões de
assinaturas em algumas semanas. A sufocação do
travesseiro macio da protodemocracia da Rússia começou.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 171 ]
Então veio o Caso Yukos: a dissolução e
nacionalização efetiva da maior e mais moderna empresa
privada da Rússia e a prisão de seu diretor, Mikhail
Khodorkovsky, que ousou pensar que estava no controle
de sua própria empresa (ele quase a vendeu para a Exxon
ou Chevron sem a permissão explícita do Kremlin) e seu
próprio dinheiro (ele financiou a oposição, em todos os
níveis, da esquerda para a direita). Condenado por "fraude"
e "evasão fiscal" e sentenciado a oito anos, Khodorkovsky
seria julgado novamente em 2009-10, dois anos antes do
fim da sentença, e devidamente sentenciado a mais cinco
anos, desta vez por roubar 218 milhões de toneladas de
petróleo de sua própria empresa. (Sua sentença foi
posteriormente reduzida em dois anos em apelação.)
Nunca é “apenas negócios” entre Putin e suas
vítimas estrelas, como O Poderoso Chefão diria; é
“pessoal” também. No caso de Khodorkovsky, foi a ofensa
imperdoável de discutir com Putin no Kremlin na frente de
outros “oligarcas”. (“Sr. Presidente, seus ministros são
ladrões e tomadores de propina” é a citação mais
conhecida dessa troca.) Se Khodorkovsky for solto quando
sua sentença acabar em 2014, o que é muito improvável
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 172 ]
enquanto Putin estiver no Kremlin, ele terá estado na
prisão ou nos campos mais duros e remotos por 11 anos.
Na Rússia de hoje, alguém poderia escapar com uma
sentença mais curta por assassinato.
O assalto à Yukos funcionou exatamente como
Putin pretendia. Após a apreensão dos ativos mais
produtivos da Yukos pela empresa estatal Rosneft, o
controle do Kremlin sobre a indústria petrolífera foi
reafirmado. Tão importante quanto isso, não apenas os
"oligarcas", mas também as empresas de cima a baixo em
toda a Rússia foram para sempre amedrontadas de
financiar partidos políticos, organizações da sociedade civil
ou mídia, sem a aprovação do Kremlin. Sem fundos
independentes para garantir seus vínculos com o
eleitorado, a política russa se tornou uma paisagem de
Potemkin, pontilhada com logotipos de papelão de partidos
permitidos ("registrados"), que poderiam ser subvertidos,
proibidos ou destruídos pelo Kremlin a qualquer momento.
Insights importantes sobre a perspectiva de Putin
também podem ser obtidos a partir de como ele lidou com
certas crises de reféns instigadas por terroristas do
Cáucaso do Norte muçulmano, uma região que, sob Putin,
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 173 ]
foi consumida por levantes fundamentalistas. Os relatos de
Gessen sobre as duas maiores tragédias que ocorreram
nessa região são magistrais.
Em 23 de outubro de 2002, cerca de 800
espectadores foram feitos reféns em um teatro de Moscou
por 40 a 50 terroristas chechenos, muitos deles mulheres
em hijabs. Algumas dezenas de crianças e estrangeiros
foram logo libertados. Nas 58 horas seguintes,
negociadores não governamentais iam e vinham,
ocasionalmente trazendo um ou dois reféns ou um acordo
para deixar passar água e suco (que nunca chegava aos
reféns porque as autoridades não conseguiam concordar
com o protocolo). As exigências dos terroristas, escreve
Gessen, eram "quase ridiculamente fáceis de cumprir".
Eles queriam que Putin declarasse que pretendia acabar
com a guerra na Chechênia e ordenasse a retirada das
tropas de qualquer distrito em sua pequena terra natal.
No início da manhã do terceiro dia, gás foi
bombeado através das aberturas e todos ficaram
inconscientes em minutos. Ao entrar no prédio, os
comandos russos mataram todos os sequestradores com
tiros na cabeça. Os explosivos com os quais os chechenos
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 174 ]
ameaçaram explodir o teatro nunca foram ativados. Mais
tarde, investigadores independentes presumiram
plausivelmente que as “viúvas negras” usavam coletes de
mártires “fictícios”.
Envenenados, inconscientes, privados de sono e
gravemente desidratados, os reféns foram levados para
fora do prédio e, em vez de serem levados às pressas para
o hospital ao lado, foram colocados de costas nos degraus
do teatro. Muitos morreram ali, sem recuperar a
consciência, engasgados com o vômito. Mais tarde, os
mortos e inconscientes foram colocados em ônibus para o
centro de Moscou. Eles foram transportados sentados.
Mais engasgaram quando suas cabeças viraram para trás.
Ainda mais morreram depois de chegar aos hospitais
porque as autoridades se recusaram a contar aos médicos
a composição do gás incapacitante. No final, 129 reféns
morreram.
Dois anos depois, em 1º de setembro de 2004, na
cidade de Beslan, na Ossétia do Norte, militantes, em sua
maioria chechenos, fizeram mais de 1.000 crianças e seus
pais reféns no primeiro dia de aula. Tecido a partir dos
depoimentos de especialistas independentes, o relato de
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 175 ]
Gessen sobre o que se seguiu é de partir o coração e
condenatório. Desde o início, os sequestradores estavam
dispostos a negociar e nomearam várias pessoas com
quem queriam falar. Um deles, o presidente da Ossétia do
Norte, Alexander Dzasokhov, foi impedido pelas tropas
russas de entrar no prédio. Mas o ex-chefe da vizinha
Inguchétia, Ruslan Aushev, conseguiu entrar. Junto com
26 mulheres com bebês, ele apresentou as exigências dos
terroristas. Elas eram a oferta inicial usual: independência
da Chechênia, retirada das tropas e o fim da guerra. O
“presidente” da autoproclamada República Chechena
(“Ichkeria”) e então talvez o homem mais procurado da
Rússia, Aslan Maskhadov, concordou em ir a Beslan para
negociar.
Enquanto os terroristas, reféns e milhares de
familiares atrás do cordão de tropas esperavam por
Maskhadov no terceiro dia do cerco, duas explosões
sacudiram o prédio da escola. Aqui o relato de Gessen
contradiz categoricamente a versão oficial. Segundo ela, o
que os reféns lembram como uma "bola de fogo gigante"
não veio dos explosivos detonados pelos terroristas, mas
de lançadores de granadas russos disparados diretamente
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 176 ]
no ginásio escolar superlotado. Os sequestradores então
ordenaram que aqueles que pudessem se mover fossem
para o refeitório da escola e ficassem nas janelas, para
mostrar que as tropas estavam atirando em mulheres e
crianças. As tropas, de acordo com Gessen, responderam
com projéteis de tanque, granadas e lança-chamas "à
queima-roupa". Enquanto os terroristas tentavam
repetidamente mover mulheres e crianças para salas ainda
não incendiadas, a polícia local implorou em vão às tropas
russas para pararem de atirar. No final, 334 pessoas foram
mortas, 186 delas crianças.
Contudo, os perversos e impostores irão de mal a pior,
enganando e sendo enganados. 2 Timóteo 3:13 [Quanto
mais passa o tempo, mais Putin piora. Os perversos só
pioram.]
Um padrão operacional emerge dessas instâncias:
salvar reféns é uma questão terciária; negociações são um
sinal de fraqueza; matar sequestradores, todos eles e o
mais rápido possível, independentemente de suas
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 177 ]
demandas ou disposição para negociar, é a chave. Gessen
escreve:
Uma vez que a tomada de reféns ocorreu, as
forças-tarefa do governo agindo sob a supervisão direta de
Putin fizeram de tudo para garantir que a crise terminasse
da forma mais horripilante possível — para justificar a
continuação da guerra na Chechênia e mais repressões à
mídia e à oposição na Rússia e, finalmente, para reprimir
qualquer possível crítica do Ocidente, que, após o 11 de
setembro, foi obrigado a reconhecer em Putin um
companheiro lutador contra o terrorismo islâmico. Há uma
razão pela qual as tropas russas em Moscou e Beslan
agiram de maneiras que maximizaram o derramamento de
sangue; elas realmente visavam multiplicar o medo e o
horror. Este é o modus operandi clássico dos terroristas e,
neste sentido, pode-se certamente dizer que Putin e os
terroristas estavam agindo em conjunto.
Três meses depois, citando a necessidade de
unidade e segurança, a Duma carimbou uma lei que
cancelou as eleições para governador. Daí em diante,
todos os governadores regionais seriam nomeados pelo
Kremlin. No mesmo mês, uma emenda constitucional
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 178 ]
aboliu as eleições diretas para a Duma; nessa época,
metade dos assentos já havia sido preenchida. Todo o
parlamento seria preenchido por deputados eleitos nas
listas dos partidos aprovados pelo Kremlin (“registrados”).
Havia, Gessen observa perceptivamente, apenas um
oficial eleito diretamente pelo povo russo: o presidente.
Ela poderia ter acrescentado algo mais a essa
poderosa coda. Falando à nação na televisão um dia após
o fim da provação de Beslan, Putin declarou que o
terrorismo era apenas uma guerra por procuração contra a
Rússia por alguns malfeitores internacionais não
identificados. Esses vilões não identificados, mas
dificilmente desconhecidos — depois de gerações criadas
com propaganda antiamericana, seu público, certamente,
não suspeitava da França ou da Alemanha — "gostariam
de nos arrancar um pedaço suculento da torta", disse Putin.
"Outros os ajudam. Eles ajudam, argumentando que a
Rússia ainda continua sendo uma das maiores potências
nucleares do mundo e, como tal, ainda representa uma
ameaça para eles. E então eles argumentam que essa
ameaça deve ser removida. O terrorismo, é claro, é apenas
um instrumento para atingir esses objetivos." A Rússia
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 179 ]
como uma fortaleza sitiada cujas muralhas Putin
valentemente maneja se tornaria um tema-chave de
legitimação de seu regime.
Houve outro mau presságio no mesmo discurso de
cinco minutos. “Nós nos mostramos fracos”, disse Putin. “E
os fracos são derrotados.” A última frase foi apenas uma
citação ligeiramente modificada do famoso discurso de
Stalin de fevereiro de 1931, no qual ele justificou sua
“industrialização” assassina: “Os atrasados são
derrotados. Você fica para trás, você é fraco significa que
você pode ser derrotado e escravizado.”
Gessen pinta um retrato de um Vladimir Putin que
é petulante, vaidoso, sempre se ressentindo das ofensas
percebidas pelos Estados Unidos, possuidor de fúria fria e
capaz de vingança persistente e eficaz. Mas ele não é
Saddam Hussein, muito menos um Stalin. Ele não
pretende erradicar toda e qualquer dissidência por meio de
assassinatos em massa. Até agora, as "linhas vermelhas"
foram traçadas com parcimônia, e apenas duas
significaram a ruína para aqueles que ousaram cruzá-las.
Uma circulou Yukos e Khodorkovsky. A outra percorreu os
quatro atentados a bomba em prédios de apartamentos
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 180 ]
(dois deles em Moscou) em setembro de 1999 — a tragédia
que tornou Putin famoso.
Matando 300 pessoas e ferindo centenas de
outras, as explosões, que ocorreram poucas semanas
após a nomeação de Putin como primeiro-ministro e foram
imediatamente atribuídas pelo Kremlin aos separatistas
chechenos, aumentaram a popularidade de um jovem e
aparentemente duro chefe de governo, que prometeu
"expulsar [os chechenos] do banheiro externo".
Teóricos da conspiração anti-regime quase
imediatamente vincularam as explosões ao esforço do FSB
para solidificar a imagem de Putin como salvador da
Rússia. Essa teoria deveria ter sido descartada como
monstruosa demais para ser imaginada, não fosse o fato
de que agentes do FSB foram pegos em flagrante
enquanto plantavam sacos de explosivos no porão do
prédio de apartamentos em 22 de setembro na cidade de
Ryazan, cem milhas a sudeste de Moscou. A explicação
oficial — de que isso tinha sido um exercício de
treinamento — estava cheia de inconsistências demais
para ser crível.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 181 ]
A verdade sobre as explosões não será conhecida
até que os responsáveis testemunhem em julgamentos ou
em sessões da Comissão da Verdade em uma Rússia pós-
Putin. Mas o caso do envolvimento do diretor é fortalecido
pela taxa de letalidade daqueles que persistiram em
investigar as explosões. O deputado liberal da Duma
Sergei Yushenkov foi morto a tiros em uma rua de Moscou
em abril de 2003. Dois meses depois, Yuri Shchekochikhin,
um jornalista investigativo e editor adjunto do jornal de
oposição, Novaya Gazeta, adoeceu reclamando de uma
"sensação de queimação" por todo o corpo. Ele morreu em
poucos dias do que foi diagnosticado como uma "síndrome
alérgica" causada por uma "toxina desconhecida" depois
que sua pele descascou e seu cabelo caiu.
Dois anos depois, foi a vez de Anna Politkovskaya.
Ela foi morta a tiros no elevador de seu prédio. Talvez a
jornalista cruzada mais conhecida da Rússia,
Politkovskaya havia divulgado todo tipo de incompetência,
corrupção e brutalidade do regime, especialmente na
acusação das guerras chechenas e na crise dos reféns no
teatro. Mas seu assassinato, como os de Yushenkov e
Shchekochikhin, provavelmente poderia ter sido causado
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 182 ]
por sua associação com um ex-oficial do FSB chamado
Alexander Litvinenko, que havia feito da missão de sua
vida chegar ao fundo dos atentados a bomba nos
apartamentos.
Um suposto denunciante que alegou corrupção e
incompetência do FSB, Litvinenko havia escapado para
Londres antes de ser levado a julgamento. Usando as
conexões e a experiência do FSB que adquiriu enquanto
trabalhava lá, ele juntou evidências do envolvimento da
organização nas explosões e publicou um livro sobre isso.
(Ele também havia determinado que um informante do FSB
estava entre os sequestradores do teatro, sugerindo que
os serviços especiais russos sabiam sobre a operação
planejada de antemão. Litvinenko até descobriu o nome do
informante e passou a informação para Yushenkov e
Politkovskaya.)
Três semanas após o assassinato de
Politkovskaya, Litvinenko ficou doente. Como
Shchekochikhin, ele sentiu uma sensação de queimação
na garganta, esôfago e estômago. Ele não conseguia
beber e vomitava incessantemente. Seu cabelo começou a
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 183 ]
cair. Antes de entrar em coma, Litvinenko ditou uma
declaração a ser divulgada após sua morte:
Acho que chegou a hora de dizer algumas palavras
ao homem responsável pela minha condição atual. Você
pode me forçar a ficar quieto, mas esse silêncio tem um
preço para você. Você provou agora que é exatamente o
bárbaro implacável que seus críticos mais severos fizeram
de você. Você demonstrou que não tem respeito pela vida
humana, liberdade ou outros valores da civilização. Você
mostrou que não merece manter seu posto e não merece
a confiança de pessoas civilizadas. Você pode calar um
homem, mas o barulho de protestos em todo o mundo
ecoará em seus ouvidos, Sr. Putin, até o fim de sua vida.
Que Deus o perdoe pelo que você fez, não apenas a mim,
mas à minha amada Rússia e seu povo.
Poucas horas após a morte de Litvinenko, a polícia
de Londres determinou que ele havia sido envenenado por
Polônio 210: um isótopo altamente radioativo, letal quando
ingerido e produzido quase exclusivamente na Rússia,
onde sua fabricação é rigidamente controlada pelas
autoridades federais. A extração de até mesmo uma
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 184 ]
pequena quantidade deve ser autorizada no nível mais
alto. A polícia seguiu o rastro radioativo até hotéis e
restaurantes, identificou um empresário e ex-oficial do FSB
Alexander Lugovoy como o principal suspeito do
envenenamento e solicitou sua extradição. A reação foi
típica de Putin: ele elegeu Lugovoy para a Duma na chapa
do Partido Rússia Unida do Kremlin, garantindo assim sua
imunidade de acusação.
Putin, o suposto “modernizador autoritário” (e,
como tal, herói de muitos “realistas” dos EUA), tem, de fato,
presidido a desmodernização de praticamente todos os
aspectos da existência do país. Há retrocesso em todos os
fatores que determinam o progresso político, social e
econômico no século XXI: liberdades civis e políticas,
autogoverno democrático, independência da mídia e uma
economia de mercado. Sua política tem sido uma
semirestauração reacionária clássica.
Putin escolheu gás natural e petróleo como as
chaves para o desenvolvimento da Rússia ao longo do
próximo meio século. A Rússia se tornou o maior produtor
mundial de petróleo, bombeando mais de 10 milhões de
barris por dia, e o preço desse "ouro negro" disparou, de
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 185 ]
US$ 18 o barril no início do mandato de Putin para US$
147 o barril em 2008. O PIB da Rússia seguiu a trajetória
das commodities. A renda real do país cresceu duas vezes
e meia seu tamanho. A pobreza foi reduzida pela metade.
Espelhando a dinâmica da riqueza da Rússia, os índices
de aprovação de Putin de 2000 a 2008 foram astronômicos
e sólidos como uma rocha.
Mas, como sempre, havia um preço a pagar. A
Rússia sob Putin começou a parecer cada vez mais um
petro-estado, completo com todas as sutilezas associadas
a tais políticas: consolidação autoritária, orçamentos
militares e policiais crescentes, mobilidade ascendente
estagnada e a imigração de jovens e bem-educados.
Enquanto isso, a qualidade da educação declinou
constantemente, assim como os gastos com saúde, que já
eram obscenamente baixos como uma parcela do PIB.
Hoje, a ciência e a tecnologia ficaram para trás
constantemente, mesmo na defesa, a única área em que a
União Soviética se esforçou para permanecer moderna. A
marinha russa agora compra porta-helicópteros franceses
a US$ 600 milhões por navio, enquanto os testes de novas
gerações de mísseis balísticos foram atormentados por
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 186 ]
fracasso após fracasso. Em 2012, um satélite russo caiu
do céu.
E então há a corrupção. Os russos dizem
consistentemente aos pesquisadores que a corrupção e a
venalidade estão muito piores agora do que no final da
União Soviética ou na "maldita" década de 1990. (Em
1997, Yeltsin demitiu vários assessores importantes depois
que a mídia livre da época revelou que eles receberam US$
15.000 cada um como honorário por um livro que seriam
coautores. Os ministros de Putin provavelmente gastarão
tanto, se não mais, em vinho nos inúmeros restaurantes
ultracaros de Moscou.) No ano passado, a Rússia ficou em
133º lugar entre 176 países no índice de "percepção de
corrupção" da Transparência Internacional — uma
pontuação igual à do Irã, Cazaquistão, Honduras e
Comores. O país está prestes a atingir o ponto em que a
corrupção não está apenas impedindo, mas paralisando as
instituições econômicas e sociais. Apesar de todas as suas
limitações inerentes, Gorbachev e Yeltsin tentaram apelar
aos melhores instintos do povo russo. Putin busca os mais
básicos. De cima a baixo, a Rússia está atolada em um
cinismo desconhecido até mesmo sob Brezhnev.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 187 ]
Não são mais funcionários individuais que roubam.
Departamentos inteiros ou mesmo ministérios foram
“privatizados”. Em novembro passado, as autoridades
russas anunciaram que cerca de US$ 200 milhões foram
roubados de um programa de agência espacial, enquanto
outra investigação perseguiu um golpe de US$ 100 milhões
dentro do Ministério da Defesa. Em 2009, o presidente
Dmitri Medvedev revelou que um trilhão de rublos (ou cerca
de US$ 30 bilhões) é roubado do orçamento todo ano. Três
anos depois, a Câmara de Auditoria do Estado chegou à
mesma estimativa.
Gessen reconta a história de talvez o mais notório
dos golpes: em 2007, o Departamento de Tributação do
Ministério das Finanças desviou US$ 230 milhões do
Tesouro russo em um esquema elaborado que envolveu
várias decisões judiciais e empresas fictícias. Um contador
fiscal chamado Sergei Magnitsky, que descobriu o
esquema, foi efetivamente assassinado na prisão depois
de ser espancado quase diariamente e ter negado
atendimento médico para um problema cardíaco e
pancreatite. A única pessoa julgada pelo assassinato foi
um médico da prisão, que foi absolvido. Em uma rara
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 188 ]
execução de dever moral — e diante da oposição da Casa
Branca — em 26 de novembro do ano passado, o
Congresso dos EUA aprovou o Sergei Magnitsky Rule of
Law Accountability Act, que nega vistos a autoridades
russas cúmplices do assassinato de Magnitsky (enquanto
congela seus ativos nos Estados Unidos), bem como a
outros perpetradores de corrupção e abusos de direitos
humanos.
“Ryba portitsya e golovy”, diz o ditado russo; um
peixe apodrece da cabeça para baixo. Tentando ir até a
cabeça, Gessen dedica um dos segmentos mais longos de
seu livro ao trabalho de Putin em São Petersburgo. Ele teria
assinado uma dúzia de contratos, no valor de US$ 92
milhões, para entregas de alimentos da Alemanha para a
cidade faminta em troca de petróleo, madeira, metais e
outras commodities. O pagamento em espécie foi feito,
mas a carne nunca foi entregue. A líder do Conselho
Municipal de São Petersburgo democraticamente eleito,
Marina Salye, alegou ter estabelecido a culpabilidade de
Putin e passado os documentos para Moscou. Não deu em
nada. (Mortalmente com medo da retaliação de Putin,
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 189 ]
Salye se escondeu por anos em um vilarejo remoto onde
Gessen a encontrou e tentou entrevistá-la.)
No final, não há nenhuma prova irrefutável. De
fato, 22 anos após o nascimento da nova Rússia, mal há
fumaça, apenas a habitual névoa fétida de fraude e traição
universal que cerca o Kremlin. Mas o uso do poder é o teste
final e objetivo. Hoje, os amigos e associados de Putin (a
maioria de São Petersburgo e quase todos do FSB ou de
seu clube de judô) possuem ou controlam alguns dos
negócios mais lucrativos do país: bancos; conglomerados
de mídia; o monopólio de exportação de armas; redes
celulares; ferrovias russas; o maior produtor de gás natural
do mundo, Gazprom; e a maior empresa petrolífera de
capital aberto (por produção) do mundo, Rosneft. A quarta
maior empresa de comércio de petróleo, Gunvor, que
exporta pelo menos um terço do petróleo russo e gera uma
receita estimada de US$ 80 bilhões por ano, é de
propriedade do parceiro de judô de longa data de Putin,
Gennady Timchenko. No que o estudioso russo-americano
Nikolas Gvosdev chamou de “Rússia, Inc.”, a fusão de
poder e propriedade atingiu um nível em que, como disse
o diretor do Centro Carnegie de Moscou, Dmitri Trenin,
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 190 ]
aqueles “que governam a Rússia hoje, são donos da
Rússia”.
Deus julgará os de fora. "Expulsem esse perverso do
meio de vocês". 1 Coríntios 5:13 [Putin será expulso da
Rússia, da Ucrânia da Chechênia e não perturbará mais o
mundo. A natureza cuidará dele, já tem 71 anos...]
Com seu salário oficial de US$ 120.000, Putin
conseguiu acumular uma coleção de relógios de luxo de
US$ 700.000. (Dizem que ele é especialmente parcial com
um Patek Philippe de ouro branco de US$ 60.000.) Estima-
se que ele "tenha acesso" a 20 palácios e vilas, 58
aeronaves e 4 iates. A verdadeira riqueza pessoal de Putin
é uma incógnita. Os especialistas da oposição estimaram
que ela esteja entre US$ 40 e US$ 70 bilhões, o que o
tornaria um dos três homens mais ricos do mundo. (O
número quase inacreditável se torna mais crível quando
somos lembrados, pela Forbes , que Gennady Timchenko
vale mais de US$ 9 bilhões. Outro antigo parceiro de judô
de Putin, Arkady Rotenberg, cuja empresa fornece tubos
de grande diâmetro para os oleodutos da estatal Gazprom,
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 191 ]
estima-se que tenha uma fortuna pessoal de pelo menos
US$ 1 bilhão.)
Conforme contado por Gessen, a história da vila de
US$ 1 bilhão de Putin no Mar Negro — completa com 16
prédios, várias piscinas e helipontos — parece
paradigmática de como a “Rússia, Inc.” opera. Logo após
Putin ser eleito presidente em 2000, alguns dos “oligarcas”
russos mais ricos foram “solicitados” a doar centenas de
milhões de dólares para uma instituição de caridade
comprar equipamentos médicos. Eles foram cobrados a
mais em cerca de um terço, com a diferença sendo
investida “na economia russa” por uma empresa da qual
Putin possuía 94% das ações. Gradualmente, de acordo
com o antigo dono do negócio de equipamentos médicos,
Sergei Kolesnikov, que tornou pública a história alguns
anos atrás (e a quem Gessen entrevistou), cada vez menos
dinheiro estava disponível para investimento, pois os
fundos eram cada vez mais desviados para um “pequeno
projeto pessoal”, envolvendo “a casa de Putin”. No final,
Kolesnikov foi instruído a fechar todas as contas, pois cada
dólar e rublo havia sido investido na construção.
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 192 ]
Há uma diferença, conclui Gessen, entre
cleptomania — um desejo patológico de possuir coisas,
mesmo aquelas para as quais se tem pouca utilidade — e
pleonexia, que ela descreve como o desejo insaciável de
ter coisas que pertencem legitimamente a outros. Ela
diagnostica Putin com a última doença.
As páginas mais envolventes dessa saga
deprimente estão no epílogo, que trata das manifestações
anti-Putin em massa em Moscou que eclodiram após as
eleições mais descaradamente manipuladas da Rússia
para a Duma, em dezembro de 2011. Aqui, Gessen se
entrega ao recurso narrativo mais enlouquecedor, também
prevalente nas seções anteriores do livro: a implacável
imposição de si mesma em sua própria narrativa.
Ao longo do livro, parágrafo após parágrafo, a
primeira pessoa do singular aparece em todas as linhas,
ou em todas as outras: “Eu disse”, “Eu pensei”, “Eu jantei
com”, “Eu entrevistei”, “Eu perguntei”, “Eu coordenei a
cobertura de”. O sujeito é Putin; a heroína é Gessen.
Sabemos precisamente onde ela estava e o que estava
fazendo quando os principais eventos da narrativa
ocorrem. Ela interrompe suas férias no Mar Negro. Ela
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 193 ]
chora em sua mesa quando ouve sobre a tomada de reféns
em Beslan em 1º de setembro de 2004. Um colega de
trabalho atencioso lhe dá uma lata de Coca-Cola.
Aprendemos que Gessen é uma repórter durona e
destemida, embora continue sendo, naturalmente, um ser
humano sensível. Descobrimos que as histórias que ela
escreveu na década de 1990 "ninguém tinha contado
antes" e que elas estavam frequentemente na capa da
revista para a qual ela trabalhava. O leitor é presenteado
com uma linha do tempo detalhada da carreira de Gessen,
conforme ela se desenrola ao lado da de Putin: ela foi de
repórter investigativa de ponta na revista Itogi para chefe
do escritório de Moscou do US News & World Report para
editora de um "semanário de Moscou" sem nome para
editora de um site político para editora da revista brilhante
Snob para editora em uma editora. E não vamos esquecer
o Herald Tribune, do qual ela é "uma colaboradora regular".
Gessen adota um menino ("Vova", o diminutivo russo
padrão para "Vladimir") e dá à luz (é uma menina, caro
leitor, é uma menina). Ela fica "ansiosa" e, ao deixar as
crianças na escola, vai dormir. Ela “se preocupa”, ouvindo
o rádio enquanto dirige para casa da dacha. Ela leva sua
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 194 ]
família para uma “comédia americana insípida em um
shopping caro no centro de Moscou”. Ela vai de bicicleta
para o trabalho. Ela vai para uma academia.
Parece, conforme o epílogo se desenrola, que
estamos prestes a ver mais e mais disso. Ela repete a
mesma previsão na próxima página para um colega
convidado em uma festa de aniversário, um "jovem repórter
inteligente do grupo presidencial do principal diário de
negócios". Depois de votar (e fotografar a cédula e enviar
a foto para o Facebook), ela parte para a festa de
aniversário, onde é cercada pelo tipo de multidão
"misturada", mas brilhante, na qual ela parece sempre se
encontrar: "publicadores de livros, jornalistas, designers e
pelo menos um fabricante rico".
Mas continue, e eventualmente você será
presenteado com um dos melhores relatos escritos da
“Revolução de Inverno”, desde a primeira manifestação em
5 de dezembro de 2011, quando Gessen de repente sentiu
“o medo se dissipar”, até aquele glorioso sábado na Praça
Bolotnaya em 10 de dezembro, quando a classe média
russa pós-soviética parecia ter atingido a maioridade
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 195 ]
política. Tendo alcançado bem-estar econômico e
liberdade pessoal sem precedentes, eles começaram a
clamar por dignidade na cidadania democrática. Foi o
segundo despertar moral nacional da Rússia, o primeiro
sendo a revolução da glasnost de 1987-91.
Assim como suas amigas, Gessen chegou a
Bolotnaya sem saber o que esperar e se viu entre dezenas
de milhares de concidadãos (100.000 é uma estimativa
frequentemente aceita), depois de anos acreditando que
apenas algumas dezenas compartilhavam de suas
opiniões. Informadas no Facebook, Twitter e LiveJournal
sobre os símbolos recém-descobertos do protesto, muitas
carregavam balões brancos e usavam cachecóis brancos,
chapéus brancos e até mesmo, no frio congelante do
inverno russo, calças brancas. "Já ouvi um milhão de
piadas, e todas eram engraçadas!", ela ouviu um jovem
gritando em seu celular. "Estar cercada por dezenas de
milhares de pessoas com ideias semelhantes realmente
parece ouvir um milhão de piadas engraçadas ao mesmo
tempo", escreve Gessen. De repente, a polícia foi educada
e as redes de televisão estavam relatando o protesto com
sinceridade. "Reconheço algo que observei em outros
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 196 ]
países, quando cobri suas revoluções", escreve Gessen.
“Chega um dia em que você liga a televisão e os mesmos
capangas que estavam espalhando propaganda para você
ontem, sentados nos mesmos estúdios contra os mesmos
cenários, começam a falar uma linguagem humana.”
A vitória durou pouco, é claro. Uma vez reeleito três
meses depois, Putin deixou bem claro que o regime não
desistiria sem uma luta prolongada e brutal. Ele encenou
um contra-ataque calculado e eficaz, projetado para
marginalizar, assustar e vitimizar a oposição. Como voltas
de parafuso cuidadosamente calibradas, as leis apertaram
as algemas. Penas de prisão ou multas enormes são
aplicadas para participação em "manifestações não
autorizadas". A definição de "traição" se expandiu a ponto
de receber informações de uma organização considerada
"hostil" à Rússia poder levar alguém à prisão por 20 anos.
A Internet é rotineiramente censurada, e a memória cultural
do terror e da mania de espionagem foi reativada pela
declaração de que organizações de direitos civis e
humanos financiadas do exterior são "agentes
estrangeiros". Paralelamente, capangas do Kremlin
assediaram o embaixador dos EUA, Michael McFaul, e o
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 197 ]
Kremlin expulsou a Agência dos Estados Unidos para o
Desenvolvimento Internacional depois de 20 anos, e
bilhões de dólares dos contribuintes americanos foram
gastos para promover a democracia e a sociedade civil —
sem nem um gemido de protesto da Casa Branca.
Não tendo encontrado nenhuma resistência
internacional à prisão domiciliar e ao julgamento em
andamento dos dois principais líderes da oposição, Sergei
Udaltsov e Alexei Navalny, o regime provavelmente levará
a perseguição judicial à sua conclusão quase certa de
longas penas de prisão. Navalny está enfrentando uma
sentença de 10 anos (por uma acusação de desvio de
13.000 pés cúbicos de madeira de uma empresa estatal),
e só Deus sabe quantos anos serão dados a Udaltsov, que
é acusado de planejar tumultos em massa para derrubar o
governo e de buscar assistência financeira de autoridades
georgianas. Em outubro, o associado de Udaltsov foi
sequestrado pelo serviço secreto russo em Kiev e levado
para Moscou, onde foi algemado e mantido sem água,
comida ou acesso a um banheiro até que ele implicasse
Udaltsov. Em breve saberemos se tal repressão marca a
saída do regime do autoritarismo relativamente brando de
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 198 ]
Franco e Salazar para o de Marcos, Mugabe e Duvalier —
e, se assim for, se causará uma resposta semelhante por
parte da oposição, que até agora se agarrou teimosamente
à não violência.
Suas mãos executam planos perversos, praticam suborno
abertamente. Salmos 26:10 [Putin é provavelmente um
dos homens mais ricos do mundo a base de propina dos
oligarcas.]
Mas durante aquele dezembro mágico, uma
Rússia livre, próspera e estável, finalmente em paz com
seu próprio povo e o mundo, parecia ao alcance de Gessen
e dezenas de milhares de seus compatriotas. Embora esse
sonho tenha sido frustrado, eles estão, historicamente, em
terreno sólido. Eleições roubadas são um péssimo
presságio para aqueles que as perpetram. O insulto nunca
é totalmente perdoado e eventualmente destrói o regime
ofensor — seja em semanas, como na Geórgia em 2003,
ou em meses, como na Ucrânia em 2004, ou depois de
quatro anos, como na Sérvia de Milosevic em 2000, ou
depois de quase uma década e meia, como nas Filipinas
de Marcos em 1986, ou mesmo ao longo de duas décadas,
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 199 ]
como em Mianmar, cuja transição ainda está inacabada
hoje.
A menos que haja outra crise mundial e a
consequente queda nos preços do petróleo, Putin pode
durar ainda mais. No entanto, quando ele insistir em
continuar governando, com seu índice de aprovação no
menor nível em 12 anos e com milhões de russos já
dizendo aos pesquisadores que são contra sua
candidatura para outro mandato de seis anos|, ele
provavelmente precipitará uma crise política que pode
derrubar o regime.
Não importa o que ainda esteja por vir, os protestos
de dezembro tiveram sucesso em algo extremamente
importante. Eles garantiram que o arco da história de Putin,
que ele fez da Rússia, não está mais em seu controle
incontestado. [8]
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 200 ]
REFERÊNCIAS:
1 - Disponível em:
http://www.foreignaffairs.house.gov/, http://
docs.casa.gov, ou http://www.govinfo.gov ou
https://www.congress.gov/event/118th-congress/house-
event/115669/text
2 - https://www.rferl.org/a/enemies-kremlin-deaths-
prigozhin-list/32562583.html
3 -
https://www.theguardian.com/world/2024/feb/16/the-
mysterious-violent-and-unsolved-deaths-of-putins-foes-
and-critics-alexi-navalny
4 -
https://www.theguardian.com/world/2023/aug/27/history-
killing-how-russia-has-silenced-putins-opponents
5 - https://www.abc.net.au/news/2024-03-16/how-
russian-election-is-rigged-for-vladimir-putin/103595508
6 -
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_journalists_killed_in_R
ussia
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 201 ]
7 -
https://www.independent.co.uk/news/world/europe/russia-
ukraine-prigozhin-putin-wagner-b2469030.html
8 - https://www.aei.org/articles/how-putin-does-it/
9 -
https://www.theguardian.com/world/2008/feb/15/georgia.ru
ssia
10 - https://www.reuters.com/world/europe/would-
be-putin-challenger-duntsova-barred-running-election-
campaign-team-2023-12-23/
11 - https://www.bbc.com/news/world-europe-
68237791
12 - https://www.politico.eu/article/ilya-yashin-
freed-dissident-vladimir-putin-swap-exile-without-consent/
13 - https://www.journalofdemocracy.org/online-
exclusive/why-vladimir-kara-murza-gave-up-his-freedom/
14 - https://www.bbc.com/news/world-europe-
30939543
15 - oglobo.globo.com/mundo/putin-condecora-
suspeito-de-matar-ex-espiao-lider-checheno-ligado-
assassino-de-opositor-15543006
COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES
[ 202 ]
LISTA DE LIVROS PUBLICADOS
DIREITA
CONSERVADORA
CRISTÃ
COLEÇÃO: MENTES
BRILHANTES
Guilherme Fiúza, mente brilhante
Rodrigo Constantino, mente
brilhante
Augusto Nunes – mente brilhante
Allan dos Santos – mente brilhante
Luciano Hang – mente brilhante
Roberto Jefferson – mente
brilhante
Alexandre Garcia, mente brilhante
Olavo de Carvalho, mente brilhante
Bernardo Küster, mente brilhante
Caio Coppolla, mente brilhante
Deltan Dallagnol, mente brilhante
Gustavo Gayer, mente brilhante
Adrilles Jorge, mente brilhante
Magno Malta, mente brilhante
ESTADOS UNIDOS
Governo Glorioso de Donald
Trump
CONSERVADORISMO
Deus é Conservador e o Diabo é
progressista
ESQUERDA
Os tentáculos malignos da
Esquerda
JUDICIÁRIO
Ministro Gilmar Mendes, o juiz
iníquo
IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS
[ 203 ]
CORRUPÇÃO
Planilha de propina da Odebrecht
explicada
SERIE: LULA
Os amigos de Lula
Todos os telefones do presidente
Lula
Lula e o caso do triplex 21
Lula X ACM
SÉRIE BOLSONARO
Jair Bolsonaro, presidente do
Brasil
Bolsodória – o perfil de mau
caráter
Bolsonaro X João Dória
Bolsonaro – traidor da Direita
SÉRIE: Presidente Moro 2022
– O caso do triplex
- Sigilo telefônico do Lula
COMUNISMO
As mentiras comunistas sobre o
Regime Militar
Comunismo em Cuba
Genocídio Comunista no Camboja
U.N.E. – A serviço do comunismo
Utopia da Igualdade
PARTIDO DOS
TRABALHADORES [PT]
Memorial criminoso do PT –
Volume I
Memorial criminoso do PT –
Volume II
PT X Cristianismo
NAZISMO
Minha Luta de Adolf Hitler com
comentários
O lado bom do nazismo
DEMOCRACIA
Como Vladimir Putin elimina
opositores
Liberdade e democracia de Mentira
O fracasso da democracia
GEOPOLÍTICA
A China e o Anticristo
OMS à serviço da China
Antissemitismo na Alemanha pré-
nazista
Estatuto do Hamas com comentários
COMUNICAÇÃO
A Era das Fake News
Globolixo em charge
Globovírus
FEMINISMO
IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS
[ 204 ]
Homem é cabeça da mulher
Deus é machista 36
CIÊNCIA MILITAR
Manual do guerrilheiro urbano de
Marighella com comentários
A arte da Guerra com comentários
DIREITO
Direito Divino ao Trabalho
Direito Divino a Legítima Defesa
O instituto divino da Pena de Morte
TEOLOGIA
Histórias absurdas da Bíblia
Simbologia Bíblica
Os heróis da Bíblia
Os vilões da Bíblia
Tanatologia Bíblica
30 conselhos do sábio Salomão
30 mensagens marcantes de Jesus
Nefilins
Estudo sobre o dilúvio bíblico
Estudo das dez pragas do Egito
Estudo do voto e Jefté
Vinho na Ceia do Senhor
Pastora é antibíblico
95 teses de Lutero explicadas
Refutando o determinismo de
Lutero
Jesus era chato e antipático
Parapsicologia Bíblica
Dicionário de Parapsicologia
Estudo sobre premonição
Compêndio teológico sobre o véu
Guia de Estudo Bíblico
Dogmatologia
Javé, o Deus da Bíblia
A Triunidade de Deus
Dízimo não é para o cristianismo
Como fundar uma Igreja
Sexologia cristã
Tratado teológico sobre a barba
Mulher não fala na igreja
Espiritismo X Cristianismo
Ilusão espírita Kardecista
APOCRIFOLOGIA
Livro ap. dos Jubileus Comentado
Livro de Enoque com comentários
Livro dos Segredos de Enoque
analisado
IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS
[ 205 ]
Livros de Adão e Eva
Pseudo-epígrafos de Barnabé com
comentários
Pastor de Hermas com
comentários (25)
BIBLIOLOGIA
Canonicidade Bíblica
Comentário bíblico: Gênesis à
Deuteronômio
Comentário bíblico: Josué a II
Crônicas
Comentário bíblico Esdras a Jó
Comentário bíblico – Salmos
Comentário bíblico – Provérbios a
Cantares
Comentário bíblico – Profeta Isaias
Comentário bíblico – Jeremias e
Lamentações
Comentário bíblico - Ezequiel
Os quatro livros biográficos de Jesus
Comentário bíblico – Ev. de Mateus
Comentário bíblico – Ev. de
Marcos
Comentário bíblico – Ev. De Lucas
Comentário bíblico – Ev. De João
Atos dos apóstolos Explicado
Atos dos apóstolos Comentado e
Ilustrado
Comentário Bíblico – Carta aos
Romanos
Primeira Carta aos Coríntios
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Estudo da 1ª carta aos Coríntios
Primeira epístola de Pedro com
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Epístola de Tiago com
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A Septuaginta
DEMONOLOGIA
O Diabo está ao seu lado
Lugares amaldiçoados
30 lugares sinistros
HAMARTIOLOGIA
O pecado da sensualidade
ESCATOLOGIA
Arrebatamento pré-tribulacionista
Juízo Final
O Fim do Mundo 41
ÉTICA
Bebida alcoólica não é pecado
Como se vestem os santos
Você é invejoso, entenda isso
Salto alto faz mal e é pecado
GEOGRAFIA BÍBLICA
Cidade do Cairo no Egito
Caná da Galileia
IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS
[ 206 ]
Via Dolorosa
Mar da Galileia
Grande Esfinge do Egito
As pirâmides do Egito
O Mar Vermelho
Monte das Oliveiras
Belém, onde nasceu Jesus
O Jardim do Éden na Bíblia
Basílica da Natividade em Belém
Sinai, o monte de Deus
O exótico Mar Morto
Jericó, a cidade mais antiga do
mundo
Monte Carmelo e o profeta Elias
Mênfis, no Egito
Barreira israelense na Cisjordânia
Rio Nilo no Egito
PATROLOGIA
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Clemente de Roma
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- Tertuliano
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A imitação de Cristo de Tomás de
Kempis com comentários
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Experimentando Jesus através da
Oração (com comentários) –
Madame Guyon
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COLEÇÃO DO EX-PADRE ANIBAL
PEREIRA DOS REIS
Será que o crente pode perder a
salvação? Comentada
IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS
[ 207 ]
Senhora Aparecida com
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[ 212 ]

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COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES

  • 2. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 2 ] FINALIDADE DESTA OBRA Este livro como os demais por mim publicados tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores, a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a caminhada para o conhecimento é gradual e não alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste livro você encontrará algumas respostas para alguns dos dilemas de nossa existência. AUTOR: Direita Conservadora Cristã é uma produtora de livros que tem a sua frente o Escriba de Cristo. Desde 1990 o seu criador sonhou em compactar seus conhecimentos em forma de livros tentando organizar seus conhecimentos sobre Deus, o universo, o homem e a Bíblia. Nosso objetivo é buscar a verdade absoluta sobre as coisas e estamos atrelados a duas fontes. A Bíblia e os padrões que Deus estabeleceu no universo através de leis físicas e a natureza das coisas.
  • 3. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 3 ] CONTATO: Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo Grupo de estudo no whatsapp 55 13 996220766 com o Escriba de Cristo https://youtube.com/@escribadecristo https://www.tiktok.com/@escribadecristo Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP) M543 Direita Conservadora Cristã 1969 – COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA SEUS OPOSITORES Moscou/Russia, clubedeautores Draft2, UICLAP, 2025, 200 p. ; 21 cm ISBN: Edição 1° 1. Rússia 2. Tirania 3. Vladimir Putin 4. Assassinatos 5. Eleições CDD 320 CDU 32
  • 4. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 4 ] Sumário INTRODUÇÃO......................................................................7 ELEIÇÕES FRADULENTAS ...............................................8 ALEKSEI NAVALNY...........................................................20 Evgeny Prigozhin..................................................................23 Serguei Yushenkov................................................................28 Ana Politkovskaya .................................................................29 Alexandre Litvinenko ............................................................30 Natália Estemirova................................................................34 Serguei Magnitsky.................................................................35 Boris Nemtsov.......................................................................37 Boris Berezovsky...................................................................38 MIKHAIL LESIN.................................................................40 KIRILL STREMOUSOV...................................................... 41 Badri Patarkatsishvili ............................................................42 Yekaterina Dunsova ..............................................................45
  • 5. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 5 ] Boris Nadezhdin ...................................................................50 Mikhail Kasyanov..................................................................57 Ilya Yashin.............................................................................60 Vladimir Kara-Murza ............................................................69 Emin Ibragimov ....................................................................75 Sergei Skripal.........................................................................83 BIELORRÚSSIA UM ANEXO DE PUTIN........................84 IMPRENSA SILENCIADA NO REGIME PUTIN............86 PUTIN E A RELAÇÃO COM A IMPRENSA....................119 Jornalistas mortos durante reportagem sobre a Chechênia 154 BIOGRAFIA DE VLADIMIR PUTIN .............................. 162
  • 6. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 6 ] CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na internet. Se você a leu, gostou e lhe edificou, peço que faça uma doação ao meu ministério fazendo um pix, nem que seja de um dólar [ou cinco reais BR], assim continuaremos produzindo livros que edifiquem: PIX Valdemir Mota de Menezes, Banco do Brasil CPF 069 925 388 88 Este material literário do autor não tem fins lucrativos, nem lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste em contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o único Deus Todo-Poderoso.
  • 7. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 7 ] INTRODUÇÃO Desde que Vladmir Putin subiu ao poder que venho acompanhando os rumos da sua política. Os homens vão mostrando o que querem e pensam a medida que passa o tempo e quanto mais poderoso um homem fica, mas ele revelará o que tem no seu coração. Putin é mais um megalomaníaco que quer construir um império mundial e para isso elimina qualquer um que se opõe a ele, seja concorrentes políticos, jornalistas ou manifestantes. Putin tenta retomar os estados que deixaram a antiga União Soviética e financia grupos rebeldes pelo mundo inteiro. Nesta obra vou listar as vitimas políticas e também os jornalistas russos que ele silenciou. Alguns casos são explícitos, outros são dissimulados. Putin usa milhares de agentes secretos para executarem e matarem aqueles que ousam desafiar sua soberania na Rússia. Faço minha a declaração de Litvinenko que antes de entrar em coma, Litvinenko ditou uma declaração a ser divulgada após sua morte: Acho que chegou a hora de dizer algumas palavras ao homem responsável pela minha condição atual. Você pode me forçar a ficar quieto, mas esse silêncio tem um preço para você. Você provou agora que é exatamente o bárbaro implacável que seus críticos mais severos fizeram de você. Você demonstrou que não tem respeito pela vida humana, liberdade ou outros valores da civilização. Você mostrou que não merece manter seu posto e não merece a confiança de pessoas civilizadas. Você pode calar um homem, mas o barulho de protestos em todo o mundo ecoará em seus ouvidos, Sr. Putin, até o fim de sua vida.
  • 8. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 8 ] Que Deus o perdoe pelo que você fez, não apenas a mim, mas à minha amada Rússia e seu povo. Poucas horas após a morte de Litvinenko, a polícia de Londres determinou que ele havia sido envenenado por Polônio 210: um isótopo altamente radioativo, letal quando ingerido e produzido quase exclusivamente na Rússia ELEIÇÕES FRADULENTAS Steve Cannane, chefe do escritório da Europa, publicou este artigo direto de Vilnius, Lituânia em 15 de março de 2024 onde comenta as fraudes maquiavélicas de Putin para se perpetuar no poder: A votação para a eleição presidencial da Rússia está em andamento, embora muitos observadores internacionais digam que a disputa é fraudada para que Vladimir Putin vença. Especialistas dizem que há várias maneiras de conseguir isso, incluindo impedir candidatos da oposição de concorrer e fraudar as urnas.
  • 9. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 9 ] O que vem a seguir: A votação termina no domingo, com resultados preliminares esperados para a noite (segunda-feira de manhã, AEDT). Pareceu um dos comentários mais críveis já saídos da boca do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Em agosto do ano passado, em entrevista ao New York Times, ele admitiu que as eleições presidenciais em seu país não são eleições propriamente ditas como as conhecemos. Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e a sua justiça que de mim procede, diz o Senhor. Isaias 54.17 [Putin prosperou até agora, mas seu fim é iminente e suas armas atômicas não vão atingir ninguém.] "Nossa eleição presidencial não é realmente uma democracia", disse ele. "É uma burocracia custosa. O Sr. Putin será reeleito no ano que vem com mais de 90 por cento dos votos."
  • 10. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 10 ] Se o porta-voz do Kremlin estava revelando tudo a sete meses da eleição, ele conseguiu refinar essa mensagem desde então. Na semana passada, ele disse em um fórum de jovens em Sochi: "Não toleraremos mais críticas à nossa democracia. Nossa democracia é a melhor." [Que frase maravilhosa dos tiranos. Minha democracia é a melhor e não aceitamos crítica. A palavra democracia é muito deturpada pelos tiranos.] Um homem de terno, olhando para a câmera com uma expressão neutra Roman Udot diz que há várias maneiras pelas quais a eleição russa é fraudada. (ABC News: Adrian Wilson) Roman Udot tem examinado as eleições na Rússia e na Ucrânia por mais de 20 anos, mas agora está vivendo em exílio político na Lituânia. Ele rejeitou as alegações mais recentes do Sr. Peskov sobre a democracia na Rússia. "É mentira", disse ele à ABC.
  • 11. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 11 ] "Peskov é o representante de um regime opressivo. Eles não têm o direito de alegar que foram eleitos democraticamente." O Sr. Udot foi o copresidente do Golos, um grupo independente de monitoramento eleitoral, por uma década. Tornou-se a primeira organização na Rússia a ser declarada "agentes estrangeiros". O Sr. Udot descreve isso como o momento "em que os observadores independentes se tornaram inimigos do estado". [No Brasil do rei Xandão I, ministro do STF, duvidar do sistema eleitoral é atentado a democracia. Estes canalhas nos roubam e ainda chamam a polícia para nós...] Poucas horas após a abertura das urnas para a eleição presidencial de 2024, o Sr. Udot já havia reunido evidências do que ele disse ser fraude eleitoral. "As regiões mais distantes começaram a votar há várias horas e já temos filmagens. Temos fotos de enchimento de urnas", disse ele.
  • 12. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 12 ] Enquanto o Sr. Udot mostra uma das fotos à ABC, ele explica como pode perceber que o processo de votação foi adulterado. "Em uma urna normal, as cédulas devem ficar dispostas de forma caótica." "Quando eles mentem assim", disse ele apontando para um maço de cédulas de votação dobradas, "significa que elas foram fraudadas". [Se com voto de papel tem fraude, aqui no Brasil, os corruptos que dominam o poder fizeram um sistema mais avançado de fraude eleitoral. Eleições eletrônicas e sem métodos de contagem de votos e sem possibilidade de ser auditável.] Ele também ressaltou que as cédulas dobradas não teriam passado pela fenda estreita da urna e que alguém deve ter destrancado a caixa para colocá-las lá dentro. Uma pilha de cédulas dobradas na base de uma caixa transparente.
  • 13. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 13 ] Roman Udot diz que esta pilha de cédulas parece ter sido "enfiada" na caixa de uma seção eleitoral. Bill Browder, chefe da Campanha Global pela Justiça Magnitsky, disse que não havia oposição real, nem mídia livre, nem comissão eleitoral independente na Rússia para atuar como um freio e equilíbrio no poder de Putin. O Sr. Browder, que já foi o maior investidor estrangeiro na Rússia, agora é um ativista dos direitos humanos que luta por reformas democráticas e medidas anticorrupção no país. "Chamar isso de eleição é um insulto às eleições", disse ele à ABC. "O que Putin faz é manipular completamente o jogo de cima a baixo. Ele mata, aprisiona ou exila qualquer político de oposição real. [Qual pessoa que diz ter admiração por Putin me causa repulsa. Infelizmente Trump e Netanyahu dão uma de que não sabem de nada e alardeiam que tem boas relações com Putin. O que me passa a impressão que é medo de enfrentar Putin e seus brinquedos atômicos]
  • 14. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 14 ] "E então eles não permitem que ninguém expresse nenhuma opinião além de apoiar Putin e, então, só por precaução, eles enchem as urnas." Duas mulheres, uma carregando uma urna e a outra segurando uma prancheta, caminham ao ar livre na neve perto de casas Autoridades eleitorais vão de porta em porta em uma vila siberiana, onde as pessoas podem votar de casa, na sexta-feira. ( Reuters: Alexey Malgavko ) O Sr. Udot disse que a fraude no sistema eleitoral piorou quanto mais tempo o Sr. Putin esteve no poder. "Acho que a primeira eleição de Putin foi mais ou menos boa, em 2000. Mas, desde então, as pessoas se
  • 15. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 15 ] cansaram deles e de sua reputação, e seus índices de popularidade vêm caindo. "E como suas classificações estavam caindo, a fabricação e a falsificação começaram a crescer. Esta é apenas a reação deles, seus meios de se agarrar ao poder." O Sr. Browder acredita que a morte sob custódia do político da oposição Alexei Navalny no mês passado, que ele atribui a Putin, estava diretamente relacionada à tentativa do Kremlin de controlar o resultado da eleição presidencial deste ano. "As pessoas não estão felizes com ele [Putin]. Ele começou uma guerra. A economia está uma bagunça. E então ele está aterrorizado com qualquer um que esteja se levantando contra ele", disse ele. "Alexei Navalny era uma figura muito popular. E a melhor maneira de Putin lidar com esse tipo de ameaça é eliminá-la." O Kremlin controla quem está nas urnas Nesta eleição presidencial, apenas quatro candidatos foram permitidos na cédula de votação.
  • 16. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 16 ] Eles são o Sr. Putin e três candidatos que, em sua maioria, evitam criticar o líder de longa data da Rússia e sua guerra na Ucrânia. Todos os candidatos que foram autorizados a concorrer têm índices de aprovação abaixo de 10%, então não representam nenhuma ameaça real. [Homem sem vergonha, Putin só permite concorrer os candidatos nanicos. O inferno está de portas abertas para este maldito.] Esses três candidatos são Leonid Slutsky, do Partido Liberal Democrata, Nikolai Kharitonov, do Partido Comunista, e Vladislav Davankov, do Novo Partido Popular. O político da oposição preso Vladimir Kara-Murza os descreveu como "candidatos simbólicos dos partidos de 'oposição' oficialmente permitidos". Vladimir Putin é presidente ou primeiro-ministro da Rússia desde 1999. (Sputnik: Sergei Savostyanov via Reuters) Candidatos fora dessa esfera simplesmente não aparecem na cédula.
  • 17. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 17 ] A ex-jornalista de TV Yekaterina Dunsova queria concorrer à presidência com uma plataforma anti-guerra, mas foi impedida. O turbopatriota e criminoso de guerra condenado Igor Girkin — que disse que queria interromper o que chamou de votação "farsa" na qual "o único vencedor é conhecido com antecedência" — também foi impedido de concorrer. Ele continua na prisão após ser condenado por acusações de extremismo. [NO Brasil os 11 demônios do STF também usaram o mesmo método de tornar inelegível os seus opositores. NO caso o ex-presidente Bolsonaro.] Em janeiro, o político anti-guerra Boris Nadezhdin apresentou sua inscrição com mais de 100.000 assinaturas para apoiar sua candidatura. Parecia que ele poderia corroer a maioria do Sr. Putin, já que seus números nas pesquisas dispararam para dois dígitos. Na época, ele disse à ABC que "não temos eleições livres e justas" na Rússia e que o Sr. Putin e o Kremlin o temiam.
  • 18. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 18 ] A Comissão Eleitoral Central logo o desqualificou da candidatura depois que cerca de 9.000 de suas assinaturas foram declaradas inválidas. O político russo arrisca tudo para enfrentar Vladimir Putin. Porque o tirano é reduzido a nada, e se consome o escarnecedor, e todos os que se dão à iniquidade são desarraigados; Isaias 29.20 [Nenhum tirano se perpetuou até hoje, logo Putin será desarraigado.] Boris Nadezhdin acredita que sua postura antiguerra está ganhando força entre os eleitores de um dos regimes mais autoritários do mundo. A Dra. Ekaterina Schulmann, cientista política russa do Centro Carnegie em Berlim, disse que o órgão que tomou essas decisões não era independente e era controlado pelo Kremlin. "Você pode ver isso pela forma como é composto. São principalmente os representantes do presidente diretamente, representantes do Rússia Unida, o partido
  • 19. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 19 ] majoritário e outros partidos parlamentares, que também são controlados pelo Kremlin", ela disse à ABC. A desqualificação do Sr. Nadezhdin é uma história familiar. A Comissão Eleitoral Central decidiu que o popular crítico de Putin e cruzado anticorrupção Alexei Navalny não poderia concorrer na eleição presidencial de 2018. O ex-primeiro-ministro e crítico do Kremlin Mikhail Kasyanov foi proibido de concorrer na eleição presidencial de 2008 depois que a comissão decidiu que ele tinha dezenas de milhares de assinaturas inválidas. O Sr. Browder disse que o Sr. Putin garantiu que, mais uma vez, qualquer um que pudesse representar uma ameaça à sua supremacia política na eleição mais recente fosse eliminado. "Minha opinião é que todos os políticos de oposição reais acabam na prisão ou mortos", disse ele. "Eles mataram Alexei Navalny e meu amigo, Vladimir Kara- Murza, foi condenado a 25 anos de prisão e Ilya Yashin está na prisão por oito anos." O carismático político da oposição Boris Nemtsov, que também falou em concorrer à presidência, foi assassinado em uma ponte perto do Kremlin em 2015.
  • 20. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 20 ] Steve Gutterman em 16/02/24 falou da famosa lista de opositores de Putin que foram silenciados: A lista é longa: russos que morreram após entrarem em conflito com o Kremlin A lista de russos influentes que foram mortos ou morreram em circunstâncias obscuras após se oporem, criticarem ou contrariarem o presidente russo Vladimir Putin, o Kremlin ou o estado é longa. E ficou ainda mais longa. [5] ALEKSEI NAVALNY A mais recente adição é Alexei Navalny, o político da oposição preso que lutou contra a corrupção oficial e liderou protestos massivos contra o Kremlin, o que lhe rendeu a ira de Putin, que fez questão de não pronunciar seu nome em público.
  • 21. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 21 ] Navalny morreu em 16 de fevereiro na prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos, disse o serviço prisional da Rússia. Navalny, 47, sentiu-se mal após uma caminhada mais cedo naquele dia, de acordo com o Serviço Penitenciário Federal, e então perdeu a consciência. Uma ambulância chegou, mas ele não pôde ser reanimado, disse um comunicado, acrescentando que a causa da morte estava "sendo estabelecida".
  • 22. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 22 ] O líder da oposição russa Alexei Navalny discursa para apoiadores durante um protesto anti-Putin não autorizado em maio de 2018. Aleksei Navalny, o crítico mais ferrenho de Putin, foi encontrado morto na prisão, diz a Rússia A morte de Navalny ocorre um mês antes de uma eleição que deve dar a Putin mais seis anos como presidente. Estas são algumas das pessoas importantes que morreram de forma violenta ou suspeita desde que ele chegou ao poder há quase um quarto de século. Não estão incluídos aqui aqueles que sobreviveram a situações de risco — como o ex-oficial de inteligência militar Sergei Skripal, que foi envenenado junto com sua filha em março de 2018.
  • 23. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 23 ] Evgeny Prigozhin Em um vídeo divulgado em 5 de maio, Yevgeny Prigozhin fica em frente a vários corpos caídos no chão, que ele disse serem combatentes mortos de Wagner, e repreende o Kremlin pela falta de apoio. Em um vídeo divulgado em 5 de maio, Yevgeny Prigozhin fica em frente a vários corpos caídos no chão, que ele disse serem combatentes mortos de Wagner, e repreende o Kremlin pela falta de apoio. 23 de agosto de 2023: Yevgeny Prigozhin, o chefe do grupo mercenário Wagner com laços estreitos com Putin, morreu em um acidente de avião com seus principais associados. O longo e secreto Prigozhin, que de repente se tornou franco, estava por trás de uma série de empreendimentos obscuros e prejudiciais, de uma "fazenda de trolls" que interferiu nas eleições dos EUA a um exército mercenário que lutou na Síria e na Ucrânia — onde esteve no centro da longa e sangrenta batalha por Bakhmut — e esteve ativo em vários países africanos.
  • 24. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 24 ] Antigo aliado de Putin, Prigozhin lançou um motim frustrado no final de junho, dois meses antes de sua morte, que, segundo ele, teve como alvo os líderes militares russos, mas envergonhou Putin e expôs os limites de seu controle, fazendo com que um líder considerado um protetor forte e confiável do povo parecesse fraco. CRIME TÍPICO DA KGB Alexandre Butler publicou no domingo, 24 de dezembro de 2023 jornal britânico INDEPENDENT um artigo que relata como ter ocorrido o assassinato de Prigozhin e com certeza por ordem de Putin: Como a morte do chefe da Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi "orquestrada pelo mais antigo aliado de Putin". Nikolai Patrushev foi acusado por um oficial de inteligência russo de supervisionar pessoalmente a morte de Yevgeny Prigozhin.
  • 25. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 25 ] Imagens mostram destroços de avião que supostamente transportava o chefe da Wagner, Yevgeny Prigozhin. O ex-chefe da Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi morto em um atentado a bomba orquestrado pelo aliado mais antigo de Vladimir Putin, afirmou um oficial de inteligência russo. O Sr. Prigozhin, que morreu quando seu avião caiu sobre a Rússia em 23 de agosto deste ano, lançou um motim contra o Ministério da Defesa russo em junho, após uma longa disputa com autoridades sobre a direção da guerra na Ucrânia. Na época, o Kremlin negou qualquer envolvimento com sua morte e caracterizou as avaliações da inteligência ocidental sobre a culpabilidade de Putin como uma "mentira absoluta".
  • 26. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 26 ] Um oficial de inteligência russo disse agora que o ex-oficial da KGB e antigo aliado de Putin, Nikolai Patrushev, supervisionou pessoalmente o planejamento da operação que envolveu o plantio de uma bomba sob a asa da aeronave de Prigozhin. [Putin é um ex-agente da KGB, homem frio, que não demonstra sentimento, frio e calculista e não demonstra amor a vida humana que só quer o poder acima de tudo. Tudo converge para aponta-lo como o mandante do crime.] O Sr. Patrushev alertou pela primeira vez que o senhor da guerra havia se tornado "perigoso" e não tinha respeito pelo Kremlin depois de ouvir um telefonema criticando Putin pela falta de suprimentos no campo de batalha na Ucrânia, de acordo com o Wall Street Journal.
  • 27. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 27 ] Nikolai Patrushev (à esquerda) foi acusado de supervisionar pessoalmente o assassinato de Yevgeny Prigozhin. Deste ponto em diante, o Sr. Patrushev começou a dar ordens ao seu assistente para prosseguir no planejamento de uma operação para se livrar do Sr. Prigozhin. Putin viu os planos e não se opôs, de acordo com o Wall Street Journal. Uma pequena bomba foi colocada sob a asa do avião Embraer Legacy 600, enquanto Prigozhin e outros nove aguardavam na pista de um aeroporto de Moscou para que uma verificação pré-voo fosse realizada. Ninguém dentro da cabine pareceu notar o dispositivo sendo conectado enquanto esperavam para decolar para São Petersburgo, na Rússia. O jato subiu por cerca de 30 minutos a 28.000 pés antes que a bomba fosse detonada e a aeronave caísse no chão. Todas as 10 pessoas a bordo morreram, incluindo Prigozhin, seus quatro guarda-costas, três membros da tripulação e duas outras pessoas importantes para o grupo Wagner.
  • 28. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 28 ] Prigozhin morreu quando seu avião caiu sobre a Rússia em 23 de agosto deste ano, poucos meses depois de ter lançado um motim contra o Ministério da Defesa da Rússia. “Ele teve que ser removido”, disse um funcionário do Kremlin a um oficial de inteligência europeu com canais secretos de comunicação com o regime russo após o incidente. O Kremlin rejeitou os relatos do envolvimento do Sr. Patrushev como “pulp fiction”. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: “Ultimamente, infelizmente, o Wall Street Journal tem gostado muito de produzir pulp fiction.” [7] [É o presidente Lula no Brasil negando todas as corrupções no seu governo e Putin negando que é ele que elimina seus concorrentes, críticos e detratores.] Serguei Yushenkov 17 de abril de 2003: Sergei Yushenkov, um político veterano e líder do partido anti-Kremlin, Rússia Liberal, é baleado em frente à sua casa em Moscou.
  • 29. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 29 ] Yushenkov esteve na vanguarda dos esforços de legisladores liberais para investigar o possível envolvimento do Serviço Federal de Segurança (FSB) em uma série de atentados mortais a apartamentos em 1999. Os atentados, que mataram cerca de 300 pessoas, foram atribuídos a militantes chechenos e usados por Moscou como pretexto para iniciar a Segunda Guerra Chechena. Ana Politkovskaya 7 de outubro de 2006: Uma das jornalistas mais proeminentes da Rússia e cronista persistente de abusos de direitos na Chechênia, Politkovskaya, é morta a tiros em
  • 30. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 30 ] seu prédio, em um assassinato semelhante a uma execução. Dois homens foram condenados à prisão perpétua e outros três a longas penas de prisão em 2014 por seu envolvimento, mas parentes, colegas e governos ocidentais suspeitam que as autoridades russas nunca identificarão ou punirão os mentores do assassinato, porque uma investigação completa os levaria muito perto do governo de Putin ou da liderança apoiada pelo Kremlin na Chechênia. [Mafioso, Putin é o Poderoso-Chefão, o exemplo clássico dos mafiosos italianos. Só que Putin superar todos os seus antecessores na história da política mundial. Incrível como seus oponentes tem morte misteriosa...] Alexandre Litvinenko 23 de novembro de 2006: O ex-agente de segurança russo morre em Londres após ser envenenado com polônio-210 radioativo. Litvinenko fugiu para a Grã- Bretanha em 2000 após acusar o FSB de conspirar para
  • 31. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 31 ] matar o oligarca Boris Berezovsky. Mais tarde, ele foi coautor de um livro culpando a agência pelos atentados a bomba em prédios de apartamentos em 1999. A investigação britânica descobriu que Litvinenko bebeu chá misturado com polônio durante uma reunião em um hotel de Londres, várias semanas antes, com os russos Andrei Lugovoi e Dmitry Kovtun. Moscou se recusou a extraditá-los. Em 2017, os Estados Unidos colocaram ambos na lista negra sob o Magnitsky Act. O Jornal O GLOBO no dia 09 de março de 2015 publicou uma matéria falando sobre o absurdo e o descaso de Vladimir Putin com a opinião internacional. Ele manda matar e ainda condecora os assassinos. É chocante o que este canalha faz. Realmente existe a necessidade de um inferno eterno, porque nesta vida nem em mil encarnações
  • 32. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 32 ] daria para Putin ser punido pelos seus crimes nesta vida. Eis o teor da matéria: Putin condecora suspeito de matar ex-espião e líder checheno ligado a assassino de opositor. Presidente russo entrega medalhas de honra a figuras ligadas a escândalos não esclarecidos. Ramzan Kadyrov comanda a Chechênia desde 2007 Foto: RIA Novosti / Said Tzarnaev / Reuters MOSCOU - O presidente russo, Vladimir Putin, condecorou nesta segunda-feira uma série de personalidades políticas do país, entre eles o líder checheno, Ramzan Kadyrov, e o parlamentar Andrei Lugovoi. O primeiro é conhecido por suas políticas
  • 33. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 33 ] agressivas na região e pela proximidade com o assassino confesso do opositor Boris Nemtsov. O segundo é ex- espião, parlamentar e um dos acusados do envenenamento que matou o ex-agente da KGB Alexander Litvinenko em 2006. Kadyrov recebeu a Ordem de Honra russa, mérito dado ao conjunto de reconhecimentos na vida pública. Desde 2007 no cargo, o líder checheno afirmou que conhecia bem Zaur Dadayev, que confessou participar da execução de Nemtsov. Ele afirmou que o assassino era um devoto ao país, mas que acreditava que o jovem se radicalizou após o atentado ao “Charlie Hebdo”, em janeiro. O checheno também é conhecido pelas violações de direitos humanos em violência contra manifestantes. Muçulmano, ele aumentou a imposição de leis islâmicas no país, como obrigar até o usar de cobertura na cabeça por mulheres. No entanto, é forte aliado do Kremlin e ajudou a combater células extremistas na região. Putin, por sua vez, deu uma medalha de serviços prestados ao país a Lugovoi. A condecoração foi dada ao ex-agente da KGB por conta de sua carreira política no
  • 34. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 34 ] país, onde virou parlamentar pelo partido nacionalista de direita Liberal Democrata. Ao lado de outro ex-espião, Lugovoi é acusado de ter matado com uma dose fatal de polônio o ex-agente Alexander Litvinenko, que morreu em Londres semanas após um encontro com a dupla. Ele, no entanto, tem pedidos de extradição ao Reino Unido sempre negados por Moscou. O caso está em fase de inquérito. O Kremlin não comentou a polêmica provocada pelas duas condecorações. [15] Como vemos Putin manda matar e ainda condecora com medalha de HONRA aos assassinos. Putin não é gente, é demônio encarnado!!! Natália Estemirova 16 de julho de 2009: O corpo da renomada ativista de direitos humanos, com ferimentos de bala na cabeça e no peito, é encontrado na Inguchétia, horas após seu sequestro, perto de sua casa na capital da Chechênia, Grozny.
  • 35. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 35 ] Natalya Estemirova vinha investigando centenas de suspeitas de abusos de direitos na Chechênia, incluindo sequestro e assassinato. O grupo de direitos para o qual ela trabalhava, Memorial, disse que a investigação inicial apontou para o possível envolvimento de policiais locais. O chefe do Memorial, Oleg Orlov, foi posteriormente processado por difamação após acusar o líder checheno apoiado pelo Kremlin, Ramzan Kadyrov, de orquestrar o assassinato de Estemirova, mas ele acabou sendo absolvido. Serguei Magnitsky 16 de novembro de 2009: O advogado denunciante que implicou autoridades russas em uma suposta fraude
  • 36. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 36 ] fiscal de US$ 230 milhões morre um ano após ser preso por acusações semelhantes. Sergei Magnitsky sofria de pancreatite e teve atendimento médico negado em prisão preventiva, condições que ativistas de direitos humanos disseram ser equivalentes a tortura. De acordo com o próprio conselho de direitos humanos do Kremlin, ele foi espancado violentamente antes de morrer. Em 2012, os Estados Unidos adotaram o Magnitsky Act, que tem como alvo russos implicados em abusos de direitos com proibições de visto e congelamento de ativos, e outros países ocidentais seguiram o exemplo. Em julho de 2013, um tribunal russo considerou Magnitsky culpado de sonegação fiscal em um julgamento póstumo sem precedentes.
  • 37. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 37 ] [Se o judiciário do Brasil está virando uma piada, na Rússia o negócio não é para amadores. Processaram e condenaram um morto...] Boris Nemtsov 27 de fevereiro de 2015: O ex-governador regional reformista e vice-primeiro-ministro, que era uma estrela política em ascensão na década de 1990, mas se tornou um dos maiores oponentes de Putin, é morto a tiros em um assassinato cometido por gangues em uma ponte perto do Kremlin, aos 55 anos. Não dominarás com tirania, mas terás o temor do teu Deus. Levítico 25.43 [Putin está em pecado e será punido por Deus.] Um legislador liberal no início da presidência de Putin, Nemtsov ajudou a liderar protestos contra eleições parlamentares empatadas e o retorno de Putin à presidência em 2012. Ele se opôs firmemente à agressão
  • 38. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 38 ] da Rússia contra a Ucrânia em 2014, chamando-a de "desprezível", "insolente" e "prejudicial para a Rússia". Na época de seu assassinato, ele e seus associados estavam trabalhando em um relatório detalhando evidências da extensão da interferência de Moscou no país vizinho. [2] Boris Berezovsky
  • 39. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 39 ] Em 2013, Boris Berezovsky foi encontrado aparentemente enforcado no banheiro de sua casa em Ascot. Berezovsky era um ex-membro do Kremlin que se tornou crítico vocal do governo de Putin e que se exilou autoimposto no Reino Unido no início dos anos 2000. Investigações e inquéritos públicos sobre a morte não estabeleceram conclusivamente nada além da causa oficialmente determinada do suicídio. Muitos dos associados de Berezovsky também morreram em circunstâncias misteriosas, incluindo Badri Patarkatsishvili, um oligarca georgiano e parceiro de negócios, e Nikolai Glushkov e o fundador da petrolífera Yukos, Yuri Golubev, que foram encontrados mortos em Londres. [3]
  • 40. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 40 ] [Os agentes secretos de Putin trabalham em todo o mundo para que este ser abjeto chamado Putin possam se vingar dos seus críticos. Ele mata na Rússia, mas também em qualquer país do mundo. Foi isso que ele aprendeu a fazer nos seus anos de KGB.] MIKHAIL LESIN Outro ex-membro do Kremlin, Mikhail Lesin, que fundou a rede de televisão em inglês RT, antiga Russia Today, foi encontrado morto em um quarto de hotel em Washington DC em 2015, onde havia sido convidado para participar de um jantar de arrecadação de fundos. Antes um jogador poderoso na ascensão de Putin ao poder, Lesin foi surpreendentemente demitido de sua posição no influente aparato de mídia do Kremlin. Após uma longa investigação, uma autópsia nos EUA concluiu que ele morreu como resultado de "ferimentos contundentes" e não de um ataque cardíaco, como a mídia estatal russa havia relatado. [4]
  • 41. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 41 ] [Como se vê, esta serpente chamada Putin mata seus inimigos em qualquer país do mundo, e muitas vezes os legistas tem dificuldade de afirmar a causa morte porque os agentes secretos de Putin tem métodos para ocultar a causa da morte.] KIRILL STREMOUSOV Um mistério que provavelmente permanecerá sem solução para sempre é a morte de Kirill Stremousov, vice- governador da província de Kherson, na Ucrânia, nomeado pela Rússia, que, segundo autoridades russas, morreu em um acidente de carro no dia em que as forças ucranianas libertaram a cidade de Kherson, no outono de 2022.
  • 42. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 42 ] Stremousov, um dos mais proeminentes proponentes da ocupação russa, conhecido por suas declarações agressivas nas mídias sociais, sugeriu publicamente em um de seus vídeos diários que o ministro da defesa da Rússia, Sergei Shoigu, um amigo próximo de Putin, deveria se matar. Sua morte obscura foi rapidamente atribuída por alguns aos serviços de segurança russos, que precisavam se livrar de um falastrão inconveniente que não era mais útil para as autoridades. [4] Badri Patarkatsishvili
  • 43. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 43 ] Bilionário georgiano e oponente de Putin recentemente exilado em Londres morreu ou foi assassinado? Tom Parfitt no dia 15 de fevereiro de 2008 publicou no The Guardian este artigo: O bilionário georgiano Arkadi "Badri" Patarkatsishvili, que morreu, aparentemente de um ataque cardíaco aos 52 anos, era um daquela escola de magnatas que enriqueceu por meio de coragem e oportunismo na esteira da dissolução da União Soviética. Quando morreu, ele era considerado um patrimônio de £ 6 bilhões. Patarkatsishvili foi, de fato, um dos verdadeiros oligarcas de sua época, combinando prestidigitação empresarial com influência política. Ele também foi um associado próximo de Boris Berezovsky, o antigo matemático que se tornou o cardeal cinza no Kremlin durante a década de 1990. Uma figura extravagante com um distinto bigode branco, Patarkatsishvili construiu um império empresarial que em vários momentos incluiu participações na concessionária de automóveis LogoVAZ, no influente jornal russo Kommersant e na empresa petrolífera Sibneft, mais
  • 44. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 44 ] tarde controlada por Roman Abramovich, o proprietário do clube de futebol Chelsea. Forçado a fugir da Rússia em 2001 sob ameaça de processo por fraude e então expulso de sua Geórgia natal no ano passado, Patarkatsishvili se juntou ao crescente grupo de exilados ricos em Londres. De lá, ele atirou em seus algozes em Moscou e Tbilisi, a capital georgiana. Sua luta se tornou abertamente política em 2006, quando ele se voltou contra seu antigo aliado, o presidente georgiano Mikhail Saakashvili, acusando-o de liderar uma marcha em direção à corrupção. Três anos antes, enquanto o advogado formado nos EUA se preparava para tomar a presidência, Patarkatsishvili se posicionou como um apoiador. Agora, acusações de conspirações de assassinato e golpe começaram a voar entre os dois lados, enquanto Patarkatsishvili começou a financiar a oposição política a Saakashvili e então concorreu contra ele, sem entrar no país, para a presidência. "Geórgia sem Saakashvili", ele proclamou, "é uma Geórgia sem terror". Em 5 de janeiro de 2008, ele obteve 7% dos votos. Saakashvili obteve 52%.
  • 45. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 45 ] Dois meses antes de sua morte, Patarkatsishvili entregou aos jornais uma gravação que ele havia obtido, na qual um oficial georgiano e um senhor da guerra checheno supostamente discutiam seu assassinato, junto com seu séquito de guarda-costas. Ele estava convencido de que os aliados de Saakashvili tentariam matá-lo. Apesar dos testes iniciais post-mortem, que indicam que ele morreu de causas naturais, suspeitas de crime provavelmente persistirão. As autoridades georgianas responderam que a alegação de assassinato foi uma "provocação" e divulgaram anteriormente sua própria fita cassete na qual Patarkatsishvili estaria conspirando para derrubar o governo. [9] [Acredita-se que Putin de alguma forma esta por trás da morte dele. O serviço secreto Russo deve ter mecanismos de esconde substancias que matam sem deixar rastro. Qualquer pessoa que represente perigo para Putin e seus propósitos, ele não tem receio de eliminar. Putin tem suas ambições na Georgia.] Yekaterina Dunsova
  • 46. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 46 ] Yekaterina Duntsova impedida de concorrer contra Putin nas eleições. Isto para ela foi um livramento, porque assim Putin não precisou usar de outras ferramentas cruéis como a prisão ou que ele fizesse-a morrer de “um acidente”, ou “enfarto”. Mark Trevelyan em 23 de dezembro de 2023 publicou o seguinte texto na agência Reuters: Resumo Comissão eleitoral encontra falhas em documentos de registro. Campanha de Duntsova torpedeada após menos de 72 horas. Putin não enfrenta oposição real na tentativa de novo mandato de seis anos. LONDRES, 23 de dezembro (Reuters) - A ex- jornalista de TV Yekaterina Duntsova foi desqualificada no sábado como candidata para a próxima eleição presidencial da Rússia, impedindo-a de concorrer contra Vladimir Putin com uma plataforma de oposição à guerra na Ucrânia.
  • 47. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 47 ] Membros da comissão eleitoral central votaram por unanimidade para rejeitar sua candidatura, citando "inúmeras violações" nos documentos que ela havia apresentado em apoio à sua candidatura. Os críticos de Putin disseram que a decisão mostrou que ninguém com visões de oposição genuínas teria permissão para concorrer contra ele em março na primeira eleição presidencial desde o início da guerra de 22 meses. Eles veem isso como um processo falso com apenas um resultado possível. O Kremlin diz que Putin vencerá porque ele conta com apoio genuíno da sociedade, com índices de aprovação em torno de 80% nas pesquisas de opinião. Duntsova, 40, disse no Telegram que contestaria a decisão na Suprema Corte, chamando-a de injustificada e antidemocrática. "Com essa decisão política, estamos privados da oportunidade de ter nosso próprio representante e expressar opiniões que diferem do discurso agressivo oficial", disse ela. Em um desenvolvimento separado, agências de notícias russas disseram que Boris Nadezhdin, um político
  • 48. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 48 ] da oposição que tem criticado Putin e a guerra, foi apresentado como candidato no sábado pelo partido de centro-direita Civic Initiative. Eles disseram que ele planejava se registrar na comissão eleitoral em 25 de dezembro. 'TUDO À SUA FRENTE' A chefe da comissão eleitoral, Ella Pamfilova, ofereceu palavras de consolo a Duntsova após sua rejeição. "Você é uma mulher jovem, tem tudo pela frente. Qualquer menos sempre pode ser transformado em um mais. Qualquer experiência ainda é uma experiência", disse Pamfilova. Capturas de tela postadas por um canal de Telegram representando Duntsova mostraram documentos com assinaturas que, segundo a comissão, foram destacadas como inadmissíveis. Duntsova apelou ao veterano político liberal Grigory Yavlinsky para deixá-la concorrer como representante de seu partido Yabloko em vez de como candidata independente, o que lhe permitiria enviar uma nova candidatura.
  • 49. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 49 ] Mas Yavlinsky disse em uma entrevista em um canal do YouTube que Yabloko não estava planejando apresentar um candidato e não apoiaria Duntsova "porque não a conhecemos". Yekaterina Duntsova, uma ex-jornalista regional que planeja concorrer à presidência russa nas eleições de março de 2024, fala com jornalistas após se reunir com autoridades da Comissão Eleitoral Central para entregar documentos em um escritório em Moscou, Rússia, em 20 de dezembro de 2023. REUTERS/Maxim Shemetov/Foto de arquivo Quando Duntsova disse no mês passado que queria concorrer, os comentaristas a descreveram como
  • 50. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 50 ] louca, corajosa ou parte de um plano do Kremlin para criar a aparência de competição. "Qualquer pessoa sã que tomasse essa atitude ficaria com medo, mas o medo não deve vencer", disse ela à Reuters em uma entrevista em novembro, na qual pediu a libertação de presos políticos e disse que os russos estavam "muito cansados" do conflito na Ucrânia. [10] Boris Nadezhdin Paulo Kirby no dia 08 de fevereiro de 2024 publicou na BBC este artigo abaixo. Boris Nadezhdin foi mais um eliminado do sistema eleitoral, na qual Putin usa o sistema judiciário para excluir candidatos a presidente que possam tomar-lhe o poder. O mesmo que a esquerda tem feito no Brasil com Bolsonaro e o que Maduro tem feito com seus oponentes. Boris Nadezhdin: "As pessoas querem um futuro normal".
  • 51. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 51 ] A comissão eleitoral da Rússia rejeitou o candidato anti-guerra Boris Nadezhdin como candidato na eleição presidencial do mês que vem. O Sr. Nadezhdin tem sido relativamente crítico em relação à guerra em larga escala de Vladimir Putin na Ucrânia, quando poucas vozes dissidentes eram toleradas na Rússia. As autoridades eleitorais alegaram que mais de 15% das assinaturas que ele enviou com sua candidatura estavam erradas. Ele tentou contestar isso, mas a comissão rejeitou sua proposta. Recusando-se a desistir, o Sr. Nadezhdin, 60 anos, disse nas redes sociais que contestaria a decisão na Suprema Corte da Rússia. A Comissão Eleitoral Central disse que das 105.000 assinaturas submetidas pelo Sr. Nadezhdin, mais de 9.000 eram inválidas. Eles citaram uma variedade de violações. Isso deixou 95.587 nomes, o que significa que ele ficou um pouco aquém das 100.000 assinaturas
  • 52. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 52 ] necessárias para se registrar como candidato, disse o membro da comissão Andrei Shutov. O Sr. Nadezhdin disse à BBC que algumas decisões na política russa infelizmente "não se devem à lei", mas disse que já havia atraído o apoio de "dezenas de milhões de pessoas que não querem que a Rússia siga esse caminho de autoritarismo e militarismo". "A decisão foi tomada", declarou a presidente da comissão, Ella Pamfilova. "Se Nadezhdin quiser, ele pode ir ao tribunal", disse ela, citada pela agência de notícias Tass. A eleição presidencial da Rússia deve ocorrer de 15 a 17 de março, embora o resultado não esteja em dúvida, pois apenas candidatos considerados aceitáveis pelo Kremlin estão concorrendo. A decisão final sobre quem pode participar será tomada no sábado, mas a presidente da comissão eleitoral disse que já estava claro que haveria quatro candidatos na cédula. Além de Vladimir Putin, eles incluem o líder nacionalista Leonid Slutsky, o vice-presidente do parlamento Vladislav Davankov e o comunista Nikolai
  • 53. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 53 ] Kharitonov. Todos os seus partidos apoiaram amplamente as políticas do Kremlin e nenhum do trio é visto como um desafiante genuíno. Ella Pamfilova, chefe da Comissão Eleitoral Central, disse que agora está claro que Putin enfrentará três outros candidatos. "Concorrer à presidência em 2024 é a decisão política mais importante da minha vida. Não estou recuando das minhas intenções", escreveu o Sr. Nadezhdin no Telegram. "Coletei mais de 200.000 assinaturas em toda a Rússia. Conduzimos a coleta de forma aberta e honesta." Boris Nadezhdin é um improvável candidato de mobilização para a oposição sitiada da Rússia. Um ex-MP, ele agora é um vereador da área de Dolgoprudny, a noroeste de Moscou. Ele se tornou um dos poucos críticos do governo cujas vozes foram ouvidas em talk shows na TV estatal russa desde a invasão em grande escala da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. Ele apareceu como um tipo de "bode expiatório" antiguerra que outros convidados usariam como alvo para críticas.
  • 54. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 54 ] Na década de 1990, ele trabalhou como conselheiro do crítico de Putin, Boris Nemtsov, que foi assassinado a poucos metros do Kremlin em 2015. Mas ele também tem laços com Sergei Kiriyenko, um importante supervisor político de Putin. Embora a candidatura de Nadezhdin à presidência tenha sido vista inicialmente com suspeita por algumas figuras da oposição, o principal líder da oposição russa, Alexei Navalny, deu seu apoio à campanha de Nadezhdin de sua cela na prisão dentro do Círculo Polar Ártico, assim como o ex-magnata empresarial exilado Mikhail Khodorkovsky. Ele disse na quinta-feira que estava em segundo lugar nas pesquisas, atrás do presidente Putin, que está concorrendo a um inevitável quinto mandato.
  • 55. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 55 ] Russos fazem fila em São Petersburgo para assinar seu apoio a Boris Nadezhdin no final de janeiro. A cientista política exilada Yekaterina Shulman, assim como outros comentaristas, disse que inicialmente ele foi ignorado por ser pouco carismático e, portanto, inofensivo, até que os russos começaram a fazer fila para registrar seu apoio à sua candidatura. "Todo mundo viu as filas para Nadezhdin na neve, mas ninguém viu filas para o presidente", disse ela ao site Vazhnye istorii, sediado na Letônia. Opositores do Kremlin têm sido frequentemente excluídos de eleições por supostas infrações técnicas.
  • 56. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 56 ] O próprio Alexei Navalny foi impedido de concorrer na eleição presidencial de 2018 por causa de uma condenação por peculato amplamente condenada como politicamente motivada. O ativista anticorrupção agora está cumprindo uma longa pena de prisão por extremismo, o que também é amplamente visto como um meio de silenciá-lo. O Sr. Nadezhdin apareceu na BBC no mês passado prometendo acabar com a guerra na Ucrânia em seu primeiro dia como presidente, embora tenha sido realista sobre suas chances de sucesso. "Minha primeira tarefa será acabar com o conflito com a Ucrânia e depois restaurar as relações normais entre a Rússia e a comunidade ocidental." Ele não é o primeiro candidato presidencial a concorrer em uma plataforma anti-guerra. Em dezembro, a ex-jornalista de TV e política independente Yekaterina Duntsova foi impedida de concorrer porque a comissão eleitoral disse que havia erros em seu formulário de inscrição. O Sr. Nadezhdin disse que havia explorado uma onda de sentimento antiguerra na Rússia, encontrando
  • 57. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 57 ] esposas de reservistas que querem que seus maridos retornem da guerra. Sua campanha começou lentamente e foi somente nas últimas semanas que os russos começaram a registrar seu apoio em grande número. Seu sucesso crescente também atraiu a condenação de propagandistas pró-Kremlin, como Vladimir Solovyov, que sugeriram que ele poderia ser um fantoche dos "nazistas ucranianos". [11] Mikhail Kasyanov O Noticiário abc27 publicou em 24 de novembro de 2023 em que o ex-primeiro-ministro de Putin, MIKHAIL KASYANOV, e mais tarde seu oponente foi adicionado à lista de "agentes estrangeiros" da Rússia. Kasyanov fugiu da Russia devido a perseguição política. Fato que tem ocorrido em muitos países do mundo como aqui no Brasil. Muitos da Direita Conservadora foram presos ou se autoexilaram com receio do STF e o rei Xandão I [Ministro Alexandre de Moraes].
  • 58. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 58 ] Este é um artigo arquivado e as informações no artigo podem estar desatualizadas. Por favor, olhe o carimbo de data/hora na história para ver quando foi a última atualização. MOSCOU (AP) — O Ministério da Justiça da Rússia adicionou na sexta-feira Mikhail Kasyanov, que foi o primeiro primeiro-ministro do presidente Vladimir Putin, mas depois se tornou um de seus oponentes, ao seu registro de “agentes estrangeiros”. A lei russa permite que figuras e organizações que recebem dinheiro ou apoio de fora do país sejam designadas como agentes estrangeiros, um termo cujas conotações pejorativas podem minar a credibilidade do designado. "Quando os maus ganham o poder, as pessoas se escondem; mas quando eles desaparecem, os justos aparecem de todo lado". Provérbios 28:15-28 [Chegará a hora dos russos, ucranianos e o mundo festejar o fim de Putin] A lei, que tem sido amplamente usada contra figuras da oposição e meios de comunicação independentes, também exige que o material publicado por
  • 59. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 59 ] um representante contenha um aviso de isenção de responsabilidade afirmando que ele vem de um agente estrangeiro. O site do ministério diz que Kasyanov “participou da criação e disseminação de mensagens e materiais de agentes estrangeiros para um círculo ilimitado de pessoas, disseminou informações falsas sobre as decisões tomadas pelas autoridades públicas da Federação Russa e as políticas seguidas por elas” e “se opôs à operação militar especial na Ucrânia”. Kasyanov se tornou primeiro-ministro em 2000, depois que Putin foi eleito para a presidência e serviu até 2004, quando foi demitido. Ele foi o principal responsável pelas reformas econômicas, incluindo a adoção pela Rússia de um imposto de renda fixo. Ele se tornou uma figura proeminente da oposição depois de deixar o cargo e tentou concorrer à presidência em 2008, mas sua candidatura foi rejeitada pela comissão eleitoral nacional. Kasyanov mais tarde desapareceu de vista conforme a oposição da Rússia enfraquecia sob prisões e repressões. Depois que Putin enviou tropas para a Ucrânia
  • 60. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 60 ] em fevereiro de 2022, Kasyanov deixou o país e foi relatado que estava na Letônia. [12] Ilya Yashin No dia 5 de agosto de 2024 Eva Hartog e Nette Nöstlinger publicaram uma matéria dando conta do tramite da deportação de Ilya Yashin, opositor de Putin que foi deportado para a Alemanha. Outro que Putin eliminou da oposição na Russia, sem precisar mata-lo. Putin quer ser monarca da Russia até sua morte, e para ele é impensável viver sem dominar o seu povo. O que ele queria mesmo era ser o rei do mundo, o Jesus Cristo da Terra..
  • 61. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 61 ] Dissidente libertado diz que Putin usou troca de prisioneiros para exilá-lo sem consentimento. Ilya Yashin diz que quer voltar para a Rússia, mas argumenta que o Kremlin pressionou a Alemanha para garantir garantias de que ele nunca retornaria. Um dos mais proeminentes dissidentes russos libertados em uma histórica troca de prisioneiros na semana passada está argumentando que Moscou o exilou sem seu consentimento e exerceu pressão diplomática para tentar garantir garantias de que ele nunca retornaria. A alegação de Ilya Yashin vem junto com as reclamações de vários outros prisioneiros libertados de que eles foram removidos da Rússia sem seu conhecimento — levantando a possibilidade de que o presidente russo Vladimir Putin usou a troca como uma oportunidade conveniente para se livrar de alguns de seus críticos mais persistentes. Yashin fez parte da maior troca de prisões desde a Guerra Fria, na qual o Kremlin recebeu em casa um assassino, vários espiões e outros russos presos em toda a Europa, em troca da libertação de oito cidadãos
  • 62. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 62 ] estrangeiros ou com dupla nacionalidade e oito dissidentes russos. Embora a troca esteja sendo saudada como um grande golpe em Washington — em parte por garantir a libertação do repórter Evan Gershkovich e do ex-fuzileiro naval Paul Whelan — ela deixou um gosto mais agridoce entre os dissidentes libertados. Yashin insistiu categoricamente que foi levado de avião contra sua vontade. Em uma entrevista coletiva na sexta-feira, Yashin leu uma declaração que ele disse ter entregue às autoridades prisionais antes da troca, afirmando: "Como
  • 63. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 63 ] cidadão russo, confirmo que não dou permissão para ser enviado para fora da Rússia". No domingo, ele continuou dizendo que o Kremlin também havia pressionado a Alemanha para obter algum tipo de garantia de que ele nunca retornaria ao solo russo. “É claro que os alemães não poderiam dar essa garantia”, disse Yashin em uma transmissão ao vivo no YouTube. “Sou uma pessoa livre e posso voar a qualquer momento para onde eu quiser.” Frustrado por ser trocado Yashin, que, após a morte do falecido Alexei Navalny, estava entre os maiores críticos do Kremlin que permaneceram na Rússia, estava cumprindo uma sentença de oito anos e meio por denunciar os crimes de guerra de Moscou na Ucrânia. Tanto antes de sua prisão quanto depois, ele havia expressado seu compromisso de permanecer na Rússia como parte de sua batalha contra o regime de Putin, insistindo que era seu direito de nascença permanecer em seu país de origem — mesmo que isso significasse ficar em uma cela.
  • 64. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 64 ] Desde que chegou à Alemanha, Yashin não escondeu sua frustração por ter sido incluído na troca no lugar de outros que ainda definham em prisões russas e sofrem de graves problemas de saúde, como o político de Moscou Alexei Gorinov, que tem uma doença pulmonar crônica. Em sua transmissão no YouTube, Yashin disse que foi uma iniciativa alemã incluí-lo na lista de pessoas que queriam ser liberadas para dar peso adicional ao acordo. Ilya Yashin fez parte da maior troca de prisões desde a Guerra Fria, que viu o Kremlin receber em casa um assassino, vários espiões e outros russos presos em toda a Europa. O lado russo, disse ele, respondeu “com grande entusiasmo e pediu garantias de que depois de chegar à Alemanha eu não voaria de volta”. Ele não especificou a fonte da informação. Um porta-voz do governo alemão se recusou a comentar na segunda-feira quando questionado pelo POLITICO se a Rússia havia pedido garantias para impedir
  • 65. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 65 ] que políticos da oposição libertados retornassem a Moscou. As autoridades alemãs, e especificamente o chanceler alemão Olaf Scholz, enfrentaram pressão em casa por liberar Vadim Krasikov, como parte essencial do acordo. Krasikov é um agente do FSB que estava cumprindo pena perpétua por assassinato na Alemanha e, como o Kremlin admitiu na semana passada, tem ligações com Putin. Mas Scholz defendeu sua decisão, dizendo que ela foi “ponderada em relação à liberdade e ao perigo à vida e à integridade física de pessoas inocentes presas na Rússia e daquelas injustamente presas por razões políticas”. Esse sentimento foi ecoado por Vladimir Kara- Murza, um conhecido crítico do Kremlin que estava entre os libertados em meio a graves preocupações com sua saúde, e que disse que o comércio "salvou 16 vidas". Se for verdade, as palavras de Yashin sugerem que, com a troca, Moscou estava buscando mais do que apenas a libertação de seu assassino favorito. Ao enviar para o exterior alguns de seus críticos mais veementes, o Kremlin se livrou de uma dor de cabeça,
  • 66. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 66 ] com os dissidentes usando suas prisões como munição política e seus apoiadores chamando atenção constante para sua situação, ao mesmo tempo em que buscavam enfraquecer a oposição. Pelo menos quatro dos oito que foram libertados — incluindo figuras da oposição Kara-Murza e o ativista Andrei Pivovarov, a ex-funcionária da Navalny Ksenia Fadeyeva e o historiador Oleg Orlov — disseram que foram retirados de suas celas e levados para a Alemanha sem sua aprovação. Vários também disseram que as autoridades russas guardaram seus documentos de viagem ao exterior, presumivelmente para dificultar sua reentrada legal na Rússia. “Eu quero ir para casa” Até agora, porém, Yashin foi o único político a dizer abertamente que quer retornar à Rússia. É uma crença amplamente difundida nos círculos políticos russos que travar uma batalha política contra o Kremlin a partir do exílio é uma causa perdida. “Tomei uma decisão consciente de não deixar a Rússia em 2021 e não fugi quando um processo criminal
  • 67. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 67 ] foi aberto contra mim e a investigação estava em andamento”, escreveu Fadeyeva, ex-coordenadora regional de Navalny em Tomsk, na Sibéria, que cumpria uma pena de nove anos por “extremismo” , no Telegram no domingo, em seus primeiros comentários públicos desde a troca. Até agora, Ilya Yashin foi o único político a dizer abertamente que quer retornar à Rússia. Em vez de realizar prisões em massa, como nos tempos stalinistas, as autoridades russas pressionam os críticos a deixar o país e os encorajam a permanecer lá; por exemplo, iniciando processos criminais contra eles. Foi o que aconteceu também com Navalny que, após se recuperar com sucesso de um ataque de veneno na Alemanha, foi avisado que seria preso se voasse de volta para Moscou, mas mesmo assim o fez em 2021. "Quem pode tirar o despojo das mãos de um guerreiro? Quem pode exigir que um tirano liberte seus prisioneiros?" "Mas Javé diz: “Os cativos dos guerreiros serão libertos, e o despojo dos tiranos será retomado”" Isaías 49:24-25
  • 68. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 68 ] Autoridades dos EUA confirmaram na semana passada relatos de que o nome de Navalny havia sido incluído nas negociações iniciais sobre a troca de prisão. Mas, de acordo com relatos da mídia e da equipe de Navalny, logo após Putin concordar informalmente com sua libertação, ele foi transferido para uma colônia penal distante ao norte do Círculo Polar Ártico, onde morreu misteriosamente várias semanas depois. Na coletiva de imprensa de sexta-feira, Yashin disse que foi informado antes da troca por um agente russo do FSB que, se ele retornasse à Rússia, teria um destino semelhante ao de Navalny. Ele também disse que autoridades russas deixaram claro que tal medida arruinaria as chances de outros russos serem incluídos em uma possível troca futura. “Lutei até o último dia pelo meu direito de permanecer na Rússia”, disse Yashin visivelmente emocionado durante a coletiva de imprensa. “Acima de tudo, quero ir para casa.” [12]
  • 69. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 69 ] Vladimir Kara-Murza Pedro Pizano é um advogado internacional que atualmente trabalha como diretor assistente do Instituto McCain na Universidade Estadual do Arizona e em abril de 2024 publicou no JORNAL DA DEMOCRACIA um excelente artigo falando da atitude heroica de Vladimir Kara-Murza a qual transcrevo aqui. Fica o meu repúdio total ao demoníaco Putin: Por que Vladimir Kara-Murza desistiu de sua liberdade. O jornalista dissidente e ativista russo sabia que se voltasse para a Rússia seria preso ou pior. Mas ele foi atormentado por uma questão que o compeliu a ir. O dia anterior ao retorno do jornalista dissidente e ativista Vladimir Kara-Murza à Rússia, seus amigos imploraram para que ele não embarcasse. Afinal, ele era residente permanente legal dos Estados Unidos há dez anos, tinha passaporte britânico e tinha três filhos nascidos nos Estados Unidos. E ele sabia dos riscos que enfrentava: ele havia sido envenenado em Moscou pelo regime de Vladimir Putin não uma, mas duas vezes. Na segunda vez,
  • 70. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 70 ] seus órgãos falharam e ele teve que ser induzido a um coma de uma semana. Mas Kara-Murza retornou à Rússia mesmo assim. Ele foi atormentado por uma questão que compartilhou com seus amigos logo antes de partir para o aeroporto: "Como posso pedir aos meus companheiros russos para enfrentar Putin se estou com muito medo de fazer isso sozinho?" Dois anos atrás, em 11 de abril de 2022, as autoridades russas o prenderam. Esta é a história de Vladimir Kara-Murza, o “príncipe negro” — Kara-Murza significa “príncipe negro” em tártaro — da liberdade russa, agora cumprindo a pena mais longa por falar a verdade sobre a Rússia de Putin: 25 anos no IK-7, um gulag de Segezhlag. As palavras de Kara-Murza foram seus únicos crimes. Em 15 de março de 2022, o Instituto McCain e o Conselho de Relações Exteriores de Phoenix convidaram Kara-Murza para falar no Arizona. Enquanto estava lá, ele se dirigiu à Câmara dos Representantes do Arizona, onde disse : “O mundo inteiro vê o que o regime de Putin está
  • 71. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 71 ] fazendo com a Ucrânia. As bombas de fragmentação em áreas residenciais, os bombardeios de maternidades, hospitais e escolas, e os crimes de guerra. Esses são crimes de guerra que estão sendo cometidos pelo regime ditatorial no Kremlin contra uma nação no meio da Europa.” Por esse discurso, ele foi indiciado na Rússia sob a acusação de “disseminação de informações conscientemente falsas sobre as Forças Armadas Russas”, o que acarreta uma pena de dez a quinze anos. A acusação alegou que “Kara-Murza... distribuiu, sob o disfarce de relatórios confiáveis, informações deliberadamente falsas”, que incluíam dados sobre o bombardeio militar russo de áreas residenciais e instalações de infraestrutura social (casas de maternidade, hospitais e escolas) e sobre o uso de “meios e métodos de guerra proibidos durante uma operação militar especial na Ucrânia”. Assim, Kara-Murza causou “dano substancial aos interesses da Federação Russa”, acusou a acusação. Insatisfeitos, os promotores russos recorreram a um discurso feito por Kara-Murza em Lisboa em 8 de outubro de 2021, onde ele pediu à comunidade das democracias ocidentais que negasse o reconhecimento a
  • 72. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 72 ] Putin caso ele usasse um conjunto de emendas constitucionais ilegalmente promulgadas em 2020 para permanecer no poder além de seu atual e último mandato presidencial. Para selar hermeticamente seu caso de “alta traição” sob o Código Penal Russo, os promotores adicionaram um discurso que ele fez em 29 de outubro de 2021 na Cerimônia do Prêmio Sakharov Freedom do Comitê Norueguês de Helsinque em Oslo. Lá, Kara-Murza disse: “A Rússia não é um lugar onde os direitos humanos reinam... Há mais prisioneiros políticos na Rússia hoje do que no fim da União Soviética... um lembrete gritante do grave erro que o governo democrático de curta duração da Rússia cometeu na década de 1990 por sua incapacidade — ou sua falta de vontade — de chegar a um acordo total com o passado soviético.” E, finalmente, a acusação incluiu um discurso de 29 de março de 2022 na audiência da Comissão de Helsinque em Washington, DC, onde Kara-Murza observou: “A maioria dos russos, por mais alucinante que pareça, nem sequer está ciente dos horrendos crimes de guerra cometidos por Putin na Ucrânia. Aqueles que se
  • 73. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 73 ] manifestam contra esta guerra são passíveis de processo criminal. Então, aqueles que simplesmente chamam isso de guerra, recebem até quinze anos de prisão, de acordo com uma nova lei aprovada com entusiasmo por um chamado Parlamento, e igualmente assinada com entusiasmo por Putin na segunda-feira.” Por esses quatro discursos e por pertencer a uma “organização indesejável”, a Free Russia Foundation, Kara-Murza foi acusado e considerado culpado de “alta traição” e “espalhar informações ‘falsas’”. Ele esperava uma pena severa. Kara-Murza recebeu uma sentença de 25 anos. Por que um julgamento tão severo para um punhado de discursos? Putin pode ter sido motivado por vingança. Em 2012, Kara-Murza ajudou a aprovar o US Global Magnitsky Act. O regime de sanções direcionadas, sem dúvida o mais eficaz do mundo, primeiro autorizou sanções dos EUA contra autoridades russas envolvidas na detenção e morte do consultor fiscal russo Sergei Magnitsky, e posteriormente tornou os comparsas de Putin alvos frequentes. Em uma ironia cruel — como escrevi em outro lugar — os promotores de Kara-Murza estavam entre
  • 74. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 74 ] aqueles que ele uma vez ajudou a colocar na lista de indivíduos sancionados do Magnitsky Act. Kara-Murza levou sua coragem de volta à Rússia por uma causa maior. Ele nos mostra, se quisermos olhar, o que aqueles de nós que têm a sorte de nascer entre a pequena parcela de pessoas que desfrutam de liberdade, riqueza suficiente e oportunidade tomam como garantido. Se uma democracia liberal está funcionando como deveria, seus cidadãos podem perseguir seus próprios fins em vez de labutar para garantir suas liberdades. Mas, ocasionalmente, em tempos mais sombrios, alguém como Nelson Mandela, Leopoldo López, Martin Luther King Jr. ou Vladimir Kara-Murza ousará ser preso por suas crenças. Ao fazer isso, ele vive não apenas de acordo com a verdade de suas convicções — mas também experimenta um tipo fundamental de liberdade. Ninguém disse isso melhor do que Nadezhda Tolokonnikova, do Pussy Riot, durante as declarações finais de seu julgamento: Em geral, as três integrantes do Pussy Riot não são as que estão sendo julgadas aqui. Se estivéssemos, este evento dificilmente seria tão significativo. Este é um
  • 75. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 75 ] julgamento de todo o sistema político da Federação Russa... Apesar do fato de estarmos fisicamente aqui, somos mais livres do que todos sentados à nossa frente no lado da acusação. Podemos dizer o que quisermos e dizemos tudo o que quisermos... Então, abram todas as portas, arranquem suas dragonas; venham saborear a liberdade conosco. Essas palavras poderiam ser ditas igualmente sobre Vladimir Kara-Murza hoje. [13] Emin Ibragimov O correspondente da BBC News, Richard Galpin publicou em 23 de janeiro de 2015 um artigo sobre Ibragimov. Confesso que não me sinto muito confortável e seguro sobre as acusações dele, mas dou o benefício da dúvida e transcrevo aqui para os leitores para análise de vocês: O refugiado checheno em Estrasburgo que diz que agentes de Moscou o torturaram.
  • 76. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 76 ] O sequestro e a tortura teriam ocorrido em Estrasburgo, no leste da França. Disse Emin Ibragimov, que fugiu da Chechênia para a França há 14 anos, sempre presumiu que estaria seguro em sua cidade natal adotiva, Estrasburgo. Antes de receber asilo do governo francês, ele era um homem marcado. Como membro proeminente do movimento separatista checheno — que declarou independência da Rússia após o colapso da União Soviética — ele sobreviveu a várias tentativas de assassinato em casa, ele diz, bem como a um ataque com faca em Istambul. Mas em agosto passado, na supostamente segura cidade de Estrasburgo, ele disse que seus inimigos atacaram novamente. O homem de 68 anos estava pescando em seu local favorito, um trecho tranquilo do Rio Ill, perto de sua casa no subúrbio. De repente, ele ouviu um barulho atrás dele. Disse Emin Ibragimov que foi atacado enquanto pescava. Vários homens apareceram, um deles batendo forte na cabeça dele.
  • 77. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 77 ] "Quando recuperei a consciência, estávamos em um barco no rio. Eles foram educados dizendo vamos chegar a um acordo", ele lembrou. "Mas eu disse a eles que não concordo com bandidos. "Eles me bateram de novo e quando estávamos na floresta, eles começaram a me torturar, me queimando com um ferro e esmagando meus dedos até que eles estalassem. A dor era terrível. "Eles me esfaquearam nas pernas com algum tipo de prego e me queimaram com cigarros." Carregando as cicatrizes Continuou, ele diz, por mais de dois dias, até que finalmente o deixaram meio morto em uma vala na floresta, suas roupas cobertas de sangue. Era noite.
  • 78. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 78 ] Ele acordou de manhã com chuva caindo sobre ele. Cinco meses depois, ele ainda carrega as cicatrizes dos ferimentos. Disseram os ferimentos de Emin Ibragimov Em seu pequeno apartamento, ele me mostrou o relatório médico fornecido pelo hospital de Estrasburgo, onde ele foi tratado. Ele descreve várias queimaduras e cortes em seu corpo. O hospital confirmou à BBC que ele havia sido internado em 10 de agosto do ano passado. Então, quem foi o responsável por esse ataque? "Pela maneira como falavam, pelos sotaques, essas pessoas eram de Moscou", disse o Sr. Ibragimov. "Tenho mais que certeza de que eram agentes do FSB. Não há outra explicação." O FSB é a agência de inteligência mais poderosa da Rússia, já foi liderada pelo presidente russo Vladimir Putin. O presidente russo Vladimir Putin (D-frente) e o vice-primeiro-ministro Dmitry Rogozin (atrás) examinam
  • 79. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 79 ] novas armas de fabricação russa durante sua visita ao instituto de pesquisa de mecânica de precisão em Klimovsk, região de Moscou, Rússia, 20 de janeiro de 2015 O Sr. Ibragimov foi atacado após solicitar uma investigação ao presidente russo Vladimir Putin O Sr. Ibragimov continuou me mostrando outro documento importante que ele acredita ser o motivo do seu ataque. Trata-se de uma carta formal que ele enviou ao promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia em julho passado, poucas semanas antes de ser atacado. Nele, ele solicita que um processo criminal seja aberto contra o presidente Putin e outras autoridades russas por supostos crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio contra o povo checheno durante as duas guerras com as forças armadas russas na década de 1990. Dossiê de provas Junto com a carta, ele incluiu um dossiê do que, segundo ele, são evidências coletadas nos últimos cinco anos.
  • 80. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 80 ] "O ataque foi por causa disso, claramente", ele me disse. "Enviei os documentos para Haia em 1º de julho de 2014. Depois que recebi uma carta de Haia dizendo que os documentos seriam analisados, as ameaças contra mim começaram. "Eles foram tão abertos e descarados, que não tiveram medo. Disseram que eu estava caluniando o presidente." Ele também tem um documento que parece ter sido escrito por um alto promotor francês, que se refere a uma tentativa em 2009 de assassinar até quatro refugiados chechenos que viviam em Estrasburgo, incluindo o Sr. Ibragimov. Pessoas passam por quiosques queimados em um mercado de rua perto de um prédio destruído que abriga a mídia local, conhecido como Press House, no centro de Grozny, em 4 de dezembro de 2014 A Chechénia está atualmente a viver um ressurgimento da violência após anos de conflito
  • 81. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 81 ] Foto tirada em 10 de janeiro de 1995 mostra um combatente checheno se protegendo de tiros de atiradores em um prédio do outro lado da praça do palácio presidencial destruído por bombardeios de artilharia russa. De meados ao final da década de 1990, os separatistas chechenos lutaram para obter a independência da Rússia O promotor cita a agência de inteligência francesa dizendo que a equipe de assassinos foi patrocinada pela atual liderança pró-Rússia na Chechênia. Após o ataque de agosto passado, o Sr. Ibragimov me disse que havia recebido ainda mais ameaças. Mais recentemente, ele disse que foi abordado no bonde em Estrasburgo por dois homens — um checheno e outro russo — que lhe disseram "pare com isso, será mais pacífico".
  • 82. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 82 ] Embora não tenha intenção de retirar o caso que apresentou ao TPI, ele agora tem vários guarda-costas para protegê-lo. Em resposta às alegações do Sr. Ibragimov de que ele foi atacado por agentes da inteligência russa, a BBC recebeu uma declaração do porta-voz do presidente Putin, Dmitry Peskov, na qual ele escreveu: "Este checheno é conhecido por nós e, infelizmente, ele não é completamente saudável psiquiatricamente." Em toda a Europa, há outros opositores declarados do Kremlin que acham que não estão seguros onde quer que vivam. O Kremlin rejeitou as alegações do Sr. Ibragimov. Em Londres, o gestor de fundos Bill Browder tem feito campanha persistente contra as autoridades russas depois de dizer que sua empresa de investimentos em Moscou foi adquirida por autoridades corruptas para que pudessem cometer uma fraude fiscal em massa. Seu advogado, Sergei Magnisky, que descobriu a suposta fraude, morreu em uma cela de prisão em Moscou. Tanto ele quanto o Sr. Browder foram posteriormente condenados à revelia por fraude fiscal por
  • 83. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 83 ] um tribunal russo, em um julgamento denunciado por organizações de direitos humanos. A Interpol rejeitou os pedidos da Rússia para ajudar a extraditar o Sr. Browder, descrevendo o caso como "de natureza predominantemente política". Isso, diz o Sr. Browder, levou a uma ameaça específica contra ele. "Recebemos informações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos no verão passado de que havia uma tentativa de entrega ilegal sendo organizada contra mim", disse ele. "O governo russo, de acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, tentaria me sequestrar e me levar de volta para a Rússia." Assim como o Sr. Ibragimov, ele também tem medidas de segurança em vigor para protegê-lo do que ele acredita ser um risco muito sério. [14] Sergei Skripal
  • 84. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 84 ] BIELORRÚSSIA UM ANEXO DE PUTIN Abbas Gallyamov, ex-redator de discursos do Kremlin, agora rotulado pelas autoridades como "agente estrangeiro", disse que Putin não queria arriscar o mesmo cenário de Alexander Lukashenko. O líder bielorrusso se agarrou ao poder em 2020 apenas com a ajuda do que a oposição e os governos ocidentais disseram ser uma fraude eleitoral em larga escala para permitir que ele reivindicasse a vitória sobre a candidata da oposição Sviatlana Tsikhanouskaya.
  • 85. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 85 ] "O efeito Tsikhanouskaya é absolutamente possível, e no Kremlin eles entendem isso", escreveu Gallyamov no Telegram. Anastasia Burakova, advogada e ativista de direitos humanos, também recentemente designada como agente estrangeira, disse que a desqualificação mostrou que as autoridades estavam determinadas a que "nenhum concorrente que pudesse lançar sombra sobre o apoio a Putin e à guerra deveria estar no campo público". Com Putin, 71 anos, no controle total das alavancas do poder, apoiadores e oponentes dizem que ele chegará a um novo mandato de seis anos que, se concluído, o tornará o governante mais longevo da Rússia desde o século XVIII, superando todos os governantes soviéticos, incluindo Josef Stalin. Seu oponente mais conhecido, Alexei Navalny, está cumprindo penas de prisão totalizando mais de 30 anos e seus apoiadores dizem que nem sabem onde ele está, depois que foram informados de que ele havia sido transferido de sua colônia penal anterior no início deste mês. Os advogados tiveram acesso a ele pela última vez em 6 de dezembro.
  • 86. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 86 ] Um dos partidos de oposição nominais no parlamento, o partido Uma Rússia Justa - Pela Verdade, disse no sábado que apoiaria Putin na eleição, informou a agência de notícias estatal RIA. Enquanto isso, o Partido Comunista, que ficou em um distante segundo lugar atrás de Putin em todas as eleições desde 2000, nomeou Nikolai Kharitonov, de 75 anos, como seu candidato. Kharitonov concorreu anteriormente em 2004 e ganhou 14% dos votos contra 71% de Putin. A agência de notícias TASS o citou dizendo que não encontraria falhas no líder do Kremlin. "Ele é responsável pelo seu próprio ciclo de trabalho, por que eu o criticaria?", disse Kharitonov. [10] IMPRENSA SILENCIADA NO REGIME PUTIN
  • 87. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 87 ] O Dia da Memória dos Jornalistas Mortos em Serviço na Rússia é comemorado em 15 de dezembro de cada ano. Têm prazer em fazer o mal e exultam com a maldade dos perversos, Provérbios 2:14 [Putin mata seus desafetos com veneno, forjando acidentes e toda sorte de maldade. A Rússia não precisa de mais territórios, mas ele quer a terra dos ucranianos.] Metodologia Entre os monitores internacionais, os números citados para mortes de jornalistas na Rússia têm variado, às vezes consideravelmente. Há várias explicações. Primeiro, certas organizações estão preocupadas com todos os aspectos da segurança na coleta de notícias, então a Federação Internacional de Jornalistas e o Instituto Internacional de Segurança de Notícias também registram acidentes que ocorreram no trabalho. Segundo, alguns órgãos de monitoramento incluem apenas fatalidades em fogo cruzado e tarefas perigosas e aqueles assassinatos onde eles têm certeza do motivo por trás do ataque letal e podem com confiança fazer lobby no governo apropriado; o Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) adota essa
  • 88. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 88 ] abordagem. Terceiro, o termo "jornalista" é usado pelos monitores como um termo geral para cobrir muitas ocupações diferentes dentro da mídia. Alguns incluem equipe de apoio, outros não. Em qualquer lista de mortes, compilada por monitores dentro ou fora do país, a Rússia está perto do topo em mortes. Quando a matança começou, a breve Primeira Guerra Chechena tirou a vida de vários jornalistas dentro da Chechênia e do exterior. Também houve aumento de mortes de jornalistas em tempos de paz em outros lugares da Federação Russa. Os alvos deliberados por seu trabalho tendem a ser repórteres, correspondentes e editores. Na Rússia, muitos diretores de novas estações regionais de TV e rádio foram assassinados, mas acredita-se que algumas dessas mortes estejam relacionadas a interesses comerciais conflitantes. scou e o conflito armado no Cáucaso do Norte. Relatórios de 2009 sobre mortes de jornalistas na Rússia Em junho de 2009, foi publicada uma investigação abrangente da Federação Internacional de Jornalistas
  • 89. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 89 ] sobre as mortes de jornalistas na Rússia. Ao mesmo tempo, a FIJ lançou uma base de dados online que documenta mais de trezentas mortes e desaparecimentos desde 1993. Tanto o relatório Justiça Parcial como a base de dados dependem das informações recolhidas na Rússia ao longo dos últimos 16 anos pelos próprios monitores da comunicação social do país: a Fundação de Defesa Glasnost e o Centro de Jornalismo em Situações Extremas. Em setembro, no relatório Justice, o Committee to Protect Journalists (CPJ) repetiu sua conclusão de que a Rússia era um dos países mais mortais do mundo para jornalistas e acrescentou que continua entre os piores em resolver seus assassinatos. Jornalistas morreram ou foram mortos, argumentou o CPJ, por causa do trabalho que estavam fazendo e apenas um caso levou a uma acusação parcialmente bem-sucedida. [Falou mal do governo vira estatística...] Seguindo os monitores da mídia russa, o banco de dados da FIJ sobre mortes e desaparecimentos na Rússia leva em conta toda a gama de ocupações da mídia e todos
  • 90. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 90 ] os graus de incerteza quanto ao motivo de muitos dos ataques. Ele também permite seleção e análise. Ele classifica a maneira como um jornalista morreu (homicídio, acidente, fogo cruzado, ato terrorista ou não confirmado) e avalia cada morte como certamente, possivelmente, ou muito provavelmente não, ligada ao trabalho do jornalista. Desde o início da década de 1990, os monitores da mídia russa registram todas as mortes violentas ou suspeitas que chegam ao seu conhecimento. Determinar quais estavam ligadas ao trabalho do jornalista nem sempre foi fácil, já que as agências policiais na Rússia estavam lutando para lidar com uma onda de assassinatos e o número de assassinatos não resolvidos de jornalistas aumentou constantemente. Nos últimos anos, o Centro de Jornalismo em Situações Extremas reuniu todas as informações disponíveis sobre essas mortes em seu site Memoriam. Isso tornou possível verificar o quanto essas mortes foram investigadas e quantas levaram a processos judiciais. O banco de dados da IFJ resume as informações acumuladas no site Memoriam e as disponibiliza em inglês pela primeira vez. Durante um estudo sobre homicídios por
  • 91. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 91 ] detecção de fraude internacional, que comparou casos de homicídios por detecção de fraude dos Estados Unidos da América com casos de homicídios por detecção de fraude da antiga República Soviética, o assassinato de Paul Klebenikov ilustrou um caso de assassinato por encomenda de um jornalista conhecido por expor fraudes em governos. Na época de seu assassinato, acreditava-se que ele estava investigando um complexo esquema de fraude de lavagem de dinheiro envolvendo projetos de reconstrução chechenos. A investigação parece revelar que Klebnikov havia descoberto que a fraude atingiu profundamente os centros de poder no Kremlin, elementos envolvendo o crime organizado e também a antiga KGB, agora conhecida como FSB. [Infelizmente a Rússia tem um longo histórico de corrupção, mas com Putin a coisa piorou. Suspeita-se que ele seja o homem mais rico do mundo] Justiça Parcial e Anatomia da Injustiça O relatório da IFJ Partial Justice mapeia os contornos mutáveis da impunidade na Rússia. Ele mostra
  • 92. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 92 ] e explica o processo pelo qual mortes específicas são selecionadas pela IFJ, CPJ e outros monitores. Ele enfatiza a necessidade de um fim à impunidade total nas regiões restantes (o Cáucaso do Norte, São Petersburgo) onde ninguém jamais foi processado por matar um jornalista, e de um avanço além da justiça parcial nos casos em que se sabe, ou se suspeita fortemente, que o assassinato de um jornalista foi planejado e premeditado. Não basta levar o assassino a julgamento; ele deve ser acompanhado, ou seguido, por seus cúmplices, e pelos intermediários e indivíduos que ordenaram e pagaram pelo assassinato. [Denunciar corrupção no governo é cruel e se for contra o Kremlin ai pode ser fatal.] O relatório do IFJ abre e fecha com o assassinato de Politkovskaya e o julgamento subsequente, que ocorreu de novembro de 2008 a fevereiro de 2009. Após 16 anos de assassinatos não resolvidos, o clamor internacional sobre sua morte fez deste um caso de teste que pode finalmente romper a barreira da justiça parcial. As evidências apresentadas pela promotoria, infelizmente,
  • 93. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 93 ] não convenceram o júri ou satisfizeram outros participantes importantes. Anatomia da Injustiça, o relatório do CPJ, exibe as conclusões a que o comitê chegou sobre certas mortes desde 2000: as autoridades não reconhecem algumas dessas mortes como homicídio, enquanto várias outras chegaram aos tribunais, mas levaram, no máximo, à condenação do perpetrador, não daqueles que ordenaram o assassinato. Seguindo rotas diferentes, os dois relatórios chegam a um conjunto similar de recomendações. Eles pedem às autoridades russas que deem aos investigadores e tribunais o apoio de que precisam para identificar e perseguir todos os responsáveis pelas mortes de jornalistas e, enquanto isso, manter a imprensa e o público mais bem informados sobre seu progresso no enfrentamento de crimes tão perturbadores. [Pedir para os mandantes dos crimes serem transparentes na investigação é bobagem. Com Putin no poder só piora a situação.] Comparações internacionais
  • 94. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 94 ] Na década de 1990 e no início dos anos 2000, a taxa de homicídios na Rússia estava entre as mais altas do mundo. Houve mais de 500 assassinatos por encomenda na Rússia em 1994. O comitê para a Proteção de Jornalistas lista a Rússia como "o terceiro país mais mortal do mundo para jornalistas" desde 1991, superado no número de mortes apenas pela Argélia (1993-1996) e pelo Iraque pós-invasão. Colocando a Rússia ao lado de seus parceiros do G20 - não apenas os EUA e a França, mas também a Arábia Saudita e a China. O problema da Rússia, compartilhado por alguns outros membros do G20 ( Índia, Brasil e México ), não é simplesmente o número de mortes, mas a persistência de matar com impunidade ao longo de muitos anos. As variadas condições nestes países economicamente importantes destacam uma outra dimensão crucial. O assassinato de jornalistas pode ser o mais dramático e frequentemente citado "barômetro da liberdade de imprensa", mas não é de modo algum a única medida. O que isso significa para um país em particular só pode ser devidamente avaliado no contexto mais amplo da liberdade de imprensa e de outras liberdades, presentes (ou ausentes) nessa sociedade. Muito poucos jornalistas
  • 95. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 95 ] foram mortos na China e nenhum foi noticiado na Coreia do Norte. [China e Coreia do Norte já esta em um nível de corrupção e tirania tão elevado que não tem mais imprensa livre.] Outras deficiências garantem que esses países ocupem uma posição inferior à da Rússia em qualquer índice de liberdade de imprensa. Mikhail Beketov sobreviveu inicialmente a um ataque em 2008 e morreu cinco anos depois. A morte imediata é o extremo do espectro de ameaças e intimidação. Mortes e julgamentos, estatísticas As mortes violentas de jornalistas começaram na era de Boris Yeltsin (1991–1999) e continuaram sob Vladimir Putin, presidente da Rússia, de 31 de dezembro de 1999 a 7 de maio de 2008. Quando Medvedev se tornou presidente, ele falou da necessidade de acabar com o "niilismo legal". De 2003 a 2008, houve um número
  • 96. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 96 ] crescente de julgamentos, mas em novembro de 2009 ainda não havia ocorrido um grande avanço, sob o presidente Dmitri Medvedev, seja na acusação de mortes anteriores a 2008 ou na investigação de assassinatos desde sua posse em maio de 2008. O julgamento do assassinato de Politkovskaya e as primeiras prisões no assassinato de Baburova-Markelov (novembro de 2009) mostraram alguns sinais inconclusivos de movimento. O terceiro conjunto de números indica o número anual de veredictos alcançados em julgamentos pelo assassinato de jornalistas. Com apenas três exceções, todos eles foram por homicídio. Alguns casos levaram de seis a sete anos para chegar ao tribunal (por exemplo, os assassinatos de Dmitry Kholodov e Igor Domnikov), mas a maioria das mortes que resultaram em acusação levam, em média, de 12 a 24 meses entre o assassinato e o veredicto. As taxas de condenação são uma questão diferente. Quando a morte não estava relacionada ao trabalho do jornalista, a taxa de condenação excede 90%. Quando a morte do jornalista estava certamente ou parece
  • 97. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 97 ] provável que estivesse relacionada ao seu trabalho, a taxa de absolvições aumenta acentuadamente para cerca de metade do total. A maioria dos julgamentos ainda é realizada perante um juiz, auxiliado por dois avaliadores leigos. O julgamento por juiz e júri, que ainda é muito raro na Rússia, geralmente oferece um teste mais rigoroso de evidências, defesa robusta dos suspeitos e uma chance maior de o réu ser considerado inocente (taxa média de absolvição de 20%). O julgamento do assassinato de Politkovskaya, que foi realizado perante um júri, terminou em fevereiro de 2009 com a absolvição de todos os acusados. Se aproximadamente três quartos dos assassinatos de jornalistas nos últimos 16 anos não estavam relacionados com suas investigações e publicações No entanto, o CJES considera que até 70% das agressões, que anualmente chegam a dezenas, estão relacionadas ao trabalho. Às vezes, são muito graves. Em novembro de 2008, Mikhail Beketov, editor-chefe do Khimkinskaya pravda, um jornal em um subúrbio de Moscou, foi espancado tão severamente que, embora
  • 98. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 98 ] tenha sobrevivido, e seu jornal até mesmo tenha retomado a publicação limitada, no início de 2010 ele ainda não havia recuperado o poder de falar ou movimento independente. Ele morreu em 2013. Preocupação no exterior Desde que Vladimir Putin se tornou primeiro- ministro em 1999 (presidente desde 2000), as autoridades russas têm sido repetidamente instadas pelos governos ocidentais e pelos órgãos de comunicação social internacionais a fazerem mais para investigar as mortes de jornalistas. Os Repórteres Sem Fronteiras, sediados em Paris, criticaram frequentemente a Rússia pelo que descreveu como uma falha na investigação destes assassinatos. A organização afirmou ainda que muitos dos jornalistas assassinados tinham criticado o presidente russo Putin. [Este é o ponto chave. Criticar Putin na Rússia pode ser sentença de morte. Este monstro do Putin tem um verdadeiro esquadrão da morte para eliminar os oponentes, sempre fazendo parecer que foi um acidente, ou foi um caso isolado de crime comum]
  • 99. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 99 ] Entre Março de 2000 e Julho de 2007, os Repórteres Sem Fronteiras alegaram que 21 jornalistas foram assassinados na Rússia devido ao seu trabalho. Números semelhantes foram produzidos pelo comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ). Em uma declaração de junho de 2007, o CPJ disse: "Um total de 47 jornalistas foram mortos na Rússia desde 1992, com a grande maioria dos assassinatos não resolvidos". Dezessete desses jornalistas foram mortos "no cumprimento do dever" desde 2000: 14 foram assassinados em retaliação por seu jornalismo, "dois morreram em fogo cruzado; e um foi morto enquanto cobria uma tarefa perigosa". O CPJ continuava investigando as mortes de outros oito jornalistas para ver se havia uma ligação entre seus assassinatos e seu trabalho. De acordo com o CPJ, nenhum dos 14 assassinatos cometidos desde 2000 foi resolvido e "13 carregam as marcas de assassinatos contratados".
  • 100. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 100 ] A pressão sobre as autoridades russas aumentou no final de 2006 após o assassinato de Anna Politkovskaya . Em junho de 2007, o conselho da Associação Mundial de Jornais aprovou uma resolução, apelando às autoridades russas para "investigarem as mortes de jornalistas com mais vigor": Há seis coisas que Javé odeia; sete que ele detesta: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, testemunha falsa que profere mentiras e aquele que provoca discórdia entre irmãos. Provérbios 6:12-19 [Todo este texto se aplica a Putin, e todo o sangue que ele derramou, ele dará conta diante de Deus.] O assassinato brutal em 7 de outubro de 2006 da jornalista da Novaya Gazeta Anna Politkovskaya, conhecida por suas reportagens críticas sobre o conflito na Chechênia, nas quais ela buscava expor abusos de direitos humanos, foi mais um lembrete aos jornalistas russos de que a violência aguarda aqueles que investigam ou criticam. Estima-se que 21 jornalistas foram mortos desde
  • 101. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 101 ] que o presidente russo Vladimir Putin chegou ao poder em março de 2000. Na grande maioria dos casos, ninguém foi condenado e sentenciado pelos assassinatos. [Putin é chefe de um Estado mafioso e que não são amadores na ciência de eliminar opositores. Matam dando risadas. Com certeza Putin é o mandante de mortes incontáveis. Um dia saberemos tudo direitinho.] Em 18 de junho de 2007, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou a Resolução 151 da Câmara, apelando a Putin para "intensificar os esforços para investigar" os assassinatos. Num relatório publicado em 2007, o International News Safety Institute afirmou que mais jornalistas tinham morrido de forma violenta na Rússia nos últimos 10 anos do que em qualquer outro lugar do mundo, além do Iraque, embora tenha oferecido estatísticas em vez de detalhes das vítimas individuais. O site da revista britânica New Statesman, que descreveu como "solidariedade com os mortos, e em associação com a Amnistia Internacional, o Centro para o Jornalismo em Situações Extremas, o Comité para a Proteção dos
  • 102. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 102 ] Jornalistas e o Índice de Censura" publicou uma lista de 40 jornalistas russos mortos desde 1993, representando apenas alguns dos que morreram. [Não se tem calculo do número de jornalistas que foram ameaços e coagidos a mudarem sua linha editorial sob pena de sofrerem um acidente fatal...] Resultados legais Imediatamente após o assassinato de Politkovskaya, surgiram dúvidas sobre as hipóteses de justiça, embora a vítima neste caso fosse um jornalista que tinha adquirido uma reputação mundial (cf. Dmitry Kholodov em 1994). A comentadora americana Anne Applebaum pensou que os assassinos de Politkovskaya nunca seriam encontrados. Os recentes assassinatos, em várias partes da Rússia, de Ilyas Shurpayev, Yury Shebalkin, Konstantin Borovko e Leonid Etkind levaram de fato a julgamentos e condenações. Isto também foi verdade para alguns dos homens envolvidos no brutal assassinato anterior do
  • 103. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 103 ] jornalista da Internet Vladimir Sukhomlin, de 23 anos. O alegado assassino de Ilya Zimin, entretanto, foi julgado na sua Moldávia natal e absolvido. No entanto, estes exemplos não refutam a acusação de justiça parcial, uma vez que apenas uma das mortes estava relacionada, sem sombra de dúvida, com o trabalho jornalístico da vítima. Críticas do exterior eram frequentemente percebidas e rejeitadas como seletivas. No entanto, o status buscado pela Rússia como membro do G8 a partir de 1997 estabeleceu um padrão que mostrou as mortes contínuas de jornalistas e outras restrições à mídia dentro do país, sob uma luz desfavorável. Também foi importante a admissão do país no Conselho da Europa e, como resultado, o envolvimento potencial, após 1998, do Tribunal Europeu de Direitos Humanos como árbitro de último recurso. Tentativas malsucedidas foram feitas para que a absolvição dos supostos assassinos de Dmitry Kholodov em 2004 fosse examinada em Estrasburgo. Até agora, o Tribunal determinou apenas uma vez a falha das autoridades russas em perseguir os responsáveis pelas mortes violentas de jornalistas. Em 2005, decidiu que o
  • 104. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 104 ] assassinato em outubro de 1999 na Chechênia dos cinegrafistas Ramzan Mezhidov e Shamil Gigayev e de mais de trinta outros civis que morreram durante o mesmo incidente não havia sido devidamente investigado. O desejo do perverso é fazer o mal; ele não tem dó do próximo. Provérbios 21:10 [Cego pelo poder, Putin não tem dó de ninguém, nem dos soldados ucranianos, nem dos seus próprios soldados russos.] Lista de jornalistas mortos na Rússia O que se segue é uma lista de jornalistas (repórteres, editores, cinegrafistas, fotógrafos) que foram mortos na Rússia desde 1992. Inclui mortes por todas as causas violentas, prematuras e inexplicáveis; mais informações podem ser encontradas nas versões em inglês e russo do banco de dados da FIJ. Uma indicação se a morte está certamente [J], possivelmente [?J] ou muito provavelmente não [nJ] ligada ao trabalho investigativo e às publicações do jornalista segue cada nome.
  • 105. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 105 ] Os anos de Yeltsin 1992 Sergey Bogdanovsky, correspondente da TV "Ostankino", morto em Moscou. 1993 15 de abril – Dmitry Krikoryants, correspondente do semanário Express Chronicle (Moscou), assassinado em seu apartamento na capital chechena Groznyy, na noite de 14–15 de abril. A Chechênia era então de fato independente. Homicídio [J]. Crise constitucional russa de 1993 Domingo, 3 de outubro, a partir das 19h30. Fora e dentro da Torre de TV Ostankino. Rory Peck, ARD Alemanha, cinegrafista. Crossfire [J]. Ivan Scopan, TF1 França, cinegrafista. Fogo cruzado [J].
  • 106. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 106 ] Igor Belozerov, 4º canal "Ostankino", editor. Fogo cruzado [J]. Sergey Krasilnikov, engenheiro de vídeo e TV "Ostankino". Tiro à queima-roupa dentro de um prédio. Homicídio [J]. Vladimir Drobyshev, People and nature monthly, editor. Ataque cardíaco [J]. Segunda-feira, 4 de outubro, depois do meio-dia. perto do edifício do Soviete Supremo. Alexander Sidelnikov, jornalista freelancer e cineasta de São Petersburgo. Crossfire [J]. Alexander Smirnov, correspondente do jornal Youth Courier (Yoshkar-Ola). Crossfire [J]. 29 de novembro – Elena Tkacheva, revisora de 26 anos do jornal Kuban Courier, morreu em Krasnodar em consequência de uma bomba colocada no escritório do jornal. Ato Terrorista [J] 9 de dezembro – Marina Iskanderova, jornalista de uma estação de TV local, assassinada em seu apartamento em Nadym, Yamalo-Nenets Autonomous Okrug. Homicídio [nJ].
  • 107. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 107 ] 1994 1 de fevereiro – Sergei Dubov, diretor da editora Novoye vremya, Moscou. Baleado em assassinato por encomenda. Homicídio [nJ]. 26 de abril – Andrey Ayzderdzis, deputado da Duma e editor. Baleado em assassinato por encomenda, em Khimki, Oblast de Moscou. [ 59 ] Homicídio [nJ]. 15 de junho – Yury Soltys, jornalista e editor da Interfax. Espancado até a morte em Moscou Oblast. Homicídio [?J]. 15 de outubro – Tatyana Zhuravlyova e marido, trabalhadores da mídia, Komsomolskaya pravda (escritório de Samara). Mortos em Voronezh Oblast enquanto dirigiam. Homicídio. [nJ]. 17 de julho – Yelena Roshchina, editora-chefe do jornal infantil, Ivanovo. Assassinada em seu apartamento. Homicídio. A gangue que a matou foi julgada e condenada em 2000 [nJ]. 17 de outubro – Dmitry Kholodov, correspondente militar do jornal Moskovskii Komsomolets, foi morto em Moscou quando uma pasta com armadilha que ele havia
  • 108. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 108 ] recolhido de um armário de estação ferroviária explodiu nos escritórios de seu jornal. Homicídio. Os supostos assassinos de Kholodov foram julgados e absolvidos duas vezes, uma em 2002 e outra em 2004 [J]. Também houve quatro mortes na Chechénia após o início do conflito em Novembro. 26 de novembro – Hussein Guzuyev, diretor da Chechen TV & Radio Company. Grozny. Pego no fogo cruzado entre os apoiadores de Dudayev e a oposição pró- Moscou [J]. 14 de dezembro – Gelani Charigov, jornalista da Marsho, empresa privada de TV. Grozny. Crossfire [J]. 22 de dezembro – Cynthia Elbaum, correspondente fotográfica freelancer dos EUA em missão para a revista Time. Grozny. Crossfire [J]. 31 de dezembro – Bilal Akhmadov, cinegrafista da empresa Marsho TV. Terrível. Fogo cruzado [J]. 1995–1996 (incluindo o 1º conflito checheno) 1995
  • 109. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 109 ] 1 de janeiro – Vladimir Zhitarenko, correspondente do jornal Red Star ( Krasnaya zvezda ), Chechênia. Fogo cruzado [J]. 1 de janeiro – Pyotr Novikov, jornalista da revista Smena, Moscou. Homicídio (ligado ao assassinato de Anisimov no final de 1994) [nJ]. 7 de janeiro – Sultan Nuriyev, Chechênia. Não confirmado [?J]. 10 de janeiro – Jochen Piest, correspondente da revista Stern. Chervlyonnaya, Chechênia. Fogo cruzado [J]. 14 de janeiro – Valentin Yanus, cinegrafista do canal de TV da cidade de Pskov, Chechênia. Fogo cruzado [J]. 17 de fevereiro – Vyacheslav Rudnev, jornalista freelance, Kaluga, publicado nos jornais locais Vest e Znamya. Homicídio [?J]. 27 de fevereiro – Maxim Shabalin, editor de política do jornal Nevskoye Vremya (São Petersburgo). e Felix Titov, o fotógrafo do jornal, desapareceram em uma missão na Chechênia. Apesar de inúmeras expedições, de 1995 a
  • 110. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 110 ] 1999, nenhum vestígio foi encontrado dos restos mortais dos dois homens. Desaparecidos [J]. 1 de março – Vladislav Listyev, chefe do novo canal de TV ORT, morto a tiros na escadaria de seu bloco de apartamentos em Moscou em um assassinato por encomenda. Homicídio [nJ]. 3 de março – Igor Kaverin, engenheiro da estação de rádio Svobodnaya Nakhodka, Primorsky Krai . Baleado no carro, Homicídios [nJ]. 8 de março – Oleg Ochkasov, jornalista freelance em Voronezh, escrevendo para os jornais Vecherny Voronezh e Skandalnaya pochta. Homicídio [nJ]. 16 de março – Alexei Khropov, diretor da estação de rádio Vox, recentemente fora do ar. Rodovia Leningradskoye, Oblast de Moscou. Homicídio [nJ]. 31 de março – Ruslan Tsebiyev, 23 anos, serviço de imprensa de Dudayev, Grozny, Chechênia. Homicídio [?J]. 6 de maio – Malkan Suleimanova, jornalista do jornal Ichkeria (Grozny). Morreu sob bombardeio em Shatoi, Chechênia. Fogo cruzado [J].
  • 111. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 111 ] 22 de maio – Farkhad Kerimov, cinegrafista da Associated Press TV. Executado em Vedeno, Chechênia. Homicídio (crime de guerra)[J]. 5 de maio – Sergei Ivanov, foi em busca de Shabalin e Titov (acima de 27 de fevereiro), ao sul da Chechênia. Desaparecido [J]. 6 de junho – Alexander Konovalenko, jornalistas da Krestyanskaya gazeta, Volgogrado, espancamento em uma delegacia de polícia levou à sua morte. Homicídio. Assassino condenado em 1998 [?J]. 17 de junho – Natalya Alyakina-Mroszek, revista Focus (Alemanha) e outros veículos. Baleado perto de Budyonnovsk, Stavropol Krai. Fogo cruzado. Soldado russo considerado culpado de negligência no uso de armas, anistiado como participante da guerra chechena [J]. 25 de julho – Andrew Shumack Jr, fotojornalista freelancer dos EUA, St Petersburg Times (Flórida). Grozny, Chechênia. Desaparecido [?J]. 4 de agosto – Sergei Nazarov, ex-apresentador do popular programa de TV "Vremechko". Morto em Moscou. Homicídio [nJ].
  • 112. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 112 ] 10 de agosto – Vadim Obekhov, colunista do jornal Vesti, Petropavlovsk-Kamchatsky. Homicídio [nJ]. 2 de novembro – Andrei Ulanov, editor-chefe do jornal Togliatti segodnya. Togliatti, Oblast de Samara. Assassinato por encomenda, homicídio [nJ]. 8 de novembro – Sergei Ananyev, chefe do serviço de imprensa, departamento de crime organizado da Sibéria Oriental. Assassinado em Irkutsk. Resultado do julgamento de 2000 não está claro [nJ]. 12 de dezembro – Victor Litvinov, comentarista da estação de rádio "Golos Rossii", Moscou, morreu após ataque de rua. Homicídio [nJ]. 10 de dezembro – Yaroslav Zvaltsev, de 25 anos, diretor financeiro do jornal Russky dom em Magnitogorsk, Oblast de Chelyabinsk, baleado em um assassinato por encomenda. Homicídio [nJ]. 12 de dezembro – Shamkhan Kagirov, correspondente do jornal Vozrozhdenie, Chechênia. Fogo cruzado [J]. 26 de dezembro – Vadim Alferyev, trabalhou como jornalista para a imprensa local e TV em Krasnoyarsk, onde morreu após uma surra selvagem. Homicídio [?J].
  • 113. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 113 ] 1996 25 de janeiro – Oleg Slabynko, fundador da corporação "Moment Istiny", produtor de um programa de mesmo nome, diretor da ORT (hoje Channel One TV), assassinado em seu apartamento em Moscou. Assassinato por encomenda [nJ]. 8 de fevereiro – Yury Litvinov, engenheiro, e Alexander Zaitsev, diretor, da Forward Cable Television. Encontrados baleados em carro, Dalnegorsk, Primorsky Krai. Assassinato por encomenda? [nJ]. 26 de fevereiro – Felix Solovyov, famoso fotógrafo, conselho editorial do jornal Aeroflot, assassinado em Moscou. Homicídio [nJ]. 11 de março – Victor Pimenov, cinegrafista da empresa de TV Vaynakh (Chechênia). Grozny, Chechênia. Fogo cruzado [J]. 30 de março – Nadezhda Chaikova, jornalista investigativa da Obshchaya Gazeta, executada na Chechênia, corpo encontrado perto da aldeia de Gekhi. Homicídio (crime de guerra) [J].
  • 114. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 114 ] 18 de abril – Anatoly Yagodin, correspondente do jornal das forças Na Boyevom Postu, morto por militantes chechenos. Assinovskaya, Chechênia. Fogo cruzado [J]. 9 de maio – Nina Yefimova, correspondente do jornal Vozrozhdeniye, Chechênia. Grozny, Chechênia. Homicídio [J]. 11 de maio – Victor Mikhailov, correspondente policial do jornal Zabaikalsky rabochy. Chita. Homicídio [nJ]. 26 de julho – Nikita Chigarkov, funcionário da Utrenniy ekspress, espancado e roubado. Moscou. Homicídio [nJ]. 1 de agosto – Ivan Gogun, correspondente rabochy de Groznensky. Grozny, Chechênia. Fogo cruzado [J]. 11 de agosto – Ramzan Khadjiev, correspondente da ORT, baleado do lado de fora do posto de controle na Chechênia. Grozny, Chechênia. Fogo cruzado [J]. 16 de setembro – En Chan Kim, correspondente de jornais de Sakhalin e da revista Blagodatnaya Semya. Zhulebino, Moscou. Homicídio [nJ].
  • 115. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 115 ] 27 de outubro – Anatoly Tyutinkov, editor-chefe assistente do Vecherniy Peterburg. Incidente não confirmado, São Petersburgo. [nJ] 29 de outubro – Lev Bogomolov, editor-chefe de Kaluga Vechernyaya, Kaluga. Incidente não confirmado [nJ]. 31 de outubro – Sergei Semisotov, editor do jornal Traktir po Pyatnitsam. Volgogrado. Homicídio [nJ]. 10 de novembro – Marina Gorelova, repórter da empresa de TV Otechestvo e Yury Shmakov, consultor da TV Otechestvo. Cemitério Kotlyakovskoye, Moscou. Ato terrorista. Dois condenados em 2003 por 16 mortes, incluindo dois jornalistas, por causar a explosão. [J] 6 de dezembro – Kirill Polenov, jornalista freelancer. Vladikavkaz, Ossétia do Norte. Homicídio [nJ]. 7 de dezembro – Anatoly Belousov, editor-chefe adjunto do Red Star (Krasnaya Zvezda). Região de Moscou. Homicídio [nJ]. 1997–1999 1997
  • 116. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 116 ] 16 de janeiro – Alexei Yeldashov, jornalista para imprensa e rádio local. Khabarovsk, Primorsky Krai. Homicídio [nJ]. 16 de janeiro – Nikolai Lapin, editor-chefe do jornal "Obo vsyom". Togliatti, Oblast de Samara. Homicídio [nJ]. 3 de fevereiro – Yury Baldin, editor-chefe da Focus TV. Cheliabinsk. Homicídio [nJ]. 12 de fevereiro – Vyacheslav Zvonarev, editor da empresa Takt TV. Kursk. Homicídio [nJ]. 25 de fevereiro – Vadim Biryukov, editor-chefe da revista "Delovye lyudi", Rua Novolesnaya, Moscou. Homicídio [nJ]. 23 de março – Vladimir Aliev, Prokhladnoye, Kabardino-Balkaria. Homicídio [nJ]. 30 de março – Nikolai Mozolin, Kirovsk, Oblast de Leningrado. Homicídio [nJ]. 10 de maio – Alexander Korkin, Pereslavl- Zalessky, Oblast de Yaroslavl . Homicídio [nJ]. 6 de agosto – Valery Krivosheyev, Lipetsk. Homicídio [nJ]. 19 de outubro – Lydia Lazarenko, Níjni Novgorod. Homicídio [nJ].
  • 117. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 117 ] 1998 30 de janeiro – Vladimir Zbaratsky, Rua Mosfilmoskaya, Moscou. Homicídio [nJ]. 2 de abril – Ivan Fedyunin, correspondente do jornal Bryanskie Izvestia. Homicídio, Bryansk [nJ]. 6 de abril – Lira Lobach, trabalhadora da mídia. distrito, Tomsk Oblast. Homicídio [nJ]. 20 de maio – Igor Myasnikov, Kineshma, Oblast de Yaroslavl. Homicídio [nJ]. 7 de junho – Larisa Yudina, editora-chefe do jornal Sovetskaya Kalmykia Segodnya. Elista, Kalmykia. Assassinato por encomenda. Perpetradores condenados (1999), mas não aqueles por trás de seu assassinato [J]. 28 de julho – Vladimir Ustinov, Ivanovo. Homicídio [nJ]. 17 de agosto – Sergei Semenduyev, Makhachkala, Daguestão. Faltando [nJ]. 24 de agosto – Anatoly Levin-Utkin, São Petersburgo. Homicídio [?J]. 27 de agosto – Mirbaba Seidov, homicídio, Oblast de Kaliningrado. Homicídio [nJ].
  • 118. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 118 ] 29 de agosto – Victor Shamro, homicídio, São Petersburgo. Homicídio [nJ]. 2 de setembro – Farid Sidaui, correspondente da revista Proston nedvizhimost. Rua Ramenka, Moscou. Homicídio [nJ]. 30 de dezembro – Sergei Chechugo, Vladivostok. Não confirmado [?J]. 1999 19 de fevereiro – Gennady Bodrov, Homicídio [nJ]. 25 de fevereiro – Valentina Mirolyubova e Nikolai Mirolyubov, Homicídios [nJ]. 4 de março – Andrei Polyakov, Homicídio [nJ]. 30 de maio – Alexei Kulanov, Homicídios [nJ]. 30 de junho – Vadim Rudenko, Homicídio. 30 de agosto – Lubov Loboda, Kuibyshev (Oblast de Novosibirsk). Assassinato por encomenda. Perpetrador, intermediário e homem que ordenou sua morte, todos acusados e condenados [nJ]. 27 de setembro – Christopher Reese, Moscou. Homicídio [nJ].
  • 119. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 119 ] 27 de outubro – Supyan Ependiyev, correspondente do jornal Groznenskiy Rabochy, Chechênia. Fogo cruzado [J]. 29 de outubro – Os cinegrafistas Shamil Gigayev e Ramzan Mezhidov, canal nacional de TVC e TV local chechena. Shami-Yurt, Chechênia. Fogo cruzado. Julgamento de 2005 pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos [J]. PUTIN E A RELAÇÃO COM A IMPRENSA Sob Putin (2000–2008; incl. 2º conflito checheno) 2000–2002 Anna Politkovskaya foi assassinada em sua casa em Moscou em 7 de outubro de 2006. 2000 1 de fevereiro – Vladimir Yatsina, um fotocorrespondente da ITAR-TASS. Em sua primeira e única viagem à Chechênia, ele foi sequestrado e depois
  • 120. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 120 ] morto (por um grupo de wahabitas, alguns sugerem). Homicídio [J]. 10 de fevereiro – Ludmila Zamana, Samara. Homicídio. Condenação [nJ]. 9 de março – Artyom Borovik, periódico e editora Sovershenno sekretno, diretor e jornalista. Aeroporto Sheremetyevo-1, Moscou. Incidente não confirmado [?J]. 22 de março – Luisa Arzhieva, correspondente do jornal Istina mira (Moscou). Avtury, Chechênia. Fogo cruzado [?J]. 17 de abril – Oleg Polukeyev, Homicídio. 1 de maio – Boris Gashev, crítico literário. Homicídio. Condenação [nJ]. 13 de maio – Alexander Yefremov, Chechênia. Fotojornalista do jornal Nashe Vremya, da Sibéria Ocidental, ele morreu quando militantes explodiram um jipe militar no qual ele viajava. Em missões anteriores, Yefremov recebeu atenção positiva por suas fotos de notícias da região devastada pela guerra. Fogo cruzado [J]. 16 de julho – Igor Domnikov, da Novaya Gazeta, Moscou. Atingido na cabeça com um martelo na escada de seu prédio de apartamentos em Moscou, Domnikov ficou
  • 121. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 121 ] em coma por dois meses. Seu assassino foi identificado em 2003 e condenado em 2007. Os homens que ordenaram e organizaram o ataque foram nomeados por seu jornal, mas não foram acusados. Homicídio [J]. 26 de julho – Sergei Novikov, Rádio Vesna, Smolensk. Baleado em um assassinato por encomenda na escadaria de seu prédio. Alegou que frequentemente criticava a administração da Região de Smolensk. Homicídio [?J]. 21 de setembro – Iskander Khatloni, Radio Free Europe, Moscou. Nativo do Tajiquistão, Khatloni foi morto à noite em um ataque de machado na rua do lado de fora de seu bloco de apartamentos em Moscou. Seu agressor e o motivo do assassinato permanecem desconhecidos. Uma porta-voz da RFE/RL disse que Khatloni trabalhou em histórias sobre os abusos dos direitos humanos na Chechênia. Homicídio [nJ]. [Isso já levanta a suspeita que o Kremlin esteja por trás do crime. A Rússia tinha histórico de estado-mafioso, mas com Putin no poder a coisa vai piorando.]
  • 122. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 122 ] 3 de outubro – Sergei Ivanov, Lada-TV, Tolyatti. Cinco tiros na cabeça e no peito em frente ao seu prédio. Como diretor da maior empresa de televisão independente em Tolyatti, ele foi um jogador importante na cena política local. Homicídio. Gangue responsável em julgamento [nJ]. 18 de outubro – Georgy Garibyan, jornalista da Park TV (Rostov), assassinado em Rostov-on-Don [nJ]. 20 de outubro – Oleg Goryansky, jornalista freelancer, imprensa e TV. Assassinado em Cherepovets, Vologda Oblast. Condenação [nJ]. 21 de outubro – Raif Ablyashev, fotógrafo do jornal Iskra. Kungur, Perm Krai. Homicídio [nJ]. 3 de novembro – Sergei Loginov, Lada TV (Togliatti). Incidente não confirmado [nJ]. 20 de novembro – Pavel Asaulchenko, cinegrafista da TV austríaca, Moscou. Assassinato por encomenda. Condenação do perpetrador [nJ]. 23 de novembro – Adam Tepsurkayev, Reuters, Chechênia. Um cinegrafista checheno, ele foi baleado na casa de seu vizinho na vila de Alkhan-Kala (também conhecida como Yermolovka). Tepsurkayev filmou a maioria das imagens da Reuters na Chechênia em 2000,
  • 123. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 123 ] incluindo o rebelde checheno Shamil Basayev tendo seu pé amputado. Homicídio (crime de guerra) [J]. 28 de novembro – Nikolai Karmanov, jornalista aposentado. Lyubim, região de Yaroslavl. Homicídio [nJ]. 23 de dezembro – Valery Kondakov, fotógrafo freelancer. Morto em Armavir, Krasnodar Krai [nJ]. 2001 1 de fevereiro – Eduard Burmagin, Homicídios. 24 de fevereiro – Leonid Grigoryev, Homicídio [nJ]. 8 de março – Andrei Pivovarov, Homicídios. 31 de março – Oleg Dolgantsev, Homicídios [nJ]. 17 de maio – Vladimir Kirsanov, editor-chefe. Kurgan. Homicídio [J]. 2 de junho – Victor Popkov, Novaya gazeta contributore, morreu no hospital da região de Moscou. Ferido na Chechênia dois meses antes. Fogo cruzado [J]. 11 de setembro – Andrei Sheiko, Homicídio [nJ]. 19 de setembro – Eduard Markevich, 29, editor e editor do jornal local Novy Reft em Sverdlovsk Oblast. Baleado nas costas em um assassinato por encomenda, homicídio [J].
  • 124. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 124 ] 5 de novembro – Elina Voronova, Homicídios [nJ]. 16 de novembro – Oleg Vedenin, Homicídio. 21 de novembro – Alexander Babaikin, Homicídio [nJ]. 1 de dezembro – Boris Mityurev, Homicídio. 2002 18 de janeiro – Svetlana Makarenko, Homicídios. 4 de março – Konstantin Pogodin, jornal Novoye Delo, Nizhny Novgorod. Homicídio. 8 de março – Natalya Skryl, jornal Nashe Vremya, Taganrog. Homicídio [?J]. 31 de março – Valery Batuyev, jornal Moscow News, Moscou. Homicídio [nJ]. 1 de abril – Sergei Kalinovsky, Moskovskij Komsomolets edição local, Smolensk . Homicídio [nJ]. 4 de abril – Vitaly Sakhn-Vald, fotojornalista , Kursk . Homicídio. Condenação [nJ]. 25 de abril – Leonid Shevchenko, jornal Pervoye Chtenie, Volgogrado. Homicídio [nJ].
  • 125. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 125 ] 29 de abril – Valery Ivanov, fundador e editor-chefe do jornal Tolyattinskoye Obozrenie, Oblast de Samara. Assassinato por encomenda [J]. 20 de maio – Alexander Plotnikov, jornal Gostiny Dvor , Tyumen . Homicídio. 6 de junho – Pavel Morozov, Homicídio. 25 de junho – Oleg Sedinko, fundador da Novaya Volna TV & Radio Company, Vladivostok. Assassinato por encomenda, explosivo em escada [nJ]. 20 de julho – Nikolai Razmolodin, diretor geral da Europroject TV & Radio Company, Ulyanovsk. Homicídio. 21 de julho – Homicídio de Maria Lisichkina [nJ]. 27 de julho – Sergei Zhabin, serviço de imprensa do governador do Oblast de Moscou. Homicídio [nJ]. 18 de agosto – Nikolai Vasiliev, Cheboksary, Chuváchia. Homicídio. Convicção [nJ]. 25 de agosto – Paavo Voutilainen, ex-editor-chefe da revista Karelia, Karelia. Homicídio [nJ]. 4 de setembro – Leonid Kuznetsov, Periódicos da editora Mari-El, Yoshkar-Ola. Incidente não confirmado [?J].
  • 126. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 126 ] 20 de setembro – Igor Salikov, chefe de segurança da informação no jornal Moskovskij Komsomolets em Penza. Assassinato por encomenda [nJ]. 26 de setembro – Roderick (Roddy) Scott, Frontline TV Company, Grã-Bretanha. Crossfire [J]. 2 de outubro – Yelena Popova, Homicídio. Condenação [nJ]. 19 de outubro – Homicídio de Leonid Plotnikov. Condenação [nJ]. 26 de outubro – Tamara Voinova (Stavropol) e Maxim Mikhailov (Kaliningrado), crise de reféns no teatro de Moscou. Lei Terrorista [nJ]. 21 de dezembro – Dmitry Shalayev, Kazan, Tartaristão. Homicídio. Convicção [nJ]. 2003–2005 2003 7 de janeiro – Vladimir Sukhomlin, jornalista e editor da Internet, Serbia.ru, Moscou. Homicídio. Policiais fora de serviço condenados por seu assassinato. Os
  • 127. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 127 ] responsáveis pelo assassinato contratado não foram condenados[J]. 11 de janeiro – Yury Tishkov, comentarista esportivo, Moscou. Assassinato por encomenda [nJ]. 21 de fevereiro – Sergei Verbitsky, editor do jornal BNV . Chita. Homicídio [nJ]. 18 de abril – Dmitry Shvets, TV-21 Northwestern Broadcasting, Murmansk. Vice-diretor da estação independente TV-21 (Northwestern Broadcasting), ele foi morto a tiros do lado de fora dos escritórios da TV. Os colegas de Shvets disseram que a estação havia recebido várias ameaças por suas reportagens sobre políticos locais influentes. Assassinato por encomenda [nJ]. 3 de julho – Yury Shchekochikhin, Novaya gazeta, Moscou. Editor adjunto da Novaya gazeta e deputado da Duma desde 1993. Ele morreu poucos dias antes de sua viagem programada para os Estados Unidos para discutir os resultados de sua investigação jornalística com oficiais do FBI. Ele investigou o Escândalo de Corrupção das Três Baleias que supostamente envolveu oficiais de alto escalão do FSB. Shchekochikhin morreu de uma reação alérgica aguda. Houve muita especulação sobre a causa de sua
  • 128. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 128 ] morte. A investigação sobre sua morte foi aberta e encerrada quatro vezes. Homicídio [J]. [Caso clássico de envenenamento por agentes secretos da Rússia. Putin mandou matar muita gente. É impossível matematicamente alguém ter tantos opositores morrendo e morrendo as toneladas e a oposição sendo silenciada pela morte sem que Putin e sua máfia não esteja por trás.] 4 de julho – Ali Astamirov, France Presse. Desapareceu em Nazran [?J]. 18 de julho – Alikhan Guliyev, jornalista freelance de TV, da Inguchétia. Moscou. Homicídio [nJ]. 10 de agosto – Martin Kraus, Daguestão. A caminho da Chechênia. Homicídio [nJ]. 9 de outubro – Alexei Sidorov, Tolyatinskoye Obozreniye, Tolyatti. Segundo editor-chefe deste jornal local a ser assassinado. Antecessor Valery Ivanov baleado em abril de 2002. Homicídio. Suposto assassino absolvido [?J]. 24 de outubro – Alexei Bakhtin, jornalista e empresário, ex- Mariiskaya pravda. Mari El. Homicídio [nJ].
  • 129. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 129 ] 30 de outubro – Yury Bugrov, editor do Provincial Telegraph. Balakovo, região de Saratov. Homicídio. Convicção [nJ]. 25 de dezembro – Pyotr Babenko, editor da Liskinskaya gazeta. Liski, Oblast de Voronej. Homicídio [nJ]. 2004 1 de fevereiro – Yefim Sukhanov, ATK-Media, Archangelsk. Homicídio. Convicção [nJ]. 23 de março – Farit Urazbayev, cinegrafista, Vladivostok TV/Radio Company, Vladivostok. Incidente não confirmado [nJ]. 2 de maio – Shangysh Mongush, correspondente do jornal Khemchiktin Syldyzy, Tuva. Homicídio [?J]. 9 de maio – Adlan Khasanov, repórter da Reuters, morreu no ataque a bomba em Grozny que matou o presidente checheno Akhmad Kadyrov. Lei Terrorista [J]. 9 de junho – Paul Klebnikov, editor chefe da versão russa recém-criada da revista Forbes, Moscou. Assassinato por encomenda, supostos perpetradores levados a julgamento e absolvidos. Homicídio [J].
  • 130. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 130 ] 1 de julho – Maxim Maximov, jornalista do jornal Gorod, São Petersburgo. Corpo não encontrado. Homicídio [J]. 10 de julho – Zoya Ivanova, apresentadora de TV, Buryatia State Television & Radio Company, Ulan-Ude, Buryatia. Homicídio [nJ]. 17 de julho – Pail Peloyan, editor da revista Armyansky Pereulok, Moscou. Homicídio [nJ]. 3 de agosto – Vladimir Naumov, repórter nacionalista, autor cossaco (Russky Vestnik, Zavtra), Região de Moscou. Homicídio [nJ]. 24 de agosto – Svetlana Shishkina, jornalista, Kazan, Tartaristão. Homicídio. Convicção [nJ]. 24 de agosto – Oleg Belozyorov, voo Moscou- Volgogrado. Terrorist Act [nJ]. 18 de setembro – Vladimir Pritchin, editor-chefe da North Baikal TV & Radio Company, Buryatia . Homicídio [?J]. 27 de setembro – Jan Travinsky (São Petersburgo), em Irkutsk como ativista político para campanha eleitoral. Homicídio. Condenação [nJ].
  • 131. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 131 ] 2005 23 de maio – Pavel Makeyev, repórter da TNT- Pulse Company, Rostov-on-Don. Atropelado enquanto fotografava corrida de rua ilegal. Incidente não confirmado [?J]. 28 de julho – Magomed Varisov, analista político e jornalista, morto a tiros perto de sua casa em Makhachkala, Daguestão. Ele "recebeu ameaças, estava sendo seguido e procurou, sem sucesso, ajuda da polícia local", de acordo com o Committee to Protect Journalists. A Sharia Jamaat assumiu a responsabilidade pelo assassinato. Homicídio [J]. 31 de agosto – Alexander Pitersky, repórter da Baltika Radio, São Petersburgo. Homicídio [?J]. 3 de setembro – Vladimir Pashutin, jornal Smolensky Literator, Smolensk. Não confirmado [nJ]. 13 de outubro – Tamirlan Kazikhanov, chefe do serviço de imprensa do Centro Antiterrorista do Departamento Principal do Distrito Federal do Sul do Ministério de Assuntos Internos da Rússia, Nalchik. Fogo cruzado [J].
  • 132. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 132 ] 4 de novembro – Kira Lezhneva, repórter do jornal Kamensky rabochii, Oblast de Sverdlovsk. Homicídio. Condenação [nJ]. 2006–2008 2006 8 de janeiro – Vagif Kochetkov, recém-nomeado correspondente do Trud na região, roubado e morto em Tula. Absolvição [nJ]. 26 de fevereiro – Ilya Zimin, trabalhava para o canal de televisão NTV Russia, morto em apartamento em Moscou. Suspeito julgado na Moldávia . Absolvição [nJ]. 4 de maio – Oksana Teslo, trabalhadora de mídia, Moscow Oblast. Ataque incendiário em dacha. Homicídio [nJ]. 14 de maio – Oleg Barabyshkin, diretor da estação de rádio de Chelyabinsk. Homicídio. Convicção [nJ]. 23 de maio – Vyacheslav Akatov, repórter especial, programa de TV Business Moscow, assassinado em Mytishchi, Oblast de Moscou. Assassino capturado e condenado. Homicídio. Condenação [nJ].
  • 133. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 133 ] 25 de junho – Anton Kretenchuk, cinegrafista, TV local Canal 38, morto em Rostov-on-Don. Homicídio. Condenação [nJ]. 25 de julho – Yevgeny Gerasimenko, jornalista do jornal Saratovsky Rasklad. Assassinado em Saratov. Convicção [nJ]. 31 de julho – Anatoly Kozulin, jornalista freelance aposentado. Ukhta, República de Komi. Homicídio [nJ]. 8 de agosto – Alexander Petrov, editor-chefe da revista Right to Choose, Omsk, assassinado com a família durante férias na República de Altai. Assassino menor de idade acusado e processado. Homicídio. Condenação [nJ]. 17 de agosto – Elina Ersenoyeva, repórter do jornal Chechenskoye obshchestvo. Seqüestrado em Grozny, Chechênia. Faltando [?J]. 13 de setembro – Vyacheslav Plotnikov, repórter, TV local "Channel 41", Voronezh. Incidente não confirmado [nJ]. 7 de outubro – Anna Politkovskaya, comentarista da Novaya Gazeta, Moscou, baleada no elevador de seu prédio; Quatro acusados de assassinato por encomenda, absolvidos em fevereiro de 2009 [J]. Cinco foram
  • 134. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 134 ] condenados em 2014, Rustam Makhmudov puxou o gatilho, auxiliado por seu tio Lom-Ali Gaitukayev e dois irmãos, Dzhabrail e Ibragim. Sergei Khadzhikurbanov, um ex-policial de Moscou também estava envolvido, e foi perdoado em 2023 após concordar em lutar por 6 meses na Guerra Russo-Ucraniana. [Aqui vemos um exemplo de como o canalha e criminoso do Putin recruta seus soldados nos presídios.] 16 de outubro – Anatoly Voronin, agência de notícias Itar-TASS, Moscou. Homicídio [nJ]. 28 de dezembro – Vadim Kuznetsov, editor-chefe da revista World & Home. Saint Petersburg, morto em Saint Petersburg. Homicídio [nJ]. 2007 14 de janeiro – Yury Shebalkin, jornalista aposentado, anteriormente do Kaliningradskaya pravda. Homicídio em Kaliningrado. Condenação [nJ].
  • 135. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 135 ] 20 de janeiro – Konstantin Borovko, apresentador da empresa de TV Gubernia (russo: "Губерния"), morto em Khabarovsk. Homicídio. Convicção [nJ]. 2 de março – Ivan Safronov, colunista militar do jornal Kommersant. Morreu em Moscou, causa da morte contestada. Incidente não confirmado. Investigação sob incitação ao suicídio (artigo 110) [?J]. 15 de março – Leonid Etkind, diretor do jornal Karyera. Rapto e homicídio em Vodnik, Saratov Oblast. Condenação [nJ]. 5 de abril – Vyacheslav Ifanov, Novoye televidenie Aleiska, cinegrafista. Anteriormente atacado por militares locais. Aleisk, Território de Altai. Incidente não confirmado [?J]. Abril – Marina Pisareva, vice-chefe do escritório russo do grupo de mídia alemão Bertelsmann, foi encontrada morta em sua dacha nos arredores de Moscou em abril. 2008
  • 136. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 136 ] (Últimos meses de Putin como presidente em seu primeiro mandato) 8 de fevereiro – Yelena Shestakova, ex-jornalista, São Petersburgo. Assassina enviada para prisão psiquiátrica. Homicídio [nJ]. 21 de março – Gadji Abashilov, chefe da Daguestão State TV & Radio Company VGTRK , baleado em seu carro em Makhachkala. Homicídio [?J]. 21 de março – Ilyas Shurpayev, jornalista do Daguestão que cobria o Cáucaso no Canal Um, foi estrangulado com um cinto por ladrões em Moscou. Supostos assassinos rastreados até o Tajiquistão e condenados lá por seu assassinato. Homicídio [?J]. A presidência de Medvedev Magomed Yevloyev foi baleado e morto enquanto estava sob custódia policial na Inguchétia em 31 de agosto de 2008. 2008
  • 137. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 137 ] 31 de agosto – Magomed Yevloyev foi morto a tiros enquanto estava sob custódia policial na Inguchétia. Yevloyev foi o fundador do site de oposição Ingushetia.org e era conhecido por suas críticas regulares ao presidente inguche Murat Zyazikov. O policial envolvido no assassinato, Ibragim Yevloyev, foi considerado culpado de homicídio culposo e sentenciado a dois anos de prisão e foi libertado após cumprir três meses. 2 de setembro – Abdulla Alishayev foi baleado várias vezes por agressores desconhecidos em Makhachkala, Daguestão, e morreu no hospital. Alishayev era o apresentador de televisão da TV-Chirkei e era conhecido por sua oposição ao fundamentalismo islâmico dentro da república e da Rússia como um todo. [É notório que o Vladimir Putin apesar de ser católico ortodoxo, sempre está envolvido em relações de apoio a grupos muçulmanos no mundo inteiro. Porque Putin sempre está desestabilizando alguns governos para implantar sua política global, estabelecendo líderes que apoiem sua causa.]
  • 138. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 138 ] 30 de dezembro – Shafig Amrakhov foi baleado e ferido por um agressor desconhecido em seu apartamento em Murmansk e mais tarde morreu no hospital. Amrakhov era o editor da agência de notícias RIA 51 e criticou as políticas econômicas de Yuri Yevdokimov, o governador do Oblast de Murmansk. Livra-me, ó meu Deus, das mãos dos ímpios, das garras dos perversos e cruéis. Salmos 71:4 [Oremos para Deus livrar o mundo de Putin, ele é uma ameaça e pode levar o mundo para uma guerra nuclear.] 2009 4 de janeiro – Vladislav Zakharchuk morreu em um incêndio que envolveu um escritório de jornal em Vladivostok, Primorsky Krai. Zakharchuk era o gerente de anúncios do jornal Arsenyevskie Vesti. O jornal era conhecido por suas críticas às autoridades do krai e seu editor-chefe e jornalistas já haviam enfrentado multas e prisão. 19 de janeiro – Stanislav Markelov e Anastasia Baburova foram baleados e mortos por um atirador
  • 139. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 139 ] mascarado em Moscou. Markelov era um advogado que trabalhava na Novaya Gazeta e moveu muitos processos contra os militares russos, senhores da guerra chechenos e grupos neonazistas. Baburova era uma jornalista em treinamento da Novaya Gazeta e era conhecida por investigar atividades neonazistas na Rússia. Nikita Tikhonov e Yevgenia Khasis, supostamente membros da União Nacional Russa, foram acusados em 2009 e condenados em 2011 pelos assassinatos. [Criticou e processou militares russos, sendo um russo morando na Rússia... O esquema do tirano Putin com seus agentes com certeza vai agir com sua máquina de assassinatos. O Mandante superior nunca aparece nas acusações, porque a ordem de matar é escalonada de cima para baixo. Quem executa estes crimes na Rússia muitas vezes nem sabe que está no topo da ordem. Sou policial judiciário aposentado e sei como os superiores de alta patente fazem para uma ordem ilegal chegar a ser executada por um policial ou um mercenário contratado...] 30 de março – Sergei Protazanov foi encontrado inconsciente em sua casa em Khimki, Oblast de Moscou, e
  • 140. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 140 ] mais tarde morreu no hospital. Autoridades e parentes acreditavam que ele foi envenenado. Protazanov era o designer de páginas do Grazhdanskoye Soglasiye, o único jornal de oposição na cidade, e foi seriamente espancado por agressores alguns dias antes de sua morte. [A democracia russa é assim, eles vão eliminando opositores do regime de alto a baixo, não poupando nem críticos municipais. Assassinar opositores é uma política não oficial na Rússia de Putin.] 29 de junho – Vyacheslav Yaroshenko morreu devido aos ferimentos que recebeu de uma surra severa por um agressor desconhecido em abril em Rostov-on- Don, Oblast de Rostov. Yaroshenko era o editor-chefe do jornal Korruptsiya i Prestupnost e antes de sua surra, o jornal publicou vários artigos alegando corrupção no governo, na polícia e no gabinete do promotor do Oblast. 15 de julho – Natalia Estemirova foi sequestrada e depois morta em Grozny, Chechênia. Seu corpo foi encontrado mais tarde perto de Nazran, Inguchétia. Estemirova era uma ativista de direitos humanos do
  • 141. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 141 ] Memorial que trabalhava com jornalistas da Novaya Gazeta e ocasionalmente publicava no jornal. Ela era conhecida por investigar assassinatos e sequestros na Chechênia e era colega de Anna Politkovskaya. [Sabemos como foram e são as política de Putin sobre a Chechênia... Isso merece não um capítulo a parte, mas um livro...] 11 de agosto – Malik Akhmedilov foi encontrado morto a tiros perto de Makhachkala, Daguestão. Akhemdilov era o editor-chefe adjunto do Khakikat e o editor-chefe dos jornais Sogratl, que se concentravam em questões cívicas e políticas na república. 25 de outubro – Maksharip Aushev foi morto a tiros em Nalchik, Kabardino-Balkaria. Aushev trabalhou em vários casos de direitos humanos na vizinha Ingushetia e foi o operador do Ingushetia.org após a morte de Magomed Yevloyev em 2008. 16 de novembro – Olga Kotovskaya morreu após cair de uma janela no 14º andar de um prédio em Kaliningrado. As autoridades classificaram a morte como suicídio, enquanto os colegas acreditam que ela foi
  • 142. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 142 ] assassinada por seu trabalho. Kotovskaya foi a cofundadora da estação de rádio e televisão Kaskad, que estava envolvida em um processo de propriedade movido por Vladimir Pirogov, o ex-vice-governador do Oblast de Kaliningrado. 2010 20 de janeiro – Konstantin Popov morreu devido a uma surra recebida pela polícia russa enquanto estava sob custódia em Tomsk. Popov foi o cofundador e diretor do jornal Tema e foi supostamente torturado antes de sua morte. 23 de fevereiro – Ivan Stepanov foi esfaqueado até a morte em sua dacha em Khilok, Zabaykalsky Krai. Stepanov era correspondente local do jornal Zabaikalsky rabochy e autor de três livros que eram populares em seu distrito. 20 de março – Maxim Zuyev desapareceu e mais tarde foi encontrado morto em um apartamento que estava alugando em Kaliningrado. Zuyev era repórter de vários jornais em Kaliningrado Oblast e moderador da sociedade de jornalistas de Koenigsberg.
  • 143. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 143 ] 5 de maio – Shamil Aliyev foi baleado e morto por homens armados desconhecidos em Makhachkala, Daguestão. Aliyev foi o fundador das estações de rádio Priboi e Vatan e diretor da rede de televisão TNT- Makhachkala e era conhecido por suas visões anti- wahabistas, que se refletiam em suas estações de rádio e TV. 13 de maio – Said Ibragimov foi morto a tiros enquanto viajava com uma equipe de reparadores para restaurar um transmissor de televisão que foi danificado por militantes no dia anterior em Ayazihis Niva, Daguestão. Ibragimov era o diretor da TBS, um canal de televisão local. 25 de junho – Dmitry Okkert, Moscou. Um apresentador do canal Expert TV, Okkert foi encontrado morto a facadas em seu próprio apartamento. O diretor da holding de mídia Expert, Valery Fadeyev, não acredita que o assassinato brutal de seu colega esteja ligado às suas atividades jornalísticas. 25 de julho – Bella Ksalova foi mortalmente ferida e mais tarde morreu no hospital após ser atropelada por um veículo perto de sua casa em Cherkessk, Karachay- Cherkessia. Ksalova era correspondente do site e agência
  • 144. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 144 ] de notícias Caucasian Knot e escreveu artigos altamente críticos às autoridades locais. O motorista, Arsen Abaikhanov, declarou-se culpado e foi condenado a três anos em uma colônia penal. 1 de agosto – Malika Betiyeva foi morta junto com quatro membros de sua família quando um veículo em alta velocidade atingiu o dela em uma rodovia na Chechênia. Betiyeva era a editora-chefe adjunta do jornal Molodyozhnaya smena e correspondente da revista Dosh. Ela era conhecida por escrever sobre o comportamento ilegal de agências governamentais na Chechênia e seu trabalho teve que ser publicado sob um nome falso para sua própria segurança. [Os agentes secretos russos são especialistas em simulares mortes por acidentes, suicídios, enfartos etc. Putin comanda a política de eliminar oponentes e concorrentes e os agentes secretos já sabem o que tem que fazer com aqueles que incomodam o governo...] 11 de agosto – Magomed Sultanmagomedov foi morto em um tiroteio em Makhachkala, Daguetão.
  • 145. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 145 ] Sultanmagomedov era o diretor da estação de TV de Makhachkala e já foi alvo de uma tentativa de atentado a bomba em 2008. 23 de outubro – Yevgeny Fedotov morreu no hospital devido a ferimentos na cabeça que recebeu em uma briga violenta com seu vizinho em Chita, Zabaykalsky Krai. Este último foi acusado de homicídio culposo. 2011 15 de dezembro – Gadzhimurat Kamalov foi baleado seis vezes em um tiroteio em frente ao escritório de seu jornal em Makhachkala, Daguestão. Kamalov era dono da empresa de mídia Svoboda Slova e era conhecido por investigar corrupção e atividade rebelde na república. [Um tiroteio no meio da rua e o Kamalov teve o “azar” de ser atingido seis vezes por “bala perdida”. Incrível como os jornalistas na Rússia são azarados...] Sob Putin (desde 2012; incluindo a Guerra Russo- Ucraniana) 2012
  • 146. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 146 ] 7 de fevereiro – Victor Afanasenko morreu após sofrer um misterioso ferimento na cabeça em sua casa em Rostov-on-Don. Como editor-chefe do jornal Crime and Corruption, Aphanasenko estava investigando ataques no distrito de Kushchyovsky e na região de Rostov. Embora a explicação oficial fosse que ele havia escorregado, um colega que examinou seu corpo disse que o ferimento não poderia ter resultado de uma queda. 7 de julho – Alexander Khodzinsky foi esfaqueado até a morte pelo empresário local e ex-vice-prefeito Gennady Zhigarev em Tulun, Oblast de Irkutsk. Khodzinsky fez campanha contra práticas abusivas e ilegais na construção de um shopping center no centro da cidade desde 2007 e reclamava regularmente com o presidente Dmitry Medvedev e o governador Dmitry Mezentsev sobre o assunto. [Assim as políticas russas na administração Putin atende as demandas dos reclamantes...] 5 de dezembro – Kazbek Gekkiev foi morto a tiros numa rua em Nalchik, Kabardino-Balkaria, após receber
  • 147. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 147 ] ameaças de morte de extremistas locais. Gekkiev trabalhou para programas de TV locais na república. 2013 9 de julho – Akhmednabi Akhmednabiyev foi morto enquanto dirigia a apenas 50 metros de sua casa nos arredores de Makhachkala, Daguestão, após receber inúmeras ameaças de morte. Akhmednabiyev era o editor adjunto do jornal Novoye Delo e escrevia regularmente sobre a política da república e questões de direitos humanos no Cáucaso do Norte. Ele foi anteriormente vítima de uma tentativa de assassinato em janeiro de 2013. 2014 1 de agosto – Timur Kuashev foi sequestrado de sua casa e mais tarde encontrado morto em Nalchik, Kabardino-Balkaria. Kuashev trabalhava para a revista Dosh e recebeu ameaças de morte e foi parado pela polícia local várias vezes. 2016
  • 148. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 148 ] 31 de março – Dmitry Tsilikin foi esfaqueado até a morte em seu apartamento em São Petersburgo. Tsilikin escreveu para muitos meios de comunicação independentes e se concentrou principalmente em questões sociais e direitos humanos. O suposto assassino é o neonazista Sergey Kosyrev. O assassinato foi atribuído à homossexualidade de Tsilikin. 2017 17 de março – Yevgeny Khamaganov morreu de causas inexplicáveis em Ulan-Ude, Buriácia. Khamaganov era conhecido por escrever artigos que criticavam o governo federal e foi supostamente espancado por agressores desconhecidos em 10 de março. [Vejamos... criticava o governo federal... quem está no topo do governo federal??? Já sei: foi o Pateta!!!! O Pateta mandou matar Khamaganov!!!!!] 19 de abril – O jornalista e ex-prisioneiro de consciência Nikolay Andrushchenko morreu em São Petersburgo devido aos ferimentos que recebeu de uma
  • 149. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 149 ] surra severa por agressores desconhecidos em 9 de março. Andrushchenko foi o cofundador do jornal Novy Petersburg e foi preso anteriormente em 2009 por um tribunal da cidade por "difamação e extremismo". 24 de maio – Dmitry Popkov foi encontrado morto por ferimentos de bala em uma casa de banhos perto de sua casa em Minusinsk, Krasnoyarsk Krai. Popkov era o editor-chefe do jornal Ton-M e era conhecido por investigar a corrupção policial. 8 de setembro - O corpo de Andrey Ruskov foi encontrado no rio Bira em Birobidzhan, Oblast Autônomo Judaico. Ruskov trabalhava para o Bestvideo Broadcasting Studio. 2018 15 de abril – Maksim Borodin morreu devido a ferimentos causados por uma queda de uma janela em seu apartamento em Yekaterinburg, Oblast de Sverdlovsk, em 12 de abril. As autoridades classificaram a morte como suicídio, enquanto os colegas rejeitam a noção. Borodin escreveu regularmente sobre crime, corrupção e o recente envolvimento de mercenários russos na Síria.
  • 150. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 150 ] [Estava querendo dizer o que Borodin?? Que Putin mandava mercenários para a síria, que havia corrupção no governo de Putin??? Putin vai suicidar você!!!!!!] 23 de julho – Denis Suvorov foi encontrado morto após ser esfaqueado por um agressor desconhecido em Nizhny Novgorod. Suvorov trabalhou para a estação de televisão Vesti-Privolzhye e foi editor do portal de internet Vesti. Nizhny Novgorod. 30 de julho – Três jornalistas, Kirill Radchenko, Alexander Rastorguyev e Orkhan Dzhemal, foram assassinados na República Centro-Africana enquanto faziam reportagens sobre o envolvimento de empresas militares privadas russas e traficantes de armas na guerra civil daquele país. [Jornalistas que denunciam as Forças Armadas russas e o envolvimento do governo Putin em corrupção acabam morrendo. Incrível como o mundo é cheio de coincidências...]
  • 151. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 151 ] 31 de julho – Sergei Grachyov desapareceu em Nizhny Novgorod em 21 de julho após fazer uma viagem de reportagem de Moscou. Seu corpo foi encontrado 11 dias depois. Grachyov trabalhou para o jornal Argumenty i Fakty. 10 de setembro – Yegor Orlov desapareceu em 7 de setembro após sair para trabalhar em Naberezhnye Chelny, Tartaristão. Seu corpo foi encontrado mais tarde em um rio no distrito de Yelabuzhsky. Orlov era correspondente e apresentador na Chelny REN-TV. 2022 23 de março – Oksana Baulina foi morta por um bombardeio em Kiev enquanto fazia uma reportagem para o The Insider 15 de agosto – Zemfira Suleymanova morreu após ser atingida por uma mina PFM-1 em uma região ocupada do Oblast de Donetsk, Ucrânia. 20 de agosto – Darya Dugina, uma jornalista que trabalhava para a RT e a Tsargrad TV, foi morta por um carro-bomba.
  • 152. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 152 ] 28 de outubro – Svetlana Babayeva, chefe da filial de Simferopol da Rossiya Segodnya, morta por uma bala perdida durante um treino de tiro militar. 2023 Abril – Vladlen Tatarsky, um blogueiro com mais de 500.000 seguidores, foi morto por uma bomba em um café em São Petersburgo. [Putin e sua curiola acusaram a Ucrânia deste crime. O cabra safado faz as coisas e põe a culpa nos opositores...] Julho – Rostislav Zhuravlev foi morto por tiros de artilharia na linha de frente na região de Zaporizhia, na Ucrânia, enquanto trabalhava para a agência de notícias russa RIA. 23 de novembro – Boris Maksudov, correspondente de guerra do canal de TV Rossiya 24, morreu devido a ferimentos de estilhaços após um ataque de drone no sudeste da Ucrânia. 2024
  • 153. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 153 ] 5 de janeiro – Zoya Konovalova, editora-chefe do grupo de Internet da empresa de transmissão estatal Kuban, foi encontrada morta ao lado do ex-marido. Relatórios preliminares sugeriram que ela foi envenenada. 7 de janeiro – Alexander Rybin, jornalista que trabalhava com Rabkor, foi encontrado morto em uma estrada em Shakhty após criticar os esforços de reconstrução da Rússia em Mariupol. Os investigadores alegaram que ele morreu de cardiomiopatia. [Criticou o governo Putin e óbvio, isto faz mal para o coração... é um escândalo o que ocorre de morte suspeita dos opositores de Vladimir Putin.] 19 de setembro − Victoria Roshchyna, jornalista ucraniana, desapareceu em agosto de 2023, e em outubro foi confirmada sua morte em detenção russa. O governo ucraniano anunciou que investigaria sua morte como um potencial assassinato e crime de guerra.
  • 154. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 154 ] Jornalistas mortos durante reportagem sobre a Chechênia Esta categoria sobrepõe-se à da Rússia como um todo. Ela destaca a ligação entre jornalismo, ativismo público e ativistas dos direitos humanos. À sua maneira, as mortes de Dmitry Krikoryants, Dmitry Kholodov, Nadezhda Chaikova, Viktor Popkov, Anna Politkovskaya, Anastasia Baburova, Stanislav Markelov e Natalia Estemirova mostram que a situação problemática na pequena república do Cáucaso do Norte vai muito além das suas fronteiras formais. Para todos os que morreram ou foram mortalmente feridos na Chechênia, consulte os registros no banco de dados da FIJ. Aqueles mortos em locais próximos ou distantes da república do Cáucaso do Norte (por exemplo, Natalya Alyakina, Anna Politkovskaya), cujas mortes também foram consequência do conflito armado na Chechênia. 1993
  • 155. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 155 ] 14–15 de abril – Dmitry Krikoryants, Grozny. Assassinado mais de um ano antes do início do conflito aberto na Chechênia (primeiro entre facções pró-Dudayev e pró-Moscou, depois com a intervenção das forças federais). O assassinato de Krikoryants foi ligado à sua investigação das atividades corruptas do regime local, em casa e no exterior. 1ª Guerra Chechena, 1994–1996 1994 – Cynthia Elbaum. Em missão para a revista Time (EUA), Elbaum estava fotografando as ruas de Grozny quando foi morta em um bombardeio russo. 31 de dezembro de 1994 – Vladimir Zhitarenko, um veterano correspondente militar do diário das forças armadas russas Krasnaya Zvezda (Estrela Vermelha), foi atingido por duas balas de atirador furtivo nos arredores da cidade de Tolstoy-Yurt, perto de Grozny. Nina Yefimova, uma repórter do novo jornal Vozrozhdenie (Revival) foi sequestrada de seu apartamento e morta junto com sua mãe. Jornalistas em Grozny e Moscou acreditam que seu assassinato estava relacionado a histórias que ela havia publicado sobre crimes na Chechênia.
  • 156. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 156 ] 10 de janeiro de 1995 – Jochen Piest, um correspondente da revista Stern (Alemanha), foi morto em um ataque de um rebelde checheno contra uma unidade russa de remoção de minas em Chervlyonna, uma vila 24 quilômetros a nordeste de Grozny. O correspondente da Rossiskaya Gazeta, Vladimir Sorokin, foi ferido no ataque; Piest foi mortalmente atingido por três balas. 22 de maio de 1995 – Farkhad Kerimov. Farkhad Kerimov foi assassinado enquanto filmava para a Associated Press atrás das linhas rebeldes na Chechênia. Nenhum motivo foi estabelecido para o assassinato. Natalya Alyakina, uma correspondente independente de meios de comunicação alemães, foi morta a tiro em Junho por um soldado depois de passar por um posto de controlo russo perto de Budyonnovsk. Shamkhan Kagirov, um repórter do diário de Moscou Rossiyskaya Gazeta e do jornal local Vozrozhenie, foi baleado e morto em uma emboscada na Chechênia. Kagirov e três policiais locais estavam viajando em um carro perto de Grozny quando foram atacados. Os três policiais também foram mortos.
  • 157. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 157 ] 11 de março de 1996 –Viktor Pimenov, um cinegrafista da empresa local de TV Vainakh, foi mortalmente baleado nas costas por um atirador posicionado no telhado de um prédio de 16 andares em Grozny. Pimenov estava filmando a devastação causada à capital chechena pelo ataque rebelde de 6 a 9 de março na cidade. Pimenov foi postumamente premiado com o Prêmio Rory Peck. 20 de março de 1996 – Nadezhda Chaikova, correspondente do jornal semanal Obshchaya gazeta (Moscou), desapareceu durante uma missão. Seu corpo foi encontrado enterrado na aldeia chechena de Gekhi em 11 de abril, vendado e mostrando sinais de abuso. A causa da morte foi um ferimento de bala na parte de trás da cabeça. A identidade de seus algozes permanece contestada. De acordo com documentos do arquivo de Dudaev que chegaram às mãos dos serviços especiais russos em 2002, ela foi morta por pessoas do chamado "Departamento de segurança do estado da República Chechena da Ichkeria" (em russo : Департамент государственной безопасности ЧРИ ). Na altura, havia fortes suspeitas de que os serviços de segurança russos estavam envolvidos.
  • 158. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 158 ] Setembro de 1996 a outubro de 1999 Não há registo de morte de jornalistas entre Setembro de 1996 e Outubro de 1999, mas 22 foram raptados durante estes três anos e posteriormente libertados. 2ª Guerra Chechena, 1999 em diante Uma operação antiterrorista das autoridades federais começou na região em setembro de 1999. Ela foi declarada encerrada em 16 de abril de 2009. 27–29 de outubro de 1999 – Jornalista Supyan Ependiyev. Na noite de 27 de outubro de 1999, vários mísseis balísticos de curto alcance atingiram um mercado ao ar livre lotado no centro de Grozny, matando e ferindo centenas de pessoas. Cerca de uma hora após o ataque, Ependiyev foi ao local para cobrir a carnificina para seu jornal. Quando ele estava saindo do local, uma nova rodada de foguetes caiu a cerca de 200 metros do bazar. Ependiyev sofreu ferimentos graves de estilhaços e morreu
  • 159. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 159 ] em um hospital de Grozny na manhã seguinte. De acordo com outras fontes, ele morreu dois dias depois. 29 de outubro de 1999 – Os cinegrafistas Ramzan Mezhidov e Shamil Gigayev. Os jornalistas faziam parte de um comboio civil, incluindo trabalhadores da Cruz Vermelha e veículos, que tentava deixar a Chechênia. Retornados na fronteira leste da república, eles estavam viajando pela rodovia de Grozny para Nazran, na vizinha Inguchétia, quando seus veículos foram atacados. Quando o comboio se aproximou de Shami-Yurt, um caça russo disparou várias vezes do ar, atingindo um ônibus cheio de refugiados. Mezhidov e Gigayev deixaram seu veículo para filmar a carnificina. Quando se aproximaram do ônibus, outro foguete russo atingiu um caminhão próximo, ferindo fatalmente os dois jornalistas. 19 de julho de 1999 – O fotojornalista Vladimir Yatsina, um membro da equipe do ITAR-TASS que trabalhava como freelancer em sua única viagem à Chechênia, foi sequestrado e morto por um grupo de wahabitas. 16 de outubro de 2000 – Antonio Russo, um jornalista freelancer italiano, foi morto em Tbilisi, Geórgia.
  • 160. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 160 ] Seu corpo foi encontrado perto de uma base do exército russo. Ele tinha vindo para a capital georgiana para documentar o conflito checheno como repórter da Radio Radicale, trabalhando para uma estação de rádio pertencente ao Partido Radical Italiano (Partito Radicale). Seu corpo exibia ferimentos causados por tortura, provavelmente por técnicas militares. Nenhuma das fitas, artigos e escritos deixados em seu apartamento georgiano foi encontrada. Ora, os homens de Sodoma eram extremamente perversos e pecadores contra o Senhor. Gênesis 13:13 [Putin é como um habitante de Sodoma, perverso, mata sem piedade, concorrentes, jornalistas, estrangeiros, leva a morte soldados russos e até refém russos] Aleksandr Yefremov, um fotojornalista do jornal siberiano ocidental Nashe Vremya foi morto na Chechênia quando rebeldes explodiram um jipe militar no qual ele viajava. Em missões anteriores, Yefremov ganhou elogios por suas fotos de notícias da região devastada pela guerra. 26 de setembro de 2002 – O cinegrafista e editor Roddy Scott foi morto na Inguchétia. Soldados russos
  • 161. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 161 ] encontraram seu corpo na região de Galashki, na república, perto da fronteira com a Chechênia, após uma batalha sangrenta entre forças russas e um grupo de combatentes chechenos. 15 de julho de 2009 – Natalia Estemirova, ex- professora, jornalista de TV e ativista premiada de direitos humanos, membro do conselho da ONG Memorial e autora da Novaya gazeta, foi sequestrada e assassinada. Estemirova foi sequestrada por volta das 8h30 da manhã em frente à sua casa em Grozny, na Chechênia, enquanto trabalhava em casos "extremamente sensíveis" de abusos de direitos humanos na Chechênia. Duas testemunhas teriam visto Estemirova sendo empurrada para dentro de um carro, gritando que estava sendo sequestrada. Ela foi encontrada com ferimentos de bala na cabeça e no peito às 16h30 em uma floresta a 100 m de distância da rodovia federal "Kavkaz", perto da vila de Gazi- Yurt, na Inguchétia. 1 de agosto de 2011 – Malika Betiyeva foi morta na rodovia Grozny-Shatoi. A editora-chefe adjunta da Molodyozhnaya smena e correspondente da Chechênia da
  • 162. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 162 ] revista Dosh (Palavra) morreu com quatro de seus familiares próximos em um acidente de carro. BIOGRAFIA DE VLADIMIR PUTIN Leon Aron publicou em 01 de julho de 2013 um artigo intitulado: Como Putin faz isso. Transcrevo na íntegra: Quando Vladimir Putin se tornou presidente interino da Rússia após a renúncia de Boris Yeltsin na véspera de Ano Novo de 1999, o major-general aposentado da KGB Oleg Kalugin, que já vivia em Washington ou nos arredores, foi questionado sobre o ex- tenente-coronel da KGB, Putin. "Nunca ouvi falar dele", respondeu Kalugin. O mais jovem chefe de contrainteligência da história soviética, Kalugin pode ter querido ressaltar a diferença entre eles em conquistas e patentes. (Desde então, Putin nunca se referiu a Kalugin como nada além de um "traidor". Dois anos após o primeiro mandato de Putin, Kalugin foi julgado à revelia,
  • 163. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 163 ] considerado culpado de traição e sentenciado a 15 anos.) No entanto, ciúmes profissionais à parte, Kalugin pode estar dizendo a verdade. Os melhores e mais brilhantes da inteligência soviética foram enviados para países "capitalistas": primeiro e acima de tudo, América, depois Grã-Bretanha, depois Escandinávia. Putin acabou na República Democrática Alemã — e mesmo assim não em Berlim Oriental, perto do Muro e da ação, mas no interior de Dresden. Seu trabalho, se tivesse sorte, era recrutar um esquerdista perdido da Alemanha Ocidental ou do Terceiro Mundo. Segundo outros relatos, o briefing de Putin era ainda menos glamoroso: ele era um mero elo entre a Stasi e a Quinta Diretoria da KGB, que lidava com dissidência doméstica. Havia legiões como ele nos bastidores dos escritórios da polícia secreta dos países do "campo socialista". A obscuridade é apenas um dos muitos fatores que fazem com que o caminho de Vladimir Putin para o poder seja semelhante ao de muitos autocratas modernos: começos modestos, perseverança, disciplina, trabalho duro, educação, designação para as forças armadas ou
  • 164. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 164 ] polícia secreta, força de vontade, uma ascensão burocrática implacável, mas nada espetacular — e, sempre, o golpe final de sorte. Além desses detalhes comuns, ainda há outro empecilho para a ambição de um biógrafo: o próprio homem, que é, por todos os relatos, controlado, sarcástico, frio, rabugento e de boca fechada. Forjar até mesmo uma narrativa levemente emocionante da "ascensão" de tal homem é um trabalho e tanto, mas Masha Gessen encara o desafio valentemente em The Man Without a Face (Riverhead Books, 336 páginas). Longe da exposição pretendida — e, no final, bastante tênue — que ela se propôs a escrever, seu livro é um poderoso lembrete de como é realmente o "parceiro" da Casa Branca de Obama no Kremlin. Gessen conta pouca coisa que seja nova, mas dada nossa capacidade nada impressionante de lembrar o passado e nossa propensão a constantemente "começar do zero", pode ser uma boa ideia revisitar a mentalidade orientadora da Rússia, especialmente enquanto tentamos mais uma "reinicialização" com o Kremlin.
  • 165. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 165 ] É difícil pensar em um jornalista russo mais qualificado para a tarefa. Uma importante repórter investigativa na década de 1990, Gessen viveu o material de seu livro. E é preciso coragem para escrever um livro como o dela e ainda insistir em viver na Rússia de hoje, onde as sanções por ultrapassar os limites aumentaram drasticamente desde a reeleição de Putin no ano passado. Ainda assim, mesmo para uma escritora com a experiência e agressividade de Gessen, os obstáculos são altos e não podem ser totalmente superados. Como qualquer um que escreve uma biografia de um líder russo, soviético e pós- soviético, ela foi prejudicada, e ocasionalmente infectada, pelo espírito mentiroso de um lugar onde quase todas as fontes, dentro ou fora do poder, são ou foram escravas e tiranas, vítimas e vitimizadoras, traidoras e traídas. O que Isaiah Berlin disse sobre a Mitteleuropa é, a fortiori, verdadeiro para o mundo dos sobreviventes do Kremlin: “a terrível [terra] distorcida na qual nada é reto, simples, verdadeiro, todas as relações humanas e todas as atitudes políticas são distorcidas em formas horríveis por aquelas vítimas terríveis que, por serem aleijadas, não reconhecem nada puro e firme no mundo!”
  • 166. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 166 ] Para seu crédito, Gessen buscou algo extremamente raro em sua busca: informações que fossem novas e verdadeiras. Ela localizou e entrevistou um ex- agente da KGB na Alemanha Oriental na década de 1980; o ex-assessor econômico pessoal de Putin, Andrei Illarionov; e o ex-primeiro-ministro Mikhail Kasyanov. Infelizmente, no final, todo esse trabalho acrescenta pouco à triste narrativa da infância que surgiu de um livro de entrevistas com Putin, publicado em 2000, e algumas memórias que surgiram desde então. Há a pobreza esmagadora de um apartamento comunitário infestado de ratos em um prédio em ruínas do século XIX em Leningrado do pós-guerra, uma cidade ainda se recuperando do sofrimento inimaginável do cerco de 900 dias que matou um milhão de pessoas por fome e bombardeio. Três famílias amontoadas no apartamento sem aquecimento, água quente ou banheiro. (Eles tomavam banho em um banheiro improvisado na escada, com água aquecida no fogão a gás.)
  • 167. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 167 ] Um pequeno, mas tenaz "hooligan", que lutava à menor provocação, o jovem Volodya se formou no ensino médio, se voluntariou para a KGB e foi instruído a estudar primeiro. Ele se candidatou ao departamento de direito da Universidade Estadual de Leningrado e, de alguma forma (ele não era um aluno brilhante), passou nos difíceis exames de admissão. Ao longo do caminho, ele se destacou na arte marcial soviética do sambo antes de passar para o judô. Para sua alegria, na formatura, ele foi descoberto pela KGB e se tornou um oficial de campo de baixo escalão em Leningrado. No devido tempo, ele foi enviado para a Academia Andropov em Moscou, aprendeu alemão e depois foi despachado para Dresden. Após a queda do Muro de Berlim, Putin, então casado e com duas filhas, retornou a Leningrado e se juntou à administração do primeiro prefeito eleito de Leningrado, o agitador da perestroika (e professor de direito na Universidade Estadual de Leningrado) Anatoly Sobchak. Putin foi o primeiro a ser encarregado das relações econômicas estrangeiras de Leningrado, seu alemão fluente aparentemente foi uma consideração fundamental
  • 168. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 168 ] na nomeação. Um vice-prefeito na época em que Sobchak perdeu uma tentativa de reeleição em 1996, Putin foi ajudado por seus laços com alguns dos principais conselheiros de Yeltsin de São Petersburgo (assim como suas conexões com a KGB) e garantiu uma posição na administração presidencial em Moscou, onde foi promovido a vice-chefe. Em 1998, ele foi nomeado chefe do sucessor da KGB, o FSB. Um ano depois, em agosto de 1999, aparentemente impressionado com sua lealdade, profissionalismo e aparente incorruptibilidade, o círculo de Yeltsin o escolheu para ser primeiro-ministro. Nos meses seguintes, uma série de eventos dramáticos fez de um homem totalmente desconhecido o político mais popular da Rússia. Após três meses como presidente interino, Putin venceu facilmente uma eleição relativamente livre em 2000. Gessen captura com maestria o entusiasmo quase incrível da emancipação espiritual que a revolução da glasnost trouxe a Leningrado entre 1988 e 1991. Seu resumo do golpe de agosto de 1991 e das provações e tribulações da década de 1990 estão entre os melhores, em inglês ou russo. Ela tem uma história envolvente para
  • 169. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 169 ] contar e a conta muito bem. (Resumos são notoriamente difíceis de manter precisos, mas eu notei apenas um erro factual: a Ucrânia declarou independência não em junho de 1991, mas no início de dezembro, após um referendo nacional.) Assim como muitos escritores fora de seus livros, os políticos raramente são interessantes fora da política. E Putin está tão longe de Churchill, ou Lyndon Johnson, ou Yeltsin em cores quanto Vladivostok está de Moscou. Nem mesmo um jornalista do calibre de Gessen pode torná-lo interessante. É em suas políticas que Putin ganha vida, muito mais nítido e convincente em seus decretos e nas leis que ele aprovou na Duma do que em mil entrevistas. Alguém respira aliviado quando, no meio do livro, Gessen abandona o “homem” para se concentrar em “sua época”. O objetivo abrangente do regime de Putin pode ser resumido como a recuperação de ativos políticos, econômicos e geoestratégicos perdidos no colapso soviético. Isso é o que pode ser chamado de "Doutrina Putin". Ele não é um neocomunista ou um construtor de impérios totalitários, nem um Pedro, o Grande, nem um Stalin. Em vez disso, ele parece pensar que sua missão é
  • 170. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 170 ] restaurar ao estado russo, pelo menos parcialmente, o que ele considera seu patrimônio, suas joias da coroa: propriedade da política, mídia e tribunais; controle sobre a economia — antes de tudo, gás e petróleo; e domínio político, econômico e militar incontestável sobre a antiga União Soviética. Gessen registra a implementação dessa agenda com um olhar atento aos detalhes. Putin providenciou que o hino nacional da União Soviética, sua melodia e letra examinadas e pessoalmente aprovadas por Stalin em 1943, fossem restauradas e equipadas com novas palavras. (Ninguém conhece as palavras, mas a melodia, ainda nos genes de milhões, junto com terror e espanto, é reconhecida instantaneamente — o que, é claro, era precisamente o ponto.) A câmara alta do parlamento, o Conselho da Federação, não era mais eleita diretamente, mas nomeada. As redes de televisão mais populares do país, NTV e Channel One, foram assumidas pelo estado. Para se registrar para a eleição, os candidatos presidenciais tiveram que coletar dois milhões de assinaturas em algumas semanas. A sufocação do travesseiro macio da protodemocracia da Rússia começou.
  • 171. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 171 ] Então veio o Caso Yukos: a dissolução e nacionalização efetiva da maior e mais moderna empresa privada da Rússia e a prisão de seu diretor, Mikhail Khodorkovsky, que ousou pensar que estava no controle de sua própria empresa (ele quase a vendeu para a Exxon ou Chevron sem a permissão explícita do Kremlin) e seu próprio dinheiro (ele financiou a oposição, em todos os níveis, da esquerda para a direita). Condenado por "fraude" e "evasão fiscal" e sentenciado a oito anos, Khodorkovsky seria julgado novamente em 2009-10, dois anos antes do fim da sentença, e devidamente sentenciado a mais cinco anos, desta vez por roubar 218 milhões de toneladas de petróleo de sua própria empresa. (Sua sentença foi posteriormente reduzida em dois anos em apelação.) Nunca é “apenas negócios” entre Putin e suas vítimas estrelas, como O Poderoso Chefão diria; é “pessoal” também. No caso de Khodorkovsky, foi a ofensa imperdoável de discutir com Putin no Kremlin na frente de outros “oligarcas”. (“Sr. Presidente, seus ministros são ladrões e tomadores de propina” é a citação mais conhecida dessa troca.) Se Khodorkovsky for solto quando sua sentença acabar em 2014, o que é muito improvável
  • 172. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 172 ] enquanto Putin estiver no Kremlin, ele terá estado na prisão ou nos campos mais duros e remotos por 11 anos. Na Rússia de hoje, alguém poderia escapar com uma sentença mais curta por assassinato. O assalto à Yukos funcionou exatamente como Putin pretendia. Após a apreensão dos ativos mais produtivos da Yukos pela empresa estatal Rosneft, o controle do Kremlin sobre a indústria petrolífera foi reafirmado. Tão importante quanto isso, não apenas os "oligarcas", mas também as empresas de cima a baixo em toda a Rússia foram para sempre amedrontadas de financiar partidos políticos, organizações da sociedade civil ou mídia, sem a aprovação do Kremlin. Sem fundos independentes para garantir seus vínculos com o eleitorado, a política russa se tornou uma paisagem de Potemkin, pontilhada com logotipos de papelão de partidos permitidos ("registrados"), que poderiam ser subvertidos, proibidos ou destruídos pelo Kremlin a qualquer momento. Insights importantes sobre a perspectiva de Putin também podem ser obtidos a partir de como ele lidou com certas crises de reféns instigadas por terroristas do Cáucaso do Norte muçulmano, uma região que, sob Putin,
  • 173. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 173 ] foi consumida por levantes fundamentalistas. Os relatos de Gessen sobre as duas maiores tragédias que ocorreram nessa região são magistrais. Em 23 de outubro de 2002, cerca de 800 espectadores foram feitos reféns em um teatro de Moscou por 40 a 50 terroristas chechenos, muitos deles mulheres em hijabs. Algumas dezenas de crianças e estrangeiros foram logo libertados. Nas 58 horas seguintes, negociadores não governamentais iam e vinham, ocasionalmente trazendo um ou dois reféns ou um acordo para deixar passar água e suco (que nunca chegava aos reféns porque as autoridades não conseguiam concordar com o protocolo). As exigências dos terroristas, escreve Gessen, eram "quase ridiculamente fáceis de cumprir". Eles queriam que Putin declarasse que pretendia acabar com a guerra na Chechênia e ordenasse a retirada das tropas de qualquer distrito em sua pequena terra natal. No início da manhã do terceiro dia, gás foi bombeado através das aberturas e todos ficaram inconscientes em minutos. Ao entrar no prédio, os comandos russos mataram todos os sequestradores com tiros na cabeça. Os explosivos com os quais os chechenos
  • 174. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 174 ] ameaçaram explodir o teatro nunca foram ativados. Mais tarde, investigadores independentes presumiram plausivelmente que as “viúvas negras” usavam coletes de mártires “fictícios”. Envenenados, inconscientes, privados de sono e gravemente desidratados, os reféns foram levados para fora do prédio e, em vez de serem levados às pressas para o hospital ao lado, foram colocados de costas nos degraus do teatro. Muitos morreram ali, sem recuperar a consciência, engasgados com o vômito. Mais tarde, os mortos e inconscientes foram colocados em ônibus para o centro de Moscou. Eles foram transportados sentados. Mais engasgaram quando suas cabeças viraram para trás. Ainda mais morreram depois de chegar aos hospitais porque as autoridades se recusaram a contar aos médicos a composição do gás incapacitante. No final, 129 reféns morreram. Dois anos depois, em 1º de setembro de 2004, na cidade de Beslan, na Ossétia do Norte, militantes, em sua maioria chechenos, fizeram mais de 1.000 crianças e seus pais reféns no primeiro dia de aula. Tecido a partir dos depoimentos de especialistas independentes, o relato de
  • 175. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 175 ] Gessen sobre o que se seguiu é de partir o coração e condenatório. Desde o início, os sequestradores estavam dispostos a negociar e nomearam várias pessoas com quem queriam falar. Um deles, o presidente da Ossétia do Norte, Alexander Dzasokhov, foi impedido pelas tropas russas de entrar no prédio. Mas o ex-chefe da vizinha Inguchétia, Ruslan Aushev, conseguiu entrar. Junto com 26 mulheres com bebês, ele apresentou as exigências dos terroristas. Elas eram a oferta inicial usual: independência da Chechênia, retirada das tropas e o fim da guerra. O “presidente” da autoproclamada República Chechena (“Ichkeria”) e então talvez o homem mais procurado da Rússia, Aslan Maskhadov, concordou em ir a Beslan para negociar. Enquanto os terroristas, reféns e milhares de familiares atrás do cordão de tropas esperavam por Maskhadov no terceiro dia do cerco, duas explosões sacudiram o prédio da escola. Aqui o relato de Gessen contradiz categoricamente a versão oficial. Segundo ela, o que os reféns lembram como uma "bola de fogo gigante" não veio dos explosivos detonados pelos terroristas, mas de lançadores de granadas russos disparados diretamente
  • 176. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 176 ] no ginásio escolar superlotado. Os sequestradores então ordenaram que aqueles que pudessem se mover fossem para o refeitório da escola e ficassem nas janelas, para mostrar que as tropas estavam atirando em mulheres e crianças. As tropas, de acordo com Gessen, responderam com projéteis de tanque, granadas e lança-chamas "à queima-roupa". Enquanto os terroristas tentavam repetidamente mover mulheres e crianças para salas ainda não incendiadas, a polícia local implorou em vão às tropas russas para pararem de atirar. No final, 334 pessoas foram mortas, 186 delas crianças. Contudo, os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. 2 Timóteo 3:13 [Quanto mais passa o tempo, mais Putin piora. Os perversos só pioram.] Um padrão operacional emerge dessas instâncias: salvar reféns é uma questão terciária; negociações são um sinal de fraqueza; matar sequestradores, todos eles e o mais rápido possível, independentemente de suas
  • 177. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 177 ] demandas ou disposição para negociar, é a chave. Gessen escreve: Uma vez que a tomada de reféns ocorreu, as forças-tarefa do governo agindo sob a supervisão direta de Putin fizeram de tudo para garantir que a crise terminasse da forma mais horripilante possível — para justificar a continuação da guerra na Chechênia e mais repressões à mídia e à oposição na Rússia e, finalmente, para reprimir qualquer possível crítica do Ocidente, que, após o 11 de setembro, foi obrigado a reconhecer em Putin um companheiro lutador contra o terrorismo islâmico. Há uma razão pela qual as tropas russas em Moscou e Beslan agiram de maneiras que maximizaram o derramamento de sangue; elas realmente visavam multiplicar o medo e o horror. Este é o modus operandi clássico dos terroristas e, neste sentido, pode-se certamente dizer que Putin e os terroristas estavam agindo em conjunto. Três meses depois, citando a necessidade de unidade e segurança, a Duma carimbou uma lei que cancelou as eleições para governador. Daí em diante, todos os governadores regionais seriam nomeados pelo Kremlin. No mesmo mês, uma emenda constitucional
  • 178. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 178 ] aboliu as eleições diretas para a Duma; nessa época, metade dos assentos já havia sido preenchida. Todo o parlamento seria preenchido por deputados eleitos nas listas dos partidos aprovados pelo Kremlin (“registrados”). Havia, Gessen observa perceptivamente, apenas um oficial eleito diretamente pelo povo russo: o presidente. Ela poderia ter acrescentado algo mais a essa poderosa coda. Falando à nação na televisão um dia após o fim da provação de Beslan, Putin declarou que o terrorismo era apenas uma guerra por procuração contra a Rússia por alguns malfeitores internacionais não identificados. Esses vilões não identificados, mas dificilmente desconhecidos — depois de gerações criadas com propaganda antiamericana, seu público, certamente, não suspeitava da França ou da Alemanha — "gostariam de nos arrancar um pedaço suculento da torta", disse Putin. "Outros os ajudam. Eles ajudam, argumentando que a Rússia ainda continua sendo uma das maiores potências nucleares do mundo e, como tal, ainda representa uma ameaça para eles. E então eles argumentam que essa ameaça deve ser removida. O terrorismo, é claro, é apenas um instrumento para atingir esses objetivos." A Rússia
  • 179. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 179 ] como uma fortaleza sitiada cujas muralhas Putin valentemente maneja se tornaria um tema-chave de legitimação de seu regime. Houve outro mau presságio no mesmo discurso de cinco minutos. “Nós nos mostramos fracos”, disse Putin. “E os fracos são derrotados.” A última frase foi apenas uma citação ligeiramente modificada do famoso discurso de Stalin de fevereiro de 1931, no qual ele justificou sua “industrialização” assassina: “Os atrasados são derrotados. Você fica para trás, você é fraco significa que você pode ser derrotado e escravizado.” Gessen pinta um retrato de um Vladimir Putin que é petulante, vaidoso, sempre se ressentindo das ofensas percebidas pelos Estados Unidos, possuidor de fúria fria e capaz de vingança persistente e eficaz. Mas ele não é Saddam Hussein, muito menos um Stalin. Ele não pretende erradicar toda e qualquer dissidência por meio de assassinatos em massa. Até agora, as "linhas vermelhas" foram traçadas com parcimônia, e apenas duas significaram a ruína para aqueles que ousaram cruzá-las. Uma circulou Yukos e Khodorkovsky. A outra percorreu os quatro atentados a bomba em prédios de apartamentos
  • 180. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 180 ] (dois deles em Moscou) em setembro de 1999 — a tragédia que tornou Putin famoso. Matando 300 pessoas e ferindo centenas de outras, as explosões, que ocorreram poucas semanas após a nomeação de Putin como primeiro-ministro e foram imediatamente atribuídas pelo Kremlin aos separatistas chechenos, aumentaram a popularidade de um jovem e aparentemente duro chefe de governo, que prometeu "expulsar [os chechenos] do banheiro externo". Teóricos da conspiração anti-regime quase imediatamente vincularam as explosões ao esforço do FSB para solidificar a imagem de Putin como salvador da Rússia. Essa teoria deveria ter sido descartada como monstruosa demais para ser imaginada, não fosse o fato de que agentes do FSB foram pegos em flagrante enquanto plantavam sacos de explosivos no porão do prédio de apartamentos em 22 de setembro na cidade de Ryazan, cem milhas a sudeste de Moscou. A explicação oficial — de que isso tinha sido um exercício de treinamento — estava cheia de inconsistências demais para ser crível.
  • 181. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 181 ] A verdade sobre as explosões não será conhecida até que os responsáveis testemunhem em julgamentos ou em sessões da Comissão da Verdade em uma Rússia pós- Putin. Mas o caso do envolvimento do diretor é fortalecido pela taxa de letalidade daqueles que persistiram em investigar as explosões. O deputado liberal da Duma Sergei Yushenkov foi morto a tiros em uma rua de Moscou em abril de 2003. Dois meses depois, Yuri Shchekochikhin, um jornalista investigativo e editor adjunto do jornal de oposição, Novaya Gazeta, adoeceu reclamando de uma "sensação de queimação" por todo o corpo. Ele morreu em poucos dias do que foi diagnosticado como uma "síndrome alérgica" causada por uma "toxina desconhecida" depois que sua pele descascou e seu cabelo caiu. Dois anos depois, foi a vez de Anna Politkovskaya. Ela foi morta a tiros no elevador de seu prédio. Talvez a jornalista cruzada mais conhecida da Rússia, Politkovskaya havia divulgado todo tipo de incompetência, corrupção e brutalidade do regime, especialmente na acusação das guerras chechenas e na crise dos reféns no teatro. Mas seu assassinato, como os de Yushenkov e Shchekochikhin, provavelmente poderia ter sido causado
  • 182. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 182 ] por sua associação com um ex-oficial do FSB chamado Alexander Litvinenko, que havia feito da missão de sua vida chegar ao fundo dos atentados a bomba nos apartamentos. Um suposto denunciante que alegou corrupção e incompetência do FSB, Litvinenko havia escapado para Londres antes de ser levado a julgamento. Usando as conexões e a experiência do FSB que adquiriu enquanto trabalhava lá, ele juntou evidências do envolvimento da organização nas explosões e publicou um livro sobre isso. (Ele também havia determinado que um informante do FSB estava entre os sequestradores do teatro, sugerindo que os serviços especiais russos sabiam sobre a operação planejada de antemão. Litvinenko até descobriu o nome do informante e passou a informação para Yushenkov e Politkovskaya.) Três semanas após o assassinato de Politkovskaya, Litvinenko ficou doente. Como Shchekochikhin, ele sentiu uma sensação de queimação na garganta, esôfago e estômago. Ele não conseguia beber e vomitava incessantemente. Seu cabelo começou a
  • 183. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 183 ] cair. Antes de entrar em coma, Litvinenko ditou uma declaração a ser divulgada após sua morte: Acho que chegou a hora de dizer algumas palavras ao homem responsável pela minha condição atual. Você pode me forçar a ficar quieto, mas esse silêncio tem um preço para você. Você provou agora que é exatamente o bárbaro implacável que seus críticos mais severos fizeram de você. Você demonstrou que não tem respeito pela vida humana, liberdade ou outros valores da civilização. Você mostrou que não merece manter seu posto e não merece a confiança de pessoas civilizadas. Você pode calar um homem, mas o barulho de protestos em todo o mundo ecoará em seus ouvidos, Sr. Putin, até o fim de sua vida. Que Deus o perdoe pelo que você fez, não apenas a mim, mas à minha amada Rússia e seu povo. Poucas horas após a morte de Litvinenko, a polícia de Londres determinou que ele havia sido envenenado por Polônio 210: um isótopo altamente radioativo, letal quando ingerido e produzido quase exclusivamente na Rússia, onde sua fabricação é rigidamente controlada pelas autoridades federais. A extração de até mesmo uma
  • 184. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 184 ] pequena quantidade deve ser autorizada no nível mais alto. A polícia seguiu o rastro radioativo até hotéis e restaurantes, identificou um empresário e ex-oficial do FSB Alexander Lugovoy como o principal suspeito do envenenamento e solicitou sua extradição. A reação foi típica de Putin: ele elegeu Lugovoy para a Duma na chapa do Partido Rússia Unida do Kremlin, garantindo assim sua imunidade de acusação. Putin, o suposto “modernizador autoritário” (e, como tal, herói de muitos “realistas” dos EUA), tem, de fato, presidido a desmodernização de praticamente todos os aspectos da existência do país. Há retrocesso em todos os fatores que determinam o progresso político, social e econômico no século XXI: liberdades civis e políticas, autogoverno democrático, independência da mídia e uma economia de mercado. Sua política tem sido uma semirestauração reacionária clássica. Putin escolheu gás natural e petróleo como as chaves para o desenvolvimento da Rússia ao longo do próximo meio século. A Rússia se tornou o maior produtor mundial de petróleo, bombeando mais de 10 milhões de barris por dia, e o preço desse "ouro negro" disparou, de
  • 185. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 185 ] US$ 18 o barril no início do mandato de Putin para US$ 147 o barril em 2008. O PIB da Rússia seguiu a trajetória das commodities. A renda real do país cresceu duas vezes e meia seu tamanho. A pobreza foi reduzida pela metade. Espelhando a dinâmica da riqueza da Rússia, os índices de aprovação de Putin de 2000 a 2008 foram astronômicos e sólidos como uma rocha. Mas, como sempre, havia um preço a pagar. A Rússia sob Putin começou a parecer cada vez mais um petro-estado, completo com todas as sutilezas associadas a tais políticas: consolidação autoritária, orçamentos militares e policiais crescentes, mobilidade ascendente estagnada e a imigração de jovens e bem-educados. Enquanto isso, a qualidade da educação declinou constantemente, assim como os gastos com saúde, que já eram obscenamente baixos como uma parcela do PIB. Hoje, a ciência e a tecnologia ficaram para trás constantemente, mesmo na defesa, a única área em que a União Soviética se esforçou para permanecer moderna. A marinha russa agora compra porta-helicópteros franceses a US$ 600 milhões por navio, enquanto os testes de novas gerações de mísseis balísticos foram atormentados por
  • 186. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 186 ] fracasso após fracasso. Em 2012, um satélite russo caiu do céu. E então há a corrupção. Os russos dizem consistentemente aos pesquisadores que a corrupção e a venalidade estão muito piores agora do que no final da União Soviética ou na "maldita" década de 1990. (Em 1997, Yeltsin demitiu vários assessores importantes depois que a mídia livre da época revelou que eles receberam US$ 15.000 cada um como honorário por um livro que seriam coautores. Os ministros de Putin provavelmente gastarão tanto, se não mais, em vinho nos inúmeros restaurantes ultracaros de Moscou.) No ano passado, a Rússia ficou em 133º lugar entre 176 países no índice de "percepção de corrupção" da Transparência Internacional — uma pontuação igual à do Irã, Cazaquistão, Honduras e Comores. O país está prestes a atingir o ponto em que a corrupção não está apenas impedindo, mas paralisando as instituições econômicas e sociais. Apesar de todas as suas limitações inerentes, Gorbachev e Yeltsin tentaram apelar aos melhores instintos do povo russo. Putin busca os mais básicos. De cima a baixo, a Rússia está atolada em um cinismo desconhecido até mesmo sob Brezhnev.
  • 187. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 187 ] Não são mais funcionários individuais que roubam. Departamentos inteiros ou mesmo ministérios foram “privatizados”. Em novembro passado, as autoridades russas anunciaram que cerca de US$ 200 milhões foram roubados de um programa de agência espacial, enquanto outra investigação perseguiu um golpe de US$ 100 milhões dentro do Ministério da Defesa. Em 2009, o presidente Dmitri Medvedev revelou que um trilhão de rublos (ou cerca de US$ 30 bilhões) é roubado do orçamento todo ano. Três anos depois, a Câmara de Auditoria do Estado chegou à mesma estimativa. Gessen reconta a história de talvez o mais notório dos golpes: em 2007, o Departamento de Tributação do Ministério das Finanças desviou US$ 230 milhões do Tesouro russo em um esquema elaborado que envolveu várias decisões judiciais e empresas fictícias. Um contador fiscal chamado Sergei Magnitsky, que descobriu o esquema, foi efetivamente assassinado na prisão depois de ser espancado quase diariamente e ter negado atendimento médico para um problema cardíaco e pancreatite. A única pessoa julgada pelo assassinato foi um médico da prisão, que foi absolvido. Em uma rara
  • 188. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 188 ] execução de dever moral — e diante da oposição da Casa Branca — em 26 de novembro do ano passado, o Congresso dos EUA aprovou o Sergei Magnitsky Rule of Law Accountability Act, que nega vistos a autoridades russas cúmplices do assassinato de Magnitsky (enquanto congela seus ativos nos Estados Unidos), bem como a outros perpetradores de corrupção e abusos de direitos humanos. “Ryba portitsya e golovy”, diz o ditado russo; um peixe apodrece da cabeça para baixo. Tentando ir até a cabeça, Gessen dedica um dos segmentos mais longos de seu livro ao trabalho de Putin em São Petersburgo. Ele teria assinado uma dúzia de contratos, no valor de US$ 92 milhões, para entregas de alimentos da Alemanha para a cidade faminta em troca de petróleo, madeira, metais e outras commodities. O pagamento em espécie foi feito, mas a carne nunca foi entregue. A líder do Conselho Municipal de São Petersburgo democraticamente eleito, Marina Salye, alegou ter estabelecido a culpabilidade de Putin e passado os documentos para Moscou. Não deu em nada. (Mortalmente com medo da retaliação de Putin,
  • 189. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 189 ] Salye se escondeu por anos em um vilarejo remoto onde Gessen a encontrou e tentou entrevistá-la.) No final, não há nenhuma prova irrefutável. De fato, 22 anos após o nascimento da nova Rússia, mal há fumaça, apenas a habitual névoa fétida de fraude e traição universal que cerca o Kremlin. Mas o uso do poder é o teste final e objetivo. Hoje, os amigos e associados de Putin (a maioria de São Petersburgo e quase todos do FSB ou de seu clube de judô) possuem ou controlam alguns dos negócios mais lucrativos do país: bancos; conglomerados de mídia; o monopólio de exportação de armas; redes celulares; ferrovias russas; o maior produtor de gás natural do mundo, Gazprom; e a maior empresa petrolífera de capital aberto (por produção) do mundo, Rosneft. A quarta maior empresa de comércio de petróleo, Gunvor, que exporta pelo menos um terço do petróleo russo e gera uma receita estimada de US$ 80 bilhões por ano, é de propriedade do parceiro de judô de longa data de Putin, Gennady Timchenko. No que o estudioso russo-americano Nikolas Gvosdev chamou de “Rússia, Inc.”, a fusão de poder e propriedade atingiu um nível em que, como disse o diretor do Centro Carnegie de Moscou, Dmitri Trenin,
  • 190. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 190 ] aqueles “que governam a Rússia hoje, são donos da Rússia”. Deus julgará os de fora. "Expulsem esse perverso do meio de vocês". 1 Coríntios 5:13 [Putin será expulso da Rússia, da Ucrânia da Chechênia e não perturbará mais o mundo. A natureza cuidará dele, já tem 71 anos...] Com seu salário oficial de US$ 120.000, Putin conseguiu acumular uma coleção de relógios de luxo de US$ 700.000. (Dizem que ele é especialmente parcial com um Patek Philippe de ouro branco de US$ 60.000.) Estima- se que ele "tenha acesso" a 20 palácios e vilas, 58 aeronaves e 4 iates. A verdadeira riqueza pessoal de Putin é uma incógnita. Os especialistas da oposição estimaram que ela esteja entre US$ 40 e US$ 70 bilhões, o que o tornaria um dos três homens mais ricos do mundo. (O número quase inacreditável se torna mais crível quando somos lembrados, pela Forbes , que Gennady Timchenko vale mais de US$ 9 bilhões. Outro antigo parceiro de judô de Putin, Arkady Rotenberg, cuja empresa fornece tubos de grande diâmetro para os oleodutos da estatal Gazprom,
  • 191. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 191 ] estima-se que tenha uma fortuna pessoal de pelo menos US$ 1 bilhão.) Conforme contado por Gessen, a história da vila de US$ 1 bilhão de Putin no Mar Negro — completa com 16 prédios, várias piscinas e helipontos — parece paradigmática de como a “Rússia, Inc.” opera. Logo após Putin ser eleito presidente em 2000, alguns dos “oligarcas” russos mais ricos foram “solicitados” a doar centenas de milhões de dólares para uma instituição de caridade comprar equipamentos médicos. Eles foram cobrados a mais em cerca de um terço, com a diferença sendo investida “na economia russa” por uma empresa da qual Putin possuía 94% das ações. Gradualmente, de acordo com o antigo dono do negócio de equipamentos médicos, Sergei Kolesnikov, que tornou pública a história alguns anos atrás (e a quem Gessen entrevistou), cada vez menos dinheiro estava disponível para investimento, pois os fundos eram cada vez mais desviados para um “pequeno projeto pessoal”, envolvendo “a casa de Putin”. No final, Kolesnikov foi instruído a fechar todas as contas, pois cada dólar e rublo havia sido investido na construção.
  • 192. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 192 ] Há uma diferença, conclui Gessen, entre cleptomania — um desejo patológico de possuir coisas, mesmo aquelas para as quais se tem pouca utilidade — e pleonexia, que ela descreve como o desejo insaciável de ter coisas que pertencem legitimamente a outros. Ela diagnostica Putin com a última doença. As páginas mais envolventes dessa saga deprimente estão no epílogo, que trata das manifestações anti-Putin em massa em Moscou que eclodiram após as eleições mais descaradamente manipuladas da Rússia para a Duma, em dezembro de 2011. Aqui, Gessen se entrega ao recurso narrativo mais enlouquecedor, também prevalente nas seções anteriores do livro: a implacável imposição de si mesma em sua própria narrativa. Ao longo do livro, parágrafo após parágrafo, a primeira pessoa do singular aparece em todas as linhas, ou em todas as outras: “Eu disse”, “Eu pensei”, “Eu jantei com”, “Eu entrevistei”, “Eu perguntei”, “Eu coordenei a cobertura de”. O sujeito é Putin; a heroína é Gessen. Sabemos precisamente onde ela estava e o que estava fazendo quando os principais eventos da narrativa ocorrem. Ela interrompe suas férias no Mar Negro. Ela
  • 193. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 193 ] chora em sua mesa quando ouve sobre a tomada de reféns em Beslan em 1º de setembro de 2004. Um colega de trabalho atencioso lhe dá uma lata de Coca-Cola. Aprendemos que Gessen é uma repórter durona e destemida, embora continue sendo, naturalmente, um ser humano sensível. Descobrimos que as histórias que ela escreveu na década de 1990 "ninguém tinha contado antes" e que elas estavam frequentemente na capa da revista para a qual ela trabalhava. O leitor é presenteado com uma linha do tempo detalhada da carreira de Gessen, conforme ela se desenrola ao lado da de Putin: ela foi de repórter investigativa de ponta na revista Itogi para chefe do escritório de Moscou do US News & World Report para editora de um "semanário de Moscou" sem nome para editora de um site político para editora da revista brilhante Snob para editora em uma editora. E não vamos esquecer o Herald Tribune, do qual ela é "uma colaboradora regular". Gessen adota um menino ("Vova", o diminutivo russo padrão para "Vladimir") e dá à luz (é uma menina, caro leitor, é uma menina). Ela fica "ansiosa" e, ao deixar as crianças na escola, vai dormir. Ela “se preocupa”, ouvindo o rádio enquanto dirige para casa da dacha. Ela leva sua
  • 194. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 194 ] família para uma “comédia americana insípida em um shopping caro no centro de Moscou”. Ela vai de bicicleta para o trabalho. Ela vai para uma academia. Parece, conforme o epílogo se desenrola, que estamos prestes a ver mais e mais disso. Ela repete a mesma previsão na próxima página para um colega convidado em uma festa de aniversário, um "jovem repórter inteligente do grupo presidencial do principal diário de negócios". Depois de votar (e fotografar a cédula e enviar a foto para o Facebook), ela parte para a festa de aniversário, onde é cercada pelo tipo de multidão "misturada", mas brilhante, na qual ela parece sempre se encontrar: "publicadores de livros, jornalistas, designers e pelo menos um fabricante rico". Mas continue, e eventualmente você será presenteado com um dos melhores relatos escritos da “Revolução de Inverno”, desde a primeira manifestação em 5 de dezembro de 2011, quando Gessen de repente sentiu “o medo se dissipar”, até aquele glorioso sábado na Praça Bolotnaya em 10 de dezembro, quando a classe média russa pós-soviética parecia ter atingido a maioridade
  • 195. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 195 ] política. Tendo alcançado bem-estar econômico e liberdade pessoal sem precedentes, eles começaram a clamar por dignidade na cidadania democrática. Foi o segundo despertar moral nacional da Rússia, o primeiro sendo a revolução da glasnost de 1987-91. Assim como suas amigas, Gessen chegou a Bolotnaya sem saber o que esperar e se viu entre dezenas de milhares de concidadãos (100.000 é uma estimativa frequentemente aceita), depois de anos acreditando que apenas algumas dezenas compartilhavam de suas opiniões. Informadas no Facebook, Twitter e LiveJournal sobre os símbolos recém-descobertos do protesto, muitas carregavam balões brancos e usavam cachecóis brancos, chapéus brancos e até mesmo, no frio congelante do inverno russo, calças brancas. "Já ouvi um milhão de piadas, e todas eram engraçadas!", ela ouviu um jovem gritando em seu celular. "Estar cercada por dezenas de milhares de pessoas com ideias semelhantes realmente parece ouvir um milhão de piadas engraçadas ao mesmo tempo", escreve Gessen. De repente, a polícia foi educada e as redes de televisão estavam relatando o protesto com sinceridade. "Reconheço algo que observei em outros
  • 196. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 196 ] países, quando cobri suas revoluções", escreve Gessen. “Chega um dia em que você liga a televisão e os mesmos capangas que estavam espalhando propaganda para você ontem, sentados nos mesmos estúdios contra os mesmos cenários, começam a falar uma linguagem humana.” A vitória durou pouco, é claro. Uma vez reeleito três meses depois, Putin deixou bem claro que o regime não desistiria sem uma luta prolongada e brutal. Ele encenou um contra-ataque calculado e eficaz, projetado para marginalizar, assustar e vitimizar a oposição. Como voltas de parafuso cuidadosamente calibradas, as leis apertaram as algemas. Penas de prisão ou multas enormes são aplicadas para participação em "manifestações não autorizadas". A definição de "traição" se expandiu a ponto de receber informações de uma organização considerada "hostil" à Rússia poder levar alguém à prisão por 20 anos. A Internet é rotineiramente censurada, e a memória cultural do terror e da mania de espionagem foi reativada pela declaração de que organizações de direitos civis e humanos financiadas do exterior são "agentes estrangeiros". Paralelamente, capangas do Kremlin assediaram o embaixador dos EUA, Michael McFaul, e o
  • 197. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 197 ] Kremlin expulsou a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional depois de 20 anos, e bilhões de dólares dos contribuintes americanos foram gastos para promover a democracia e a sociedade civil — sem nem um gemido de protesto da Casa Branca. Não tendo encontrado nenhuma resistência internacional à prisão domiciliar e ao julgamento em andamento dos dois principais líderes da oposição, Sergei Udaltsov e Alexei Navalny, o regime provavelmente levará a perseguição judicial à sua conclusão quase certa de longas penas de prisão. Navalny está enfrentando uma sentença de 10 anos (por uma acusação de desvio de 13.000 pés cúbicos de madeira de uma empresa estatal), e só Deus sabe quantos anos serão dados a Udaltsov, que é acusado de planejar tumultos em massa para derrubar o governo e de buscar assistência financeira de autoridades georgianas. Em outubro, o associado de Udaltsov foi sequestrado pelo serviço secreto russo em Kiev e levado para Moscou, onde foi algemado e mantido sem água, comida ou acesso a um banheiro até que ele implicasse Udaltsov. Em breve saberemos se tal repressão marca a saída do regime do autoritarismo relativamente brando de
  • 198. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 198 ] Franco e Salazar para o de Marcos, Mugabe e Duvalier — e, se assim for, se causará uma resposta semelhante por parte da oposição, que até agora se agarrou teimosamente à não violência. Suas mãos executam planos perversos, praticam suborno abertamente. Salmos 26:10 [Putin é provavelmente um dos homens mais ricos do mundo a base de propina dos oligarcas.] Mas durante aquele dezembro mágico, uma Rússia livre, próspera e estável, finalmente em paz com seu próprio povo e o mundo, parecia ao alcance de Gessen e dezenas de milhares de seus compatriotas. Embora esse sonho tenha sido frustrado, eles estão, historicamente, em terreno sólido. Eleições roubadas são um péssimo presságio para aqueles que as perpetram. O insulto nunca é totalmente perdoado e eventualmente destrói o regime ofensor — seja em semanas, como na Geórgia em 2003, ou em meses, como na Ucrânia em 2004, ou depois de quatro anos, como na Sérvia de Milosevic em 2000, ou depois de quase uma década e meia, como nas Filipinas de Marcos em 1986, ou mesmo ao longo de duas décadas,
  • 199. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 199 ] como em Mianmar, cuja transição ainda está inacabada hoje. A menos que haja outra crise mundial e a consequente queda nos preços do petróleo, Putin pode durar ainda mais. No entanto, quando ele insistir em continuar governando, com seu índice de aprovação no menor nível em 12 anos e com milhões de russos já dizendo aos pesquisadores que são contra sua candidatura para outro mandato de seis anos|, ele provavelmente precipitará uma crise política que pode derrubar o regime. Não importa o que ainda esteja por vir, os protestos de dezembro tiveram sucesso em algo extremamente importante. Eles garantiram que o arco da história de Putin, que ele fez da Rússia, não está mais em seu controle incontestado. [8]
  • 200. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 200 ] REFERÊNCIAS: 1 - Disponível em: http://www.foreignaffairs.house.gov/, http:// docs.casa.gov, ou http://www.govinfo.gov ou https://www.congress.gov/event/118th-congress/house- event/115669/text 2 - https://www.rferl.org/a/enemies-kremlin-deaths- prigozhin-list/32562583.html 3 - https://www.theguardian.com/world/2024/feb/16/the- mysterious-violent-and-unsolved-deaths-of-putins-foes- and-critics-alexi-navalny 4 - https://www.theguardian.com/world/2023/aug/27/history- killing-how-russia-has-silenced-putins-opponents 5 - https://www.abc.net.au/news/2024-03-16/how- russian-election-is-rigged-for-vladimir-putin/103595508 6 - https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_journalists_killed_in_R ussia
  • 201. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 201 ] 7 - https://www.independent.co.uk/news/world/europe/russia- ukraine-prigozhin-putin-wagner-b2469030.html 8 - https://www.aei.org/articles/how-putin-does-it/ 9 - https://www.theguardian.com/world/2008/feb/15/georgia.ru ssia 10 - https://www.reuters.com/world/europe/would- be-putin-challenger-duntsova-barred-running-election- campaign-team-2023-12-23/ 11 - https://www.bbc.com/news/world-europe- 68237791 12 - https://www.politico.eu/article/ilya-yashin- freed-dissident-vladimir-putin-swap-exile-without-consent/ 13 - https://www.journalofdemocracy.org/online- exclusive/why-vladimir-kara-murza-gave-up-his-freedom/ 14 - https://www.bbc.com/news/world-europe- 30939543 15 - oglobo.globo.com/mundo/putin-condecora- suspeito-de-matar-ex-espiao-lider-checheno-ligado- assassino-de-opositor-15543006
  • 202. COMO VLADIMIR PUTIN ELIMINA OS OPOSITORES [ 202 ] LISTA DE LIVROS PUBLICADOS DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ COLEÇÃO: MENTES BRILHANTES Guilherme Fiúza, mente brilhante Rodrigo Constantino, mente brilhante Augusto Nunes – mente brilhante Allan dos Santos – mente brilhante Luciano Hang – mente brilhante Roberto Jefferson – mente brilhante Alexandre Garcia, mente brilhante Olavo de Carvalho, mente brilhante Bernardo Küster, mente brilhante Caio Coppolla, mente brilhante Deltan Dallagnol, mente brilhante Gustavo Gayer, mente brilhante Adrilles Jorge, mente brilhante Magno Malta, mente brilhante ESTADOS UNIDOS Governo Glorioso de Donald Trump CONSERVADORISMO Deus é Conservador e o Diabo é progressista ESQUERDA Os tentáculos malignos da Esquerda JUDICIÁRIO Ministro Gilmar Mendes, o juiz iníquo
  • 203. IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS [ 203 ] CORRUPÇÃO Planilha de propina da Odebrecht explicada SERIE: LULA Os amigos de Lula Todos os telefones do presidente Lula Lula e o caso do triplex 21 Lula X ACM SÉRIE BOLSONARO Jair Bolsonaro, presidente do Brasil Bolsodória – o perfil de mau caráter Bolsonaro X João Dória Bolsonaro – traidor da Direita SÉRIE: Presidente Moro 2022 – O caso do triplex - Sigilo telefônico do Lula COMUNISMO As mentiras comunistas sobre o Regime Militar Comunismo em Cuba Genocídio Comunista no Camboja U.N.E. – A serviço do comunismo Utopia da Igualdade PARTIDO DOS TRABALHADORES [PT] Memorial criminoso do PT – Volume I Memorial criminoso do PT – Volume II PT X Cristianismo NAZISMO Minha Luta de Adolf Hitler com comentários O lado bom do nazismo DEMOCRACIA Como Vladimir Putin elimina opositores Liberdade e democracia de Mentira O fracasso da democracia GEOPOLÍTICA A China e o Anticristo OMS à serviço da China Antissemitismo na Alemanha pré- nazista Estatuto do Hamas com comentários COMUNICAÇÃO A Era das Fake News Globolixo em charge Globovírus FEMINISMO
  • 204. IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS [ 204 ] Homem é cabeça da mulher Deus é machista 36 CIÊNCIA MILITAR Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários A arte da Guerra com comentários DIREITO Direito Divino ao Trabalho Direito Divino a Legítima Defesa O instituto divino da Pena de Morte TEOLOGIA Histórias absurdas da Bíblia Simbologia Bíblica Os heróis da Bíblia Os vilões da Bíblia Tanatologia Bíblica 30 conselhos do sábio Salomão 30 mensagens marcantes de Jesus Nefilins Estudo sobre o dilúvio bíblico Estudo das dez pragas do Egito Estudo do voto e Jefté Vinho na Ceia do Senhor Pastora é antibíblico 95 teses de Lutero explicadas Refutando o determinismo de Lutero Jesus era chato e antipático Parapsicologia Bíblica Dicionário de Parapsicologia Estudo sobre premonição Compêndio teológico sobre o véu Guia de Estudo Bíblico Dogmatologia Javé, o Deus da Bíblia A Triunidade de Deus Dízimo não é para o cristianismo Como fundar uma Igreja Sexologia cristã Tratado teológico sobre a barba Mulher não fala na igreja Espiritismo X Cristianismo Ilusão espírita Kardecista APOCRIFOLOGIA Livro ap. dos Jubileus Comentado Livro de Enoque com comentários Livro dos Segredos de Enoque analisado
  • 205. IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS [ 205 ] Livros de Adão e Eva Pseudo-epígrafos de Barnabé com comentários Pastor de Hermas com comentários (25) BIBLIOLOGIA Canonicidade Bíblica Comentário bíblico: Gênesis à Deuteronômio Comentário bíblico: Josué a II Crônicas Comentário bíblico Esdras a Jó Comentário bíblico – Salmos Comentário bíblico – Provérbios a Cantares Comentário bíblico – Profeta Isaias Comentário bíblico – Jeremias e Lamentações Comentário bíblico - Ezequiel Os quatro livros biográficos de Jesus Comentário bíblico – Ev. de Mateus Comentário bíblico – Ev. de Marcos Comentário bíblico – Ev. De Lucas Comentário bíblico – Ev. De João Atos dos apóstolos Explicado Atos dos apóstolos Comentado e Ilustrado Comentário Bíblico – Carta aos Romanos Primeira Carta aos Coríntios comentada Estudo da 1ª carta aos Coríntios Primeira epístola de Pedro com comentários Epístola de Tiago com comentários Apocalipse comentado A Septuaginta DEMONOLOGIA O Diabo está ao seu lado Lugares amaldiçoados 30 lugares sinistros HAMARTIOLOGIA O pecado da sensualidade ESCATOLOGIA Arrebatamento pré-tribulacionista Juízo Final O Fim do Mundo 41 ÉTICA Bebida alcoólica não é pecado Como se vestem os santos Você é invejoso, entenda isso Salto alto faz mal e é pecado GEOGRAFIA BÍBLICA Cidade do Cairo no Egito Caná da Galileia
  • 206. IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS [ 206 ] Via Dolorosa Mar da Galileia Grande Esfinge do Egito As pirâmides do Egito O Mar Vermelho Monte das Oliveiras Belém, onde nasceu Jesus O Jardim do Éden na Bíblia Basílica da Natividade em Belém Sinai, o monte de Deus O exótico Mar Morto Jericó, a cidade mais antiga do mundo Monte Carmelo e o profeta Elias Mênfis, no Egito Barreira israelense na Cisjordânia Rio Nilo no Egito PATROLOGIA Apologia de Justino de Roma com comentários Cartas de Inácio de Antioquia ilustradas e comentadas Vida de Antão com comentários Clemente de Roma De Trinitate de Agostinho com comentários As vestimentas na Igreja Primitiva - Tertuliano Hexamerão de Ambrósio ilustrado e explicado Ambrósio de Milão, ilustrado e comentado Didascalia Apostolorum com comentários DEVOCIONÁRIO E SERMÕES Cristo e eu de C Spurgeon A imitação de Cristo de Tomás de Kempis com comentários O peregrino de John Bunyan ilustrado e explicado Experimentando Jesus através da Oração (com comentários) – Madame Guyon Pecadores nas mãos de um Deus irado comentado Autoridade Espiritual com comentários Motivos para agradecer TANATOLOGIA O céu é de verdade com comentários Uma prova do céu – analisado Vida após a vida com comentários COLEÇÃO DO EX-PADRE ANIBAL PEREIRA DOS REIS Será que o crente pode perder a salvação? Comentada
  • 207. IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS [ 207 ] Senhora Aparecida com comentários Essas Bíblias católicas [com comentários] A virgem Maria [com comentários] A imagem da Besta [com comentários] Anchieta, santo ou carrasco? [com comentários] As aventuras do cardeal [com comentários] A guarda do sábado [com comentários] O cristão e o seu corpo {com comentários] Será que todas as religiões são boas? [Com comentários] A Senhora de Fátima [com comentários] O mais importante sinal da vinda de Cristo [com comentários] Cartas ao Papa João Paulo II [com comentários] O Diabo [com comentários] Crente leia a Bíblia! [Com comentários] A Missa [com comentários] Pedro nunca foi Papa! [com comentários] O Vaticano e a Bíblia com comentários COLEÇÃO REFLEXÕES DO ESCRIBA DE CRISTO Reflexões vol 1, Reflexões vol 2 Reflexões vol 3, Reflexões vol 4 Reflexões do Escriba vol 5 CIÊNCIAS ESPACIAIS Mitologia sobre o planeta Marte Missões ao planeta Marte ISS – Estação Espacial Internacional – Maravilha de Deus Terra plana dos insensatos Terra Plana e os satélites geoestacionários Terra Plana e os ônibus espaciais Os astronautas e a terra plana Ciências X Terra Plana Globo X Terra Plana – Volume 1 Globo X Terra plana – Volume 3 Globo X Terra plana – Volume 3 Globo X Terra Plana – 100 lições CIÊNCIAS NATURAIS Os Escochatos Catálogo de mineralogia Ricardo Felício e o aquecimento Global Cactos e suculentas, maravilhas de Deus
  • 208. IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS [ 208 ] Biologia, O mito da Evolução Baleias, maravilhas de Deus A sabedoria das formigas Formigas, maravilhas de Deus Pôr do sol, maravilha de Deus Abelha sem ferrão, maravilha de Deus As palmeiras, maravilhas de Deus Orquídeas, maravilhas de Deus Camelos e dromedários, maravilhas de Deus 101 maravilhas de Deus, Volume 1 101 maravilhas de Deus, Volume 2 101 maravilhas de Deus, Volume 3 101 maravilhas de Deus, Volume 4 101 maravilhas de Deus, Volume 5 101 maravilhas de Deus, Volume 6 101 maravilhas de Deus. Volume 7 101 maravilhas de Deus, Volume 8 Botânica Bíblica Produção de plantas GASTRONOMIA Licores, maravilhas da humanidade SAÚDE PÚBLICA Medicina Psicossomática Doenças na Humanidade História das pandemias Pestes na Antiguidade Tratamentos contra a Covid-19 Coronavírus e a histeria coletiva Coronavírus e a imunidade Coronavírus e as causas de morte Revolta da Vacina e o Coronavírus Coronavírus – Isolamento ou distanciamento? Coronavírus e os efeitos econômicos Virologia do Coronavírus 9 de abril de 2020 – pico do coronavírus Coronavírus – Conspiração Chinesa Coronavírus e o plano chinês Coronavírus em cada nação Coronavírus e suicídio UFOLOGIA Eram os deuses astronautas (Com anotações) A Bíblia da Ufologia ESCRIBA DA HISTÓRIA ARTE E LITERATURA Refutando Os Protocolos dos Sábios de Sião O Talmud Desmascarado [analisado]
  • 209. IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS [ 209 ] A vitória do judaísmo sobre o germanismo com comentários. 1984 de George Orwell ilustrado e comentado Jesus segundo os artistas As pinturas de Benedito Calixto As pinturas de Akiane Kramarik Pinturas de Caravaggio As músicas diabólicas de Raul Seixas Hamlet de Shakespeare com comentários A arte poética de Aristóteles comentada Minha Luta de Adolf Hitler com comentários O Guarani, ilustrado e comentado A Revolução dos Bichos comentada e ilustrada A Guerra dos Mundos – Livro I com comentários A Guerra dos Mundos – Livro II HISTÓRIA Castelo de Robson Miguel Cronologia de perseguições aos judeus – Volume 1 [do início ao século XIX] Cronologia de perseguições aos judeus – Volume 2 [séc XX e XXI] Guerras e crimes contra Israel Museu do Brinquedo de Pomerode Igreja do Embaré em Santos Código Hamurabi e a Lei de Moisés Introdução à Arqueologia Egiptologia Bíblica Museu Egípcio do Cairo Museu Egípcio de Curitiba Museu do Automóvel de Curitiba Museu Mazzaropi História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia História do Universo comentada História do Cristianismo comentada História da cidade de Jerusalém Jerusalém na Bíblia O anjo de quatro patas A Epopéia de Gilgamesh O livro dos Mártires com comentários Dragões existiram História de Itabaiana História da Ferrovia HISTÓRIA ECLESIÁSTICA O que é Igreja Católica Romana? Finanças da Igreja Católica Entenda a CCB – Volume I Entenda a CCB – Volume II História da Igreja Deus é Amor
  • 210. IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS [ 210 ] A cúpula do Vaticano é homossexual BIOGRAFIA Jacó em férias de 2022 Maria de Lourdes – Mulher coragem Cronologia da Vida do apóstolo Paulo Vida de Antão com comentários Vida de Constantino comentada capítulo a capítulo David Ben-Gurion – Herói de Israel Galileu Galilei X Igreja Católica Lutero era antissemita GEOGRAFIA Balneário Camboriú no Brasil Dubai, maravilha da humanidade Vila Inglesa de Paranapiacaba AVIAÇÃO Os acidentes aéreos no Brasil Aeroporto Guarulhos, maravilha da humanidade Aeroporto de Tel-Aviv, maravilha da humanidade Airbus A380, maravilha da humanidade CIÊNCIAS SOCIAIS Acumuladores Os quatro temperamentos Educação Financeira Como ser feliz Onde estão as moedas [com comentários] Controle Populacional ou o caos O Estado Judeu de Israel Os beduínos na Bíblia e hoje COLEÇÃO SERVOS DE DEUS Apóstolo Rina e a Igreja Bola de Neve Jerônimo de Belém da Judéia Charles Finney –Vol 1 Charles Finney – Vol 2 FILOSOFIA Anticristo de Nietzsche comentado ACADEMIA DE POLÍCIA CIÊNCIAS POLICIAIS A perigosa vida de travestis Escrivão de Polícia é cargo técnico científico Manual de Necropsia Plantão policial Ocorrências Policiais Sátiras Policiais Anedotas policiais HERÓIS DA POLÍCIA Sargento Tonny Santos – Herói...
  • 211. IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS [ 211 ] Gabriel Monteiro – Herói da p... Coronel Telhada – Herói da p... EM OUTROS IDIOMAS Guide Study Bible [Ingles] Creationist Biology vol 1 {inglês} Creationist Biology vol 2 {inglês} Creationist Biology vol 3 {inglês} Creationist Biology vol 4 {inglês] Creationist Biology vol 5 {inglês] Diary Christopher Columbus (Inglês) Alcoholic drink is not sin (Inglês) The Dress in the early church (Inglês) Biology, the myth of Evolution (Inglês) The Four-legged Angel (Inglês) Life of Constantine (Inglês) Last Judgment (inglês) ArchéologieBiblique (Francês) Biologie, le mythe de l’evolution La dîme n’est pas pour le chritianisme Guide d’etude biblique [Francês] Juicio Final (Espanhol) Guia de estudio de la Biblia Indossare il velo (Italiano) Guida allo studio della Bibbia Leitfaden zum Bibelstudium [German] 生物学–進化の神話 (Japonês) ‫دليل‬ ‫دراسة‬ ‫الكتاب‬ ‫المقدس‬ [arabe] Biblia Studa Gvidilo [Esperanto] Gids Voor Bijbelstudie [Holandês] Bybelstudiegids [Afrikkaner] गाइड स्टडी बाइबल [Hindi] 什一税不适合基督教 [dízimo – chinês] HEBRAICO ‫הערות‬ ‫עם‬ ‫חמאס‬ ‫חוק‬ [Estatuto do Hamas comentado] ‫מכשול‬ ‫ישראלי‬ ‫בגדה‬ ‫המערבית‬ [Barreira Israelense na Cisjordânia] 360 livros publicados Pseudônimo que uso: Escriba de Cristo O Peregrino Cristão Central de Ensinos Bíblicos O Biógrafo O Biólogo O Crítico Escriba da História O Eremita O Historiador Direita Conservadora Cristã Academia de Polícia
  • 212. IGREJA DO EMBARÉ DE SANTOS [ 212 ]