DeClara n.º 78 JULHO 2024 O Jornal Digital do Agrupamento Clara de Resende

DeClara
Jornal do Agrupamento Escolas Clara de Resende
DeClara
n.º
78
–
Julho
2024
Capa: @IsabelPereira
9.ºD - Professor Gabriel Fraga
BOAS FÉRIAS!
@IP
@IP

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TRABALHOS DE ALUNOS E PROFESSORES:
ENSINO SECUNDÁRIO PÁG. 30
DECLARA PÁG. 89
EDITORIAL PÁG. 2
BIBLIOTECA ESCOLAR PÁG. 3
Editorial
https://erte.dge.mec.pt/cic-clubes
1º 2º 3º CICLO E SECUNDÁRIO PÁG. 85
DeClara nº 78 Julho 2024
Agrupamento de Escolas
Clara de Resende
AGOSTO: O MÊS QUE SE SEGUE PÁG. 90
3.º CICLO PÁG. 19
1.º CICLO PÁG.15
PROJETOS: ECO ESCOLAS AMBIENTE PÁG. 81
Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos
deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco
de nós.
Antoine de Sant-Exupéry
Com um misto de emoções, chegamos ao fim de
mais um ano letivo, e com ele, a esta edição de
julho do Jornal DeClara, que marca um ponto de
viragem na nossa história. Este mês, encerramos
um ciclo importante. Ao longo de 78 edições, o
Jornal foi um espaço de partilha e comunicação.
Cada página refletiu a dedicação, empenho,
criatividade e o talento dos nossos alunos,
professores e toda a comunidade escolar. Espero
que assim continue. Tenho um orgulho imenso em
ter feito parte deste Projeto!
Depois de vários anos na Clara de Resende, chegou
o momento de dizer adeus a esta Escola que me
acolheu e permitiu crescer tanto profissional
quanto pessoalmente. Tomar a decisão de seguir
novos rumos nunca é fácil, mas acredito que cada
mudança traz consigo novas oportunidades e
desafios que nos fazem evoluir.
Embora siga um novo rumo, o meu coração estará
sempre ligado a esta comunidade escolar.
Até sempre, com profunda gratidão e carinho.
Isabel Maria Pereira

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Biblioteca Escolar: Seleção de Poemas…
Para além da curva da estrada
Talvez haja um poço, e talvez um castelo,
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva
Só olho para a estrada antes da curva,
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte
qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
Esses que se preocupem com o que há para além da
curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos
saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva
Há a estrada sem curva nenhuma.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Para Além da Curva da Estrada

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Recomeça...
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...
Sísifo
Miguel Torga

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Fresca manhã da vida, recomeço
Doutros orvalhos onde o sol se molha.
Nova canção de amor e novo preço
Do ridente triunfo que nos olha.
Larga e límpida luz donde se vê
Tudo o que não dormiu e germinou;
Tudo o que até de noite luta e crê
Na força eterna que o semeou.
Um aceno de paz em cada flor;
Um convite de guerra em cada espinho;
E os louros do perfeito vencedor
À espera de quem passa no caminho.
Miguel Torga
Manhã

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Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou
não chega para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.
Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os meus olhos eram peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade, uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor…,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza de que todas as coisas
estremeciam só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
Eugénio de Andrade
Adeus

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Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Canção
Cecília Meireles

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Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores
coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas
vidas.
O Sonho
Clarice Lispector

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Biblioteca Escolar: Ideias de Leitura

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Biblioteca Escolar: Ideias de Escrita

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Biblioteca Escolar: Meses do ano…em Junho…Debulhar

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Professora
Fátima Noronha Peres Miranda
Biblioteca Escolar: Página Cultural de julho
Às vezes se te lembras procurava-te
retinha-te esgotava-te e se te não perdia
era só por haver-te já perdido ao encontrar-te
Nada no fundo tinha que dizer-te
e para ver-te verdadeiramente
e na tua visão me comprazer
indispensável era evitar ter-te
Era tudo tão simples quando te esperava
tão disponível como então eu estava
Mas hoje há os papéis há as voltas dar
há gente à minha volta há a gravata
Misturei muitas coisas com a tua imagem
Tu és a mesma mas nem imaginas
como mudou aquele que te esperava
(...)
Ruy Belo (27/02/1933 - 8/08/1978)
Emil Nolde, Ciel rouge, 1930

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Biblioteca Escolar: Sugestões de Leitura

As secas do mês
Atenção: Estas anedotas são extremamente secas. Mesmo
muito secas! As mais secas que já alguma vez ouviste!
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Biblioteca Escolar: Sugestões do mês de junho
In Piadas
Num bar, o empregado vira-se para o
cliente:
-Estou a ver que o seu copo está vazio. Quer
outro?
-Mas para que é que eu havia de querer
dois copos vazios?
- Mãe, de onde é que viemos?
- Nós descendemos de Adão e Eva.
- Mas o pai disse que nós descendemos
dos macacos…
- Uma coisa é a família do teu pai, outra é
a minha.
-O que é que um pato faz com uma pata?
-Coxeia.
Vira-se o médico para o paciente:
-O seu raio-X ao tórax revelou duas
costelas fraturadas.
-Vou ter de ser operado?
-Não é preciso, já corrigi a imagem com
Photoshop.
-Pai, quero um tampão para os meus
anos!
-Artur… sabes o que é um tampão?
-Não, mas sei que dá para correr, nadar,
dançar, andar de bicicleta, montar a
cavalo…
Um empregado vira-se para o patrão:
-O meu salário está desajustado às
minhas aptidões!
-Eu sei, eu sei. Mas também não
podíamos deixá-lo morrer à fome…
No manicómio:
-Para quem é essa carta que estás a
escrever?
-Para mim.
-E o que diz?
-Sei lá, ainda não a recebi!
- Outra negativa? Pensei que te tinhas
safado com as perguntas deste teste,
Artur…
- Com as perguntas safei-me, com as
respostas é que já foi pior…

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1.º Ciclo: 4.ºA - “Filosofia debaixo de água”
Durante o mês de maio, a turma do 4.º A foi desafiada a escrever um texto narrativo
inspirado nas atividades de Filosofia que tinham sido desenvolvidas ao longo de vinte e cinco
sessões, além das dez que a turma já tinha tido no 3.º ano.
Coletivamente, escreveu o conto com o título «Filosofia debaixo de Água», que foi
ilustrado pela Carolina e pela Victória.
O conto foi incluído num livro intitulado «Contos de Filosofia para Crianças e Jovens»,
editado pela Associação Portuguesa de Ética e Filosofia Prática.
Escrita de um conto inspirado nas atividades de Filosofia
A partir do próximo ano, um exemplar do livro estará disponível para leitura na Biblioteca
da Escola Clara de Resende.
Segue-se o conto.
Continua…

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Continua…
FILOSOFIA
DEBAIXO DE ÁGUA
Numa manhã, logo ao nascer do Sol, Séneca e Heráclito estavam a caminhar na
margem do rio Tibre, a conversar e a contemplar a cidade de Roma.
Séneca pergunta a Heráclito:
- Achas que o fogo foi inventado ou descoberto?
- Eu acho que foi inventado porque de cada vez que fazemos fricção entre duas pedras
é uma invenção de uma nova chama.
- Eu penso que é descoberta, dado que o fogo faz parte dos quatro elementos da
natureza.
Heráclito diz:
- Não. É uma invenção porque faz-se fogo quando necessitamos.
- Não. É uma descoberta, pois o Sol tem fogo.
Heráclito propõe:
- Séneca, vamos sentar-nos nestas pedras à beira do rio?
- Sim, para ficarmos a debater e a apreciar esta bela paisagem.
Carolina

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Continua…
Os dois filósofos estavam a olhar para o rio e começaram a ouvir um canto profundo e
encantador, que os fez adormecer e tombaram para a água.
Estavam quase a afogar-se!
Nesse momento, apareceu uma criatura com longos cabelos ruivos, olhos verdes e
cintilantes, roupa com pérolas, mas com uma cauda de peixe com escamas verde
esmeralda. Era uma bela sereia!
Victória

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A sereia fez aparecer uma bolha de ar que rodeou os dois filósofos.
Séneca e Heráclito acordaram e viram onde estavam.
- Eu sou a sereia Inês e vou convidar-vos para virem comigo.
- Para onde? – perguntou Heráclito.
- Para o mar Mediterrânio, onde faremos uma escola de filosofia para sereias e
animais marinhos.
Eles concordaram e a escola ficou a chamar-se “Filosofia Marítima”.
Porto, maio de 2024
Turma 4.º A da Escola João de Deus
Professor Eduardo Ricardo
Disponível para leitura e requisição na Biblioteca Clara de Resende

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3.º Ciclo: Biologia – 9.º B – Atividades práticas
Continua…
Atividades práticas laboratoriais/experimentais –
a importância do desenvolvimento das competências do PASEO.
O mundo atual coloca desafios novos à educação. O conhecimento científico e tecnológico
desenvolve-se a um ritmo de tal forma intenso que somos confrontados diariamente com um
crescimento exponencial de informação a uma escala global. As questões relacionadas com
identidade e segurança, sustentabilidade, interculturalidade, inovação e criatividade estão no
cerne do debate atual. (Paseo, 2017).
Várias são os benefícios da realização de atividades laboratoriais/experimentais em sala de
aula, seguidas da elaboração de relatórios científicos pois, entre outros aspetos, permite
desenvolver um conjunto de competências (conhecimentos, capacidades e atitudes) inerentes
ao trabalho experimental nomeadamente a capacidade de pensar e comunicar de forma crítica
e próxima do que se faz em Ciência.
A utilização e incorporação de uma linguagem cientificamente adequada e o refletir sobre
processos e resultados de trabalhos laboratoriais /experimentais permite aos jovens alunos
desenvolver as competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatório (PASEO).
Com este propósito foi proposto aos alunos das turmas 9º A e 9º B, no âmbito da disciplina
de Ciências Naturais, a elaboração de um relatório sobre atividades experimentais realizadas em
sala de aula. Aqui partilhamos o trabalho desenvolvido por alguns grupos de trabalho.
No 1º período foi solicitado uma pequena investigação sobre o “Qual o efeito de
substâncias com propriedades antibióticas sobre microrganismos?” e no 2º Período “ Como é a
Anatomia e a Morfologia do coração de um mamífero.”
Professora Isolina Silva

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Continua…

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Continua…
A professora de Biologia
Isolina Silva

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Ensino Secundário: 10.ºD Visita de Estudo ao Porto Medieval
Continua…
No dia 06 de junho de 2024, realizámos um peddy-paper, que é uma atividade educativa
que consiste em levar-nos por lugares históricos da cidade, e é também uma maneira ótima
para explorar o Porto enquanto nos divertimos e aprendemos.
Deram-nos umas folhas com perguntas, pistas e algumas curiosidades da cidade para
chegarmos à Casa do Infante.
O ponto de partida desta atividade foi a Sé do Porto, que é uma catedral antiga com
arquitetura românica e gótica. Através das pistas que nos foram dadas, conseguimos observar
melhor certos pormenores da cidade que explicam coisas da história.
Visita de Estudo ao Porto Medieval
Sé do Porto Vista a partir o Miradouro da Rua da Aldas

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Ensino Secundário: 10.ºD-Visita de Estudo ao Porto Medieval
Continua…
Andámos por várias ruas medievais da cidade do Porto que eram ruas muito estreitas,
labirínticas, curvilíneas e tinham muitos edifícios antigos. Também achei interessante ler um
pouco da história da Igreja dos Grilos, que é um conjunto de edifícios religiosos construídos pelos
jesuítas em 1577 e, com a expulsão destes em 1759, por ordem de Marquês de Pombal, a igreja
foi doada à Universidade de Coimbra.
Depois de uma longa caminhada pelas ruas medievais da cidade, chegámos finalmente a onde
queríamos, à Casa do Infante. Nesta rua, já conseguimos observar uma rua muito mais larga
comparada com as que tínhamos visto anteriormente.
Ruas medievais da cidade do Porto

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Ensino Secundário: 10.ºD Visita de Estudo ao Porto Medieval
A Casa do Infante foi o local de nascimento do infante D. Henrique, datada do século XIV. Foi
tendo também diferentes propósitos ao longo dos tempos, por exemplo, a Casa da Moeda que
teve lá os seus serviços instalados. Achei também uma visita interessante, e o que mais gostei lá
dentro foi ver a evolução das moedas ao longo dos séculos, e também achei bastante interessante
a explicação do guia sobre a maquete da cidade do Porto.
O objetivo desta visita era incentivar a descoberta da cidade e o conhecimento da sua cultura
e da sua história. Achei o peddy-paper uma maneira ótima de explorar a cidade e aprender um
pouco mais. Achei que os guias nos explicaram bastante bem as coisas e sempre foram muito
claros naquilo que diziam. O tempo da visita foi bem organizado e chegámos à hora prevista à
escola.
Esta visita deu-me a conhecer um pouco melhor a minha cidade e a sua história.
Jéssica Santiago, nº 10, 10ºD

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Ensino Secundário: 10.ºE Visita de Estudo ao Porto Medieval
Continua…
Visita de estudo ao Porto Medieval
Já dizia Agustina Bessa-Luís que “o Porto não é um lugar, é um sentimento”.
Todos nós nos sentimos em casa na cidade invicta.
Foi, então, dia 6 de junho de 2024, que as turmas de Humanidades da nossa escola
realizaram uma visita de estudo ao Porto Medieval. A visita de estudo teve início no Terreiro da
Sé e foi através de um Pedipaper, também conhecido como Jogo de Cidade, que nos deslocamos
até à Rua da Alfândega, à Casa do Infante.
Ao longo desta viagem, tivemos a oportunidade de conhecer historicamente alguns dos
mais emblemáticos monumentos da nossa cidade, a Cidade do Porto.
Quando chegámos ao nosso destino, à Casa do Infante construída em 1325 e assim
designada por aí ter nascido o Infante D. Henrique, o Navegador, visitámos uma exposição
relacionada com os 50 anos do 25 de Abril. A Casa do Infante é um dos edifícios mais antigos da
cidade e terá sido também o maior em dimensão, sobretudo pelas duas torres mandadas
construir no século XIV, há muito desaparecidas.
Na casa foram encontrados vestígios da casa da moeda e também vestígios dos edifícios
romanos que incentivaram a criação do museu. As moedas eram inicialmente feitas
manualmente, porém, depois, o seu processo foi mecanizado e inventaram o balancé. Ainda há
restos arqueológicos de uma mesa onde se faziam e afinavam as moedas, sendo que o valor da
moeda estava ligado ao material usado.

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Ensino Secundário: 10.ºE Visita de Estudo ao Porto Medieval
Nos anos 90, a casa foi restaurada e, como resultado das escavações arqueológicas,
revelaram-se vestígios da ocupação moderna, medieval e romana. Os pavimentos em mosaico,
entre outras descobertas, indicam ter sido ainda a habitação ou palacete de um cidadão abastado
no período romano.
No espaço museológico, designado como “Torre Norte”, organizado por três pisos,
encontram-se expostos objetos achados nas escavações arqueológicas e pode aceder-se a
informação sobre o edifício e a cidade através de uma reconstituição, em imagem virtual, vários
postos multimédia, merecendo especial destaque a maquete do Porto Medieval à escala 1:500.
Para mim, para nós que somos casa e que sabemos que o Norte é casa, foi uma visita de
estudo bastante enriquecedora porque fomos chamados a descobrir mais profundamente os
monumentos da nossa cidade. Jogos de Cidade são a maneira mais bonita e especial de jogar com
as pessoas da cidade e com a cidade e são a maneira mais interessante de investigar a nossa
cidade ao detalhe. Somos História, fazemos e fizemos História, conhecemos História e vagueamos
por ruas cheias de História. Que sorte a nossa termos História A!
E termino de escrever sobre este dia com versos de Pedro Augusto: “Tenho gosto e vaidade;
Por ter nascido no porto; Sou desta linda cidade; Tripeiro vivo ou morto.”
O Porto é casa e descobrir o que guardamos naquela gaveta da sala há sete séculos foi
especial.
Ana Filipa Rodrigues, nº2, 10ºE

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Ensino Secundário: Biologia e Geologia 11.ºA
Continua…
Ciência é muito mais que investigar… é também partilhar o fascínio pela descoberta,
comunicar os avanços no conhecimento, escutar várias perspetivas, refletir sobre as implicações
da investigação e fazer muitas, muitas perguntas! O Ciência e tal é um programa educativo
promovido pelo i3S. O Laboratório Aberto nasceu em 2007, no Ipatimup e com a criação de um
novo instituto, o i3S englobou o Ipatimup, INEB e IBMC. O laboratório Aberto “serve de ponte
entre o laboratório de investigação e a escola e permite aos alunos realizarem uma atividade
prática laboratorial enquadrada nas diversas áreas de estudo do Instituto. O Ensino Secundário é
um dos períodos mais decisivos para a definição do percurso profissional dos alunos. Por este
motivo, é importante um contacto realista com os laboratórios, desmistificando a Ciência e
promovendo o pensamento crítico dos alunos.
O 11º ano turma A, no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, no 3º período realizaram
uma atividade teórico-prática laboratorial dinamizada pelo Laboratório aberto e intitulada
“Prevenção do cancro do colo do útero.” Nesta atividade experimental os alunos tiveram a
oportunidade de “contactarem com técnicas e instrumentos de laboratório que não estão
disponíveis nas escolas como a eletroforese, a transformação bacteriana e os ensaios
imunoenzimáticos.”
O cancro do colo do útero é provocado pela infeção do vírus do Papiloma humano (HPV).
Este vírus é hoje considerado como o segundo carcinogénico mais importante, logo após o
tabaco. Existem mais de 120 tipos de HPV, que se dividem entre os de alto risco e baixo risco,
consoante a doença que provocam. A infeção por HPV é uma das infeções sexualmente
transmissíveis mais frequente, que infeta tanto mulheres como homens. Na maioria dos casos, o
organismo combate a infeção e esta desaparece. Mas, há casos em que o HPV não é eliminado, e
O Laboratório Aberto veio à nossa Escola

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Ensino Secundário: Biologia e Geologia 11.ºA
a infeção progride para cancro. A vacinação contra o HPV e o programa de rastreio permitem
prevenir um número significativo de doenças provocadas por este vírus. Nesta atividade
experimental os alunos perceberam que existem vários tipos de vírus, e foram desafiados a
determinar os genótipos de vírus com base na análise de microarrays. Serão ainda convidados a
explorar em contexto laboratorial vários comportamentos de prevenção primária e secundária do
cancro do colo do útero. Tratou-se de uma aula de Biologia muito interessante e sobretudo
prática.
Professora de B.G.
Isolina Silva

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Ensino Secundário: Biologia e Geologia 11.ºA – “A Ilha”
Continua…
Articulação entre Biologia-Geologia e Cidadania e Desenvolvimento
"A Ilha"
Olá, caros leitores do jornal Declara, hoje vou falar sobre o filme “A Ilha”, que a turma do
11ºA viu no âmbito da disciplina de Biologia – Geologia. Explicarei, mais à frente, o porquê de
este filme ser visualizado e discutido na temática de biologia - Clonagem em mamíferos. Mas
antes gostaria de fazer um pequeno resumo sobre o filme, para que depois possam entender
melhor a obra cinematográfica e sua relação com a disciplina.
"A Ilha" é um filme de ficção científica dirigido por Michael Bay, lançado em 2005.
O enredo gira em torno de Lincoln Six-Echo (interpretado por Ewan McGregor) e Jordan
Two-Delta (interpretada por Scarlett Johansson), que vivem numa instalação futurista
aparentemente utópica chamada "A Colónia" visto supostamente o mundo exterior ter sido
devastado. A única esperança de sobrevivência e sair da “Colónia”, é ganhar uma lotaria para ser
enviado para "A Ilha" - o último local supostamente intocável pelos desastres. No entanto,
alguns habitantes começam a questionar a verdade por trás da sua existência. Conforme a
história se desenrola, eles descobrem segredos perturbadores sobre sua verdadeira origem e o
propósito da “Colónia”.
Este filme é abordado na disciplina de Biologia, pois ao longo deste são abordadas questões
como:

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Ensino Secundário: Biologia e Geologia 11.ºA – “A Ilha”
Ética da Clonagem:
O filme levanta questões sobre a ética da clonagem e da manipulação genética. A “Colónia” cria
clones de pessoas para servir como reservas de órgãos para os seus originais. Isso levanta debates
sobre a dignidade e os direitos de clones. A exploração dos clones como meros objetos para a
recolha de órgãos.
Comercialização da Vida Humana:
O filme questiona até que ponto a busca pelo avanço científico e a cura de doenças pode levar à
desumanização e exploração de seres humanos.
Busca pela Liberdade e Identidade:
O desejo de Lincoln Six-Echo e Jordan Two-Delta de escapar da Colónia representa uma busca
fundamental pela liberdade e pela autenticidade.
Manipulação da Verdade:
O filme destaca como a verdade é frequentemente manipulada em sociedades controladas. Os
habitantes da “Colónia” são mantidos na ignorância sobre sua verdadeira natureza e propósito.
Essa manipulação da verdade levanta questões sobre o controle da informação e como o
conhecimento pode ser usado como uma ferramenta de poder.
Crítica ao Consumismo:
O filme critica sutilmente uma sociedade que valoriza o consumismo, a busca incessante pela
perfeição e a crença cega nas instituições sem questionar suas práticas éticas.
Responsabilidade Científica:
"A Ilha" ressalta a responsabilidade ética dos cientistas e das instituições que exploram fronteiras
éticas na busca pelo avanço científico. A manipulação genética, quando conduzida sem
consideração ética, pode ter consequências desumanizadoras e prejudiciais.
Em resumo, gostei muito do filme pois cria uma reflexão profunda sobre a sociedade atual e
levanta muitas questões éticas sobre a clonagem.
André Dias – 11º A nº 2

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Ensino Secundário: Biologia e Geologia 11.ºC – “A Ilha”
“A Ilha” é um filme que estrou no dia 18 de agosto de 2005. Foi dirigido por Michael Bay.
Os atores principais deste filme são Ewan McGregor, Scarlett Johansson e Sean Bean, que
interpretam Tom Lincoln, Sarah Jordan e Dr. Merrick, respetivamente.
O plote principal deste filme são os problemas éticos causados pela clonagem de seres vivos.
A história deste filme decorre nos EUA, numa clínica que contém uma peculiaridade. No
subsolo desta encontra-se uma espécie de colónia de clones, onde eles são mantidos. Estes
vivem sob uma história que lhes foi contada, história essa que diz que a vida na Terra foi
dizimada devido a uma contaminação.
A clínica, em formato de bunker, utilizava os clones para lhes retirarem os órgãos com o
objetivo de os transplantarem para a pessoa doentes ou com desejos de se tornarem imortais.
Desta feita, descobrindo este triste destino, Lincoln leva Sarah e fogem do lugar onde tinham
sido encarcerados.
Continua…
A Ilha

40
Ensino Secundário: Biologia e Geologia 11.ºC – “A Ilha”
Com a fuga de ambos, Dr. Merrick, o médico que geria a clínica e, consequentemente, a dita
colónia de clones, contrata mercenários para matarem os dois fugitivos, uma vez que, ele era
financiado pelo Departamento de Estado do EUA. Para além disso, este sentia-se amedrontado
com a possibilidade de se descobrir a verdade sobre a sua clínica e sobre os seus métodos pois
acreditava que os clones não apresentavam emoções, como a dor, amor, entre outros. Mas tal
veio a provar-se ser uma inverdade.
Este é um filme cheio de ação para além de contar com uma história rica em detalhes e
muito envolvente, onde somos levados a refletir sobre os princípios éticos subjacentes à
clonagem. Num mundo em que o avanço científico, médico e tecnológico atingem um nível sem
precedentes, as questões éticas que já se levantaram e ainda continuam a colocar-se impedem a
utilização de técnicas de clonagem na área do campo científico e médico. Uma das mais
prementes questões é se de facto os clones apresentam emoções e se conseguem sentir dor. Esta
é uma dúvida que comissões éticas colocam e é um entrave naquilo que poderia ser o maior
avanço científico de todos os tempos.
Outra questão que também se levanta é o problema da identidade. Se nós nos clonarmos, a
pessoa clonada e o seu clone irão apresentar um ADN muito idêntico, ou seja, quem é quem?
Concluindo, a clonagem para além de ser um processo complicado de se realizar, a sua aprovação
também o é e com base no filme “A Ilha” é-nos fácil de percecionar o porquê. Gostei imenso do
filme.
Afonso Monteiro – 11ºC
A professora de BG
Isolina Silva

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CLARA DE RESENDE A APRENDER COM O NOBEL DA FÍSICA 2022
- Prof. Alain Aspect -
Ensino Secundário: Física 12.ºAno – Prémio Nobel da Física…
I- O EVENTO CIENTÍFICO:
A Esc. Clara de Resende pertence à Rede de Escolas Quânticas, dinamizada pelo PQI/
Portuguese Quantum Institute, pelo que lhe foi oferecida a possibilidade de participar no
Colóquio “From Einstein and Bell to Quantum Technologies”, que decorreu no IST-Instituto
Superior Técnico, em Lisboa, no dia 23 de maio último. Com o apoio da DE e sem hesitação,
inscrevemo-nos. E ocupámos um dos 330 lugares disponíveis, quando mais de 380 interessados
ficaram em lista de espera.
Continua…

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Neste evento, aberto ao grande público, o Prof. Aspect mostrou como os avanços em Física
Fundamental, como os da Mecânica Quântica, estão a moldar as Tecnologias Quânticas. Fazendo
emergir um novo paradigma das Tecnologias da Informação que poderá revolucionar a Sociedade
de Informação em que vivemos. O título da conferência haveria de ser ajustado para «From
Einstein’s discoveries to quantum technologies: two quantum revolutions».
Temas que interessam a todos: a Mec. Quântica já tem 100 anos; descreve o comportamento
da matéria/radiação à escala atómica e subatómica; já permitiu desenvolver a microelectrónica, o
laser, a ressonância magnética, etc. O Colóquio apresentou novos desenvolvimentos:
«Caros Convidados do Colóquio do PQI,
Muito obrigado pela vossa participação no Colóquio.
O vídeo do evento está disponível online, através desta notícia»:
https://pqi.pt/pt/noticias/pqi-colloquium-by-alain-aspect
Ou em:
https://www.youtube.com/watch?v=m-BARPYObJo
II- OS TEMAS DA CONFERÊNCIA:
O Prof. Alain Aspect explicou, com fundamento, clareza e detalhe, o conceito de
«Entrelaçamento ou Emaranhamento Quântico», descrevendo as experiências pioneiras que
realizou e pelas quais viria a receber o Prémio Nobel. Conceito que tem vindo a ser comprovado
com tecnologias cada vez mais desenvolvidas; e para distâncias entre partículas quânticas (ex.,
fotões, eletrões) cada vez maiores.
Continua…

43
Neste estado quântico, o que acontece a uma partícula afeta instantaneamente a outra,
independentemente da separação entre elas. Einstein (1935) designaria esta ideia como «ação
fantasmagórica à distância». Podolsky e Rosen foram outros oponentes. J.Bell (1964) sugere que
a disputa científica deverá ser resolvida experimentalmente. Hoje o entrelaçamento quântico está
demonstrado experimentalmente, com tecnologias cada vez mais precisas.
Continua…
As experiências pioneiras, desenvolvidas nas décadas de 1970-1990 (por: J. Clauser/ USA;
A. Aspect/ França; A. Zeilinger/ Austria), concluíram a favor da Mec. Quântica (Einstein-
Podolsky-Rosen estavam errados). O Entrelaçamento Quântico está na base da Segunda
Revolução Quântica, com a capacidade de codificar informação em sistemas quânticos.

44
Tecnologias Quânticas que conduzirão a novos paradigmas das Tecnologias da Informação,
revolucionando a nossa Sociedade da Informação. Com: computadores muito mais rápidos que os
atuais, comunicações à prova de escuta e sensores capazes de detetar doenças em fases mais
precoces. O investimento mundial, nestas áreas, ascende a mais de milhares de milhões de euros.
A Europa lançou em 2018, um programa a 10 anos, o “Flagship in Quantum Technologies”, com
vista a liderar estas tecnologias emergentes. As Universidades Portuguesas estão atentas a estes
novos desenvolvimentos quânticos. A Escola Clara de Resende também.
A conferência prosseguiu, com o Prof. Aspect a caracterizar a passagem da “Primeira
Revolução Quântica” (dualidade onda-corpúsculo) para a “Segunda Revolução Quântica”,
referindo as suas aplicações em tecnologias quânticas (computação quântica, internet quântica,
metrologia e sensores quânticos).
Continua…

45
III- A PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA NOS EVENTOS ORGANIZADOS PELO PQI
Como já vem sendo habitual, os alunos de 12ºC, em interdisciplinaridade das disciplinas de
Física/ Aplicações Informáticas, participaram no evento anual organizado pelo PQI- Portuguese
Quantum Institute, comemorativo do Dia Mundial Quântico 2024.
Todos os alunos da turma tiveram presença na palestra online,
transmitida a partir da Fundação C. Gulbenkian, proferida pelo Prof.
Yasser Omar (IST/ Lisboa), no dia 18 de abril, às 14:30 h, sob o
tema: "A Internet Quântica e as suas Aplicações". Evento no
âmbito do Quantum@SchoolemPortuguês2024.
Como uma primeira aula na universidade. Preparando o futuro. Fazendo uma ponte entre
diferentes níveis de ensino. Com a exigência e esforço do momento presente.
Prof. de Física/ 12ºC
Helena Pimentel
Prof. de AI/ 12ºC
Nazaré Morais
REFERÊNCIA:
https://pqi.pt/pt/noticias/pqi-colloquium-by-alain-aspect

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Ensino Secundário: Física 12.ºAno – Sugestão de Leitura…
DIÓXIDO DE CARBONO (CO2), SAÚDE, AMBIENTE
- NO ESPAÇO E NA TERRA –
Continua…
I- UMA LEITURA APAIXONANTE PARA FÉRIAS:
O relato do quotidiano a bordo da ISS- International Space Station, do astronauta Scott Kelly,
em «ENDURANCE: UM ANO NO ESPAÇO. UM ANO DE DESCOBERTAS»., é apaixonante e
interpelador. Será uma boa leitura de férias!
«A saga de Scott Kelly é um relato vívido e profundamente absorvente de um ano passado no
espaço. Fala dos desafios e tremendas dificuldades de se viver “sem peso” dentro de uma
máquina do tamanho de um campo de futebol, que orbita em torno da terra à velocidade de 17
mil milhas por hora. (...)» [(Hosseini, K. (2017)]

47
Continua…
O livro é vívido de ação e relata situações muito diversas: o percurso de vida que levou S. Kelly a
conseguir ser astronauta; como se faz a formação de um astronauta; como é o dia-a-dia de
trabalho na ISS; como são as refeições e as deslocações na nave; como se faz o convívio entre os
astronautas de diversas nações; como é um passeio no
Espaço; como são os contactos a distância com a
família; como é olhar para a Terra ou para o nascer do
Sol a partir do Espaço; como se enfrentam os perigos
constantes de estar a bordo (ex. o impacto de lixo
espacial; avaria de equipamento imprescindível; falta
de abastecimento atempado da ISS); como é o regresso a Terra, com toda a readaptação do corpo
à gravidade.
É um livro emocionante e de fácil leitura.
II- O EXCESSO DE CO2 NO AR DA ISS (International Space Station) E OS SEUS EFEITOS:
Uma das dificuldade a bordo diz respeito à qualidade do ar, devido à acumulação de dióxido de
carbono (CO2). Este problema é referido diversas vezes, por Scott Kelly, relatando como tal o
afeta (pág.s 96/97):
«A única ocasião em que hoje tive a oportunidade de fazer uma
pausa e de pensar foi quando flutuei por uns instantes até ao meu
quarto, para verificar os e-mails. O nível de dióxido de carbono está
elevado, com quase quatro milímetros de mercúrio. Posso verificá-
lo nos portáteis e ver exatamente qual a concentração de CO2, no
ar, mas não preciso- consigo sentir. Sinto os níveis com um elevado
grau de precisão, apenas com base nos sintomas que acabei por conhecer tão bem: dores de
cabeça, congestão, ardor nos olhos, irritabilidade.

48
Continua…
Talvez o sintoma mais perigoso seja a diminuição da função cognitiva- temos de ter a capacidade
de realizar tarefas que requerem um elevado nível de concentração e atenção aos pormenores a
cada instante e, numa situação de emergência, que pode acontecer a qualquer momento,
precisamos de conseguir realizá-las à primeira. Perder uma pequena fração da nossa capacidade
de concentração, de fazer cálculos ou de resolver problemas, pode custar-nos a vida. E estamos
ainda a conhecer os efeitos a longo prazo de respirar tanto CO2.
A minha relação tumultuosa com o dióxido de carbono dura desde que viajo pelo espaço. Na
minha primeira missão no vaivém, que durou sete dias, eu era responsável pela troca dos
recipientes de hidróxido de lítio a bordo, que limpavam o CO2 do ar. Recordo-me de que, de cada
vez que o fazia- uma vez de manhã e outra à noite- notava logo de seguida a frescura do ar. Só
então me apercebia que tínhamos estado a respirar ar de má qualidade. Antes de viajarmos no
vaivém, parte do nosso treino levava-nos a experimentar e reconhecer os sinais de níveis de
dióxido de carbono elevado.

49
Continua…
[Nota: ppm/partes por milhão ou micromoles por mole.]
Na clínica de medicina de voo, cada um de nós
entrava numa cabina para colocar uma máscara
para respirar que, lentamente, nos proporcionava
níveis crescentes de dióxido de carbono.
(...) Decidi fazer um esforço para iniciar uma conversa séria sobre os seus efeitos. A estação
espacial tinha nomeado recentemente um novo diretor do programa, e logo depois de regressar
a terra ajudei a organizar uma visita a um submarino da Marinha, que ia a caminho do estreito
da Florida. Achei que o ambiente do submarino permitiria uma analogia útil com a estação
espacial e também queria que os meus colegas vissem de perto a forma como a Marinha lida com
o CO2. O que aprendemos nessa viagem foi esclarecedor: a Marinha liga os seus purificadores do
ar quando a concentração de dióxido de carbono sobe acima dos dois milímetros de mercúrio,
apesar do barulho que eles fazem e de dar a conhecer a sua localização. Mas o acordo
internacional relativo à EEI (Estação Espacial Internacional) considera aceitável que o CO2 tenha
até seis milímetros de mercúrio. O oficial engenheiro-chefe do submarino explicou-nos que os
sinais de dióxido de carbono elevados punham em risco o seu trabalho e por isso mantê-lo
baixo era uma prioridade. Lamentei que a NASA não pensasse da mesma maneira.»

50
Continua…
Scott Kelly continua a relatar as questões associadas aos níveis elevados* de CO2 na estação
espacial, bem como, a funcionalidade do aparelho (o Seedra) que retira CO2 do ar, noutras
páginas do livro (98 a 101, 141, 143, 146, 147, 166, 190, 199, 322).
* [Notas: Acontece insuficiência respiratória humana quando a pressão parcial arterial de dióxido
de carbono no sangue é maior do que 50 mmHg]
III- A QUALIDADE DO AR, NO PLANETA TERRA E NOS NOSSOS ESPAÇOS INTERIORES
- NOS NOSSOS QUARTOS DE DORMIR, NAS SALAS DE AULA, NOS ESCRITÓRIOS -
A fração de CO2 no ar atmosférico tem aumentado, contínua e
significativamente, desde a revolução industrial e com a queima de
combustíveis fósseis: passou de 280 ppm para o valor médio de
421 ppm.
Todos nos lembramos do filme “Uma Verdade Inconveniente”
(2006, D. Guggenheim), com o Sr. Al Gore (Vice-Presidente dos USA
1993/ 2001, homem de negócios e ambientalista) a apresentar, em
documentário, uma curva rigorosa da subida, cada vez mais
acelerada, da percentagem de CO2 presente na atmosfera
terrestre (a Curva de Keeling), por ação humana (originando o
aquecimento global do nosso planeta e suas consequências). Mas
o documentário também afirma que existe uma solução e que ela
está nas nossas mãos; está nas escolhas mais ecológicas que
fazemos.

51
Continua…
Idêntico problema se coloca, com a qualidade do ar no interior de edifícios. Por exemplo, nos
espaços onde permanecemos horas seguidas com arejamento insuficiente (ex.s: quartos de
dormir, salas de aula, escritórios). Pesquisando no YouTube encontamos pequenos vídeos
informativos (Ex.s Qualidade do ar interior/ YouTube.ULS Almada-Seixal.Mar 18, 2024; “How
Indoor Air Quality Impacts Your Lungs/ Youtube.American Lung Association jul 26, 2022) que
mostram a importância do arejamento dos compartimentos, da aspiração, da não utilização de
produtos químicos agressivos, de reduzir o nível de humidade interior (evitando a formação de
bolores).
O CO2 é um gás incolor e inodoro; cada pessoa, através do seu metabolismo, em ambiente de
escritório e a executar tarefas leves, exala cerca de 0,3 litros/minuto. Podemos detetar
indiretamente os seus níveis elevados:

52
Continua…
Os edifícios modernos, com o isolamento de portas e janelas, têm menor ventilação natural do
que os antigos. Assim é necessário adicionar regularmente ar limpo, para garantir questões de
saúde/ conforto/ produtividade:
Relativamente à qualidade do ar interior, a Agência do Ambiente/ Ministério do Ambiente e do
Ordenamento do Território (2010) refere:
«Passamos a maior parte do nosso tempo dentro de edifícios, seja
em casa, no trabalho ou em espaços públicos. Por isso, a qualidade
do ar interior é de extrema importância. Poluentes como mofo,
poeira, produtos químicos voláteis e dióxido de carbono podem
acumular-se em ambientes fechados, afetando a nossa saúde
respiratória, concentração e bem-estar geral».

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Bons ares de férias e férias saudáveis!
Para todos nós e para o planeta.
REFERÊNCIAS:
KELLY, S. (2018) Endurance. Alfragide: Lua de Papel.
MINISTÉRIO DO AMBIENTE (2010) Qualidade do Ar em Espaços Interiores: um
Guia Técnico.
Online:
https://webstorage.cienciaviva.pt
ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO:
Helena Pimentel/ Prof. F.Q.

54
Ensino Secundário: Física 12.º C – Visita de Estudo
Continua…
VISITA DE ESTUDO À PROVENÇA FRANCESA: CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
- TGV, ENERGIA DE FUSÃO NUCLEAR E RECICLAGEM DE MATERIAIS RADIOATIVOS -
OS PONTOS DE INTERESSE:
O 12ºC/ Física visitou a pitoresca e harmoniosa Provença, para “sentir e entrar na onda” do
progresso científico e tecnológico de vanguarda, aprendendo. Próximo de Aix-en-Provence, na
zona da antiga floresta de Cadarache, existem instituições de investigação científica e tecnológica
de ponta, tais como: o CEA-Cadarache (https://cadarache.cea.fr/cad), a Cité-des-Énergies
(https://www.cite-des-energies.fr), o ITER (https://www.iter.org). E, a menos de 90 Km, na zona
de Avignon, um outro centro de investigação avançada, o CEA-Marcoule
(https://marcoule.cea.fr/Marcoule). A região é servida pelo TGV- Train à Grande Vitesse, com
preços muito acessíveis (semelhantes às deslocações em autocarro, para alguns horários),
tornando fáceis e rápidas as deslocações (cerca de 90 Km, em 20 minutos, a cerca de 16 euros).
O CEA- CADARACHE
CEA- Cadarache
O CEA-Cadarache é o maior centro de investigação em energia da Europa, albergando diversos
institutos e infraestruturas de investigação científica e tecnológica de ponta .

55
Continua…
Por exemplo: o IRFM (l’Institut de Recherche sur la Fusion par Confinement Magnétique), o
instituto que coordena a investigação científica relativa à fusão nuclear por confinamento
magnético; o WEST (W Environment in Stady-State Tokamak; sendo W o símbolo químico do
Tungsténio), um reator de fusão nuclear, do tipo toroidal, onde se faz investigação experimental
de apoio ao ITER; o reator experimental de fissão nuclear, Jules Horowitz (RJW), em fase de
conclusão: visando a produção de radioisótopos para a saúde e estudos da segurança nuclear.
O ITER- INTERNATIONAL THERMONUCLEAR EXPERIMENTAL REACTOR:
O ITER procura “o caminho” para reproduzir na Terra (a altíssimas
temperaturas de: 150 milhões de ºC), um processo semelhante ao da
produção de energia do Sol e das estrelas. A estas temperaturas, os
átomos encontram-se “desfeitos” (em eletrões e núcleos), num
Tokamak e esquema de funcionamento (https://youtu.be/naEz0rHvF2U?t=19)
estado da matéria designado por plasma. Em máquinas, sofisticadas e complexas, designadas por
Tokamak (com forma toroidal- de “donut”), é possível “imitar” o que acontece no Sol.
Por confinamento magnético intenso (através de ímanes supercondutores), a densidade do
plasma é mantida adequada para que aconteçam reações nucleares, entre os isótopos de
hidrogénio (deutério e trítio), com produção de enormes quantidades de energia.

56
Continua…
Os cientistas têm aperfeiçoado a tecnologia para conseguir manter esses pulsos de plasma em
ignição estáveis, por períodos cada vez mais longos, em reatores de fusão nuclear. O ITER detém
este recorde temporal que já é de minutos.
https://www.youtube.com/watch?v=8MNXf2n2_2k&t=36s
A fusão nuclear é possível ser realizada por um outro
processo, designado por fusão inercial.
Por Fusão Inercial: a energia de potentíssimos LASERs (192),
convertida em raios X, comprime o combustível (deutério e trítio) que
se encontra dentro de uma pequeníssima esfera (2mm), fazendo-o
implodir e criar um plasma de alta temperatura, emitindo um curto
pulso de energia (nanossegundos)) com ganhos energéticos de quase
50%. (NIF-National Ignition Facility/ USA)
Considerando as dimensões do ITER (um volume de plasma 10 vezes superior ao maior dos atuais
200 Tokamaks existentes), os seus ganhos de energia deverão vir a multiplicar-se por um fator de
10 (ou superior), em relação ao input de energia fornecido à máquina. Acresce que o processo de
produção de energia por fusão nuclear: é de baixo carbono; o combustível existe e/ou é gerado
em abundância; os resíduos não oferecem os perigos ambientais que associamos aos das antigas
centrais de fissão nuclear.

57
Continua…
A atual fase da construção do ITER atingiu um marco importante com a conclusão da chegada das
19 espiras gigantescas (ver a proporção homem/ espiras na maquete), em forma de “D” que
constituirão a bobina toroidal, responsável pela criação do campo magnético do reator. Esta é
considerada a peça fundamental do Tokamak, para o confinamento magnético do plasma.
O vídeo https://www.iter.org/news/videos/716 mostra a complexidade da construção e transporte de
cada peça. Daí o evento para a comemoração internacional da conclusão desta fase do projeto. A
atual previsão para o término da construção do ITER aponta para 2035. A concretização do ITER,
considerando a sua complexidade e dimensões, só é possível em cooperação internacional/
mundial (num concórcio de 33 países, de 3 continentes, representando 50% da população
mundial, falando 40 línguas diferentes).

58
Continua…
A seguir ao ITER, surgirá o DEMO/ DEMOstration
Power Plant (uma máquina mais simples), que
constituirá um protótipo de uma central de
produção de energia, explorando esta tecnologia
em regime de continuidade (ou quase), com
eficácias que ultrapassarão o atual fator
multiplicativo Q=10 do ITER, para fatores de Q=30
até Q=50. Existem protótipos já desenhados (ex.:
China) ou em fase de análise (ex.: Europa/ ITER), a
concretizar e para concluir em 2040/ 2050.
DEMOstration Power Plant

59
Continua…
A VISITA GUIADA AO ITER E AS NOVAS CONQUISTAS CIENTÍFICAS:
No ITER têm trabalhado especialistas portugueses em Física Nuclear, alguns já em posições
cimeiras de direção, como é o caso da Doutora Isabel Nunes (Directeur d’Assemblage) que viria a
ser a palestrante e guia científica da nossa visita de estutdo ao ITER. Uma cientista e pessoa de
exceção que não mais esqueceremos e a quem agradecemos cada uma das suas explicações e
testemunhos.
Fusão nuclear. A procura pela energia do futuro também ...
CNN Portugal https://cnnportugal.iol.pt› fusao-n...
Jan 15, 2023— Um desses "cérebros" é Isabel Nunes, também doutorada
pelo IST e atualmente a trabalhar no ITER, onde é uma das diretoras. Em
conversa com a CNN...
A investigadora/ diretora do ITER fez, com simpatia, rigor e expertise, a apresentação de todo o
Projeto ITER, com a autoridade e a consistência de quem já dedicou talvez mais de vinte anos, de
paixão e sabedoria, em prol desta construção científico-tecnológica, difícil de igualar. Para além
do testemunho de vida e da clareza de cada explicação, ficou-nos o brilho no olhar e as pausas
no discurso, a ilustrar a profundidade e a grandiosidade de cada dificuldade científico-
tecnológica ultrapassa com sucesso.
I- Com a vivacidade de quem conhece as dificuldades/significado de cada conquista científica, a
investigadora informou-nos sobre o novo recorde que tinha sido conseguido recentemente no
West (o reator de fusão nuclear acima referido): uma duração de ignição do plasma, de 6
minutos e 4 segundos, a uma temperatura estável dos eletrões centrais de 50 milhões de graus
Celcius; e com dupla densidade de eletrões, comparativamente a anteriores experiências.
WEST Plasma with "X -point radiator"

60
Continua…
New Plasma Duration Record Set by WEST Tokamak:
«Equipped with superconducting coils and tungsten plasma-facing actively cooled
components, the WEST tokamak has achieved a new plasma duration record of over 6
minutes, with a steady-state temperature of 50 million degrees Celsius (4kev).»
New Plasma record in WEST : 364 s and 1.15 GJ injected energy
«The latest experimental campaign of WEST commenced in mid-January 2024 and concluded on
April 26 after a four-month experimentation period.
(…) The electron temperature was measured, notably through a new method developed by
collaborators from the Princeton Plasma Physics Laboratory (PPPL). This new diagnostic can be
used (…) to measure the density of impurities, largely composed of tungsten eroded from the
wall and migrated into the plasma core. Measuring and controlling the quantity of impurities are
crucial for the operation of a tokamak in a metallic environment, as these impurities can cause
rapid cooling of the plasma or even contribute to its sudden extinction».
Tivemos oportunidade de observar as imagens dessa gravação vídeo, de um plasma estável em
ignição, num tom azul-violeta/ arroxeado. Projeção de enorme beleza e tranquilidade, à qual
tentámos atribuir todo o seu enorme significado, histórico e científico-tecnológico.

61
Continua…
Foram momentos de êxtase, em que nos pareceu que o tempo parou. E em que o silêncio
(interior e exterior) da concentração absoluta, nos deixou a pairar no espaço dessa nova
realidade.
E foi-nos explicado que outros progressos ocorreram, no aprefeiçoamente
destas tecnologias da fusão nuclear, como por exemplo conducentes: i) a
melhores distribuições dos fluxos de calor no interior do reator; ii) a menor
contacto do plasma com superfícies do reator (com menor arrefecimento do
plasma e menor contaminação do mesmo, com átomos metálicos; à preservação das superfícies
interiores do Tokamak).
(Cont.) «In addition to the plasma duration record, the latest experimental campaign
made progress in other areas. The "X-Point radiation" plasma scenario was explored,
leading to the achievement of one-minute plasmas with low electron temperature (Te < 5 eV) in
the divertor. These radiating plasmas allow for a better distribution of heat fluxes on the plasma-
facing components, significantly improving their lifespan. Several new diagnostics, some
developed and installed by international collaborators, were successfully deployed, providing
new measurements to characterize core and edge plasma. New records for power injection
systems were also achieved (…)».
Novas experiências acontecerão, no WEST, já no próximo outono. A atividade deste reator
experimental, já teve inicio em 2016, ultrapassado agora as 10 000 injeções de combustível.
PASSAGEM PELA «CITÉ DES ÉNERGIES»:
A Cité des Énergies é um pólo de investigação e desenvolvimento de energias de baixo carbono.
Sem possibilidade de visitarmos todas as instituições do Pólo de Cadarache, solicitámos uma
paragem do “nosso” autocarro, junto à Cité des Énergies- para sensibilização.

62
Continua…
E para integrar, realidade e motivação, à futura pesquisa
online. Percebemos como a transferência I&D se faz de forma
estruturada e célere. Os institutos de investigação pura estão
próximos dos da investigação aplicada, comunicando entre si.
Estes estabelecem parcerias com a indústria.
Técnicas mais competitivas de aproveitamento da energia fotovoltaica solar, estão em
investigação nesse instituto (https://www.cite-des-energies.fr/le-solaire-photovoltaique/). Na aproximação ao
pólo de Cadarache, vimos grandes áreas onde decorrem essas experiências, por técnicas diversas.
Um dos casos é o Projeto “Megasol” (uma plataforma de demonstração e de experimentação de
tecnologias ligadas às grandes centrais solares).
Procuram melhorar-se os numerosos aspetos associados ao funcionamento das células
fotovoltaicas: a produção de energia por unidade de área instalada (ex.: os materiais, a eficiência,
a durabilidade, as ligações, as características das células, ...); a integração dos módulos
fotovoltaicos nas mais diversas superfícies (prédios, automóveis, outras infraestruturas); o
armazenamento eletroquímico da energia solar.

63
Continua…
Outros projetos em curso, na Cité des Énergies, dizem respeito à Energia Solar Térmica, Eficácia
Energética dos Edifícios, Produção Industrial de Micro-Algas.
AS EXPERIÊNCIAS DE VIAGENS EM TGV- TRAIN À GRANDE VITESSE:
A tecnologia do TGV é complexa (https://en.wikipedia.org/wiki/Development_of_the_TGV) mas
muito eficaz e confortável, dando origem a transportes de alta velocidade (300 km/h). A ideia de
comboios de alta velocidade surgiu nos anos 60, concretizando-se na década de 80, evoluindo
tecnologicamente ao longo dos anos (em dinâmica, travagem, aerodinâmica, sinalização).
Combina altas velocidades com declives semelhantes (mas utilizando o princípio de uma
montanha russa: com sucessões de suaves subidas e descidas que permitem alguma adaptação do
traçado da linha, ao terreno). E não é um comboio assente sobre rodas
mas em “almofadas” de ar, através da tecnologia maglev (levitação
magnética por eletroímanes), minimizando atritos.
As carruagens estão entre duas máquinas elétricas de tração, situadas nas pontas do comboio;
máquinas de elevada performance e com potência distribuída, com motores em todos os eixos
das suas rodas: permitindo travagens dinâmicas, mais silêncio (por isolamento dos motores) e
menos peso.
Todo o conjunto, de carruagem e máquinas, está acoplado com amortecimento entre as partes.
Há ainda outros sistemas de ligação de corpos, dois a dois, com incorporação de mais
amortecimento no centro de gravidade desses conjuntos, tornando cómodo fazer curvas a alta
velocidade.
A França possuiu uma das maiores redes de comboios de alta
velocidade do mundo, com 2800 km de extensão, a operar desde
1981. E que funciona na perfeição em termos de horários, limpeza e
organização.

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Continua…
Nós experimentámos e adorámos essa experiência: de silêncio, tranquilidade, rapidez. Com uma
sensação semelhante à de estarmos sentado em casa, num sofá, a ver um filme de paisagens a
passar. Muitos franceses aproveitavam para trabalhar ao computador, como quem está sentado à
secretária. Partimos da estação Aix-TVG: uma construção moderna, cheia de luz, com mobiliário
de design contemporâneo, pensada para o conforto dos utentes, com todas as informações e
infraestruras necesssárias. E seguimos em direção a Avignon-TGV, de onde regressámos ao início
da tarde. Cerca de 80 Km percorridos em 20 minutos, com toda a pontualidade, a 267 Km/h, em
ambiente agradável. As fotografias que fizemos no comboio não ficaram tremidas, tal é a sua
estabilidade a alta velocidade. Tanto o arranque como a imobilização são suaves e não se sentem.
Alguns TGV’s funcionam em carruagens duplex (com 508 lugares cada).
AVIGNON E O POLO CIENTÍFICO-INDUSTRIAL DO CEA-MARCOULE:
O CEA/ Marcoule (situado em Bagnols-sur-Cèze, perto de Avignon) foi criado em 1955, com a
cooperação científica de Frédéric Joliot, um dos colaboradores de Marie Curie (1867-1934). Um
centro de investigação pioneiro na resposta às necessidades energéticas, pela via da Fissão
Nuclear.

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Continua…
O combustível nuclear, por ser raro, é muito dispendioso. O vídeo ilustra o seu círculo de vida:
https://www.cea.fr/multimedia/Pages/animations/energies/cycle-combustible-nucleaire.aspx .
Hoje, Marcoule continua a trabalhar as questões da energia nuclear e
das suas aplicações, numa perspetiva de economia circular e de
preservação ambiental: com inovação e competitividade. É
considerado um polo de investigação especializado no ciclo do
combustível nuclear, no tratamento/ armazenamento de resíduos
nucleares e no desmantelamento de centrais nucleares obsoletas:
«Quem constrói uma central nuclear tem que saber desmantelá-la!»
Conta com o trabalho de investigação de instituições como o ISEC (Institut des Sciences et
Technologies pour une Économie Circular des énergies de bas carbonne) ou o ICSM (Institut de
Chimie Séparative de Marcoule), o laboratório de investigação Atalante, o Centraco (para
processamento de lixo radioativo), a Orano’s Melox (para fabrico do combustível MOX) e
numerosos outros institutos de investigação, empresas tecnológicas, projetos e associações não
lucrativas do setor.
A empresa ORANO Marcoule, é especialista: no descontaminar e desmantelar da central nuclear;
no transporte de resíduos; na produção de MOX (mistura de óxidos radioativos que incorpora
reciclados). Para tal criou, por exemplo, o robot RIANA para realização de tarefas no

66
Continua…
interior/exterior da central, tais como, medir níveis de radioatividade ou recolha de amostras.
O processo de reciclagem de combustível nuclear é explicado no
vídeo (9:57’):
https://www.orano.group/china/en/about-us/our-mission
E está a contecer em diversos pontos de França e do globo, de forma
cada vez mais célere e eficaz.
Marcoule ainda alberga o LI2D: o Laboratório de Investigação de Deteção e Diagnóstico de
agentes patológicos ou tóxicos, com desenvolvimento/ validação de biomarcadores para
diagnóstico.
No presente ano letivo, não nos foi oferecida a possibilidade de visitar o sítio de Marcoule nem
o VISIATOM (um museu interativo e pedagógico). Esta parte da visita de estudo foi online,
explorando recursos pedagógicos e informações disponíveis.

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E percebemos que, Marcoule, é um lugar de inovação tecnológica e de reunião de
competências técnico-científicas de vanguarda, na gestão duradoira de materiais nucleares e de
tratamento de resíduos radioativos, acrescentando mais futuro aos recursos naturais. Conta
com a colaboração de Universidades (de Montpellier e Nimes), na investigação e formação de
técnicos especializados. Para além da ação das empresas inovadoras.
WEBGRAFIA:
https://www.cea.fr/Pages/le-cea/les-centres-cea/cadarache.aspx
https://www.iter.org/news
https://www.cite-des-energies.fr/
https://www.cea.fr/Pages/le-cea/les-centres-cea/marcoule.aspx
Helena Pimentel, Prof. Física-12ºC

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VISITA DE ESTUDO À PROVENÇA CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA
- MEMÓRIAS E RELATOS DOS ALUNOS* do 12ºC/ Física –
OBJETIVOS DA VISITA DE ESTUDO:
«Entre os dias 4 e 6 de março os alunos da turma C do 12º ano, deslocaram-se a França (...).»
(Carolina C.)
«O intuito principal da viagem foi conhecer o ITER (International Thermonuclear Experimental
Reactor).» (Ana P.)
«Eu e mais 7 colegas fomos à zona de Marselha, no âmbito da disciplina de Física (...) Com o
objetivo de visitar o ITER - International Thermonuclear Experimental Reactor – que é um
projeto de um reator experimental a fusão nuclear, baseado na tecnologia do Tokamak. O
projeto ITER é uma experiência destinada a atingir a próxima fase na evolução da energia
nuclear, como meio de gerar eletricidade isenta de emissões.» (Rodrigo C.)
Continua…

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Continua…
A VIAGEM DE IDA, A CHEGADA E OS MOMENTOS SÓCIO-CULTURAIS EM AIX EN PROVENCE
«No dia 4 de março, por volta das 9h, eu e 7 colegas meus,
dirigimo-nos ao aeroporto para realizar uma visita de estudo a
França (...). Ao chegar a Marselha, apanhámos uma camioneta até
Aix-en-Provence.» (Carlos N.)
«E, quando chegámos lá, foi logo possível reparar na diferença de
paisagem.» (Vicente N.)
«Aterrámos no Aeroporto de Marselha por volta das 14:30 horas. Almoçámos algo leve, enquanto
esperávamos pelo autocarro que nos levaria a Aix-en-Provence; (...) fizemos o check-in, no hotel,
por volta das 16h. (...) Dedicámos o resto do dia a fazer compras de bens essenciais e a explorar a
zona central da cidade (La Rotonde)» (João M.)
«(...) fomos ao hotel “Odalys Les Floridianes” pousar as mochilas e de seguida fomos a uma loja
de conveniência perto, chamada “Spar”, comprar o almoço do dia e do dia seguinte. Depois de
almoçarmos, dedicámos o resto do dia a explorar a histórica cidade. E acabámos por jantar num
restaurante (kebabs) e provámos doces locais.» (Rodrigo C.)
«O hotel era muito bom, tinha tudo o que precisávamos; o tipo de alimentação era bem
diferente, principalmente os doces; o que não era tão vantajoso era o preço.» (Vicente N.)

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Continua…
«Ao fim da tarde, (...) explorámos essas ruas paralelas ao centro em busca de um local para
comer. Experimentámos uma pastelaria francesa, provando bolos típicos como éclairs e pan aux
chocolat, terminando o dia com um enorme kebab.» (Carlos N.)
«(passeámos) por “La Rotunde” e por “Le Cours Mirabeau”, tal como pelas ruas adjacentes, nos
quais foi possível ver alguma cultura local, (...) o choque relativo ao horário no qual os habitantes
se recolhiam (...): às 20:00 horas as lojas de rua já estavam fechadas(exceto uma “Tarterie”, na
qual foi possível experimentar a gastronomia local); apenas se viam pessoas locais nos bares.»
(Miguel R.)
«Após nos instalarmos, dedicámos o resto do dia a explorar Aix-en-Provence, absorvendo a
atmosfera encantadora da cidade.» (Ruben S.)

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«Começámos o segundo dia bem cedinho, para aproveitar o nosso tempo. Explorámos a cidade
pela manhã, apreciando os detalhes que a luz do dia trazia.» (Carlos N.)
«(...) apreciando as diferentes tonalidades que a luz do dia trazia à sua beleza.» (Ruben S.)
«Nessa manhã, obtivemos uma perspetiva diferente da cidade, pois vimo-la à luz do dia ... Fomos
a um mercado, onde pudemos aproximar-nos do quotidiano da vida francesa. Em adição, La
Rotunde e a Catedral de Saint-Sauveur constituíram paragens no nosso roteiro.» (Ana P.)
Às 9h00 o grupo encontrava-se pronto a continuar o reconhecimento da cidade, dirigindo-se para
a “Cours Mirabeau”novamente, que desta vez se encontrava ocupada por uma feira de rua, e
tinha todas as lojas abertas, incluindo lojas de luxo que impressionaram vários participantes, quer
pelos preços, quer pela beleza das peças. Além disso, os passeios pelas ruas da cidade levaram-
nos à Catedral de Saint-Sauveur, um edifício discreto à partida, mas que após visitar o seu interior
se mostrou tudo menos discreto: molduras de ouro, vitrais belíssimos e uma extensão chocante,
impressionando qualquer pessoa. Pessoalmente, os vitrais e os quadros foram o mais impactante,
principalmente tendo em conta que não esperava encontrar tais peças naquele edifício. Depois da
Catedral, o grupo dirigiu-se ao “Hôtel Caumont”, (...).» (Miguel R.)

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Continua…
«Era uma cidade de lavanda.» (Vicente N.)
«No dia seguinte, terça-feira, pudemos admirar a cidade em plena luz do dia, tendo visto a
Catedral de Saint-Sauveur e novamente La Rotonde e a Avenida Principal. Além disso, provámos
sabores locais, como os folhados de maçã.» (Carolina C.)
«Ao final do dia ainda nos restou algum tempo para passear pelo Parc Jourdan e
movimentarmo-nos por ruas, sendo que foi possível contemplar, no seu exterior, faculdades (...)
como a de economia.» (Carolina C.) E a reitoria da Universidade Aix Marseille.
«Após a visita, ainda conseguimos desfrutar de um passeio adicional pela cidade antes de
retornarmos ao nosso hotel para passar a noite.» (Ruben S.)
«(...) no dia seguinte teríamos de madrugar, para realizar o check out às 7 da manhã.» (Carlos N.)

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O ITER E OUTROS PONTOS DE INTERESSE CIENTÍFICO-TECNOLÓGICO NA SUA PROXIMIDADE:
«Almoçámos no hotel, e de seguida chegou a camioneta que nos iria transportar até Cadarache -
Cadarache é o maior centro de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de energia da Europa-
inclui as atividades de investigação do CEA e do ITER, em Saint-Paul-lès-Durance.» (Rodrigo C.)
«Para isso, alugámos uma camioneta que estaria disponível durante as 5h da visita.» (Miguel, R.)
«(...) para que às 13h30 fosse possível entrar na camioneta e começar o caminho em direção ao
ITER Organization; caminho que passava por uma autoestrada modificada de modo a que fosse
possível transportar as gigantescas peças do reator, a partir do porto de Marselha». (Miguel R.)
«Após um almoço reforçado, seguimos então para a tarde mais preenchida e enriquecedora da
viagem. (...) adicionalmente, tivemos uma boa surpresa, visto que parámos (...) no CEA Cadarache
– o maior centro de pesquisa e desenvolvimento da Europa em energias de baixo carbono.» (Ana
P.)
« A Comissão de Energia Atómica de França, CEA é uma agência de pesquisa francesa focada em
energia nuclear, tecnologias de energias alternativas e segurança nuclear. Desempenha um papel
importante na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias relacionadas com a energia, incluindo
a participação no projeto ITER.» (Miguel A.)
«À semelhança do ITER, o CEA, também é uma organização com o objetivo de conseguir uma
transição para energias mais verdes, com foco na travagem do aquecimento global, sendo
então a energia por fusão nuclear uma opção que tem vindo a ser o principal ponto da
investigação do instituto» (Marina R.)

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Continua…
«A caminho do ITER o grupo realizou uma paragem no CEA Cadarache, na qual pudemos ver o
nível de segurança de todo o complexo militar que rodeia estes locais. Além do CEA Cadarache ,
foi realizada uma paragem no CEA TECH -- Cité Des Energies, no qual é realizada pesquisa sobre
fontes de energia de baixo carbono . Por fim chegámos ao ITER (...)» (Miguel R.)
«A construção do ITER começou em 2010 e está prevista para ser concluída em 2025, com a
expectativa de que o reator entre em operação até 2035. O sucesso do ITER poderá revolucionar
a forma como produzimos energia, abrindo caminho para um futuro mais sustentável e livre de
combustíveis fósseis.» (Eduardo G.) Recentemente, a entrega de bobinas defeituosas, pela Coreia
do Sul, adiou o início da operação da máquina para 2036.

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Continua…
Igualmente, o orçamento da construção tem sido revisto em crescendo.
«(...) Uma coligação multinacional cujo objetivo é alcançar experimentalmente um “Q” igual a
10, isto é, um coeficiente entre a energia retirada e a energia introduzida igual a 10. Caso sejam
introduzidos 50MW é expectável um retorno de 500MW.» (Miguel R.); a partir da produção de
pulsos de plasma, incandescente e em estado estável, por fusão termonuclear. Uma forma de
produzir energia limpa e segura, de forma praticamente inesgotável (o seu combustível base é o
hidrogénio que é o elemento mais abundante do universo).

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Continua…
«O ITER, que em latim significa “o caminho”, será a maior experiência mundial no caminho para a
energia de fusão. Será um dispositivo de fusão a gerar mais calor do que o utilizado para iniciar a
reação de fusão, contando com uma gama impressionante de tecnologias que são essenciais para
fornecer energia de fusão no futuro. (...) O ITER será o maior dispositivo Tokamak a testar o
confinamento magnético para produzir energia de fusão. Contará milhões de componentes,
operados por sistemas de última geração, para medir o seu desempenho e tirar lições para uma
futura central comercial de energia de fusão. Assim que o combustível de fusão estiver na
máquina, poderosos sistemas de aquecimento aumentarão a temperatura para 150 milhões de °C,
a fim de gerar um plasma superaquecido, que ficará alojado dentro de uma câmara em forma de
donut. Para evitar qualquer contacto entre o gás quente e as paredes da câmara, ímanes gigantes
serão arrefecidos até -269 °C para se tornarem supercondutores, de modo a criar uma enorme
gaiola magnética à sua volta. Abaixo da superfície dos componentes expostos às altas
temperaturas serão instaladas tubulações com água de resfriamento para captar o calor que
eventualmente será difundido pelas torres de resfriamento. O ITER produzirá uma quantidade
significativa de calor na faixa de 500 MW por cada 7 minutos, e irá ser capaz de gerar 10 vezes
mais calor do que o calor usado para iniciar a reação de fusão.» (Pedro P.)
«Segundo a engenheira eletrotécnica, formada no Instituto Superior Técnico, o ITER é um projeto
de cooperação global para construir o maior reator de fusão nuclear do mundo. Visa demonstrar
a viabilidade da fusão nuclear como fonte de energia sustentável e quase ilimitada. Este
processo, replica a fusão que ocorre no Sol e em estrelas, aquecendo isótopos de hidrogénio a
temperaturas extremamente altas para criar um plasma, onde os átomos se fundem e libertam
energia. Com a participação de vários países, incluindo a União Europeia, EUA, Rússia, China,
Japão, Índia e Coreia do Sul, o ITER pretende produzir até 500 megawatts de energia de fusão
durante períodos de até 400 segundos. A fusão nuclear é vista como uma alternativa mais segura
e limpa à energia nuclear convencional.» (Ana P.)
«Da parte da tarde, viajámos de camioneta para visitarmos o ITER,
onde fomos recebidos com uma palestra da Doutora Isabel, seguida
por uma visita guiada de camioneta pelas instalações do mesmo.»
(Carlos N.)

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Continua…
«Quando chegámos ao ITER tivemos a sorte de sermos recebidos pela Doutora Isabel Nunes, uma
investigadora portuguesa que tirou o curso no Técnico em Lisboa, logo em termos linguísticos a
visita foi facilitada. Fez-nos uma visita guiada na camionete pelas as instalações apontando tudo
o que era relevante e esclarecendo as dúvidas que surgiam pelo caminho, de seguida fez-nos uma
apresentação em que nos explicou o que é o ITER, o que se pretende alcançar com o ITER, os
países envolvidos, as funções de cada país, a diferença entre fusão e fissão nuclear, e o mais
importante explicou-nos de uma forma simples, de forma a que nós conseguíssemos perceber o
funcionamento do Tokamak.» (Rodrigo C.)
Por fim chegámos ao ITER Organization, propósito principal da visita, no qual fomos orientados
pela “Diretora de L’Assembláge”, Isabel Nunes, que,coincidentemente, era Portuguesa, o que
facilitou a comunicação entre todos, apesar de também ter criado uma situação caricata: a
investigadora podia comunicar em linguagem corrente portuguesa, no entanto, no que toca à
linguagem técnica para explicação do funcionamento do reator, nãoconseguia traduzir certas
palavras, como é o exemplo da palavra: coils (bobinas). Devido a isto, a palestra foi dada em
inglês, o que não se mostrou um problema devido à proficiência em inglês por parte detodos os
membros do grupo. Além da palestra, foi possível observar brevemente modelos tridimensionais
do reator em construção. Após isto, realizámos um tour por fora dos edifícios do reator, no qual
foi possível ganhar uma noção do tamanho real do reator a ser construído, que é colossal.
Pessoalmente, fiquei um pouco desapontado em relação à parte física da visita, isto é, considero
que teria sido muito mais interessante se tivéssemos tido a possibilidade de entrar no edifício do
reator. No entanto, compreendo os motivos pelos quais tal não é possível, e continuo satisfeito
com a parte intelectual da visita: passei a compreender o que realmente significa ser um
investigador, e pude observar o extremo ao qual a atenção ao detalhe é levada, nestes centros
de investigação científica de calibre mundial.» (Miguel R.)
«E, para ver como este mundo é pequeno, a Senhora já tinha trabalhado num local onde o Pai de
um nosso Colega também já tinha trabalhado.» (Vicente N.)
«Por causa de uma segurança rígida não foi permitido tirar fotos e não foi possível passar por
diversos pontos importantes como o edifício principal onde o reator se localiza.» (Miguel, M.)
«Tivemos oportunidade de observar o tamanho do reator de fusão nuclear. Não vimos o reator
por completo mas, só a tampa, era umas quatro vezes maior que o autocarro onde nos
deslocávamos.» (Vicente N.)

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Continua…
«E foi muito interessante conhecer a relação dos outros países com a Rússia que é um dos
participantes. E, com a guerra, não esperava que a relação de permanência, da Rússia, se
mantivesse. Apenas se registam alguns problemas no envio de materiais, da Rússia para França.»
(Vicente N.)
«Gostei muito do tour, pois passei a perceber melhor o funcionamento do Tokamak e os
objetivos principais de todo o projeto. Percebi muito melhor os desafios e o propósito da fusão
nuclear.» (Ruben S.)
ASPETOS TEÓRICOS E SÍNTESE FINAL RELATIVA AO FUNCIONAMENTO DE UM TOKAMAK:
«A fusão nuclear é o processo pelo qual dois núcleos atómicos se combinam para
formar um núcleo mais pesado, liberando uma grande quantidade de energia no
processo. Esse processo é o mesmo que alimenta o sol e outras estrelas.» (Pedro M.)
«(...) Ao contrário da fissão nuclear, que envolve a divisão de átomos pesados, a fusão nuclear
geralmente envolve isótopos leves de hidrogénio, como deutério e trítio. A fusão nuclear é
considerada uma fonte de energia potencialmente mais segura e mais sustentável do que a
fissão, já que produz menos resíduos radioativos e utiliza materiais mais abundantes. No entanto,
alcançar e manter as condições necessárias para a fusão controlada é um desafio técnico
significativo» (Miguel A.)
«Visto que os átomos estão sempre em movimento, quanto maior a temperatura que estes
atingem, mais rápido estes se movem, (...) As repulsões eletrostáticas que existem entre as
cargas positivas dos núcleos, são superadas e estes átomos fundem-se, criando uma partícula
mais pesada, o hélio; contudo, neste processo, alguma massa foi perdida e esta minúscula

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massa, quando multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz,
transforma-se em energia, pela fórmula E=m c2. (...) e não há risco de
acontecerem reações em cadeia difíceis de controlar, sendo assim uma
opção extremamente segura e eficiente para a produção de energia
em massa para a população.» (Marina R.)
«No interior do tokamak, sob a influência de calor e pressão extremas, o combustível gasoso
de hidrogénio transforma-se em plasma, um gás quente e
eletricamente carregado. As partículas carregadas do plasma
podem ser moldadas e controladas pelas enormes bobinas
magnéticas colocadas ao redor do recipiente; os físicos usam
essa importante propriedade para confinar o plasma quente
longe das paredes dos vasos. Para iniciar o processo, o ar e as
impurezas são primeiro evacuados da câmara de vácuo. Em seguida, são carregados os sistemas
magnéticos que ajudarão a confinar e controlar o plasma; e é introduzido o combustível gasoso. À
medida que uma poderosa corrente elétrica passa pelo recipiente, o gás decompõe-se
eletricamente, torna-se ionizado (os elétrons são separados dos átomos) e forma um plasma. À
medida que as partículas de plasma ficam energizadas e colidem, começa a aquecer. Os métodos
de aquecimento auxiliar ajudam a levar o plasma às temperaturas de fusão (entre 150 e 300
milhões de °C). Partículas "energizadas" a tal ponto podem superar sua repulsão eletromagnética
natural na colisão para se fundirem , libertando enormes quantidades de energia.» (Rodrigo C.)
«O projeto ITER tem enfrentado desafios técnicos e financeiros significativos ao longo dos anos,
mas representa uma iniciativa importante na busca por fontes de energia mais limpas e
sustentáveis para o futuro. A conclusão do ITER e seu subsequente funcionamento experimental
serão marcos significativos no campo da fusão nuclear.» (Pedro P.)
AS VIAGENS NO TGV/ TRAIN À GRANDE VITESSE:
«Quarta-feira foi dia de levantar cedo, por volta das 6 horas, de modo a fazermos a viagem de
TGV até Avignon. Foi outro dos objetivos desta visita de estudo, já que se trata de um comboio
que foi projetado especificamente para operar a altas velocidades. Eles são equipados com
motores elétricos potentes, que são alimentados pela eletrificação das vias. Além disso, possuem
um design aerodinâmico, para reduzir o atrito e se tornarem mais eficientes. Estes comboios
também possuem sistemas de suspensão avançados, de maneira a garantir uma viagem suave
mesmo a 300 km/h.» (Carolina C.)

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Continua…
«No TGV, o magnetismo entre os carris e o carril desempenha um papel importante na velocidade
e estabilidade. Os TGV usam um sistema chamado "suspensão magnética" ou "travão magnético".
Este sistema envolve ímanes permanentes nos carris e bobinas eletromagnéticas no carril do
TGV. Quando o TGV se move, os ímanes nos trilhos geram campos magnéticos que interagem com
as bobinas no carril, proporcionando uma suspensão estável e reduzindo o atrito. Isso permite
que o TGV alcance velocidades mais altas (300km/h) com maior eficiência energética,
proporcionando uma viagem mais suave e segura.» (Rodrigo, C.)
(gif do tgv em ação)/ (Eduardo, G.)
«Fomos de TGV, aproveitando para analisar essa tal tecnologia fascinante, que nos permite
percorrer enormes distâncias em questão de minutos». (Carlos N.)
«No dia seguinte fomos à cidade de Avignon, uma cidade museu. Para lá chegarmos, fomos de
TGV que era uma das “coisas” que eu estava mais animado para fazer. Esperava sentir mais os
efeitos da velocidade mas, a única forma de a sentir, era olhando pela janela. Na cidade, vimos
vários monumentos históricos.» (Vicente N.)

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Continua…
«Mais uma vez, começámos o dia cedo para embarcar nos transportes até a estação do TGV.
Gostei muito de observar este fenómeno da engenheira moderna que pode ser utilizado por
todos os cidadãos no dia a dia. Apanhámos o TGV de Aix-en-Provence para Avignon, onde
passámos uma tarde encantadora a explorar a arquitetura histórica da cidade. Após um dia bem
aproveitado, apanhámos o TGV de volta para a estação de Aix-en-Provence e um autocarro até o
Aeroporto de Marselha/ Aix-en-Provence, onde embarcamos no nosso voo de retorno às 19h.»
(Ruben S.)
«Já no último dia da viagem, quarta-feira, o grupo deslocou-se de TGV para Avignon, uma viagem,
de 90 (!) quilómetros realizada em incríveis 20 minutos. Para além desta velocidade toda, fomos
também surpreendidos pela pontualidade dos TGVs, que partiam e chegavam exatamente no
minuto previsto. Penso que isto demostra um pouco a diferença de mentalidade entre Portugal e
o resto da Europa, principalmente quando consideramos estes países desenvolvidos como é o
caso da França. Todos os transportes, quer autocarros quer comboios eram pontuais, o que
permite uma confiança extra nestes que, devido aos atrasos, não é possível em Portugal.» (Miguel
R.)
Gare routière d’Aix-en-Provence; Gare SNCF de Avignon; Avignon TGV Station

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Continua…
A VISITA A UMA CIDADE COM HISTÓRIA- AVIGNON:
«Num instante chegámos a Avignon, uma cidade na região de Provença,
conhecida por ter sido a residência dos papas católicos entre os anos de 1309
e 1377. A cidade continuou sob domínio papal até se tornar parte da França,
em 1791. Esse legado pode ser visto no enorme Palácio dos Papas, que fica
no centro da cidade e é cercado por muralhas de pedra medievais. Passámos
«Pessoalmente considero esta ida a Avignon uma
ótima decisão do grupo, pois permitiu a visita a esta
cidade museu com edifícios magníficos, tal como o
passeio à volta e pelos jardins do “Le Palais de Papes
d’Avignon”, edifício que merece o respeito, quer devido
à beleza, quer devido à escala deste. Foi também
visitada a ponte de “Saint-Bénézet”, que na verdade
não é uma ponte, e sim “meia-ponte”, pois não liga as
duas margens do rio.» (Miguel R.)
o dia a explorar a cidade com o seu aspeto histórico e gótico, e acabamos por almoçar no
McDonald 's.» (Rodrigo, C.)
«Após o passeio turístico por Avignon e após o almoço, o grupo iniciou a viagem para o
aeroporto, que passou por um comboio para a estação TGV, um TGV e acabou com um autocarro
para o Aeroporto De Marselha, dando por fim a visita de estudo.» (Miguel R.)

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Continua…
PRÓXIMO DE AVIGNON O CEA-MARCOULE:
«O Centro de Energias Alternativas de Marcoule, também conhecido como CEA Marcoule, é um
importante centro de pesquisa e desenvolvimento de energias alternativas localizado na região de
Marcoule, na França. Fundado em 1955, o CEA Marcoule tem sido um pioneiro no estudo e
aplicação de tecnologias de energia limpa e sustentável. O centro tem como objetivo principal
desenvolver soluções inovadoras para a geração de energia utilizando fontes renováveis, como a
energia solar, eólica e nuclear. Além disso, o CEA Marcoule também realiza pesquisas em áreas
como o armazenamento de energia, eficiência energética e tecnologias de captura de carbono.»
(Eduardo G.)
O REGRESSO A PORTUGAL E CONCLUSÕES:
«No fim do dia estávamos quase a dormir em pé. Então, apanhámos o avião de volta a casa. Para
resumir, foi uma viagem muito interessante e aprendi muitas “coisas”.» (Vicente N.)
«Ao fim do dia fizemos o mesmo trajeto, mas desta vez de regresso para o aeroporto; chegámos
ao aeroporto com antecedência e apanhámos o voo para o Porto, tranquilamente, tendo chegado
por volta das 20h30min.» (Rodrigo C.)
«Concluindo, esta viagem foi uma experiência enriquecedora que nos permitiu mergulhar na
cultura, história e beleza da região da Provence, além de ter sido cientificamente benéfica devido
às visitas ao ITER e à utilização do TGV.» (Ruben S.)
«Pessoalmente, achei esta experiência inesquecível, quer pela parte educativa, quer pela parte
turística, que me fez conhecer duas cidades francesas que, franca e muito provavelmente, não
viria a conhecer, por não serem “capitais” turísticas.» (Miguel R.)
REFLEXÕES FINAIS:
«Na minha opinião esta forma de transformarmos o mundo num lugar em que todos temos
acesso à energia limpa e ilimitada, é sem dúvida algo em que devíamos apostar para o futuro.
Centros como o ITER e o CEA, deviam ser mais divulgados pela mídia, de forma a mostrar a todos
aquilo que podemos atingir, se confiarmos na tecnologia que tem vindo a ser desenvolvida e
melhorada todos os dias (...); vamos acolhê-las e fazer do mundo um lugar mais científico, mais
sustentável e mais rentável.» (Mariana R.)

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«A pesquisa nos sites do ITER, CEA (Marcoule e Cadarache) e estudo sobre o TGV proporcionaram
uma visão, ampla e diversificada, sobre temas cruciais, relacionados com a energia nuclear, o
transporte de alta velocidade, a inovação tecnológica e a sustentabilidade; (...) que têm o
potencial de contribuir significativamente para o avanço científico, o desenvolvimento de novas
tecnologias e a busca por soluções mais eficientes e sustentáveis para desafios globais.» (João G.)
«Se bem-sucedido, o ITER poderá fornecer uma fonte de energia segura, limpa e praticamente
inesgotável para o mundo, contribuindo para a redução das emissões de carbono e mitigação das
mudanças climáticas.» (Eduardo G.)
«Na minha opinião, durante esta pesquisa encontrei bastantes artigos e vídeos muito
interessantes que, mesmo sendo o tema incrivelmente complexo, é algo que toda a gente
interessada em física deveria saber.» (João A.)
WEBGRAFIA:
A Turma de Física* do 12ºC/ 2023-2024
Organização:
Helena Pimentel/ Prof.ª de Física
*Nota: Todos os alunos do 12ºC/ Física foram envolvidos no trabalho de estudo e pesquisa sobre as temáticas da visita de
estudo, independentemente de se terem ou não deslocado a França.

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Continua…
1º, 2º, 3ºciclo e Secundário: Cidadania e Desenvolvimento
Sentir o Verão
Estação repleta de cores, de odores
de diversos sabores,
de novos desafios,
de novas sensações, de novas emoções.
Está na hora de dar descanso
aos pequenos e grandes ecrãs
e desfrutar da natureza
da sua enorme beleza,
de apreciar a sua diversidade,
de sentir esse estar para criar
algo original, diferente
com sabor a mar, a rio, a floresta
com sabor a liberdade, a alegria
com sabor a saber estar
com sabor a saber ser
com sabor a saber ter
com sabor a saber dar
com sabor a saber receber
com sabor a saber escutar
com sabor a saber ajudar
esquecendo a correria do resto do ano.
Ter tempo para sentir
ter tempo para sorrir
Ter tempo para acarinhar
ter tempo para o tempo saborear

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1º, 2º, 3ºciclo e Secundário: Cidadania e Desenvolvimento
Ter tempo para de uma maneira diferente
poder na vida estar.
Ter tempo para canalizar toda a energia
para recarregar baterias
para o dia-a-dia poder deveras aproveitar.
E, no fim do verão, poder sentir
que foi um tempo bem aproveitado,
estar preparado(a) para enfrentar
as novas rotinas que se apresentam
sendo vistas, apenas, como o ponto de partida
para se poder movimentar
na encruzilhada dos dias
tomando direções certeiras
que conduzam a caminhos
bem organizados e sinalizados
que tragam sentimentos de gratidão
apelando à união e à paz
entre aqueles que partilham
o mesmo trabalho, o mesmo grupo
o mesmo desafio, o mesmo “rio”.
Sentir o verão eis o que, este mês, vos proponho
neste fim de ciclo escolar
para daqui a pouco, de novo,
podermos juntos estar.
Professora Fátima Vaz
Sentir e aproveitar o Verão …

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Já vem sendo hábito desde que a nossa escola aderiu ao programa do Eco- Escolas,
participar no Desafio Brigada#AMARoMAR# onde os principais objetivos são a sensibilização dos
jovens para o não abandono de resíduos no areal e alertá-los para os perigos de o seu destino
final serem os oceanos, com forte impacto ambiental provocado pelos microplásticos marinhos.
Perceber as origens do lixo é um dos passos para agir na mudança de comportamentos do dia-a-
dia, optando por soluções mais sustentáveis e comportamentos preventivos que evitem o
agravamento do problema. O desafio da Brigada#AMARoMAR# consiste na monitorização e
recolha dos resíduos na praia; na comparação dos dados ao longo do tempo; na comunicação e
apresentação dos resultados; no envolvimento da escola e comunidade em todo o projeto.
Após a realização uma palestra sobre “A Poluição do Mar e o problema ambiental dos
Microplásticos” proferida pela Dra. Sónia Magalhães, do Departamento de Educação Ambiental
da CM do Porto, no dia 18 de abril foi “mãos à obra”. Reunido um grupo de 47 alunos entre eco-
Conselheiros, membros do Clube Eco- Ambiente e alunos em geral motivados por esta causa,
fomos limpar o areal da praia de Gondarém, na Foz.
Obrigada pela vossa Colaboração!
Projetos: Programa Eco -Escolas e Clube Eco-Ambiente 2024
Continua…

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Projetos: Programa Eco-Escolas e Clube Eco-Ambiente 2024
Palestra sobre “A Poluição do Mar e o problema ambiental dos Microplásticos”.
Prof. Isolina Silva
Coordenadora do projeto Eco- Escolas e Clube Eco- Ambiente
Fazendo a triagem Pesando o papel
Contando as pontas de cigarros (beatas)

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https://erte.dge.mec.pt/cic-clubes
PADLET
DeClara, o nosso Jornal
Jornal da Escola: DeClara
O Jornal da Agrupamento de Escolas Clara de Resende, o DeClara, é um projeto digital
de promoção da leitura e escrita, de caráter mensal e pretende colocar toda a comunidade
escolar e ler e escrever, de modo formativo, informativo e recreativo. Pretende ainda dar a
conhecer tudo o que se faz na escola, presencial ou digitalmente, e dar voz a todos aqueles
que querem partilhar algo com a comunidade educativa… Pretende constituir-se como um
instrumento de educação para a cidadania, de promoção do espírito crítico e de integração
dos diferentes saberes, com recurso às diferentes tecnologias da informação e comunicação,
a um nível transversal.
Este projeto teve o seu início em fevereiro de 2017 e envolve alunos do 1.º ao 12.º ano,
professores, funcionários, pais/encarregados de educação e Comunidade educativa em
geral. É gratuito, enviado digitalmente por email para toda a comunidade escolar e fica
disponível no blogue das Bibliotecas do Agrupamento Clara de Resende e num Padlet criado
para o efeito.
https://padlet.com/isabelpereira_1/declara-o-jornal-digital-ae-clara-de-resende-ryhpcvqjwi02

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DeClara nº78 julho 2024
Ficha técnica:
Nome do Agrupamento: Agrupamento de Escolas Clara de Resende
Morada: Rua O Primeiro de Janeiro 323, 4100-367 Porto
Contactos Telefone: 22 606 4689
Responsável pela publicação:
Isabel Maria Chaves dos Santos Pereira
• Professora Geografia Grupo – 420
• Professora bibliotecária
• Jornal Escolar, Escola a Ler, Bibliotecas AECR
29.07.2024
Agosto: o mês que se segue
Boas férias e muitas leituras!

DeClara n.º 78 JULHO 2024 O Jornal Digital do Agrupamento Clara de Resende

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