INEDI – Cursos Profissionalizantes
BRASÍLIA – 2005
Noçõesde
DesenhoArquitetônico
eConstruçãoCivil
Técnico em Transações Imobiliárias
MÓDULO 06
Os textos do presente Módulo não podem ser reproduzidos sem autorização do
INEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a Distância
SDS – Ed. Boulevard CenterSDS – Ed. Boulevard CenterSDS – Ed. Boulevard CenterSDS – Ed. Boulevard CenterSDS – Ed. Boulevard Center, Salas 405/410 – Brasília - DF, Salas 405/410 – Brasília - DF, Salas 405/410 – Brasília - DF, Salas 405/410 – Brasília - DF, Salas 405/410 – Brasília - DF
TTTTTelefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614
CURSO DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – TTI
COORDENAÇÃO NACIONAL
André Luiz Bravim – Diretor Administrativo
Antônio Armando Cavalcante Soares – Diretor Secretário
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Maria Alzira Dalla Bernardina Corassa – Pedagoga
COORDENAÇÃO DIDÁTICA COM ADAPTAÇÃO PARA EAD
Neuma Melo da Cruz Santos – Bacharel em Ciências da Educação
COORDENAÇÃO DE CONTEÚDO
José de Oliveira Rodrigues – Extensão em Didática
Josélio Lopes da Silva – Bacharel em Letras
EQUIPE DE APOIO TÉCNICO: INEDI/DF
André Luiz Bravim
Rogério Ferreira Coêlho
Robson dos Santos Souza
Francisco de Assis de Souza Martins
PRODUÇÃO EDITORIAL
Luiz Góes
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E CAPA
Vicente Júnior
IMPRESSÃO GRÁFICA
Gráfica e Editora Equipe Ltda
________________, INEDI, Noções de Desenho Arquitetônico e
Construção Civil, módulo VI, Curso de Formação de Técnicos em
Transações Imobiliárias, 4 Unidades. Brasília. Disponível em:
www.inedidf.com.br. 2005.
Conteúdo: Unidade I: histórico; normas técnicas – Unidade II: etapas
do projeto – Unidade III: esquadrias – Unidade IV: projetos –
Exercícios
347.46:659
C837m
Caro Aluno
O início de qualquer curso é uma oportunidade repleta de expectativas. Mas um
curso a distância, além disso, impõe ao aluno um comportamento diferente, ensejando
mudanças no seu hábito de estudo e na sua rotina diária, porque estará envolvido com
uma metodologia de ensino moderna e diferenciada, proporcionando absorção de
conhecimentos e preparação para um mercado de trabalho competitivo e dinâmico.
O curso Técnico em Transações Imobiliárias ora iniciado está dividido em nove
módulos. Este módulo 06 traz para você a básica disciplina Desenho Arquitetônico e
Construção Civil que, dividida em quatro grandes unidades de estudo, apresenta, dentre
outros itens essenciais, a nomeclatura de normas técnicas, as etapas de um projeto
arquitetônico e os principais termos utilizados na arquitetura e na construção civil, e
com certeza será indispensável no seu desempenho profissional.Trata-se, como você
pode perceber, de uma completa, embora sintética, habilitação no âmbito desse
conhecimento tão decisivo para o futuro profissional do mercado imobiliário.
Se o ensino a distância garante maior flexibilidade na rotina de estudos também é
verdade que exige do aluno mais responsabilidade. Nós, do INEDI, proporcionamos as
condições didáticas necessárias para que você obtenha êxito em seus estudos, mas o
sucesso completo e definitivo depende do seu esforço pessoal. Colocamos a sua
disposição, além dos módulos impressos, um completo site (www.inedidf.com.br) com
salas de aula virtuais, fórum com alunos, professores e tutores, biblioteca virtual e salas
para debates específicos e orientação de estudos.
Em síntese, caro aluno, o estudo dedicado do conteúdo deste módulo lhe permitirá
não só o domínio dos conceitos mais elementares da Arquitetura e Construção Civil,
como também os termos adequados para conversação com os clientes, além do
conhecimento dos instrumentos básicos para que o futuro profissional possa atingir os
seus objetivos no mercado de imóveis. Enfim, ao concluir seus estudos neste módulo
você terá vencido uma importante etapa para atuar com destaque neste seguimento da
economia nacional.
Boa sorte!
Desenho arquitetonico
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................09
UNIDADE I
1. O DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA ..................................................13
2. NORMAS TÉCNICAS ............................................................................................15
2.1 – ABNT..........................................................................................................15
2.2 – Formatos de Papel ........................................................................................16
2.3 – Dobraduras das Pranchas..............................................................................17
2.4 – Caligrafia Técnica ........................................................................................17
2.5 – Carimbo ou Legenda....................................................................................18
2.6 – Tipos de papel ..............................................................................................19
2.7 – Tipos de linhas .............................................................................................19
2.8 – Tipos de escalas ............................................................................................20
2.9 – Linhas de Cotas............................................................................................22
3 - PROJEÇÕES ORTOGONAIS...............................................................................23
UNIDADE II
4 - ETAPAS DO PROJETO.........................................................................................27
4.1 – Escolha do Lote ou Terreno ..........................................................................27
4.2 – Compra do Lote...........................................................................................27
4.3 – Contratação do Arquiteto.............................................................................27
4.4 – Encomenda do Projeto .................................................................................27
4.5 – Estudo Preliminar ........................................................................................27
4.6 – Anteprojeto ..................................................................................................27
4.7 – Projeto Final.................................................................................................27
4.8 – CREA ..........................................................................................................27
4.9 – Prefeitura .....................................................................................................27
5 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ..................................................................29
5.1 – Planimétrico.................................................................................................29
5.2 – Altimétrico...................................................................................................29
5.3 – Planialtimétrico............................................................................................29
5.4 – Curvas de Nível............................................................................................29
5.5 – Orientação ...................................................................................................29
5.6 – Termos Técnicos...........................................................................................29
6. PROJETO DE ARQUITETURA ............................................................................30
6.1 – Planta Baixa .................................................................................................30
SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO
6.2 – Fachadas ou Elevações ..................................................................................31
6.3 – Corte ...........................................................................................................31
6.4 – Planta de Cobertura .....................................................................................31
6.5 – Planta de Situação ........................................................................................31
6.6 – Implantação e Locação .................................................................................31
6.7 – Quadro de Aberturas ....................................................................................31
6.8 – Quadro de Áreas ..........................................................................................32
7. CONTRATAÇÃO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES................................32
7.1 – Projeto de Estrutura .....................................................................................32
7.2 – Projeto Hidro-Sanitário ................................................................................33
7.3 – Projeto Elétrico ............................................................................................33
7.4 – Projeto Telefônico ........................................................................................34
UNIDADE III
8. PORTAS E PORTÕES ............................................................................................39
9. JANELAS...... ...........................................................................................................41
9.1 – Tipos de Aberturas das Janelas .....................................................................41
9.1.1. Basculante............................................................................................41
9.1.2. Máximo-Ar..........................................................................................41
9.1.3. Guilhotina ...........................................................................................41
9.1.4. Correr..................................................................................................41
9.1.5. Veneziana.............................................................................................42
9.1.6. Janela com Bandeirola..........................................................................42
10. FASE DE TRANSIÇÃO.........................................................................................42
10.1 – Método Tradicional de Desenho.................................................................42
10.1.1. Prancheta...........................................................................................42
10.1.2. Régua “T” .........................................................................................43
10.1.3. Régua Paralela....................................................................................43
10.1.4. Escala ................................................................................................43
10.1.5. Esquadros ..........................................................................................43
10.1.6. Transferidores.....................................................................................43
10.1.7. Réguas de Normógrafo ......................................................................44
10.1.8. Gabaritos ...........................................................................................44
10.1.9. Régua Flexível....................................................................................44
10.1.10. Achuriador Rápido ..........................................................................44
10.1.11. Pantógrafo .......................................................................................45
10.1.12. Lápis – Lapiseiras.............................................................................45
10.1.13. Curva Francesa ................................................................................45
10.1.14. Bigode .............................................................................................45
10.1.15. Compasso ........................................................................................45
10.2 – Método Atual de Desenho - CAD, uma nova filosofia de trabalho .............45
UNIDADE IV
11. OBRA.....................................................................................................................49
11.1 – Ação de Adjudicação Compulsória .............................................................49
11.2 – Alvará.........................................................................................................49
11.3 – Cartório de Notas.......................................................................................49
11.4 – Certidão Negativa ......................................................................................49
11.5 – Código de Obras ........................................................................................49
11.6 – Habite-se....................................................................................................49
11.7 – Imposto de Transmissão de Bens Imobiliários (ITBI)..................................49
11.8 – Juizado Especial Cível ................................................................................50
11.9 – Lei de Zoneamento ....................................................................................50
11.10 – Memorial Descritivo ................................................................................50
11.11 – Plano Diretor ...........................................................................................50
12. PROJETOS DE RESIDÊNCIAS ...........................................................................50
12.1 – Classificação ...............................................................................................50
12.1.1. Classificação quanto ao tipo...............................................................50
12.1.2. Classificação quanto à edificação........................................................51
13. FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS ..........................................................................53
13.1 – Fundações ..................................................................................................53
13.2 – Estruturas...................................................................................................53
13.2.1. Tipos de Estruturas ............................................................................53
13.3 – Instalações de esgoto ..................................................................................56
14. REVESTIMENTOS...............................................................................................60
14.1 – Soleiras, rodapés, peitoris............................................................................60
14.2 – Ferragens....................................................................................................61
14.3 – Vidros ........................................................................................................61
15. APARELHOS.........................................................................................................61
16. ELEMENTOS DECORATIVOS...........................................................................62
TESTE SEU CONHECIMENTO ..............................................................................65
GLOSSÁRIO .............................................................................................................69
BIBLIOGRAFIA.. ........................................................................................................79
GABARITO........ .........................................................................................................80
Desenho arquitetonico
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
Este módulo de desenho Arquitetônico contém ilustrações que
ajudarão o aluno a melhorar interpretação dos tópicos abordados, facilitan-
do sua compreensão no momento de apresentar um empreendimento para
cliente.
O desenho arquitetônico possui uma linguagem própria de ex-
pressão, a qual será apresentada no decorrer dos tópicos. O aluno terá co-
nhecimento de todo o processo de desenvolvimento de um projeto arquite-
tônico, passando a ter intimidade com seus símbolos e termos básicos para
a leitura deste módulo.
É importante que o aluno esteja consciente que o aprendiza-
do flui com mais facilidade, quando existe o espírito de equipe. A troca
de informações se faz necessária: saber ouvir, saber falar, respeitar a opi-
nião do próximo é fundamental, para que todos, no final do curso atin-
jam o objetivo. Aprender não é só acumulo de informações, mas sim
saber interpretá-las de acordo com a realidade da vida, é saber aproveitar,
explorar do começo ao fim da vida.
“O homem nasce sem nenhuma estrutura e morre inacabado,
por isso é um ser em construção”.
Os Pilares do Conhecimento:
Aprender a viver juntos
Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a ser
Aprender é uma função permanente do seu organismo, é a ati-
vidade pela qual o homem cresce, mesmo quando o seu desenvolvimento
biológico há muito se completou. Essa capacidade de aprender permite
uma educação indefinida, um indefinido crescimento ao ser humano.
Desenho arquitetonico
Unidade
I
Conceituar normas técnicas, ABNT;
Reconhecer características das principais exigências
estabelecidas pela ABNT para a área de arquitetura;
Reconhecer a importância das normas técnicas para o exercício de
uma profissão.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes12 •••••
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 13
1. O DESENVOLVIMENTO DA
ARQUITETURA
O escritor francês André Moreux defi-
niu que a Arquitetura é a arte de construir sob
o signo da beleza”.
Nem sempre foi assim.
A necessidade primitiva e inata de to-
dos os animais de buscarem um abrigo não
foi diferente no homem. A chuva, o vento, o
frio, os predadores fizeram com que os pri-
meiros homens buscassem abrigos seguros.
Era o instinto de conservação que os compe-
lia a essa busca.
Nos primórdios da formação das civili-
zações humanas, a noção de habitação não ti-
nha o sentido de permanência e as moradias
eram transitórias. Esse conceito foi aos pou-
cos se desenvolvendo e paulatinamente o ho-
mem passou a cuidar com mais desvelo dos
seus abrigos: desenhava nas paredes das caver-
nas, usava materiais mais duradouros nas cons-
truções e, para se proteger, cuidar dos reba-
nhos recém domesticados e a agricultura inci-
piente, agrupava-se. Assim, por necessidade de
sobrevivência, passou a ser um animal gregá-
rio, logo, um animal social.
A medida que o homem evoluiu, suas
construções, além de serem locais de refú-
gio, passaram a ser também lugares onde ele
tem prazer em estar. A sua preocupação não
se restringia apenas a se proteger, ele queria
estar em local ao mesmo tempo seguro, agra-
dável e belo. Suas emoções não se restringi-
am só ao medo, mas também ao prazer e à
sua religiosidade. Homenageavam os seus
mortos e reverenciavam as suas divindades.
Suas construções eram mais sólidas e dura-
douras, mais limpas e arejadas e, sobretudo,
o homem passava a ocupar-se com o estéti-
co, isto é, procurava construir com a preo-
cupação voltada para o belo. Surgem as pin-
turas rupestres, como as das grutas de Alta-
mira, na Espanha, e as belas e simétricas
construções monolíticas, como as de Sto-
nehenge, na Inglaterra.
Das construções eminentemente utili-
tárias da pré-história, passamos pela arquite-
tura monumental do Egito e da Mesopotâ-
mia ou então aos estilos arquitetônicos tão
peculiares da Índia, do Japão, da China ou
mesmo das Américas, cada qual com suas
particularidades culturais. Do harmônico dos
estilos greco-romano, vamos ao soberbo do
gótico e o barroco na Idade Média e Renas-
cença, depois de passar pelo neoclássico, che-
gamos hoje à Arquitetura contemporânea.
Se, nos primórdios da história, o homem
tinha na arte de construir a essência de se res-
guardar, passando posteriormente a ser ele-
mento de tributo aos deuses e a Deus, hoje, o
homem volta a si e consubstancia suas edifi-
cações ao seu conforto e bem-estar, enfim ao
seu prazer.
Nesta busca incessante, nesta inquietu-
de humana, concluímos que a Arquitetura,
como a arte de edificar, é, ao mesmo tempo,
uma ciência dinâmica e ilimitada em sua ca-
pacidade criadora, que aliou as necessidades
fundamentais do homem, como:
a) físicas: de abrigo;
b) emocionais: de segurança e proteção;
c) estéticas: de beleza e funcionalidade.
• O instinto de conservação levou o homem a bus-
car abrigos seguros que se foram modificando com
o passar dos tempos.
• Com a evolução do homem, as construções, além
de locais de refúgio, passaram a ser, também, lo-
cais agradáveis e belos.
• Das construções utilitárias da pré-história, pas-
samos por diversos estilos até a arquitetura con-
temporânea.
• A Arquitetura é a arte de edificar; uma ciência
dinâmica e ilimitada em sua capacidade criadora.
• A Arquitetura aliou as necessidades fundamen-
tais do homem: físicas, emocionais e estéticas.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes14 •••••
1.Estaafirmativaéfalsa.AArquitetura,alémdeserumaarte
preocupadacomaformaeaestética,buscatambémocon-
fortoeasatisfaçãoindividualoucoletiva.Adecoração,seja
elarealizadaparaembelezarinterioresounabuscadefor-
masplásticas,éelementocomplementardaArquitetura.
2.Verdadeira.Abuscaporabrigoaindahojesefazmovida
pelanecessidadedeproteção,sejadasintempériesclimá-
ticas,sejadosagressoresexternos.
3.Verdadeira.Asobrasmodernasestãomaispreocupadas
comoconfortopessoal.
4.Verdadeira.Dentreosparâmetros
maisconsistentesparasemedironí-
velevolutivodeumpovo,estãosuas
edificações,oapurodastécnicas
construtivase,naturalmente,aevo-
luçãodosestilos.
Assinale, com um X nos parênteses, se as afir-
mativas são verdadeiras ou falsas. Justifique
suas respostas.
1. Quando André Moreux definiu que “a Ar-
quitetura é a arte de construir sob o signo da
beleza”, deu a entender que a Arquitetura é
uma arte eminentemente decorativa.
( ) Verdadeira
( ) Falsa
2. O homem primitivo procurava os abrigos
porque este era o seu instinto de preservação.
( ) Verdadeira
( ) Falsa
3. Até recentemente, a primordial preocupa-
ção ao construir grandes obras arquitetônicas
era homenagear os mortos e reverenciar os
deuses (ou Deus); hoje não é mais esta a preo-
cupação do homem.
( ) Verdadeira
( ) Falsa
4. Os estilos arquitetônicos mostram o grau
de evolução de um povo em épocas diversas.
( ) Verdadeira
( ) Falsa
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 15
• As normas técnicas são um processo de simpli-
ficação de procedimentos e produtos.
• As normas fixam padrões de qualidade, padroni-
zam produtos, processos e procedimentos consoli-
dam, difundem e estabelecem parâmetros consensu-
ais entre produtores, consumidores e especialistas,
bem como regulam as relações de compra e venda.
• O órgão responsável pela normalização técnica,
no país, é a ABNT.
2. NORMAS TÉCNICAS
2.1 – ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS
O sistema de padronização é o ali-
cerce para garantir a qualidade de
um projeto. Para facilitar a com-
preensão do projeto em nível naci-
onal,todososcomponentesqueenvolvemode-
senho de arquitetura e engenharia são padroni-
zados e normalizados em todo o país. Para isto
existem normas específicas para cada elemento
do projeto, assim como: caligrafia, formatos do
papel e outros. O objetivo é conseguir melhores
resultados a partir do uso de padrões que supos-
tamente descrevem o projeto de maneira mais
adequada e permitem a sua compreensão e exe-
cução por profissionais diferentes independen-
te da presença daquele que o concebeu.
Como instrumento, as normas técnicas
contribuem em quatro aspectos:
••••• Qualidade: fixando padrões que levam
em conta as necessidades e os desejos
dos usuários.
••••• Produtividade: padronizando produtos,
processos e procedimentos.
••••• Tecnologia: consolidando, difundindo
e estabelecendo parâmetros consensu-
ais entre produtores, consumidores e
especialistas, colocando os resultados
à disposição da sociedade.
••••• Marketing: regulando de forma equili-
brada as relações de compra e venda.
1. Pesquise e cite os quatro aspectos relativos
às normas técnicas.
________________________________________
________________________________________
2. Volte ao texto e transcreva a definição do
que vem a ser ABNT.
________________________________________
________________________________________
1.Qualidade,produtividade,tecnologia
emarketing.
2.ABNT-AssociaçãoBrasileirade
NormasTécnicaséoórgãorespon-
sávelpelanormatizaçãotécnicano
Brasil.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes16 •••••
2.2 – FORMATOS DO PAPEL
As Normas Brasileiras de Desenho Téc-
nico estabelecem como padrão a série “A”. A
NBR 10.068 tem o objetivo de padronizar as
dimensões, layout, dobraduras e a posição da
legenda, garantindo desta forma uniformida-
de e legibilidade.
Os itens a serem observados na NBR,
são os seguintes:
• posição e dimensões da legenda;
• margem e quadro;
• marcas de centro;
• escala métrica de referência;
• sistema de referência por malhas;
• marcas de corte.
A0 1189 x 841mm 25mm 10mm 175mm 1,4mm
A1 841 x 594mm 25mm 10mm 175mm 1,0mm
A2 594 x 420mm 25mm 7mm 178mm 0,7mm
A3 420 x 297mm 25mm 7mm 178mm 0,5mm
A4 297 x 210mm 25mm 7mm 178mm 0,5mm
Formato Dimensões
Margens
Esquerda Outras
Largura do
Carimbo
Esp. Linhas
das margens
Os formatos da série “A” tem como base
o Formato A0, cujas dimensões guardam en-
tre si a mesma relação que existe entre o lado
de um quadrado e sua diagonal
(841 2 =1189), e que corresponde a um re-
tângulo de área igual a 1 m2.
A NBR10068 é complementada com a
NBR 8402, referente à execução de caracteres
para escrita em desenhos técnicos e procedi-
mentos, e pela NBR 8403, que cuida da apli-
cação de linhas em desenhos – tipos de linhas
– largura das linhas e procedimentos.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 17
2.3 – DOBRADURAS DAS PRANCHAS
Os projeto de Arquitetura e Engenharia
após serem executados, devem ser dobrados
conforme as figuras abaixo:
Formato A0
Formato A1
Formato A2
Formato A3
Cabides para projetos
Formato A1
Formato A1 – com medidas
2.4 – CALIGRAFIA TÉCNICA
Existe uma padronização também para
a caligrafia técnica, para evitar que os projetos
desenvolvidos em localidades diferentes sejam
interpretados de formas distintas. Desta for-
ma, adquire-se maior agilidade na interpreta-
ção e execução do projeto.
Indicação das
dobras
Moldura de 10mm
Carimbo
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
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A NBR 8402 tem a finalidade de fixar
características da escrita a mão livre ou por ins-
trumentos usados para a elaboração dos pro-
jetos.
Segundo a norma, as letras devem ser
sempre em maiúsculas e não inclinadas. Os
números não devem estar inclinados
LETRAS
A B C D E F G H...
A B C D E F G H...
NÚMEROS
1 2 3 4 5 6 7 8 9...
1 2 3 4 5 6 7 8 9...
(2,0mm – Régua 80 CL – Pena 0,2mm)
(2,5mm – Régua 100 CL – Pena 0,3mm)
(3,5mm – Régua 140 CL – Pena 0,4mm)
(4,5mm – Régua 175 CL – Pena 0,8mm)
2.5 – CARIMBO OU LEGENDA
Em um projeto de Arquitetura ou En-
genharia, faz-se necessário a identificação de
alguns elementos, tais como: tipo de projeto,
endereço, autor do projeto, responsável técni-
co pela obra, tipo de escala empregada, área
do lote, área de construção, número da pran-
cha, números de prancha, espaço reservado
para a aprovação da prefeitura e pelo Conse-
lho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CREA, entre outros.
1. Relacione abaixo quais os elementos fre-
qüentemente usados no desenho técnico.
_________________________________________
_________________________________________
2. O carimbo, localizado no canto esquerdo das
pranchas, possuiu alguns itens obrigatórios de-
finidos pela ABNT. Relacione-os abaixo.
_________________________________________
_________________________________________
3. Qual o objetivo dos símbolos e das conven-
ções em um projeto?
_________________________________________
_________________________________________
4. Como denominamos as linhas indicativas
das dimensões do objeto desenhado?
_________________________________________
1.Oselementosfreqüentementeutilizadosnodesenho
técnicosão:a)carimbos,b)símbolosouconvenções,
c)cotas;
2.Devemconstaremumcarimboinformaçõessobre:
endereçodaobra,autordoprojetoeresponsáveltécni-
co,proprietário,nomedodesenho,escala,desenhista,
dataeetc;
3.Ossímboloseasconvençõessãoutilizadosparamaior
clarezaousimplicidadedoprojeto;
4.Aslinhasindicativasdasdimen-
sõesdoprojetodesenhadosãode-
nominadas"cotas".
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I
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2.6 – TIPOS DE PAPEL
Existem duas categorias de papel para a
elaboração do projeto de arquitetura: opacos
e transparentes.
Papéis transparentes:Antesdoadventodo
softwareparaprojetos,osprojetosoriginais eram
elaborados em papel-vegetal, por ser um papel
transparente e de fácil manuseio e também, por
proporcionar cópias idênticas aos originais.
Papéis Opacos:
Apresentam uso variável,
paradesenhosemgeral;os
projetos de Arquitetura e
Engenhariaabandonaram
o uso do papel vegetal
para os originais, abrindo
espaço para o papel sulfi-
te. Com o uso do com-
putadorparaaelaboração
dos projetos, é possível imprimir em papel sulfi-
te tantas vezes quantas forem necessárias.
2.7 – TIPOS DE LINHAS
Os projetos utilizam uma variedade de
tipos de linhas, para representar objetos em
várias situações.
Já as instalações prediais requerem no-
menclatura e convenções próprias. Vejamos
algumas das convenções mais usuais:
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes20 •••••
2.8 – ESCALAS - considerações de alguns
autores:
"Toda representação está numa propor-
ção definida com o objeto representado. Esta
proporção é chamada de escala". ( Raisz,
1969:47)
"Escala é, então, a relação que existe en-
tre os comprimentos de um desenho e seus
correspondentes no objeto; portanto, escala
nada mais é do que uma razão de semelhança.
Sendo assim, toda escala é expressa por uma
fração; essa fração é chamada escala numéri-
ca; sua representação gráfica chama-se escala
gráfica. Os comprimentos considerados no
desenho são chamados distâncias gráficas e os
considerados no objetos são chamados distân-
cias naturais" (Rangel, 1965:11)
Existem três tipos de escalas: Escala
Natural, Escalas de Redução e Escalas de
ampliação.
2.8.1. Escala Natural: Quando o objeto que está
sendorepresentadonodesenho,apresentaames-
ma medida do real, chamamos de escala natural.
A escala natural está na razão 1 para 1, ou seja, o
real está para o desenho na razão de uma medida
do real para uma medida do desenho.
2.8.2. Escala de Redução: Quando o objeto
que está sendo representado é de grandes di-
mensões, usamos escala de redução, para pos-
sibilitar sua representação no papel. Por exem-
plo, quando projetamos uma residência, um
prédio ou uma cidade.
Escala de redução são representadas da
seguinte forma:
1/10 – 1/20 – 1/50 – 1/100 – 1/200 1/100
e outras.
O número 1 indica o desenho e o próxi-
mo o real.
Exemplo: 1/50 (um por cinqüenta)
Significa que um centímetro do papel
representará 50 cm do real, ou seja, o desenho
será reduzido 50 vezes.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 21
2.8.3. Escala de Ampliação: Quando o
objeto que está sendo representado é muito
pequeno, necessitando ser ampliado para me-
lhor interpretação do projeto. Esta escala é
empregada nas áreas de mecânica, eletrônica,
desenho de jóias, entre outras.
OBS - Escala real - Usa-se este tipo de
escala quando o desenho deve ser igual ao ob-
jeto desenhado. A representação desta escala é
sempre 1:1 (lê-se um por um).
I - Responda as alternativas.
1. Pense um pouco e responda: qual a finali-
dade das escalas de redução?
__________________________________________________________________________________________________________________________________
2. E as escalas de ampliação? Para que servem?
__________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Veja no texto e descreva para que servem as
escala reais.
__________________________________________________________________________________________________________________________________
II - Dadas as escalas abaixo, escreva-as por
extenso e identifique se são de ampliação,
redução ou real.
1) 1½ : 1
2) 1 : 1½
3) 5: 5
4) 1 : 1.000
5) 1.000 : 1
III. Um pouco mais de teoria: descreva como
procedemos nas escalas gráficas.
__________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________
• As escalas numéricas podem ser: de redução, de
ampliação e real.
• A escala de redução significa que o desenho é
menor que o objeto desenhado. É usada quando o
objeto é muito grande e não temos como repre-
sentá-la graficamente.
• A escala de ampliação significa que o desenho é
maior que o objeto desenhado. É usada quando o
objeto é muito pequeno e sua representação não
será nítida,
• A escala real significa que o desenho é igual ao
objeto desenhado.
• As escalas numéricas são assim representadas:
- de redução -1:2 (lê-se um por dois), ou seja, o
desenho é a metade do objeto desenhado;
- de ampliação-2:1(lê-sedoisporum),istoé,odese-
nho é duas vezes maior que o objeto desenhado;
- real -1:1 (lê-se um por um), ou seja, o desenho é
igual ao objeto desenhado.
• Escalagráficaéaquelaemqueseccionamosumseg-
mento de reta em várias partes iguais, obedecendo a
um plano de desenho previamente estabelecido. I-1)Comoopróprionomeindica,asescalasderedução
sãousadasparareduzir,nodesenho,umdeterminadoob-
jeto;2)Aocontráriodasescalasderedução,asdeamplia-
çãosãoutilizadasparaaumentarodesenhodeumobjeto;
3)Asescalasreaisservemparareproduziroobjetoemseu
tamanhonaturaloureal.
II-1)Umemeioporum.Éumaescaladeampliação,poiso
objetonodesenhofoiaumentadoumavezemeia;2)Um
porumemeio.Éumaescaladereduçãoeocontrárioda
anterior;3)Cincoporcinco.Arazão5:5éigualàrazão1:1,
logo,éumaescalareal;4)Umpormil.Éumaescalade
redução;oobjetofoireduzidomilvezesnodesenho;5)Mil
porum.Éumaescaladeampliação;oobjetofoiaumenta-
domilvezesnodesenho.
III-Nasescalasgráficas,seccionamosumsegmentode
retaemváriaspartesiguais,obedecendoaumplanode
desenhopreviamenteestabelecido.
Asescalasgráficassãosemprepar-
tesoumúltiplosdometro,oude
outrosistemademedidaestabe-
lecido.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes22 •••••
2.9 – LINHAS DE COTA
Cotagem em Desenho Técnico
(NBR - 10126)
Representação gráfica das dimensões no
desenho técnico de um elemento, através de
linhas, símbolos, notas e valor numérico numa
unidade de medida.
Elementos gráficos para representação de
cotas
Recomendações
• a característica da linha de cota e linha
auxiliar: linha estreita e contínua.
• linha auxiliar deve ser prolongada ligei-
ramente além da linha de cota.
• deixar um pequeno espaço entre a li-
nha auxiliar e o elemento ou detalhe a
ser cotado.
• linhas auxiliares devem ser perpendicu-
lares aos elementos a serem cotados e
paralelas entre si.
• linhas de centro não devem ser utilizadas
como linhas de cota ou auxiliares porém
podemserprolongadasatéocontornodo
elemento representado e a partir daí com
linha auxiliar (contínua estreita).
• sempre que o espaço disponível for ade-
quado colocar as setas entre as linhas
auxiliares, quando não for pode-se re-
presentar externamente.
• cotagem de raios, a linha de cota parte
do centro do arco e uma única seta e
representada onde a linha de cota toca
o contorno do arco, a letra R (erre mai-
úscula) deve ser representada na frente
do valor da cota.
Linha de cota ou de
dimensionamento
Dimensão do
objeto
Linhas de chamada
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 23
Técnica de Cotar
a) as cotas devem ser representadas aci-
ma e paralelamente à linha de cota e aproxi-
madamente no seu ponto médio.
b) as cotas devem ser lidas da base da
folha de papel. As linhas de cotas devem ser
interrompidas próximas ao meio para repre-
sentação da cota.
Símbolos para as cotas
• Utilizamos alguns símbolos, para faci-
litar e identificar das formas dos elemen-
tos cotados.
φφφφφ - diâmetro
R - raio
3. PROJEÇÕES
ORTOGONAIS
O desenho arquitetôni-
co consiste em representar as
edificações, levando em con-
sideração as projeções, vistas,
elevações, detalhes e cortes.
Estas projeções nos proporci-
onam uma visão espacial, ou
melhor, volumétrica da edi-
ficação.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes24 •••••
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 25
Unidade
II
Conceituar projeção, projeção ortogonal, levantamento
topográfico;
Identificar o significado de termos técnicos da área de arquitetura
e engenharia, geralmente, utilizados durante o processo de
transação imobiliária;
Reconhecer características do levantamento topográfico e das
diversas eta-pas de um projeto.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes26 •••••
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 27
4. ETAPAS DO PROJETO
É importante conhecer a linguagem do
projeto arquitetônico, com seus símbolos e
convenções, assim como, para saber ler e
escrever corretamente, temos necessidade
dos conhecimentos e regras de gramática.
O desenho arquitetônico apresenta uma sé-
rie de peculiaridades, que veremos a seguir,
no sentido de instruir o aluno e torná-lo
capaz de fazer uma leitura completa do pro-
jeto. Iniciaremos, passo a passo, as etapas
de elaboração de um projeto, desde a esco-
lha do lote até a aprovação nos órgãos com-
petentes.
4.1 – ESCOLHA DO LOTE OU TERRE-
NO - É importante levar em consideração al-
guns itens como:
• Localização
• Edificações vizinhas
• Posição em relação ao Norte
• Situação topográfica do lote (feito pelo
topógrafo)
• Afastamentos exigidos pela prefeitura
(Uso do Solo)
• Índice de ocupação (Uso do Solo)
• Resistência do solo (Projeto de Funda-
ção)
4.2 – COMPRA DO LOTE - Certificar-se
de que toda a documentação está correta e
passar imediatamente a escritura para o nome
do comprador.
4.3 – CONTRATAÇÃO DO ARQUITE-
TO - É de fundamental importância a
contratação deste profissional, até mesmo
antes da negociação do lote, quando ele
poderá orientar na escolha e adequação do
terreno.
4.4 – ENCOMENDA DO PROJETO -
Antes de dar início ao projeto de arquite-
tura, é necessário uma conversa detalhada
entre o cliente e o arquiteto. Neste momen-
to o arquiteto solicitará ao cliente o Uso
do Solo, fornecido pela Prefeitura e o Le-
vantamento Topográfico, que deverá ser
executado por um topógrafo. Nesta etapa
o profissional colherá dados do cliente, co-
nhecerá suas necessidades e expectativas,
para a elaboração do Programa de Necessi-
dades, colhendo todas as informações ne-
cessárias para dar início à fase, a qual cha-
mamos de Estudo Preliminar.
4.5 – ESTUDO PRELIMINAR - A partir
do momento em que o arquiteto fica ciente
dos objetivos e necessidades de seu cliente,
começa a elaboração de um croqui, ou me-
lhor, de um esboço, que dará início a nova
fase, denominada de Anteprojeto.
4.6 – ANTEPROJETO - É o projeto dese-
nhado, seguindo todas as normas do desenho
técnico e da ABNT.
4.7 – PROJETO FINAL - Logo após a apro-
vação do projeto pelo cliente, o arquiteto pas-
sa a finalizá-lo, incluindo todos os desenho
necessários para a aprovação na prefeitura e
no CREA.
4.8 – CREA - O Conselho Regional de Enge-
nharia,ArquiteturaeAgronomiaéoórgãoonde
o arquiteto registra um documento denomina-
do ART – Anotação de Responsabilidade Téc-
nica,noqualassumetotalresponsabilidadepelo
projeto que assina. O CREA fiscaliza a atua-
ção dos profissionais formados nas áreas de en-
genharia, arquitetura e agronomia. Regulamen-
tadas, essas profissões têm direitos e deveres que
devem ser respeitados por quem as exerce. O
CREA verifica se a conduta desses trabalhado-
res está adequada – os que cometem erros gra-
ves correm o risco de perder o registro no Con-
selho e ficar em situação irregular.
4.9 – PREFEITURA – O cliente ou o profis-
sional deverá levar o projeto para ser aprova-
do pela prefeitura; caso seja aprovado, deverá
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes28 •••••
providenciar cinco jogos de cópia para serem
registrados e carimbados.
I. Assinale, com um X nos parênteses, as afir-
mações verdadeiras.
1. ( ) Somente as edificações de menor
complexidade exigem planejamento.
2. ( ) É na fase de programa da obra
que o profissional responsável pelo projeto
capta os desejos do cliente e determina as di-
retrizes para o início de seus trabalhos.
3. ( ) O objetivo do “planejar” resume-
se na união perfeita entre o lucro, o tempo e o
trabalho propriamente dito.
4. ( ) Além de outros fatores, o clima, a
aeração, a insolação, o estilo e a topografia são
observados num projeto.
II. Relacione as áreas de forma correta.
1. ( ) quartos
2. ( ) banheiros
3. ( ) varanda
4. ( ) piscina
5. ( ) cozinha
6. ( ) sala
7. ( ) dependências de empregada
8. ( ) escritório
9. ( ) lavabo
10. ( ) sala de televisão
A - íntima B - social C - serviço
• Toda obra exige um planejamento que vai desde
o momento dos primeiros contatos, que chama-
mos de fase de programa da obra, até a sua concre-
tização.
• O objetivo deste planejamento é o de obter mai-
or lucro, com o menor dispêndio de tempo e tra-
balho.
• Os espaços da obra são definidos levando-se em
consideração fatores tais como: clima, aeração, in-
solação, estilo e topografia.
• Um programa bem simples de uma residência
abrange as seguintes áreas:
- íntima: quartos, banheiros, sala íntima;
- social: sala, varanda, lavabo, piscina, escritório,
garagem;
- serviço: área de serviço, cozinha, copa, quarto de
empregada e despensa.
I-1.()Qualquerprojetoexigeumplanejamento;2.(x);3.
(x);4.(x)
II-1.(A);2.(A);3.(B);4.(B);5.
(C);6.(B);7.(C);8.(B);9.(B);
10.(A)
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 29
5. LEVANTAMENTO
TOPOGRÁFICO
É o estudo do terreno, visando verificar
as divisas do terreno, suas as dimensões e des-
níveis. O levantamento topográfico é dividi-
do em três etapas:
5.1 – PLANIALTIMÉTRICO - abrange so-
mente as divisas e os ângulos.
5.2 – ALTIMÉTRICO - abrange as curvas
de nível e alturas do terreno.
5.3 – PLANIMÉTRICO - é o levantamen-
to topográfico, propriamente dito; apresenta
o estudo planialtimétrico e altimétrico do
terreno.
5.4 – CURVAS DE NÍVEL - São linhas cur-
vas que indicam as alturas e a inclinação do
terreno. As curvas de níveis devem ser repre-
sentadas metro a metro em um levantamento
topográfico. Estas curvas são definidas de acor-
do com a sinuosidade do terreno: quanto mais
próximas indicam que o terreno possui incli-
nação, quando são mais espaçadas, indicam
que o terreno é pouco inclinado ou até mes-
mo plano. Conforme podemos notar na figu-
ra abaixo, o setor A é o mais ingrime e o setor
B é o menos inclinado.
5.5 – ORIENTAÇÃO - É a posição do norte
em relação ao terreno; este deve constar no
Levantamento Topográfico, pois é de funda-
mental importância para o arquiteto elaborar
o projeto.
Existem dois tipos de orientação, a mag-
nética (bússola) e a verdadei-
ra, que é a geográfica. No
Levantamento Topográfico
é utilizada a verdadeira , pois
a magnética apresenta vari-
ações no decorrer dos anos.
5.6 – TERMOS TÉCNICOS - Para me-
lhor compreensão do estudo topográfico, o
Técnico em Transações Imobiliárias precisa
estar por dentro de alguns termos técnicos
relacionados à situação do terreno, para ter
argumentos em uma explanação para o cli-
ente. Os principais são:
••••• Terraplanagem – Processo de prepa-
ração do terreno, para dar início a
construção.
••••• Aterro – Preenchimento de uma área
em desnível, com terra ou entulho.
••••• Desaterro – Retirada de terra de uma
área.
••••• Declive – Quando a inclinação do ter-
reno está abaixo do nível da rua.
••••• Aclive – Quando a inclinação do ter-
reno está acima do nível da rua.
••••• Logradouro – Locais públicos, como
praças, ruas, avenidas, parques etc...
••••• Arruamento – Processo de criação das
ruas.
••••• Caixa de Rolamento – Parte da rua
destinada para o trânsito de veículos.
••••• Passeio – Parte da rua destinada para
o passeio de pedestre.
••••• Afastamento – Distâncias exigidas
pelo Uso do Solo, da edificação em
relação ao terreno.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes30 •••••
6. PROJETO DE ARQUITETURA
O projeto de arquitetura é constituído
pelos seguintes desenhos:
••••• Planta Baixa ou Pavimento Térreo
••••• Pavimento Superior (quando for sobra-
do ou prédio)
••••• Layout
••••• Corte Transversal
••••• Corte Longitudinal
••••• Fachadas
••••• Planta de Cobertura
••••• Planta de Situação
••••• Implantação e Locação
••••• Quadro de Aberturas
••••• Quadro de Áreas
6.1 – PLANTA BAIXA - É um corte trans-
versal à edificação, a uma altura de 1,50m.
Através da planta baixa, podemos visualizar
os ambientes que compõe o projeto. Feche os
olhos e imagine uma casa, visualizando da rua.
Agora imagine se fosse possível, tirar o telha-
do e visualizá-la de cima.
••••• Itens que compõe a planta baixa:
Paredes
Janelas
Portas
Cotas
Cotas de Nível
Projeções
Indicação dos Cortes
Indicação do Norte
Escada
Rampas
Pergolado
Espelho d’água
Layout
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 31
Perspectiva
6.2 – FACHADAS OU ELEVAÇÕES - São
elevações verticais, frontal, lateral ou posteri-
or, para se ter noção da edificação.
6.3 – CORTES - São elevações verticais fei-
tas no sentido transversal e longitudinal den-
tro da edificação, para medir as alturas dos ele-
mentos arquitetônicos, portas, telhados, esca-
das, rampas e outros.
6.4 – PLANTA DE COBERTURA - Este
desenho define a situação do telhado, núme-
ro de águas, tipo de telha, lado da queda
d´agua e a largura do beiral.
6.5 – PLANTA DE SITUAÇÃO – Define a
situação do lote em relação à quadra, às ruas e
aos lotes vizinhos.
6.6 – PLANTA DE IMPLANTAÇÃO E
LOCAÇÃO - Define a situação do projeto em
relação ao terreno, incluindo as medidas dos
afastamentos.
Implantação e Locação
6.7 – QUADRO DE ABERTURAS - Legen-
da a qual possui informações sobre as abertu-
ras, portas e janelas.Quando a referencia é para
janela, denominamos a sigla J , e para porta P.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes32 •••••
Conforme o tipo e as dimensões numeramos
como no exemplo:
J1 P1
J2 P2
J3 P3
6.8 – QUADRO DE ÁREAS - Legenda que
apresenta a área do terreno, área de cons-
trução e a área de permeabilidade (área de
jardim).
7. CONTRATAÇÃO DOS
PROJETOS COMPLEMENTARES
Estes projetos devem ser contratados
após ter sido concluído o projeto arquitetô-
nico. Os projetos complementares são os
seguintes:
7.1 – PROJETO DE ESTRUTURA - Este
projeto deverá ser elaborado pelo engenheiro
civil.
Uma construção segura depende do pro-
jeto de estrutura que, por sua vez, depende do
projeto de fundações, elaborado segundo a re-
sistência do solo.
Laje - Estrutura plana e horizontal de concre-
to armado, apoiada em vigas e pilares.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 33
Pilares - Elemento estrutural vertical de con-
creto, madeira, alvenaria ou pedra.
7.2 – PROJETO HIDRO-SANITÁRIO - O
objetivo deste projeto é dimensionar as tubu-
lações necessárias, para cada área
molhada(banheiros, lavabos, área de serviço,
cozinha e outros). O projeto hidro-sanitário
apresenta os pontos e as tubulações de água
fria, quente, esgoto e pluvial.
Água Fria
Esgoto
7.3 – PROJETO ELÉTRICO - O engenhei-
ro elétrico define o caminho das tubulações
elétricas desde a caixa de entrada de energia
que vem da rua até a sua chegada aos equipa-
mentos elétricos.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes34 •••••
SÍMBOLOS E CONVENÇÕES NOS
PROJETOS ARQUITETÔNICOS
7.4 – PROJETO TELEFÔNICO - O enge-
nheiro elétrico define o caminho das tubula-
ções dos cabos de telefone.
• O projeto em si é a finalização das fases que o ante-
cedem, São elementos constantes de um projeto: si-
tuação, locação, cobertura, planta baixa, corte e fa-
chada.
• Situação é o estudo da edificação no contexto da
cidade, do bairro e da rua.
• Locação é o estudo do terreno propriamente dito.
• Cobertura é a parte da projeção que protege a
edificação das intempéries climáticas e que, para
cumprir tal finalidade, deve ter as propriedades de
estanqueidade, isolamento térmico e ainda ser in-
deformável, resistente, leve, não absorver peso, per-
mitir fácil escoamento com secagem rápida.
• Planta baixa é o desenho que recebe a maior
carga de informações, ou seja, contém as dimen-
sões em tamanho real, obedecendo as escalas do
projeto.
• Corte é a secção feita na obra para se obter uma
visão diferente do projeto, A escolha da secção é
aleatória, destacando o que se deseja mostrar e sem
Iimite quanto ao número de cortes. Recomenda-
se, para melhor compreensão de um projeto, no
mínimo, dois cortes: um transversal e outro lon-
gitudinal.
• Fachada é a visão externa do projeto, é a forma
que a obra adquire.
• Os estudos do terreno propriamente dito abran-
gem: a altimetria (inclinação ou, não, do terreno),
tipo de solo, a orientação quanto a posição do sol e
ventos, afastamento que deverá existir em relação
ao lote do vizinho, a forma do lote, a dimensão de
suas medidas, a compatibilização entre o projeto
concebido e o valor do lote, orientação esta presta-
da pelo arquiteto.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 35
I - Relacione de forma correta os elementos
de um projeto.
A - Planta de Situação
B - Planta de Locação
C - Planta de Cobertura
D - Planta baixa
E - Corte
F - Fachada
1. ( ) É o estudo que abrange sete itens
sobre o terreno propriamente dito.
2. ( ) Tem como finalidade proteger as
edificações das intempéries climáticas.
3. ( ) Estuda a edificação no contexto
da cidade, bairro e rua.
4. ( ) É o desenho que recebe maior
carga de informações.
5. ( ) Pode ser de dois tipos: o trans-
versal e o longitudinal - e serve para a
melhor compreensão do projeto.
6. ( ) É a exteriorização do projeto, a
sua forma.
II - Pense e responda.
1. Ao estudarmos um terreno, quais os ele-
mentos devem ser prioritariamente exami-
nados?
__________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Que transtornos as situações relaciona-
das a seguir trarão, se não forem devidamen-
te observadas?
a) A altimetria do lote
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
b) A posição do sol e dos ventos
_________________________________________________________________
________________________________________________________________
c) A distância de um lote para o outro
________________________________________________________________
________________________________________________________________
d) A forma do lote
________________________________________________________________
________________________________________________________________
e) As dimensões do lote
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
f) O valor devido do lote
________________________________________________________________
_________________________________________________________________
I-1.(B)2.(C)3.(A)4.(D)5.(E)6.(F)
II-a)Umterrenonãoplanocomplicaráoprojetodoar-
quiteto,anãoserquandooprojetistaconseguetirarpar-
tidodosdesníveis.
b)Seasposiçõesdosoledosventosnãoforemobser-
vadas,ocorrerádesconfortoparaoproprietárioe,mui-
tasvezes,oaumentodoscustoscomoempregodeso-
luçõesartificiais.
c)Adistânciadeumloteparaooutrodeveserrespeita-
da,poishámatériaquedisciplinaoassunto.
d)Osterrenos,quandonãosãoretangulares,dificultam
otrabalhodoarquiteto.
e)AsdimensõesmínimassãoestabelecidaspelaLei
Federalqueumavezdesrespeitadapodecriarproble-
mas.
f)Estefator,senãotratadocomgrandeseriedadepelo
arquiteto,poderáprovocarumainver-
sãodevaloresfazendocomqueo
preçodoterrenosesobreponhaao
daobradearquitetura.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes36 •••••
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 37
Unidade
III
Conceituar Projeto de Arquitetura, Alvará, "Habite-
se", "ITBI", Memorial Des-critivo, Plano Diretor;
Identificar as exigências estabelecidas para a construção de uma
obra;
Identificar os locais de registro;
Reconhecer características básicas de um projeto de arquitetura,
de projetos complementares, do levantamento topográfico;
Reconhecer o processo utilizado para a elaboração do projeto;
Explicar as características básicas de uma construção;
Reconhecer o significado dos termos mais usados na área
arquitetônica.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes38 •••••
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 39
8. PORTAS E PORTÕES
Existe grande variedade de tipos de por-
tas e portões, e oTTI precisa identificar as aber-
turas das portas e portões em um desenho ar-
quitetônico. Para isto, seguem algumas figuras
das portas com representação em planta.
Porta giratória
Porta de Abrir
Porta Sanfonada
Porta Pantográfica
Porta de Correr
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes40 •••••
PORTÕES
Portão Basculante
Corte
Planta
Portão de Enrolar
Corte
Planta
Portão Pivotante Vertical
Corte
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 41
Planta
9. JANELAS
As janelas em planta, geralmente são re-
presentadas conforme a figura abaixo:
Representação em planta (para janelas abaixo
de 1,50m)
Representação em planta (para janelas acima
de 1,50m)
9.1 – TIPOS DE ABERTURAS DAS
JANELAS
9.1.1. BASCULANTE - as peças das janelas
giram em torno de um eixo superior, tendo o
movimento limitado por hastes laterais.
9.1.2. MÁXIMO-AR - Janela cuja abertura
deixa os vidros numa posição perpendicular
ao caixilho, permitindo total ventilação e ilu-
minação em relação ao batente.
9.1.3. ABERTURA TIPO GUILHOTINA
- a abertura da janela é na posição vertical.
9.1.4. JANELA DE CORRER - a abertura
da janela é na posição horizontal.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes42 •••••
9.1.5. JANELA TIPO VENEZIANA - per-
mite a ventilação permanente dos ambientes,
impedindo a visibilidade do exterior e a en-
trada de água da chuva. É formada por palhe-
tas inclinadas e paralelas
9.1.6. JANELA COM BANDEIROLA , si-
tuado na parte superior das janelas ou das por-
tas. Fixo ou móvel, favorecendo a iluminação
e ventilação dos ambientes.
10. FASE DE TRANSIÇÃO
O processo de elaboração de projetos de
Arquitetura e Engenharia está passando por
uma fase de transição, na qual ainda encon-
tram-se profissionais que utilizam o método
tradicional, fazendo uso da prancheta, régua,
escala, esquadros e outros materiais de dese-
nho, ao mesmo tempo em que ocorre uma sig-
nificativa procura por uma nova ferramenta
de trabalho, representada pelo “CAD - Com-
puter Aided Design”, que significa “Projeto ou
Desenho Auxiliado por Computador”. Cada
vez mais os profissionais estão se conscienti-
zando da praticidade, agilidade e conveniên-
cia oferecidas pelo sistema, facilitando, inclu-
sive, a comunicação entre o profissional e seus
clientes.
10.1 – MÉTODO TRADICIONAL DE
DESENHO
Relacionamos, a seguir, alguns equipa-
mentos, utensílios e mobiliário tradicional-
mente utilizados pelos profissionais para ela-
boração de projetos.
Mobiliário
10.1.1. PRANCHETA - Mesa para desenho,
com alavancas de acionamento da inclinação
e da altura. Geralmente revestida com plásti-
co de cor verde, branco ou azul.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 43
10.1.2. RÉGUA “T” - Usada em dese-
nho técnico para o traçado de linhas paralelas.
As linhas perpendiculares são obtidas com au-
xílio de esquadro apoiado na réguaT. Pode ser
fabricada em madeira, com bordas de plástico
inquebrável ou acrílico. A régua T pode ser
fixa ou acoplada a um cabeçote móvel, com
transferidor, permitindo o traçado de linhas
inclinadas.
10.1.3. RÉGUA PARALELA - régua parale-
la surgiu depois da régua T. É confeccionada
em acrílico cristal com espessura de 3,2mm,
podendo ter proteção de alumínio anodizado.
É fixada na prancheta através de parafusos e
cordoamentos de nylon especial. A régua des-
loca-se sobre a prancheta no sentido transver-
sal, proporcionando o traçado de linhas para-
lelas
10.1.4. ESCALA - É uma régua utilizada em
desenho técnico para reduzir ou ampliar o
objeto. O manuseio deste equipamento será
detalhado, mais a frente.
10.1.5. ESQUADROS - Os esquadros são
utilizados em conjunto com a réguaT ou com
a paralela, para traçar linhas perpendiculares
e paralelas. Existem esquadros de 30º e de 45º.
São fabricados em acrílico cristal com 2mm
ou 3mm de espessura, com escala em milí-
metros, ou sem escala, podendo, ainda, apre-
sentar rebaixo para traçado a nanquim.
O tamanho dos esquadros varia de 16cm
a 50cm.
10.1.6. TRANSFERIDORES - Transferido-
res são utilizados para aferir os ângulos do de-
senho. São fabricados em acrílico cristal com
diâmetro variando entre 10cm e 25cm.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes44 •••••
10.1.7. RÉGUAS DE NORMÓGRAFO -
Estas réguas são utilizadas em conjunto com
um instrumento, conhecido por “aranha”,
onde são fixadas canetas à tinta e a ponta seca
na régua, possibilitando assim o desenho arte-
sanal das letras.
10.1.8. GABARITOS - São utensílios de plás-
ticos ou acrílico que apresentam os contornos
de objetos variados utilizados em desenho téc-
nico de construções.
Gabarito de letras.
Gabarito Sanitário
Gabarito de Telhas
Gabarito de portas/sanitários/elétrico/círcu-
los e retângulos
Gabarito de Vegetação
10.1.9. RÉGUA FLEXIVEL - A régua flexí-
vel serve para o traçado de qualquer tipo de
curva. É fabricada de borracha especial com
alma interna de chumbo com liga especial.
Possui rebaixo nas bordas para desenho à nan-
quim. O comprimento varia de 40cm a 1m.
10.1.10. ACHURIADOR RÁPIDO - Ideal
para traçar linhas ou figuras perfeitamente
paralelas com qualquer espaçamento. Pos-
sui dispositivo para acoplar qualquer tipo
de gabarito o que amplia muito seu campo
de utilização.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 45
10.1.11. PANTÓGRAFO - Concebido para
executar reduções ou ampliações com bastan-
te precisão, dentro de uma tolerância máxi-
ma de 5% de erro, nas proporções de: 1/12,
1/10, 1/8, 1/6, 1/5, 1/4, 1/3, 2/5, 1/2, 3/5,
2/3, 3/4, 4/5, etc. Braços leves de alumínio
anodizado e ferragens de latão finamente cro-
madas formam a estrutura.
10.1.12. LÁPIS – LAPISEIRAS - Os
lápis e lapiseiras (minas ou grafites) são
classificados por meio de letras ou nú-
meros segundo o seu grau de dureza.
Quanto maior for o seu número ou
classificação de sua letra maior será a
sua rigidez.
A série B compreende, de forma
geral, os lápis macios e a série F os lá-
pis duros. Para o desenho preliminar pode-se
usar o lápis HB ou grafite equivalente para
uso em lapiseira. Existe no mercado uma gran-
de variedade de tipos de lapiseiras.
Classificação alfabética para tipos de
grafite (macios e duros)
• Lápis macios: 7B, 6B, 5B, 4B, 3B, 2B
• Lápis rijos: H, 2H, 3H, 4H, 5H, 6H.
• Lápis de dureza intermediária: B, HB, F.
Classificação numérica
• Número 1 equivalente à 3B;
• Número 2 equivalente à B;
• Número 3 equivalente à F;
• Número 4 equivalente à 2H;
• Número 5 equivalente à 4H;
• Número 6 equivalente à 6H;
10.1.13. CURVA FRANCESA
10.1.14. BIGODE - Indispensável na rotina
de trabalho de estudantes e profissionais. De
tamanho compacto, fácil da acomodar, pos-
sui cerdas naturais (crina animal) e cabo ana-
tômico em madeira de lei com fino acabamen-
to, medindo, aproximadamente 25 cm.
10.1.15. COMPASSO - Instrumento para
desenhar arcos ou círculos.
10.2 – MÉTODO ATUAL DE DESE-
NHO – CAD – UMA NOVA FILOSO-
FIA DE TRABALHO
Filosofia de trabalho inovadora em
projeto e construção, o CAD representa,
sem dúvida, uma ferramenta essencial para
o arquiteto e o engenheiro, bem como para
todos os profissionais dedicados à área de
desenho técnico. Com o crescente interes-
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes46 •••••
se e conscientização das empresas com re-
lação ao uso do CAD e seus efeitos sobre a
melhoria da eficiência e da qualidade do
trabalho oferecido à clientela, evidencia-se,
no futuro próximo, a diminuição do espa-
ço reservado àqueles profissionais que não
adotarem esta tecnologia de ponta. O en-
sino e aprendizado dessa ferramenta deve
ser pautado pelas necessidades de cada pro-
fissional, Ao arquiteto, por exemplo, é im-
portante o profundo conhecimento dos
comandos e facilidades oferecidas pelo pro-
grama, pois, à medida que vai desvendan-
do suas quase ilimitadas possibilidades,
passa a ter maior desenvoltura de trabalho,
ganhando em produtividade e conseguin-
do, até mesmo conceber e materializar sua
idéia diretamente no computador. Uma vez
que a idéia criativa origina-se na mente do
profissional, o que acontece, neste caso, é
a transferência de idéias do homem, dire-
tamente para a máquina.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 47
Unidade
IV
Conhecer a documentação necessária para início de
uma obra, incluindo alvará, certidões negativas, habite-se e
ITBI;
Conhecer a classificação dos projetos residenciais quanto aos tipos
de edificações;
Descrever os tipos mais comuns de fundações e de estruturas de
uma obra;
Descrever as instalações de esgoto de uma residência, incluindo
caixa de esgoto;
Conhecer os vários tipos de revestimentos usados em uma obra,
incluindo elementos decorativos.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes48 •••••
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 49
11. OBRA
Uma obra envolve mais que tijolos, ci-
mento ou argamassa. Há documentos, enti-
dades, impostos e conjuntos de leis que, mui-
tas vezes, o público leigo jamais suspeitou que
existissem.
11.1 – AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO
COMPULSÓRIA
É utilizado para que se cumpra a trans-
ferência de propriedade de um bem imóvel
quando o antigo proprietário não pode ou
não quer fazê-la. Nessa ação, o novo dono
deve comprovar que comprou e pagou por
ele. Para isso, pode-se usar o compromisso
de compra e venda, recibos, promissórias e
testemunhas.
11.2 – ALVARÁ
Essa licença, expedida pela prefeitura,
autoriza a construção ou a reforma de um
imóvel. O poder municipal fica obrigado a li-
berar a permissão sempre que um pedido for
feito, desde que respeite todas as regras e apre-
sente todos os documentos requeridos.
11.3 – CARTÓRIO DE NOTAS
O registro de todas as declarações ou
documentos que precisam tornar-se públicos,
por exigência – ou não – da lei, é feito nesses
cartórios. Contratos de compra e venda, por
exemplo, só viram escrituras quando lavrados
ali. Assim, deixam de ser um instrumento par-
ticular para confirmar, de modo formal, a ven-
da de um imóvel.
11.4 – CERTIDÃO NEGATIVA
Qualquer documento que comprove a
isenção de ônus ou as dívidas de todos os
tipos com a Justiça, os órgãos públicos, a
prefeitura e até o comércio e os credores leva
esse nome. Tais papéis podem ser emitidos
em nome de pessoas físicas ou jurídicas e
em favor de um imóvel. O termo “negativa”
nas certidões mostra que não houve nenhum
registro de ocorrência nos órgãos consulta-
dos.
11.5 – CÓDIGO DE OBRAS
São leis municipais que determinam a
forma de ocupação do solo, mais especifica-
mente, estabelecendo detalhes técnicos para
as construções, como a quantidade mínima de
janelas e o dimensionamento das escadas e das
saídas de emergência. Se essas regras forem
desrespeitadas, a obra não será aprovada pela
prefeitura. Nas capitais e grandes cidades, o
Código de Obras é vendido em livrarias. Em
outros municípios, ele pode ser obtido na pre-
feitura.
11.6 – HABITE-SE
Expedido pela prefeitura, é a licença que
libera o imóvel construído ou reformado para
a moradia ou para a permanência e circula-
ção de pessoas (como cinemas, teatros e es-
critórios). Essa autorização só é concedida
após a entrega de todos os documentos refe-
rentes à obra, como o alvará e o memorial
descritivo, além dos comprovantes de paga-
mento dos impostos (INSS e ISS). Se houver
qualquer divergência, um fiscal vai até a cons-
trução: ele pode multar o construtor e impe-
dir que pessoas entrem no edifício até que as
correções sejam feitas.
11.7 – IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE
BENS IMOBILIÁRIOS (ITBI)
É cobrado sempre que há a transferên-
cia de propriedade de um bem imóvel feita
de forma pública, ou seja, quando se lavra a
escritura. A alíquota a ser paga varia entre
2% e 6% do preço do imóvel declarado no
Cartório de Notas.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes50 •••••
11.8 – JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
São os antigos Juizados de Pequenas
Causas, aos quais recorrem apenas as pessoas
físicas. Servem para julgar causas civis de me-
nor complexidade, com valores até quarenta
salários mínimos. Para casos que não excedam
vinte salários mínimos, é dispensada a presen-
ça de um advogado. Há exceções para os réus:
nesses juizados não podem ser julgados, entre
outros, os órgãos públicos.
11.9 – LEI DE ZONEAMENTO
Esse conjunto de leis e decretos munici-
pais é responsável por ordenar e direcionar o
crescimento de uma cidade. Por essa legisla-
ção, o mapa oficial de um município é dividi-
do em zonas, que por sua vez são repartidas
em usos. Uma zona pode ter uso único (quan-
do é somente residencial, por exemplo) ou
misto (comércio e casas). Essa lei também es-
tabelece padrões urbanísticos que variam con-
forme a zona, como os recuos legais.
11.10 – MEMORIAL DESCRITIVO
Trata-se de um documento que descre-
ve um imóvel ou um empreendimento imo-
biliário de forma completa (área total, área
construída, metragem dos ambientes e até ma-
teriais de acabamento). É necessário para a re-
quisição do habite-se na prefeitura.
11.11 – PLANO DIRETOR
É o conjunto das diretrizes legais que or-
denam o crescimento e preservam a harmonia
visual de uma cidade. Ele define linhas claras e
rigorosas para projetos arquitetônicos e urba-
nísticos e, por isso, serve de referência às cons-
truções que interferem no traçado da cidade.
Acompanhando o desenvolvimento do muni-
cípio, esse plano sofre modificações ao longo
do tempo, que devem ser aprovadas pela Câ-
mara Municipal e pelo prefeito. Às vezes, essas
mudanças provocam conflitos de interesses
(como a abertura de uma nova avenida onde
existam casas). Assim, sempre que uma pessoa
ou um grupo de cidadãos se sentir lesados, po-
dem entrar na Justiça contra aspectos do plano
diretor.
12. PROJETOS DE RESIDÊNCIA
12.1 – RESIDÊNCIAS -
CLASSIFICAÇÃO
É importante estabelecer certos critérios
classificatóriosporque,emcasodefinanciamen-
tos, as normas disciplinadoras tratam de forma
diferenciada cada tipo de habitação.
As moradias podem ser classificadas
quanto ao tipo e quanto à edificação. Vejamos
estas classificações.
12.1.1. Classificação quanto ao tipo - As
moradias podem ser classificadas quanto ao
tipo em habitação unifamiliar, habitação po-
pular e habitação residencial.
1. Habitação unifamiliar é a constituída
de, no mínimo, um quarto, uma sala,
um banheiro, uma cozinha e área de
serviço coberta e descoberta.
2. Habitação popular é a que tem as mes-
mas características da habitação unifa-
miliar, podendo, contudo, ter até três
dormitórios e a área total máxima não
deve exceder aos 68m2
, de acordo com
o Código de Obras de Brasília. Esta área
poderá sofrer pequenas variações, de
acordo com o Código de Obras de ou-
tras regiões.
3. Habitação residencial é a que possui
área com mais de 68m2
(Código de
Obras de Brasília).
Alguns códigos de edificações estabele-
cem um coeficiente para classificar as residên-
cias, são os chamados coeficientes de leito e
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 51
referem-se à relação existente entre a área to-
tal da residência e o número de leitos que esta
pode abrigar. Define-se que o coeficiente de
leito para as casas populares é igual ou inferior
a 10 (dez).
Tomemos como exemplo uma casa com
58m² e três quartos (9 camas). O coeficiente
de leito é igual a 58 : 9 = 6,44 que é inferior a
10; portanto, trata-se de uma casa popular.
Já uma outra casa com os mesmos 58m2
,
porem com um único quarto, não poderá ser
enquadrada como casa popular, pois seu coe-
ficiente de leito é igual a 19,33 (58 : 3), quase
o dobro de 10 (parâmetro para casa popular) .
Não vamos apresentar um desenho para
este tipo de moradia, pois o que importa nela
são as dimensões e não a forma.
12.1.2. Classificação quanto à edifica-
ção - As residências classificam-se quan-
to à edificação em isoladas, geminadas,
em série, conjuntos residenciais e edifí-
cios. Vejamos cada uma delas.
1. Residências isoladas são as que, como
o nome indica, são separadas umas das
outras.
2. Residências geminadas são as ligadas
por uma parede comum.
3. Residências em série são as construí-
das em seqüência.
4. Conjuntos residenciais são agrupamen-
tos de moradia que têm no mínimo 20
unidades residenciais. Os conjuntos re-
sidenciais podem ser compostos de uni-
dades isoladas e/ou prédios de aparta-
mentos, dependendo do programa ha-
bitacional.
Qualquer núcleo habitacional de-
verá ser servido de todos os comple-
mentos necessários ao seu pleno fun-
cionamento, tais como comércio, es-
cola, lazer, serviços públicos, etc., na-
turalmente mantendo as devidas pro-
porções em relação ao número de usu-
ários e à legislação de cada município.
5. Edifícios são edificações de dois ou mais
pavimentos destinados a residência, co-
mércio ou às duas finalidades (mista).
Cada projeto para edifício deverá seguir
normas próprias em função de seu zoneamen-
to, destinação, altura, número de unidades,
além das legislações específicas do município.
Contudo, em todo e qualquer edifício
deverá sempre existir uma preocupação cons-
tante quanto aos acessos verticais (escadas e
elevadores), definidos por normas próprias,
proteção contra incêndio, estacionamentos
(mínimo 25m2
/veículo), coleta de lixo, etc.
• De acordo com as normas de financia-
mento, necessita-se freqüentemente
classificar as obras. As moradias são co-
mumente classificadas quanto ao tipo e
quanto à edificação.
• Quanto ao tipo, as habitações classifi-
cam-se unifamiliares, populares e resi-
denciais.
• Habitação unifamiliar é aquela consti-
tuída de um quarto, uma sala, um ba-
nheiro, uma cozinha e uma área coberta
e descoberta.
• Habitação popular é a que tem as mes-
mas características da unifamiIiar, mas
pode ter até três dormitórios, perfazen-
do uma área máxima de 68m2, segun-
do o Código de Edificações de Brasília.
A habitação residencial ultrapassa a
68m2
.
• Alguns códigos de edificações estabele-
cem um coeficiente para classificação
das residências, denominados coeficien-
tes de leito, que se referem à relação exis-
tente entre a área total da residência e o
número de leitos que esta residência
pode abrigar.
• Quanto à edificação, as habitações clas-
sificam-se em isoladas, geminadas, em
série, conjuntos residenciais e edifícios.
• As habitações isoladas são separadas
umas das outras.
• As habitações geminadas são unidas por
uma parede comum.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes52 •••••
• As habitações em série são várias residên-
cias construídas num mesmo local, com
um mesmo projeto. São subdivididas em
transversais e paralelas ao alinhamento
predial.
• Conjunto residencial é o agrupamen-
to de moradias que tem, no mínimo,
vinte unidades residenciais. É com-
posto de unidades isoladas ou prédi-
os de apartamentos.
• Edifícios são edificações de dois ou mais
pavimentos, destinadas a residência,
comércio ou mistas.
• Todo e qualquer núcleo habitacional
deverá ser servido de uma certa infra-
estrutura, como comércio, hospital,
serviços públicos, escola, etc.
Antes de olhar as respostas, consulte o texto e
descreva as características das edificações a se-
guir:
1. Conjunto residencial: ________________
_____________________________________
___________________________________
2. Edifício:__________________________
___________________________________
___________________________________
1.Oconjuntoresidencialdeveter,nomínimo,20unida-
desresidenciaisquepodemsercasasouprédios.Tal
edificaçãodeveráserservidadetodaestruturanecessá-
riaparaoseufuncionamento.
2.Oedifíciopodeserdedoisoumaispavimentoseservir
paracomércio,residênciaouparaasduasfinalidades
(mista).Devesempreexistirpreocupaçãocomosaces-
sosverticais(escadas,elevadores),
definidospornormaspróprias:pro-
teçãocontraincêndio,estaciona-
mento,coletadelixo,etc.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 53
13. FUNDAÇÃO E ESTRUTURA
13.1 – FUNDAÇÃO
Elaborados os projetos de Arquitetura e
Estrutura, cabe ao proprietário/construtor dar
início à obra. Esta deverá estar assentada de
tal forma que não venha a tombar ou afundar
no terreno. É neste momento que se realizam
as fundações ou, como dizem os leigos, o ali-
cerce da obra.
A primeira vista, poderá parecer que este
estágio constitui uma atividade de importân-
cia relativa na Engenharia. Na verdade as fun-
dações são e sempre foram essenciais no con-
texto de toda a edificação.
Define-se como fundação o processo
pelo qual se cria no terreno uma resistência
igual e em sentido contrário ao do peso (ou
força) que deverá atuar sobre ele, para garan-
tir a sustentação da obra.
Exemplificando: se uma obra pesa 500
toneladas e o terreno não suporta este peso, é
preciso criar artificialmente um sistema de
sustentação para suportar este peso, ou então,
a obra não ficará de pé. Este sistema é chama-
do de fundação.
Observe os desenhos:
As fundações evitam que a obra tombe pela
ação do vento
As fundações evitam que a obra afunde por
ação do peso próprio ou adicional.
13.2 – ESTRUTURA
Falar em estrutura de uma edificação é o
mesmo que falar do esqueleto humano. É o sis-
tema rígido que lhe assegura manter-se de pé,
ou seja, é a parte do corpo que recebe todas as
cargas (peso) próprias ou adicionais, e as trans-
mite para os pés, isto é, para a fundação. Os
homens têm uma série de articulações, que Ihes
permitem movimentos. Nas edificações tam-
bém existem estes movimentos, embora míni-
mos. As juntas de dilatação permitem à obra,
movimentar-se em decorrência da variação de
temperatura ou outras solicitações.
O sistema estrutural das edificações, que
hoje conhecemos, tem pouco mais de uma
centena de anos e só lhe foi possível esta ma-
turidade, com o advento de novos materiais
construtivos, como o aço e o cimento. E, aci-
ma de tudo, com a exploração destes e outros
materiais, pelas pesquisas técnicas de resistên-
cia e aplicação dos conhecimentos matemáti-
cos que constituem a alavanca da evolução da
Engenharia nas Edificações.
13.2.1. Tipos de estrutura
Costuma-se classificar as estruturas, em
função do material usado, em estruturas de
madeira, de concreto e de metal.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes54 •••••
a) Estrutura de madeira - É o tipo mais
antigo de estrutura, todavia, em decor-
rência de sua pequena capacidade de
vencer vãos e suportar grandes esforços,
é empregada em obras de pequeno por-
te. Outros empecilhos à aplicação e di-
fusão da madeira nos tempos modernos
é a sua pouca durabilidade, além de,
devido à escassez, o seu custo tornar-se
proibitivo. Hoje, o uso mais trivial da
madeira é em estrutura de cobertura
para telhas de barro.
b) Estrutura de concreto - Ao se falar em
concreto, estamos normalmente nos
referindo à associação de cimento,
água e agregados (areia + pedra).
Quando se usa o concreto com um
apoio, que é normalmente feito de
ferro, dá-se a esta combinação o nome
genérico de concreto armado.
A consistência, resistência ou plas-
ticidade do concreto são decorrentes da
proporcionalidade dos elementos que o
constituem e são fornecidos pelo calcu-
lista, pois cada estrutura requer um re-
sultado final distinto.
O cimento é o elemento que dá
resistência ao concreto.
A água, além de ser o elemento que
fornece a plasticidade ao concreto, pro-
voca a reação química do cimento. Seu
uso deve ser muito bem controlado, sob
pena de lavar o concreto, fazendo-o per-
der suas características.
O fator água/cimento é tão importante
que é normatizado e existem estudos de
alto nível sobre o assunto. Assim, a pro-
porção água/cimento não pode ser es-
tabelecida sem um critério técnico pre-
viamente estabelecido.
A brita, cascalho e a areia são cha-
mados de agregados e sua função prin-
cipal, além de ocupar espaço (diminuir
o custo da obra, já que são mais baratos
que o cimento) é, também, de consor-
ciando-se com o cimento, oferecer mai-
or resistência ao concreto.
Da dosagem de cada elemento na
composição do concreto dependerão sua
plasticidade e resistência.
Uma peça de concreto estará cura-
da, isto é, estará com sua resistência ple-
na depois de 28 dias; contudo, o con-
creto tem a propriedade de, à medida
que envelhece, ficar mais resistente.
Existem no mercado, hoje, inúme-
ros produtos químicos que, adicionados
ao concreto, fazem com que o processo
de endurecimento seja acelerado -são os
aceleradores de pega. Existem, também,
produtos para retardar o endurecimen-
to - são os retardadores de pega. São
usados em casos excepcionais e sua apli-
cação e dosagem sempre obedecem re-
comendação técnica.
c) Estrutura metálica - É a estrutura ideal
para grandes obras ou para obras padro-
nizadas. É uma estrutura limpa, rápida
e de baixo custo quando em grande
quantidade.
Em decorrência da exigência de
mão-de-obra mais especializada e, por-
tanto, mais cara, a indústria da cons-
trução civil tem, numa posição terceiro
mundista, oferecido, no Brasil, uma
grande resistência ao seu emprego. Em
contrapartida, a indústria siderúrgica
nacional, face à reduzida procura, não
tem investido no seu desenvolvimento
tecnológico e mercadológico, criando-
se assim um círculo vicioso: não desen-
volve porque não vende; não vende por-
que não desenvolve.
As possibilidades técnicas do aço
são ilimitadas, propiciando execuções de
grandes vãos (pontes) e edifícios muito
altos, haja vista a torre da Sears em Chi-
cago, com mais de 100 pavimentos.
Para finalizar este texto, citaremos
o arquiteto Sérgio Bernardes que diz o
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 55
seguinte na apresentação de um traba-
lho da Açominas referente a estruturas
metálicas: “O aço fará um trabalho cul-
tural fantástico, dando um caminho
para cima ao operário na exigência de
uma mão-de-obra qualificada e qualifi-
cando em constante provocação a mão-
de-obra não qualificada, buscando cri-
ar uma política para a melhoria da qua-
lidade de vida na relação custo/benefí-
cio, onde o dinheiro super qualificado
se encontra com o material adequado à
dinâmica das necessidades de criativi-
dade e mudanças.”.
I - Explique com suas palavras o que é a es-
trutura de uma edificação.
________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
II - Analise as afirmações abaixo, escrevendo,
nos parênteses, SIM ou NÃO.
Reescreva corretamente as afirmações
que você assinalar de forma negativa.
1. ( ) A estrutura de madeira é muito utiliza-
da nas edificações por ser forte e barata.
_________________________________________________________________
2. ( ) Concreto armado é o nome genérico
da combinação de cimento + água + agrega-
dos + ferro.
_________________________________________________________________
3. ( ) A água é o elemento que tem como
função ocupar espaço e oferecer maior resis-
tência ao concreto.
_________________________________________________________________
4. ( ) O cascalho e a areia são chamados de
agregados e têm como função fornecer a plas-
ticidade ao concreto.
_________________________________________________________________
5. ( ) Da dosagem de cada elemento na com-
posição do concreto dependerão a sua plasti-
cidade e a resistência.
_________________________________________________________________
6. ( ) A estrutura metálica utiliza de mão-de-
obra barata.
_________________________________________________________________
7. ( ) A estrutura metálica é ideal para gran-
des obras.
_________________________________________________________________
• É a estrutura de uma edificação que recebe todas
as cargas próprias ou adicionais e as transmite para
a base, ou seja, para a fundação.
• O sistema estrutural das edificações tornou-se
mais eficiente com o advento de novos materiais
construtivos, como o aço e o cimento, a explora-
ção destes e outros materiais, a aplicação de co-
nhecimentos matemáticos e, acima de tudo, o prin-
cípio elementar para os cálculos estruturais de uma
edificação - a lei da ação e reação.
• As estruturas são classificadas de acordo com o
material usado: madeira, concreto, metal.
• A estrutura de madeira é o sistema mais antigo e
devido a sua fragilidade, sua pequena capacidade
de vencer vãos, de suportar pesos e seu alto custo,
é empregada apenas em obras de pequeno vulto.
• A estrutura de concreto composta de cimento,
água e agregados e, em alguns casos, ferro é muito
usada por ter consistência, resistência ou plastici-
dade. No entanto, tal estrutura exige cálculos es-
pecíficos, pois cada uma requer uma composição
distinta.
• A estrutura metálica é a ideal para grandes obras
ou para um volume grande de obras padronizadas.
É uma estrutura limpa, rápida e que, em grande
quantidade possui baixo custo. Ela exige mão-de-
obra mais especializada e, portanto, mais cara.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes56 •••••
13.3 – INSTALAÇÕES DE ESGOTO
A primeira idéia que nos vem quando
tratamos de uma rede de esgoto é que toda
água usada sairá em forma de esgoto. Até as
concessionárias de serviço público usam este
critério para cálculo de volume dos afluentes
em suas redes.
Esta idéia é relativamente correta, quan-
do se trata simplesmente do volume, pois os
esgotos domésticos têm em sua composição
99,9% de água. O problema diz respeito ao
0,1% (um décimo por cento) restante, consti-
tuídodosresíduosoriundosdasfezes,urina,lim-
peza corporal, lavagem de piso, roupas, utensí-
lios de cozinha, etc. Neste processo de excreção
e higienização que efetuamos diariamente, lan-
çamos na rede de esgoto não só elementos or-
gânicos, fezes, urina e gorduras, como também
ácidos, detergentes, pó e muitos outros produ-
tos. O somatório desses elementos cria os gran-
des complicadores de uma rede coletora de es-
goto, pois advêm desta união de compostos a
cultura e proliferação de microorganismos, a
formação de gases, a aglutinação das gorduras,
etc., em caso de esgoto residencial. Em outros
tipos de edificações, podem existir elementos
que, pelas suas características poluentes, reque-
rem redes e tratamentos especiais, como por
exemplo, os hospitais, as indústrias e os frigorí-
ficos.
Dessa forma, verificamos que o projeto
de esgoto também requer cuidados especiais,
não só como elemento de canalização das águas
servidas, mas sobretudo para se evitar que es-
tas venham contaminar o ambiente com o
vazamento de líquidos ou gases, passagem de
animais e insetos, causando transtornos quanto
à habitabilidade ou o comprometimento por
questões de saúde.
Em decorrência daquele 0,1% que men-
cionamos acima, a rede de esgoto não poderá
ter o mesmo diâmetro da rede de água. Assim,
se em uma pia de cozinha a torneira é de
13mm, a rede de esgoto será no mínimo de
40mm, pois a tubulação de esgoto trabalha a
I-1.Bemsemelhanteàestruturahumana,aestruturade
todaedificaçãorecebeascargasprópriasouadicionais
daobraeastransmiteparaasuafundação.
II-Vejasevocêrespondeucorretamente.
1.(NÃO)Aestruturademadeiraépoucousadapornão
suportargrandesesforços,pelapequenacapacidadede
vencervãosepeloseualtocusto;2.(SIM);3.(NÃO)A
águaéoelementoqueforneceaplasticidadeaoconcre-
toeproporcionasuareaçãoquímica;4.(NÃO)Ocasca-
lhoeaareiasãorealmentechamadosdeagregados,mas
têmcomofunçãoocuparespaçoeofe-
recerresistênciaaoconcreto;5.
(SIM);6.(NÃO)Aestruturametáli-
caexigemão-de-obraespecializa-
daquenãoébarata;7.(SIM)
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 57
meia seção, enquanto a água é fornecida com
a tubulação cheia.
Veja, no final deste texto, uma relação
que transcrevemos para seu conhecimento, das
principais terminologias de esgotos sanitário
adotada pela NBR 8160 de 1983, a qual dis-
ciplina e fixa as condições mínimas para os
projetos e execução das referidas instalações.
Antes, porém, de terminarmos este títu-
lo, não poderemos deixar de lembrar a impor-
tância do destino final dos esgotos para a saú-
de pública e para o equilíbrio ecológico.
Boa parte de nossas cidades já dispõem
da rede pública de captação dos esgotos, en-
tretanto, pouquíssimas estão aparelhadas com
os dispositivos técnicos de tratamento deste
esgoto.
Lamentavelmente, estes são lançados in
natura nos córregos, rios ou lagos, com sérios
e imediatos comprometimentos para as popu-
lações ribeirinhas e, a longo prazo, para toda a
população regional, incluindo aí, também,
aquelas causadoras da poluição.
Em regiões onde não existe a rede pú-
blica de captação, seja em cidades ou no cam-
po, deve se usar o sistema de fossas sépticas e
sumidouros, sistema altamente eficiente, lar-
gamente comprovado e recomendado pelas
maiores autoridades sanitárias mundiais.
A seguir, alguns detalhes deste sistema:
a) Fossa séptica - destina-se a separar e
transformar a matéria sólida contida na água
de esgoto, principalmente fezes, para em se-
guida descarregar esta água no solo.
A transformação deste composto sólido
é feita por bactérias anaeróbicas. Dessa forma,
deve ser evitado jogar na fossa séptica a água
servida na cozinha, pois esta contém sabão e
detergentes, os quais são nocivos à formação e
proliferação destas bactérias.
Veja o desenho:
b) Caixa de gordura - destina-se a receber
a água servida na cozinha e separar a gordura.
Este procedimento é necessário, pois como vi-
mos antes, não se recomenda o lançamento des-
ta água na fossa séptica nem o seu lançamento
diretamente no sumidouro sem a separação da
gordura, sob pena de, com o tempo, impermea-
bilizar as paredes do sumidouro, dificultando
assim a absorção natural. Veja o esquema para
construção de uma caixa de gordura.
A gordura fica em suspensão, permitin-
do a passagem da água.
Tanto a caixa de gordura quanto a fossa
séptica necessitam de limpeza periódica para
remoção da gordura e da massa retidas.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes58 •••••
c) Sumidouro - é simplesmente um bu-
raco no chão e destina-se a absorver a água
proveniente da fossa séptica, da caixa de gor-
dura ou de outras origens.
Lembrete importante - seja na cidade ou
no campo, em rede pública ou particular, as
águas de chuva (águas pluviais) nunca devem
ser canalizadas para a rede de esgoto, pois po-
derá saturá-la, irremediavelmente, comprome-
tendo todo o sistema.
I - Responda de forma correta.
1. Quais são as instalações mais importantes
de uma edificação?
____________________________________
____________________________________
2. Dentre elas, qual a mais importante? Justi-
fique sua resposta.
____________________________________
____________________________________
a) Entre as instalações mais importantes de uma
edificação (água, esgoto, energia e telefonia), o sis-
tema de água potável é o mais importante das ins-
talações domiciliares. Sem ela não vivemos.
b) A água quimicamente pura (H2O) é imprópria
para ser bebida. A água necessária ao nosso orga-
nismo é a potável que possui sais de cálcio, mag-
nésio, iodo e uma gama enorme de outros mine-
rais variáveis.
c) Na residência, a água deve ser depositada em
um reservatório superior (caixa d'água). Tais re-
servatórios são necessários para manter o consu-
mo inalterado, a pressão adequada em todas as
peças, por meio de uma distribuição racional; a
pressão adequada ao funcionamento dos apare-
lhos, bem como, auxiliar na purificação da água.
d) Toda água usada é expelida em forma de esgo-
to. O projeto de esgoto requer cuidados especiais,
pois os resíduos que constituem o esgoto são
oriundos das fezes, urinas, limpezas corporais, la-
vagens de utensílios, gorduras, detergentes e áci-
dos, cujo somatório complica a rede coletora de
esgoto.
e) Em regiões onde não existe rede de esgoto, deve-
se usar o sistema de fossas sépticas, caixas de gor-
dura e sumidouros.
f) A fossa séptica destina-se a separar e transfor-
mar a matéria sólida contida na água de esgoto,
para em seguida descarregar esta água no solo. A
transformação deste composto sólido é feita por
bactérias anaeróbicas.
g) A caixa de gordura destina-se a receber a água
utilizada na cozinha e para separar a gordura. Caso
não ocorra tal processo, a gordura, com o tempo,
impermeabiliza as paredes do sumidouro, dificul-
tando a absorção natural.
h) O sumidouro é simplesmente um buraco no
chão destinado a absorver a água proveniente da
fossa séptica, da caixa de gordura ou de outras ori-
gens. .Os três princípios de energia elétrica são:
tensãoou diferença de potencial, resistência, inten-
sidade.
i) Existem dois tipos de sistemas telefônicos: liga-
ções telefônicas e ligações internas. As ligações
telefônicas são as destinadas aos telefones propri-
amente ditos. Nesta rede poderão ser ligados ou-
tros serviços como telex, música ambiente, com-
putadores, fax, etc. As tubulações obedecem aos
critérios das concessionárias.
j) As ligações internas pedem tubulações indepen-
dentes das telefônicas. Referem-se a interfones, si-
nalizações internas, antenas coletivas e outros sis-
temas de comunicação interna e exclusiva, como
as centrais de P(A)BX.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 59
3. Por que a água quimicamente pura é im-
própria para ser bebida?
____________________________________
____________________________________
4. Numa residência, a água deve ser deposita-
da em um reservatório superior. Para que são
necessários tais reservatórios?
____________________________________
____________________________________
5. Como devem ser as tubulações hidráulicas?
____________________________________
____________________________________
II - Escreva V ou F, nos parênteses, para as
afirmações a seguir:
1. ( ) em regiões onde não existe rede
de esgoto, deve-se usar o sistema de fossas sép-
ticas, caixas de gordura e sumidouros.
2. ( ) as águas pluviais devem ser cana-
lizadas para a rede de esgotos.
3. ( ) são quatro os princípios a serem
observados nas instalações de energia elétrica:
tensão, resistência, polaridade e intensidade.
4. ( ) nas ligações telefônicas poderão
ser ligados outros serviços como telex, música
ambiente, computadores, fax, etc.
5. ( ) cinemas, teatros, mercados, de-
pósitos, armazéns, hotéis, hospitais, etc. reque-
rem estudos especiais para a instalação de te-
lefones.
III - Relacione adequadamente:
(A) Fossa séptica
(B) Caixa de gordura
(C) Sumidouro
1. ( ) É um buraco no chão destinado
a absorver a água proveniente da fossa séptica,
da caixa de gordura e outras origens.
2. ( ) Destina-se a separar e transformar
a matéria sólida contida na água de esgoto para,
em seguida, descarregar esta água no solo.
3. ( ) Destina-se a separar a gordura da
água.
I-1.Asinstalaçõesmaisimportantessãoasrelativasà
água,esgoto,elétricaetelefônica;2.Ainstalaçãomaisim-
portanteéadeágua.Semelanãovivemos;3.Aáguaqui-
micamentepuranãopossuioselementosnecessáriosao
nossoorganismo,taiscomo,cálcio,magnésio,iodoentre
outrosminerais;4.Osreservatóriossãonecessáriospara
manteroconsumoinalterado,apressãoadequadaemto-
dasaspeçasparaumadistribuiçãoracional,apressãoade-
quadaaofuncionamentodosaparelhoseparaauxiliarna
purificaçãodaágua;5.Astubulaçõeshidráulicasdevem
sernormalmentedePVC,açogalvanizadoecobre.Nunca
sedeveusarochumbo.
II-1.(V);2.(F)Acanalizaçãodeáguaspluviaisparaarede
deesgotopodesobrecarregarecomprometerosistema;3.
(F)Sãotrêsosprincípiosaseremobservadosnasinstala-
çõeselétricas:tensão,resistênciaein-
tensidade;4.(V);5.(V);
III-1.(C);2.(A);3.(B);
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes60 •••••
14. REVESTIMENTO
É enquadrado como revestimento, todo
acabamento das superfícies (paredes), sendo
excluídas desta nomenclatura as pinturas.
Normalmente, os revestimentos inici-
am-se no chapisco, traço 1:4 (cimento e areia),
que tem a finalidade de servir como ancora-
gem ao emboço cujo traço varia de conformi-
dade com a finalidade; sua espessura não deve
ser superior a 2cm.
O emboço serve de base para outros re-
vestimentos, tais como o reboco, o azulejo, etc.
O reboco ou massa fina, normalmen-
te, é usado para receber pintura; sua textura
pode ser rústica, camurçada, lisa, com pó de
pedra, etc.
Entre os revestimentos, o de maior des-
taque é o azulejo. Para se extrair o máximo des-
te material, é necessário tomar alguns cuida-
dos, que resumimos para seu conhecimento.
Existem inúmeras classificações da qua-
lidade dos azulejos; estas variam de fabricante
para fabricante. Assim, um produto classifi-
cado como de primeira, na marca X, poderá
corresponder na marca Y; de segunda, e na
marca W, de extra.
O esquadro e o nível das peças são fato-
res determinantes para um acabamento har-
mônico da superfície.
O operário que irá assentar o azulejo é
outro elemento fundamental no acabamen-
to final; não adianta dar azulejo extra a um
operário despreparado, pois o acabamento
final ficará a desejar; o contrário, às vezes,
funciona.
Um cuidado que sempre deve existir no
que concerne à preparação dos azulejos, antes
de serem assentados, é deixá-los dentro d’água,
no mínimo, 24 horas.
As juntas devem ter de 0,5 a 1,5mm e o
reajuntamento será feito com cimento bran-
co e água, cuja plasticidade permite uma boa
penetração nas juntas.
Com os demais revestimentos como la-
drilhos, pastilhas, pedras, mármores, etc., os
cuidados de preparação das superfícies são se-
melhantes aos dos azulejos. Quanto aos re-
vestimentos com laminado melamínico (fór-
mica), a superfície a recebê-lo será preparada
com emboço camurçado, traço 1:3, após o que
se procede conforme as recomendações dos
fabricantes. Deve-se cuidar para não perma-
necer bolhas de ar sob as placas, pois estas,
além de darem um aspecto feio, irão, com o
tempo, descolar toda a placa.
O processo de preparação para os lami-
nados melamínicos é igual ao usado para as
chapas de aço, alumínio, vidro, papéis, teci-
dos; todavia, deve sempre ser seguida a orien-
tação técnica do fabricante.
A escolha do tipo adequado de revesti-
mento é condicionada, além do aspecto esté-
tico, pela durabilidade, custo, adequação ao
ambiente, à função e ao uso.
14.1 – SOLEIRAS, RODAPÉS E
PEITORIS
1) Soleira é o tipo de arremate usado sob
os vãos das portas e quando existe mu-
dança de tipo de pavimentação; os ti-
pos mais usuais de soleira são as de már-
more, madeira, pedra, granito e cerâ-
mica. A largura é normalmente a do
portal quando sob vãos de portas ou,
em outra situação, a recomendada pelo
arquiteto.
2) Rodapé é o arremate da pavimentação
usado nas paredes. Normalmente, em-
prega-se para os rodapés o mesmo ma-
terial do piso e sua altura não deve ul-
trapassar a 10cm, a não ser que haja re-
comendação em contrário do arquite-
to, autor do projeto.
3) Peitoril é o acabamento na parte inferi-
or das janelas, que complementa a par-
te do marco com uma pequena pinga-
deira na parte exterior. Este acabamen-
to pode ser em chapa metálica, mármo-
re, cerâmica, placa de cimento ou ou-
tros materiais.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 61
14.2 – FERRAGENS
As ferragens são as peças metálicas (aço,
ferro, alumínio, bronze, cobre, etc.) encon-
tradas nas esquadrias metálicas ou de madei-
ra, responsáveis pela fixação das mesmas (fe-
chos, fechaduras e cremonas). Permitem, tam-
bém, a articulação das esquadrias (gonzos, do-
bradiças e alavancas).
Nesta classificação sucinta, existe uma
variedade de subprodutos, específicos ou não
para cada tipo de esquadria como, por exem-
plo, as ferragens para vidro temperado, cu-
jos desenhos são muito distintos, dependen-
do do fabricante. Citemos, como exemplo,
as fechaduras, cuja parte mecânica é seme-
lhante em todas, porém o acabamento é bas-
tante distinto, seja para os espelhos ou para
as maçanetas.
14.3 – VIDROS
O vidro é um material cujo emprego
na arquitetura vem dia-a-dia se difundindo
nas construções, quer pelo aspecto plástico,
quer quanto ao aspecto técnico. A supressão
de seu uso hoje é um caso impensável, mes-
mo com a grande variedade de produtos si-
milares como os derivados do petróleo, ou
seja, os plásticos.
A origem do vidro perde-se no tempo.
Já era conhecido dos egípcios em sua forma
mais primitiva. Com o advento da tecnologia
no campo da química, da física e dos avanços
industriais, o vidro ganhou diversidade, pure-
za, resistência, cor, textura e brilho.
Pela Norma Brasileira nº 226 os vidros
podem ser classificados quanto à(ao):
1. Tipo:
a) Recozido: vidro comum;
b) Temperado: por receber um resfriamen-
to brusco, sua resistência aos impactos
é aumentada e, ao partir-se, o faz em
pequenos pedaços;
c) Laminado: composto por diversas cha-
pas unidas por uma película plástica
transparente;
d) Aramado: recebe uma armadura de fer-
ro, aumentando-lhe a resistência ao es-
tilhaçamento.
2. Transparência:
a) Transparente: permite a passagem da luz
o que facilita a visão através dele;
b) Translúcido: a luz não é impedida de
passar, porém, é difundida de tal forma
que as imagens não sejam nítidas;
c) opaco: não permite a passagem da luz.
15. APARELHOS
São utilizados em uma obra três tipos
de aparelhos:
a) Aparelhos sanitários - são todos os apa-
relhos usados em banheiros, tais como:
vaso, papeleira, saboneteira, bidê, caixa
de descarga, lavatório, mictório, banhei-
ra e chuveiro.
b) Aparelhos de água potável - são aque-
les necessários às instalações hidráulicas,
porém de uso direto, como bebedouro,
filtro e torneira.
c) Aparelhos de iluminação - são os desti-
nados à iluminação, como lâmpadas,
calhas, arandelas, lustres, globos e re-
fletores.
Esses aparelhos são peças de acabamen-
to e, portanto, na sua escolha deve-se ter o
cuidado de não criar contrastes chocantes
com os demais elementos da obra, tanto em
termos do estilo quanto do padrão de aca-
bamento e da cor.
A harmonia das cores e a coerência do
estilo devem ser sempre a constante preocu-
pação por parte do arquiteto, do decorador e,
principalmente, do proprietário. Não devemos
nos iludir que peças vistosas, de cores fortes,
de desenhos arrojados sejam as melhores solu-
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes62 •••••
ções, pelo contrário, a sobriedade, quando bem
empregada, exerce efeitos estéticos muito su-
periores, com a vantagem de não comprome-
ter por excesso.
16. ELEMENTOS DECORATIVOS
Todo trabalho artístico executado em
uma obra está classificado como elemento
decorativo. Esses trabalhos artísticos abrangem
as peças de serralheria, de madeira, de gesso,
de cerâmica, desde que a execução dessas pe-
ças requeira um requinte de projeto e de exe-
cução especial.
É neste item que se enquadram os ele-
mentos necessários ao estudo e implantação
de sistemas de comunicação visual, quando a
obra assim o exige.
Estão inclusos também neste item to-
dos os trabalhos de paisagismo, tais como jar-
dins e arborizações.
a) O Decreto nº 52.147, de 25 de junho de 1963, da
Presidência da República, aprova as normas de pro-
jeto e métodos de execução de serviços, a discrimi-
nação orçamentária para obras de edifícios públicos
e divide a obra em vinte itens: projeto; serviços ge-
rais;preparaçãodoterreno;fundações;estrutura;ins-
talações; elevadores; paredes; cobertura; esquadrias;
revestimentos; soleiras; rodapés; peitoris; ferragens;
vidros; tratamentos da obra, pavimentação; pintura;
aparelhos; elementos decorativos e limpeza.
b) Serviços gerais são todas as providências que
precedem o início da obra: cercas, tabuletas, mate-
riais necessários, alojamentos, aparelhos e máqui-
nas a serem usados, ligações provisórias, etc.
c) Preparação do terreno é a etapa das capinas,
demolições, remoção de entulhos, locação da obra,
movimentos de terra, etc.
d) Os elevadores são usados somente em obra de
certo vulto; suas montagens são efetuadas pelos
próprios fabricantes.
e) As paredes podem ser feitas de: tijolo, barro,
blocos de cimento e pedra, .A cobertura deve es-
tar muito bem ancorada na estrutura, Temos co-
bertura com telhas de amianto, de alumínio, cha-
pas de aço, de barro e outros materiais.
f) Esquadrias são todas as peças usadas na veda-
ção das aberturas das edificações. Classificam-se
em internas (portas) e externas (portas e janelas)
Podem ser de madeira ou metálicas.
g) Os revestimentos abrangem todo acabamento
das superfícies (paredes), excluindo as pinturas.
Entre eles, encontramos: azulejos, ladrilhos, pasti-
lhas, pedra, mármore e fórmica.
h) As soleiras são usadas sob os vãos das portas e
nas mudanças de tipo de pavimentação. Os tipos
mais comuns são de mármore, madeira, pedra, gra-
nito e cerâmica.
i) Rodapé é o arremate da pavimentação. O mate-
rial, normalmente, acompanha o do piso.
j) Peitoril é o acabamento na parte inferior das ja-
nelas. Pode ser em chapa metálica, mármore, cerâ-
mica e outros.
k) As ferragens são aquelas peças metálicas en-
contradas nas esquadrias metálicas ou de madeira.
São responsáveis pela fixação e articulação das es-
quadrias.
l) Os vidros são classificados quanto ao tipo (reco-
zido, temperado, laminado e aramado), quanto à
forma (chapa plana, chapa curva, chapa perfilada e
chapa ondulada), quanto à transparência (transpa-
rente, translúcido e opaco), quanto à superfície (po-
lido, liso, impresso ou fantasia, fosco e espelhado) e
quanto à coloração (incolor e colorido).
m) O tratamento refere-se à proteção que se dá à
obra e que pode ser quanto ao vazamento d'água,
ao calor ou tratamento térmico e aos ruídos.
n) A pavimentação trata do piso, que deve estar
coerente com a função do ambiente.
o) Os pisos podem ser de cerâmica, cimento, pe-
dra, madeira, borracha e cortiça.
p) A pintura é um elemento de decoração e prote-
ção, e requer cuidados especiais na aplicação.
p.1 - As cores possuem a seguinte nomen-
clatura: cores primárias (amarelo, azul e vermelho),
secundárias (verde, laranja e violeta), complemen-
tares (2 secundárias ou 1 primária e 1 secundária),
neutras (preto, branco, cinza e beje), quentes (ver-
melho, laranja e amarelo) e frias (anil, roxo, lilás,
verde e azul).
q) Os aparelhos da obra dizem respeito aos apare-
lhos sanitários, de água potável e de iluminação.
r) Os elementos decorativos relacionam-se a todo
trabalho artístico executado em uma obra.
s) A limpeza em questão é a chamada limpeza
fina, ou seja, a remoção de pequenos resíduos ou
manchas.
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 63
I - Relacionam-se como serviços gerais todas
aquelas providências que precedem ao início
da obra. Cite cinco destas providências.
1)____________________________________
2)____________________________________
3)____________________________________
4)____________________________________
5)____________________________________
II - Relacione as colunas abaixo corretamente:
(A) Preparação do terreno
(B) Paredes
(C) Cobertura
(D) Esquadrias
(E) Revestimentos
(F) Ferragens
(G) Tratamento
(H) Elementos decorativos
1. ( ) São usadas na vedação das aber-
turas das edificações.
2. ( ) Diz respeito à proteção da obra.
3. ( ) Trata-se de aterro e compactação
do solo.
4. ( ) Diz respeito a todo acabamento
das superfícies.
5. ( ) Destina-se a fechar vãos ou divi-
sões de ambientes.
6. ( ) Necessita de uma estrutura cal-
culada para o seu sustento, com exceção da
autoportante.
7. ( ) Servem para a fixação e articula-
ções das esquadrias.
8. ( ) Incluem, entre outros, os traba-
lhos de paisagismo.
III - Interprete as questões propostas abaixo e
responda:
1. Onde são usadas as soleiras e que materiais
são empregados na sua confecção?
____________________________________
2. Onde são usados os rodapés? De que mate-
riais são feitos?
____________________________________
3. O que é peitoril? De que material pode ser
feito?
____________________________________
IV - Pela NB nº 226, os vidros possuem inú-
meras classificações. Complete os esquemas.
1. Quanto ao tipo
a)________________________________
b)________________________________
c)________________________________
d)________________________________
2. Quanto à transparência
a)________________________________
b)________________________________
c)________________________________
d)________________________________
I-Vocêdevetercitadocincoentreasseguintesprovidênci-
asqueprecedemoiníciodaobra:colocaçãodetapumese
detabuletascomindicaçõesdedadosdaobra,construções
debarracões;indicaçãodedepósitosdosmateriaisaserem
usados;colocaçãodeaparelhosemáquinasnecessários;
ligaçõesprovisórias;preparaçãodealojamentos;contrata-
çãodemão-de-obra;planejamentodeentradadematerial
aolongodaobra,etc.
II-1.(D);2.(G);3.(A);4.(E);5.(D);6.(C);7.(F);8.(H)
III-1.Assoleirassãousadassobosvãosdasportasenas
mudançasdetipodepavimentação.Asmaiscomunssão
demármore,madeira,pedra,granitoecerâmica;2.Osro-
dapéssãousadosnasparedescomoarrematedapavimen-
tação.Omaterialempregadoéomesmousadonopiso;3.
Peitoriléoacabamentonaparteinferiordasjanelas.Pode
seremchapametálica,mármore,cerâmica,placadecimento
ououtrosmateriais.
IV-1.Quantoaotipo:a)recozido;b)temperado;c)lamina-
do
V-Suasrespostasdevemcontero
seguinte:1.Acorbrancaresultada
composiçãodetodasasoutras.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes64 •••••
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 65
1. Qual é a série de papel, adotada pela ABNT,
para o Desenho Técnico?
a) série A
b) série ABNT
c) série P
d) série AB
e) série AA
2. A figura abaixo, representa qual formato de
papel?
a) formato A2
b) formato A0
c) formato A1
d) formato A3
e) formato A4
3. Relacione a coluna da direita de acordo com
a da esquerda e, a seguir, marque a resposta
numérica correspondente:
(1) A0 ( ) 841 X 594mm
(2) A1 ( ) 420 X 297mm
(3) A2 ( ) 594 X 420mm
(4) A3 ( ) 1189 X 841mm
(5) A4 ( ) 297 X 210mm
a) 2 – 4 – 3 – 1 – 5
b) 5 – 2 – 1 – 3 - 4
c) 4 – 2 – 1 – 5 – 3
d) 3 – 2 – 5 – 4 – 1
e) 2 – 3 – 4 – 1 - 5
4. Porque é necessário padronização da cali-
grafia técnica?
a) por exigência da localidade
b) para facilitar o entendimento do pro-
jeto em qualquer localidade
c) por exigência do engenheiro
d) por exigência do arquiteto
e) por exigência do cliente
5. Qual informação não faz parte do carimbo
no projeto de arquitetura?
a) informar a empresa, projeto, número de
pranchas
b) informar RT , proprietário e o autor do
projeto
c) informar o endereço da obra – área do
lote – área de construção
d) número de ambientes
e) número da prancha – escala
6. Qual a característica do papel sulfite?
a) transparente
b) semifosco
c) amanteigado
d) opaco
e) translúcido
7. A linha tracejada, conforme mostra a figura
abaixo é utilizada para a representação de objetos:
a) não visíveis
b) visíveis
c) cortados
d) parcialmente visíveis
e) somente em corte transversal
8 - O desenho arquitetônico geralmente utili-
za a escala de:
a) ampliação
b) natural
c) redução
d) real
e) reprodução
9. O que significa escala 1/50?
a) significa que o desenho foi ampliado
50 vezes
b) significa que o desenho foi reduzido 50
vezes
c) significa que o desenho está na escala real
d) significa que o desenho foi reduzido
uma vez
e) significa que o desenho esta na escala
natural
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes66 •••••
10. Quando um objeto esta representado na
proporção 1 do papel está para 1 do real,
denominamos de escala:
a) natural
b) real
c) ampliada
d) reduzida
e) fictícia
11. Cotamos um desenho com a finalidade de:
a) indicar as dimensões do objeto
b) indicar asdimensõesdaespessuradaslinhas
c) indicar número de aberturas
d) indicar as áreas dos ambientes
e) todas as respostas estão certas
12. A linha que contem o número do dimen-
sionamento é denominada de:
a) linha de chamada
b) linha auxiliar
c) cota de nível
d) linha espessa
e) linha de cota
13. O levantamento planimétrico tem como
objetivo:
a) definir as divisas e seus ângulos internos
b) definir as alturas do terreno
c) definir a orientação
d) definir somente a altimetria
14. Em um projeto de arquitetura, são exigi-
das distâncias mínimas entre a construção e o
terreno.Estas distâncias são denominadas de:
a) afastamentos
b) arruamento
c) declive
d) beirais
e) aclive
15. A figura que se segue representa:
a) afastamento
b) terraplangem
c) curvas de níveis
d) estudo planimétrico
e) orientação
16. Quando o estudo topográfico apresenta
as curvas de nível, próximas uma das outras,
identificamos o terreno como:
a) plano
b) semi-plano
c) pouco inclinado
d) nenhuma resposta correta
e) íngreme
17. Porque o projeto arquitetônico utiliza a
orientação verdadeira?
a) devido a sua variação em função dos anos
b) por ser a orientação geográfica, não apre-
sentando variações no decorrer dos anos.
c) por ser magnética
d) por ser parcialmente estável
e) todas as respostas estão erradas
18. O desenho no projeto de arquitetura, que
contem as medidas, largura e comprimento
de um ambiente é denominado:
a) planta baixa
b) cobertura
c) corte
d) fachada
e) situação
19. O corte de um projeto, tem como finalidade:
a) definir a quantidade de portas, janelas,
peitoris, muros e muretas
b) definir as larguras dos ambientes, por-
tas, janelas e peitoris
c) definir os comprimentos dos ambientes
d) definir as larguras dos ambientes
e) definir as alturas dos ambientes, por-
tas, janelas, peitoris, muros e muretas
20. Qual é o objetivo da planta de cobertura?
a) definiroscaimentos,inclinaçõesdotelhado.
b) definir a área
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 67
c) definir o corte
d) definir a situação
e) todas as respostas estão corretas
21. O projeto estrutural é atribuído para
qual profissional?
a) arquiteto
b) engenheiro elétrico
c) engenheiro civil
d) topógrafo
e) decorador
22. O projeto elétrico tem a finalidade de:
a) passar a tubulação elétrica
b) passar a tubulação de esgoto
c) passar a tubulação de água fria
d) passar a tubulação de água quente
e) todas as respostas estão certas
23. Onde fica localizada a Banderola?
a) na parte central da janela
b) na parte superior da porta ou janela
c) na parte inferior da porta ou janela
d) na parte central da porta
24 – Como é representada em planta a porta
sanfonada?
a)
b)
c)
d)
e) Todas as respostas estão corretas
25. A janela tipo guilhotina tem a abertura:
a) horizontal
b) inclinada
c) angular
d) sanfonada
e) vertical
26. A figura abaixo, representa :
a) mobiliário
b) peça sanitária
c) simbologia elétrica
d) calçada
e) telha
27. O instrumento representado na figura
abaixo, é utilizado
para medidas:
a) lineares
b) profundidade
c) angulares
d) volume
28. Qual é a utilidade da régua “T”.
a) desenhar linhas
b) desenhar linhas inclinadas
c) desenhar curvas
d) desenhar linhas paralelas e inclinadas
29. Qual a sigla em inglês que significa Proje-
to Auxiliado por Computador?
a) CAD
b) DDA
c) PAC
d) CAP
30. Marque a alternativa que melhor responda
as afirmativas abaixo:
a) marquise é uma cobertura em balanço;
b) mosaico é um painel formado por
pequenos pedaços de vidro, cerâmica ou
pastilhas;
c) mão francesa é sinônimo de mão-de-
força;
d) mata-junta é um material que cobre a
abertura formada pelo encontro de duas
ou mais peças;
e) todas estão corretas.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes68 •••••
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 69
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas devem
ser obrigatoriamente seguidas pelos diversos setores abrangidos.
ABÓBADA – cobertura de secção curva.
ACABAMENTO – arremate final da estrutura e dos ambientes da casa,
feito com diversos tipos de materiais.
ADEGA – compartimento, geralmente subterrâneo que serve para guar-
dar bebidas, por suas condições de temperaturas.
ADOBE – tijolo de barro seco ao ar e não cozido.
ADUELA – peça da grade ou marco da portas e de janelas.
AFASTAMENTO – distância mínima a ser observada entre as paredes
externas da edificação e os limites do terreno.
ÁGUA - termo que designa o plano do telhado. (quatro águas, duas
águas, etc).
ALÇAPÃO – portinhola no piso ou no teto para acesso a porões ou sótãos.
ALGEROZ – tubo de descida de água pluviais, em geral embutido na
parede.
ALICERCE – elemento da construção que transmite a carga da constru-
ção ao solo.
ALINHAMENTO – linha legal que serve de limite entre o terreno e o
logradouro para o qual faz limite.
ALIZAR – guarnição de madeira que cobre a junta entre a esquadria/
portal e a parede.
ALPENDRE – área coberta, saliente de construção, cuja cobertura é
sustentada por colunas, pilares ou consolos, geralmente na entrada da
edificação.
ALVENARIA – conjunto de pedras, tijolos, blocos ou concreto, com ou
sem argamassa, para formação de paredes, muros etc.
GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes70 •••••
AMARRAÇÃO – disposição entrelaçada dos tijolos.
ANDAIME – plataforma elevada, para sustentação dos materiais e os
operários na execução de obras ou reparos.
ANDAR – pavimento acima do rés do chão.
APARELHO – acabamento para dar às pedras e madeiras formas geo-
métricas e aparência adequada. Também usada para significar a primeira
demão de tinta.
APARTAMENTO – unidade autônoma de moradia, em prédio de habi-
tação múltipla.
APICOAR – desbastar com ferramenta, geralmente ponteiro de aço, uma
superfície ou pedra.
ARAMADO – rede ou tela de arame. Alambrado, segundo o Dicionário
Aurélio.
ARANDELA – aparelho de iluminação fixado na parede.
ÁREA TOTAL – soma de todas as áreas de uma edificação, incluindo
todos os pavimentos.
ÁREA ÚTIL – superfície de utilização de uma edificação fora as paredes.
ARGAMASSA – mistura de aglutinante com areia e água, suada para as-
sentamento de tijolos, cerâmicas, rebocos etc.
ARGILA – silicatos hidratados, barro com que se faz tijolos, cerâmicas etc.
ARQUIBANCADA – escalonamento sucessivo de assentos ordenados
em fila.
ARQUITETURA - (do latim architectura) – os princípios, as normas, os
materiais e as técnicas utilizadas para criar o espaço arquitetônico.
ARQUITETURA DE INTERIORES – obras em interiores que impli-
que criação de novos espaços internos ou modificações na função dos
mesmos ou nos elementos essenciais; ou das respectivas instalações.
GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 71
AROEIRA – árvore da família das anarcadíceas, de grande dureza, muito
usada para cercas e colunas de sustentação de telhados e alpendres.
ASNA – peça da tesoura de telhado. Ao francesa, escora.
ASSOALHO – piso de tábuas. Soalho.
BALANÇO – avanço da edificação sobre alinhamentos ou recuos regula-
mentares.
BALAUSTRE – elemento vertical que, empregado em série, forma a ba-
laustrada.
BALDRAME – parte do embasamento entre o alicerce e a parede. Soco.
BANDEIROLAS ou BANDEIRA – abertura fixa ou móvel situado aci-
ma da porta.
BASCULANTE – janela ou peça móvel em torno de eixo horizontal.
BATEDOR – batente; rebaixo na aduela onde se encaixam as folhas dos
vãos.
BEIRAL – parte saliente da cobertura.
BOILER – aquecedor, normalmente metálico, acumulando água
aquecida.
BONECA – saliência de alvenaria onde é fixado o marco ou grade de
portas e de janelas.
BRITA – pedra quebrada em tamanhos variáveis.
BRISE – quebra-sol; elemento horizontal ou vertical de proteção contra
o sol.
CAIBRO – peça de madeira sobre a qual se pregam as ripas destinadas a
suportar as telhas.
CAIXILHO – quadro de madeira ou metal que serve de estrutura para
vidro ou painel de vedação; esquadria.
GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes72 •••••
CALÇADAS – pavimentação do terreno, dentro do lote.
CALHA – conduto de águas pluviais.
CAPIAÇO – acabamento de vãos entre a grade (marco) e o paramento da
parede.
CARAMANCHÃO – armação de madeira, tipo pérgola, sustentada por
colunas.
CASCALHO – seixo rolado; pedra britada.
CASA GEMINADA – separada de outra edificação com uma parede comum.
CAVA – o mesmo que escavação.
CHANFRO – pequeno corte para eliminar arestas vivas.
CHAPISCO – primeira camada de revestimento de paredes e de tetos
destinada a dar maior aderência ao revestimento final.
CHUMBADOR – peça que serve para fixar qualquer coisa numa parede.
CLARABÓIA – vão nas coberturas, em geral protegido com vidros.
COBOGÓ – elemento vasado.
CÓDIGO DE OBRAS – legislação vigente em cada cidade, que determi-
na as normas que o projeto arquitetônico deve obedecer.
COIFA – cobertura acima do fogão para tirar a fumaça.
COLUNA – suporte de secção cilíndrica.
CONCRETO – aglomerado de cimento, areia, brita e água.
CONCRETO ARMADO – o mesmo que acima, com ferragem.
CONDUITE – conduto flexível.
CORPO AVANÇADO – balanço fechado de mais de 20 cm.
GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 73
CORRIMÃO – peça ao longo e nos lados das escadas servindo de apoio
a quem dela se serve.
COTA – indicação ou registro numérico de dimensões.
COTA DE COROAMENTO – ponto mais alto da edificação, permiti-
do pelo código de obras local.
COTA DE SOLEIRA – nível mais baixo da edificação, permitido pelo
código de obras local.
CROQUI – rascunho inicial de um projeto arquitetônico.
CUMEEIRA – parte reta mais alta dos telhados onde tem inicio as águas;
a peça de madeira que a forma.
CÚPULA – abóbada esférica.
DECORAÇÃO – obra em interiores com finalidade exclusivamente esté-
tica, não implicando criação de novos espaços internos, ou modificações
de função dos mesmos, ou alterações dos elementos essenciais.
DEMÃO – camada de pintura.
DUPLEX – apartamento de dois pisos superpostos.
EDÍCULA – pequena casa; dependência para empregados.
EMBASAMENTO–parteinferiordeumedifíciocestinadaàsuasustentação.
EMBOÇO – a 1ª camada de argamassa ou cal, após o chapisco, que serve
de base ao reboco.
EMPENA – parede em forma de triângulo acima do pé direito.
ESCARIAR – rebaixar a fim de nivelar a cabeça de prego ou parafuso.
ESPELHO – face vertical de um degrau; peça que cobre a fechadura ou
interruptor, quando embutido.
ESPIGÃO –encontrosaliente, emdesnível,deduaságuasdotelhado; tacaniça.
GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes74 •••••
ESQUADRIA – fechamento dos vãos; formada por grade ou marco e
folhas.
ESTACA – peça de madeira, concreto ou ferro que se crava no terreno
como base da construção.
ESTRIBO – peça de ferro destinada a sustentar um elemento de constru-
ção em relação a outro.
ESTRONCA – escora de madeira.
ESTUQUE – argamassa muito fina usada para acabamento de paredes e
de forros; sistema para construção de forros ou paredes usando traçados
de madeira como apoio.
FACHADAS – elevações das paredes externas de uma edificação.
FACHADA PRINCIPAL – voltada para o logradouro público.
FÊMEA – entalhe na madeira para receber o macho.
FLECHA – distância entre a posição reta e a fletida de uma viga ou peça.
FOLHA – parte móvel da esquadria.
FORRO – vedação da parte superior dos compartimentos da construção.
FORRO FALSO – forro que se coloca após a construção da laje ou co-
berta e independente dela.
FUNDAÇÃO – conjunto dos elementos da construção que transmitem
cargas das edificações ao solo.
GABARITO – medida que limita largura de logradouros e altura das edi-
ficações.
GALPÃO – construção aberta e coberta.
GRADE – elemento vasado que forma a esquadria; marco.
GUARDA-CORPO – parapeito; proteção de um vão.
GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 75
JIRAU – pequeno piso colocado à meia altura.
JUNTA – espaço entre elementos.
LADRILHO – peça de forma geométrica, de pouca espessura, de cimen-
to ou barro cozido, em geral destinado a pisos.
LÂMINA – bloco vertical numa construção de vários pavimentos.
LANTERNIM – pequena torre destinada à iluminação e ventilação.
LINHA – parte inferior da tesoura onde encaixam as pernas; tirante.
LONGARINA – viga.
LOGRADOURO – espaço público (rua) compreendido entre dois ali-
nhamentos postos.
MÃO DE FORÇA ou MÃO FRANCESA – elemento inclinado de apoio
destinado a reduzir o vão dos balanços. Semelhante à asna.
MARQUISE – balanço constituindo cobertura.
MEIO-FIO – bloco que separa o passeio da rua.
MÓDULO – unidade de medida.
MONTANTE – peça vertical de madeira.
MOSAICO – painel formado por pequenos pedaços de vidro, cerâmica
ou pastilhas; montagem de fotografias aéreas em serviços de cartografia.
NERVURA – viga saliente ou não de uma laje;quando oculta chama-se
também viga chata.
OSSO – sem revestimento. Medida no osso: antes de feito o revestimento.
PANO – porção de superfície plana de parede, compreendida entre duas
pilastras.
PANÔ – painel decorativo de tecido, usado para complemento de cortinas.
GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes76 •••••
PARAPEITO – resguardo de pequena altura, de sacadas, terraços e galerias.
PASSEIO – parte do logradouro público, destinado ao trânsito de pedestre.
PASTILHA – pequena peça cerâmica, usada para revestimento de pare-
des e pisos.
PATAMAR – superfície intermediária entre dois lances de escada.
PÉ-DIREITO – distância vertical entre forro e piso.
PEITORIL – parte inferior da janela / distância entre o piso e o início do
espaço ocupado por ela.
PENDURAL – viga ou barrote que, do vértice da asna cai sobre a linha
da tesoura.
PÉRGOLA – construção de caráter decorativo para suporte de plantas,
sem constituir cobertura.
PILAR – elemento de sustentação tendo secção quadrada ou retangular.
PILASTRA – pilar incorporado à parede e ressaltando.
PILOTIS – elemento de sustentação de um pavimento térreo; nome que
se dá ao pavimento térreo quando aberto.
PIVOTANTE – folha móvel em torno de eixo vertical.
PLANTA – projeção horizontal; vista superior; projeção de um corte ho-
rizontal numa edificação.
PLATIBANDA – coroamento de uma edificação, formado pelo prolon-
gamento das paredes externas, acima do forro.
POÇO DE ILUMINAÇÃO/VENTILAÇÃO – espaço destinado a
ventilação e iluminação de ambientes (janelas).
PORÃO – parte não usada para habitação, sob o térreo.
REBOCO – revestimento final de argamassa.
GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 77
RESPINGADOR - rebaixo ou saliência para desviar as águas pluviais.
RINCÃO – ângulo reentrante e em declive formado pelo encontro das
águas de um telhado; a calha que se coloca neste encontro.
RIPA – peça de madeira sobre os caibros.
RODAPÉ – faixa de proteção entre a parte inferior da parede e o piso.
SACADA – parte pouco saliente da construção.
SALIÊNCIA - elemento ornamental da edificação, que avança além do
plano da fachada.
SANCA - moldura na parte superior da parede, ligando-a ao teto.
SERTEIRA – abertura estreita e vertical.
SOLEIRA – elemento localizado no piso, no vão das portas, de marco a
marco.
SÓTÃO – espaço situado entre o forro e a cobertura, aproveitável como
dependência de uso comum de uma edificação.
TABIQUE – parede leve que serve para subdividir compartimentos, sem
atingir o forro.
TALUDE _ rampa inclinada de um terreno, normalmente feita pelo ho-
mem.
TAPUME – vedação provisória usada durante a edificação.
TELHA – elemento colocado na superfície externa da cobertura para
protegê-la de chuva, sol, vento, etc.
TELHADO – cobertura onde se usam as telhas.
- TELHADO DE DUAS ÁGUAS – cada lado se chama águas mestras
- TELHADO DE QUATRO ÁGUAS – os lados maiores se chamam
ÁGUAS MESTRAS, e os menores TACANIÇAS.
GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes78 •••••
TERÇAS – peças de madeira onde se pregam os caibros.
TERRAÇO – cobertura total ou parcial de uma edificação, constituindo
piso acessível.
TESOURA – feita de vigas de madeira ou metal destinada a suportar a
cobertura.
TESTADA – linha que separa o lote do logradouro pública (rua).
TRAÇO DE ARGAMASSA – proporção entre seus componentes.
TRELIÇA – armação de madeira ou metal onde existem aberturas; viga.
VARANDA – construção protegida pelo prolongamento da cobertura.
VASIO – vão ou abertura.
VÃO – abertura; distância entre os apoios.
VERGA – parte superior da porta ou janela, normalmente de alvenaria, ou
ainda, distância compreendida entre o forro e a parte superior de qualquer
abertura.
ZENITAL – no alto, no zênite; iluminação zenital: feita através de abertu-
ra no teto.
GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 79
DOMINGUES, F.A.A. Topografia e Astronomia de Posição para
Engenheiros e Arquitetos. São Paulo, Editora McGraw-Hill do Brasil, 1979.
FONSECA, R.S. Elementos de Desenho Topográfico. São Paulo, Editora
McGraw-Hill do Brasil
FRENCH, T.E. Desenho Técnico. Editora Globo, Porto Alegre, 1975.
MANFÉ, G.; POZZA, R. e SCARATO, G. Desenho Técnico Mecânico.
São Paulo, Editora Hemus, 1977. v.1.
MONTENEGRO, G.A. Desenho Arquitetônico. São Paulo, Editora
Edgard Blucher, 1978.
OBERG, L. Desenho Arquitetônico. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico,
1973.
BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
INEDI - Cursos Profissionalizantes80 •••••
GABARITGABARITGABARITGABARITGABARITOOOOO
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29-A
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Desenho arquitetonico

  • 1. INEDI – Cursos Profissionalizantes BRASÍLIA – 2005 Noçõesde DesenhoArquitetônico eConstruçãoCivil Técnico em Transações Imobiliárias MÓDULO 06
  • 2. Os textos do presente Módulo não podem ser reproduzidos sem autorização do INEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a Distância SDS – Ed. Boulevard CenterSDS – Ed. Boulevard CenterSDS – Ed. Boulevard CenterSDS – Ed. Boulevard CenterSDS – Ed. Boulevard Center, Salas 405/410 – Brasília - DF, Salas 405/410 – Brasília - DF, Salas 405/410 – Brasília - DF, Salas 405/410 – Brasília - DF, Salas 405/410 – Brasília - DF TTTTTelefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614 CURSO DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – TTI COORDENAÇÃO NACIONAL André Luiz Bravim – Diretor Administrativo Antônio Armando Cavalcante Soares – Diretor Secretário COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Maria Alzira Dalla Bernardina Corassa – Pedagoga COORDENAÇÃO DIDÁTICA COM ADAPTAÇÃO PARA EAD Neuma Melo da Cruz Santos – Bacharel em Ciências da Educação COORDENAÇÃO DE CONTEÚDO José de Oliveira Rodrigues – Extensão em Didática Josélio Lopes da Silva – Bacharel em Letras EQUIPE DE APOIO TÉCNICO: INEDI/DF André Luiz Bravim Rogério Ferreira Coêlho Robson dos Santos Souza Francisco de Assis de Souza Martins PRODUÇÃO EDITORIAL Luiz Góes EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E CAPA Vicente Júnior IMPRESSÃO GRÁFICA Gráfica e Editora Equipe Ltda ________________, INEDI, Noções de Desenho Arquitetônico e Construção Civil, módulo VI, Curso de Formação de Técnicos em Transações Imobiliárias, 4 Unidades. Brasília. Disponível em: www.inedidf.com.br. 2005. Conteúdo: Unidade I: histórico; normas técnicas – Unidade II: etapas do projeto – Unidade III: esquadrias – Unidade IV: projetos – Exercícios 347.46:659 C837m
  • 3. Caro Aluno O início de qualquer curso é uma oportunidade repleta de expectativas. Mas um curso a distância, além disso, impõe ao aluno um comportamento diferente, ensejando mudanças no seu hábito de estudo e na sua rotina diária, porque estará envolvido com uma metodologia de ensino moderna e diferenciada, proporcionando absorção de conhecimentos e preparação para um mercado de trabalho competitivo e dinâmico. O curso Técnico em Transações Imobiliárias ora iniciado está dividido em nove módulos. Este módulo 06 traz para você a básica disciplina Desenho Arquitetônico e Construção Civil que, dividida em quatro grandes unidades de estudo, apresenta, dentre outros itens essenciais, a nomeclatura de normas técnicas, as etapas de um projeto arquitetônico e os principais termos utilizados na arquitetura e na construção civil, e com certeza será indispensável no seu desempenho profissional.Trata-se, como você pode perceber, de uma completa, embora sintética, habilitação no âmbito desse conhecimento tão decisivo para o futuro profissional do mercado imobiliário. Se o ensino a distância garante maior flexibilidade na rotina de estudos também é verdade que exige do aluno mais responsabilidade. Nós, do INEDI, proporcionamos as condições didáticas necessárias para que você obtenha êxito em seus estudos, mas o sucesso completo e definitivo depende do seu esforço pessoal. Colocamos a sua disposição, além dos módulos impressos, um completo site (www.inedidf.com.br) com salas de aula virtuais, fórum com alunos, professores e tutores, biblioteca virtual e salas para debates específicos e orientação de estudos. Em síntese, caro aluno, o estudo dedicado do conteúdo deste módulo lhe permitirá não só o domínio dos conceitos mais elementares da Arquitetura e Construção Civil, como também os termos adequados para conversação com os clientes, além do conhecimento dos instrumentos básicos para que o futuro profissional possa atingir os seus objetivos no mercado de imóveis. Enfim, ao concluir seus estudos neste módulo você terá vencido uma importante etapa para atuar com destaque neste seguimento da economia nacional. Boa sorte!
  • 5. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................09 UNIDADE I 1. O DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA ..................................................13 2. NORMAS TÉCNICAS ............................................................................................15 2.1 – ABNT..........................................................................................................15 2.2 – Formatos de Papel ........................................................................................16 2.3 – Dobraduras das Pranchas..............................................................................17 2.4 – Caligrafia Técnica ........................................................................................17 2.5 – Carimbo ou Legenda....................................................................................18 2.6 – Tipos de papel ..............................................................................................19 2.7 – Tipos de linhas .............................................................................................19 2.8 – Tipos de escalas ............................................................................................20 2.9 – Linhas de Cotas............................................................................................22 3 - PROJEÇÕES ORTOGONAIS...............................................................................23 UNIDADE II 4 - ETAPAS DO PROJETO.........................................................................................27 4.1 – Escolha do Lote ou Terreno ..........................................................................27 4.2 – Compra do Lote...........................................................................................27 4.3 – Contratação do Arquiteto.............................................................................27 4.4 – Encomenda do Projeto .................................................................................27 4.5 – Estudo Preliminar ........................................................................................27 4.6 – Anteprojeto ..................................................................................................27 4.7 – Projeto Final.................................................................................................27 4.8 – CREA ..........................................................................................................27 4.9 – Prefeitura .....................................................................................................27 5 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ..................................................................29 5.1 – Planimétrico.................................................................................................29 5.2 – Altimétrico...................................................................................................29 5.3 – Planialtimétrico............................................................................................29 5.4 – Curvas de Nível............................................................................................29 5.5 – Orientação ...................................................................................................29 5.6 – Termos Técnicos...........................................................................................29 6. PROJETO DE ARQUITETURA ............................................................................30 6.1 – Planta Baixa .................................................................................................30 SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO
  • 6. 6.2 – Fachadas ou Elevações ..................................................................................31 6.3 – Corte ...........................................................................................................31 6.4 – Planta de Cobertura .....................................................................................31 6.5 – Planta de Situação ........................................................................................31 6.6 – Implantação e Locação .................................................................................31 6.7 – Quadro de Aberturas ....................................................................................31 6.8 – Quadro de Áreas ..........................................................................................32 7. CONTRATAÇÃO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES................................32 7.1 – Projeto de Estrutura .....................................................................................32 7.2 – Projeto Hidro-Sanitário ................................................................................33 7.3 – Projeto Elétrico ............................................................................................33 7.4 – Projeto Telefônico ........................................................................................34 UNIDADE III 8. PORTAS E PORTÕES ............................................................................................39 9. JANELAS...... ...........................................................................................................41 9.1 – Tipos de Aberturas das Janelas .....................................................................41 9.1.1. Basculante............................................................................................41 9.1.2. Máximo-Ar..........................................................................................41 9.1.3. Guilhotina ...........................................................................................41 9.1.4. Correr..................................................................................................41 9.1.5. Veneziana.............................................................................................42 9.1.6. Janela com Bandeirola..........................................................................42 10. FASE DE TRANSIÇÃO.........................................................................................42 10.1 – Método Tradicional de Desenho.................................................................42 10.1.1. Prancheta...........................................................................................42 10.1.2. Régua “T” .........................................................................................43 10.1.3. Régua Paralela....................................................................................43 10.1.4. Escala ................................................................................................43 10.1.5. Esquadros ..........................................................................................43 10.1.6. Transferidores.....................................................................................43 10.1.7. Réguas de Normógrafo ......................................................................44 10.1.8. Gabaritos ...........................................................................................44 10.1.9. Régua Flexível....................................................................................44 10.1.10. Achuriador Rápido ..........................................................................44 10.1.11. Pantógrafo .......................................................................................45 10.1.12. Lápis – Lapiseiras.............................................................................45 10.1.13. Curva Francesa ................................................................................45 10.1.14. Bigode .............................................................................................45 10.1.15. Compasso ........................................................................................45 10.2 – Método Atual de Desenho - CAD, uma nova filosofia de trabalho .............45
  • 7. UNIDADE IV 11. OBRA.....................................................................................................................49 11.1 – Ação de Adjudicação Compulsória .............................................................49 11.2 – Alvará.........................................................................................................49 11.3 – Cartório de Notas.......................................................................................49 11.4 – Certidão Negativa ......................................................................................49 11.5 – Código de Obras ........................................................................................49 11.6 – Habite-se....................................................................................................49 11.7 – Imposto de Transmissão de Bens Imobiliários (ITBI)..................................49 11.8 – Juizado Especial Cível ................................................................................50 11.9 – Lei de Zoneamento ....................................................................................50 11.10 – Memorial Descritivo ................................................................................50 11.11 – Plano Diretor ...........................................................................................50 12. PROJETOS DE RESIDÊNCIAS ...........................................................................50 12.1 – Classificação ...............................................................................................50 12.1.1. Classificação quanto ao tipo...............................................................50 12.1.2. Classificação quanto à edificação........................................................51 13. FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS ..........................................................................53 13.1 – Fundações ..................................................................................................53 13.2 – Estruturas...................................................................................................53 13.2.1. Tipos de Estruturas ............................................................................53 13.3 – Instalações de esgoto ..................................................................................56 14. REVESTIMENTOS...............................................................................................60 14.1 – Soleiras, rodapés, peitoris............................................................................60 14.2 – Ferragens....................................................................................................61 14.3 – Vidros ........................................................................................................61 15. APARELHOS.........................................................................................................61 16. ELEMENTOS DECORATIVOS...........................................................................62 TESTE SEU CONHECIMENTO ..............................................................................65 GLOSSÁRIO .............................................................................................................69 BIBLIOGRAFIA.. ........................................................................................................79 GABARITO........ .........................................................................................................80
  • 9. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO Este módulo de desenho Arquitetônico contém ilustrações que ajudarão o aluno a melhorar interpretação dos tópicos abordados, facilitan- do sua compreensão no momento de apresentar um empreendimento para cliente. O desenho arquitetônico possui uma linguagem própria de ex- pressão, a qual será apresentada no decorrer dos tópicos. O aluno terá co- nhecimento de todo o processo de desenvolvimento de um projeto arquite- tônico, passando a ter intimidade com seus símbolos e termos básicos para a leitura deste módulo. É importante que o aluno esteja consciente que o aprendiza- do flui com mais facilidade, quando existe o espírito de equipe. A troca de informações se faz necessária: saber ouvir, saber falar, respeitar a opi- nião do próximo é fundamental, para que todos, no final do curso atin- jam o objetivo. Aprender não é só acumulo de informações, mas sim saber interpretá-las de acordo com a realidade da vida, é saber aproveitar, explorar do começo ao fim da vida. “O homem nasce sem nenhuma estrutura e morre inacabado, por isso é um ser em construção”. Os Pilares do Conhecimento: Aprender a viver juntos Aprender a conhecer Aprender a fazer Aprender a ser Aprender é uma função permanente do seu organismo, é a ati- vidade pela qual o homem cresce, mesmo quando o seu desenvolvimento biológico há muito se completou. Essa capacidade de aprender permite uma educação indefinida, um indefinido crescimento ao ser humano.
  • 11. Unidade I Conceituar normas técnicas, ABNT; Reconhecer características das principais exigências estabelecidas pela ABNT para a área de arquitetura; Reconhecer a importância das normas técnicas para o exercício de uma profissão.
  • 12. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes12 •••••
  • 13. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 13 1. O DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA O escritor francês André Moreux defi- niu que a Arquitetura é a arte de construir sob o signo da beleza”. Nem sempre foi assim. A necessidade primitiva e inata de to- dos os animais de buscarem um abrigo não foi diferente no homem. A chuva, o vento, o frio, os predadores fizeram com que os pri- meiros homens buscassem abrigos seguros. Era o instinto de conservação que os compe- lia a essa busca. Nos primórdios da formação das civili- zações humanas, a noção de habitação não ti- nha o sentido de permanência e as moradias eram transitórias. Esse conceito foi aos pou- cos se desenvolvendo e paulatinamente o ho- mem passou a cuidar com mais desvelo dos seus abrigos: desenhava nas paredes das caver- nas, usava materiais mais duradouros nas cons- truções e, para se proteger, cuidar dos reba- nhos recém domesticados e a agricultura inci- piente, agrupava-se. Assim, por necessidade de sobrevivência, passou a ser um animal gregá- rio, logo, um animal social. A medida que o homem evoluiu, suas construções, além de serem locais de refú- gio, passaram a ser também lugares onde ele tem prazer em estar. A sua preocupação não se restringia apenas a se proteger, ele queria estar em local ao mesmo tempo seguro, agra- dável e belo. Suas emoções não se restringi- am só ao medo, mas também ao prazer e à sua religiosidade. Homenageavam os seus mortos e reverenciavam as suas divindades. Suas construções eram mais sólidas e dura- douras, mais limpas e arejadas e, sobretudo, o homem passava a ocupar-se com o estéti- co, isto é, procurava construir com a preo- cupação voltada para o belo. Surgem as pin- turas rupestres, como as das grutas de Alta- mira, na Espanha, e as belas e simétricas construções monolíticas, como as de Sto- nehenge, na Inglaterra. Das construções eminentemente utili- tárias da pré-história, passamos pela arquite- tura monumental do Egito e da Mesopotâ- mia ou então aos estilos arquitetônicos tão peculiares da Índia, do Japão, da China ou mesmo das Américas, cada qual com suas particularidades culturais. Do harmônico dos estilos greco-romano, vamos ao soberbo do gótico e o barroco na Idade Média e Renas- cença, depois de passar pelo neoclássico, che- gamos hoje à Arquitetura contemporânea. Se, nos primórdios da história, o homem tinha na arte de construir a essência de se res- guardar, passando posteriormente a ser ele- mento de tributo aos deuses e a Deus, hoje, o homem volta a si e consubstancia suas edifi- cações ao seu conforto e bem-estar, enfim ao seu prazer. Nesta busca incessante, nesta inquietu- de humana, concluímos que a Arquitetura, como a arte de edificar, é, ao mesmo tempo, uma ciência dinâmica e ilimitada em sua ca- pacidade criadora, que aliou as necessidades fundamentais do homem, como: a) físicas: de abrigo; b) emocionais: de segurança e proteção; c) estéticas: de beleza e funcionalidade. • O instinto de conservação levou o homem a bus- car abrigos seguros que se foram modificando com o passar dos tempos. • Com a evolução do homem, as construções, além de locais de refúgio, passaram a ser, também, lo- cais agradáveis e belos. • Das construções utilitárias da pré-história, pas- samos por diversos estilos até a arquitetura con- temporânea. • A Arquitetura é a arte de edificar; uma ciência dinâmica e ilimitada em sua capacidade criadora. • A Arquitetura aliou as necessidades fundamen- tais do homem: físicas, emocionais e estéticas.
  • 14. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes14 ••••• 1.Estaafirmativaéfalsa.AArquitetura,alémdeserumaarte preocupadacomaformaeaestética,buscatambémocon- fortoeasatisfaçãoindividualoucoletiva.Adecoração,seja elarealizadaparaembelezarinterioresounabuscadefor- masplásticas,éelementocomplementardaArquitetura. 2.Verdadeira.Abuscaporabrigoaindahojesefazmovida pelanecessidadedeproteção,sejadasintempériesclimá- ticas,sejadosagressoresexternos. 3.Verdadeira.Asobrasmodernasestãomaispreocupadas comoconfortopessoal. 4.Verdadeira.Dentreosparâmetros maisconsistentesparasemedironí- velevolutivodeumpovo,estãosuas edificações,oapurodastécnicas construtivase,naturalmente,aevo- luçãodosestilos. Assinale, com um X nos parênteses, se as afir- mativas são verdadeiras ou falsas. Justifique suas respostas. 1. Quando André Moreux definiu que “a Ar- quitetura é a arte de construir sob o signo da beleza”, deu a entender que a Arquitetura é uma arte eminentemente decorativa. ( ) Verdadeira ( ) Falsa 2. O homem primitivo procurava os abrigos porque este era o seu instinto de preservação. ( ) Verdadeira ( ) Falsa 3. Até recentemente, a primordial preocupa- ção ao construir grandes obras arquitetônicas era homenagear os mortos e reverenciar os deuses (ou Deus); hoje não é mais esta a preo- cupação do homem. ( ) Verdadeira ( ) Falsa 4. Os estilos arquitetônicos mostram o grau de evolução de um povo em épocas diversas. ( ) Verdadeira ( ) Falsa
  • 15. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 15 • As normas técnicas são um processo de simpli- ficação de procedimentos e produtos. • As normas fixam padrões de qualidade, padroni- zam produtos, processos e procedimentos consoli- dam, difundem e estabelecem parâmetros consensu- ais entre produtores, consumidores e especialistas, bem como regulam as relações de compra e venda. • O órgão responsável pela normalização técnica, no país, é a ABNT. 2. NORMAS TÉCNICAS 2.1 – ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS O sistema de padronização é o ali- cerce para garantir a qualidade de um projeto. Para facilitar a com- preensão do projeto em nível naci- onal,todososcomponentesqueenvolvemode- senho de arquitetura e engenharia são padroni- zados e normalizados em todo o país. Para isto existem normas específicas para cada elemento do projeto, assim como: caligrafia, formatos do papel e outros. O objetivo é conseguir melhores resultados a partir do uso de padrões que supos- tamente descrevem o projeto de maneira mais adequada e permitem a sua compreensão e exe- cução por profissionais diferentes independen- te da presença daquele que o concebeu. Como instrumento, as normas técnicas contribuem em quatro aspectos: ••••• Qualidade: fixando padrões que levam em conta as necessidades e os desejos dos usuários. ••••• Produtividade: padronizando produtos, processos e procedimentos. ••••• Tecnologia: consolidando, difundindo e estabelecendo parâmetros consensu- ais entre produtores, consumidores e especialistas, colocando os resultados à disposição da sociedade. ••••• Marketing: regulando de forma equili- brada as relações de compra e venda. 1. Pesquise e cite os quatro aspectos relativos às normas técnicas. ________________________________________ ________________________________________ 2. Volte ao texto e transcreva a definição do que vem a ser ABNT. ________________________________________ ________________________________________ 1.Qualidade,produtividade,tecnologia emarketing. 2.ABNT-AssociaçãoBrasileirade NormasTécnicaséoórgãorespon- sávelpelanormatizaçãotécnicano Brasil.
  • 16. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes16 ••••• 2.2 – FORMATOS DO PAPEL As Normas Brasileiras de Desenho Téc- nico estabelecem como padrão a série “A”. A NBR 10.068 tem o objetivo de padronizar as dimensões, layout, dobraduras e a posição da legenda, garantindo desta forma uniformida- de e legibilidade. Os itens a serem observados na NBR, são os seguintes: • posição e dimensões da legenda; • margem e quadro; • marcas de centro; • escala métrica de referência; • sistema de referência por malhas; • marcas de corte. A0 1189 x 841mm 25mm 10mm 175mm 1,4mm A1 841 x 594mm 25mm 10mm 175mm 1,0mm A2 594 x 420mm 25mm 7mm 178mm 0,7mm A3 420 x 297mm 25mm 7mm 178mm 0,5mm A4 297 x 210mm 25mm 7mm 178mm 0,5mm Formato Dimensões Margens Esquerda Outras Largura do Carimbo Esp. Linhas das margens Os formatos da série “A” tem como base o Formato A0, cujas dimensões guardam en- tre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal (841 2 =1189), e que corresponde a um re- tângulo de área igual a 1 m2. A NBR10068 é complementada com a NBR 8402, referente à execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos e procedi- mentos, e pela NBR 8403, que cuida da apli- cação de linhas em desenhos – tipos de linhas – largura das linhas e procedimentos.
  • 17. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 17 2.3 – DOBRADURAS DAS PRANCHAS Os projeto de Arquitetura e Engenharia após serem executados, devem ser dobrados conforme as figuras abaixo: Formato A0 Formato A1 Formato A2 Formato A3 Cabides para projetos Formato A1 Formato A1 – com medidas 2.4 – CALIGRAFIA TÉCNICA Existe uma padronização também para a caligrafia técnica, para evitar que os projetos desenvolvidos em localidades diferentes sejam interpretados de formas distintas. Desta for- ma, adquire-se maior agilidade na interpreta- ção e execução do projeto. Indicação das dobras Moldura de 10mm Carimbo
  • 18. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes18 ••••• A NBR 8402 tem a finalidade de fixar características da escrita a mão livre ou por ins- trumentos usados para a elaboração dos pro- jetos. Segundo a norma, as letras devem ser sempre em maiúsculas e não inclinadas. Os números não devem estar inclinados LETRAS A B C D E F G H... A B C D E F G H... NÚMEROS 1 2 3 4 5 6 7 8 9... 1 2 3 4 5 6 7 8 9... (2,0mm – Régua 80 CL – Pena 0,2mm) (2,5mm – Régua 100 CL – Pena 0,3mm) (3,5mm – Régua 140 CL – Pena 0,4mm) (4,5mm – Régua 175 CL – Pena 0,8mm) 2.5 – CARIMBO OU LEGENDA Em um projeto de Arquitetura ou En- genharia, faz-se necessário a identificação de alguns elementos, tais como: tipo de projeto, endereço, autor do projeto, responsável técni- co pela obra, tipo de escala empregada, área do lote, área de construção, número da pran- cha, números de prancha, espaço reservado para a aprovação da prefeitura e pelo Conse- lho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, entre outros. 1. Relacione abaixo quais os elementos fre- qüentemente usados no desenho técnico. _________________________________________ _________________________________________ 2. O carimbo, localizado no canto esquerdo das pranchas, possuiu alguns itens obrigatórios de- finidos pela ABNT. Relacione-os abaixo. _________________________________________ _________________________________________ 3. Qual o objetivo dos símbolos e das conven- ções em um projeto? _________________________________________ _________________________________________ 4. Como denominamos as linhas indicativas das dimensões do objeto desenhado? _________________________________________ 1.Oselementosfreqüentementeutilizadosnodesenho técnicosão:a)carimbos,b)símbolosouconvenções, c)cotas; 2.Devemconstaremumcarimboinformaçõessobre: endereçodaobra,autordoprojetoeresponsáveltécni- co,proprietário,nomedodesenho,escala,desenhista, dataeetc; 3.Ossímboloseasconvençõessãoutilizadosparamaior clarezaousimplicidadedoprojeto; 4.Aslinhasindicativasdasdimen- sõesdoprojetodesenhadosãode- nominadas"cotas".
  • 19. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 19 2.6 – TIPOS DE PAPEL Existem duas categorias de papel para a elaboração do projeto de arquitetura: opacos e transparentes. Papéis transparentes:Antesdoadventodo softwareparaprojetos,osprojetosoriginais eram elaborados em papel-vegetal, por ser um papel transparente e de fácil manuseio e também, por proporcionar cópias idênticas aos originais. Papéis Opacos: Apresentam uso variável, paradesenhosemgeral;os projetos de Arquitetura e Engenhariaabandonaram o uso do papel vegetal para os originais, abrindo espaço para o papel sulfi- te. Com o uso do com- putadorparaaelaboração dos projetos, é possível imprimir em papel sulfi- te tantas vezes quantas forem necessárias. 2.7 – TIPOS DE LINHAS Os projetos utilizam uma variedade de tipos de linhas, para representar objetos em várias situações. Já as instalações prediais requerem no- menclatura e convenções próprias. Vejamos algumas das convenções mais usuais:
  • 20. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes20 ••••• 2.8 – ESCALAS - considerações de alguns autores: "Toda representação está numa propor- ção definida com o objeto representado. Esta proporção é chamada de escala". ( Raisz, 1969:47) "Escala é, então, a relação que existe en- tre os comprimentos de um desenho e seus correspondentes no objeto; portanto, escala nada mais é do que uma razão de semelhança. Sendo assim, toda escala é expressa por uma fração; essa fração é chamada escala numéri- ca; sua representação gráfica chama-se escala gráfica. Os comprimentos considerados no desenho são chamados distâncias gráficas e os considerados no objetos são chamados distân- cias naturais" (Rangel, 1965:11) Existem três tipos de escalas: Escala Natural, Escalas de Redução e Escalas de ampliação. 2.8.1. Escala Natural: Quando o objeto que está sendorepresentadonodesenho,apresentaames- ma medida do real, chamamos de escala natural. A escala natural está na razão 1 para 1, ou seja, o real está para o desenho na razão de uma medida do real para uma medida do desenho. 2.8.2. Escala de Redução: Quando o objeto que está sendo representado é de grandes di- mensões, usamos escala de redução, para pos- sibilitar sua representação no papel. Por exem- plo, quando projetamos uma residência, um prédio ou uma cidade. Escala de redução são representadas da seguinte forma: 1/10 – 1/20 – 1/50 – 1/100 – 1/200 1/100 e outras. O número 1 indica o desenho e o próxi- mo o real. Exemplo: 1/50 (um por cinqüenta) Significa que um centímetro do papel representará 50 cm do real, ou seja, o desenho será reduzido 50 vezes.
  • 21. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 21 2.8.3. Escala de Ampliação: Quando o objeto que está sendo representado é muito pequeno, necessitando ser ampliado para me- lhor interpretação do projeto. Esta escala é empregada nas áreas de mecânica, eletrônica, desenho de jóias, entre outras. OBS - Escala real - Usa-se este tipo de escala quando o desenho deve ser igual ao ob- jeto desenhado. A representação desta escala é sempre 1:1 (lê-se um por um). I - Responda as alternativas. 1. Pense um pouco e responda: qual a finali- dade das escalas de redução? __________________________________________________________________________________________________________________________________ 2. E as escalas de ampliação? Para que servem? __________________________________________________________________________________________________________________________________ 3. Veja no texto e descreva para que servem as escala reais. __________________________________________________________________________________________________________________________________ II - Dadas as escalas abaixo, escreva-as por extenso e identifique se são de ampliação, redução ou real. 1) 1½ : 1 2) 1 : 1½ 3) 5: 5 4) 1 : 1.000 5) 1.000 : 1 III. Um pouco mais de teoria: descreva como procedemos nas escalas gráficas. __________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________ • As escalas numéricas podem ser: de redução, de ampliação e real. • A escala de redução significa que o desenho é menor que o objeto desenhado. É usada quando o objeto é muito grande e não temos como repre- sentá-la graficamente. • A escala de ampliação significa que o desenho é maior que o objeto desenhado. É usada quando o objeto é muito pequeno e sua representação não será nítida, • A escala real significa que o desenho é igual ao objeto desenhado. • As escalas numéricas são assim representadas: - de redução -1:2 (lê-se um por dois), ou seja, o desenho é a metade do objeto desenhado; - de ampliação-2:1(lê-sedoisporum),istoé,odese- nho é duas vezes maior que o objeto desenhado; - real -1:1 (lê-se um por um), ou seja, o desenho é igual ao objeto desenhado. • Escalagráficaéaquelaemqueseccionamosumseg- mento de reta em várias partes iguais, obedecendo a um plano de desenho previamente estabelecido. I-1)Comoopróprionomeindica,asescalasderedução sãousadasparareduzir,nodesenho,umdeterminadoob- jeto;2)Aocontráriodasescalasderedução,asdeamplia- çãosãoutilizadasparaaumentarodesenhodeumobjeto; 3)Asescalasreaisservemparareproduziroobjetoemseu tamanhonaturaloureal. II-1)Umemeioporum.Éumaescaladeampliação,poiso objetonodesenhofoiaumentadoumavezemeia;2)Um porumemeio.Éumaescaladereduçãoeocontrárioda anterior;3)Cincoporcinco.Arazão5:5éigualàrazão1:1, logo,éumaescalareal;4)Umpormil.Éumaescalade redução;oobjetofoireduzidomilvezesnodesenho;5)Mil porum.Éumaescaladeampliação;oobjetofoiaumenta- domilvezesnodesenho. III-Nasescalasgráficas,seccionamosumsegmentode retaemváriaspartesiguais,obedecendoaumplanode desenhopreviamenteestabelecido. Asescalasgráficassãosemprepar- tesoumúltiplosdometro,oude outrosistemademedidaestabe- lecido.
  • 22. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes22 ••••• 2.9 – LINHAS DE COTA Cotagem em Desenho Técnico (NBR - 10126) Representação gráfica das dimensões no desenho técnico de um elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. Elementos gráficos para representação de cotas Recomendações • a característica da linha de cota e linha auxiliar: linha estreita e contínua. • linha auxiliar deve ser prolongada ligei- ramente além da linha de cota. • deixar um pequeno espaço entre a li- nha auxiliar e o elemento ou detalhe a ser cotado. • linhas auxiliares devem ser perpendicu- lares aos elementos a serem cotados e paralelas entre si. • linhas de centro não devem ser utilizadas como linhas de cota ou auxiliares porém podemserprolongadasatéocontornodo elemento representado e a partir daí com linha auxiliar (contínua estreita). • sempre que o espaço disponível for ade- quado colocar as setas entre as linhas auxiliares, quando não for pode-se re- presentar externamente. • cotagem de raios, a linha de cota parte do centro do arco e uma única seta e representada onde a linha de cota toca o contorno do arco, a letra R (erre mai- úscula) deve ser representada na frente do valor da cota. Linha de cota ou de dimensionamento Dimensão do objeto Linhas de chamada
  • 23. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 23 Técnica de Cotar a) as cotas devem ser representadas aci- ma e paralelamente à linha de cota e aproxi- madamente no seu ponto médio. b) as cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas devem ser interrompidas próximas ao meio para repre- sentação da cota. Símbolos para as cotas • Utilizamos alguns símbolos, para faci- litar e identificar das formas dos elemen- tos cotados. φφφφφ - diâmetro R - raio 3. PROJEÇÕES ORTOGONAIS O desenho arquitetôni- co consiste em representar as edificações, levando em con- sideração as projeções, vistas, elevações, detalhes e cortes. Estas projeções nos proporci- onam uma visão espacial, ou melhor, volumétrica da edi- ficação.
  • 24. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes24 •••••
  • 25. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 25 Unidade II Conceituar projeção, projeção ortogonal, levantamento topográfico; Identificar o significado de termos técnicos da área de arquitetura e engenharia, geralmente, utilizados durante o processo de transação imobiliária; Reconhecer características do levantamento topográfico e das diversas eta-pas de um projeto.
  • 26. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes26 •••••
  • 27. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 27 4. ETAPAS DO PROJETO É importante conhecer a linguagem do projeto arquitetônico, com seus símbolos e convenções, assim como, para saber ler e escrever corretamente, temos necessidade dos conhecimentos e regras de gramática. O desenho arquitetônico apresenta uma sé- rie de peculiaridades, que veremos a seguir, no sentido de instruir o aluno e torná-lo capaz de fazer uma leitura completa do pro- jeto. Iniciaremos, passo a passo, as etapas de elaboração de um projeto, desde a esco- lha do lote até a aprovação nos órgãos com- petentes. 4.1 – ESCOLHA DO LOTE OU TERRE- NO - É importante levar em consideração al- guns itens como: • Localização • Edificações vizinhas • Posição em relação ao Norte • Situação topográfica do lote (feito pelo topógrafo) • Afastamentos exigidos pela prefeitura (Uso do Solo) • Índice de ocupação (Uso do Solo) • Resistência do solo (Projeto de Funda- ção) 4.2 – COMPRA DO LOTE - Certificar-se de que toda a documentação está correta e passar imediatamente a escritura para o nome do comprador. 4.3 – CONTRATAÇÃO DO ARQUITE- TO - É de fundamental importância a contratação deste profissional, até mesmo antes da negociação do lote, quando ele poderá orientar na escolha e adequação do terreno. 4.4 – ENCOMENDA DO PROJETO - Antes de dar início ao projeto de arquite- tura, é necessário uma conversa detalhada entre o cliente e o arquiteto. Neste momen- to o arquiteto solicitará ao cliente o Uso do Solo, fornecido pela Prefeitura e o Le- vantamento Topográfico, que deverá ser executado por um topógrafo. Nesta etapa o profissional colherá dados do cliente, co- nhecerá suas necessidades e expectativas, para a elaboração do Programa de Necessi- dades, colhendo todas as informações ne- cessárias para dar início à fase, a qual cha- mamos de Estudo Preliminar. 4.5 – ESTUDO PRELIMINAR - A partir do momento em que o arquiteto fica ciente dos objetivos e necessidades de seu cliente, começa a elaboração de um croqui, ou me- lhor, de um esboço, que dará início a nova fase, denominada de Anteprojeto. 4.6 – ANTEPROJETO - É o projeto dese- nhado, seguindo todas as normas do desenho técnico e da ABNT. 4.7 – PROJETO FINAL - Logo após a apro- vação do projeto pelo cliente, o arquiteto pas- sa a finalizá-lo, incluindo todos os desenho necessários para a aprovação na prefeitura e no CREA. 4.8 – CREA - O Conselho Regional de Enge- nharia,ArquiteturaeAgronomiaéoórgãoonde o arquiteto registra um documento denomina- do ART – Anotação de Responsabilidade Téc- nica,noqualassumetotalresponsabilidadepelo projeto que assina. O CREA fiscaliza a atua- ção dos profissionais formados nas áreas de en- genharia, arquitetura e agronomia. Regulamen- tadas, essas profissões têm direitos e deveres que devem ser respeitados por quem as exerce. O CREA verifica se a conduta desses trabalhado- res está adequada – os que cometem erros gra- ves correm o risco de perder o registro no Con- selho e ficar em situação irregular. 4.9 – PREFEITURA – O cliente ou o profis- sional deverá levar o projeto para ser aprova- do pela prefeitura; caso seja aprovado, deverá
  • 28. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes28 ••••• providenciar cinco jogos de cópia para serem registrados e carimbados. I. Assinale, com um X nos parênteses, as afir- mações verdadeiras. 1. ( ) Somente as edificações de menor complexidade exigem planejamento. 2. ( ) É na fase de programa da obra que o profissional responsável pelo projeto capta os desejos do cliente e determina as di- retrizes para o início de seus trabalhos. 3. ( ) O objetivo do “planejar” resume- se na união perfeita entre o lucro, o tempo e o trabalho propriamente dito. 4. ( ) Além de outros fatores, o clima, a aeração, a insolação, o estilo e a topografia são observados num projeto. II. Relacione as áreas de forma correta. 1. ( ) quartos 2. ( ) banheiros 3. ( ) varanda 4. ( ) piscina 5. ( ) cozinha 6. ( ) sala 7. ( ) dependências de empregada 8. ( ) escritório 9. ( ) lavabo 10. ( ) sala de televisão A - íntima B - social C - serviço • Toda obra exige um planejamento que vai desde o momento dos primeiros contatos, que chama- mos de fase de programa da obra, até a sua concre- tização. • O objetivo deste planejamento é o de obter mai- or lucro, com o menor dispêndio de tempo e tra- balho. • Os espaços da obra são definidos levando-se em consideração fatores tais como: clima, aeração, in- solação, estilo e topografia. • Um programa bem simples de uma residência abrange as seguintes áreas: - íntima: quartos, banheiros, sala íntima; - social: sala, varanda, lavabo, piscina, escritório, garagem; - serviço: área de serviço, cozinha, copa, quarto de empregada e despensa. I-1.()Qualquerprojetoexigeumplanejamento;2.(x);3. (x);4.(x) II-1.(A);2.(A);3.(B);4.(B);5. (C);6.(B);7.(C);8.(B);9.(B); 10.(A)
  • 29. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 29 5. LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO É o estudo do terreno, visando verificar as divisas do terreno, suas as dimensões e des- níveis. O levantamento topográfico é dividi- do em três etapas: 5.1 – PLANIALTIMÉTRICO - abrange so- mente as divisas e os ângulos. 5.2 – ALTIMÉTRICO - abrange as curvas de nível e alturas do terreno. 5.3 – PLANIMÉTRICO - é o levantamen- to topográfico, propriamente dito; apresenta o estudo planialtimétrico e altimétrico do terreno. 5.4 – CURVAS DE NÍVEL - São linhas cur- vas que indicam as alturas e a inclinação do terreno. As curvas de níveis devem ser repre- sentadas metro a metro em um levantamento topográfico. Estas curvas são definidas de acor- do com a sinuosidade do terreno: quanto mais próximas indicam que o terreno possui incli- nação, quando são mais espaçadas, indicam que o terreno é pouco inclinado ou até mes- mo plano. Conforme podemos notar na figu- ra abaixo, o setor A é o mais ingrime e o setor B é o menos inclinado. 5.5 – ORIENTAÇÃO - É a posição do norte em relação ao terreno; este deve constar no Levantamento Topográfico, pois é de funda- mental importância para o arquiteto elaborar o projeto. Existem dois tipos de orientação, a mag- nética (bússola) e a verdadei- ra, que é a geográfica. No Levantamento Topográfico é utilizada a verdadeira , pois a magnética apresenta vari- ações no decorrer dos anos. 5.6 – TERMOS TÉCNICOS - Para me- lhor compreensão do estudo topográfico, o Técnico em Transações Imobiliárias precisa estar por dentro de alguns termos técnicos relacionados à situação do terreno, para ter argumentos em uma explanação para o cli- ente. Os principais são: ••••• Terraplanagem – Processo de prepa- ração do terreno, para dar início a construção. ••••• Aterro – Preenchimento de uma área em desnível, com terra ou entulho. ••••• Desaterro – Retirada de terra de uma área. ••••• Declive – Quando a inclinação do ter- reno está abaixo do nível da rua. ••••• Aclive – Quando a inclinação do ter- reno está acima do nível da rua. ••••• Logradouro – Locais públicos, como praças, ruas, avenidas, parques etc... ••••• Arruamento – Processo de criação das ruas. ••••• Caixa de Rolamento – Parte da rua destinada para o trânsito de veículos. ••••• Passeio – Parte da rua destinada para o passeio de pedestre. ••••• Afastamento – Distâncias exigidas pelo Uso do Solo, da edificação em relação ao terreno.
  • 30. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes30 ••••• 6. PROJETO DE ARQUITETURA O projeto de arquitetura é constituído pelos seguintes desenhos: ••••• Planta Baixa ou Pavimento Térreo ••••• Pavimento Superior (quando for sobra- do ou prédio) ••••• Layout ••••• Corte Transversal ••••• Corte Longitudinal ••••• Fachadas ••••• Planta de Cobertura ••••• Planta de Situação ••••• Implantação e Locação ••••• Quadro de Aberturas ••••• Quadro de Áreas 6.1 – PLANTA BAIXA - É um corte trans- versal à edificação, a uma altura de 1,50m. Através da planta baixa, podemos visualizar os ambientes que compõe o projeto. Feche os olhos e imagine uma casa, visualizando da rua. Agora imagine se fosse possível, tirar o telha- do e visualizá-la de cima. ••••• Itens que compõe a planta baixa: Paredes Janelas Portas Cotas Cotas de Nível Projeções Indicação dos Cortes Indicação do Norte Escada Rampas Pergolado Espelho d’água Layout
  • 31. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 31 Perspectiva 6.2 – FACHADAS OU ELEVAÇÕES - São elevações verticais, frontal, lateral ou posteri- or, para se ter noção da edificação. 6.3 – CORTES - São elevações verticais fei- tas no sentido transversal e longitudinal den- tro da edificação, para medir as alturas dos ele- mentos arquitetônicos, portas, telhados, esca- das, rampas e outros. 6.4 – PLANTA DE COBERTURA - Este desenho define a situação do telhado, núme- ro de águas, tipo de telha, lado da queda d´agua e a largura do beiral. 6.5 – PLANTA DE SITUAÇÃO – Define a situação do lote em relação à quadra, às ruas e aos lotes vizinhos. 6.6 – PLANTA DE IMPLANTAÇÃO E LOCAÇÃO - Define a situação do projeto em relação ao terreno, incluindo as medidas dos afastamentos. Implantação e Locação 6.7 – QUADRO DE ABERTURAS - Legen- da a qual possui informações sobre as abertu- ras, portas e janelas.Quando a referencia é para janela, denominamos a sigla J , e para porta P.
  • 32. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes32 ••••• Conforme o tipo e as dimensões numeramos como no exemplo: J1 P1 J2 P2 J3 P3 6.8 – QUADRO DE ÁREAS - Legenda que apresenta a área do terreno, área de cons- trução e a área de permeabilidade (área de jardim). 7. CONTRATAÇÃO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES Estes projetos devem ser contratados após ter sido concluído o projeto arquitetô- nico. Os projetos complementares são os seguintes: 7.1 – PROJETO DE ESTRUTURA - Este projeto deverá ser elaborado pelo engenheiro civil. Uma construção segura depende do pro- jeto de estrutura que, por sua vez, depende do projeto de fundações, elaborado segundo a re- sistência do solo. Laje - Estrutura plana e horizontal de concre- to armado, apoiada em vigas e pilares.
  • 33. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 33 Pilares - Elemento estrutural vertical de con- creto, madeira, alvenaria ou pedra. 7.2 – PROJETO HIDRO-SANITÁRIO - O objetivo deste projeto é dimensionar as tubu- lações necessárias, para cada área molhada(banheiros, lavabos, área de serviço, cozinha e outros). O projeto hidro-sanitário apresenta os pontos e as tubulações de água fria, quente, esgoto e pluvial. Água Fria Esgoto 7.3 – PROJETO ELÉTRICO - O engenhei- ro elétrico define o caminho das tubulações elétricas desde a caixa de entrada de energia que vem da rua até a sua chegada aos equipa- mentos elétricos.
  • 34. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes34 ••••• SÍMBOLOS E CONVENÇÕES NOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS 7.4 – PROJETO TELEFÔNICO - O enge- nheiro elétrico define o caminho das tubula- ções dos cabos de telefone. • O projeto em si é a finalização das fases que o ante- cedem, São elementos constantes de um projeto: si- tuação, locação, cobertura, planta baixa, corte e fa- chada. • Situação é o estudo da edificação no contexto da cidade, do bairro e da rua. • Locação é o estudo do terreno propriamente dito. • Cobertura é a parte da projeção que protege a edificação das intempéries climáticas e que, para cumprir tal finalidade, deve ter as propriedades de estanqueidade, isolamento térmico e ainda ser in- deformável, resistente, leve, não absorver peso, per- mitir fácil escoamento com secagem rápida. • Planta baixa é o desenho que recebe a maior carga de informações, ou seja, contém as dimen- sões em tamanho real, obedecendo as escalas do projeto. • Corte é a secção feita na obra para se obter uma visão diferente do projeto, A escolha da secção é aleatória, destacando o que se deseja mostrar e sem Iimite quanto ao número de cortes. Recomenda- se, para melhor compreensão de um projeto, no mínimo, dois cortes: um transversal e outro lon- gitudinal. • Fachada é a visão externa do projeto, é a forma que a obra adquire. • Os estudos do terreno propriamente dito abran- gem: a altimetria (inclinação ou, não, do terreno), tipo de solo, a orientação quanto a posição do sol e ventos, afastamento que deverá existir em relação ao lote do vizinho, a forma do lote, a dimensão de suas medidas, a compatibilização entre o projeto concebido e o valor do lote, orientação esta presta- da pelo arquiteto.
  • 35. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 35 I - Relacione de forma correta os elementos de um projeto. A - Planta de Situação B - Planta de Locação C - Planta de Cobertura D - Planta baixa E - Corte F - Fachada 1. ( ) É o estudo que abrange sete itens sobre o terreno propriamente dito. 2. ( ) Tem como finalidade proteger as edificações das intempéries climáticas. 3. ( ) Estuda a edificação no contexto da cidade, bairro e rua. 4. ( ) É o desenho que recebe maior carga de informações. 5. ( ) Pode ser de dois tipos: o trans- versal e o longitudinal - e serve para a melhor compreensão do projeto. 6. ( ) É a exteriorização do projeto, a sua forma. II - Pense e responda. 1. Ao estudarmos um terreno, quais os ele- mentos devem ser prioritariamente exami- nados? __________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________ 2. Que transtornos as situações relaciona- das a seguir trarão, se não forem devidamen- te observadas? a) A altimetria do lote _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ b) A posição do sol e dos ventos _________________________________________________________________ ________________________________________________________________ c) A distância de um lote para o outro ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ d) A forma do lote ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ e) As dimensões do lote _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ f) O valor devido do lote ________________________________________________________________ _________________________________________________________________ I-1.(B)2.(C)3.(A)4.(D)5.(E)6.(F) II-a)Umterrenonãoplanocomplicaráoprojetodoar- quiteto,anãoserquandooprojetistaconseguetirarpar- tidodosdesníveis. b)Seasposiçõesdosoledosventosnãoforemobser- vadas,ocorrerádesconfortoparaoproprietárioe,mui- tasvezes,oaumentodoscustoscomoempregodeso- luçõesartificiais. c)Adistânciadeumloteparaooutrodeveserrespeita- da,poishámatériaquedisciplinaoassunto. d)Osterrenos,quandonãosãoretangulares,dificultam otrabalhodoarquiteto. e)AsdimensõesmínimassãoestabelecidaspelaLei Federalqueumavezdesrespeitadapodecriarproble- mas. f)Estefator,senãotratadocomgrandeseriedadepelo arquiteto,poderáprovocarumainver- sãodevaloresfazendocomqueo preçodoterrenosesobreponhaao daobradearquitetura.
  • 36. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes36 •••••
  • 37. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 37 Unidade III Conceituar Projeto de Arquitetura, Alvará, "Habite- se", "ITBI", Memorial Des-critivo, Plano Diretor; Identificar as exigências estabelecidas para a construção de uma obra; Identificar os locais de registro; Reconhecer características básicas de um projeto de arquitetura, de projetos complementares, do levantamento topográfico; Reconhecer o processo utilizado para a elaboração do projeto; Explicar as características básicas de uma construção; Reconhecer o significado dos termos mais usados na área arquitetônica.
  • 38. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes38 •••••
  • 39. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 39 8. PORTAS E PORTÕES Existe grande variedade de tipos de por- tas e portões, e oTTI precisa identificar as aber- turas das portas e portões em um desenho ar- quitetônico. Para isto, seguem algumas figuras das portas com representação em planta. Porta giratória Porta de Abrir Porta Sanfonada Porta Pantográfica Porta de Correr
  • 40. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes40 ••••• PORTÕES Portão Basculante Corte Planta Portão de Enrolar Corte Planta Portão Pivotante Vertical Corte
  • 41. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 41 Planta 9. JANELAS As janelas em planta, geralmente são re- presentadas conforme a figura abaixo: Representação em planta (para janelas abaixo de 1,50m) Representação em planta (para janelas acima de 1,50m) 9.1 – TIPOS DE ABERTURAS DAS JANELAS 9.1.1. BASCULANTE - as peças das janelas giram em torno de um eixo superior, tendo o movimento limitado por hastes laterais. 9.1.2. MÁXIMO-AR - Janela cuja abertura deixa os vidros numa posição perpendicular ao caixilho, permitindo total ventilação e ilu- minação em relação ao batente. 9.1.3. ABERTURA TIPO GUILHOTINA - a abertura da janela é na posição vertical. 9.1.4. JANELA DE CORRER - a abertura da janela é na posição horizontal.
  • 42. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes42 ••••• 9.1.5. JANELA TIPO VENEZIANA - per- mite a ventilação permanente dos ambientes, impedindo a visibilidade do exterior e a en- trada de água da chuva. É formada por palhe- tas inclinadas e paralelas 9.1.6. JANELA COM BANDEIROLA , si- tuado na parte superior das janelas ou das por- tas. Fixo ou móvel, favorecendo a iluminação e ventilação dos ambientes. 10. FASE DE TRANSIÇÃO O processo de elaboração de projetos de Arquitetura e Engenharia está passando por uma fase de transição, na qual ainda encon- tram-se profissionais que utilizam o método tradicional, fazendo uso da prancheta, régua, escala, esquadros e outros materiais de dese- nho, ao mesmo tempo em que ocorre uma sig- nificativa procura por uma nova ferramenta de trabalho, representada pelo “CAD - Com- puter Aided Design”, que significa “Projeto ou Desenho Auxiliado por Computador”. Cada vez mais os profissionais estão se conscienti- zando da praticidade, agilidade e conveniên- cia oferecidas pelo sistema, facilitando, inclu- sive, a comunicação entre o profissional e seus clientes. 10.1 – MÉTODO TRADICIONAL DE DESENHO Relacionamos, a seguir, alguns equipa- mentos, utensílios e mobiliário tradicional- mente utilizados pelos profissionais para ela- boração de projetos. Mobiliário 10.1.1. PRANCHETA - Mesa para desenho, com alavancas de acionamento da inclinação e da altura. Geralmente revestida com plásti- co de cor verde, branco ou azul.
  • 43. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 43 10.1.2. RÉGUA “T” - Usada em dese- nho técnico para o traçado de linhas paralelas. As linhas perpendiculares são obtidas com au- xílio de esquadro apoiado na réguaT. Pode ser fabricada em madeira, com bordas de plástico inquebrável ou acrílico. A régua T pode ser fixa ou acoplada a um cabeçote móvel, com transferidor, permitindo o traçado de linhas inclinadas. 10.1.3. RÉGUA PARALELA - régua parale- la surgiu depois da régua T. É confeccionada em acrílico cristal com espessura de 3,2mm, podendo ter proteção de alumínio anodizado. É fixada na prancheta através de parafusos e cordoamentos de nylon especial. A régua des- loca-se sobre a prancheta no sentido transver- sal, proporcionando o traçado de linhas para- lelas 10.1.4. ESCALA - É uma régua utilizada em desenho técnico para reduzir ou ampliar o objeto. O manuseio deste equipamento será detalhado, mais a frente. 10.1.5. ESQUADROS - Os esquadros são utilizados em conjunto com a réguaT ou com a paralela, para traçar linhas perpendiculares e paralelas. Existem esquadros de 30º e de 45º. São fabricados em acrílico cristal com 2mm ou 3mm de espessura, com escala em milí- metros, ou sem escala, podendo, ainda, apre- sentar rebaixo para traçado a nanquim. O tamanho dos esquadros varia de 16cm a 50cm. 10.1.6. TRANSFERIDORES - Transferido- res são utilizados para aferir os ângulos do de- senho. São fabricados em acrílico cristal com diâmetro variando entre 10cm e 25cm.
  • 44. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes44 ••••• 10.1.7. RÉGUAS DE NORMÓGRAFO - Estas réguas são utilizadas em conjunto com um instrumento, conhecido por “aranha”, onde são fixadas canetas à tinta e a ponta seca na régua, possibilitando assim o desenho arte- sanal das letras. 10.1.8. GABARITOS - São utensílios de plás- ticos ou acrílico que apresentam os contornos de objetos variados utilizados em desenho téc- nico de construções. Gabarito de letras. Gabarito Sanitário Gabarito de Telhas Gabarito de portas/sanitários/elétrico/círcu- los e retângulos Gabarito de Vegetação 10.1.9. RÉGUA FLEXIVEL - A régua flexí- vel serve para o traçado de qualquer tipo de curva. É fabricada de borracha especial com alma interna de chumbo com liga especial. Possui rebaixo nas bordas para desenho à nan- quim. O comprimento varia de 40cm a 1m. 10.1.10. ACHURIADOR RÁPIDO - Ideal para traçar linhas ou figuras perfeitamente paralelas com qualquer espaçamento. Pos- sui dispositivo para acoplar qualquer tipo de gabarito o que amplia muito seu campo de utilização.
  • 45. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 45 10.1.11. PANTÓGRAFO - Concebido para executar reduções ou ampliações com bastan- te precisão, dentro de uma tolerância máxi- ma de 5% de erro, nas proporções de: 1/12, 1/10, 1/8, 1/6, 1/5, 1/4, 1/3, 2/5, 1/2, 3/5, 2/3, 3/4, 4/5, etc. Braços leves de alumínio anodizado e ferragens de latão finamente cro- madas formam a estrutura. 10.1.12. LÁPIS – LAPISEIRAS - Os lápis e lapiseiras (minas ou grafites) são classificados por meio de letras ou nú- meros segundo o seu grau de dureza. Quanto maior for o seu número ou classificação de sua letra maior será a sua rigidez. A série B compreende, de forma geral, os lápis macios e a série F os lá- pis duros. Para o desenho preliminar pode-se usar o lápis HB ou grafite equivalente para uso em lapiseira. Existe no mercado uma gran- de variedade de tipos de lapiseiras. Classificação alfabética para tipos de grafite (macios e duros) • Lápis macios: 7B, 6B, 5B, 4B, 3B, 2B • Lápis rijos: H, 2H, 3H, 4H, 5H, 6H. • Lápis de dureza intermediária: B, HB, F. Classificação numérica • Número 1 equivalente à 3B; • Número 2 equivalente à B; • Número 3 equivalente à F; • Número 4 equivalente à 2H; • Número 5 equivalente à 4H; • Número 6 equivalente à 6H; 10.1.13. CURVA FRANCESA 10.1.14. BIGODE - Indispensável na rotina de trabalho de estudantes e profissionais. De tamanho compacto, fácil da acomodar, pos- sui cerdas naturais (crina animal) e cabo ana- tômico em madeira de lei com fino acabamen- to, medindo, aproximadamente 25 cm. 10.1.15. COMPASSO - Instrumento para desenhar arcos ou círculos. 10.2 – MÉTODO ATUAL DE DESE- NHO – CAD – UMA NOVA FILOSO- FIA DE TRABALHO Filosofia de trabalho inovadora em projeto e construção, o CAD representa, sem dúvida, uma ferramenta essencial para o arquiteto e o engenheiro, bem como para todos os profissionais dedicados à área de desenho técnico. Com o crescente interes-
  • 46. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes46 ••••• se e conscientização das empresas com re- lação ao uso do CAD e seus efeitos sobre a melhoria da eficiência e da qualidade do trabalho oferecido à clientela, evidencia-se, no futuro próximo, a diminuição do espa- ço reservado àqueles profissionais que não adotarem esta tecnologia de ponta. O en- sino e aprendizado dessa ferramenta deve ser pautado pelas necessidades de cada pro- fissional, Ao arquiteto, por exemplo, é im- portante o profundo conhecimento dos comandos e facilidades oferecidas pelo pro- grama, pois, à medida que vai desvendan- do suas quase ilimitadas possibilidades, passa a ter maior desenvoltura de trabalho, ganhando em produtividade e conseguin- do, até mesmo conceber e materializar sua idéia diretamente no computador. Uma vez que a idéia criativa origina-se na mente do profissional, o que acontece, neste caso, é a transferência de idéias do homem, dire- tamente para a máquina.
  • 47. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 47 Unidade IV Conhecer a documentação necessária para início de uma obra, incluindo alvará, certidões negativas, habite-se e ITBI; Conhecer a classificação dos projetos residenciais quanto aos tipos de edificações; Descrever os tipos mais comuns de fundações e de estruturas de uma obra; Descrever as instalações de esgoto de uma residência, incluindo caixa de esgoto; Conhecer os vários tipos de revestimentos usados em uma obra, incluindo elementos decorativos.
  • 48. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes48 •••••
  • 49. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 49 11. OBRA Uma obra envolve mais que tijolos, ci- mento ou argamassa. Há documentos, enti- dades, impostos e conjuntos de leis que, mui- tas vezes, o público leigo jamais suspeitou que existissem. 11.1 – AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA É utilizado para que se cumpra a trans- ferência de propriedade de um bem imóvel quando o antigo proprietário não pode ou não quer fazê-la. Nessa ação, o novo dono deve comprovar que comprou e pagou por ele. Para isso, pode-se usar o compromisso de compra e venda, recibos, promissórias e testemunhas. 11.2 – ALVARÁ Essa licença, expedida pela prefeitura, autoriza a construção ou a reforma de um imóvel. O poder municipal fica obrigado a li- berar a permissão sempre que um pedido for feito, desde que respeite todas as regras e apre- sente todos os documentos requeridos. 11.3 – CARTÓRIO DE NOTAS O registro de todas as declarações ou documentos que precisam tornar-se públicos, por exigência – ou não – da lei, é feito nesses cartórios. Contratos de compra e venda, por exemplo, só viram escrituras quando lavrados ali. Assim, deixam de ser um instrumento par- ticular para confirmar, de modo formal, a ven- da de um imóvel. 11.4 – CERTIDÃO NEGATIVA Qualquer documento que comprove a isenção de ônus ou as dívidas de todos os tipos com a Justiça, os órgãos públicos, a prefeitura e até o comércio e os credores leva esse nome. Tais papéis podem ser emitidos em nome de pessoas físicas ou jurídicas e em favor de um imóvel. O termo “negativa” nas certidões mostra que não houve nenhum registro de ocorrência nos órgãos consulta- dos. 11.5 – CÓDIGO DE OBRAS São leis municipais que determinam a forma de ocupação do solo, mais especifica- mente, estabelecendo detalhes técnicos para as construções, como a quantidade mínima de janelas e o dimensionamento das escadas e das saídas de emergência. Se essas regras forem desrespeitadas, a obra não será aprovada pela prefeitura. Nas capitais e grandes cidades, o Código de Obras é vendido em livrarias. Em outros municípios, ele pode ser obtido na pre- feitura. 11.6 – HABITE-SE Expedido pela prefeitura, é a licença que libera o imóvel construído ou reformado para a moradia ou para a permanência e circula- ção de pessoas (como cinemas, teatros e es- critórios). Essa autorização só é concedida após a entrega de todos os documentos refe- rentes à obra, como o alvará e o memorial descritivo, além dos comprovantes de paga- mento dos impostos (INSS e ISS). Se houver qualquer divergência, um fiscal vai até a cons- trução: ele pode multar o construtor e impe- dir que pessoas entrem no edifício até que as correções sejam feitas. 11.7 – IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE BENS IMOBILIÁRIOS (ITBI) É cobrado sempre que há a transferên- cia de propriedade de um bem imóvel feita de forma pública, ou seja, quando se lavra a escritura. A alíquota a ser paga varia entre 2% e 6% do preço do imóvel declarado no Cartório de Notas.
  • 50. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes50 ••••• 11.8 – JUIZADO ESPECIAL CÍVEL São os antigos Juizados de Pequenas Causas, aos quais recorrem apenas as pessoas físicas. Servem para julgar causas civis de me- nor complexidade, com valores até quarenta salários mínimos. Para casos que não excedam vinte salários mínimos, é dispensada a presen- ça de um advogado. Há exceções para os réus: nesses juizados não podem ser julgados, entre outros, os órgãos públicos. 11.9 – LEI DE ZONEAMENTO Esse conjunto de leis e decretos munici- pais é responsável por ordenar e direcionar o crescimento de uma cidade. Por essa legisla- ção, o mapa oficial de um município é dividi- do em zonas, que por sua vez são repartidas em usos. Uma zona pode ter uso único (quan- do é somente residencial, por exemplo) ou misto (comércio e casas). Essa lei também es- tabelece padrões urbanísticos que variam con- forme a zona, como os recuos legais. 11.10 – MEMORIAL DESCRITIVO Trata-se de um documento que descre- ve um imóvel ou um empreendimento imo- biliário de forma completa (área total, área construída, metragem dos ambientes e até ma- teriais de acabamento). É necessário para a re- quisição do habite-se na prefeitura. 11.11 – PLANO DIRETOR É o conjunto das diretrizes legais que or- denam o crescimento e preservam a harmonia visual de uma cidade. Ele define linhas claras e rigorosas para projetos arquitetônicos e urba- nísticos e, por isso, serve de referência às cons- truções que interferem no traçado da cidade. Acompanhando o desenvolvimento do muni- cípio, esse plano sofre modificações ao longo do tempo, que devem ser aprovadas pela Câ- mara Municipal e pelo prefeito. Às vezes, essas mudanças provocam conflitos de interesses (como a abertura de uma nova avenida onde existam casas). Assim, sempre que uma pessoa ou um grupo de cidadãos se sentir lesados, po- dem entrar na Justiça contra aspectos do plano diretor. 12. PROJETOS DE RESIDÊNCIA 12.1 – RESIDÊNCIAS - CLASSIFICAÇÃO É importante estabelecer certos critérios classificatóriosporque,emcasodefinanciamen- tos, as normas disciplinadoras tratam de forma diferenciada cada tipo de habitação. As moradias podem ser classificadas quanto ao tipo e quanto à edificação. Vejamos estas classificações. 12.1.1. Classificação quanto ao tipo - As moradias podem ser classificadas quanto ao tipo em habitação unifamiliar, habitação po- pular e habitação residencial. 1. Habitação unifamiliar é a constituída de, no mínimo, um quarto, uma sala, um banheiro, uma cozinha e área de serviço coberta e descoberta. 2. Habitação popular é a que tem as mes- mas características da habitação unifa- miliar, podendo, contudo, ter até três dormitórios e a área total máxima não deve exceder aos 68m2 , de acordo com o Código de Obras de Brasília. Esta área poderá sofrer pequenas variações, de acordo com o Código de Obras de ou- tras regiões. 3. Habitação residencial é a que possui área com mais de 68m2 (Código de Obras de Brasília). Alguns códigos de edificações estabele- cem um coeficiente para classificar as residên- cias, são os chamados coeficientes de leito e
  • 51. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 51 referem-se à relação existente entre a área to- tal da residência e o número de leitos que esta pode abrigar. Define-se que o coeficiente de leito para as casas populares é igual ou inferior a 10 (dez). Tomemos como exemplo uma casa com 58m² e três quartos (9 camas). O coeficiente de leito é igual a 58 : 9 = 6,44 que é inferior a 10; portanto, trata-se de uma casa popular. Já uma outra casa com os mesmos 58m2 , porem com um único quarto, não poderá ser enquadrada como casa popular, pois seu coe- ficiente de leito é igual a 19,33 (58 : 3), quase o dobro de 10 (parâmetro para casa popular) . Não vamos apresentar um desenho para este tipo de moradia, pois o que importa nela são as dimensões e não a forma. 12.1.2. Classificação quanto à edifica- ção - As residências classificam-se quan- to à edificação em isoladas, geminadas, em série, conjuntos residenciais e edifí- cios. Vejamos cada uma delas. 1. Residências isoladas são as que, como o nome indica, são separadas umas das outras. 2. Residências geminadas são as ligadas por uma parede comum. 3. Residências em série são as construí- das em seqüência. 4. Conjuntos residenciais são agrupamen- tos de moradia que têm no mínimo 20 unidades residenciais. Os conjuntos re- sidenciais podem ser compostos de uni- dades isoladas e/ou prédios de aparta- mentos, dependendo do programa ha- bitacional. Qualquer núcleo habitacional de- verá ser servido de todos os comple- mentos necessários ao seu pleno fun- cionamento, tais como comércio, es- cola, lazer, serviços públicos, etc., na- turalmente mantendo as devidas pro- porções em relação ao número de usu- ários e à legislação de cada município. 5. Edifícios são edificações de dois ou mais pavimentos destinados a residência, co- mércio ou às duas finalidades (mista). Cada projeto para edifício deverá seguir normas próprias em função de seu zoneamen- to, destinação, altura, número de unidades, além das legislações específicas do município. Contudo, em todo e qualquer edifício deverá sempre existir uma preocupação cons- tante quanto aos acessos verticais (escadas e elevadores), definidos por normas próprias, proteção contra incêndio, estacionamentos (mínimo 25m2 /veículo), coleta de lixo, etc. • De acordo com as normas de financia- mento, necessita-se freqüentemente classificar as obras. As moradias são co- mumente classificadas quanto ao tipo e quanto à edificação. • Quanto ao tipo, as habitações classifi- cam-se unifamiliares, populares e resi- denciais. • Habitação unifamiliar é aquela consti- tuída de um quarto, uma sala, um ba- nheiro, uma cozinha e uma área coberta e descoberta. • Habitação popular é a que tem as mes- mas características da unifamiIiar, mas pode ter até três dormitórios, perfazen- do uma área máxima de 68m2, segun- do o Código de Edificações de Brasília. A habitação residencial ultrapassa a 68m2 . • Alguns códigos de edificações estabele- cem um coeficiente para classificação das residências, denominados coeficien- tes de leito, que se referem à relação exis- tente entre a área total da residência e o número de leitos que esta residência pode abrigar. • Quanto à edificação, as habitações clas- sificam-se em isoladas, geminadas, em série, conjuntos residenciais e edifícios. • As habitações isoladas são separadas umas das outras. • As habitações geminadas são unidas por uma parede comum.
  • 52. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes52 ••••• • As habitações em série são várias residên- cias construídas num mesmo local, com um mesmo projeto. São subdivididas em transversais e paralelas ao alinhamento predial. • Conjunto residencial é o agrupamen- to de moradias que tem, no mínimo, vinte unidades residenciais. É com- posto de unidades isoladas ou prédi- os de apartamentos. • Edifícios são edificações de dois ou mais pavimentos, destinadas a residência, comércio ou mistas. • Todo e qualquer núcleo habitacional deverá ser servido de uma certa infra- estrutura, como comércio, hospital, serviços públicos, escola, etc. Antes de olhar as respostas, consulte o texto e descreva as características das edificações a se- guir: 1. Conjunto residencial: ________________ _____________________________________ ___________________________________ 2. Edifício:__________________________ ___________________________________ ___________________________________ 1.Oconjuntoresidencialdeveter,nomínimo,20unida- desresidenciaisquepodemsercasasouprédios.Tal edificaçãodeveráserservidadetodaestruturanecessá- riaparaoseufuncionamento. 2.Oedifíciopodeserdedoisoumaispavimentoseservir paracomércio,residênciaouparaasduasfinalidades (mista).Devesempreexistirpreocupaçãocomosaces- sosverticais(escadas,elevadores), definidospornormaspróprias:pro- teçãocontraincêndio,estaciona- mento,coletadelixo,etc.
  • 53. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 53 13. FUNDAÇÃO E ESTRUTURA 13.1 – FUNDAÇÃO Elaborados os projetos de Arquitetura e Estrutura, cabe ao proprietário/construtor dar início à obra. Esta deverá estar assentada de tal forma que não venha a tombar ou afundar no terreno. É neste momento que se realizam as fundações ou, como dizem os leigos, o ali- cerce da obra. A primeira vista, poderá parecer que este estágio constitui uma atividade de importân- cia relativa na Engenharia. Na verdade as fun- dações são e sempre foram essenciais no con- texto de toda a edificação. Define-se como fundação o processo pelo qual se cria no terreno uma resistência igual e em sentido contrário ao do peso (ou força) que deverá atuar sobre ele, para garan- tir a sustentação da obra. Exemplificando: se uma obra pesa 500 toneladas e o terreno não suporta este peso, é preciso criar artificialmente um sistema de sustentação para suportar este peso, ou então, a obra não ficará de pé. Este sistema é chama- do de fundação. Observe os desenhos: As fundações evitam que a obra tombe pela ação do vento As fundações evitam que a obra afunde por ação do peso próprio ou adicional. 13.2 – ESTRUTURA Falar em estrutura de uma edificação é o mesmo que falar do esqueleto humano. É o sis- tema rígido que lhe assegura manter-se de pé, ou seja, é a parte do corpo que recebe todas as cargas (peso) próprias ou adicionais, e as trans- mite para os pés, isto é, para a fundação. Os homens têm uma série de articulações, que Ihes permitem movimentos. Nas edificações tam- bém existem estes movimentos, embora míni- mos. As juntas de dilatação permitem à obra, movimentar-se em decorrência da variação de temperatura ou outras solicitações. O sistema estrutural das edificações, que hoje conhecemos, tem pouco mais de uma centena de anos e só lhe foi possível esta ma- turidade, com o advento de novos materiais construtivos, como o aço e o cimento. E, aci- ma de tudo, com a exploração destes e outros materiais, pelas pesquisas técnicas de resistên- cia e aplicação dos conhecimentos matemáti- cos que constituem a alavanca da evolução da Engenharia nas Edificações. 13.2.1. Tipos de estrutura Costuma-se classificar as estruturas, em função do material usado, em estruturas de madeira, de concreto e de metal.
  • 54. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes54 ••••• a) Estrutura de madeira - É o tipo mais antigo de estrutura, todavia, em decor- rência de sua pequena capacidade de vencer vãos e suportar grandes esforços, é empregada em obras de pequeno por- te. Outros empecilhos à aplicação e di- fusão da madeira nos tempos modernos é a sua pouca durabilidade, além de, devido à escassez, o seu custo tornar-se proibitivo. Hoje, o uso mais trivial da madeira é em estrutura de cobertura para telhas de barro. b) Estrutura de concreto - Ao se falar em concreto, estamos normalmente nos referindo à associação de cimento, água e agregados (areia + pedra). Quando se usa o concreto com um apoio, que é normalmente feito de ferro, dá-se a esta combinação o nome genérico de concreto armado. A consistência, resistência ou plas- ticidade do concreto são decorrentes da proporcionalidade dos elementos que o constituem e são fornecidos pelo calcu- lista, pois cada estrutura requer um re- sultado final distinto. O cimento é o elemento que dá resistência ao concreto. A água, além de ser o elemento que fornece a plasticidade ao concreto, pro- voca a reação química do cimento. Seu uso deve ser muito bem controlado, sob pena de lavar o concreto, fazendo-o per- der suas características. O fator água/cimento é tão importante que é normatizado e existem estudos de alto nível sobre o assunto. Assim, a pro- porção água/cimento não pode ser es- tabelecida sem um critério técnico pre- viamente estabelecido. A brita, cascalho e a areia são cha- mados de agregados e sua função prin- cipal, além de ocupar espaço (diminuir o custo da obra, já que são mais baratos que o cimento) é, também, de consor- ciando-se com o cimento, oferecer mai- or resistência ao concreto. Da dosagem de cada elemento na composição do concreto dependerão sua plasticidade e resistência. Uma peça de concreto estará cura- da, isto é, estará com sua resistência ple- na depois de 28 dias; contudo, o con- creto tem a propriedade de, à medida que envelhece, ficar mais resistente. Existem no mercado, hoje, inúme- ros produtos químicos que, adicionados ao concreto, fazem com que o processo de endurecimento seja acelerado -são os aceleradores de pega. Existem, também, produtos para retardar o endurecimen- to - são os retardadores de pega. São usados em casos excepcionais e sua apli- cação e dosagem sempre obedecem re- comendação técnica. c) Estrutura metálica - É a estrutura ideal para grandes obras ou para obras padro- nizadas. É uma estrutura limpa, rápida e de baixo custo quando em grande quantidade. Em decorrência da exigência de mão-de-obra mais especializada e, por- tanto, mais cara, a indústria da cons- trução civil tem, numa posição terceiro mundista, oferecido, no Brasil, uma grande resistência ao seu emprego. Em contrapartida, a indústria siderúrgica nacional, face à reduzida procura, não tem investido no seu desenvolvimento tecnológico e mercadológico, criando- se assim um círculo vicioso: não desen- volve porque não vende; não vende por- que não desenvolve. As possibilidades técnicas do aço são ilimitadas, propiciando execuções de grandes vãos (pontes) e edifícios muito altos, haja vista a torre da Sears em Chi- cago, com mais de 100 pavimentos. Para finalizar este texto, citaremos o arquiteto Sérgio Bernardes que diz o
  • 55. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 55 seguinte na apresentação de um traba- lho da Açominas referente a estruturas metálicas: “O aço fará um trabalho cul- tural fantástico, dando um caminho para cima ao operário na exigência de uma mão-de-obra qualificada e qualifi- cando em constante provocação a mão- de-obra não qualificada, buscando cri- ar uma política para a melhoria da qua- lidade de vida na relação custo/benefí- cio, onde o dinheiro super qualificado se encontra com o material adequado à dinâmica das necessidades de criativi- dade e mudanças.”. I - Explique com suas palavras o que é a es- trutura de uma edificação. ________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ II - Analise as afirmações abaixo, escrevendo, nos parênteses, SIM ou NÃO. Reescreva corretamente as afirmações que você assinalar de forma negativa. 1. ( ) A estrutura de madeira é muito utiliza- da nas edificações por ser forte e barata. _________________________________________________________________ 2. ( ) Concreto armado é o nome genérico da combinação de cimento + água + agrega- dos + ferro. _________________________________________________________________ 3. ( ) A água é o elemento que tem como função ocupar espaço e oferecer maior resis- tência ao concreto. _________________________________________________________________ 4. ( ) O cascalho e a areia são chamados de agregados e têm como função fornecer a plas- ticidade ao concreto. _________________________________________________________________ 5. ( ) Da dosagem de cada elemento na com- posição do concreto dependerão a sua plasti- cidade e a resistência. _________________________________________________________________ 6. ( ) A estrutura metálica utiliza de mão-de- obra barata. _________________________________________________________________ 7. ( ) A estrutura metálica é ideal para gran- des obras. _________________________________________________________________ • É a estrutura de uma edificação que recebe todas as cargas próprias ou adicionais e as transmite para a base, ou seja, para a fundação. • O sistema estrutural das edificações tornou-se mais eficiente com o advento de novos materiais construtivos, como o aço e o cimento, a explora- ção destes e outros materiais, a aplicação de co- nhecimentos matemáticos e, acima de tudo, o prin- cípio elementar para os cálculos estruturais de uma edificação - a lei da ação e reação. • As estruturas são classificadas de acordo com o material usado: madeira, concreto, metal. • A estrutura de madeira é o sistema mais antigo e devido a sua fragilidade, sua pequena capacidade de vencer vãos, de suportar pesos e seu alto custo, é empregada apenas em obras de pequeno vulto. • A estrutura de concreto composta de cimento, água e agregados e, em alguns casos, ferro é muito usada por ter consistência, resistência ou plastici- dade. No entanto, tal estrutura exige cálculos es- pecíficos, pois cada uma requer uma composição distinta. • A estrutura metálica é a ideal para grandes obras ou para um volume grande de obras padronizadas. É uma estrutura limpa, rápida e que, em grande quantidade possui baixo custo. Ela exige mão-de- obra mais especializada e, portanto, mais cara.
  • 56. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes56 ••••• 13.3 – INSTALAÇÕES DE ESGOTO A primeira idéia que nos vem quando tratamos de uma rede de esgoto é que toda água usada sairá em forma de esgoto. Até as concessionárias de serviço público usam este critério para cálculo de volume dos afluentes em suas redes. Esta idéia é relativamente correta, quan- do se trata simplesmente do volume, pois os esgotos domésticos têm em sua composição 99,9% de água. O problema diz respeito ao 0,1% (um décimo por cento) restante, consti- tuídodosresíduosoriundosdasfezes,urina,lim- peza corporal, lavagem de piso, roupas, utensí- lios de cozinha, etc. Neste processo de excreção e higienização que efetuamos diariamente, lan- çamos na rede de esgoto não só elementos or- gânicos, fezes, urina e gorduras, como também ácidos, detergentes, pó e muitos outros produ- tos. O somatório desses elementos cria os gran- des complicadores de uma rede coletora de es- goto, pois advêm desta união de compostos a cultura e proliferação de microorganismos, a formação de gases, a aglutinação das gorduras, etc., em caso de esgoto residencial. Em outros tipos de edificações, podem existir elementos que, pelas suas características poluentes, reque- rem redes e tratamentos especiais, como por exemplo, os hospitais, as indústrias e os frigorí- ficos. Dessa forma, verificamos que o projeto de esgoto também requer cuidados especiais, não só como elemento de canalização das águas servidas, mas sobretudo para se evitar que es- tas venham contaminar o ambiente com o vazamento de líquidos ou gases, passagem de animais e insetos, causando transtornos quanto à habitabilidade ou o comprometimento por questões de saúde. Em decorrência daquele 0,1% que men- cionamos acima, a rede de esgoto não poderá ter o mesmo diâmetro da rede de água. Assim, se em uma pia de cozinha a torneira é de 13mm, a rede de esgoto será no mínimo de 40mm, pois a tubulação de esgoto trabalha a I-1.Bemsemelhanteàestruturahumana,aestruturade todaedificaçãorecebeascargasprópriasouadicionais daobraeastransmiteparaasuafundação. II-Vejasevocêrespondeucorretamente. 1.(NÃO)Aestruturademadeiraépoucousadapornão suportargrandesesforços,pelapequenacapacidadede vencervãosepeloseualtocusto;2.(SIM);3.(NÃO)A águaéoelementoqueforneceaplasticidadeaoconcre- toeproporcionasuareaçãoquímica;4.(NÃO)Ocasca- lhoeaareiasãorealmentechamadosdeagregados,mas têmcomofunçãoocuparespaçoeofe- recerresistênciaaoconcreto;5. (SIM);6.(NÃO)Aestruturametáli- caexigemão-de-obraespecializa- daquenãoébarata;7.(SIM)
  • 57. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 57 meia seção, enquanto a água é fornecida com a tubulação cheia. Veja, no final deste texto, uma relação que transcrevemos para seu conhecimento, das principais terminologias de esgotos sanitário adotada pela NBR 8160 de 1983, a qual dis- ciplina e fixa as condições mínimas para os projetos e execução das referidas instalações. Antes, porém, de terminarmos este títu- lo, não poderemos deixar de lembrar a impor- tância do destino final dos esgotos para a saú- de pública e para o equilíbrio ecológico. Boa parte de nossas cidades já dispõem da rede pública de captação dos esgotos, en- tretanto, pouquíssimas estão aparelhadas com os dispositivos técnicos de tratamento deste esgoto. Lamentavelmente, estes são lançados in natura nos córregos, rios ou lagos, com sérios e imediatos comprometimentos para as popu- lações ribeirinhas e, a longo prazo, para toda a população regional, incluindo aí, também, aquelas causadoras da poluição. Em regiões onde não existe a rede pú- blica de captação, seja em cidades ou no cam- po, deve se usar o sistema de fossas sépticas e sumidouros, sistema altamente eficiente, lar- gamente comprovado e recomendado pelas maiores autoridades sanitárias mundiais. A seguir, alguns detalhes deste sistema: a) Fossa séptica - destina-se a separar e transformar a matéria sólida contida na água de esgoto, principalmente fezes, para em se- guida descarregar esta água no solo. A transformação deste composto sólido é feita por bactérias anaeróbicas. Dessa forma, deve ser evitado jogar na fossa séptica a água servida na cozinha, pois esta contém sabão e detergentes, os quais são nocivos à formação e proliferação destas bactérias. Veja o desenho: b) Caixa de gordura - destina-se a receber a água servida na cozinha e separar a gordura. Este procedimento é necessário, pois como vi- mos antes, não se recomenda o lançamento des- ta água na fossa séptica nem o seu lançamento diretamente no sumidouro sem a separação da gordura, sob pena de, com o tempo, impermea- bilizar as paredes do sumidouro, dificultando assim a absorção natural. Veja o esquema para construção de uma caixa de gordura. A gordura fica em suspensão, permitin- do a passagem da água. Tanto a caixa de gordura quanto a fossa séptica necessitam de limpeza periódica para remoção da gordura e da massa retidas.
  • 58. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes58 ••••• c) Sumidouro - é simplesmente um bu- raco no chão e destina-se a absorver a água proveniente da fossa séptica, da caixa de gor- dura ou de outras origens. Lembrete importante - seja na cidade ou no campo, em rede pública ou particular, as águas de chuva (águas pluviais) nunca devem ser canalizadas para a rede de esgoto, pois po- derá saturá-la, irremediavelmente, comprome- tendo todo o sistema. I - Responda de forma correta. 1. Quais são as instalações mais importantes de uma edificação? ____________________________________ ____________________________________ 2. Dentre elas, qual a mais importante? Justi- fique sua resposta. ____________________________________ ____________________________________ a) Entre as instalações mais importantes de uma edificação (água, esgoto, energia e telefonia), o sis- tema de água potável é o mais importante das ins- talações domiciliares. Sem ela não vivemos. b) A água quimicamente pura (H2O) é imprópria para ser bebida. A água necessária ao nosso orga- nismo é a potável que possui sais de cálcio, mag- nésio, iodo e uma gama enorme de outros mine- rais variáveis. c) Na residência, a água deve ser depositada em um reservatório superior (caixa d'água). Tais re- servatórios são necessários para manter o consu- mo inalterado, a pressão adequada em todas as peças, por meio de uma distribuição racional; a pressão adequada ao funcionamento dos apare- lhos, bem como, auxiliar na purificação da água. d) Toda água usada é expelida em forma de esgo- to. O projeto de esgoto requer cuidados especiais, pois os resíduos que constituem o esgoto são oriundos das fezes, urinas, limpezas corporais, la- vagens de utensílios, gorduras, detergentes e áci- dos, cujo somatório complica a rede coletora de esgoto. e) Em regiões onde não existe rede de esgoto, deve- se usar o sistema de fossas sépticas, caixas de gor- dura e sumidouros. f) A fossa séptica destina-se a separar e transfor- mar a matéria sólida contida na água de esgoto, para em seguida descarregar esta água no solo. A transformação deste composto sólido é feita por bactérias anaeróbicas. g) A caixa de gordura destina-se a receber a água utilizada na cozinha e para separar a gordura. Caso não ocorra tal processo, a gordura, com o tempo, impermeabiliza as paredes do sumidouro, dificul- tando a absorção natural. h) O sumidouro é simplesmente um buraco no chão destinado a absorver a água proveniente da fossa séptica, da caixa de gordura ou de outras ori- gens. .Os três princípios de energia elétrica são: tensãoou diferença de potencial, resistência, inten- sidade. i) Existem dois tipos de sistemas telefônicos: liga- ções telefônicas e ligações internas. As ligações telefônicas são as destinadas aos telefones propri- amente ditos. Nesta rede poderão ser ligados ou- tros serviços como telex, música ambiente, com- putadores, fax, etc. As tubulações obedecem aos critérios das concessionárias. j) As ligações internas pedem tubulações indepen- dentes das telefônicas. Referem-se a interfones, si- nalizações internas, antenas coletivas e outros sis- temas de comunicação interna e exclusiva, como as centrais de P(A)BX.
  • 59. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 59 3. Por que a água quimicamente pura é im- própria para ser bebida? ____________________________________ ____________________________________ 4. Numa residência, a água deve ser deposita- da em um reservatório superior. Para que são necessários tais reservatórios? ____________________________________ ____________________________________ 5. Como devem ser as tubulações hidráulicas? ____________________________________ ____________________________________ II - Escreva V ou F, nos parênteses, para as afirmações a seguir: 1. ( ) em regiões onde não existe rede de esgoto, deve-se usar o sistema de fossas sép- ticas, caixas de gordura e sumidouros. 2. ( ) as águas pluviais devem ser cana- lizadas para a rede de esgotos. 3. ( ) são quatro os princípios a serem observados nas instalações de energia elétrica: tensão, resistência, polaridade e intensidade. 4. ( ) nas ligações telefônicas poderão ser ligados outros serviços como telex, música ambiente, computadores, fax, etc. 5. ( ) cinemas, teatros, mercados, de- pósitos, armazéns, hotéis, hospitais, etc. reque- rem estudos especiais para a instalação de te- lefones. III - Relacione adequadamente: (A) Fossa séptica (B) Caixa de gordura (C) Sumidouro 1. ( ) É um buraco no chão destinado a absorver a água proveniente da fossa séptica, da caixa de gordura e outras origens. 2. ( ) Destina-se a separar e transformar a matéria sólida contida na água de esgoto para, em seguida, descarregar esta água no solo. 3. ( ) Destina-se a separar a gordura da água. I-1.Asinstalaçõesmaisimportantessãoasrelativasà água,esgoto,elétricaetelefônica;2.Ainstalaçãomaisim- portanteéadeágua.Semelanãovivemos;3.Aáguaqui- micamentepuranãopossuioselementosnecessáriosao nossoorganismo,taiscomo,cálcio,magnésio,iodoentre outrosminerais;4.Osreservatóriossãonecessáriospara manteroconsumoinalterado,apressãoadequadaemto- dasaspeçasparaumadistribuiçãoracional,apressãoade- quadaaofuncionamentodosaparelhoseparaauxiliarna purificaçãodaágua;5.Astubulaçõeshidráulicasdevem sernormalmentedePVC,açogalvanizadoecobre.Nunca sedeveusarochumbo. II-1.(V);2.(F)Acanalizaçãodeáguaspluviaisparaarede deesgotopodesobrecarregarecomprometerosistema;3. (F)Sãotrêsosprincípiosaseremobservadosnasinstala- çõeselétricas:tensão,resistênciaein- tensidade;4.(V);5.(V); III-1.(C);2.(A);3.(B);
  • 60. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes60 ••••• 14. REVESTIMENTO É enquadrado como revestimento, todo acabamento das superfícies (paredes), sendo excluídas desta nomenclatura as pinturas. Normalmente, os revestimentos inici- am-se no chapisco, traço 1:4 (cimento e areia), que tem a finalidade de servir como ancora- gem ao emboço cujo traço varia de conformi- dade com a finalidade; sua espessura não deve ser superior a 2cm. O emboço serve de base para outros re- vestimentos, tais como o reboco, o azulejo, etc. O reboco ou massa fina, normalmen- te, é usado para receber pintura; sua textura pode ser rústica, camurçada, lisa, com pó de pedra, etc. Entre os revestimentos, o de maior des- taque é o azulejo. Para se extrair o máximo des- te material, é necessário tomar alguns cuida- dos, que resumimos para seu conhecimento. Existem inúmeras classificações da qua- lidade dos azulejos; estas variam de fabricante para fabricante. Assim, um produto classifi- cado como de primeira, na marca X, poderá corresponder na marca Y; de segunda, e na marca W, de extra. O esquadro e o nível das peças são fato- res determinantes para um acabamento har- mônico da superfície. O operário que irá assentar o azulejo é outro elemento fundamental no acabamen- to final; não adianta dar azulejo extra a um operário despreparado, pois o acabamento final ficará a desejar; o contrário, às vezes, funciona. Um cuidado que sempre deve existir no que concerne à preparação dos azulejos, antes de serem assentados, é deixá-los dentro d’água, no mínimo, 24 horas. As juntas devem ter de 0,5 a 1,5mm e o reajuntamento será feito com cimento bran- co e água, cuja plasticidade permite uma boa penetração nas juntas. Com os demais revestimentos como la- drilhos, pastilhas, pedras, mármores, etc., os cuidados de preparação das superfícies são se- melhantes aos dos azulejos. Quanto aos re- vestimentos com laminado melamínico (fór- mica), a superfície a recebê-lo será preparada com emboço camurçado, traço 1:3, após o que se procede conforme as recomendações dos fabricantes. Deve-se cuidar para não perma- necer bolhas de ar sob as placas, pois estas, além de darem um aspecto feio, irão, com o tempo, descolar toda a placa. O processo de preparação para os lami- nados melamínicos é igual ao usado para as chapas de aço, alumínio, vidro, papéis, teci- dos; todavia, deve sempre ser seguida a orien- tação técnica do fabricante. A escolha do tipo adequado de revesti- mento é condicionada, além do aspecto esté- tico, pela durabilidade, custo, adequação ao ambiente, à função e ao uso. 14.1 – SOLEIRAS, RODAPÉS E PEITORIS 1) Soleira é o tipo de arremate usado sob os vãos das portas e quando existe mu- dança de tipo de pavimentação; os ti- pos mais usuais de soleira são as de már- more, madeira, pedra, granito e cerâ- mica. A largura é normalmente a do portal quando sob vãos de portas ou, em outra situação, a recomendada pelo arquiteto. 2) Rodapé é o arremate da pavimentação usado nas paredes. Normalmente, em- prega-se para os rodapés o mesmo ma- terial do piso e sua altura não deve ul- trapassar a 10cm, a não ser que haja re- comendação em contrário do arquite- to, autor do projeto. 3) Peitoril é o acabamento na parte inferi- or das janelas, que complementa a par- te do marco com uma pequena pinga- deira na parte exterior. Este acabamen- to pode ser em chapa metálica, mármo- re, cerâmica, placa de cimento ou ou- tros materiais.
  • 61. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 61 14.2 – FERRAGENS As ferragens são as peças metálicas (aço, ferro, alumínio, bronze, cobre, etc.) encon- tradas nas esquadrias metálicas ou de madei- ra, responsáveis pela fixação das mesmas (fe- chos, fechaduras e cremonas). Permitem, tam- bém, a articulação das esquadrias (gonzos, do- bradiças e alavancas). Nesta classificação sucinta, existe uma variedade de subprodutos, específicos ou não para cada tipo de esquadria como, por exem- plo, as ferragens para vidro temperado, cu- jos desenhos são muito distintos, dependen- do do fabricante. Citemos, como exemplo, as fechaduras, cuja parte mecânica é seme- lhante em todas, porém o acabamento é bas- tante distinto, seja para os espelhos ou para as maçanetas. 14.3 – VIDROS O vidro é um material cujo emprego na arquitetura vem dia-a-dia se difundindo nas construções, quer pelo aspecto plástico, quer quanto ao aspecto técnico. A supressão de seu uso hoje é um caso impensável, mes- mo com a grande variedade de produtos si- milares como os derivados do petróleo, ou seja, os plásticos. A origem do vidro perde-se no tempo. Já era conhecido dos egípcios em sua forma mais primitiva. Com o advento da tecnologia no campo da química, da física e dos avanços industriais, o vidro ganhou diversidade, pure- za, resistência, cor, textura e brilho. Pela Norma Brasileira nº 226 os vidros podem ser classificados quanto à(ao): 1. Tipo: a) Recozido: vidro comum; b) Temperado: por receber um resfriamen- to brusco, sua resistência aos impactos é aumentada e, ao partir-se, o faz em pequenos pedaços; c) Laminado: composto por diversas cha- pas unidas por uma película plástica transparente; d) Aramado: recebe uma armadura de fer- ro, aumentando-lhe a resistência ao es- tilhaçamento. 2. Transparência: a) Transparente: permite a passagem da luz o que facilita a visão através dele; b) Translúcido: a luz não é impedida de passar, porém, é difundida de tal forma que as imagens não sejam nítidas; c) opaco: não permite a passagem da luz. 15. APARELHOS São utilizados em uma obra três tipos de aparelhos: a) Aparelhos sanitários - são todos os apa- relhos usados em banheiros, tais como: vaso, papeleira, saboneteira, bidê, caixa de descarga, lavatório, mictório, banhei- ra e chuveiro. b) Aparelhos de água potável - são aque- les necessários às instalações hidráulicas, porém de uso direto, como bebedouro, filtro e torneira. c) Aparelhos de iluminação - são os desti- nados à iluminação, como lâmpadas, calhas, arandelas, lustres, globos e re- fletores. Esses aparelhos são peças de acabamen- to e, portanto, na sua escolha deve-se ter o cuidado de não criar contrastes chocantes com os demais elementos da obra, tanto em termos do estilo quanto do padrão de aca- bamento e da cor. A harmonia das cores e a coerência do estilo devem ser sempre a constante preocu- pação por parte do arquiteto, do decorador e, principalmente, do proprietário. Não devemos nos iludir que peças vistosas, de cores fortes, de desenhos arrojados sejam as melhores solu-
  • 62. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes62 ••••• ções, pelo contrário, a sobriedade, quando bem empregada, exerce efeitos estéticos muito su- periores, com a vantagem de não comprome- ter por excesso. 16. ELEMENTOS DECORATIVOS Todo trabalho artístico executado em uma obra está classificado como elemento decorativo. Esses trabalhos artísticos abrangem as peças de serralheria, de madeira, de gesso, de cerâmica, desde que a execução dessas pe- ças requeira um requinte de projeto e de exe- cução especial. É neste item que se enquadram os ele- mentos necessários ao estudo e implantação de sistemas de comunicação visual, quando a obra assim o exige. Estão inclusos também neste item to- dos os trabalhos de paisagismo, tais como jar- dins e arborizações. a) O Decreto nº 52.147, de 25 de junho de 1963, da Presidência da República, aprova as normas de pro- jeto e métodos de execução de serviços, a discrimi- nação orçamentária para obras de edifícios públicos e divide a obra em vinte itens: projeto; serviços ge- rais;preparaçãodoterreno;fundações;estrutura;ins- talações; elevadores; paredes; cobertura; esquadrias; revestimentos; soleiras; rodapés; peitoris; ferragens; vidros; tratamentos da obra, pavimentação; pintura; aparelhos; elementos decorativos e limpeza. b) Serviços gerais são todas as providências que precedem o início da obra: cercas, tabuletas, mate- riais necessários, alojamentos, aparelhos e máqui- nas a serem usados, ligações provisórias, etc. c) Preparação do terreno é a etapa das capinas, demolições, remoção de entulhos, locação da obra, movimentos de terra, etc. d) Os elevadores são usados somente em obra de certo vulto; suas montagens são efetuadas pelos próprios fabricantes. e) As paredes podem ser feitas de: tijolo, barro, blocos de cimento e pedra, .A cobertura deve es- tar muito bem ancorada na estrutura, Temos co- bertura com telhas de amianto, de alumínio, cha- pas de aço, de barro e outros materiais. f) Esquadrias são todas as peças usadas na veda- ção das aberturas das edificações. Classificam-se em internas (portas) e externas (portas e janelas) Podem ser de madeira ou metálicas. g) Os revestimentos abrangem todo acabamento das superfícies (paredes), excluindo as pinturas. Entre eles, encontramos: azulejos, ladrilhos, pasti- lhas, pedra, mármore e fórmica. h) As soleiras são usadas sob os vãos das portas e nas mudanças de tipo de pavimentação. Os tipos mais comuns são de mármore, madeira, pedra, gra- nito e cerâmica. i) Rodapé é o arremate da pavimentação. O mate- rial, normalmente, acompanha o do piso. j) Peitoril é o acabamento na parte inferior das ja- nelas. Pode ser em chapa metálica, mármore, cerâ- mica e outros. k) As ferragens são aquelas peças metálicas en- contradas nas esquadrias metálicas ou de madeira. São responsáveis pela fixação e articulação das es- quadrias. l) Os vidros são classificados quanto ao tipo (reco- zido, temperado, laminado e aramado), quanto à forma (chapa plana, chapa curva, chapa perfilada e chapa ondulada), quanto à transparência (transpa- rente, translúcido e opaco), quanto à superfície (po- lido, liso, impresso ou fantasia, fosco e espelhado) e quanto à coloração (incolor e colorido). m) O tratamento refere-se à proteção que se dá à obra e que pode ser quanto ao vazamento d'água, ao calor ou tratamento térmico e aos ruídos. n) A pavimentação trata do piso, que deve estar coerente com a função do ambiente. o) Os pisos podem ser de cerâmica, cimento, pe- dra, madeira, borracha e cortiça. p) A pintura é um elemento de decoração e prote- ção, e requer cuidados especiais na aplicação. p.1 - As cores possuem a seguinte nomen- clatura: cores primárias (amarelo, azul e vermelho), secundárias (verde, laranja e violeta), complemen- tares (2 secundárias ou 1 primária e 1 secundária), neutras (preto, branco, cinza e beje), quentes (ver- melho, laranja e amarelo) e frias (anil, roxo, lilás, verde e azul). q) Os aparelhos da obra dizem respeito aos apare- lhos sanitários, de água potável e de iluminação. r) Os elementos decorativos relacionam-se a todo trabalho artístico executado em uma obra. s) A limpeza em questão é a chamada limpeza fina, ou seja, a remoção de pequenos resíduos ou manchas.
  • 63. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 63 I - Relacionam-se como serviços gerais todas aquelas providências que precedem ao início da obra. Cite cinco destas providências. 1)____________________________________ 2)____________________________________ 3)____________________________________ 4)____________________________________ 5)____________________________________ II - Relacione as colunas abaixo corretamente: (A) Preparação do terreno (B) Paredes (C) Cobertura (D) Esquadrias (E) Revestimentos (F) Ferragens (G) Tratamento (H) Elementos decorativos 1. ( ) São usadas na vedação das aber- turas das edificações. 2. ( ) Diz respeito à proteção da obra. 3. ( ) Trata-se de aterro e compactação do solo. 4. ( ) Diz respeito a todo acabamento das superfícies. 5. ( ) Destina-se a fechar vãos ou divi- sões de ambientes. 6. ( ) Necessita de uma estrutura cal- culada para o seu sustento, com exceção da autoportante. 7. ( ) Servem para a fixação e articula- ções das esquadrias. 8. ( ) Incluem, entre outros, os traba- lhos de paisagismo. III - Interprete as questões propostas abaixo e responda: 1. Onde são usadas as soleiras e que materiais são empregados na sua confecção? ____________________________________ 2. Onde são usados os rodapés? De que mate- riais são feitos? ____________________________________ 3. O que é peitoril? De que material pode ser feito? ____________________________________ IV - Pela NB nº 226, os vidros possuem inú- meras classificações. Complete os esquemas. 1. Quanto ao tipo a)________________________________ b)________________________________ c)________________________________ d)________________________________ 2. Quanto à transparência a)________________________________ b)________________________________ c)________________________________ d)________________________________ I-Vocêdevetercitadocincoentreasseguintesprovidênci- asqueprecedemoiníciodaobra:colocaçãodetapumese detabuletascomindicaçõesdedadosdaobra,construções debarracões;indicaçãodedepósitosdosmateriaisaserem usados;colocaçãodeaparelhosemáquinasnecessários; ligaçõesprovisórias;preparaçãodealojamentos;contrata- çãodemão-de-obra;planejamentodeentradadematerial aolongodaobra,etc. II-1.(D);2.(G);3.(A);4.(E);5.(D);6.(C);7.(F);8.(H) III-1.Assoleirassãousadassobosvãosdasportasenas mudançasdetipodepavimentação.Asmaiscomunssão demármore,madeira,pedra,granitoecerâmica;2.Osro- dapéssãousadosnasparedescomoarrematedapavimen- tação.Omaterialempregadoéomesmousadonopiso;3. Peitoriléoacabamentonaparteinferiordasjanelas.Pode seremchapametálica,mármore,cerâmica,placadecimento ououtrosmateriais. IV-1.Quantoaotipo:a)recozido;b)temperado;c)lamina- do V-Suasrespostasdevemcontero seguinte:1.Acorbrancaresultada composiçãodetodasasoutras.
  • 64. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes64 •••••
  • 65. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 65 1. Qual é a série de papel, adotada pela ABNT, para o Desenho Técnico? a) série A b) série ABNT c) série P d) série AB e) série AA 2. A figura abaixo, representa qual formato de papel? a) formato A2 b) formato A0 c) formato A1 d) formato A3 e) formato A4 3. Relacione a coluna da direita de acordo com a da esquerda e, a seguir, marque a resposta numérica correspondente: (1) A0 ( ) 841 X 594mm (2) A1 ( ) 420 X 297mm (3) A2 ( ) 594 X 420mm (4) A3 ( ) 1189 X 841mm (5) A4 ( ) 297 X 210mm a) 2 – 4 – 3 – 1 – 5 b) 5 – 2 – 1 – 3 - 4 c) 4 – 2 – 1 – 5 – 3 d) 3 – 2 – 5 – 4 – 1 e) 2 – 3 – 4 – 1 - 5 4. Porque é necessário padronização da cali- grafia técnica? a) por exigência da localidade b) para facilitar o entendimento do pro- jeto em qualquer localidade c) por exigência do engenheiro d) por exigência do arquiteto e) por exigência do cliente 5. Qual informação não faz parte do carimbo no projeto de arquitetura? a) informar a empresa, projeto, número de pranchas b) informar RT , proprietário e o autor do projeto c) informar o endereço da obra – área do lote – área de construção d) número de ambientes e) número da prancha – escala 6. Qual a característica do papel sulfite? a) transparente b) semifosco c) amanteigado d) opaco e) translúcido 7. A linha tracejada, conforme mostra a figura abaixo é utilizada para a representação de objetos: a) não visíveis b) visíveis c) cortados d) parcialmente visíveis e) somente em corte transversal 8 - O desenho arquitetônico geralmente utili- za a escala de: a) ampliação b) natural c) redução d) real e) reprodução 9. O que significa escala 1/50? a) significa que o desenho foi ampliado 50 vezes b) significa que o desenho foi reduzido 50 vezes c) significa que o desenho está na escala real d) significa que o desenho foi reduzido uma vez e) significa que o desenho esta na escala natural
  • 66. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes66 ••••• 10. Quando um objeto esta representado na proporção 1 do papel está para 1 do real, denominamos de escala: a) natural b) real c) ampliada d) reduzida e) fictícia 11. Cotamos um desenho com a finalidade de: a) indicar as dimensões do objeto b) indicar asdimensõesdaespessuradaslinhas c) indicar número de aberturas d) indicar as áreas dos ambientes e) todas as respostas estão certas 12. A linha que contem o número do dimen- sionamento é denominada de: a) linha de chamada b) linha auxiliar c) cota de nível d) linha espessa e) linha de cota 13. O levantamento planimétrico tem como objetivo: a) definir as divisas e seus ângulos internos b) definir as alturas do terreno c) definir a orientação d) definir somente a altimetria 14. Em um projeto de arquitetura, são exigi- das distâncias mínimas entre a construção e o terreno.Estas distâncias são denominadas de: a) afastamentos b) arruamento c) declive d) beirais e) aclive 15. A figura que se segue representa: a) afastamento b) terraplangem c) curvas de níveis d) estudo planimétrico e) orientação 16. Quando o estudo topográfico apresenta as curvas de nível, próximas uma das outras, identificamos o terreno como: a) plano b) semi-plano c) pouco inclinado d) nenhuma resposta correta e) íngreme 17. Porque o projeto arquitetônico utiliza a orientação verdadeira? a) devido a sua variação em função dos anos b) por ser a orientação geográfica, não apre- sentando variações no decorrer dos anos. c) por ser magnética d) por ser parcialmente estável e) todas as respostas estão erradas 18. O desenho no projeto de arquitetura, que contem as medidas, largura e comprimento de um ambiente é denominado: a) planta baixa b) cobertura c) corte d) fachada e) situação 19. O corte de um projeto, tem como finalidade: a) definir a quantidade de portas, janelas, peitoris, muros e muretas b) definir as larguras dos ambientes, por- tas, janelas e peitoris c) definir os comprimentos dos ambientes d) definir as larguras dos ambientes e) definir as alturas dos ambientes, por- tas, janelas, peitoris, muros e muretas 20. Qual é o objetivo da planta de cobertura? a) definiroscaimentos,inclinaçõesdotelhado. b) definir a área
  • 67. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 67 c) definir o corte d) definir a situação e) todas as respostas estão corretas 21. O projeto estrutural é atribuído para qual profissional? a) arquiteto b) engenheiro elétrico c) engenheiro civil d) topógrafo e) decorador 22. O projeto elétrico tem a finalidade de: a) passar a tubulação elétrica b) passar a tubulação de esgoto c) passar a tubulação de água fria d) passar a tubulação de água quente e) todas as respostas estão certas 23. Onde fica localizada a Banderola? a) na parte central da janela b) na parte superior da porta ou janela c) na parte inferior da porta ou janela d) na parte central da porta 24 – Como é representada em planta a porta sanfonada? a) b) c) d) e) Todas as respostas estão corretas 25. A janela tipo guilhotina tem a abertura: a) horizontal b) inclinada c) angular d) sanfonada e) vertical 26. A figura abaixo, representa : a) mobiliário b) peça sanitária c) simbologia elétrica d) calçada e) telha 27. O instrumento representado na figura abaixo, é utilizado para medidas: a) lineares b) profundidade c) angulares d) volume 28. Qual é a utilidade da régua “T”. a) desenhar linhas b) desenhar linhas inclinadas c) desenhar curvas d) desenhar linhas paralelas e inclinadas 29. Qual a sigla em inglês que significa Proje- to Auxiliado por Computador? a) CAD b) DDA c) PAC d) CAP 30. Marque a alternativa que melhor responda as afirmativas abaixo: a) marquise é uma cobertura em balanço; b) mosaico é um painel formado por pequenos pedaços de vidro, cerâmica ou pastilhas; c) mão francesa é sinônimo de mão-de- força; d) mata-junta é um material que cobre a abertura formada pelo encontro de duas ou mais peças; e) todas estão corretas.
  • 68. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes68 •••••
  • 69. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 69 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas devem ser obrigatoriamente seguidas pelos diversos setores abrangidos. ABÓBADA – cobertura de secção curva. ACABAMENTO – arremate final da estrutura e dos ambientes da casa, feito com diversos tipos de materiais. ADEGA – compartimento, geralmente subterrâneo que serve para guar- dar bebidas, por suas condições de temperaturas. ADOBE – tijolo de barro seco ao ar e não cozido. ADUELA – peça da grade ou marco da portas e de janelas. AFASTAMENTO – distância mínima a ser observada entre as paredes externas da edificação e os limites do terreno. ÁGUA - termo que designa o plano do telhado. (quatro águas, duas águas, etc). ALÇAPÃO – portinhola no piso ou no teto para acesso a porões ou sótãos. ALGEROZ – tubo de descida de água pluviais, em geral embutido na parede. ALICERCE – elemento da construção que transmite a carga da constru- ção ao solo. ALINHAMENTO – linha legal que serve de limite entre o terreno e o logradouro para o qual faz limite. ALIZAR – guarnição de madeira que cobre a junta entre a esquadria/ portal e a parede. ALPENDRE – área coberta, saliente de construção, cuja cobertura é sustentada por colunas, pilares ou consolos, geralmente na entrada da edificação. ALVENARIA – conjunto de pedras, tijolos, blocos ou concreto, com ou sem argamassa, para formação de paredes, muros etc. GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
  • 70. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes70 ••••• AMARRAÇÃO – disposição entrelaçada dos tijolos. ANDAIME – plataforma elevada, para sustentação dos materiais e os operários na execução de obras ou reparos. ANDAR – pavimento acima do rés do chão. APARELHO – acabamento para dar às pedras e madeiras formas geo- métricas e aparência adequada. Também usada para significar a primeira demão de tinta. APARTAMENTO – unidade autônoma de moradia, em prédio de habi- tação múltipla. APICOAR – desbastar com ferramenta, geralmente ponteiro de aço, uma superfície ou pedra. ARAMADO – rede ou tela de arame. Alambrado, segundo o Dicionário Aurélio. ARANDELA – aparelho de iluminação fixado na parede. ÁREA TOTAL – soma de todas as áreas de uma edificação, incluindo todos os pavimentos. ÁREA ÚTIL – superfície de utilização de uma edificação fora as paredes. ARGAMASSA – mistura de aglutinante com areia e água, suada para as- sentamento de tijolos, cerâmicas, rebocos etc. ARGILA – silicatos hidratados, barro com que se faz tijolos, cerâmicas etc. ARQUIBANCADA – escalonamento sucessivo de assentos ordenados em fila. ARQUITETURA - (do latim architectura) – os princípios, as normas, os materiais e as técnicas utilizadas para criar o espaço arquitetônico. ARQUITETURA DE INTERIORES – obras em interiores que impli- que criação de novos espaços internos ou modificações na função dos mesmos ou nos elementos essenciais; ou das respectivas instalações. GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
  • 71. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 71 AROEIRA – árvore da família das anarcadíceas, de grande dureza, muito usada para cercas e colunas de sustentação de telhados e alpendres. ASNA – peça da tesoura de telhado. Ao francesa, escora. ASSOALHO – piso de tábuas. Soalho. BALANÇO – avanço da edificação sobre alinhamentos ou recuos regula- mentares. BALAUSTRE – elemento vertical que, empregado em série, forma a ba- laustrada. BALDRAME – parte do embasamento entre o alicerce e a parede. Soco. BANDEIROLAS ou BANDEIRA – abertura fixa ou móvel situado aci- ma da porta. BASCULANTE – janela ou peça móvel em torno de eixo horizontal. BATEDOR – batente; rebaixo na aduela onde se encaixam as folhas dos vãos. BEIRAL – parte saliente da cobertura. BOILER – aquecedor, normalmente metálico, acumulando água aquecida. BONECA – saliência de alvenaria onde é fixado o marco ou grade de portas e de janelas. BRITA – pedra quebrada em tamanhos variáveis. BRISE – quebra-sol; elemento horizontal ou vertical de proteção contra o sol. CAIBRO – peça de madeira sobre a qual se pregam as ripas destinadas a suportar as telhas. CAIXILHO – quadro de madeira ou metal que serve de estrutura para vidro ou painel de vedação; esquadria. GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
  • 72. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes72 ••••• CALÇADAS – pavimentação do terreno, dentro do lote. CALHA – conduto de águas pluviais. CAPIAÇO – acabamento de vãos entre a grade (marco) e o paramento da parede. CARAMANCHÃO – armação de madeira, tipo pérgola, sustentada por colunas. CASCALHO – seixo rolado; pedra britada. CASA GEMINADA – separada de outra edificação com uma parede comum. CAVA – o mesmo que escavação. CHANFRO – pequeno corte para eliminar arestas vivas. CHAPISCO – primeira camada de revestimento de paredes e de tetos destinada a dar maior aderência ao revestimento final. CHUMBADOR – peça que serve para fixar qualquer coisa numa parede. CLARABÓIA – vão nas coberturas, em geral protegido com vidros. COBOGÓ – elemento vasado. CÓDIGO DE OBRAS – legislação vigente em cada cidade, que determi- na as normas que o projeto arquitetônico deve obedecer. COIFA – cobertura acima do fogão para tirar a fumaça. COLUNA – suporte de secção cilíndrica. CONCRETO – aglomerado de cimento, areia, brita e água. CONCRETO ARMADO – o mesmo que acima, com ferragem. CONDUITE – conduto flexível. CORPO AVANÇADO – balanço fechado de mais de 20 cm. GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
  • 73. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 73 CORRIMÃO – peça ao longo e nos lados das escadas servindo de apoio a quem dela se serve. COTA – indicação ou registro numérico de dimensões. COTA DE COROAMENTO – ponto mais alto da edificação, permiti- do pelo código de obras local. COTA DE SOLEIRA – nível mais baixo da edificação, permitido pelo código de obras local. CROQUI – rascunho inicial de um projeto arquitetônico. CUMEEIRA – parte reta mais alta dos telhados onde tem inicio as águas; a peça de madeira que a forma. CÚPULA – abóbada esférica. DECORAÇÃO – obra em interiores com finalidade exclusivamente esté- tica, não implicando criação de novos espaços internos, ou modificações de função dos mesmos, ou alterações dos elementos essenciais. DEMÃO – camada de pintura. DUPLEX – apartamento de dois pisos superpostos. EDÍCULA – pequena casa; dependência para empregados. EMBASAMENTO–parteinferiordeumedifíciocestinadaàsuasustentação. EMBOÇO – a 1ª camada de argamassa ou cal, após o chapisco, que serve de base ao reboco. EMPENA – parede em forma de triângulo acima do pé direito. ESCARIAR – rebaixar a fim de nivelar a cabeça de prego ou parafuso. ESPELHO – face vertical de um degrau; peça que cobre a fechadura ou interruptor, quando embutido. ESPIGÃO –encontrosaliente, emdesnível,deduaságuasdotelhado; tacaniça. GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
  • 74. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes74 ••••• ESQUADRIA – fechamento dos vãos; formada por grade ou marco e folhas. ESTACA – peça de madeira, concreto ou ferro que se crava no terreno como base da construção. ESTRIBO – peça de ferro destinada a sustentar um elemento de constru- ção em relação a outro. ESTRONCA – escora de madeira. ESTUQUE – argamassa muito fina usada para acabamento de paredes e de forros; sistema para construção de forros ou paredes usando traçados de madeira como apoio. FACHADAS – elevações das paredes externas de uma edificação. FACHADA PRINCIPAL – voltada para o logradouro público. FÊMEA – entalhe na madeira para receber o macho. FLECHA – distância entre a posição reta e a fletida de uma viga ou peça. FOLHA – parte móvel da esquadria. FORRO – vedação da parte superior dos compartimentos da construção. FORRO FALSO – forro que se coloca após a construção da laje ou co- berta e independente dela. FUNDAÇÃO – conjunto dos elementos da construção que transmitem cargas das edificações ao solo. GABARITO – medida que limita largura de logradouros e altura das edi- ficações. GALPÃO – construção aberta e coberta. GRADE – elemento vasado que forma a esquadria; marco. GUARDA-CORPO – parapeito; proteção de um vão. GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
  • 75. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 75 JIRAU – pequeno piso colocado à meia altura. JUNTA – espaço entre elementos. LADRILHO – peça de forma geométrica, de pouca espessura, de cimen- to ou barro cozido, em geral destinado a pisos. LÂMINA – bloco vertical numa construção de vários pavimentos. LANTERNIM – pequena torre destinada à iluminação e ventilação. LINHA – parte inferior da tesoura onde encaixam as pernas; tirante. LONGARINA – viga. LOGRADOURO – espaço público (rua) compreendido entre dois ali- nhamentos postos. MÃO DE FORÇA ou MÃO FRANCESA – elemento inclinado de apoio destinado a reduzir o vão dos balanços. Semelhante à asna. MARQUISE – balanço constituindo cobertura. MEIO-FIO – bloco que separa o passeio da rua. MÓDULO – unidade de medida. MONTANTE – peça vertical de madeira. MOSAICO – painel formado por pequenos pedaços de vidro, cerâmica ou pastilhas; montagem de fotografias aéreas em serviços de cartografia. NERVURA – viga saliente ou não de uma laje;quando oculta chama-se também viga chata. OSSO – sem revestimento. Medida no osso: antes de feito o revestimento. PANO – porção de superfície plana de parede, compreendida entre duas pilastras. PANÔ – painel decorativo de tecido, usado para complemento de cortinas. GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
  • 76. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes76 ••••• PARAPEITO – resguardo de pequena altura, de sacadas, terraços e galerias. PASSEIO – parte do logradouro público, destinado ao trânsito de pedestre. PASTILHA – pequena peça cerâmica, usada para revestimento de pare- des e pisos. PATAMAR – superfície intermediária entre dois lances de escada. PÉ-DIREITO – distância vertical entre forro e piso. PEITORIL – parte inferior da janela / distância entre o piso e o início do espaço ocupado por ela. PENDURAL – viga ou barrote que, do vértice da asna cai sobre a linha da tesoura. PÉRGOLA – construção de caráter decorativo para suporte de plantas, sem constituir cobertura. PILAR – elemento de sustentação tendo secção quadrada ou retangular. PILASTRA – pilar incorporado à parede e ressaltando. PILOTIS – elemento de sustentação de um pavimento térreo; nome que se dá ao pavimento térreo quando aberto. PIVOTANTE – folha móvel em torno de eixo vertical. PLANTA – projeção horizontal; vista superior; projeção de um corte ho- rizontal numa edificação. PLATIBANDA – coroamento de uma edificação, formado pelo prolon- gamento das paredes externas, acima do forro. POÇO DE ILUMINAÇÃO/VENTILAÇÃO – espaço destinado a ventilação e iluminação de ambientes (janelas). PORÃO – parte não usada para habitação, sob o térreo. REBOCO – revestimento final de argamassa. GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
  • 77. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 77 RESPINGADOR - rebaixo ou saliência para desviar as águas pluviais. RINCÃO – ângulo reentrante e em declive formado pelo encontro das águas de um telhado; a calha que se coloca neste encontro. RIPA – peça de madeira sobre os caibros. RODAPÉ – faixa de proteção entre a parte inferior da parede e o piso. SACADA – parte pouco saliente da construção. SALIÊNCIA - elemento ornamental da edificação, que avança além do plano da fachada. SANCA - moldura na parte superior da parede, ligando-a ao teto. SERTEIRA – abertura estreita e vertical. SOLEIRA – elemento localizado no piso, no vão das portas, de marco a marco. SÓTÃO – espaço situado entre o forro e a cobertura, aproveitável como dependência de uso comum de uma edificação. TABIQUE – parede leve que serve para subdividir compartimentos, sem atingir o forro. TALUDE _ rampa inclinada de um terreno, normalmente feita pelo ho- mem. TAPUME – vedação provisória usada durante a edificação. TELHA – elemento colocado na superfície externa da cobertura para protegê-la de chuva, sol, vento, etc. TELHADO – cobertura onde se usam as telhas. - TELHADO DE DUAS ÁGUAS – cada lado se chama águas mestras - TELHADO DE QUATRO ÁGUAS – os lados maiores se chamam ÁGUAS MESTRAS, e os menores TACANIÇAS. GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
  • 78. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes78 ••••• TERÇAS – peças de madeira onde se pregam os caibros. TERRAÇO – cobertura total ou parcial de uma edificação, constituindo piso acessível. TESOURA – feita de vigas de madeira ou metal destinada a suportar a cobertura. TESTADA – linha que separa o lote do logradouro pública (rua). TRAÇO DE ARGAMASSA – proporção entre seus componentes. TRELIÇA – armação de madeira ou metal onde existem aberturas; viga. VARANDA – construção protegida pelo prolongamento da cobertura. VASIO – vão ou abertura. VÃO – abertura; distância entre os apoios. VERGA – parte superior da porta ou janela, normalmente de alvenaria, ou ainda, distância compreendida entre o forro e a parte superior de qualquer abertura. ZENITAL – no alto, no zênite; iluminação zenital: feita através de abertu- ra no teto. GLGLGLGLGLOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIOOSSÁRIO
  • 79. DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 79 DOMINGUES, F.A.A. Topografia e Astronomia de Posição para Engenheiros e Arquitetos. São Paulo, Editora McGraw-Hill do Brasil, 1979. FONSECA, R.S. Elementos de Desenho Topográfico. São Paulo, Editora McGraw-Hill do Brasil FRENCH, T.E. Desenho Técnico. Editora Globo, Porto Alegre, 1975. MANFÉ, G.; POZZA, R. e SCARATO, G. Desenho Técnico Mecânico. São Paulo, Editora Hemus, 1977. v.1. MONTENEGRO, G.A. Desenho Arquitetônico. São Paulo, Editora Edgard Blucher, 1978. OBERG, L. Desenho Arquitetônico. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1973. BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA
  • 80. TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS INEDI - Cursos Profissionalizantes80 ••••• GABARITGABARITGABARITGABARITGABARITOOOOO 1-A 2-C 3-A 4-B 5-D 6-D 7-A 8-C 9-B 10-A 11-E 12-E 13-B 14-A 15-C 16-E 17-B 18-A 19-E 20-A 21-C 22-A 23-B 24-B 25-E 26-E 27-C 28-D 29-A 30-E