Apostila M1003-1 BR
Julho 2006
Tecnologia
Eletrohidráulica
Industrial
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de seu faturamento, desde que instalados e utilizados corretamente, de acordo com as especificações contidas em
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incluindo consequências de qualquer falha e revise as informações que dizem respeito ao produto contidos neste catálogo.Devido à
variedade de condições de operações e aplicações para estes produtos, o usuário, através de sua própria análise e teste, é o único
responsável para fazer a seleção final dos produtos e também para assegurar que o desempenho, a segurança da aplicação e os
cuidados especiais requeridos sejam atingidos.
Os produtos aqui descritos com suas características, especificações e desempenhos são objetos de mudança pela Parker Hannifin
Ind. e Com. Ltda., a qualquer hora, sem prévia notificação.
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Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
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by Parker Hannifin Corporation
Tecnologia
Eletrohidráulica Industrial
Adaptação e Revisão Parker Training Brasil
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Training
Apresentação
Para incentivar, ampliar e difundir as tecnologias de automação industrial da Parker Hannifin,
numa gama tão ampla de aplicações, foi criada, na Parker Jacareí, a Parker Training.
Há mais de 26 anos treinando profissionais em empresas, escolas e universidades, a Parker
Training vem oferecendo treinamento técnico especializado e desenvolvendo material didático
diversificado e bem elaborado, com o intuito de facilitar a compreensão.
Com instrutores qualificados, esse projeto é pioneiro na área de treinamento em automação
industrial no Brasil, e colaborou para a formação de mais de 25 mil pessoas, em aproximadamente
4 mil empresas, através de cursos e materiais reconhecidos pelo conteúdo técnico e qualidade
de ensino.
Para alcançar tais números e continuar a atender seus clientes, de forma cada vez melhor, com
uma parceria cada vez mais forte, os profissionais da Parker Training se dedicam a apresentar
sempre novos conceitos em cursos e materiais didáticos.
São ministrados cursos abertos ou “in company” em todo o país, através de instrutores próprios ou
de uma rede de franqueados, igualmente habilitada e com a mesma qualidade de treinamento.
Os cursos oferecidos abrangem as áreas de Automação Pneumática/Eletropneumática,
Manutenção de Equipamentos Pneumáticos/Hidráulicos, Técnicas de Comando Pneumático,
Controladores Lógicos Programáveis e Hidráulica/Eletrohidráulica Industrial com controle
proporcional.
São oferecidos também programas de treinamento especial com conteúdo e carga horária de
acordo com as necessidades do cliente, empresa ou entidade de ensino.
Faz parte dos nossos cursos uma grande gama de materiais didáticos de apoio, que facilita
e agiliza o trabalho do instrutor e do aluno: transparências, componentes em corte, símbolos
magnéticos, apostilas e livros didáticos ligados às técnicas de automação, gabaritos para
desenho de circuitos, fitas de vídeo, software de desenho e simulação de circuitos pneumáticos
e hidráulicos, além de bancadas de treinamento para realização prática destes circuitos.
Parker Training
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
Índice
1.	 Introdução........................................................................................................................................................4
2.	 Revisão Conceitos de Hidráulica.....................................................................................................................4
3.	 Unidade de Força Básica.................................................................................................................................7
4.	 Válvulas de Controle Direcional.....................................................................................................................13
5.	 Atuadores e Acumuladores Hidráulicos.........................................................................................................17
6.	 Válvulas de Controle de Pressão...................................................................................................................21
7.	 Válvulas de Retenção.....................................................................................................................................24
8.	 Válvulas Controladoras de Vazão...................................................................................................................25
9.	 Introdução à Eletricidade Básica....................................................................................................................26
10.	 Alimentação Elétrica......................................................................................................................................28
11.	 Lei de Ohm.....................................................................................................................................................31
12.	 Medidas Elétricas...........................................................................................................................................33
13.	 Elementos de Comutação e Proteção............................................................................................................35
14.	 Componentes dos Circuitos Elétricos............................................................................................................37
15.	 Solonóides......................................................................................................................................................39
16.	 Relés..............................................................................................................................................................40
17.	 Segurança em Eletricidade............................................................................................................................43
18.	 Circuitos Eletrohidráulicos Conceituais..........................................................................................................44
19.	 Circuito Cascata ou Sequência Mínima.........................................................................................................64
20.	 Circuito Passo a Passo ou Sequência Máxima..............................................................................................71
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
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1. Introdução
Com a constante evolução tecnológica, tem-se no mercado a intensa necessidade de se desenvolverem técnicas
de trabalho que possibilitem ao homem o aprimoramento nos processos produtivos e a busca da qualidade.
Para se buscar a otimização de sistemas nos processos industriais, faz-se o uso da junção dos meios de transmissão
de energia, sendo estes:
	 Mecânica
	 Elétrica
	 Eletrônica
	 Pneumática
	 Hidráulica
Experiências têm mostrado que a hidráulica vem se destacando e ganhando espaço como um meio de transmissão
de energia nos mais variados segmentos do mercado, sendo a Hidráulica Industrial e Móbil as que apresentam um
maior crescimento.
Porém, pode-se notar que a hidráulica está presente em todos os setores industriais.Amplas áreas de automatização
foram possíveis com a introdução de sistemas hidráulicos para controle de movimentos.
Para um conhecimento detalhado e estudo da energia hidráulica vamos inicialmente entender o termo Hidráulica.
O termo Hidráulica derivou-se da raiz grega Hidro, que tem o significado de água, por essa razão entendem-se
por Hidráulica todas as leis e comportamentos relativos à água ou outro fluido, ou seja, Hidráulica é o estudo das
características e uso dos fluidos sob pressão.
Através deste material será possível a revisão da Hidráulica básica. Esta apostila tem como objetivo apresentar
informações básicas, conceitos e aplicações dos variados tipos de circuitos e aplicações dando ênfase de comandos
elétricos aplicados na eletrohidráulica.
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Definição de Pressão
Pressão é a força exercida por unidade de superfície.
Em hidráulica, a pressão é expressa em kgf/cm2
, atm
ou bar.
A pressão também poderá ser expressa em psi (pound
per square inch) que significa libra força por polegada
quadrada, abrevia-se lbf/pol2
.
Lei de Pascal
A pressão exercida em um ponto qualquer de um líquido
estático é a mesma em todas as direções e exerce
forças iguais em áreas iguais.
Vamos supor um recipiente cheio de um líquido, o qual
é praticamente incompressível.
Sabemos que:
Portanto:
Temos que a pressão, agindo em todos os sentidos
internamente na câmara da prensa, é de 10 Kgf/cm2
.
Esta pressão suportará um peso de 100 Kgf se tiver-
mos uma área A2
de 10 cm2
, sendo:
P1
=
F1
A1
=
10 kgf
1 cm2
= 10 kgf/cm2
P =
F
A
2.	...desenvolverá uma
	 pressão de 10kgf/cm2
	 (10atm) em todos os
	 sentidos dentro deste
	 recipiente
1.	Uma força de 10kgf
	 aplicada em um pistão
	 de 1cm2
de área...
4.	As forças são proporcionais
	 às áreas dos pistões
3.	... Esta pressão
	 suportará um peso de
	 100kgf se tivermos uma
	 área de 10cm2
ENTRADA
10kgf
1cm2
100kgf
10cm2= SAÍDA
	 F = Força	 A = Área	 P = Pressão
1.	 Suponhamos uma garrafa cheia de um líquido,
	 o qual é praticamente incompressível.
2.	 Se aplicarmos uma força de 10kgf numa rolha
	 de 1cm2
de área...
3.	 ... o resultado será uma força de 10kgf em cada
	 centímetro quadrado das paredes da garrafa.
4.	 Se o fundo da garrafa tiver uma área de 20cm2
	 e cada centímetro estiver sujeito a uma força
	 de 10kgf, teremos como resultante uma força
	 de 200kgf aplicada ao fundo da garrafa.
2. Revisão Conceitos de Hidráulica
Quando aplicamos uma força de 10 kgf em uma área
de 1 cm2
, obtemos como resultado uma pressão interna
de 10 kgf/cm2
agindo em toda a parede do recipiente
com a mesma intensidade.
Este princípio, descoberto e enunciado por Pascal,
levou à construção da primeira prensa hidráulica no
princípio da Revolução Industrial. Quem desenvolveu
a descoberta de Pascal foi o mecânico Joseph
Bramah.
Princípio Prensa Hidráulica
F = P x A
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Portanto:
Podemos considerar que as forças são proporcionais
às áreas dos pistões.
Fatores de Conversão
de Unidades de Pressão
F2 = P1 x A2
F2 = 10 kgf/cm2
x 10cm2
F2 = 100 kgf
1 atm	 =	 1,0333 kgf/cm2
1 atm	 =	 1,0134 bar
1 atm	 =	 14,697 psi (lbf/pol2
)
1 atm	 =	 760 mmHg
1 kgf/cm2
	 =	 0,9677 atm
1 kgf/cm2
	 =	 0,9807 bar
1 kgf/cm2
	 =	 14,223 psi (lbf/pol2
)
1 kgf/cm2
	 =	 736 mmHg
1 bar	 =	 0,9867 atm
1 bar	 =	 1,0196 kgf/cm2
1 bar	 =	 14,503 psi (lbf/pol2
)
1 bar	 =	 759 mmHg
1 psi	 =	 0,0680 atm
1 psi	 =	 0,0703 kgf/cm2
1 psi	 =	 0,0689 bar
1 psi	 =	 51,719 mmHg
Equivalência entre Unidades
de Pressão
1 atm = 1kgf/cm2
= 1 bar = 14,7 psi~
Podemos considerar:
1 bar = 14,5 psi
Conservação de Energia
Relembrando um princípio enunciado por Lavoisier,
onde ele menciona:
Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se
transforma.
Realmente não podemos criar uma nova energia e
nem tão pouco destruí-la e sim transformá-la em novas
formas de energia.
Quando desejamos realizar uma multiplicação de
forças significa que teremos o pistão maior, movido
pelo fluido deslocado pelo pistão menor, sendo que a
distância de cada pistão seja inversamente proporcional
às suas áreas.
O que se ganha em relação à força tem que ser
sacrificado em distância ou velocidade.
Quando o pistão de área = 1 cm2
se move 10 cm
desloca um volume de 10cm3
para o pistão de área
= 10 cm2
. Consequentemente, o mesmo movimentará
apenas 1 cm de curso.
~
2.	10 centímetros cúbicos de
	 líquido movimentarão somente
	 1 centímetro neste pistão.
1.	Se o pistão se move 10 centímetros,
	 desloca 10 centímetros cúbicos de
	 líquido (1cm2
x 10cm = 10cm3
).
4.	Neste ponto também teremos
	 uma energia de 100kgf. cm
	 (1cm x 100kgf).
3.	A energia transferida será igual a
	 10 quilogramaforça x 10 centímetros
	 ou 100kgf. cm.
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Líquidos
Líquido é uma substância constituída de moléculas.
Ao contrário dos gases, nos líquidos as moléculas são
atraídas umas às outras de forma compacta. Por outro
lado, ao contrário dos sólidos, as moléculas não se
atraem a ponto de adquirirem posições rígidas.
Força Transmitida através de um Sólido
A força através de um sólido é transmitida em uma
direção. Se empurrarmos o sólido em uma direção, a
força é transmitida ao lado oposto, diretamente.
Manômetro de Bourdon
O tubo de Bourdon consiste de uma escala calibrada
em unidades de pressão e de um ponteiro ligado,
através de um mecanismo, a um tubo oval, em forma
de C. Esse tubo é ligado à pressão a ser medida.
O tubo tende a endireitar-se
sob pressão causando a
rotação do ponteiro
Entrada de pressão
Tubo de Bourdon
0
10
2030
40
50 60
70
80
90
100
Manômetro
O manômetro é um aparelho que mede um diferencial
de pressão. Dois tipos de manômetros são utilizados
nos sistemas hidráulicos: o de Bourdon e o de núcleo
móvel.
Geração de Calor em um Sistema
Hidráulico
A geração de calor em um sistema é causada pelo
movimento de um líquido, relativamente há mudanças
de direção, viscosidade e atrito.Para se descobrir como
o calor é gerado, concentraremos o nosso estudo nas
características do líquido.
Viscosidade
A viscosidade é a medida de resistência ao fluxo das
moléculas de um líquido quando elas deslizam umas
sobre as outras. É uma espécie de atrito interno. Um
exemplo de líquido com alta viscosidade é o mel ou
melado. A água é um líquido de baixa viscosidade.
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SSU.
SSU
Segundo Saybolt Universal
Uma das medidas de viscosidade dos fluidos é o SSU
- abreviatura de Segundo Saybolt Universal.O professor
Saybolt aqueceu um líquido com volume predetermi-
nado a uma dada temperatura e fez o líquido passar
por uma abertura de tamanho também especificado.
Ele cronometrou o fluxo (em segundos), até que o
líquido enchesse um recipiente com capacidade de
60 mililitros. O resultado foi a medição da viscosidade
em SSU.
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Reservatórios Hidráulicos
A função óbvia de um reservatório hidráulico é conter
ou armazenar o fluido hidráulico de um sistema.
3. Unidade de Força Básica
Do que consiste um Reservatório
Hidráulico
Os reservatórios hidráulicos consistem de quatro pare-
des (geralmente de aço); uma base abaulada; um topo
plano com uma placa de apoio, quatro pés; linhas de
sucção, retorno e drenos;plugue do dreno;indicador de
nível de óleo; tampa para respiradouro e enchimento;
tampa para limpeza e placa defletora (Chicana).
Filtros Hidráulicos
Todos os fluidos hidráulicos contêm uma certa
quantidade de contaminantes. A necessidade do filtro,
no entanto, não é reconhecida na maioria das vezes,
pois o acréscimo deste componente particular não
aumenta, de forma aparente, a ação da máquina. Mas
o pessoal experiente de manutenção concorda que a
grande maioria dos casos de mau funcionamento de
componentes e sistemas é causada por contaminação.
As partículas de sujeira podem fazer com que máquinas
caras e grandes falhem.
A Contaminação Interfere nos Fluidos
Hidráulicos
A contaminação causa problemas nos sistemas
hidráulicos porque interfere no fluido, que tem quatro
funções.
1.	Transmitir energia.
2.	Lubrificar peças internas que estão em movimento.
3.	Transferir calor.
4.	Vedar folgas entre peças em movimento.
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Elementos de Filtro de Profundidade
Os elementos do filtro de profundidade forçam o fluido a
passar através de uma espessura apreciável de várias
camadas de material. A contaminação é retida por
causa do entrelaçamento das fibras e a consequente
trajetória irregular que o fluido deve tomar.
Os papéis tratados e os materiais sintéticos são usados
comumente como materiais porosos de elementos de
filtro de profundidade.
Direção do Fluxo
Meio Filtrante de Profundidade
Elementos do Tipo de Superfície
Num filtro do tipo de superfície, um fluxo de fluido tem
uma trajetória direta de fluxo através de uma camada
de material.A sujeira é retida na superfície do elemento
que está voltada para o fluxo.
Telas de arame ou metal perfurado são tipos comuns
de materiais usados como elemento de filtro de su-
perfície.
	 Material	 Eficiência	 Cap. de	 Pressão	 Vida no	 Custo
	 Meio Filtrante	 de Captura	 Retenção	 Diferencial	 Sistema	 Geral
Comparação Geral de Meio Filtrante
	 Fibra de Vidro	 Alta	 Alta	 Moderada	 Alta
Moderada
para alta
		 Moderada	 Moderada	 Alta	 Moderada	 Baixa
Celulose
(papel)
	 Tela	 Baixa	 Baixa	 Baixa	 Moderada	
Moderada
para alta
Construção típica da fibra de vidro grossa (100x)
Construção típica da fibra de vidro fina (100x)
74 µm
Superfície do Meio Filtrante
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Tipo de Filtragem pela Posição no
Sistema
O filtro é a proteção para o componente hidráulico.
Seria ideal que cada componente do sistema fosse
equipado com o seu próprio filtro, mas isso não é
economicamente prático na maioria dos casos.Para se
obterem melhores resultados, a prática usual é colocar
filtros em pontos estratégicos do sistema.
Filtros de Sucção
Existem 2 tipos de filtro de sucção:
Filtro de Sucção Interno:
São os mais simples e mais utilizados. Têm a forma
cilíndrica com tela metálica com malha de 74 a 150
mícrons, não possuem carcaça e são instalados dentro
do reservatório, abaixo, no nível do fluido. Apesar
de serem chamados de filtro, impedem apenas a
passagem de grandes partículas (na língua inglesa são
chamados de “strainer”, que significa peneira).
Vantagens:
1.	Protegem a bomba da contaminação do
	 reservatório.
2.	Por não terem carcaça são filtros baratos.
Desvantagens:
1.	São de difícil manutenção, especialmente se o
	 fluido está quente.
2.	Não possuem indicador.
3.	Podem bloquear o fluxo de fluido e prejudicar a
bomba se não estiverem dimensionados correta-
mente, ou se não conservados adequadamente.
4.	Não protegem os elementos do sistema das partí-
	 culas geradas pela bomba.
Filtro de Sucção Externo
Pelo fato de possuírem carcaça estes filtros são
instalados diretamente na linha de sucção fora do
reservatório. Existem modelos que são instalados
no topo ou na lateral dos reservatórios. Estes filtros
possuem malha de filtragem de 3 a 238 mícrons.
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Training
Vantagens:
1.	Filtram partículas muito finas visto que a pressão
do sistema pode impulsionar o fluido através do
	 elemento.
2.	Pode proteger um componente específico contra o
	 perigo de contaminação por partículas.
Desvantagens:
1.	A carcaça de um filtro de pressão deve ser projeta-
	 da para alta pressão.
2.	São caros porque devem ser reforçados para supor-
	 tar altas pressões, choques hidráulicos e diferencial
	 de pressão.
Filtro de Linha de Retorno
Está posicionado no circuito próximo do reservatório.
A dimensão habitualmente encontrada nos filtros de
retorno é de 5 a 40 mícrons.
Vantagens:
1.	Protegem a bomba da contaminação do reservatório.
2.	Indicador mostra quando o elemento está sujo.
3.	Podem ser trocados sem a desmontagem da linha
de sucção do reservatório.
Desvantagens:
1.	Podem bloquear o fluxo de fluido e prejudicar a
bomba se não estiverem dimensionados correta-
mente, ou se não conservados adequadamente.
2.	Não protegem os elementos do sistema das partí-
	 culas geradas pela bomba.
Filtro de Pressão
M
Um filtro de pressão é posicionado no circuito, entre a
bomba e um componente do sistema.
A malha de filtragem dos filtros de pressão é de 3 a
40 mícrons.
Um filtro de pressão pode também ser posicionado
entre os componentes do sistema.
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Vantagens:
1.	Retém contaminação no sistema antes que ela entre
	 no reservatório.
2.	A carcaça do filtro não opera sob pressão plena de
	 sistema, por esta razão é mais barata do que um
	 filtro de pressão.
3.	O fluido pode ter filtragem fina, visto que a pressão
	 do sistema pode impulsionar o fluido através do
	 elemento.
Desvantagens:
1.	Não há proteção direta para os componentes do
	 circuito.
2.	Em filtros de retorno, de fluxo pleno, o fluxo que
	 surge da descarga dos cilindros, dos atuadores e
	 dos acumuladores pode ser considerado quando
	 dimensionado.
3.	Alguns componentes do sistema podem ser afeta-
	 dos pela contrapressão gerada por um filtro de
	 retorno.
Bocal de Enchimento ou Respiro
Consiste em um bocal com tampa e um filtro tipo tela
por onde se completa o nível de óleo no reservatório.
Visor de Nível e Temperatura
Através do visor de nível e temperatura é possível o
monitoramento das condições de nível e temperatura
do óleo no reservatório, o visor possui um indicador de
nível mínimo e máximo que deve ser observado.
O Teste de Membrana não é nada mais que uma
análise visual de uma amostra do fluido. Normalmente
compõe-se da tomada de uma amostra do fluido e de
sua passagem por um meio filtrante de membrana.
A membrana é então analisada por microscópio para
cor e conteúdo e comparada aos padrões ISO.Usando
esta comparação, o usuário pode ter uma estimativa
passa, não-passa do nível de pureza do sistema.
Um outro uso do teste de membrana menos comum
seria a contagem das partículas vistas através do
microscópio.Estes números seriam então extrapolados
para um nível de pureza ISO.
A margem de erro para ambos os métodos é realmente
alta devido ao fator humano.
Método de Análise de Fluido
	 Teste de Membrana
	 Contador de Partículas Portátil
	 Análise de Laboratório
A análise do fluido é a parte essencial de qualquer
programa de manutenção.A análise do fluido assegura
que o fluido está conforme as especificações do
fabricante, verifica a composição do fluido e determina
seu nível de contaminação geral.
∆∆∆
Teste de Membrana
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Contador de Partículas Portátil Análise Laboratorial
A análise laboratorial é uma visão completa de uma
amostra de fluido.A maioria dos laboratórios qualificados
oferecerá os seguintes testes e características como
um pacote:
	 Viscosidade
	
	 Número de neutralização
	 Conteúdo de água
	
	 Contagem de partículas
	 Análise espectrométrica (desgaste dos metais e
	 análises suplementares reportadas em partes por
	 milhões, ou ppm)
	 Gráficos de tendência
	 Foto micrográfica
	 Recomendações
Ao tomar-se uma amostra de fluido de um sistema,
deve-se tomar cuidado para que a amostra seja
realmente um representativo do sistema. Para isto, o
recipiente para o fluido deve ser limpo antes de tomar
a amostra e o fluido deve ser corretamente extraído
do sistema.
Há uma norma da National Fluid Power Association
(NFPA) para a extração de amostras de fluidos de
um reservatório de um sistema de fluido hidráulico
operante (NFPAT2.9.1-1972). Há também o método
da American National Standard (ANSI B93.13-1972)
para a extração de amostras de fluidos hidráulicos
para análise de partículas contaminantes. Ambos os
métodos de extração são recomendados.
Em qualquer caso, a amostra de um fluido representativo
é a meta. As válvulas para retirada de amostra devem
ser abertas e descarregadas por no mínimo 15
segundos. O recipiente da amostra deve ser mantido
por perto até que o fluido e a válvula estejam prontos
para a amostragem. O sistema deve estar a uma
temperatura operacional por no mínimo 30 minutos
antes que a amostra seja retirada.
O mais promissor desenvolvimento na análise de
fluidos é o contador de partículas a laser portátil. Os
contadores de partículas a laser são comparáveis
a unidades laboratoriais completas na contagem
de partículas menores que a faixa de micronagem
2+. Reforços para esta recente tecnologia incluem:
precisão, repetição, portabilidade e agilidade.Um teste
geralmente leva menos que um minuto.
Os contadores de partículas a laser fornecerão somente
contagens de partículas e classificações do nível de
pureza. Testes de conteúdo de água, viscosidade e
análise espectrométrica poderão requerer uma análise
laboratorial completa.
∆∆∆∆∆∆∆∆
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
15
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
Procedimento para Amostragem
Para obter-se uma amostra de fluido para contagem de
partículas e/ou análise envolvem-se passos importantes
para assegurar que você está realmente retirando uma
amostra representativa. Normalmente, procedimentos
de amostragem errôneos irão disfarçar os níveis reais
de limpeza do sistema.Use um dos seguintes métodos
para obter uma amostra representativa do sistema.
Para sistemas com uma válvula de
amostragem
A.	 Opere o sistema pelo menos por meia hora.
B.	 Com o sistema em operação, abra a válvula de
	 amostragem permitindo que 200ml a 500ml do
	 fluido escapem pela conexão de amostragem (o
	 tipo da válvula deverá prover um fluxo turbulento
	 através da conexão de amostragem).
C.	 Usando um recipiente com bocal amplo e pré-
	 limpo, remova a tampa e coloque-o no fluxo do
	 fluido da válvula de amostragem.
	 NÃO lave o recipiente com a amostra inicial. Não
	 encha o recipiente com mais de 25 mm da borda.
D.	 Feche o recipiente imediatamente.
	 Depois, feche a válvula da amostragem (coloque
	 outro recipiente para reter o fluido enquanto
	 remove-se a garrafa do fluxo da amostra).
E.	 Etiquete o recipiente com a amostra com os dados:
	 data, número da máquina, fornecedor do fluido,
	 código do fluido, tipo de fluido e tempo decorrido
	 desde a última amostragem (se houver).
Sistema sem válvula de amostragem
Há dois locais para obter-se amostra do sistema sem
uma válvula de amostragem: no tanque e na linha. O
procedimento é o seguinte:
A. 	 Amostras no Tanque
1.	 Opere o sistema por meia hora, no mínimo.
2.	 Use recipiente com bombeamento manual ou
	 seringa para extrair a amostra. Insira o dispositi-
	 vo de amostragem no tanque na metade da altura
	 do fluido. Provavelmente você terá que pesar o
	 tubo de amostras. Seu objetivo é obter uma amos-
	 tra do meio do tanque. Evite o topo ou o fundo do
	 tanque. Não deixe que a seringa ou o tubo entrem
	 em contato com as laterais do tanque.
3.	 Coloque o fluido extraído no recipiente apropriado,
	 conforme descrito no método de válvula de amos-
	 tragem acima.
4.	 Feche imediatamente.
5.	 Etiquete com as informações descritas no método
	 de válvula de amostragem.
B.	 Amostra da Linha
1.	 Opere o sistema por meia hora, no mínimo.
2.	 Coloque uma válvula adequada no sistema onde
	 um fluxo turbulento possa ser obtido (de preferên-
	 cia uma válvula de esfera). Se não tiver tal válvula,
	 coloque uma conexão que possa ser facilmente
	 aberta para providenciar um fluxo turbulento (tee
	 ou cotovelo).
3.	 Limpe a válvula ou a ponta da conexão com um
	 solvente filtrado. Abra a válvula ou a conexão e
	 deixe vazar adequadamente (cuidado com este
	 passo. Direcione a amostra de volta ao tanque ou
	 para um recipiente largo. Não é necessário
	 desfazer-se deste fluido).
4.	 Posicione um recipiente de amostra aprovado
	 debaixo da corrente de fluxo para os métodos de
	 válvula acima.
5.	 Feche o recipiente imediatamente.
6.	 Etiquete com informações importantes conforme
	 o método por válvula de amostragem.
	 Nota: Selecione uma válvula ou conexão onde a
	 pressão for limitada a 200 pisg (14 bar) ou menos.
Com referência ao método a ser usado, observe as
regras comuns. Qualquer equipamento que for usado
para o procedimento de amostragem do fluido deve
ser lavado e enxaguado com um solvente filtrado.
Isto inclui bombas a vácuo, seringas e tubos. Seu
objetivo é contar somente as partículas que já estão
no sistema. Recipientes contaminados e amostras
não representativas levarão a conclusões errôneas e
custarão mais no decorrer do tempo.
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Training
Bombas de Engrenagem
A bomba de engrenagem consiste basicamente de
uma carcaça com orifícios de entrada e de saída, e de
um mecanismo de bombeamento composto de duas
engrenagens. Uma das engrenagens, a engrenagem
motora, é ligada a um eixo que é conectado a um
elemento acionador principal. A outra engrenagem é
a engrenagem movida.
Bombas Hidráulicas
As bombas hidráulicas convertem a energia mecânica
transmitida pelo acionador principal (motor elétrico,
motor de combustão interna), em energia de trabalho
hidráulico.
A ação de bombeamento é a mesma para cada bomba.
Todas as bombas geram um volume crescente no lado
da pressão.
Entretanto, os elementos que desem-penham a ação
de bombeamento não são os mesmos em todas as
bombas.
O tipo de bomba usada em um sistema hidráulico
industrial é uma bomba de deslocamento positivo.
Há muitos tipos de bomba de deslocamento positivo.
Por esta razão, precisamos ser seletivos e nos
concentrar nas mais comuns. Essas são as bombas
de engrenagem, de palheta e de pistão.
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
17
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
Como funciona uma Bomba de
Engrenagem
No lado da entrada, os dentes das engrenagens desen-
grenam, o fluido entra na bomba, sendo conduzido
pelo espaço existente entre os dentes e a carcaça,
para o lado da saída onde os dentes das engrenagens
engrenam e forçam o fluido para fora do sistema.
Uma vedação positiva neste tipo de bomba é realizada
entre os dentes e a carcaça, e entre os próprios dentes
de engrenamento. As bombas de engrenagem têm
geralmente um projeto não compensado.
Bomba de Engrenagem Externa
A bomba de engrenagem que foi descrita acima é
uma bomba de engrenagem externa, isto é, ambas
as engrenagens têm dentes em suas circunferências
externas. Estas bombas são às vezes chamadas de
bombas de dentes-sobre-dentes. Há basicamente
três tipos de engrenagens usadas em bombas de
engrenagem externa; as de engrenagens de dentes
retos, as helicoidais e as que têm forma de espinha de
peixe.Visto que as bombas de engrenagem de dentes
retos são as mais fáceis de fabricar, este tipo de bomba
é o mais comum.
Bomba de Engrenagem Interna
Uma bomba de engrenagem interna consiste de uma
engrenagem externa cujos dentes se engrenam na
circunferência interna de uma engrenagem maior. O
tipo mais comum de bomba de engrenagem interna
nos sistemas industriais é a bomba tipo gerotor.
Bomba Tipo Gerotor
A bomba tipo gerotor é uma bomba de engrenagem
interna com uma engrenagem motora interna e uma
engrenagem movida externa. A engrenagem interna
tem um dente a menos do que a engrenagem externa.
Enquanto a engrenagem interna é movida por um
elemento acionado, ela movimenta a engrenagem
externa maior. De um lado do mecanismo de
bombeamento forma-se um volume crescente,
enquanto os dentes da engrenagem desengrenam.
Do outro lado da bomba é formado um volume
decrescente. Uma bomba tipo gerotor tem um projeto
não compensado.
O fluido que entra no mecanismo de bombeamento
é separado do fluido de descarga por meio de uma
placa de abertura. Enquanto o fluido é impelido da
entrada para a saída, uma vedação positiva é mantida,
conforme os dentes da engrenagem interna seguem o
contorno do topo das cristas e vales da engrenagem
externa.
engrenagem
helicoidal
engrenagem de
dentes retos
engrenagem em forma de espinha de peixe
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
18 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
Training
Bombas de Palheta
As bombas de palheta produzem uma ação de bombea-
mento fazendo com que as palhetas acompanhem o
contorno de um anel ou carcaça. O mecanismo de
bombeamento de uma bomba de palheta consiste
de: rotor, palhetas, anel e uma placa de orifício com
aberturas de entrada e saída.
Montagem de Conjunto da Bomba
O mecanismo de bombeamento das bombas de palheta
industriais é geralmente uma unidade integral a que
se dá o nome de montagem de conjunto da bomba.
O conjunto montado consiste de palhetas, rotor e um
anel elíptico colocado entre as duas placas de orifício
(observe que as placas de entrada da montagem do
conjunto são algo diferente em seu projeto das placas
de entrada previamente ilustradas).
Uma das vantagens de se usar um conjunto montado
é a de fácil manutenção da bomba. Depois de um
certo tempo, quando as peças da bomba naturalmente
se gastam, o mecanismo de bombeamento pode
ser facilmente removido e substituído por uma nova
montagem. Também, se por alguma razão o volume
da bomba precisar ser aumentado ou diminuído, um
conjunto de bombas com as mesmas dimensões
externas, mas com volume adequado, pode rapidamente
substituir o mecanismo de bombeamento original.
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
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Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
	 1	 404206	 Parafuso Cabeça Sextavada
	 2	 402070	 Tampa Traseira
		 CK45PFVI42L	 Deslocamento 132 cm3
/rev (8.1 in3
)	 (42)
		 CK45PFVI45L	 Deslocamento 142 cm3
/rev (8.7 in3
)	 (45)
		 ck45pfvi50l	 Deslocamento 158 cm3
/rev (9.6 in3
)	 (50)
		 ck45pfvi60l	 Deslocamento 189 cm3
/rev (11.6 in3
)	 (60)
		 CK45PFVI42	 Deslocamento 132 cm3
/rev (8.1 in3
)	 (42)
		 CK45PFVI45	 Deslocamento 142 cm3
/rev (8.7 in3
)	 (45)
		 ck45pfvi50	 Deslocamento 158 cm3
/rev (9.6 in3
)	 (50)
		 ck45pfvi60	 Deslocamento 189 cm3
/rev (11.6 in3
)	 (60)
3
	 4	 –––	 Anel O *
	 5	 –––	 Anel de Encosto *
	 6	 –––	 Anel Selo *
	 7	 56x221	 Anel Elástico
	 8	 404073	 Anel Espiral
	 9	 404071	 Rolamento
	 10	 404060	 (Eixo Código A) 1.25 Dia. Chavetado
	 11	 –––	 Anel O - Corpo Dianteiro *
	 12	 404072	 Arruela
	 13	 –––	 Vedação do Eixo *
	 Kit Conjunto Rotativo Industrial - Horário	 (cód.)
	 Kit Conjunto Rotativo Industrial - Anti-Horário	 (cód.)
	 Item 	 Peça 	 Descrição
	 Nº	 Nº
	 Item 	 Peça 	 Descrição
	 Nº	 Nº
	 14	 402030	 Corpo Dianteiro
	 15	 22x30	 Chaveta para (Eixo Código A)
			 1.25 Dia. Chavetado
	 16	 404061	 (Eixo Código C) 1.5 Dia. Chavetado
	 17	 22x48	 Chaveta para (Eixo Código C)
	 18	 404062	 (Eixo Código B) 14 Dentes Estriados
	 19	 –––	 Somente para Kit de Vedação Mobil †
	 20	 –––	 Somente para Kit de Vedação Mobil †
	 Kit Conjunto Rotativo Mobil - Anti-Horário	 (cód.)
		 CK45PFVH42L	 Deslocamento 138 cm3
/rev (8.5 in3
)	 (42)
		 CK45PFVH45L	 Deslocamento 154 cm3
/rev (9.4 in3
)	 (47)
		 ck45pfvH50l	 Deslocamento 162 cm3
/rev (9.9 in3
)	 (50)
		 ck45pfvH57L	 Deslocamento 183 cm3
/rev (11.2 in3
)	 (57)
		 ck45pfvH60l	 Deslocamento 193 cm3
/rev (11.6 in3
)	 (60)
	 Kit Conjunto Rotativo Mobil - Horário	 (cód.)
		 CK45PFVH42	 Deslocamento 138 cm3
/rev (8.5 in3
)	 (42)
		 CK45PFVH45	 Deslocamento 154 cm3
/rev (9.4 in3
)	 (47)
		 ck45pfvH50	 Deslocamento 162 cm3
/rev (9.9 in3
)	 (50)
		 ck45pfvH57	 Deslocamento 183 cm3
/rev (11.2 in3
)	 (57)
		 ck45pfvH60	 Deslocamento 193 cm3
/rev (11.6 in3
)	 (60)
21
*	 Itens 4,5,6,11 e 13 contidso dentro de SK45PFVI,
	 Para Fluorcarbono número de ordem da peça: VSK45PFVI.
†	
Itens 4,5,6,11,13,19 e 20 contidos dentro de SK45PFVH,
	 Para Fluorcarbono número de ordem da peça: VSK45 PFVH.
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20 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Training
Como trabalha uma Bomba de Palheta
O rotor de uma bomba de palheta suporta as palhetas
e é ligado a um eixo que é conectado a um acionador
principal. À medida que o rotor é girado, as palhetas
são “expulsas” por inércia e acompanham o contorno
do cilindro (o anel não gira).Quando as palhetas fazem
contato com o anel, é formada uma vedação positiva
entre o topo da palheta e o anel.
O rotor é posicionado fora do centro do anel. Quando
o rotor é girado, um volume crescente e decrescente
é formado dentro do anel. Não havendo abertura no
anel, uma placa de entrada é usada para separar o
fluido que entra do fluido que sai.A placa de entrada se
encaixa sobre o anel, o rotor e as palhetas. A abertura
de entrada da placa de orifício está localizada onde
o volume crescente é formado. O orifício de saída
da placa de orifício está localizado onde o volume
decrescente é gerado.
Todo o fluido entra e sai do mecanismo de bombea-
mento através da placa de orifício (as aberturas de
entrada e de saída na placa de orifício são conectadas
respectivamente às aberturas de entrada e de saída
na carcaça das bombas).
Projeto de Bombas de Palheta
Balanceada
Consequentemente, uma bomba de palheta balanceada
consiste de um anel de forma elíptica, um rotor, palhetas
e uma placa de orifício com aberturas de entrada e de
saída opostas umas às outras (ambas as aberturas
de entrada estão conectadas juntas, como estão as
aberturas de saída, de forma que cada uma possa ser
servida por uma abertura de entrada ou uma abertura
de saída na carcaça da bomba).As bombas de palheta
de deslocamento positivo e de volume constante,
usadas em sistemas industriais, são geralmente de
projeto balanceado.
Numa bomba, duas pressões muito diferentes estão
envolvidas: a pressão de trabalho do sistema e a
pressão atmosférica. Na bomba de palheta que
foi descrita, uma das metades do mecanismo de
bombeamento está a uma pressão menor do que a
atmosférica. A outra metade está sujeita à pressão
total do sistema. Isso resulta numa carga oposta do
eixo, que pode ser séria quando são encontradas altas
pressões no sistema. Para compensar esta condição,
o anel é mudado de circular para anel em formato de
elipse.Com este arranjo, os dois quadrantes de pressão
opõem-se um ao outro e as forças que atuam no eixo
são balanceadas. A carga lateral do eixo é eliminada.
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Training
As bombas de pistão geram uma ação de bombea-
mento, fazendo com que os pistões se alternem dentro
de um tambor cilíndrico.
O mecanismo de bombeamento de uma bomba de
pistão consiste basicamente de um tambor de cilindro,
pistões com sapatas, placa de deslizamento, sapata,
mola de sapata e placa de orifício.
Bombas de Pistão
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22 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Training
Como funciona uma Bomba de Pistão
No exemplo da ilustração anterior, um tambor de cilindro
com um cilindro é adaptado com um pistão. A placa
de deslizamento é posicionada a um certo ângulo.
A sapata do pistão corre na superfície da placa de
deslizamento.
Quando um tambor de cilindro gira, a sapata do pistão
segue a superfície da placa de deslizamento (a placa
de deslizamento não gira). Uma vez que a placa de
deslizamento está a um dado ângulo o pistão alterna
dentro do cilindro. Em uma das metades do ciclo
de rotação, o pistão sai do bloco do cilindro e gera
um volume crescente. Na outra metade do ciclo de
rotação, este pistão entra no bloco e gera um volume
decrescente.
Na prática, o tambor do cilindro é adaptado com muitos
pistões. As sapatas dos pistões são forçadas contra a
superfície da placa de deslizamento pela sapata e pela
mola. Para separar o fluido que entra do fluido que sai,
uma placa de orifício é colocada na extremidade do
bloco do cilindro, que fica do lado oposto ao da placa
de deslizamento.
Um eixo é ligado ao tambor do cilindro, que o conecta
ao elemento acionado. Este eixo pode ficar localizado
na extremidade do bloco, onde há fluxo, ou, como
acontece mais comumente, ele pode ser posicionado
na extremidade da placa de deslizamento. Neste caso,
a placa de deslizamento e a sapata têm um furo nos
seus centros para receber o eixo. Se o eixo estiver
posicionado na outra extremidade, a placa de orifício
tem o furo do eixo.
A bomba de pistão que foi descrita acima é conhecida
como uma bomba de pistão em linha ou axial, isto é, os
pistões giram em torno do eixo, que é coaxial com o eixo
da bomba. As bombas de pistão axial são as bombas
de pistão mais populares em aplicações industriais.
Outros tipos de bombas de pistão são as bombas de
eixo inclinado e as de pistão radial.
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23
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Training
Bombas de Pistão Axial de Volume
Variável
O deslocamento da bomba de pistão axial é determinado
pela distância que os pistões são puxados para dentro
e empurrados para fora do tambor do cilindro.Visto que
o ângulo da placa de deslizamento controla a distância
em uma bomba de pistão axial, nós devemos somente
mudar o ângulo da placa de deslizamento para alterar
o curso do pistão e o volume da bomba.
Com a placa de deslizamento posicionada a um ângulo
grande, os pistões executam um curso longo dentro do
tambor do cilindro.
Com a placa de deslizamento posicionada a um ângulo
pequeno, os pistões executam um curso pequeno
dentro do tambor do cilindro.
Variando-se um ângulo da placa de deslizamento, o
fluxo de saída da bomba pode ser alterado. Vários
meios para variar o ângulo da placa de deslizamento
são oferecidos por diversos fabricantes. Estes meios
vão desde um instrumento de alavanca manual até uma
sofisticada servoválvula.
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24 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Training
Bombas de Pistão Axial de Pressão
Compensada
As bombas de pistão axial podem também ser feitas
com pressão compensada. A placa de deslizamento
das bombas está conectada a um pistão que sente a
pressão do sistema.
Quando a pressão do sistema fica mais alta do que a da
mola que comprime o pistão do compensador, o pistão
movimenta a placa de deslizamento. Quando esta
atinge o limitador mecânico, o seu centro fica alinhado
com o tambor do cilindro. Os pistões não se alternam
no sistema do cilindro. Isso resulta em ausência de
fluxo no sistema.
Bombas de Pistão Axial Reversíveis
Como foi ilustrado, o deslocamento de uma bomba de
pistão axial e, consequentemente, o seu volume de
saída, podem ser variados modificando-se o ângulo
da placa de deslizamento. Foi também mostrado que
a bomba não desenvolverá fluxo quando a placa de
deslizamento estiver em posição coaxial com o tambor
do cilindro.Algumas placas de deslizamento de bombas
de pistão axial têm a capacidade de inverter o ângulo
de trabalho. Isto faz com que volumes crescentes e
decrescentes sejam gerados nos orifícios opostos. Há
reversão de fluxo através da bomba.
Na ilustração da bomba de pistão axial reversível,
pode-se ver que os orifícios A e B podem ser tanto
um orifício de entrada como de saída, dependendo
do ângulo da placa de deslizamento. Isso acontece
com o tambor do cilindro girando na mesma direção.
As bombas de pistão axial reversíveis são geralmente
usadas em transmissões hidrostáticas. As bombas de
pistão axial podem ser de deslocamento variável, de
pressão compensada ou de deslocamento variável
e reversível. Estas combinações também estão
disponíveis com as bombas de pistão de projeto radial
e de eixo inclinado.
Eficiência Volumétrica
Enquanto gira a uma velocidade constante, nós
geralmente imaginamos que uma bomba de
deslocamento positivo libere uma taxa de fluxo
constante, seja qual for o sistema de pressão. Isto
não é inteiramente verdadeiro. Quando aumenta a
pressão do sistema, aumenta o vazamento interno dos
vários mecanismos de bombeamento.Isto resulta num
fluxo de saída menor. O grau em que isso acontece é
conhecido como eficiência volumétrica.
A expressão que descreve a eficiência volumétrica é:
	 Saída Real x 100
Eficiência Volumétrica (%) =
	
Saída Teórica
Por exemplo, se uma bomba específica tivesse uma
saída teórica de 40 litros/min a 1.200 rpm, mais uma
saída real de 36 litros/min a 70 kgf/cm2, a eficiência
volumétrica seria de 90%. Tipicamente, as bombas de
pistão têm uma eficiência volumétrica inicial que alcança
90%. Os equipamentos de palheta e engrenagem têm
uma eficiência volumétrica que varia de 85% a 95%.
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25
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
4. Válvulas de Controle Direcional
Devemos saber que uma válvula de controle direcional
possui no mínimo dois quadrados, ou seja, realiza no
mínimo duas manobras.
Número de Vias
O número de vias de uma válvula de controle direcional
corresponde ao número de conexões úteis que uma
válvula pode possuir.
Nos quadrados representativos de posição podemos
encontrar vias de passagem, vias de bloqueio ou a
combinação de ambas.
Para fácil compreensão do número de vias de uma
válvula de controle direcional podemos também
considerar que:
= Passagem = 02 vias
= Bloqueio = 01 via
As válvulas de controle direcional consistem de um
corpo com passagens internas que são conectadas
e desconectadas por uma parte móvel. Nas válvulas
direcionais, e na maior parte das válvulas hidráulicas
industriais, conforme já vimos, a parte móvel é o
carretel. As válvulas de carretel são os tipos mais
comuns de válvulas direcionais usados em hidráulica
industrial.
Identificação de uma Válvula de Controle
Direcional
As válvulas de controle direcional são representadas
nos circuitos hidráulicos através de símbolos gráficos.
Para identificação da simbologia devemos considerar:
	
	 Número de posições
	 Número de vias
	 Posição normal
	 Tipo de acionamento
Número de Posições
As válvulas são representadas graficamente por
quadrados.O número de quadrados unidos representa
o número de posições ou manobras distintas que uma
válvula pode assumir.
∆∆∆∆
PASSAGEM	 BLOQUEIO	 AMBAS	 AMBAS
02 VIAS	 03 VIAS	 04 VIAS
02 POSIÇÕES	 03 POSIÇÕES
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Training
Observação: Devemos considerar apenas a
identificação de um quadrado. O número de vias deve
corresponder nos dois quadrados.
Posição Normal
Posição normal de uma válvula de controle direcional é
a posição em que se encontram os elementos internos
quando a mesma não foi acionada. Esta posição
geralmente é mantida por força de uma mola.
Tipo de Acionamento
O tipo de acionamento de uma válvula de controle
direcional define a sua aplicação no circuito, estes
acionamentos podem ocorrer por força muscular,
mecânica, pneumática, hidráulica ou elétrica.
Válvula Direcional de 2/2 Vias
Uma válvula direcional de 2 vias consiste de duas
passagens que são conectadas e desconectadas. Em
uma posição extrema do carretel, o curso de fluxo é
aberto através da válvula. No outro extremo não há
fluxo através da válvula.
Uma válvula de 2 vias executa uma função de liga-
desliga.Esta função é usada em muitos sistemas, como
trava de segurança e para isolar ou conectar várias
partes do sistema.
Válvula Direcional de 3/2 Vias
Uma válvula de 3 vias consiste de três passagens
dentro de um corpo de válvula - via de pressão, via de
tanque e uma via de utilização.
A função desta válvula é pressurizar o orifício de um
atuador. Quando o carretel está posicionado no outro
extremo, a válvula esvazia o mesmo orifício do atuador.
Em outras palavras, a válvula pressuriza e esvazia
alternadamente um orifício do atuador.
Válvulas Direcionais de 3 Vias,
no Circuito
Uma válvula direcional de 3 vias é usada para operar
atuadores de ação simples, como cilindros, martelos
e cilindros com retorno por mola.
Nestas aplicações, a válvula de 3 vias remete pressão
do fluido e o fluxo para o lado traseiro do cilindro.
Quando o carretel é acionado para a outra posição
extrema, o fluxo para o atuador é bloqueado.Ao mesmo
tempo a via do atuador, dentro do corpo, é conectada
ao tanque.
Um cilindro martelo vertical retorna pelo seu próprio
peso, ou pelo peso de sua carga, quando a via do
atuador de uma válvula de 3 vias é drenada para o
tanque. Num cilindro de retorno de mola, a haste do
pistão é retornada por uma mola que está dentro do
corpo do cilindro.
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Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
Em aplicações hidráulicas industriais, geralmente não
são encontradas válvulas de 3 vias. Se uma função de
3 vias for requerida, uma válvula de 4 vias é convertida
em uma válvula de 3 vias, plugando-se uma via do
atuador.
Válvulas Normalmente Abertas e
Válvulas Normalmente Fechadas
As válvulas de 2 vias e as válvulas de 3 vias com retorno
por mola podem ser tanto normalmente abertas como
normalmente fechadas, isto é, quando o atuador não
está energizado, o fluxo pode passar ou não através da
válvula. Numa válvula de 3 vias e duas posições, por
haver sempre uma passagem aberta através da válvula,
o “normalmente fechada” indica que a passagem “p”
fica bloqueada quando o acionador da válvula não é
energizado.
Quando as válvulas direcionais de retorno por mola
são mostradas simbolicamente no circuito, a válvula
é posicionada no circuito para mostrar a sua condição
normal.
Válvula Direcional de 4/2 Vias
A função de uma válvula direcional de 4 vias é causar
o movimento de reversão de um cilindro ou de um
motor hidráulico. Para desempenhar esta função, o
carretel dirige o fluxo de passagem da bomba para
uma passagem do atuador quando ele está em uma
posição extrema. Ao mesmo tempo, o carretel é
posicionado para que a outra passagem do atuador
seja descarregada para o tanque.
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Válvulas Direcionais de 4/2 Vias,
no Circuito
Visto que todas as válvulas são compostas de um corpo
e de uma parte interna móvel, a parte móvel de todas
as válvulas tem pelo menos duas posições, ambas
nos extremos. Estas duas posições, numa válvula
direcional, são representadas por dois quadrados
separados. Cada quadrado mostra, por meio de setas,
como o carretel está conectado às vias dentro do corpo,
naquele ponto.
Quando a válvula é mostrada simbolicamente, os
dois quadrados são conectados juntos, mas quando
colocada num circuito, somente um quadrado é
conectado ao circuito.Com este arranjo, a condição da
válvula permite a visualização do movimento do cilindro
em uma direção.Para visualizar o atuador se movendo
na direção oposta, sobreponha mentalmente um dos
quadrados do símbolo ao outro, dentro do circuito.
Válvula de 4/2 Vias Montadas em
Sub-Base
Os corpos das válvulas direcionais de 4 vias que foram
ilustrados tinham via para tanque e via de pressão
situadas de um lado.
As vias de utilização estavam posicionadas do lado
oposto do corpo.Esse arranjo seguia de perto o símbolo
da válvula.
Entretanto, para facilitar a instalação, a maioria das
válvulas direcionais de hidráulica industrial é montada
em placas, isto é, elas são parafusadas a uma placa,
que é conectada à tubulação. As vias das válvulas
montadas com sub-base são localizadas no lado inferior
do corpo da válvula.
Atuadores de Válvulas Direcionais
Nós vimos que o carretel de uma válvula direcional
pode estar posicionado em uma ou outra posição
extrema. O carretel é movido para essas posições por
energia mecânica, elétrica, hidráulica, pneumática ou
muscular.
As válvulas direcionais cujos carretéis são movidos por
força muscular são conhecidas como válvulas operadas
manualmente ou válvulas acionadas manualmente.
Os tipos de acionadores manuais incluem alavancas,
botões de pressão e pedais.
acionam.
muscular
geral
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Como Funciona um Solenóide
Quando uma corrente elétrica passa pela bobina, gera-
se um campo magnético.Este campo magnético atrai o
induzido e o empurra para dentro da bobina. Enquanto
o induzido entra na bobina, ele fica em contato com um
pino acionador e desloca o carretel da válvula direcional
para uma posição extrema.
Os atuadores manuais são usados em válvulas
direcionais cuja operação deve ser sequenciada e
controlada ao arbítrio do operador.
Os carretéis das válvulas direcionais podem também
ser acionados por pressão de fluido, tanto a ar como
hidráulica. Nestas válvulas, a pressão do piloto é
aplicada nas duas sapatas laterais do carretel, ou
aplicada em uma sapata ou pistão de comando.
Um tipo muito comum de atuador mecânico é o rolete.
O rolete é atuado por um came que está ligado a um
acionador. O atuador mecânico é usado quando a
mudança de uma válvula direcional deve ocorrer ao
tempo que o atuador atinge uma posição específica.
Um dos meios mais comuns de operação de uma
válvula direcional é por solenóide.
Um solenóide é um dispositivo elétrico que consiste
basicamente de um induzido, uma carcaça “C” e uma
bobina. A bobina é enrolada dentro da carcaça “C”.
O carretel fica livre para se movimentar dentro da
bobina.
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Limitações do Solenóide
As válvulas direcionais operadas por solenóide têm
algumas limitações. Quando um sistema hidráulico é
usado num ambiente úmido ou explosivo, não se devem
usar solenóides comuns.Quando a vida de uma válvula
direcional deve ser extremamente longa, geralmente
a válvula de solenóide controlada eletricamente é
inadequada.
Provavelmente, a maior desvantagem dos solenóides é
que a força que eles podem desenvolver para deslocar
o carretel de uma válvula direcional é limitada.De fato, a
força requerida para deslocar o carretel de uma válvula
direcional é substancial, nos tamanhos maiores.
Como resultado as válvulas direcionais que usam
solenóides diretamente para deslocar o carretel são as
do tamanho CETOP 3 (TN 6) e CETOP 5 (TN 10).
As de tamanho CETOP 7 (TN 16), CETOP 8 (TN
25) e CETOP 10 (TN 32) são operadas por pressão
hidráulica de piloto. Nestas válvulas maiores, uma
válvula direcional tamanho CETOP 3 (TN 6), operada
por solenóide, está posicionada no topo da válvula
maior. O fluxo de uma válvula pequena é direcionado
para qualquer um dos lados do carretel da válvula
grande, quando há necessidade de deslocamento.
Estas válvulas são chamadas de válvulas direcionais
operadas por piloto, controladas por solenóide.
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Retorno por Mola
Uma válvula direcional de 2 posições geralmente usa
um tipo de atuador para acionar o carretel da válvula
direcional para uma posição extrema. O carretel é
geralmente retornado para a sua posição original por
meio de uma mola. As válvulas de 2 posições desta
natureza são conhecidas como válvulas com retorno
por mola.
Pino de Trava (Detente)
Se dois acionadores são usados para deslocar o
carretel de uma válvula de duas posições, às vezes há
necessidade de travamento. A trava é um mecanismo
de posicionamento que mantém o carretel numa
dada posição. O carretel de uma válvula com trava é
equipado com ranhuras ou rasgos. Cada ranhura é um
receptáculo para uma peça móvel carregada por mola.
Na trava ilustrada, a peça móvel é uma esfera. Com
a esfera na ranhura, o carretel é deslocado, a esfera
é forçada para fora de uma ranhura e para dentro de
outra. As válvulas direcionais equipadas com travas
não precisam manter os seus acionadores energizados
para se manter na posição.
Nota: Somente uma energização momentânea do
solenóide é necessária para deslocar o êmbolo e
mantê-lo posicionado, numa válvula com detente. A
mínima duração do sinal deve ser de aproximadamente
0,1 segundo para ambas as tensões CA e CC.O êmbolo
será mantido em sua posição travada, somente se a
válvula for montada na condição horizontal e sem a
presença de choques hidráulicos e vibrações.
Tipos de Centro
Com referências às várias possibilidades de vias de
fluxo através de uma válvula direcional, as vias de
fluxo seriam consideradas únicas enquanto o carretel
estivesse em cada posição. No entanto, há posições
intermediárias do carretel. As válvulas de controle
direcional de 4 vias, usadas na indústria móbil, têm
frequentemente diversas posições intermediárias entre
os extremos.As válvulas hidráulicas industriais de 4 vias
são geralmente válvulas de 3 posições, consistindo de
2 posições extremas e uma posição central.
As duas posições extremas da válvula direcional
de quatro vias estão diretamente relacionadas ao
movimento do atuador. Elas controlam o movimento
do atuador em uma direção, tanto quanto na outra. A
posição central de uma válvula direcional é projetada
para satisfazer uma necessidade ou condição do
sistema. Por este motivo, a posição central de uma
válvula direcional é geralmente designada de condição
de centro.
Há uma variedade de condições centrais disponíveis
nas válvulas direcionais de quatro vias.Algumas destas
condições mais conhecidas são: centro aberto, centro
fechado, centro tandem e centro aberto negativo.Estas
condições de centro podem ser conseguidas dentro do
próprio corpo da válvula, com a simples utilização de
um êmbolo adequado.
Condição de Centro Aberto
Uma válvula direcional com um êmbolo de centro aberto
tem as passagens P, T, A e B, todas ligadas umas às
outras na posição central.
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Os carretéis das válvulas direcionais de centro fechado
têm algumas desvantagens. Uma delas é que o fluxo
da bomba não pode ser descarregado para o tanque,
através de válvula direcional, durante o tempo em que
o atuador está inativo. Outra desvantagem é que o
carretel, nesta válvula, vaza como em qualquer válvula
do tipo carretel. Além disso, se o carretel ficar sujeito à
pressão do sistema por mais de uns poucos minutos, a
pressão se equalizará nas linhas A e B dos atuadores,
a aproximadamente metade da pressão do sistema.
O caminho de vazamento através da superfície de
bloqueio do carretel da válvula direcional são orifícios
que medem o fluxo. Quando na posição de centro, a
pressão do sistema atua na via “P” da válvula. Esta
posição causa o fluxo do fluido através da superfície
de bloqueio para a passagem do atuador. Então, o
vazamento passa através do restante da superfície de
bloqueio para a passagem do tanque. A pressão, na
via do atuador, a essa altura será aproximadamente a
metade da pressão do sistema.
Válvulas de Centro Aberto no Circuito
Uma condição de centro aberto permite o movimento
livre do atuador enquanto o fluxo da bomba é devolvido
ao tanque a uma pressão baixa. As válvulas de 4 vias,
de centro aberto, são muitas vezes usadas em circuitos
de atuadores simples.
Nestes sistemas, depois do atuador completar o seu
ciclo, o carretel da válvula direcional é centralizado e
o fluxo da bomba retorna ao tanque a uma pressão
baixa. Ao mesmo tempo, o atuador fica livre para se
movimentar. Uma desvantagem da válvula de centro
aberto é que nenhum outro atuador pode ser operado
quando a válvula estiver centrada.
Condição de Centro Fechado
Uma válvula direcional com um carretel de centro
fechado tem as vias P, T, A e B, todas bloqueadas na
posição central.
Válvulas de Centro Fechado no Circuito
Uma condição de centro fechado pára o movimento
de um atuador, bem como permite que cada atuador
individual, no sistema, opere independentemente de
um suprimento de força.
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Válvulas de Centro em Tandem no
Circuito
Uma condição de centro em tandem pára o movimento
do atuador, mas permite que o fluxo da bomba retorne
ao tanque sem passar pela válvula limitadora de
pressão.
Uma válvula direcional com um carretel de centro em
tandem tem a vantagem óbvia de descarregar a bomba
enquanto em posição central. Mas, na realidade, o
carretel apresenta algumas desvantagens que podem
não ser aparentes.
Já foi dito que várias condições de centro podem ser
conseguidas com uma válvula direcional de 4 vias,
simplesmente inserindo o carretel apropriado no corpo
da válvula. Quando um carretel de centro em tandem
é usado no corpo da válvula direcional, a taxa de fluxo
nominal diminui. Além disso, as condições de centro
e de descarga do carretel não são tão boas como
poderiam parecer quando se olha para um símbolo de
centro em tandem.
Por que a metade? Porque o fluxo de vazamento da
via “P” para a via do atuador é exatamente o mesmo
da via do atuador para o tanque. Visto que a taxa
de vazamento de fluxo, através dessas passagens,
é a mesma, elas devem ter diferenciais de pressão
similares.No circuito do exemplo, se a válvula direcional
está sujeita à regulagem da válvula limitadora de
pressão 70 kgf/cm2
, quando está na posição central,
uma pressão de aproximadamente 35 kgf/cm2
será
observada nas linhas do atuador depois de alguns
minutos. Isto gerará um desequilíbrio de forças no
cilindro, o que faz com que a haste do cilindro avance
lentamente.
Condição de Centro em Tandem
Uma válvula direcional com um carretel de centro em
tandem tem as vias P e T conectadas, e as vias A e B
bloqueadas na posição central.
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As vias P e T de uma válvula hidráulica industrial de 4
vias não estão localizadas próximas uma da outra. A
via “P” no centro e a via “T” nos extremos estão ligadas,
quando na posição central, por meio de uma passagem
por dentro do carretel.
Isto não é uma condição ideal, porque resulta num
diferencial de pressão, que reduz a vazão nominal da
válvula P	 T.
Não é incomum encontrar, num circuito, várias válvulas
de centro em tandem conectadas em série.A justificativa
desta situação é que cada atuador pode trabalhar um
tanto independentemente de outro e, ao mesmo tempo,
a bomba pode ser descarregada quando as válvulas de
centro em tandem são acionadas para o centro.
Outra característica de uma válvula direcional de
centro em tandem é que a taxa de fluxo nominal da
válvula é diminuída. Para que haja um curso de fluxo
razoavelmente dimensionado, de P para T na posição
central, o eixo do carretel entre as sapatas é muito mais
largo do que em qualquer outro tipo de carretel. Isso
resulta num curso de fluxo restrito quando o carretel é
deslocado para qualquer extremo.
Nota: Os carretéis da válvula direcional de centro em
tandem operam um tanto diferentemente de outros
carretéis. Por causa de sua construção, quando um
carretel de centro em tandem é acionado para o lado
direito da válvula, o fluxo passa de P para A. Mas, em
qualquer outro carretel, o fluxo passa de P para B. Em
consequência, se um carretel de centro em tandem
substitui qualquer outro tipo de carretel, controlado
por essa válvula direcional, ele operará no sentido
inverso.
Centro Aberto Negativo
Uma válvula direcional com um carretel de centro
aberto negativo tem a via “P” bloqueada, e as vias A,
B e T conectadas na posição central.
Válvulas de Centro Aberto Negativo no
Circuito
Uma condição de centro aberto negativo permite
a operação independente dos atuadores ligados à
mesma fonte de energia, bem como torna possível
a movimentação livre de cada atuador. A vantagem
deste tipo de centro é que as linhas do atuador não
têm aumento na pressão quando a via “P” é bloqueada,
como na válvula de centro fechado.
A desvantagem deste carretel é que uma carga não
pode ser parada ou mantida no lugar. Se isto for um
requerimento do sistema, pode-se usar uma válvula
de retenção operada por piloto em conjunto com a
válvula do carretel Aberto Negativo. Se a carga tiver
que ser somente parada, usa-se um carretel de centro
aberto negativo com orifícios de medição nas tomadas
A e B. Os orifícios restringem o fluxo através de A e B
quando a válvula está centralizada. Isso provoca uma
contrapressão no cilindro, que pára a carga.No entanto,
depois que a pressão cai, não há aumento de pressão
nas linhas do atuador em resultado do vazamento da
via “P”.
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5. Atuadores Hidráulicos e
Acumuladores Hidráulicos
Os atuadores hidráulicos convertem a energia de
trabalho em energia mecânica. Eles constituem os
pontos onde toda a atividade visível ocorre, e são uma
das principais coisas a serem consideradas no projeto
da máquina.
Os atuadores hidráulicos podem ser divididos basica-
mente em dois tipos: lineares e rotativos.
Cilindros
Cilindros hidráulicos transformam trabalho hidráulico
em energia mecânica linear, a qual é aplicada a um
objeto resistivo para realizar trabalho.
Os cilindros foram citados brevemente há pouco. Um
cilindro consiste de uma camisa de cilindro, de um
pistão móvel e de uma haste ligada ao pistão. Os
cabeçotes são presos ao cilindro por meio de roscas,
prendedores, tirantes ou solda (a maioria dos cilindros
industriais usa tirantes).
Conforme a haste se move para dentro ou para fora,
ela é guiada por embuchamentos removíveis chamados
de guarnições. O lado para o qual a haste opera é
chamado de lado dianteiro ou cabeça do cilindro. O
lado oposto sem haste é o lado traseiro. Os orifícios de
entrada e saída estão localizados nos lados dianteiro
e traseiro.
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A Haste do Pistão
Aço de alta resistência, retificada, cromada e polida para assegurar
uma superfície lisa, resistente a entalhes para uma vedação efetiva
e longa vida.
Características e Benefícios
Mancal Parker Jewel
A longa superfície de apoio fica dentro da vedação para melhor
lubrificação e vida mais longa. O mancal Jewel, completo com
vedações da haste, pode ser facilmente removido sem desmontar
o cilindro, de forma que a manutenção é mais rápida e, portanto,
mais econômica.
Guarnição de Limpeza de Borda Dupla
A guarnição de limpeza de borda dupla funciona como guarnição
secundária e impede a entrada de sujeira no cilindro. Isto aumenta
a vida do mancal e das vedações.
Vedação de Borda Serrilhada
A vedação de borda serrilhada da Parker possui uma série de
bordas de vedação que assumem seu papel sucessivamente ao
aumentar a pressão.
A combinação da vedação de borda serrilhada com a guarnição de
limpeza de borda dupla garante a haste seca dos cilindros Parker, o
que significa ausência de gotejamento, uma contribuição importante
à saúde, segurança e economia.
Vedações do Corpo do Cilindro
Vedações do corpo sob pressão asseguram que o cilindro seja à
prova de vazamentos, mesmo sob choques de pressão.
O Tubo do Cilindro
São fabricados com aço de alta qualidade, brunido com precisão e
alto grau de acabamento, assegurando vida longa às vedações.
Pistão de Ferro Fundido Inteiriço
O pistão tem amplas superfícies de apoio para resistir a cargas
laterais e um longo encaixe por rosca na haste do pistão. Como
característica de segurança adicional, o pistão é fixado por Loctite
e por um pino de travamento.
Encaixe do Tubo
Uma saliência usinada com precisão em ambas as extremidades do
tubo, concêntrica com o diâmetro interno do tubo, permite que os
cilindros sejam alinhados rápida e precisamente para uma máxima
vida em operação.
Anel de Amortecimento Flutuante e Luvas de Amortecimento
O anel de amortecimento flutuante e a luva são autocentrantes,
permitindo tolerâncias estreitas e, portanto, um amortecimento mais
eficaz. No curso de retorno, uma válvula de retenção com esfera
na extremidade do cabeçote traseiro permite que seja aplicada
pressão a toda a área do pistão para maior potência e velocidade
de partida.
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Força do Cilindro
Através do curso do cilindro, a energia de trabalho
hidráulica é aplicada à área do seu pistão.O componente
da pressão da energia de trabalho aplicada ao pistão será
não mais do que a resistência que a carga oferece.
Muitas vezes, é preciso conhecer qual é a pressão que
deve ser aplicada no cilindro de certo tamanho para se
desenvolver uma dada força na saída.Para determinar
a pressão, a fórmula usada é a seguinte:
Força
	 Pressão =
Área
Quando a fórmula foi usada anteriormente, a área e a
pressão, ou a área e a força, foram dadas. Mas muitas
vezes somente o tamanho do cilindro (diâmetro) é
conhecido, e a área deve ser calculada. Este cálculo é
tão fácil quanto calcular a área de um quadrado.
Força de Avanço Teórico e Volume do Fluido Deslocado
Área de um Círculo
É verdade que a área de um círculo é exatamente
78.54% da área de um quadrado, cujos lados têm o
comprimento igual ao do diâmetro do círculo (D).
Para determinar a área de um círculo, multiplique o
diâmetro do círculo por si mesmo e, em seguida, por
0.7854.
	 Área do Círculo = (diâmetro)2
x 0.7854
A fórmula mais comumente usada é:
π D2
	 Área do Círculo =
4
	 32	 8,04	 80	 176	 402	 885	 724	 1595	 1045	 2302	 1367	 3011	 1688	 3718	 8,04	 .0018
	 40	 12,57	 126	 277	 638	 1383	 1131	 2491	 1634	 3599	 2137	 4807	 2640	 5815	 12,57	 .0028
	 50	 19,64	 196	 432	 982	 2163	 1768	 3894	 2553	 5623	 3339	 7355	 4124	 9064	 19,64	 .0043
	 63	 31,18	 312	 687	 1559	 3434	 2806	 6181	 4053	 8927	 5301	 11676	 6548	 14423	 31,18	 .0069
	 80	 50,27	 503	 1108	 2513	 5535	 4524	 9965	 6535	 14394	 8546	 18824	 10557	 23253	 50,27	 .0111
	 100	 78,55	 785	 1729	 3927	 8650	 7069	 15570	 10211	 22491	 13353	 29412	 16495	 36332	 78,55	 .0173
	 125	 122,72	 1221	 2689	 6136	 13516	 11045	 24328	 15954	 35141	 20662	 45951	 25771	 46761	 122,7	 .0270
	 160	 201,06	 2010	 4427	 10053	 22143	 18095	 39857	 26138	 57573	 34180	 75286	 42223	 93002	 201,1	 .0442
	 200	 314,16	 3142	 6921	 15708	 34599	 28274	 62277	 40841	 89958	 53407	 117636	 65974	 145317	 314,2	 .0691
Força de Avançoø
Pistão
Área
Pistão 10 bar 50 bar 130 bar90 bar 170 bar 210 bar p/ 10 mm de curso
Volume de fluido
deslocado
cm2
kgfmm ibf kgf ibf kgf ibf kgf ibf kgf ibf kgf ibf ml gal. imp.
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Estilo de Montagem do Cilindro
Os pistões podem ser montados de várias formas ou
estilos, entre os quais estão as montagens por flange,
por munhão, por sapatas (orelhas) laterais, montagem
por base, etc.
O oscilador hidráulico é um atuador rotativo com campo
de giro limitado. Um tipo muito comum de atuador
rotativo é chamado de atuador de cremalheira e pinhão.
Esse tipo especial de atuador rotativo fornece um torque
uniforme em ambas as direções e através de todo o
campo de rotação. Nesse mecanismo, a pressão do
fluido acionará um pistão que está ligado à cremalheira
que gira o pinhão.
Unidades de cremalheira e pinhão do tipo standard
podem ser encontradas em rotações de 90, 180,
360 graus ou mais. As variações dos atuadores de
cremalheira e pinhão podem produzir unidades com
saídas de torque de até 60 x 104
kgf.m.
Atuadores Rotativos
Até agora discutimos sobre os atuadores lineares, que
são conhecidos como cilindros.Daqui em diante vamos
falar sobre atuadores rotativos. Esses mecanismos
são compactos, simples e eficientes. Eles produzem
um torque alto e requerem pouco espaço e montagem
simples.
De um modo geral aplicam-se atuadores em indexação
de ferramental de máquina, operações de dobragem,
levantamento ou rotação de objetos pesados, funções
de dobragem, posicionamento, dispositivos de
usinagem, atuadores de leme, etc.
Campo de Aplicação
São utilizados para:
	 Manuseio de Material
	 Máquina Ferramenta
	 Maquinaria de Borracha e Plástico
	 Equipamento Móbil
	 Robótica
	 Empacotamento
	 Comutação de Válvula
	 Indústria Múltiplo-Processo
	 Marinha Comercial/Militar
	 Processamento de Alimento
	 Fabricação de Componentes Eletrônicos
	 Linhas de Transferência
Osciladores Hidráulicos
Convertem energia hidráulica em movimento rotativo,
sob um determinado número de graus.
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Oscilador de Palheta
Tipos
Palheta Simples
Palheta Dupla
Estes modelos são providos de máximo valor de saída
de torque para um tamanho reduzido. Utilizados para
uma grande variedade de aplicações industriais, são
disponíveis em modelo de palheta simples, onde possui
um ângulo de rotação máxima de 280°. A unidade
de palheta dupla produz em dobro o torque de saída
para uma mesma dimensão de carcaça e tem um giro
máximo limitado a 100°.
Os motores hidráulicos transformam a energia de
trabalho hidráulico em energia mecânica rotativa, que
é aplicada ao objeto resistivo por meio de um eixo.
Todos os motores consistem basicamente de uma
carcaça com conexões de entrada e saída e de um
conjunto rotativo ligado a um eixo. O conjunto rotativo,
no caso particular do motor tipo palheta ilustrado,
consiste de um rotor e de palhetas que podem
deslocar-se para dentro e para fora nos alojamentos
das palhetas
Funcionamento
O rotor do motor é montado em um centro que está
deslocado do centro da carcaça. O eixo do rotor está
ligado a um objeto que oferece resistência. Conforme
o fluido entra pela conexão de entrada, a energia de
trabalho hidráulica atua em qualquer parte da palheta
exposta no lado da entrada. Uma vez que a palheta
superior tem maior área exposta à pressão, a força do
rotor fica desbalanceada e o rotor gira.
Conforme o líquido alcança a conexão de saída, onde
está ocorrendo diminuição do volume, o líquido é
recolocado.
Nota: Antes que um motor deste tipo possa operar,
as palhetas devem ser estendidas previamente e uma
vedação positiva deve existir entre as palhetas e a
carcaça.
Motores Hidráulicos
palheta
eixo
anel
rotor
orifício
de entrada placa de
orifício
orifício de
saída
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Motores de Engrenagem
Um motor de engrenagem é um motor de deslocamento
positivo que desenvolve um torque de saída no seu
eixo, através da ação da pressão hidráulica nos dentes
da engrenagem.
Um motor de engrenagem consiste basicamente de
uma carcaça com aberturas de entrada e de saída e
um conjunto rotativo composto de duas engrenagens.
Uma das engrenagens, a engrenagem motora, é ligada
a um eixo que está ligado a uma carga. A outra é a
engrenagem movida.
O motor de pistão é um motor de deslocamento positivo
que desenvolve um torque de saída no seu eixo por
meio da pressão hidráulica que age nos pistões.
O conjunto rotativo de um motor de pistão consiste
basicamente de placa de deslizamento, tambor de
cilindro, pistões, placa retentora, mola de retenção,
placa de orifício e eixo.
Os Motores Hidráulicos trabalham no
Princípio Inverso de uma Bomba Hidráulica
Drenos de Motor
Os motores usados em sistemas hidráulicos industriais
são quase que exclusivamente projetados para serem
bidirecionais (operando em ambas as direções).Mesmo
aqueles motores que operam em sistema de uma só
direção (unidirecional) são provavelmente motores
bidirecionais de projeto.
Com a finalidade de proteger a sua vedação do eixo, os
motores bidirecionais, de engrenagem de palheta e de
pistão são, de modo geral, drenados externamente.
Potência Mecânica
A unidade de potência mecânica é o :
	 kgf.m		 joule
		 : 9,81 =		 = W
	 s		 s
Obs.: O cavalo - vapor é uma medida de potência 	
	 muito usada e equivale a:
		 75 kgf.m
	 1 cv = 735,75W =
		 s
250 kgf
0,3
m
etro
objeto
resistivo
1
seg
Motores de Pistão
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41
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
Se um cilindro ou um motor hidráulico aplica uma
força mecânica de 250 kgf contra uma carga resistível
à distância de 0,3 metros no tempo de um segundo, a
potência gerada é de 250 kgf x 0,3 m/s = 75,0 kgf.m/s ou
736 J/s ou 736 W. A potência equivale a:
	 736W
		 = 0,986 HP
	 746W/HP
Se o mesmo trabalho fosse realizado em meio segundo
a potência desenvolvida seria de 1472 W ou 1,972 HP.
Equivalência em Potência Elétrica e
Calor.
1 cv = 0,986 HP
1 cv = 4.500 kgm/mim ou 75 kgm/s
1 cv = 736 W (potência elétrica)
1 cv = 41,8 BTU/min = 10,52 kcal/s
1 HP = 33.000 lb pé por minuto
1 HP = 746 W
1 HP = 42,4 BTU/min
Acumuladores Hidráulicos
Um acumulador armazena pressão hidráulica. Esta
pressão é energia potencial, uma vez que ela pode ser
transformada em trabalho.
Tipos de Acumuladores
Os acumuladores são basicamente de 3 tipos:carrega-
dos por peso, carregados por mola e hidropneumá-
ticos.
Entre os 3 tipos apresentados ilustraremos o príncipio
de funcionamento dos acumuladores hidropneumá-
ticos por serem os mais empregados.
Acumuladores Hidropneumáticos
O acumulador hidropneumático é o tipo mais comum
de acumulador usado na hidráulica industrial.Esse tipo
de acumulador aplica a força do líquido usando um gás
comprimido, que age como mola.
Nota: Em todos os casos de acumuladores
hidropneumáticos de aplicação industrial, o gás usado
é o nitrogênio seco.Ar comprimido não pode ser usado
por causa do perigo de explosão - vapor ar-óleo.
Os acumuladores hidropneumáticos estão divididos
nos tipos: pistão, diafragma e bexiga. O nome de cada
tipo indica a forma de separação do líquido do gás.
Acumuladores Tipo Pistão
O acumulador tipo pistão consiste de carcaça e pistão
móvel. O gás que ocupa o volume acima do pistão fica
comprimido conforme o líquido é recalcado na carcaça.
Quando o acumulador fica cheio, a pressão do gás se
iguala à pressão do sistema.
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Acumuladores Tipo Diafragma
O acumulador do tipo diafragma consiste de dois
hemisférios de metal, que são separados por meio de
um diafragma de borracha sintética. O gás ocupa uma
câmara e o líquido entra na outra.
esta base de
metal evita a
extrusão da
bolsa
Gás
Acumuladores Tipo Bexiga
O acumulador tipo balão consiste de uma bexiga de
borracha sintética dentro de uma carcaça de metal. A
bexiga é enchida com gás comprimido. Uma válvula
do tipo assento, localizada no orifício de saída, fecha
o orifício quando o acumulador está completamente
vazio.
tubulação
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Training
Generalidades
As válvulas, em geral, servem para controlar a pressão,
a direção ou o volume de um fluido nos circuitos
hidráulicos.
As válvulas que estudaremos nesta unidade são do tipo
controladoras de pressão, que são usadas na maioria
dos sistemas hidráulicos industriais.
Essas válvulas são utilizadas para:
	 Limitar a pressão máxima de um sistema;
	 Regular a pressão reduzida em certas partes	
	 dos circuitos;
	 Outras atividades que envolvem mudanças
	 na pressão de operação.
São classificadas de acordo com o tipo de conexão,
pelo tamanho e pela faixa de operação.
A base de operação dessas válvulas é um balanço
entre pressão e força da mola.
A válvula pode assumir várias posições, entre os limites
de totalmente fechada a totalmente aberta.
As válvulas controladoras de pressão são usualmente
assim chamadas por suas funções primárias abaixo
relacionadas.
	 Válvula de Segurança
	 Válvula de Sequência
	 Válvula de Descarga
	 Válvula Redutora de Pressão
	 Válvula de Frenagem
	 Válvula de Contrabalanço
Limitadora de Pressão
∆∆∆
6. Válvula de Controle de Pressão
∆∆∆∆∆∆
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Training
A pressão máxima do sistema pode ser controlada
com o uso de uma válvula de pressão normalmente
fechada. Com a via primária da válvula conectada à
pressão do sistema e a via secundária conectada ao
tanque, o carretel no corpo da válvula é acionado por
um nível predeterminado de pressão, e neste ponto
as vias primárias e secundárias são conectadas e o
fluxo é desviado para o tanque. Esse tipo de controle
de pressão normalmente fechado é conhecido como
válvula limitadora de pressão.
Válvula de Sequência
Uma válvula de controle de pressão normalmente
fechada, que faz com que uma operação ocorra antes
da outra, é conhecida como válvula de sequência.
Válvula de Sequência no Circuito
Num circuito com operações de fixação e usinagem,
o cilindro de presilhamento deve avançar antes
do cilindro da broca. Para que isto aconteça, uma
válvula de sequência é colocada na linha do circuito,
imediatamente antes do cilindro da broca.
A mola na válvula de sequência não permitirá que o
carretel interligue as vias primárias e secundárias até
que a pressão seja maior do que a mola.O fluxo para o
cilindro da broca é bloqueado.Desta maneira, o cilindro
de presilhamento avançará primeiro.Quando o grampo
entra em contato com a peça, a bomba aplica mais
pressão para vencer a resistência.
Esse aumento de pressão desloca o carretel na válvula
de sequência. As vias principal e secundária são
interligadas. O fluxo vai para o cilindro da broca.
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Válvula de Contrabalanço
Umaválvuladecontroledepressãonormalmentefechada
pode ser usada para equilibrar ou contrabalancear um
peso, tal como o da prensa a que nos referimos. Esta
válvula é chamada de válvula de contrabalanço.
Vazão
Pressãodeentrada
Válvula de Contrabalanço no Circuito
Num circuito de uma prensa, quando a válvula direcio-
nal remete fluxo para o lado traseiro do atuador, o peso
fixado à haste cairá de maneira incontrolável. O fluxo
da bomba não conseguirá manter-se.
Para evitar esta situação, uma válvula de pressão
normalmente fechada é instalada abaixo do cilindro
da prensa. O carretel da válvula não conectará as vias
principal e secundária até que uma pressão, que é
transmitida à extremidade do carretel, seja maior do
que a pressão desenvolvida pelo peso (isto é, quando
a pressão do fluido estiver presente no lado traseiro do
pistão). Deste modo, o peso é contrabalanceado em
todo o seu curso descendente.
Válvula Redutora de Pressão
Uma válvula redutora de pressão é uma válvula de
controle de pressão normalmente aberta. Uma válvula
redutora de pressão opera sentindo a pressão do fluido
depois de sua via através da válvula. A pressão nestas
condições é igual à pressão ajustada da válvula, e o
carretel fica parcialmente fechado, restringindo o fluxo.
Esta restrição transforma todo o excesso de energia
de pressão, adiante da válvula, em calor.
Se cair a pressão depois da válvula, o carretel se abrirá
e permitirá que a pressão aumente novamente.
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Válvula Redutora de Pressão no Circuito
O circuito de fixação mostrado na ilustração requer
que o grampo do cilindro B aplique uma força menor
do que o grampo do cilindro A. Uma válvula redutora
de pressão colocada logo em seguida ao cilindro B
permitirá que o fluxo vá para o cilindro até que a pressão
atinja a da regulagem da válvula.
Neste ponto, o carretel da válvula é acionado, causando
uma restrição àquela linha do circuito. O excesso de
pressão, adiante da válvula, é transformado em calor.
O cilindro B grampeia a uma pressão reduzida.
Válvula de Descarga
Uma válvula de descarga é uma válvula de controle de
pressão normalmente fechada operada remotamente,
que dirige fluxo para o tanque quando a pressão,
numa parte remota do sistema, atinge um nível
predeterminado.
Válvula de Descarga no Circuito
Uma válvula limitadora de pressão operada diretamente,
usada num circuito de acumulador, significa que, uma
vez que o acumulador é carregado, o fluxo da bomba
retorna ao tanque a uma pressão igual à da válvula
limitadora de pressão. Isso significa um desperdício de
potência e uma desnecessária geração de calor. Uma
válvula de descarga operada remotamente, com sua
linha piloto conectada depois da válvula de retenção,
permitirá que o fluxo da bomba retorne ao tanque a
uma pressão mínima quando o acumulador estiver
pressurizado à mesma pressão do ajuste da válvula.
A bomba não precisa aplicar uma pressão alta para
operar a válvula de descarga, porque a válvula recebe
pressão de outra parte do sistema. Desde que a
pressão aplicada pela bomba seja desprezível, a
potência também o é:
Drenos
1 HP = (l/min) x (kgf/cm2
) x 0,0022
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O carretel, numa válvula de controle de pressão, se
movimenta dentro de uma via e geralmente há algum
vazamento de fluido na via acima do carretel. Esta é
uma ocorrência normal que serve para lubrificá-lo.
Para que a válvula de pressão opere adequadamente, a
área acima do carretel deve ser drenada continuamente
para que o líquido não prejudique o movimento do
carretel. Isso é feito com uma via dentro do corpo da
válvula, que está conectada ao reservatório.
Dreno Interno
Se uma via secundária de uma válvula de pressão
estiver interligada ao reservatório, como nas aplicações
da válvula limitadora de pressão e da válvula de
contrabalanço, a via do dreno ficará interligada interna-
mente à via do tanque ou à via secundária da válvula.
Isto é conhecido como dreno interno.
Dreno Externo
Se a linha secundária de uma válvula de pressão for
uma linha de pressão (ou, em outras palavras, se ela
realiza trabalho) como nas aplicações da válvula de
redução de pressão e na válvula de sequência, a via
do dreno ficará interligada ao tanque por meio de uma
linha separada. Isso é um dreno externo. As válvulas
de sequência e as válvulas de redução de pressão são
sempre drenadas externamente.
Válvulas de Controle de Pressão
Operadas por Piloto
Diferentemente de uma válvula de controle de pressão
simples ou de acionamento direto, onde um carretel é
mantido comprimido somente pela pressão da mola,
uma válvula operada por piloto tem o seu carretel com-
primido tanto pelo fluido como pela pressão da mola.
Essa combinação elimina a alta sobrecarga comumente
encontrada nas válvulas de pressão operadas de modo
direto.
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Diferencial de Pressão Característico
das Válvulas Operadas por Acionamento
Direto
O diferencial de pressão de uma válvula de pressão
pode ser melhor descrito com um exemplo:
O gráfico mostra o funcionamento de uma válvula limi-
tadora de pressão operada por acionamento direto, num
sistema típico. A válvula é solicitada a passar o fluxo
de 40 litros/min a 70 kgf/cm2
.
Para executar esta função, a válvula começa a abrir a
uma pressão mais baixa. Isto faz com que uma porção
pequena de fluxo do sistema retorne para o tanque.
À medida que aumenta a pressão, a mola do carretel
fica continuamente comprimida para formar uma
abertura mais larga para o fluxo crescente que retorna
ao tanque. Finalmente, a 70 kgf/cm2
, um fluxo total de
40 litros/min passa através da válvula. Se, por alguma
razão o fluxo aumentar, haverá um aumento de pressão
acima do nível de 70 kgf/cm2
. Uma válvula que opera
por acionamento direto atua desta forma por causa da
compressão da mola do carretel.
Diferencial de Pressão de Válvulas
Operadas por Piloto (Pré-Operada)
Uma válvula limitadora de pressão operada por piloto
evita uma pressão de abertura prematura e uma
sobrecarga, eliminando a pesada mola do carretel.
A pressão do fluido e uma mola de baixa pressão
pressionam o carretel da válvula.
Quando uma certa pressão é atingida, o carretel é
ativado. Qualquer leve sobrecarga que resulta de
um aumento na vazão é principalmente devida à
compressão da mola de baixa pressão.
Uma válvula limitadora de pressão operada por piloto
consiste de duas válvulas - uma válvula principal e uma
válvula piloto.
A válvula principal é composta de um corpo com um
orifício e uma mola comprimindo o carretel. A válvula
piloto consiste de uma agulha, mola que comprime a
agulha e parafuso de regulagem.
Como trabalha uma Válvula Limitadora
de Pressão Operada por Piloto
Para entender a operação de uma válvula limitadora de
pressão operada por piloto, observaremos a operação
independente da válvula principal e da válvula piloto.
O carretel da válvula principal é comprimido por uma
mola leve.A haste do carretel da válvula principal fecha
a saída para o tanque.
A pressão do sistema atua na sapata do carretel.
Qualquer vazamento que passe pelo carretel é drenado
internamente de volta para o tanque através de uma
via no corpo da válvula.
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Se a mola que comprime o carretel da válvula principal
tiver um valor de 2 kgf/cm2
, o carretel será empurrado
para cima e o fluxo do sistema passará para o tanque
quando a pressão do sistema atingir 2 kgf/cm2
. Desta
maneira, a válvula funciona como qualquer das válvulas
de controle de pressão, sobre as quais comentamos
até agora.
A parte móvel de uma válvula piloto é a agulha. A área
da agulha exposta à pressão hidráulica é relativamente
pequena. A mola que comprime a agulha sobre a sua
sede é bastante firme. A combinação de uma área
pequena e uma mola forte significa que a agulha
permanece assentada até que uma alta pressão seja
atingida.
Se a mola que comprime a agulha tem um valor de
70 kgf/cm2
, a agulha permanecerá assentada até que
essa pressão seja atingida. Neste momento, a agulha
se erguerá e o fluxo passará para o tanque.Conse-
quentemente a pressão ficará limitada a 70 kgf/cm2
.
Desta maneira, a válvula piloto atua como qualquer
das válvulas de controle de pressão comprimidas por
molas, tal como já vimos.
A válvula piloto é um controle de pressão simples,
comprimido por mola, submetido a vazões pequenas
e altas pressões.
A válvula principal é um sistema simples de controle
de pressão por mola, submetido a alta vazão e baixa
pressão. Usando-se ambas as válvulas, vazões
elevadas podem ser controladas a altas pressões sem
o perigo de uma abertura prematura, quebra ou um
diferencial elevado.
Numa válvula limitadora de pressão operada por piloto,
o carretel da válvula principal é operado por uma mola
de baixa pressão e pela pressão do fluido na câmara da
mola.A máxima pressão de fluido que pode comprimir o
carretel é determinada pela regulagem da válvula piloto.
Para permitir que a pressão se acumule na câmara da
mola, um orifício ou furo é usinado através da carcaça
do carretel da válvula principal.
Para ilustrar a operação de uma válvula limitadora de
pressão operada por piloto, considere que a mola que
comprime o carretel da válvula principal tem um valor
de 2kgf/cm2
, e que a válvula piloto limitará a pressão
do piloto, na câmara da mola em 70 kgf/cm2
.
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Em nosso exemplo, até uma pressão de 70 kgf/cm2
, a
pressão total, hidráulica e mecânica, que comprime o
carretel é de 72 kgf/cm2
.Entre 70 kgf/cm2
e 72 kgf/cm2
,
a diferença se torna menor até que, a qualquer pressão
acima de 70 kgf/cm2
, o carretel da válvula principal se
abra.
Com uma pressão de sistema de 56 kgf/cm2
, 56 kgf/cm2
estão atuando para empurrar o carretel para cima. Os
56 kgf/cm2
são transmitidos através do orifício para a
câmara da mola e atuam para manter o carretel para
baixo.As áreas expostas à pressão em ambos os lados
da carcaça do carretel são iguais.Deste modo, o carretel
fica equilibrado, exceto pela mola de 2 kgf/cm2
.
Consequentemente, há uma pressão hidráulica de
56 kgf/cm2
tentando erguer o carretel, e uma pressão
mecânica hidráulica total de 58 kgf/cm2
mantendo o
carretel assentado.
Quando a pressão do sistema se eleva para
70 kgf/cm2
, estes atuarão para empurrar o carretel
para cima. Desde que a válvula piloto esteja regulada
para limitar a pressão do fluido, na câmara da válvula
em 70 kgf/cm2
, a agulha da válvula fica assentada e
a pressão do piloto acima do carretel é de 70 kgf/cm2
.
Esta é uma pressão total hidráulica e mecânica de 72
kgf/cm2
atuando para manter o carretel para baixo. A
pressão total que atua para baixo é ainda maior do que
a pressão que atua para cima.
A pressão máxima que pode comprimir o carretel na
posição para baixo é de 70 kgf/cm2
, o carretel será
empurrado para cima quando a pressão na câmara
da mola ultrapassar 70kgf/cm2
, com isto ocorrerá a
abertura da agulha da válvula piloto provocando o
desbalanceamento do carretel da válvula principal e o
fluxo passará para o tanque.
Ventagem de uma Válvula Limitadora de
Pressão Operada por Piloto
O ato de ventar uma válvula limitadora de pressão
refere-se à liberação da pressão de fluido que comprime
o carretel principal de uma válvula limitadora de pressão
operada por piloto.
Liberando-se esta pressão piloto, a única pressão que
mantém o carretel fechado é a pressão baixa da mola.
O resultado disso é que a bomba aplica uma pressão
relativamente baixa para retornar o seu fluxo para o
tanque.
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A ventagem de uma válvula limitadora de pressão
é uma consideração importante diante do tempo de
parada da máquina.
Quando nenhum trabalho útil está sendo executado
pelo sistema, é desnecessário gastar energia para
dirigir fluxo ao tanque sob um ajuste de pressão muito
alto da válvula limitadora de pressão.
A ventagem de uma válvula limitadora de pressão
operada por piloto é uma prática habitual em sistemas
hidráulicos industriais.
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7. Válvulas de Retenção
Válvulas de Retenção
As válvulas de retenção são aparentemente pequenas
quando comparadas a outros componentes hidráulicos,
mas elas são componentes que servem a funções
muito variadas e importantes.
Uma válvula de retenção consiste basicamente do
corpo da válvula, vias de entrada e saída e de um
assento móvel que é preso por uma mola de pressão.
O assento móvel pode ser um disco ou uma esfera,
mas nos sistemas hidráulicos, na maioria das vezes,
é uma esfera.
O fluido passa pela válvula somente em uma direção.
Quando a pressão do sistema na entrada da válvula
é muito alta, o suficiente para vencer a mola que
segura o assento, este é deslocado para trás. O fluxo
passa através da vávula. Isso é conhecido como fluxo
direcional livre da válvula de retenção.
Se o fluido for impelido a entrar pela via de saída
o assento é empurrado contra a sua sede. O fluxo
estanca.
Válvula de Retenção no Circuito
Uma válvula de retenção é uma combinação de
válvula direcional e válvula de pressão. Ela permite o
fluxo somente em uma direção, por isto é uma válvula
unidirecional.
A válvula de retenção é usada comumente em um
sistema hidráulico, como válvula de by pass. Isso
permite que o fluxo contorne certos componentes, tais
como as reguladoras de vazão que restringem o fluxo
na direção contrária.
Uma válvula de retenção é também usada para isolar
uma seção do sistema ou um componente, tal como um
acumulador.Uma válvula de retenção permite evitar que
um reservatório descarregue o fluxo de volta à válvula
de descarga ou através da bomba.
A parte móvel numa válvula de retenção está sempre
presa por uma mola de baixa pressão. Quando uma
mola mais forte é utilizada, a válvula de retenção pode
ser usada como válvula de controle de pressão (isso
não se faz comumente).
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Válvula de Retenção Operada por Piloto
Uma válvula de retenção operada por piloto permite
o fluxo em uma direção. Na direção contrária, o fluxo
pode passar quando a válvula piloto deslocar o assento
de sua sede no corpo da válvula.
Uma válvula de retenção operada por piloto consiste do
corpo da válvula, vias de entrada e saída, um assento
pressionado por uma mola, como no caso da válvula
de retenção. Do lado oposto do assento da válvula
está a haste de deslocamento e o pistão do piloto. O
piloto é pressurizado através do pistão pela conexão
do piloto.
A válvula de retenção operada por piloto permite um
fluxo livre da via de entrada para a via de saída igual
a uma válvula de retenção comum.
O fluido impelido a passar através da válvula, através
da via de saída para a via de entrada, pressiona o
assento contra a sua sede. O fluxo através da válvula
é bloqueado.
Quando uma pressão suficientemente alta age sobre
o pistão do piloto, a haste avança e desloca o assento
da sua sede.
via de saída
via de entrada
piloto
via de saída
via de entrada
piloto
O fluxo pode passar através da válvula, da via de saída
para a via de entrada, desde que a pressão no piloto seja
suficiente para manter o pistão da haste acionado.
Observação sobre segurança:
Em qualquer circuito com
acumulador, deve haver um meio
de descarregar automaticamente
quando a máquina é desligada.
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Training
A função da válvula controladora de vazão é a de
reduzir o fluxo da bomba em uma linha do circuito. Ela
desempenha a sua função por ser uma restrição maior
que a normal no sistema.
Para vencer a restrição, uma bomba de deslocamento
positivo aplica uma pressão maior ao líquido, o que
provoca um desvio de parte deste fluxo para outro
caminho.Este caminho é geralmente para uma válvula
limitadora de pressão, mas pode também ser para outra
parte do sistema.
As válvulas controladoras de vazão são aplicadas
em sistemas hidráulicos quando se deseja obter um
controle de velocidade em determinados atuadores,
o que é possível através da diminuição do fluxo que
passa por um orifício.
8. Válvulas Controladoras de Vazão
orifício
Orifício
Um orifício é uma abertura relativamente pequena no
curso do fluxo de fluido. O fluxo através de um orifício
é afetado por três fatores:
1. Tamanho do orifício.
2. Diferencial de pressão através do orifício.
3. Temperatura do fluido.
O tamanho de um orifício controla a taxa de fluxo
através dele.Um exemplo do dia-a-dia é uma mangueira
de jardim onde surgiu um vazamento.
Se o furo na mangueira for pequeno, o vazamento se
dará na forma de gotejamento ou aspersão. Mas se
o furo for relativamente grande, o vazamento será na
forma de jato.
Em ambos os casos, o furo na mangueira é um orifício
que mede o fluxo de água para o ambiente externo. A
quantidade de fluxo medida depende do tamanho da
abertura.
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Orifício Fixo
Um orifício fixo é uma abertura reduzida de um tamanho
não ajustável. Exemplos comuns de orifícios fixos,
em hidráulica, são os plugues de um tubo ou válvula
de retenção com um furo usinado através do seu
centro, ou uma válvula comercial controladora de fluxo
preestabelecida pela fábrica.
Uma válvula controladora de vazão variável é o orifício
variável usado com mais frequência num sistema
hidráulico industrial.
Válvulas de Controle de Vazão Variável no
Circuito
O circuito ilustrado consiste de uma bomba de
deslocamento positivo de 20 litros/min, de uma válvula
limitadora de pressão, válvula direcional, um orifício fixo
e um cilindro que tem uma área de pistão de 20 cm2
.
Orifício Variável
Muitas vezes um orifício variável é melhor do que um
orifíciofixo,porcausadoseugraudeflexibilidade.Válvula
de gaveta, válvulas globos e válvulas controladoras de
vazão variável são exemplos de orifícios variáveis.
Válvula Controladora de Vazão Variável
O fluido que passa através de uma válvula controladora
de vazão variável deve fazer uma curva de 90° e passar
pela abertura que é a sede da haste cuja ponta é
cônica.
Otamanhodaaberturaémodificadopeloposicionamento
do cone em relação à sua sede. O tamanho do orifício
pode ser variado com ajuste muito fino devido ao
parafuso de rosca fina na haste da agulha da válvula.
velocidade da haste 400cm/min.área de
20 cm2
35 kgf/cm2
35 kgf/cm2
20 litros/min.
8
12 12
8
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Velocidade		 Vazão (I/min) x 1.000 (cm3
)
da Haste	 =
(cm/min )		 Área do pistão (cm2
)
Com a válvula limitadora de pressão ajustada a 35
kgf/cm2
, a bomba tenta mandar seus 20 litros/min de
fluxo através do orifício.
Devido ao tamanho da abertura do orifício, somente
8 litros/min passam através do orifício antes que
a pressão atinja a regulagem de 35 kgf/cm2
na
válvula limitadora de pressão (isso, é claro, acontece
instantaneamente). 8 litros/min passam através do
orifício e saem para o atuador. 12 litros/min avançam
sobre a válvula limitadora de pressão e a haste do
pistão se move a uma taxa de 400 cm/min.
Se uma válvula controladora de vazão variável fosse
usada no mesmo circuito, a velocidade da haste poderia
ser modificada facilmente.
Válvula de Controle de Vazão Variável
com Retenção Integrada
Consiste em uma válvula controladora de vazão
descrita anteriormente e mais a função de uma válvula
de retenção simples em by pass.Com essa combinação
é possível obter fluxo reverso livre, sendo de grande
aplicação na hidráulica industrial.
Através de um parafuso de ajuste determina-se a taxa
de fluxo que deve ser requerida no sistema para se
obter a velocidade desejada. Quanto à posição de
instalação, está em função do tipo de controle que se
deseja aplicar no sistema.
parafuso de ajuste
válvula de retensão
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A eletricidade tem sido um caminho usado pelo homem
para lhe proporcionar benefícios no dia-a-dia.Podemos
notar que a sua transformação, como uma forma
de energia em outros tipos de energia, tem trazido
grandes vantagens. Entretanto, ela precisa ser muito
bem conhecida para poder ser usufruída em sua forma
completa, sem oferecer perigo ao usuário.
Quando acionamos um botão para acender uma
lâmpada, ligamos um ventilador, energizamos uma
bobina, estamos desencadeando um mecanismo
extremamente complexo. E tal fato nos passa
despercebido devido à aparente simplicidade de tais
operações.
Daquilo que conhecemos sobre a eletricidade,
certamente muito mais teremos para conhecer e
quanto mais nos aprofundarmos no assunto, maiores
benefícios obteremos.
Geração
A energia elétrica que é consumida em nossas
casas e indústrias é gerada a partir de uma usina
hidroelétrica.
Esta energia elétrica da usina é gerada através de
indução.
Conforme a água é conduzida através de duto ela gira
uma turbina que está ligada a um eixo. Em volta deste
eixo estão imãs. À medida que este eixo vai girando
em torno dos imãs cria-se um campo magnético, e
neste campo observa-se uma tensão, que é transferida
através de cabos para subestações em outras cidades
e daí para nossas casas.
9. Introdução à Eletricidade Básica
A unidade de medida utilizada para tensão elétrica é
o volt.
A usina hidroelétrica é um exemplo de transformação
de energia mecânica da turbina em energia elétrica.
Porém existem outros tipos de transformações:
-	 energia química em energia elétrica (baterias e
	 pilhas).
-	 energia solar em energia elétrica.
-	 etc.
Tensão Contínua
É aquela que não varia sua intensidade e sentido em
função do tempo.
(Exemplo: pilha)
Para indicar que a tensão é continua utilizamos o
símbolo VCC.
Exemplo: 9 VCC
Tensão Alternada
É aquela que varia sua intensidade e sentido
periodicamente em função do tempo.(Exemplo:energia
elétrica vinda de usinas hidroelétricas, gerador de
áudio etc.)
Para indicar que a tensão é alternada utilizamos o
símbolo VCA
Exemplo: 110 VCA
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Training
Em termos de tensão podemos dizer também sobre a
ddp (diferença de potencial).
A ddp nada mais é do que a tensão existente entre dois
pontos do circuito. De modo que a ddp de uma fonte é
o seu próprio valor. Podemos também verificar a ddp
de qualquer parte do circuito que se queira.
Corrente Elétrica
Toda vez que num circuito elétrico exista uma tensão
e este circuito é fechado, observamos um fluxo de
elétrons buscando equilíbrio de cargas, ou seja, os
elétrons caminham pelo circuito. Portanto a definição
é: corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas
elétricas em um circuito fechado onde exista a ação de
um campo elétrico (fonte de alimentação).
Supondo uma fonte de tensão (bateria) e uma
lâmpada. Eles não estão interligados, portanto não há
movimento ordenado de elétrons. Quando ligamos a
fonte e a bateria os elétrons são induzidos a entrar em
movimento devido à tensão da fonte (ddp - diferença de
potencial).A unidade de medida utilizada para corrente
elétrica é o ampère.
Corrente Contínua
É aquela que não varia sua intensidade e sentido em
função do tempo, devido à tensão aplicada ao condutor
ser também contínua.
Para indicar corrente contínua utilizamos o símbolo
CC
Corrente Alternada
É aquela que varia sua intensidade e sentido em
função do tempo, devido à tensão aplicada ser tensão
alternada.
Este tipo de corrente é conseguida através de tensão
alternada. Para indicar corrente alternada utilizamos o
símbolo CA.
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Todo sistema de distribuição e alimentação de energia
elétrica deve possuir elementos seccionados e
dispositivos de segurança e proteção. Na conservação
da energia mecânica em energia elétrica pelos gera-
dores das Usinas Hidroelétricas e na sua transmissão
até os receptores, encontramos vários elementos com
funções distintas interligados, dentre os quais alguns
serão destacados. Antes disso, porém, vejamos o
processo de transmissão da energia da fonte até a
carga:
A primeira operação acontece na usina, quando uma
queda de água muito forte movimenta as turbinas que,
por sua vez, movimentam os geradores de energia. A
energia elétrica é mandada aos centros consumidores,
através das chamadas linhas de transmissão de alta
tensão.
Mas a eletricidade não pode ser usada como sai da
usina. É preciso que seja adequada às necessidades
de cada consumidor (residencial, industrial, comercial,
etc), através dos transformadores de tensão (voltagem),
nas chamadas subestações. E, então, ela chega aos
consumidores pela rede de distribuição de baixa tensão.
Diante de cada consumidor existe um ponto de entrada
particular para receber a eletricidade.
Ela passa para a caixa de energia do consumidor,
onde está instalado o relógio medidor, cuja finalidade
é medir o consumo de eletricidade. Do medidor, ela
passa para a caixa de distribuição interna.É nesta caixa
que se encontram as chaves com os fusíveis, outros
dispositivos, como os disjuntores, etc. Finalmente,
é das chaves que sai a fiação elétrica para diversos
pontos de carga.
Resistência Elétrica
Na eletricidade existe ainda uma outra grandeza, que
acontece quando certos materiais oferecem resistência
à passagem da corrente elétrica.
10. Alimentação Elétrica
Essa resistência nada mais é do que o choque dos
átomos livres como os átomos do material. Existem
portanto os resistores, que são componentes feitos
para resistir à passagem da corrente elétrica.
Símbolo de um resistor:
A unidade de medida utilizada para resistência elétrica
é o ohm, o símbolo é a letra grega Ω (ômega).
Tipos de Materiais
Os materiais podem ser classificados em:
Isolantes: são materiais em que o núcleo do átomo
exerce forte atração sobre os elétrons. Por isso eles
não tendem a entrar em movimento. (Exemplo: vidro,
borracha, madeira etc.).
Condutores: ao contrário dos isolantes possuem
baixa energia entre o núcleo e elétrons. Portanto estes
entram facilmente em movimento. (Exemplo: cobre,
prata, alumínio etc.).
Semicondutores: estão no meio termo;no estado puro
e a uma temperatura de 20° C são isolantes. Quando
em estado puro e a uma temperatura de 20°C são
maus condutores. Se combinados a outros materiais
sua conectividade aumenta.
Os materiais condutores mais utilizados são: cobre,
alumínio, prata, chumbo, platina, mercúrio e ferro.
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Cobre
- Baixa resistividade;
- Características mecânicas favoráveis;
- Baixa oxidação, elevando com a temperatura;
- Fácil deformação a frio e a quente;
- Grau de pureza 99,9%;
- Resistência à ação da água, sulfatos, carbonatos;
- O cobre oxida se aquecido acima de 120°C.
O cobre é usado em casos em que se exigem elevada
dureza, resistência à tração e pequeno desgaste,
como nos casos de redes aéreas de cabo nu em
tração elétrica, fios telefônicos, peças de contato, anéis
coletores e lâminas de comutadores. O cobre mole ou
recozido é usado em enrolamentos, barramentos e
cabos isolados. Em alguns casos devem ser usadas
as linhas de cobre.
Associação de Resistências
Normalmente, em circuitos elétricos os resistores podem
e são ligados entre si para satisfazer às condições de
um circuito elétrico.
Essas condições podem ser:
-	Obter um valor de resistência diferente dos encon-
	 trados comumente no mercado.
- Obter divisão de corrente e/ou tensão para diferen-
	 tes ramos do circuito.
Existem três tipos de associação: em série, paralelo
e mista
Associação em Série
Neste tipo de ligação um dos terminais de um resistor
é ligado a um terminal de um segundo resistor, o outro
terminal deste segundo é ligado a um terminal de um
terceiro e assim por diante. Ou seja, os resistores são
ligados um em seguida do outro.
Características:
1 - Todas as resistências são percorridas pela mesma
corrente elétrica.
2 - A soma das diferenças de potencial das resistências
é igual à tensão da fonte de alimentação.
3 - As resistências em série podem ser substituídas
por uma única resistência equivalente.Esta resistência
equivalente é obtida apenas somando o valor das
resistências em série.
Associação em Paralelo
Neste tipos de ligação o primeiro terminal de uma
resistência é ligado ao primeiro terminal da segunda
resistência.O segundo terminal da primeira resistência
no segundo terminal da segunda resistência, e assim
por diante para quantos resistores tivermos. Temos
portanto um divisor de corrente.
Características:
1 - A corrente elétrica total do circuito é a soma das
correntes individuais de cada resistência.
2 - Todas as resistências da associação estão sujeitas
à mesma tensão.
3 - As resistências em paralelo podem ser substituídas
por uma resistência equivalente através das seguintes
fórmulas:
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Para dois ou mais resistores iguais (onde R é o valor
do resistor e n o número de resistores):
Para dois resistores de valores diferentes:
Para vários resistores de valores diferentes:
R =
R
n
R =
R1 . R2
R1 + R2
	 1	 1	 1	 1
	 R	 R1	 R2	 Rn
=	 +	 +	 …
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A lei de ohm é provavelmente a mais importante
no estudo da eletricidade, isto porque ela relaciona
diretamente tensão, corrente e resistência. Pode ser
aplicada em qualquer circuito CC e até mesmo em AC.
A lei de ohm é assim expressa:
11. Lei de ohm
V = R . I
onde:
V : tensão em volt
R : resistência em ohm
I : corrente em ampère
Potência Elétrica
Uma outra grandeza que é muito utilizada em cálculos
de circuitos elétricos é a potência, que pode ser definida
como a transformação de uma energia, o trabalho
realizado num intervalo de tempo ou a energia elétrica
consumida num intervalo de tempo. Seria portanto
a rapidez com que a tensão realiza o trabalho de
deslocar os elétrons pelo circuito elétrico.De modo que
a potência para cargas puramente resistivas é igual ao
produto da tensão pela corrente.
onde:
P : potência em watt
V : tensão em volts
I : corrente em ampère
A unidade de medida utilizada para potência elétrica
é o watt.
A expressão de potência pode ser combinada com a
lei de ohm, criando importantes variações.
P = V.I ➔ expressão da potência
V = R.I ➔ expressão da lei de ohm
Substituindo-se a variável V na primeira expressão:
P = V . I
P = R . I . I ➔ P = R . I2
Substituindo a variável I na primeira expressão:
P = V	 ➔ P =
V
R
V2
R
De uma maneira geral, é indicada nos aparelhos
elétricos a potência elétrica que eles consomem, bem
como o valor da ddp a que devem ser ligados.Portanto,
um aparelho que vem, por exemplo, com as inscrições
60 W - 120 V, consome a potência elétrica de 60 W,
quando ligado entre dois pontos cuja ddp seja 120 V.
Mede-se também a potência em quilowatt (KW) e a
energia elétrica em quillowatt hora (KWh). Um KWh é
a quantidade de energia que é trocada no intervalo de
tempo de 1h com potência 1KW.
Efeito Joule ou Efeito Térmico
O fenômeno de transformação de energia elétrica em
energia térmica é denominado Efeito Joule. Este efeito
é decorrente do choque dos elétrons livres com os
átomos do condutor.
Nesse choque, os elétrons transferem aos átomos
energia elétrica que receberam do gerador.
Esta energia é transformada em energia térmica,
determinando a elevação da temperatura do condutor.
Em alguns casos a energia térmica (Efeito Joule) é
desejável, como por exemplo em aquecedores em
geral (chuveiros, ferros elétricos, torneiras elétricas,
etc.).Para outros, ela é totalmente prejudicial (bobinas,
enrolamento de motores, etc.).
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Instrumentos de Medida são aparelhos destinados a
medir tensões, correntes e resistências. O princípio de
funcionamento dos medidores está baseado no mesmo
princípio dos motores elétricos: o movimento de giro de
uma bobina móvel devido à interação de dois campos
magnéticos, sendo um, o campo da própria bobina
(percorrida por uma corrente) e o outro, formado pelo
imã tipo ferradura.
A bobina móvel gira em função da força do campo, que
é proporcional à corrente circulante, indicando a leitura
em uma escala. Esse enrolamento é mecanicamente
alojado num suporte e apoiado num mancal dentro
do campo magnético da ferradura, de tal modo que o
ponteiro tenha movimento ao longo de toda a escala.
Ohmimetro
Aparelho destinado a medir o valor em ohms (Q) da
resistência elétrica dos componentes.Para ohmimetros
do tipo analógico, faz-se necessária a zeragem da
escala, além da faixa de valores.
Amperímetro
Instrumento empregado para a medição da intensidade
de corrente num circuito, cuja escala está graduada
em ampères. Caso o aparelho seja conectado em um
circuito cuja corrente venha ultrapassar o fundo de
escala do instrumento, o mesmo poderá ser danificado.
Para que isso não ocorra e seja possível a leitura de
altas correntes com o mesmo aparelho, utiliza-se uma
resis-tência externa Rs, denominada Shunt (do inglês
= desvio) em paralelo com a resistência R interna do
instrumento. Assim, parte da corrente I que se medir
desvia-se para o Shunt, não danificando o aparelho.
Na prática, o valor da resistência Shunt Rs pode ser
calculado sabendo-se o valor da resistência interna do
aparelho (R interna), a corrente total do circuito (I total)
e a corrente de fundo de escala do aparelho (I fundo
escala), através da fórmula:
12. Medidas Elétricas
= 1 +
ITOTAL
I Fundo Escala
R interna
R shunt
Obs.: Apesar da resistência Shunt ser colocada em
paralelo com o amperímetro, o instrumento, entretanto,
deve sempre ser colocado em série com o circuito.
Voltímetro
Instrumento destinado a medir diferença de potencial
(ddp) em qualquer ponto de um circuito, tendo sua
escala graduada em volts (V).
Analogamente aos amperímetros podemos colocar
resistências em série com o voltímetro, tendo a
finalidade de expandirmos as escalas. Tais resistên-
cias, como mostra a figura a seguir, são chamadas de
Resistências Multiplicadoras.
O voltímetro deve ser conectado ao circuito sempre em
paralelo com a carga que se quer medir.
Obs.: Multímetro é a reunião, em um só aparelho, do
ohmímetro, amperímetro e voltímetro.
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13. Elementos de Comutação e Proteção
dos Circuitos Elétricos
Fusíveis
Dispositivos colocados em série com o circuito cuja
secção é sensível a altas correntes (correntes de
curto-circuito).
Acima de 1000A recomenda-se a subdivisão do circuito
em número suficiente de circuitos paralelos para
diminuir a corrente individual.
O fusível é sempre dimensionado em função da
corrente nominal do circuito.Diante disso, não deve ser
substituído por outro de corrente nominal maior.
Em condições normais deve ser bom condutor, com
elevada resistência à oxidação, existindo, inclusive,
alguns de cobre prateado. Existem alguns tipos que
são envoltos por areia para não permitir a formação
de arcos-voltaicos, o que representa perigo para a
instalação.
Depois de ser atuado (interrompido) deve-se cuidar para
que não seja (mesmo que precariamente) restabelecido
o contato com o elo (elo - secção reduzi-da no centro).
Para a escolha do fusível devem ser observados alguns
itens como:
IN	
(Corrente Nominal) - deve suportar continuamente
	 sem se aquecer.
VN	
(Tensão Nominal) - dimensiona a isolação do
fusível.
ICC	
(Corrente Curto-Circuito) - é a máxima que o cir-
	 cuito deve suportar e que deve ser desligada ins-
	 tantaneamente.
Atuação
a) Rápidos: para circuitos onde não há variação entre
corrente de partida (IP
) e corrente nominal (IN
).
b) Retardados: casos contrários (cargas motoras).
Obs:Retardamento se obtém pelo acréscimo de massa
na parte central do elo para absorver, durante certo
tempo, parte do calor que se desenvolve na seção
reduzida.
Disjuntores
Tendo como característica o seu retorno funcional depois
da atuação, sem a necessidade de sua substituição, o
disjuntor engloba a função de seccionador e elemento
de proteção, interrompendo o circuito diante da
presença de sobrecarga ou corrente de curto-circuito.
De maneira geral, conforme se tem aumento de capa-
cidade (UN
e IN
), a complexidade do disjuntor também
aumenta.
Para alguns tipos de disjuntores a ligação e o desliga-
mento podem ser feitos por via indireta, como por
exemplo, relés. Por meio direto, temos o acionamento
manual, por ar comprimido ou motor.
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Suas principais características são:
- Frequência relativamente pequena de número de
	 manobras.
- Desligamento em condições normais por relé de
	 sub-tensão e manualmente.
Desligamento em condições anormais:
a) Sobrecarga: relé térmico - atua quando ocorre um
excesso de demanda de potência.
b) Curto-circuito: relé ou disparador eletromagnético
-	atua em função do campo magnético criado pela
circulação da corrente de curto-circuito.
Podemos observar as características construtivas
internas de um disjuntor desse padrão.
As duas características mais importantes para
especificação são:
-	Tensão Nominal (UN
) - tensão de rede a que será
	 submetido o disjuntor.
-	Corrente Nominal (IN
) - corrente de linha do circuito
	 no qual ele será empregado.
Relé Térmico
Elemento geralmente acoplado às chaves magnéticas,
possuindo grande sensibilidade térmica (elevação de
temperatura por sobrecarga) atuando indiretamente na
proteção dos Sistemas Elétricos.
O princípio de funcionamento se baseia no coeficiente
de dilatação diferenciado dos metais, ou seja, duas
lâminas sobrepostas, intimamente ligadas com coefi-
cientes diferentes, quando se aquecem se curvam.
Essa deformação atua sobre a trava da mola de
armação, resultando na abertura dos contatos.
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14. Componentes dos Circuitos Elétricos
Botoeiras
Elementos de comutação destinados a permitir a ener-
gização ou desenergização entre um ou mais pontos
de um circuito. Os tipos mais comuns são:
a) Botão Impulso: elemento de comando que perma-
nece acionado mediante a constante aplicação de
esforço muscular sobre si.
b) Botão Flip-Flop: uma vez acionado seu retorno a
condição anterior somente se processará através de
um novo esforço.
Botão Soco-Trava
Componente de comutação travável, cujo retorno à
posição inicial se faz com um giro no sentido horário
da parte circundante do botão de acionamento.
Chaves Fim-de-Curso
São interruptores desenvolvidos para utilização
industrial com a finalidade de responder aos diferentes
problemas de controle, sinalização e segurança. Em
geral são divididos em:
Rolete
Tipo de acionamento indireto, com comutação em
qualquer sentido.
Gatilho ou Rolete Escamoteável
Seu acionamento ocorre em um sentido apenas do
movimento, emitindo um sinal de comutação breve.
Sensores
Funcionam como chaves fim-de-curso, tendo como
principais características a atuação sem o contato físico
e a alta velocidade de comutação.
Detetores Fotoelétricos
Consistem de um projetor de luz e de um receptor
fotossensível montados em dois grupos óticos distintos,
operando à distância, sem contato físico com o elemen-
to detectado, sendo este elemento opaco ou semitrans-
parente.
Obs:Tanto os sensores quanto os detetores neces-sitam
de aparelho amplificador para seu funcionamento.
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Chaves com Acionamento Indireto
Termostato
Elemento de interrupção ou conexão de circuitos elétri-
cos por ação da variação da temperatura.Tal variação
causa dilatação de fluidos, ou expansão de gases,
ocasionando contato do mecanismo.
Pressostato
Componente eletromecânico conectando ou interrom-
pendo circuitos mediante variação de pressão de vapor,
água, ar, óleos e gases.
Sinalizadores
Acústicos - em locais onde existe dificuldade de
visualização ou em ambientes impróprios à iluminação,
os sinais sonoros através de impulsos elétricos tornam-
se eficazes.
Visuais - os sinais luminosos, de maneira inversa
aos acústicos, são imprescindíveis em locais onde o
silêncio torna-se necessário. Contudo, uma observa-
ção deve ser feita: aos lugares onde não existe dema-
siada preocupação com os itens proibitivos antes
mencionados, permite-se a utilização em conjunto dos
sinalizadores acústicos e visuais.
Chaves Seletoras Rotativas
Elementos de comutação com utilização, principalmen-
te, no controle de equipamentos, tendo duas ou mais
posições por meio das quais se pode selecionar
qualquer circuito dos que estão ligados em seus
terminais.
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15. Solenóides
Bobinas
De uma maneira geral esse elemento é caracterizado
como sendo o enrolamento de condutor, isolado ou
não, em diversos formatos, a fim de conseguir uma
determinada indutância.
Bobinas (Tipo Solenóide)
Tipo de bobina que se caracteriza, principalmente, por
um condutor enrolado em forma helicoidal, de maneira
a formar um determinado número de espirais circulares
regularmente distribuídas, umas em continuação às
outras e isoladas entre si.
Quando uma corrente i percorre esse condutor há
a formação de um campo magnético no interior do
solenóide, cuja direção é a do seu eixo geométrico.
Com a energização e a consequente formação do
campo magnético criam-se forças no interior do
solenóide que servem para a movimentação de
elementos com características ferrosas, dando origem
à aplicação automecânica (relés, válvulas solenóides,
contatores, etc.).
Características Construtivas de uma Válvula Solenóide.
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16. Relés
Consistem em chaves eletromagnéticas que têm por
função abrir ou fechar contatos a fim de conectar ou
interromper circuitos elétricos.
Tipos
Existe uma grande variação de tipos de relés, entretan-
to, mostraremos aqui como exemplo os mais importan-
tes e comuns:
Relé Auxiliar
Elemento de comutação auxiliar, sendo que os conta-
tos são fechados e/ou abertos com a simples energiza-
ção da bobina.
Relé Térmico
Elemento geralmente acoplado às chaves magnéticas,
possuindo grande sensibilidade térmica (elevação de
temperatura por sobrecarga) atuando diretamente na
proteção dos Sistemas Elétricos.
O princípio de funcionamento se baseia no coeficiente
de dilatação diferenciado dos metais, ou seja, duas
lâminas sobrepostas, intimamente ligadas com
coeficientes diferentes, quando se aquecem se curvam.
Essa deformação atua sobre a trava da mola de
armação, resultando na abertura dos contatos.
Relé de Tempo
Os relés de tempo eletrônicos ou eletromecânicos são
aparelhos industriais que efetuam funções temporiza-
das em circuitos de comando elétrico. A denominação
Relés de Tempo é genérica e abrange desde circuitos
simples baseados no tempo de descarga (ou carga) de
um capacitor (RC), até circuitos digitais que utilizam a
frequência da rede como base de tempo.
Devido à variedade de aplicações foram desenvolvidos
vários tipos, dos quais alguns serão destacados:
Relé de Tempo Eletrônico com Retardo
na Energização
Alimentando-se o aparelho, a temporização se inicia.
Após transcorrido o tempo selecionado na escala o
relé de saída é energizado, comutando seus contatos,
abrindo o contato normalmente fechado (NF) e
fechando o normalmente aberto (NA).
Relé de Remanência
Semelhante ao contator de remanência, pois a
comutação é mantida mesmo com a falta de energia.
Para a volta ao estado inicial, faz-se necessária a
aplicação de um novo pulso.
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Relé de Tempo Eletrônico Digital
com Retardo na Desenergização
Aumentando-se o aparelho, um contato instantâneo se
fecha, ao mesmo tempo em que se inicia a tempori-
zação para o outro contato. Este se comutará assim
que o display se iguale ao tempo regulado na chave
(thumbweel switches). Retirada a alimentação, os
contatos voltam à posição inicial.
Relé de Tempo Eletrônico Cíclico
Quando energiza-se o aparelho, o relé de saída é
energizado e desenergizado ciclicamente por tempos
independentes e de acordo com a regulagem na
escala. Quando a alimentação cessa, o relé de saída
é descomutado, ou seja, volta ao repouso.
Quando energiza-se o aparelho, imediatamente este
inicia sua contagem de tempo. Acontecendo um curto-
circuito em determinados terminais preestabelecidos,
o aparelho pára sua contagem, reiniciando a partir da
abertura desses terminais do valor em que havia parado.
Ocorrendo curto-circuito em outros terminais também
preestabelecidos, ou então retirando-se a ali-mentação,
a contagem zera, iniciando-se novamente.
Contadores Digitais de Impulsos
a) Com Pulso de Comando no Relé de Saída:
Registra a contagem de movimentos de outros
elementos através de impulsos provenientes de
contatos de relés, fins-de-curso, etc.
Proporciona a contagem progressiva (ou regressiva),
com programação através de chaves (thumbweel-
switches) localizadas no painel frontal do aparelho.
Reset Automático
Zera o aparelho quando a contagem atinge número
desejado.Reset manual por push-button no painel ou à
distância, por remoto. Juntamente com o acionamento
do reset automático o relé de saída é energizado,
fornecendo um pulso de comando de 0,5s.
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b) Com Temporização no Relé de Saída:
Semelhante ao anterior tendo, entretanto, a caracterís-
tica de manter o contato do relé de saída fechado
(energizado) até que o reset seja acionado ou então
o aparelho seja desenergizado.
Contatores
Equipamento de comutação eletromagnética emprega-
do geralmente para abrir e fechar automaticamente
um ou mais circuitos, quando o seu enrolamento é
percorrido por uma corrente ou quando esta corrente
sofre variação na sua intensidade.
Tipos de Contatores
Contatores de Potência
Utilizados para comutação de potências elevadas:
possuem inclusive câmaras de extinção de arco.
Contatores Auxiliares
Eequipados somente com contatos auxiliares - utiliza-
dos para fins de bloqueio, informação, através de sina-
lização e comando.
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17. Segurança em Eletricidade
Introdução
A eletricidade é a mais versátil forma de energia para
força motriz, iluminação, aquecimento, etc, embora
ela apresente riscos específicos e reconhecidamente
sérios. Os trabalhos que envolvem a eletricidade, no
entanto, serão seguros se forem obedecidas normas
adequadas de segurança, o que dependerá, entre
outros fatores, do bom senso e consciência de todos
os que estão envolvidos direta ou indiretamente nessa
área elétrica.
Instalações e Equipamentos
Quando da manutenção em equipamentos, barramen-
tos, cabos isoladores e muflas verificar se o equipa-
mento não está ligado em nenhum de seus lados a
pontos energizados.
Após o desligamento, proceder o aterramento do
equipamento ou condutos a serem submetidos à
manutenção antes do início dos trabalhos. Em caso de
dúvida quanto ao desligamento, medir a tensão com
dispositivos adequados.
Após a conclusão da manutenção, devem-se inspecio-
nar vazamentos, fazer limpeza, fazer inspeção visual
geral e remover a ligação à terra.
Importante: O aterramento dos equipamentos é
tão importante quanto a desconexão do mesmo à
terra após efetuada a manutenção pois em caso de
esquecimento dessa desconexão ocorrerá falta à terra,
que poderá ser perigosa.
Sinalização
Quando um equipamento estiver em manutenção
todos os funcionários, inclusive os que não pertencem
exatamente à área, deverão ser alertados dos
perigos envolvidos e para os profissionais de campo,
completa informação a respeito dos equipamentos e
os procedimentos que deverão ser efetuados antes
dos trabalhos.
Deverão ser indicados com plaquetas de impedimento
todos os equipamentos a serem submetidos à manu-
tenção.As chaves de permissibilidade de operação
devem ficar de posse do coordenador da manutenção
local até a conclusão dos serviços.
Caso se proceda a manutenção em algum equipamen-
to, isoladamente, já desligado e devidamente aterrado,
mas com a rede energizada deve-se com o uso de
cordas brancas ou equivalente, bandeiras vermelhas
e cartazes, isolar as áreas energizadas para que se
caracterize a proibição de acesso.
Outro tipo de prevenção de acidente é a trava de segu-
rança, cuja finalidade é impedir que um equipamento
seja energizado quando estiver em manutenção.Alguns
tipos de travas estão representados a seguir.
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18. Circuitos Eletrohidráulicos Conceituais
Existem três técnicas de construção lógica de circuitos
eletrohidráulicos:
• Circuitos intuitivos
• Circuitos de sequência mínima ou cascata
• Circuitos de sequência máxima ou passo a passo
Iremos demonstrar cada técnica separadamente,
aplicando os elementos com o método de resolução
de circuitos intuitivos simples.
Circuitos intuitivos
Neste método a solução de comando flui através da
lógica e do pensamento, podendo com isso apresentar
resoluções diferentes para a mesma problemática.
Teremos agora uma série de circuitos conceituais
básicos para obtermos a lógica de comnado aplicada
dentro das resoluções de circuitos intuitivos.
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O circuito apresentado é dividido em circuito de potência e circuito de comando. Ao acionar o botão de comando
b1, estabelece a passagem de corrente elétrica que energizará a bobina do solenóide S1, proporcionando o avanço
do cilindro.
Circuito 01
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Circuito 02
O circuito apresentado é dividido em circuito de potência e circuito de comando. O circuito de comando apresenta
a função lógica ou conhecida por ligação em paralelo.
Portanto poderemos acionar b1 ou b2 que a corrente elétrica se estabelecerá energizando a bobina da solenóide
S1, proporcionando o avanço do cilindro.
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O circuito apresentado é dividido em circuito de potência e circuito de comando. O circuito de comando apresenta
a função lógica E.
Portanto teremos que acionar b1 e b2 para que a corrente possa se estabelecer e energizar a bobina da solenóide
S1, proporcionando o avanço do cilindro. Esse comando é conhecido por ligações em série.
Circuito 03
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Circuito 04
O circuito apresentado é dividido em circuito de potência e circuito de comando. O circuito de comando apresenta
a função de desligar dominante em um comando de auto-retenção.
Utilizamos relé auxiliar d1 e dois contatos NA desse relé. Ao acionar b1, estabelecerá corrente elétrica na bobina
do relé que atuará seus contatos, o primeiro contato mantém o relé e o segundo energizará a bobina da solenóide
S1, b2 desliga o relé.
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O circuito de comando apresenta a função desligar em comando de auto-retenção.
Circuito 05
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Training
Circuito 06
O circuito de comando apresenta uma eletroválvula 4/2 duplo solenóide.
Portanto teremos o botão b1, que energizará S1, que realizará o avanço do cilindro. O retorno ocorrerá ao ser
acionado b2.
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Training
O circuito de comando apresenta b1 para energizar S1 e realizar o avanço do cilindro. O retorno ocorrerá automati-
camente assim que for atingido o final do curso e b2 for acionado.
Circuito 07
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Training
Circuito 08
O circuito de comando apresenta b1 para energizar S1 e realizar o avanço do cilindro. Ao atingir o final do curso e
acionar b2, o relé de tempo d1 será energizado e, após processar o tempo ajustado, o contador d1 fecha e energiza
S2, realizando o retorno do cilindro.
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O circuito de comando apresenta a condição de ciclo contínuo através do comando de b1, sendo b2 uma chave fim
de curso NA na condição inicial já acionada.
Circuito 09
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Training
Circuito 10
O circuito de comando apresenta a possibilidade de comando em ciclo único por b1 ou de comando em ciclo con-
tínuo por b4.
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O circuito de comando apresenta a possibilidade de comando em ciclo contínuo por b4, com temporizador no final
do curso através do relé de tempo d1.
Circuito 11
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Training
Circuito 12
O circuito de comando apresenta a possibilidade de comando em ciclo contínuo por b1, porém com contagem pro-
gramada do número de ciclos através de um contador predeterminador d2. A chave fim de curso b4 é responsável
pela contagem e o botão b5 reset do contador.
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Training
O circuito de comando apresenta a possibilidade de duas velocidades para o avanço do cilindro com velocidade
alta até atingir a chave fim de curso b4.
Nesse momento o cilindro passa a avançar com velocidade lenta até atingir o fim de curso b2, responsável pelo
retorno do cilindro com velocidade alta.
Circuito 13
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Training
O circuito de comando apresenta a possibilidade de duas velocidades para o avanço do cilindro com velocidade
alta até atingir a chave fim de curso b4.
Nesse momento o cilindro passa a avançar com velocidade lenta até atingir o fim de curso b2, responsável pelo
retorno do cilindro com velocidade alta.
Circuito 13
Circuito de Comando
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Training
Circuito 14
O circuito de comando apresentado ilustra o comando de uma prensa hidráulica simples. O comando inicial ocorre
por um bimanual simples, o sistema trabalha com dois níveis de pressão.
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Circuito 14
Circuito de Comando
O circuito de comando apresentado ilustra o comando de uma prensa hidráulica simples. O comando inicial ocorre
por um bimanual simples, o sistema trabalha com dois níveis de pressão.
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Training
O circuito de comando apresentado é um circuito de auto-retenção para a sequência algébrica A+B+A-B- para
eletroválvulas de 4/2 simples solenóide.
Circuito 15
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O circuito de comando apresentado é um circuito de auto-retenção para a sequência algébrica A+B+A-B- para
eletroválvulas de 4/2 simples solenóide.
Circuito 15
Circuito de Comando
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Training
Circuito 16
O circuito de comando apresentado é um circuito de comando com possibilidade de ciclo único ou ciclo contínuo
para a sequência algébrica A+B+A-B- para eletroválvulas de 4/2 duplo solennóide.
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Circuito 16
Circuito de Comando
O circuito de comando apresentado é um circuito de comando com possibilidade de ciclo único ou ciclo contínuo
para a sequência algébrica A+B+A-B- para eletroválvulas de 4/2 duplo solennóide.
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O circuito de comando apresentado é um circuito de comando com possibilidade de ciclo único com ciclo contínuo
para a sequência algébrica A+B+B-A-, onde a sobreposição de sinal será eliminada com uso de chaves fim de
curso acionadas por gatilho.
Circuito 17
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O circuito de comando apresentado é um circuito de comando com possibilidade de ciclo único com ciclo contínuo
para a sequência algébrica A+B+B-A-, onde a sobreposição de sinal será eliminada com uso de chaves fim de
curso acionadas por gatilho.
Circuito 17
Circuito de Comando
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Circuito 18
O circuito de comando apresenta a aplicação de um pressostato para controle de pressão de uma prensa hidráulica
simples.
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Circuito 18
Circuito de Comando
O circuito de comando apresenta a aplicação de um pressostato para controle de pressão de uma prensa hidráulica
simples.
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Training
O circuito de comando apresentado lustra um processo de trabalho com dispositivo de fixação (cilindro A) utilizando
um pressostato para efetuar o controle de pressão necessário e liberação da sequência de movimento.
Circuito 19
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O circuito de comando apresentado lustra um processo de trabalho com dispositivo de fixação (cilindro A) utilizando
um pressostato para efetuar o controle de pressão necessário e liberação da sequência de movimento.
Circuito 19
Circuito de Comando
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Circuito 20
O circuito de comando apresentado ilustra o processo descrito anteriormente, porém o cilindro B passa a trabalhar
com duas possibilidades de velocidades dentro do processo.
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Circuito 20
Circuito de Comando
O circuito de comando apresentado ilustra o processo descrito anteriormente, porém o cilindro B passa a trabalhar
com duas possibilidades de velocidades dentro do processo.
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19. Circuito Cascata ou Sequência Mínima de Contatos
Nesse método de resolução de circuito aplicamos
relés auxiliares realizando a função de momórias de
grupos, sendo a sequência algébrica dividida onde
ocorrerá sobreposições de sinais elétricos.Quando em
uma sequência algébrica encontramos mudança de
sinal algébrico de um passo para outro com o mesmo
atuador, podemos dizer que estará ocorrendo uma
sobreposição de sinal.
Exemplo: A+B+B+A-
No método intuitivo poderíamos utilizar chaves fim
de curso acionadas por gatilho, seria uma maneira
simples de se eliminar a sobreposição, porém mesmo
as chaves fim-de-curso acionadas por gatilho poderão
causar a sobreposição, caso as mesmas possam
mecanicamente permanecer acionadas, talvez por um
problema de posicionamento mecânico.
No método cascata a sobreposição de sinal elétrico
é totalmente eliminada, porque mesmo que a chave
fim de curso permaneça mecanicamente acionada a
mudança de movimento pela qual ela é responsável
ocorrerá através de um grupo de comandos.
Exemplo:
A + B +
grupo 1
B - A -
grupo 1
Sendo a sequência algébrica dividida somente onde
ocorrerá sobreposição de sinal elétrico, teremos com
isso a formação de dois grupos de comando:
grupo 1 e grupo 2
O grupo 1 será responsável pelo movimento (passo)
de A + (avanço do cilindro A) e pelo movimento de B +
(avanço do cilindro B).
O grupo 2 será responsável pelo movimento de B -
(retorno do cilindro B) e pelo movimento de A - (retorno
do cilindro A).
No método cascata, como mencionado anteriormente,
trabalhamos com relés auxiliares (memórias) e com
grupos de comando, devemos observar que o número
de relés auxiliares utilizados dependerá do número de
grupos menos um.
Exemplo:
-	Dois grupos de comandos corresponderão a um relé.
-	Três grupos de comandos corresponderão a dois
	 relés.
-	Quatro grupos de comandos corresponderão a três
	 relés.
Deveremos observar como regra básica para o método
cascata, que o último grupo deverá sempre permane-
cer energizado. Isso ocorre pelo simples fato de que
utilizaremos um contato NA e um contato NF do relé
auxiliar.
Como foi mencionado há pouco, para dois grupos de
comando utilizaremos apenas um relé auxiliar, sendo
utilizados dois contatos desse relé teremos:
-	Primeiro contato (NA), responsável pela alimentação
	 do grupo 1.
- Segundo contato (NF), responsável pela alimentação
	 do grupo 2.
A seguir teremos um exemplo para a condição de
alimentação de dois grupos de comandos:
d1
L2
L1
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Exemplo para a condição de alimentação de três grupos
de comandos:
Recomendamos o método cascata para resolução de
comandos com aplicações de válvulas direcionais 4/2
de duplo solenóide.
Não é recomendável a resolução de comando para
aplicações de válvulas 4/2 de simples solenóide e 4/3
vias duplo solenóide, para essas aplicações o método
passo-a-passo é recomendável.
d1
L3
L1
L2
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Sequência: A + B + - A -
Circuito de potência:
Circuito 01 - Método Cascata
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Circuito 01 - Método Cascata
Circuito de Comando
Sequência: A + B + B - A
Circuito de comando:
Nesse comando teremos a possibilidade de comparar a sequência em ciclo único de b1 ou em um ciclo contínuo
através de b6.
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Training
Sequência: B + (A - C +) + (A + C -) B -
Circuito 02 - Método Cascata
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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107
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
Sequência: B + (A - C +) + (A + C -) B -
Circuito 02 - Método Cascata
Circuito de Comando
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
108 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Training
Circuito 03 - Método Cascata
Sequência: B + (A - C +) ( A + C -) B-
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Circuito 03 - Método Cascata
Circuito de Comando
Sequência: B + (A - C +) ( A + C -) B-
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20. Circuitos Passo a Passo ou
Sequência Máxima de Contatos
Nesse método de resolução de circuitos aplicamos
também relés auxiliares, porém agora deveremos dividir
a sequência algébrica não somente onde ocorrerá a
sobreposição de sinal, mas sim em cada passo da
sequência.
Exemplo:
A + B + A - B -
Agora teremos um relé auxiliar para cada passo ou
movimento dentro de uma sequência algébrica e
teremos um grupo de comandos para cada passo.
Exemplo:
A +
1º
B +
2º
B -
3º
A -
4º
d1 d2 d3 d3
Devemos observar que se fará necessária a utilização
de mais um relé auxiliar (d5) para preparar o passo
seguinte.
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Circuitos Aplicativos
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Sequência:	 A +	 B +	 B -	 A -
Aplicação: 4/2 simples solenóide
Circuito 01 - Método Passo a Passo
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Sequência:	 A +	 B +	 B -	 A -
Aplicação: 4/2 simples solenóide
Circuito 01 - Método Passo a Passo
Circuito de Comando
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Training
Sequência:	 A +	 B +	 B -	 A -
Aplicação: 4/2 duplo solenóide
Circuito 02 - Método Passo a Passo
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Sequência:	 A +	 B +	 B -	 A -
Aplicação: 4/2 duplo solenóide
Circuito 02 - Método Passo a Passo
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Training
Sequência: C + D + D - (A + B +) E + E - (A - B -) C -
Circuito 03 - Método Passo a Passo
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Sequência: C + D + D - (A + B +) E + E - (A - B -) C -
Circuito 03 - Método Passo a Passo
Circuito de Comando
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Notas
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Hidráulica Proporcional
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O conhecimento e domínio da hidráulica proporcional são fundamentais para técnicos e en-
genheiros que atuam em plantas industriais, mais especificamente em projetos e manutenção.
Cada vez mais presente em máquinas e equipamentos, associa a simplificação do sistema
hidráulico, em função da redução no número de componentes do circuito, à flexibilidade da
eletrônica que garante precisão no controle das variáveis pressão, vazão e conseqüentemente
posição. A facilidade de parametrização das rotinas microprocessadas impede erros comuns
verificados quando os sistemas eram puramente analógico por permitir auto correções on-line.
Sistemas hidráulicos convencionais com partida e parada instantâneas provocam movimentos
bruscos com elevados esforços mecânicos seguidos por picos de pressão que geram fadigas e
redução de vida útil em todos os componentes do circuito.
As válvulas hidráulicas proporcionais produzem uma resposta de pressão ou vazão, proporcional
a intensidade de corrente elétrica, controlada por cartelas eletrônicas dedicadas. Estas cartelas
permitem a eliminação de banda morta através do ajuste de corrente mínima e a limitação de
valores máximos de vazão quando se trata da válvula direcional e de pressão quando se trata
da válvula de segurança, por exemplo.
As cartelas são aplicadas também para se obter controle de rampas de aceleração nas
válvulas proporcionais, que permite alcançar altas velocidades nos atuadores de forma suave
e progressiva e rampas de desaceleração que reduzem a velocidade até a parada total de
maneira rápida e suave, evitando movimentos bruscos, prejudiciais ao sistema mecânico devido
aos esforços e trancos gerados, já as rampas de pressurização e despressurização nas válvulas
de pressão, impedem os picos de pressão e golpes de aríete. Estas características asseguram
alta performance ao processo, com ganhos expressivos de produtividade.
Esta apostila tem por objetivo abordar tópicos que ajudarão no conhecimento e compreensão
desta tecnológica tão importante no cenário da hidráulica. É importante ressaltar que o avanço
tecnológico agrega cada vez mais recursos ao componente reduzindo a ação necessária do
usuário que precisa apenas manter o sistema dentro de padrões ótimos de trabalho e dos
projetistas exige um conhecimento apurado da aplicação para garantir uma escolha correta.
Prefácio
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Índice
1.	 Introdução...............................................................................................................................................124
2.	 Conceitos Gerais..................................................................................................................................125
3.	 Construção das Válvulas Proporcionais.....................................................................................129
4.	 Problemas e Soluções Tecnológicas...........................................................................................131
5.	 Ajustes Eletrônicos.............................................................................................................................133
6.	 Apêndice A - Placas de Acionamento Parker...........................................................................134
7.	 Apêndice B - Válvulas Proporcionais Parker............................................................................138
8.	 Ajustes......................................................................................................................................................152
9.	 Referências.............................................................................................................................................154
10.	 Exercícios................................................................................................................................................155
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1. Introdução
Muitos sistemas hidráulicos são comandados eletricamente, utilizando-se de válvulas solenóides.Porém, os ajustes
de pressão ou vazão, nesses casos, necessitam de válvulas reguladas manualmente. Em diversas aplicações,
torna-se necessário, ter pressão e vazão variável, seja durante um ciclo de operação de uma máquina, ou para
ajustar a máquina nas diferentes situações que possam ocorrer, como um set-up de máquina, ou para fazer um
controle de posição de um cilindro, entre outros. Em virtude dessa necessidade, foi desenvolvida a hidráulica
proporcional, conseguida a partir da evolução da eletrônica e dos sistemas de controle.
A principal diferença entre a válvula proporcional e a eletroválvula reside na construção do solenóide. A bobina
solenóide de uma eletroválvula pode assumir somente dois estados: ligada ou desligada. Na posição ligada, ela
atua sobre o carretel da válvula fazendo com que a válvula comute. Na posição desligada o carretel fica livre da
ação do solenóide, atuando assim em regime de 0 ou 100%. Já na válvula proporcional a bobina solenóide fica
energizada permanentemente, oscilando entre uma corrente mínima e uma corrente máxima e, opera de acordo
com a corrente aplicada. Se aplicarmos menos corrente, ela exercerá menor ação sobre o carretel, definindo
portanto, um determinado nível de vazão da válvula, por exemplo. Do mesmo modo, se aplicarmos maior corrente
ela exercerá maior ação sobre o carretel determinando um maior nível de vazão, atuando em regime de 0 a
100%.
Portanto, podemos dizer que uma válvula proporcional é um componente eletro-mecânico que produz uma
saída hidráulica, proporcional ao sinal de corrente elétrica aplicada na entrada. Porém, existem alguns efeitos
indesejáveis que ocorrem na válvula proporcional, gerados devido a diversos aspectos inerentes à válvula, como
atrito, contaminação do óleo, sobreposição do carretel, entre outros. Com a utilização da eletrônica, sensores
e sistemas de controle conseguiu-se minimizar bastante esses efeitos. Com isso, a tecnologia com válvulas
proporcionais possibilitou:
	 Melhor performance na relação força e velocidade, constante nos pontos de trabalho;
	 Eliminação de oscilações e picos de pressão;
	 Melhor controle de aceleração, desaceleração, pressurização e despressurização;
	 Diminuição do número de componentes nos sistemas hidráulicos;
	 Acionamento eletrônico das válvulas de forma simples, flexível e eficiente;
A tecnologia atual de válvulas proporcionais inclui diversas áreas como:
	 Mecânica;
	 Hidráulica;
	 Eletromagnetismo;
	 Eletrônica;
	 Controle;
Por isso, se torna bastante complexo ter um conhecimento aprofundado e detalhado dessa tecnologia, embora a
utilização seja relativamente simples e prática.
Portanto, vamos começar com alguns conceitos dessas áreas para melhor compreensão dessa tecnologia.
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2. Conceitos Gerais
Conceitos de Mecânica
Atrito Seco
O atrito seco, ou atrito de Coulomb, é o efeito físico de
resistência à força aplicada devido à inércia, ou seja,
é a força necessária para fazer com que um objeto
parado comece a se mover. Esse tipo de atrito gera
um efeito indesejável, que é denominado zona morta
ou banda morta (“deadband”).
Atrito Viscoso
O atrito viscoso ou atrito dinâmico é o efeito físico de
resistência à uma força aplicada em um objeto em
movimento, ou seja, é a perda de energia que é gasta
para se manter um objeto em movimento e evitar que
ele pare. Portanto, ao aplicar-se uma força sobre um
objeto temos inicialmente que vencer o atrito seco
para movimentá-lo e então aplicar uma força maior do
que o atrito viscoso para mantê-lo em movimento. O
atrito seco é sempre de magnitude superior ao atrito
viscoso.
Fat
= B.v + C.sign(q)
onde:
F	- Força de atrito
B	- Coeficiente de atrito viscoso
v	 - Velocidade
C	- Coeficiente de atrito seco
q	 - Posição
Conceitos de Eletromagnetismo
Campo Magnético no Condutor
Sabemos que quando uma corrente passa por fio
condutor é produzido um campo magnético ao redor
desse condutor, cuja magnitude é proporcional à
corrente.
E, inversamente, sabemos também que toda a varia-
ção de campo magnético gera uma tensão no condutor
que, num circuito fechado produz corrente.
	 B =	 μ . i
	 	 2π . d
onde:
B	- Indução magnética
I	 - Corrente
μ	 - Permeabilidade magnética do meio
d	 -	Distância da linha magnética em relação
		 ao condutor
E = - df / dt
onde:
E	 - Tensão induzida no condutor
df / dt	- Variação de fluxo magnético no tempo
Bobina
Quando um fio é enrolado, temos, através de uma
mesma corrente, várias linhas de campo magnético
sendo gerados no mesmo sentido. Quando existem
um núcleo ferro-magnético dentro da bobina, essas
linhas ficam concentradas no interior da bobina.
Fig.1 – Campo Magnético em um solenóide
B = μ .N . i / L
onde:
B	- Indução magnética [Gauss]
N	- Número de espiras
I	 - Corrente [A]
L	 - Comprimento da bobina [m]
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Força da Bobina sobre o Núcleo
Quando colocamos um núcleo ferro-magnético, no
interior da bobina, este tende sempre a ficar no centro
dabobina,devidoàforçamagnéticaatuantenomesmo.
Na posição central temos a menor energia magnética
necessária para as linhas de campo magnética, pois o
entreferro está completamente no interior da bobina.
F = i . L x B
onde:
F	 - Força eletro-magnética
i	 - Corrente elétrica no condutor/solenóide
L	 - Comprimento do condutor/solenóide
B	 - Campo magnético sobre o núcleo
Esta força é proporcional à variação de fluxo magnético
e ao número de espiras do solenóide. Por sua vez, a
variação de fluxo magnético é proporcional à variação
de corrente aplicada no solenóide.
Força Contra Eletro-Motriz
Uma FCEM ou Força Contra Eletro-Motriz surge
sempre ao aplicarmos uma corrente em uma bobina.
Sabemos que aplicando a corrente na bobina surge
um campo magnético.Por sua vez, quando temos uma
variação de campo magnético próximo ao condutor,
é induzida uma corrente, em sentido contrário, neste
mesmo condutor, no caso, o solenóide.
Chamamos de FCEM, essa tensão induzida no
solenóide devido à variação do campo eletro-magné-
tico induzido pela própria corrente que passa por ele.
Essa tensão é igual a:
E = - L . di / dt
onde:
E	 - Tensão induzida (FCEM)
L	 -	 Auto-indutância (característica construtiva
		 da bobina)
di/dt	= Taxa de variação da corrente
Conceitos de Eletrônica
Sensor de posição - LVDT
L.V.D.T é sigla para Linear Variable Differential
Transformer (Tranformador Diferencial Variável Linear).
A principal vantagem do princípio do LVDT sobre
outros tipos de transdutores de deslocamento está na
seu alto grau de robustez. Isso se deve à inexistência
de contato físico do elemento sensor e por isso o
desgaste é zero.
Isso também significa que ele pode ser feito à prova
de água e óleo, de forma a se ajustar a diversas
aplicações.
O princípio de medição do LVDT é baseado na
transferência de energia magnética, o que significa
também que a resolução do transdutor LVDT é
infinita.
A menor fração de movimento pode ser detectada
através de circuitos eletrônicos adequados para o
condicionamento do sinal.
A combinação desses dois fatores mais outros fatores
como precisão e repetibilidade tem assegurado que
essa tecnologia esteja à frente de outras.
Um transdutor LVDT consiste de um carretel no qual
três bobinas são enroladas. A primeira bobina, o
primário, é excitada com uma corrente A.C, normal-
mente com sinal entre 0,5 a 10V rms e de 1 a 10kHz.
As outras duas bobinas, os secundários, são enrolados
de tal forma que quando um núcleo de ferrite está na
posição linear central, uma tensão igual é induzida em
cada bobina.
Entretanto, os secundários são conectados em oposi-
ção de modo que na posição central as saídas do dois
secundários anulam, uma à outra.
Fig.2 – Desenho construtivo do LVDT
A armadura (parte móvel do transdutor de desloca-
mento) ajuda a induzir a corrente nas bobinas secun-
dárias Sec.1 e Sec.2.
A armadura é feita de um material magnético especial
e é frequentemente conectada em uma haste que não
é magnética.
A haste conecta a armadura para o mundo externo.
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127
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Quando a armadura está na posição central, existe
uma tensão induzida igual em Sec.1 e Sec.2.
Entretanto, como estão ligadas em oposição, a soma
dos sinais de saída das duas bobinas se cancelam,
resultando em zero na saída, como pode ser observado
na figura abaixo.
Fig.3 – Sinais das bobinas com armadura na posição central
Quando a armadura se move para dentro da Sec.1 (e
fora da Sec.2) o resultado da soma de Sec.1 e Sec.2
favorece Sec.1, conforme figura abaixo.
Do mesmo modo ocorre se a armadura se mover para
dentro de Sec.2 (e fora da Sec.1), a soma favorece
Sec.2 (tensão fora de fase).
Fig.4 – Sinais das bobinas com armadura na posição esquerda
(Sec.1)
A saída de uma bobina é A.C. e, portanto não tem
polaridade.A magnitude da saída do transdutor cresce
conforme o movimento em relação à posição zero
elétrica. Para saber em qual metade de deslocamento
o centro da armadura está localizada em relação a
bobina, deve-se considerar a fase da saída bem como
a magnitude. A fase da saída é comparada com a fase
da excitação e pode estar em fase ou defasada com
a excitação, dependendo de qual metade da bobina
está o centro da armadura.
A eletrônica, portanto, deve combinar a informação
da fase da saída com a informação da magnitude
da saída. Isso irá então permitir ao usuário saber
exatamente onde a armadura está ao invés de quão
longe está da posição zero elétrica.
PWM
A eletrônica tradicional de acionamento de solenóide
se baseia no controle linear, que consiste na apli-
cação de uma tensão constante numa resistência
de modo a produzir uma saída de corrente que é
diretamente proporcional à tensão. A realimentação
pode ser usada para obrer uma saída que resulte
igual ao sinal de controle. Entretanto, esse modo
dissipa muita energia em forma de calor e portanto,
é muito ineficiente. Uma técnica mais eficiente utiliza
modulação por largura de pulso (PWM – Pulse Width
Modulation) para produzir uma corrente constante na
bobina.
O sinal PWM não é constante. O sinal é ligado em uma
parte de seu período e desligado no restante. O Duty
Cycle, D, se refere à porcentagem do período que o
sinal está ligado. O Duty Cycle pode ser qualquer valor
desde 0% (sinal desligado sempre) até 100% (sinal
constantemente ligado). Um D=50% resulta numa
onda quadrada perfeita.
Fig.5 – Sinais em PWM
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128 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Um solenóide é um fio de certo comprimento enrolado
em forma de bobina. Devido a esta configuração, o
solenóide tem, além de sua resistência R, uma certa
indutância L. Quando uma tensão V, é aplicada num
elemento indutivo, a corrente I, produzida neste
elemento não vai imediatamente para um valor cons-
tante, mas cresce gradualmente para seu máximo
em um período de tempo chamado tempo de subida.
Do mesmo modo, a corrente I não desaparece ins-
tantaneamente, mesmo se a tensão V é removida
abruptamente, mas diminui até o zero com o mesmo
tempo que foi gasto durante a subida.
Fig.6 – Corrente na bobina com sinal PWM
Conceitos de Controle
Sistemas em Malha Aberta
Fig.7 – Controle em malha aberta
referência é o botão de ajuste de temperatura, a planta
é o próprio aquecedor em si, e saída é a temperatura
final gerada pelo aquecedor. Se houver alguma
variação na temperatura ambiente (perturbação),
teremos que ajustar novamente o botão, pois não
existe um sinal da saída indicando ao aquecedor que
a temperatura ambiente mudou e ele deve corrigir
automaticamente.
Nessetipodesistema,geralmente,éimportantemanter
a calibração da máquina (planta) sempre em ordem,
para obtermos a saída desejada correspondente à
entrada.
Sistemas em Malha Fechada
Fig.8 – Controle em malha fechada
A saída é utilizada para alterar a ação de controle,
motivo pelo qual é sinônimo de sistemas a
realimentação, ou seja, escolhida a posição do botão
de referência, ele será comparado com o valor de
saída atual. Caso estejam diferentes, será gerado um
erro, usado pelo controlador, que envia um sinal de
correção para a planta, ajustando a saída no mesmo
valor do sinal de referência.
Exemplos: geladeira, robôs, corpo humano, controle
de velocidade, etc. Por exemplo, a geladeira possui
um sistema de controle simples, com realimentação.
Ajustamos uma certa temperatura através de um
botão (referência). A geladeira vai ligar ou não sua
refrigeração (planta) para aumentar ou diminuir sua
temperatura (saída).Ela possui um termostato (sensor)
que “sente”a temperatura e envia a informação, que é
comparada com o ajuste feito (referência). O resultado
dessa comparação é chamado Erro. Dependendo
do valor desse Erro, o controlador toma uma ação
adequada na geladeira, seja tornar mais frio, ligando,
ou tornar menos frio, desligando.
Geralmentenumsistemadecontroleemmalhafechada,
o problema é parametrizar ou sintonizar ou ajustar os
ganhos do controlador, pois se mal ajustado, pode gerar
oscilações ou saturações na saída (instabilidades), ou
ainda não corrigir como esperado.
A saída não é utilizada para alterar a ação de controle,
ou seja, uma vez, escolhido a posição do botão de
referência, a saída responde proporcionalmente e não
se corrige automaticamente. Exemplos: aquecedor
elétrico doméstico, fogão a gás, máquina de lavar
roupa. Por exemplo, no aquecedor simples, o sinal de
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129
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3. Construção das Válvulas Proporcionais
Fig.9 – Solenóide Proporcional em Corte
O solenóide proporcional é um solenóide regulável, de
corrente contínua que atua em banho de óleo. A figura
acima mostra um solenóide de válvula reguladora
de pressão proporcional em corte, onde podemos
observar sua partes constitutivas:
Um corpo que contém uma haste-armadura (5) que
é acionado pelo solenóide proporcional e atua num
elemento de controle da parte hidráulica da válvula
(carretel ou pistão); o solenóide proporcional (1) tem
uma bobina magnética (4), um núcleo magnético (2)
e uma armadura magnética (3) conectada à haste
da armadura (5), sendo que a bobina magnética (4)
e pelo menos uma parte do núcleo magnético estão
firmemente conectados ao corpo (11).
Ao energizar o solenóide aparece uma força dentro
do primeiro espaço ou “gap” (12) entre a armadura
magnética (3) e o núcleo (2) que faz mover axialmente
a armadura magnética para cima e para baixo, entre
suas posições limites, no espaço interior do núcleo
magnético; Por sua vez, o núcleo parcialmente se
projeta no espaço interior da bobina magnética (4) e
é concêntrico à haste da armadura (5). O movimento
da armadura magnética (3) relativo ao núcleo resulta
numa atuação do elemento de controle da parte
hidráulica, além disso no solenóide proporcional (1)
também temos um segundo espaço ou “gap”ajustável
(10) para regulagem da força magnética axial que
move a armadura magnética (3).
A figura abaixo mostra as curva típicas de força x
curso para os solenóides convencional e proporcional.
Pode-se observar que, devido ao aspecto construtivo
do solenóide, e com o devido ajuste, consegue-se uma
força bastante constante ao longo de um pequeno
curso de trabalho (cerca de 1,5mm).
Fig.10 – Solenóide Convencional x Proporcional
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130 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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A relação entre a força do solenóide e a corrente da
bobina é linear, o que significa que para cada posição
da armadura do solenóide em relação ao seu curso,
a força do solenóide é determinada somente pela
corrente da bobina.
Fig.11 – Corrente no Solenóide Proporcional
Assumindo que o solenóide está movendo o carretel da
válvula contra uma mola, e que esta tem uma relação
linear entre força e compressão, então, conforme a
figura abaixo, a força gerada pela corrente aplicada
será equilibrada com a força da mola no ponto de
intersecção das curvas.
Nesse momento de equilíbrio das forças, a haste fica
parada.
Portanto, variando a corrente do solenóide, o carretel
ou pistão poderá se posicionar em qualquer ponto ao
longo do seu curso.
Fig.12 – Equilíbrio das Forças Magnética e da Mola
Para uma melhor eficiência do desempenho da válvula
proprocional, foi desenvolvido um solenóide com curso
regulado.
Neste, a posição do núcleo é regulada através de um
circuito fechado, conforme figura abaixo, independente
de força contrária.
Através da realimentação do sinal de posição do
carretel e controle eletrônico é possível reduzir as
perturbações causadas por atrito, vazão ou forças de
pressão, e consequentemente a histerese e erro de
repetibilidade.
O curso do solenóide situa-se conforme o tamanho
construtivo, entre 3 e 5mm.
Fig.13 – Malha de Controle do Solenóide com Controle de Curso
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131
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4. Problemas e Soluções Tecnológicas
Força Constante
Devido a variações de corrente, na bobina, causada
pela Lei de Lenz, embora estejamos aplicando uma
corrente contínua constante na bobina, na verdade,
essa corrente se altera devido ao campo magnético
que se forma na bobina e que retorna ao próprio
circuito em forma de corrente (F.C.E.M. – Força
Contra-Eletro Motriz).
Como sabemos, a corrente da bobina influencia na
força magnética sobre o núcleo.
Portanto, para mantermos essa corrente constante e,
assim, a força constante sobre o carretel, é necessário
termos um sistema de controle em malha fechada.
Fig.14 – Malha de Controle de Força Magnética
Histerese
Chamamos de histerese, a característica de um
elemento que, quando aplicado nele uma força, num
sentido, sua resposta não corresponde, de modo
igual, à mesma força, no sentido oposto.
Por exemplo, quando esticamos uma mola e soltamos,
e ela não volta ao mesmo lugar, pois fica um pouco
esticada. Para voltar na posição precisamos forçar a
encolher.
Esse é o mesmo princípio utilizado em fitas cassetes
e outros materiais magnéticos.
Uma vez polarizados, eles não retornam normalmente
ao seu estado inicial, precisam de energia magnética
a mais para restaurar a condição original.
Esse efeito sempre existe em componentes eletromag-
néticos, devido à própria física das partículas.
Portanto, numa bobina, ao enviar uma corrente elétrica
para gerar uma força ela desloca o carretel.
Mas ao enviar uma corrente com a mesma magnitude,
em sentido oposto, o carretel irá deslocar para o
outro lado, e não voltará para o mesmo lugar, pois o
deslocamento será um pouco maior ou menor que o
anterior.
Fig.15 – Curva de Magnetização
Para a correção da histerese, é utilizado um sistema
em malha fechada que controla a posição do carretel
dentro da válvula. Desse modo, ao enviar um sinal
de corrente, nos certificamos que ele será sempre
proporcional ao deslocamento desejado.
Para fazer a leitura da posição do carretel é utilizado
o sensor LVDT.
Fig.16 – Malha de Controle de Posição do Carretel
Além disso, podemos observar na curva da histerese
que há um limite no campo magnético, ou seja, a
partir de um certo valor de corrente aplicada há uma
saturação do campo magnético significando que a
força chegou ao seu valor máximo.
Isso deve ser levado em conta quando do projeto do
controlador eletrônico.
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Zona Morta
A Zona Morta ou Banda Morta (“Deadband”) é assim
chamado por existir uma certa faixa de valores que,
aplicados na válvula, não produzem efeito. Ou seja,
posso produzir uma força mas não tenho resultado na
saída, somente a partir de um certo valor, ela começa
a responder. Obviamente isso é um efeito indesejável
se queremos obter uma saída proporcional ao sinal
de entrada.
Na válvula proporcional esse efeito surge devido ao
atrito estático do carretel e da sobreposição interna da
válvula, denominadas de perdas mecânicas.
Fig.17 – Zona Morta ou “Deadband”
Para corrigir esse problema, usam-se duas técnicas: a
de controle em malha fechada da posição do carretel,
com LVDT (já vista, pois também é usada para reduzir
a histerese), e a técnica de Dither.
O Dither é uma pequena variação ou ondulação
(ripple) introduzida no sinal de corrente enviado para
a solenóide, com uma certa amplitude de variação
e uma certa frequencia, gerando uma vibração que
melhora a linearidade da válvula.
Ou seja, ao invés de aplicarmos um sinal de corrente
contínua direto na solenóide, aplicamos esse sinal
ondulado na frequencia de 100 a 200Hz e com certa
amplitude (dependendo da dinâmica da bobina),
ocasionando uma pequena vibração no carretel. Isso
permite que o carretel esteja sempre em movimento,
numa vibração rápida e de pequeno deslocamento, o
que evita o aparecimento do atrito estático e contribui
para a diminuição da histerese (perdas elétricas)
também.
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5. Ajustes Eletrônicos
Existem alguns ajustes que são disponibilizados ao
usuário para fazer regulagens na válvula de modo a
otimizar o uso para uma determinada aplicação.
Geralmente essas regulagens são feitas no cartão
eletrônico embutido na própria válvula ou na placa de
acionamento “drive” da válvula, externo à mesma.
Zero Hidráulico (Anulamento/”Null”)
Algumas válvulas proporcionais, possuem um pot
(potenciômetro) de ajuste chamado NULL para
centralizar o carretel na válvula de modo a obter vazão
de óleo zero quando o sinal de comando está zerado.
Esse pot vem ajustado de fábrica e não deve ser
regulado, esta operação é feita com instrumentos
específicos obedecendo normas e padrões de
conhecimento exclusivo dos fabricantes por se
tratar de item de garantia do produto em função das
características construtivas.
Corrente Mínima
Mesmo utilizando as técnicas já descritas, existe uma
zona morta inerente ao solenóide que aparece devido
à natureza física eletro-magnética, é a chamada
corrente de magnetização, ou seja, é necessário uma
energia para magnetizar as partículas do solenóide.
Por isso, em geral, as válvulas começam a funcionar a
partir de uma corrente mínima, que deve ser ajustada
no cartão eletrônico.
Também podemos ajustar essa corrente para que,
ao colocar um sinal de comando mínimo, o carretel
já se desloque a mais. Por exemplo: numa válvula
de pressão proporcional podemos fazer que ela, ao
receber um pequeno sinal de comando já inicie a sua
operação em 100 Bar.
Corrente Máxima
Através do ajuste de corrente máxima podemos
definir o máximo deslocamento permitido para o
carretel. Assim podemos limitar a atuação da válvula
proporcional.
Por exemplo: numa válvula de pressão proporcional,
embora ela possa suportar até 400 Bar, podemos limitar
sua atuação para que, quando o sinal de comando for
máximo, a pressão alcance somente 250 Bar.
Rampas
Para evitar movimentos bruscos que gerem oscilações
no sistema hidráulico e na mecânica, podemos ajustar
rampas no cartão eletrônico.
Ao invés do sinal de comando ser enviado diretamente
paraaválvula,ocartãovaiaumentandogradativamente
o valor de comando até chegar no valor desejado.
O tempo que ele demora para sair de um valor e
chegar até o outro pode ser ajustado nos pots de
rampa. Temos dois tipos de rampa.
A rampa de subida que é gerada quando o sinal vai de
um valor menor para um maior, e a rampa de descida
que é gerada quando o sinal sai de um valor maior e
vai para um valor menor.
Numa válvula direcional proporcional estamos contro-
lando a vazão de saída para cada lado do cilindro, ou
seja, sua velocidade.
Quando utilizamos a rampa estamos ajustando a
variação da velocidade em relação ao tempo, ou seja
a aceleração ou desaceleração. Se for uma válvula
de pressão, estaremos controlando pressurização e
despressurização.
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6. Apêndice A - Placas de Acionamento Parker
Placa de Acionamento “Drive” – ED104
Descrição Geral
O amplificador para válvula proporcional ED104 é
usado para acionar as válvulas de pressão propor-
cionais “DSA”. O amplificador responde a um sinal
de comando de 0 a +10VDC. Quando um sinal de
comando é dado, o amplificador envia um sinal de
corrente PWM - Pulse Width Modulted (Modulado por
Largura de Pulso) para a bobina da válvula.
O driver ED104 é uma placa completamente pronta
para ajustes de pressão mínima e máxima bem como
controle de rampa.
Características
	 Controle de Rampa – A característica de rampa
	 interna reduz picos de pressão (spikes) e sobressinal
	 (overshoot) através de um ajuste da velocidade para
	 alcançar a pressão desejada.
	 Controle Eletrônico da Pressão Máxima – Esse
	 controle limita a capacidade de pressão máxima da
	 válvula.
	 Ajuste de Offset de Pressão – O ajuste de mínimo	
	 na placa permite ao usuário definir o valor mínimo
	 na faixa de operação.
	 Tensão de Referência – A placa possui fonte de
	 tensãodereferênciade+10Vparasinaisdecomando.
	 Realimentação de Corrente – O circuito fornece
	 segurança de que o ajuste de pressão vai perma-
	 necer constante em relação a mudanças de tempe-
	 ratura na bobina da válvula.
	 Dither – O circuito de dither opera em 250Hz para
	 reduzir histerese.
	 Montagem em Rack DIN – A placa é montável num
	 rack DIN padrão de 31 pinos que permite remoção
	 sem desconectar os fios.
	 Indicadores LED – A luz âmbar indica que existe
	 alimentação (24VDC) e a placa está operacional. A
	 luz vermelha indica que o solenóide está energizado.
Especificações
	 24VDC, -10% a +20%
Fonte de Alimentação	 40 VA
	 Filtrado e regulado
Sinal de Comando
	 0 a +10VDC, impedância de
	 entrada é 100k ohms
Diagnóstico do Painel 	
0,1 V = 1 Amp na bobina
Frontal
Faixa de Temperatura 	
0 a 70º C (32 a 158º F)
de Operação (Ambiente)	
Saída para a Bobina 	 16VDC, sinal de corrente PWM,
da Válvula	 1300 mA max, 350 mA min.
Faixa da Rampa	 0 a 5 segundos
Sinal de Desabilitação 	
5 a 30VDC, 15mA
da Rampa
Modelo de Interface	 Rack DIN 31 pinos, DIN 41617
Grau de Limpeza	 ISO Classe 16/13
Exigida para o Óleo	 SAE Classe 4 ou melhor
Faixa de Viscosidade	 80-1000 SSU, 16-220 cst.
Fusível	 2 Amps, médio
Classe de Proteção	 Aberto, sem classif.
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Diagrama em Blocos
Notas:
1.	Desligue a energia elétrica sempre que a parte hidráulica estiver desligada.
2.	O ajuste de pressão ‘mínima’ tem seu valor pré-ajustado em 200mV, que é o ajuste mínimo disponível.
3.	O ajuste ‘máximo’ não somente define o valor máximo como re-escalona o sinal de comando para o valor máximo ajustado.
	 Essa característica permite a total utilização de toda a faixa do sinal de comando no espectro de pressão que foi ajustado
	 através do mínimo e máximo.
4.	Sempre desligue a alimentação antes de retirar o cartão do seu rack.
5.	Não use um sinal de comando negativo no Pino 14.
Informações de Pedido
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Placa de Acionamento “Drive” – EZ154
Descrição Geral
Módulo Eletrônico, adequado como um cartão adi-
cional para válvulas direcionais proporcionais com
eletrônica On-Board ou integrada.
Os sinais de comando fornecidos externamente po-
dem ser ajustados conforme determinada aplicação
específicas por potenciômetros de limites internos e
rampas.
Características
	 Faixa de excursão do carretel da válvula direcional
	 proporcional pode ser manipulada com o potenciô-
	 metro MIN, ajustável alimentando-se um valor de
	 comando constante de aprox. 0,2V.
	 Excursão do carretel limitado ao MAX com faixa total
	 de comando. Após o ajuste de MIN, pode-se ajustar
	 o MAX alimentando-se um valor de comando cons-
	 tante de 10V.
	 Chave DIP-switch para selecionar geração de rampa
	 interna ou ajuste de rampa externa.
Especificações
Fonte de Alimentação
	 Filtrado: 22-38V;
	 Não-filtrado: 18-26V
Sinal de Comando
	 0 a +10VDC e 0 a -10VDC
	 Conector 31 polos macho,
Conexão
	 DIN 41617
Faixa de Temperatura 	
de Operação (Ambiente)	
0 a 70º C (32 a 158º F)
	
Tensão de Saída	 0... +/-10V
Faixa da Rampa	 0 a 5 segundos ajustável
Sinal de Desabilitação 	
5 a 30VDC, 15mA
da Rampa
Consumo de Energia	 4VA
Tensõe de Referência	 +10V, -10VDC 10mA
Cabo de Conexão com 	
AWG20
Malha (shieldado)	
Fusível
	 2 Amps, médio,
	 DIN 41571 / 5x20mm
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Diagrama em Blocos
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7. Apêndice B - Válvulas Proporcionais Parker
Válvula de Pressão Proporcional
Série DSA
Descrição Geral
A série “DSA”de válvulas de alívio proporcionais
variam a pressão do sistema em resposta ao sinal
de comando variável da placa de acionamento da
válvula.As válvulas podem alcançar fluxo de 189LPM
(50 GPM) e pressões de até 350 Bar (5000 PSI)
Nota:
Melhor resolução dessa faixa de valores pode
ser obtida através de ajuste no “min.” da placa de
acionamento “ED104”.
Essa válvula não fornece um controle de pressão
linear na faixa de comando que vai de zero a 10VDC.
Consulte o fabricante para conhecer circuitos de
controle de pressão linear.
Características
	 Repetibilidade – A válvula fornece controle con-
	 sistente de pressão dentro da faixa de pressão sele-
	 selecionada.
	 Operação Simples – O usuário envia um sinal de
	 comando variável de zero a +10 VDC e a válvula
	 fornece controle de pressão variável.
	 Sensibilidade à Contaminação – A válvula requer
	 níveis padrão de filtragem de fluidos; ISO classe
	 16/13, SAE Classe 4 ou melhor.
	 Permutabilidade – A válvula se ajuste na configu-
	 ração padrão de montagem pelo padrão DIN 24340.
	 Pequenas Vias – O tamanho reduzido das vias de
	 vazão dentro da válvula produzem uma menor queda
	 de pressão.
Especificações
Pressão Máxima	 350 Bar (5000 PSI)
Pressão Mínima	 10 Bar (150 PSI)
Vazão Nominal de Piloto	 1,13 LPM (0,3 GPM)
Vazão Nominal	 2,65 LPM (0,7 GPM)
Histerese	 +/- 5%
Pressão Máxima na
Linha de Tanque	
10 Bar (150 PSI)
Tamanhos Disponíveis
	 DIN/NG 6, 25
		 NFPA P03, 08
Especificações
	 Tensão, 16VDC
		 Faixa de Corrente - 300mA a
da Bobina
	 1050mA
Grau de Limpeza
	 ISO Classe 16/13
		 SAE Classe 4 ou melhor
Faixa de Viscosidade	 80-1000 SSU, 16-220 cst.
Faixa de Temperatura
de Operação (Ambiente)	
-18 a 60º C (0 a 140º F)
Classe de Proteção	 Nema 1 (IP54)
Curvas de Performance
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Training
Curvas de Performance - continuação
Informações de Pedido
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140 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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Válvula Direcional Proporcional
Série D1FX
Descrição Geral
A série D1FX de válvulas proporcionais direcionais
fornecem vazão de saída variável conforme sinal
de comando em tensão ou corrente. As vávulas
são unidades totalmente integradas contendo placa
eletrônicas e um dispositivo de realimentação de
posição do carretel.
Características
	 Eletrônica Completa – Elimina tempo e custo das
	 ligações elétricas entre vávula e cartão de aciona-
	 mento (“driver”). Fornece um pacote válvula/driver
	 totalmente testado em fábrica.
	 LVDT – A realimentação da posição do carretel está
	 localizada entre o corpo da válvula e a bobina, per-
	 mitindo, portanto corrida teste em manual.
	 Ajuste de Zero Eletrônico do LVDT – Ajustado de
	 fábrica. Nenhum anulamento adicional é necessário.
	 Indicador de Diagnóstico – LED bicolor indica a
	 posição do carretel.
	 Construção Robusta – Eletrônica integrada embu-
	 tida numa proteção robusta de alumínio moldado
	 para proteger de ambientes agressivos típicos em
	 muitas aplicações industriais.
	 Interface Elétrica – Conector padrão MS para inter-
	 face com computadores e PLC’s.
Operação
O carretel da D1FX desloca proporcionalmente em
cadadireçãoemrespostaaosinaldecomandovariável;
fornecendo portanto a vazão de saída desejada. Uma
vez que o carretel alcance a posição desejada, o
LVDT interno envia um sinal de realimentação para o
amplificador “driver” para manter essa posição.
O fechamento da malha de controle interna, dessa
maneira, resulta em menor histerese e melhora a
repetibilidade da válvula. A boa dinâmica do amplifi-
cador fornece à válvula uma resposta de frequencia
maior que 20Hz.
Nota de Instalação:
A válvula deve ser montada horizontalmente.
Especificações
Interface	 NFPA D03, CETOP 3
Pressão Máxima	 315 bar (4500 PSI)
Pressão Máxima na
Linha de Tanque	
35 bar (500 PSI)
Vazão	 Até 38 LPM (10 GPM)
Resposta em 	 20 Hz com 10% CMD a 50%
Frequência	 do curso do carretel
	 • Versões AJ, BJ, CJ, DJ:
Resposta ao Degrau
	 Deslocamento Total  60ms
	 • Versões CK, DK:
	 Deslocamento Total  70ms
Repetibilidade	 0,5% do curso do carretel
Histerese	 1,5%
Banda Morta, Nominal	 10%
Temperatura de 	 Modelo de 24V: -20º a 60º C
Operação (Ambiente)	 Modelo de 12V: -29º a 60º C
	 24VDC@3 amps nominal
	 (AJ,BJ,CJ,DJ)
Especificações de	 Regulado entre 21 a 30VDC
Fonte de Potência	 12VDC@3amps nominal (CJ,DK)
	 Regulado entre 11,5 a 15VDC
	 Recomendável fonte de 4amp
Tensão de Posicionamento	 Versão AJ,BJ,CJ,DJ: +/- 10VDC
do Carretel	 Versão CK, DK: +/- 5VDC
Fonte de Alimentação do	 +/-10VDC@10mA (AJ,BJ,CJ,DJ)
Sinal de Comando	 +/-5VDC@10mA (CK,DK)
Falha por Proteção 	 20VDC (AJ,BJ,CJ,DJ)
de Sub-tensão	 11VDC (CK,DK)
Diagnóstico
	 LEDs Vermelho/Verde para
	 posição do carretel
Faixa de Viscosidade	 75-600 SSU
Grau de Limpeza 	 ISO classe 16/13, SAE Classe 4
do Fluido	 ou melhor
Classe de Proteção	 Nema 4 (IP65)
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
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141
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Training
Sinal de Comando e Impedância de Entrada
Sinal de Comando		 Impedância de Entrada
Versão AJ,BJ,CJ,DJ
	 0 a +/- 10VDC (duplo solenóide)	 100k ohms
	 0 a +10VDC (simples solenóide)	 100k ohms
Versão CK, DK
	 0 a +/- 5VDC (duplo solenóide)	 100k ohms
	 0 a +5VDC (simples solenóide)	 100k ohms
Versão AJ,BJ,CJ,DJ	 4 a 20mA 	 499 ohms
Versão CK,DK	 4 a 20mA	 249 ohms
Solução de Problemas
Sintoma	 Causa	 Solução
Instabilidade	 Fonte de alimentação?	 Use uma fonte de alimentação que não seja limitada em menos que 4Amps. Use uma fonte
		 separada para cada válvula. A carcaça da fonte deve ser aterrada.
	 Ruído na entrada?	 Para verificar, desconecte os sinais da entrada da válvula. Ligue os terminais Cmd e Fbdk ao
		 comum. Para um melhor resultado, separe o terra dos sinais de comando e o terra da fonte.
Atuador	 Ajuste mínimo?	 Ajuste mínimo pode ter sido feito de modo que o carretel não consegue parar o fluxo não
		 existe um ponto de estabilidade operacional. Remova os ajustes mínimos e ligue de novo.
Deriva	 Variações no sistema?	 A válvula foi hidaulicamente anulada usando um cilindro de dupla haste. Num sistema em
		 malha fechada, a deriva pode ocorrer com as entradas sem conexão. Conecte o feedback e
		 faça ajuste de ganho na malha externa.
Vazão Baixa	 Vazão limitada?	 Ajuste para o máximo no sentido horário nas versões A,B e D. Verifique se os jumpers JP2
		 e JP3 estão colocados corretamente. Verifique se o sinal de comando está correto.
	 Entrada flutuante?	 Ambas as entradas devem ser conectadas, na versão B.
	 Pressão do sistema?	 Verfique se a pressão está ajustada conforme o recomendado e que não existem outras vias
		 vias possíveis para o fluxo.
Sem Fluxo	 Energia?	 Verifique se existe energia de alimentação e se os fios estão ligados com a polaridade
		 correta. Verifique se o sinal ENABLE está presente, na versão B. Verfique se as conexões
		 hidráulicas na válvula estão corretas. Verifique se a bomba hidráulica está ligada.
Sem Controle 	 Faseamento?	 Nas versões A, B e D, se existe um sistema de realimentação externo, verifique a operação
Proporcional		 da vávula em malha aberta usando um potenciômetro. Na versão C, verifique se jumper de
		 realimentação (JP4 ou JP5) está instalado. Faseamento impróprio do sistema irá causar fluxo
		 máximo na saída (saturação).
Informações de Instalação
Recomendações de Fluido
Óleo hidráulico mineral qualidade premium com faixa
de viscosidade entre 150-250 SSU (32-54 cst.) a
38°C (100°F) é recomendado. A faixa de viscosidade
absoluta de operação é de 75 a 600 SSU (15 a130
cst.). Óleo deve ter máximo de propriedades anti-
desgaste e tratamento contra ferrugem e oxidação (
aditivos).
Filtragem
Para vida máxima da válvula e dos componentes do
sistema, deve haver proteção contra contaminação a
um nível que não exceda 125 partículas maiores que
10 microns por mililitro de fluido. (SAE Classe 4 ou
melhor / ISO Código 16/13).
Sedimentação
A sedimentação pode travar qualquer carretel desli-
zante de válvula e não retornar a mola, se mantido
deslocado sob pressão por longos períodos de tempo.
A válvula deve ser totalmente movimentada em ciclos,
periodicamente, para evitar travamento
Restrições de Montagem
Para assegurar a correta operação, a D1FX deve ser
montada horizontalmente.
Se a válvula for montada verticalmente, uma válvula
de retenção de, no mínimo, 1,4 bar (20 PSI) deve ser
colocada na linha de tanque para manter a pressão de
retorno na válvula.
Ondulações na Linha de Tanque
Se várias válvulas são conectadas em uma linha de
tanque comum, variações de fluxo na linha podem
causar um inesperado deslocamento no carretel.
Linhas de tanque separadas devem ser usadas
quando variações na linha são esperadas.
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Informações de Pedido
Cabos
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Curvas de Performance
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Descrição Funcional – Versão AJ
Definições de Configuração
A D1FX é fornecida com duas configurações básicas - sem realimentação e com realimentação.Sem realimentação
se refere a válvulas tendo somente uma entrada de comando, sendo que qualquer malha de realimentação é feita
externamente à válvula.
Com realimentação se refere a válvulas com terminais de entrada para comando e realimentação, e eletrônica para
fechamento da malha proporcional. Todas as versões D1FX incorporam uma realimentação interna de posição de
carretel.
As versões sem realimentação incluem a versão Standard (AJ), uma versão européia (BJ) e as versões de zona
morta (DJ e DK).
As versões com realimentação (CJ  CK) são fornecidas para realimentação proporcional externa.
Nem todos os jumpers e potenciômetros são funcionais em todas as versões.
Essa é a versão padrão de 24VDC que aceita sinal de
comando tanto de tensão como de corrente.
A vazão de saída é proporcional à posição do carretel
que segue o sinal de comando ajustado.
Tensão de referência de +/-10V estão disponíveis nos
Pinos A e F do conector de I/O para ligação em um
potenciômetro de comando.
	 CMD	 +10V	 -10V
	 TP2 - Aj.Cmd.	 +10V	 -10V
	 Vazão	 P - B	 P - A
	 LED	 Verde	 Vermelho
	 TP1 -Carretel	 +10V	 -10V
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Start-up
Ajustes de fábrica
	 LVDT hidraulicamente anulado ou “zerado” (R3)
	 Max A e Max B ajustados totalmente no sentido horário
	 JP3 inserido: Ganho de Sinal de Comando – X1
	 Bias ajustado para 0V (R1)
Startup
	 Ligue a fonte de alimentação
	 Aplique o sinal de comando
	 Aumente lentamente a pressão do sistema
	 Varie o comando do mínimo ao máximo e verifique se a
	 vazão é proporcional ao comando
Diagrama de Ligação
**	 O comum de um comando gerado externamente deve estar separado do comum da fonte de alimentação.
Opções
	 Monitoração da posição do carretel (TP1 ou Pino C)
	 Ajustes de máxima vazão
	 Tensões de referência
	 Comando por corrente
	 Bias
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Training
Descrição Funcional – Versão BJ
A lógica básica é a mesma da versão AJ
A fonte de alimentação ainda é de +24VDC mas
um fio separado foi adicionado para aterramento da
carcaça.
Pino E do conector de 7 pinos está conectado interna-
mente ao corpo da válvula mas isolado da eletrônica.
É necessário acionar o sinal de Enable no Pino C
senão a solenóide permanecerá desenergizada.
A entrada de comando aceita tanto sinal de tensão
como sinal de corrente e tem entrada diferencial para
imunidade a ruído e fácil reversão de fase.
A vazão de saída é proporcional à posição do carretel
que segue o ajuste do sinal de comando.
A posição do carretel pode ser observada emTP1 ou no
pino F. Tensões de referência não estão disponíveis.
	 -CMD/+CMD	 +/-10V	 +/-10V
	 TP2 - Aj.Cmd.	 +10V	 -10V
	 Vazão	 P - B	 P - A
	 LED	 Verde	 Vermelho
	 TP1 - Carretel	 +10V	 -10V
Start-up
Ajustes de fábrica
	 LVDT hidraulicamente anulado ou “zerado” (R3)
	 Max A e Max B ajustados totalmente no sentido horário
	 Min A e Min B ajustados totalmente no sentido anti-horário.
	 JP3 inserido: Ganho de Sinal de Comando – X1
	 Bias ajustado para 0V (R1)
Startup
	 Ligue a fonte de alimentação
	 Ajuste Min A e Min B
	 Aplique o sinal de comando
	 Aumente lentamente a pressão do sistema
	 Varie o comando do mínimo ao máximo e verifique se a
	 vazão é proporcional ao comando.
	 Ajuste Max A e Max B
Opções
	 Monitoração da posição do carretel (TP1 ou Pino F)
	 Ajustes de Min
	 Ajustes de máxima vazão
	 Tensões de referência
	 Comando por corrente
	 Bias
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Training
Conector de Interface de I/O 7 Pinos
Função	 Descrição
	 Cabo EHC** 8G
		 Pino	 Cor do Fio
Fonte de 	 24VDC Nominal
Alimentação	 + 24V	 A	 Vermelho
	 Comum	 B	 Preto
Enable	 5 a 30VDC	 C	 Amarelo
Comando	 Sinal +/-10VDC ou
	 4-20mA, +/-20mA
	 +CMD	 D	 Azul
	 -CMD	 E	 Laranja
Carretel	 +/- 10VDC	 F	 Branco
Terra Carcaça	 Para o corpo da válvula	 G	 Verde
Diagrama de Ligação
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Training
Descrição Funcional – Versões CJ e CK
Realimentação da Malha
Fechada Externa
Nota Especial:
O projeto e startup bem sucedido de uma malha
fechada de posição ou de um sistema de controle de
velocidade requer considerável estudo prévio e um
bom entendimento da dinâmica do sistema e da carga
que se está querendo controlar.
Controle com realimentação em malha fechada é um
tópico amplo que vai além do nosso escopo.
É nossa intenção fornecer a informação necessária
para ajustar o D1FX para uso em aplicações típicas
em malha fechada.
É responsabilidade do usuário entender as limitações,
danos e implicações dos sistemas de controle com
realimentação em malha fechada, bem como proce-
dimentos detalhados de sintonia necessários para
alguns tipos de controladores.
	 Entradas	 CMDFDBK	 CNDFDBK
	 TP2 - Erro	 -V	 +V
	 Vazão	 P - A	 P - B
	 LED	 Vermelho	 Verde
	 TP1 - Carretel	 -V	 +V
A versão com realimentação está disponível tanto em
24 VDC como 12 VDC de alimentação. Existe opção
de sinal de comando por tensão ou por corrente. O
sinal de realimentação deve ser um sinal de tensão e
não pode exceder ±10 VDC (±5 VDC para CK).
O sinal de realimentação pode ter a mesma ou a
oposta polaridade do sinal de comando, mas deve ser
de mesma magnitude do sinal de comando, pois não
há ajustes para escala. Tensões de referência estão
disponíveis nos pinos A e F do conector de I/O para o
potenciômetro de comando ou de realimentação.
A malha externa tem realimentação proporcional.
Existem ganhos ajustáveis para ambas as direções
de fluxo. Ajustes de limiar mínimo estão disponíveis
para sintonia ótima dos sistemas de posicionamento
em malha fechada.
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Start-up
Ajustes de fábrica
	 LVDT hidraulicamente anulado ou “zerado” (R3)
	 Max A e Max B ajustados aprox. na metade
	 Min A e Min B ajustados totalmente no sentido anti-horário
	 JP3 inserido: Ganho Proporcional
	 JP4 inserido: Realimentação invertida
	 Bias ajustado para 0V (R1)
Startup
	 Ligue a fonte de alimentação
	 Ajuste Min A e Min B
	 Conectar o sinal de comando
	 Conectar a entrada de realimentação (insira JP4 se a
	 realimentação e sinal de comando tem a mesma polari-
	 dade. Remova JP4 e insira JP5 se as polaridades forem
	 opostas
	 Aumente lentamente a pressão do sistema
	 Varie o comando do mínimo ao máximo e verifique se a
	 realimentação (Fdbk) segue o comando (Cmd).
	 Ajuste Max A e Max B
*	 Versão CK utiliza 12VDC de alimentação e +/-5V de sinal de
	 entrada. Tensões de referência são +5V e -5V.
Função	 Descrição
	 Cabo EHC** 8G
		 Pino	 Cor do Fio
Fonte de 	 24VDC Nominal
Alimentação *	 + 24V	 E	 Vermelho
	 Comum	 D	 Verde/Amarelo
Comando *
	 Sinal +/-10VDC ou	
B	 Azul
	 0-20mA
Tensões de 	 + 10VDC	 A	 Laranja
Referência	 - 10VDC	 F	 Branco
Realimentação *	
+/- 10VDC	 C	 Preto
(Fdbk)	
Diagrama de Ligação
**	 O comum de um comando gerado externamente deve estar se- parado do comum da fonte de alimentação.
Opções
	 Monitoração da posição do carretel (TP1 ou Pino F)
	 Ajustes de Min
	 Ajustes de ganho máximo
	 Tensões de referência
	 Comando por corrente
	 Bias
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Descrição Funcional – Versões DJ e DK
Acionamento Padrão com Eliminador
de Zona Morta
A válvula padrão D1FX pode, dependendo da cargam
não ser eletricamente simétrica em condições de fluxo
zero. Ocasionalmente, (como ao usar um sinal gerado
pelo PLC) é desejável equalizar o sinal necessário para
se ter um fluxo similar de P para A e de P para B.
Zona morta ou ajustes de limiares mínimos são
projetados para tornar a D1FX eletricamente simétrica
em condições de fluxo zero.
Isso significa anulamento ou “zeramento” hidráulico
mais fácil e redução de zona morta com fluxo zero, ao
mesmo tempo.
Essa válvula deve ser usada em sistemas de posicio-
namento em malha fechada, ajustes de zona morta
é um método efetivo de atingir maior repetibilidade e
precisão com um relativo pequeno ganho de malha
de posição.
Essa válvula está disponível em 24VDC e 12VDC
nominal de tensão de alimentação.
Existe a opção do sinal de comando por tensão ou
corrente.
Tensões de referência estão disponíveis no conector
MS para potenciômetro de comando ou realimen-
tação.
	 CMD	 +10V	 -10V
	 TP2 - Aj. Cmd.	 -10V	 +10V
	 Vazão	 P - A	 P - B
	 LED	 Vermelho	 Verde
	 TP1 - Carretel	 -10V	 +10V
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Start-up
Ajustes de fábrica
	 LVDT hidraulicamente anulado ou “zerado” (R3)
	 Max A e Max B ajustados totalmente no sentido anti-horário
	 Min A e Min B ajustados totalmente no sentido anti-horário
	 JP3 inserido: Ganho de Sinal de Comando – X1
	 Bias ajustado para 0V (R1)
Startup
	 Ligue a fonte de alimentação
	 Ajuste Min A e Min B
	 Conectar o sinal de comando
	 Aumente lentamente a pressão do sistema
	 Varie o comando do mínimo ao máximo e verifique se a
	 vazão é proporcional
	 Ajuste Max A e Max B
Função	 Descrição
	 Cabo EHC** 8G
		 Pino	 Cor do Fio
Fonte de 	 24VDC Nominal
Alimentação *	 + 24V	 E	 Vermelho
	 Comum	 D	 Verde/Amarelo
Comando *
	 Sinal +/-10VDC ou	
B	 Azul
	 4-20mA, +/- 20mA
Tensões de 	 + 10VDC	 A	 Laranja
Referência	 - 10VDC	 F	 Branco
Carretel *	 +/- 10VDC	 C	 Preto
Diagrama de Ligação
**	 O comum de um comando gerado externamente deve estar separado do comum da fonte de alimentação.
Opções
	 Monitoração da posição do carretel (TP1 ou Pino C)
	 Ajustes de Min
	 Ajustes máxima vazão
	 Tensões de referência
	 Comando por corrente
	 Bias
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8. Ajustes
Monitoramento da Posição do Carretel
A posição do carretel em relação ao seu ponto zero
de início pode ser observado em TP1. A tensão do
carretel segue a entrada de comando após todos os
ajustes terem sido feitos.
Anulamento (Zeramento) do LVDT
As válvulas D1FX são hidraulicamente zeradas usan-
do um cilindro de haste dupla. O zero não precisa ser
ajustado. Se parecer realmente necessário fazer o
anulamento (zeramento) da válvula:
	 Ajustar Min A e Min B totalmente no sentido anti-horário.
	 Na versão C, Max A e Max B devem ser ajustados apro-
	 ximadamente da metade, com a entrada de realimentação
	 (Fdbk) desconectada.
	 Com a pressão em 500 psi, ajuste a entrada de comando
	 para aproximadamente 0 Volts.
	 Aumente lentamente o comando até que o ponto exato
	 que comece a haver vazão. Guarde esse valor (+Cmd).
	 Diminua lentamente o comando até que o ponto exato
	 que comece a haver vazão com valor de comando nega-
	 tivo. Guarde esse valor (-Cmd).
	 Some a magnitude dos dois valores e então divida por
	 dois. Esse é o valor a partir do qual deve iniciar o vazão
	 em cada direção (Start).
	 Se a magnitude de –Cmd for menor que +Cmd, ajuste a
	 entrada para –Start. Caso contrário ajuste a entrada para
	 +Start.
	 Ajuste R3 (NULL) lentamente até que o ponto exato que
	 comece a haver vazão.
ou numa tensão simétrica (+/-) ou numa polaridade
única, como mostrado abaixo. Verifique a ligação
antes de energizar. Ligação incorreta pode resultar na
danificação das partes eletrônicas.
Corrida Manual
Corrida manual é uma característica de projeto que
permite ao usuário deslocar a válvula em um sistema
sem energia elétrica. No centro de cada bobina existe
um pino de metal. Empurrando um desses pinos com
um chave allen irá resultar em vazão.
Ajuste de Min (BJ, CJ, CK, DJ, DK)
Min A e Min B podem ser ajustados para reduzir a
zona morta mecânica na válvula.
Para ajustar:
	 Remova as entradas de comando (Cmd) e realimentação
	 (Fdbk). Bias deve estar ajustado em 0V.
	 Aplique uma pressão hidráulica pequena.
	 Mova a chave (switch down) para A.
	 Ajuste Min A no sentido horário até que comece a haver
	 vazão.
	 Gire de volta, no sentido anit-horário até que a vazão pare.
	 Mova a chave (switch up) para B e repita o procedimento
	 com Min B.
	 Mova a chave para o centro (switch Run)
Tensões de Referência (AJ, CJ, CK, DJ, DK)
Tensões de referência estão disponíveis para ligação
de potenciômetros nas entradas de comando (Cmd)
ou realimentação (Fdbk). Corrente de até 10mA é
disponibilizada, porém é recomendada a utilização de
pot de 10 K ohms. O potenciômetro pode ser ligado
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153
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Ajustes de Vazão Max (AJ, BJ, DJ, DK)
Max A e Max B podem ser usados para limitar ou
escalonar a vazão nas versões de malha aberta.
Potenciômetros totalmente no sentido horário resultam
na excursão máxima do carretel.Totalmente no sentido
anti-horário reduz a excursão em 30% com ganho em
JP3 e 10% com ganho em JP2.
	 Ajuste o comando (Cmd) para entrada máxima
	 Ajuste o pot Max para obter o fluxo desejado
	 Repita o procedimento para fluxo na outra direção
Obs: Ajuste Min A e Min B antes do Max A e Max B.
Ajuste de Ganho Max (CJ, CK)
As versões CJ e CK fornecem uma realimentação
proporcionalcomganhosajustáveisparaossolenóides
A e B.
	 Ajuste Max A e Max B aprox. no centro (15 de 30 voltas).
	 Conecte as entradas. Aplique pressão baixa e verifique
	 se o faseamento está correto.
	 Desconecte as entradas. Ajuste os limiares Min.
	 Uma vez que o sistema básico está operacional, o ganho
	 pode ser ajustado para uma performance ótima. Quando
	 o sinal de erro em TP2 é positivo (LED verde), ajuste Max
	 B(R101). Quando o sinal de erro é negativo (LED verme-
	 lho), ajuste Max A(R102).
Bias (Todas as Versões)
O comando de bias é ajustado de fábrica em 0 VDC.
Ele pode ser usado com uma entrada de corrente ou
PLC para fornecer fluxo bi-direcional.
Para zerar o bias:
	 Desconecte todas as entradas.
	 Ajuste Max A e Max B aprox no meio.
	 Ajuste bias (R1) até ler zero volts em TP2.
Comando de Corrente ou do PLC
(Todas as Versões)
As versões de 24V tem um resistor de corrente de 499
ohms que converte sinal de 0 a 20mA @ 0 a 10V.
(4 a 20 mA @ 2 a 10 V)
As versões de 12V tem um resistor de 249 ohms que
converte sinal de 0 a 20mA @ 0 a 5V.
(4 a 20 mA @ 1 a 5 V)
Entradas de 4-20 mA or 0-10V podem ser polarizadas
(bias) e amplificadas para cobrir toda a faixa em
versões sem realimentação.
	 Ajuste Max A e B totalmente no sentido horário. Conecte
	 comando (Cmd) para obter fluxo zero (5 volts para entra-
	 da de 0-10V, 12mA para entrada de 4-20mA)
	 Ajuste o pot bias R1 até TP2 ser igual a 0V.
	 Para ter um ganho de X2,5 insira o jumper JP2.
	 0-10 V @ ±12.5V
	 4-20 mA @ ±10V em versões 24 V
	 4-20 mA @ ±5V em versões 12 V
	 Para ter ganho X1 insira o jumper JP3.
	 0-10 V @ ±5V
Aviso:
Adicionar bias irá resultar em vazão quando o sinal
de comando for removido. Use o sinal de Enable para
eliminar o sinal do acionamento “drive”.
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9. Referências
[1]	 H.Dorr et.all. Treinamento Hidráulico Volume 2:
	 Tecnologia das Válvulas Proporcionais e Servo-Válvulas. Mannesmann Rexroth Gmbh
[2]	 Handbook of Electrohydraulic Formulaer 2nd Edition. Bulletin 0242-B1.
	 Parker Hannifin Corporation. Motion  Control Training Department. Cleveland, Ohio. USA.
[3]	 Princípio de Válvulas Proporcionais. EATON
[4]	 Serway, Raymond. Física 3: Eletricidade, Magnetismo e Ótica. LTC 3ª.ed, 1996
[5]	 Site Parker. www.parker.com
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10. Exercícios
O grande desafio dos projetistas de máquinas é aumentar a performance global do equipamento a partir da
aplicação de tecnologia. A hidráulica proporcional vem de encontro a estes objetivos em função das características
das válvulas proporcionais, obtidas através de algoritmos de controle.
A vida útil dos elementos de máquinas e o intervalo entre falhas está diretamente ligado aos picos de esforço
mecânico gerados por partida e parada instantâneas e picos de pressão que solicitam as vedações. As válvulas
direcionais permitem aceleração e desaceleração o que reduz os esforços mecânicos e as válvulas de pressão
reduzem os picos de pressão aliviando as vedações. O controle das variáveis efetuado eletrônicamente, por
cartelas eletrônicas analógicas ou digitais, microprocessadas associadas ou nãoa dispositivos programáveis
(CLP) melhoram a resolução da escala, a precisão do ajuste e a ação da malha de controle.
Antes de começar a trabalhar faça um reconhecimento do Painel de Treinamento Parker existente no laboratório
respondendo as questões abaixo:
1.	Quais são as características do reservatório de óleo do painel?
	 Dimensões
	
	 Volume do reservatório
	
	 Possui respiro?
	
	 Onde?
	
	 Como realiza a troca de calor?
	
	 Qual deve ser o nível de óleo no visor:
	
	 O reservatório deve ser abastecido com quantos litros de óleo?
	
	 Que tipo de óleo está sendo usado? Especifique:
	
	
	
	 Quais os procedimentos para trocar o óleo e qual o intervalo de tempo que deve ser observado?
	
	
	
	
	 Quantos filtros tem no painel? Indique a posição de montagem (linha), função e intervalo para
	 inspeção ou troca:
	
	
	
	 Onde está localizado o termômetro no reservatório?
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	 Qual é a temperatura de trabalho do óleo que está no tanque?
	 No início da aula prática:
	 No final da aula prática:
	 Qual a potência do motor elétrico?
	 Qual a velocidade do motor?
	 Que tipo de bomba está sendo utilizada?
	 Qual é o deslocamento da bomba?
	 Qual é a vazão da bomba 1
	 Qual é a vazão da bomba 2
	 O que é aeração?
	 Cite causas da aeração:
	 O que é cavitação?
	 Cite causas da cavitação:
	 Localize as válvulas que simulam aeração e cavitação. Como estas válvulas devem permanecer durante o
	 funcionamento do painel? Por quê?
	 O que é ventagem?
	 Cite tres aplicações para ventagem:
	 Qual bomba está com a possibilidade de ventagem?
	 Localize o bloco manifold (distribuidor) e identifique:
	 nº de tomadas de pressão da bomba 1:
	 nº de tomadas de pressão da bomba 2:
	 nº de conexões para dreno:
	 nº de conexões para ventagem:
	 nº de conexões de retorno:
	 Qual a função das válvulas de acionamento manual no bloco manifold?
	 Quando devem ser acionadas?
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157
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
2.	Identifique
	 Válvula de pressão modelo:
	 Pressão máxima de trabalho:
	 Vazão máxima:
	 Identifique as conexões entrada, saída e dreno:
	 Válvula direcional proporcional modelo:
	 Vazão:
	 Pressão de trabalho:
	 Conexões de entrada:
	 Saídas:
	 Retorno:
3.	Placas eletrônicas
	 Placa de 1 canal, aplicação:
	 Alimentação:
	 Função da entrada externa:
	 Função da entrada de rampa:
	 Função da saída:
	 Placa de 2 canais, aplicação:
	 Alimentação:
	 Função da entrada externa:
	 Função da entrada de rampa:
	 Função da saída:
	 Função do LVDT:
	 Placa de set point, aplicação:
	 Alimentação:
	 Função da entrada externa:
	 Função da entrada de rampa:
	 Função da saída:
	 Função da saída RS232:
4.	Cuidados na instalaçao de circuitos hidráulicos proporcionais:
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1-	Válvula de Segurança proporcional
	 Objetivo: Analisar a performance de cada aplicação.
	 Nota: Observar a pressão máxima recomendada para o painel, NÃO ULTRAPASSAR, parar a experiência no
	 momento que a tabela a ser preenchida alcançar o LIMITE.Não há perigo de se ultrapassar a pressão máxima
	 do painel desde que não se altere os valores das válvulas de segurança originais do painel
Bomba 1
24V
Ext.
Ramp a
24V
A
0V 0V
Placa de 1 canal
Montado o circuito acima, realize as seguintes tarefas:
	 Ligue a bomba do sistema hidráulico,
	 Alimente as placas proporcionais
	 Espere a inicialização da placa
	 Siga as instruções do manual da placa
a)	 Instalar a válvula de segurança na bomba 1 conforme o circuito abaixo.
	 (O que está dentro do envelope faz parte da montagem original do painel, não precisa ser montado)
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159
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1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 0% e Imax = 100%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 10% e Imax = 90%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 20% e Imax = 80%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 30% e Imax = 70%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
160 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
Training
b) Troque a válvula de lugar, instalando-a na linha da bomba 2 e repita os procedimentos.
Bomba 2
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
161
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 0% e Imax = 100%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 10% e Imax = 90%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 20% e Imax = 80%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 30% e Imax = 70%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
162 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
Training
c)	 Instale agora a válvula de segurança proporcional na ligação de ventagem da bomba 2 e repita os	
	 procedimentos.
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
163
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 0% e Imax = 100%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 10% e Imax = 90%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 20% e Imax = 80%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
1 -	Ajuste padrão da placa de 1 canal opção:	 Corrente	 Pressão do manômetro	
		 SEM RAMPA	 Imin = 30% e Imax = 70%	 I = mA
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		 bar
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		 bar
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
164 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
Training
	 Analise os dados das três montagens e justifique as coincidências e diferenças:
	 Calibre a placa de 1 canal com Imin e Imax coincidindo com a pressão mínima e máxima obtida nas ex-
	 periências anteriores considerando a pressão máxima permitida no painel reduzindo ao mínimo a banda
	 morta.
Modo de operação	 Pressão inicial	 Pressão final	 Observação no comportamento do manômetro
	
0%	 100%
SEM RAMPA	
	
100%	 0%
					
	
0%	 100%
COM RAMPA	
	
100%	 0%
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
165
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
2 -	Válvula de controle direcional proporcional
	 O objetivo deste exercício é verificar o comportamento da válvula D1FX por meio da observação do rotâmetro
	 instalado na linha de retorno da válvula.
P T
A B
LVD T
Válvula
Direcional
Proporcional
Parker
D1FX
Filtro de
Linha de
Pressão
Filtro de
Linha de
Retorno
Rotâmetro
Displa y
+_
Hidráulic
Trai
ning
0
V
L
V
D
2
4
V
E
x
t
.
R
a
m
p
a
2
4
V
0
V
24V24V
0V
Pla ca de 2 canais
Ligar o cabo da válvula
direcional na placa de 2 canais
0V
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
166 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
Training
1 -	Ajuste padrão da placa de 2 canais opção:	
LVDT
	 Vazão no rotâmetro lpm
		 SEM RAMPA	 Imin = 0% e Imax = 100%		 Canal A	 Canal B
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		
1 -	Ajuste padrão da placa de 2 canais opção:	
LVDT
	 Vazão no rotâmetro lpm
		 SEM RAMPA	 Imin = 10% e Imax = 90%		 Canal A	 Canal B
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		
1 -	Ajuste padrão da placa de 2 canais opção:	
LVDT
	 Vazão no rotâmetro lpm
		 SEM RAMPA	 Imin = 20% e Imax = 80%		 Canal A	 Canal B
		 Ajuste do parâmetro na placa =	 0%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 10%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 20%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 30%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 40%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 60%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 70%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 80%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	 90%		
		 Ajuste do parâmetro na placa = 	100%		
	 Calibre a placa de 2 canais com Imin e Imax coincidindo com a vazão mínima e máxima obtida nas ex-
	 periências anteriores reduzindo ao mínimo a banda morta.
Modo de operação	 Vazão inicial	 Vazão final	 Observação no comportamento do manômetro
	
0%	 100%
SEM RAMPA	
	
100%	 0%
					
	
0%	 100%
COM RAMPA	
	
100%	 0%
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
167
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
	 Porque é necessário a instalação de um filtro de linha de pressão no circuito?
Nota:
Ao ligar o circuito com válvula proporcional é importante que se evite ao máximo a contaminação da válvula por
impurezas presentes no óleo, realizando um procedimento de trocar o óleo de dentro das mangueiras por óleo
filtrado e dos atuadores. Esta ação impede que a válvula proporcional funcione como filtro, pois em função de ter
uma grande precisão de ajuste, onde as folgas são menores que a passagem dos filtros normais aplicados em
circuitos hidráulicos convencionais. Esta contaminação diminui a vida útil da válvula provocando desgaste e mal
funcionamento.
O próximo exercício consiste em montar um circuito hidráulico proporcional e associando as três placas, 1 canal
para controlar a válvula de segurança, a de 2 canais para controlar a válvula direcional e a placa de set point para
estabelecer a seqüência de comando e parâmetros de pressão e velocidade do circuito.
Para isso a saída de 0 a 10 V deve ser ligada à placa de 1 canal, a saída de +/- 10V deve ser ligada à placa de 2
canais. A entrada do sensor da placa de set point deve receber o sinal do sensor potenciométrico. A programação
da placa deve obedecer às instruções do manual de cada placa.
É possível ainda, utilizar um clp com cartões analógicos para controlar o circuito.
A saída de rampa da placa de set point ativa ou desativa a função rampa da placa que estiver sendo controlada de
1 ou dois canais. Com a aplicação de um clp é possível comandar a rampa nas duas placas mudando a velocidade
e a pressão do sistema em cada etapa de funcionamento do circuito.
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
168 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
Training
Faça o exercício abaixo explorando as seguintes condições:
1.	 Fazer o cilindro avançar e retornar com 100% da velocidade e uma única pressão.
2.	 Fazer o cilindro avançar com 50% da velocidade e 30 bar de pressão e voltar com 40% da velocidade e 50 bar.
3.	 Fazer o cilindro acelerar até 100% da velocidade e desacelerar até 0% a partir de 150mm de curso.
4.	 Fazer o cilindro avançar até 80mm com 30% da velocidade, de 80 a 160mm com 100% da velocidade, e de 160 a 200mm com
	 40% da velocidade.
Circuito Hidráulico Proporcional
Este é o circuito que será utilizado para aplicar todas as possibilidades permitidas no painel.
Sensor Linear
Potenciométrico
M
P T
A B
LVD T
Atuador
Hidráulico
Linear
Válvula
Direcional
Proporcional
Parker
D1FX
Filtro de
Linha de
Pressão
Filtro de
Linha de
Retorno
Filtro de
Linha de
Sucção
Manômetr
o
Válvula de
Segurança
Proporcion
al
Parker
DSA
Bomba Hidrá ulica
Simple s de
Deslocam ento Fixo
Reservatório
Motor
Elétrico
Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Jacareí, SP - Brasil
169
Tecnologia Eletrohidráulica Industrial
Training
Montar o circuito anterior a partir dos dois exercícios executados anteriormente. E acrescentar a placa de set point
conforme esquema abaixo.
5.	 A cada mudança de velocidade mudar também a pressão.
6.	 Acrescentar ao circuito anterior rampas de pressurização e despressurização.
7.	 Alternar as rampas de aceleração e pressurização.
8.	 Utilizar um clp para comandar o circuito utilizando o sensor linear potenciométrico na entrada analógica e a saída analógica
	 para controlar a placa de set point.
9.	 Fazer um circuito misto com parte do sistema atuando com válvulas proporcionais e outra parte com válvulas convencionais
	 utilizando as entradas e saídas analógicas e digitais do clp.
10.	Fazer um circuito utilizando o atuador rotativo aplicando as funções de aceleração e desaceleração. Em velocidade baixa,
	 variar a pressão de trabalho.
Para cada exercício é importante que o aluno elabore um pequeno relatório com as observações relativas ao
processo observado, para que o exercício não se resuma apenas à montagem, que contemple também uma parte
de análise de circuito.

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Eletrohidraulica parker

  • 1. Apostila M1003-1 BR Julho 2006 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial CYANMAGENTAYELLOWBLACK Parker Hannifin Filiais Distribuidor Autorizado AP. M1003-1 BR - 07/06 - 1000 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Av. Lucas Nogueira Garcez 2181 Esperança Caixa Postal 148 12325-900 Jacareí, SP Tel.: 12 3954-5100 Fax: 12 3954-5262 [email protected] Belo Horizonte - MG Rua Pernambuco 353 - cj. 306/307 Funcionários 30130-150 Belo Horizonte, MG Tel.: 31 3261-2566 Fax: 31 3261-4230 [email protected] Campinas - SP Rua Tiradentes 289 - sl. 21 e 22 Guanabara 13023-190 Campinas, SP Tel.: 19 3235-3400 Fax: 19 3235-2969 [email protected] Jacareí - SP Av. Lucas Nogueira Garcez 2181 Esperança Caixa Postal 148 12325-900 Jacareí, SP Tel.: 12 3954-5100 Fax: 12 3954-5262 [email protected] Porto Alegre - RS Av. Frederico Ritter 1100 Distrito Industrial 94930-000 Cachoeirinha, RS Tel.: 51 3470-9144 Fax: 51 3470-9281 [email protected] Recife - PE Rua Santa Edwirges 135 Bairro do Prado 50830-220 Recife, PE Tel.: 81 2125-8000 Fax: 81 2125-8009 [email protected] Rio de Janeiro - RJ Av. das Américas 500 - bl. 20 - sl. 233 - Downtown Barra da Tijuca 22640-100 Rio de Janeiro, RJ Tel.: 21 2491-6868 Fax: 21 3153-7572 [email protected] São Paulo - SP Rodovia Anhangüera km 25,3 Perus 05276-977 São Paulo, SP Tel.: 11 3915-8500 Fax: 11 3915-8516 [email protected] Training Training
  • 2. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Termo de Garantia A Parker Hannifin Ind. e Com. Ltda, Divisão Automation, doravante denominada simplesmente Parker, garante os seus produtos pelo prazo de 12 (doze) meses, incluído o da garantia legal (primeiros 90 dias), contados a partir da data de seu faturamento, desde que instalados e utilizados corretamente, de acordo com as especificações contidas em catálogos ou manuais ou, ainda, nos desenhos aprovados pelo cliente quando tratar-se de produto desenvolvido em caráter especial para uma determinada aplicação. Abrangência desta Garantia A presente garantia contratual abrange apenas e tão somente o conserto ou substituição dos produtos defeituosos fornecidos pela Parker. A Parker não garante seus produtos contra erros de projeto ou especificações executadas por terceiros. A presente garantia não cobre nenhum custo relativo à desmontagem ou substituição de produtos que estejam soldados ou afixados de alguma forma em veículos, máquinas, equipamentos e sistemas. Esta garantia não cobre danos causados por agentes externos de qualquer natureza, incluindo acidentes, falhas com energia elétrica, uso em desacordo com as especificações e instruções, uso indevido, negligência, modificações, reparos e erros de instalação ou testes. Limitação desta Garantia A responsabilidade da Parker em relação a esta garantia ou sob qualquer outra garantia expressa ou implícita, está limitada ao conserto ou substituição dos produtos, conforme acima mencionado. ADVERTÊNCIA SELEÇÃO IMPRÓPRIA, FALHA OU USO IMPRÓPRIO DOS PRODUTOS DESCRITOS NESTE CATÁLOGO PODEM CAUSAR MORTE, DANOS PESSOAIS E/OU DANOS MATERIAIS. As informações contidas neste catálogo da Parker Hannifin Ind.e Com.Ltda.e seus Distribuidores Autorizados, fornecem opções de produtos para aplicações por usuários que tenham habilidade técnica. É importante que você analise os aspectos de sua aplicação, incluindo consequências de qualquer falha e revise as informações que dizem respeito ao produto contidos neste catálogo.Devido à variedade de condições de operações e aplicações para estes produtos, o usuário, através de sua própria análise e teste, é o único responsável para fazer a seleção final dos produtos e também para assegurar que o desempenho, a segurança da aplicação e os cuidados especiais requeridos sejam atingidos. Os produtos aqui descritos com suas características, especificações e desempenhos são objetos de mudança pela Parker Hannifin Ind. e Com. Ltda., a qualquer hora, sem prévia notificação. ! ABS Q uality Evaluation s,Inc. Manage m ent System Cer tification ISO 9001 : 2000 Certificate Number: 30759
  • 3. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training COPYRIGHT © by Parker Hannifin Corporation Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Adaptação e Revisão Parker Training Brasil
  • 4. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Apresentação Para incentivar, ampliar e difundir as tecnologias de automação industrial da Parker Hannifin, numa gama tão ampla de aplicações, foi criada, na Parker Jacareí, a Parker Training. Há mais de 26 anos treinando profissionais em empresas, escolas e universidades, a Parker Training vem oferecendo treinamento técnico especializado e desenvolvendo material didático diversificado e bem elaborado, com o intuito de facilitar a compreensão. Com instrutores qualificados, esse projeto é pioneiro na área de treinamento em automação industrial no Brasil, e colaborou para a formação de mais de 25 mil pessoas, em aproximadamente 4 mil empresas, através de cursos e materiais reconhecidos pelo conteúdo técnico e qualidade de ensino. Para alcançar tais números e continuar a atender seus clientes, de forma cada vez melhor, com uma parceria cada vez mais forte, os profissionais da Parker Training se dedicam a apresentar sempre novos conceitos em cursos e materiais didáticos. São ministrados cursos abertos ou “in company” em todo o país, através de instrutores próprios ou de uma rede de franqueados, igualmente habilitada e com a mesma qualidade de treinamento. Os cursos oferecidos abrangem as áreas de Automação Pneumática/Eletropneumática, Manutenção de Equipamentos Pneumáticos/Hidráulicos, Técnicas de Comando Pneumático, Controladores Lógicos Programáveis e Hidráulica/Eletrohidráulica Industrial com controle proporcional. São oferecidos também programas de treinamento especial com conteúdo e carga horária de acordo com as necessidades do cliente, empresa ou entidade de ensino. Faz parte dos nossos cursos uma grande gama de materiais didáticos de apoio, que facilita e agiliza o trabalho do instrutor e do aluno: transparências, componentes em corte, símbolos magnéticos, apostilas e livros didáticos ligados às técnicas de automação, gabaritos para desenho de circuitos, fitas de vídeo, software de desenho e simulação de circuitos pneumáticos e hidráulicos, além de bancadas de treinamento para realização prática destes circuitos. Parker Training
  • 5. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Índice 1. Introdução........................................................................................................................................................4 2. Revisão Conceitos de Hidráulica.....................................................................................................................4 3. Unidade de Força Básica.................................................................................................................................7 4. Válvulas de Controle Direcional.....................................................................................................................13 5. Atuadores e Acumuladores Hidráulicos.........................................................................................................17 6. Válvulas de Controle de Pressão...................................................................................................................21 7. Válvulas de Retenção.....................................................................................................................................24 8. Válvulas Controladoras de Vazão...................................................................................................................25 9. Introdução à Eletricidade Básica....................................................................................................................26 10. Alimentação Elétrica......................................................................................................................................28 11. Lei de Ohm.....................................................................................................................................................31 12. Medidas Elétricas...........................................................................................................................................33 13. Elementos de Comutação e Proteção............................................................................................................35 14. Componentes dos Circuitos Elétricos............................................................................................................37 15. Solonóides......................................................................................................................................................39 16. Relés..............................................................................................................................................................40 17. Segurança em Eletricidade............................................................................................................................43 18. Circuitos Eletrohidráulicos Conceituais..........................................................................................................44 19. Circuito Cascata ou Sequência Mínima.........................................................................................................64 20. Circuito Passo a Passo ou Sequência Máxima..............................................................................................71
  • 6. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 1. Introdução Com a constante evolução tecnológica, tem-se no mercado a intensa necessidade de se desenvolverem técnicas de trabalho que possibilitem ao homem o aprimoramento nos processos produtivos e a busca da qualidade. Para se buscar a otimização de sistemas nos processos industriais, faz-se o uso da junção dos meios de transmissão de energia, sendo estes: Mecânica Elétrica Eletrônica Pneumática Hidráulica Experiências têm mostrado que a hidráulica vem se destacando e ganhando espaço como um meio de transmissão de energia nos mais variados segmentos do mercado, sendo a Hidráulica Industrial e Móbil as que apresentam um maior crescimento. Porém, pode-se notar que a hidráulica está presente em todos os setores industriais.Amplas áreas de automatização foram possíveis com a introdução de sistemas hidráulicos para controle de movimentos. Para um conhecimento detalhado e estudo da energia hidráulica vamos inicialmente entender o termo Hidráulica. O termo Hidráulica derivou-se da raiz grega Hidro, que tem o significado de água, por essa razão entendem-se por Hidráulica todas as leis e comportamentos relativos à água ou outro fluido, ou seja, Hidráulica é o estudo das características e uso dos fluidos sob pressão. Através deste material será possível a revisão da Hidráulica básica. Esta apostila tem como objetivo apresentar informações básicas, conceitos e aplicações dos variados tipos de circuitos e aplicações dando ênfase de comandos elétricos aplicados na eletrohidráulica.
  • 7. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Definição de Pressão Pressão é a força exercida por unidade de superfície. Em hidráulica, a pressão é expressa em kgf/cm2 , atm ou bar. A pressão também poderá ser expressa em psi (pound per square inch) que significa libra força por polegada quadrada, abrevia-se lbf/pol2 . Lei de Pascal A pressão exercida em um ponto qualquer de um líquido estático é a mesma em todas as direções e exerce forças iguais em áreas iguais. Vamos supor um recipiente cheio de um líquido, o qual é praticamente incompressível. Sabemos que: Portanto: Temos que a pressão, agindo em todos os sentidos internamente na câmara da prensa, é de 10 Kgf/cm2 . Esta pressão suportará um peso de 100 Kgf se tiver- mos uma área A2 de 10 cm2 , sendo: P1 = F1 A1 = 10 kgf 1 cm2 = 10 kgf/cm2 P = F A 2. ...desenvolverá uma pressão de 10kgf/cm2 (10atm) em todos os sentidos dentro deste recipiente 1. Uma força de 10kgf aplicada em um pistão de 1cm2 de área... 4. As forças são proporcionais às áreas dos pistões 3. ... Esta pressão suportará um peso de 100kgf se tivermos uma área de 10cm2 ENTRADA 10kgf 1cm2 100kgf 10cm2= SAÍDA F = Força A = Área P = Pressão 1. Suponhamos uma garrafa cheia de um líquido, o qual é praticamente incompressível. 2. Se aplicarmos uma força de 10kgf numa rolha de 1cm2 de área... 3. ... o resultado será uma força de 10kgf em cada centímetro quadrado das paredes da garrafa. 4. Se o fundo da garrafa tiver uma área de 20cm2 e cada centímetro estiver sujeito a uma força de 10kgf, teremos como resultante uma força de 200kgf aplicada ao fundo da garrafa. 2. Revisão Conceitos de Hidráulica Quando aplicamos uma força de 10 kgf em uma área de 1 cm2 , obtemos como resultado uma pressão interna de 10 kgf/cm2 agindo em toda a parede do recipiente com a mesma intensidade. Este princípio, descoberto e enunciado por Pascal, levou à construção da primeira prensa hidráulica no princípio da Revolução Industrial. Quem desenvolveu a descoberta de Pascal foi o mecânico Joseph Bramah. Princípio Prensa Hidráulica F = P x A
  • 8. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Portanto: Podemos considerar que as forças são proporcionais às áreas dos pistões. Fatores de Conversão de Unidades de Pressão F2 = P1 x A2 F2 = 10 kgf/cm2 x 10cm2 F2 = 100 kgf 1 atm = 1,0333 kgf/cm2 1 atm = 1,0134 bar 1 atm = 14,697 psi (lbf/pol2 ) 1 atm = 760 mmHg 1 kgf/cm2 = 0,9677 atm 1 kgf/cm2 = 0,9807 bar 1 kgf/cm2 = 14,223 psi (lbf/pol2 ) 1 kgf/cm2 = 736 mmHg 1 bar = 0,9867 atm 1 bar = 1,0196 kgf/cm2 1 bar = 14,503 psi (lbf/pol2 ) 1 bar = 759 mmHg 1 psi = 0,0680 atm 1 psi = 0,0703 kgf/cm2 1 psi = 0,0689 bar 1 psi = 51,719 mmHg Equivalência entre Unidades de Pressão 1 atm = 1kgf/cm2 = 1 bar = 14,7 psi~ Podemos considerar: 1 bar = 14,5 psi Conservação de Energia Relembrando um princípio enunciado por Lavoisier, onde ele menciona: Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma. Realmente não podemos criar uma nova energia e nem tão pouco destruí-la e sim transformá-la em novas formas de energia. Quando desejamos realizar uma multiplicação de forças significa que teremos o pistão maior, movido pelo fluido deslocado pelo pistão menor, sendo que a distância de cada pistão seja inversamente proporcional às suas áreas. O que se ganha em relação à força tem que ser sacrificado em distância ou velocidade. Quando o pistão de área = 1 cm2 se move 10 cm desloca um volume de 10cm3 para o pistão de área = 10 cm2 . Consequentemente, o mesmo movimentará apenas 1 cm de curso. ~ 2. 10 centímetros cúbicos de líquido movimentarão somente 1 centímetro neste pistão. 1. Se o pistão se move 10 centímetros, desloca 10 centímetros cúbicos de líquido (1cm2 x 10cm = 10cm3 ). 4. Neste ponto também teremos uma energia de 100kgf. cm (1cm x 100kgf). 3. A energia transferida será igual a 10 quilogramaforça x 10 centímetros ou 100kgf. cm.
  • 9. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Líquidos Líquido é uma substância constituída de moléculas. Ao contrário dos gases, nos líquidos as moléculas são atraídas umas às outras de forma compacta. Por outro lado, ao contrário dos sólidos, as moléculas não se atraem a ponto de adquirirem posições rígidas. Força Transmitida através de um Sólido A força através de um sólido é transmitida em uma direção. Se empurrarmos o sólido em uma direção, a força é transmitida ao lado oposto, diretamente. Manômetro de Bourdon O tubo de Bourdon consiste de uma escala calibrada em unidades de pressão e de um ponteiro ligado, através de um mecanismo, a um tubo oval, em forma de C. Esse tubo é ligado à pressão a ser medida. O tubo tende a endireitar-se sob pressão causando a rotação do ponteiro Entrada de pressão Tubo de Bourdon 0 10 2030 40 50 60 70 80 90 100 Manômetro O manômetro é um aparelho que mede um diferencial de pressão. Dois tipos de manômetros são utilizados nos sistemas hidráulicos: o de Bourdon e o de núcleo móvel. Geração de Calor em um Sistema Hidráulico A geração de calor em um sistema é causada pelo movimento de um líquido, relativamente há mudanças de direção, viscosidade e atrito.Para se descobrir como o calor é gerado, concentraremos o nosso estudo nas características do líquido. Viscosidade A viscosidade é a medida de resistência ao fluxo das moléculas de um líquido quando elas deslizam umas sobre as outras. É uma espécie de atrito interno. Um exemplo de líquido com alta viscosidade é o mel ou melado. A água é um líquido de baixa viscosidade.
  • 10. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training SSU. SSU Segundo Saybolt Universal Uma das medidas de viscosidade dos fluidos é o SSU - abreviatura de Segundo Saybolt Universal.O professor Saybolt aqueceu um líquido com volume predetermi- nado a uma dada temperatura e fez o líquido passar por uma abertura de tamanho também especificado. Ele cronometrou o fluxo (em segundos), até que o líquido enchesse um recipiente com capacidade de 60 mililitros. O resultado foi a medição da viscosidade em SSU.
  • 11. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Reservatórios Hidráulicos A função óbvia de um reservatório hidráulico é conter ou armazenar o fluido hidráulico de um sistema. 3. Unidade de Força Básica Do que consiste um Reservatório Hidráulico Os reservatórios hidráulicos consistem de quatro pare- des (geralmente de aço); uma base abaulada; um topo plano com uma placa de apoio, quatro pés; linhas de sucção, retorno e drenos;plugue do dreno;indicador de nível de óleo; tampa para respiradouro e enchimento; tampa para limpeza e placa defletora (Chicana). Filtros Hidráulicos Todos os fluidos hidráulicos contêm uma certa quantidade de contaminantes. A necessidade do filtro, no entanto, não é reconhecida na maioria das vezes, pois o acréscimo deste componente particular não aumenta, de forma aparente, a ação da máquina. Mas o pessoal experiente de manutenção concorda que a grande maioria dos casos de mau funcionamento de componentes e sistemas é causada por contaminação. As partículas de sujeira podem fazer com que máquinas caras e grandes falhem. A Contaminação Interfere nos Fluidos Hidráulicos A contaminação causa problemas nos sistemas hidráulicos porque interfere no fluido, que tem quatro funções. 1. Transmitir energia. 2. Lubrificar peças internas que estão em movimento. 3. Transferir calor. 4. Vedar folgas entre peças em movimento.
  • 12. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 10 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Elementos de Filtro de Profundidade Os elementos do filtro de profundidade forçam o fluido a passar através de uma espessura apreciável de várias camadas de material. A contaminação é retida por causa do entrelaçamento das fibras e a consequente trajetória irregular que o fluido deve tomar. Os papéis tratados e os materiais sintéticos são usados comumente como materiais porosos de elementos de filtro de profundidade. Direção do Fluxo Meio Filtrante de Profundidade Elementos do Tipo de Superfície Num filtro do tipo de superfície, um fluxo de fluido tem uma trajetória direta de fluxo através de uma camada de material.A sujeira é retida na superfície do elemento que está voltada para o fluxo. Telas de arame ou metal perfurado são tipos comuns de materiais usados como elemento de filtro de su- perfície. Material Eficiência Cap. de Pressão Vida no Custo Meio Filtrante de Captura Retenção Diferencial Sistema Geral Comparação Geral de Meio Filtrante Fibra de Vidro Alta Alta Moderada Alta Moderada para alta Moderada Moderada Alta Moderada Baixa Celulose (papel) Tela Baixa Baixa Baixa Moderada Moderada para alta Construção típica da fibra de vidro grossa (100x) Construção típica da fibra de vidro fina (100x) 74 µm Superfície do Meio Filtrante
  • 13. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 11 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Tipo de Filtragem pela Posição no Sistema O filtro é a proteção para o componente hidráulico. Seria ideal que cada componente do sistema fosse equipado com o seu próprio filtro, mas isso não é economicamente prático na maioria dos casos.Para se obterem melhores resultados, a prática usual é colocar filtros em pontos estratégicos do sistema. Filtros de Sucção Existem 2 tipos de filtro de sucção: Filtro de Sucção Interno: São os mais simples e mais utilizados. Têm a forma cilíndrica com tela metálica com malha de 74 a 150 mícrons, não possuem carcaça e são instalados dentro do reservatório, abaixo, no nível do fluido. Apesar de serem chamados de filtro, impedem apenas a passagem de grandes partículas (na língua inglesa são chamados de “strainer”, que significa peneira). Vantagens: 1. Protegem a bomba da contaminação do reservatório. 2. Por não terem carcaça são filtros baratos. Desvantagens: 1. São de difícil manutenção, especialmente se o fluido está quente. 2. Não possuem indicador. 3. Podem bloquear o fluxo de fluido e prejudicar a bomba se não estiverem dimensionados correta- mente, ou se não conservados adequadamente. 4. Não protegem os elementos do sistema das partí- culas geradas pela bomba. Filtro de Sucção Externo Pelo fato de possuírem carcaça estes filtros são instalados diretamente na linha de sucção fora do reservatório. Existem modelos que são instalados no topo ou na lateral dos reservatórios. Estes filtros possuem malha de filtragem de 3 a 238 mícrons.
  • 14. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 12 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Vantagens: 1. Filtram partículas muito finas visto que a pressão do sistema pode impulsionar o fluido através do elemento. 2. Pode proteger um componente específico contra o perigo de contaminação por partículas. Desvantagens: 1. A carcaça de um filtro de pressão deve ser projeta- da para alta pressão. 2. São caros porque devem ser reforçados para supor- tar altas pressões, choques hidráulicos e diferencial de pressão. Filtro de Linha de Retorno Está posicionado no circuito próximo do reservatório. A dimensão habitualmente encontrada nos filtros de retorno é de 5 a 40 mícrons. Vantagens: 1. Protegem a bomba da contaminação do reservatório. 2. Indicador mostra quando o elemento está sujo. 3. Podem ser trocados sem a desmontagem da linha de sucção do reservatório. Desvantagens: 1. Podem bloquear o fluxo de fluido e prejudicar a bomba se não estiverem dimensionados correta- mente, ou se não conservados adequadamente. 2. Não protegem os elementos do sistema das partí- culas geradas pela bomba. Filtro de Pressão M Um filtro de pressão é posicionado no circuito, entre a bomba e um componente do sistema. A malha de filtragem dos filtros de pressão é de 3 a 40 mícrons. Um filtro de pressão pode também ser posicionado entre os componentes do sistema.
  • 15. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 13 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Vantagens: 1. Retém contaminação no sistema antes que ela entre no reservatório. 2. A carcaça do filtro não opera sob pressão plena de sistema, por esta razão é mais barata do que um filtro de pressão. 3. O fluido pode ter filtragem fina, visto que a pressão do sistema pode impulsionar o fluido através do elemento. Desvantagens: 1. Não há proteção direta para os componentes do circuito. 2. Em filtros de retorno, de fluxo pleno, o fluxo que surge da descarga dos cilindros, dos atuadores e dos acumuladores pode ser considerado quando dimensionado. 3. Alguns componentes do sistema podem ser afeta- dos pela contrapressão gerada por um filtro de retorno. Bocal de Enchimento ou Respiro Consiste em um bocal com tampa e um filtro tipo tela por onde se completa o nível de óleo no reservatório. Visor de Nível e Temperatura Através do visor de nível e temperatura é possível o monitoramento das condições de nível e temperatura do óleo no reservatório, o visor possui um indicador de nível mínimo e máximo que deve ser observado. O Teste de Membrana não é nada mais que uma análise visual de uma amostra do fluido. Normalmente compõe-se da tomada de uma amostra do fluido e de sua passagem por um meio filtrante de membrana. A membrana é então analisada por microscópio para cor e conteúdo e comparada aos padrões ISO.Usando esta comparação, o usuário pode ter uma estimativa passa, não-passa do nível de pureza do sistema. Um outro uso do teste de membrana menos comum seria a contagem das partículas vistas através do microscópio.Estes números seriam então extrapolados para um nível de pureza ISO. A margem de erro para ambos os métodos é realmente alta devido ao fator humano. Método de Análise de Fluido Teste de Membrana Contador de Partículas Portátil Análise de Laboratório A análise do fluido é a parte essencial de qualquer programa de manutenção.A análise do fluido assegura que o fluido está conforme as especificações do fabricante, verifica a composição do fluido e determina seu nível de contaminação geral. ∆∆∆ Teste de Membrana
  • 16. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 14 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Contador de Partículas Portátil Análise Laboratorial A análise laboratorial é uma visão completa de uma amostra de fluido.A maioria dos laboratórios qualificados oferecerá os seguintes testes e características como um pacote: Viscosidade Número de neutralização Conteúdo de água Contagem de partículas Análise espectrométrica (desgaste dos metais e análises suplementares reportadas em partes por milhões, ou ppm) Gráficos de tendência Foto micrográfica Recomendações Ao tomar-se uma amostra de fluido de um sistema, deve-se tomar cuidado para que a amostra seja realmente um representativo do sistema. Para isto, o recipiente para o fluido deve ser limpo antes de tomar a amostra e o fluido deve ser corretamente extraído do sistema. Há uma norma da National Fluid Power Association (NFPA) para a extração de amostras de fluidos de um reservatório de um sistema de fluido hidráulico operante (NFPAT2.9.1-1972). Há também o método da American National Standard (ANSI B93.13-1972) para a extração de amostras de fluidos hidráulicos para análise de partículas contaminantes. Ambos os métodos de extração são recomendados. Em qualquer caso, a amostra de um fluido representativo é a meta. As válvulas para retirada de amostra devem ser abertas e descarregadas por no mínimo 15 segundos. O recipiente da amostra deve ser mantido por perto até que o fluido e a válvula estejam prontos para a amostragem. O sistema deve estar a uma temperatura operacional por no mínimo 30 minutos antes que a amostra seja retirada. O mais promissor desenvolvimento na análise de fluidos é o contador de partículas a laser portátil. Os contadores de partículas a laser são comparáveis a unidades laboratoriais completas na contagem de partículas menores que a faixa de micronagem 2+. Reforços para esta recente tecnologia incluem: precisão, repetição, portabilidade e agilidade.Um teste geralmente leva menos que um minuto. Os contadores de partículas a laser fornecerão somente contagens de partículas e classificações do nível de pureza. Testes de conteúdo de água, viscosidade e análise espectrométrica poderão requerer uma análise laboratorial completa. ∆∆∆∆∆∆∆∆
  • 17. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 15 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Procedimento para Amostragem Para obter-se uma amostra de fluido para contagem de partículas e/ou análise envolvem-se passos importantes para assegurar que você está realmente retirando uma amostra representativa. Normalmente, procedimentos de amostragem errôneos irão disfarçar os níveis reais de limpeza do sistema.Use um dos seguintes métodos para obter uma amostra representativa do sistema. Para sistemas com uma válvula de amostragem A. Opere o sistema pelo menos por meia hora. B. Com o sistema em operação, abra a válvula de amostragem permitindo que 200ml a 500ml do fluido escapem pela conexão de amostragem (o tipo da válvula deverá prover um fluxo turbulento através da conexão de amostragem). C. Usando um recipiente com bocal amplo e pré- limpo, remova a tampa e coloque-o no fluxo do fluido da válvula de amostragem. NÃO lave o recipiente com a amostra inicial. Não encha o recipiente com mais de 25 mm da borda. D. Feche o recipiente imediatamente. Depois, feche a válvula da amostragem (coloque outro recipiente para reter o fluido enquanto remove-se a garrafa do fluxo da amostra). E. Etiquete o recipiente com a amostra com os dados: data, número da máquina, fornecedor do fluido, código do fluido, tipo de fluido e tempo decorrido desde a última amostragem (se houver). Sistema sem válvula de amostragem Há dois locais para obter-se amostra do sistema sem uma válvula de amostragem: no tanque e na linha. O procedimento é o seguinte: A. Amostras no Tanque 1. Opere o sistema por meia hora, no mínimo. 2. Use recipiente com bombeamento manual ou seringa para extrair a amostra. Insira o dispositi- vo de amostragem no tanque na metade da altura do fluido. Provavelmente você terá que pesar o tubo de amostras. Seu objetivo é obter uma amos- tra do meio do tanque. Evite o topo ou o fundo do tanque. Não deixe que a seringa ou o tubo entrem em contato com as laterais do tanque. 3. Coloque o fluido extraído no recipiente apropriado, conforme descrito no método de válvula de amos- tragem acima. 4. Feche imediatamente. 5. Etiquete com as informações descritas no método de válvula de amostragem. B. Amostra da Linha 1. Opere o sistema por meia hora, no mínimo. 2. Coloque uma válvula adequada no sistema onde um fluxo turbulento possa ser obtido (de preferên- cia uma válvula de esfera). Se não tiver tal válvula, coloque uma conexão que possa ser facilmente aberta para providenciar um fluxo turbulento (tee ou cotovelo). 3. Limpe a válvula ou a ponta da conexão com um solvente filtrado. Abra a válvula ou a conexão e deixe vazar adequadamente (cuidado com este passo. Direcione a amostra de volta ao tanque ou para um recipiente largo. Não é necessário desfazer-se deste fluido). 4. Posicione um recipiente de amostra aprovado debaixo da corrente de fluxo para os métodos de válvula acima. 5. Feche o recipiente imediatamente. 6. Etiquete com informações importantes conforme o método por válvula de amostragem. Nota: Selecione uma válvula ou conexão onde a pressão for limitada a 200 pisg (14 bar) ou menos. Com referência ao método a ser usado, observe as regras comuns. Qualquer equipamento que for usado para o procedimento de amostragem do fluido deve ser lavado e enxaguado com um solvente filtrado. Isto inclui bombas a vácuo, seringas e tubos. Seu objetivo é contar somente as partículas que já estão no sistema. Recipientes contaminados e amostras não representativas levarão a conclusões errôneas e custarão mais no decorrer do tempo.
  • 18. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 16 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Bombas de Engrenagem A bomba de engrenagem consiste basicamente de uma carcaça com orifícios de entrada e de saída, e de um mecanismo de bombeamento composto de duas engrenagens. Uma das engrenagens, a engrenagem motora, é ligada a um eixo que é conectado a um elemento acionador principal. A outra engrenagem é a engrenagem movida. Bombas Hidráulicas As bombas hidráulicas convertem a energia mecânica transmitida pelo acionador principal (motor elétrico, motor de combustão interna), em energia de trabalho hidráulico. A ação de bombeamento é a mesma para cada bomba. Todas as bombas geram um volume crescente no lado da pressão. Entretanto, os elementos que desem-penham a ação de bombeamento não são os mesmos em todas as bombas. O tipo de bomba usada em um sistema hidráulico industrial é uma bomba de deslocamento positivo. Há muitos tipos de bomba de deslocamento positivo. Por esta razão, precisamos ser seletivos e nos concentrar nas mais comuns. Essas são as bombas de engrenagem, de palheta e de pistão.
  • 19. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 17 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Como funciona uma Bomba de Engrenagem No lado da entrada, os dentes das engrenagens desen- grenam, o fluido entra na bomba, sendo conduzido pelo espaço existente entre os dentes e a carcaça, para o lado da saída onde os dentes das engrenagens engrenam e forçam o fluido para fora do sistema. Uma vedação positiva neste tipo de bomba é realizada entre os dentes e a carcaça, e entre os próprios dentes de engrenamento. As bombas de engrenagem têm geralmente um projeto não compensado. Bomba de Engrenagem Externa A bomba de engrenagem que foi descrita acima é uma bomba de engrenagem externa, isto é, ambas as engrenagens têm dentes em suas circunferências externas. Estas bombas são às vezes chamadas de bombas de dentes-sobre-dentes. Há basicamente três tipos de engrenagens usadas em bombas de engrenagem externa; as de engrenagens de dentes retos, as helicoidais e as que têm forma de espinha de peixe.Visto que as bombas de engrenagem de dentes retos são as mais fáceis de fabricar, este tipo de bomba é o mais comum. Bomba de Engrenagem Interna Uma bomba de engrenagem interna consiste de uma engrenagem externa cujos dentes se engrenam na circunferência interna de uma engrenagem maior. O tipo mais comum de bomba de engrenagem interna nos sistemas industriais é a bomba tipo gerotor. Bomba Tipo Gerotor A bomba tipo gerotor é uma bomba de engrenagem interna com uma engrenagem motora interna e uma engrenagem movida externa. A engrenagem interna tem um dente a menos do que a engrenagem externa. Enquanto a engrenagem interna é movida por um elemento acionado, ela movimenta a engrenagem externa maior. De um lado do mecanismo de bombeamento forma-se um volume crescente, enquanto os dentes da engrenagem desengrenam. Do outro lado da bomba é formado um volume decrescente. Uma bomba tipo gerotor tem um projeto não compensado. O fluido que entra no mecanismo de bombeamento é separado do fluido de descarga por meio de uma placa de abertura. Enquanto o fluido é impelido da entrada para a saída, uma vedação positiva é mantida, conforme os dentes da engrenagem interna seguem o contorno do topo das cristas e vales da engrenagem externa. engrenagem helicoidal engrenagem de dentes retos engrenagem em forma de espinha de peixe
  • 20. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 18 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Bombas de Palheta As bombas de palheta produzem uma ação de bombea- mento fazendo com que as palhetas acompanhem o contorno de um anel ou carcaça. O mecanismo de bombeamento de uma bomba de palheta consiste de: rotor, palhetas, anel e uma placa de orifício com aberturas de entrada e saída. Montagem de Conjunto da Bomba O mecanismo de bombeamento das bombas de palheta industriais é geralmente uma unidade integral a que se dá o nome de montagem de conjunto da bomba. O conjunto montado consiste de palhetas, rotor e um anel elíptico colocado entre as duas placas de orifício (observe que as placas de entrada da montagem do conjunto são algo diferente em seu projeto das placas de entrada previamente ilustradas). Uma das vantagens de se usar um conjunto montado é a de fácil manutenção da bomba. Depois de um certo tempo, quando as peças da bomba naturalmente se gastam, o mecanismo de bombeamento pode ser facilmente removido e substituído por uma nova montagem. Também, se por alguma razão o volume da bomba precisar ser aumentado ou diminuído, um conjunto de bombas com as mesmas dimensões externas, mas com volume adequado, pode rapidamente substituir o mecanismo de bombeamento original.
  • 21. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 19 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 1 404206 Parafuso Cabeça Sextavada 2 402070 Tampa Traseira CK45PFVI42L Deslocamento 132 cm3 /rev (8.1 in3 ) (42) CK45PFVI45L Deslocamento 142 cm3 /rev (8.7 in3 ) (45) ck45pfvi50l Deslocamento 158 cm3 /rev (9.6 in3 ) (50) ck45pfvi60l Deslocamento 189 cm3 /rev (11.6 in3 ) (60) CK45PFVI42 Deslocamento 132 cm3 /rev (8.1 in3 ) (42) CK45PFVI45 Deslocamento 142 cm3 /rev (8.7 in3 ) (45) ck45pfvi50 Deslocamento 158 cm3 /rev (9.6 in3 ) (50) ck45pfvi60 Deslocamento 189 cm3 /rev (11.6 in3 ) (60) 3 4 ––– Anel O * 5 ––– Anel de Encosto * 6 ––– Anel Selo * 7 56x221 Anel Elástico 8 404073 Anel Espiral 9 404071 Rolamento 10 404060 (Eixo Código A) 1.25 Dia. Chavetado 11 ––– Anel O - Corpo Dianteiro * 12 404072 Arruela 13 ––– Vedação do Eixo * Kit Conjunto Rotativo Industrial - Horário (cód.) Kit Conjunto Rotativo Industrial - Anti-Horário (cód.) Item Peça Descrição Nº Nº Item Peça Descrição Nº Nº 14 402030 Corpo Dianteiro 15 22x30 Chaveta para (Eixo Código A) 1.25 Dia. Chavetado 16 404061 (Eixo Código C) 1.5 Dia. Chavetado 17 22x48 Chaveta para (Eixo Código C) 18 404062 (Eixo Código B) 14 Dentes Estriados 19 ––– Somente para Kit de Vedação Mobil † 20 ––– Somente para Kit de Vedação Mobil † Kit Conjunto Rotativo Mobil - Anti-Horário (cód.) CK45PFVH42L Deslocamento 138 cm3 /rev (8.5 in3 ) (42) CK45PFVH45L Deslocamento 154 cm3 /rev (9.4 in3 ) (47) ck45pfvH50l Deslocamento 162 cm3 /rev (9.9 in3 ) (50) ck45pfvH57L Deslocamento 183 cm3 /rev (11.2 in3 ) (57) ck45pfvH60l Deslocamento 193 cm3 /rev (11.6 in3 ) (60) Kit Conjunto Rotativo Mobil - Horário (cód.) CK45PFVH42 Deslocamento 138 cm3 /rev (8.5 in3 ) (42) CK45PFVH45 Deslocamento 154 cm3 /rev (9.4 in3 ) (47) ck45pfvH50 Deslocamento 162 cm3 /rev (9.9 in3 ) (50) ck45pfvH57 Deslocamento 183 cm3 /rev (11.2 in3 ) (57) ck45pfvH60 Deslocamento 193 cm3 /rev (11.6 in3 ) (60) 21 * Itens 4,5,6,11 e 13 contidso dentro de SK45PFVI, Para Fluorcarbono número de ordem da peça: VSK45PFVI. † Itens 4,5,6,11,13,19 e 20 contidos dentro de SK45PFVH, Para Fluorcarbono número de ordem da peça: VSK45 PFVH.
  • 22. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 20 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Como trabalha uma Bomba de Palheta O rotor de uma bomba de palheta suporta as palhetas e é ligado a um eixo que é conectado a um acionador principal. À medida que o rotor é girado, as palhetas são “expulsas” por inércia e acompanham o contorno do cilindro (o anel não gira).Quando as palhetas fazem contato com o anel, é formada uma vedação positiva entre o topo da palheta e o anel. O rotor é posicionado fora do centro do anel. Quando o rotor é girado, um volume crescente e decrescente é formado dentro do anel. Não havendo abertura no anel, uma placa de entrada é usada para separar o fluido que entra do fluido que sai.A placa de entrada se encaixa sobre o anel, o rotor e as palhetas. A abertura de entrada da placa de orifício está localizada onde o volume crescente é formado. O orifício de saída da placa de orifício está localizado onde o volume decrescente é gerado. Todo o fluido entra e sai do mecanismo de bombea- mento através da placa de orifício (as aberturas de entrada e de saída na placa de orifício são conectadas respectivamente às aberturas de entrada e de saída na carcaça das bombas). Projeto de Bombas de Palheta Balanceada Consequentemente, uma bomba de palheta balanceada consiste de um anel de forma elíptica, um rotor, palhetas e uma placa de orifício com aberturas de entrada e de saída opostas umas às outras (ambas as aberturas de entrada estão conectadas juntas, como estão as aberturas de saída, de forma que cada uma possa ser servida por uma abertura de entrada ou uma abertura de saída na carcaça da bomba).As bombas de palheta de deslocamento positivo e de volume constante, usadas em sistemas industriais, são geralmente de projeto balanceado. Numa bomba, duas pressões muito diferentes estão envolvidas: a pressão de trabalho do sistema e a pressão atmosférica. Na bomba de palheta que foi descrita, uma das metades do mecanismo de bombeamento está a uma pressão menor do que a atmosférica. A outra metade está sujeita à pressão total do sistema. Isso resulta numa carga oposta do eixo, que pode ser séria quando são encontradas altas pressões no sistema. Para compensar esta condição, o anel é mudado de circular para anel em formato de elipse.Com este arranjo, os dois quadrantes de pressão opõem-se um ao outro e as forças que atuam no eixo são balanceadas. A carga lateral do eixo é eliminada.
  • 23. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 21 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training As bombas de pistão geram uma ação de bombea- mento, fazendo com que os pistões se alternem dentro de um tambor cilíndrico. O mecanismo de bombeamento de uma bomba de pistão consiste basicamente de um tambor de cilindro, pistões com sapatas, placa de deslizamento, sapata, mola de sapata e placa de orifício. Bombas de Pistão
  • 24. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 22 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Como funciona uma Bomba de Pistão No exemplo da ilustração anterior, um tambor de cilindro com um cilindro é adaptado com um pistão. A placa de deslizamento é posicionada a um certo ângulo. A sapata do pistão corre na superfície da placa de deslizamento. Quando um tambor de cilindro gira, a sapata do pistão segue a superfície da placa de deslizamento (a placa de deslizamento não gira). Uma vez que a placa de deslizamento está a um dado ângulo o pistão alterna dentro do cilindro. Em uma das metades do ciclo de rotação, o pistão sai do bloco do cilindro e gera um volume crescente. Na outra metade do ciclo de rotação, este pistão entra no bloco e gera um volume decrescente. Na prática, o tambor do cilindro é adaptado com muitos pistões. As sapatas dos pistões são forçadas contra a superfície da placa de deslizamento pela sapata e pela mola. Para separar o fluido que entra do fluido que sai, uma placa de orifício é colocada na extremidade do bloco do cilindro, que fica do lado oposto ao da placa de deslizamento. Um eixo é ligado ao tambor do cilindro, que o conecta ao elemento acionado. Este eixo pode ficar localizado na extremidade do bloco, onde há fluxo, ou, como acontece mais comumente, ele pode ser posicionado na extremidade da placa de deslizamento. Neste caso, a placa de deslizamento e a sapata têm um furo nos seus centros para receber o eixo. Se o eixo estiver posicionado na outra extremidade, a placa de orifício tem o furo do eixo. A bomba de pistão que foi descrita acima é conhecida como uma bomba de pistão em linha ou axial, isto é, os pistões giram em torno do eixo, que é coaxial com o eixo da bomba. As bombas de pistão axial são as bombas de pistão mais populares em aplicações industriais. Outros tipos de bombas de pistão são as bombas de eixo inclinado e as de pistão radial.
  • 25. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 23 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Bombas de Pistão Axial de Volume Variável O deslocamento da bomba de pistão axial é determinado pela distância que os pistões são puxados para dentro e empurrados para fora do tambor do cilindro.Visto que o ângulo da placa de deslizamento controla a distância em uma bomba de pistão axial, nós devemos somente mudar o ângulo da placa de deslizamento para alterar o curso do pistão e o volume da bomba. Com a placa de deslizamento posicionada a um ângulo grande, os pistões executam um curso longo dentro do tambor do cilindro. Com a placa de deslizamento posicionada a um ângulo pequeno, os pistões executam um curso pequeno dentro do tambor do cilindro. Variando-se um ângulo da placa de deslizamento, o fluxo de saída da bomba pode ser alterado. Vários meios para variar o ângulo da placa de deslizamento são oferecidos por diversos fabricantes. Estes meios vão desde um instrumento de alavanca manual até uma sofisticada servoválvula.
  • 26. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 24 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Bombas de Pistão Axial de Pressão Compensada As bombas de pistão axial podem também ser feitas com pressão compensada. A placa de deslizamento das bombas está conectada a um pistão que sente a pressão do sistema. Quando a pressão do sistema fica mais alta do que a da mola que comprime o pistão do compensador, o pistão movimenta a placa de deslizamento. Quando esta atinge o limitador mecânico, o seu centro fica alinhado com o tambor do cilindro. Os pistões não se alternam no sistema do cilindro. Isso resulta em ausência de fluxo no sistema. Bombas de Pistão Axial Reversíveis Como foi ilustrado, o deslocamento de uma bomba de pistão axial e, consequentemente, o seu volume de saída, podem ser variados modificando-se o ângulo da placa de deslizamento. Foi também mostrado que a bomba não desenvolverá fluxo quando a placa de deslizamento estiver em posição coaxial com o tambor do cilindro.Algumas placas de deslizamento de bombas de pistão axial têm a capacidade de inverter o ângulo de trabalho. Isto faz com que volumes crescentes e decrescentes sejam gerados nos orifícios opostos. Há reversão de fluxo através da bomba. Na ilustração da bomba de pistão axial reversível, pode-se ver que os orifícios A e B podem ser tanto um orifício de entrada como de saída, dependendo do ângulo da placa de deslizamento. Isso acontece com o tambor do cilindro girando na mesma direção. As bombas de pistão axial reversíveis são geralmente usadas em transmissões hidrostáticas. As bombas de pistão axial podem ser de deslocamento variável, de pressão compensada ou de deslocamento variável e reversível. Estas combinações também estão disponíveis com as bombas de pistão de projeto radial e de eixo inclinado. Eficiência Volumétrica Enquanto gira a uma velocidade constante, nós geralmente imaginamos que uma bomba de deslocamento positivo libere uma taxa de fluxo constante, seja qual for o sistema de pressão. Isto não é inteiramente verdadeiro. Quando aumenta a pressão do sistema, aumenta o vazamento interno dos vários mecanismos de bombeamento.Isto resulta num fluxo de saída menor. O grau em que isso acontece é conhecido como eficiência volumétrica. A expressão que descreve a eficiência volumétrica é: Saída Real x 100 Eficiência Volumétrica (%) = Saída Teórica Por exemplo, se uma bomba específica tivesse uma saída teórica de 40 litros/min a 1.200 rpm, mais uma saída real de 36 litros/min a 70 kgf/cm2, a eficiência volumétrica seria de 90%. Tipicamente, as bombas de pistão têm uma eficiência volumétrica inicial que alcança 90%. Os equipamentos de palheta e engrenagem têm uma eficiência volumétrica que varia de 85% a 95%.
  • 27. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 25 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 4. Válvulas de Controle Direcional Devemos saber que uma válvula de controle direcional possui no mínimo dois quadrados, ou seja, realiza no mínimo duas manobras. Número de Vias O número de vias de uma válvula de controle direcional corresponde ao número de conexões úteis que uma válvula pode possuir. Nos quadrados representativos de posição podemos encontrar vias de passagem, vias de bloqueio ou a combinação de ambas. Para fácil compreensão do número de vias de uma válvula de controle direcional podemos também considerar que: = Passagem = 02 vias = Bloqueio = 01 via As válvulas de controle direcional consistem de um corpo com passagens internas que são conectadas e desconectadas por uma parte móvel. Nas válvulas direcionais, e na maior parte das válvulas hidráulicas industriais, conforme já vimos, a parte móvel é o carretel. As válvulas de carretel são os tipos mais comuns de válvulas direcionais usados em hidráulica industrial. Identificação de uma Válvula de Controle Direcional As válvulas de controle direcional são representadas nos circuitos hidráulicos através de símbolos gráficos. Para identificação da simbologia devemos considerar: Número de posições Número de vias Posição normal Tipo de acionamento Número de Posições As válvulas são representadas graficamente por quadrados.O número de quadrados unidos representa o número de posições ou manobras distintas que uma válvula pode assumir. ∆∆∆∆ PASSAGEM BLOQUEIO AMBAS AMBAS 02 VIAS 03 VIAS 04 VIAS 02 POSIÇÕES 03 POSIÇÕES
  • 28. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 26 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Observação: Devemos considerar apenas a identificação de um quadrado. O número de vias deve corresponder nos dois quadrados. Posição Normal Posição normal de uma válvula de controle direcional é a posição em que se encontram os elementos internos quando a mesma não foi acionada. Esta posição geralmente é mantida por força de uma mola. Tipo de Acionamento O tipo de acionamento de uma válvula de controle direcional define a sua aplicação no circuito, estes acionamentos podem ocorrer por força muscular, mecânica, pneumática, hidráulica ou elétrica. Válvula Direcional de 2/2 Vias Uma válvula direcional de 2 vias consiste de duas passagens que são conectadas e desconectadas. Em uma posição extrema do carretel, o curso de fluxo é aberto através da válvula. No outro extremo não há fluxo através da válvula. Uma válvula de 2 vias executa uma função de liga- desliga.Esta função é usada em muitos sistemas, como trava de segurança e para isolar ou conectar várias partes do sistema. Válvula Direcional de 3/2 Vias Uma válvula de 3 vias consiste de três passagens dentro de um corpo de válvula - via de pressão, via de tanque e uma via de utilização. A função desta válvula é pressurizar o orifício de um atuador. Quando o carretel está posicionado no outro extremo, a válvula esvazia o mesmo orifício do atuador. Em outras palavras, a válvula pressuriza e esvazia alternadamente um orifício do atuador. Válvulas Direcionais de 3 Vias, no Circuito Uma válvula direcional de 3 vias é usada para operar atuadores de ação simples, como cilindros, martelos e cilindros com retorno por mola. Nestas aplicações, a válvula de 3 vias remete pressão do fluido e o fluxo para o lado traseiro do cilindro. Quando o carretel é acionado para a outra posição extrema, o fluxo para o atuador é bloqueado.Ao mesmo tempo a via do atuador, dentro do corpo, é conectada ao tanque. Um cilindro martelo vertical retorna pelo seu próprio peso, ou pelo peso de sua carga, quando a via do atuador de uma válvula de 3 vias é drenada para o tanque. Num cilindro de retorno de mola, a haste do pistão é retornada por uma mola que está dentro do corpo do cilindro.
  • 29. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 27 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Em aplicações hidráulicas industriais, geralmente não são encontradas válvulas de 3 vias. Se uma função de 3 vias for requerida, uma válvula de 4 vias é convertida em uma válvula de 3 vias, plugando-se uma via do atuador. Válvulas Normalmente Abertas e Válvulas Normalmente Fechadas As válvulas de 2 vias e as válvulas de 3 vias com retorno por mola podem ser tanto normalmente abertas como normalmente fechadas, isto é, quando o atuador não está energizado, o fluxo pode passar ou não através da válvula. Numa válvula de 3 vias e duas posições, por haver sempre uma passagem aberta através da válvula, o “normalmente fechada” indica que a passagem “p” fica bloqueada quando o acionador da válvula não é energizado. Quando as válvulas direcionais de retorno por mola são mostradas simbolicamente no circuito, a válvula é posicionada no circuito para mostrar a sua condição normal. Válvula Direcional de 4/2 Vias A função de uma válvula direcional de 4 vias é causar o movimento de reversão de um cilindro ou de um motor hidráulico. Para desempenhar esta função, o carretel dirige o fluxo de passagem da bomba para uma passagem do atuador quando ele está em uma posição extrema. Ao mesmo tempo, o carretel é posicionado para que a outra passagem do atuador seja descarregada para o tanque.
  • 30. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 28 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Válvulas Direcionais de 4/2 Vias, no Circuito Visto que todas as válvulas são compostas de um corpo e de uma parte interna móvel, a parte móvel de todas as válvulas tem pelo menos duas posições, ambas nos extremos. Estas duas posições, numa válvula direcional, são representadas por dois quadrados separados. Cada quadrado mostra, por meio de setas, como o carretel está conectado às vias dentro do corpo, naquele ponto. Quando a válvula é mostrada simbolicamente, os dois quadrados são conectados juntos, mas quando colocada num circuito, somente um quadrado é conectado ao circuito.Com este arranjo, a condição da válvula permite a visualização do movimento do cilindro em uma direção.Para visualizar o atuador se movendo na direção oposta, sobreponha mentalmente um dos quadrados do símbolo ao outro, dentro do circuito. Válvula de 4/2 Vias Montadas em Sub-Base Os corpos das válvulas direcionais de 4 vias que foram ilustrados tinham via para tanque e via de pressão situadas de um lado. As vias de utilização estavam posicionadas do lado oposto do corpo.Esse arranjo seguia de perto o símbolo da válvula. Entretanto, para facilitar a instalação, a maioria das válvulas direcionais de hidráulica industrial é montada em placas, isto é, elas são parafusadas a uma placa, que é conectada à tubulação. As vias das válvulas montadas com sub-base são localizadas no lado inferior do corpo da válvula. Atuadores de Válvulas Direcionais Nós vimos que o carretel de uma válvula direcional pode estar posicionado em uma ou outra posição extrema. O carretel é movido para essas posições por energia mecânica, elétrica, hidráulica, pneumática ou muscular. As válvulas direcionais cujos carretéis são movidos por força muscular são conhecidas como válvulas operadas manualmente ou válvulas acionadas manualmente. Os tipos de acionadores manuais incluem alavancas, botões de pressão e pedais. acionam. muscular geral
  • 31. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 29 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Como Funciona um Solenóide Quando uma corrente elétrica passa pela bobina, gera- se um campo magnético.Este campo magnético atrai o induzido e o empurra para dentro da bobina. Enquanto o induzido entra na bobina, ele fica em contato com um pino acionador e desloca o carretel da válvula direcional para uma posição extrema. Os atuadores manuais são usados em válvulas direcionais cuja operação deve ser sequenciada e controlada ao arbítrio do operador. Os carretéis das válvulas direcionais podem também ser acionados por pressão de fluido, tanto a ar como hidráulica. Nestas válvulas, a pressão do piloto é aplicada nas duas sapatas laterais do carretel, ou aplicada em uma sapata ou pistão de comando. Um tipo muito comum de atuador mecânico é o rolete. O rolete é atuado por um came que está ligado a um acionador. O atuador mecânico é usado quando a mudança de uma válvula direcional deve ocorrer ao tempo que o atuador atinge uma posição específica. Um dos meios mais comuns de operação de uma válvula direcional é por solenóide. Um solenóide é um dispositivo elétrico que consiste basicamente de um induzido, uma carcaça “C” e uma bobina. A bobina é enrolada dentro da carcaça “C”. O carretel fica livre para se movimentar dentro da bobina.
  • 32. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 30 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Limitações do Solenóide As válvulas direcionais operadas por solenóide têm algumas limitações. Quando um sistema hidráulico é usado num ambiente úmido ou explosivo, não se devem usar solenóides comuns.Quando a vida de uma válvula direcional deve ser extremamente longa, geralmente a válvula de solenóide controlada eletricamente é inadequada. Provavelmente, a maior desvantagem dos solenóides é que a força que eles podem desenvolver para deslocar o carretel de uma válvula direcional é limitada.De fato, a força requerida para deslocar o carretel de uma válvula direcional é substancial, nos tamanhos maiores. Como resultado as válvulas direcionais que usam solenóides diretamente para deslocar o carretel são as do tamanho CETOP 3 (TN 6) e CETOP 5 (TN 10). As de tamanho CETOP 7 (TN 16), CETOP 8 (TN 25) e CETOP 10 (TN 32) são operadas por pressão hidráulica de piloto. Nestas válvulas maiores, uma válvula direcional tamanho CETOP 3 (TN 6), operada por solenóide, está posicionada no topo da válvula maior. O fluxo de uma válvula pequena é direcionado para qualquer um dos lados do carretel da válvula grande, quando há necessidade de deslocamento. Estas válvulas são chamadas de válvulas direcionais operadas por piloto, controladas por solenóide.
  • 33. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 31 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Retorno por Mola Uma válvula direcional de 2 posições geralmente usa um tipo de atuador para acionar o carretel da válvula direcional para uma posição extrema. O carretel é geralmente retornado para a sua posição original por meio de uma mola. As válvulas de 2 posições desta natureza são conhecidas como válvulas com retorno por mola. Pino de Trava (Detente) Se dois acionadores são usados para deslocar o carretel de uma válvula de duas posições, às vezes há necessidade de travamento. A trava é um mecanismo de posicionamento que mantém o carretel numa dada posição. O carretel de uma válvula com trava é equipado com ranhuras ou rasgos. Cada ranhura é um receptáculo para uma peça móvel carregada por mola. Na trava ilustrada, a peça móvel é uma esfera. Com a esfera na ranhura, o carretel é deslocado, a esfera é forçada para fora de uma ranhura e para dentro de outra. As válvulas direcionais equipadas com travas não precisam manter os seus acionadores energizados para se manter na posição. Nota: Somente uma energização momentânea do solenóide é necessária para deslocar o êmbolo e mantê-lo posicionado, numa válvula com detente. A mínima duração do sinal deve ser de aproximadamente 0,1 segundo para ambas as tensões CA e CC.O êmbolo será mantido em sua posição travada, somente se a válvula for montada na condição horizontal e sem a presença de choques hidráulicos e vibrações. Tipos de Centro Com referências às várias possibilidades de vias de fluxo através de uma válvula direcional, as vias de fluxo seriam consideradas únicas enquanto o carretel estivesse em cada posição. No entanto, há posições intermediárias do carretel. As válvulas de controle direcional de 4 vias, usadas na indústria móbil, têm frequentemente diversas posições intermediárias entre os extremos.As válvulas hidráulicas industriais de 4 vias são geralmente válvulas de 3 posições, consistindo de 2 posições extremas e uma posição central. As duas posições extremas da válvula direcional de quatro vias estão diretamente relacionadas ao movimento do atuador. Elas controlam o movimento do atuador em uma direção, tanto quanto na outra. A posição central de uma válvula direcional é projetada para satisfazer uma necessidade ou condição do sistema. Por este motivo, a posição central de uma válvula direcional é geralmente designada de condição de centro. Há uma variedade de condições centrais disponíveis nas válvulas direcionais de quatro vias.Algumas destas condições mais conhecidas são: centro aberto, centro fechado, centro tandem e centro aberto negativo.Estas condições de centro podem ser conseguidas dentro do próprio corpo da válvula, com a simples utilização de um êmbolo adequado. Condição de Centro Aberto Uma válvula direcional com um êmbolo de centro aberto tem as passagens P, T, A e B, todas ligadas umas às outras na posição central.
  • 34. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 32 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Os carretéis das válvulas direcionais de centro fechado têm algumas desvantagens. Uma delas é que o fluxo da bomba não pode ser descarregado para o tanque, através de válvula direcional, durante o tempo em que o atuador está inativo. Outra desvantagem é que o carretel, nesta válvula, vaza como em qualquer válvula do tipo carretel. Além disso, se o carretel ficar sujeito à pressão do sistema por mais de uns poucos minutos, a pressão se equalizará nas linhas A e B dos atuadores, a aproximadamente metade da pressão do sistema. O caminho de vazamento através da superfície de bloqueio do carretel da válvula direcional são orifícios que medem o fluxo. Quando na posição de centro, a pressão do sistema atua na via “P” da válvula. Esta posição causa o fluxo do fluido através da superfície de bloqueio para a passagem do atuador. Então, o vazamento passa através do restante da superfície de bloqueio para a passagem do tanque. A pressão, na via do atuador, a essa altura será aproximadamente a metade da pressão do sistema. Válvulas de Centro Aberto no Circuito Uma condição de centro aberto permite o movimento livre do atuador enquanto o fluxo da bomba é devolvido ao tanque a uma pressão baixa. As válvulas de 4 vias, de centro aberto, são muitas vezes usadas em circuitos de atuadores simples. Nestes sistemas, depois do atuador completar o seu ciclo, o carretel da válvula direcional é centralizado e o fluxo da bomba retorna ao tanque a uma pressão baixa. Ao mesmo tempo, o atuador fica livre para se movimentar. Uma desvantagem da válvula de centro aberto é que nenhum outro atuador pode ser operado quando a válvula estiver centrada. Condição de Centro Fechado Uma válvula direcional com um carretel de centro fechado tem as vias P, T, A e B, todas bloqueadas na posição central. Válvulas de Centro Fechado no Circuito Uma condição de centro fechado pára o movimento de um atuador, bem como permite que cada atuador individual, no sistema, opere independentemente de um suprimento de força.
  • 35. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 33 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Válvulas de Centro em Tandem no Circuito Uma condição de centro em tandem pára o movimento do atuador, mas permite que o fluxo da bomba retorne ao tanque sem passar pela válvula limitadora de pressão. Uma válvula direcional com um carretel de centro em tandem tem a vantagem óbvia de descarregar a bomba enquanto em posição central. Mas, na realidade, o carretel apresenta algumas desvantagens que podem não ser aparentes. Já foi dito que várias condições de centro podem ser conseguidas com uma válvula direcional de 4 vias, simplesmente inserindo o carretel apropriado no corpo da válvula. Quando um carretel de centro em tandem é usado no corpo da válvula direcional, a taxa de fluxo nominal diminui. Além disso, as condições de centro e de descarga do carretel não são tão boas como poderiam parecer quando se olha para um símbolo de centro em tandem. Por que a metade? Porque o fluxo de vazamento da via “P” para a via do atuador é exatamente o mesmo da via do atuador para o tanque. Visto que a taxa de vazamento de fluxo, através dessas passagens, é a mesma, elas devem ter diferenciais de pressão similares.No circuito do exemplo, se a válvula direcional está sujeita à regulagem da válvula limitadora de pressão 70 kgf/cm2 , quando está na posição central, uma pressão de aproximadamente 35 kgf/cm2 será observada nas linhas do atuador depois de alguns minutos. Isto gerará um desequilíbrio de forças no cilindro, o que faz com que a haste do cilindro avance lentamente. Condição de Centro em Tandem Uma válvula direcional com um carretel de centro em tandem tem as vias P e T conectadas, e as vias A e B bloqueadas na posição central.
  • 36. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 34 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training As vias P e T de uma válvula hidráulica industrial de 4 vias não estão localizadas próximas uma da outra. A via “P” no centro e a via “T” nos extremos estão ligadas, quando na posição central, por meio de uma passagem por dentro do carretel. Isto não é uma condição ideal, porque resulta num diferencial de pressão, que reduz a vazão nominal da válvula P T. Não é incomum encontrar, num circuito, várias válvulas de centro em tandem conectadas em série.A justificativa desta situação é que cada atuador pode trabalhar um tanto independentemente de outro e, ao mesmo tempo, a bomba pode ser descarregada quando as válvulas de centro em tandem são acionadas para o centro. Outra característica de uma válvula direcional de centro em tandem é que a taxa de fluxo nominal da válvula é diminuída. Para que haja um curso de fluxo razoavelmente dimensionado, de P para T na posição central, o eixo do carretel entre as sapatas é muito mais largo do que em qualquer outro tipo de carretel. Isso resulta num curso de fluxo restrito quando o carretel é deslocado para qualquer extremo. Nota: Os carretéis da válvula direcional de centro em tandem operam um tanto diferentemente de outros carretéis. Por causa de sua construção, quando um carretel de centro em tandem é acionado para o lado direito da válvula, o fluxo passa de P para A. Mas, em qualquer outro carretel, o fluxo passa de P para B. Em consequência, se um carretel de centro em tandem substitui qualquer outro tipo de carretel, controlado por essa válvula direcional, ele operará no sentido inverso. Centro Aberto Negativo Uma válvula direcional com um carretel de centro aberto negativo tem a via “P” bloqueada, e as vias A, B e T conectadas na posição central. Válvulas de Centro Aberto Negativo no Circuito Uma condição de centro aberto negativo permite a operação independente dos atuadores ligados à mesma fonte de energia, bem como torna possível a movimentação livre de cada atuador. A vantagem deste tipo de centro é que as linhas do atuador não têm aumento na pressão quando a via “P” é bloqueada, como na válvula de centro fechado. A desvantagem deste carretel é que uma carga não pode ser parada ou mantida no lugar. Se isto for um requerimento do sistema, pode-se usar uma válvula de retenção operada por piloto em conjunto com a válvula do carretel Aberto Negativo. Se a carga tiver que ser somente parada, usa-se um carretel de centro aberto negativo com orifícios de medição nas tomadas A e B. Os orifícios restringem o fluxo através de A e B quando a válvula está centralizada. Isso provoca uma contrapressão no cilindro, que pára a carga.No entanto, depois que a pressão cai, não há aumento de pressão nas linhas do atuador em resultado do vazamento da via “P”.
  • 37. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 35 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 5. Atuadores Hidráulicos e Acumuladores Hidráulicos Os atuadores hidráulicos convertem a energia de trabalho em energia mecânica. Eles constituem os pontos onde toda a atividade visível ocorre, e são uma das principais coisas a serem consideradas no projeto da máquina. Os atuadores hidráulicos podem ser divididos basica- mente em dois tipos: lineares e rotativos. Cilindros Cilindros hidráulicos transformam trabalho hidráulico em energia mecânica linear, a qual é aplicada a um objeto resistivo para realizar trabalho. Os cilindros foram citados brevemente há pouco. Um cilindro consiste de uma camisa de cilindro, de um pistão móvel e de uma haste ligada ao pistão. Os cabeçotes são presos ao cilindro por meio de roscas, prendedores, tirantes ou solda (a maioria dos cilindros industriais usa tirantes). Conforme a haste se move para dentro ou para fora, ela é guiada por embuchamentos removíveis chamados de guarnições. O lado para o qual a haste opera é chamado de lado dianteiro ou cabeça do cilindro. O lado oposto sem haste é o lado traseiro. Os orifícios de entrada e saída estão localizados nos lados dianteiro e traseiro.
  • 38. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 36 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training A Haste do Pistão Aço de alta resistência, retificada, cromada e polida para assegurar uma superfície lisa, resistente a entalhes para uma vedação efetiva e longa vida. Características e Benefícios Mancal Parker Jewel A longa superfície de apoio fica dentro da vedação para melhor lubrificação e vida mais longa. O mancal Jewel, completo com vedações da haste, pode ser facilmente removido sem desmontar o cilindro, de forma que a manutenção é mais rápida e, portanto, mais econômica. Guarnição de Limpeza de Borda Dupla A guarnição de limpeza de borda dupla funciona como guarnição secundária e impede a entrada de sujeira no cilindro. Isto aumenta a vida do mancal e das vedações. Vedação de Borda Serrilhada A vedação de borda serrilhada da Parker possui uma série de bordas de vedação que assumem seu papel sucessivamente ao aumentar a pressão. A combinação da vedação de borda serrilhada com a guarnição de limpeza de borda dupla garante a haste seca dos cilindros Parker, o que significa ausência de gotejamento, uma contribuição importante à saúde, segurança e economia. Vedações do Corpo do Cilindro Vedações do corpo sob pressão asseguram que o cilindro seja à prova de vazamentos, mesmo sob choques de pressão. O Tubo do Cilindro São fabricados com aço de alta qualidade, brunido com precisão e alto grau de acabamento, assegurando vida longa às vedações. Pistão de Ferro Fundido Inteiriço O pistão tem amplas superfícies de apoio para resistir a cargas laterais e um longo encaixe por rosca na haste do pistão. Como característica de segurança adicional, o pistão é fixado por Loctite e por um pino de travamento. Encaixe do Tubo Uma saliência usinada com precisão em ambas as extremidades do tubo, concêntrica com o diâmetro interno do tubo, permite que os cilindros sejam alinhados rápida e precisamente para uma máxima vida em operação. Anel de Amortecimento Flutuante e Luvas de Amortecimento O anel de amortecimento flutuante e a luva são autocentrantes, permitindo tolerâncias estreitas e, portanto, um amortecimento mais eficaz. No curso de retorno, uma válvula de retenção com esfera na extremidade do cabeçote traseiro permite que seja aplicada pressão a toda a área do pistão para maior potência e velocidade de partida.
  • 39. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 37 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Força do Cilindro Através do curso do cilindro, a energia de trabalho hidráulica é aplicada à área do seu pistão.O componente da pressão da energia de trabalho aplicada ao pistão será não mais do que a resistência que a carga oferece. Muitas vezes, é preciso conhecer qual é a pressão que deve ser aplicada no cilindro de certo tamanho para se desenvolver uma dada força na saída.Para determinar a pressão, a fórmula usada é a seguinte: Força Pressão = Área Quando a fórmula foi usada anteriormente, a área e a pressão, ou a área e a força, foram dadas. Mas muitas vezes somente o tamanho do cilindro (diâmetro) é conhecido, e a área deve ser calculada. Este cálculo é tão fácil quanto calcular a área de um quadrado. Força de Avanço Teórico e Volume do Fluido Deslocado Área de um Círculo É verdade que a área de um círculo é exatamente 78.54% da área de um quadrado, cujos lados têm o comprimento igual ao do diâmetro do círculo (D). Para determinar a área de um círculo, multiplique o diâmetro do círculo por si mesmo e, em seguida, por 0.7854. Área do Círculo = (diâmetro)2 x 0.7854 A fórmula mais comumente usada é: π D2 Área do Círculo = 4 32 8,04 80 176 402 885 724 1595 1045 2302 1367 3011 1688 3718 8,04 .0018 40 12,57 126 277 638 1383 1131 2491 1634 3599 2137 4807 2640 5815 12,57 .0028 50 19,64 196 432 982 2163 1768 3894 2553 5623 3339 7355 4124 9064 19,64 .0043 63 31,18 312 687 1559 3434 2806 6181 4053 8927 5301 11676 6548 14423 31,18 .0069 80 50,27 503 1108 2513 5535 4524 9965 6535 14394 8546 18824 10557 23253 50,27 .0111 100 78,55 785 1729 3927 8650 7069 15570 10211 22491 13353 29412 16495 36332 78,55 .0173 125 122,72 1221 2689 6136 13516 11045 24328 15954 35141 20662 45951 25771 46761 122,7 .0270 160 201,06 2010 4427 10053 22143 18095 39857 26138 57573 34180 75286 42223 93002 201,1 .0442 200 314,16 3142 6921 15708 34599 28274 62277 40841 89958 53407 117636 65974 145317 314,2 .0691 Força de Avançoø Pistão Área Pistão 10 bar 50 bar 130 bar90 bar 170 bar 210 bar p/ 10 mm de curso Volume de fluido deslocado cm2 kgfmm ibf kgf ibf kgf ibf kgf ibf kgf ibf kgf ibf ml gal. imp.
  • 40. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 38 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Estilo de Montagem do Cilindro Os pistões podem ser montados de várias formas ou estilos, entre os quais estão as montagens por flange, por munhão, por sapatas (orelhas) laterais, montagem por base, etc. O oscilador hidráulico é um atuador rotativo com campo de giro limitado. Um tipo muito comum de atuador rotativo é chamado de atuador de cremalheira e pinhão. Esse tipo especial de atuador rotativo fornece um torque uniforme em ambas as direções e através de todo o campo de rotação. Nesse mecanismo, a pressão do fluido acionará um pistão que está ligado à cremalheira que gira o pinhão. Unidades de cremalheira e pinhão do tipo standard podem ser encontradas em rotações de 90, 180, 360 graus ou mais. As variações dos atuadores de cremalheira e pinhão podem produzir unidades com saídas de torque de até 60 x 104 kgf.m. Atuadores Rotativos Até agora discutimos sobre os atuadores lineares, que são conhecidos como cilindros.Daqui em diante vamos falar sobre atuadores rotativos. Esses mecanismos são compactos, simples e eficientes. Eles produzem um torque alto e requerem pouco espaço e montagem simples. De um modo geral aplicam-se atuadores em indexação de ferramental de máquina, operações de dobragem, levantamento ou rotação de objetos pesados, funções de dobragem, posicionamento, dispositivos de usinagem, atuadores de leme, etc. Campo de Aplicação São utilizados para: Manuseio de Material Máquina Ferramenta Maquinaria de Borracha e Plástico Equipamento Móbil Robótica Empacotamento Comutação de Válvula Indústria Múltiplo-Processo Marinha Comercial/Militar Processamento de Alimento Fabricação de Componentes Eletrônicos Linhas de Transferência Osciladores Hidráulicos Convertem energia hidráulica em movimento rotativo, sob um determinado número de graus.
  • 41. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 39 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Oscilador de Palheta Tipos Palheta Simples Palheta Dupla Estes modelos são providos de máximo valor de saída de torque para um tamanho reduzido. Utilizados para uma grande variedade de aplicações industriais, são disponíveis em modelo de palheta simples, onde possui um ângulo de rotação máxima de 280°. A unidade de palheta dupla produz em dobro o torque de saída para uma mesma dimensão de carcaça e tem um giro máximo limitado a 100°. Os motores hidráulicos transformam a energia de trabalho hidráulico em energia mecânica rotativa, que é aplicada ao objeto resistivo por meio de um eixo. Todos os motores consistem basicamente de uma carcaça com conexões de entrada e saída e de um conjunto rotativo ligado a um eixo. O conjunto rotativo, no caso particular do motor tipo palheta ilustrado, consiste de um rotor e de palhetas que podem deslocar-se para dentro e para fora nos alojamentos das palhetas Funcionamento O rotor do motor é montado em um centro que está deslocado do centro da carcaça. O eixo do rotor está ligado a um objeto que oferece resistência. Conforme o fluido entra pela conexão de entrada, a energia de trabalho hidráulica atua em qualquer parte da palheta exposta no lado da entrada. Uma vez que a palheta superior tem maior área exposta à pressão, a força do rotor fica desbalanceada e o rotor gira. Conforme o líquido alcança a conexão de saída, onde está ocorrendo diminuição do volume, o líquido é recolocado. Nota: Antes que um motor deste tipo possa operar, as palhetas devem ser estendidas previamente e uma vedação positiva deve existir entre as palhetas e a carcaça. Motores Hidráulicos palheta eixo anel rotor orifício de entrada placa de orifício orifício de saída
  • 42. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 40 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Motores de Engrenagem Um motor de engrenagem é um motor de deslocamento positivo que desenvolve um torque de saída no seu eixo, através da ação da pressão hidráulica nos dentes da engrenagem. Um motor de engrenagem consiste basicamente de uma carcaça com aberturas de entrada e de saída e um conjunto rotativo composto de duas engrenagens. Uma das engrenagens, a engrenagem motora, é ligada a um eixo que está ligado a uma carga. A outra é a engrenagem movida. O motor de pistão é um motor de deslocamento positivo que desenvolve um torque de saída no seu eixo por meio da pressão hidráulica que age nos pistões. O conjunto rotativo de um motor de pistão consiste basicamente de placa de deslizamento, tambor de cilindro, pistões, placa retentora, mola de retenção, placa de orifício e eixo. Os Motores Hidráulicos trabalham no Princípio Inverso de uma Bomba Hidráulica Drenos de Motor Os motores usados em sistemas hidráulicos industriais são quase que exclusivamente projetados para serem bidirecionais (operando em ambas as direções).Mesmo aqueles motores que operam em sistema de uma só direção (unidirecional) são provavelmente motores bidirecionais de projeto. Com a finalidade de proteger a sua vedação do eixo, os motores bidirecionais, de engrenagem de palheta e de pistão são, de modo geral, drenados externamente. Potência Mecânica A unidade de potência mecânica é o : kgf.m joule : 9,81 = = W s s Obs.: O cavalo - vapor é uma medida de potência muito usada e equivale a: 75 kgf.m 1 cv = 735,75W = s 250 kgf 0,3 m etro objeto resistivo 1 seg Motores de Pistão
  • 43. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 41 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Se um cilindro ou um motor hidráulico aplica uma força mecânica de 250 kgf contra uma carga resistível à distância de 0,3 metros no tempo de um segundo, a potência gerada é de 250 kgf x 0,3 m/s = 75,0 kgf.m/s ou 736 J/s ou 736 W. A potência equivale a: 736W = 0,986 HP 746W/HP Se o mesmo trabalho fosse realizado em meio segundo a potência desenvolvida seria de 1472 W ou 1,972 HP. Equivalência em Potência Elétrica e Calor. 1 cv = 0,986 HP 1 cv = 4.500 kgm/mim ou 75 kgm/s 1 cv = 736 W (potência elétrica) 1 cv = 41,8 BTU/min = 10,52 kcal/s 1 HP = 33.000 lb pé por minuto 1 HP = 746 W 1 HP = 42,4 BTU/min Acumuladores Hidráulicos Um acumulador armazena pressão hidráulica. Esta pressão é energia potencial, uma vez que ela pode ser transformada em trabalho. Tipos de Acumuladores Os acumuladores são basicamente de 3 tipos:carrega- dos por peso, carregados por mola e hidropneumá- ticos. Entre os 3 tipos apresentados ilustraremos o príncipio de funcionamento dos acumuladores hidropneumá- ticos por serem os mais empregados. Acumuladores Hidropneumáticos O acumulador hidropneumático é o tipo mais comum de acumulador usado na hidráulica industrial.Esse tipo de acumulador aplica a força do líquido usando um gás comprimido, que age como mola. Nota: Em todos os casos de acumuladores hidropneumáticos de aplicação industrial, o gás usado é o nitrogênio seco.Ar comprimido não pode ser usado por causa do perigo de explosão - vapor ar-óleo. Os acumuladores hidropneumáticos estão divididos nos tipos: pistão, diafragma e bexiga. O nome de cada tipo indica a forma de separação do líquido do gás. Acumuladores Tipo Pistão O acumulador tipo pistão consiste de carcaça e pistão móvel. O gás que ocupa o volume acima do pistão fica comprimido conforme o líquido é recalcado na carcaça. Quando o acumulador fica cheio, a pressão do gás se iguala à pressão do sistema.
  • 44. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 42 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Acumuladores Tipo Diafragma O acumulador do tipo diafragma consiste de dois hemisférios de metal, que são separados por meio de um diafragma de borracha sintética. O gás ocupa uma câmara e o líquido entra na outra. esta base de metal evita a extrusão da bolsa Gás Acumuladores Tipo Bexiga O acumulador tipo balão consiste de uma bexiga de borracha sintética dentro de uma carcaça de metal. A bexiga é enchida com gás comprimido. Uma válvula do tipo assento, localizada no orifício de saída, fecha o orifício quando o acumulador está completamente vazio. tubulação
  • 45. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 43 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Generalidades As válvulas, em geral, servem para controlar a pressão, a direção ou o volume de um fluido nos circuitos hidráulicos. As válvulas que estudaremos nesta unidade são do tipo controladoras de pressão, que são usadas na maioria dos sistemas hidráulicos industriais. Essas válvulas são utilizadas para: Limitar a pressão máxima de um sistema; Regular a pressão reduzida em certas partes dos circuitos; Outras atividades que envolvem mudanças na pressão de operação. São classificadas de acordo com o tipo de conexão, pelo tamanho e pela faixa de operação. A base de operação dessas válvulas é um balanço entre pressão e força da mola. A válvula pode assumir várias posições, entre os limites de totalmente fechada a totalmente aberta. As válvulas controladoras de pressão são usualmente assim chamadas por suas funções primárias abaixo relacionadas. Válvula de Segurança Válvula de Sequência Válvula de Descarga Válvula Redutora de Pressão Válvula de Frenagem Válvula de Contrabalanço Limitadora de Pressão ∆∆∆ 6. Válvula de Controle de Pressão ∆∆∆∆∆∆
  • 46. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 44 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training A pressão máxima do sistema pode ser controlada com o uso de uma válvula de pressão normalmente fechada. Com a via primária da válvula conectada à pressão do sistema e a via secundária conectada ao tanque, o carretel no corpo da válvula é acionado por um nível predeterminado de pressão, e neste ponto as vias primárias e secundárias são conectadas e o fluxo é desviado para o tanque. Esse tipo de controle de pressão normalmente fechado é conhecido como válvula limitadora de pressão. Válvula de Sequência Uma válvula de controle de pressão normalmente fechada, que faz com que uma operação ocorra antes da outra, é conhecida como válvula de sequência. Válvula de Sequência no Circuito Num circuito com operações de fixação e usinagem, o cilindro de presilhamento deve avançar antes do cilindro da broca. Para que isto aconteça, uma válvula de sequência é colocada na linha do circuito, imediatamente antes do cilindro da broca. A mola na válvula de sequência não permitirá que o carretel interligue as vias primárias e secundárias até que a pressão seja maior do que a mola.O fluxo para o cilindro da broca é bloqueado.Desta maneira, o cilindro de presilhamento avançará primeiro.Quando o grampo entra em contato com a peça, a bomba aplica mais pressão para vencer a resistência. Esse aumento de pressão desloca o carretel na válvula de sequência. As vias principal e secundária são interligadas. O fluxo vai para o cilindro da broca.
  • 47. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 45 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Válvula de Contrabalanço Umaválvuladecontroledepressãonormalmentefechada pode ser usada para equilibrar ou contrabalancear um peso, tal como o da prensa a que nos referimos. Esta válvula é chamada de válvula de contrabalanço. Vazão Pressãodeentrada Válvula de Contrabalanço no Circuito Num circuito de uma prensa, quando a válvula direcio- nal remete fluxo para o lado traseiro do atuador, o peso fixado à haste cairá de maneira incontrolável. O fluxo da bomba não conseguirá manter-se. Para evitar esta situação, uma válvula de pressão normalmente fechada é instalada abaixo do cilindro da prensa. O carretel da válvula não conectará as vias principal e secundária até que uma pressão, que é transmitida à extremidade do carretel, seja maior do que a pressão desenvolvida pelo peso (isto é, quando a pressão do fluido estiver presente no lado traseiro do pistão). Deste modo, o peso é contrabalanceado em todo o seu curso descendente. Válvula Redutora de Pressão Uma válvula redutora de pressão é uma válvula de controle de pressão normalmente aberta. Uma válvula redutora de pressão opera sentindo a pressão do fluido depois de sua via através da válvula. A pressão nestas condições é igual à pressão ajustada da válvula, e o carretel fica parcialmente fechado, restringindo o fluxo. Esta restrição transforma todo o excesso de energia de pressão, adiante da válvula, em calor. Se cair a pressão depois da válvula, o carretel se abrirá e permitirá que a pressão aumente novamente.
  • 48. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 46 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Válvula Redutora de Pressão no Circuito O circuito de fixação mostrado na ilustração requer que o grampo do cilindro B aplique uma força menor do que o grampo do cilindro A. Uma válvula redutora de pressão colocada logo em seguida ao cilindro B permitirá que o fluxo vá para o cilindro até que a pressão atinja a da regulagem da válvula. Neste ponto, o carretel da válvula é acionado, causando uma restrição àquela linha do circuito. O excesso de pressão, adiante da válvula, é transformado em calor. O cilindro B grampeia a uma pressão reduzida. Válvula de Descarga Uma válvula de descarga é uma válvula de controle de pressão normalmente fechada operada remotamente, que dirige fluxo para o tanque quando a pressão, numa parte remota do sistema, atinge um nível predeterminado. Válvula de Descarga no Circuito Uma válvula limitadora de pressão operada diretamente, usada num circuito de acumulador, significa que, uma vez que o acumulador é carregado, o fluxo da bomba retorna ao tanque a uma pressão igual à da válvula limitadora de pressão. Isso significa um desperdício de potência e uma desnecessária geração de calor. Uma válvula de descarga operada remotamente, com sua linha piloto conectada depois da válvula de retenção, permitirá que o fluxo da bomba retorne ao tanque a uma pressão mínima quando o acumulador estiver pressurizado à mesma pressão do ajuste da válvula. A bomba não precisa aplicar uma pressão alta para operar a válvula de descarga, porque a válvula recebe pressão de outra parte do sistema. Desde que a pressão aplicada pela bomba seja desprezível, a potência também o é: Drenos 1 HP = (l/min) x (kgf/cm2 ) x 0,0022
  • 49. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 47 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training O carretel, numa válvula de controle de pressão, se movimenta dentro de uma via e geralmente há algum vazamento de fluido na via acima do carretel. Esta é uma ocorrência normal que serve para lubrificá-lo. Para que a válvula de pressão opere adequadamente, a área acima do carretel deve ser drenada continuamente para que o líquido não prejudique o movimento do carretel. Isso é feito com uma via dentro do corpo da válvula, que está conectada ao reservatório. Dreno Interno Se uma via secundária de uma válvula de pressão estiver interligada ao reservatório, como nas aplicações da válvula limitadora de pressão e da válvula de contrabalanço, a via do dreno ficará interligada interna- mente à via do tanque ou à via secundária da válvula. Isto é conhecido como dreno interno. Dreno Externo Se a linha secundária de uma válvula de pressão for uma linha de pressão (ou, em outras palavras, se ela realiza trabalho) como nas aplicações da válvula de redução de pressão e na válvula de sequência, a via do dreno ficará interligada ao tanque por meio de uma linha separada. Isso é um dreno externo. As válvulas de sequência e as válvulas de redução de pressão são sempre drenadas externamente. Válvulas de Controle de Pressão Operadas por Piloto Diferentemente de uma válvula de controle de pressão simples ou de acionamento direto, onde um carretel é mantido comprimido somente pela pressão da mola, uma válvula operada por piloto tem o seu carretel com- primido tanto pelo fluido como pela pressão da mola. Essa combinação elimina a alta sobrecarga comumente encontrada nas válvulas de pressão operadas de modo direto.
  • 50. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 48 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Diferencial de Pressão Característico das Válvulas Operadas por Acionamento Direto O diferencial de pressão de uma válvula de pressão pode ser melhor descrito com um exemplo: O gráfico mostra o funcionamento de uma válvula limi- tadora de pressão operada por acionamento direto, num sistema típico. A válvula é solicitada a passar o fluxo de 40 litros/min a 70 kgf/cm2 . Para executar esta função, a válvula começa a abrir a uma pressão mais baixa. Isto faz com que uma porção pequena de fluxo do sistema retorne para o tanque. À medida que aumenta a pressão, a mola do carretel fica continuamente comprimida para formar uma abertura mais larga para o fluxo crescente que retorna ao tanque. Finalmente, a 70 kgf/cm2 , um fluxo total de 40 litros/min passa através da válvula. Se, por alguma razão o fluxo aumentar, haverá um aumento de pressão acima do nível de 70 kgf/cm2 . Uma válvula que opera por acionamento direto atua desta forma por causa da compressão da mola do carretel. Diferencial de Pressão de Válvulas Operadas por Piloto (Pré-Operada) Uma válvula limitadora de pressão operada por piloto evita uma pressão de abertura prematura e uma sobrecarga, eliminando a pesada mola do carretel. A pressão do fluido e uma mola de baixa pressão pressionam o carretel da válvula. Quando uma certa pressão é atingida, o carretel é ativado. Qualquer leve sobrecarga que resulta de um aumento na vazão é principalmente devida à compressão da mola de baixa pressão. Uma válvula limitadora de pressão operada por piloto consiste de duas válvulas - uma válvula principal e uma válvula piloto. A válvula principal é composta de um corpo com um orifício e uma mola comprimindo o carretel. A válvula piloto consiste de uma agulha, mola que comprime a agulha e parafuso de regulagem. Como trabalha uma Válvula Limitadora de Pressão Operada por Piloto Para entender a operação de uma válvula limitadora de pressão operada por piloto, observaremos a operação independente da válvula principal e da válvula piloto. O carretel da válvula principal é comprimido por uma mola leve.A haste do carretel da válvula principal fecha a saída para o tanque. A pressão do sistema atua na sapata do carretel. Qualquer vazamento que passe pelo carretel é drenado internamente de volta para o tanque através de uma via no corpo da válvula.
  • 51. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 49 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Se a mola que comprime o carretel da válvula principal tiver um valor de 2 kgf/cm2 , o carretel será empurrado para cima e o fluxo do sistema passará para o tanque quando a pressão do sistema atingir 2 kgf/cm2 . Desta maneira, a válvula funciona como qualquer das válvulas de controle de pressão, sobre as quais comentamos até agora. A parte móvel de uma válvula piloto é a agulha. A área da agulha exposta à pressão hidráulica é relativamente pequena. A mola que comprime a agulha sobre a sua sede é bastante firme. A combinação de uma área pequena e uma mola forte significa que a agulha permanece assentada até que uma alta pressão seja atingida. Se a mola que comprime a agulha tem um valor de 70 kgf/cm2 , a agulha permanecerá assentada até que essa pressão seja atingida. Neste momento, a agulha se erguerá e o fluxo passará para o tanque.Conse- quentemente a pressão ficará limitada a 70 kgf/cm2 . Desta maneira, a válvula piloto atua como qualquer das válvulas de controle de pressão comprimidas por molas, tal como já vimos. A válvula piloto é um controle de pressão simples, comprimido por mola, submetido a vazões pequenas e altas pressões. A válvula principal é um sistema simples de controle de pressão por mola, submetido a alta vazão e baixa pressão. Usando-se ambas as válvulas, vazões elevadas podem ser controladas a altas pressões sem o perigo de uma abertura prematura, quebra ou um diferencial elevado. Numa válvula limitadora de pressão operada por piloto, o carretel da válvula principal é operado por uma mola de baixa pressão e pela pressão do fluido na câmara da mola.A máxima pressão de fluido que pode comprimir o carretel é determinada pela regulagem da válvula piloto. Para permitir que a pressão se acumule na câmara da mola, um orifício ou furo é usinado através da carcaça do carretel da válvula principal. Para ilustrar a operação de uma válvula limitadora de pressão operada por piloto, considere que a mola que comprime o carretel da válvula principal tem um valor de 2kgf/cm2 , e que a válvula piloto limitará a pressão do piloto, na câmara da mola em 70 kgf/cm2 .
  • 52. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 50 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Em nosso exemplo, até uma pressão de 70 kgf/cm2 , a pressão total, hidráulica e mecânica, que comprime o carretel é de 72 kgf/cm2 .Entre 70 kgf/cm2 e 72 kgf/cm2 , a diferença se torna menor até que, a qualquer pressão acima de 70 kgf/cm2 , o carretel da válvula principal se abra. Com uma pressão de sistema de 56 kgf/cm2 , 56 kgf/cm2 estão atuando para empurrar o carretel para cima. Os 56 kgf/cm2 são transmitidos através do orifício para a câmara da mola e atuam para manter o carretel para baixo.As áreas expostas à pressão em ambos os lados da carcaça do carretel são iguais.Deste modo, o carretel fica equilibrado, exceto pela mola de 2 kgf/cm2 . Consequentemente, há uma pressão hidráulica de 56 kgf/cm2 tentando erguer o carretel, e uma pressão mecânica hidráulica total de 58 kgf/cm2 mantendo o carretel assentado. Quando a pressão do sistema se eleva para 70 kgf/cm2 , estes atuarão para empurrar o carretel para cima. Desde que a válvula piloto esteja regulada para limitar a pressão do fluido, na câmara da válvula em 70 kgf/cm2 , a agulha da válvula fica assentada e a pressão do piloto acima do carretel é de 70 kgf/cm2 . Esta é uma pressão total hidráulica e mecânica de 72 kgf/cm2 atuando para manter o carretel para baixo. A pressão total que atua para baixo é ainda maior do que a pressão que atua para cima. A pressão máxima que pode comprimir o carretel na posição para baixo é de 70 kgf/cm2 , o carretel será empurrado para cima quando a pressão na câmara da mola ultrapassar 70kgf/cm2 , com isto ocorrerá a abertura da agulha da válvula piloto provocando o desbalanceamento do carretel da válvula principal e o fluxo passará para o tanque. Ventagem de uma Válvula Limitadora de Pressão Operada por Piloto O ato de ventar uma válvula limitadora de pressão refere-se à liberação da pressão de fluido que comprime o carretel principal de uma válvula limitadora de pressão operada por piloto. Liberando-se esta pressão piloto, a única pressão que mantém o carretel fechado é a pressão baixa da mola. O resultado disso é que a bomba aplica uma pressão relativamente baixa para retornar o seu fluxo para o tanque.
  • 53. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 51 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training A ventagem de uma válvula limitadora de pressão é uma consideração importante diante do tempo de parada da máquina. Quando nenhum trabalho útil está sendo executado pelo sistema, é desnecessário gastar energia para dirigir fluxo ao tanque sob um ajuste de pressão muito alto da válvula limitadora de pressão. A ventagem de uma válvula limitadora de pressão operada por piloto é uma prática habitual em sistemas hidráulicos industriais.
  • 54. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 52 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 7. Válvulas de Retenção Válvulas de Retenção As válvulas de retenção são aparentemente pequenas quando comparadas a outros componentes hidráulicos, mas elas são componentes que servem a funções muito variadas e importantes. Uma válvula de retenção consiste basicamente do corpo da válvula, vias de entrada e saída e de um assento móvel que é preso por uma mola de pressão. O assento móvel pode ser um disco ou uma esfera, mas nos sistemas hidráulicos, na maioria das vezes, é uma esfera. O fluido passa pela válvula somente em uma direção. Quando a pressão do sistema na entrada da válvula é muito alta, o suficiente para vencer a mola que segura o assento, este é deslocado para trás. O fluxo passa através da vávula. Isso é conhecido como fluxo direcional livre da válvula de retenção. Se o fluido for impelido a entrar pela via de saída o assento é empurrado contra a sua sede. O fluxo estanca. Válvula de Retenção no Circuito Uma válvula de retenção é uma combinação de válvula direcional e válvula de pressão. Ela permite o fluxo somente em uma direção, por isto é uma válvula unidirecional. A válvula de retenção é usada comumente em um sistema hidráulico, como válvula de by pass. Isso permite que o fluxo contorne certos componentes, tais como as reguladoras de vazão que restringem o fluxo na direção contrária. Uma válvula de retenção é também usada para isolar uma seção do sistema ou um componente, tal como um acumulador.Uma válvula de retenção permite evitar que um reservatório descarregue o fluxo de volta à válvula de descarga ou através da bomba. A parte móvel numa válvula de retenção está sempre presa por uma mola de baixa pressão. Quando uma mola mais forte é utilizada, a válvula de retenção pode ser usada como válvula de controle de pressão (isso não se faz comumente).
  • 55. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 53 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Válvula de Retenção Operada por Piloto Uma válvula de retenção operada por piloto permite o fluxo em uma direção. Na direção contrária, o fluxo pode passar quando a válvula piloto deslocar o assento de sua sede no corpo da válvula. Uma válvula de retenção operada por piloto consiste do corpo da válvula, vias de entrada e saída, um assento pressionado por uma mola, como no caso da válvula de retenção. Do lado oposto do assento da válvula está a haste de deslocamento e o pistão do piloto. O piloto é pressurizado através do pistão pela conexão do piloto. A válvula de retenção operada por piloto permite um fluxo livre da via de entrada para a via de saída igual a uma válvula de retenção comum. O fluido impelido a passar através da válvula, através da via de saída para a via de entrada, pressiona o assento contra a sua sede. O fluxo através da válvula é bloqueado. Quando uma pressão suficientemente alta age sobre o pistão do piloto, a haste avança e desloca o assento da sua sede. via de saída via de entrada piloto via de saída via de entrada piloto O fluxo pode passar através da válvula, da via de saída para a via de entrada, desde que a pressão no piloto seja suficiente para manter o pistão da haste acionado. Observação sobre segurança: Em qualquer circuito com acumulador, deve haver um meio de descarregar automaticamente quando a máquina é desligada.
  • 56. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 54 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training A função da válvula controladora de vazão é a de reduzir o fluxo da bomba em uma linha do circuito. Ela desempenha a sua função por ser uma restrição maior que a normal no sistema. Para vencer a restrição, uma bomba de deslocamento positivo aplica uma pressão maior ao líquido, o que provoca um desvio de parte deste fluxo para outro caminho.Este caminho é geralmente para uma válvula limitadora de pressão, mas pode também ser para outra parte do sistema. As válvulas controladoras de vazão são aplicadas em sistemas hidráulicos quando se deseja obter um controle de velocidade em determinados atuadores, o que é possível através da diminuição do fluxo que passa por um orifício. 8. Válvulas Controladoras de Vazão orifício Orifício Um orifício é uma abertura relativamente pequena no curso do fluxo de fluido. O fluxo através de um orifício é afetado por três fatores: 1. Tamanho do orifício. 2. Diferencial de pressão através do orifício. 3. Temperatura do fluido. O tamanho de um orifício controla a taxa de fluxo através dele.Um exemplo do dia-a-dia é uma mangueira de jardim onde surgiu um vazamento. Se o furo na mangueira for pequeno, o vazamento se dará na forma de gotejamento ou aspersão. Mas se o furo for relativamente grande, o vazamento será na forma de jato. Em ambos os casos, o furo na mangueira é um orifício que mede o fluxo de água para o ambiente externo. A quantidade de fluxo medida depende do tamanho da abertura.
  • 57. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 55 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Orifício Fixo Um orifício fixo é uma abertura reduzida de um tamanho não ajustável. Exemplos comuns de orifícios fixos, em hidráulica, são os plugues de um tubo ou válvula de retenção com um furo usinado através do seu centro, ou uma válvula comercial controladora de fluxo preestabelecida pela fábrica. Uma válvula controladora de vazão variável é o orifício variável usado com mais frequência num sistema hidráulico industrial. Válvulas de Controle de Vazão Variável no Circuito O circuito ilustrado consiste de uma bomba de deslocamento positivo de 20 litros/min, de uma válvula limitadora de pressão, válvula direcional, um orifício fixo e um cilindro que tem uma área de pistão de 20 cm2 . Orifício Variável Muitas vezes um orifício variável é melhor do que um orifíciofixo,porcausadoseugraudeflexibilidade.Válvula de gaveta, válvulas globos e válvulas controladoras de vazão variável são exemplos de orifícios variáveis. Válvula Controladora de Vazão Variável O fluido que passa através de uma válvula controladora de vazão variável deve fazer uma curva de 90° e passar pela abertura que é a sede da haste cuja ponta é cônica. Otamanhodaaberturaémodificadopeloposicionamento do cone em relação à sua sede. O tamanho do orifício pode ser variado com ajuste muito fino devido ao parafuso de rosca fina na haste da agulha da válvula. velocidade da haste 400cm/min.área de 20 cm2 35 kgf/cm2 35 kgf/cm2 20 litros/min. 8 12 12 8
  • 58. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 56 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Velocidade Vazão (I/min) x 1.000 (cm3 ) da Haste = (cm/min ) Área do pistão (cm2 ) Com a válvula limitadora de pressão ajustada a 35 kgf/cm2 , a bomba tenta mandar seus 20 litros/min de fluxo através do orifício. Devido ao tamanho da abertura do orifício, somente 8 litros/min passam através do orifício antes que a pressão atinja a regulagem de 35 kgf/cm2 na válvula limitadora de pressão (isso, é claro, acontece instantaneamente). 8 litros/min passam através do orifício e saem para o atuador. 12 litros/min avançam sobre a válvula limitadora de pressão e a haste do pistão se move a uma taxa de 400 cm/min. Se uma válvula controladora de vazão variável fosse usada no mesmo circuito, a velocidade da haste poderia ser modificada facilmente. Válvula de Controle de Vazão Variável com Retenção Integrada Consiste em uma válvula controladora de vazão descrita anteriormente e mais a função de uma válvula de retenção simples em by pass.Com essa combinação é possível obter fluxo reverso livre, sendo de grande aplicação na hidráulica industrial. Através de um parafuso de ajuste determina-se a taxa de fluxo que deve ser requerida no sistema para se obter a velocidade desejada. Quanto à posição de instalação, está em função do tipo de controle que se deseja aplicar no sistema. parafuso de ajuste válvula de retensão
  • 59. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 57 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training A eletricidade tem sido um caminho usado pelo homem para lhe proporcionar benefícios no dia-a-dia.Podemos notar que a sua transformação, como uma forma de energia em outros tipos de energia, tem trazido grandes vantagens. Entretanto, ela precisa ser muito bem conhecida para poder ser usufruída em sua forma completa, sem oferecer perigo ao usuário. Quando acionamos um botão para acender uma lâmpada, ligamos um ventilador, energizamos uma bobina, estamos desencadeando um mecanismo extremamente complexo. E tal fato nos passa despercebido devido à aparente simplicidade de tais operações. Daquilo que conhecemos sobre a eletricidade, certamente muito mais teremos para conhecer e quanto mais nos aprofundarmos no assunto, maiores benefícios obteremos. Geração A energia elétrica que é consumida em nossas casas e indústrias é gerada a partir de uma usina hidroelétrica. Esta energia elétrica da usina é gerada através de indução. Conforme a água é conduzida através de duto ela gira uma turbina que está ligada a um eixo. Em volta deste eixo estão imãs. À medida que este eixo vai girando em torno dos imãs cria-se um campo magnético, e neste campo observa-se uma tensão, que é transferida através de cabos para subestações em outras cidades e daí para nossas casas. 9. Introdução à Eletricidade Básica A unidade de medida utilizada para tensão elétrica é o volt. A usina hidroelétrica é um exemplo de transformação de energia mecânica da turbina em energia elétrica. Porém existem outros tipos de transformações: - energia química em energia elétrica (baterias e pilhas). - energia solar em energia elétrica. - etc. Tensão Contínua É aquela que não varia sua intensidade e sentido em função do tempo. (Exemplo: pilha) Para indicar que a tensão é continua utilizamos o símbolo VCC. Exemplo: 9 VCC Tensão Alternada É aquela que varia sua intensidade e sentido periodicamente em função do tempo.(Exemplo:energia elétrica vinda de usinas hidroelétricas, gerador de áudio etc.) Para indicar que a tensão é alternada utilizamos o símbolo VCA Exemplo: 110 VCA
  • 60. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 58 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Em termos de tensão podemos dizer também sobre a ddp (diferença de potencial). A ddp nada mais é do que a tensão existente entre dois pontos do circuito. De modo que a ddp de uma fonte é o seu próprio valor. Podemos também verificar a ddp de qualquer parte do circuito que se queira. Corrente Elétrica Toda vez que num circuito elétrico exista uma tensão e este circuito é fechado, observamos um fluxo de elétrons buscando equilíbrio de cargas, ou seja, os elétrons caminham pelo circuito. Portanto a definição é: corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas elétricas em um circuito fechado onde exista a ação de um campo elétrico (fonte de alimentação). Supondo uma fonte de tensão (bateria) e uma lâmpada. Eles não estão interligados, portanto não há movimento ordenado de elétrons. Quando ligamos a fonte e a bateria os elétrons são induzidos a entrar em movimento devido à tensão da fonte (ddp - diferença de potencial).A unidade de medida utilizada para corrente elétrica é o ampère. Corrente Contínua É aquela que não varia sua intensidade e sentido em função do tempo, devido à tensão aplicada ao condutor ser também contínua. Para indicar corrente contínua utilizamos o símbolo CC Corrente Alternada É aquela que varia sua intensidade e sentido em função do tempo, devido à tensão aplicada ser tensão alternada. Este tipo de corrente é conseguida através de tensão alternada. Para indicar corrente alternada utilizamos o símbolo CA.
  • 61. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 59 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Todo sistema de distribuição e alimentação de energia elétrica deve possuir elementos seccionados e dispositivos de segurança e proteção. Na conservação da energia mecânica em energia elétrica pelos gera- dores das Usinas Hidroelétricas e na sua transmissão até os receptores, encontramos vários elementos com funções distintas interligados, dentre os quais alguns serão destacados. Antes disso, porém, vejamos o processo de transmissão da energia da fonte até a carga: A primeira operação acontece na usina, quando uma queda de água muito forte movimenta as turbinas que, por sua vez, movimentam os geradores de energia. A energia elétrica é mandada aos centros consumidores, através das chamadas linhas de transmissão de alta tensão. Mas a eletricidade não pode ser usada como sai da usina. É preciso que seja adequada às necessidades de cada consumidor (residencial, industrial, comercial, etc), através dos transformadores de tensão (voltagem), nas chamadas subestações. E, então, ela chega aos consumidores pela rede de distribuição de baixa tensão. Diante de cada consumidor existe um ponto de entrada particular para receber a eletricidade. Ela passa para a caixa de energia do consumidor, onde está instalado o relógio medidor, cuja finalidade é medir o consumo de eletricidade. Do medidor, ela passa para a caixa de distribuição interna.É nesta caixa que se encontram as chaves com os fusíveis, outros dispositivos, como os disjuntores, etc. Finalmente, é das chaves que sai a fiação elétrica para diversos pontos de carga. Resistência Elétrica Na eletricidade existe ainda uma outra grandeza, que acontece quando certos materiais oferecem resistência à passagem da corrente elétrica. 10. Alimentação Elétrica Essa resistência nada mais é do que o choque dos átomos livres como os átomos do material. Existem portanto os resistores, que são componentes feitos para resistir à passagem da corrente elétrica. Símbolo de um resistor: A unidade de medida utilizada para resistência elétrica é o ohm, o símbolo é a letra grega Ω (ômega). Tipos de Materiais Os materiais podem ser classificados em: Isolantes: são materiais em que o núcleo do átomo exerce forte atração sobre os elétrons. Por isso eles não tendem a entrar em movimento. (Exemplo: vidro, borracha, madeira etc.). Condutores: ao contrário dos isolantes possuem baixa energia entre o núcleo e elétrons. Portanto estes entram facilmente em movimento. (Exemplo: cobre, prata, alumínio etc.). Semicondutores: estão no meio termo;no estado puro e a uma temperatura de 20° C são isolantes. Quando em estado puro e a uma temperatura de 20°C são maus condutores. Se combinados a outros materiais sua conectividade aumenta. Os materiais condutores mais utilizados são: cobre, alumínio, prata, chumbo, platina, mercúrio e ferro.
  • 62. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 60 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Cobre - Baixa resistividade; - Características mecânicas favoráveis; - Baixa oxidação, elevando com a temperatura; - Fácil deformação a frio e a quente; - Grau de pureza 99,9%; - Resistência à ação da água, sulfatos, carbonatos; - O cobre oxida se aquecido acima de 120°C. O cobre é usado em casos em que se exigem elevada dureza, resistência à tração e pequeno desgaste, como nos casos de redes aéreas de cabo nu em tração elétrica, fios telefônicos, peças de contato, anéis coletores e lâminas de comutadores. O cobre mole ou recozido é usado em enrolamentos, barramentos e cabos isolados. Em alguns casos devem ser usadas as linhas de cobre. Associação de Resistências Normalmente, em circuitos elétricos os resistores podem e são ligados entre si para satisfazer às condições de um circuito elétrico. Essas condições podem ser: - Obter um valor de resistência diferente dos encon- trados comumente no mercado. - Obter divisão de corrente e/ou tensão para diferen- tes ramos do circuito. Existem três tipos de associação: em série, paralelo e mista Associação em Série Neste tipo de ligação um dos terminais de um resistor é ligado a um terminal de um segundo resistor, o outro terminal deste segundo é ligado a um terminal de um terceiro e assim por diante. Ou seja, os resistores são ligados um em seguida do outro. Características: 1 - Todas as resistências são percorridas pela mesma corrente elétrica. 2 - A soma das diferenças de potencial das resistências é igual à tensão da fonte de alimentação. 3 - As resistências em série podem ser substituídas por uma única resistência equivalente.Esta resistência equivalente é obtida apenas somando o valor das resistências em série. Associação em Paralelo Neste tipos de ligação o primeiro terminal de uma resistência é ligado ao primeiro terminal da segunda resistência.O segundo terminal da primeira resistência no segundo terminal da segunda resistência, e assim por diante para quantos resistores tivermos. Temos portanto um divisor de corrente. Características: 1 - A corrente elétrica total do circuito é a soma das correntes individuais de cada resistência. 2 - Todas as resistências da associação estão sujeitas à mesma tensão. 3 - As resistências em paralelo podem ser substituídas por uma resistência equivalente através das seguintes fórmulas:
  • 63. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 61 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Para dois ou mais resistores iguais (onde R é o valor do resistor e n o número de resistores): Para dois resistores de valores diferentes: Para vários resistores de valores diferentes: R = R n R = R1 . R2 R1 + R2 1 1 1 1 R R1 R2 Rn = + + …
  • 64. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 62 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training A lei de ohm é provavelmente a mais importante no estudo da eletricidade, isto porque ela relaciona diretamente tensão, corrente e resistência. Pode ser aplicada em qualquer circuito CC e até mesmo em AC. A lei de ohm é assim expressa: 11. Lei de ohm V = R . I onde: V : tensão em volt R : resistência em ohm I : corrente em ampère Potência Elétrica Uma outra grandeza que é muito utilizada em cálculos de circuitos elétricos é a potência, que pode ser definida como a transformação de uma energia, o trabalho realizado num intervalo de tempo ou a energia elétrica consumida num intervalo de tempo. Seria portanto a rapidez com que a tensão realiza o trabalho de deslocar os elétrons pelo circuito elétrico.De modo que a potência para cargas puramente resistivas é igual ao produto da tensão pela corrente. onde: P : potência em watt V : tensão em volts I : corrente em ampère A unidade de medida utilizada para potência elétrica é o watt. A expressão de potência pode ser combinada com a lei de ohm, criando importantes variações. P = V.I ➔ expressão da potência V = R.I ➔ expressão da lei de ohm Substituindo-se a variável V na primeira expressão: P = V . I P = R . I . I ➔ P = R . I2 Substituindo a variável I na primeira expressão: P = V ➔ P = V R V2 R De uma maneira geral, é indicada nos aparelhos elétricos a potência elétrica que eles consomem, bem como o valor da ddp a que devem ser ligados.Portanto, um aparelho que vem, por exemplo, com as inscrições 60 W - 120 V, consome a potência elétrica de 60 W, quando ligado entre dois pontos cuja ddp seja 120 V. Mede-se também a potência em quilowatt (KW) e a energia elétrica em quillowatt hora (KWh). Um KWh é a quantidade de energia que é trocada no intervalo de tempo de 1h com potência 1KW. Efeito Joule ou Efeito Térmico O fenômeno de transformação de energia elétrica em energia térmica é denominado Efeito Joule. Este efeito é decorrente do choque dos elétrons livres com os átomos do condutor. Nesse choque, os elétrons transferem aos átomos energia elétrica que receberam do gerador. Esta energia é transformada em energia térmica, determinando a elevação da temperatura do condutor. Em alguns casos a energia térmica (Efeito Joule) é desejável, como por exemplo em aquecedores em geral (chuveiros, ferros elétricos, torneiras elétricas, etc.).Para outros, ela é totalmente prejudicial (bobinas, enrolamento de motores, etc.).
  • 65. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 63 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Instrumentos de Medida são aparelhos destinados a medir tensões, correntes e resistências. O princípio de funcionamento dos medidores está baseado no mesmo princípio dos motores elétricos: o movimento de giro de uma bobina móvel devido à interação de dois campos magnéticos, sendo um, o campo da própria bobina (percorrida por uma corrente) e o outro, formado pelo imã tipo ferradura. A bobina móvel gira em função da força do campo, que é proporcional à corrente circulante, indicando a leitura em uma escala. Esse enrolamento é mecanicamente alojado num suporte e apoiado num mancal dentro do campo magnético da ferradura, de tal modo que o ponteiro tenha movimento ao longo de toda a escala. Ohmimetro Aparelho destinado a medir o valor em ohms (Q) da resistência elétrica dos componentes.Para ohmimetros do tipo analógico, faz-se necessária a zeragem da escala, além da faixa de valores. Amperímetro Instrumento empregado para a medição da intensidade de corrente num circuito, cuja escala está graduada em ampères. Caso o aparelho seja conectado em um circuito cuja corrente venha ultrapassar o fundo de escala do instrumento, o mesmo poderá ser danificado. Para que isso não ocorra e seja possível a leitura de altas correntes com o mesmo aparelho, utiliza-se uma resis-tência externa Rs, denominada Shunt (do inglês = desvio) em paralelo com a resistência R interna do instrumento. Assim, parte da corrente I que se medir desvia-se para o Shunt, não danificando o aparelho. Na prática, o valor da resistência Shunt Rs pode ser calculado sabendo-se o valor da resistência interna do aparelho (R interna), a corrente total do circuito (I total) e a corrente de fundo de escala do aparelho (I fundo escala), através da fórmula: 12. Medidas Elétricas = 1 + ITOTAL I Fundo Escala R interna R shunt Obs.: Apesar da resistência Shunt ser colocada em paralelo com o amperímetro, o instrumento, entretanto, deve sempre ser colocado em série com o circuito. Voltímetro Instrumento destinado a medir diferença de potencial (ddp) em qualquer ponto de um circuito, tendo sua escala graduada em volts (V). Analogamente aos amperímetros podemos colocar resistências em série com o voltímetro, tendo a finalidade de expandirmos as escalas. Tais resistên- cias, como mostra a figura a seguir, são chamadas de Resistências Multiplicadoras. O voltímetro deve ser conectado ao circuito sempre em paralelo com a carga que se quer medir. Obs.: Multímetro é a reunião, em um só aparelho, do ohmímetro, amperímetro e voltímetro.
  • 66. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 64 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 13. Elementos de Comutação e Proteção dos Circuitos Elétricos Fusíveis Dispositivos colocados em série com o circuito cuja secção é sensível a altas correntes (correntes de curto-circuito). Acima de 1000A recomenda-se a subdivisão do circuito em número suficiente de circuitos paralelos para diminuir a corrente individual. O fusível é sempre dimensionado em função da corrente nominal do circuito.Diante disso, não deve ser substituído por outro de corrente nominal maior. Em condições normais deve ser bom condutor, com elevada resistência à oxidação, existindo, inclusive, alguns de cobre prateado. Existem alguns tipos que são envoltos por areia para não permitir a formação de arcos-voltaicos, o que representa perigo para a instalação. Depois de ser atuado (interrompido) deve-se cuidar para que não seja (mesmo que precariamente) restabelecido o contato com o elo (elo - secção reduzi-da no centro). Para a escolha do fusível devem ser observados alguns itens como: IN (Corrente Nominal) - deve suportar continuamente sem se aquecer. VN (Tensão Nominal) - dimensiona a isolação do fusível. ICC (Corrente Curto-Circuito) - é a máxima que o cir- cuito deve suportar e que deve ser desligada ins- tantaneamente. Atuação a) Rápidos: para circuitos onde não há variação entre corrente de partida (IP ) e corrente nominal (IN ). b) Retardados: casos contrários (cargas motoras). Obs:Retardamento se obtém pelo acréscimo de massa na parte central do elo para absorver, durante certo tempo, parte do calor que se desenvolve na seção reduzida. Disjuntores Tendo como característica o seu retorno funcional depois da atuação, sem a necessidade de sua substituição, o disjuntor engloba a função de seccionador e elemento de proteção, interrompendo o circuito diante da presença de sobrecarga ou corrente de curto-circuito. De maneira geral, conforme se tem aumento de capa- cidade (UN e IN ), a complexidade do disjuntor também aumenta. Para alguns tipos de disjuntores a ligação e o desliga- mento podem ser feitos por via indireta, como por exemplo, relés. Por meio direto, temos o acionamento manual, por ar comprimido ou motor.
  • 67. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 65 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Suas principais características são: - Frequência relativamente pequena de número de manobras. - Desligamento em condições normais por relé de sub-tensão e manualmente. Desligamento em condições anormais: a) Sobrecarga: relé térmico - atua quando ocorre um excesso de demanda de potência. b) Curto-circuito: relé ou disparador eletromagnético - atua em função do campo magnético criado pela circulação da corrente de curto-circuito. Podemos observar as características construtivas internas de um disjuntor desse padrão. As duas características mais importantes para especificação são: - Tensão Nominal (UN ) - tensão de rede a que será submetido o disjuntor. - Corrente Nominal (IN ) - corrente de linha do circuito no qual ele será empregado. Relé Térmico Elemento geralmente acoplado às chaves magnéticas, possuindo grande sensibilidade térmica (elevação de temperatura por sobrecarga) atuando indiretamente na proteção dos Sistemas Elétricos. O princípio de funcionamento se baseia no coeficiente de dilatação diferenciado dos metais, ou seja, duas lâminas sobrepostas, intimamente ligadas com coefi- cientes diferentes, quando se aquecem se curvam. Essa deformação atua sobre a trava da mola de armação, resultando na abertura dos contatos.
  • 68. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 66 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 14. Componentes dos Circuitos Elétricos Botoeiras Elementos de comutação destinados a permitir a ener- gização ou desenergização entre um ou mais pontos de um circuito. Os tipos mais comuns são: a) Botão Impulso: elemento de comando que perma- nece acionado mediante a constante aplicação de esforço muscular sobre si. b) Botão Flip-Flop: uma vez acionado seu retorno a condição anterior somente se processará através de um novo esforço. Botão Soco-Trava Componente de comutação travável, cujo retorno à posição inicial se faz com um giro no sentido horário da parte circundante do botão de acionamento. Chaves Fim-de-Curso São interruptores desenvolvidos para utilização industrial com a finalidade de responder aos diferentes problemas de controle, sinalização e segurança. Em geral são divididos em: Rolete Tipo de acionamento indireto, com comutação em qualquer sentido. Gatilho ou Rolete Escamoteável Seu acionamento ocorre em um sentido apenas do movimento, emitindo um sinal de comutação breve. Sensores Funcionam como chaves fim-de-curso, tendo como principais características a atuação sem o contato físico e a alta velocidade de comutação. Detetores Fotoelétricos Consistem de um projetor de luz e de um receptor fotossensível montados em dois grupos óticos distintos, operando à distância, sem contato físico com o elemen- to detectado, sendo este elemento opaco ou semitrans- parente. Obs:Tanto os sensores quanto os detetores neces-sitam de aparelho amplificador para seu funcionamento.
  • 69. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 67 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Chaves com Acionamento Indireto Termostato Elemento de interrupção ou conexão de circuitos elétri- cos por ação da variação da temperatura.Tal variação causa dilatação de fluidos, ou expansão de gases, ocasionando contato do mecanismo. Pressostato Componente eletromecânico conectando ou interrom- pendo circuitos mediante variação de pressão de vapor, água, ar, óleos e gases. Sinalizadores Acústicos - em locais onde existe dificuldade de visualização ou em ambientes impróprios à iluminação, os sinais sonoros através de impulsos elétricos tornam- se eficazes. Visuais - os sinais luminosos, de maneira inversa aos acústicos, são imprescindíveis em locais onde o silêncio torna-se necessário. Contudo, uma observa- ção deve ser feita: aos lugares onde não existe dema- siada preocupação com os itens proibitivos antes mencionados, permite-se a utilização em conjunto dos sinalizadores acústicos e visuais. Chaves Seletoras Rotativas Elementos de comutação com utilização, principalmen- te, no controle de equipamentos, tendo duas ou mais posições por meio das quais se pode selecionar qualquer circuito dos que estão ligados em seus terminais.
  • 70. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 68 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 15. Solenóides Bobinas De uma maneira geral esse elemento é caracterizado como sendo o enrolamento de condutor, isolado ou não, em diversos formatos, a fim de conseguir uma determinada indutância. Bobinas (Tipo Solenóide) Tipo de bobina que se caracteriza, principalmente, por um condutor enrolado em forma helicoidal, de maneira a formar um determinado número de espirais circulares regularmente distribuídas, umas em continuação às outras e isoladas entre si. Quando uma corrente i percorre esse condutor há a formação de um campo magnético no interior do solenóide, cuja direção é a do seu eixo geométrico. Com a energização e a consequente formação do campo magnético criam-se forças no interior do solenóide que servem para a movimentação de elementos com características ferrosas, dando origem à aplicação automecânica (relés, válvulas solenóides, contatores, etc.). Características Construtivas de uma Válvula Solenóide.
  • 71. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 69 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 16. Relés Consistem em chaves eletromagnéticas que têm por função abrir ou fechar contatos a fim de conectar ou interromper circuitos elétricos. Tipos Existe uma grande variação de tipos de relés, entretan- to, mostraremos aqui como exemplo os mais importan- tes e comuns: Relé Auxiliar Elemento de comutação auxiliar, sendo que os conta- tos são fechados e/ou abertos com a simples energiza- ção da bobina. Relé Térmico Elemento geralmente acoplado às chaves magnéticas, possuindo grande sensibilidade térmica (elevação de temperatura por sobrecarga) atuando diretamente na proteção dos Sistemas Elétricos. O princípio de funcionamento se baseia no coeficiente de dilatação diferenciado dos metais, ou seja, duas lâminas sobrepostas, intimamente ligadas com coeficientes diferentes, quando se aquecem se curvam. Essa deformação atua sobre a trava da mola de armação, resultando na abertura dos contatos. Relé de Tempo Os relés de tempo eletrônicos ou eletromecânicos são aparelhos industriais que efetuam funções temporiza- das em circuitos de comando elétrico. A denominação Relés de Tempo é genérica e abrange desde circuitos simples baseados no tempo de descarga (ou carga) de um capacitor (RC), até circuitos digitais que utilizam a frequência da rede como base de tempo. Devido à variedade de aplicações foram desenvolvidos vários tipos, dos quais alguns serão destacados: Relé de Tempo Eletrônico com Retardo na Energização Alimentando-se o aparelho, a temporização se inicia. Após transcorrido o tempo selecionado na escala o relé de saída é energizado, comutando seus contatos, abrindo o contato normalmente fechado (NF) e fechando o normalmente aberto (NA). Relé de Remanência Semelhante ao contator de remanência, pois a comutação é mantida mesmo com a falta de energia. Para a volta ao estado inicial, faz-se necessária a aplicação de um novo pulso.
  • 72. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 70 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Relé de Tempo Eletrônico Digital com Retardo na Desenergização Aumentando-se o aparelho, um contato instantâneo se fecha, ao mesmo tempo em que se inicia a tempori- zação para o outro contato. Este se comutará assim que o display se iguale ao tempo regulado na chave (thumbweel switches). Retirada a alimentação, os contatos voltam à posição inicial. Relé de Tempo Eletrônico Cíclico Quando energiza-se o aparelho, o relé de saída é energizado e desenergizado ciclicamente por tempos independentes e de acordo com a regulagem na escala. Quando a alimentação cessa, o relé de saída é descomutado, ou seja, volta ao repouso. Quando energiza-se o aparelho, imediatamente este inicia sua contagem de tempo. Acontecendo um curto- circuito em determinados terminais preestabelecidos, o aparelho pára sua contagem, reiniciando a partir da abertura desses terminais do valor em que havia parado. Ocorrendo curto-circuito em outros terminais também preestabelecidos, ou então retirando-se a ali-mentação, a contagem zera, iniciando-se novamente. Contadores Digitais de Impulsos a) Com Pulso de Comando no Relé de Saída: Registra a contagem de movimentos de outros elementos através de impulsos provenientes de contatos de relés, fins-de-curso, etc. Proporciona a contagem progressiva (ou regressiva), com programação através de chaves (thumbweel- switches) localizadas no painel frontal do aparelho. Reset Automático Zera o aparelho quando a contagem atinge número desejado.Reset manual por push-button no painel ou à distância, por remoto. Juntamente com o acionamento do reset automático o relé de saída é energizado, fornecendo um pulso de comando de 0,5s.
  • 73. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 71 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training b) Com Temporização no Relé de Saída: Semelhante ao anterior tendo, entretanto, a caracterís- tica de manter o contato do relé de saída fechado (energizado) até que o reset seja acionado ou então o aparelho seja desenergizado. Contatores Equipamento de comutação eletromagnética emprega- do geralmente para abrir e fechar automaticamente um ou mais circuitos, quando o seu enrolamento é percorrido por uma corrente ou quando esta corrente sofre variação na sua intensidade. Tipos de Contatores Contatores de Potência Utilizados para comutação de potências elevadas: possuem inclusive câmaras de extinção de arco. Contatores Auxiliares Eequipados somente com contatos auxiliares - utiliza- dos para fins de bloqueio, informação, através de sina- lização e comando.
  • 74. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 72 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 17. Segurança em Eletricidade Introdução A eletricidade é a mais versátil forma de energia para força motriz, iluminação, aquecimento, etc, embora ela apresente riscos específicos e reconhecidamente sérios. Os trabalhos que envolvem a eletricidade, no entanto, serão seguros se forem obedecidas normas adequadas de segurança, o que dependerá, entre outros fatores, do bom senso e consciência de todos os que estão envolvidos direta ou indiretamente nessa área elétrica. Instalações e Equipamentos Quando da manutenção em equipamentos, barramen- tos, cabos isoladores e muflas verificar se o equipa- mento não está ligado em nenhum de seus lados a pontos energizados. Após o desligamento, proceder o aterramento do equipamento ou condutos a serem submetidos à manutenção antes do início dos trabalhos. Em caso de dúvida quanto ao desligamento, medir a tensão com dispositivos adequados. Após a conclusão da manutenção, devem-se inspecio- nar vazamentos, fazer limpeza, fazer inspeção visual geral e remover a ligação à terra. Importante: O aterramento dos equipamentos é tão importante quanto a desconexão do mesmo à terra após efetuada a manutenção pois em caso de esquecimento dessa desconexão ocorrerá falta à terra, que poderá ser perigosa. Sinalização Quando um equipamento estiver em manutenção todos os funcionários, inclusive os que não pertencem exatamente à área, deverão ser alertados dos perigos envolvidos e para os profissionais de campo, completa informação a respeito dos equipamentos e os procedimentos que deverão ser efetuados antes dos trabalhos. Deverão ser indicados com plaquetas de impedimento todos os equipamentos a serem submetidos à manu- tenção.As chaves de permissibilidade de operação devem ficar de posse do coordenador da manutenção local até a conclusão dos serviços. Caso se proceda a manutenção em algum equipamen- to, isoladamente, já desligado e devidamente aterrado, mas com a rede energizada deve-se com o uso de cordas brancas ou equivalente, bandeiras vermelhas e cartazes, isolar as áreas energizadas para que se caracterize a proibição de acesso. Outro tipo de prevenção de acidente é a trava de segu- rança, cuja finalidade é impedir que um equipamento seja energizado quando estiver em manutenção.Alguns tipos de travas estão representados a seguir.
  • 75. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 73 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 18. Circuitos Eletrohidráulicos Conceituais Existem três técnicas de construção lógica de circuitos eletrohidráulicos: • Circuitos intuitivos • Circuitos de sequência mínima ou cascata • Circuitos de sequência máxima ou passo a passo Iremos demonstrar cada técnica separadamente, aplicando os elementos com o método de resolução de circuitos intuitivos simples. Circuitos intuitivos Neste método a solução de comando flui através da lógica e do pensamento, podendo com isso apresentar resoluções diferentes para a mesma problemática. Teremos agora uma série de circuitos conceituais básicos para obtermos a lógica de comnado aplicada dentro das resoluções de circuitos intuitivos.
  • 76. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 74 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O circuito apresentado é dividido em circuito de potência e circuito de comando. Ao acionar o botão de comando b1, estabelece a passagem de corrente elétrica que energizará a bobina do solenóide S1, proporcionando o avanço do cilindro. Circuito 01
  • 77. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 75 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 02 O circuito apresentado é dividido em circuito de potência e circuito de comando. O circuito de comando apresenta a função lógica ou conhecida por ligação em paralelo. Portanto poderemos acionar b1 ou b2 que a corrente elétrica se estabelecerá energizando a bobina da solenóide S1, proporcionando o avanço do cilindro.
  • 78. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 76 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O circuito apresentado é dividido em circuito de potência e circuito de comando. O circuito de comando apresenta a função lógica E. Portanto teremos que acionar b1 e b2 para que a corrente possa se estabelecer e energizar a bobina da solenóide S1, proporcionando o avanço do cilindro. Esse comando é conhecido por ligações em série. Circuito 03
  • 79. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 77 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 04 O circuito apresentado é dividido em circuito de potência e circuito de comando. O circuito de comando apresenta a função de desligar dominante em um comando de auto-retenção. Utilizamos relé auxiliar d1 e dois contatos NA desse relé. Ao acionar b1, estabelecerá corrente elétrica na bobina do relé que atuará seus contatos, o primeiro contato mantém o relé e o segundo energizará a bobina da solenóide S1, b2 desliga o relé.
  • 80. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 78 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O circuito de comando apresenta a função desligar em comando de auto-retenção. Circuito 05
  • 81. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 79 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 06 O circuito de comando apresenta uma eletroválvula 4/2 duplo solenóide. Portanto teremos o botão b1, que energizará S1, que realizará o avanço do cilindro. O retorno ocorrerá ao ser acionado b2.
  • 82. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 80 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O circuito de comando apresenta b1 para energizar S1 e realizar o avanço do cilindro. O retorno ocorrerá automati- camente assim que for atingido o final do curso e b2 for acionado. Circuito 07
  • 83. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 81 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 08 O circuito de comando apresenta b1 para energizar S1 e realizar o avanço do cilindro. Ao atingir o final do curso e acionar b2, o relé de tempo d1 será energizado e, após processar o tempo ajustado, o contador d1 fecha e energiza S2, realizando o retorno do cilindro.
  • 84. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 82 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O circuito de comando apresenta a condição de ciclo contínuo através do comando de b1, sendo b2 uma chave fim de curso NA na condição inicial já acionada. Circuito 09
  • 85. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 83 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 10 O circuito de comando apresenta a possibilidade de comando em ciclo único por b1 ou de comando em ciclo con- tínuo por b4.
  • 86. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 84 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O circuito de comando apresenta a possibilidade de comando em ciclo contínuo por b4, com temporizador no final do curso através do relé de tempo d1. Circuito 11
  • 87. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 85 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 12 O circuito de comando apresenta a possibilidade de comando em ciclo contínuo por b1, porém com contagem pro- gramada do número de ciclos através de um contador predeterminador d2. A chave fim de curso b4 é responsável pela contagem e o botão b5 reset do contador.
  • 88. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 86 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O circuito de comando apresenta a possibilidade de duas velocidades para o avanço do cilindro com velocidade alta até atingir a chave fim de curso b4. Nesse momento o cilindro passa a avançar com velocidade lenta até atingir o fim de curso b2, responsável pelo retorno do cilindro com velocidade alta. Circuito 13
  • 89. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 87 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training O circuito de comando apresenta a possibilidade de duas velocidades para o avanço do cilindro com velocidade alta até atingir a chave fim de curso b4. Nesse momento o cilindro passa a avançar com velocidade lenta até atingir o fim de curso b2, responsável pelo retorno do cilindro com velocidade alta. Circuito 13 Circuito de Comando
  • 90. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 88 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Circuito 14 O circuito de comando apresentado ilustra o comando de uma prensa hidráulica simples. O comando inicial ocorre por um bimanual simples, o sistema trabalha com dois níveis de pressão.
  • 91. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 89 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 14 Circuito de Comando O circuito de comando apresentado ilustra o comando de uma prensa hidráulica simples. O comando inicial ocorre por um bimanual simples, o sistema trabalha com dois níveis de pressão.
  • 92. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 90 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O circuito de comando apresentado é um circuito de auto-retenção para a sequência algébrica A+B+A-B- para eletroválvulas de 4/2 simples solenóide. Circuito 15
  • 93. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 91 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training O circuito de comando apresentado é um circuito de auto-retenção para a sequência algébrica A+B+A-B- para eletroválvulas de 4/2 simples solenóide. Circuito 15 Circuito de Comando
  • 94. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 92 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Circuito 16 O circuito de comando apresentado é um circuito de comando com possibilidade de ciclo único ou ciclo contínuo para a sequência algébrica A+B+A-B- para eletroválvulas de 4/2 duplo solennóide.
  • 95. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 93 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 16 Circuito de Comando O circuito de comando apresentado é um circuito de comando com possibilidade de ciclo único ou ciclo contínuo para a sequência algébrica A+B+A-B- para eletroválvulas de 4/2 duplo solennóide.
  • 96. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 94 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O circuito de comando apresentado é um circuito de comando com possibilidade de ciclo único com ciclo contínuo para a sequência algébrica A+B+B-A-, onde a sobreposição de sinal será eliminada com uso de chaves fim de curso acionadas por gatilho. Circuito 17
  • 97. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 95 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training O circuito de comando apresentado é um circuito de comando com possibilidade de ciclo único com ciclo contínuo para a sequência algébrica A+B+B-A-, onde a sobreposição de sinal será eliminada com uso de chaves fim de curso acionadas por gatilho. Circuito 17 Circuito de Comando
  • 98. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 96 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Circuito 18 O circuito de comando apresenta a aplicação de um pressostato para controle de pressão de uma prensa hidráulica simples.
  • 99. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 97 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 18 Circuito de Comando O circuito de comando apresenta a aplicação de um pressostato para controle de pressão de uma prensa hidráulica simples.
  • 100. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 98 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O circuito de comando apresentado lustra um processo de trabalho com dispositivo de fixação (cilindro A) utilizando um pressostato para efetuar o controle de pressão necessário e liberação da sequência de movimento. Circuito 19
  • 101. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 99 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training O circuito de comando apresentado lustra um processo de trabalho com dispositivo de fixação (cilindro A) utilizando um pressostato para efetuar o controle de pressão necessário e liberação da sequência de movimento. Circuito 19 Circuito de Comando
  • 102. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 100 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Circuito 20 O circuito de comando apresentado ilustra o processo descrito anteriormente, porém o cilindro B passa a trabalhar com duas possibilidades de velocidades dentro do processo.
  • 103. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 101 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 20 Circuito de Comando O circuito de comando apresentado ilustra o processo descrito anteriormente, porém o cilindro B passa a trabalhar com duas possibilidades de velocidades dentro do processo.
  • 104. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 102 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 19. Circuito Cascata ou Sequência Mínima de Contatos Nesse método de resolução de circuito aplicamos relés auxiliares realizando a função de momórias de grupos, sendo a sequência algébrica dividida onde ocorrerá sobreposições de sinais elétricos.Quando em uma sequência algébrica encontramos mudança de sinal algébrico de um passo para outro com o mesmo atuador, podemos dizer que estará ocorrendo uma sobreposição de sinal. Exemplo: A+B+B+A- No método intuitivo poderíamos utilizar chaves fim de curso acionadas por gatilho, seria uma maneira simples de se eliminar a sobreposição, porém mesmo as chaves fim-de-curso acionadas por gatilho poderão causar a sobreposição, caso as mesmas possam mecanicamente permanecer acionadas, talvez por um problema de posicionamento mecânico. No método cascata a sobreposição de sinal elétrico é totalmente eliminada, porque mesmo que a chave fim de curso permaneça mecanicamente acionada a mudança de movimento pela qual ela é responsável ocorrerá através de um grupo de comandos. Exemplo: A + B + grupo 1 B - A - grupo 1 Sendo a sequência algébrica dividida somente onde ocorrerá sobreposição de sinal elétrico, teremos com isso a formação de dois grupos de comando: grupo 1 e grupo 2 O grupo 1 será responsável pelo movimento (passo) de A + (avanço do cilindro A) e pelo movimento de B + (avanço do cilindro B). O grupo 2 será responsável pelo movimento de B - (retorno do cilindro B) e pelo movimento de A - (retorno do cilindro A). No método cascata, como mencionado anteriormente, trabalhamos com relés auxiliares (memórias) e com grupos de comando, devemos observar que o número de relés auxiliares utilizados dependerá do número de grupos menos um. Exemplo: - Dois grupos de comandos corresponderão a um relé. - Três grupos de comandos corresponderão a dois relés. - Quatro grupos de comandos corresponderão a três relés. Deveremos observar como regra básica para o método cascata, que o último grupo deverá sempre permane- cer energizado. Isso ocorre pelo simples fato de que utilizaremos um contato NA e um contato NF do relé auxiliar. Como foi mencionado há pouco, para dois grupos de comando utilizaremos apenas um relé auxiliar, sendo utilizados dois contatos desse relé teremos: - Primeiro contato (NA), responsável pela alimentação do grupo 1. - Segundo contato (NF), responsável pela alimentação do grupo 2. A seguir teremos um exemplo para a condição de alimentação de dois grupos de comandos: d1 L2 L1
  • 105. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 103 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Exemplo para a condição de alimentação de três grupos de comandos: Recomendamos o método cascata para resolução de comandos com aplicações de válvulas direcionais 4/2 de duplo solenóide. Não é recomendável a resolução de comando para aplicações de válvulas 4/2 de simples solenóide e 4/3 vias duplo solenóide, para essas aplicações o método passo-a-passo é recomendável. d1 L3 L1 L2
  • 106. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 104 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Sequência: A + B + - A - Circuito de potência: Circuito 01 - Método Cascata
  • 107. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 105 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 01 - Método Cascata Circuito de Comando Sequência: A + B + B - A Circuito de comando: Nesse comando teremos a possibilidade de comparar a sequência em ciclo único de b1 ou em um ciclo contínuo através de b6.
  • 108. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 106 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Sequência: B + (A - C +) + (A + C -) B - Circuito 02 - Método Cascata
  • 109. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 107 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Sequência: B + (A - C +) + (A + C -) B - Circuito 02 - Método Cascata Circuito de Comando
  • 110. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 108 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Circuito 03 - Método Cascata Sequência: B + (A - C +) ( A + C -) B-
  • 111. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 109 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuito 03 - Método Cascata Circuito de Comando Sequência: B + (A - C +) ( A + C -) B-
  • 112. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 110 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 20. Circuitos Passo a Passo ou Sequência Máxima de Contatos Nesse método de resolução de circuitos aplicamos também relés auxiliares, porém agora deveremos dividir a sequência algébrica não somente onde ocorrerá a sobreposição de sinal, mas sim em cada passo da sequência. Exemplo: A + B + A - B - Agora teremos um relé auxiliar para cada passo ou movimento dentro de uma sequência algébrica e teremos um grupo de comandos para cada passo. Exemplo: A + 1º B + 2º B - 3º A - 4º d1 d2 d3 d3 Devemos observar que se fará necessária a utilização de mais um relé auxiliar (d5) para preparar o passo seguinte.
  • 113. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 111 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Circuitos Aplicativos
  • 114. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 112 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Sequência: A + B + B - A - Aplicação: 4/2 simples solenóide Circuito 01 - Método Passo a Passo
  • 115. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 113 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Sequência: A + B + B - A - Aplicação: 4/2 simples solenóide Circuito 01 - Método Passo a Passo Circuito de Comando
  • 116. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 114 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Sequência: A + B + B - A - Aplicação: 4/2 duplo solenóide Circuito 02 - Método Passo a Passo
  • 117. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 115 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Sequência: A + B + B - A - Aplicação: 4/2 duplo solenóide Circuito 02 - Método Passo a Passo
  • 118. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 116 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Sequência: C + D + D - (A + B +) E + E - (A - B -) C - Circuito 03 - Método Passo a Passo
  • 119. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 117 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Sequência: C + D + D - (A + B +) E + E - (A - B -) C - Circuito 03 - Método Passo a Passo Circuito de Comando
  • 120. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 118 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Notas
  • 121. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 119 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Notas
  • 122. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 120 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Notas
  • 123. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 121 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Hidráulica Proporcional
  • 124. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 122 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training O conhecimento e domínio da hidráulica proporcional são fundamentais para técnicos e en- genheiros que atuam em plantas industriais, mais especificamente em projetos e manutenção. Cada vez mais presente em máquinas e equipamentos, associa a simplificação do sistema hidráulico, em função da redução no número de componentes do circuito, à flexibilidade da eletrônica que garante precisão no controle das variáveis pressão, vazão e conseqüentemente posição. A facilidade de parametrização das rotinas microprocessadas impede erros comuns verificados quando os sistemas eram puramente analógico por permitir auto correções on-line. Sistemas hidráulicos convencionais com partida e parada instantâneas provocam movimentos bruscos com elevados esforços mecânicos seguidos por picos de pressão que geram fadigas e redução de vida útil em todos os componentes do circuito. As válvulas hidráulicas proporcionais produzem uma resposta de pressão ou vazão, proporcional a intensidade de corrente elétrica, controlada por cartelas eletrônicas dedicadas. Estas cartelas permitem a eliminação de banda morta através do ajuste de corrente mínima e a limitação de valores máximos de vazão quando se trata da válvula direcional e de pressão quando se trata da válvula de segurança, por exemplo. As cartelas são aplicadas também para se obter controle de rampas de aceleração nas válvulas proporcionais, que permite alcançar altas velocidades nos atuadores de forma suave e progressiva e rampas de desaceleração que reduzem a velocidade até a parada total de maneira rápida e suave, evitando movimentos bruscos, prejudiciais ao sistema mecânico devido aos esforços e trancos gerados, já as rampas de pressurização e despressurização nas válvulas de pressão, impedem os picos de pressão e golpes de aríete. Estas características asseguram alta performance ao processo, com ganhos expressivos de produtividade. Esta apostila tem por objetivo abordar tópicos que ajudarão no conhecimento e compreensão desta tecnológica tão importante no cenário da hidráulica. É importante ressaltar que o avanço tecnológico agrega cada vez mais recursos ao componente reduzindo a ação necessária do usuário que precisa apenas manter o sistema dentro de padrões ótimos de trabalho e dos projetistas exige um conhecimento apurado da aplicação para garantir uma escolha correta. Prefácio
  • 125. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 123 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Índice 1. Introdução...............................................................................................................................................124 2. Conceitos Gerais..................................................................................................................................125 3. Construção das Válvulas Proporcionais.....................................................................................129 4. Problemas e Soluções Tecnológicas...........................................................................................131 5. Ajustes Eletrônicos.............................................................................................................................133 6. Apêndice A - Placas de Acionamento Parker...........................................................................134 7. Apêndice B - Válvulas Proporcionais Parker............................................................................138 8. Ajustes......................................................................................................................................................152 9. Referências.............................................................................................................................................154 10. Exercícios................................................................................................................................................155
  • 126. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 124 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 1. Introdução Muitos sistemas hidráulicos são comandados eletricamente, utilizando-se de válvulas solenóides.Porém, os ajustes de pressão ou vazão, nesses casos, necessitam de válvulas reguladas manualmente. Em diversas aplicações, torna-se necessário, ter pressão e vazão variável, seja durante um ciclo de operação de uma máquina, ou para ajustar a máquina nas diferentes situações que possam ocorrer, como um set-up de máquina, ou para fazer um controle de posição de um cilindro, entre outros. Em virtude dessa necessidade, foi desenvolvida a hidráulica proporcional, conseguida a partir da evolução da eletrônica e dos sistemas de controle. A principal diferença entre a válvula proporcional e a eletroválvula reside na construção do solenóide. A bobina solenóide de uma eletroválvula pode assumir somente dois estados: ligada ou desligada. Na posição ligada, ela atua sobre o carretel da válvula fazendo com que a válvula comute. Na posição desligada o carretel fica livre da ação do solenóide, atuando assim em regime de 0 ou 100%. Já na válvula proporcional a bobina solenóide fica energizada permanentemente, oscilando entre uma corrente mínima e uma corrente máxima e, opera de acordo com a corrente aplicada. Se aplicarmos menos corrente, ela exercerá menor ação sobre o carretel, definindo portanto, um determinado nível de vazão da válvula, por exemplo. Do mesmo modo, se aplicarmos maior corrente ela exercerá maior ação sobre o carretel determinando um maior nível de vazão, atuando em regime de 0 a 100%. Portanto, podemos dizer que uma válvula proporcional é um componente eletro-mecânico que produz uma saída hidráulica, proporcional ao sinal de corrente elétrica aplicada na entrada. Porém, existem alguns efeitos indesejáveis que ocorrem na válvula proporcional, gerados devido a diversos aspectos inerentes à válvula, como atrito, contaminação do óleo, sobreposição do carretel, entre outros. Com a utilização da eletrônica, sensores e sistemas de controle conseguiu-se minimizar bastante esses efeitos. Com isso, a tecnologia com válvulas proporcionais possibilitou: Melhor performance na relação força e velocidade, constante nos pontos de trabalho; Eliminação de oscilações e picos de pressão; Melhor controle de aceleração, desaceleração, pressurização e despressurização; Diminuição do número de componentes nos sistemas hidráulicos; Acionamento eletrônico das válvulas de forma simples, flexível e eficiente; A tecnologia atual de válvulas proporcionais inclui diversas áreas como: Mecânica; Hidráulica; Eletromagnetismo; Eletrônica; Controle; Por isso, se torna bastante complexo ter um conhecimento aprofundado e detalhado dessa tecnologia, embora a utilização seja relativamente simples e prática. Portanto, vamos começar com alguns conceitos dessas áreas para melhor compreensão dessa tecnologia.
  • 127. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 125 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 2. Conceitos Gerais Conceitos de Mecânica Atrito Seco O atrito seco, ou atrito de Coulomb, é o efeito físico de resistência à força aplicada devido à inércia, ou seja, é a força necessária para fazer com que um objeto parado comece a se mover. Esse tipo de atrito gera um efeito indesejável, que é denominado zona morta ou banda morta (“deadband”). Atrito Viscoso O atrito viscoso ou atrito dinâmico é o efeito físico de resistência à uma força aplicada em um objeto em movimento, ou seja, é a perda de energia que é gasta para se manter um objeto em movimento e evitar que ele pare. Portanto, ao aplicar-se uma força sobre um objeto temos inicialmente que vencer o atrito seco para movimentá-lo e então aplicar uma força maior do que o atrito viscoso para mantê-lo em movimento. O atrito seco é sempre de magnitude superior ao atrito viscoso. Fat = B.v + C.sign(q) onde: F - Força de atrito B - Coeficiente de atrito viscoso v - Velocidade C - Coeficiente de atrito seco q - Posição Conceitos de Eletromagnetismo Campo Magnético no Condutor Sabemos que quando uma corrente passa por fio condutor é produzido um campo magnético ao redor desse condutor, cuja magnitude é proporcional à corrente. E, inversamente, sabemos também que toda a varia- ção de campo magnético gera uma tensão no condutor que, num circuito fechado produz corrente. B = μ . i 2π . d onde: B - Indução magnética I - Corrente μ - Permeabilidade magnética do meio d - Distância da linha magnética em relação ao condutor E = - df / dt onde: E - Tensão induzida no condutor df / dt - Variação de fluxo magnético no tempo Bobina Quando um fio é enrolado, temos, através de uma mesma corrente, várias linhas de campo magnético sendo gerados no mesmo sentido. Quando existem um núcleo ferro-magnético dentro da bobina, essas linhas ficam concentradas no interior da bobina. Fig.1 – Campo Magnético em um solenóide B = μ .N . i / L onde: B - Indução magnética [Gauss] N - Número de espiras I - Corrente [A] L - Comprimento da bobina [m]
  • 128. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 126 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Força da Bobina sobre o Núcleo Quando colocamos um núcleo ferro-magnético, no interior da bobina, este tende sempre a ficar no centro dabobina,devidoàforçamagnéticaatuantenomesmo. Na posição central temos a menor energia magnética necessária para as linhas de campo magnética, pois o entreferro está completamente no interior da bobina. F = i . L x B onde: F - Força eletro-magnética i - Corrente elétrica no condutor/solenóide L - Comprimento do condutor/solenóide B - Campo magnético sobre o núcleo Esta força é proporcional à variação de fluxo magnético e ao número de espiras do solenóide. Por sua vez, a variação de fluxo magnético é proporcional à variação de corrente aplicada no solenóide. Força Contra Eletro-Motriz Uma FCEM ou Força Contra Eletro-Motriz surge sempre ao aplicarmos uma corrente em uma bobina. Sabemos que aplicando a corrente na bobina surge um campo magnético.Por sua vez, quando temos uma variação de campo magnético próximo ao condutor, é induzida uma corrente, em sentido contrário, neste mesmo condutor, no caso, o solenóide. Chamamos de FCEM, essa tensão induzida no solenóide devido à variação do campo eletro-magné- tico induzido pela própria corrente que passa por ele. Essa tensão é igual a: E = - L . di / dt onde: E - Tensão induzida (FCEM) L - Auto-indutância (característica construtiva da bobina) di/dt = Taxa de variação da corrente Conceitos de Eletrônica Sensor de posição - LVDT L.V.D.T é sigla para Linear Variable Differential Transformer (Tranformador Diferencial Variável Linear). A principal vantagem do princípio do LVDT sobre outros tipos de transdutores de deslocamento está na seu alto grau de robustez. Isso se deve à inexistência de contato físico do elemento sensor e por isso o desgaste é zero. Isso também significa que ele pode ser feito à prova de água e óleo, de forma a se ajustar a diversas aplicações. O princípio de medição do LVDT é baseado na transferência de energia magnética, o que significa também que a resolução do transdutor LVDT é infinita. A menor fração de movimento pode ser detectada através de circuitos eletrônicos adequados para o condicionamento do sinal. A combinação desses dois fatores mais outros fatores como precisão e repetibilidade tem assegurado que essa tecnologia esteja à frente de outras. Um transdutor LVDT consiste de um carretel no qual três bobinas são enroladas. A primeira bobina, o primário, é excitada com uma corrente A.C, normal- mente com sinal entre 0,5 a 10V rms e de 1 a 10kHz. As outras duas bobinas, os secundários, são enrolados de tal forma que quando um núcleo de ferrite está na posição linear central, uma tensão igual é induzida em cada bobina. Entretanto, os secundários são conectados em oposi- ção de modo que na posição central as saídas do dois secundários anulam, uma à outra. Fig.2 – Desenho construtivo do LVDT A armadura (parte móvel do transdutor de desloca- mento) ajuda a induzir a corrente nas bobinas secun- dárias Sec.1 e Sec.2. A armadura é feita de um material magnético especial e é frequentemente conectada em uma haste que não é magnética. A haste conecta a armadura para o mundo externo.
  • 129. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 127 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Quando a armadura está na posição central, existe uma tensão induzida igual em Sec.1 e Sec.2. Entretanto, como estão ligadas em oposição, a soma dos sinais de saída das duas bobinas se cancelam, resultando em zero na saída, como pode ser observado na figura abaixo. Fig.3 – Sinais das bobinas com armadura na posição central Quando a armadura se move para dentro da Sec.1 (e fora da Sec.2) o resultado da soma de Sec.1 e Sec.2 favorece Sec.1, conforme figura abaixo. Do mesmo modo ocorre se a armadura se mover para dentro de Sec.2 (e fora da Sec.1), a soma favorece Sec.2 (tensão fora de fase). Fig.4 – Sinais das bobinas com armadura na posição esquerda (Sec.1) A saída de uma bobina é A.C. e, portanto não tem polaridade.A magnitude da saída do transdutor cresce conforme o movimento em relação à posição zero elétrica. Para saber em qual metade de deslocamento o centro da armadura está localizada em relação a bobina, deve-se considerar a fase da saída bem como a magnitude. A fase da saída é comparada com a fase da excitação e pode estar em fase ou defasada com a excitação, dependendo de qual metade da bobina está o centro da armadura. A eletrônica, portanto, deve combinar a informação da fase da saída com a informação da magnitude da saída. Isso irá então permitir ao usuário saber exatamente onde a armadura está ao invés de quão longe está da posição zero elétrica. PWM A eletrônica tradicional de acionamento de solenóide se baseia no controle linear, que consiste na apli- cação de uma tensão constante numa resistência de modo a produzir uma saída de corrente que é diretamente proporcional à tensão. A realimentação pode ser usada para obrer uma saída que resulte igual ao sinal de controle. Entretanto, esse modo dissipa muita energia em forma de calor e portanto, é muito ineficiente. Uma técnica mais eficiente utiliza modulação por largura de pulso (PWM – Pulse Width Modulation) para produzir uma corrente constante na bobina. O sinal PWM não é constante. O sinal é ligado em uma parte de seu período e desligado no restante. O Duty Cycle, D, se refere à porcentagem do período que o sinal está ligado. O Duty Cycle pode ser qualquer valor desde 0% (sinal desligado sempre) até 100% (sinal constantemente ligado). Um D=50% resulta numa onda quadrada perfeita. Fig.5 – Sinais em PWM
  • 130. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 128 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Um solenóide é um fio de certo comprimento enrolado em forma de bobina. Devido a esta configuração, o solenóide tem, além de sua resistência R, uma certa indutância L. Quando uma tensão V, é aplicada num elemento indutivo, a corrente I, produzida neste elemento não vai imediatamente para um valor cons- tante, mas cresce gradualmente para seu máximo em um período de tempo chamado tempo de subida. Do mesmo modo, a corrente I não desaparece ins- tantaneamente, mesmo se a tensão V é removida abruptamente, mas diminui até o zero com o mesmo tempo que foi gasto durante a subida. Fig.6 – Corrente na bobina com sinal PWM Conceitos de Controle Sistemas em Malha Aberta Fig.7 – Controle em malha aberta referência é o botão de ajuste de temperatura, a planta é o próprio aquecedor em si, e saída é a temperatura final gerada pelo aquecedor. Se houver alguma variação na temperatura ambiente (perturbação), teremos que ajustar novamente o botão, pois não existe um sinal da saída indicando ao aquecedor que a temperatura ambiente mudou e ele deve corrigir automaticamente. Nessetipodesistema,geralmente,éimportantemanter a calibração da máquina (planta) sempre em ordem, para obtermos a saída desejada correspondente à entrada. Sistemas em Malha Fechada Fig.8 – Controle em malha fechada A saída é utilizada para alterar a ação de controle, motivo pelo qual é sinônimo de sistemas a realimentação, ou seja, escolhida a posição do botão de referência, ele será comparado com o valor de saída atual. Caso estejam diferentes, será gerado um erro, usado pelo controlador, que envia um sinal de correção para a planta, ajustando a saída no mesmo valor do sinal de referência. Exemplos: geladeira, robôs, corpo humano, controle de velocidade, etc. Por exemplo, a geladeira possui um sistema de controle simples, com realimentação. Ajustamos uma certa temperatura através de um botão (referência). A geladeira vai ligar ou não sua refrigeração (planta) para aumentar ou diminuir sua temperatura (saída).Ela possui um termostato (sensor) que “sente”a temperatura e envia a informação, que é comparada com o ajuste feito (referência). O resultado dessa comparação é chamado Erro. Dependendo do valor desse Erro, o controlador toma uma ação adequada na geladeira, seja tornar mais frio, ligando, ou tornar menos frio, desligando. Geralmentenumsistemadecontroleemmalhafechada, o problema é parametrizar ou sintonizar ou ajustar os ganhos do controlador, pois se mal ajustado, pode gerar oscilações ou saturações na saída (instabilidades), ou ainda não corrigir como esperado. A saída não é utilizada para alterar a ação de controle, ou seja, uma vez, escolhido a posição do botão de referência, a saída responde proporcionalmente e não se corrige automaticamente. Exemplos: aquecedor elétrico doméstico, fogão a gás, máquina de lavar roupa. Por exemplo, no aquecedor simples, o sinal de
  • 131. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 129 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 3. Construção das Válvulas Proporcionais Fig.9 – Solenóide Proporcional em Corte O solenóide proporcional é um solenóide regulável, de corrente contínua que atua em banho de óleo. A figura acima mostra um solenóide de válvula reguladora de pressão proporcional em corte, onde podemos observar sua partes constitutivas: Um corpo que contém uma haste-armadura (5) que é acionado pelo solenóide proporcional e atua num elemento de controle da parte hidráulica da válvula (carretel ou pistão); o solenóide proporcional (1) tem uma bobina magnética (4), um núcleo magnético (2) e uma armadura magnética (3) conectada à haste da armadura (5), sendo que a bobina magnética (4) e pelo menos uma parte do núcleo magnético estão firmemente conectados ao corpo (11). Ao energizar o solenóide aparece uma força dentro do primeiro espaço ou “gap” (12) entre a armadura magnética (3) e o núcleo (2) que faz mover axialmente a armadura magnética para cima e para baixo, entre suas posições limites, no espaço interior do núcleo magnético; Por sua vez, o núcleo parcialmente se projeta no espaço interior da bobina magnética (4) e é concêntrico à haste da armadura (5). O movimento da armadura magnética (3) relativo ao núcleo resulta numa atuação do elemento de controle da parte hidráulica, além disso no solenóide proporcional (1) também temos um segundo espaço ou “gap”ajustável (10) para regulagem da força magnética axial que move a armadura magnética (3). A figura abaixo mostra as curva típicas de força x curso para os solenóides convencional e proporcional. Pode-se observar que, devido ao aspecto construtivo do solenóide, e com o devido ajuste, consegue-se uma força bastante constante ao longo de um pequeno curso de trabalho (cerca de 1,5mm). Fig.10 – Solenóide Convencional x Proporcional
  • 132. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 130 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training A relação entre a força do solenóide e a corrente da bobina é linear, o que significa que para cada posição da armadura do solenóide em relação ao seu curso, a força do solenóide é determinada somente pela corrente da bobina. Fig.11 – Corrente no Solenóide Proporcional Assumindo que o solenóide está movendo o carretel da válvula contra uma mola, e que esta tem uma relação linear entre força e compressão, então, conforme a figura abaixo, a força gerada pela corrente aplicada será equilibrada com a força da mola no ponto de intersecção das curvas. Nesse momento de equilíbrio das forças, a haste fica parada. Portanto, variando a corrente do solenóide, o carretel ou pistão poderá se posicionar em qualquer ponto ao longo do seu curso. Fig.12 – Equilíbrio das Forças Magnética e da Mola Para uma melhor eficiência do desempenho da válvula proprocional, foi desenvolvido um solenóide com curso regulado. Neste, a posição do núcleo é regulada através de um circuito fechado, conforme figura abaixo, independente de força contrária. Através da realimentação do sinal de posição do carretel e controle eletrônico é possível reduzir as perturbações causadas por atrito, vazão ou forças de pressão, e consequentemente a histerese e erro de repetibilidade. O curso do solenóide situa-se conforme o tamanho construtivo, entre 3 e 5mm. Fig.13 – Malha de Controle do Solenóide com Controle de Curso
  • 133. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 131 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 4. Problemas e Soluções Tecnológicas Força Constante Devido a variações de corrente, na bobina, causada pela Lei de Lenz, embora estejamos aplicando uma corrente contínua constante na bobina, na verdade, essa corrente se altera devido ao campo magnético que se forma na bobina e que retorna ao próprio circuito em forma de corrente (F.C.E.M. – Força Contra-Eletro Motriz). Como sabemos, a corrente da bobina influencia na força magnética sobre o núcleo. Portanto, para mantermos essa corrente constante e, assim, a força constante sobre o carretel, é necessário termos um sistema de controle em malha fechada. Fig.14 – Malha de Controle de Força Magnética Histerese Chamamos de histerese, a característica de um elemento que, quando aplicado nele uma força, num sentido, sua resposta não corresponde, de modo igual, à mesma força, no sentido oposto. Por exemplo, quando esticamos uma mola e soltamos, e ela não volta ao mesmo lugar, pois fica um pouco esticada. Para voltar na posição precisamos forçar a encolher. Esse é o mesmo princípio utilizado em fitas cassetes e outros materiais magnéticos. Uma vez polarizados, eles não retornam normalmente ao seu estado inicial, precisam de energia magnética a mais para restaurar a condição original. Esse efeito sempre existe em componentes eletromag- néticos, devido à própria física das partículas. Portanto, numa bobina, ao enviar uma corrente elétrica para gerar uma força ela desloca o carretel. Mas ao enviar uma corrente com a mesma magnitude, em sentido oposto, o carretel irá deslocar para o outro lado, e não voltará para o mesmo lugar, pois o deslocamento será um pouco maior ou menor que o anterior. Fig.15 – Curva de Magnetização Para a correção da histerese, é utilizado um sistema em malha fechada que controla a posição do carretel dentro da válvula. Desse modo, ao enviar um sinal de corrente, nos certificamos que ele será sempre proporcional ao deslocamento desejado. Para fazer a leitura da posição do carretel é utilizado o sensor LVDT. Fig.16 – Malha de Controle de Posição do Carretel Além disso, podemos observar na curva da histerese que há um limite no campo magnético, ou seja, a partir de um certo valor de corrente aplicada há uma saturação do campo magnético significando que a força chegou ao seu valor máximo. Isso deve ser levado em conta quando do projeto do controlador eletrônico.
  • 134. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 132 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Zona Morta A Zona Morta ou Banda Morta (“Deadband”) é assim chamado por existir uma certa faixa de valores que, aplicados na válvula, não produzem efeito. Ou seja, posso produzir uma força mas não tenho resultado na saída, somente a partir de um certo valor, ela começa a responder. Obviamente isso é um efeito indesejável se queremos obter uma saída proporcional ao sinal de entrada. Na válvula proporcional esse efeito surge devido ao atrito estático do carretel e da sobreposição interna da válvula, denominadas de perdas mecânicas. Fig.17 – Zona Morta ou “Deadband” Para corrigir esse problema, usam-se duas técnicas: a de controle em malha fechada da posição do carretel, com LVDT (já vista, pois também é usada para reduzir a histerese), e a técnica de Dither. O Dither é uma pequena variação ou ondulação (ripple) introduzida no sinal de corrente enviado para a solenóide, com uma certa amplitude de variação e uma certa frequencia, gerando uma vibração que melhora a linearidade da válvula. Ou seja, ao invés de aplicarmos um sinal de corrente contínua direto na solenóide, aplicamos esse sinal ondulado na frequencia de 100 a 200Hz e com certa amplitude (dependendo da dinâmica da bobina), ocasionando uma pequena vibração no carretel. Isso permite que o carretel esteja sempre em movimento, numa vibração rápida e de pequeno deslocamento, o que evita o aparecimento do atrito estático e contribui para a diminuição da histerese (perdas elétricas) também.
  • 135. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 133 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 5. Ajustes Eletrônicos Existem alguns ajustes que são disponibilizados ao usuário para fazer regulagens na válvula de modo a otimizar o uso para uma determinada aplicação. Geralmente essas regulagens são feitas no cartão eletrônico embutido na própria válvula ou na placa de acionamento “drive” da válvula, externo à mesma. Zero Hidráulico (Anulamento/”Null”) Algumas válvulas proporcionais, possuem um pot (potenciômetro) de ajuste chamado NULL para centralizar o carretel na válvula de modo a obter vazão de óleo zero quando o sinal de comando está zerado. Esse pot vem ajustado de fábrica e não deve ser regulado, esta operação é feita com instrumentos específicos obedecendo normas e padrões de conhecimento exclusivo dos fabricantes por se tratar de item de garantia do produto em função das características construtivas. Corrente Mínima Mesmo utilizando as técnicas já descritas, existe uma zona morta inerente ao solenóide que aparece devido à natureza física eletro-magnética, é a chamada corrente de magnetização, ou seja, é necessário uma energia para magnetizar as partículas do solenóide. Por isso, em geral, as válvulas começam a funcionar a partir de uma corrente mínima, que deve ser ajustada no cartão eletrônico. Também podemos ajustar essa corrente para que, ao colocar um sinal de comando mínimo, o carretel já se desloque a mais. Por exemplo: numa válvula de pressão proporcional podemos fazer que ela, ao receber um pequeno sinal de comando já inicie a sua operação em 100 Bar. Corrente Máxima Através do ajuste de corrente máxima podemos definir o máximo deslocamento permitido para o carretel. Assim podemos limitar a atuação da válvula proporcional. Por exemplo: numa válvula de pressão proporcional, embora ela possa suportar até 400 Bar, podemos limitar sua atuação para que, quando o sinal de comando for máximo, a pressão alcance somente 250 Bar. Rampas Para evitar movimentos bruscos que gerem oscilações no sistema hidráulico e na mecânica, podemos ajustar rampas no cartão eletrônico. Ao invés do sinal de comando ser enviado diretamente paraaválvula,ocartãovaiaumentandogradativamente o valor de comando até chegar no valor desejado. O tempo que ele demora para sair de um valor e chegar até o outro pode ser ajustado nos pots de rampa. Temos dois tipos de rampa. A rampa de subida que é gerada quando o sinal vai de um valor menor para um maior, e a rampa de descida que é gerada quando o sinal sai de um valor maior e vai para um valor menor. Numa válvula direcional proporcional estamos contro- lando a vazão de saída para cada lado do cilindro, ou seja, sua velocidade. Quando utilizamos a rampa estamos ajustando a variação da velocidade em relação ao tempo, ou seja a aceleração ou desaceleração. Se for uma válvula de pressão, estaremos controlando pressurização e despressurização.
  • 136. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 134 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 6. Apêndice A - Placas de Acionamento Parker Placa de Acionamento “Drive” – ED104 Descrição Geral O amplificador para válvula proporcional ED104 é usado para acionar as válvulas de pressão propor- cionais “DSA”. O amplificador responde a um sinal de comando de 0 a +10VDC. Quando um sinal de comando é dado, o amplificador envia um sinal de corrente PWM - Pulse Width Modulted (Modulado por Largura de Pulso) para a bobina da válvula. O driver ED104 é uma placa completamente pronta para ajustes de pressão mínima e máxima bem como controle de rampa. Características Controle de Rampa – A característica de rampa interna reduz picos de pressão (spikes) e sobressinal (overshoot) através de um ajuste da velocidade para alcançar a pressão desejada. Controle Eletrônico da Pressão Máxima – Esse controle limita a capacidade de pressão máxima da válvula. Ajuste de Offset de Pressão – O ajuste de mínimo na placa permite ao usuário definir o valor mínimo na faixa de operação. Tensão de Referência – A placa possui fonte de tensãodereferênciade+10Vparasinaisdecomando. Realimentação de Corrente – O circuito fornece segurança de que o ajuste de pressão vai perma- necer constante em relação a mudanças de tempe- ratura na bobina da válvula. Dither – O circuito de dither opera em 250Hz para reduzir histerese. Montagem em Rack DIN – A placa é montável num rack DIN padrão de 31 pinos que permite remoção sem desconectar os fios. Indicadores LED – A luz âmbar indica que existe alimentação (24VDC) e a placa está operacional. A luz vermelha indica que o solenóide está energizado. Especificações 24VDC, -10% a +20% Fonte de Alimentação 40 VA Filtrado e regulado Sinal de Comando 0 a +10VDC, impedância de entrada é 100k ohms Diagnóstico do Painel 0,1 V = 1 Amp na bobina Frontal Faixa de Temperatura 0 a 70º C (32 a 158º F) de Operação (Ambiente) Saída para a Bobina 16VDC, sinal de corrente PWM, da Válvula 1300 mA max, 350 mA min. Faixa da Rampa 0 a 5 segundos Sinal de Desabilitação 5 a 30VDC, 15mA da Rampa Modelo de Interface Rack DIN 31 pinos, DIN 41617 Grau de Limpeza ISO Classe 16/13 Exigida para o Óleo SAE Classe 4 ou melhor Faixa de Viscosidade 80-1000 SSU, 16-220 cst. Fusível 2 Amps, médio Classe de Proteção Aberto, sem classif.
  • 137. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 135 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Diagrama em Blocos Notas: 1. Desligue a energia elétrica sempre que a parte hidráulica estiver desligada. 2. O ajuste de pressão ‘mínima’ tem seu valor pré-ajustado em 200mV, que é o ajuste mínimo disponível. 3. O ajuste ‘máximo’ não somente define o valor máximo como re-escalona o sinal de comando para o valor máximo ajustado. Essa característica permite a total utilização de toda a faixa do sinal de comando no espectro de pressão que foi ajustado através do mínimo e máximo. 4. Sempre desligue a alimentação antes de retirar o cartão do seu rack. 5. Não use um sinal de comando negativo no Pino 14. Informações de Pedido
  • 138. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 136 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Placa de Acionamento “Drive” – EZ154 Descrição Geral Módulo Eletrônico, adequado como um cartão adi- cional para válvulas direcionais proporcionais com eletrônica On-Board ou integrada. Os sinais de comando fornecidos externamente po- dem ser ajustados conforme determinada aplicação específicas por potenciômetros de limites internos e rampas. Características Faixa de excursão do carretel da válvula direcional proporcional pode ser manipulada com o potenciô- metro MIN, ajustável alimentando-se um valor de comando constante de aprox. 0,2V. Excursão do carretel limitado ao MAX com faixa total de comando. Após o ajuste de MIN, pode-se ajustar o MAX alimentando-se um valor de comando cons- tante de 10V. Chave DIP-switch para selecionar geração de rampa interna ou ajuste de rampa externa. Especificações Fonte de Alimentação Filtrado: 22-38V; Não-filtrado: 18-26V Sinal de Comando 0 a +10VDC e 0 a -10VDC Conector 31 polos macho, Conexão DIN 41617 Faixa de Temperatura de Operação (Ambiente) 0 a 70º C (32 a 158º F) Tensão de Saída 0... +/-10V Faixa da Rampa 0 a 5 segundos ajustável Sinal de Desabilitação 5 a 30VDC, 15mA da Rampa Consumo de Energia 4VA Tensõe de Referência +10V, -10VDC 10mA Cabo de Conexão com AWG20 Malha (shieldado) Fusível 2 Amps, médio, DIN 41571 / 5x20mm
  • 139. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 137 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Diagrama em Blocos
  • 140. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 138 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 7. Apêndice B - Válvulas Proporcionais Parker Válvula de Pressão Proporcional Série DSA Descrição Geral A série “DSA”de válvulas de alívio proporcionais variam a pressão do sistema em resposta ao sinal de comando variável da placa de acionamento da válvula.As válvulas podem alcançar fluxo de 189LPM (50 GPM) e pressões de até 350 Bar (5000 PSI) Nota: Melhor resolução dessa faixa de valores pode ser obtida através de ajuste no “min.” da placa de acionamento “ED104”. Essa válvula não fornece um controle de pressão linear na faixa de comando que vai de zero a 10VDC. Consulte o fabricante para conhecer circuitos de controle de pressão linear. Características Repetibilidade – A válvula fornece controle con- sistente de pressão dentro da faixa de pressão sele- selecionada. Operação Simples – O usuário envia um sinal de comando variável de zero a +10 VDC e a válvula fornece controle de pressão variável. Sensibilidade à Contaminação – A válvula requer níveis padrão de filtragem de fluidos; ISO classe 16/13, SAE Classe 4 ou melhor. Permutabilidade – A válvula se ajuste na configu- ração padrão de montagem pelo padrão DIN 24340. Pequenas Vias – O tamanho reduzido das vias de vazão dentro da válvula produzem uma menor queda de pressão. Especificações Pressão Máxima 350 Bar (5000 PSI) Pressão Mínima 10 Bar (150 PSI) Vazão Nominal de Piloto 1,13 LPM (0,3 GPM) Vazão Nominal 2,65 LPM (0,7 GPM) Histerese +/- 5% Pressão Máxima na Linha de Tanque 10 Bar (150 PSI) Tamanhos Disponíveis DIN/NG 6, 25 NFPA P03, 08 Especificações Tensão, 16VDC Faixa de Corrente - 300mA a da Bobina 1050mA Grau de Limpeza ISO Classe 16/13 SAE Classe 4 ou melhor Faixa de Viscosidade 80-1000 SSU, 16-220 cst. Faixa de Temperatura de Operação (Ambiente) -18 a 60º C (0 a 140º F) Classe de Proteção Nema 1 (IP54) Curvas de Performance
  • 141. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 139 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Curvas de Performance - continuação Informações de Pedido
  • 142. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 140 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Válvula Direcional Proporcional Série D1FX Descrição Geral A série D1FX de válvulas proporcionais direcionais fornecem vazão de saída variável conforme sinal de comando em tensão ou corrente. As vávulas são unidades totalmente integradas contendo placa eletrônicas e um dispositivo de realimentação de posição do carretel. Características Eletrônica Completa – Elimina tempo e custo das ligações elétricas entre vávula e cartão de aciona- mento (“driver”). Fornece um pacote válvula/driver totalmente testado em fábrica. LVDT – A realimentação da posição do carretel está localizada entre o corpo da válvula e a bobina, per- mitindo, portanto corrida teste em manual. Ajuste de Zero Eletrônico do LVDT – Ajustado de fábrica. Nenhum anulamento adicional é necessário. Indicador de Diagnóstico – LED bicolor indica a posição do carretel. Construção Robusta – Eletrônica integrada embu- tida numa proteção robusta de alumínio moldado para proteger de ambientes agressivos típicos em muitas aplicações industriais. Interface Elétrica – Conector padrão MS para inter- face com computadores e PLC’s. Operação O carretel da D1FX desloca proporcionalmente em cadadireçãoemrespostaaosinaldecomandovariável; fornecendo portanto a vazão de saída desejada. Uma vez que o carretel alcance a posição desejada, o LVDT interno envia um sinal de realimentação para o amplificador “driver” para manter essa posição. O fechamento da malha de controle interna, dessa maneira, resulta em menor histerese e melhora a repetibilidade da válvula. A boa dinâmica do amplifi- cador fornece à válvula uma resposta de frequencia maior que 20Hz. Nota de Instalação: A válvula deve ser montada horizontalmente. Especificações Interface NFPA D03, CETOP 3 Pressão Máxima 315 bar (4500 PSI) Pressão Máxima na Linha de Tanque 35 bar (500 PSI) Vazão Até 38 LPM (10 GPM) Resposta em 20 Hz com 10% CMD a 50% Frequência do curso do carretel • Versões AJ, BJ, CJ, DJ: Resposta ao Degrau Deslocamento Total 60ms • Versões CK, DK: Deslocamento Total 70ms Repetibilidade 0,5% do curso do carretel Histerese 1,5% Banda Morta, Nominal 10% Temperatura de Modelo de 24V: -20º a 60º C Operação (Ambiente) Modelo de 12V: -29º a 60º C 24VDC@3 amps nominal (AJ,BJ,CJ,DJ) Especificações de Regulado entre 21 a 30VDC Fonte de Potência 12VDC@3amps nominal (CJ,DK) Regulado entre 11,5 a 15VDC Recomendável fonte de 4amp Tensão de Posicionamento Versão AJ,BJ,CJ,DJ: +/- 10VDC do Carretel Versão CK, DK: +/- 5VDC Fonte de Alimentação do +/-10VDC@10mA (AJ,BJ,CJ,DJ) Sinal de Comando +/-5VDC@10mA (CK,DK) Falha por Proteção 20VDC (AJ,BJ,CJ,DJ) de Sub-tensão 11VDC (CK,DK) Diagnóstico LEDs Vermelho/Verde para posição do carretel Faixa de Viscosidade 75-600 SSU Grau de Limpeza ISO classe 16/13, SAE Classe 4 do Fluido ou melhor Classe de Proteção Nema 4 (IP65)
  • 143. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 141 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Sinal de Comando e Impedância de Entrada Sinal de Comando Impedância de Entrada Versão AJ,BJ,CJ,DJ 0 a +/- 10VDC (duplo solenóide) 100k ohms 0 a +10VDC (simples solenóide) 100k ohms Versão CK, DK 0 a +/- 5VDC (duplo solenóide) 100k ohms 0 a +5VDC (simples solenóide) 100k ohms Versão AJ,BJ,CJ,DJ 4 a 20mA 499 ohms Versão CK,DK 4 a 20mA 249 ohms Solução de Problemas Sintoma Causa Solução Instabilidade Fonte de alimentação? Use uma fonte de alimentação que não seja limitada em menos que 4Amps. Use uma fonte separada para cada válvula. A carcaça da fonte deve ser aterrada. Ruído na entrada? Para verificar, desconecte os sinais da entrada da válvula. Ligue os terminais Cmd e Fbdk ao comum. Para um melhor resultado, separe o terra dos sinais de comando e o terra da fonte. Atuador Ajuste mínimo? Ajuste mínimo pode ter sido feito de modo que o carretel não consegue parar o fluxo não existe um ponto de estabilidade operacional. Remova os ajustes mínimos e ligue de novo. Deriva Variações no sistema? A válvula foi hidaulicamente anulada usando um cilindro de dupla haste. Num sistema em malha fechada, a deriva pode ocorrer com as entradas sem conexão. Conecte o feedback e faça ajuste de ganho na malha externa. Vazão Baixa Vazão limitada? Ajuste para o máximo no sentido horário nas versões A,B e D. Verifique se os jumpers JP2 e JP3 estão colocados corretamente. Verifique se o sinal de comando está correto. Entrada flutuante? Ambas as entradas devem ser conectadas, na versão B. Pressão do sistema? Verfique se a pressão está ajustada conforme o recomendado e que não existem outras vias vias possíveis para o fluxo. Sem Fluxo Energia? Verifique se existe energia de alimentação e se os fios estão ligados com a polaridade correta. Verifique se o sinal ENABLE está presente, na versão B. Verfique se as conexões hidráulicas na válvula estão corretas. Verifique se a bomba hidráulica está ligada. Sem Controle Faseamento? Nas versões A, B e D, se existe um sistema de realimentação externo, verifique a operação Proporcional da vávula em malha aberta usando um potenciômetro. Na versão C, verifique se jumper de realimentação (JP4 ou JP5) está instalado. Faseamento impróprio do sistema irá causar fluxo máximo na saída (saturação). Informações de Instalação Recomendações de Fluido Óleo hidráulico mineral qualidade premium com faixa de viscosidade entre 150-250 SSU (32-54 cst.) a 38°C (100°F) é recomendado. A faixa de viscosidade absoluta de operação é de 75 a 600 SSU (15 a130 cst.). Óleo deve ter máximo de propriedades anti- desgaste e tratamento contra ferrugem e oxidação ( aditivos). Filtragem Para vida máxima da válvula e dos componentes do sistema, deve haver proteção contra contaminação a um nível que não exceda 125 partículas maiores que 10 microns por mililitro de fluido. (SAE Classe 4 ou melhor / ISO Código 16/13). Sedimentação A sedimentação pode travar qualquer carretel desli- zante de válvula e não retornar a mola, se mantido deslocado sob pressão por longos períodos de tempo. A válvula deve ser totalmente movimentada em ciclos, periodicamente, para evitar travamento Restrições de Montagem Para assegurar a correta operação, a D1FX deve ser montada horizontalmente. Se a válvula for montada verticalmente, uma válvula de retenção de, no mínimo, 1,4 bar (20 PSI) deve ser colocada na linha de tanque para manter a pressão de retorno na válvula. Ondulações na Linha de Tanque Se várias válvulas são conectadas em uma linha de tanque comum, variações de fluxo na linha podem causar um inesperado deslocamento no carretel. Linhas de tanque separadas devem ser usadas quando variações na linha são esperadas.
  • 144. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 142 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Informações de Pedido Cabos
  • 145. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 143 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Curvas de Performance
  • 146. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 144 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Descrição Funcional – Versão AJ Definições de Configuração A D1FX é fornecida com duas configurações básicas - sem realimentação e com realimentação.Sem realimentação se refere a válvulas tendo somente uma entrada de comando, sendo que qualquer malha de realimentação é feita externamente à válvula. Com realimentação se refere a válvulas com terminais de entrada para comando e realimentação, e eletrônica para fechamento da malha proporcional. Todas as versões D1FX incorporam uma realimentação interna de posição de carretel. As versões sem realimentação incluem a versão Standard (AJ), uma versão européia (BJ) e as versões de zona morta (DJ e DK). As versões com realimentação (CJ CK) são fornecidas para realimentação proporcional externa. Nem todos os jumpers e potenciômetros são funcionais em todas as versões. Essa é a versão padrão de 24VDC que aceita sinal de comando tanto de tensão como de corrente. A vazão de saída é proporcional à posição do carretel que segue o sinal de comando ajustado. Tensão de referência de +/-10V estão disponíveis nos Pinos A e F do conector de I/O para ligação em um potenciômetro de comando. CMD +10V -10V TP2 - Aj.Cmd. +10V -10V Vazão P - B P - A LED Verde Vermelho TP1 -Carretel +10V -10V
  • 147. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 145 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Start-up Ajustes de fábrica LVDT hidraulicamente anulado ou “zerado” (R3) Max A e Max B ajustados totalmente no sentido horário JP3 inserido: Ganho de Sinal de Comando – X1 Bias ajustado para 0V (R1) Startup Ligue a fonte de alimentação Aplique o sinal de comando Aumente lentamente a pressão do sistema Varie o comando do mínimo ao máximo e verifique se a vazão é proporcional ao comando Diagrama de Ligação ** O comum de um comando gerado externamente deve estar separado do comum da fonte de alimentação. Opções Monitoração da posição do carretel (TP1 ou Pino C) Ajustes de máxima vazão Tensões de referência Comando por corrente Bias
  • 148. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 146 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Descrição Funcional – Versão BJ A lógica básica é a mesma da versão AJ A fonte de alimentação ainda é de +24VDC mas um fio separado foi adicionado para aterramento da carcaça. Pino E do conector de 7 pinos está conectado interna- mente ao corpo da válvula mas isolado da eletrônica. É necessário acionar o sinal de Enable no Pino C senão a solenóide permanecerá desenergizada. A entrada de comando aceita tanto sinal de tensão como sinal de corrente e tem entrada diferencial para imunidade a ruído e fácil reversão de fase. A vazão de saída é proporcional à posição do carretel que segue o ajuste do sinal de comando. A posição do carretel pode ser observada emTP1 ou no pino F. Tensões de referência não estão disponíveis. -CMD/+CMD +/-10V +/-10V TP2 - Aj.Cmd. +10V -10V Vazão P - B P - A LED Verde Vermelho TP1 - Carretel +10V -10V Start-up Ajustes de fábrica LVDT hidraulicamente anulado ou “zerado” (R3) Max A e Max B ajustados totalmente no sentido horário Min A e Min B ajustados totalmente no sentido anti-horário. JP3 inserido: Ganho de Sinal de Comando – X1 Bias ajustado para 0V (R1) Startup Ligue a fonte de alimentação Ajuste Min A e Min B Aplique o sinal de comando Aumente lentamente a pressão do sistema Varie o comando do mínimo ao máximo e verifique se a vazão é proporcional ao comando. Ajuste Max A e Max B Opções Monitoração da posição do carretel (TP1 ou Pino F) Ajustes de Min Ajustes de máxima vazão Tensões de referência Comando por corrente Bias
  • 149. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 147 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Conector de Interface de I/O 7 Pinos Função Descrição Cabo EHC** 8G Pino Cor do Fio Fonte de 24VDC Nominal Alimentação + 24V A Vermelho Comum B Preto Enable 5 a 30VDC C Amarelo Comando Sinal +/-10VDC ou 4-20mA, +/-20mA +CMD D Azul -CMD E Laranja Carretel +/- 10VDC F Branco Terra Carcaça Para o corpo da válvula G Verde Diagrama de Ligação
  • 150. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 148 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Descrição Funcional – Versões CJ e CK Realimentação da Malha Fechada Externa Nota Especial: O projeto e startup bem sucedido de uma malha fechada de posição ou de um sistema de controle de velocidade requer considerável estudo prévio e um bom entendimento da dinâmica do sistema e da carga que se está querendo controlar. Controle com realimentação em malha fechada é um tópico amplo que vai além do nosso escopo. É nossa intenção fornecer a informação necessária para ajustar o D1FX para uso em aplicações típicas em malha fechada. É responsabilidade do usuário entender as limitações, danos e implicações dos sistemas de controle com realimentação em malha fechada, bem como proce- dimentos detalhados de sintonia necessários para alguns tipos de controladores. Entradas CMDFDBK CNDFDBK TP2 - Erro -V +V Vazão P - A P - B LED Vermelho Verde TP1 - Carretel -V +V A versão com realimentação está disponível tanto em 24 VDC como 12 VDC de alimentação. Existe opção de sinal de comando por tensão ou por corrente. O sinal de realimentação deve ser um sinal de tensão e não pode exceder ±10 VDC (±5 VDC para CK). O sinal de realimentação pode ter a mesma ou a oposta polaridade do sinal de comando, mas deve ser de mesma magnitude do sinal de comando, pois não há ajustes para escala. Tensões de referência estão disponíveis nos pinos A e F do conector de I/O para o potenciômetro de comando ou de realimentação. A malha externa tem realimentação proporcional. Existem ganhos ajustáveis para ambas as direções de fluxo. Ajustes de limiar mínimo estão disponíveis para sintonia ótima dos sistemas de posicionamento em malha fechada.
  • 151. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 149 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Start-up Ajustes de fábrica LVDT hidraulicamente anulado ou “zerado” (R3) Max A e Max B ajustados aprox. na metade Min A e Min B ajustados totalmente no sentido anti-horário JP3 inserido: Ganho Proporcional JP4 inserido: Realimentação invertida Bias ajustado para 0V (R1) Startup Ligue a fonte de alimentação Ajuste Min A e Min B Conectar o sinal de comando Conectar a entrada de realimentação (insira JP4 se a realimentação e sinal de comando tem a mesma polari- dade. Remova JP4 e insira JP5 se as polaridades forem opostas Aumente lentamente a pressão do sistema Varie o comando do mínimo ao máximo e verifique se a realimentação (Fdbk) segue o comando (Cmd). Ajuste Max A e Max B * Versão CK utiliza 12VDC de alimentação e +/-5V de sinal de entrada. Tensões de referência são +5V e -5V. Função Descrição Cabo EHC** 8G Pino Cor do Fio Fonte de 24VDC Nominal Alimentação * + 24V E Vermelho Comum D Verde/Amarelo Comando * Sinal +/-10VDC ou B Azul 0-20mA Tensões de + 10VDC A Laranja Referência - 10VDC F Branco Realimentação * +/- 10VDC C Preto (Fdbk) Diagrama de Ligação ** O comum de um comando gerado externamente deve estar se- parado do comum da fonte de alimentação. Opções Monitoração da posição do carretel (TP1 ou Pino F) Ajustes de Min Ajustes de ganho máximo Tensões de referência Comando por corrente Bias Conector de Interface de I/O 6 Pinos
  • 152. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 150 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Descrição Funcional – Versões DJ e DK Acionamento Padrão com Eliminador de Zona Morta A válvula padrão D1FX pode, dependendo da cargam não ser eletricamente simétrica em condições de fluxo zero. Ocasionalmente, (como ao usar um sinal gerado pelo PLC) é desejável equalizar o sinal necessário para se ter um fluxo similar de P para A e de P para B. Zona morta ou ajustes de limiares mínimos são projetados para tornar a D1FX eletricamente simétrica em condições de fluxo zero. Isso significa anulamento ou “zeramento” hidráulico mais fácil e redução de zona morta com fluxo zero, ao mesmo tempo. Essa válvula deve ser usada em sistemas de posicio- namento em malha fechada, ajustes de zona morta é um método efetivo de atingir maior repetibilidade e precisão com um relativo pequeno ganho de malha de posição. Essa válvula está disponível em 24VDC e 12VDC nominal de tensão de alimentação. Existe a opção do sinal de comando por tensão ou corrente. Tensões de referência estão disponíveis no conector MS para potenciômetro de comando ou realimen- tação. CMD +10V -10V TP2 - Aj. Cmd. -10V +10V Vazão P - A P - B LED Vermelho Verde TP1 - Carretel -10V +10V
  • 153. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 151 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Start-up Ajustes de fábrica LVDT hidraulicamente anulado ou “zerado” (R3) Max A e Max B ajustados totalmente no sentido anti-horário Min A e Min B ajustados totalmente no sentido anti-horário JP3 inserido: Ganho de Sinal de Comando – X1 Bias ajustado para 0V (R1) Startup Ligue a fonte de alimentação Ajuste Min A e Min B Conectar o sinal de comando Aumente lentamente a pressão do sistema Varie o comando do mínimo ao máximo e verifique se a vazão é proporcional Ajuste Max A e Max B Função Descrição Cabo EHC** 8G Pino Cor do Fio Fonte de 24VDC Nominal Alimentação * + 24V E Vermelho Comum D Verde/Amarelo Comando * Sinal +/-10VDC ou B Azul 4-20mA, +/- 20mA Tensões de + 10VDC A Laranja Referência - 10VDC F Branco Carretel * +/- 10VDC C Preto Diagrama de Ligação ** O comum de um comando gerado externamente deve estar separado do comum da fonte de alimentação. Opções Monitoração da posição do carretel (TP1 ou Pino C) Ajustes de Min Ajustes máxima vazão Tensões de referência Comando por corrente Bias Conector de Interface de I/O 6 Pinos
  • 154. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 152 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 8. Ajustes Monitoramento da Posição do Carretel A posição do carretel em relação ao seu ponto zero de início pode ser observado em TP1. A tensão do carretel segue a entrada de comando após todos os ajustes terem sido feitos. Anulamento (Zeramento) do LVDT As válvulas D1FX são hidraulicamente zeradas usan- do um cilindro de haste dupla. O zero não precisa ser ajustado. Se parecer realmente necessário fazer o anulamento (zeramento) da válvula: Ajustar Min A e Min B totalmente no sentido anti-horário. Na versão C, Max A e Max B devem ser ajustados apro- ximadamente da metade, com a entrada de realimentação (Fdbk) desconectada. Com a pressão em 500 psi, ajuste a entrada de comando para aproximadamente 0 Volts. Aumente lentamente o comando até que o ponto exato que comece a haver vazão. Guarde esse valor (+Cmd). Diminua lentamente o comando até que o ponto exato que comece a haver vazão com valor de comando nega- tivo. Guarde esse valor (-Cmd). Some a magnitude dos dois valores e então divida por dois. Esse é o valor a partir do qual deve iniciar o vazão em cada direção (Start). Se a magnitude de –Cmd for menor que +Cmd, ajuste a entrada para –Start. Caso contrário ajuste a entrada para +Start. Ajuste R3 (NULL) lentamente até que o ponto exato que comece a haver vazão. ou numa tensão simétrica (+/-) ou numa polaridade única, como mostrado abaixo. Verifique a ligação antes de energizar. Ligação incorreta pode resultar na danificação das partes eletrônicas. Corrida Manual Corrida manual é uma característica de projeto que permite ao usuário deslocar a válvula em um sistema sem energia elétrica. No centro de cada bobina existe um pino de metal. Empurrando um desses pinos com um chave allen irá resultar em vazão. Ajuste de Min (BJ, CJ, CK, DJ, DK) Min A e Min B podem ser ajustados para reduzir a zona morta mecânica na válvula. Para ajustar: Remova as entradas de comando (Cmd) e realimentação (Fdbk). Bias deve estar ajustado em 0V. Aplique uma pressão hidráulica pequena. Mova a chave (switch down) para A. Ajuste Min A no sentido horário até que comece a haver vazão. Gire de volta, no sentido anit-horário até que a vazão pare. Mova a chave (switch up) para B e repita o procedimento com Min B. Mova a chave para o centro (switch Run) Tensões de Referência (AJ, CJ, CK, DJ, DK) Tensões de referência estão disponíveis para ligação de potenciômetros nas entradas de comando (Cmd) ou realimentação (Fdbk). Corrente de até 10mA é disponibilizada, porém é recomendada a utilização de pot de 10 K ohms. O potenciômetro pode ser ligado
  • 155. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 153 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Ajustes de Vazão Max (AJ, BJ, DJ, DK) Max A e Max B podem ser usados para limitar ou escalonar a vazão nas versões de malha aberta. Potenciômetros totalmente no sentido horário resultam na excursão máxima do carretel.Totalmente no sentido anti-horário reduz a excursão em 30% com ganho em JP3 e 10% com ganho em JP2. Ajuste o comando (Cmd) para entrada máxima Ajuste o pot Max para obter o fluxo desejado Repita o procedimento para fluxo na outra direção Obs: Ajuste Min A e Min B antes do Max A e Max B. Ajuste de Ganho Max (CJ, CK) As versões CJ e CK fornecem uma realimentação proporcionalcomganhosajustáveisparaossolenóides A e B. Ajuste Max A e Max B aprox. no centro (15 de 30 voltas). Conecte as entradas. Aplique pressão baixa e verifique se o faseamento está correto. Desconecte as entradas. Ajuste os limiares Min. Uma vez que o sistema básico está operacional, o ganho pode ser ajustado para uma performance ótima. Quando o sinal de erro em TP2 é positivo (LED verde), ajuste Max B(R101). Quando o sinal de erro é negativo (LED verme- lho), ajuste Max A(R102). Bias (Todas as Versões) O comando de bias é ajustado de fábrica em 0 VDC. Ele pode ser usado com uma entrada de corrente ou PLC para fornecer fluxo bi-direcional. Para zerar o bias: Desconecte todas as entradas. Ajuste Max A e Max B aprox no meio. Ajuste bias (R1) até ler zero volts em TP2. Comando de Corrente ou do PLC (Todas as Versões) As versões de 24V tem um resistor de corrente de 499 ohms que converte sinal de 0 a 20mA @ 0 a 10V. (4 a 20 mA @ 2 a 10 V) As versões de 12V tem um resistor de 249 ohms que converte sinal de 0 a 20mA @ 0 a 5V. (4 a 20 mA @ 1 a 5 V) Entradas de 4-20 mA or 0-10V podem ser polarizadas (bias) e amplificadas para cobrir toda a faixa em versões sem realimentação. Ajuste Max A e B totalmente no sentido horário. Conecte comando (Cmd) para obter fluxo zero (5 volts para entra- da de 0-10V, 12mA para entrada de 4-20mA) Ajuste o pot bias R1 até TP2 ser igual a 0V. Para ter um ganho de X2,5 insira o jumper JP2. 0-10 V @ ±12.5V 4-20 mA @ ±10V em versões 24 V 4-20 mA @ ±5V em versões 12 V Para ter ganho X1 insira o jumper JP3. 0-10 V @ ±5V Aviso: Adicionar bias irá resultar em vazão quando o sinal de comando for removido. Use o sinal de Enable para eliminar o sinal do acionamento “drive”.
  • 156. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 154 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 9. Referências [1] H.Dorr et.all. Treinamento Hidráulico Volume 2: Tecnologia das Válvulas Proporcionais e Servo-Válvulas. Mannesmann Rexroth Gmbh [2] Handbook of Electrohydraulic Formulaer 2nd Edition. Bulletin 0242-B1. Parker Hannifin Corporation. Motion Control Training Department. Cleveland, Ohio. USA. [3] Princípio de Válvulas Proporcionais. EATON [4] Serway, Raymond. Física 3: Eletricidade, Magnetismo e Ótica. LTC 3ª.ed, 1996 [5] Site Parker. www.parker.com
  • 157. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 155 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 10. Exercícios O grande desafio dos projetistas de máquinas é aumentar a performance global do equipamento a partir da aplicação de tecnologia. A hidráulica proporcional vem de encontro a estes objetivos em função das características das válvulas proporcionais, obtidas através de algoritmos de controle. A vida útil dos elementos de máquinas e o intervalo entre falhas está diretamente ligado aos picos de esforço mecânico gerados por partida e parada instantâneas e picos de pressão que solicitam as vedações. As válvulas direcionais permitem aceleração e desaceleração o que reduz os esforços mecânicos e as válvulas de pressão reduzem os picos de pressão aliviando as vedações. O controle das variáveis efetuado eletrônicamente, por cartelas eletrônicas analógicas ou digitais, microprocessadas associadas ou nãoa dispositivos programáveis (CLP) melhoram a resolução da escala, a precisão do ajuste e a ação da malha de controle. Antes de começar a trabalhar faça um reconhecimento do Painel de Treinamento Parker existente no laboratório respondendo as questões abaixo: 1. Quais são as características do reservatório de óleo do painel? Dimensões Volume do reservatório Possui respiro? Onde? Como realiza a troca de calor? Qual deve ser o nível de óleo no visor: O reservatório deve ser abastecido com quantos litros de óleo? Que tipo de óleo está sendo usado? Especifique: Quais os procedimentos para trocar o óleo e qual o intervalo de tempo que deve ser observado? Quantos filtros tem no painel? Indique a posição de montagem (linha), função e intervalo para inspeção ou troca: Onde está localizado o termômetro no reservatório?
  • 158. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 156 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Qual é a temperatura de trabalho do óleo que está no tanque? No início da aula prática: No final da aula prática: Qual a potência do motor elétrico? Qual a velocidade do motor? Que tipo de bomba está sendo utilizada? Qual é o deslocamento da bomba? Qual é a vazão da bomba 1 Qual é a vazão da bomba 2 O que é aeração? Cite causas da aeração: O que é cavitação? Cite causas da cavitação: Localize as válvulas que simulam aeração e cavitação. Como estas válvulas devem permanecer durante o funcionamento do painel? Por quê? O que é ventagem? Cite tres aplicações para ventagem: Qual bomba está com a possibilidade de ventagem? Localize o bloco manifold (distribuidor) e identifique: nº de tomadas de pressão da bomba 1: nº de tomadas de pressão da bomba 2: nº de conexões para dreno: nº de conexões para ventagem: nº de conexões de retorno: Qual a função das válvulas de acionamento manual no bloco manifold? Quando devem ser acionadas?
  • 159. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 157 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 2. Identifique Válvula de pressão modelo: Pressão máxima de trabalho: Vazão máxima: Identifique as conexões entrada, saída e dreno: Válvula direcional proporcional modelo: Vazão: Pressão de trabalho: Conexões de entrada: Saídas: Retorno: 3. Placas eletrônicas Placa de 1 canal, aplicação: Alimentação: Função da entrada externa: Função da entrada de rampa: Função da saída: Placa de 2 canais, aplicação: Alimentação: Função da entrada externa: Função da entrada de rampa: Função da saída: Função do LVDT: Placa de set point, aplicação: Alimentação: Função da entrada externa: Função da entrada de rampa: Função da saída: Função da saída RS232: 4. Cuidados na instalaçao de circuitos hidráulicos proporcionais:
  • 160. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 158 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 1- Válvula de Segurança proporcional Objetivo: Analisar a performance de cada aplicação. Nota: Observar a pressão máxima recomendada para o painel, NÃO ULTRAPASSAR, parar a experiência no momento que a tabela a ser preenchida alcançar o LIMITE.Não há perigo de se ultrapassar a pressão máxima do painel desde que não se altere os valores das válvulas de segurança originais do painel Bomba 1 24V Ext. Ramp a 24V A 0V 0V Placa de 1 canal Montado o circuito acima, realize as seguintes tarefas: Ligue a bomba do sistema hidráulico, Alimente as placas proporcionais Espere a inicialização da placa Siga as instruções do manual da placa a) Instalar a válvula de segurança na bomba 1 conforme o circuito abaixo. (O que está dentro do envelope faz parte da montagem original do painel, não precisa ser montado)
  • 161. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 159 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 0% e Imax = 100% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 10% e Imax = 90% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 20% e Imax = 80% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 30% e Imax = 70% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar
  • 162. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 160 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training b) Troque a válvula de lugar, instalando-a na linha da bomba 2 e repita os procedimentos. Bomba 2
  • 163. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 161 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 0% e Imax = 100% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 10% e Imax = 90% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 20% e Imax = 80% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 30% e Imax = 70% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar
  • 164. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 162 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training c) Instale agora a válvula de segurança proporcional na ligação de ventagem da bomba 2 e repita os procedimentos.
  • 165. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 163 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 0% e Imax = 100% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 10% e Imax = 90% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 20% e Imax = 80% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar 1 - Ajuste padrão da placa de 1 canal opção: Corrente Pressão do manômetro SEM RAMPA Imin = 30% e Imax = 70% I = mA Ajuste do parâmetro na placa = 0% bar Ajuste do parâmetro na placa = 10% bar Ajuste do parâmetro na placa = 20% bar Ajuste do parâmetro na placa = 30% bar Ajuste do parâmetro na placa = 40% bar Ajuste do parâmetro na placa = 60% bar Ajuste do parâmetro na placa = 70% bar Ajuste do parâmetro na placa = 80% bar Ajuste do parâmetro na placa = 90% bar Ajuste do parâmetro na placa = 100% bar
  • 166. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 164 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Analise os dados das três montagens e justifique as coincidências e diferenças: Calibre a placa de 1 canal com Imin e Imax coincidindo com a pressão mínima e máxima obtida nas ex- periências anteriores considerando a pressão máxima permitida no painel reduzindo ao mínimo a banda morta. Modo de operação Pressão inicial Pressão final Observação no comportamento do manômetro 0% 100% SEM RAMPA 100% 0% 0% 100% COM RAMPA 100% 0%
  • 167. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 165 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training 2 - Válvula de controle direcional proporcional O objetivo deste exercício é verificar o comportamento da válvula D1FX por meio da observação do rotâmetro instalado na linha de retorno da válvula. P T A B LVD T Válvula Direcional Proporcional Parker D1FX Filtro de Linha de Pressão Filtro de Linha de Retorno Rotâmetro Displa y +_ Hidráulic Trai ning 0 V L V D 2 4 V E x t . R a m p a 2 4 V 0 V 24V24V 0V Pla ca de 2 canais Ligar o cabo da válvula direcional na placa de 2 canais 0V
  • 168. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 166 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training 1 - Ajuste padrão da placa de 2 canais opção: LVDT Vazão no rotâmetro lpm SEM RAMPA Imin = 0% e Imax = 100% Canal A Canal B Ajuste do parâmetro na placa = 0% Ajuste do parâmetro na placa = 10% Ajuste do parâmetro na placa = 20% Ajuste do parâmetro na placa = 30% Ajuste do parâmetro na placa = 40% Ajuste do parâmetro na placa = 60% Ajuste do parâmetro na placa = 70% Ajuste do parâmetro na placa = 80% Ajuste do parâmetro na placa = 90% Ajuste do parâmetro na placa = 100% 1 - Ajuste padrão da placa de 2 canais opção: LVDT Vazão no rotâmetro lpm SEM RAMPA Imin = 10% e Imax = 90% Canal A Canal B Ajuste do parâmetro na placa = 0% Ajuste do parâmetro na placa = 10% Ajuste do parâmetro na placa = 20% Ajuste do parâmetro na placa = 30% Ajuste do parâmetro na placa = 40% Ajuste do parâmetro na placa = 60% Ajuste do parâmetro na placa = 70% Ajuste do parâmetro na placa = 80% Ajuste do parâmetro na placa = 90% Ajuste do parâmetro na placa = 100% 1 - Ajuste padrão da placa de 2 canais opção: LVDT Vazão no rotâmetro lpm SEM RAMPA Imin = 20% e Imax = 80% Canal A Canal B Ajuste do parâmetro na placa = 0% Ajuste do parâmetro na placa = 10% Ajuste do parâmetro na placa = 20% Ajuste do parâmetro na placa = 30% Ajuste do parâmetro na placa = 40% Ajuste do parâmetro na placa = 60% Ajuste do parâmetro na placa = 70% Ajuste do parâmetro na placa = 80% Ajuste do parâmetro na placa = 90% Ajuste do parâmetro na placa = 100% Calibre a placa de 2 canais com Imin e Imax coincidindo com a vazão mínima e máxima obtida nas ex- periências anteriores reduzindo ao mínimo a banda morta. Modo de operação Vazão inicial Vazão final Observação no comportamento do manômetro 0% 100% SEM RAMPA 100% 0% 0% 100% COM RAMPA 100% 0%
  • 169. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 167 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Porque é necessário a instalação de um filtro de linha de pressão no circuito? Nota: Ao ligar o circuito com válvula proporcional é importante que se evite ao máximo a contaminação da válvula por impurezas presentes no óleo, realizando um procedimento de trocar o óleo de dentro das mangueiras por óleo filtrado e dos atuadores. Esta ação impede que a válvula proporcional funcione como filtro, pois em função de ter uma grande precisão de ajuste, onde as folgas são menores que a passagem dos filtros normais aplicados em circuitos hidráulicos convencionais. Esta contaminação diminui a vida útil da válvula provocando desgaste e mal funcionamento. O próximo exercício consiste em montar um circuito hidráulico proporcional e associando as três placas, 1 canal para controlar a válvula de segurança, a de 2 canais para controlar a válvula direcional e a placa de set point para estabelecer a seqüência de comando e parâmetros de pressão e velocidade do circuito. Para isso a saída de 0 a 10 V deve ser ligada à placa de 1 canal, a saída de +/- 10V deve ser ligada à placa de 2 canais. A entrada do sensor da placa de set point deve receber o sinal do sensor potenciométrico. A programação da placa deve obedecer às instruções do manual de cada placa. É possível ainda, utilizar um clp com cartões analógicos para controlar o circuito. A saída de rampa da placa de set point ativa ou desativa a função rampa da placa que estiver sendo controlada de 1 ou dois canais. Com a aplicação de um clp é possível comandar a rampa nas duas placas mudando a velocidade e a pressão do sistema em cada etapa de funcionamento do circuito.
  • 170. Tecnologia Eletrohidráulica Industrial 168 Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil Training Faça o exercício abaixo explorando as seguintes condições: 1. Fazer o cilindro avançar e retornar com 100% da velocidade e uma única pressão. 2. Fazer o cilindro avançar com 50% da velocidade e 30 bar de pressão e voltar com 40% da velocidade e 50 bar. 3. Fazer o cilindro acelerar até 100% da velocidade e desacelerar até 0% a partir de 150mm de curso. 4. Fazer o cilindro avançar até 80mm com 30% da velocidade, de 80 a 160mm com 100% da velocidade, e de 160 a 200mm com 40% da velocidade. Circuito Hidráulico Proporcional Este é o circuito que será utilizado para aplicar todas as possibilidades permitidas no painel. Sensor Linear Potenciométrico M P T A B LVD T Atuador Hidráulico Linear Válvula Direcional Proporcional Parker D1FX Filtro de Linha de Pressão Filtro de Linha de Retorno Filtro de Linha de Sucção Manômetr o Válvula de Segurança Proporcion al Parker DSA Bomba Hidrá ulica Simple s de Deslocam ento Fixo Reservatório Motor Elétrico
  • 171. Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Jacareí, SP - Brasil 169 Tecnologia Eletrohidráulica Industrial Training Montar o circuito anterior a partir dos dois exercícios executados anteriormente. E acrescentar a placa de set point conforme esquema abaixo. 5. A cada mudança de velocidade mudar também a pressão. 6. Acrescentar ao circuito anterior rampas de pressurização e despressurização. 7. Alternar as rampas de aceleração e pressurização. 8. Utilizar um clp para comandar o circuito utilizando o sensor linear potenciométrico na entrada analógica e a saída analógica para controlar a placa de set point. 9. Fazer um circuito misto com parte do sistema atuando com válvulas proporcionais e outra parte com válvulas convencionais utilizando as entradas e saídas analógicas e digitais do clp. 10. Fazer um circuito utilizando o atuador rotativo aplicando as funções de aceleração e desaceleração. Em velocidade baixa, variar a pressão de trabalho. Para cada exercício é importante que o aluno elabore um pequeno relatório com as observações relativas ao processo observado, para que o exercício não se resuma apenas à montagem, que contemple também uma parte de análise de circuito.