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————————––––—–——–———––––—–———————––––—–——–—–––— Empreendedorismo –—––
Professor: Germano Cardoso Neto
Disciplina: Empreendedorismo
Carga Horária: 32,8 ha
MÓDULO I – 1º trimestre
Conteúdo programático
ü Conceitos de empreendedorismo e empreendedor
ü Características dos empreendedores
ü A importância dos empreendedores para o desenvolvimento da
empresa e sua estrutura organizacional
ü Cenário profissional atual, empreendedorismo e sustentabilidade.
CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO E EMPREENDEDOR
Empreendedorismo
A palavra Empreendedorismo se originou a partir da palavra
Francesa Entrepreneur que significava “Aquele que incentivava as brigas” e
futuramente deu origem a palavra Inglesa Entrepreneurship.
Entrepreneurship é um Neologismo da palavra Entrepreeur.
Entrepreneurship se refere a todos os hábitos, costumes, regras e
comportamentos do Empreendedorismo.
Mas, afinal, qual é a melhor definição para empreendedorismo?
Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em
conjunto, levam à transformação de
idéias em oportunidades. E a perfeita
implementação destas oportunidades
leva à criação de negócios de sucesso.
O Empreendedorismo é definido como
um comportamento e não como um
traço de personalidade. Segundo esse
ponto de vista, as pessoas podem
aprender a agir como empreendedores,
usando para isso ferramentas baseadas
no interesse em buscar mudanças, reagir a elas e explorá-las como
oportunidade de negócios.
Empreendedorismo no início
Um primeiro exemplo de definição de empreendedorismo pode ser creditado a
Marco Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. Como
empreendedor, Marco Polo assinou um contrato com um homem que possuía
dinheiro (hoje mais conhecido como capitalista) para vender as mercadorias
deste. Enquanto o capitalista era alguém que assumia riscos de forma passiva,
o aventureiro empreendedor assumia papel ativo, correndo todos os riscos
físicos e emocionais.
Idade média
Na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que
gerenciava grandes projetos de produção. Esse indivíduo não assumia riscos
excessivos, e apenas gerenciava os projetos, utilizando os recursos
disponíveis, geralmente provenientes do governo do país.
Século XVII
Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo
ocorreram nessa época, em que o empreendedor estabelecia um acordo
contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos.
Como geralmente os preços eram prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era
exclusivo do empreendedor. Richard Cantillon, importante escritor e
economista do século XVII, é considerado por muitos como um dos criadores
do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o
empreendedor (aquele que assumia riscos), do capitalista (aquele que fornecia
o capital).
Século XVIII
Nesse século, o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados,
provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo.
Séculos XIX E XX
No final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram
frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores (o que
ocorre até os dias atuais), sendo analisados meramente de um ponto de vista
econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados,
planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, mas
sempre a serviço do capitalista.
Aqui cabe uma breve análise das diferenças e similaridades entre
administradores e empreendedores, pois muito se discute a respeito desse
assunto. Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador
para obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um
empreendedor. O empreendedor tem algo mais, algumas características e
atitudes que o diferenciam do administrador tradicional. Mas para entender
quais são estas características adicionais é preciso entender o que faz o
administrador.
A revolução do empreendedorismo
O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de
tempo, principalmente no século XX, quando foi criada a maioria das
invenções que revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Geralmente, essas
invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de
como utilizar coisas já existentes, mas que ninguém antes ousou olhar de outra
maneira. Por trás dessas invenções, existem pessoas ou equipes de pessoas
com características especiais que são visionárias, questionam, arriscam,
querem algo diferente, fazem acontecer e empreendem.
Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação
singular, apaixonadas pelo que fazem não se contentam em ser mais uns na
multidão querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas,
querem deixar um legado. Uma vez que os empreendedores estão
revolucionando o mundo, seu comportamento e o próprio processo
empreendedor devem ser estudados e entendidos.
Alguns conceitos administrativos predominaram em determinados períodos do
século XX, em virtude de contextos sociopolíticos, culturais, de
desenvolvimento tecnológico, de desenvolvimento e consolidação do
capitalismo, entre outros. A Figura 2.1 mostra quais desses conceitos foram
mais determinantes: no início do século, foi o movimento da racionalização do
trabalho; na década de 1930, o movimento das relações humanas; nas décadas
de 1940 e 1950, o movimento do funcionalismo estrutural; na década de 1960,
o movimento dos sistemas abertos; nos anos 1970, o movimento das
contingências ambientais. No momento presente, não se tem um movimento
predominante, mas acredita-se que o empreendedorismo irá, cada vez mais,
mudar a forma de se fazer negócios no mundo. O papel do empreendedor foi
sempre fundamental na sociedade. Então, por que o ensino do
empreendedorismo está se intensificando agora? O que é diferente do
passado? Ora, o que é diferente é que o avanço tecnológico tem sido de tal
ordem, que requer um número muito maior de empreendedores.
A economia e os meios de produção e serviços também se sofisticaram, de
forma que hoje existe a necessidade de se formalizarem conhecimentos, que
eram apenas obtidos empiricamente no passado. Portanto, a ênfase em
empreendedorismo surge muito mais como consequência das mudanças
tecnológicas e sua rapidez, e não apenas como mais um modismo. A
competição na economia também força novos empresários a adotar
paradigmas diferentes.
Por isso, o momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo,
pois são os empreendedores que estão eliminando barreiras comerciais e
culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos
econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando
paradigmas e gerando riqueza para a sociedade. A chamada nova economia, a
era da internet e das redes sociais, mostrou recentemente, e ainda tem
mostrado, que boas ideias inovadoras, know-how, um bom planejamento e,
principalmente, uma equipe competente e motivada são ingredientes
poderosos que, quando somados no momento adequado, acrescidos do
combustível indispensável à criação de novos negócios — o capital — podem
gerar negócios grandiosos em curto espaço de tempo. Isso era algo
inconcebível há alguns anos.
O contexto atual é propício para o surgimento de um número cada vez maior
de empreendedores. Por esse motivo, a capacitação dos candidatos a
empreendedor está sendo prioridade em muitos países, inclusive no Brasil,
haja vista a crescente preocupação das escolas e universidades a respeito do
assunto, por meio da criação de cursos e matérias específicas de
empreendedorismo, como uma alternativa aos jovens profissionais que se
graduam anualmente nos ensinos técnico e universitário brasileiros e, mais
recentemente, também no ensino fundamental.
O empreendedorismo no Brasil
O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na
década de 1990, quando entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para
Exportação de Software) foram criadas. Antes disso, praticamente não se
falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os
ambientes político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor
praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada
empreendedora. O SEBRAE é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno
empresário brasileiro, que busca junto a essa entidade todo o suporte de que
precisa para iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver
pequenos problemas pontuais de seu negócio. O histórico da entidade
SOFTEX pode ser confundido com o histórico do empreendedorismo no
Brasil na década de 1990. A entidade foi criada com o intuito de levar as
empresas de software do país ao mercado externo, por meio de várias ações
que proporcionavam ao empresário de informática a capacitação em gestão e
tecnologia.
Segundo o estudo, o empreendedorismo por necessidade tende a ser maior
entre os países em desenvolvimento, "onde as dificuldades de inserção no
mercado de trabalho levam as pessoas a buscar alternativas de ocupação".
O Brasil possui um nível relativamente alto de atividade empreendedora: 13,5
em cada 100 adultos da População Economicamente Ativa (PEA) são
empreendedores, colocando o país em sétimo lugar do mundo. No entanto,
mais da metade deles está envolvida por necessidade e não por oportunidade;
Exercícios Propostos
1) O que você entende por empreendedorismo?
2) Qual o conceito de empreendedor?
3) Qual foi o maior motivo do crescimento do empreendedorismo no Brasil?
4) Resuma a História do empreendedorismo
EMPREENDER COMO UMA OPÇÃO DE CARREIRA
Ser empreendedor não é só ganhar muito dinheiro, ser independente ou
realizar algo.
O Empreendedorismo é composto por diferentes fatores, presentes em
diferentes doses em cada empreendedor. Embora existam muitas variações no
perfil empreendedor, com algumas características comportamentais podemos
prever a vocação empreendedora de uma pessoa. “O empreendedor é alguém
que percebe uma oportunidade e cria uma organização para persegui-la”.
William Bygrave.
“O empreendedor é uma pessoa que destrói a ordem econômica existente
introduzindo novos produtos e serviços, criando novas formas de organização
e explorando novos materiais”. Joseph Schumpeter
Ser empreendedor tem um custo que muitos não estão dispostos a pagar.
É preciso esquecer, por exemplo, a semana de quarenta horas de trabalho, de
segunda a sexta feira, das oito às dezessete horas, com uma hora de almoço. O
empreendedor, mesmo muito bem sucedido, geralmente trabalha de doze a
dezesseis horas por dia, não raro sete dias por semana. Ele sabe o valor de seu
tempo e procura utilizá-lo ao Maximo trabalhando arduamente na consecução
e realização.
Kirzner tem uma abordagem diferente. Para esse autor, o empreendedor é
aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em
um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem
presente. Ambos, porém, são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um
exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento às
informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento
aumenta.
Então, o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um
negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados.
CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES
A viabilidade de uma pequena empresa depende, basicamente, da figura do
empreendedor, pois ele é o ponto central que determinará ou não o sucesso do
empreendimento. Cabe a ele muitas vezes exercer, simultaneamente, o papel
de dono da idéia e o de gerente das ações que serão colocadas em prática. Por
essa razão, o empreendedor deve procurar sempre desenvolver as virtudes e as
qualidades necessárias para obter sucesso no seu empreendimento.
Perfil empreendedor
A vontade dos empreendedores em vencer todas as dificuldades para
desenvolver seu negocio, pagando o pelo do sacrifício pessoal para ter
sucesso, é função direta de sua necessidade de realizar.
Os empreendedores estão sempre preocupados em melhorar nas habilidades
menos desenvolvidas e se aprimorar nas mais fortes. O que diferencia o
empreendedor das outras pessoas é a maneira de como percebe a mudança e
lida com as oportunidades tendo iniciativa para gerar um novo negócio,
assumindo riscos calculados, criando sempre valor para a sociedade. Na
verdade ninguém nasce empreendedor, a participação da família, a vivência
com os amigos de escola, de trabalho, o relacionamento com a sociedade vai
favorecendo o desenvolvimento de algumas características, novidades e
curiosidades, Vejam abaixo:
“Leonel taxista há mais de 15 anos e diz: Minha pequena empresa é meu
carro”. Pois é ele é um empreendedor, ele sabe quanto ganha por mês, por
semana e por dia. Sabe quanto gasta de gasolina por da e por quilometro
rodado. Também sabe dizer as regiões da cidade e os horários das melhores
corridas.
O segredo do negocio do Leonel? Segundo ele, ter muita organização com
as próprias finanças (nada de trocar de carro sem dinheiro) e dar um
excelente atendimento ao cliente.
Radio baixo com musica suave, falar delicadamente só quando perguntarem
uma coisa, tratar por “senhor e Senhora”.
Exercícios para Discussão
Você sabe então o que é ser empreendedor? Você acha que aas pessoas já
nascem com o perfil empreendedor? Quais as características de uma pessoa
empreendedora?
O empreendedor bem sucedido é descrito como:
· Alguém que não se conforma com os produtos disponíveis no mercado
procura melhorá-los.
· Alguém que por meio de novos produtos e serviços, procura superar os
existentes no mercado. È o agente do processo de destruição criativa de
Schumpeter.
· Alguém que não se intimida com as empresas
estabelecidas e as desafia com seu novo jeito de
fazer as coisas. Então como podemos identificar
uma pessoa empreendedora? Várias são as
características que fazem parte do perfil de uma
pessoa empreendedora, dentre elas:
Iniciativa
O empreendedor é uma pessoa que gosta de começar coisas novas, iniciá-las.
A iniciativa, enfim, é a capacidade daquele que, tendo um problema qualquer,
age: arregaça as mangas e parte para a solução.
Auto-confiança
O empreendedor tem auto-confiança, isto é, acredita em si mesmo. Se não
acreditasse, seria difícil para ele tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz
o indivíduo arriscar mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras,
enfim, torna-o mais empreendedor.
Aceitação do risco
O empreendedor aceita riscos, ainda que muitas vezes seja cauteloso e
precavido contra o risco. A verdade é que o empreendedor sabe que não existe
sucesso sem alguma dose de risco, por esse motivo ele o aceita em alguma
medida sem temor do fracasso e da rejeição.
O empreendedor fará tudo o que for necessário para não fracassar. Pessoas
com grande amor próprio e medo do fracasso preferem não tentar correr o
risco de não acertar, ficando, então, paralisadas. O empreendedor acredita.
Decisão e responsabilidade
O empreendedor não fica esperando que os outros decidam por ele. O
empreendedor toma decisões e aceita as responsabilidades que acarretam.
Energia
É necessária uma dose de energia para se lançar em novas realizações, que
usualmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa
reserva de energia, vinda provavelmente de seu entusiasmo e motivação.
Auto-motivação e entusiasmo
O empreendedor é capaz de uma auto-motivação relacionada com desafios e
tarefas em que acredita. Não necessita de prêmios externos, como
compensação financeira. Como conseqüência de sua motivação, o
empreendedor possui um grande entusiasmo pelas suas idéias e projetos.
Controle
O empreendedor acredita que sua realização depende de si mesmo e não de
forças externas sobre as quais não tem controle. Ele se vê como capaz de
controlar a si mesmo e de influenciar o meio de tal modo que possa atingir
seus objetivos.
Voltado para equipe
O empreendedor em geral não é somente um fazedor, no sentido obreiro da
palavra. Ele cria equipe, delega, acreditam-nos outros, obtém resultados por
meio de outros.
Otimismo
O empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou iludido.
Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na possibilidade de
solução dos problemas, acredita no potencial de desenvolvimento.
Persistência
O empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas
possibilidades, é capaz de persistir até que as coisas comecem a funcionar
adequadamente.
Criatividade
Nos negócios, o empreendedor usa a criatividade como uma de suas principais
armas. Cria novos produtos, novos métodos de produção, desbrava novos
mercados. O empreendedor é uma personalidade criativa que está sempre
buscando novas formas de satisfazer os clientes e muitas vezes criando novas
necessidades.
Habilidades de um empreendedor
As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em 3
áreas:
· Técnicas:
Envolve saber escrever, ouvir as pessoas e
captar informações, ser organizado, saber
liderar e trabalhar em equipe.
· Gerenciais:
Incluem as áreas envolvidas na criação e
gerenciamento da empresa (marketing,
administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão,
planejamento e controle).
· Características pessoais:
Ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia, persistente,
visionário, ter iniciativa, coragem, humildade e principalmente ter paixão pelo
que faz. Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos mostram que o
sucesso nos negócios depende principalmente de nossos próprios
comportamentos, características e atitudes, e não tanto do conhecimento
técnico de gestão quanto se imaginava até pouco tempo atrás. No Brasil,
apenas 14% dos empreendedores têm formação superior e 30% sequer
concluíram o ensino fundamental, enquanto que nos países desenvolvidos,
58% dos empreendedores possuem formação superior. Quanto mais alto for o
nível de escolaridade de um país, maior será a proporção de
empreendedorismo por oportunidade.
Empreendedores se formam?
Você deve ter ouvido, ou até mesmo falado, uma frase do tipo: “Ele nasceu
sabendo desenhar, aquele nasceu sabendo jogar futebol.” Pois há pessoas que,
talvez pela formação e influencia que receberam na escola ou na família,
parecem ter nascido com o perfil de empreendedor.
Mesmo que não seja desde infância o empreendedor pode se formar, através
do estudo, do conhecimento, e do trabalho.
As pessoas não fazem a opção de empreender, mas por que essa iniciativa não
ainda não pegou?
Falando do empreendedor e seus papeis a assumir existem algumas razões
que ficaram implícitas:
1ª É não ter a necessidade de realizar um negocio próprio ou não estar
motivado por ganhar muito dinheiro.
2ª É não estar disposto a pagar o preço pessoal para iniciar um próprio
negocio.
Além das duas razões expostas, há muitos fatores que inibem as pessoas de
montarem seu próprio negócio. Vejamos:
· Imagem social: é a principal razão por que a maioria das pessoas que tem
sucesso em sua carreira profissional nunca pensou seriamente na possibilidade
de iniciar um negocio próprio. Sempre estes procuram projetar da família, os
amigos e os colegas de trabalho.
· Disposição para assumir riscos: Nem todas as pessoas têm a mesma
disposição para assumir riscos. Tem gente que não agüenta ter negocio
próprio porque tem medo. Não agüenta viver sem dinheiro certo no fim d mês,
ou sabendo do que terá que ter a capacidade para gerar a própria renda de cada
novo dia.
· Capital social: é a herança adquirida pelas pessoas em seu
desenvolvimento, sendo a maior influencia sobre a formação desse capital
social das pessoas é geralmente exercida por seus pais.
· Outros interesses: Interesses geralmente motivados por influências de
terceiros, ou pelo motivo de empreender na vida.
Exercícios Propostos
1) Quais as principais características de um empreendedor? De que forma
podemos aplica-las para serem importantes nos negócios?
2) Quais são as habilidades requeridas de um empreendedor? De um exemplo
de cada.
3) Por que as pessoas não fazem a opção de empreender? Explique de acordo
com o texto.
A IMPORTÂNCIA DOS EMPREENDEDORES PARA O
DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA E SUA ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL
O empreendedor é de suma importância para uma organização e para manter o
negócio competitivo. É o diferencial estratégico que atrelado a um bom plano
de negócios cria oportunidades em cenários muitas vezes inimagináveis.
Podemos dizer que empreendedor é aquele que desenvolve a arte de
empreender, de mudar, de conquistar, de inovar, que são aquelas pessoas cujas
características fogem do princípio estático, imutável.
Empreender, também a partir de instituições já consolidadas, impõe-se hoje
como necessidade estratégica e demonstração de sensatez.
Em um mundo mutante e ultra-competitivo, as exigências do mercado devem
ser acompanhadas de uma conduta pró-ativa, caracterizada pela busca
permanente do aproveitamento de oportunidades. Aquilo que hoje é apenas
“mais um produto” ou “um setor secundário” pode rapidamente se converter
na escora que manterá a empresa em pé nos próximos anos.
Para parcela significativa dos empresários, os empreendedores internos são
“agitadores” e “subversivos”, gente inquieta e permanentemente insatisfeita.
Talvez tenham razão. Normalmente, esses indivíduos possuem as seguintes
características:
- Jamais se contentam apenas em executar
projetos propostos ou definidos por seus
superiores hierárquicos;
- Normalmente, oferecem sugestões sobre
oportunidades que jamais foram consideradas
por seus colegas e chefes;
- Normalmente inteligentes e racionais,
parecem não temer riscos e adoram desafios;
- São criativos e comprometidos com a inovação;
- Trazem em suas biografias indícios dessa tendência. São aqueles que desde
cedo se apresentavam para organizar as quermesses da escola ou que vendiam
pipas para os garotos do bairro.
Exercício para discussão
1) No seu ponto de vista, por que os empreendedores são importantes para o
desenvolvimento da empresa?
2) Para você, um empreendedor tem que pensar em inovação? Justifique sua
resposta.
CENÁRIO PROFISSIONAL ATUAL, EMPREENDEDORISMO E
SUSTENTABILIDADE.
As Mudanças e os Novos Empreendedores
Pensar em pequenas empresas não significa pensar na idéia de ser frágil. O
mercado tem provado que empresa fragilizada não tem necessariamente algo a
ver com ser pequena. Ser pequeno não significa ser fraco, assim como ser
grande não traduz competência. A força está, isto sim, no espírito
empreendedor.
A globalização dos mercados (Mercado Comum Europeu, Nafta, Mercosul...)
está mudando as trajetórias das carreiras profissionais, os níveis salariais, a
estrutura e o funcionamento dos negócios e a própria natureza do trabalho e
suas relações, desmoronando a idéia de que as melhores oportunidades de
sucesso profissional estão apenas nas grandes corporações industriais. Essas
oportunidades estão se deslocando para as empresas de pequeno porte, que
tenham forte espírito empreendedor.
Nesse contexto, sobreviverão as empresas capazes de se adaptar rapidamente
às transformações do mercado. É preciso agilidade na tomada de decisões, que
precisa ser descentralizada. Ser pequeno, pode ser hoje uma grande solução.
Isso ocorre inclusive no Brasil, onde também o desemprego deixou de ser
conjuntural para ser estrutural. A empregabilidade deixou de ser moda para
ser uma necessidade e o negócio próprio, mais do que nunca, passou a ser uma
opção de vida.
Nesse sentido, as pequenas empresas têm oferecido grandes contribuições à
nação, na medida em que fornecem empregos, introduzem inovações e
produzem bens e serviços com eficiência.
Empreendedorismo e sustentabilidade
Empreendedorismo e sustentabilidade são dois conceitos muito abordados
atualmente, porém quase sempre em contextos separados, mas e se
juntássemos tudo numa coisa só? Empreendedorismo Sustentável? Existiria
isso? A resposta é sim, mas antes de abordarmos esse termo vale relembrar
cada um destes conceitos.
Empreendedor é o termo utilizado para qualificar, ou especificar,
principalmente, aquele indivíduo que detém uma forma especial, inovadora,
de se dedicar às atividades de organização, administração, execução;
principalmente na geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e
bens em novos produtos – mercadorias ou serviços; gerando um novo método
com o seu próprio conhecimento.
Sustentabilidade baseado no conceito desenvolvimento sustentável segundo o
relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, organizado pela ONU em
1983 “é aquele que atende às necessidades do
presente sem comprometer a possibilidade
de as gerações futuras atenderem a suas
próprias necessidades.”.
Realizando uma junção destes dois conceitos
chegamos finalmente ao termo
Empreendedorismo Sustentável que pode ser
definido de maneira simples como “um fazer
acontecer” que além de levar em conta o
interesse próprio dos empreendedores, também se preocupa com os anseios
das outras pessoas, das futuras gerações e do Planeta.
Um empreendedor dispõe de muitas qualidades que o fazem criarem e
levarem seu próprio negócio ao sucesso sem medir esforços. Muitos
empreendedores alcançam o sucesso através do consumo exacerbado, práticas
de produção predatórias, exploração da mão de obra, devastando áreas
ambientais entre outras práticas irregulares.
Ser um empreendedor e querer o sucesso a qualquer custo é condenável, para
que o empreendedorismo sustentável ocorra deve-se atender 3 princípios
básicos: Ser economicamente viável; Ser socialmente justo
e ambientalmente correto.
Por isso os denominados empreendedores devem incorporar ações
relacionadas à sustentabilidade no dia a dia da empresa; reduzir o consumo de
energia e seus insumos; exigir e se relacionar com fornecedores que também
estejam atentos as práticas sustentáveis; dar vida nova ao lixo produzido;
procurar formas alternativas de energia entre outras práticas baseadas na
filosofia que aqui chamarei de 4 R`s (Reduzir,Reutilizar,Reciclar e
Recuperar).
Podemos encarar o termo “Empreendedorismo Sustentável” como uma nova
visão, que deve ser adotada pelos empresários, estes detentores de
características como visão estratégica, inovação, criatividade, poder de
decisão, devem fazer uso correto destes atributos positivos e agir de maneira
sustentável pensando além de seus próprios interesses.
Para os que se interessarem pelo assunto vale a pena conferir o trabalho "O
empreendedorismo sustentável como fator primordial para a sobrevivência e
prosperidade organizacional"
Exercícios Propostos
1) O que significa então “empreendedorismo sustentável”?
2) Em que aplicar essa força empreendedora?
3) Conforme o texto "Um empreendedor dispõe de muitas qualidades que o
fazem criar e levar seu próprio negócio ao sucesso sem medir esforços". Esses
esforços e ações visando o sucesso do empreendimento afetam o meio
ambiente?
A IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO
A presença do empreendedor torna-se cada vez mais fundamental para as
organizações, quando as mesmas avaliam a necessidade cotidiana de
criatividade, do trabalho eficiente, da inserção de novas possibilidades, da
criação de uma nova postura de trabalho, fazendo com que a empresa tenha
um centro espontaneamente criativo, gerando soluções rápidas, constantes e
funcionais a estas organizações.
“Atualmente os empreendedores são reconhecidos como componentes
essenciais para mobilizar capital, agregar valor aos recursos naturais, produzir
bens e administrar os meios para administrar o comércio”. (SEBRAE,
2007,p.2).
O empreendedorismo é importante para a empresa, pois permite que a mesma
mantenha-se competitiva no mercado, através de atitudes inovadoras.
Mudanças Estruturais
O desemprego tem atingido índices muito elevados no Brasil e no mundo. Nos
próximos anos esses números devem crescer mais ainda. Muitos desses
desempregados são vítimas da revolução tecnológica, que está substituindo as
pessoas por máquinas em quase todos os setores e indústrias. As novas
tecnologias de informática e de comunicações estão causando impacto no
mercado de trabalho e na economia.
O número de desempregados tem aumentado no mundo inteiro. Mesmo as
nações em desenvolvimento estão enfrentando o desemprego tecnológico, à
medida que empresas multinacionais utilizam tecnologia de ponta,
dispensando trabalhadores de baixa remuneração, que não podem competir
com a eficiência de custos, controle de qualidade e rapidez de entrega,
alcançados com a produção automatizada.
Muitas empresas, neste processo de reestruturação pelo
qual estão passando, estão delegando a terceiros a
execução dos serviços não essenciais da linha de produção.
A terceirização é parte integrante desse processo de mudanças estruturais que
vêm ocorrendo no ambiente empresarial. Ela tem trazido resultados favoráveis
para as empresas como melhoria da competitividade,
aumento do lucro, ampliação da flexibilidade técnica e econômica, diminuição
da burocracia e possibilidade de estabelecer parcerias. Isso tem implicado,
geralmente, redução dos níveis hierárquicos e corte de pessoal.
Essa “capacidade.” de gerar empregos, que as pequenas empresas têm
mostrado, tem levado os governos a encontrar maneiras de estimular o
surgimento de novas empresas, pela ampliação das linhas de crédito e da
eliminação ou diminuição de taxas e impostos.
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Professor: Germano Cardoso Neto
Disciplina: Empreendedorismo
Carga Horária: 32,8 ha
MÓDULO I – 2º trimestre
Conteúdo programático
ü Plano de vida empreendedora
ü Atividade empreendedora como opção de carreira
ü Introdução ao plano de negócios/projetos
ü Construção da visão de negócio– trabalhando a ideia.
ü Elaboração e apresentação de um plano de negócios simplificado.
2º TRIMESTRE
PLANO DE VIDA EMPREENDEDORA
Plano de Carreira e Projeto de Vida
Os objetivos de vida evoluem naturalmente
Sucesso e realização profissional, carreira brilhante e satisfação individual,
conciliando desejos pessoais com a realidade do mundo do trabalho: esse é o
objetivo de jovens estudantes e adultos, de profissionais e, muitas vezes, de
recém-aposentados ao procurarem serviço de orientação vocacional e de
carreira.
Ainda que as exigências do mercado venham à frente, o real desejo das
pessoas é investir em uma atividade que lhes dê prazer e traga alegria. Esse é
o real segredo das pessoas que tornam a sua carreira ou seu emprego parte do
seu projeto de vida.
Sonhar parece uma tarefa fácil, mas, quando o tema é sucesso profissional,
percebe-se uma desvinculação de objetivos pessoais e profissionais. Por que
não pensar no projeto de carreira como parte do projeto de vida? Com relação
a isso, Soares (2002b) destaca que “a profissão tem de ser vista como uma
relação conectada entre trabalho e vida”.
Os objetivos de vida evoluem naturalmente, à medida que as circunstâncias
mudam e que as dificuldades se apresentam, por isso precisamos estar prontos
para contorná-las.
Uma promoção, um novo filho, um divórcio, um casamento, morte na família:
todas são oportunidades para as pessoas pensarem seriamente o que deve ser
MÓDULO I – 2º trimestre
MÓDULO I
2
mudado. Mudanças fundamentais, algumas previstas, outras não, moldam o
destino de quase todos.
O desafio é usá-las favoravelmente como oportunidades para a auto
renovação. Segundo Gardner (citado por LORSCH e TIERNEY, 2003), “a
maioria das pessoas tem potencialidades que jamais são desenvolvidas
simplesmente porque as circunstâncias em suas vidas jamais as exigiram”.
Planejar é identificar eventos futuros e trazê-los para o presente, de modo
que possamos fazer alguma coisa a respeito deles.
Você já parou para pensar no que gostaria de estar fazendo nos próximos dez
anos? Onde gostaria de morar? Como estaria a sua carreira?
É claro que a vida é imprevisível, mas deixar tudo “por conta do acaso” pode
não ser tão interessante assim, especialmente se você se arrepender de não ter
feito muitas coisas que queria. Por exemplo: se você quer ser médica, precisa
fazer faculdade de Medicina. Isso leva no mínimo seis anos. Pode parecer um
exemplo extremamente óbvio, porém ele ilustra exatamente o que estamos
tentando dizer: para tudo o que queremos fazer, deve existir um
planejamento.
Colocar no papel nossos objetivos de vida faz com que eles se tornem mais
sérios para nós mesmos e, com isso, nos esforcemos diariamente para que eles
se tornem reais.
Caso não tenha ainda uma lista assim, faça-a. É simples: basta pegar um papel
e caneta e escrever todos os seus objetivos de vida. Não pense que depois eles
podem ser alterados; escreva o que sente hoje.
Exemplo de lista de objetivos e metas de vida:
- Viajar pela Europa
- Dar aulas em universidades
- Ter três filhos
- Comprar minha própria casa
- Comprar um carro
Pois bem. São obviamente itens em longo prazo, mas você pode trabalhar em
cada um deles a partir de hoje. Colocar suas metas no papel significa que você
as está materializando. Tendo-as em foco, fica muito mais fácil de realizá-las,
pois você não fugirá de seus objetivos.
Estabeleça agora suas metas para os próximos dez anos. Não precisa divagar
sobre o fato de não saber exatamente o que vai acontecer. Nunca sabemos,
mas podemos prever determinados acontecimentos. Por exemplo, você se
forma na faculdade este ano, quer engravidar em três anos etc.
É muito difícil estabelecer metas para o ano corrente, pois tendemos ao
exagero e a metas inalcançáveis. No entanto, liste seus principais objetivos
para este ano. Um exemplo de lista:
- Trocar de carro
- Mudar de emprego
- Engravidar
3
São três grandes mudanças na vida de alguém e todas requerem ações
determinadas para que aconteçam. Agora você irá listar sete atividades para
fazer no mês corrente (no caso, fevereiro). Segue um exemplo de lista:
- Me habituar a caminhar três vezes por semana
- Ir ao cabeleleiro
- Parar de tomar refrigerante
- Limpar o quarto da bagunça
- Doar roupas velhas para uma instituição de caridade
- Ir em algum show bacana
- Arrumar arquivo de contas
Enfim, são metas mais simples que você pode perfeitamente executar. Tente
colocar nessas metas atividades que remetam aos seus objetivos anuais. Por
exemplo, se você quer emagrecer 10 quilos até o
final do ano, sua meta para este mês é parar de
tomar refrigerante e caminhar três vezes por
semana.
Faça de tudo para cumprir suas metas mensais.
Porém, caso não consiga realizar algum item,
reformule-o para outro mês. Mas tente não fazer
isso, pois corre o risco de adiar todos os seus objetivos.
Procure manter seus objetivos de vida em um local visível, para que você
sempre possa tê-los em mente, focar suas atividades e não desanimar. Um
bom lugar é acima de sua mesa no escritório, ou na porta do seu guarda-roupa.
Encontre um lugar que não atrapalhe suas atividades, mas mantenha sua
listinha sempre à vista.
Trabalho extra-sala
1) Faça seu plano de vida pessoal, profissional para seus próximos 03
anos.
2) Faça sua meta para daqui há 05 anos e 10 anos.
ATIVIDADE EMPREENDEDORA COMO OPÇÃO DE CARREIRA
Paixão é o que leva negócio ao sucesso
O engenheiro e empresário Ronald Degen, um dos responsáveis por difundir o
empreendedorismo no Brasil, fala da importância da paixão para o sucesso do
negócio, da melhor idade para começar a empreender, da frustração que uma
franquia pode causar e como iniciar sem dinheiro.
Na década de 1980, ministrou na Fundação Getulio Vargas o primeiro curso
no país sobre o tema. O sucesso nas salas de aula o fez, anos mais tarde,
lançar o livro, O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial
(Editora Pearson, preço R$ 106,20).
A obra se tornou best-seller e é até hoje referência nas escolas de
administração. Recentemente, publicou O empreendedor: empreender como
4
opção de carreira (Editora Pearson, R$ 79), guia que ensina a montar um
negócio próprio, vencer dificuldades, administrar riscos e alcançar o sucesso.
Em entrevista concedida à Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Degen
desconstrói mitos e afirma que a crise econômica é o momento ideal para abrir
uma empresa.
O que leva as pessoas a empreender?
As motivações são diversas. Não depender do emprego, não ter que se
subordinar a chefes, além de ganhar dinheiro.
Empreendedores de sucesso têm um perfil diferente daqueles que não
vêem o empreendedorismo como opção de carreira?
Isso é um mito. Na verdade, o que percebo é que os empreendedores de
sucesso, assim como pessoas bem-sucedidas que trabalham em outras áreas,
têm um descontentamento nato que os ajuda a se destacar do resto. Eles não se
conformam com o mundo e tentam adaptá-lo a si. Além disso, possuem
grande necessidade de fazer acontecer e não medem esforços para alcançar o
sucesso. Vida de empreendedor não é para qualquer um. Pelo menos no início,
são no mínimo dez horas de trabalho diário, sete dias por semana.
A crise é um bom momento para abrir uma empresa?
Com certeza. Em geral, as pessoas estão acostumadas com determinado
padrão de consumo que é difícil ser quebrado. Compram sempre a mesma
pasta de dente, frequentam os mesmos restaurantes, vão as mesmas lojas. É
muito difícil convencê-las a experimentar algo novo. Porém, em momentos
como o atual, elas repensam os modelos de consumo e ficam mais abertas a
novidades porque precisam economizar. A crise é uma ameaça ao
estabelecido. É a oportunidade para o novo.
Existe idade certa para se tornar empreendedor?
O período universitário, dos 18 aos 25 anos, é o ideal. Nessa fase o jovem
pode assumir riscos, pode experimentar. Ainda não possui responsabilidade
com filhos, com despesas elevadas e pode recorrer à ajuda dos pais. Se o
negócio não der certo, ele ainda tem a chance de recolocar-se no mercado de
trabalho. A maioria das empresas valoriza funcionários que já tiveram um
negócio próprio na juventude. Outra possibilidade, é virar empresário depois
da aposentadoria. Nessa fase da vida, muita gente que não suporta a ideia de
parar de trabalhar monta uma empresa. Como já tem renda garantida, o
negócio vira uma maneira de preencher o tempo, conhecer pessoas, se divertir.
Teoricamente, devido à experiência no mundo empresarial, as chances de
um grande executivo tornar-se dono da própria empresa são maiores.
Porém, não é o que se observa na prática. Por quê?
As estatísticas mostram que muitos executivos quando tentam abrir uma
empresa não se adaptam a estrutura do pequeno negócio. Nenhuma empresa
nasce grande, é preciso crescer aos poucos para ter um desenvolvimento
sólido. Conheço casos de executivos de renome que trabalhavam em
multinacionais e decidiram pedir demissão para ser empresários. Eles
5
compraram o escritório e contrataram a secretária antes mesmo de saber o que
iam fazer. Como não houve um plano de negócio, perderam dinheiro logo de
cara. Também há executivos que têm capital, desejam ter um empreendimento
e estão sempre de olho nas oportunidades, mas não querem largar o emprego
formal. Nesse caso, eles se tornam o que chamamos de investidores anjos, ou
seja, investem capital e tornam-se sócios em empreendimentos. Encontrar um
investidor anjo é o caminho ideal para jovens empreendedores.
Empreendedorismo por oportunidade e por necessidade?
A criação de empresas por si só não leva ao desenvolvimento econômico, a
não ser que esses negócios estejam focando oportunidades no mercado. Isso
passou a ficar claro a partir do estudo anual do Global Entrepreneurship
Monitor (GEM) - utilizada para medir as taxas de empreendedorismo
mundial.
O GEM diferencia os empreendedores em função de sua motivação para
desenvolver um negócio próprio. O objetivo é verificar se as iniciativas
empreendedoras decorrem de oportunidades de negócios ou se estão
relacionadas à falta de opções no mercado de trabalho. Tem-se, portanto, as
taxas de empreendedorismo por oportunidade e por necessidade. Originam-se
duas definições de empreendedorismo, a seguir:
A primeira seria empreendedorismo por oportunidade, em que o
empreendedor visionário sabe aonde quer chegar, cria uma empresa com
planejamento prévio, tem em mente o crescimento que quer buscar para a
empresa e visa à geração de lucros, empregos e riqueza.
A segunda definição seria o empreendedorismo por necessidade, em que o
candidato a empreendedor se aventura na jornada empreendedora mais por
falta de opção, por estar desempregado e não ter alternativas de trabalho.
Nesse caso, esses negócios costumam ser criados informalmente, não são
planejados de forma adequada e muitos fracassam bastante rápido, não
gerando desenvolvimento econômico e agravando as estatísticas de criação e
mortalidades de negócios.
INTRODUÇÃO AO PLANO DE NEGÓCIOS/PROJETOS
Desenvolver seu próprio negócio não é fácil
Quando você começar um negócio é muito provável que vai ser muito mal
pago e sobrecarregado de trabalho. Isto é a realidade. Para a quantidade de
horas que investe, não ganha o que merece. Muitos estudos afirmam que as
principais causas do fracasso estão relacionadas às falhas gerenciais na
condução dos negócios, expressas na falta de capital de giro que indica
descontrole do fluxo de caixa. Não é muito difícil ganhar o seu dinheiro de
volta e pouco a pouco começar a lucrar. O sucesso depende do bom
conhecimento do mercado e boa estratégia de vendas e para que seu negócio
tenha sucesso depende de três etapas fundamentais:
· Escolher: procurar conhecer a oportunidade de negocio em que pretende
atuar. Para planejar a futura empresa, é preciso ter informações diversas sobre:
oportunidades de mercado, futuros clientes, custos e preços, tributos e taxas,
6
custos de abertura e de legalização da nova empresa,
concorrentes, fornecedores e linhas de
financiamento, entre outras.
· Criar: é utilizar do conhecimento para conceituar
seu negocio ou sua escolha de forma inovadora.
· Planejar: deve colocar todo seu conhecimento
adquirido em um plano de negocio e obter os
recursos necessários para abertura do negocio, deve-
se levar em conta que o sucesso de qualquer negócio
depende, sobretudo, de um bom planejamento.
Embora qualquer negócio ofereça riscos, é possível prevenir-se contra eles.
Cinco etapas para desenvolver um negocio com sucesso
· Etapa 1 - Gerando idéias de negócios
· Etapa 2 - Verificando a viabilidade do negócio
· Etapa 3 - Formalizando o negócio
· Etapa 4 - Organizando e administrando o negócio
· Etapa 5 - Relacionando o negócio com o mercado
PLANO DE NEGÓCIO
O que é e para que serve?
Imagine que você deseja construir uma casa, organizar uma festa, viajar para o
campo ou para o litoral. Com certeza, sua intenção é que tudo dê certo, mas,
para que isso ocorra, é necessário fazer um cuidadoso planejamento.
Preste atenção nesta palavra: PLANEJAMENTO. Ou seja, a casa, a festa e a
viagem não vão se realizar apenas porque você assim deseja, mesmo que seja
um desejo ardoroso. Ideias assim nascem em nossos corações, porém, para
que elas se tornem realidade, é preciso construí-las passo a passo.
Para que uma viagem aconteça, é
necessário escolher o local a ser visitado,
decidir o tempo da viagem, quanto
dinheiro levar, comprar passagens,
reservar hotel, arrumar as malas, entre
tantas outras coisas.
Se, para uma simples viagem, precisamos
fazer tudo isso, imagine quando queremos
abrir um negócio. E empreender, muitas vezes, é uma viagem para um lugar
desconhecido.
Para você organizar suas idéias é que foi criado o PLANO DE NEGÓCIO.
Nesta viagem ao mundo dos empreendedores, o plano de negócio será o seu
mapa de percurso.
O plano irá orientá-lo na busca de informações detalhadas sobre o seu ramo,
os produtos e serviços que irá oferecer seus clientes, concorrentes,
fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do seu negócio,
7
contribuindo para a identificação da viabilidade de sua ideia e na gestão da
empresa.
Um
Ao final, seu plano irá ajudá-lo a responder a seguinte pergunta: “Vale a pena
abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”.
Lembre-se de que a preparação de um plano de negócio é um grande desafio,
pois exige persistência, comprometimento, pesquisa, trabalho duro e muita
criatividade. Boa sorte, ou melhor, dizendo, bom trabalho! E tenha
claro que começar já é a metade de toda a ação. Sucesso!
CONSTRUÇÃO DA VISÃO DE NEGÓCIO– TRABALHANDO A
IDEIA.
Estudo de caso
Trabalho é grande parte de nossa vida, então…
* Silvana Case
Por que não ser feliz no que faz?
Por que não buscar o que o que te faz feliz?
Vivo intensamente o universo corporativo há 25 anos. Os modismos entram e
saem do nosso cotidiano. Porém, a essência é que o ser humano nasce e existe
para ser feliz, quer em sua atividade profissional, relacionamentos familiares,
de amizade, no mundo acadêmico, entre tantos outros. Não conheço ninguém
infeliz que agregue valor a si e aos que estão ao seu redor. Mas vejo tantos
infelizes perambulando nas empresas...
Parte da empregabilidade, que todos temos que conquistar e manter, é a
felicidade.
Pergunte-se de forma honesta: Tenho empregabilidade? Quais meus
projetos de vida? Com eles, onde quero chegar? Tenho foco - defini as
metas e as persigo? Meu planejamento para estes projetos existem? Sou
apaixonado pelo que faço, ou trabalho somente pelo salário? E, ao final:
Sou Feliz?
8
Caso não tenha as respostas claras, usando de toda sinceridade para consigo
mesmo, vá em busca da sua verdade.
Por outro lado, parece que o mundo ficou menor (ou mais próximo) e, sem
dúvida, mais sintonizado no Brasil. É o nosso grande momento. Cada vez
mais intensamente, as empresas necessitam de profissionais qualificados
tecnicamente, com visão global de negócios e, acima de tudo, interessados,
comprometidos, com agilidade na entrega e ética. Mas temos que ter em
mente e nos prepararmos para os períodos mais difíceis que, com grande
probabilidade, virão…
E vejo pouca atenção das pessoas a estes temas:
empregabilidade/preparação para o futuro e felicidade.
Parte considerável não tem preparo suficiente e ainda acredita, talvez até
mesmo por acomodação, que os governantes cuidarão totalmente do seu povo,
e que o Empregador cuidará da sua carreira. Engano!
Você é o foco, você é o Negócio. Cuide e gerencie a sua vida, o seu negócio.
Desta forma, escolherá onde quer trabalhar, de acordo com as competências
que desenvolveu. Tenha em mente que sua carreira depende só de Você.
Seja líder de si mesmo! Gosto muito de enfatizar a importância de se investir
numa Marca Pessoal. Através dela, Você vai mais longe, aumenta a
visibilidade.
Necessário termos em mente também a importância da comunicação eficaz,
uma das principais ferramentas estratégicas dos relacionamentos bem
sucedidos. Através dela, exercemos as funções de planejamento, organização,
liderança e controle das ações envolvidas, influenciando positivamente ao
nosso redor.
Recentemente, fui convidada a falar sobre o tema para a revista da Ordem dos
Parlamentares do Brasil que gerou a matéria intitulada “Socorro... meu chefe é
uma…” Espantosa a constatação de um renomado instituto de pesquisa que
encontrou que 66% dos funcionários se demitem do seu chefe e não da
corporação que os contratou. Estes não são hábeis na comunicação, trazem
consigo imaturidade emocional para o cargo de gestor comprometem os
resultados da equipe, dificultam que os talentos aflorem e, conseqüentemente,
os talentos partem para as empresas “vencedoras”.
O Top é a valorização das melhores práticas de empresas que são
independentes dos seus produtos, agrupamentos de pessoas talentosas e, com
certeza, em sua maioria, formados por pessoas felizes, que tornam o ambiente
de trabalho agradável e gerador de resultados positivos. Com esta fórmula,
ampliadas as chances de reconhecimento e, consequentemente, a felicidade -
circulo vicioso!
Todos fazemos parte das corporações. Portanto, todos somos Recursos
Humanos. Que sejamos, de preferência, felizes.
Assim... Se estiver insatisfeito com seu empregador, seu superior, sua área de
atuação é tempo de mudança, pois enquanto há vida… podemos. Ser infeliz é
um grande prejuízo!
“Para obter algo que você nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez”
9
E Agora?
ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS
SIMPLIFICADO.
1. Conceito do negócio
Primeiro, é necessário que o empreendedor tenha a definição clara das
características do novo negócio. O conjunto dessas características recebe o
nome de conceito de negócios, que nada mais é do que a sua ideia, porém
mais detalhada. Para conseguir definir esse conceito, o novo empresário
precisa fazer algumas análises como de mercado em que ele pretende atuar,
como concorrência e sistemas de organização e produção. Ele precisa também
tomar algumas decisões sobre o público que ele quer atingir e divulgação,
além de preços e os diferenciais da empresa. Esse conjunto de coisas fará a
identidade do futuro empreendimento e, à medida que as decisões forem
sendo tomadas, conforme a competição do mercado, o conceito de negócio vai
ganhando detalhes.
2. Funções fundamentais do negócio
Em qualquer novo negócio, é de extrema importância que o todo
empreendedor planeje bem como vai desempenhar as funções da empresa.
Isso fará com que ele ganhe mais eficiência e segurança quando o negócio
estiver andando e evita que problemas o surpreendam. Existem três funções
fundamentais de toda empresa que o empreendedor precisa tê-las bem
definidas. São elas:
Produção – matéria-prima, transporte, equipamentos, estoque, controle de
qualidade e embalagem.
Vendas – vendedores, distribuidores, clientes, preços, promoções,
remunerações de funcionários, ajudas de custo e movimentação de produtos
ou deslocamento de pessoas para prestação de serviços.
Organização e controle – funcionários, funções básicas, supervisão, além de
arquivos, documentos e formulários.
3. Plano de Ação
Essa próxima etapa é a responsável por orientar a programação do novo
empreendimento. O plano de ação corresponde às atividades fundamentais,
que é como a empresa vai funcionar, quais serão as responsabilidades que
10
precisarão ser assumidas e quem vai cuidar de determinadas tarefas. Ter um
cronograma com metas definidas é um bom começo.
4. Orçamento
Depois de ter tudo bem definido com metas claras e objetivas dentro da
cabeça, o empreendedor precisa colocar tudo em números. É necessário fazer
um bom orçamento para auxiliá-lo a controlar os gastos.
Orçamento de investimento – É uma lista detalhada dos investimentos que
serão feitos para a abertura do negócio, como despesas com o registro da
empresa, contador, reforma e benfeitorias, equipamentos, máquinas, móveis,
utensílios, material para escritório, matéria-prima ou produtos para estoque
inicial e reserva de caixa. Ele serve para reduzir gastos no futuro e para o
empreendedor ter controle do quanto foi investido. Assim, ele consegue
analisar se os resultados foram compensadores.
Orçamento operacional – É uma previsão de receitas e despesas do novo
empreendimento. Estime o quanto (quantidade e preço) se espera vender com
o novo negócio. Você precisa usar do bom senso e refletir analisando outros
negócios. Estime também o quanto vai gastar para produzir/vender essa
quantidade de produto/serviço. Esses gastos variam, mas costumam incluir
pelo menos matéria-prima, embalagem, imposto direto e comissões sobre as
vendas. Estime também todos os gastos mensais que a empresa terá, como
aluguel, salários, contador, taxas de impostos fixas, telefone, água e luz, entre
outras. E, por fim, o novo empresário precisa fazer a seguinte dedução:
Vendas – custos variáveis – custos fixos = lucro/prejuízo
Orçamento de caixa – É o que completa a entrada e saída de dinheiro. No
orçamento operacional, por exemplo, estão as vendas, mas a venda não quer
dizer recebimento, porque ela pode ser a prazo. O orçamento de caixa lida
exclusivamente com o dinheiro que, efetivamente, entra e sai da empresa. É
imprescindível que o empreendedor faça uma lista com todos os pagamentos e
todos os recebimentos a serem feitos no decorrer de determinado período.
Cada um precisa estar lançado no dia certo. Também é necessário que o novo
empresário veja o saldo de caixa antes do primeiro dia e daí em diante comece
a fazer os cálculos do dinheiro que entra + saldo do dia anterior – dinheiro que
sai = saldo do dia. Isso é o controle do fluxo de caixa. Com todo esse cuidado,
o novo empreendimento evitará passar por rombos na conta.
ETAPAS PARA CONSTRUÇÃO DO SEU NEGOCIO
1- Descrição da Empresa
Nesta seção você deve descrever sua empresa, seu histórico,
crescimento/faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos,
estrutura organizacional, localização, parcerias, serviços terceirizados etc.
11
2- Missão da Empresa
A missão é tida como o detalhamento da razão de ser da empresa, ou seja, é o
porquê da empresa. Na missão, tem-se acentuado o que a empresa produz, sua
previsão de conquistas futuras e como espera ser reconhecida pelos clientes e
demais stakeholders.
Exemplos:
· Fiat
Desenvolver, produzir e comercializar carros e serviços que as pessoas
prefiram comprar e tenham orgulho de possuir, garantindo a criação de valor e
a sustentabilidade do negócio.
· HSBC
Garantir a excelência na entrega de produtos e serviços financeiros,
maximizando valor para clientes e acionistas.
· Gerdau
Gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e a sociedade, atuando na
indústria do aço de forma sustentável.
3- Visão da Empresa
A visão é algo responsável por nortear a organização. É um acumulado de
convicções que direcionam sua trajetória. O professor de empreendedorismo
Louis Jacques Filion define visão como “a imagem projetada no futuro do
espaço de mercado futuro a ser ocupado pelos produtos e o tipo de
organização necessária para se alcançar isso”.
Em suma, a visão pode ser percebida como a direção desejada, o caminho que
se pretende percorrer, uma proposta do que a empresa deseja ser a médio e
longo prazo e, ainda, de como ela espera ser vista por todos.
Exemplos de visão:
· Fiat
Estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência em
produtos e serviços automobilísticos.
· HSBC
Ser o melhor grupo financeiro do Brasil em geração de valor para clientes,
acionistas e colaboradores.
· Gerdau
Ser global e referência nos negócios em que atua.
4- Princípios e Valores Fundamentais
Os valores incidem nas convicções que fundamentam as escolhas por um
modo de conduta tanto de um indivíduo quanto em uma organização. Richard
Barrett, ex-diretor do Banco Mundial, declara que em uma organização os
12
valores “dizem” e os comportamentos “fazem”. Assim sendo, os valores
organizacionais podem ser definidos como princípios que guiam a vida da
organização, tendo um papel tanto de atender seus objetivos quanto de atender
às necessidades de todos aqueles a sua volta.
Exemplos de valores:
· Fiat
Satisfação do cliente
Ele é a razão da existência de qualquer negócio.
Valorização e respeito às pessoas
São as pessoas o grande diferencial que torna tudo possível.
Atuar como parte integrante do Grupo Fiat
Juntos nossa marca fica muito mais forte.
Responsabilidade social
É a única forma de crescer em uma sociedade mais justa.
Respeito ao Meio Ambiente
É isso que nos dá a perspectiva do amanhã.
· HSBC
Nossa conduta deve refletir os mais altos padrões de ética;
Nossa comunicação deve ser clara e precisa;
Nosso gerenciamento deve ser em equipe, consistente e focado;
Nosso relacionamento com clientes e colaboradores deve ser transparente e
baseado na responsabilidade e confiança entre as partes.
· Gerdau
Ter a preferência do CLIENTE
SEGURANÇA das pessoas acima de tudo
PESSOAS respeitadas, comprometidas e realizadas
EXCELÊNCIA com SIMPLICIDADE
Foco em RESULTADOS
INTEGRIDADE com todos os públicos
SUSTENTABILIDADE econômica, social e ambiental
5- Análise de Mercado
Na seção de Análise de Mercado, você deverá mostrar que conhece muito
bem o mercado consumidor do seu produto/serviço (através de pesquisas de
mercado): como está segmentado, as características do consumidor, análise da
concorrência, a sua participação de mercado e a dos principais concorrentes,
os riscos de negócio etc.
a) Análise Ambiental: Identificar, dentre os fatores abaixo, aqueles que
poderão proporcionar oportunidades e/ou ameaças para a organização
e/ou setor.
13
Oportunidade X Ameaça Justificativa
A- Fatores Demográficos:
B- Fatores Econômicos:
C- Político/Legal:
D- Sócio- Cultural:
E- Tecnológico:
F- Global:
b) Análise Organizacional: Identificar abaixo as oportunidades e/ou
ameaças para a organização.
Forças X Fraquezas
c) Análise Global: Faça uma analise geral em torno do ambiente de sua
organização e veja quais forças e fraquezas possuem.
6- Posicionamento Competitivo: Estabeleça o posicionamento competitivo
através dos planos a seguir:
Plano de Marketing
O Plano de Marketing apresenta como você pretende vender seu
produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos
aumentar a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização,
diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de
vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e
publicidade.
Plano Financeiro
A seção de finanças deve apresentar em números todas as ações planejadas de
sua empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quanto precisa
de capital, quando e com que produto), de sucesso do negócio. Deve conter
itens como fluxo de caixa com horizonte de 3 anos, balanço, ponto de
equilíbrio, necessidades de investimento, lucratividade prevista, prazo de
retorno sobre investimentos etc.
7- Estratégia Central da Empresa: Elabore as estratégias a serem adotadas,
buscando potencializar seus pontos fortes, reduzir seus pontos fracos,
aproveitar as oportunidades e minimizar as ameaças do ambiente externo. As
estratégias devem considerar o cenário mais provável e a visão da empresa.
8- Objetivos: Para as estratégias definidas no item anterior estabeleça os
objetivos de curto e longo prazo.
9- Produtos e Serviços
Nesta seção do seu Plano de Negócios você deve descrever quais são seus
produtos e serviços, como são produzidos, ciclo de vida, fatores tecnológicos
envolvidos, pesquisa e desenvolvimento, principais clientes atuais, se detém
marca e/ ou patente de algum produto etc.
10. Agora é com você! Coloque todas etapas no papel e monte seu
negócio.
14
SITES DE RECOMENDADOS PARA PESQUISA
http://www.empreendedor.com.br/multimidia/sebrae/plano/negocio_certo.pdf
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/as-caracteristcas-e-o-
perfil-do-empreendedor/24327/
http://www.e-commerce.org.br/empreendedor.php
http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/F896176A3D895B71832575
510075D2DB/$File/NT0003DCB6.pdf
SEBRAE, Cartilha do empreendedor. 3. ed. rev. e ampl. - Salvador: Sebrae
Bahia, 2009. 68 p.
http://www.josedornelas.com.br/wp-
content/uploads/2011/11/Empreendedorismo-capitulo-2.pdf
http://grupoinovadores.blogspot.com.br/2008/08/anlise-histrica-palavra-
empreendedor.html
http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/a-
importancia-do-empreendedor-para-as-organizacoes/38806/
SEBRAE. Disciplina de empreendedorismo. São Paulo: Manual do aluno,
2007, 67p.
http://unidosporanalandia.blogspot.com.br/2011/04/sustentabilidade-e-
empreendedorismo.html
http://blogdosempreendedores.com.br/2011/08/30/plano-de-negocios/

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  • 1. ————————––––—–——–———––––—–———————––––—–——–—–––— Empreendedorismo –—–– Professor: Germano Cardoso Neto Disciplina: Empreendedorismo Carga Horária: 32,8 ha MÓDULO I – 1º trimestre Conteúdo programático ü Conceitos de empreendedorismo e empreendedor ü Características dos empreendedores ü A importância dos empreendedores para o desenvolvimento da empresa e sua estrutura organizacional ü Cenário profissional atual, empreendedorismo e sustentabilidade. CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO E EMPREENDEDOR Empreendedorismo A palavra Empreendedorismo se originou a partir da palavra Francesa Entrepreneur que significava “Aquele que incentivava as brigas” e futuramente deu origem a palavra Inglesa Entrepreneurship. Entrepreneurship é um Neologismo da palavra Entrepreeur. Entrepreneurship se refere a todos os hábitos, costumes, regras e comportamentos do Empreendedorismo. Mas, afinal, qual é a melhor definição para empreendedorismo? Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de idéias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso. O Empreendedorismo é definido como um comportamento e não como um traço de personalidade. Segundo esse ponto de vista, as pessoas podem aprender a agir como empreendedores, usando para isso ferramentas baseadas no interesse em buscar mudanças, reagir a elas e explorá-las como oportunidade de negócios. Empreendedorismo no início Um primeiro exemplo de definição de empreendedorismo pode ser creditado a Marco Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. Como empreendedor, Marco Polo assinou um contrato com um homem que possuía dinheiro (hoje mais conhecido como capitalista) para vender as mercadorias
  • 2. deste. Enquanto o capitalista era alguém que assumia riscos de forma passiva, o aventureiro empreendedor assumia papel ativo, correndo todos os riscos físicos e emocionais. Idade média Na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava grandes projetos de produção. Esse indivíduo não assumia riscos excessivos, e apenas gerenciava os projetos, utilizando os recursos disponíveis, geralmente provenientes do governo do país. Século XVII Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo ocorreram nessa época, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Como geralmente os preços eram prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo do empreendedor. Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assumia riscos), do capitalista (aquele que fornecia o capital). Século XVIII Nesse século, o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo. Séculos XIX E XX No final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores (o que ocorre até os dias atuais), sendo analisados meramente de um ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço do capitalista. Aqui cabe uma breve análise das diferenças e similaridades entre administradores e empreendedores, pois muito se discute a respeito desse assunto. Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor. O empreendedor tem algo mais, algumas características e atitudes que o diferenciam do administrador tradicional. Mas para entender quais são estas características adicionais é preciso entender o que faz o administrador. A revolução do empreendedorismo O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de tempo, principalmente no século XX, quando foi criada a maioria das invenções que revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Geralmente, essas invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar coisas já existentes, mas que ninguém antes ousou olhar de outra maneira. Por trás dessas invenções, existem pessoas ou equipes de pessoas com características especiais que são visionárias, questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer e empreendem.
  • 3. Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem não se contentam em ser mais uns na multidão querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Uma vez que os empreendedores estão revolucionando o mundo, seu comportamento e o próprio processo empreendedor devem ser estudados e entendidos. Alguns conceitos administrativos predominaram em determinados períodos do século XX, em virtude de contextos sociopolíticos, culturais, de desenvolvimento tecnológico, de desenvolvimento e consolidação do capitalismo, entre outros. A Figura 2.1 mostra quais desses conceitos foram mais determinantes: no início do século, foi o movimento da racionalização do trabalho; na década de 1930, o movimento das relações humanas; nas décadas de 1940 e 1950, o movimento do funcionalismo estrutural; na década de 1960, o movimento dos sistemas abertos; nos anos 1970, o movimento das contingências ambientais. No momento presente, não se tem um movimento predominante, mas acredita-se que o empreendedorismo irá, cada vez mais, mudar a forma de se fazer negócios no mundo. O papel do empreendedor foi sempre fundamental na sociedade. Então, por que o ensino do empreendedorismo está se intensificando agora? O que é diferente do passado? Ora, o que é diferente é que o avanço tecnológico tem sido de tal ordem, que requer um número muito maior de empreendedores. A economia e os meios de produção e serviços também se sofisticaram, de forma que hoje existe a necessidade de se formalizarem conhecimentos, que eram apenas obtidos empiricamente no passado. Portanto, a ênfase em empreendedorismo surge muito mais como consequência das mudanças tecnológicas e sua rapidez, e não apenas como mais um modismo. A competição na economia também força novos empresários a adotar paradigmas diferentes. Por isso, o momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo, pois são os empreendedores que estão eliminando barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando riqueza para a sociedade. A chamada nova economia, a era da internet e das redes sociais, mostrou recentemente, e ainda tem mostrado, que boas ideias inovadoras, know-how, um bom planejamento e, principalmente, uma equipe competente e motivada são ingredientes poderosos que, quando somados no momento adequado, acrescidos do combustível indispensável à criação de novos negócios — o capital — podem gerar negócios grandiosos em curto espaço de tempo. Isso era algo inconcebível há alguns anos. O contexto atual é propício para o surgimento de um número cada vez maior de empreendedores. Por esse motivo, a capacitação dos candidatos a empreendedor está sendo prioridade em muitos países, inclusive no Brasil, haja vista a crescente preocupação das escolas e universidades a respeito do assunto, por meio da criação de cursos e matérias específicas de empreendedorismo, como uma alternativa aos jovens profissionais que se graduam anualmente nos ensinos técnico e universitário brasileiros e, mais recentemente, também no ensino fundamental.
  • 4. O empreendedorismo no Brasil O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora. O SEBRAE é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que busca junto a essa entidade todo o suporte de que precisa para iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver pequenos problemas pontuais de seu negócio. O histórico da entidade SOFTEX pode ser confundido com o histórico do empreendedorismo no Brasil na década de 1990. A entidade foi criada com o intuito de levar as empresas de software do país ao mercado externo, por meio de várias ações que proporcionavam ao empresário de informática a capacitação em gestão e tecnologia. Segundo o estudo, o empreendedorismo por necessidade tende a ser maior entre os países em desenvolvimento, "onde as dificuldades de inserção no mercado de trabalho levam as pessoas a buscar alternativas de ocupação". O Brasil possui um nível relativamente alto de atividade empreendedora: 13,5 em cada 100 adultos da População Economicamente Ativa (PEA) são empreendedores, colocando o país em sétimo lugar do mundo. No entanto, mais da metade deles está envolvida por necessidade e não por oportunidade; Exercícios Propostos 1) O que você entende por empreendedorismo? 2) Qual o conceito de empreendedor? 3) Qual foi o maior motivo do crescimento do empreendedorismo no Brasil? 4) Resuma a História do empreendedorismo
  • 5. EMPREENDER COMO UMA OPÇÃO DE CARREIRA Ser empreendedor não é só ganhar muito dinheiro, ser independente ou realizar algo. O Empreendedorismo é composto por diferentes fatores, presentes em diferentes doses em cada empreendedor. Embora existam muitas variações no perfil empreendedor, com algumas características comportamentais podemos prever a vocação empreendedora de uma pessoa. “O empreendedor é alguém que percebe uma oportunidade e cria uma organização para persegui-la”. William Bygrave. “O empreendedor é uma pessoa que destrói a ordem econômica existente introduzindo novos produtos e serviços, criando novas formas de organização e explorando novos materiais”. Joseph Schumpeter Ser empreendedor tem um custo que muitos não estão dispostos a pagar. É preciso esquecer, por exemplo, a semana de quarenta horas de trabalho, de segunda a sexta feira, das oito às dezessete horas, com uma hora de almoço. O empreendedor, mesmo muito bem sucedido, geralmente trabalha de doze a dezesseis horas por dia, não raro sete dias por semana. Ele sabe o valor de seu tempo e procura utilizá-lo ao Maximo trabalhando arduamente na consecução e realização. Kirzner tem uma abordagem diferente. Para esse autor, o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Ambos, porém, são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento às informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta. Então, o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES A viabilidade de uma pequena empresa depende, basicamente, da figura do empreendedor, pois ele é o ponto central que determinará ou não o sucesso do empreendimento. Cabe a ele muitas vezes exercer, simultaneamente, o papel de dono da idéia e o de gerente das ações que serão colocadas em prática. Por essa razão, o empreendedor deve procurar sempre desenvolver as virtudes e as qualidades necessárias para obter sucesso no seu empreendimento. Perfil empreendedor A vontade dos empreendedores em vencer todas as dificuldades para desenvolver seu negocio, pagando o pelo do sacrifício pessoal para ter sucesso, é função direta de sua necessidade de realizar. Os empreendedores estão sempre preocupados em melhorar nas habilidades menos desenvolvidas e se aprimorar nas mais fortes. O que diferencia o empreendedor das outras pessoas é a maneira de como percebe a mudança e lida com as oportunidades tendo iniciativa para gerar um novo negócio, assumindo riscos calculados, criando sempre valor para a sociedade. Na verdade ninguém nasce empreendedor, a participação da família, a vivência
  • 6. com os amigos de escola, de trabalho, o relacionamento com a sociedade vai favorecendo o desenvolvimento de algumas características, novidades e curiosidades, Vejam abaixo: “Leonel taxista há mais de 15 anos e diz: Minha pequena empresa é meu carro”. Pois é ele é um empreendedor, ele sabe quanto ganha por mês, por semana e por dia. Sabe quanto gasta de gasolina por da e por quilometro rodado. Também sabe dizer as regiões da cidade e os horários das melhores corridas. O segredo do negocio do Leonel? Segundo ele, ter muita organização com as próprias finanças (nada de trocar de carro sem dinheiro) e dar um excelente atendimento ao cliente. Radio baixo com musica suave, falar delicadamente só quando perguntarem uma coisa, tratar por “senhor e Senhora”. Exercícios para Discussão Você sabe então o que é ser empreendedor? Você acha que aas pessoas já nascem com o perfil empreendedor? Quais as características de uma pessoa empreendedora? O empreendedor bem sucedido é descrito como: · Alguém que não se conforma com os produtos disponíveis no mercado procura melhorá-los. · Alguém que por meio de novos produtos e serviços, procura superar os existentes no mercado. È o agente do processo de destruição criativa de Schumpeter. · Alguém que não se intimida com as empresas estabelecidas e as desafia com seu novo jeito de fazer as coisas. Então como podemos identificar uma pessoa empreendedora? Várias são as características que fazem parte do perfil de uma pessoa empreendedora, dentre elas: Iniciativa O empreendedor é uma pessoa que gosta de começar coisas novas, iniciá-las. A iniciativa, enfim, é a capacidade daquele que, tendo um problema qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução. Auto-confiança O empreendedor tem auto-confiança, isto é, acredita em si mesmo. Se não acreditasse, seria difícil para ele tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscar mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais empreendedor. Aceitação do risco
  • 7. O empreendedor aceita riscos, ainda que muitas vezes seja cauteloso e precavido contra o risco. A verdade é que o empreendedor sabe que não existe sucesso sem alguma dose de risco, por esse motivo ele o aceita em alguma medida sem temor do fracasso e da rejeição. O empreendedor fará tudo o que for necessário para não fracassar. Pessoas com grande amor próprio e medo do fracasso preferem não tentar correr o risco de não acertar, ficando, então, paralisadas. O empreendedor acredita. Decisão e responsabilidade O empreendedor não fica esperando que os outros decidam por ele. O empreendedor toma decisões e aceita as responsabilidades que acarretam. Energia É necessária uma dose de energia para se lançar em novas realizações, que usualmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa reserva de energia, vinda provavelmente de seu entusiasmo e motivação. Auto-motivação e entusiasmo O empreendedor é capaz de uma auto-motivação relacionada com desafios e tarefas em que acredita. Não necessita de prêmios externos, como compensação financeira. Como conseqüência de sua motivação, o empreendedor possui um grande entusiasmo pelas suas idéias e projetos. Controle O empreendedor acredita que sua realização depende de si mesmo e não de forças externas sobre as quais não tem controle. Ele se vê como capaz de controlar a si mesmo e de influenciar o meio de tal modo que possa atingir seus objetivos. Voltado para equipe O empreendedor em geral não é somente um fazedor, no sentido obreiro da palavra. Ele cria equipe, delega, acreditam-nos outros, obtém resultados por meio de outros. Otimismo O empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou iludido. Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na possibilidade de solução dos problemas, acredita no potencial de desenvolvimento. Persistência O empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas possibilidades, é capaz de persistir até que as coisas comecem a funcionar adequadamente. Criatividade Nos negócios, o empreendedor usa a criatividade como uma de suas principais armas. Cria novos produtos, novos métodos de produção, desbrava novos mercados. O empreendedor é uma personalidade criativa que está sempre buscando novas formas de satisfazer os clientes e muitas vezes criando novas necessidades.
  • 8. Habilidades de um empreendedor As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em 3 áreas: · Técnicas: Envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe. · Gerenciais: Incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento da empresa (marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, planejamento e controle). · Características pessoais: Ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia, persistente, visionário, ter iniciativa, coragem, humildade e principalmente ter paixão pelo que faz. Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos mostram que o sucesso nos negócios depende principalmente de nossos próprios comportamentos, características e atitudes, e não tanto do conhecimento técnico de gestão quanto se imaginava até pouco tempo atrás. No Brasil, apenas 14% dos empreendedores têm formação superior e 30% sequer concluíram o ensino fundamental, enquanto que nos países desenvolvidos, 58% dos empreendedores possuem formação superior. Quanto mais alto for o nível de escolaridade de um país, maior será a proporção de empreendedorismo por oportunidade. Empreendedores se formam? Você deve ter ouvido, ou até mesmo falado, uma frase do tipo: “Ele nasceu sabendo desenhar, aquele nasceu sabendo jogar futebol.” Pois há pessoas que, talvez pela formação e influencia que receberam na escola ou na família, parecem ter nascido com o perfil de empreendedor. Mesmo que não seja desde infância o empreendedor pode se formar, através do estudo, do conhecimento, e do trabalho. As pessoas não fazem a opção de empreender, mas por que essa iniciativa não ainda não pegou? Falando do empreendedor e seus papeis a assumir existem algumas razões que ficaram implícitas: 1ª É não ter a necessidade de realizar um negocio próprio ou não estar motivado por ganhar muito dinheiro. 2ª É não estar disposto a pagar o preço pessoal para iniciar um próprio negocio. Além das duas razões expostas, há muitos fatores que inibem as pessoas de montarem seu próprio negócio. Vejamos: · Imagem social: é a principal razão por que a maioria das pessoas que tem sucesso em sua carreira profissional nunca pensou seriamente na possibilidade de iniciar um negocio próprio. Sempre estes procuram projetar da família, os amigos e os colegas de trabalho.
  • 9. · Disposição para assumir riscos: Nem todas as pessoas têm a mesma disposição para assumir riscos. Tem gente que não agüenta ter negocio próprio porque tem medo. Não agüenta viver sem dinheiro certo no fim d mês, ou sabendo do que terá que ter a capacidade para gerar a própria renda de cada novo dia. · Capital social: é a herança adquirida pelas pessoas em seu desenvolvimento, sendo a maior influencia sobre a formação desse capital social das pessoas é geralmente exercida por seus pais. · Outros interesses: Interesses geralmente motivados por influências de terceiros, ou pelo motivo de empreender na vida. Exercícios Propostos 1) Quais as principais características de um empreendedor? De que forma podemos aplica-las para serem importantes nos negócios? 2) Quais são as habilidades requeridas de um empreendedor? De um exemplo de cada. 3) Por que as pessoas não fazem a opção de empreender? Explique de acordo com o texto. A IMPORTÂNCIA DOS EMPREENDEDORES PARA O DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA E SUA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL O empreendedor é de suma importância para uma organização e para manter o negócio competitivo. É o diferencial estratégico que atrelado a um bom plano de negócios cria oportunidades em cenários muitas vezes inimagináveis. Podemos dizer que empreendedor é aquele que desenvolve a arte de empreender, de mudar, de conquistar, de inovar, que são aquelas pessoas cujas características fogem do princípio estático, imutável. Empreender, também a partir de instituições já consolidadas, impõe-se hoje como necessidade estratégica e demonstração de sensatez. Em um mundo mutante e ultra-competitivo, as exigências do mercado devem ser acompanhadas de uma conduta pró-ativa, caracterizada pela busca permanente do aproveitamento de oportunidades. Aquilo que hoje é apenas “mais um produto” ou “um setor secundário” pode rapidamente se converter na escora que manterá a empresa em pé nos próximos anos. Para parcela significativa dos empresários, os empreendedores internos são “agitadores” e “subversivos”, gente inquieta e permanentemente insatisfeita. Talvez tenham razão. Normalmente, esses indivíduos possuem as seguintes características: - Jamais se contentam apenas em executar projetos propostos ou definidos por seus superiores hierárquicos; - Normalmente, oferecem sugestões sobre oportunidades que jamais foram consideradas por seus colegas e chefes; - Normalmente inteligentes e racionais, parecem não temer riscos e adoram desafios; - São criativos e comprometidos com a inovação;
  • 10. - Trazem em suas biografias indícios dessa tendência. São aqueles que desde cedo se apresentavam para organizar as quermesses da escola ou que vendiam pipas para os garotos do bairro. Exercício para discussão 1) No seu ponto de vista, por que os empreendedores são importantes para o desenvolvimento da empresa? 2) Para você, um empreendedor tem que pensar em inovação? Justifique sua resposta. CENÁRIO PROFISSIONAL ATUAL, EMPREENDEDORISMO E SUSTENTABILIDADE. As Mudanças e os Novos Empreendedores Pensar em pequenas empresas não significa pensar na idéia de ser frágil. O mercado tem provado que empresa fragilizada não tem necessariamente algo a ver com ser pequena. Ser pequeno não significa ser fraco, assim como ser grande não traduz competência. A força está, isto sim, no espírito empreendedor. A globalização dos mercados (Mercado Comum Europeu, Nafta, Mercosul...) está mudando as trajetórias das carreiras profissionais, os níveis salariais, a estrutura e o funcionamento dos negócios e a própria natureza do trabalho e suas relações, desmoronando a idéia de que as melhores oportunidades de sucesso profissional estão apenas nas grandes corporações industriais. Essas oportunidades estão se deslocando para as empresas de pequeno porte, que tenham forte espírito empreendedor. Nesse contexto, sobreviverão as empresas capazes de se adaptar rapidamente às transformações do mercado. É preciso agilidade na tomada de decisões, que precisa ser descentralizada. Ser pequeno, pode ser hoje uma grande solução. Isso ocorre inclusive no Brasil, onde também o desemprego deixou de ser conjuntural para ser estrutural. A empregabilidade deixou de ser moda para ser uma necessidade e o negócio próprio, mais do que nunca, passou a ser uma opção de vida. Nesse sentido, as pequenas empresas têm oferecido grandes contribuições à nação, na medida em que fornecem empregos, introduzem inovações e produzem bens e serviços com eficiência. Empreendedorismo e sustentabilidade Empreendedorismo e sustentabilidade são dois conceitos muito abordados atualmente, porém quase sempre em contextos separados, mas e se juntássemos tudo numa coisa só? Empreendedorismo Sustentável? Existiria isso? A resposta é sim, mas antes de abordarmos esse termo vale relembrar cada um destes conceitos. Empreendedor é o termo utilizado para qualificar, ou especificar, principalmente, aquele indivíduo que detém uma forma especial, inovadora, de se dedicar às atividades de organização, administração, execução; principalmente na geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e
  • 11. bens em novos produtos – mercadorias ou serviços; gerando um novo método com o seu próprio conhecimento. Sustentabilidade baseado no conceito desenvolvimento sustentável segundo o relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, organizado pela ONU em 1983 “é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades.”. Realizando uma junção destes dois conceitos chegamos finalmente ao termo Empreendedorismo Sustentável que pode ser definido de maneira simples como “um fazer acontecer” que além de levar em conta o interesse próprio dos empreendedores, também se preocupa com os anseios das outras pessoas, das futuras gerações e do Planeta. Um empreendedor dispõe de muitas qualidades que o fazem criarem e levarem seu próprio negócio ao sucesso sem medir esforços. Muitos empreendedores alcançam o sucesso através do consumo exacerbado, práticas de produção predatórias, exploração da mão de obra, devastando áreas ambientais entre outras práticas irregulares. Ser um empreendedor e querer o sucesso a qualquer custo é condenável, para que o empreendedorismo sustentável ocorra deve-se atender 3 princípios básicos: Ser economicamente viável; Ser socialmente justo e ambientalmente correto. Por isso os denominados empreendedores devem incorporar ações relacionadas à sustentabilidade no dia a dia da empresa; reduzir o consumo de energia e seus insumos; exigir e se relacionar com fornecedores que também estejam atentos as práticas sustentáveis; dar vida nova ao lixo produzido; procurar formas alternativas de energia entre outras práticas baseadas na filosofia que aqui chamarei de 4 R`s (Reduzir,Reutilizar,Reciclar e Recuperar). Podemos encarar o termo “Empreendedorismo Sustentável” como uma nova visão, que deve ser adotada pelos empresários, estes detentores de características como visão estratégica, inovação, criatividade, poder de decisão, devem fazer uso correto destes atributos positivos e agir de maneira sustentável pensando além de seus próprios interesses. Para os que se interessarem pelo assunto vale a pena conferir o trabalho "O empreendedorismo sustentável como fator primordial para a sobrevivência e prosperidade organizacional" Exercícios Propostos 1) O que significa então “empreendedorismo sustentável”? 2) Em que aplicar essa força empreendedora? 3) Conforme o texto "Um empreendedor dispõe de muitas qualidades que o fazem criar e levar seu próprio negócio ao sucesso sem medir esforços". Esses esforços e ações visando o sucesso do empreendimento afetam o meio ambiente?
  • 12. A IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO A presença do empreendedor torna-se cada vez mais fundamental para as organizações, quando as mesmas avaliam a necessidade cotidiana de criatividade, do trabalho eficiente, da inserção de novas possibilidades, da criação de uma nova postura de trabalho, fazendo com que a empresa tenha um centro espontaneamente criativo, gerando soluções rápidas, constantes e funcionais a estas organizações. “Atualmente os empreendedores são reconhecidos como componentes essenciais para mobilizar capital, agregar valor aos recursos naturais, produzir bens e administrar os meios para administrar o comércio”. (SEBRAE, 2007,p.2). O empreendedorismo é importante para a empresa, pois permite que a mesma mantenha-se competitiva no mercado, através de atitudes inovadoras. Mudanças Estruturais O desemprego tem atingido índices muito elevados no Brasil e no mundo. Nos próximos anos esses números devem crescer mais ainda. Muitos desses desempregados são vítimas da revolução tecnológica, que está substituindo as pessoas por máquinas em quase todos os setores e indústrias. As novas tecnologias de informática e de comunicações estão causando impacto no mercado de trabalho e na economia. O número de desempregados tem aumentado no mundo inteiro. Mesmo as nações em desenvolvimento estão enfrentando o desemprego tecnológico, à medida que empresas multinacionais utilizam tecnologia de ponta, dispensando trabalhadores de baixa remuneração, que não podem competir com a eficiência de custos, controle de qualidade e rapidez de entrega, alcançados com a produção automatizada. Muitas empresas, neste processo de reestruturação pelo qual estão passando, estão delegando a terceiros a execução dos serviços não essenciais da linha de produção. A terceirização é parte integrante desse processo de mudanças estruturais que vêm ocorrendo no ambiente empresarial. Ela tem trazido resultados favoráveis para as empresas como melhoria da competitividade, aumento do lucro, ampliação da flexibilidade técnica e econômica, diminuição da burocracia e possibilidade de estabelecer parcerias. Isso tem implicado, geralmente, redução dos níveis hierárquicos e corte de pessoal. Essa “capacidade.” de gerar empregos, que as pequenas empresas têm mostrado, tem levado os governos a encontrar maneiras de estimular o surgimento de novas empresas, pela ampliação das linhas de crédito e da eliminação ou diminuição de taxas e impostos.
  • 13. ————————––––—–——–———––––—–———————––––—–——–—–––— Empreendedorismo –—–– Professor: Germano Cardoso Neto Disciplina: Empreendedorismo Carga Horária: 32,8 ha MÓDULO I – 2º trimestre Conteúdo programático ü Plano de vida empreendedora ü Atividade empreendedora como opção de carreira ü Introdução ao plano de negócios/projetos ü Construção da visão de negócio– trabalhando a ideia. ü Elaboração e apresentação de um plano de negócios simplificado. 2º TRIMESTRE PLANO DE VIDA EMPREENDEDORA Plano de Carreira e Projeto de Vida Os objetivos de vida evoluem naturalmente Sucesso e realização profissional, carreira brilhante e satisfação individual, conciliando desejos pessoais com a realidade do mundo do trabalho: esse é o objetivo de jovens estudantes e adultos, de profissionais e, muitas vezes, de recém-aposentados ao procurarem serviço de orientação vocacional e de carreira. Ainda que as exigências do mercado venham à frente, o real desejo das pessoas é investir em uma atividade que lhes dê prazer e traga alegria. Esse é o real segredo das pessoas que tornam a sua carreira ou seu emprego parte do seu projeto de vida. Sonhar parece uma tarefa fácil, mas, quando o tema é sucesso profissional, percebe-se uma desvinculação de objetivos pessoais e profissionais. Por que não pensar no projeto de carreira como parte do projeto de vida? Com relação a isso, Soares (2002b) destaca que “a profissão tem de ser vista como uma relação conectada entre trabalho e vida”. Os objetivos de vida evoluem naturalmente, à medida que as circunstâncias mudam e que as dificuldades se apresentam, por isso precisamos estar prontos para contorná-las. Uma promoção, um novo filho, um divórcio, um casamento, morte na família: todas são oportunidades para as pessoas pensarem seriamente o que deve ser MÓDULO I – 2º trimestre MÓDULO I
  • 14. 2 mudado. Mudanças fundamentais, algumas previstas, outras não, moldam o destino de quase todos. O desafio é usá-las favoravelmente como oportunidades para a auto renovação. Segundo Gardner (citado por LORSCH e TIERNEY, 2003), “a maioria das pessoas tem potencialidades que jamais são desenvolvidas simplesmente porque as circunstâncias em suas vidas jamais as exigiram”. Planejar é identificar eventos futuros e trazê-los para o presente, de modo que possamos fazer alguma coisa a respeito deles. Você já parou para pensar no que gostaria de estar fazendo nos próximos dez anos? Onde gostaria de morar? Como estaria a sua carreira? É claro que a vida é imprevisível, mas deixar tudo “por conta do acaso” pode não ser tão interessante assim, especialmente se você se arrepender de não ter feito muitas coisas que queria. Por exemplo: se você quer ser médica, precisa fazer faculdade de Medicina. Isso leva no mínimo seis anos. Pode parecer um exemplo extremamente óbvio, porém ele ilustra exatamente o que estamos tentando dizer: para tudo o que queremos fazer, deve existir um planejamento. Colocar no papel nossos objetivos de vida faz com que eles se tornem mais sérios para nós mesmos e, com isso, nos esforcemos diariamente para que eles se tornem reais. Caso não tenha ainda uma lista assim, faça-a. É simples: basta pegar um papel e caneta e escrever todos os seus objetivos de vida. Não pense que depois eles podem ser alterados; escreva o que sente hoje. Exemplo de lista de objetivos e metas de vida: - Viajar pela Europa - Dar aulas em universidades - Ter três filhos - Comprar minha própria casa - Comprar um carro Pois bem. São obviamente itens em longo prazo, mas você pode trabalhar em cada um deles a partir de hoje. Colocar suas metas no papel significa que você as está materializando. Tendo-as em foco, fica muito mais fácil de realizá-las, pois você não fugirá de seus objetivos. Estabeleça agora suas metas para os próximos dez anos. Não precisa divagar sobre o fato de não saber exatamente o que vai acontecer. Nunca sabemos, mas podemos prever determinados acontecimentos. Por exemplo, você se forma na faculdade este ano, quer engravidar em três anos etc. É muito difícil estabelecer metas para o ano corrente, pois tendemos ao exagero e a metas inalcançáveis. No entanto, liste seus principais objetivos para este ano. Um exemplo de lista: - Trocar de carro - Mudar de emprego - Engravidar
  • 15. 3 São três grandes mudanças na vida de alguém e todas requerem ações determinadas para que aconteçam. Agora você irá listar sete atividades para fazer no mês corrente (no caso, fevereiro). Segue um exemplo de lista: - Me habituar a caminhar três vezes por semana - Ir ao cabeleleiro - Parar de tomar refrigerante - Limpar o quarto da bagunça - Doar roupas velhas para uma instituição de caridade - Ir em algum show bacana - Arrumar arquivo de contas Enfim, são metas mais simples que você pode perfeitamente executar. Tente colocar nessas metas atividades que remetam aos seus objetivos anuais. Por exemplo, se você quer emagrecer 10 quilos até o final do ano, sua meta para este mês é parar de tomar refrigerante e caminhar três vezes por semana. Faça de tudo para cumprir suas metas mensais. Porém, caso não consiga realizar algum item, reformule-o para outro mês. Mas tente não fazer isso, pois corre o risco de adiar todos os seus objetivos. Procure manter seus objetivos de vida em um local visível, para que você sempre possa tê-los em mente, focar suas atividades e não desanimar. Um bom lugar é acima de sua mesa no escritório, ou na porta do seu guarda-roupa. Encontre um lugar que não atrapalhe suas atividades, mas mantenha sua listinha sempre à vista. Trabalho extra-sala 1) Faça seu plano de vida pessoal, profissional para seus próximos 03 anos. 2) Faça sua meta para daqui há 05 anos e 10 anos. ATIVIDADE EMPREENDEDORA COMO OPÇÃO DE CARREIRA Paixão é o que leva negócio ao sucesso O engenheiro e empresário Ronald Degen, um dos responsáveis por difundir o empreendedorismo no Brasil, fala da importância da paixão para o sucesso do negócio, da melhor idade para começar a empreender, da frustração que uma franquia pode causar e como iniciar sem dinheiro. Na década de 1980, ministrou na Fundação Getulio Vargas o primeiro curso no país sobre o tema. O sucesso nas salas de aula o fez, anos mais tarde, lançar o livro, O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial (Editora Pearson, preço R$ 106,20). A obra se tornou best-seller e é até hoje referência nas escolas de administração. Recentemente, publicou O empreendedor: empreender como
  • 16. 4 opção de carreira (Editora Pearson, R$ 79), guia que ensina a montar um negócio próprio, vencer dificuldades, administrar riscos e alcançar o sucesso. Em entrevista concedida à Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Degen desconstrói mitos e afirma que a crise econômica é o momento ideal para abrir uma empresa. O que leva as pessoas a empreender? As motivações são diversas. Não depender do emprego, não ter que se subordinar a chefes, além de ganhar dinheiro. Empreendedores de sucesso têm um perfil diferente daqueles que não vêem o empreendedorismo como opção de carreira? Isso é um mito. Na verdade, o que percebo é que os empreendedores de sucesso, assim como pessoas bem-sucedidas que trabalham em outras áreas, têm um descontentamento nato que os ajuda a se destacar do resto. Eles não se conformam com o mundo e tentam adaptá-lo a si. Além disso, possuem grande necessidade de fazer acontecer e não medem esforços para alcançar o sucesso. Vida de empreendedor não é para qualquer um. Pelo menos no início, são no mínimo dez horas de trabalho diário, sete dias por semana. A crise é um bom momento para abrir uma empresa? Com certeza. Em geral, as pessoas estão acostumadas com determinado padrão de consumo que é difícil ser quebrado. Compram sempre a mesma pasta de dente, frequentam os mesmos restaurantes, vão as mesmas lojas. É muito difícil convencê-las a experimentar algo novo. Porém, em momentos como o atual, elas repensam os modelos de consumo e ficam mais abertas a novidades porque precisam economizar. A crise é uma ameaça ao estabelecido. É a oportunidade para o novo. Existe idade certa para se tornar empreendedor? O período universitário, dos 18 aos 25 anos, é o ideal. Nessa fase o jovem pode assumir riscos, pode experimentar. Ainda não possui responsabilidade com filhos, com despesas elevadas e pode recorrer à ajuda dos pais. Se o negócio não der certo, ele ainda tem a chance de recolocar-se no mercado de trabalho. A maioria das empresas valoriza funcionários que já tiveram um negócio próprio na juventude. Outra possibilidade, é virar empresário depois da aposentadoria. Nessa fase da vida, muita gente que não suporta a ideia de parar de trabalhar monta uma empresa. Como já tem renda garantida, o negócio vira uma maneira de preencher o tempo, conhecer pessoas, se divertir. Teoricamente, devido à experiência no mundo empresarial, as chances de um grande executivo tornar-se dono da própria empresa são maiores. Porém, não é o que se observa na prática. Por quê? As estatísticas mostram que muitos executivos quando tentam abrir uma empresa não se adaptam a estrutura do pequeno negócio. Nenhuma empresa nasce grande, é preciso crescer aos poucos para ter um desenvolvimento sólido. Conheço casos de executivos de renome que trabalhavam em multinacionais e decidiram pedir demissão para ser empresários. Eles
  • 17. 5 compraram o escritório e contrataram a secretária antes mesmo de saber o que iam fazer. Como não houve um plano de negócio, perderam dinheiro logo de cara. Também há executivos que têm capital, desejam ter um empreendimento e estão sempre de olho nas oportunidades, mas não querem largar o emprego formal. Nesse caso, eles se tornam o que chamamos de investidores anjos, ou seja, investem capital e tornam-se sócios em empreendimentos. Encontrar um investidor anjo é o caminho ideal para jovens empreendedores. Empreendedorismo por oportunidade e por necessidade? A criação de empresas por si só não leva ao desenvolvimento econômico, a não ser que esses negócios estejam focando oportunidades no mercado. Isso passou a ficar claro a partir do estudo anual do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) - utilizada para medir as taxas de empreendedorismo mundial. O GEM diferencia os empreendedores em função de sua motivação para desenvolver um negócio próprio. O objetivo é verificar se as iniciativas empreendedoras decorrem de oportunidades de negócios ou se estão relacionadas à falta de opções no mercado de trabalho. Tem-se, portanto, as taxas de empreendedorismo por oportunidade e por necessidade. Originam-se duas definições de empreendedorismo, a seguir: A primeira seria empreendedorismo por oportunidade, em que o empreendedor visionário sabe aonde quer chegar, cria uma empresa com planejamento prévio, tem em mente o crescimento que quer buscar para a empresa e visa à geração de lucros, empregos e riqueza. A segunda definição seria o empreendedorismo por necessidade, em que o candidato a empreendedor se aventura na jornada empreendedora mais por falta de opção, por estar desempregado e não ter alternativas de trabalho. Nesse caso, esses negócios costumam ser criados informalmente, não são planejados de forma adequada e muitos fracassam bastante rápido, não gerando desenvolvimento econômico e agravando as estatísticas de criação e mortalidades de negócios. INTRODUÇÃO AO PLANO DE NEGÓCIOS/PROJETOS Desenvolver seu próprio negócio não é fácil Quando você começar um negócio é muito provável que vai ser muito mal pago e sobrecarregado de trabalho. Isto é a realidade. Para a quantidade de horas que investe, não ganha o que merece. Muitos estudos afirmam que as principais causas do fracasso estão relacionadas às falhas gerenciais na condução dos negócios, expressas na falta de capital de giro que indica descontrole do fluxo de caixa. Não é muito difícil ganhar o seu dinheiro de volta e pouco a pouco começar a lucrar. O sucesso depende do bom conhecimento do mercado e boa estratégia de vendas e para que seu negócio tenha sucesso depende de três etapas fundamentais: · Escolher: procurar conhecer a oportunidade de negocio em que pretende atuar. Para planejar a futura empresa, é preciso ter informações diversas sobre: oportunidades de mercado, futuros clientes, custos e preços, tributos e taxas,
  • 18. 6 custos de abertura e de legalização da nova empresa, concorrentes, fornecedores e linhas de financiamento, entre outras. · Criar: é utilizar do conhecimento para conceituar seu negocio ou sua escolha de forma inovadora. · Planejar: deve colocar todo seu conhecimento adquirido em um plano de negocio e obter os recursos necessários para abertura do negocio, deve- se levar em conta que o sucesso de qualquer negócio depende, sobretudo, de um bom planejamento. Embora qualquer negócio ofereça riscos, é possível prevenir-se contra eles. Cinco etapas para desenvolver um negocio com sucesso · Etapa 1 - Gerando idéias de negócios · Etapa 2 - Verificando a viabilidade do negócio · Etapa 3 - Formalizando o negócio · Etapa 4 - Organizando e administrando o negócio · Etapa 5 - Relacionando o negócio com o mercado PLANO DE NEGÓCIO O que é e para que serve? Imagine que você deseja construir uma casa, organizar uma festa, viajar para o campo ou para o litoral. Com certeza, sua intenção é que tudo dê certo, mas, para que isso ocorra, é necessário fazer um cuidadoso planejamento. Preste atenção nesta palavra: PLANEJAMENTO. Ou seja, a casa, a festa e a viagem não vão se realizar apenas porque você assim deseja, mesmo que seja um desejo ardoroso. Ideias assim nascem em nossos corações, porém, para que elas se tornem realidade, é preciso construí-las passo a passo. Para que uma viagem aconteça, é necessário escolher o local a ser visitado, decidir o tempo da viagem, quanto dinheiro levar, comprar passagens, reservar hotel, arrumar as malas, entre tantas outras coisas. Se, para uma simples viagem, precisamos fazer tudo isso, imagine quando queremos abrir um negócio. E empreender, muitas vezes, é uma viagem para um lugar desconhecido. Para você organizar suas idéias é que foi criado o PLANO DE NEGÓCIO. Nesta viagem ao mundo dos empreendedores, o plano de negócio será o seu mapa de percurso. O plano irá orientá-lo na busca de informações detalhadas sobre o seu ramo, os produtos e serviços que irá oferecer seus clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do seu negócio,
  • 19. 7 contribuindo para a identificação da viabilidade de sua ideia e na gestão da empresa. Um Ao final, seu plano irá ajudá-lo a responder a seguinte pergunta: “Vale a pena abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”. Lembre-se de que a preparação de um plano de negócio é um grande desafio, pois exige persistência, comprometimento, pesquisa, trabalho duro e muita criatividade. Boa sorte, ou melhor, dizendo, bom trabalho! E tenha claro que começar já é a metade de toda a ação. Sucesso! CONSTRUÇÃO DA VISÃO DE NEGÓCIO– TRABALHANDO A IDEIA. Estudo de caso Trabalho é grande parte de nossa vida, então… * Silvana Case Por que não ser feliz no que faz? Por que não buscar o que o que te faz feliz? Vivo intensamente o universo corporativo há 25 anos. Os modismos entram e saem do nosso cotidiano. Porém, a essência é que o ser humano nasce e existe para ser feliz, quer em sua atividade profissional, relacionamentos familiares, de amizade, no mundo acadêmico, entre tantos outros. Não conheço ninguém infeliz que agregue valor a si e aos que estão ao seu redor. Mas vejo tantos infelizes perambulando nas empresas... Parte da empregabilidade, que todos temos que conquistar e manter, é a felicidade. Pergunte-se de forma honesta: Tenho empregabilidade? Quais meus projetos de vida? Com eles, onde quero chegar? Tenho foco - defini as metas e as persigo? Meu planejamento para estes projetos existem? Sou apaixonado pelo que faço, ou trabalho somente pelo salário? E, ao final: Sou Feliz?
  • 20. 8 Caso não tenha as respostas claras, usando de toda sinceridade para consigo mesmo, vá em busca da sua verdade. Por outro lado, parece que o mundo ficou menor (ou mais próximo) e, sem dúvida, mais sintonizado no Brasil. É o nosso grande momento. Cada vez mais intensamente, as empresas necessitam de profissionais qualificados tecnicamente, com visão global de negócios e, acima de tudo, interessados, comprometidos, com agilidade na entrega e ética. Mas temos que ter em mente e nos prepararmos para os períodos mais difíceis que, com grande probabilidade, virão… E vejo pouca atenção das pessoas a estes temas: empregabilidade/preparação para o futuro e felicidade. Parte considerável não tem preparo suficiente e ainda acredita, talvez até mesmo por acomodação, que os governantes cuidarão totalmente do seu povo, e que o Empregador cuidará da sua carreira. Engano! Você é o foco, você é o Negócio. Cuide e gerencie a sua vida, o seu negócio. Desta forma, escolherá onde quer trabalhar, de acordo com as competências que desenvolveu. Tenha em mente que sua carreira depende só de Você. Seja líder de si mesmo! Gosto muito de enfatizar a importância de se investir numa Marca Pessoal. Através dela, Você vai mais longe, aumenta a visibilidade. Necessário termos em mente também a importância da comunicação eficaz, uma das principais ferramentas estratégicas dos relacionamentos bem sucedidos. Através dela, exercemos as funções de planejamento, organização, liderança e controle das ações envolvidas, influenciando positivamente ao nosso redor. Recentemente, fui convidada a falar sobre o tema para a revista da Ordem dos Parlamentares do Brasil que gerou a matéria intitulada “Socorro... meu chefe é uma…” Espantosa a constatação de um renomado instituto de pesquisa que encontrou que 66% dos funcionários se demitem do seu chefe e não da corporação que os contratou. Estes não são hábeis na comunicação, trazem consigo imaturidade emocional para o cargo de gestor comprometem os resultados da equipe, dificultam que os talentos aflorem e, conseqüentemente, os talentos partem para as empresas “vencedoras”. O Top é a valorização das melhores práticas de empresas que são independentes dos seus produtos, agrupamentos de pessoas talentosas e, com certeza, em sua maioria, formados por pessoas felizes, que tornam o ambiente de trabalho agradável e gerador de resultados positivos. Com esta fórmula, ampliadas as chances de reconhecimento e, consequentemente, a felicidade - circulo vicioso! Todos fazemos parte das corporações. Portanto, todos somos Recursos Humanos. Que sejamos, de preferência, felizes. Assim... Se estiver insatisfeito com seu empregador, seu superior, sua área de atuação é tempo de mudança, pois enquanto há vida… podemos. Ser infeliz é um grande prejuízo! “Para obter algo que você nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez”
  • 21. 9 E Agora? ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS SIMPLIFICADO. 1. Conceito do negócio Primeiro, é necessário que o empreendedor tenha a definição clara das características do novo negócio. O conjunto dessas características recebe o nome de conceito de negócios, que nada mais é do que a sua ideia, porém mais detalhada. Para conseguir definir esse conceito, o novo empresário precisa fazer algumas análises como de mercado em que ele pretende atuar, como concorrência e sistemas de organização e produção. Ele precisa também tomar algumas decisões sobre o público que ele quer atingir e divulgação, além de preços e os diferenciais da empresa. Esse conjunto de coisas fará a identidade do futuro empreendimento e, à medida que as decisões forem sendo tomadas, conforme a competição do mercado, o conceito de negócio vai ganhando detalhes. 2. Funções fundamentais do negócio Em qualquer novo negócio, é de extrema importância que o todo empreendedor planeje bem como vai desempenhar as funções da empresa. Isso fará com que ele ganhe mais eficiência e segurança quando o negócio estiver andando e evita que problemas o surpreendam. Existem três funções fundamentais de toda empresa que o empreendedor precisa tê-las bem definidas. São elas: Produção – matéria-prima, transporte, equipamentos, estoque, controle de qualidade e embalagem. Vendas – vendedores, distribuidores, clientes, preços, promoções, remunerações de funcionários, ajudas de custo e movimentação de produtos ou deslocamento de pessoas para prestação de serviços. Organização e controle – funcionários, funções básicas, supervisão, além de arquivos, documentos e formulários. 3. Plano de Ação Essa próxima etapa é a responsável por orientar a programação do novo empreendimento. O plano de ação corresponde às atividades fundamentais, que é como a empresa vai funcionar, quais serão as responsabilidades que
  • 22. 10 precisarão ser assumidas e quem vai cuidar de determinadas tarefas. Ter um cronograma com metas definidas é um bom começo. 4. Orçamento Depois de ter tudo bem definido com metas claras e objetivas dentro da cabeça, o empreendedor precisa colocar tudo em números. É necessário fazer um bom orçamento para auxiliá-lo a controlar os gastos. Orçamento de investimento – É uma lista detalhada dos investimentos que serão feitos para a abertura do negócio, como despesas com o registro da empresa, contador, reforma e benfeitorias, equipamentos, máquinas, móveis, utensílios, material para escritório, matéria-prima ou produtos para estoque inicial e reserva de caixa. Ele serve para reduzir gastos no futuro e para o empreendedor ter controle do quanto foi investido. Assim, ele consegue analisar se os resultados foram compensadores. Orçamento operacional – É uma previsão de receitas e despesas do novo empreendimento. Estime o quanto (quantidade e preço) se espera vender com o novo negócio. Você precisa usar do bom senso e refletir analisando outros negócios. Estime também o quanto vai gastar para produzir/vender essa quantidade de produto/serviço. Esses gastos variam, mas costumam incluir pelo menos matéria-prima, embalagem, imposto direto e comissões sobre as vendas. Estime também todos os gastos mensais que a empresa terá, como aluguel, salários, contador, taxas de impostos fixas, telefone, água e luz, entre outras. E, por fim, o novo empresário precisa fazer a seguinte dedução: Vendas – custos variáveis – custos fixos = lucro/prejuízo Orçamento de caixa – É o que completa a entrada e saída de dinheiro. No orçamento operacional, por exemplo, estão as vendas, mas a venda não quer dizer recebimento, porque ela pode ser a prazo. O orçamento de caixa lida exclusivamente com o dinheiro que, efetivamente, entra e sai da empresa. É imprescindível que o empreendedor faça uma lista com todos os pagamentos e todos os recebimentos a serem feitos no decorrer de determinado período. Cada um precisa estar lançado no dia certo. Também é necessário que o novo empresário veja o saldo de caixa antes do primeiro dia e daí em diante comece a fazer os cálculos do dinheiro que entra + saldo do dia anterior – dinheiro que sai = saldo do dia. Isso é o controle do fluxo de caixa. Com todo esse cuidado, o novo empreendimento evitará passar por rombos na conta. ETAPAS PARA CONSTRUÇÃO DO SEU NEGOCIO 1- Descrição da Empresa Nesta seção você deve descrever sua empresa, seu histórico, crescimento/faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura organizacional, localização, parcerias, serviços terceirizados etc.
  • 23. 11 2- Missão da Empresa A missão é tida como o detalhamento da razão de ser da empresa, ou seja, é o porquê da empresa. Na missão, tem-se acentuado o que a empresa produz, sua previsão de conquistas futuras e como espera ser reconhecida pelos clientes e demais stakeholders. Exemplos: · Fiat Desenvolver, produzir e comercializar carros e serviços que as pessoas prefiram comprar e tenham orgulho de possuir, garantindo a criação de valor e a sustentabilidade do negócio. · HSBC Garantir a excelência na entrega de produtos e serviços financeiros, maximizando valor para clientes e acionistas. · Gerdau Gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e a sociedade, atuando na indústria do aço de forma sustentável. 3- Visão da Empresa A visão é algo responsável por nortear a organização. É um acumulado de convicções que direcionam sua trajetória. O professor de empreendedorismo Louis Jacques Filion define visão como “a imagem projetada no futuro do espaço de mercado futuro a ser ocupado pelos produtos e o tipo de organização necessária para se alcançar isso”. Em suma, a visão pode ser percebida como a direção desejada, o caminho que se pretende percorrer, uma proposta do que a empresa deseja ser a médio e longo prazo e, ainda, de como ela espera ser vista por todos. Exemplos de visão: · Fiat Estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência em produtos e serviços automobilísticos. · HSBC Ser o melhor grupo financeiro do Brasil em geração de valor para clientes, acionistas e colaboradores. · Gerdau Ser global e referência nos negócios em que atua. 4- Princípios e Valores Fundamentais Os valores incidem nas convicções que fundamentam as escolhas por um modo de conduta tanto de um indivíduo quanto em uma organização. Richard Barrett, ex-diretor do Banco Mundial, declara que em uma organização os
  • 24. 12 valores “dizem” e os comportamentos “fazem”. Assim sendo, os valores organizacionais podem ser definidos como princípios que guiam a vida da organização, tendo um papel tanto de atender seus objetivos quanto de atender às necessidades de todos aqueles a sua volta. Exemplos de valores: · Fiat Satisfação do cliente Ele é a razão da existência de qualquer negócio. Valorização e respeito às pessoas São as pessoas o grande diferencial que torna tudo possível. Atuar como parte integrante do Grupo Fiat Juntos nossa marca fica muito mais forte. Responsabilidade social É a única forma de crescer em uma sociedade mais justa. Respeito ao Meio Ambiente É isso que nos dá a perspectiva do amanhã. · HSBC Nossa conduta deve refletir os mais altos padrões de ética; Nossa comunicação deve ser clara e precisa; Nosso gerenciamento deve ser em equipe, consistente e focado; Nosso relacionamento com clientes e colaboradores deve ser transparente e baseado na responsabilidade e confiança entre as partes. · Gerdau Ter a preferência do CLIENTE SEGURANÇA das pessoas acima de tudo PESSOAS respeitadas, comprometidas e realizadas EXCELÊNCIA com SIMPLICIDADE Foco em RESULTADOS INTEGRIDADE com todos os públicos SUSTENTABILIDADE econômica, social e ambiental 5- Análise de Mercado Na seção de Análise de Mercado, você deverá mostrar que conhece muito bem o mercado consumidor do seu produto/serviço (através de pesquisas de mercado): como está segmentado, as características do consumidor, análise da concorrência, a sua participação de mercado e a dos principais concorrentes, os riscos de negócio etc. a) Análise Ambiental: Identificar, dentre os fatores abaixo, aqueles que poderão proporcionar oportunidades e/ou ameaças para a organização e/ou setor.
  • 25. 13 Oportunidade X Ameaça Justificativa A- Fatores Demográficos: B- Fatores Econômicos: C- Político/Legal: D- Sócio- Cultural: E- Tecnológico: F- Global: b) Análise Organizacional: Identificar abaixo as oportunidades e/ou ameaças para a organização. Forças X Fraquezas c) Análise Global: Faça uma analise geral em torno do ambiente de sua organização e veja quais forças e fraquezas possuem. 6- Posicionamento Competitivo: Estabeleça o posicionamento competitivo através dos planos a seguir: Plano de Marketing O Plano de Marketing apresenta como você pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos aumentar a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade. Plano Financeiro A seção de finanças deve apresentar em números todas as ações planejadas de sua empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quanto precisa de capital, quando e com que produto), de sucesso do negócio. Deve conter itens como fluxo de caixa com horizonte de 3 anos, balanço, ponto de equilíbrio, necessidades de investimento, lucratividade prevista, prazo de retorno sobre investimentos etc. 7- Estratégia Central da Empresa: Elabore as estratégias a serem adotadas, buscando potencializar seus pontos fortes, reduzir seus pontos fracos, aproveitar as oportunidades e minimizar as ameaças do ambiente externo. As estratégias devem considerar o cenário mais provável e a visão da empresa. 8- Objetivos: Para as estratégias definidas no item anterior estabeleça os objetivos de curto e longo prazo. 9- Produtos e Serviços Nesta seção do seu Plano de Negócios você deve descrever quais são seus produtos e serviços, como são produzidos, ciclo de vida, fatores tecnológicos envolvidos, pesquisa e desenvolvimento, principais clientes atuais, se detém marca e/ ou patente de algum produto etc. 10. Agora é com você! Coloque todas etapas no papel e monte seu negócio.
  • 26. 14 SITES DE RECOMENDADOS PARA PESQUISA http://www.empreendedor.com.br/multimidia/sebrae/plano/negocio_certo.pdf http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/as-caracteristcas-e-o- perfil-do-empreendedor/24327/ http://www.e-commerce.org.br/empreendedor.php http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/F896176A3D895B71832575 510075D2DB/$File/NT0003DCB6.pdf SEBRAE, Cartilha do empreendedor. 3. ed. rev. e ampl. - Salvador: Sebrae Bahia, 2009. 68 p. http://www.josedornelas.com.br/wp- content/uploads/2011/11/Empreendedorismo-capitulo-2.pdf http://grupoinovadores.blogspot.com.br/2008/08/anlise-histrica-palavra- empreendedor.html http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/a- importancia-do-empreendedor-para-as-organizacoes/38806/ SEBRAE. Disciplina de empreendedorismo. São Paulo: Manual do aluno, 2007, 67p. http://unidosporanalandia.blogspot.com.br/2011/04/sustentabilidade-e- empreendedorismo.html http://blogdosempreendedores.com.br/2011/08/30/plano-de-negocios/