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Epidemiologia e Controle
das Doenças
Prof. Skarlatt Aguiar
Conceitos Básicos
 Patogenia: é o estudo dos mecanismos pelos quais os patógenos causam doenças em um
hospedeiro. Envolve a adesão do patógeno às células do hospedeiro, a invasão dos tecidos, a
multiplicação do patógeno, a produção de toxinas e a resposta imune do hospedeiro.
 É o processo pelo qual um organismo patogênico invade o organismo hospedeiro, se
multiplica e causa danos aos tecidos e órgãos.
 Virulência: A virulência de um patógeno se configura numa medida da sua capacidade de
provocar doença grave num hospedeiro.
 O caráter nocivo e patogênico de um microrganismo, quer se trate de um vírus, de uma
bactéria ou de um fungo, determina a sua virulência.
 Ela relata a gravidade da infecção que o patógeno causaria e está ligada a diversos fatores, a
exemplo da capacidade de envolver células hospedeiras, evadir o sistema imunológico e
causar danos para os tecidos.
Conceitos Básicos
 Infectividade: É a capacidade que tem o agente etiológico de penetrar e multiplicar-se em
determinado organismo, ou seja, de causar infecção, independentemente da ocorrência ou
não de agravos à saúde.
 Patogenicidade: A patogenicidade é um conceito absoluto que determina se uma bactéria é
ou não capaz de causar doença em um hospedeiro, enquanto a virulência é uma unidade
contínua e se refere à intensidade do dano causado, podendo variar conforme a cepa ou o
ambiente em que a interação com o hospedeiro se dá.
 Letalidade: É uma proporção calculada como o quociente entre os casos de uma doença que
evoluíram para o óbito e todos os casos diagnosticados ao longo de um determinado
período.
Indicadores de Saúde
● De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), esses indicadores são
medidas ou sinalizadores que contêm informações relevantes sobre determinados atributos
e dimensões do estado de saúde, bem como, de maneira geral, do desempenho de todo o
sistema de saúde.
● A interpretação conjunta dos indicadores ajuda os especialistas a refletirem sobre a situação
sanitária de uma população ou comunidade e serve para subsidiar a criação de políticas
públicas. Isso é realizado como uma maneira de aperfeiçoar o sistema de saúde e garantir
melhores condições e qualidade de vida à população de modo geral.
● Na visão da OPAS, a construção de indicadores de saúde é algo complexo, pois pode
envolver desde a simples contagem direta de certos casos de doenças até o cálculo, porções
ou índices relacionados à expectativa de vida de determinada população.
Indicadores de Saúde
● Taxa de crescimento da população: é um indicador importante, pois permite o ajuste do
sistema de saúde para conseguir atender o crescimento da população;
● Proporção de idosos na população: os idosos fazem parte de um grupo que recebe atenção
especial do Sistema Único de Saúde (o SUS). Por isso, esse indicador se coloca como
fundamental para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do sistema de saúde;
● Esperança de vida ao nascer: essa é uma métrica importante que mede a saúde de uma
população e seu progresso. A esperança de vida ao nascer pode ser afetada por diversos
fatores, como alimentação, saneamento básico e assistência médica;
Indicadores de Saúde
● Mortalidade infantil: essa é outra grande preocupação na área da saúde, pois as crianças são
o futuro de qualquer sociedade. A mortalidade infantil está intimamente ligada às condições
sanitárias do local onde a criança nasceu e vive;
● Taxa de natalidade: embora possamos desenvolver tecnologias para evitar o nascimento
indesejado de crianças, ela ainda representa um indicador relevante da saúde sexual e
reprodutiva das mulheres e pode ilustrar a saúde em geral de determinada região geográfica;
Indicadores de Saúde
● Doenças transmissíveis: as doenças transmissíveis são um problema de saúde pública em todo
o mundo. A prevenção e o controle dessas doenças dependem, na maioria das vezes, da
educação e do acesso à informação sobre os cuidados que devem ser tomados para evitá-las. É
um indicador que chama muita atenção, pois pode funcionar como um alarme para problemas
graves de saúde pública;
● Doenças não transmissíveis: as doenças não transmissíveis são aquelas que não podem ser
transmitidas por contato com outras pessoas. Ou seja, são causadas por fatores ambientais,
genéticos ou pelo estilo de vida. As principais doenças nessa categoria são o câncer, as
cardiopatias e o diabete.
Indicadores de Saúde
Além desses indicadores, ainda temos:
● Índice de envelhecimento;
● Taxa de fecundidade;
● Mortalidade por idade;
● Esperança de vida aos 60 anos;
● Mortalidade por infecção;
● Mortalidade por causas desconhecidas;
● Mortalidade por tipo de doença;
● Mortalidade por doenças transmissíveis.
Coeficientes mais utilizados na saúde
● Os coeficientes mais utilizados para avaliar o nível de saúde de uma população são:
● Coeficiente de Mortalidade Geral: mede o risco de morte por todas as causas em uma
população de um dado local e período.
● Coeficiente de Mortalidade Infantil: mede o risco de morte de crianças menores de um ano de
idade em uma população de um dado local e período.
Coeficientes mais utilizados na saúde
● Coeficiente de incidência: expressa o número de casos novos de uma determinada doença
durante um período definido, numa população sob o risco de desenvolver a doença. É
calculado pelo número de novos casos dividido pela população em risco multiplicado pelo
tamanho da população.
● Coeficiente de prevalência: é o número total de casos de uma doença, novos e antigos,
existentes num determinado local e período. É mais utilizado para doenças crônicas de
longa duração, como hanseníase, tuberculose, AIDS e diabetes O coeficiente de prevalência
é igual ao resultado do coeficiente de incidência multiplicado pela duração média da
doença.
Áreas de risco na comunidade
 Áreas de risco são partes de um determinado território que, por suas
características, apresentam mais chances de que “algo indesejado” aconteça.
 A definição da área de risco pode variar conforme o que seja esse “algo
indesejado”.
 Para a Defesa Civil, por exemplo, trata-se de locais com maior risco de enchentes,
desmoronamentos ou outras situações em que ela costuma ser acionada.
 Para a vigilância epidemiológica, podem ser áreas com maior quantidade de
mosquitos transmissores da dengue.
 Na Estratégia de Saúde da Família, consideramos como de risco as micro-áreas em
que os moradores, de maneira geral, têm seus níveis de saúde inferiores aos do
restante da população do território, possuem mais chances de adoecer, ou ainda,
ao apresentar a mesma doença que pessoas de outra micro-área, desenvolvem-na
em maior gravidade ou com maiores complicações.
Áreas de risco na comunidade
 Exemplos de condições que definem uma micro-área como sendo de risco são a
grande frequência de violência, desemprego, analfabetismo, uso de drogas,
crianças que sofrem maus-tratos e a ausência de infraestrutura, como
saneamento básico e moradias adequadas.
 Saneamento: abastecimento de água, esgoto sanitário e destino do lixo
inadequado ou ausente.
 Habitação: domicílios improvisados, alto número de moradores por domicílio.
 Educação: analfabetismo, baixa escolaridade do chefe da família.
 Baixa renda.
 Indicadores de saúde: proporção de mortes por problemas cardíacos e
circulatórios antes dos 60 anos, mortalidade infantil.
 A presença de um maior número dessas características corresponde a maior
risco para a população.
Situação de risco
 Bebês que nascem com menos de dois quilos e meio;
 Crianças que estão desnutridas;
 Filhos de mães que fumam, bebem bebidas alcoólicas eusam drogas na
gravidez;
 Gestantes que não fazem o pré-natal;
 Gestantes que fumam;
 Gestantes com diabetes e/ou pressão alta;
 Acamados;
 Pessoas que precisam de cuidadores, mas não possuemalguém que exerça essa
função;
 Pessoas com deficiência que não têm acesso às ações e serviços de saúde,
sejam estes de promoção, proteção, diagnóstico, tratamento ou reabilitação;
 Pessoas em situação de violência;
 Pessoas que estão com peso acima da média e vida sedentária com ou sem uso
do tabaco ou do álcool.
Devemos nos atentar
 E necessário considerar ainda condições que aumentam o risco de as pessoas
adoecerem, por exemplo:
 Baixa renda;
 Desemprego;
 Acesso precário a bens e serviços: água, luz elétrica, transporte etc.);
 Falta de água tratada;
 Lixo armazenado em locais inadequados;
 Uso incorreto de venenos na lavoura;
 Poluição do ar ou da água;
 Esgoto a céu aberto;
 Falta de alimentação ou alimentação inadequada;
 Uso inadequado de medicamentos prescritos;
 Automedicação;
 Descontinuidade de tratamento.
O ACS deve
 Identificar essas áreas e situações de risco individual e coletivo;
 Encaminhar as pessoas aos serviços de saúde sempre que necessário;
 Orientar as pessoas, de acordo com as instruções da equipe de saúde;
 Acompanhar a situação de saude das pessoas, para ajudá-las a conseguir
bons resultados.

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EPIDEMIOLOGIA PARA AGENTE COMUNITARIO DE SAÚDE .

  • 1. Epidemiologia e Controle das Doenças Prof. Skarlatt Aguiar
  • 2. Conceitos Básicos  Patogenia: é o estudo dos mecanismos pelos quais os patógenos causam doenças em um hospedeiro. Envolve a adesão do patógeno às células do hospedeiro, a invasão dos tecidos, a multiplicação do patógeno, a produção de toxinas e a resposta imune do hospedeiro.  É o processo pelo qual um organismo patogênico invade o organismo hospedeiro, se multiplica e causa danos aos tecidos e órgãos.  Virulência: A virulência de um patógeno se configura numa medida da sua capacidade de provocar doença grave num hospedeiro.  O caráter nocivo e patogênico de um microrganismo, quer se trate de um vírus, de uma bactéria ou de um fungo, determina a sua virulência.  Ela relata a gravidade da infecção que o patógeno causaria e está ligada a diversos fatores, a exemplo da capacidade de envolver células hospedeiras, evadir o sistema imunológico e causar danos para os tecidos.
  • 3. Conceitos Básicos  Infectividade: É a capacidade que tem o agente etiológico de penetrar e multiplicar-se em determinado organismo, ou seja, de causar infecção, independentemente da ocorrência ou não de agravos à saúde.  Patogenicidade: A patogenicidade é um conceito absoluto que determina se uma bactéria é ou não capaz de causar doença em um hospedeiro, enquanto a virulência é uma unidade contínua e se refere à intensidade do dano causado, podendo variar conforme a cepa ou o ambiente em que a interação com o hospedeiro se dá.  Letalidade: É uma proporção calculada como o quociente entre os casos de uma doença que evoluíram para o óbito e todos os casos diagnosticados ao longo de um determinado período.
  • 4. Indicadores de Saúde ● De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), esses indicadores são medidas ou sinalizadores que contêm informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como, de maneira geral, do desempenho de todo o sistema de saúde. ● A interpretação conjunta dos indicadores ajuda os especialistas a refletirem sobre a situação sanitária de uma população ou comunidade e serve para subsidiar a criação de políticas públicas. Isso é realizado como uma maneira de aperfeiçoar o sistema de saúde e garantir melhores condições e qualidade de vida à população de modo geral. ● Na visão da OPAS, a construção de indicadores de saúde é algo complexo, pois pode envolver desde a simples contagem direta de certos casos de doenças até o cálculo, porções ou índices relacionados à expectativa de vida de determinada população.
  • 5. Indicadores de Saúde ● Taxa de crescimento da população: é um indicador importante, pois permite o ajuste do sistema de saúde para conseguir atender o crescimento da população; ● Proporção de idosos na população: os idosos fazem parte de um grupo que recebe atenção especial do Sistema Único de Saúde (o SUS). Por isso, esse indicador se coloca como fundamental para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do sistema de saúde; ● Esperança de vida ao nascer: essa é uma métrica importante que mede a saúde de uma população e seu progresso. A esperança de vida ao nascer pode ser afetada por diversos fatores, como alimentação, saneamento básico e assistência médica;
  • 6. Indicadores de Saúde ● Mortalidade infantil: essa é outra grande preocupação na área da saúde, pois as crianças são o futuro de qualquer sociedade. A mortalidade infantil está intimamente ligada às condições sanitárias do local onde a criança nasceu e vive; ● Taxa de natalidade: embora possamos desenvolver tecnologias para evitar o nascimento indesejado de crianças, ela ainda representa um indicador relevante da saúde sexual e reprodutiva das mulheres e pode ilustrar a saúde em geral de determinada região geográfica;
  • 7. Indicadores de Saúde ● Doenças transmissíveis: as doenças transmissíveis são um problema de saúde pública em todo o mundo. A prevenção e o controle dessas doenças dependem, na maioria das vezes, da educação e do acesso à informação sobre os cuidados que devem ser tomados para evitá-las. É um indicador que chama muita atenção, pois pode funcionar como um alarme para problemas graves de saúde pública; ● Doenças não transmissíveis: as doenças não transmissíveis são aquelas que não podem ser transmitidas por contato com outras pessoas. Ou seja, são causadas por fatores ambientais, genéticos ou pelo estilo de vida. As principais doenças nessa categoria são o câncer, as cardiopatias e o diabete.
  • 8. Indicadores de Saúde Além desses indicadores, ainda temos: ● Índice de envelhecimento; ● Taxa de fecundidade; ● Mortalidade por idade; ● Esperança de vida aos 60 anos; ● Mortalidade por infecção; ● Mortalidade por causas desconhecidas; ● Mortalidade por tipo de doença; ● Mortalidade por doenças transmissíveis.
  • 9. Coeficientes mais utilizados na saúde ● Os coeficientes mais utilizados para avaliar o nível de saúde de uma população são: ● Coeficiente de Mortalidade Geral: mede o risco de morte por todas as causas em uma população de um dado local e período. ● Coeficiente de Mortalidade Infantil: mede o risco de morte de crianças menores de um ano de idade em uma população de um dado local e período.
  • 10. Coeficientes mais utilizados na saúde ● Coeficiente de incidência: expressa o número de casos novos de uma determinada doença durante um período definido, numa população sob o risco de desenvolver a doença. É calculado pelo número de novos casos dividido pela população em risco multiplicado pelo tamanho da população. ● Coeficiente de prevalência: é o número total de casos de uma doença, novos e antigos, existentes num determinado local e período. É mais utilizado para doenças crônicas de longa duração, como hanseníase, tuberculose, AIDS e diabetes O coeficiente de prevalência é igual ao resultado do coeficiente de incidência multiplicado pela duração média da doença.
  • 11. Áreas de risco na comunidade  Áreas de risco são partes de um determinado território que, por suas características, apresentam mais chances de que “algo indesejado” aconteça.  A definição da área de risco pode variar conforme o que seja esse “algo indesejado”.  Para a Defesa Civil, por exemplo, trata-se de locais com maior risco de enchentes, desmoronamentos ou outras situações em que ela costuma ser acionada.  Para a vigilância epidemiológica, podem ser áreas com maior quantidade de mosquitos transmissores da dengue.  Na Estratégia de Saúde da Família, consideramos como de risco as micro-áreas em que os moradores, de maneira geral, têm seus níveis de saúde inferiores aos do restante da população do território, possuem mais chances de adoecer, ou ainda, ao apresentar a mesma doença que pessoas de outra micro-área, desenvolvem-na em maior gravidade ou com maiores complicações.
  • 12. Áreas de risco na comunidade  Exemplos de condições que definem uma micro-área como sendo de risco são a grande frequência de violência, desemprego, analfabetismo, uso de drogas, crianças que sofrem maus-tratos e a ausência de infraestrutura, como saneamento básico e moradias adequadas.  Saneamento: abastecimento de água, esgoto sanitário e destino do lixo inadequado ou ausente.  Habitação: domicílios improvisados, alto número de moradores por domicílio.  Educação: analfabetismo, baixa escolaridade do chefe da família.  Baixa renda.  Indicadores de saúde: proporção de mortes por problemas cardíacos e circulatórios antes dos 60 anos, mortalidade infantil.  A presença de um maior número dessas características corresponde a maior risco para a população.
  • 13. Situação de risco  Bebês que nascem com menos de dois quilos e meio;  Crianças que estão desnutridas;  Filhos de mães que fumam, bebem bebidas alcoólicas eusam drogas na gravidez;  Gestantes que não fazem o pré-natal;  Gestantes que fumam;  Gestantes com diabetes e/ou pressão alta;  Acamados;  Pessoas que precisam de cuidadores, mas não possuemalguém que exerça essa função;  Pessoas com deficiência que não têm acesso às ações e serviços de saúde, sejam estes de promoção, proteção, diagnóstico, tratamento ou reabilitação;  Pessoas em situação de violência;  Pessoas que estão com peso acima da média e vida sedentária com ou sem uso do tabaco ou do álcool.
  • 14. Devemos nos atentar  E necessário considerar ainda condições que aumentam o risco de as pessoas adoecerem, por exemplo:  Baixa renda;  Desemprego;  Acesso precário a bens e serviços: água, luz elétrica, transporte etc.);  Falta de água tratada;  Lixo armazenado em locais inadequados;  Uso incorreto de venenos na lavoura;  Poluição do ar ou da água;  Esgoto a céu aberto;  Falta de alimentação ou alimentação inadequada;  Uso inadequado de medicamentos prescritos;  Automedicação;  Descontinuidade de tratamento.
  • 15. O ACS deve  Identificar essas áreas e situações de risco individual e coletivo;  Encaminhar as pessoas aos serviços de saúde sempre que necessário;  Orientar as pessoas, de acordo com as instruções da equipe de saúde;  Acompanhar a situação de saude das pessoas, para ajudá-las a conseguir bons resultados.