Técnicas para a Reeducação
Alimentar em Adultos e Crianças

       Nutr. Priscila Moreira
Objetivos
•   Obesidade: Crianças → Adultos
•   Educação Nutricional
•   Técnicas de Abordagem
•   A atuação do Nutricionista
Definição
A obesidade é caracterizada pelo acumulo excessivo de
    gordura corporal com potencial prejuízo à saúde,
             decorrente de vários fatores:

                Complexa e multifatorial




                                     (OMS, 1997; Nature 2000;404(1):635-643)
Prevalência da Obesidade em 2025




                    Fonte: IOTF (International Obesity Taskforce), 2002
Crianças Obesas – Adultos Obesos

                           (Mantovani , R.M.et. al, 2008)
Orientar os pais sobre a alimentação
Incentivar o consumo de alimentos saudáveis



    Educação Nutricional desde a
             Pré-Escola
• Alunos de escolas Públicas e Privadas – Florianópolis (SC)
    • 3ª e 4ª séries




GABRIEL, CG; SANTOS, MV; VASCONCELOS, FAG. Avaliação de um programa para promoção de hábitos alimentares saudáveis em escolares de
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife, v. 8, n. 3, Sept. 2008 .
Intervenção Escolar Nutricional




GABRIEL, CG; SANTOS, MV; VASCONCELOS, FAG. Avaliação de um programa para promoção de hábitos alimentares saudáveis em escolares de
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife, v. 8, n. 3, Sept. 2008 .
“O que deve ser vendido na cantina?”
      • Alimentos mais citados antes da intervenção:
      Refrigerantes, sorvete/picolé, salgados fritos,
      salgadinhos tipo chips, doces/balas.
      • Alimentos mais citados após a intervenção:
      Suco de fruta natural, lanches, frutas.

        Alunos de escola pública demonstraram menor
            interesse em mudar hábitos alimentares.
GABRIEL, CG; SANTOS, MV; VASCONCELOS, FAG. Avaliação de um programa para promoção de hábitos alimentares saudáveis em escolares de
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife, v. 8, n. 3, Sept. 2008 .
Resultado:

                                        freqüência de algumas
                                          atitudes e práticas
                                           alimentares mais
                                               saudáveis



       Essa experiência pode ser aplicada em outras instituições e, para
          sua maior efetividade, deve contar com a participação da
           comunidade escolar (especialmente pais e professores).


GABRIEL, CG; SANTOS, MV; VASCONCELOS, FAG. Avaliação de um programa para promoção de hábitos alimentares saudáveis em escolares de
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife, v. 8, n. 3, Sept. 2008 .
PRÁTICAS ALIMENTARES DE PRÉ-ESCOLARES E
   O CONHECIMENTO DE SEUS PAIS SOBRE
                NUTRIÇÃO
• Crianças em idade pré-escolar (entre 2 a 6
  anos), Ambos os sexos → Antropometria
  (OMS, 2007) – IMC/Idade, Análise qualitativa
  da lancheira.
• Seus respectivos pais → Questionário
• Relacionar o conhecimento dos pais sobre
  nutrição e os alimentos oferecidos por eles à
  seus filhos para serem consumidos na escola.
                                        Moreira, P. 2010.
O consumo na escola
Foram considerados inadequados os alimentos de
baixo valor nutritivo, como salgadinhos e
refrigerantes, e alimentos com alto teor de açúcares
e gorduras como bolos e biscoitos recheados,
embutidos, frituras e doces.




                                           Moreira, P. 2010.
Moreira, P. 2010.
Moreira, P. 2010.
Moreira, P. 2010.
Relação entre o estado nutricional das crianças e a escala de
conhecimento nutricional de seus pais.


 Diagnóstico         Baixo       Moderado          Alto               Total
  Nutricional    N           %   N     %      N            %      N       %
  Baixo peso     0       0,0     1     1,2    1           3,4     2       1,7
      Eutrofia   5       83,3    31   37,3    13          44,8   49      41,5

   Sobrepeso     0       0,0     27   32,5    6           20,7   33      28,0

   Obesidade     1       16,7    24   28,9    9           31,0   34      28,8

         Total   6       100     83   100     29          100    118      100



                                                                 Moreira, P. 2010.
Relação entre o estado nutricional e a adequação das lancheiras.


  Diagnóstico       Inadequada         Adequada              Total

   Nutricional      N        %         N        %       N            %

     Baixo peso     2        2,3       0       0,1       2         1,7

        Eutrofia    35      41,2      14      42,4      49        41,5

     Sobrepeso      25      29,4       8      24,2      33           28

     Obesidade      23      27,1      11      33,3      34        28,8

           Total    85      100       33       100     118         100




                                                             Moreira, P. 2010.
•Grande Influência da
Mídia

•Recusa alimentar

•Conhecimento = falta de
estímulo à mudança.




                           Moreira, P. 2010.
•Conclusão:
  •Os pais conhecem nutrição, mas
  não aplicam      bons hábitos
  alimentares com seus filhos!!!

  • Idade Pré-escolar
  • Conscientização dos pais
  • Formação        de      hábitos
  alimentares




Moreira, P. 2010.
Atuação do Nutricionista
                             • Aula de Culinária
                               – Oficinas práticas
                                 desde a fase pré-
                                 escolar



- Incentivo a manipulação,
preparo e consumo de
alimentos mais naturais e
saudáveis
• Teatro de Fantoches
  – Incentiva a adesão de hábitos alimentares mais
    saudáveis
• Horticultura
  – Contato com vegetais:
    incentiva o consumo




                            - Instiga curiosidade
                            por novos sabores
E no Atendimento Ambulatorial?
•   Anamnese detalhada
•   Orientação direcionada a faixa etária
•   Tratamento contínuo
•   Motivação
Amostras de alimentos saudáveis
Abordagem do Adulto, muda?
• Entendimento facilitado pela
  leitura
• Anamnese
  – Atendimento individualizado
  – Prescrição de Dieta Específica
  – Mesmo material de Apoio
Continuidade no tratamento

– Atendimento quinzenal / mensal / etc
   Resultados
   Adesão - Recordatório
– Atendimento em grupos específicos
   Resultado = adesão
   Maior participação e envolvimento com o tratamento
Atividade                                         Descrição

                                          Dinâmica utilizando a Pirâmide dos Alimentos. Serão apresentados
               Aferição do Peso e         os grupos alimentares seguindo as recomendações propostas por
1º Retorno
                      Aula 1.          Philippi et al (1999), explicando também como identificar as porções de
                                                                     cada grupo.

                                          Leitura e Iterpretação de Rótulos: A aula aborda a leitura correta do
               Aferição do Peso e
2º Retorno                              rótulo dos alimentos e identificação dos nutrientes nos ingredientes e
                      Aula 2.
                                                                 tabela nutricional .
               Aferição do Peso e         Definições como Alimentos Diet e Light e Aula Prática de Leitura de
3º Retorno
                      Aula 3.                                          Rótulos

                                            Técnica Dietética - Cozinhando com sabor e saúde: Dicas para o
               Aferição do Peso e
4º Retorno                             cozimento saudável dos alimentos, uso das ervas naturais e entrega de
                      Aula 4.
                                         um livro com receitas diet e light, baixo coleterol e rica em fibras.


               Aferição do Peso e              Trocas Inteligentes na Alimentação: Dicas da substituição
5º Retorno
                      Aula 5.             saudávelna alimentação e mitos e verdades sobre os alimentos.

                                           10 Passos Para Uma Alimentação Saudável. Desmismistificando a
             Aferição do Peso e C.A.
6º Retorno                             Nutrição: Como manter uma alimentação saudável com o término do
                      Aula 6.
                                                                     tratamento.
Educação Nutricional
                           em Grupo:
                      Orientação Contínua




Aulas Expositivas:
       MEV
Leitura de Rótulos
Técnicas Dietéticas
Trocas Inteligentes
• Jogos
• Dinâmicas de
  grupo
• Receitas saudáveis
• Consumo
  consciente!!!
Qualidade x Quantidade
Considerações Finais
O desenvolvimento de hábitos de vida saudáveis na infância
pode ser o caminho para o controle de doenças, pois, hábitos
 inadequados adquiridos ao longo da vida, são muito mais
        difíceis de serem controlados na fase adulta.


A escolha da ferramenta que será utilizada no
acompanhamento depende do seu público, do
 local e da sua proposta. E principalmente, do
   grau de conhecimento e entendimento do
                   paciente.
Ferramentas de educação nutricional para adultos e crianças

Ferramentas de educação nutricional para adultos e crianças

  • 1.
    Técnicas para aReeducação Alimentar em Adultos e Crianças Nutr. Priscila Moreira
  • 2.
    Objetivos • Obesidade: Crianças → Adultos • Educação Nutricional • Técnicas de Abordagem • A atuação do Nutricionista
  • 3.
    Definição A obesidade écaracterizada pelo acumulo excessivo de gordura corporal com potencial prejuízo à saúde, decorrente de vários fatores: Complexa e multifatorial (OMS, 1997; Nature 2000;404(1):635-643)
  • 4.
    Prevalência da Obesidadeem 2025 Fonte: IOTF (International Obesity Taskforce), 2002
  • 5.
    Crianças Obesas –Adultos Obesos (Mantovani , R.M.et. al, 2008)
  • 7.
    Orientar os paissobre a alimentação Incentivar o consumo de alimentos saudáveis Educação Nutricional desde a Pré-Escola
  • 8.
    • Alunos deescolas Públicas e Privadas – Florianópolis (SC) • 3ª e 4ª séries GABRIEL, CG; SANTOS, MV; VASCONCELOS, FAG. Avaliação de um programa para promoção de hábitos alimentares saudáveis em escolares de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife, v. 8, n. 3, Sept. 2008 .
  • 9.
    Intervenção Escolar Nutricional GABRIEL,CG; SANTOS, MV; VASCONCELOS, FAG. Avaliação de um programa para promoção de hábitos alimentares saudáveis em escolares de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife, v. 8, n. 3, Sept. 2008 .
  • 10.
    “O que deveser vendido na cantina?” • Alimentos mais citados antes da intervenção: Refrigerantes, sorvete/picolé, salgados fritos, salgadinhos tipo chips, doces/balas. • Alimentos mais citados após a intervenção: Suco de fruta natural, lanches, frutas. Alunos de escola pública demonstraram menor interesse em mudar hábitos alimentares. GABRIEL, CG; SANTOS, MV; VASCONCELOS, FAG. Avaliação de um programa para promoção de hábitos alimentares saudáveis em escolares de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife, v. 8, n. 3, Sept. 2008 .
  • 11.
    Resultado: freqüência de algumas atitudes e práticas alimentares mais saudáveis Essa experiência pode ser aplicada em outras instituições e, para sua maior efetividade, deve contar com a participação da comunidade escolar (especialmente pais e professores). GABRIEL, CG; SANTOS, MV; VASCONCELOS, FAG. Avaliação de um programa para promoção de hábitos alimentares saudáveis em escolares de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife, v. 8, n. 3, Sept. 2008 .
  • 12.
    PRÁTICAS ALIMENTARES DEPRÉ-ESCOLARES E O CONHECIMENTO DE SEUS PAIS SOBRE NUTRIÇÃO • Crianças em idade pré-escolar (entre 2 a 6 anos), Ambos os sexos → Antropometria (OMS, 2007) – IMC/Idade, Análise qualitativa da lancheira. • Seus respectivos pais → Questionário • Relacionar o conhecimento dos pais sobre nutrição e os alimentos oferecidos por eles à seus filhos para serem consumidos na escola. Moreira, P. 2010.
  • 13.
    O consumo naescola Foram considerados inadequados os alimentos de baixo valor nutritivo, como salgadinhos e refrigerantes, e alimentos com alto teor de açúcares e gorduras como bolos e biscoitos recheados, embutidos, frituras e doces. Moreira, P. 2010.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
    Relação entre oestado nutricional das crianças e a escala de conhecimento nutricional de seus pais. Diagnóstico Baixo Moderado Alto Total Nutricional N % N % N % N % Baixo peso 0 0,0 1 1,2 1 3,4 2 1,7 Eutrofia 5 83,3 31 37,3 13 44,8 49 41,5 Sobrepeso 0 0,0 27 32,5 6 20,7 33 28,0 Obesidade 1 16,7 24 28,9 9 31,0 34 28,8 Total 6 100 83 100 29 100 118 100 Moreira, P. 2010.
  • 18.
    Relação entre oestado nutricional e a adequação das lancheiras. Diagnóstico Inadequada Adequada Total Nutricional N % N % N % Baixo peso 2 2,3 0 0,1 2 1,7 Eutrofia 35 41,2 14 42,4 49 41,5 Sobrepeso 25 29,4 8 24,2 33 28 Obesidade 23 27,1 11 33,3 34 28,8 Total 85 100 33 100 118 100 Moreira, P. 2010.
  • 19.
    •Grande Influência da Mídia •Recusaalimentar •Conhecimento = falta de estímulo à mudança. Moreira, P. 2010.
  • 20.
    •Conclusão: •Ospais conhecem nutrição, mas não aplicam bons hábitos alimentares com seus filhos!!! • Idade Pré-escolar • Conscientização dos pais • Formação de hábitos alimentares Moreira, P. 2010.
  • 22.
    Atuação do Nutricionista • Aula de Culinária – Oficinas práticas desde a fase pré- escolar - Incentivo a manipulação, preparo e consumo de alimentos mais naturais e saudáveis
  • 23.
    • Teatro deFantoches – Incentiva a adesão de hábitos alimentares mais saudáveis
  • 24.
    • Horticultura – Contato com vegetais: incentiva o consumo - Instiga curiosidade por novos sabores
  • 25.
    E no AtendimentoAmbulatorial? • Anamnese detalhada • Orientação direcionada a faixa etária • Tratamento contínuo • Motivação
  • 36.
  • 37.
    Abordagem do Adulto,muda? • Entendimento facilitado pela leitura • Anamnese – Atendimento individualizado – Prescrição de Dieta Específica – Mesmo material de Apoio
  • 40.
    Continuidade no tratamento –Atendimento quinzenal / mensal / etc Resultados Adesão - Recordatório – Atendimento em grupos específicos Resultado = adesão Maior participação e envolvimento com o tratamento
  • 41.
    Atividade Descrição Dinâmica utilizando a Pirâmide dos Alimentos. Serão apresentados Aferição do Peso e os grupos alimentares seguindo as recomendações propostas por 1º Retorno Aula 1. Philippi et al (1999), explicando também como identificar as porções de cada grupo. Leitura e Iterpretação de Rótulos: A aula aborda a leitura correta do Aferição do Peso e 2º Retorno rótulo dos alimentos e identificação dos nutrientes nos ingredientes e Aula 2. tabela nutricional . Aferição do Peso e Definições como Alimentos Diet e Light e Aula Prática de Leitura de 3º Retorno Aula 3. Rótulos Técnica Dietética - Cozinhando com sabor e saúde: Dicas para o Aferição do Peso e 4º Retorno cozimento saudável dos alimentos, uso das ervas naturais e entrega de Aula 4. um livro com receitas diet e light, baixo coleterol e rica em fibras. Aferição do Peso e Trocas Inteligentes na Alimentação: Dicas da substituição 5º Retorno Aula 5. saudávelna alimentação e mitos e verdades sobre os alimentos. 10 Passos Para Uma Alimentação Saudável. Desmismistificando a Aferição do Peso e C.A. 6º Retorno Nutrição: Como manter uma alimentação saudável com o término do Aula 6. tratamento.
  • 42.
    Educação Nutricional em Grupo: Orientação Contínua Aulas Expositivas: MEV Leitura de Rótulos Técnicas Dietéticas Trocas Inteligentes
  • 43.
    • Jogos • Dinâmicasde grupo • Receitas saudáveis • Consumo consciente!!!
  • 44.
  • 45.
    Considerações Finais O desenvolvimentode hábitos de vida saudáveis na infância pode ser o caminho para o controle de doenças, pois, hábitos inadequados adquiridos ao longo da vida, são muito mais difíceis de serem controlados na fase adulta. A escolha da ferramenta que será utilizada no acompanhamento depende do seu público, do local e da sua proposta. E principalmente, do grau de conhecimento e entendimento do paciente.