SlideShare uma empresa Scribd logo
MECANISMOS E
MECÂNICA DA
FRATURA
GRUPO 4
DIEGO FUKUSHIMA – 11200908
DAVID NAVARRO – 11200907
HUGO VENTURELLI - 11200914
LUCA MAZZAFERRO - 11202576
LUKAS BUTZKE - 11202572
Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura
Fratura é a separação de um
           corpo em duas partes ou mais
           partes quando submetido à um
                  esforço mecânico
      Fratura dúctil                Fratura frágil
  Ocorre apenas após          ocorre pela propagação
  extensa deformação             rápida de trincas,
plástica e se caracteriza     acompanhada de pouca ou
                               nenhuma deformação nos
 pela propagação lenta      materiais cristalinos ocorre em
de trincas resultantes da   determinados planos cristalinos
nucleação e crescimento      chamados planos de clivagem
                             ou ao longo dos contornos de
  de microcavidades.                     grão.
FRATURA DÚCTIL EM
MONOCRISTAIS
       Na ausência de
      heterogeneidades
microestruturais que nucleiem
    uma trinca, a estricção
prossegue até que a seção do
   corpo se anule. Colapso
     plástico, fratura por
        cisalhamento.
FRATURA DÚCTIL POR
COALESCIMENTO DE
MICROCAVIDADES
 Materiais convencionais possuem
heterogeneidades que atuam como
   barreiras para nucleação de
             cavidades.
 A observação da superficial por
MEV revela a presença de alvéolos
  (dimples) remanescentes das
      cavidades nucleadas
O colapso plástico se desenvolve
nas fronteiras das microcavidades
   levando à ruptura gradual e
       contínua do material.
Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura
Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura
FRATURA FRÁGIL POR CLIVAGEM
A fratura frágil é perpendicular        Este modo de fratura é
   ao plano de aplicação de          característica de metais que
             tração.               apresentam algum impedimento
   Nos materiais cristalinos          para o escorregamento de
     corresponde à quebra           discordâncias (partículas de 2°
    sucessiva das ligações             fase, contornos de grão).
atômicas ao longo de um plano
 cristalográfico característico,
 chamado plano de clivagem.
Teoria de
 discordâncias
da fratura frágil.
1- Acumulo de discordâncias
 2- Concentração de tensão
   cisalhante na ponta do
 empilhamento para nuclear
         uma trinca.
   3- Fratura completa sem
   posterior movimento de
discordâncias ou crescimento
    distinto da trinca sendo
   necessária aumento de
             tensão.
A tensão cisalhante força as discordâncias a se
                  amontoarem.
Com alguns valores de tensão as discordâncias
 se coalescem formando uma trinca em cunha.
     Tensão cisalhante é necessária para o
  movimento de discordâncias, porem tensão
     trativa é necessária para propagação.
Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura
PROPAGAÇÃO DA TRINCA

               1 - Fratura frágil instável sem
                     crescimento lento.
               2 - Crescimento lento, seguido
                   de fratura frágil instável
               3 - Crescimento lento a tensão
                         constante
DESLOCAMENTO DA PONTA DA
TRINCA

                Considera-se que na ponta da
                  trinca existam minúsculos
                corpos de provas sobre tração.
               Comprimento do corpo de prova
                  e delimitado pelo raio de
                          curvatura
                O crescimento da trinca ocorre
                  quando o corpo de prova
                      adjacente fraturar.
Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura
FRATURA TRANSGRANULAR



   Ocorre quando as
trincas iniciam no meio
        do grão.
FRATURA FRÁGIL
INTERGRANULAR


Ocorre quando o contorno de
 grão apresenta resistência
mecânica menor que a matriz.
A trinca “caminha” ao longo dos
       contornos de grão.
Princípios da Mecânica da Fratura

   Ela permite quantificar as relações entre as
propriedades dos materiais, o nível de tensões, a
 presença de defeitos geradores de trincas e os
     mecanismos de propagação de trincas.
Concentração de Tensões
  As resistências à fratura medidas para a maioria
dos materiais frágeis são significativamente menores
    do que aquelas previstas em cálculos teóricos
baseados nas energias das ligações atômicas. Essa
 discrepância é explicada pela presença de defeitos
como trincas, riscos, cantos vivos. Eles são exemplo
           de concentradores de tensões.
C.E. Inglis sugeriu pela primeira vez em 1913 que os concentradores de tensões são
responsáveis por esta discrepância. Por meio de cálculos e observações, ele chegou a
essa formula abaixo:                      ςm = 2ςO(a/ρ) 1/2
         Considerando Ke=ςm/ςo , sendo Ke o fator de concentração da tensão:
                                     Ke = 2*(a/ρ)1/2
    Representa uma medida do grau pelo qual uma tensão aplicada externamente é
                       aumentada na extremidade de uma trinca.
Teoria de Griffith

     Griffith demonstrou, usando os resultados de
Inglis, quando uma trinca se forma, a tensão elástica
    agindo sobre o material relaxa liberando uma
                          energia
    (Ue = -(π.a2.ς2)/E); em compensação é feito um
 trabalho de criação de duas novas superfícies livres
     (Us = 4.a.γs), onde γs é energia de superfície.
    Essa teoria não é valida para materiais dúcteis.

                    ΔU = Us + Ue
dΔU/da = 0 = d/da( 4.a.γs – (π.a2.ς2)/E)

                0 = 4.γs – 2.π.a.ς2/E

                 ς = (2.E.γS/π.a)1/2


A teoria de Griffith mostra que a tensão de fratura é
fortemente dependente do comprimento da trinca e
               da energia superficial.
Fator de Intensificação de Tensão
               (K)

  Em 1957, G.R. Irwin considerou a trinca como
passante (e não um furo elíptico). Irwin demonstrou
                 σ = K.(π.a)-1/2
que a tensão no plano que contém a trinca é dado
                       por:
                  K = ς(π.a)1/2
Porém, essa fórmula vale apenas para uma placa
 infinita com uma trinca passante. Para utilizar com
outras formas, a equação é multiplicada por um fator
de forma (Y) que leva em consideração a geometria
            da trinca e do corpo de prova.
                     K = Yς(π.a)1/2

O fator de forma (Y) pode ter valores como Y = 1,12
para defeitos superficiais em uma placa semi-infinita;
 Y = 2/π para defeitos em formato de disco em um
              meio infinito, por exemplo.
ENSAIO CHARPY
Entalhe


                      Em um ensaio charpy, é possível
                quantificar a quantidade de energia que foi
                      absorvida pelo corpo de provas,
                 verificando que tipo de fratura ele sofreu,
                              dúctil e/ou frágil.

                         Os papéis do entalhe são:
                A produção de altas tensões localizadas, a
                    introdução de um estado triaxial de
                 tensões trativas, a produção de um alto
                encruamento localizado e de fissuração e
                a produção de um aumento localizado da
                           taxa de deformação.
A MECÂNICA DA FRATURA
   Os primeiros passos para a criação da
mecânica da fratura foram dados em 1920
   pelo engenheiro aeronauta inglês Alan
  Arnold Griffith durante a Primera Guerra
    Mundial. Ele, utilizando conceitos da
       primeira lei da termodinâmica,
desenvolveu um modelo de relação entre a
  resistência e o tamanho da falha em um
vidro. Mas esta relação não era válida para
     materiais metálicos, o que gerou a
       necessidade de aperfeiçoá-la.



                          a = comprimento da trinca
                          E = módulo de elasticidade
                          y = densidade da energia superficial
                          σf = tensão no momento da falha
A MECÂNICA DA FRATURA


Tal aperfeiçoamento foi possível graças
   aos estudos do cientista americano
 George Rankine Irwin, agora durante a
 Segunda Guerra Mundial. Enquanto a
primeira formulação de Griffith era válida
  somente para materiais cerâmico ou
materiais extremamente frágeis, a nova
     relação estabelecida por Irwin.



                              a = comprimento da trinca
                              E = módulo de elasticidade
                              y = densidade da energia superficial
                              σf = tensão no momento da falha
                              G = dissipação de energia por deformação
                              plástica
FRATURA FRÁGIL

      Deformação plástica quase nula
         Pouca absorção de energia
     A superfície da fratura tende a ser
       perpendicular à força aplicada.
  A clivagem pode se dar de dois modos,
transgranular ou intergranular, tendendo a
   manifestar-se da maneira que ofereça
             menos resistência.
Superfície fraturada tem aspecto brilhoso e
                  granular.
Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura
PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL
  As desvantagens da fratura frágil podem ser explicadas por suas próprias
                               características:

 A deformação plástica é quase nula: diferentemente da fratura dúctil, na falha
frágil, não é possível identificar nenhum tipo de deformação no material, o que
 seria de grande ajuda, pois ao notar-se tais deformações, poderiam ser feitos
                    reparos ou trocas nas peças danificadas.
PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL
  A falha ocorre com pouquíssima absorção de energia: com a adição de um
esforço dinâmico, um material frágil tende a romper de maneira “seca”, violenta.
Em uma área fabril, não pode-se descartar a presença de pessoas, e uma falha
 deste tipo certamente deve ser evitada, tanto por motivos de segurança, como
            pela influência do próprio trabalhador em erros humanos.
PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL


     Durante a Segunda Guerra
   Mundial, houve uma demanda
     quase que imediata para a
    fabricação de muitos navios
   cargueiros, como os modelos
 Liberty e T2. Tal urgência causou
  um certo desleixo em relação à
   qualidade das soldas nestes
 navios. Registros relatam que no
início do programa, cerca de 30%
dos navios Liberty sofreram fratura
  catastrófica, como o SS John P.
          Gainess (na foto).
PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL

    No inícios dos incidentes, os motivos eram incertos, porém, após todo o
          alvoroço, ficou claro os fatores que geraram tais problemas:


 Soldagem: com a pressa
 de fazer navios (o tempo
  médio de fabricação de
um Liberty era de apenas
5 dias), foram contratados
soldadores inexperientes,
que aliados com a falta de
um controle de qualidade
 incisivo, geravam soldas
      mal feitas, com a
    presença de trincas
   iniciais consideráveis.
PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL


Solda: a presença de uma carcaça
  totalmente soldada gerava uma
 superfície contínua, sem nenhum
     impedimento para que uma
pequena fratura não se propagasse
por todo o casco do navio. Com as
 trincas pré-existentes nas soldas,
   era questão de tempo para que
ocorresse uma fratura catastrófica.



                                      SS John P.
                                      Gainess
PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL
    Temperatura: como
ocorreu com o SS John
      P. Gainess, que
  navegava nas gélidas
águas do Alaska, baixas
 temperatura fragilizam
  consideravelmente a
estrutura dos materiais,
     como o aço doce,
principal constituinte do
   casco dos navios. O
   naufrágio do Titanic
   também foi causado
 pela fragilização a frio,
     que foi crucial no
    rompimento de seu
casco ao chocar-se com
        um iceberg.
Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura
Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura
FADIGA

         Um material está sujeito à falha
             por fadiga quando este é
         submetido a tensões inferiores à
          tensão de escoamento, porém,
         aplicada em uma quantidade de
           vezes suficientemente grande
            para que ocorra a formação,
          propagação e por fim a ruptura
              por esforços repetidos.
FADIGA
       A eventual falha por fadiga se dá
          basicamente em 4 estágios:
 1 – Iniciação da trinca, em que podem ser
  verificados os primeiros danos causados
     por tensões cíclicas. É reversível com
       tratamentos térmicos adequados.
     2 – Crescimento da trinca, em que as
    microtrincas inicais aprofundam-se nas
    bandas de deslizamento dos planos de
maior tensão cisalhante da peça. Chamado
 de “estágio um” de crescimento de trinca.
  3 – Crescimento da trinca em bandas de
   tração, o qual envolve o crescimento de
trincas perpendiculares à tensão de tração.
        É chamado de “estágio dois” de
             crescimento de trinca
   4 – Ruptura final elástica, onde, por fim,
ocorre a total falha do material, devido a um
 tamanho de trinca crítico, em que a seção
        não pode mais suportar a carga.
Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura
SIGNIFICADO DA CURVA DE
TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO FRÁGIL-
DÚCTIL:
  Pode-se dividir o comportamento da temperatura de transição dos
                  materiais em três grupos básicos:
                                                   Metais CFC: Não
                                               apresentam temperatura
                                                  de transição (altas
                                                energias absorvidas –
                                               possuem muitos planos
                                                   de deslizamento)
                                               Metais CCC: fortemente
                                                   dependentes da
                                                    temperatura de
                                                       transição.
                                                     Metais de alta
                                                   resistência: Não
                                                apresentam transição
                                                   (baixas energias
                                                      absorvidas).
ENERGIA ABSORVIDA X
TEMPERATURA

                       Critérios de determinação:
                           T1 – Temperatura de
                         transição fratura plástica
                                    (FTP)
                            T2 - Temperatura de
                                transição de
                      aparência de fratura (FATT).
                       T3 - Média entre os valores
                        dos patamares superior e
                                   inferior
                      T4 - associada com um valor
                            arbitrário de energia
                        absorvida CV (2,1 kgf.m)
                      T5 – Temperatura na qual a
                       fratura rompe por 100% de
                                  clivagem.
FATORES METALÚRGICOS QUE
AFETAM A TEMPERATURA DE
TRANSIÇÃO
                Mudanças na composição química:
 O níquel, alumínio e o manganês conferem boa tenacidade ao aço
(Possuem estrutura cristalina CFC), podendo estes elementos de liga
      serem usados em aços ferríticos para fins criogênicos.

                                                 A presença de
                                             impurezas em geral
                                             abaixa a tenacidade
                                            (precipitação de fases
                                             frágeis). Elementos:
                                               carbono, fósforo,
                                               nitrogênio, silício,
                                               oxigênio, cromo e
                                                molibidênio por
                                                    exemplo.
MUDANÇAS NA
                MICROESTRUTURA


Tamanho de grão – os contornos de grão são obstáculos à propagação de
  trincas de clivagem, obrigando que estas mudem de direção de um grão
                                para outro;


                        Temperatura de revenido.
ENSAIO DE IMPACTO CHARPY
      A principal função dos ensaios Charpy consiste em determinar
 se um material apresenta ou não uma transição dúctil-frágil com o
  decréscimo da temperatura e, caso apresente, em que faixa de
                 temperaturas ocorre o fenômeno.




                                           A massa do martelo (m) é
                                          inicialmente elevada a uma
                                       altura(a). A energia potencial da
                                        massa(Ep), antes da queda é:
                                                   Ep=m.g.a
Por trigonometria:




    A energia absorvida no impacto(Et)
 corresponde à diferença entre a energia
potencial do pêndulo na altura de queda e
 a energia potencial do pêndulo na altura
               de elevação
Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura
TENACIDADE À FRATURA - KIC
(MECÂNICA DA FRATURA LINEAR ELÁSTICA)
  Propriedade que mede a resistência de um material a
   uma fratura frágil quando uma trinca está presente.




                                 MPa.m1/2


   Onde, Y fator que depende da geometria da trinca e
   do componente, ς a tensão aplicada e a o tamanho
                       da trinca.
Para valores a baixos de K1c o sistema irá se encontrar
  em um estado estacionário estável e o comprimento da
trinca permanecerá inalterado. Para um dado valor crítico
Kc o sistema atingirá um estado de equilíbrio instável e a
           partir deste valor a trinca irá crescer.
EXPESSURA MÍNIMA:
   Mecânica da fratura linear-elástica: Estado plano de
deformação com pouca deformação plástica na ponta da
                           trinca.
Existe uma espessura mínima abaixo da qual o estado é
plano de tensão (e não de deformação) e a mecânica da
 fratura linear elástica não mais pode ser aplicada. Essa
                espessura crítica é dada por
FRAGILIZAÇÃO AO REVENIDO
Ocorre em aços-liga quando aquecidos ou resfriados lentamente
     através do intervalo de temperaturas de 430 a 590°C.
              O problema com grandes seções.
            Aumento da TTDF de cerda de 110°C.
                     Fratura intergranular.
         Impurezas: P, Sb, Sn e Ar.( 0,5% Mn, Cr e Ni)
         Pequenas quantidades de Mo e W a inibem.
FRAGILIZAÇÃO AO REVENIDO
                             No aquecimento à T de
    Segregação dos          revenido os segregados
elementos fragilizantes   enfraquecem a coesão das
   nos contornos de        interfaces ferrita-carbeto.
                          A fratura inicia na interface
  grão.(austenização-       ferrita-cementita mas se
       tempera)           propaga pelos contornos de
                                      grão.
FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIO
       Um baixo percentual de H pode causar trincas.
          Metais CFC em geral não são afetados.
          Alta sensibilidade a taxa de deformação.
            Suscetibilidade a fratura retardada.
       Mais severa em temperaturas intermediarias.
          A trinca propaga-se descontinuamente.
  Retirar H aquecendo o composto a cerca de 150 a 260°C.
FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIO
CORROSÃO SOB TENSÃO
Combinações de ligas e seus ambientes corrosivos:
            - Alumínio- água do mar;(1)
           - Ligas de cobre- amônia;(2)
 - Aço doce- hidróxido de sódio (soda cáustica);(3)
        - Aço inoxidável- água salgada.(4)
KIC > KISCC


                             KIc                              KIscc
               Liga                          Ambiente
                            MN/m3/2                          MN/m3/2



  13Cr steel          60              3% NaCl           12


  18Cr-8Ni            200             42% MgCl2         10


  Cu-30Zn             200             NH4OH, pH7        1


  Al-3Mg-7Zn          25              Haletos em água   5


  Ti-6Al-1V           60              0.6M KCl          20
EFEITO DA INTENSIDADE DE TENSÃO
  INICIAL NO COMPORTAMENTO DE
FRATURA EM CORROSÃO SOB TENSÃO.
MECANISMO DE FRATURA-
FLUÊNCIA
                         Etapas:
   - Nucleação de vazios ( trincas) nos contornos de grão.
       - Coalescimento e crescimento desses vazios.
             - Fratura intergranular do material.
Presença de vazios de fluência no material:
vazios em contornos tríplices de contorno de grão
  ou vazios lenticulares nos contornos de grão
ELEVADA TAXA DE
CARREGAMENTO
 Resposta de estruturas a cargas explosivas e de impulso;(1)
   Tensões de contato em mancais de alta velocidade;(2)
              Usinagem de alta velocidade;(3)
              Conformação por explosivos;(4)
                        Balística.(5)
5

    2




3   5
ESPECTRO DE LINDHOLM
 LINK DOS VÍDEOS


 http://www.youtube.com/watch?v=ru8zXGoVRDk


 http://www.youtube.com/watch?v=mO1ZwKaMNmA


 http://www.youtube.com/watch?v=TH9k9fWaFrs
EXERCÍCIOS
1)   Cite duas situações nas quais a possibilidade de uma falha é parte
     do projeto de um componente ou projeto.

2)   Uma placa relativamente grande de um vidro é submetida a uma
     tensão de tração de 40MPa. Se a energia de superfície específica
     e o módulo de elasticidade para esse vidro são de 0,3 J/m3 e
     69GPa, respectivamente, determine o comprimento máximo que
     um defeito de superfície pode ter sem que haja fratura.

3)   As superfícies para algumas amostras de aço que falharam por
     fadiga possuem uma aparência cristalina ou granular brilhante. Os
     leigos podem explicar dizendo que o metal cristalizou enquanto
     estava em serviço. Apresente uma crítica para essa explicação.
BIBLIOGRAFIA
 Callister, Jr Willian. Ciência e engenharia de materiais uma
  introdução.
 Dieter, George Ellwood. Metalurgia mecânica.

Mais conteúdo relacionado

PDF
Falha ou ruptura nos metais
PPT
Fadiga em metais
PDF
Propriedades basicas
PDF
Aula 07 __propriedades_mecanicas_dos_metais
PDF
Aula 7 ensaios mecânicos e end - ensaio de impacto
PPT
Imperfeições nos sólidos
PDF
Aula 4 ensaios de dureza
PPTX
Ciência dos materiais - fluência, resiliência e tenacidade
Falha ou ruptura nos metais
Fadiga em metais
Propriedades basicas
Aula 07 __propriedades_mecanicas_dos_metais
Aula 7 ensaios mecânicos e end - ensaio de impacto
Imperfeições nos sólidos
Aula 4 ensaios de dureza
Ciência dos materiais - fluência, resiliência e tenacidade

Mais procurados (20)

PDF
Interação entre imperfeições cristalinas
PPTX
Grupo Discordâncias e deformação plástica
PPTX
Defeitos nos sólidos
PPT
Aula 6 propriedades mecânicas , emgenharia
PDF
Deformação por deslizamento
PPT
6 propriedades mecanicas (1)
PDF
Aula 5 usinagem - material para ferramenta de corte
PPT
Estrutura cristalina
PPT
Conforma o de polimeros
PDF
Deformação por maclação
PPTX
Aula3 soldagem a arco elétrico
PPTX
Elementos de Máquina I - 11 Rebites e Juntas Soldadas
PPT
Trabalho processos de fabricação
PDF
Aula 03 ensaio de tração - propriedades mecânicas avaliada
PDF
Classificação dos aços
PDF
Tabela de densidade dos materiais
PPSX
Estampagem
PDF
Aula 2 ensaios mecânicos e end - ensaio de tração
Interação entre imperfeições cristalinas
Grupo Discordâncias e deformação plástica
Defeitos nos sólidos
Aula 6 propriedades mecânicas , emgenharia
Deformação por deslizamento
6 propriedades mecanicas (1)
Aula 5 usinagem - material para ferramenta de corte
Estrutura cristalina
Conforma o de polimeros
Deformação por maclação
Aula3 soldagem a arco elétrico
Elementos de Máquina I - 11 Rebites e Juntas Soldadas
Trabalho processos de fabricação
Aula 03 ensaio de tração - propriedades mecânicas avaliada
Classificação dos aços
Tabela de densidade dos materiais
Estampagem
Aula 2 ensaios mecânicos e end - ensaio de tração
Anúncio

Destaque (20)

PDF
8689098 falhas bronzinas
PDF
Apostila mecanicafratura
PPTX
Ensaio de fluência
PDF
Princípios de Consolidação e Tratamento das Fraturas
PPT
Aula fraturas
DOCX
Lista de exercícios fratura
PDF
Influência da microestrutura na difusão de hidrogênio em aço AISI 4340 (MAS 6...
PDF
Руководство по использованию фирменного стиля
PDF
Portifolio de cursos ABM (Associação Brasileira de Metalurgia)
PDF
Aula 14 ensaio de fluência
PDF
Tm229 propriedades mecanicas
PDF
Chiaverini -tecnologia_mecanica_-_materiais_de_construcao_mecanica_vol.iii
PPT
Trabalho tecnologia dos materiais
PDF
Metalurgia - Aula 1 introdução-prop mecânicas
PDF
Grupo Fadiga e Fluência
PDF
Apostila mecanica da_fratura_rev0
PPT
Fratura Exposta - 3o Ano
PDF
Aula 1 ensaios mecânicos e end - introdução
PDF
Teoria de falha por fadiga
PDF
Ks aneis e pistoes
8689098 falhas bronzinas
Apostila mecanicafratura
Ensaio de fluência
Princípios de Consolidação e Tratamento das Fraturas
Aula fraturas
Lista de exercícios fratura
Influência da microestrutura na difusão de hidrogênio em aço AISI 4340 (MAS 6...
Руководство по использованию фирменного стиля
Portifolio de cursos ABM (Associação Brasileira de Metalurgia)
Aula 14 ensaio de fluência
Tm229 propriedades mecanicas
Chiaverini -tecnologia_mecanica_-_materiais_de_construcao_mecanica_vol.iii
Trabalho tecnologia dos materiais
Metalurgia - Aula 1 introdução-prop mecânicas
Grupo Fadiga e Fluência
Apostila mecanica da_fratura_rev0
Fratura Exposta - 3o Ano
Aula 1 ensaios mecânicos e end - introdução
Teoria de falha por fadiga
Ks aneis e pistoes
Anúncio

Semelhante a Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura (9)

PDF
2 - Falhas ou Rupturas dos metais_250628_004834.pdf
PDF
Aula 1 Introdução.pdf
PDF
AULA DE FADIGA E FRATURA2.pdf
DOCX
Fadiga fluencia
PDF
Aula 16 ensaio de impacto
DOC
Corrosão sob tensão
PDF
Fratura de Metais - tipos de fraturas.pdf
PPT
FALHAS POR FADIGA NA ENGENHARIA MECÂNCIA E CIVIL.pp
PPTX
Fraturas e falhas
2 - Falhas ou Rupturas dos metais_250628_004834.pdf
Aula 1 Introdução.pdf
AULA DE FADIGA E FRATURA2.pdf
Fadiga fluencia
Aula 16 ensaio de impacto
Corrosão sob tensão
Fratura de Metais - tipos de fraturas.pdf
FALHAS POR FADIGA NA ENGENHARIA MECÂNCIA E CIVIL.pp
Fraturas e falhas

Mais de emc5714 (20)

PPT
A busca da perfeição seminário
PPTX
5 s cema
PPT
Toyota capítulo 3
PPT
Ppap processode aprovaçãodepeçadeprodução
PPT
Pdca
PPT
Implantaçaõ tqc1
PPT
Implantação tqc
PPT
Implantação do tqc
PPT
Implantação do tqc 2
PPT
Gerenciamentopelasdiretrizes20051
PPT
Gerenciamentopelasdiretrizes 20051
PPT
Gerenciamento pelas diretrizes
PPT
Gerenciamento do crescimento do ser humano
PPT
Gerenciamento do crescimento do ser humano 2004
PPT
Gerenc diretrizes cap 6
PPT
Garantiadaqualidade[2]
PPT
Garantia da qualidade cap.7
PPT
Fmea final
PPT
Fmea
PPT
Fmea versao final
A busca da perfeição seminário
5 s cema
Toyota capítulo 3
Ppap processode aprovaçãodepeçadeprodução
Pdca
Implantaçaõ tqc1
Implantação tqc
Implantação do tqc
Implantação do tqc 2
Gerenciamentopelasdiretrizes20051
Gerenciamentopelasdiretrizes 20051
Gerenciamento pelas diretrizes
Gerenciamento do crescimento do ser humano
Gerenciamento do crescimento do ser humano 2004
Gerenc diretrizes cap 6
Garantiadaqualidade[2]
Garantia da qualidade cap.7
Fmea final
Fmea
Fmea versao final

Último (20)

PDF
A Revolução Francesa de 1789 slides história
PDF
Cantores.pdf-Deslandes, Tinoco e Zambujo
PPTX
Trabalho Cidades sustentáveis ou Utopia.pptx
PDF
DIVERSOS SINAIS EM LIBRAS DE FRUTAS EM PDF
PDF
BINGOS_DAS_PALAVRAS_bingo das palavras.pdf
PDF
Aula 3 - Mata Atlântica: Parte 2 - SEDUC/SP 2025
PDF
PPC-Letras-Português_Licenciatura_CCHE.pdf
PDF
Células Introdução para as aulas de EJA.
PPTX
biossegurança e segurança no trabalho (6).pptx
PDF
Metabolismo_energético_3ano_pre_vest_2026.pdf
PDF
Morango do Amor - texto ilustrado para trabalhar Dia do Estudante
PPTX
Slides Lição 5, Central Gospel, Relacionamentos E Submissão A CRISTO, 3Tr25.pptx
PDF
A História do Insper - Por Lister Ogusuku Ribeiro
DOCX
Mapa da América Central Colonial - Metrópoles e Colônias.docx
PDF
Dinâmicas do Clima - Geografia física teoria
PPTX
PREPARAÇAO PARA AVALIAÇ~ES EXTERNASDOC-20241109-WA0241..pptx
PDF
DIVERSOS SINAIS EM LIBRAS DE ALIMENTOS EM PDF
PPTX
Introdução a farmacologia, desenvolvimento
PDF
Morango do amor texto com atividades para trabalhar no Dia do Estudante
PPTX
Slides Lição 6, Betel, O Grande “Eu Sou” – Declarações Poderosas de Jesus, 3T...
A Revolução Francesa de 1789 slides história
Cantores.pdf-Deslandes, Tinoco e Zambujo
Trabalho Cidades sustentáveis ou Utopia.pptx
DIVERSOS SINAIS EM LIBRAS DE FRUTAS EM PDF
BINGOS_DAS_PALAVRAS_bingo das palavras.pdf
Aula 3 - Mata Atlântica: Parte 2 - SEDUC/SP 2025
PPC-Letras-Português_Licenciatura_CCHE.pdf
Células Introdução para as aulas de EJA.
biossegurança e segurança no trabalho (6).pptx
Metabolismo_energético_3ano_pre_vest_2026.pdf
Morango do Amor - texto ilustrado para trabalhar Dia do Estudante
Slides Lição 5, Central Gospel, Relacionamentos E Submissão A CRISTO, 3Tr25.pptx
A História do Insper - Por Lister Ogusuku Ribeiro
Mapa da América Central Colonial - Metrópoles e Colônias.docx
Dinâmicas do Clima - Geografia física teoria
PREPARAÇAO PARA AVALIAÇ~ES EXTERNASDOC-20241109-WA0241..pptx
DIVERSOS SINAIS EM LIBRAS DE ALIMENTOS EM PDF
Introdução a farmacologia, desenvolvimento
Morango do amor texto com atividades para trabalhar no Dia do Estudante
Slides Lição 6, Betel, O Grande “Eu Sou” – Declarações Poderosas de Jesus, 3T...

Grupo Mecanismos e Mecânica da Fratura

  • 1. MECANISMOS E MECÂNICA DA FRATURA GRUPO 4 DIEGO FUKUSHIMA – 11200908 DAVID NAVARRO – 11200907 HUGO VENTURELLI - 11200914 LUCA MAZZAFERRO - 11202576 LUKAS BUTZKE - 11202572
  • 3. Fratura é a separação de um corpo em duas partes ou mais partes quando submetido à um esforço mecânico Fratura dúctil Fratura frágil Ocorre apenas após ocorre pela propagação extensa deformação rápida de trincas, plástica e se caracteriza acompanhada de pouca ou nenhuma deformação nos pela propagação lenta materiais cristalinos ocorre em de trincas resultantes da determinados planos cristalinos nucleação e crescimento chamados planos de clivagem ou ao longo dos contornos de de microcavidades. grão.
  • 4. FRATURA DÚCTIL EM MONOCRISTAIS Na ausência de heterogeneidades microestruturais que nucleiem uma trinca, a estricção prossegue até que a seção do corpo se anule. Colapso plástico, fratura por cisalhamento.
  • 5. FRATURA DÚCTIL POR COALESCIMENTO DE MICROCAVIDADES Materiais convencionais possuem heterogeneidades que atuam como barreiras para nucleação de cavidades. A observação da superficial por MEV revela a presença de alvéolos (dimples) remanescentes das cavidades nucleadas O colapso plástico se desenvolve nas fronteiras das microcavidades levando à ruptura gradual e contínua do material.
  • 8. FRATURA FRÁGIL POR CLIVAGEM A fratura frágil é perpendicular Este modo de fratura é ao plano de aplicação de característica de metais que tração. apresentam algum impedimento Nos materiais cristalinos para o escorregamento de corresponde à quebra discordâncias (partículas de 2° sucessiva das ligações fase, contornos de grão). atômicas ao longo de um plano cristalográfico característico, chamado plano de clivagem.
  • 9. Teoria de discordâncias da fratura frágil. 1- Acumulo de discordâncias 2- Concentração de tensão cisalhante na ponta do empilhamento para nuclear uma trinca. 3- Fratura completa sem posterior movimento de discordâncias ou crescimento distinto da trinca sendo necessária aumento de tensão.
  • 10. A tensão cisalhante força as discordâncias a se amontoarem. Com alguns valores de tensão as discordâncias se coalescem formando uma trinca em cunha. Tensão cisalhante é necessária para o movimento de discordâncias, porem tensão trativa é necessária para propagação.
  • 12. PROPAGAÇÃO DA TRINCA 1 - Fratura frágil instável sem crescimento lento. 2 - Crescimento lento, seguido de fratura frágil instável 3 - Crescimento lento a tensão constante
  • 13. DESLOCAMENTO DA PONTA DA TRINCA Considera-se que na ponta da trinca existam minúsculos corpos de provas sobre tração. Comprimento do corpo de prova e delimitado pelo raio de curvatura O crescimento da trinca ocorre quando o corpo de prova adjacente fraturar.
  • 15. FRATURA TRANSGRANULAR Ocorre quando as trincas iniciam no meio do grão.
  • 16. FRATURA FRÁGIL INTERGRANULAR Ocorre quando o contorno de grão apresenta resistência mecânica menor que a matriz. A trinca “caminha” ao longo dos contornos de grão.
  • 17. Princípios da Mecânica da Fratura Ela permite quantificar as relações entre as propriedades dos materiais, o nível de tensões, a presença de defeitos geradores de trincas e os mecanismos de propagação de trincas.
  • 18. Concentração de Tensões As resistências à fratura medidas para a maioria dos materiais frágeis são significativamente menores do que aquelas previstas em cálculos teóricos baseados nas energias das ligações atômicas. Essa discrepância é explicada pela presença de defeitos como trincas, riscos, cantos vivos. Eles são exemplo de concentradores de tensões.
  • 19. C.E. Inglis sugeriu pela primeira vez em 1913 que os concentradores de tensões são responsáveis por esta discrepância. Por meio de cálculos e observações, ele chegou a essa formula abaixo: ςm = 2ςO(a/ρ) 1/2 Considerando Ke=ςm/ςo , sendo Ke o fator de concentração da tensão: Ke = 2*(a/ρ)1/2 Representa uma medida do grau pelo qual uma tensão aplicada externamente é aumentada na extremidade de uma trinca.
  • 20. Teoria de Griffith Griffith demonstrou, usando os resultados de Inglis, quando uma trinca se forma, a tensão elástica agindo sobre o material relaxa liberando uma energia (Ue = -(π.a2.ς2)/E); em compensação é feito um trabalho de criação de duas novas superfícies livres (Us = 4.a.γs), onde γs é energia de superfície. Essa teoria não é valida para materiais dúcteis. ΔU = Us + Ue
  • 21. dΔU/da = 0 = d/da( 4.a.γs – (π.a2.ς2)/E) 0 = 4.γs – 2.π.a.ς2/E ς = (2.E.γS/π.a)1/2 A teoria de Griffith mostra que a tensão de fratura é fortemente dependente do comprimento da trinca e da energia superficial.
  • 22. Fator de Intensificação de Tensão (K) Em 1957, G.R. Irwin considerou a trinca como passante (e não um furo elíptico). Irwin demonstrou σ = K.(π.a)-1/2 que a tensão no plano que contém a trinca é dado por: K = ς(π.a)1/2
  • 23. Porém, essa fórmula vale apenas para uma placa infinita com uma trinca passante. Para utilizar com outras formas, a equação é multiplicada por um fator de forma (Y) que leva em consideração a geometria da trinca e do corpo de prova. K = Yς(π.a)1/2 O fator de forma (Y) pode ter valores como Y = 1,12 para defeitos superficiais em uma placa semi-infinita; Y = 2/π para defeitos em formato de disco em um meio infinito, por exemplo.
  • 24. ENSAIO CHARPY Entalhe Em um ensaio charpy, é possível quantificar a quantidade de energia que foi absorvida pelo corpo de provas, verificando que tipo de fratura ele sofreu, dúctil e/ou frágil. Os papéis do entalhe são: A produção de altas tensões localizadas, a introdução de um estado triaxial de tensões trativas, a produção de um alto encruamento localizado e de fissuração e a produção de um aumento localizado da taxa de deformação.
  • 25. A MECÂNICA DA FRATURA Os primeiros passos para a criação da mecânica da fratura foram dados em 1920 pelo engenheiro aeronauta inglês Alan Arnold Griffith durante a Primera Guerra Mundial. Ele, utilizando conceitos da primeira lei da termodinâmica, desenvolveu um modelo de relação entre a resistência e o tamanho da falha em um vidro. Mas esta relação não era válida para materiais metálicos, o que gerou a necessidade de aperfeiçoá-la. a = comprimento da trinca E = módulo de elasticidade y = densidade da energia superficial σf = tensão no momento da falha
  • 26. A MECÂNICA DA FRATURA Tal aperfeiçoamento foi possível graças aos estudos do cientista americano George Rankine Irwin, agora durante a Segunda Guerra Mundial. Enquanto a primeira formulação de Griffith era válida somente para materiais cerâmico ou materiais extremamente frágeis, a nova relação estabelecida por Irwin. a = comprimento da trinca E = módulo de elasticidade y = densidade da energia superficial σf = tensão no momento da falha G = dissipação de energia por deformação plástica
  • 27. FRATURA FRÁGIL Deformação plástica quase nula Pouca absorção de energia A superfície da fratura tende a ser perpendicular à força aplicada. A clivagem pode se dar de dois modos, transgranular ou intergranular, tendendo a manifestar-se da maneira que ofereça menos resistência. Superfície fraturada tem aspecto brilhoso e granular.
  • 29. PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL As desvantagens da fratura frágil podem ser explicadas por suas próprias características: A deformação plástica é quase nula: diferentemente da fratura dúctil, na falha frágil, não é possível identificar nenhum tipo de deformação no material, o que seria de grande ajuda, pois ao notar-se tais deformações, poderiam ser feitos reparos ou trocas nas peças danificadas.
  • 30. PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL A falha ocorre com pouquíssima absorção de energia: com a adição de um esforço dinâmico, um material frágil tende a romper de maneira “seca”, violenta. Em uma área fabril, não pode-se descartar a presença de pessoas, e uma falha deste tipo certamente deve ser evitada, tanto por motivos de segurança, como pela influência do próprio trabalhador em erros humanos.
  • 31. PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL Durante a Segunda Guerra Mundial, houve uma demanda quase que imediata para a fabricação de muitos navios cargueiros, como os modelos Liberty e T2. Tal urgência causou um certo desleixo em relação à qualidade das soldas nestes navios. Registros relatam que no início do programa, cerca de 30% dos navios Liberty sofreram fratura catastrófica, como o SS John P. Gainess (na foto).
  • 32. PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL No inícios dos incidentes, os motivos eram incertos, porém, após todo o alvoroço, ficou claro os fatores que geraram tais problemas: Soldagem: com a pressa de fazer navios (o tempo médio de fabricação de um Liberty era de apenas 5 dias), foram contratados soldadores inexperientes, que aliados com a falta de um controle de qualidade incisivo, geravam soldas mal feitas, com a presença de trincas iniciais consideráveis.
  • 33. PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL Solda: a presença de uma carcaça totalmente soldada gerava uma superfície contínua, sem nenhum impedimento para que uma pequena fratura não se propagasse por todo o casco do navio. Com as trincas pré-existentes nas soldas, era questão de tempo para que ocorresse uma fratura catastrófica. SS John P. Gainess
  • 34. PROBLEMAS DA FRATURA FRÁGIL Temperatura: como ocorreu com o SS John P. Gainess, que navegava nas gélidas águas do Alaska, baixas temperatura fragilizam consideravelmente a estrutura dos materiais, como o aço doce, principal constituinte do casco dos navios. O naufrágio do Titanic também foi causado pela fragilização a frio, que foi crucial no rompimento de seu casco ao chocar-se com um iceberg.
  • 37. FADIGA Um material está sujeito à falha por fadiga quando este é submetido a tensões inferiores à tensão de escoamento, porém, aplicada em uma quantidade de vezes suficientemente grande para que ocorra a formação, propagação e por fim a ruptura por esforços repetidos.
  • 38. FADIGA A eventual falha por fadiga se dá basicamente em 4 estágios: 1 – Iniciação da trinca, em que podem ser verificados os primeiros danos causados por tensões cíclicas. É reversível com tratamentos térmicos adequados. 2 – Crescimento da trinca, em que as microtrincas inicais aprofundam-se nas bandas de deslizamento dos planos de maior tensão cisalhante da peça. Chamado de “estágio um” de crescimento de trinca. 3 – Crescimento da trinca em bandas de tração, o qual envolve o crescimento de trincas perpendiculares à tensão de tração. É chamado de “estágio dois” de crescimento de trinca 4 – Ruptura final elástica, onde, por fim, ocorre a total falha do material, devido a um tamanho de trinca crítico, em que a seção não pode mais suportar a carga.
  • 40. SIGNIFICADO DA CURVA DE TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO FRÁGIL- DÚCTIL: Pode-se dividir o comportamento da temperatura de transição dos materiais em três grupos básicos: Metais CFC: Não apresentam temperatura de transição (altas energias absorvidas – possuem muitos planos de deslizamento) Metais CCC: fortemente dependentes da temperatura de transição. Metais de alta resistência: Não apresentam transição (baixas energias absorvidas).
  • 41. ENERGIA ABSORVIDA X TEMPERATURA Critérios de determinação: T1 – Temperatura de transição fratura plástica (FTP) T2 - Temperatura de transição de aparência de fratura (FATT). T3 - Média entre os valores dos patamares superior e inferior T4 - associada com um valor arbitrário de energia absorvida CV (2,1 kgf.m) T5 – Temperatura na qual a fratura rompe por 100% de clivagem.
  • 42. FATORES METALÚRGICOS QUE AFETAM A TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO Mudanças na composição química: O níquel, alumínio e o manganês conferem boa tenacidade ao aço (Possuem estrutura cristalina CFC), podendo estes elementos de liga serem usados em aços ferríticos para fins criogênicos. A presença de impurezas em geral abaixa a tenacidade (precipitação de fases frágeis). Elementos: carbono, fósforo, nitrogênio, silício, oxigênio, cromo e molibidênio por exemplo.
  • 43. MUDANÇAS NA MICROESTRUTURA Tamanho de grão – os contornos de grão são obstáculos à propagação de trincas de clivagem, obrigando que estas mudem de direção de um grão para outro; Temperatura de revenido.
  • 44. ENSAIO DE IMPACTO CHARPY A principal função dos ensaios Charpy consiste em determinar se um material apresenta ou não uma transição dúctil-frágil com o decréscimo da temperatura e, caso apresente, em que faixa de temperaturas ocorre o fenômeno. A massa do martelo (m) é inicialmente elevada a uma altura(a). A energia potencial da massa(Ep), antes da queda é: Ep=m.g.a
  • 45. Por trigonometria: A energia absorvida no impacto(Et) corresponde à diferença entre a energia potencial do pêndulo na altura de queda e a energia potencial do pêndulo na altura de elevação
  • 47. TENACIDADE À FRATURA - KIC (MECÂNICA DA FRATURA LINEAR ELÁSTICA) Propriedade que mede a resistência de um material a uma fratura frágil quando uma trinca está presente. MPa.m1/2 Onde, Y fator que depende da geometria da trinca e do componente, ς a tensão aplicada e a o tamanho da trinca.
  • 48. Para valores a baixos de K1c o sistema irá se encontrar em um estado estacionário estável e o comprimento da trinca permanecerá inalterado. Para um dado valor crítico Kc o sistema atingirá um estado de equilíbrio instável e a partir deste valor a trinca irá crescer.
  • 49. EXPESSURA MÍNIMA: Mecânica da fratura linear-elástica: Estado plano de deformação com pouca deformação plástica na ponta da trinca. Existe uma espessura mínima abaixo da qual o estado é plano de tensão (e não de deformação) e a mecânica da fratura linear elástica não mais pode ser aplicada. Essa espessura crítica é dada por
  • 50. FRAGILIZAÇÃO AO REVENIDO Ocorre em aços-liga quando aquecidos ou resfriados lentamente através do intervalo de temperaturas de 430 a 590°C. O problema com grandes seções. Aumento da TTDF de cerda de 110°C. Fratura intergranular. Impurezas: P, Sb, Sn e Ar.( 0,5% Mn, Cr e Ni) Pequenas quantidades de Mo e W a inibem.
  • 51. FRAGILIZAÇÃO AO REVENIDO No aquecimento à T de Segregação dos revenido os segregados elementos fragilizantes enfraquecem a coesão das nos contornos de interfaces ferrita-carbeto. A fratura inicia na interface grão.(austenização- ferrita-cementita mas se tempera) propaga pelos contornos de grão.
  • 52. FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIO Um baixo percentual de H pode causar trincas. Metais CFC em geral não são afetados. Alta sensibilidade a taxa de deformação. Suscetibilidade a fratura retardada. Mais severa em temperaturas intermediarias. A trinca propaga-se descontinuamente. Retirar H aquecendo o composto a cerca de 150 a 260°C.
  • 54. CORROSÃO SOB TENSÃO Combinações de ligas e seus ambientes corrosivos: - Alumínio- água do mar;(1) - Ligas de cobre- amônia;(2) - Aço doce- hidróxido de sódio (soda cáustica);(3) - Aço inoxidável- água salgada.(4)
  • 55. KIC > KISCC KIc KIscc Liga Ambiente MN/m3/2 MN/m3/2 13Cr steel 60 3% NaCl 12 18Cr-8Ni 200 42% MgCl2 10 Cu-30Zn 200 NH4OH, pH7 1 Al-3Mg-7Zn 25 Haletos em água 5 Ti-6Al-1V 60 0.6M KCl 20
  • 56. EFEITO DA INTENSIDADE DE TENSÃO INICIAL NO COMPORTAMENTO DE FRATURA EM CORROSÃO SOB TENSÃO.
  • 57. MECANISMO DE FRATURA- FLUÊNCIA Etapas: - Nucleação de vazios ( trincas) nos contornos de grão. - Coalescimento e crescimento desses vazios. - Fratura intergranular do material.
  • 58. Presença de vazios de fluência no material: vazios em contornos tríplices de contorno de grão ou vazios lenticulares nos contornos de grão
  • 59. ELEVADA TAXA DE CARREGAMENTO Resposta de estruturas a cargas explosivas e de impulso;(1) Tensões de contato em mancais de alta velocidade;(2) Usinagem de alta velocidade;(3) Conformação por explosivos;(4) Balística.(5)
  • 60. 5 2 3 5
  • 62.  LINK DOS VÍDEOS  http://www.youtube.com/watch?v=ru8zXGoVRDk  http://www.youtube.com/watch?v=mO1ZwKaMNmA  http://www.youtube.com/watch?v=TH9k9fWaFrs
  • 63. EXERCÍCIOS 1) Cite duas situações nas quais a possibilidade de uma falha é parte do projeto de um componente ou projeto. 2) Uma placa relativamente grande de um vidro é submetida a uma tensão de tração de 40MPa. Se a energia de superfície específica e o módulo de elasticidade para esse vidro são de 0,3 J/m3 e 69GPa, respectivamente, determine o comprimento máximo que um defeito de superfície pode ter sem que haja fratura. 3) As superfícies para algumas amostras de aço que falharam por fadiga possuem uma aparência cristalina ou granular brilhante. Os leigos podem explicar dizendo que o metal cristalizou enquanto estava em serviço. Apresente uma crítica para essa explicação.
  • 64. BIBLIOGRAFIA  Callister, Jr Willian. Ciência e engenharia de materiais uma introdução.  Dieter, George Ellwood. Metalurgia mecânica.