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Marítima
Contextualização
histórico-literária
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primeiros volumes de uma antologia de naufrágios.
História Trógico-Maritima, em que se escrevem chronologicamente os
Naufragios que tiveraõ as Naos de Portugal, depois que se poz em
exercicio a Navegação da India.
História Trágico-MarítimaHistória Trágico-Marítima
O conjunto de relatos reafirma o interesse histórico-literário por estes desastres
marítimos.
A vivacidade e o dramatismo dos relatos transmitem a ideia de realismo
dramático e cinético.
A História Trágico-Marítima inclui-se na Literatura de Viagens, evidenciando um
misto de crónica e reportagem jornalística.
Expressa, ainda, a funesta ruína de vidas e a destruição de fazendas, dando
origem a uma literatura de perda, uma das faces dos Descobrimentos
portugueses.
A partir de Quinhentos, os naufrágios expressam um sentimento de crise e
declínio.
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Contextualização histórico-literária
A Viagem é um tema importante e transversal na
Literatura.
Já n’ Os Lusíadas há a evidência dos perigos e dos
erros das viagens.
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da fé, o naufrágio surge como uma manifestação
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(Culpa/Castigo), adquirindo um efeito de
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Os relatos de naufrágios têm uma dimensão
preferencialmente trágica.
A perda ou a morte são inevitáveis, dominando
uma atmosfera fatalista.
As causas típicas dos naufrágios são o mau estado
das naus, as cargas excessivas, as partidas em
tempo inadequado, as más condições do mar, o
ataque de corsários, a inexperiência de alguns
marinheiros, entre outros aspetos.
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Os relatos de naufrágiosOs relatos de naufrágios
A estrutura narrativa obedece a um registo experiencial, mesmo que o narrador
não tenha participado na história.
A estrutura destes relatos aproxima-se da narrativa de viagens, verosímil ou
fantástica, baseada na partida e na procura de um bem.
Núcleos narrativos típicos dos relatos de naufrágios:
1. Antecedentes / 2. Partida / 3. Tempestade / 4. Naufrágio / 5. Arribada /
6. Peregrinação / 7. Retorno.
A estrutura narrativa dos relatos de naufrágiosA estrutura narrativa dos relatos de naufrágios
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A estrutura narrativa obedece a um registo experiencial, mesmo que o narrador
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fantástica, baseada na partida e na procura de um bem.
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História trágico marítima - contextualização histórico-literária

  • 2. História Trágico-Marítima Contextualização histórico-literária 1735-1736 – Bernardo Gomes de Brito publica os dois primeiros volumes de uma antologia de naufrágios. História Trógico-Maritima, em que se escrevem chronologicamente os Naufragios que tiveraõ as Naos de Portugal, depois que se poz em exercicio a Navegação da India. História Trágico-MarítimaHistória Trágico-Marítima
  • 3. O conjunto de relatos reafirma o interesse histórico-literário por estes desastres marítimos. A vivacidade e o dramatismo dos relatos transmitem a ideia de realismo dramático e cinético. A História Trágico-Marítima inclui-se na Literatura de Viagens, evidenciando um misto de crónica e reportagem jornalística. Expressa, ainda, a funesta ruína de vidas e a destruição de fazendas, dando origem a uma literatura de perda, uma das faces dos Descobrimentos portugueses. A partir de Quinhentos, os naufrágios expressam um sentimento de crise e declínio. História Trágico-Marítima Contextualização histórico-literária
  • 4. A Viagem é um tema importante e transversal na Literatura. Já n’ Os Lusíadas há a evidência dos perigos e dos erros das viagens. Nessas errâncias marítimas, associadas à difusão da fé, o naufrágio surge como uma manifestação de castigo divino pelos erros humanos (Culpa/Castigo), adquirindo um efeito de exemplaridade. Os relatos de naufrágiosOs relatos de naufrágios História Trágico-Marítima Contextualização histórico-literária
  • 5. Os relatos de naufrágios têm uma dimensão preferencialmente trágica. A perda ou a morte são inevitáveis, dominando uma atmosfera fatalista. As causas típicas dos naufrágios são o mau estado das naus, as cargas excessivas, as partidas em tempo inadequado, as más condições do mar, o ataque de corsários, a inexperiência de alguns marinheiros, entre outros aspetos. História Trágico-Marítima Contextualização histórico-literária Os relatos de naufrágiosOs relatos de naufrágios
  • 6. A estrutura narrativa obedece a um registo experiencial, mesmo que o narrador não tenha participado na história. A estrutura destes relatos aproxima-se da narrativa de viagens, verosímil ou fantástica, baseada na partida e na procura de um bem. Núcleos narrativos típicos dos relatos de naufrágios: 1. Antecedentes / 2. Partida / 3. Tempestade / 4. Naufrágio / 5. Arribada / 6. Peregrinação / 7. Retorno. A estrutura narrativa dos relatos de naufrágiosA estrutura narrativa dos relatos de naufrágios História Trágico-Marítima Contextualização histórico-literária
  • 7. A estrutura narrativa obedece a um registo experiencial, mesmo que o narrador não tenha participado na história. A estrutura destes relatos aproxima-se da narrativa de viagens, verosímil ou fantástica, baseada na partida e na procura de um bem. Núcleos narrativos típicos dos relatos de naufrágios: 1. Antecedentes / 2. Partida / 3. Tempestade / 4. Naufrágio / 5. Arribada / 6. Peregrinação / 7. Retorno. A estrutura narrativa dos relatos de naufrágiosA estrutura narrativa dos relatos de naufrágios História Trágico-Marítima Contextualização histórico-literária