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Introdução
aos Upanishads
André R. Marcondes
Abril/2016
OS VEDAS
OS VEDAS
 Os Vedas são as escrituras básicas dos Hindus e sua maior
autoridade em todos os assuntos ligados à religião e à
filosofia;
 Eles são sobretudo a literatura indo-ariana mais antiga
existente. Estima-se que tenham mais de 5000 anos de
existência ainda que os hindus digam que eles são tão
antigos quanto o próprio homem;
 Os textos são tidos como eternos, sem começo e sem
nenhuma autoridade humana;
 O significado primeiro de Veda é conhecimento não
criado, sabedoria supra-sensível. O segundo significado
está ligado às palavras nas quais tal conhecimento está
investido.
OS VEDAS
 “Veda” denota, assim, não apenas a religião e
sabedoria filosófica da Índia, mas também os
livros nos quais os primitivos enunciados
daquela sabedoria estão preservados;
 São livros sagrados para os hindus, conhecidos
como a “Palavra de Brahma” (Sabda-Brahma);
 Há dois tipos de conhecimento, o sensorial,
baseado nos sentidos e na experiência física, e o
transcendental, realizado por meio das
disciplinas mentais e espirituais do Yoga. Esse
último conhecimento é o apresentado nos
Vedas.
OS VEDAS
 No início de um universo, o Senhor (Ishwara)
traz consigo o conhecimento dos Vedas com
os quais cria seu universo. Ishwara é o
primeiro Instrutor das verdades védicas;
 Os Vedas são chamados de Sruti (de sru,
ouvir), uma vez que eram transmitidos
oralmente de instrutor a discípulo numa
época em que não existia a tradição escrita
ou porque as palavras dos Vedas eram
consideradas sagradas demais para serem
escritas.
OS VEDAS
 Palavras escritas se tornam de propriedade
de todos e os Vedas deviam ser estudados
apenas por aqueles que fossem iniciados por
um instrutor qualificado;
 Uma vez que se decidiu escrever os Vedas ,
muitos séculos depois de sua composição, as
palavras foram fielmente mantidas
inalteradas, como o são até hoje.
OS VEDAS
 Os Vedas tem sido divididos de vários
modos, A divisão mais geral segue o tipo de
assunto: Karmakanda e Jnanakanda;
 Karmakanda trata do karma, ações
ritualísticas, sacrifícios etc. e tem por
propósito a obtenção de prosperidade
material na terra e felicidade após a morte;
 Jnanakanda trata do Conhecimento através
do qual se obtém a liberação da ignorância e
a mais elevada Iluminação.
OS VEDAS
 Nos Puranas está declarado que Vyâsa foi
ordenado por Brahma a fazer a compilação
dos Vedas. A Vyâsa é atribuida a autoria do
Mahabharata;
 Vyâsa arranjou os Vedas em quatro livros:
Rik, Yajur, Saman e Atharva;
 Cada um dos vedas se divide em duas
seções: Mantra e Brahmana.
OS VEDAS
 Mantra, também chamada de Samhitã (
sam: junto e hita: colocar) significa,
literalmente uma coleção de hinos ou
mantras usados em sacrifícios. A oferenda de
oblações para a propriação de devatãs ou
deidades é chamada de sacrifício, ou yajna;
 Essa era uma cerimônia muito importante
através da qual os antigos ário-indus
comungavam com os deuses ou poderes
elevados.
OS VEDAS
 O Mantra compreende as orações e hinos,
enquanto as Brahmanas contêm as regras e
regulamentos para os sacrifícios, lida com
seus acessórios e também revela o
significado do Mantra, o qual, de outro
modo, permaneceria obscuro.
 Mantra e Brahmanas são indispensáveis
para a adoração ortodoxa e a propiação dos
deuses.
OS VEDAS
 Um desenvolvimento adicional das
Brahmana, incluida nele, foi a Aranyaka, ou
“tratado da floresta”, voltado às pessoas que
se retiravam para a floresta, conforme o ideal
do terceiro estágio da vida. Eram
consequentemente, inadequados de acordo
com o modo usual de sacrificios obrigatórios
para os chefes de família duas vezes nascidos,
e especialmente brâmanes.
OS VEDAS
 Os sacrificios requeriam muitos artigos e
acessórios impossíveis de se encontrar na
floresta. Assim, a Aranyaka prescreve a
adoração simbólica e descreve várias
meditações a serem usadas como substitutas
do verdadeiro sacrifício.
 O período integral de vida de um ário-indu
era dividido em quatro estágios:
brahmacharya, gãrhasthya, vãnaprastha e
sannyãsa.
OS VEDAS
 O primeiro estágio era devotado ao estudo.
O estudante celibatário levava uma vida de
castidade e austeridade e servia ao seu
instrutor com humildade. Ele aprendia as
seções de Mantra e Brahmana dos Vedas.
Quando ele deixava a casa de seu instrutor,
após completar seus estudos, ele era
ordenado a não se desviar da verdade e a
perseverar nos estudos dos Vedas.
OS VEDAS
 O segundo estágio era devotado às
responsabilidades do lar e da família. O
jovem tomava uma esposa. Ambos
realizavam os sacrifícios védicos com o uso
de Mantra e de acordo com as regras de
Brahmana;
 O terceiro estágio começava quando o
cabelo ficava branco e a face começava a se
enrugar. As obrigações do lar eram então
passadas aos filhos e o jovem de retirava com
sua esposa para a floresta.
OS VEDAS
 Ele era então conhecido como vãnaprashthin ou
arãnyaka, um habitante da floresta. A porção
Aranyaka dos Vedas prescrevia para ele
sacrifício pela meditação e adoração simbólica;
 O estágio final, chamado sannyãsa, era a
culminação da vida estritamente regulada do
ário-indu. Durante esse período, tendo
renunciado totalmente ao mundo, ele se
tornava um sannyãsin, um monge andarilho,
livre de desejos e apegos terrenos e absorvido
numa ininterrupta contemplação de Brahma.
OS VEDAS
 Ele não precisava mais adorar a Deus por
meio de artigos materiais ou mesmo
símbolos mentais. Era para ela que os
Upanishads (geralmente as porções
conclusivas dos Ãranyakas) eram destinados;
 Assim, os videntes ário-indus arranjaram os
Vedas para se conformar aos quatro estágios
da vida:
OS VEDAS
 Brahmachãri: estudava o SAMHITÃ
 Homem do lar: seguia as injunções das
BRÃHMANAS;
 Habitante da floresta: praticava a
contemplação de acordo com os ÃRANYAKA;
 Sannyãsin: era guiado pela sabedoria dos
UPANISHADS.
OS UPANISHADS
 Os Upanishads são considerados a
forma mais elevada de conhecimento
nos quais se encontra a chave para a
realização da consciência última,
Brahman;
 Os Upanishads são parte integrante da
Tradição Védica da Índia.
Significado do Termo
UPANISHAD
UPA
(Perto)
NI
(Abaixo)
S(H)AD
(Sentar)
UPANISHAD: “sentar abaixo, perto de” ou “sentar junto de”
O conhecimento que foi transmitido pelo Mestre, mantendo o
aluno perto de si, é tratado nos Upanishads.
Grupos de discípulos sentavam-se perto do mestre para
aprender com ele a doutrina secreta.
O assunto ensinado é da
natureza da mais elevada
sabedoria.
Era ensinado aos “dignos”,
aos “preparados” para
absorver tais Ensinamentos.
Recolhidos em ermidas localizadas nas florestas, os Sábios
decodificavam a mais alta forma de conhecimento e
transmitiam aos discípulos cuidadosamente selecionados
por suas aptidões e elegibilidades;
UPANISHAD
Os Upanishds fornecem uma visão espiritual e uma filosofia que
contém em si a mensagem última e o propósito dos Vedas.
Por isso são conhecidos como “Vedanta” (“anta”= “fim”)
Os Upanishads são o “fim” dos Vedas, em dois sentidos.
VEDA[A]NTA
ANTA
[FIM]
UPANISHAD
Os Upanishds são encontrados na conclusão de cada ramo dos
Vedas.
São o objetivo final ou meta de todo o Ensinamento Védico.
São encontrados nas seções de conclusão de cada um dos
Vedas. Daí serem chamados de Vedanta (Conclusão dos Vedas)
VEDA[A]NTA
ANTA
[FIM]
VEDAS
• Se considerarmos as duas partes do Yajur
Veda como distintas, teremos um total de
cinco Vedas.
Rig
Veda
Shukla
Veda
Atharva
Veda
Sama
Veda
Krishna
Veda
VEDAS
• Cada Veda tem vários shaakas (Ramos).
Rig
Veda
Shukla
Veda
Atharva
Veda
Ramos
(Shaakas)
Sama
Veda
Krishna
Veda
VEDAS
• Cada shaaka tem uma seção conhecida como
“Karma Khanda” que aborda as ações/rituais a
executar.
Rig
Veda
Shukla
Veda
Atharva
Veda
Ramos
(Shaakas)
Sama
Veda
Krishna
Veda
Karma
Khanda
VEDAS
• Karma Khanda consiste de duas seções: Mantras e Brahmanas.
• Brahmanas tratam das várias formas de meditação conhecidas
como “Upasanas”.
• A forma mais elevada de Upasanas é para aqueles que se retiram
para a solidão da floresta a fim de alcançar o conhecimento
Absoluto.
Rig
Veda
Shukla
Veda
Atharva
Veda
Ramos
(Shaakas)
Sama
Veda
Krishna
Veda
Karma
Khanda
Brahmanas
Mantras
VEDAS
• Upasanas são descritos nos Aranyakas, onde Aranya significa
floresta.
• Os Upanishads, a forma mais elevada do conhecimento realizado,
encontram-se na seção Aranyaka dos Vedas.
Rig
Veda
Shukla
Veda
Atharva
Veda
Ramos
(Shaakas)
Sama
Veda
Krishna
Veda
Karma
Khanda
Brahmanas
Mantras
Aranyakas
Upanishads
VEDAS
• Os cinco Vedas contêm 1180 shaakas ou ramos e, por conseguinte,
logicamente somam 1180 Upanishads.
• No presente o que temos, de acordo com Mutiko Upanishad, é uma
lista de 108 Upanishads disponíveis em texto.
Rig
Veda
Shukla
Veda
Atharva
Veda
1180 Shaakas
Sama
Veda
Krishna
Veda
1180
Upanishads
Mutiko
Upanishad
108
Upanishads
Rig
Veda
Shukla
Veda
Atharva
Veda
Sama
Veda
Krishna
Veda
10
Upanishads
16
Upanishads
19
Upanishads
32
Upanishads
31
Upanishads
• Uma profunda análise dos ensinamentos dos 108 Upanishads
disponíveis apresenta filosofias distintas; no que diz respeito à
realização de Brahman, através de vários rituais e tradições.
• Para um entendimento mais fácil, podemos classificar os 108
Upanishads em 7 categorias
SHAIVA: 13 Upanishads que seguem a tradição Shivaista e
os seus princípios para alcançar o Supremo Brahman;
SHAKTI: 09 Upanishads que seguem o poder criativo da
Mãe Divina Shakti.
VAISHNAV: 14 Upanishads que assimilam o conceito de
Vishnu. Esses Upanishads aprofundam as filosofias
suplementares do Vaishishta Advaita (Não dualidade com
qualidades) e Dvaita (Dualidade).
YOGA: 19 Upanishads com práticas yóguicas e os seus
métodos para alcançar a realização.
SANYASA: 16 Upanishads que lidam com o conceito de
renúncia e são especificamente para as pessoas que
desejam sair do caminho do mundo material e passar para
o da renúncia.
GERAL: 27 Upanishads que contêm aspectos variados de
tudo e que não podem ser considerados parte de um
processo particular de pensamento.
PRINCIPAL: 10 Upanishads maiores conhecidos como
Dashoupanishad. São considerados os mais genuínos com
respeito á sua fonte e autoridade.
Apesar dos 108 Upanishads indicados no Muktiko Upanishad, muitos
estudiosos debatem a autenticidade de muitos desses Upanishads com
relação à fonte e à autoridade ou credibilidade.
Mas os 10 Upanishads maiores ou principais são aceitos por todos como a
fonte genuina da Tradição Védica.
O grande Shri Adi Shankara escolheu
escrever comentários sobre esses
Dashoupanishads pela seguinte ordem:
Isha Upanishad
Kena Upanishad
Kathaa Upanishad
Prasna Upanishad
Munda Upanishad
Maandukya Upanishad
Taittariya Upanishad
Aitareya Upanishad
Chaandogya Upanishad
Brahadaaranyaka Upanishad
Shri Madhava e Shri Ramanuja também
esceveram comentários aos mesmos
Upanishads.
Os três abordaram de forma completamente
diferente o conhecimento nesses textos.
Adi Shankara destacou a filosofia não-
dualista (Advaita) exposta neles que,
resumidamente considera toda a
manifestação como nada mais que o Puro
Brahman, sem partes
Shri Madhava detacou a filosofia dvaita
(dualista), em contradição com o ponto de vista
de Shankaracharya. Ele declara que as
manifestações individuais são distintas do
Senhor Supremo, na forma de Vishnu e
dependem de Vishnu para existir e se libertar.
Shri Ramanuja enfatizou o Vashishta-advaita
(não dualismo com qualidade) que é um
compromisso entre a filosofia de Shankara e de
Mandhava. Aceita a filosofia de Shankara na
qual Brahman abrange toda a realidade. No
entanto, reconcilia ao declarar que o Brahman
supremo existe em partes, dentro de cada alma
individual, mas é independente e controla as
almas/espíritos e o Universo.
Em resumo, podemos apenas considerar 2 filosofias
para o entendimento dos Upanishads.
A filosofia Advaita de Shankara e as filosofias Dvaita e
Vaishista Advaita como proclamadas por Madhava e
Shri Ramanuja.
O Objetivo ou meta final dos Vedas está contido nos
Upanishads.
Os Upanishads, através de jnana marga ou caminho do
conhecimento, expõe o método direto de realização, o
abheda ou não dualidade do Ser Supremo e o Jiva, de
acordo com Shankaracharya.
Apesar dos Upanishads conterem informação sobre
rituais (yajnas), ou adoração de divindades, o foco é na
análise filosófica e enfatiza um estado mental livre de
todos os apegos.
A parte Karma Kaanda das escrituras condiciona a
mente para desenvolver uma disciplina interna que
através de constante instropeção e prática, finalmente
experiencia a não dualidade de Brahman.
O processo do mais elevado refinamento é iniciado
através das “Mahaa Vaakhyas”, as afirmações últimas
do conhecimento absoluto.
Apesar de haver muitos aforismos, 4 versos específicos
são considerados com a chave para realizar o supremo
Brahman.
Quatro Mahavaakyas são considerados os mais
importantes, contidos em quatro Upanishads.
A escolha de qual filosofia ou caminho adotar na
leitura dos Upanishads é uma escolha individual.
Vamos discorrer sobre o significado desses 4 versos
mais importantes de acordo com ambas as filosofias
apresentadas (a Advaita Shamkaracharya e a
Vaishnava de Madhava e Ramanuja).
1ª Mahavaakya – Aitreya Upanishad (do Rig Veda)
“Prajñaanam Brahma” 6.3.3
Advait
(monoteísta)
Vaishnav
(Dual/
Não dual c/ Q)
“A experiência real, por si só, é Brahman”
“Brahman [Vishnu] tem o conhecimento
supremo”
Prajña: a forma última de
conhecimento obtido além da razão,
inferência ou sentidos
Brahma: o Todo
2ª Mahavaakya – Brahadaranyak Upanishad (do Shukla
Yajur Veda)
“aham brahamaasmi” (अहं ब्रह्म अिस्म�त) 1.4.10
Advait
(monoteísta)
Vaishnav
(Dual/
Não dual c/ Q)
“Eu sou Brahman”
“Eu sou eterno e puro como Brahman [ou
Vishnu]”
Aham: Eu
Brahmam: o todo
Asmi: ser
2ª Mahavaakya – Brahadaranyak Upanishad (do Shukla
Yajur Veda)
“aham brhamaasmi” (अहं ब्रह्म अिस्म�त) 1.4.10
O quarto capítulo do Taittiria Upanishad de Krishna
Yajur Veda coloca a mesma Mahavaakya de forma
ligeiramente diferente: “Ahamasmi
Brahmaahamasmi”
3ª Mahavaakya – Chaandogya Upanishad (do Sama
Veda)
“tat tvam asi” (तत्त्वम�स) 6.8.4
Advait
(monoteísta)
Vaishnav
(Dual/
Não dual c/ Q)
“Aquilo (Brahmam) voce é”
“Tu és reflexo de Brahmam [ou Vishnu]”
Tat: Aquilo, a realidade Última
Tvam: O Eu, Atman
Asi: ser
4ª Mahavaakya – Maandukya Upanishad (do Atharva
Veda)
“ayamaatmaa brahma” 1.2
Advait
(monoteísta)
Vaishnav
(Dual/
Não dual c/ Q)
“Atmã (alma/jiva) é Brahman”
“Atmã (alma/jiva) é idêntico a Brahman [ou
Vishnu]”
Ayam: ser
atma: O Eu
Brahman: O Absoluto
Se os Samhita ou Vedas são como uma árvore, os
Brahmanas são as suas flores, os aranyakas são os
frutos verdes e os Upanishads os frutos maduros.
Sendo a parte mais importante dos Vedas (sendo
chamados de cabeça dos Vedas – “shruti shirass”)
VEDAS
BRAHMANAS
ARANYAKAS
UPANISHADS
FIM
Referências
1. https://www.youtube.com/watch?v=kasEcBWVOtY , “Introduction to Upanishds”. Acesso em 03/04/2016
2. Wikipedia: parts of series on Hinduism.

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Introdução aos upanishads

  • 3. OS VEDAS  Os Vedas são as escrituras básicas dos Hindus e sua maior autoridade em todos os assuntos ligados à religião e à filosofia;  Eles são sobretudo a literatura indo-ariana mais antiga existente. Estima-se que tenham mais de 5000 anos de existência ainda que os hindus digam que eles são tão antigos quanto o próprio homem;  Os textos são tidos como eternos, sem começo e sem nenhuma autoridade humana;  O significado primeiro de Veda é conhecimento não criado, sabedoria supra-sensível. O segundo significado está ligado às palavras nas quais tal conhecimento está investido.
  • 4. OS VEDAS  “Veda” denota, assim, não apenas a religião e sabedoria filosófica da Índia, mas também os livros nos quais os primitivos enunciados daquela sabedoria estão preservados;  São livros sagrados para os hindus, conhecidos como a “Palavra de Brahma” (Sabda-Brahma);  Há dois tipos de conhecimento, o sensorial, baseado nos sentidos e na experiência física, e o transcendental, realizado por meio das disciplinas mentais e espirituais do Yoga. Esse último conhecimento é o apresentado nos Vedas.
  • 5. OS VEDAS  No início de um universo, o Senhor (Ishwara) traz consigo o conhecimento dos Vedas com os quais cria seu universo. Ishwara é o primeiro Instrutor das verdades védicas;  Os Vedas são chamados de Sruti (de sru, ouvir), uma vez que eram transmitidos oralmente de instrutor a discípulo numa época em que não existia a tradição escrita ou porque as palavras dos Vedas eram consideradas sagradas demais para serem escritas.
  • 6. OS VEDAS  Palavras escritas se tornam de propriedade de todos e os Vedas deviam ser estudados apenas por aqueles que fossem iniciados por um instrutor qualificado;  Uma vez que se decidiu escrever os Vedas , muitos séculos depois de sua composição, as palavras foram fielmente mantidas inalteradas, como o são até hoje.
  • 7. OS VEDAS  Os Vedas tem sido divididos de vários modos, A divisão mais geral segue o tipo de assunto: Karmakanda e Jnanakanda;  Karmakanda trata do karma, ações ritualísticas, sacrifícios etc. e tem por propósito a obtenção de prosperidade material na terra e felicidade após a morte;  Jnanakanda trata do Conhecimento através do qual se obtém a liberação da ignorância e a mais elevada Iluminação.
  • 8. OS VEDAS  Nos Puranas está declarado que Vyâsa foi ordenado por Brahma a fazer a compilação dos Vedas. A Vyâsa é atribuida a autoria do Mahabharata;  Vyâsa arranjou os Vedas em quatro livros: Rik, Yajur, Saman e Atharva;  Cada um dos vedas se divide em duas seções: Mantra e Brahmana.
  • 9. OS VEDAS  Mantra, também chamada de Samhitã ( sam: junto e hita: colocar) significa, literalmente uma coleção de hinos ou mantras usados em sacrifícios. A oferenda de oblações para a propriação de devatãs ou deidades é chamada de sacrifício, ou yajna;  Essa era uma cerimônia muito importante através da qual os antigos ário-indus comungavam com os deuses ou poderes elevados.
  • 10. OS VEDAS  O Mantra compreende as orações e hinos, enquanto as Brahmanas contêm as regras e regulamentos para os sacrifícios, lida com seus acessórios e também revela o significado do Mantra, o qual, de outro modo, permaneceria obscuro.  Mantra e Brahmanas são indispensáveis para a adoração ortodoxa e a propiação dos deuses.
  • 11. OS VEDAS  Um desenvolvimento adicional das Brahmana, incluida nele, foi a Aranyaka, ou “tratado da floresta”, voltado às pessoas que se retiravam para a floresta, conforme o ideal do terceiro estágio da vida. Eram consequentemente, inadequados de acordo com o modo usual de sacrificios obrigatórios para os chefes de família duas vezes nascidos, e especialmente brâmanes.
  • 12. OS VEDAS  Os sacrificios requeriam muitos artigos e acessórios impossíveis de se encontrar na floresta. Assim, a Aranyaka prescreve a adoração simbólica e descreve várias meditações a serem usadas como substitutas do verdadeiro sacrifício.  O período integral de vida de um ário-indu era dividido em quatro estágios: brahmacharya, gãrhasthya, vãnaprastha e sannyãsa.
  • 13. OS VEDAS  O primeiro estágio era devotado ao estudo. O estudante celibatário levava uma vida de castidade e austeridade e servia ao seu instrutor com humildade. Ele aprendia as seções de Mantra e Brahmana dos Vedas. Quando ele deixava a casa de seu instrutor, após completar seus estudos, ele era ordenado a não se desviar da verdade e a perseverar nos estudos dos Vedas.
  • 14. OS VEDAS  O segundo estágio era devotado às responsabilidades do lar e da família. O jovem tomava uma esposa. Ambos realizavam os sacrifícios védicos com o uso de Mantra e de acordo com as regras de Brahmana;  O terceiro estágio começava quando o cabelo ficava branco e a face começava a se enrugar. As obrigações do lar eram então passadas aos filhos e o jovem de retirava com sua esposa para a floresta.
  • 15. OS VEDAS  Ele era então conhecido como vãnaprashthin ou arãnyaka, um habitante da floresta. A porção Aranyaka dos Vedas prescrevia para ele sacrifício pela meditação e adoração simbólica;  O estágio final, chamado sannyãsa, era a culminação da vida estritamente regulada do ário-indu. Durante esse período, tendo renunciado totalmente ao mundo, ele se tornava um sannyãsin, um monge andarilho, livre de desejos e apegos terrenos e absorvido numa ininterrupta contemplação de Brahma.
  • 16. OS VEDAS  Ele não precisava mais adorar a Deus por meio de artigos materiais ou mesmo símbolos mentais. Era para ela que os Upanishads (geralmente as porções conclusivas dos Ãranyakas) eram destinados;  Assim, os videntes ário-indus arranjaram os Vedas para se conformar aos quatro estágios da vida:
  • 17. OS VEDAS  Brahmachãri: estudava o SAMHITÃ  Homem do lar: seguia as injunções das BRÃHMANAS;  Habitante da floresta: praticava a contemplação de acordo com os ÃRANYAKA;  Sannyãsin: era guiado pela sabedoria dos UPANISHADS.
  • 19.  Os Upanishads são considerados a forma mais elevada de conhecimento nos quais se encontra a chave para a realização da consciência última, Brahman;  Os Upanishads são parte integrante da Tradição Védica da Índia.
  • 20. Significado do Termo UPANISHAD UPA (Perto) NI (Abaixo) S(H)AD (Sentar) UPANISHAD: “sentar abaixo, perto de” ou “sentar junto de” O conhecimento que foi transmitido pelo Mestre, mantendo o aluno perto de si, é tratado nos Upanishads.
  • 21. Grupos de discípulos sentavam-se perto do mestre para aprender com ele a doutrina secreta. O assunto ensinado é da natureza da mais elevada sabedoria. Era ensinado aos “dignos”, aos “preparados” para absorver tais Ensinamentos. Recolhidos em ermidas localizadas nas florestas, os Sábios decodificavam a mais alta forma de conhecimento e transmitiam aos discípulos cuidadosamente selecionados por suas aptidões e elegibilidades;
  • 22. UPANISHAD Os Upanishds fornecem uma visão espiritual e uma filosofia que contém em si a mensagem última e o propósito dos Vedas. Por isso são conhecidos como “Vedanta” (“anta”= “fim”) Os Upanishads são o “fim” dos Vedas, em dois sentidos. VEDA[A]NTA ANTA [FIM]
  • 23. UPANISHAD Os Upanishds são encontrados na conclusão de cada ramo dos Vedas. São o objetivo final ou meta de todo o Ensinamento Védico. São encontrados nas seções de conclusão de cada um dos Vedas. Daí serem chamados de Vedanta (Conclusão dos Vedas) VEDA[A]NTA ANTA [FIM]
  • 24. VEDAS • Se considerarmos as duas partes do Yajur Veda como distintas, teremos um total de cinco Vedas. Rig Veda Shukla Veda Atharva Veda Sama Veda Krishna Veda
  • 25. VEDAS • Cada Veda tem vários shaakas (Ramos). Rig Veda Shukla Veda Atharva Veda Ramos (Shaakas) Sama Veda Krishna Veda
  • 26. VEDAS • Cada shaaka tem uma seção conhecida como “Karma Khanda” que aborda as ações/rituais a executar. Rig Veda Shukla Veda Atharva Veda Ramos (Shaakas) Sama Veda Krishna Veda Karma Khanda
  • 27. VEDAS • Karma Khanda consiste de duas seções: Mantras e Brahmanas. • Brahmanas tratam das várias formas de meditação conhecidas como “Upasanas”. • A forma mais elevada de Upasanas é para aqueles que se retiram para a solidão da floresta a fim de alcançar o conhecimento Absoluto. Rig Veda Shukla Veda Atharva Veda Ramos (Shaakas) Sama Veda Krishna Veda Karma Khanda Brahmanas Mantras
  • 28. VEDAS • Upasanas são descritos nos Aranyakas, onde Aranya significa floresta. • Os Upanishads, a forma mais elevada do conhecimento realizado, encontram-se na seção Aranyaka dos Vedas. Rig Veda Shukla Veda Atharva Veda Ramos (Shaakas) Sama Veda Krishna Veda Karma Khanda Brahmanas Mantras Aranyakas Upanishads
  • 29. VEDAS • Os cinco Vedas contêm 1180 shaakas ou ramos e, por conseguinte, logicamente somam 1180 Upanishads. • No presente o que temos, de acordo com Mutiko Upanishad, é uma lista de 108 Upanishads disponíveis em texto. Rig Veda Shukla Veda Atharva Veda 1180 Shaakas Sama Veda Krishna Veda 1180 Upanishads Mutiko Upanishad 108 Upanishads
  • 30. Rig Veda Shukla Veda Atharva Veda Sama Veda Krishna Veda 10 Upanishads 16 Upanishads 19 Upanishads 32 Upanishads 31 Upanishads • Uma profunda análise dos ensinamentos dos 108 Upanishads disponíveis apresenta filosofias distintas; no que diz respeito à realização de Brahman, através de vários rituais e tradições. • Para um entendimento mais fácil, podemos classificar os 108 Upanishads em 7 categorias
  • 31. SHAIVA: 13 Upanishads que seguem a tradição Shivaista e os seus princípios para alcançar o Supremo Brahman; SHAKTI: 09 Upanishads que seguem o poder criativo da Mãe Divina Shakti. VAISHNAV: 14 Upanishads que assimilam o conceito de Vishnu. Esses Upanishads aprofundam as filosofias suplementares do Vaishishta Advaita (Não dualidade com qualidades) e Dvaita (Dualidade). YOGA: 19 Upanishads com práticas yóguicas e os seus métodos para alcançar a realização.
  • 32. SANYASA: 16 Upanishads que lidam com o conceito de renúncia e são especificamente para as pessoas que desejam sair do caminho do mundo material e passar para o da renúncia. GERAL: 27 Upanishads que contêm aspectos variados de tudo e que não podem ser considerados parte de um processo particular de pensamento. PRINCIPAL: 10 Upanishads maiores conhecidos como Dashoupanishad. São considerados os mais genuínos com respeito á sua fonte e autoridade. Apesar dos 108 Upanishads indicados no Muktiko Upanishad, muitos estudiosos debatem a autenticidade de muitos desses Upanishads com relação à fonte e à autoridade ou credibilidade. Mas os 10 Upanishads maiores ou principais são aceitos por todos como a fonte genuina da Tradição Védica.
  • 33. O grande Shri Adi Shankara escolheu escrever comentários sobre esses Dashoupanishads pela seguinte ordem: Isha Upanishad Kena Upanishad Kathaa Upanishad Prasna Upanishad Munda Upanishad Maandukya Upanishad Taittariya Upanishad Aitareya Upanishad Chaandogya Upanishad Brahadaaranyaka Upanishad
  • 34. Shri Madhava e Shri Ramanuja também esceveram comentários aos mesmos Upanishads. Os três abordaram de forma completamente diferente o conhecimento nesses textos. Adi Shankara destacou a filosofia não- dualista (Advaita) exposta neles que, resumidamente considera toda a manifestação como nada mais que o Puro Brahman, sem partes
  • 35. Shri Madhava detacou a filosofia dvaita (dualista), em contradição com o ponto de vista de Shankaracharya. Ele declara que as manifestações individuais são distintas do Senhor Supremo, na forma de Vishnu e dependem de Vishnu para existir e se libertar. Shri Ramanuja enfatizou o Vashishta-advaita (não dualismo com qualidade) que é um compromisso entre a filosofia de Shankara e de Mandhava. Aceita a filosofia de Shankara na qual Brahman abrange toda a realidade. No entanto, reconcilia ao declarar que o Brahman supremo existe em partes, dentro de cada alma individual, mas é independente e controla as almas/espíritos e o Universo.
  • 36. Em resumo, podemos apenas considerar 2 filosofias para o entendimento dos Upanishads. A filosofia Advaita de Shankara e as filosofias Dvaita e Vaishista Advaita como proclamadas por Madhava e Shri Ramanuja. O Objetivo ou meta final dos Vedas está contido nos Upanishads. Os Upanishads, através de jnana marga ou caminho do conhecimento, expõe o método direto de realização, o abheda ou não dualidade do Ser Supremo e o Jiva, de acordo com Shankaracharya.
  • 37. Apesar dos Upanishads conterem informação sobre rituais (yajnas), ou adoração de divindades, o foco é na análise filosófica e enfatiza um estado mental livre de todos os apegos. A parte Karma Kaanda das escrituras condiciona a mente para desenvolver uma disciplina interna que através de constante instropeção e prática, finalmente experiencia a não dualidade de Brahman. O processo do mais elevado refinamento é iniciado através das “Mahaa Vaakhyas”, as afirmações últimas do conhecimento absoluto.
  • 38. Apesar de haver muitos aforismos, 4 versos específicos são considerados com a chave para realizar o supremo Brahman. Quatro Mahavaakyas são considerados os mais importantes, contidos em quatro Upanishads. A escolha de qual filosofia ou caminho adotar na leitura dos Upanishads é uma escolha individual. Vamos discorrer sobre o significado desses 4 versos mais importantes de acordo com ambas as filosofias apresentadas (a Advaita Shamkaracharya e a Vaishnava de Madhava e Ramanuja).
  • 39. 1ª Mahavaakya – Aitreya Upanishad (do Rig Veda) “Prajñaanam Brahma” 6.3.3 Advait (monoteísta) Vaishnav (Dual/ Não dual c/ Q) “A experiência real, por si só, é Brahman” “Brahman [Vishnu] tem o conhecimento supremo” Prajña: a forma última de conhecimento obtido além da razão, inferência ou sentidos Brahma: o Todo
  • 40. 2ª Mahavaakya – Brahadaranyak Upanishad (do Shukla Yajur Veda) “aham brahamaasmi” (अहं ब्रह्म अिस्म�त) 1.4.10 Advait (monoteísta) Vaishnav (Dual/ Não dual c/ Q) “Eu sou Brahman” “Eu sou eterno e puro como Brahman [ou Vishnu]” Aham: Eu Brahmam: o todo Asmi: ser
  • 41. 2ª Mahavaakya – Brahadaranyak Upanishad (do Shukla Yajur Veda) “aham brhamaasmi” (अहं ब्रह्म अिस्म�त) 1.4.10 O quarto capítulo do Taittiria Upanishad de Krishna Yajur Veda coloca a mesma Mahavaakya de forma ligeiramente diferente: “Ahamasmi Brahmaahamasmi”
  • 42. 3ª Mahavaakya – Chaandogya Upanishad (do Sama Veda) “tat tvam asi” (तत्त्वम�स) 6.8.4 Advait (monoteísta) Vaishnav (Dual/ Não dual c/ Q) “Aquilo (Brahmam) voce é” “Tu és reflexo de Brahmam [ou Vishnu]” Tat: Aquilo, a realidade Última Tvam: O Eu, Atman Asi: ser
  • 43. 4ª Mahavaakya – Maandukya Upanishad (do Atharva Veda) “ayamaatmaa brahma” 1.2 Advait (monoteísta) Vaishnav (Dual/ Não dual c/ Q) “Atmã (alma/jiva) é Brahman” “Atmã (alma/jiva) é idêntico a Brahman [ou Vishnu]” Ayam: ser atma: O Eu Brahman: O Absoluto
  • 44. Se os Samhita ou Vedas são como uma árvore, os Brahmanas são as suas flores, os aranyakas são os frutos verdes e os Upanishads os frutos maduros. Sendo a parte mais importante dos Vedas (sendo chamados de cabeça dos Vedas – “shruti shirass”) VEDAS BRAHMANAS ARANYAKAS UPANISHADS
  • 45. FIM Referências 1. https://www.youtube.com/watch?v=kasEcBWVOtY , “Introduction to Upanishds”. Acesso em 03/04/2016 2. Wikipedia: parts of series on Hinduism.