JARDIM DA BÍBLIA  DO  MAB     [BOTÂNICA]
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 2 ]
FINALIDADE DESTA OBRA
Este livro como os demais por mim publicados
tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores,
a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si
mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de
entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa
existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a
caminhada para o conhecimento é gradual e não
alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente
não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste
livro você encontrará algumas respostas para alguns dos
dilemas de nossa existência.
AUTOR: O Peregrino Cristão é licenciado em Ciências
Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de Santos;
possui curso superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de
Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembléias de
Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela
USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas
Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo
SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu
em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o Centro de
Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros e ao
ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou
participar de eventos, evitando convívio social.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 3 ]
CONTATO:
Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com
áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo
Grupo de estudo no whatsapp
55 13 996220766 com o Escriba de Cristo
https://youtube.com/@escribadecristo
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
M543 O Peregrino Cristão, Central de Ensinos Bíblicos
1969 –
Jardim da Bíblia do MAB
Engenheiro Coelho / SP
Clubedeautores.com, Uiclap, Draft2, Amazon.com,
2025, 149 p. ; 21 cm
ISBN: 9798287778064 / 9798287777654 Edição 1°
1. Jardim da Bíblia 2. Botânica 3. Ciência da Vida
4. Geografia 5. História Natural
CDD 580
CDU 58
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 4 ]
VENDA DE LIVROS
POR
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OU
CINCO REAIS
No final está a minha coleção de livros que venho
escrevendo desde 1990. Você pode selecionar vários
deles e envio cada um pelo preço acima. Envio livros no
formato PDF e você faz o pagamento via pix. Contribua
com esta missão pessoal fazendo doação na conta
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Contato: Valdemir whatsapp 13 996220766
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Valdemir Mota de Menezes,
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CPF 069 925 388 88 –
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JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 5 ]
Sumário
INTRODUÇÃO......................................................................7
CAMPUS DA UNASP.............................................................8
JARDIM DA BÍBLIA............................................................ 15
CIPESTRE ITALLIANO..................................................... 17
ROMÃ ................................................................................... 19
ALTAR DE SACRIFÍCIO ....................................................22
MOINHO DE TRIGO .........................................................27
OLIVEIRA ............................................................................ 31
SALGUEIRO.........................................................................39
TÚMULO DE JESUS...........................................................45
FLORES................................................................................50
FIGO .....................................................................................53
LAVANDA ............................................................................ 61
POÇO DE ÁGUA..................................................................72
TAMAREIRA........................................................................77
ESCULTURAS EM RELEVOS ...........................................87
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 6 ]
VIDEIRA............................................................................. 105
ACÁCIA............................................................................... 108
CIDADE DE ENGENHEIRO COELHO.........................115
Arqueólogo Rodrigo Silva, o idealizador do Jardim da
Bíblia recebendo a ilustre visita da Aline de Israel.
Dedicamos este livro ao seu esforço de promover a
cultura bíblica entre os brasileiros.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 7 ]
INTRODUÇÃO
Estive no Jardim da Bíblia do Museu de
Arqueologia Bíblica da UNASP na cidade de Engenheiro
Coelho e neste livro conto minha experiência e o que vi e
aprendi ali. Este jardim é um mini bioma bíblico na qual os
idealizadores com esforço conseguiram cultivar naquele
jardim várias espécies de plantas típicas da Bíblia. Eu já
tenho publicado um livro sobre o tema intitulado
BOTÂNICA BÍBLICA na qual faço um estudo das
principais espécies botânicas citadas na Bíblia. Mas ali na
cidade de Engenheiro Coelho, a Igreja Adventista
reconstruiu um bioma com as principais plantas, árvores e
equipamentos do mundo antigo da região de Israel como
poço, túmulo e moinho de trigo. Estes equipamentos são
réplicas, mas as plantas são naturais, inclusive o carro-
chefe com certeza é uma oliveira de trezentos anos.
Mesmo não sendo adventista, eu fiz este livro como um
tributo aos adventistas e ao maior nome do adventismo
hoje, RODRIGO SILVA, arqueólogo e pastor a quem
todos os cristãos evangélicos o têm como uma referência
em assuntos bíblicos, em especial na arqueologia e
história. Este livro também deve servir como um guia de
turismo, pois minha intenção é incentivar a visitação
daquele sítio de conhecimento bíblico.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 8 ]
CAMPUS DA UNASP
Há 33 anos o Unasp mantém sua missão de
educar seus alunos dentro dos valores bíblicos, para um
viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à
humanidade. Há três décadas a instituição propõe a seus
alunos uma educação de qualidade e comunhão com
Deus, mantendo seu lema de “Educar e Servir” cravado
em cada parede elevada no campus.
Os olhos com pouca fé jamais poderiam imaginar
que o Unasp alcançaria tamanha relevância. As flores da
primavera de 1983 aqueciam os corações apreensivos
sob o efeito da Guerra Fria. As folhas verdes do laranjal
da Fazenda Lagoa Bonita marcavam a compra realizada
pelo Pastor Walter Boger. Assim foi o nascimento do novo
Instituto Adventista de Ensino, (I.A.E), como era
conhecido na época.
O professor Edmir de Oliveira foi um dos
primeiros diretores do Unasp e escolhido para organizar
as atividades iniciais do campus. Oliveira lembra dos
primeiros passos da instituição e diz que ao todo foram
visitadas 70 fazendas para então encontrar a que se
encaixava na filosofia adventista de educação. Ao longo
do processo de construção do novo I.A.E, o professor
conta que os principais desafios foram o uso consciente
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 9 ]
dos recursos financeiros e o preparo do processo escolar
para o ano letivo de 1985, mas que ainda assim, as
bênçãos foram maiores. “O crescimento da igreja, o
primeiro batismo de conversos vizinhos e a segurança no
trabalho, pois praticamente não houveram acidentes,
foram as maiores bênçãos”, lembra.
Eu e Gladis passeamos pela esplanada em volta
do Museu de Arqueologia Bíblica e do Jardim da Bíblia
que está inserido dentro do monumental Campus
universitário da UNASP.
Biblioteca
Foi nesse contexto, em 1991, enquanto o Unasp
ainda engatinhava, que a Biblioteca Dr Enoch de Oliveira
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 10 ]
nasceu. Na época conhecida apenas como Biblioteca
Universitária. Um ano depois, com a aquisição de novos
livros e a transferência do acervo de Pedagogia para o
campus de Engenheiro Coelho, a biblioteca foi inaugurada
de fato, sob a administração do professor Lafaiete
Carvalho. Em 1996, com o apoio da comissão
administrativa, foi escolhido o nome Biblioteca Dr Enoch
de Oliveira, em homenagem ao pastor Enoch de Oliveira.
Oito anos depois, os alunos contavam com um acervo de
3.681 títulos e 29.674 exemplares. Hoje, duas décadas
depois de sua inauguração, a biblioteca oferece 68.459
títulos e 120.481 exemplares e aumentando.
Nesta foto, eu [Valdemir] e minha esposa Gladis
estamos em frente ao Museu de Arqueologia Bíblica e
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 11 ]
atrás deste museu fica o maravilhoso jardim da Bíblia. A
visitação do museu é pago, mas a visita ao jardim é
gratuita. Mas é uma insanidade visitar o jardim da Bíblia e
não visitar o museu, afinal, o preço do ingresso é irrisório
e o acervo é de encher os olhos.
Enoch de Oliveira
Pastor, professor, evangelista, escritor,
economista, administrador, erudito, eclético. Nasceu no
dia 2 de fevereiro de 1924, em Curitiba, PR. Era filho do
colportor Saturnino de Oliveira e Jerônima Oliveira.
Casou-se com Lygia de Oliveira e da união conjugal
nasceram dois filhos: Lutero e Vera Lúcia.
O dia que visitamos a UNASP era de calor. Na
parte da manhã fiquei contemplando o jardim da Bíblia,
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 12 ]
depois eu e Gladis fomos almoçar em um restaurante na
cidade de Engenheiro Coelho e retornamos a UNASP,
onde nos deitamos no gramado a sombra de uma árvore
e aguardamos o Museu reabrir no período da tarde, onde
fiz a visita e colhi material fotográfico para elaborar o livro
MUSEU DE ARQUEOLOGIA DA BÍBLIA.
Concluiu os cursos de Contabilidade e Teologia
no Colégio Adventista Brasileiro (CAB), atual Unasp-SP.
Graduou-se posteriormente em Ciências Econômicas,
Filosofia, Ciências e Letras, pela Universidade do Paraná.
Posteriormente, cursou o Mestrado em Teologia
Sistemática, na Universidade de Potomac, Maryland,
EUA; Mestrado em História da Igreja e Divindade, em
1967, na Universidade Andrews, EUA. O livro A Mão de
Deus ao Leme foi a tese de seu mestrado em História da
IASD. Escreveu outros dois livros: Ano2000 – Angústia ou
Esperança e a meditação matinal de 1990, Bom dia,
Senhor. Obteve também o título de Doutor Honoris
Causa, em 1975, pela Universidade Andrews.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 13 ]
Capa do livro que publiquei sobre o Museu que
está ao lado do Jardim da Bíblia.
Após a conclusão do curso Teológico em 1945,
iniciou suas atividades como contador na Associação
Paranaense, em 1946. Sua trajetória culminou na vice-
presidência da Associação Geral, após ter sido diretor de
Educação e de Jovens Adventistas da Associação
Paulista; diretor do Ginásio Adventista Paranaense (GAP),
atual Instituto Adventista Paranaense (IAP); pastor da
Igreja Central de Curitiba, Igreja Central do Rio de
Janeiro; secretário Ministerial e Evangelista da União
Este-Brasileira e presidente da Divisão Sul-Americana
(DSA).
No dia 28 de novembro de 1983, lançou a Pedra
Fundamental da Casa Publicadora Brasileira (CPB), de
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 14 ]
cuja Mesa Administrativa foi presidente. Em 4 de janeiro
de 1985, participou da inauguração das novas instalações
desta editora em Tatuí, SP. [2]
Seu último batismo foi realizado no dia 28 de
dezembro de 1991, e pregou o último sermão em 29 de
fevereiro de 1992. Prestou 45 anos de serviço à causa de
Deus. Faleceu no dia 10 de abril de 1992, aos 68 anos de
idade, em Curitiba, PR, onde residia desde que foi
jubilado, em setembro de 1990. A cerimônia fúnebre foi
realizada na Igreja Central de Curitiba, onde vieram
representantes de várias partes do Brasil, contando
também a presença do pastor Leo Ranzolin, da
Associação Geral.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 15 ]
Saímos de Rio Grande da Serra no ABC para
visitar o Jardim da Bíblia e o Museu de Arqueologia. Foi
um dia marcante em nossas vidas. Eu parabenizo os
adventistas por estas obras que proporcionam edificação
espiritual. Como se vê na foto, apesar de ser outono. O
sol estava forte.
JARDIM DA BÍBLIA
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 16 ]
Um dos pontos mais surpreendentes da visitação
ao MAB é o Jardim da Bíblia. No pátio externo foi
construído um jardim com 17 espécies de árvores
mencionadas na Bíblia – cedro, oliveira, tamareira,
videira, romeira etc. - distribuídas de forma paisagística e
ornamental. Entre as árvores, plantas bíblicas como o
joio, o trigo, o papiro, entre outras, foram espalhadas. Há
ainda réplicas em tamanho natural de importantes
ambientes mencionados no texto sagrado, como uma
tumba escavada na pedra, um moinho de trigo, uma
prensa de azeitonas e um altar de sacrifício. Nesse
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 17 ]
ambiente, enquanto as plantas crescem, os visitantes
poderão extrair profundas lições e compreender mais
claramente parábolas e acontecimentos narrados na
Bíblia. O Jardim da Bíblia é um espaço dedicado ao
conhecimento, lazer, relacionamentos e comunhão com
Deus. [3]
CIPESTRE ITALLIANO
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 18 ]
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 19 ]
ROMÃ
Este dias o preço da romã estava pela hora da
morte. Chegando a 35 reais o quilo. Graças a Deus as
pessoas que visitam o Jardim da Bíblia são pessoas
consciente e de boa índole, ninguém praticando
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 20 ]
vandalismo e as lindas romãs mesmo sem grades,
estavam com seus frutos ao alcance das mãos de
qualquer um. Mas todos respeitando a propriedade alheia.
Em 2023 estive em Israel e outros países do
Oriente Médio e de fato eles gostam muito de romã,
inclusive em Israel experimentei suco de romã
industrializado em caixinhas de um litro que vende nos
mercados.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 21 ]
Minha esposa Gladis é fissurada por
romã e ela ficou encantada com o tamanho e a qualidade
das romãs. Como eles conseguem cultivar com tanto
capricho??? Ao lado de cada planta do jardim tem uma
placa indicando o nome da espécie.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 22 ]
ALTAR DE SACRIFÍCIO
Nas instruções dadas a Moisés por Deus na
construção do Tabernáculo, estava a ordem de preparar
um local para o sacrifício: “Farás para mim um altar de
terra [materiais naturais, incluindo pedra], e sobre ele
sacrificarás os teus holocaustos e as tuas ofertas
pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois; em todo lugar
onde eu fizer lembrar o meu nome, virei a ti e te
abençoarei” (Êxodo 20:24). Compreendemos o conceito
de bênçãos, mas o de sacrifício, especialmente em um
altar, é bastante desconhecido. O “altar” (hebraico
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 23 ]
mizbēaḥ) remonta ao Jardim do Éden, onde
presumivelmente Adão construiu o primeiro altar da
história, baseado no exemplo do sacrifício divino de um
animal para vestir o homem e a mulher (Gênesis 3:21). A
prática de construir um altar de sacrifício foi obviamente
ensinada a seus filhos Caim e Abel (Gênesis 4:3-4) e
vemos isso como um ato regular de obediência seguido
por Noé (Gênesis 8:20), os Patriarcas (Gênesis 12:7;
26:25; 35:7), Moisés (Êxodo 17:15), Josué (Josué 8:30) e
os israelitas (Deuteronômio 12:1, 5-6). Durante todo esse
período, era o rei o responsável pela construção e
manutenção de altares legítimos para o Deus de Israel e
pela destruição de falsos altares dedicados a outros
deuses. Essa prática continuou até ser interrompida pela
destruição do Primeiro Templo e então retomada até que
o Segundo Templo foi destruído em 70 d.C. e o sistema
de sacrifícios foi forçado a terminar.
O altar de sacrifício ficava do lado de fora, no átrio
do Tabernáculo (Êxodo 27:1-8; 38:1-7) e era chamado de
"altar do holocausto" (hā mizbēaḥ hāʿôllāh). Era ali que
esses sacrifícios regulares para expiação eram
oferecidos. Em contraste, o altar relacionado ao uso de
incenso ficava do lado de dentro (Êxodo 30:1-10; 37:25).
O altar de sacrifício era construído de madeira de acácia e
revestido de bronze, sendo, portanto, também chamado
de Altar de Bronze. O altar era oco, mas provavelmente
preenchido com terra para dissipar o calor gerado na
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 24 ]
queima dos sacrifícios. Existem vários exemplos
arqueológicos de altares construídos com enchimento de
cinzas ou terra/entulho. No entanto, o "piso" do altar, onde
a madeira era colocada, era uma grade de bronze (Êxodo
27:4). O uso pode ter tido uma função semelhante às
churrasqueiras modernas, permitindo a entrada de ar para
facilitar o cozimento.
Este altar que fica a céu aberto no Jardim da
Bíblia do MAB é uma réplica de tamanho natural. Um
momento de reflexão sobre o culto a Deus no Antigo
Testamento...
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 25 ]
Uma característica única do design desses altares
eram os "chifres" (qĕrānôt); projeções de pedra nos
cantos que aparentemente ajudavam a prender um
sacrifício vivo ao altar (Salmo 118:27b; cf. Romanos 12:1).
Os sacerdotes tinham que subir ao altar, pois a madeira
era colocada em cima do altar e o sacrifício era então
colocado sobre a madeira para ser queimado. No entanto,
Deus ordenou que o altar não pudesse ser subido por
degraus, pois essa era a prática das culturas pagãs e
estava associada à exposição dos sacerdotes como parte
de rituais de fertilidade (Êxodo 20:26). Encaixa-se nessa
descrição um grande altar circular de pedra cananeu que
foi desenterrado em Megido. Para evitar qualquer coisa
que pudesse inferir crenças pagãs, os altares israelitas,
começando com o instalado no Tabernáculo, eram
construídos com rampas. Além disso, como o altar do
Tabernáculo precisava ser portátil, ele também era
equipado com argolas pelas quais varais podiam ser
inseridos para transporte.
As evidências arqueológicas de altares em Israel
são bastante extensas. Um dos mais impressionantes da
época do Tabernáculo está localizado no Monte Ebal. Foi
identificado como o altar descrito em Josué 8:30-35. Suas
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 26 ]
dimensões são de 8,2 metros x 6,4 metros e ele foi
preservado a uma altura de 3 metros, com uma rampa de
1 metro de largura. Era cercado por um pátio interno que
continha cinzas, ossos de animais e vasos de barro
cheios de cinzas e ossos.
O altar de sacrifício nos lembra que nosso pecado
requer um substituto para o perdão e que no plano de
Deus, Jesus, o Messias, veio para cumprir esse grande
propósito. [4]
Foto que tirei no Jardim da Bíblia mostrando uma
cisão panorâmica do altar no meio do jardim. Visitar um
lugar como este é uma imersão na Bíblia e suas tradições
antigas, no caso deste jardim, os idealizadores trouxeram
exemplares de plantas que não costumamos encontrar
nos biomas brasileiros.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 27 ]
MOINHO DE TRIGO
Um moinho de grãos (também conhecido como
moinho de milho , moinho de farinha , moinho de ração ou
moinho de ração) tritura grãos de cereais em farinha e
farelo. O termo pode se referir tanto ao mecanismo de
moagem quanto à estrutura que o contém. Grão é o grão
que foi separado da palha em preparação para a
moagem.
História
História antiga
Senenu moendo grãos, c. 1352–1336 a.C. O
escriba real Senenu aparece aqui curvado sobre uma
grande pedra de moer. Esta escultura incomum parece
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 28 ]
ser uma versão elaborada de um shabti, uma estatueta
funerária colocada no túmulo para substituir o falecido.
Museu do Brooklyn.
O geógrafo grego Estrabão relatou em sua
Geografia que um moinho de grãos movido a água existia
perto do palácio do rei Mitrídates VI Eupator em Cabira,
Ásia Menor , antes de 71 a.C.
Rodas verticais estavam em uso no Império
Romano no final do primeiro século a.C., e foram
descritas por Vitrúvio. O moinho rotativo é considerado
"uma das maiores descobertas da raça humana". Era um
trabalho muito exigente fisicamente para os
trabalhadores, onde os escravos eram considerados
pouco diferentes dos animais, cujas misérias eram
retratadas na iconografia e em O Asno de Ouro de
Apuleio. O auge da tecnologia romana é provavelmente o
aqueduto e moinho de Barbegal, onde a água com uma
queda de 19 metros movia dezesseis rodas d'água, dando
uma capacidade de moagem estimada em 28 toneladas
por dia. Os moinhos de água parecem ter permanecido
em uso durante o período pós-romano.
Os moinhos operados manualmente, utilizando
uma manivela e uma biela, foram usados na dinastia Han
Ocidental.
Houve uma expansão da moagem de grãos no
Império Bizantino e na Pérsia Sassânida a partir do século
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 29 ]
III d.C., e então a expansão generalizada de instalações
de moagem de fábricas em grande escala em todo o
mundo islâmico a partir do século VIII. Moinhos de grãos
com engrenagens foram construídos no Oriente Próximo
medieval e no Norte da África, que eram usados para
moer grãos e outras sementes para produzir refeições. Os
moinhos de grãos no mundo islâmico eram movidos a
água e ao vento. Os primeiros moinhos de grãos movidos
a vento foram construídos nos séculos IX e X no que hoje
são o Afeganistão, Paquistão e Irã. A cidade egípcia de
Bilbao tinha uma fábrica de processamento de grãos que
produzia cerca de 300 toneladas de farinha e grãos por
dia. [5]
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 30 ]
O tradicional moinho de trigo citado inúmeras
vezes na Bíblia. No Jardim da Bíblia do MAB tem esta
réplica de moinho em tamanho natural. Visitando este
complexo na cidade de Engenheiro Coelho, no campus da
UNASP você se sente interagindo com elementos
descritos na Bíblia.
Passagens bíblicas sobre moinho:
Sejam como a moinha perante o vento; o anjo do
Senhor os faça fugir. Salmos 35:5
Estando duas moendo no moinho, será levada
uma, e deixada outra. Mateus 24:41
Não são assim os ímpios; mas são como a
moinha que o vento espalha. Salmos 1:4
Então os filisteus pegaram nele, e arrancaram-lhe
os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 31 ]
com duas cadeias de bronze, e girava ele um moinho no
cárcere. Juízes 16:21
Espalhava-se o povo e o colhia, e em moinhos o
moía, ou num gral o pisava, e em panelas o cozia, e dele
fazia bolos; e o seu sabor era como o sabor de azeite
fresco. Números 11:8
OLIVEIRA
Azeitonas e oliveiras em Israel e no Judaísmo
A oliveira e seu azeite eram um componente
importante na sociedade israelita antiga e têm sido
importantes para o povo judeu há milênios. As azeitonas
são frequentemente mencionadas em textos religiosos
judaicos e geralmente são vistas como um símbolo de
paz, sabedoria, e vitalidade. Teve um papel fundamental
na vida agrícola, na indústria e nas práticas religiosas do
antigo Israel e Judá.
História
Pré-história
A oliveira é endêmica de Israel e da grande Bacia
do Mediterrâneo. O cultivo de oliveiras tem sido
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 32 ]
importante para a vida agrícola na Terra de Israel desde o
período Neolítico. O lagar de azeite mais antigo do
mundo, datado do período Calcolítico, foi descoberto em
uma escavação subaquática perto de Haifa. Cerâmica
contendo caroços de azeitona, restos de azeitonas e
lagares de azeite descobertos em sítios arqueológicos
fornecem evidências da produção inicial de azeite.
Tempos antigos
Na era do Reino de Israel e Judá, foram
estabelecidas aldeias industriais dedicadas à produção de
óleo, provavelmente sob patrocínio real. Essas aldeias
abrigavam dezenas de prensas, exemplificadas por
descobertas em locais como Khirbet Khadash. Durante o
século VIII a.C., a indústria do azeite de oliva
experimentou um boom na produção em massa nos dois
reinos israelitas. Mesmo após a conquista assíria do
Reino do Norte, a produção de azeite de oliva continuou
no Reino de Judá. Em seguida, foi enviado para outros
estados vassalos do Império Assírio. As azeitonas em
geral eram usadas como fonte de alimento, luz, higiene e
cura. As populações israelitas e, mais tarde, da Judeia
plantaram as árvores principalmente na Galileia, Judeia e
Samaria.
Sob domínio estrangeiro
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 33 ]
As azeitonas continuaram a ser um produto
essencial para os judeus em Israel, apesar da mudança
de controlo da terra sob vários poderes.
História moderna inicial
Após a Primeira Aliá, os olim judeus começaram a
plantar uma série de plantas, incluindo oliveiras. O azeite
de oliva era vendido em mercados e exportado. O azeite
de oliva era o óleo mais comum usado pela comunidade
judaica. Com a fundação de uma moderna fábrica de óleo
industrial que produzia óleos destilados de vários grãos,
como soja, girassol e milho, o azeite de oliva sofreu um
declínio.
Reavivamento
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 34 ]
Ao longo do século XX, a população judaica
estabeleceu numerosas plantações de oliveiras. Os
movimentos dos kibutz desempenharam um papel
significativo no fomento do cultivo de azeitonas.
Na virada do terceiro milênio, Israel viu um
aumento no consumo de azeite de oliva. O Ministério da
Agricultura de Israel promove e apoia a produção de
azeitonas para prensagem de azeite e uso local. Hoje,
Israel é um dos poucos países conhecidos por produzir
azeite de oliva da mais alta qualidade.
Antigos locais de produção de azeitonas judaicas
Arad
Bersheva
Beit Aryeh
Betel
Gamla
Gezer
Golã
Jericó
Jerusalém
Kfar Samir
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 35 ]
Khirbet Kadash
Kla
Laquis
Mispá
Modi'in
Monte Efraim
Qusbiyye
Siquém
Sefelá
Shiqmona
Shomron
Tel Batash
Diga a Beit Mirsim
Tel Beit Shemesh
Diga a Hadar
Tirza
No judaísmo, na tradição e cultura judaica
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 36 ]
As sete espécies
A oliveira é uma das árvores mais importantes do
judaísmo e da cultura judaica. Elas simbolizam a conexão
judaica com sua pátria histórica. As azeitonas fazem parte
das Sete Espécies. Elas faziam parte da dieta dos antigos
israelitas e ainda são usadas nas culinárias israelense e
judaica modernas.
Minha querida esposa Gladis sentada ao lado de
uma centenária oliveira. Imagino o esforço para os
idealizadores do Jardim da Bíblia da UNASP para trazer
um exemplar vivo deste para o Brasil e replanta-lo aqui no
JARDIM DA BÍBLIA.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 37 ]
Nos tempos do Templo Sagrado Judaico, as
oliveiras, o azeite e as azeitonas desempenhavam papéis
significativos em vários aspetos dos rituais e práticas
religiosas. O azeite era crucial para acender a Menorá
dentro do Templo. A Menorá era um elemento central no
santuário do Templo. O azeite puro era usado para
manter a Menorá acesa continuamente.
Em Tu BiShvat, o feriado judaico conhecido como
o Ano Novo das Árvores, as oliveiras têm um significado
especial, juntamente com outras árvores frutíferas. As
oliveiras estão entre as sete espécies (shiv'at haminim)
que são tradicionalmente associadas à fertilidade e
abundância da Terra de Israel.
O Hanukkah comemora a rededicação do
Segundo Templo em Jerusalém após sua profanação pelo
Império Selêucida. De acordo com a tradição judaica,
durante a Revolta dos Macabeus, apenas uma pequena
quantidade de azeite puro suficiente para um dia de
acendimento da Menorá durou milagrosamente oito dias
até que novo azeite pudesse ser preparado. Este milagre
é celebrado como um símbolo de intervenção divina e
perseverança.
Após o Grande Dilúvio, Noé enviou pássaros da
arca para verificar se as águas haviam recuado. Primeiro,
ele enviou um corvo, mas ele não encontrou lugar para
descansar e retornou. Então, ele enviou uma pomba, mas
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 38 ]
ela também voltou. No 301º dia do dilúvio, Noé enviou a
pomba novamente. Desta vez, a pomba ficou fora o dia
todo e retornou à noite com uma folha de oliveira na boca.
Noé então soube que as águas haviam diminuído da
terra.
Óleo de Unção: O azeite de oliva era usado para
ungir reis, sacerdotes e profetas no antigo Israel. O óleo
de unção, conhecido como "shemen hamishchah",
simbolizava a santidade e era um elemento essencial em
vários rituais.
No Israel moderno
A oliveira é a árvore nacional do estado de Israel.
Seus ramos estão representados no Emblema do Estado
de Israel e na insígnia das Forças de Defesa de Israel
(incluindo o Rabinato Militar).
Em Israel, as azeitonas são uma fruta
economicamente importante. Dentro das plantações de
oliveiras de Israel, algumas oliveiras existem há séculos.
As árvores podem ser encontradas em várias regiões,
desde as áreas elevadas das montanhas até as planícies
costeiras. A paisagem contém 336 milhões de metros
quadrados de plantações de oliveiras. Esses extensos
bosques abrigam uma variedade de tipos de azeitonas.
Entre elas estão: Zuri, Barnea, Manzanillo, Picual,
Muhasan, Nabali, Souri, Kalamata, Picholine, Maalot e
Coratina. [10]
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 39 ]
O jardim da Bíblia anexado ao Museu de
Arqueologia possui um exemplar de oliveira de 3 séculos.
Lá eles instalar esta placa em homenagem a esta árvore
tricentenária.
SALGUEIRO
Simbolismo e significado do salgueiro.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 40 ]
O portal Better Place Forests traz uma descrição
do valor espiritual que existe por trás da árvore chamada
SALGUEIRO que muitas vezes é citada na Bíblia:
Florestas em Melhores Lugares
16 de junho de 2022
Representando flexibilidade, adaptabilidade e
resistência, o salgueiro é um símbolo importante em
muitos ensinamentos religiosos e espirituais.
Um salgueiro crescendo às margens de um rio.
Este é o simbolismo do salgueiro.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 41 ]
As árvores fazem parte de nossas histórias e
vidas há muito tempo, com profundo significado simbólico
em diversas culturas e continentes. Cada tipo de árvore
carrega seu próprio significado único, moldado pela região
em que cresce e pelas histórias que a cercam. Muitas
árvores estão imbuídas de simbolismo espiritual ou
religioso. O salgueiro é um excelente exemplo, rico em
significado, história e importância cultural.
Características do SALGUEIRO.
O salgueiro é conhecido por seu grande porte e
galhos esvoaçantes, pode atingir cerca de 12 metros de
altura e viver até 50 anos. O tronco pode parecer retorcido
e possui casca rachada marrom-prateada. As folhas são
longas, estreitas, pontiagudas na ponta e de cor verde-
claro. Elas são dispostas em espirais em longos caules
verde-amarelados que pendem da copa da árvore. As
flores crescem como cachos amarelos (amentilhos) com
2,5 a 7,5 cm de comprimento nos pecíolos das folhas no
início da primavera.
Origens do SALGUEIRO.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 42 ]
Originário da China, é provável que o salgueiro
tenha viajado pela Rota da Seda até chegar à Europa e à
América do Norte.
Por que o salgueiro é chamado de salgueiro-
chorão?
O salgueiro-chorão recebe esse nome devido à
aparência das gotas de chuva escorrendo por suas longas
folhas, dando a impressão de que a árvore está chorando.
Isso fez do salgueiro-chorão um símbolo de tristeza e luto
em muitas culturas.
O significado espiritual do salgueiro na Bíblia
O salgueiro tem uma longa história de simbolismo
enraizada na espiritualidade e é mencionado diversas
vezes na Bíblia. É frequentemente visto como uma
representação simbólica de tristeza e luto, mas também é
simbolizado por otimismo, renascimento e vitalidade.
O significado espiritual do salgueiro na Bíblia:
esperança e perda
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 43 ]
O Salmo 137 afirma: “Ali, nos salgueiros,
penduramos as nossas harpas.”
O verso é escrito da perspectiva de judeus que
estavam presos na Babilônia e se lembram com carinho
de sua terra natal. Aqui, o símbolo do salgueiro
representa tanto a perda quanto a esperança.
O significado espiritual do salgueiro na Bíblia:
renascimento e vitalidade
Ezequiel 17:5 afirma: “O profeta planta uma
semente e a “planta como um salgueiro”.
Isso faz referência ao simbolismo de longa data
do salgueiro, que representa renascimento e vitalidade.
O significado espiritual do salgueiro na Bíblia:
comemorativo
Levítico 23:40 afirma: “No primeiro dia tomareis
fruto de árvores formosas, ramos de palmeiras, ramos de
árvores frondosas e salgueiros de ribeiros, e vos
alegrareis perante JAVÉ, vosso Deus por sete dias.”
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 44 ]
Aqui, o salgueiro é retratado como algo festivo, e
os fiéis são instruídos a trazer o salgueiro como uma
oferenda festiva. [11]
Placa aos pés do salgueiro, no Jardim
da Bíblia para que os visitantes possam identificar que
tipo de árvore está diante dele.
CITAÇÕES BÍBLICAS SOBRE SALGUEIRO:
E brotarão como a erva, como salgueiros junto
aos ribeiros das águas. Isaías 44:4
As árvores sombrias o cobrem, com sua sombra;
os salgueiros do ribeiro o cercam. Jó 40:22
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 45 ]
Por isso a abundância que ajuntaram, e o que
guardaram, ao ribeiro dos salgueiros o levarão. Isaías
15:7
Sobre os salgueiros que há no meio dela,
penduramos as nossas harpas. Salmos 137:2
Tomou da semente da terra, e a lançou num solo
frutífero; tomando-a, colocou-a junto às muitas águas,
plantando-a como salgueiro. Ezequiel 17:5
E no primeiro dia tomareis para vós ramos de
formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores
frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis
perante o Senhor vosso Deus por sete dias. Levítico
23:40
TÚMULO DE JESUS
O próprio Portal do Jardim do Túmulo em
Jerusalém descreve este sepulcro que tem sido
identificado por muitos como o verdadeiro túmulo de
Jesus:
O Jardim do Túmulo é um local de culto e
testemunho cristão localizado no coração da histórica
Jerusalém, próximo aos muros da Cidade Velha. Dentro
deste jardim tranquilo e contemplativo, encontram-se
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 46 ]
diversas antiguidades de interesse, incluindo um antigo
túmulo judeu que muitos acreditam ser o local do
sepultamento e ressurreição de Jesus de Nazaré.
Minha esposa Gladis fazendo pose para foto em
frente a replicado do túmulo de Jesus que existe no
Jardim da Bíblia da cidade de Engenheiro Coelho/SP.
Para preservar e manter este local especial, os
terrenos do jardim foram adquiridos em 1894 pela
Associação do Túmulo do Jardim (Jerusalém), uma
instituição de caridade sediada no Reino Unido. A
associação é composta por pessoas de diversas
denominações e nacionalidades, unidas pela gloriosa
mensagem da morte, sepultamento e ressurreição de
Jesus Cristo. O local é mantido por voluntários vindos de
todo o mundo e que se juntam a uma equipe de
palestinos e israelenses locais.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 47 ]
A história do túmulo do jardim
Segundo as escrituras, Jesus foi crucificado em
um local chamado "a Caveira" (Gólgota em aramaico). Em
meados do século XIX, vários estudiosos cristãos
sugeriram que a escarpa rochosa, visível do jardim,
marcava o local da crucificação do Messias.
Os idealizadores do Jardim da Bíblia tiveram a
ideia de reproduzir uma replicado do túmulo do Jardim de
Jerusalém. Muitos cristãos que não terão oportunidade de
visitar o verdadeiro túmulo do Jardim poderão ao visitar o
interior do Estado de São Paulo, não muito longe da
capital e de Campinas visitar este jardim bíblico. Aqui se
criou uma atmosfera propícia aos cristãos para meditarem
nas Escrituras Sagradas.
Eles notaram sua proximidade com o portão
principal da cidade, sua associação com execuções de
acordo com a tradição local e sua semelhança física com
uma caveira.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 48 ]
Nos evangelhos, lemos que “no lugar onde Jesus
foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro
novo, onde ninguém ainda havia sido sepultado” (João
19:41). Evidências arqueológicas, incluindo um antigo
lagar, sugerem que este local era uma horta agrícola
naquela época, e dentro do jardim foi encontrado um
antigo túmulo judaico, talvez o túmulo vazio de Jesus.
A réplica do Túmulo do Jardim do Museu de
Arqueologia Bíblica não é idêntica ao túmulo de
Jerusalém. Mas nos envolve na atmosfera bíblica. Eu até
tirei uma foto mais ousada, deitado no interior da tumba.
Por mais de 120 anos, o Jardim do Túmulo
compartilhou a história da crucificação e ressurreição do
Messias com inúmeros visitantes do mundo todo. Alguns
acreditam que este jardim seja o cenário desses eventos
evangélicos.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 49 ]
No entanto, a questão de saber se este é o
mesmo túmulo onde o Messias foi sepultado é, em última
análise, irrelevante. O importante é que os visitantes
deste jardim tenham um encontro com o Messias vivo
hoje. Esta é a nossa oração e ministério. [12]
Nesta foto tirada de dentro da réplica do túmulo
para fora, dá para ver as árvores do Jardim da Bíblia.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 50 ]
FLORES
A foto acima tirei no Jardim da Bíblia do MAB.
Fiquei pensando não só o custo de fazer este jardim, mas
também o de mantê-lo. Cuidar de plantas que não são do
nosso bioma, exige expertise para que elas não venham a
morrer facilmente. Mais um motivo para eu parabenizar o
trabalho dos adventistas em recriarem esta paisagem que
lembra os textos bíblicos.
Ranúnculo - espécies de ranúnculo
Mateus 6:28-30, Lucas 12:27
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 51 ]
Ranúnculos são flores selvagens do campo na
Palestina e quase certamente foram
chamadas por Jesus de lírios do campo em Seu
Sermão da Montanha,
pois ainda crescem selvagens perto do Lago da
Galileia e em geral por toda a terra.
Esteva - esteva salviifolius
Gênesis 37:25, 43:11
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 52 ]
Uma espécie de esteva era a fonte da goma
láudano, um dos ingredientes da mirra para incenso. Ela
cresce nas encostas rochosas da Terra Santa, e diz-se
que o láudano foi encontrado pela primeira vez preso às
barbas de cabras que pastavam a planta no calor do dia,
época em que a goma brota em certas estações do ano.
Narciso ou Jonquil - narciso tazetta
Mateus 6:30
Acredita-se que Narcissus tazetta seja a planta
mencionada em "o deserto se alegrará e florescerá como
a rosa". As folhas brotam e as flores aparecem no início
da primavera. É uma flor silvestre israelense, semelhante
ao junquilho, com pétalas creme e um cálice central de
limão, docemente perfumado. [13]
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 53 ]
FIGO
O site UM POR ISRAEL que é dirigido por
israelenses em prol da evangelização em Israel nos traz o
seguinte artigo sobre o simbolismo do figo na Bíblia:
Deus dá boas dádivas. Quando Ele deu Israel ao
povo judeu, não era um pedaço de terra qualquer… Deus
diz em Deuteronômio 8:
“O Senhor teu Deus te está levando a uma boa
terra… terra de trigo e cevada, de videiras e figueiras, de
romãs, de azeite e de mel”.
Há sete espécies de alimentos mencionadas aqui,
que seriam abundantes na terra prometida ao Seu povo, e
é o período que antecede os feriados judaicos quando
muitos deles estão maduros e prontos para serem
consumidos. Há tanta riqueza no que Deus criou e
colocou nesta terra para o Seu povo — não apenas em
seu bom gosto e nutrição, mas também em seu
significado. E a figueira na Bíblia é um fruto que brota
repetidamente, porque Deus não faz nada sem propósito.
A benção dos figos
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 54 ]
O homem que verifica as sacolas em busca de
bombas no nosso sistema de transporte estava comendo
figos suculentos e me deu um com um sorriso. Há algo de
rico e decadente nos figos. As cores profundas e incríveis,
o formato distinto e o aroma glorioso e suave. Não é de se
admirar que essa característica da criação de Deus
apareça repetidamente na Bíblia de maneiras
maravilhosamente simbólicas. Primeiro, vemos os figos
no jardim do Éden — encobrindo a vergonha de Adão e
Eva. Na verdade, é a única árvore especificada que
sabemos com certeza que estava no jardim. Ao longo das
Escrituras, a planta se torna um símbolo de prosperidade,
bem-estar e segurança. Junto com a videira, sentar-se
sob a sombra abundante da sua própria figueira é o
epítome de segurança, paz e bem-estar em muitas
passagens bíblicas. Essas plantas não crescem da noite
para o dia, e leva tempo para cultivá-las e nutri-las — sua
maturidade indica que o jardineiro esteve lá contínua e
firmemente, cuidando de seu crescimento ao longo dos
anos. Para Israel, exílio e peregrinação eram sinônimo de
punição, então sentar-se debaixo de sua própria videira e
figueira é um sinal de bênção e segurança.
A figueira na Bíblia: uma metáfora para Israel
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 55 ]
A figueira na Bíblia também é um símbolo do
próprio Israel — muitas vezes simbolizava a saúde da
nação, tanto espiritual quanto física. Oséias 9:10 diz:
“Quando encontrei Israel, foi como encontrar uvas
no deserto; quando vi os seus antepassados, foi como ver
os primeiros frutos na figueira.”
Mais tarde, a Bíblia nos fala do tempo glorioso em
que,
“Judá e Israel viviam em segurança, cada um
debaixo da sua videira e da sua figueira, desde Dã até
Berseba, todos os dias de Salomão.” (1 Reis 4:25)
Mais tarde ainda, seguindo os profetas menores,
podemos ver advertências à nação sobre como Deus
traria destruição e perda de colheitas como parte de Seu
julgamento contra eles, especificando figueiras vazias,
desfolhadas e sem frutos. (Joel, Habacuque e Ageu) É
quase como se a figueira fosse uma espécie de
barômetro da saúde da nação – retirada como punição e
florescendo em tempos de restauração.
No Novo Testamento, também podemos ver
Yeshua usando a figueira simbólica – primeiramente no
chamado de Natanael, que estava "sentado debaixo de
uma figueira" como um "verdadeiro israelita" em João
1:48-50. Mais tarde, ele amaldiçoa a figueira infrutífera,
representando a infertilidade (Marcos 11:12-21), e então
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 56 ]
usa a figueira como uma metáfora de como devemos
reconhecer os sinais dos tempos (Mateus 24:32). Este
sistema de alerta do fim dos tempos com a analogia da
figueira é retomado em Apocalipse 6:13. Assim, de
Gênesis a Apocalipse, a figueira tem forte presença no
simbolismo das Escrituras. Há muitas outras referências
interessantes não mencionadas aqui, que também valem
a pena explorar em Juízes, Cântico dos Cânticos e
parábolas de Yeshua.
Figos florescendo em Israel hoje
Hoje, Israel está repleto de figueiras — enormes,
bem desenvolvidas, frondosas e maduras. Elas produzem
duas colheitas de frutos por ano, a primeira colheita por
volta da Páscoa, na primavera, antes mesmo de as folhas
se abrirem, e os frutos maiores, melhores e mais
suculentos florescem em setembro, perto das festas
judaicas de Rosh Hashaná, Yom Kipur e Sucot (Festa das
Trombetas, Dia da Expiação e Festa dos Tabernáculos,
respectivamente). É possível considerar que o
florescimento das figueiras hoje em Israel é um sinal
messiânico em si mesmo — o povo está de volta à terra,
as figueiras são abundantes, e a nação agora aguarda a
restauração. Sabemos que a restauração será um
reavivamento espiritual, e todo o seu povo saudará seu
Messias Yeshua, dizendo: "Bendito o que vem em nome
do Senhor", ou "Bem-vindo Yeshua, nosso Messias!".
Vem, Senhor Jesus, e encontra-nos prontos! [14]
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 57 ]
Foto de uma figueira plantada no Jardim da Bíblia
CITAÇÕES BÍBLICAS SOBRE O FIGO
Um cesto tinha figos muito bons, como os figos
temporãos; mas o outro cesto tinha figos muito ruins, que
não se podiam comer, de ruins que eram. Jeremias 24:2
Por seus frutos os conhecereis. Porventura
colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Mateus 7:16
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 58 ]
E disse-me o Senhor: Que vês tu, Jeremias? E eu
disse: Figos: os figos bons, muito bons e os ruins, muito
ruins, que não se podem comer, de ruins que são.
Jeremias 24:3
E dissera Isaías: Tomem uma pasta de figos, e a
ponham como emplastro sobre a chaga; e sarará. Isaías
38:21
Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos. E a
tomaram, e a puseram sobre a chaga; e ele sarou. 2 Reis
20:7
Todas as tuas fortalezas serão como figueiras
com figos temporãos; se os sacodem, caem na boca do
que os há de comer. Naum 3:12
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como
quando a figueira lança de si os seus figos verdes,
abalada por um vento forte. Apocalipse 6:13
Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio
fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se
vindimam uvas dos abrolhos. Luc as 6:44
A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides
em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor,
formosa minha, e vem. Cânticos 2:13
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 59 ]
Meus irmãos, pode também a figueira produzir
azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma
fonte dar água salgada e doce. Tiago 3:12
Certamente os apanharei, diz o Senhor; já não há
uvas na vide, nem figos na figueira, e até a folha caiu; e o
que lhes dei passará deles. Jeremias 8:13
E todo o exército dos céus se dissolverá, e os
céus se enrolarão como um livro; e todo o seu exército
cairá, como cai a folha da vide e como cai o figo da
figueira. Isaías 34:4
E por que nos fizestes subir do Egito, para nos
trazer a este lugar mau? lugar onde não há semente, nem
de figos, nem de vides, nem de romãs, nem tem água
para beber. Números 20:5
Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Como a
estes bons figos, assim também conhecerei aos de Judá,
levados em cativeiro; os quais enviei deste lugar para a
terra dos caldeus, para o seu bem. Jeremias 24:5
Ai de mim! Porque estou feito como as colheitas
de frutas do verão, como os rabiscos da vindima; não há
cacho de uvas para comer, nem figos temporãos que a
minha alma deseja. Miquéias 7:1
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que
enviarei entre eles a espada, a fome e a peste, e lhes
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 60 ]
farei como a figos podres que não se podem comer, de
ruins que são. Jeremias 29:17
Depois foram até ao vale de Escol, e dali cortaram
um ramo de vide com um cacho de uvas, o qual
trouxeram dois homens, sobre uma vara; como também
das romãs e dos figos. Números 13:23
E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas,
foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela,
não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.
Marcos 11:13
Então Abigail se apressou, e tomou duzentos
pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e
cinco medidas de trigo tostado, e cem cachos de passas,
e duzentas pastas de figos passados, e os pôs sobre
jumentos. 1 Samuel 25:18
Deram-lhe também um pedaço de massa de figos
secos e dois cachos de passas, e comeu, e voltou-lhe o
seu espírito, porque havia três dias e três noites que não
tinha comido pão nem bebido água. 1 Samuel 30:12
E como os figos ruins, que se não podem comer,
de ruins que são (porque assim diz o Senhor), assim
entregarei Zedequias, rei de Judá, e os seus príncipes, e
o restante de Jerusalém, que ficou nesta terra, e os que
habitam na terra do Egito. Jeremias 24:8
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 61 ]
Fez-me o Senhor ver, e eis dois cestos de figos,
postos diante do templo do Senhor, depois que
Nabucodonosor, rei de Babilônia, levou em cativeiro a
Jeconias, filho de Jeoiaquim, rei de Judá, e os príncipes
de Judá, e os carpinteiros, e os ferreiros de Jerusalém, e
os trouxe a Babilônia. Jeremias 24:1
Naqueles dias vi em Judá os que pisavam lagares
ao sábado e traziam feixes que carregavam sobre os
jumentos; como também vinho, uvas e figos, e toda a
espécie de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de
sábado; e protestei contra eles no dia em que vendiam
mantimentos. Neemias 13:15
E também seus vizinhos de mais perto, até
Issacar, e Zebulom, e Naftali, trouxeram, sobre jumentos,
e sobre camelos, e sobre mulos, e sobre bois, pão,
provisões de farinha, pastas de figos e cachos de passas,
e vinho, e azeite, e bois, gado miúdo em abundância;
porque havia alegria em Israel. 1 Crônicas 12:40
LAVANDA
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 62 ]
Foto que tirei no Jardim da Bíblia. Estes arbustos com
cerca de meio metros, são touceiras de lavanda ou
alfazema. São plantas extremamente cheirosas e
perfumadas e delas se extrai substancia para produção
de perfumes. Já plantei no meu sitio. São maravilhosas.
Significado bíblico de lavanda
Texto do Pastor Sadraque que ele publicou no
seu site em 7 de janeiro de 2025.
A lavanda é uma planta bela e perfumada que
conquista o coração das pessoas há séculos. Seu aroma
doce, propriedades calmantes e vibrante tom roxo a
tornam uma das ervas mais apreciadas do mundo. Mas,
além de seus atributos físicos e medicinais, a lavanda
possui um profundo significado espiritual, especialmente
quando exploramos seu significado no contexto bíblico.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 63 ]
Neste artigo, examinaremos mais de perto o
significado bíblico da lavanda. Exploraremos seu
simbolismo, lições espirituais e como ela tem sido
associada a histórias e princípios bíblicos. Seja para
quem tem curiosidade sobre sua conexão com a fé ou
busca inspiração em seu significado mais profundo, este
guia o levará a tudo o que você precisa saber.
O que é Lavanda? Uma Visão Geral Rápida
Lavanda é uma erva aromática que pertence à
família da menta. Conhecida cientificamente como
Lavandula, esta planta é nativa da região do
Mediterrâneo, mas se espalhou pelo mundo devido aos
seus múltiplos usos. Seu nome vem do latim lavare, que
significa "lavar", refletindo como era historicamente usada
para limpeza e purificação.
Nos tempos bíblicos, a lavanda era chamada por
outros nomes, já que a palavra "lavanda" em si não
aparece na maioria das traduções da Bíblia. Em vez
disso, termos como "nardo" são frequentemente
associados à lavanda ou a plantas aromáticas
semelhantes. Essa conexão sugere seus usos antigos,
tanto espirituais quanto práticos.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 64 ]
Lavanda nos tempos bíblicos
Embora a lavanda como a conhecemos hoje
possa não ser explicitamente mencionada na Bíblia, óleos
aromáticos e plantas com propriedades semelhantes
eram amplamente utilizados nas culturas bíblicas. Vamos
explorar como a lavanda — ou seus parentes próximos —
desempenhou um papel na história bíblica:
1. Óleos e Unção
A lavanda era comumente usada para criar óleos
aromáticos. Nos tempos bíblicos, os óleos de unção eram
importantes em rituais religiosos, bênçãos e como sinal de
consagração. O uso de óleos aromáticos simbolizava o
favor divino, a purificação e o fortalecimento do Seu
espírito.
Por exemplo, em Êxodo 30:22-25, Deus instruiu
Moisés a preparar um óleo sagrado para a unção usando
especiarias e ervas específicas. Embora a lavanda não
seja mencionada diretamente nesta passagem, suas
qualidades aromáticas se alinham com o uso histórico de
ervas semelhantes. Outros óleos, como o olíbano ou a
mirra, compartilhavam significados espirituais
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 65 ]
semelhantes, e a lavanda pode ter sido valorizada de
forma semelhante.
2. Limpeza e Purificação
A lavanda era famosa por suas propriedades
purificadoras. Nos tempos bíblicos, as pessoas
valorizavam as ervas aromáticas por sua capacidade de
purificar lares, corpos e espaços sagrados. O papel da
lavanda como símbolo de pureza poderia estar alinhado a
conceitos bíblicos como limpeza espiritual ou ser puro aos
olhos de Deus.
O Salmo 51:7 diz: “Purifica-me com hissopo, e
ficarei puro”. Embora o hissopo seja mencionado
especificamente aqui, o princípio subjacente do uso de
ervas para limpeza espiritual pode facilmente se
relacionar à natureza perfumada e purificadora da
lavanda.
3. Plantas Medicinais nas Escrituras
A Bíblia menciona frequentemente plantas com
propriedades curativas. A lavanda era usada
historicamente para tratar doenças como dores de
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 66 ]
cabeça, ansiedade e problemas de pele. Embora não seja
explicitamente mencionada na Bíblia, pode ter sido uma
das plantas das quais as culturas antigas dependiam para
o bem-estar físico e emocional.
Ezequiel 47:12 fala de árvores cujas “folhas são
para a cura”. A lavanda, como parte da criação de Deus,
reflete Sua provisão de remédios naturais para Seu povo,
ligando-a ao tema bíblico de restauração e cuidado.
Simbolismo da Lavanda na Bíblia
A beleza da lavanda reside no fato de seu
simbolismo se alinhar naturalmente a muitos temas
bíblicos importantes. Mesmo que a Bíblia não mencione a
lavanda diretamente, seus atributos ressoam
profundamente com verdades espirituais. Vamos explorar
os principais significados espirituais associados à
lavanda:
1. Paz e Calma
Uma das qualidades mais conhecidas da lavanda
é o seu efeito calmante. Seu aroma perfumado é usado
há séculos para aliviar o estresse e criar uma sensação
de paz.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 67 ]
Isso se alinha perfeitamente com vários
ensinamentos bíblicos sobre paz. Por exemplo, Filipenses
4:7 diz: “E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará os vossos corações e as vossas
mentes em Cristo Jesus”. A lavanda pode ser vista como
uma representação natural dessa paz, lembrando os
crentes da presença tranquilizadora de Deus em suas
vidas.
2. Pureza e Santidade
A cor lavanda é frequentemente associada à
pureza e à santidade. Na Bíblia, a cor branca simboliza a
pureza, mas o suave tom roxo da lavanda carrega uma
conotação semelhante. A lavanda pode ser vista como um
lembrete para levar uma vida que agrade a Deus,
refletindo pureza interior e devoção a Ele.
Hebreus 12:14 nos lembra: “Esforcem-se para
viver em paz com todos e para serem santos; sem
santidade ninguém verá o Senhor”. A pureza simbólica da
lavanda nos encoraja a lutar por uma vida santa e
dedicada a Deus.
3. Devoção e Adoração
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 68 ]
A bela fragrância da lavanda é frequentemente
comparada a uma oferenda de adoração. Nos tempos
bíblicos, incenso e perfumes eram usados em cerimônias
sagradas para simbolizar orações que subiam ao céu.
Apocalipse 5:8 descreve taças de ouro com
incenso, que são as orações dos santos. Dessa forma, a
lavanda pode simbolizar uma vida dedicada a Deus, onde
cada ação se torna um suave aroma de louvor.
4. Cura e Restauração
As propriedades curativas da lavanda refletem a
restauração espiritual. Assim como a lavanda acalma o
corpo, Deus traz cura à alma. O Salmo 23:3 diz: “Ele
restaura a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça
por amor do seu nome.” A lavanda nos lembra da
capacidade de Deus de curar nossas feridas e renovar
nossos espíritos.
Lições práticas de fé com lavanda
A lavanda nos ensina muitas lições como crentes.
Ao refletir sobre seus atributos, podemos entender melhor
como viver uma vida que honra a Deus. Vamos explorar
algumas lições práticas inspiradas pela lavanda:
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 69 ]
1. Cultive a paz interior
As propriedades calmantes da lavanda nos
lembram de buscar a paz de Deus em nosso dia a dia. A
vida pode ser cheia de estresse e incerteza, mas ao nos
voltarmos para Deus em oração e confiarmos em Suas
promessas, podemos experimentar uma paz que ancora
nossos corações.
Etapa de ação: Passe um momento de silêncio
todos os dias em oração ou meditação, pedindo que a paz
de Deus preencha sua mente e seu coração.
2. Busque a Santidade
O simbolismo de pureza da lavanda nos desafia a
examinar nossas próprias vidas. Estamos vivendo de uma
maneira que reflete a santidade de Deus?
Etapa de ação: reflita sobre as áreas da sua vida
que podem precisar de limpeza e peça orientação a Deus
para fazer mudanças que o honrem.
3. Seja um Testemunho Perfumado
Assim como a lavanda espalha seu doce aroma,
somos chamados a ser o aroma de Cristo para o mundo.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 70 ]
2 Coríntios 2:15 diz: “Porque para Deus somos o
bom perfume de Cristo, entre os que estão sendo salvos e
os que estão perecendo.”
Etapa de ação: pense em maneiras de
compartilhar o amor de Cristo com os outros, seja por
meio de atos de gentileza, palavras de encorajamento ou
serviço fiel.
4. Encontre descanso e cura em Deus
As propriedades restauradoras da lavanda nos
lembram do conforto e da cura que Deus oferece. Quando
a vida parece opressora, podemos recorrer a Ele em
busca de descanso.
Mateus 11:28 diz: “Venham a mim, todos os que
estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei
descanso.”
Passo de ação: Quando estiver se sentindo
estressado ou cansado, reserve um momento para
descansar na presença de Deus. Confie nele para renovar
suas forças.
Lavanda na Vida Cristã Diária
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 71 ]
Incorporar a lavanda à sua vida espiritual pode
ser uma maneira significativa de se conectar com seu
simbolismo bíblico. Aqui estão algumas ideias para
incorporar a lavanda à sua jornada de fé:
Use óleos essenciais de lavanda: crie uma
atmosfera relaxante durante o momento devocional,
difundindo óleo de lavanda. Isso pode ajudar você a se
concentrar e a se sentir em paz enquanto passa um
tempo em oração.
Crie um jardim de oração com lavanda: se você
gosta de jardinagem, considere plantar lavanda como um
lembrete da paz e provisão de Deus.
Use Lavanda para Relaxar: Após um longo dia,
reserve um momento para relaxar com produtos com
aroma de lavanda. Deixe que seu efeito calmante o
lembre de descansar sob o cuidado de Deus.
Compartilhe presentes de lavanda: a lavanda é
um presente atencioso para pessoas queridas,
simbolizando paz, cura e o amor de Deus.
Conclusão
O significado bíblico da lavanda é rico em lições
espirituais e belo simbolismo. Embora possa não ser
mencionada diretamente nas Escrituras, suas qualidades
refletem verdades bíblicas atemporais: paz, pureza,
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 72 ]
devoção e cura. A lavanda nos encoraja a viver uma vida
que reflita o amor de Deus, oferecendo um doce aroma de
adoração e justiça ao mundo.
Ao refletir sobre o significado da lavanda, deixe
que ela o lembre da presença de Deus em sua vida.
Assim como a lavanda acalma e restaura, o amor de
Deus traz paz, cura e renovação à sua alma. Ao caminhar
com Ele, que sua vida seja como uma oferenda
perfumada, glorificando o Seu nome.[15]
POÇO DE ÁGUA
Por razões climáticas no antigo Israel, as
referências a poços de água na Bíblia são numerosas e
significativas.
Fontes de água do rio
O Rio Litani e o Rio Jordão são os únicos rios de
alguma extensão nas proximidades da terra de Canaã.
Riachos perenes são muito escassos e os uádis, ou leitos
de rios, embora numerosos e impetuosos na estação
chuvosa, ficam secos durante o resto do ano. Jó 6:16-17
compara amigos infiéis a esses leitos de torrente, que se
enchem na primavera, mas desaparecem no calor. Ben
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 73 ]
Sira enumera duas vezes a água como a primeira entre
as "principais coisas necessárias à vida do homem".
Poços
Eu, Valdemir [O Peregrino Cristão] ao lado de
minha esposa e atrás de nós, a réplica de um poço dos
dias bíblicos em exposição no Jardim da Bíblia.
Recomendo que as igrejas organizem caravanas para
visitar o Jardim da Bíblia e o Museu de Arqueologia Bíblia,
ambos ficam no campus da UNASP na cidade de
Engenheiro Coelho/SP.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 74 ]
Todos poços e fontes eram marcos na topografia
de Israel. Abraão cavou poços perto de Gerar. Jesus,
sentado à beira do Poço de Jacó, ensinou à mulher
samaritana a passagem da Antiga Aliança. Um anjo
encontrou Agar em um poço no Sinai, Beer-Lahai-Roi
(Gênesis 16:7).
Possuir um poço e possuir a terra ao redor eram
termos sinônimos ( Provérbios 5:15-17). Por outro lado, as
disputas decorrentes do uso ou da reivindicação de um
poço podiam ser tão sérias que se recorria à espada
como único árbitro (Gênesis 26:21; Êxodo 2:17; Números
20:17). Se a aproximação de um inimigo fosse temida,
seu progresso poderia ser seriamente dificultado, se não
completamente frustrado, ao interromper ou destruir os
poços ao longo de sua rota (2 Crônicas 32:3).
“Poços de água” falam de acesso e suprimento, e
muito mais na Bíblia. Quando Israel viajou para um lugar
onde Deus havia milagrosamente provido água no
passado, eles cantaram: “Mana, ó poço! Cantem para ele
todos...” (ver Números 21:16-17). O povo de Deus
reconheceu que Ele era Aquele que havia provido a água
antes, e que o faria novamente.
Fonte
Uma fonte é o "olho da paisagem", o jorro natural
de água viva, fluindo o ano todo ou secando em certas
estações. Em contraste com as "águas turbulentas" de
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 75 ]
poços e rios (Jr 2:18), dela jorra "água viva", à qual Jesus
comparou a graça do Espírito Santo (Jo 4:10; 7:38;
compare com Isaías 12:3; 44:3).
Cidades e aldeias têm nomes compostos com a
palavra Ain (En), hebraico para poço ou fonte. Por
exemplo, Endor (fonte de Dor), Engannin (fonte dos
jardins), Engaddi (fonte do cabrito), Rogel ou En-rogel
(fonte do pé), Ensemes (fonte do sol), etc. Mas fontes
eram comparativamente raras; a linguagem bíblica
distingue as fontes naturais dos poços, que são poços de
água perfurados sob a superfície rochosa e sem saída.
Eles pertenciam e eram nomeados pela pessoa que os
cavou. Muitos nomes de lugares também são compostos
com B'er (a palavra hebraica para "poço"), como
Bersable, Beroth , Beer Elim, etc.
Cisternas
Cisternas são reservatórios subterrâneos, às
vezes cobrindo até um 4 mil metros quadrados de terra,
nos quais a água da chuva é coletada durante a
primavera. Jerusalém era tão bem abastecida com elas
que, em todos os cercos, ninguém dentro de seus muros
jamais sofreu com a falta de água. As cisternas eram
escavadas na rocha nativa e então revestidas com
alvenaria impermeável e cimento. Sua construção
envolvia muito trabalho; Javé prometeu aos filhos de
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 76 ]
Israel, ao saírem do Egito, a posse de cisternas cavadas
por outros como um sinal especial de favor (Deuteronômio
6:11; 2 Esdras 9:25).
Se o cimento da cisterna cedesse, o reservatório
se tornava inútil e era abandonado. Era então uma das
"cisternas rotas, que não retinham água" (Jeremias 2:13).
A boca dos poços e cisternas era geralmente cercada por
um meio-fio ou muro baixo e fechada com uma pedra,
tanto para evitar acidentes quanto para manter estranhos
afastados. Se o dono deixasse de cobrir a cisterna e um
animal doméstico caísse nela, a lei mosaica o obrigava a
pagar o preço do animal (Êxodo 21:33-34; compare com
Lucas 14:5). Às vezes, a pedra colocada no orifício era
tão pesada que um homem não conseguia removê-la
(Gênesis 29:3). Quando secas, as cisternas eram usadas
como masmorras, porque, estreitas no topo, como
"enormes odres", não deixavam nenhuma via de escape
aberta (Gênesis 37:24; Jeremias 38:6; 1 Macabeus 7:19).
Eles também ofereciam lugares convenientes para
esconder uma pessoa de seus perseguidores (1 Samuel
13:6; 2 Samuel 17:18). [7]
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 77 ]
No Jardim da Bíblia existe esta réplica de um poço
como nos tempos bíblicos. Se fazia esta estrutura de
madeira para puxar água do fundo do poço. Minha esposa
Gladis apreciando a estrutura e aproveitando para posar
para foto.
TAMAREIRA
A tamareira - Da Bíblia
Zohar, Parte 2, Página 221:1
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 78 ]
"E eles viram o Deus de Israel. Havia sob seus
pés algo como um tijolo de safira", etc. O rabino Yehudah
declarou (Cântico dos Cânticos 7:8): "Esta é a sua altura -
semelhante a uma tamareira", etc. Quão preciosa é a
nação de Israel para o Santo. Bendito seja Ele, que não
se separa deles, assim como uma palmeira, na qual o
elemento masculino não se separa do elemento feminino
para sempre, e eles não surgem um sem o outro; da
mesma forma, o povo judeu não se separa do Santo,
Bendito seja Ele.
No Jardim da Bíblia todas as árvores são
identificadas para que os visitantes possam saber de qual
espécie se trata o individuo que ele contempla.
Tanchuma, Números, 15:40:
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 79 ]
"E Deus disse a Moisés no deserto do Sinai:
Conta os levitas", eis o que a escritura menciona: "O justo
florescerá como a palmeira" (Salmos, 92). Assim como a
tamareira emite sua sombra à distância, a recompensa
dos justos alcança longe. Assim como a tamareira produz
tanto frutos murchos que não são armazenados quanto
frutos que são armazenados, assim também os israelitas,
quando estavam no deserto: alguns deles entraram na
terra de Israel e outros não entraram na terra de Israel. "O
justo florescerá como a tamareira" – assim como quando
uma tamareira é cortada ou arrancada, outra não a
substitui, e assim como o cedro, quando é cortado ou
arrancado, não é substituído; portanto, os justos são
análogos à tamareira e ao cedro.
"O justo floresce como a tamareira", assim como
esta tamareira produz tâmaras e espinhos, e quem tenta
roubar as tâmaras é atacado pelos espinhos, assim
também são os justos e sábios que estudam a Torá, e
quem não toma cuidado com eles cai na Geena e também
é atormentado neste mundo. Por quê? Porque sua
mordida é como a de uma raposa, e seu ferrão é como o
de um escorpião, e seu silvo é como o de uma cobra, e
todas as suas palavras são como brasas de fogo.
"O justo floresce como a palmeira", diz-se da tribo
de Levi, a quem o Santo, bendito seja, rejeitou por suas
boas ações. Por que foram comparados a uma tamareira?
Para vos dizer, assim como a tamareira não tem mais do
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 80 ]
que um único coração, a tribo de Levi tem apenas um
coração – o Santo, bendito seja, como está escrito (Êxodo
32): "E disse Moisés: Quem for por Deus, junte-se a mim,
e todos os levitas se reuniram ao seu redor". E o que está
escrito a seguir? "E plantados na casa de Deus, nos
pátios de nosso Senhor, florescerão" (Salmos, 92), para
vos ensinar que não se afastariam do Templo Sagrado,
como está escrito (ibid. 109): "Meus olhos estão postos
nos fiéis da terra que se assentam comigo; aquele que
anda de maneira impecável, esse me servirá".
Quando estive em Israel e no Egito tive
oportunidade de ver grandes plantações de tamareiras.
Aqui no Jardim da Bíblia, não podia faltar este
representante botânico.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 81 ]
Portanto, diz-se: "Aqueles que estão plantados na
Casa de Deus", que o Pátio do Templo não carecia de
sua presença, como está escrito: "Nos pátios do Senhor
florescerão". O que significam os pátios do Senhor? É o
que a escritura afirma: "Benditos sejam aqueles que
escolheste e trouxeste para perto de ti, que descansarão
em teus pátios; seremos saciados com a bondade de tua
casa, com a santidade de teu Templo". O Santo,
abençoado por Ele, disse a Moisés: "Visto que são
minhas legiões, que não saem da minha casa, vai e
conta-os". Em seguida, diz: "Conta os levitas".
Midrash Tehilim, Salmo 92:
Assim como esta tamareira – seu coração está
voltado para cima, assim é Israel, cujos corações estão
voltados para seu pai no céu. Outra interpretação: Assim
como esta tamareira tem uma vontade forte, os filhos de
Israel têm uma vontade forte para com o Santo, bendito
seja Ele. Nossos rabinos disseram, é contado de uma
tamareira fêmea, que estava em Hamatan, e houve
tentativas de enxertá-la, mas ela não produziu frutos.
Então, um arborista disse aos trabalhadores que esta
tamareira viu um fósforo de Jericó e deseja tê-lo. Eles
saíram e o pegaram e combinaram os dois, e
imediatamente deu frutos. Desta forma, os filhos de Israel
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 82 ]
têm uma forte vontade para com o Santo, bendito seja
Ele.
Na foto estou ao lado do Museu de Arqueologia
Bíblica e ao fundo se vê o portal de entrada do Jardim da
Bíblia com as tamareiras em volta.
Mas podemos afirmar que esta tamareira não é
usada para fazer vasos, e da mesma forma – os filhos de
Israel. No entanto, notamos que a escritura menciona:
"Como um cedro no Líbano". Diz o Rabino Tanchuma: "Eu
havia feito essa pergunta ao Rabino Huna, e ele me disse:
"Vimos isso na Babilônia e vasos, mesas e lâmpadas
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 83 ]
foram criados a partir dele. Portanto, podemos postular
que, assim como um cedro não produz frutos, Israel
também não produz frutos". No entanto, somos ensinados
no Talmude que ele afirma: "uma tamareira", assim como
uma tamareira produz frutos, Israel também produz frutos.
No entanto, descobrimos que está escrito "Um
cedro". Assim como no caso de um cedro, seu tronco é
replantado, o mesmo acontece com Israel. E assim como
o cedro do Líbano tem múltiplas raízes abaixo da terra, de
modo que, mesmo que todos os ventos do mundo
soprassem e o dobrassem, não seriam capazes de movê-
lo de seu lugar, Israel está plantado na Casa de D'us, e o
Santo, bendito seja, os reunirá no futuro dos quatro
cantos da terra. E assim como um jardim é plantado de
um canteiro para outro, assim também é Israel. E dessa
forma, que o Santo, bendito seja, os replante de uma terra
impura para uma terra pura, como está escrito: "plantados
na Casa de D'us".
Yalkut Shimoni, 92:845
"O justo florescerá como a tamareira", assim
como esta palmeira é bela em seu semblante e todos os
seus frutos são amáveis e doces, assim também Davi é
belo em sua aparência e em sua honra, e todas as suas
ações são boas e doces aos olhos do Santo, bendito seja
Ele...
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 84 ]
Outra interpretação: "O justo florescerá como a
tamareira", este é Arão, "e eis que a vara de Arão, da tribo
de Levi, floresceu". Assim como esta tamareira, quando
plantada, suas raízes crescem por todos os lados, assim
Arão, Elazar e seu filho, Pinchas e Avisua são plantados
na Casa de Deus e "não saem da entrada da Tenda do
Encontro".
A produção anual de tâmaras em Israel é
significativamente elevada, sendo o país um dos
principais produtores mundiais, especialmente da
variedade Medjoul. A produção anual em Israel é
estimada em mais de 21 toneladas, representando 7,2%
da produção agrícola do país. Além disso, a exportação
de tâmaras israelenses atingiu US$ 338 milhões em 2022.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 85 ]
Assim como os troncos das tamareiras e dos
cedros são substituídos somente após um longo período,
a substituição de uma pessoa justa é feita após um longo
período. Assim como as tamareiras e os cedros não têm
cavidades nem excrescências, da mesma forma, não
apresentam deformidades em sua natureza. Assim como
uma tamareira e um cedro emitem uma sombra extensa,
as recompensas dos justos alcançam grandes distâncias:
"E será devido à sua adesão, etc., e D'us os protegerá".
Assim como a tamareira e o cedro têm um forte desejo, os
justos também têm um forte desejo? E qual é o desejo
deles? O Santo, bendito seja Ele, como está escrito:
"Esperei e busquei D'us".
Disse o Rabino Tanchuma: Conta-se que havia
uma tamareira fêmea em Hamatan, e houve tentativas de
enxertá-la, mas ela não produziu frutos. Um homem
passou por ali, olhou para ela e disse: "Esta tamareira vê
sua companheira de Jericó", então, quando ele a enxertou
(com a companheira), ela deu frutos. Então, podemos
pensar que, assim como esta tamareira não é usada para
fazer vasos, e os justos também são assim? As escrituras
nos dizem: "Como um cedro". Diz o Rabino Huna, ali -
vasos são feitos dele. Assim como a tamareira não tem
resíduos, ao contrário: as tâmaras são para comer, as
folhas para louvar, seus galhos usados como cobertura
(para a Sucá), suas cordas para cordas, seus caules para
fazer peneiras, suas vigas para construir (e mobiliar)
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 86 ]
casas. Da mesma forma, os Filhos de Israel não têm
resíduos. Alguns deles são bem versados na Bíblia,
outros na Mishná, alguns no Talmude, alguns nas Lendas.
E assim como uma tamareira e um cedro, quem sobe até
o topo deles e não toma cuidado cai e morre, assim
também acontece com qualquer um que tente combater
Israel: são os israelitas que tiram do ofensor o que lhes é
devido. Saibam disso, pois Sara, ao ser amparada pelo
Faraó certa noite, ele e sua família foram atormentados,
como está escrito: "E Deus atormentou o Faraó".
Assim como esta tamareira não produz menos de
três frutos, também em Israel não faltam menos de três
pessoas justas no mundo, como Abraão, Isaque e Jacó,
Hananias, Misael e Azarias. Assim como a tamareira é
maior que as demais árvores, assim também é Israel:
"Mardoqueu se engrandeceu na casa do rei", e está
escrito: "e o Rei Davi se engrandecia progressivamente".
Outra interpretação, "um justo florescerá como
uma tamareira", ensinou o Rabino Chia, filho de Luliani:
Se menciona tamareira, por que também menciona
cedro? E se menciona cedro, por que também menciona
tamareira? Mas se mencionamos tamareira e não
mencionamos cedro, podemos presumir que, assim como
o tronco da tamareira não é replantado, o justo não perde
seu "tronco", portanto, é necessário compará-lo também a
um cedro. E se mencionássemos cedro e não uma
tamareira, diríamos: assim como o cedro não dá frutos
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 87 ]
comestíveis, o justo não dá frutos, portanto, uma
tamareira também é mencionada. [9]
ESCULTURAS EM RELEVOS
A escultura assíria é a escultura dos antigos
estados assírios, especialmente do Império Neoassírio de
911 a 612 a.C., centrado na cidade de Assur, na
Mesopotâmia (atual Iraque), que, em seu auge, governou
toda a Mesopotâmia, o Levante e o Egito, bem como
partes da Anatólia, Arábia e os atuais Irã e Armênia.
Constitui uma fase da arte da Mesopotâmia,
diferenciando-se em particular pelo uso muito maior de
pedra e gesso alabastro para esculturas de grande porte.
As obras mais conhecidas são os enormes
lamassu guardando as entradas e os relevos palacianos
assírios em finas placas de alabastro, originalmente
pintados, pelo menos em parte, e fixados nas paredes ao
redor dos cômodos principais dos palácios. A maioria
deles encontra-se em museus na Europa ou na América,
após um período agitado de escavações de 1842 a 1855,
que levou a arte assíria de uma condição quase
completamente desconhecida a ser tema de vários livros
best-sellers e imitada em charges políticas.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 88 ]
Achei sensacional as esculturas em relevos que
existem no entorno do Jardim da Bíblia. A visita aqui no
Campus da UNASP exige um dia todo para o que o
visitante obtenha o máximo de experiência.
Os relevos do palácio contêm cenas em baixo
relevo que glorificam o rei, mostrando-o em guerra,
caçando e cumprindo outros papéis reais. Muitas obras
deixadas in situ, ou em museus locais em seus locais de
descoberta, foram deliberadamente destruídas na recente
ocupação da área pelo ISIS , com o ritmo de destruição
aumentando no final de 2016, com a ofensiva de Mosul.
Outros tipos de arte sobreviventes incluem muitos
selos cilíndricos, alguns relevos de pedra, relevos e
estátuas de templos, tiras de relevo de bronze usadas em
grandes portas, e pequenas quantidades de metalurgia.
Um grupo de dezesseis pesos de bronze em forma de
leões com inscrições bilíngues em caracteres cuneiformes
e fenícios foi descoberto em Nimrud. Os marfins de
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 89 ]
Nimrud, um importante grupo de pequenas placas que
decoravam móveis, foram encontrados em um depósito
de palácio perto de relevos, mas vieram de todo o
Mediterrâneo, com relativamente poucos feitos localmente
em estilo assírio.
Relevos do palácio
Detalhe da figura do gênio, palácio de
Assurnasirpal II
Os relevos do palácio eram fixados nas paredes
dos palácios reais formando faixas contínuas ao longo
das paredes de grandes salões. O estilo aparentemente
começou depois de cerca de 879 a.C., quando
Assurnasirpal II mudou a capital para Nimrud, perto da
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 90 ]
moderna Mosul, no norte do Iraque. Posteriormente,
novos palácios reais, dos quais normalmente havia um
por reinado, foram extensivamente decorados dessa
maneira por cerca de 250 anos até o fim do Império
Assírio. Houve um desenvolvimento estilístico sutil, mas
um grande grau de continuidade nos assuntos e no
tratamento.
As composições são organizadas em placas, ou
ortóstatos, tipicamente com cerca de 2,13 metros de
altura, usando entre um e três registros horizontais de
imagens, com cenas geralmente lidas da esquerda para a
direita. As esculturas são frequentemente acompanhadas
de inscrições em escrita cuneiforme, explicando a ação ou
dando o nome e títulos extravagantes do rei. Cabeças e
pernas são mostradas de perfil, mas torsos em uma vista
frontal ou de três quartos, como na arte mesopotâmica
anterior. Os olhos também são amplamente mostrados
frontalmente. Alguns painéis mostram apenas algumas
figuras em tamanho próximo ao natural, tais cenas
geralmente incluindo o rei e outros cortesãos, mas
representações de campanhas militares incluem dezenas
de pequenas figuras, bem como muitos animais e
tentativas de mostrar cenários de paisagens.
As campanhas se concentram no progresso do
exército, incluindo a travessia de rios, e geralmente
culminam no cerco de uma cidade, seguido pela rendição
e pagamento de tributos, e o retorno do exército para
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 91 ]
casa. Um conjunto completo e característico mostra a
campanha que levou ao cerco de Laquis em 701; é o
"melhor" do reinado de Senaqueribe, de seu palácio em
Nínive e agora no Museu Britânico. Ernst Gombrich
observou que nenhuma das muitas baixas veio do lado
assírio. Outra sequência famosa mostra a Caça ao Leão
de Assurbanipal, na verdade o assassinato encenado e
ritualizado pelo Rei Assurbanipal de leões já capturados e
soltos em uma arena, do Palácio Norte em Nínive. O
realismo dos leões sempre foi elogiado, e as cenas são
frequentemente consideradas "as obras-primas supremas
da arte assíria", embora o pathos que os espectadores
modernos tendem a sentir talvez não fizesse parte da
resposta assíria.
Painel em relevo da morte dos leões que estão nas
paredes externas próximo ao Jardim da Bíblia.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 92 ]
Existem muitos relevos de seres sobrenaturais
menores, chamados por termos como "gênio alado", mas
as principais divindades assírias são representadas
apenas por símbolos. Os "gênios" frequentemente
realizam um gesto de purificação, fertilização ou bênção
com um balde e um cone; o significado disso permanece
obscuro. Especialmente em figuras maiores, detalhes e
padrões em áreas como trajes, cabelos e barbas, troncos
e folhas de árvores e similares são esculpidos com muito
cuidado. Figuras mais importantes são frequentemente
mostradas maiores do que outras, e em paisagens
elementos mais distantes são mostrados mais acima, mas
não menores do que aqueles em primeiro plano, embora
algumas cenas tenham sido interpretadas como usando
escala para indicar distância. Outras cenas parecem
repetir uma figura em uma sucessão de momentos
diferentes, realizando a mesma ação, a mais famosa
delas um leão atacando. Mas esses eram aparentemente
experimentos que permanecem incomuns.
O rei é frequentemente representado em cenas
narrativas e também como uma grande figura de pé em
alguns lugares proeminentes, geralmente acompanhado
por gênios alados. Uma composição repetida duas vezes
no que é tradicionalmente chamado de "sala do trono"
(embora talvez não fosse) do palácio de Assurbanipal em
Nimrud mostra uma "Árvore Sagrada" ou " Árvore da Vida
"ladeada por duas figuras do rei, com gênios alados
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 93 ]
usando o balde e o cone atrás dele. Acima da árvore, um
dos deuses principais, talvez Ashur, o deus principal,
inclina-se sobre um disco alado, relativamente pequeno
em escala. Tais cenas são mostradas em outras partes do
manto do rei, sem dúvida refletindo bordados nos trajes
reais, e os deuses principais são normalmente
representados em discos ou puramente como símbolos
pairando no ar. Em outros lugares, a árvore é
frequentemente acompanhada por gênios.
As mulheres são raramente mostradas, e
geralmente como prisioneiras ou refugiadas; uma exceção
é uma cena de "piquenique" que mostra Assurbanipal
com sua rainha. Os muitos assistentes reais sem barba
provavelmente podem ser considerados eunucos, que
dirigiam grande parte da administração do império, a
menos que também tenham as cabeças raspadas e os
chapéus muito altos dos sacerdotes. Os reis costumam
ser acompanhados por vários cortesãos, o mais próximo
do rei provavelmente sendo o herdeiro nomeado, que não
era necessariamente o filho mais velho.
As enormes escalas dos esquemas do palácio
permitiram que as narrativas fossem mostradas em um
ritmo expansivo sem precedentes, tornando a sequência
de eventos clara e permitindo representações ricamente
detalhadas das atividades de um grande número de
figuras, sem paralelo até os relevos das colunas
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 94 ]
narrativas romanas da Coluna de Trajano e da Coluna de
Marco Aurélio.
Outro painel em relevo da arte assíria, sempre
enaltecendo a bravura do rei.
Lamassu
Lamassu eram divindades ou espíritos protetores
menores, a versão assíria da figura do "touro com cabeça
humana" que há muito figurava na mitologia e na arte
mesopotâmicas. Lamassu têm asas, uma cabeça humana
masculina com o elaborado cocar de uma divindade e os
cabelos e barbas trançados elaboradamente
compartilhados com a realeza. O corpo é de um touro ou
de um leão, sendo o formato dos pés a principal
diferença. Pares proeminentes de lamassu eram
tipicamente colocados nas entradas dos palácios, de
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 95 ]
frente para a rua e também para pátios internos. Eram
figuras de "duplo aspecto" nos cantos, em alto relevo, um
tipo encontrado anteriormente na arte hitita. De frente,
parecem estar de pé e, de lado, andam, e em versões
anteriores têm cinco pernas, como é aparente quando
visto obliquamente. Lamassu geralmente não aparecem
como grandes figuras nos esquemas de baixo-relevo que
circulam as salas do palácio, onde figuras de gênios
alados são comuns, mas às vezes aparecem em relevos
narrativos, aparentemente protegendo os assírios.
As figuras colossais da entrada eram
frequentemente seguidas por um herói segurando um
leão se contorcendo, também colossal e em alto relevo;
estes e alguns gênios além de lamassu são geralmente
os únicos outros tipos de alto relevo na escultura assíria.
Os heróis continuam a tradição do Mestre dos Animais na
arte mesopotâmica e podem representar Enkidu, uma
figura central na antiga Epopeia Mesopotâmica de
Gilgamesh. No palácio de Sargão II em Khorsabad, um
grupo de pelo menos sete lamassu e dois desses heróis
com leões cercavam a entrada da "sala do trono", "uma
concentração de figuras que produzia uma impressão
avassaladora de poder". O arranjo foi repetido no palácio
de Senaqueribe em Nínive, com um total de dez lamassu.
Outras figuras que acompanham o lamassu colossal são
gênios alados com o balde e o cone, considerados o
equipamento para um ritual de proteção ou purificação.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 96 ]
Lamassu também aparecem em selos cilíndricos.
Vários exemplos deixados in situ no norte do Iraque foram
destruídos na década de 2010 pelo ESTADO ISLÂMICO
quando ocuparam a área. Lamassu colossais também
guardavam o início dos grandes canais construídos pelos
reis assírios. No caso de templos, foram encontrados
pares de leões colossais guardando as entradas.
Construção
Fragmentos de relevo de Nimrud, mostrando a
profundidade das lajes (provavelmente serradas durante a
escavação) e a escala. A cabeça principal pertence a um
eunuco da corte.
Existem afloramentos da rocha de gesso
"mármore de Mosul", normalmente usada em vários locais
do reino assírio, embora não especialmente perto das
capitais. A rocha é muito macia e ligeiramente solúvel em
água, e as faces expostas degradaram-se e precisaram
ser cortadas antes que se chegasse à pedra utilizável. Há
relevos mostrando a extração de pedreiras para o novo
palácio de Senaqueribe em Nínive, embora se
concentrando na produção de grandes lamassu. Blocos
foram extraídos, usando prisioneiros de guerra, e
serrados em placas com longas serras de ferro. Isso pode
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 97 ]
ter acontecido no local do palácio, que é certamente onde
a escultura dos ortóstatos foi feita, depois que as placas
foram fixadas no lugar como revestimento para uma
parede de tijolos de barro, usando cavilhas de chumbo e
grampos, com as bases apoiadas em uma cama de
betume. Para alguns relevos, um "calcário fossilífero
atraente" é usado, como em várias salas do Palácio
Sudoeste em Nínive. Ao contrário dos ortóstatos, os
lamassu foram esculpidos, ou pelo menos em parte, na
pedreira, sem dúvida para reduzir o seu enorme peso.
A pedra de alabastro é macia, mas não
quebradiça, e muito adequada para entalhes detalhados
com ferramentas do início da Idade do Ferro. Pode haver
diferenças consideráveis em estilo e qualidade entre os
painéis adjacentes, sugerindo que diferentes mestres
escultores foram alocados a eles. Provavelmente, o
mestre desenhou ou incisou o desenho na laje antes que
uma equipe de escultores cortasse laboriosamente as
áreas de fundo e terminasse de esculpir as figuras. Os
escribas então colocavam quaisquer inscrições para os
cortadores seguirem, após o que a laje era polida até ficar
lisa e qualquer tinta adicionada. Os escribas são
mostrados orientando os escultores em outro relevo (nos
Portões de Balawat) mostrando a criação de um relevo de
rocha; presumivelmente, eles garantiram que a
representação dos aspectos reais e religiosos dos temas
fosse como deveria ser.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 98 ]
Os relevos cobriam apenas as partes inferiores
das paredes dos cômodos dos palácios, e as áreas mais
altas eram frequentemente pintadas, pelo menos com
padrões, e às vezes com outras figuras. Tapetes de cores
vivas no chão completavam o que provavelmente era uma
decoração impressionante, em grande parte em cores
primárias. Nenhum deles sobreviveu, mas temos algumas
soleiras de porta esculpidas com motivos geométricos
repetidos, presumivelmente imitando os tapetes.
Após o abandono dos palácios e a perda de seus
telhados de madeira, as paredes de tijolos de barro crus
ruíram gradualmente, cobrindo o espaço em frente aos
relevos e protegendo-os em grande parte de novos danos
causados pelo clima. Relativamente poucos vestígios de
tinta permanecem, e estes frequentemente se encontram
em cabeças e rostos – cabelos e barbas eram pretos, e
pelo menos o branco dos olhos também. Possivelmente,
folhas de metal foram usadas em alguns elementos, como
pequenas cenas retratadas decorando tecidos. Julian
Reade conclui que "É, no entanto, intrigante que mais
vestígios de pintura [em esculturas] não tenham sido
registrados".
Outros relevos narrativos
Além dos relevos de parede de alabastro, todos
encontrados em palácios, outros objetos com relevos
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 99 ]
relativamente grandes são tiras de bronze usadas para
reforçar e decorar grandes portões. Partes de três
conjuntos sobreviveram, todos do século IX a.C. e da
cidade relativamente menor de Imgur-Enlil, a moderna
Balawat. Os Portões de Balawat eram todos portões
duplos com cerca de 6 metros de altura, com os lados
frontal e traseiro decorados com oito tiras repuxadas de
bronze, cada uma contendo dois registros de relevos
narrativos com cerca de 13 centímetros de altura.
Presumivelmente, havia equivalentes em outros sítios
assírios, mas com o colapso do império, os edifícios em
Balawat pegaram fogo "antes de serem saqueados com
eficiência" pelo inimigo e permaneceram escondidos nas
cinzas e escombros; lajes de gesso não valiam o trabalho
de saquear, ao contrário do bronze. Os temas eram
semelhantes aos relevos de parede, mas em uma escala
menor; uma faixa típica tem 27 centímetros de altura, 1,8
metros de largura e apenas um milímetro de espessura.
Em pedra, há relevos de tamanho semelhante em
algumas estelas, mais notavelmente dois em forma de
obelisco retangular, ambos com topos escalonados como
zigurates. Estes são o Obelisco Branco de Assurnasirpal
I, do início do século XI, e o Obelisco Negro de
Salmaneser III, do século IX, ambos no Museu Britânico,
que também possui os fragmentários "Obelisco
Quebrado" e " Obelisco de Rassam". Ambos têm relevos
em todos os quatro lados em oito e cinco registros,
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 100 ]
respectivamente, e longas inscrições descrevendo os
eventos. Os Obeliscos Negro e Rassam foram ambos
erguidos no que parece ter sido a praça central da
cidadela de Nimrud, presumivelmente um espaço muito
público, e o Branco em Nínive. Todos registram
praticamente os mesmos tipos de cenas que as seções
narrativas do relevo da parede e os portões. O Obelisco
Negro concentra-se em cenas de tributos trazidos de
reinos conquistados, incluindo Israel, enquanto o Branco
também apresenta cenas de guerra, caça e figuras
religiosas. O Obelisco Branco, de 1049 a 1031, e o
"Obelisco Quebrado", de 1074 a 1056, são anteriores aos
primeiros relevos murais conhecidos em 160 anos ou
mais, mas estão, respectivamente, em estado desgastado
e fragmentado.
O Obelisco Negro é de interesse especial, pois as
longas inscrições, com nomes de lugares e governantes
que poderiam estar relacionados a outras fontes, foram
importantes na decifração da escrita cuneiforme. O
Obelisco contém os primeiros escritos que mencionam os
povos persa e judeu e confirmou alguns dos eventos
descritos na Bíblia, que no século XIX foi considerada um
suporte oportuno para textos cuja precisão histórica
estava sob crescente ataque. Outras peças muito
menores com inscrições úteis eram um conjunto de
dezesseis medidas de peso na forma de leões.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 101 ]
Estátuas e estelas de retratos
Detalhe da estátua de Salmanasar III em Istambul
Existem muito poucas estátuas assírias grandes e
independentes e, com uma possível exceção, nenhuma
das principais divindades em seus templos foi encontrada.
Possivelmente outras existiram; qualquer uma em metais
preciosos teria sido saqueada quando o império caiu.
Duas estátuas de reis são semelhantes aos retratos em
relevos do palácio, embora vistas frontalmente. Elas
vieram de templos, onde mostravam a devoção do rei à
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 102 ]
divindade. A estátua de Assurnasirpal II está no Museu
Britânico, e a de Salmanasar III em Istambul.
Há uma estátua feminina nua única no Museu
Britânico, sem as extremidades, que foi encontrada no
templo de Ishtar em Nínive. Os pelos pubianos são
cuidadosamente representados. Ela traz uma inscrição
nas costas de que o rei Ashur-bel-kala a ergueu para a
"excitação" ou prazer do povo. Pode representar Ishtar,
deusa do amor, entre outras coisas, nesse caso seria a
única estátua assíria conhecida de uma divindade
importante. Todas elas têm poses em pé, embora
estátuas sentadas já fossem conhecidas na arte
mesopotâmica, por exemplo, cerca de uma dúzia de
estátuas de Gudea, que governou Lagash entre 2144-
2124 a.C.
Assim como outras culturas do Oriente Próximo,
os assírios erigiram estelas para diversos fins, incluindo a
demarcação de fronteiras. Muitas delas contêm apenas
inscrições, mas algumas apresentam relevos
significativos, principalmente um grande retrato em pé do
rei da época, apontando para símbolos dos deuses, com
pose semelhante à dos relevos palacianos, cercado por
uma moldura com topo arredondado.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 103 ]
A exposição destas gravuras em relevo na parte
exterior do Museu de Arqueologia Bíblica e que faz parte
também o Jardim da Bíblia, faz com que os visitantes
tenham uma imersão bíblica. Minha percepção é que a
Igreja Adventista vai investir ainda muito mais em novos
equipamentos de simulacros e réplicas do cotidiano
bíblico, pois há bastante espaço físico para isto. Além dos
adventistas valorizarem a narrativa bíblica.
Figuras semelhantes de reis são mostradas em
relevos rupestres, principalmente nas bordas do império.
Aqueles mostrados sendo feitos nos Portões de Balawat
são presumivelmente os que sobrevivem em más
condições perto do Túnel do Tigre. Os assírios
provavelmente tomaram a forma dos hititas; os locais
escolhidos para seus 49 relevos registrados muitas vezes
também fazem pouco sentido se a intenção era "sinalizar"
para a população em geral, sendo altos e remotos, mas
frequentemente próximos à água. Os neoassírios
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 104 ]
registraram em outros lugares, incluindo relevos de metal
nos Portões de Balawat mostrando-os sendo feitos, a
escultura de relevos rupestres, e foi sugerido que o
principal público-alvo eram os deuses, os relevos e as
inscrições que frequentemente os acompanham sendo
quase da natureza de um "relatório comercial" submetido
pelo governante. Um sistema de canais construído pelo
rei neoassírio Senaqueribe (reinou de 704 a 681 a.C.)
para fornecer água a Nínive foi marcado por uma série de
relevos que mostram o rei com deuses.
Outros relevos no túnel do Tigre, uma caverna na
Turquia moderna que se acredita ser a fonte do rio Tigre,
são "quase inacessíveis e invisíveis para os humanos".
Provavelmente construído pelo filho de Senaqueribe,
Esarhaddon, Shikaft-e Gulgul é um exemplo tardio no Irã
moderno, aparentemente relacionado a uma campanha
militar. Os assírios adicionaram às estelas comemorativas
de Nahr el-Kalb no Líbano moderno, onde Ramsés II,
faraó do Egito, havia comemorado de forma bastante
otimista a fronteira de seu império muitos séculos antes;
muitos governantes posteriores adicionaram à coleção.
Os exemplos assírios foram talvez significativos ao sugerir
o estilo da tradição persa muito mais ambiciosa,
começando com o relevo e a inscrição de Behistun, feitos
por volta de 500 a.C. para Dario, o Grande, em uma
escala muito maior, refletindo e proclamando o poder do
império Aquemênida. [8]
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 105 ]
VIDEIRA
Mencionada mais do que qualquer outra planta
em toda a Bíblia, a videira era muito importante cultural e
economicamente nos tempos bíblicos. Devido à sua
centralidade na vida cotidiana, é frequentemente usada
simbolicamente nas Escrituras. Uma videira frutífera era
um símbolo da obediência de Israel, enquanto uvas
bravas ou uma videira vazia representavam a
desobediência de Israel (Jr 2:21).
Cultivando a Videira
Esta videira lenhosa só é cultivada com esforço e
trabalho árduo. Isaías 5:1-8 registra parte do processo.
Normalmente cultivada em um monte, uma vinha
precisava ser limpa de muitas pedras, o que é comum em
Israel. Só então as videiras podiam ser plantadas. Um
muro ou cerca viva construída ao redor da vinha,
juntamente com uma torre de vigia, mantinha os ladrões
afastados. A planta precisa ser podada para dar frutos
(João 15:1-2).
Usos de uvas e folhas de uva
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 106 ]
A videira pode crescer no chão, em estacas ou
postes, ou pode ser plantada em um pomar e treinada
para subir em árvores. O fruto doce, com polpa branca e
casca verde, vermelha ou roxa, cresce em cachos. O
produto pode ser consumido fresco, seco para fazer
passas, prensado para fazer vinho ou transformado em
vinagre. Folhas de uva também são usadas em algumas
receitas do Oriente Médio. O vinho era frequentemente
misturado à água parada de cisternas para torná-lo
potável.
Uvas na Bíblia
A videira é listada em Deuteronômio 8:8 como
uma das sete espécies da boa terra que Deus estava
dando à nação de Israel. Era uma terra onde as uvas
cresciam em grandes cachos, conforme relatado pela
expedição de espiões hebreus enviados a Canaã
(Números 13:23). Os cachos de uva eram tão grandes
que eles os carregavam em uma vara entre dois homens.
Essa dádiva de Deus era para ser desfrutada e os
homens não deveriam ir à guerra até que tivessem
provado de sua própria colheita de uvas, de acordo com
Deuteronômio 20:6.
A Videira Verdadeira
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 107 ]
Disse Jesus: 'Eu sou a videira verdadeira, e meu
Pai é o lavrador. Ele corta todo ramo que não dá fruto em
mim. Ele poda todo ramo que dá fruto, para que dê mais
fruto ainda. Vocês já estão limpos por causa da palavra
que eu lhes disse. Permaneçam em mim, e eu
permanecerei em vocês. Assim como o ramo não pode
dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira,
vocês também não podem dar fruto se não
permanecerem em mim. Eu sou a videira; vocês são os
ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, dá muito
fruto, porque sem mim vocês não podem realizar nada'
(João 15:1-5, NVI). [9]
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 108 ]
NO Jardim da Bíblia temos videira plantada. Só espero
que as pessoas respeitem e não venham a colher uvas
quando estas videiras estiverem frutificando.
Considerando que as mães não estão sabendo educar os
filhos. Acho que teremos problemas no futuro. Em último
a solução é cerca-las para impedir as mãos dos sem
educação a alcançarem as frutas...
ACÁCIA
Acacia, comumente conhecida como acácias, é
um gênero de cerca de 1.084 espécies de arbustos e
árvores da subfamília Mimosoideae da família Fabaceae.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 109 ]
Inicialmente, compreendia um grupo de espécies de
plantas nativas da África, América do Sul e Australásia,
mas agora é reservado para espécies principalmente da
Austrália, com outras da Nova Guiné, Sudeste Asiático e
Oceano Índico. O nome do gênero é neolatino,
emprestado do grego koiné ἀκακία (akakia), um termo
usado na antiguidade para descrever uma preparação
extraída de Vachellia nilotica, a espécie-tipo original.
Várias espécies de acácia foram introduzidas em
várias partes do mundo e dois milhões de hectares de
plantações comerciais foram estabelecidos.
Descrição
As plantas do gênero Acacia são arbustos ou
árvores com folhas bipinadas, as folhas maduras às vezes
reduzidas a filódios ou raramente ausentes. Existem 2
pequenas estípulas na base da folha, mas às vezes caem
conforme a folha amadurece. As flores são produzidas em
espigas ou cabeças cilíndricas, às vezes individualmente,
em pares ou em racemos nas axilas das folhas ou filódios,
às vezes em panículas nas extremidades dos ramos.
Cada espiga ou cabeça cilíndrica tem muitas flores
pequenas amarelo-douradas a branco-creme pálido, cada
uma com 4 ou 5 sépalas e pétalas, mais de 10 estames
e um estilo semelhante a um fio que é mais longo que os
estames. O fruto é uma vagem de formato variável, às
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 110 ]
vezes plana ou cilíndrica, contendo sementes com um
arilo carnudo na extremidade.
Na foto acima, Gladis está bem em frente a um
exemplar de uma acácia. Quando estive no Oriente Médio
creio que só vi acácia na península do Sinai. Justamente
na região onde Deus ordena Moisés a fazer peças do
tabernáculo com madeira de acácia.
Taxonomia
O gênero foi nomeado validamente pela primeira
vez em 1754 por Philip Miller no The Gardeners
Dictionary. Em 1913, Nathaniel Lord Britton e Addison
Brown selecionaram Mimosa scorpioides L. (≡ Acacia
scorpioides ( L. ) W.Wight = Acacia nilotica ( L. ) Delille ),
uma espécie da África, como o lectótipo do nome.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 111 ]
Etimologia
O nome do gênero vem do neolatim; Gaspard
Bauhin em seu livro Pinax (1623) escreve que vem de
Dioscórides; o termo koiné ἀκακία akakía é o nome que
ele usa para Vachellia nilotica, a espécie-tipo original que
cresceu no Egito romano, de ἀκακίς akakis que significa
"ponto".
A origem de " wattle " pode ser uma palavra
protogermânica que significa "tecer". Atestado pela
primeira vez por volta de 700, o inglês antigo: watul
referia-se às videiras, galhos e gravetos lenhosos e
flexíveis que eram entrelaçados para formar paredes,
telhados e cercas. Desde cerca de 1810, tem sido usado
como o nome comum para as árvores leguminosas e
arbustos australianos, como as espécies de Acácia
propriamente ditas, Castanospermum australe e as
espécies de Sesbania, que podem fornecer esses galhos.
História
O gênero Acácia foi considerado como contendo
cerca de 1 352 espécies, levando a 1986. Naquele ano,
Leslie Pedley questionou a natureza monofilética do
gênero e propôs uma divisão em três gêneros: Acácia
sensu stricto (161 espécies), Senegalia (231 espécies) e
Racosperma (960 espécies), o último nome proposto pela
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 112 ]
primeira vez em 1829 por Carl Friedrich Philipp von
Martius como o nome de uma seção em Acacia, mas
elevado à categoria genérica em 1835. Em 2003, Pedley
publicou um artigo com 834 novas combinações em
Racosperma para espécies, a maioria das quais foram
anteriormente colocadas em Acacia. Todas, exceto 10
dessas espécies, são nativas da Australásia, onde
constituem o maior gênero de planta.
No início dos anos 2000, tornou-se evidente que o
gênero não era monofilético e que várias linhagens
divergentes precisavam ser colocadas em gêneros
separados. Uma linhagem compreendendo mais de 900
espécies principalmente nativas de Wallacea, Austrália,
Nova Guiné e Indonésia não estava intimamente
relacionada ao grupo de linhagens africanas muito menor
que continha a espécie-tipo. Isso significava que a
linhagem Australasiana, de longe a mais prolífica em
número de espécies, precisaria ser renomeada. Isso
causou controvérsia entre botânicos sul-africanos e
australianos, que reivindicaram Acacia como um símbolo
de suas respectivas nações e desejaram manter o nome
para seu respectivo ramo.
O nome proposto por Pedley de Racosperma para
este grupo recebeu pouca aclamação na comunidade
botânica, especialmente pelos australianos. Os botânicos
australianos propuseram uma solução diferente, definindo
uma espécie-tipo diferente para Acacia, Acacia
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 113 ]
penninervis, permitindo que o maior número de espécies
permanecesse em Acacia, resultando nas duas linhagens
pantropicais sendo renomeadas Vachellia e Senegalia, e
as duas linhagens endêmicas americanas renomeadas
Acaciella e Mariosousa.
Placa de identificação da acácia no Jardim da Bíblia.
Em 2003, Anthony Orchard e Bruce Maslin
apresentaram uma proposta para conservar o nome
Acacia com um tipo diferente, para manter o grupo
australiano de espécies no gênero Acacia. Após uma
decisão controversa de escolher um novo tipo para Acacia
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 114 ]
em 2005, o componente australiano de Acacia sensu lato
agora mantém o nome Acacia. No Congresso Botânico
Internacional de 2011 realizado em Melbourne, Austrália,
a decisão de usar o nome Acacia, em vez do proposto
Racosperma para este gênero, foi mantida. Outros táxons
de Acacia sl continuam a ser chamados de Acacia por
aqueles que consideram todo o grupo como um gênero.
As espécies australianas do gênero
Paraserianthes s.l., nomeadamente P. Iophantha, são
consideradas seus parentes mais próximos. Os parentes
mais próximos de Acacia e Paraserianthes sl, por sua vez,
incluem os gêneros australianos e do sudeste asiático
Archidendron, Archidendropsis, Pararchidendron e
Wallaceodendron, todos Mimosoideae.
Espécies
Os nomes de mais de 1.080 espécies de Acacia,
principalmente nativas da Austrália, foram aceitos pelo
Plants of the World Online em janeiro de 2025.
Registro fóssil
Uma vagem de semente fóssil semelhante à
acácia de 14 cm (5,5 pol.) de comprimento foi descrita no
Eoceno da Bacia de Paris. Vagens fósseis semelhantes à
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 115 ]
acácia sob o nome Leguminocarpon são conhecidas de
depósitos do final do Oligoceno em diferentes locais na
Hungria . Fósseis de vagens de sementes de † Acacia
parschlugiana e † Acacia cyclosperma são conhecidos de
depósitos terciários na Suíça. † Acacia colchica foi
descrita do Mioceno da Geórgia a oeste da Cordilheira
Likhi. Pólen fóssil do Plioceno de uma espécie de Acacia
foi descrito no oeste da Geórgia, incluindo a Abcásia.
O pólen de acácia fóssil mais antigo da Austrália
foi registrado no final do Oligoceno [6].
CIDADE DE ENGENHEIRO COELHO
O Jardim da Bíblia está instalado na cidade de
Engenheiro Coelho, uma pequena cidade emancipada e
que pertence a região de Campinas/SP. Achei pertinente
contar a história da cidade na qual está inserida este
jardim.
História de Engenheiro Coelho
No princípio, essas terras eram habitadas pelos
nativos indígenas, os autênticos brasileiros, depois se deu
a ocupação pelos portugueses, os primeiros imigrantes. O
processo de colonização sempre teve a economia
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 116 ]
mercantilista como o foco principal da conquista desse
país-continente. Ele iniciou-se com a exploração do pau-
brasil, passando pela exploração da borracha, pela
implantação da cultura da cana-de-açúcar, posteriormente
a procura do ouro e pedras preciosas das Minas Gerais e,
finalmente o plantio do café. Inicialmente, os portugueses
tentaram empregar os indígenas. Após o insucesso dessa
tentativa, eles foram buscar os negros na África, trazendo-
os na condição de escravos para trabalharem em todas
essas atividades.
Em meados do século XIX, a cultura do café
encontra nas terras paulistas o local ideal para a
exuberância do seu florescimento, entretanto, com a falta
de mão-de-obra suficiente para atender o crescimento da
produção, em especial para exportação, inicia-se uma
nova era de ocupação do país. O governo brasileiro passa
a incentivar a imigração europeia, destacando-se os
povos alemães, belgas, suíços, austríacos, espanhóis,
italianos, japoneses e outros. Os imigrantes contribuíram
com novos conhecimentos e nova cultura, convivendo
com os que aqui já estavam.
No final do século XIX, após a abolição da
escravatura, muitos negros continuaram nas fazendas sob
outra relação de trabalho e outros migraram para as
cidades em busca de novas alternativas. Dessa mistura
entre índios, negros e portugueses surgem novas
modalidades étnicas, em especial uma denominada
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 117 ]
“caboclo”, a união do índio e do português. Enquanto a
vida nas grandes cidades era mais intensa, em especial
as litorâneas e as capitais, no interior as dificuldades eram
enormes; os caboclos, espalhados pelo sertão afora
geralmente exploravam as terras para cultivo de alimentos
para a subsistência. Localizados em áreas de difícil
acesso, de matas e animais selvagens, isolados ou em
comunidades rurais, eles viviam de modo rústico e
distantes da civilização. De maneira geral, os moradores
se agrupavam em bairros rurais. Com o passar do tempo,
um ou outro se desenvolvia e se transformava em cidade.
Com o fortalecimento das culturas da cana-de-
açúcar e do café em São Paulo, surge a elite agrária do
interior paulista, os senhores de engenho e os barões do
café. Fazendas e mais fazendas são instaladas no interior
afora; colônias são construídas para abrigar os
trabalhadores caboclos, principalmente os migrantes
mineiros e nordestinos, assim como os imigrantes, para
trabalharem nas lavouras. Os acessos às fazendas eram
precários e, muitas vezes inacessíveis, dificultando o
escoamento dos produtos agrícolas. A partir da década de
1870, as elites agrárias, que também ocupavam os
principais postos do governo, começam a implantar as
primeiras companhias ferroviárias que atenderiam a
região de Campinas e, posteriormente o interior paulista
em busca de suas riquezas agrícolas, são elas a Cia.
Paulista, a Mogiana, a Sorocabana e a Ituana.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 118 ]
O GRANDE MOTOR DO DESENVOLVIMENTO E
AS NOVAS CIDADES
Um ramal ferroviário torna-se de grande interesse
para os nossos estudos. Começou como um trecho da
Companhia Carril Agrícola Funilense (1870 a 1899),
posteriormente denominado Ramal Férreo Campineiro
(1899 a 1905), mudando novamente sua denominação
para Estrada de Ferro Funilense (1905 a 1924),
subordinada ao governo do estado, e, a partir dessa data
incorporada pela Estrada de Ferro Sorocabana. A
Funilense, com pouco menos de 100 km de extensão,
construída inicialmente até a Usina Ester (Cosmópolis),
partindo do centro de Campinas, visava transportar
principalmente o açúcar e o café para Santos com destino
ao exterior. Desse trecho surgiram o Distrito de Barão
Geraldo, Paulínia e Cosmópolis. Com a grande
valorização do café e a necessidade da abertura de novas
fronteiras agrícolas para o seu cultivo, inicia-se a
expansão do ramal ferroviário, até chegar às barrancas do
Rio Mogi Guaçú. Dessa nova linha surgem as vilas e
cidades de Artur Nogueira, Engenheiro Coelho,
Tujuguaba, Conchal e Pádua Sales. Ela foi desativada em
1960 e desapareceu com a retirada de seus trilhos em
1962.
A partir de 1850, com a proibição internacional do
tráfico de africanos, os fazendeiros de Campinas, Limeira
e região sofrendo com a escassez e com a elevação do
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 119 ]
preço do escravo no mercado, procuraram desenvolver
suas atividades produtivas através de moradores naturais
da região e também com migrantes nordestinos. Eles não
tiveram muito sucesso devido ao pouco interesse dessas
comunidades em trabalhar nas lavouras; assim alguns
iniciaram as primeiras tentativas de introdução do trabalho
imigrante nas lavouras de café. Essa primeira tentativa
não foi muito bem sucedida, tendo em vista que os
estrangeiros não concordaram com o sistema de
remuneração praticado. Muitos abandonaram as
fazendas, alguns se tornaram meeiros com os
proprietários das terras, outros compraram pequenas
glebas de terra para trabalhar ou se deslocaram para as
cidades em busca de novos afazeres.
Diante desse sistema pouco auspicioso
empreendido pelos fazendeiros, e para garantir o
crescimento e desenvolvimento da cultura cafeeira do
Estado de São Paulo, o Governo Federal e o Estadual
buscaram promover a imigração oficial de grandes levas
de europeus para nossa região. A diferença desse modelo
é que os órgãos governamentais responsáveis não
instalaram os imigrantes nas colônias das fazendas. Eles
criaram núcleos coloniais, derivados da aquisição de
grandes propriedades no interior paulista, dividindo as
terras em glebas de aproximadamente 10 alqueires cada.
Esses lotes eram cedidos aos imigrantes para que ali se
instalassem e promovessem a exploração agrícola de
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 120 ]
modo a suprir as necessidades de alimentos às suas
famílias, comercializar os produtos excedentes nas
cidades e, principalmente para a cultura extensiva do
café. Não se conseguiu a ocupação total dos núcleos com
os imigrantes, então muitos lotes também foram cedidos
aos moradores locais. No centro desses estabelecimentos
coloniais ou em áreas adjacentes, implantaram-se os
núcleos urbanos das primeiras vilas, destacando-se em
muitos casos a Estação Ferroviária, a partir da qual se
formaram algumas dessas povoações. Ao longo desse
ramal ferroviário surgem as cidades de Cosmópolis
(Núcleo Campos Salles) e Conchal, através dos núcleos
Visconde de Indaiatuba, Conde de Parnahyba, Leme e
Ferraz. Artur Nogueira, Engenheiro Coelho e Tujuguaba
foram constituídas a partir de loteamentos particulares,
não muito distantes desses empreendimentos coloniais.
OS PRIMEIROS MORADORES
Por volta de meados do século XIX, a região onde
hoje se encontra Engenheiro Coelho era uma vasta
extensão de serrado tradicional do interior do país. A
exploração das terras se dava pela cultura insipiente da
cana-de-açúcar para a produção de açúcar, álcool e
aguardente, cultivo de alimentos para subsistência como
o milho, mandioca, arroz, feijão, criação de animais como
bois, aves e porcos, extração de madeira para
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 121 ]
construções e obtenção de lenha visando abastecer as
fábricas da região de Mogi Mirim e Campinas e para
movimentar as caldeiras dos trens que, a partir da década
de 1870 começaram a circular na região.
Nos livros de matrículas da Escola de Mogi Mirim,
datados entre os anos de 1878 até 1882, foram
encontrados nomes de famílias que têm ligação com
Engenheiro Coelho. Um dos mais expressivos é o de José
Alves Cavalheiro Júnior, filho de José Alves Cavalheiro
que também aparece nos registros da Secretaria de
Agricultura (Inspetoria Geral de Terras e Colonização),
como colono do Núcleo Campos Salles (cidade de
Cosmópolis), por volta de 1898 e 1899. Esse dado pode
ser alusivo à família do destacado Antonio Alves
Cavalheiro que foi Chefe da Estação da Guaiquica (uma
das primitivas denominações da região onde surgiu o
povoado que, futuramente se transformaria na cidade de
Engenheiro Coelho). Esse cidadão também foi o
responsável pelo funcionamento da primeira sala de aula
e professor da Escola Mista Rural da citada povoação em
1960, ele foi escolhido como patrono de uma das mais
destacadas instituições de ensino de Engenheiro Coelho
que, atualmente denomina-se “Escola Estadual de
Primeiro e Segundo Grau “Antonio Alves Cavalheiro”.
Também constam desses livros muitos sobrenomes
comuns às primeiras famílias que estiveram presentes na
formação da povoação. Entre essas destacamos:
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 122 ]
Camargo, Carvalho, Ferreira, Franco, Leme, Miranda e
Morais, todos tidos como naturais de Mogi Mirim. Outros
nomes também foram identificados como antigos
moradores da região, tais como os Cardoso, Castelar,
Ferraz, Ferreira, Oliveira, Olivério, etc.
De acordo com os relatos orais feitos pelos mais
antigos moradores da cidade, a ocupação da região
ocorreu pelas famílias de imigrantes portugueses e
“caboclos” que, ao longo do tempo se casaram entre si e
com os índios locais, chamados de bugres, constituindo
assim novas famílias. Destacam-se entre as mais antigas
os nomes de Joaquim e Júlio Cardoso de Moraes, Alfredo
e Lázaro Francisco Guimarães, Alfredo e seu irmão Elói
Nabarrete, Antonio e seu filho Lázaro Franco de Oliveira,
Amaro Franco de Oliveira e João Egídio Milares.
OS NOVOS IMIGRANTES
Em 1887, instalaram-se na região os imigrantes
alemães, belgas, suíços, suecos, húngaros, austríacos,
poloneses, e outros. Os moradores mais antigos citam
que as famílias Hereman, Haeck e Firz foram as
precursoras, posteriormente chegaram os Krebsky,
Hornhardt, Nimptz e Müller.
Conforme relato enviado por Robert Hereman,
neto de Theofile Hereman ao nosso amigo Evandro
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 123 ]
Francischetti, Joannes Franciscus Hereman (Jan Frans)
nasceu em 17 de outubro de 1838, em Aalst, um
município belga situado às margens do rio Dender, na
província Flamenga da Flandres Oriental, a 24 Km a
noroeste de Bruxelas. Por volta de 1860, ele mudou-se
para Eksaarde. Ele casou-se com Anna Catarina Megroet
e, posteriomente com Matthilde de Mol, sendo que desses
dois casamentos nasceram 23 filhos.
Em 1887, descontente com as exigências do líder
religioso local, ele decidiu emigrar ao Brasil com todos os
seus filhos (exceto uma filha chamada Mina). Um deles
faleceu durante a viagem, assim Jan Frans chegou a
Santos, com sua esposa e 21 filhos. Conforme relatos de
familiares, a sua fortuna, que se resumia em algumas
peças de ouro, foi roubada no Porto de Santos,
consequentemente ele chegou em terras brasileiras sem
recursos. Por coincidência, uma menina chamada Emma
van de Velde, natural de Moerbeke, que viajou no mesmo
barco, se tornou, no futuro, a esposa de seu filho
Theophile (Teófilo) Hereman, irmão de Petrus (Pedro).
Completamente arruinado, Jan Frans foi ao Consulado da
Bélgica e pediu ajuda. O Cônsul da Bélgica deu-lhes
algum dinheiro e, de alguma maneira ainda não
conhecida, o governo brasileiro concedeu-lhes um pedaço
de terra virgem. Se os Heremans, após cinco anos,
conseguissem fazer a terra produzir, essa área passaria a
pertencer-lhes. Foi assim que a história começou. A
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 124 ]
floresta foi desbravada e as plantas cultivadas. Após o
prazo estipulado, a sua primeira safra de café foi
inteiramente destruída pela geada. Depois desse evento,
tudo correu às mil maravilhas e a sua cultura foi se
desenvolvendo, ano após ano. No início da década de
1900, Joannes, sua esposa e alguns filhos voltaram
definitivamente para a Bélgica. Parte de sua prole
permaneceu no Brasil. Sabemos que Petrus (Pedro) e
Theophile (Teófilo) continuaram a exploração das terras.
Joannes faleceu em 13 de outubro de 1908.
Conforme os relatos de Dna. Irene M. Hereman
de Oliveira (03/01/1983), apresentados por Adauto
Hereman, tomamos conhecimento do seguinte:
Jan Frans e sua família desembarcaram em 1891,
viajaram no lombo de burros até Limeira. Eles se
instalaram na comumente chamada Fazenda dos Felipes,
dedicando-se ao cultivo do café. Em 1901, os Heremans
compraram uma área de terra na “Guaiquica” (nome da
região que deu origem à denominação da fazenda
adquirida pela família). Eles desbravaram as matas (300
alqueires) para o cultivo do café, construíram as primeiras
casas, as instalações da fazenda e as moradias dos
colonos, tudo em madeira. Após essa empreitada, Jan
Frans e Mathilde retornaram à Bélgica, levando suas
filhas Celeste, Vana e Clotilde. Os outros filhos ficaram no
Brasil. Com o falecimento de Jan Frans (1908) e Mathilde
procedeu-se a partilha dos bens. Pedro Hereman, casado
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 125 ]
com Henriette Krebsky (Henriqueta Krebsky) e Theophile
Hereman (Teófilo) e sua esposa Emma van de Velde
passam a comandar a fazenda. Não nos aprofundamos
na genealogia dos Heremans. Limitamo-nos a publicar
alguns registros, exatamente como os recebemos da
Bélgica, através de Evandro Francischetti. Nesses
documentos constam os nomes de alguns dos filhos do
patriarca Joannes Franciscus Hereman (Jan Frans),
assim como registros das famílias de Pedro e de Teófilo
Hereman. Em 1914, Teófilo viajou à Bélgica com sua
família para passar um período de férias e foi impedido de
retornar ao Brasil devido a eclosão da 1ª. Guerra Mundial.
Após o conflito, ele montou a sua própria empresa de
torrefação de café em Eksaarde sob o nome de Estrella
Brazileira (posteriormente simplificado para Estrella).
Pedro ficou com a Fazenda Guaiquica
(posteriormente chamada de São Pedro), onde produzia e
exportava o café para a sua terra natal. Victor voltou à
Bélgica, onde se casou com Irma Bawens. Em 1914, eles
retornaram à Fazenda Guaiquica, constituíram um
armazém com dois barracões (depósitos) para estoque
em uma das colônias da propriedade, local onde também
funcionava a primeira sala de aula. Foi nessa área que,
em 02/09/1912 foi inaugurada a Estação Ferroviária da
Guaiquica.
Os outros irmãos de Pedro, Teófilo e Victor
tomaram outros rumos, Heliodor comprou um sítio em
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 126 ]
Cosmópolis, Leão adquiriu uma outra propriedade na
região e Ernesto retornou à Bélgica.
De acordo com relatos de antigos moradores, por
volta de 1910, a Fazenda Guaiquica já contava com
aproximadamente 420 alqueires. Seu dinâmico
proprietário imprimiu toda a força existente para
desenvolvê-la e, a cada ano que se passava mais se
produzia e se construía. Pedro Hereman foi
implementando equipamentos necessários à sua
manutenção e desenvolvimento. Foram instalados moinho
de fubá, máquinas de beneficiar arroz e café, fábrica de
farinha de mandioca, barracão de beneficiamento da
laranja, serraria, olaria, oficina, armazém, escola e silos
para o armazenamento dos produtos agrícolas. As cinco
colônias da fazenda eram conhecidas por Colônia da
Sede, Colônia da Olaria, Colônia do Meio, Colônia da
Fábrica de Farinha e a Colônia da Guaiquica, onde
existiam a oficina de ferramentas agrícolas, três
residências em seu entorno, o armazém, os barracões
que serviam para depósito, além da primeira farmácia e a
primeira sala de aula da escola da fazenda, com uma
casa ao seu lado. Essa colônia foi a célula–mater à
formação do atual núcleo urbano, denominado
Engenheiro Coelho.
A fazenda passou por um período de
desenvolvimento fabuloso, tendo como base em sua
economia de produção a cultura do café, produto
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 127 ]
exportado para a Bélgica, onde a família Hereman
possuía uma torrefação que comercializava o café
brasileiro (Estrella Brazileira). Os Heremans venderam a
empresa em 1980. Além do café, eles produziam laranja,
que também era exportada para a Bélgica, Inglaterra e
Holanda. A Guaiquica também produzia algodão,
mandioca, cereais, e abrigava grande criação de porcos
que eram motivo de atração a outras fazendas e cidades.
Pedro Hereman conseguiu a alteração do traçado
da ferrovia (ramal da Funilense /Sorocabana), de maneira
que ela passasse pelo interior da fazenda, de forma que
todas as colônias ficassem em sua proximidade. Em
1912, foi construída a estação da estrada de ferro na
Colônia Guaiquica, que passou a ser conhecida pelo
mesmo nome da colônia e, a partir de 27 de agosto de
1923 denominou-se “Engenheiro Coelho” em homenagem
ao Dr. Afonso Constante Coelho que, durante muitos
anos, exerceu o cargo de fiscal da Estrada de Ferro
Santos-Jundiaí. (denominação ostentada anteriormente
pela estação ferroviária de Conchal).
Conforme relatos, Pedro Hereman foi um
excelente administrador e incentivador da educação. Ele
construiu e viabilizou a operacionalização de uma sala de
aula, vinculada ao Município de Mogi Mirim, denominada
Escola Rural da Guaiquica, administrada pela Secretaria
Estadual de Educação. Ele era amante da música e para
incentivar seus empregados, contratou um professor de
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 128 ]
Campinas para ministrar-lhes aulas dessa arte,
obrigando-os a frequentá-las assiduamente, sob pena de
ser descontada uma parcela de seus ordenados caso não
se interessassem pela disciplina. Além desse professor,
outros contratados para lecionar na escola da colônia
eram hospedados na sede da fazenda. Alguns moradores
antigos citam um fato pitoresco sobre o proprietário da
Fazenda Guaiquica (São Pedro). Por ocasião de suas
viagens de negócios à Europa, ele exigia que a banda
musical, mantida às suas custas, promovesse retretas,
em sua partida no Porto de Santos e na Estação
Ferroviária da Guaiquica, no momento que retornava à
fazenda.
Conforme texto enviado pelos Heremans que
estão na Bélgica, em 1928, Frans (filho de Theóphilo),
Olga e a filha do meio Jacqueline voltaram ao Brasil, onde
permaneceram por 6 meses na tentativa de impedir a
divisão das terras da fazenda. Frans ficou até 1940. Ele
retornou a Eksaarde devido ao bloqueio das remessas de
café do Brasil para a Europa. Com o falecimento de seu
pai, em 1946, ele assumiu a torrefação (Estrella).
Não se tem conhecimento da data precisa do
retorno de Pedro Hereman para a sua terra natal, sabe-
se, porém que seu filho Christian (Cristiano) e sua irmã
Helena Hereman, casada com Antonio Alves Cavalheiro
ficaram no Brasil administrando a fazenda. Pedro
Hereman faleceu em 23 de julho de 1932.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 129 ]
Conforme relatos, após seu casamento (1915)
com Helena Hereman (filha de Pedro), Antonio Alves
Cavalheiro passou a administrar os negócios da fazenda.
Dessa união nasceram os filhos: Nelson Alves Cavalheiro,
Moacyr Alves Cavalheiro, Celina Alves Cavalheiro e
Pedro Alves Cavalheiro. Cristiano Hereman, sócio e
cunhado, cuidava da produção. Antes da constituição
dessa sociedade, Antonio Alves Cavalheiro já se
destacava como um grande batalhador pelas causas da
região. Ele foi “bombeiro” dos trabalhadores da
construção da estrada de ferro, cozinheiro da empresa e
também foi nomeado como telegrafista da companhia
ferroviária. Posteriormente, passou a sub-chefe da
Estação de Pádua Salles, município de Conchal, até que
assumiu a chefia da Estação da Guaiquica.
Conforme os depoimentos de antigos moradores,
no início da década de 1920, Ítalo Francischetti e seus
filhos abriram uma carpintaria em uma oficina alugada da
Fazenda Guaiquica (São Pedro). Ali se produzia arados,
implementos agrícolas e ferramentas de corte. Esses
produtos eram distribuídos por diversas regiões do Estado
de São Paulo, especialmente para Ourinhos. Os
Francischettis foram progredindo, seus filhos se casaram
e se fixaram nas casas da colônia, que eles adquiriram no
futuro.
Por volta de 1930, Antonio Alves Cavalheiro
empreendeu as construções da segunda sala de aula do
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 130 ]
Grupo Escolar e da Capela São Pedro, inaugurada em 29
de junho de 1936. Para essa última empreitada ele contou
com a ajuda da comunidade. O genro de Pedro Hereman
foi um incentivador da educação. Além de lecionar na
escola da Guaiquica, seguindo o exemplo de seu sogro,
Cavalheiro e sua esposa Helena se encarregavam de
hospedar os outros professores contratados. Depois de
muita luta, em 1937 ele conseguiu a implantação da
energia elétrica na propriedade, benfeitoria que não pode
usufruir, devido ao seu falecimento, em 21 de fevereiro de
1936. Até então, Engenheiro Coelho não passava de uma
das colônias da Fazenda Guaiquica (São Pedro), sem
nenhuma perspectiva de desenvolvimento. A partir de
1936, com a construção da estrada de Rodagem de
Limeira a Mogi Mirim, que passava ao lado da colônia, e
da Estrada de Rodagem de Engenheiro Coelho a Artur
Nogueira, ligando-se com Cosmópolis (1937) esse quadro
modificou-se. No cruzamento dessas rodovias e ferrovias
foi construído um grupo de edificações por Amin José
Flaifel. Em uma delas abriu uma casa de comércio com
residência nos fundos, funcionando nas outras edificações
o gabinete dentário do Dr. Lázaro da Silva (Lazinho) e a
barbearia do Jacinto Leme. Além dessas construções
havia o bar do Joaquim Olivério, às margens da estrada
de Rodagem de Engenheiro Coelho a Artur Nogueira.
Antigos moradores lembram-se do Guaiquica
Futebol Clube, dirigido por Rached José Flaifel, extinto
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 131 ]
por volta de 1937. Nessa época, foi criado o Paulista
Futebol Clube, cujo campo ficava ao lado da estrada de
rodagem, onde permaneceu até o início da década de 40.
Aproximadamente em 1937/38, Amin José Flaifel e Adolfo
Nimptz puxaram a primeira linha de energia elétrica rural.
Após o falecimento de Antonio Alves Cavalheiro,
seus filhos assumiram a administração dos negócios em
sociedade com Cristiano Hereman. No início da década
de 1940, a empresa Cavalheiro & Hereman empreendeu
o primeiro loteamento na Colônia da Guaiquica,
delimitada pela estrada de rodagem de Limeira a Mogi
Mirim ao norte, a leste pela ferrovia com destino a Artur
Nogueira, ao sul com a gleba de terra onde estava
instalada a oficina dos Francischettis e suas residências e
a oeste traçou-se uma linha demarcatória no sentido
norte-sul, fechando assim os limites do loteamento
desenhado pelo agrimensor Karl Glaser. Foi esse
empreendimento que determinou o início da povoação
que, no futuro, se constituiria a cidade de Engenheiro
Coelho. Após essa iniciativa, a localidade passou a
apresentar um movimento desenvolvimentista. A partir
daí, foram construídas diversas residências, bares,
armazéns, farmácias, posto de gasolina, máquina de
beneficiar arroz, padaria, açougue e os serviços de
correio e telégrafo instalado com a ferrovia. Ainda na
década de 40, ocorreu a formação do “Terra Preta Futebol
Clube” (1942) que, a partir de 1946 recebeu o nome de
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 132 ]
“Associação Esportiva São Pedro”. Essa agremiação foi
registrada na Federação Paulista de Futebol e continua
em atividade.
Em 1944, os Cavalheiros e Cristiano Hereman
venderam a Fazenda Guaiquica para os senhores Sérgio
Alves e Augusto Mirandola. No ano seguinte, mais
precisamente no dia 14 de novembro de 1945, conforme
escritura lavrada no Segundo Tabelionato da Comarca de
Limeira (livro 103, folha 14), parte da Fazenda Guaiquica
(168 alqueires restantes, após divisão ocorrida no início
do século) foi comprada pela Família Forner, mais
precisamente por Pedro, Angelo, Francisco, José, João,
Vitalino, suas respectivas esposas, Maria Pezzatto, Rosa
Marrafon, Maria Marrafon, Rosa Bonin, Elvira Martinato e
Irene Pessatti, além do menor Geraldo Forner. Essa área
englobava a sede da fazenda, as benfeitorias e as
culturas principais, consistindo em vinte e oito casas
simples, oito duplas para alojar colonos, todas de tijolos e
telhas, três moradias para a administração, incluindo a
sede do imóvel, uma fábrica de farinha de mandioca
composta de um lavador/descascador, um ralo, uma
prensa hidráulica, dois fornos fixos, um motor elétrico de 5
HP, uma máquina de beneficiar café, uma máquina de
beneficiar arroz, dois moinhos de fubá, serraria com todos
os pertences, um motor de 18 HP, dois transformadores
(de 25 e 30 HP), cinquenta mil cafeeiros, sete mil
laranjeiras, vinte mil eucaliptos e vinte alqueires de mata.
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 133 ]
A propriedade adquirida pela família Forner englobava a
sede da fazenda e o entorno do loteamento existente,
exceto a parte norte, de propriedade de Antonio Mingote,
que havia sido permutada anteriormente com os
Cavalheiros. O restante da Fazenda Guaiquica foi aos
poucos sendo adquirida pelos moradores da região, tais
como Luiz Fávero, os Teressanis, João Berton, sendo que
Fávero mudou-se para o núcleo urbano em 1945. Fávero
deu continuidade aos negócios do armazém que,
anteriormente era administrado pela Família Hereman.
Ainda no ano de 1945, foi instalada a energia elétrica na
rua principal do loteamento e a iluminação pública em
1947/48.
Ainda na década de 1940, o Sr. Alfredo Francisco
Guimarães, conhecido como Alfredo Peixoto adquiriu
alguns lotes dos Cavalheiros nos quais construiu cinco
casas, num prazo de seis meses. Nessa época, ocorreu
uma significativa movimentação na vida urbana de
Engenheiro Coelho, através da intensificação das
atividades comerciais e de serviços.
De acordo com as informações prestadas por
Claudete Aparecida Soares, no ano de 1947 foi
inaugurado o campo da aviação, objetivando a diversão
da população, principalmente do seu pai, o Sr. Lázaro
Silva (Lazinho) dentista que prestava serviços à
comunidade e era proprietário de um avião. Ele mantinha
um relacionamento amistoso com alguns acrobatas de
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 134 ]
renome como o famoso Bertelli e Ada Rogatto que, assim
como a Esquadrilha da Fumaça, faziam apresentações na
região.
A partir de 1950 o crescimento da povoação se
deu em ritmo lento, sendo que o grande destaque foi o
loteamento implantado em 1954 pelo Sr. Pedro Forner.
Em 1956 foi construído o templo da Igreja Evangélica
Assembléia de Deus. No início da década de 1960,
ocorreu a inauguração da Escola Estadual Antonio Alves
Cavalheiro e foram iniciadas as obras para construção da
Igreja São Pedro. Em 1963, na gestão do prefeito Jacob
Stein, foi inaugurado o centro telefônico com
aproximadamente 25 terminais. Em 1968, na gestão do
prefeito Luiz Spadaro Cropanize foi aberto o poço
artesiano, ação que veio amenizar o problema da falta de
água que assolava o município. Também foram
disponibilizados alguns pontos de abastecimento nas
principais esquinas do núcleo urbano. Na segunda gestão
de Jacob Stein (1969/72), instalaram pontos de água em
todas as casas e a rede de esgoto na avenida principal,
denominada Pedro Hereman e nas travessas,
abrangendo os lotes servidos pela referida avenida que,
posteriormente foi asfaltada.
A partir de 1977, com a eleição do prefeito
Rubens da Silva Barros Engenheiro Coelho passou a
receber maior atenção do Executivo Municipal. Nesse
período, ocorreu a eletrificação e iluminação, com a
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 135 ]
substituição das lâmpadas incandescentes por luminárias
à base de mercúrio, foi construído o trevo de acesso ao
núcleo urbano, empreendida a pavimentação de ruas com
guias e sarjetas, a construção da Estação de Tratamento
de Água e a prospecção de mais um poço artesiano.
Também foi construído o emissário de esgoto,
providenciada a implantação da telefonia automática
(sistema DDD e DDI) e do Posto Policial, instalado o
Posto de Saúde, assim como foi estimulada a abertura de
uma agência do Banco Brasileiro de Desconto (Bradesco)
e do serviço bancário da Caixa Econômica Estadual.
Ainda nessa época, foi concedida a permissão para que
fossem implantados loteamentos e destinados veículos
para prestação de serviços municipais. O ponto alto dessa
administração deu-se em maio de 1980, quando a Vila de
Engenheiro Coelho foi elevada à categoria de Distrito de
Artur Nogueira, conforme a lei estadual nº 2343, assinada
pelo então governador Paulo Salim Maluf. A partir dessa
data, o prefeito municipal designou o Sr. João Fávero
para ser o primeiro sub-prefeito do distrito. No ano
seguinte, foi empreendida a instalação da sub-prefeitura.
Nas gestões do prefeito Cláudio Alves de Menezes (Artur
Nogueira) e de Mariano Aparecido Franco de Oliveira (sub
prefeito), o Distrito de Engenheiro Coelho passou por um
período de estagnação. Foram realizados somente
serviços de manutenção, abastecimento de água, coleta
de lixo e varredura das ruas. A partir dessa época, os
moradores do distrito começaram a demonstrar o seu
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 136 ]
anseio de uma libertação político-administrativa. Depois
de uma luta empreendida principalmente pelos cidadãos
Edison e Ademir Fávero, em 3 de outubro de 1991 a
cidade elege seus primeiros vereadores e o primeiro
prefeito municipal. A partir de 1 de janeiro de 1992 a
cidade passa a ter administração própria com a posse dos
primeiros vereadores e do prefeito Mariano Aparecido
Fraco de Oliveira. Hoje, a economia do município está
baseada na agricultura, destacando-se a produção de
laranja, de cana-de-açúcar, tomate, mandioca, hortaliças,
etc. A cidade também abriga indústrias de grande e médio
porte. Entre elas destacamos a Louis Dreyfus, que
industrializa suco de laranja concentrado para exportação,
a TRW e a Fortec, que produzem componentes e discos
de freios para a indústria automotiva. A composição do
setor de serviços é diversificada, com a maior participação
a cargo das atividades imobiliárias e serviços prestados
às empresas, assim como o comércio está em franco
desenvolvimento. Creches e escolas compõem o quadro
educacional, junto com o campus da UNASP (Centro
Universitário Adventista de São Paulo).
Mantendo as características de cidade pequena e
administrando ordenadamente seu crescimento,
Engenheiro Coelho tem se destacado entre as cidades da
região, sendo considerada um ótimo lugar para se viver.
Trata-se de um município consideravelmente rico e que
ostenta bons níveis nos indicadores sociais, segundo o
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 137 ]
IPRS – Índice Paulista de Responsabilidade Social
(Seade, 2004). Localiza-se a uma latitude 22º29’18” sul e
a uma longitude 47º12’54” oeste, estando a uma altitude
de 655 metros. [1]
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 138 ]
REFERÊNCIAS
1 – https://pmec.sp.gov.br/cidade/historia/
2 - https://unasp.br/bibliotecas/dr-enoch-de-
oliveira/historia/
3 - https://mab.unasp.edu.br/jardim-da-biblia.html
4 - https://www.worldofthebible.com/the-altar-of-
sacrifice/
5 - https://en.wikipedia.org/wiki/Gristmill
6 - https://en.wikipedia.org/wiki/Acacia
7 - https://en.wikipedia.org/wiki/Wells_in_the_Bible
8 - https://en.wikipedia.org/wiki/Assyrian_sculpture
9 - https://www.bibleplaces.com/grapevines-
vineyards/?srsltid=AfmBOopSk46HUtuKeZUTPbn5gov5u2
lCnruBB0E9Uy98Xi_-QbcjAgUr
10 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Olives_and_olive_trees_in_Isr
ael_and_Judaism
11 -
https://www.betterplaceforests.com/blog/willow-tree-
symbolism/
JARDIM DA BÍBLIA DO MAB
[ 139 ]
12 - https://gardentomb.com/about/
13 -
https://www.csu.edu.au/special/accc/biblegarden/plants-
of-the-garden
14 - https://www.oneforisrael.org/bible-based-
teaching-from-israel/figs-in-the-bible/
15 - https://pastorshadrach.com/biblical-meaning-
of-lavender/
LISTA DE LIVROS PUBLICADOS
TEOLOGIA
Como evitar o seu suicídio
Histórias absurdas da Bíblia
Simbologia Bíblica
Os heróis da Bíblia
Os vilões da Bíblia
Tanatologia Bíblica
30 conselhos do sábio Salomão
30 mensagens marcantes de Jesus
Nefilins
Estudo sobre o dilúvio bíblico
Estudo das dez pragas do Egito
Estudo do voto e Jefté
Casa de Caifás
Vinho na Ceia do Senhor
Pastora é antibíblico
95 teses de Lutero explicadas
Refutando o determinismo de
Lutero
Jesus era chato e antipático
Parapsicologia Bíblica
Dicionário de Parapsicologia
Estudo sobre premonição
Compêndio teológico sobre o véu
Guia de Estudo Bíblico
Dogmatologia
Javé, o Deus da Bíblia
A Triunidade de Deus
Dízimo não é para o cristianismo
Como fundar uma Igreja
Sexologia cristã
Tratado teológico sobre a barba
Mulher não fala na igreja
Espiritismo X Cristianismo
Ilusão espírita Kardecista
APOCRIFOLOGIA
Livro ap. dos Jubileus Comentado
Livro de Enoque com comentários
Livro dos Segredos de Enoque
analisado
Livros de Adão e Eva
Pseudo-epígrafos de Barnabé com
comentários
Pastor de Hermas com
comentários (25)
BIBLIOLOGIA
Canonicidade Bíblica
Comentário bíblico: Gênesis à
Deuteronômio
Comentário bíblico: Josué a II
Crônicas
Comentário bíblico Esdras a Jó
Comentário bíblico – Salmos
Comentário bíblico – Provérbios a
Cantares
LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS
[ 141 ]
Comentário bíblico – Profeta
Isaias
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JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [BOTÂNICA]

  • 2. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 2 ] FINALIDADE DESTA OBRA Este livro como os demais por mim publicados tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores, a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a caminhada para o conhecimento é gradual e não alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste livro você encontrará algumas respostas para alguns dos dilemas de nossa existência. AUTOR: O Peregrino Cristão é licenciado em Ciências Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de Santos; possui curso superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembléias de Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o Centro de Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros e ao ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou participar de eventos, evitando convívio social.
  • 3. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 3 ] CONTATO: Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo Grupo de estudo no whatsapp 55 13 996220766 com o Escriba de Cristo https://youtube.com/@escribadecristo Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP) M543 O Peregrino Cristão, Central de Ensinos Bíblicos 1969 – Jardim da Bíblia do MAB Engenheiro Coelho / SP Clubedeautores.com, Uiclap, Draft2, Amazon.com, 2025, 149 p. ; 21 cm ISBN: 9798287778064 / 9798287777654 Edição 1° 1. Jardim da Bíblia 2. Botânica 3. Ciência da Vida 4. Geografia 5. História Natural CDD 580 CDU 58
  • 4. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 4 ] VENDA DE LIVROS POR UM DOLAR OU CINCO REAIS No final está a minha coleção de livros que venho escrevendo desde 1990. Você pode selecionar vários deles e envio cada um pelo preço acima. Envio livros no formato PDF e você faz o pagamento via pix. Contribua com esta missão pessoal fazendo doação na conta abaixo: Contato: Valdemir whatsapp 13 996220766 Pix CPF 069.925.388-88 Valdemir Mota de Menezes, Banco do Brasil CPF 069 925 388 88 – Agência 6721-0 conta 12.646-2
  • 5. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 5 ] Sumário INTRODUÇÃO......................................................................7 CAMPUS DA UNASP.............................................................8 JARDIM DA BÍBLIA............................................................ 15 CIPESTRE ITALLIANO..................................................... 17 ROMÃ ................................................................................... 19 ALTAR DE SACRIFÍCIO ....................................................22 MOINHO DE TRIGO .........................................................27 OLIVEIRA ............................................................................ 31 SALGUEIRO.........................................................................39 TÚMULO DE JESUS...........................................................45 FLORES................................................................................50 FIGO .....................................................................................53 LAVANDA ............................................................................ 61 POÇO DE ÁGUA..................................................................72 TAMAREIRA........................................................................77 ESCULTURAS EM RELEVOS ...........................................87
  • 6. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 6 ] VIDEIRA............................................................................. 105 ACÁCIA............................................................................... 108 CIDADE DE ENGENHEIRO COELHO.........................115 Arqueólogo Rodrigo Silva, o idealizador do Jardim da Bíblia recebendo a ilustre visita da Aline de Israel. Dedicamos este livro ao seu esforço de promover a cultura bíblica entre os brasileiros.
  • 7. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 7 ] INTRODUÇÃO Estive no Jardim da Bíblia do Museu de Arqueologia Bíblica da UNASP na cidade de Engenheiro Coelho e neste livro conto minha experiência e o que vi e aprendi ali. Este jardim é um mini bioma bíblico na qual os idealizadores com esforço conseguiram cultivar naquele jardim várias espécies de plantas típicas da Bíblia. Eu já tenho publicado um livro sobre o tema intitulado BOTÂNICA BÍBLICA na qual faço um estudo das principais espécies botânicas citadas na Bíblia. Mas ali na cidade de Engenheiro Coelho, a Igreja Adventista reconstruiu um bioma com as principais plantas, árvores e equipamentos do mundo antigo da região de Israel como poço, túmulo e moinho de trigo. Estes equipamentos são réplicas, mas as plantas são naturais, inclusive o carro- chefe com certeza é uma oliveira de trezentos anos. Mesmo não sendo adventista, eu fiz este livro como um tributo aos adventistas e ao maior nome do adventismo hoje, RODRIGO SILVA, arqueólogo e pastor a quem todos os cristãos evangélicos o têm como uma referência em assuntos bíblicos, em especial na arqueologia e história. Este livro também deve servir como um guia de turismo, pois minha intenção é incentivar a visitação daquele sítio de conhecimento bíblico.
  • 8. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 8 ] CAMPUS DA UNASP Há 33 anos o Unasp mantém sua missão de educar seus alunos dentro dos valores bíblicos, para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade. Há três décadas a instituição propõe a seus alunos uma educação de qualidade e comunhão com Deus, mantendo seu lema de “Educar e Servir” cravado em cada parede elevada no campus. Os olhos com pouca fé jamais poderiam imaginar que o Unasp alcançaria tamanha relevância. As flores da primavera de 1983 aqueciam os corações apreensivos sob o efeito da Guerra Fria. As folhas verdes do laranjal da Fazenda Lagoa Bonita marcavam a compra realizada pelo Pastor Walter Boger. Assim foi o nascimento do novo Instituto Adventista de Ensino, (I.A.E), como era conhecido na época. O professor Edmir de Oliveira foi um dos primeiros diretores do Unasp e escolhido para organizar as atividades iniciais do campus. Oliveira lembra dos primeiros passos da instituição e diz que ao todo foram visitadas 70 fazendas para então encontrar a que se encaixava na filosofia adventista de educação. Ao longo do processo de construção do novo I.A.E, o professor conta que os principais desafios foram o uso consciente
  • 9. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 9 ] dos recursos financeiros e o preparo do processo escolar para o ano letivo de 1985, mas que ainda assim, as bênçãos foram maiores. “O crescimento da igreja, o primeiro batismo de conversos vizinhos e a segurança no trabalho, pois praticamente não houveram acidentes, foram as maiores bênçãos”, lembra. Eu e Gladis passeamos pela esplanada em volta do Museu de Arqueologia Bíblica e do Jardim da Bíblia que está inserido dentro do monumental Campus universitário da UNASP. Biblioteca Foi nesse contexto, em 1991, enquanto o Unasp ainda engatinhava, que a Biblioteca Dr Enoch de Oliveira
  • 10. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 10 ] nasceu. Na época conhecida apenas como Biblioteca Universitária. Um ano depois, com a aquisição de novos livros e a transferência do acervo de Pedagogia para o campus de Engenheiro Coelho, a biblioteca foi inaugurada de fato, sob a administração do professor Lafaiete Carvalho. Em 1996, com o apoio da comissão administrativa, foi escolhido o nome Biblioteca Dr Enoch de Oliveira, em homenagem ao pastor Enoch de Oliveira. Oito anos depois, os alunos contavam com um acervo de 3.681 títulos e 29.674 exemplares. Hoje, duas décadas depois de sua inauguração, a biblioteca oferece 68.459 títulos e 120.481 exemplares e aumentando. Nesta foto, eu [Valdemir] e minha esposa Gladis estamos em frente ao Museu de Arqueologia Bíblica e
  • 11. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 11 ] atrás deste museu fica o maravilhoso jardim da Bíblia. A visitação do museu é pago, mas a visita ao jardim é gratuita. Mas é uma insanidade visitar o jardim da Bíblia e não visitar o museu, afinal, o preço do ingresso é irrisório e o acervo é de encher os olhos. Enoch de Oliveira Pastor, professor, evangelista, escritor, economista, administrador, erudito, eclético. Nasceu no dia 2 de fevereiro de 1924, em Curitiba, PR. Era filho do colportor Saturnino de Oliveira e Jerônima Oliveira. Casou-se com Lygia de Oliveira e da união conjugal nasceram dois filhos: Lutero e Vera Lúcia. O dia que visitamos a UNASP era de calor. Na parte da manhã fiquei contemplando o jardim da Bíblia,
  • 12. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 12 ] depois eu e Gladis fomos almoçar em um restaurante na cidade de Engenheiro Coelho e retornamos a UNASP, onde nos deitamos no gramado a sombra de uma árvore e aguardamos o Museu reabrir no período da tarde, onde fiz a visita e colhi material fotográfico para elaborar o livro MUSEU DE ARQUEOLOGIA DA BÍBLIA. Concluiu os cursos de Contabilidade e Teologia no Colégio Adventista Brasileiro (CAB), atual Unasp-SP. Graduou-se posteriormente em Ciências Econômicas, Filosofia, Ciências e Letras, pela Universidade do Paraná. Posteriormente, cursou o Mestrado em Teologia Sistemática, na Universidade de Potomac, Maryland, EUA; Mestrado em História da Igreja e Divindade, em 1967, na Universidade Andrews, EUA. O livro A Mão de Deus ao Leme foi a tese de seu mestrado em História da IASD. Escreveu outros dois livros: Ano2000 – Angústia ou Esperança e a meditação matinal de 1990, Bom dia, Senhor. Obteve também o título de Doutor Honoris Causa, em 1975, pela Universidade Andrews.
  • 13. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 13 ] Capa do livro que publiquei sobre o Museu que está ao lado do Jardim da Bíblia. Após a conclusão do curso Teológico em 1945, iniciou suas atividades como contador na Associação Paranaense, em 1946. Sua trajetória culminou na vice- presidência da Associação Geral, após ter sido diretor de Educação e de Jovens Adventistas da Associação Paulista; diretor do Ginásio Adventista Paranaense (GAP), atual Instituto Adventista Paranaense (IAP); pastor da Igreja Central de Curitiba, Igreja Central do Rio de Janeiro; secretário Ministerial e Evangelista da União Este-Brasileira e presidente da Divisão Sul-Americana (DSA). No dia 28 de novembro de 1983, lançou a Pedra Fundamental da Casa Publicadora Brasileira (CPB), de
  • 14. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 14 ] cuja Mesa Administrativa foi presidente. Em 4 de janeiro de 1985, participou da inauguração das novas instalações desta editora em Tatuí, SP. [2] Seu último batismo foi realizado no dia 28 de dezembro de 1991, e pregou o último sermão em 29 de fevereiro de 1992. Prestou 45 anos de serviço à causa de Deus. Faleceu no dia 10 de abril de 1992, aos 68 anos de idade, em Curitiba, PR, onde residia desde que foi jubilado, em setembro de 1990. A cerimônia fúnebre foi realizada na Igreja Central de Curitiba, onde vieram representantes de várias partes do Brasil, contando também a presença do pastor Leo Ranzolin, da Associação Geral.
  • 15. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 15 ] Saímos de Rio Grande da Serra no ABC para visitar o Jardim da Bíblia e o Museu de Arqueologia. Foi um dia marcante em nossas vidas. Eu parabenizo os adventistas por estas obras que proporcionam edificação espiritual. Como se vê na foto, apesar de ser outono. O sol estava forte. JARDIM DA BÍBLIA
  • 16. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 16 ] Um dos pontos mais surpreendentes da visitação ao MAB é o Jardim da Bíblia. No pátio externo foi construído um jardim com 17 espécies de árvores mencionadas na Bíblia – cedro, oliveira, tamareira, videira, romeira etc. - distribuídas de forma paisagística e ornamental. Entre as árvores, plantas bíblicas como o joio, o trigo, o papiro, entre outras, foram espalhadas. Há ainda réplicas em tamanho natural de importantes ambientes mencionados no texto sagrado, como uma tumba escavada na pedra, um moinho de trigo, uma prensa de azeitonas e um altar de sacrifício. Nesse
  • 17. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 17 ] ambiente, enquanto as plantas crescem, os visitantes poderão extrair profundas lições e compreender mais claramente parábolas e acontecimentos narrados na Bíblia. O Jardim da Bíblia é um espaço dedicado ao conhecimento, lazer, relacionamentos e comunhão com Deus. [3] CIPESTRE ITALLIANO
  • 18. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 18 ]
  • 19. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 19 ] ROMÃ Este dias o preço da romã estava pela hora da morte. Chegando a 35 reais o quilo. Graças a Deus as pessoas que visitam o Jardim da Bíblia são pessoas consciente e de boa índole, ninguém praticando
  • 20. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 20 ] vandalismo e as lindas romãs mesmo sem grades, estavam com seus frutos ao alcance das mãos de qualquer um. Mas todos respeitando a propriedade alheia. Em 2023 estive em Israel e outros países do Oriente Médio e de fato eles gostam muito de romã, inclusive em Israel experimentei suco de romã industrializado em caixinhas de um litro que vende nos mercados.
  • 21. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 21 ] Minha esposa Gladis é fissurada por romã e ela ficou encantada com o tamanho e a qualidade das romãs. Como eles conseguem cultivar com tanto capricho??? Ao lado de cada planta do jardim tem uma placa indicando o nome da espécie.
  • 22. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 22 ] ALTAR DE SACRIFÍCIO Nas instruções dadas a Moisés por Deus na construção do Tabernáculo, estava a ordem de preparar um local para o sacrifício: “Farás para mim um altar de terra [materiais naturais, incluindo pedra], e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois; em todo lugar onde eu fizer lembrar o meu nome, virei a ti e te abençoarei” (Êxodo 20:24). Compreendemos o conceito de bênçãos, mas o de sacrifício, especialmente em um altar, é bastante desconhecido. O “altar” (hebraico
  • 23. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 23 ] mizbēaḥ) remonta ao Jardim do Éden, onde presumivelmente Adão construiu o primeiro altar da história, baseado no exemplo do sacrifício divino de um animal para vestir o homem e a mulher (Gênesis 3:21). A prática de construir um altar de sacrifício foi obviamente ensinada a seus filhos Caim e Abel (Gênesis 4:3-4) e vemos isso como um ato regular de obediência seguido por Noé (Gênesis 8:20), os Patriarcas (Gênesis 12:7; 26:25; 35:7), Moisés (Êxodo 17:15), Josué (Josué 8:30) e os israelitas (Deuteronômio 12:1, 5-6). Durante todo esse período, era o rei o responsável pela construção e manutenção de altares legítimos para o Deus de Israel e pela destruição de falsos altares dedicados a outros deuses. Essa prática continuou até ser interrompida pela destruição do Primeiro Templo e então retomada até que o Segundo Templo foi destruído em 70 d.C. e o sistema de sacrifícios foi forçado a terminar. O altar de sacrifício ficava do lado de fora, no átrio do Tabernáculo (Êxodo 27:1-8; 38:1-7) e era chamado de "altar do holocausto" (hā mizbēaḥ hāʿôllāh). Era ali que esses sacrifícios regulares para expiação eram oferecidos. Em contraste, o altar relacionado ao uso de incenso ficava do lado de dentro (Êxodo 30:1-10; 37:25). O altar de sacrifício era construído de madeira de acácia e revestido de bronze, sendo, portanto, também chamado de Altar de Bronze. O altar era oco, mas provavelmente preenchido com terra para dissipar o calor gerado na
  • 24. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 24 ] queima dos sacrifícios. Existem vários exemplos arqueológicos de altares construídos com enchimento de cinzas ou terra/entulho. No entanto, o "piso" do altar, onde a madeira era colocada, era uma grade de bronze (Êxodo 27:4). O uso pode ter tido uma função semelhante às churrasqueiras modernas, permitindo a entrada de ar para facilitar o cozimento. Este altar que fica a céu aberto no Jardim da Bíblia do MAB é uma réplica de tamanho natural. Um momento de reflexão sobre o culto a Deus no Antigo Testamento...
  • 25. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 25 ] Uma característica única do design desses altares eram os "chifres" (qĕrānôt); projeções de pedra nos cantos que aparentemente ajudavam a prender um sacrifício vivo ao altar (Salmo 118:27b; cf. Romanos 12:1). Os sacerdotes tinham que subir ao altar, pois a madeira era colocada em cima do altar e o sacrifício era então colocado sobre a madeira para ser queimado. No entanto, Deus ordenou que o altar não pudesse ser subido por degraus, pois essa era a prática das culturas pagãs e estava associada à exposição dos sacerdotes como parte de rituais de fertilidade (Êxodo 20:26). Encaixa-se nessa descrição um grande altar circular de pedra cananeu que foi desenterrado em Megido. Para evitar qualquer coisa que pudesse inferir crenças pagãs, os altares israelitas, começando com o instalado no Tabernáculo, eram construídos com rampas. Além disso, como o altar do Tabernáculo precisava ser portátil, ele também era equipado com argolas pelas quais varais podiam ser inseridos para transporte. As evidências arqueológicas de altares em Israel são bastante extensas. Um dos mais impressionantes da época do Tabernáculo está localizado no Monte Ebal. Foi identificado como o altar descrito em Josué 8:30-35. Suas
  • 26. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 26 ] dimensões são de 8,2 metros x 6,4 metros e ele foi preservado a uma altura de 3 metros, com uma rampa de 1 metro de largura. Era cercado por um pátio interno que continha cinzas, ossos de animais e vasos de barro cheios de cinzas e ossos. O altar de sacrifício nos lembra que nosso pecado requer um substituto para o perdão e que no plano de Deus, Jesus, o Messias, veio para cumprir esse grande propósito. [4] Foto que tirei no Jardim da Bíblia mostrando uma cisão panorâmica do altar no meio do jardim. Visitar um lugar como este é uma imersão na Bíblia e suas tradições antigas, no caso deste jardim, os idealizadores trouxeram exemplares de plantas que não costumamos encontrar nos biomas brasileiros.
  • 27. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 27 ] MOINHO DE TRIGO Um moinho de grãos (também conhecido como moinho de milho , moinho de farinha , moinho de ração ou moinho de ração) tritura grãos de cereais em farinha e farelo. O termo pode se referir tanto ao mecanismo de moagem quanto à estrutura que o contém. Grão é o grão que foi separado da palha em preparação para a moagem. História História antiga Senenu moendo grãos, c. 1352–1336 a.C. O escriba real Senenu aparece aqui curvado sobre uma grande pedra de moer. Esta escultura incomum parece
  • 28. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 28 ] ser uma versão elaborada de um shabti, uma estatueta funerária colocada no túmulo para substituir o falecido. Museu do Brooklyn. O geógrafo grego Estrabão relatou em sua Geografia que um moinho de grãos movido a água existia perto do palácio do rei Mitrídates VI Eupator em Cabira, Ásia Menor , antes de 71 a.C. Rodas verticais estavam em uso no Império Romano no final do primeiro século a.C., e foram descritas por Vitrúvio. O moinho rotativo é considerado "uma das maiores descobertas da raça humana". Era um trabalho muito exigente fisicamente para os trabalhadores, onde os escravos eram considerados pouco diferentes dos animais, cujas misérias eram retratadas na iconografia e em O Asno de Ouro de Apuleio. O auge da tecnologia romana é provavelmente o aqueduto e moinho de Barbegal, onde a água com uma queda de 19 metros movia dezesseis rodas d'água, dando uma capacidade de moagem estimada em 28 toneladas por dia. Os moinhos de água parecem ter permanecido em uso durante o período pós-romano. Os moinhos operados manualmente, utilizando uma manivela e uma biela, foram usados na dinastia Han Ocidental. Houve uma expansão da moagem de grãos no Império Bizantino e na Pérsia Sassânida a partir do século
  • 29. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 29 ] III d.C., e então a expansão generalizada de instalações de moagem de fábricas em grande escala em todo o mundo islâmico a partir do século VIII. Moinhos de grãos com engrenagens foram construídos no Oriente Próximo medieval e no Norte da África, que eram usados para moer grãos e outras sementes para produzir refeições. Os moinhos de grãos no mundo islâmico eram movidos a água e ao vento. Os primeiros moinhos de grãos movidos a vento foram construídos nos séculos IX e X no que hoje são o Afeganistão, Paquistão e Irã. A cidade egípcia de Bilbao tinha uma fábrica de processamento de grãos que produzia cerca de 300 toneladas de farinha e grãos por dia. [5]
  • 30. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 30 ] O tradicional moinho de trigo citado inúmeras vezes na Bíblia. No Jardim da Bíblia do MAB tem esta réplica de moinho em tamanho natural. Visitando este complexo na cidade de Engenheiro Coelho, no campus da UNASP você se sente interagindo com elementos descritos na Bíblia. Passagens bíblicas sobre moinho: Sejam como a moinha perante o vento; o anjo do Senhor os faça fugir. Salmos 35:5 Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Mateus 24:41 Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha. Salmos 1:4 Então os filisteus pegaram nele, e arrancaram-lhe os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no
  • 31. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 31 ] com duas cadeias de bronze, e girava ele um moinho no cárcere. Juízes 16:21 Espalhava-se o povo e o colhia, e em moinhos o moía, ou num gral o pisava, e em panelas o cozia, e dele fazia bolos; e o seu sabor era como o sabor de azeite fresco. Números 11:8 OLIVEIRA Azeitonas e oliveiras em Israel e no Judaísmo A oliveira e seu azeite eram um componente importante na sociedade israelita antiga e têm sido importantes para o povo judeu há milênios. As azeitonas são frequentemente mencionadas em textos religiosos judaicos e geralmente são vistas como um símbolo de paz, sabedoria, e vitalidade. Teve um papel fundamental na vida agrícola, na indústria e nas práticas religiosas do antigo Israel e Judá. História Pré-história A oliveira é endêmica de Israel e da grande Bacia do Mediterrâneo. O cultivo de oliveiras tem sido
  • 32. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 32 ] importante para a vida agrícola na Terra de Israel desde o período Neolítico. O lagar de azeite mais antigo do mundo, datado do período Calcolítico, foi descoberto em uma escavação subaquática perto de Haifa. Cerâmica contendo caroços de azeitona, restos de azeitonas e lagares de azeite descobertos em sítios arqueológicos fornecem evidências da produção inicial de azeite. Tempos antigos Na era do Reino de Israel e Judá, foram estabelecidas aldeias industriais dedicadas à produção de óleo, provavelmente sob patrocínio real. Essas aldeias abrigavam dezenas de prensas, exemplificadas por descobertas em locais como Khirbet Khadash. Durante o século VIII a.C., a indústria do azeite de oliva experimentou um boom na produção em massa nos dois reinos israelitas. Mesmo após a conquista assíria do Reino do Norte, a produção de azeite de oliva continuou no Reino de Judá. Em seguida, foi enviado para outros estados vassalos do Império Assírio. As azeitonas em geral eram usadas como fonte de alimento, luz, higiene e cura. As populações israelitas e, mais tarde, da Judeia plantaram as árvores principalmente na Galileia, Judeia e Samaria. Sob domínio estrangeiro
  • 33. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 33 ] As azeitonas continuaram a ser um produto essencial para os judeus em Israel, apesar da mudança de controlo da terra sob vários poderes. História moderna inicial Após a Primeira Aliá, os olim judeus começaram a plantar uma série de plantas, incluindo oliveiras. O azeite de oliva era vendido em mercados e exportado. O azeite de oliva era o óleo mais comum usado pela comunidade judaica. Com a fundação de uma moderna fábrica de óleo industrial que produzia óleos destilados de vários grãos, como soja, girassol e milho, o azeite de oliva sofreu um declínio. Reavivamento
  • 34. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 34 ] Ao longo do século XX, a população judaica estabeleceu numerosas plantações de oliveiras. Os movimentos dos kibutz desempenharam um papel significativo no fomento do cultivo de azeitonas. Na virada do terceiro milênio, Israel viu um aumento no consumo de azeite de oliva. O Ministério da Agricultura de Israel promove e apoia a produção de azeitonas para prensagem de azeite e uso local. Hoje, Israel é um dos poucos países conhecidos por produzir azeite de oliva da mais alta qualidade. Antigos locais de produção de azeitonas judaicas Arad Bersheva Beit Aryeh Betel Gamla Gezer Golã Jericó Jerusalém Kfar Samir
  • 35. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 35 ] Khirbet Kadash Kla Laquis Mispá Modi'in Monte Efraim Qusbiyye Siquém Sefelá Shiqmona Shomron Tel Batash Diga a Beit Mirsim Tel Beit Shemesh Diga a Hadar Tirza No judaísmo, na tradição e cultura judaica
  • 36. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 36 ] As sete espécies A oliveira é uma das árvores mais importantes do judaísmo e da cultura judaica. Elas simbolizam a conexão judaica com sua pátria histórica. As azeitonas fazem parte das Sete Espécies. Elas faziam parte da dieta dos antigos israelitas e ainda são usadas nas culinárias israelense e judaica modernas. Minha querida esposa Gladis sentada ao lado de uma centenária oliveira. Imagino o esforço para os idealizadores do Jardim da Bíblia da UNASP para trazer um exemplar vivo deste para o Brasil e replanta-lo aqui no JARDIM DA BÍBLIA.
  • 37. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 37 ] Nos tempos do Templo Sagrado Judaico, as oliveiras, o azeite e as azeitonas desempenhavam papéis significativos em vários aspetos dos rituais e práticas religiosas. O azeite era crucial para acender a Menorá dentro do Templo. A Menorá era um elemento central no santuário do Templo. O azeite puro era usado para manter a Menorá acesa continuamente. Em Tu BiShvat, o feriado judaico conhecido como o Ano Novo das Árvores, as oliveiras têm um significado especial, juntamente com outras árvores frutíferas. As oliveiras estão entre as sete espécies (shiv'at haminim) que são tradicionalmente associadas à fertilidade e abundância da Terra de Israel. O Hanukkah comemora a rededicação do Segundo Templo em Jerusalém após sua profanação pelo Império Selêucida. De acordo com a tradição judaica, durante a Revolta dos Macabeus, apenas uma pequena quantidade de azeite puro suficiente para um dia de acendimento da Menorá durou milagrosamente oito dias até que novo azeite pudesse ser preparado. Este milagre é celebrado como um símbolo de intervenção divina e perseverança. Após o Grande Dilúvio, Noé enviou pássaros da arca para verificar se as águas haviam recuado. Primeiro, ele enviou um corvo, mas ele não encontrou lugar para descansar e retornou. Então, ele enviou uma pomba, mas
  • 38. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 38 ] ela também voltou. No 301º dia do dilúvio, Noé enviou a pomba novamente. Desta vez, a pomba ficou fora o dia todo e retornou à noite com uma folha de oliveira na boca. Noé então soube que as águas haviam diminuído da terra. Óleo de Unção: O azeite de oliva era usado para ungir reis, sacerdotes e profetas no antigo Israel. O óleo de unção, conhecido como "shemen hamishchah", simbolizava a santidade e era um elemento essencial em vários rituais. No Israel moderno A oliveira é a árvore nacional do estado de Israel. Seus ramos estão representados no Emblema do Estado de Israel e na insígnia das Forças de Defesa de Israel (incluindo o Rabinato Militar). Em Israel, as azeitonas são uma fruta economicamente importante. Dentro das plantações de oliveiras de Israel, algumas oliveiras existem há séculos. As árvores podem ser encontradas em várias regiões, desde as áreas elevadas das montanhas até as planícies costeiras. A paisagem contém 336 milhões de metros quadrados de plantações de oliveiras. Esses extensos bosques abrigam uma variedade de tipos de azeitonas. Entre elas estão: Zuri, Barnea, Manzanillo, Picual, Muhasan, Nabali, Souri, Kalamata, Picholine, Maalot e Coratina. [10]
  • 39. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 39 ] O jardim da Bíblia anexado ao Museu de Arqueologia possui um exemplar de oliveira de 3 séculos. Lá eles instalar esta placa em homenagem a esta árvore tricentenária. SALGUEIRO Simbolismo e significado do salgueiro.
  • 40. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 40 ] O portal Better Place Forests traz uma descrição do valor espiritual que existe por trás da árvore chamada SALGUEIRO que muitas vezes é citada na Bíblia: Florestas em Melhores Lugares 16 de junho de 2022 Representando flexibilidade, adaptabilidade e resistência, o salgueiro é um símbolo importante em muitos ensinamentos religiosos e espirituais. Um salgueiro crescendo às margens de um rio. Este é o simbolismo do salgueiro.
  • 41. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 41 ] As árvores fazem parte de nossas histórias e vidas há muito tempo, com profundo significado simbólico em diversas culturas e continentes. Cada tipo de árvore carrega seu próprio significado único, moldado pela região em que cresce e pelas histórias que a cercam. Muitas árvores estão imbuídas de simbolismo espiritual ou religioso. O salgueiro é um excelente exemplo, rico em significado, história e importância cultural. Características do SALGUEIRO. O salgueiro é conhecido por seu grande porte e galhos esvoaçantes, pode atingir cerca de 12 metros de altura e viver até 50 anos. O tronco pode parecer retorcido e possui casca rachada marrom-prateada. As folhas são longas, estreitas, pontiagudas na ponta e de cor verde- claro. Elas são dispostas em espirais em longos caules verde-amarelados que pendem da copa da árvore. As flores crescem como cachos amarelos (amentilhos) com 2,5 a 7,5 cm de comprimento nos pecíolos das folhas no início da primavera. Origens do SALGUEIRO.
  • 42. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 42 ] Originário da China, é provável que o salgueiro tenha viajado pela Rota da Seda até chegar à Europa e à América do Norte. Por que o salgueiro é chamado de salgueiro- chorão? O salgueiro-chorão recebe esse nome devido à aparência das gotas de chuva escorrendo por suas longas folhas, dando a impressão de que a árvore está chorando. Isso fez do salgueiro-chorão um símbolo de tristeza e luto em muitas culturas. O significado espiritual do salgueiro na Bíblia O salgueiro tem uma longa história de simbolismo enraizada na espiritualidade e é mencionado diversas vezes na Bíblia. É frequentemente visto como uma representação simbólica de tristeza e luto, mas também é simbolizado por otimismo, renascimento e vitalidade. O significado espiritual do salgueiro na Bíblia: esperança e perda
  • 43. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 43 ] O Salmo 137 afirma: “Ali, nos salgueiros, penduramos as nossas harpas.” O verso é escrito da perspectiva de judeus que estavam presos na Babilônia e se lembram com carinho de sua terra natal. Aqui, o símbolo do salgueiro representa tanto a perda quanto a esperança. O significado espiritual do salgueiro na Bíblia: renascimento e vitalidade Ezequiel 17:5 afirma: “O profeta planta uma semente e a “planta como um salgueiro”. Isso faz referência ao simbolismo de longa data do salgueiro, que representa renascimento e vitalidade. O significado espiritual do salgueiro na Bíblia: comemorativo Levítico 23:40 afirma: “No primeiro dia tomareis fruto de árvores formosas, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiros, e vos alegrareis perante JAVÉ, vosso Deus por sete dias.”
  • 44. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 44 ] Aqui, o salgueiro é retratado como algo festivo, e os fiéis são instruídos a trazer o salgueiro como uma oferenda festiva. [11] Placa aos pés do salgueiro, no Jardim da Bíblia para que os visitantes possam identificar que tipo de árvore está diante dele. CITAÇÕES BÍBLICAS SOBRE SALGUEIRO: E brotarão como a erva, como salgueiros junto aos ribeiros das águas. Isaías 44:4 As árvores sombrias o cobrem, com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam. Jó 40:22
  • 45. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 45 ] Por isso a abundância que ajuntaram, e o que guardaram, ao ribeiro dos salgueiros o levarão. Isaías 15:7 Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. Salmos 137:2 Tomou da semente da terra, e a lançou num solo frutífero; tomando-a, colocou-a junto às muitas águas, plantando-a como salgueiro. Ezequiel 17:5 E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus por sete dias. Levítico 23:40 TÚMULO DE JESUS O próprio Portal do Jardim do Túmulo em Jerusalém descreve este sepulcro que tem sido identificado por muitos como o verdadeiro túmulo de Jesus: O Jardim do Túmulo é um local de culto e testemunho cristão localizado no coração da histórica Jerusalém, próximo aos muros da Cidade Velha. Dentro deste jardim tranquilo e contemplativo, encontram-se
  • 46. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 46 ] diversas antiguidades de interesse, incluindo um antigo túmulo judeu que muitos acreditam ser o local do sepultamento e ressurreição de Jesus de Nazaré. Minha esposa Gladis fazendo pose para foto em frente a replicado do túmulo de Jesus que existe no Jardim da Bíblia da cidade de Engenheiro Coelho/SP. Para preservar e manter este local especial, os terrenos do jardim foram adquiridos em 1894 pela Associação do Túmulo do Jardim (Jerusalém), uma instituição de caridade sediada no Reino Unido. A associação é composta por pessoas de diversas denominações e nacionalidades, unidas pela gloriosa mensagem da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo. O local é mantido por voluntários vindos de todo o mundo e que se juntam a uma equipe de palestinos e israelenses locais.
  • 47. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 47 ] A história do túmulo do jardim Segundo as escrituras, Jesus foi crucificado em um local chamado "a Caveira" (Gólgota em aramaico). Em meados do século XIX, vários estudiosos cristãos sugeriram que a escarpa rochosa, visível do jardim, marcava o local da crucificação do Messias. Os idealizadores do Jardim da Bíblia tiveram a ideia de reproduzir uma replicado do túmulo do Jardim de Jerusalém. Muitos cristãos que não terão oportunidade de visitar o verdadeiro túmulo do Jardim poderão ao visitar o interior do Estado de São Paulo, não muito longe da capital e de Campinas visitar este jardim bíblico. Aqui se criou uma atmosfera propícia aos cristãos para meditarem nas Escrituras Sagradas. Eles notaram sua proximidade com o portão principal da cidade, sua associação com execuções de acordo com a tradição local e sua semelhança física com uma caveira.
  • 48. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 48 ] Nos evangelhos, lemos que “no lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, onde ninguém ainda havia sido sepultado” (João 19:41). Evidências arqueológicas, incluindo um antigo lagar, sugerem que este local era uma horta agrícola naquela época, e dentro do jardim foi encontrado um antigo túmulo judaico, talvez o túmulo vazio de Jesus. A réplica do Túmulo do Jardim do Museu de Arqueologia Bíblica não é idêntica ao túmulo de Jerusalém. Mas nos envolve na atmosfera bíblica. Eu até tirei uma foto mais ousada, deitado no interior da tumba. Por mais de 120 anos, o Jardim do Túmulo compartilhou a história da crucificação e ressurreição do Messias com inúmeros visitantes do mundo todo. Alguns acreditam que este jardim seja o cenário desses eventos evangélicos.
  • 49. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 49 ] No entanto, a questão de saber se este é o mesmo túmulo onde o Messias foi sepultado é, em última análise, irrelevante. O importante é que os visitantes deste jardim tenham um encontro com o Messias vivo hoje. Esta é a nossa oração e ministério. [12] Nesta foto tirada de dentro da réplica do túmulo para fora, dá para ver as árvores do Jardim da Bíblia.
  • 50. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 50 ] FLORES A foto acima tirei no Jardim da Bíblia do MAB. Fiquei pensando não só o custo de fazer este jardim, mas também o de mantê-lo. Cuidar de plantas que não são do nosso bioma, exige expertise para que elas não venham a morrer facilmente. Mais um motivo para eu parabenizar o trabalho dos adventistas em recriarem esta paisagem que lembra os textos bíblicos. Ranúnculo - espécies de ranúnculo Mateus 6:28-30, Lucas 12:27
  • 51. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 51 ] Ranúnculos são flores selvagens do campo na Palestina e quase certamente foram chamadas por Jesus de lírios do campo em Seu Sermão da Montanha, pois ainda crescem selvagens perto do Lago da Galileia e em geral por toda a terra. Esteva - esteva salviifolius Gênesis 37:25, 43:11
  • 52. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 52 ] Uma espécie de esteva era a fonte da goma láudano, um dos ingredientes da mirra para incenso. Ela cresce nas encostas rochosas da Terra Santa, e diz-se que o láudano foi encontrado pela primeira vez preso às barbas de cabras que pastavam a planta no calor do dia, época em que a goma brota em certas estações do ano. Narciso ou Jonquil - narciso tazetta Mateus 6:30 Acredita-se que Narcissus tazetta seja a planta mencionada em "o deserto se alegrará e florescerá como a rosa". As folhas brotam e as flores aparecem no início da primavera. É uma flor silvestre israelense, semelhante ao junquilho, com pétalas creme e um cálice central de limão, docemente perfumado. [13]
  • 53. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 53 ] FIGO O site UM POR ISRAEL que é dirigido por israelenses em prol da evangelização em Israel nos traz o seguinte artigo sobre o simbolismo do figo na Bíblia: Deus dá boas dádivas. Quando Ele deu Israel ao povo judeu, não era um pedaço de terra qualquer… Deus diz em Deuteronômio 8: “O Senhor teu Deus te está levando a uma boa terra… terra de trigo e cevada, de videiras e figueiras, de romãs, de azeite e de mel”. Há sete espécies de alimentos mencionadas aqui, que seriam abundantes na terra prometida ao Seu povo, e é o período que antecede os feriados judaicos quando muitos deles estão maduros e prontos para serem consumidos. Há tanta riqueza no que Deus criou e colocou nesta terra para o Seu povo — não apenas em seu bom gosto e nutrição, mas também em seu significado. E a figueira na Bíblia é um fruto que brota repetidamente, porque Deus não faz nada sem propósito. A benção dos figos
  • 54. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 54 ] O homem que verifica as sacolas em busca de bombas no nosso sistema de transporte estava comendo figos suculentos e me deu um com um sorriso. Há algo de rico e decadente nos figos. As cores profundas e incríveis, o formato distinto e o aroma glorioso e suave. Não é de se admirar que essa característica da criação de Deus apareça repetidamente na Bíblia de maneiras maravilhosamente simbólicas. Primeiro, vemos os figos no jardim do Éden — encobrindo a vergonha de Adão e Eva. Na verdade, é a única árvore especificada que sabemos com certeza que estava no jardim. Ao longo das Escrituras, a planta se torna um símbolo de prosperidade, bem-estar e segurança. Junto com a videira, sentar-se sob a sombra abundante da sua própria figueira é o epítome de segurança, paz e bem-estar em muitas passagens bíblicas. Essas plantas não crescem da noite para o dia, e leva tempo para cultivá-las e nutri-las — sua maturidade indica que o jardineiro esteve lá contínua e firmemente, cuidando de seu crescimento ao longo dos anos. Para Israel, exílio e peregrinação eram sinônimo de punição, então sentar-se debaixo de sua própria videira e figueira é um sinal de bênção e segurança. A figueira na Bíblia: uma metáfora para Israel
  • 55. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 55 ] A figueira na Bíblia também é um símbolo do próprio Israel — muitas vezes simbolizava a saúde da nação, tanto espiritual quanto física. Oséias 9:10 diz: “Quando encontrei Israel, foi como encontrar uvas no deserto; quando vi os seus antepassados, foi como ver os primeiros frutos na figueira.” Mais tarde, a Bíblia nos fala do tempo glorioso em que, “Judá e Israel viviam em segurança, cada um debaixo da sua videira e da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão.” (1 Reis 4:25) Mais tarde ainda, seguindo os profetas menores, podemos ver advertências à nação sobre como Deus traria destruição e perda de colheitas como parte de Seu julgamento contra eles, especificando figueiras vazias, desfolhadas e sem frutos. (Joel, Habacuque e Ageu) É quase como se a figueira fosse uma espécie de barômetro da saúde da nação – retirada como punição e florescendo em tempos de restauração. No Novo Testamento, também podemos ver Yeshua usando a figueira simbólica – primeiramente no chamado de Natanael, que estava "sentado debaixo de uma figueira" como um "verdadeiro israelita" em João 1:48-50. Mais tarde, ele amaldiçoa a figueira infrutífera, representando a infertilidade (Marcos 11:12-21), e então
  • 56. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 56 ] usa a figueira como uma metáfora de como devemos reconhecer os sinais dos tempos (Mateus 24:32). Este sistema de alerta do fim dos tempos com a analogia da figueira é retomado em Apocalipse 6:13. Assim, de Gênesis a Apocalipse, a figueira tem forte presença no simbolismo das Escrituras. Há muitas outras referências interessantes não mencionadas aqui, que também valem a pena explorar em Juízes, Cântico dos Cânticos e parábolas de Yeshua. Figos florescendo em Israel hoje Hoje, Israel está repleto de figueiras — enormes, bem desenvolvidas, frondosas e maduras. Elas produzem duas colheitas de frutos por ano, a primeira colheita por volta da Páscoa, na primavera, antes mesmo de as folhas se abrirem, e os frutos maiores, melhores e mais suculentos florescem em setembro, perto das festas judaicas de Rosh Hashaná, Yom Kipur e Sucot (Festa das Trombetas, Dia da Expiação e Festa dos Tabernáculos, respectivamente). É possível considerar que o florescimento das figueiras hoje em Israel é um sinal messiânico em si mesmo — o povo está de volta à terra, as figueiras são abundantes, e a nação agora aguarda a restauração. Sabemos que a restauração será um reavivamento espiritual, e todo o seu povo saudará seu Messias Yeshua, dizendo: "Bendito o que vem em nome do Senhor", ou "Bem-vindo Yeshua, nosso Messias!". Vem, Senhor Jesus, e encontra-nos prontos! [14]
  • 57. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 57 ] Foto de uma figueira plantada no Jardim da Bíblia CITAÇÕES BÍBLICAS SOBRE O FIGO Um cesto tinha figos muito bons, como os figos temporãos; mas o outro cesto tinha figos muito ruins, que não se podiam comer, de ruins que eram. Jeremias 24:2 Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Mateus 7:16
  • 58. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 58 ] E disse-me o Senhor: Que vês tu, Jeremias? E eu disse: Figos: os figos bons, muito bons e os ruins, muito ruins, que não se podem comer, de ruins que são. Jeremias 24:3 E dissera Isaías: Tomem uma pasta de figos, e a ponham como emplastro sobre a chaga; e sarará. Isaías 38:21 Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos. E a tomaram, e a puseram sobre a chaga; e ele sarou. 2 Reis 20:7 Todas as tuas fortalezas serão como figueiras com figos temporãos; se os sacodem, caem na boca do que os há de comer. Naum 3:12 E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. Apocalipse 6:13 Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. Luc as 6:44 A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem. Cânticos 2:13
  • 59. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 59 ] Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce. Tiago 3:12 Certamente os apanharei, diz o Senhor; já não há uvas na vide, nem figos na figueira, e até a folha caiu; e o que lhes dei passará deles. Jeremias 8:13 E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira. Isaías 34:4 E por que nos fizestes subir do Egito, para nos trazer a este lugar mau? lugar onde não há semente, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem tem água para beber. Números 20:5 Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Como a estes bons figos, assim também conhecerei aos de Judá, levados em cativeiro; os quais enviei deste lugar para a terra dos caldeus, para o seu bem. Jeremias 24:5 Ai de mim! Porque estou feito como as colheitas de frutas do verão, como os rabiscos da vindima; não há cacho de uvas para comer, nem figos temporãos que a minha alma deseja. Miquéias 7:1 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que enviarei entre eles a espada, a fome e a peste, e lhes
  • 60. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 60 ] farei como a figos podres que não se podem comer, de ruins que são. Jeremias 29:17 Depois foram até ao vale de Escol, e dali cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas, o qual trouxeram dois homens, sobre uma vara; como também das romãs e dos figos. Números 13:23 E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. Marcos 11:13 Então Abigail se apressou, e tomou duzentos pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e cinco medidas de trigo tostado, e cem cachos de passas, e duzentas pastas de figos passados, e os pôs sobre jumentos. 1 Samuel 25:18 Deram-lhe também um pedaço de massa de figos secos e dois cachos de passas, e comeu, e voltou-lhe o seu espírito, porque havia três dias e três noites que não tinha comido pão nem bebido água. 1 Samuel 30:12 E como os figos ruins, que se não podem comer, de ruins que são (porque assim diz o Senhor), assim entregarei Zedequias, rei de Judá, e os seus príncipes, e o restante de Jerusalém, que ficou nesta terra, e os que habitam na terra do Egito. Jeremias 24:8
  • 61. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 61 ] Fez-me o Senhor ver, e eis dois cestos de figos, postos diante do templo do Senhor, depois que Nabucodonosor, rei de Babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoiaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os carpinteiros, e os ferreiros de Jerusalém, e os trouxe a Babilônia. Jeremias 24:1 Naqueles dias vi em Judá os que pisavam lagares ao sábado e traziam feixes que carregavam sobre os jumentos; como também vinho, uvas e figos, e toda a espécie de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles no dia em que vendiam mantimentos. Neemias 13:15 E também seus vizinhos de mais perto, até Issacar, e Zebulom, e Naftali, trouxeram, sobre jumentos, e sobre camelos, e sobre mulos, e sobre bois, pão, provisões de farinha, pastas de figos e cachos de passas, e vinho, e azeite, e bois, gado miúdo em abundância; porque havia alegria em Israel. 1 Crônicas 12:40 LAVANDA
  • 62. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 62 ] Foto que tirei no Jardim da Bíblia. Estes arbustos com cerca de meio metros, são touceiras de lavanda ou alfazema. São plantas extremamente cheirosas e perfumadas e delas se extrai substancia para produção de perfumes. Já plantei no meu sitio. São maravilhosas. Significado bíblico de lavanda Texto do Pastor Sadraque que ele publicou no seu site em 7 de janeiro de 2025. A lavanda é uma planta bela e perfumada que conquista o coração das pessoas há séculos. Seu aroma doce, propriedades calmantes e vibrante tom roxo a tornam uma das ervas mais apreciadas do mundo. Mas, além de seus atributos físicos e medicinais, a lavanda possui um profundo significado espiritual, especialmente quando exploramos seu significado no contexto bíblico.
  • 63. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 63 ] Neste artigo, examinaremos mais de perto o significado bíblico da lavanda. Exploraremos seu simbolismo, lições espirituais e como ela tem sido associada a histórias e princípios bíblicos. Seja para quem tem curiosidade sobre sua conexão com a fé ou busca inspiração em seu significado mais profundo, este guia o levará a tudo o que você precisa saber. O que é Lavanda? Uma Visão Geral Rápida Lavanda é uma erva aromática que pertence à família da menta. Conhecida cientificamente como Lavandula, esta planta é nativa da região do Mediterrâneo, mas se espalhou pelo mundo devido aos seus múltiplos usos. Seu nome vem do latim lavare, que significa "lavar", refletindo como era historicamente usada para limpeza e purificação. Nos tempos bíblicos, a lavanda era chamada por outros nomes, já que a palavra "lavanda" em si não aparece na maioria das traduções da Bíblia. Em vez disso, termos como "nardo" são frequentemente associados à lavanda ou a plantas aromáticas semelhantes. Essa conexão sugere seus usos antigos, tanto espirituais quanto práticos.
  • 64. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 64 ] Lavanda nos tempos bíblicos Embora a lavanda como a conhecemos hoje possa não ser explicitamente mencionada na Bíblia, óleos aromáticos e plantas com propriedades semelhantes eram amplamente utilizados nas culturas bíblicas. Vamos explorar como a lavanda — ou seus parentes próximos — desempenhou um papel na história bíblica: 1. Óleos e Unção A lavanda era comumente usada para criar óleos aromáticos. Nos tempos bíblicos, os óleos de unção eram importantes em rituais religiosos, bênçãos e como sinal de consagração. O uso de óleos aromáticos simbolizava o favor divino, a purificação e o fortalecimento do Seu espírito. Por exemplo, em Êxodo 30:22-25, Deus instruiu Moisés a preparar um óleo sagrado para a unção usando especiarias e ervas específicas. Embora a lavanda não seja mencionada diretamente nesta passagem, suas qualidades aromáticas se alinham com o uso histórico de ervas semelhantes. Outros óleos, como o olíbano ou a mirra, compartilhavam significados espirituais
  • 65. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 65 ] semelhantes, e a lavanda pode ter sido valorizada de forma semelhante. 2. Limpeza e Purificação A lavanda era famosa por suas propriedades purificadoras. Nos tempos bíblicos, as pessoas valorizavam as ervas aromáticas por sua capacidade de purificar lares, corpos e espaços sagrados. O papel da lavanda como símbolo de pureza poderia estar alinhado a conceitos bíblicos como limpeza espiritual ou ser puro aos olhos de Deus. O Salmo 51:7 diz: “Purifica-me com hissopo, e ficarei puro”. Embora o hissopo seja mencionado especificamente aqui, o princípio subjacente do uso de ervas para limpeza espiritual pode facilmente se relacionar à natureza perfumada e purificadora da lavanda. 3. Plantas Medicinais nas Escrituras A Bíblia menciona frequentemente plantas com propriedades curativas. A lavanda era usada historicamente para tratar doenças como dores de
  • 66. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 66 ] cabeça, ansiedade e problemas de pele. Embora não seja explicitamente mencionada na Bíblia, pode ter sido uma das plantas das quais as culturas antigas dependiam para o bem-estar físico e emocional. Ezequiel 47:12 fala de árvores cujas “folhas são para a cura”. A lavanda, como parte da criação de Deus, reflete Sua provisão de remédios naturais para Seu povo, ligando-a ao tema bíblico de restauração e cuidado. Simbolismo da Lavanda na Bíblia A beleza da lavanda reside no fato de seu simbolismo se alinhar naturalmente a muitos temas bíblicos importantes. Mesmo que a Bíblia não mencione a lavanda diretamente, seus atributos ressoam profundamente com verdades espirituais. Vamos explorar os principais significados espirituais associados à lavanda: 1. Paz e Calma Uma das qualidades mais conhecidas da lavanda é o seu efeito calmante. Seu aroma perfumado é usado há séculos para aliviar o estresse e criar uma sensação de paz.
  • 67. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 67 ] Isso se alinha perfeitamente com vários ensinamentos bíblicos sobre paz. Por exemplo, Filipenses 4:7 diz: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus”. A lavanda pode ser vista como uma representação natural dessa paz, lembrando os crentes da presença tranquilizadora de Deus em suas vidas. 2. Pureza e Santidade A cor lavanda é frequentemente associada à pureza e à santidade. Na Bíblia, a cor branca simboliza a pureza, mas o suave tom roxo da lavanda carrega uma conotação semelhante. A lavanda pode ser vista como um lembrete para levar uma vida que agrade a Deus, refletindo pureza interior e devoção a Ele. Hebreus 12:14 nos lembra: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor”. A pureza simbólica da lavanda nos encoraja a lutar por uma vida santa e dedicada a Deus. 3. Devoção e Adoração
  • 68. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 68 ] A bela fragrância da lavanda é frequentemente comparada a uma oferenda de adoração. Nos tempos bíblicos, incenso e perfumes eram usados em cerimônias sagradas para simbolizar orações que subiam ao céu. Apocalipse 5:8 descreve taças de ouro com incenso, que são as orações dos santos. Dessa forma, a lavanda pode simbolizar uma vida dedicada a Deus, onde cada ação se torna um suave aroma de louvor. 4. Cura e Restauração As propriedades curativas da lavanda refletem a restauração espiritual. Assim como a lavanda acalma o corpo, Deus traz cura à alma. O Salmo 23:3 diz: “Ele restaura a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.” A lavanda nos lembra da capacidade de Deus de curar nossas feridas e renovar nossos espíritos. Lições práticas de fé com lavanda A lavanda nos ensina muitas lições como crentes. Ao refletir sobre seus atributos, podemos entender melhor como viver uma vida que honra a Deus. Vamos explorar algumas lições práticas inspiradas pela lavanda:
  • 69. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 69 ] 1. Cultive a paz interior As propriedades calmantes da lavanda nos lembram de buscar a paz de Deus em nosso dia a dia. A vida pode ser cheia de estresse e incerteza, mas ao nos voltarmos para Deus em oração e confiarmos em Suas promessas, podemos experimentar uma paz que ancora nossos corações. Etapa de ação: Passe um momento de silêncio todos os dias em oração ou meditação, pedindo que a paz de Deus preencha sua mente e seu coração. 2. Busque a Santidade O simbolismo de pureza da lavanda nos desafia a examinar nossas próprias vidas. Estamos vivendo de uma maneira que reflete a santidade de Deus? Etapa de ação: reflita sobre as áreas da sua vida que podem precisar de limpeza e peça orientação a Deus para fazer mudanças que o honrem. 3. Seja um Testemunho Perfumado Assim como a lavanda espalha seu doce aroma, somos chamados a ser o aroma de Cristo para o mundo.
  • 70. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 70 ] 2 Coríntios 2:15 diz: “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo.” Etapa de ação: pense em maneiras de compartilhar o amor de Cristo com os outros, seja por meio de atos de gentileza, palavras de encorajamento ou serviço fiel. 4. Encontre descanso e cura em Deus As propriedades restauradoras da lavanda nos lembram do conforto e da cura que Deus oferece. Quando a vida parece opressora, podemos recorrer a Ele em busca de descanso. Mateus 11:28 diz: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.” Passo de ação: Quando estiver se sentindo estressado ou cansado, reserve um momento para descansar na presença de Deus. Confie nele para renovar suas forças. Lavanda na Vida Cristã Diária
  • 71. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 71 ] Incorporar a lavanda à sua vida espiritual pode ser uma maneira significativa de se conectar com seu simbolismo bíblico. Aqui estão algumas ideias para incorporar a lavanda à sua jornada de fé: Use óleos essenciais de lavanda: crie uma atmosfera relaxante durante o momento devocional, difundindo óleo de lavanda. Isso pode ajudar você a se concentrar e a se sentir em paz enquanto passa um tempo em oração. Crie um jardim de oração com lavanda: se você gosta de jardinagem, considere plantar lavanda como um lembrete da paz e provisão de Deus. Use Lavanda para Relaxar: Após um longo dia, reserve um momento para relaxar com produtos com aroma de lavanda. Deixe que seu efeito calmante o lembre de descansar sob o cuidado de Deus. Compartilhe presentes de lavanda: a lavanda é um presente atencioso para pessoas queridas, simbolizando paz, cura e o amor de Deus. Conclusão O significado bíblico da lavanda é rico em lições espirituais e belo simbolismo. Embora possa não ser mencionada diretamente nas Escrituras, suas qualidades refletem verdades bíblicas atemporais: paz, pureza,
  • 72. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 72 ] devoção e cura. A lavanda nos encoraja a viver uma vida que reflita o amor de Deus, oferecendo um doce aroma de adoração e justiça ao mundo. Ao refletir sobre o significado da lavanda, deixe que ela o lembre da presença de Deus em sua vida. Assim como a lavanda acalma e restaura, o amor de Deus traz paz, cura e renovação à sua alma. Ao caminhar com Ele, que sua vida seja como uma oferenda perfumada, glorificando o Seu nome.[15] POÇO DE ÁGUA Por razões climáticas no antigo Israel, as referências a poços de água na Bíblia são numerosas e significativas. Fontes de água do rio O Rio Litani e o Rio Jordão são os únicos rios de alguma extensão nas proximidades da terra de Canaã. Riachos perenes são muito escassos e os uádis, ou leitos de rios, embora numerosos e impetuosos na estação chuvosa, ficam secos durante o resto do ano. Jó 6:16-17 compara amigos infiéis a esses leitos de torrente, que se enchem na primavera, mas desaparecem no calor. Ben
  • 73. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 73 ] Sira enumera duas vezes a água como a primeira entre as "principais coisas necessárias à vida do homem". Poços Eu, Valdemir [O Peregrino Cristão] ao lado de minha esposa e atrás de nós, a réplica de um poço dos dias bíblicos em exposição no Jardim da Bíblia. Recomendo que as igrejas organizem caravanas para visitar o Jardim da Bíblia e o Museu de Arqueologia Bíblia, ambos ficam no campus da UNASP na cidade de Engenheiro Coelho/SP.
  • 74. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 74 ] Todos poços e fontes eram marcos na topografia de Israel. Abraão cavou poços perto de Gerar. Jesus, sentado à beira do Poço de Jacó, ensinou à mulher samaritana a passagem da Antiga Aliança. Um anjo encontrou Agar em um poço no Sinai, Beer-Lahai-Roi (Gênesis 16:7). Possuir um poço e possuir a terra ao redor eram termos sinônimos ( Provérbios 5:15-17). Por outro lado, as disputas decorrentes do uso ou da reivindicação de um poço podiam ser tão sérias que se recorria à espada como único árbitro (Gênesis 26:21; Êxodo 2:17; Números 20:17). Se a aproximação de um inimigo fosse temida, seu progresso poderia ser seriamente dificultado, se não completamente frustrado, ao interromper ou destruir os poços ao longo de sua rota (2 Crônicas 32:3). “Poços de água” falam de acesso e suprimento, e muito mais na Bíblia. Quando Israel viajou para um lugar onde Deus havia milagrosamente provido água no passado, eles cantaram: “Mana, ó poço! Cantem para ele todos...” (ver Números 21:16-17). O povo de Deus reconheceu que Ele era Aquele que havia provido a água antes, e que o faria novamente. Fonte Uma fonte é o "olho da paisagem", o jorro natural de água viva, fluindo o ano todo ou secando em certas estações. Em contraste com as "águas turbulentas" de
  • 75. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 75 ] poços e rios (Jr 2:18), dela jorra "água viva", à qual Jesus comparou a graça do Espírito Santo (Jo 4:10; 7:38; compare com Isaías 12:3; 44:3). Cidades e aldeias têm nomes compostos com a palavra Ain (En), hebraico para poço ou fonte. Por exemplo, Endor (fonte de Dor), Engannin (fonte dos jardins), Engaddi (fonte do cabrito), Rogel ou En-rogel (fonte do pé), Ensemes (fonte do sol), etc. Mas fontes eram comparativamente raras; a linguagem bíblica distingue as fontes naturais dos poços, que são poços de água perfurados sob a superfície rochosa e sem saída. Eles pertenciam e eram nomeados pela pessoa que os cavou. Muitos nomes de lugares também são compostos com B'er (a palavra hebraica para "poço"), como Bersable, Beroth , Beer Elim, etc. Cisternas Cisternas são reservatórios subterrâneos, às vezes cobrindo até um 4 mil metros quadrados de terra, nos quais a água da chuva é coletada durante a primavera. Jerusalém era tão bem abastecida com elas que, em todos os cercos, ninguém dentro de seus muros jamais sofreu com a falta de água. As cisternas eram escavadas na rocha nativa e então revestidas com alvenaria impermeável e cimento. Sua construção envolvia muito trabalho; Javé prometeu aos filhos de
  • 76. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 76 ] Israel, ao saírem do Egito, a posse de cisternas cavadas por outros como um sinal especial de favor (Deuteronômio 6:11; 2 Esdras 9:25). Se o cimento da cisterna cedesse, o reservatório se tornava inútil e era abandonado. Era então uma das "cisternas rotas, que não retinham água" (Jeremias 2:13). A boca dos poços e cisternas era geralmente cercada por um meio-fio ou muro baixo e fechada com uma pedra, tanto para evitar acidentes quanto para manter estranhos afastados. Se o dono deixasse de cobrir a cisterna e um animal doméstico caísse nela, a lei mosaica o obrigava a pagar o preço do animal (Êxodo 21:33-34; compare com Lucas 14:5). Às vezes, a pedra colocada no orifício era tão pesada que um homem não conseguia removê-la (Gênesis 29:3). Quando secas, as cisternas eram usadas como masmorras, porque, estreitas no topo, como "enormes odres", não deixavam nenhuma via de escape aberta (Gênesis 37:24; Jeremias 38:6; 1 Macabeus 7:19). Eles também ofereciam lugares convenientes para esconder uma pessoa de seus perseguidores (1 Samuel 13:6; 2 Samuel 17:18). [7]
  • 77. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 77 ] No Jardim da Bíblia existe esta réplica de um poço como nos tempos bíblicos. Se fazia esta estrutura de madeira para puxar água do fundo do poço. Minha esposa Gladis apreciando a estrutura e aproveitando para posar para foto. TAMAREIRA A tamareira - Da Bíblia Zohar, Parte 2, Página 221:1
  • 78. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 78 ] "E eles viram o Deus de Israel. Havia sob seus pés algo como um tijolo de safira", etc. O rabino Yehudah declarou (Cântico dos Cânticos 7:8): "Esta é a sua altura - semelhante a uma tamareira", etc. Quão preciosa é a nação de Israel para o Santo. Bendito seja Ele, que não se separa deles, assim como uma palmeira, na qual o elemento masculino não se separa do elemento feminino para sempre, e eles não surgem um sem o outro; da mesma forma, o povo judeu não se separa do Santo, Bendito seja Ele. No Jardim da Bíblia todas as árvores são identificadas para que os visitantes possam saber de qual espécie se trata o individuo que ele contempla. Tanchuma, Números, 15:40:
  • 79. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 79 ] "E Deus disse a Moisés no deserto do Sinai: Conta os levitas", eis o que a escritura menciona: "O justo florescerá como a palmeira" (Salmos, 92). Assim como a tamareira emite sua sombra à distância, a recompensa dos justos alcança longe. Assim como a tamareira produz tanto frutos murchos que não são armazenados quanto frutos que são armazenados, assim também os israelitas, quando estavam no deserto: alguns deles entraram na terra de Israel e outros não entraram na terra de Israel. "O justo florescerá como a tamareira" – assim como quando uma tamareira é cortada ou arrancada, outra não a substitui, e assim como o cedro, quando é cortado ou arrancado, não é substituído; portanto, os justos são análogos à tamareira e ao cedro. "O justo floresce como a tamareira", assim como esta tamareira produz tâmaras e espinhos, e quem tenta roubar as tâmaras é atacado pelos espinhos, assim também são os justos e sábios que estudam a Torá, e quem não toma cuidado com eles cai na Geena e também é atormentado neste mundo. Por quê? Porque sua mordida é como a de uma raposa, e seu ferrão é como o de um escorpião, e seu silvo é como o de uma cobra, e todas as suas palavras são como brasas de fogo. "O justo floresce como a palmeira", diz-se da tribo de Levi, a quem o Santo, bendito seja, rejeitou por suas boas ações. Por que foram comparados a uma tamareira? Para vos dizer, assim como a tamareira não tem mais do
  • 80. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 80 ] que um único coração, a tribo de Levi tem apenas um coração – o Santo, bendito seja, como está escrito (Êxodo 32): "E disse Moisés: Quem for por Deus, junte-se a mim, e todos os levitas se reuniram ao seu redor". E o que está escrito a seguir? "E plantados na casa de Deus, nos pátios de nosso Senhor, florescerão" (Salmos, 92), para vos ensinar que não se afastariam do Templo Sagrado, como está escrito (ibid. 109): "Meus olhos estão postos nos fiéis da terra que se assentam comigo; aquele que anda de maneira impecável, esse me servirá". Quando estive em Israel e no Egito tive oportunidade de ver grandes plantações de tamareiras. Aqui no Jardim da Bíblia, não podia faltar este representante botânico.
  • 81. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 81 ] Portanto, diz-se: "Aqueles que estão plantados na Casa de Deus", que o Pátio do Templo não carecia de sua presença, como está escrito: "Nos pátios do Senhor florescerão". O que significam os pátios do Senhor? É o que a escritura afirma: "Benditos sejam aqueles que escolheste e trouxeste para perto de ti, que descansarão em teus pátios; seremos saciados com a bondade de tua casa, com a santidade de teu Templo". O Santo, abençoado por Ele, disse a Moisés: "Visto que são minhas legiões, que não saem da minha casa, vai e conta-os". Em seguida, diz: "Conta os levitas". Midrash Tehilim, Salmo 92: Assim como esta tamareira – seu coração está voltado para cima, assim é Israel, cujos corações estão voltados para seu pai no céu. Outra interpretação: Assim como esta tamareira tem uma vontade forte, os filhos de Israel têm uma vontade forte para com o Santo, bendito seja Ele. Nossos rabinos disseram, é contado de uma tamareira fêmea, que estava em Hamatan, e houve tentativas de enxertá-la, mas ela não produziu frutos. Então, um arborista disse aos trabalhadores que esta tamareira viu um fósforo de Jericó e deseja tê-lo. Eles saíram e o pegaram e combinaram os dois, e imediatamente deu frutos. Desta forma, os filhos de Israel
  • 82. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 82 ] têm uma forte vontade para com o Santo, bendito seja Ele. Na foto estou ao lado do Museu de Arqueologia Bíblica e ao fundo se vê o portal de entrada do Jardim da Bíblia com as tamareiras em volta. Mas podemos afirmar que esta tamareira não é usada para fazer vasos, e da mesma forma – os filhos de Israel. No entanto, notamos que a escritura menciona: "Como um cedro no Líbano". Diz o Rabino Tanchuma: "Eu havia feito essa pergunta ao Rabino Huna, e ele me disse: "Vimos isso na Babilônia e vasos, mesas e lâmpadas
  • 83. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 83 ] foram criados a partir dele. Portanto, podemos postular que, assim como um cedro não produz frutos, Israel também não produz frutos". No entanto, somos ensinados no Talmude que ele afirma: "uma tamareira", assim como uma tamareira produz frutos, Israel também produz frutos. No entanto, descobrimos que está escrito "Um cedro". Assim como no caso de um cedro, seu tronco é replantado, o mesmo acontece com Israel. E assim como o cedro do Líbano tem múltiplas raízes abaixo da terra, de modo que, mesmo que todos os ventos do mundo soprassem e o dobrassem, não seriam capazes de movê- lo de seu lugar, Israel está plantado na Casa de D'us, e o Santo, bendito seja, os reunirá no futuro dos quatro cantos da terra. E assim como um jardim é plantado de um canteiro para outro, assim também é Israel. E dessa forma, que o Santo, bendito seja, os replante de uma terra impura para uma terra pura, como está escrito: "plantados na Casa de D'us". Yalkut Shimoni, 92:845 "O justo florescerá como a tamareira", assim como esta palmeira é bela em seu semblante e todos os seus frutos são amáveis e doces, assim também Davi é belo em sua aparência e em sua honra, e todas as suas ações são boas e doces aos olhos do Santo, bendito seja Ele...
  • 84. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 84 ] Outra interpretação: "O justo florescerá como a tamareira", este é Arão, "e eis que a vara de Arão, da tribo de Levi, floresceu". Assim como esta tamareira, quando plantada, suas raízes crescem por todos os lados, assim Arão, Elazar e seu filho, Pinchas e Avisua são plantados na Casa de Deus e "não saem da entrada da Tenda do Encontro". A produção anual de tâmaras em Israel é significativamente elevada, sendo o país um dos principais produtores mundiais, especialmente da variedade Medjoul. A produção anual em Israel é estimada em mais de 21 toneladas, representando 7,2% da produção agrícola do país. Além disso, a exportação de tâmaras israelenses atingiu US$ 338 milhões em 2022.
  • 85. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 85 ] Assim como os troncos das tamareiras e dos cedros são substituídos somente após um longo período, a substituição de uma pessoa justa é feita após um longo período. Assim como as tamareiras e os cedros não têm cavidades nem excrescências, da mesma forma, não apresentam deformidades em sua natureza. Assim como uma tamareira e um cedro emitem uma sombra extensa, as recompensas dos justos alcançam grandes distâncias: "E será devido à sua adesão, etc., e D'us os protegerá". Assim como a tamareira e o cedro têm um forte desejo, os justos também têm um forte desejo? E qual é o desejo deles? O Santo, bendito seja Ele, como está escrito: "Esperei e busquei D'us". Disse o Rabino Tanchuma: Conta-se que havia uma tamareira fêmea em Hamatan, e houve tentativas de enxertá-la, mas ela não produziu frutos. Um homem passou por ali, olhou para ela e disse: "Esta tamareira vê sua companheira de Jericó", então, quando ele a enxertou (com a companheira), ela deu frutos. Então, podemos pensar que, assim como esta tamareira não é usada para fazer vasos, e os justos também são assim? As escrituras nos dizem: "Como um cedro". Diz o Rabino Huna, ali - vasos são feitos dele. Assim como a tamareira não tem resíduos, ao contrário: as tâmaras são para comer, as folhas para louvar, seus galhos usados como cobertura (para a Sucá), suas cordas para cordas, seus caules para fazer peneiras, suas vigas para construir (e mobiliar)
  • 86. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 86 ] casas. Da mesma forma, os Filhos de Israel não têm resíduos. Alguns deles são bem versados na Bíblia, outros na Mishná, alguns no Talmude, alguns nas Lendas. E assim como uma tamareira e um cedro, quem sobe até o topo deles e não toma cuidado cai e morre, assim também acontece com qualquer um que tente combater Israel: são os israelitas que tiram do ofensor o que lhes é devido. Saibam disso, pois Sara, ao ser amparada pelo Faraó certa noite, ele e sua família foram atormentados, como está escrito: "E Deus atormentou o Faraó". Assim como esta tamareira não produz menos de três frutos, também em Israel não faltam menos de três pessoas justas no mundo, como Abraão, Isaque e Jacó, Hananias, Misael e Azarias. Assim como a tamareira é maior que as demais árvores, assim também é Israel: "Mardoqueu se engrandeceu na casa do rei", e está escrito: "e o Rei Davi se engrandecia progressivamente". Outra interpretação, "um justo florescerá como uma tamareira", ensinou o Rabino Chia, filho de Luliani: Se menciona tamareira, por que também menciona cedro? E se menciona cedro, por que também menciona tamareira? Mas se mencionamos tamareira e não mencionamos cedro, podemos presumir que, assim como o tronco da tamareira não é replantado, o justo não perde seu "tronco", portanto, é necessário compará-lo também a um cedro. E se mencionássemos cedro e não uma tamareira, diríamos: assim como o cedro não dá frutos
  • 87. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 87 ] comestíveis, o justo não dá frutos, portanto, uma tamareira também é mencionada. [9] ESCULTURAS EM RELEVOS A escultura assíria é a escultura dos antigos estados assírios, especialmente do Império Neoassírio de 911 a 612 a.C., centrado na cidade de Assur, na Mesopotâmia (atual Iraque), que, em seu auge, governou toda a Mesopotâmia, o Levante e o Egito, bem como partes da Anatólia, Arábia e os atuais Irã e Armênia. Constitui uma fase da arte da Mesopotâmia, diferenciando-se em particular pelo uso muito maior de pedra e gesso alabastro para esculturas de grande porte. As obras mais conhecidas são os enormes lamassu guardando as entradas e os relevos palacianos assírios em finas placas de alabastro, originalmente pintados, pelo menos em parte, e fixados nas paredes ao redor dos cômodos principais dos palácios. A maioria deles encontra-se em museus na Europa ou na América, após um período agitado de escavações de 1842 a 1855, que levou a arte assíria de uma condição quase completamente desconhecida a ser tema de vários livros best-sellers e imitada em charges políticas.
  • 88. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 88 ] Achei sensacional as esculturas em relevos que existem no entorno do Jardim da Bíblia. A visita aqui no Campus da UNASP exige um dia todo para o que o visitante obtenha o máximo de experiência. Os relevos do palácio contêm cenas em baixo relevo que glorificam o rei, mostrando-o em guerra, caçando e cumprindo outros papéis reais. Muitas obras deixadas in situ, ou em museus locais em seus locais de descoberta, foram deliberadamente destruídas na recente ocupação da área pelo ISIS , com o ritmo de destruição aumentando no final de 2016, com a ofensiva de Mosul. Outros tipos de arte sobreviventes incluem muitos selos cilíndricos, alguns relevos de pedra, relevos e estátuas de templos, tiras de relevo de bronze usadas em grandes portas, e pequenas quantidades de metalurgia. Um grupo de dezesseis pesos de bronze em forma de leões com inscrições bilíngues em caracteres cuneiformes e fenícios foi descoberto em Nimrud. Os marfins de
  • 89. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 89 ] Nimrud, um importante grupo de pequenas placas que decoravam móveis, foram encontrados em um depósito de palácio perto de relevos, mas vieram de todo o Mediterrâneo, com relativamente poucos feitos localmente em estilo assírio. Relevos do palácio Detalhe da figura do gênio, palácio de Assurnasirpal II Os relevos do palácio eram fixados nas paredes dos palácios reais formando faixas contínuas ao longo das paredes de grandes salões. O estilo aparentemente começou depois de cerca de 879 a.C., quando Assurnasirpal II mudou a capital para Nimrud, perto da
  • 90. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 90 ] moderna Mosul, no norte do Iraque. Posteriormente, novos palácios reais, dos quais normalmente havia um por reinado, foram extensivamente decorados dessa maneira por cerca de 250 anos até o fim do Império Assírio. Houve um desenvolvimento estilístico sutil, mas um grande grau de continuidade nos assuntos e no tratamento. As composições são organizadas em placas, ou ortóstatos, tipicamente com cerca de 2,13 metros de altura, usando entre um e três registros horizontais de imagens, com cenas geralmente lidas da esquerda para a direita. As esculturas são frequentemente acompanhadas de inscrições em escrita cuneiforme, explicando a ação ou dando o nome e títulos extravagantes do rei. Cabeças e pernas são mostradas de perfil, mas torsos em uma vista frontal ou de três quartos, como na arte mesopotâmica anterior. Os olhos também são amplamente mostrados frontalmente. Alguns painéis mostram apenas algumas figuras em tamanho próximo ao natural, tais cenas geralmente incluindo o rei e outros cortesãos, mas representações de campanhas militares incluem dezenas de pequenas figuras, bem como muitos animais e tentativas de mostrar cenários de paisagens. As campanhas se concentram no progresso do exército, incluindo a travessia de rios, e geralmente culminam no cerco de uma cidade, seguido pela rendição e pagamento de tributos, e o retorno do exército para
  • 91. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 91 ] casa. Um conjunto completo e característico mostra a campanha que levou ao cerco de Laquis em 701; é o "melhor" do reinado de Senaqueribe, de seu palácio em Nínive e agora no Museu Britânico. Ernst Gombrich observou que nenhuma das muitas baixas veio do lado assírio. Outra sequência famosa mostra a Caça ao Leão de Assurbanipal, na verdade o assassinato encenado e ritualizado pelo Rei Assurbanipal de leões já capturados e soltos em uma arena, do Palácio Norte em Nínive. O realismo dos leões sempre foi elogiado, e as cenas são frequentemente consideradas "as obras-primas supremas da arte assíria", embora o pathos que os espectadores modernos tendem a sentir talvez não fizesse parte da resposta assíria. Painel em relevo da morte dos leões que estão nas paredes externas próximo ao Jardim da Bíblia.
  • 92. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 92 ] Existem muitos relevos de seres sobrenaturais menores, chamados por termos como "gênio alado", mas as principais divindades assírias são representadas apenas por símbolos. Os "gênios" frequentemente realizam um gesto de purificação, fertilização ou bênção com um balde e um cone; o significado disso permanece obscuro. Especialmente em figuras maiores, detalhes e padrões em áreas como trajes, cabelos e barbas, troncos e folhas de árvores e similares são esculpidos com muito cuidado. Figuras mais importantes são frequentemente mostradas maiores do que outras, e em paisagens elementos mais distantes são mostrados mais acima, mas não menores do que aqueles em primeiro plano, embora algumas cenas tenham sido interpretadas como usando escala para indicar distância. Outras cenas parecem repetir uma figura em uma sucessão de momentos diferentes, realizando a mesma ação, a mais famosa delas um leão atacando. Mas esses eram aparentemente experimentos que permanecem incomuns. O rei é frequentemente representado em cenas narrativas e também como uma grande figura de pé em alguns lugares proeminentes, geralmente acompanhado por gênios alados. Uma composição repetida duas vezes no que é tradicionalmente chamado de "sala do trono" (embora talvez não fosse) do palácio de Assurbanipal em Nimrud mostra uma "Árvore Sagrada" ou " Árvore da Vida "ladeada por duas figuras do rei, com gênios alados
  • 93. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 93 ] usando o balde e o cone atrás dele. Acima da árvore, um dos deuses principais, talvez Ashur, o deus principal, inclina-se sobre um disco alado, relativamente pequeno em escala. Tais cenas são mostradas em outras partes do manto do rei, sem dúvida refletindo bordados nos trajes reais, e os deuses principais são normalmente representados em discos ou puramente como símbolos pairando no ar. Em outros lugares, a árvore é frequentemente acompanhada por gênios. As mulheres são raramente mostradas, e geralmente como prisioneiras ou refugiadas; uma exceção é uma cena de "piquenique" que mostra Assurbanipal com sua rainha. Os muitos assistentes reais sem barba provavelmente podem ser considerados eunucos, que dirigiam grande parte da administração do império, a menos que também tenham as cabeças raspadas e os chapéus muito altos dos sacerdotes. Os reis costumam ser acompanhados por vários cortesãos, o mais próximo do rei provavelmente sendo o herdeiro nomeado, que não era necessariamente o filho mais velho. As enormes escalas dos esquemas do palácio permitiram que as narrativas fossem mostradas em um ritmo expansivo sem precedentes, tornando a sequência de eventos clara e permitindo representações ricamente detalhadas das atividades de um grande número de figuras, sem paralelo até os relevos das colunas
  • 94. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 94 ] narrativas romanas da Coluna de Trajano e da Coluna de Marco Aurélio. Outro painel em relevo da arte assíria, sempre enaltecendo a bravura do rei. Lamassu Lamassu eram divindades ou espíritos protetores menores, a versão assíria da figura do "touro com cabeça humana" que há muito figurava na mitologia e na arte mesopotâmicas. Lamassu têm asas, uma cabeça humana masculina com o elaborado cocar de uma divindade e os cabelos e barbas trançados elaboradamente compartilhados com a realeza. O corpo é de um touro ou de um leão, sendo o formato dos pés a principal diferença. Pares proeminentes de lamassu eram tipicamente colocados nas entradas dos palácios, de
  • 95. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 95 ] frente para a rua e também para pátios internos. Eram figuras de "duplo aspecto" nos cantos, em alto relevo, um tipo encontrado anteriormente na arte hitita. De frente, parecem estar de pé e, de lado, andam, e em versões anteriores têm cinco pernas, como é aparente quando visto obliquamente. Lamassu geralmente não aparecem como grandes figuras nos esquemas de baixo-relevo que circulam as salas do palácio, onde figuras de gênios alados são comuns, mas às vezes aparecem em relevos narrativos, aparentemente protegendo os assírios. As figuras colossais da entrada eram frequentemente seguidas por um herói segurando um leão se contorcendo, também colossal e em alto relevo; estes e alguns gênios além de lamassu são geralmente os únicos outros tipos de alto relevo na escultura assíria. Os heróis continuam a tradição do Mestre dos Animais na arte mesopotâmica e podem representar Enkidu, uma figura central na antiga Epopeia Mesopotâmica de Gilgamesh. No palácio de Sargão II em Khorsabad, um grupo de pelo menos sete lamassu e dois desses heróis com leões cercavam a entrada da "sala do trono", "uma concentração de figuras que produzia uma impressão avassaladora de poder". O arranjo foi repetido no palácio de Senaqueribe em Nínive, com um total de dez lamassu. Outras figuras que acompanham o lamassu colossal são gênios alados com o balde e o cone, considerados o equipamento para um ritual de proteção ou purificação.
  • 96. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 96 ] Lamassu também aparecem em selos cilíndricos. Vários exemplos deixados in situ no norte do Iraque foram destruídos na década de 2010 pelo ESTADO ISLÂMICO quando ocuparam a área. Lamassu colossais também guardavam o início dos grandes canais construídos pelos reis assírios. No caso de templos, foram encontrados pares de leões colossais guardando as entradas. Construção Fragmentos de relevo de Nimrud, mostrando a profundidade das lajes (provavelmente serradas durante a escavação) e a escala. A cabeça principal pertence a um eunuco da corte. Existem afloramentos da rocha de gesso "mármore de Mosul", normalmente usada em vários locais do reino assírio, embora não especialmente perto das capitais. A rocha é muito macia e ligeiramente solúvel em água, e as faces expostas degradaram-se e precisaram ser cortadas antes que se chegasse à pedra utilizável. Há relevos mostrando a extração de pedreiras para o novo palácio de Senaqueribe em Nínive, embora se concentrando na produção de grandes lamassu. Blocos foram extraídos, usando prisioneiros de guerra, e serrados em placas com longas serras de ferro. Isso pode
  • 97. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 97 ] ter acontecido no local do palácio, que é certamente onde a escultura dos ortóstatos foi feita, depois que as placas foram fixadas no lugar como revestimento para uma parede de tijolos de barro, usando cavilhas de chumbo e grampos, com as bases apoiadas em uma cama de betume. Para alguns relevos, um "calcário fossilífero atraente" é usado, como em várias salas do Palácio Sudoeste em Nínive. Ao contrário dos ortóstatos, os lamassu foram esculpidos, ou pelo menos em parte, na pedreira, sem dúvida para reduzir o seu enorme peso. A pedra de alabastro é macia, mas não quebradiça, e muito adequada para entalhes detalhados com ferramentas do início da Idade do Ferro. Pode haver diferenças consideráveis em estilo e qualidade entre os painéis adjacentes, sugerindo que diferentes mestres escultores foram alocados a eles. Provavelmente, o mestre desenhou ou incisou o desenho na laje antes que uma equipe de escultores cortasse laboriosamente as áreas de fundo e terminasse de esculpir as figuras. Os escribas então colocavam quaisquer inscrições para os cortadores seguirem, após o que a laje era polida até ficar lisa e qualquer tinta adicionada. Os escribas são mostrados orientando os escultores em outro relevo (nos Portões de Balawat) mostrando a criação de um relevo de rocha; presumivelmente, eles garantiram que a representação dos aspectos reais e religiosos dos temas fosse como deveria ser.
  • 98. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 98 ] Os relevos cobriam apenas as partes inferiores das paredes dos cômodos dos palácios, e as áreas mais altas eram frequentemente pintadas, pelo menos com padrões, e às vezes com outras figuras. Tapetes de cores vivas no chão completavam o que provavelmente era uma decoração impressionante, em grande parte em cores primárias. Nenhum deles sobreviveu, mas temos algumas soleiras de porta esculpidas com motivos geométricos repetidos, presumivelmente imitando os tapetes. Após o abandono dos palácios e a perda de seus telhados de madeira, as paredes de tijolos de barro crus ruíram gradualmente, cobrindo o espaço em frente aos relevos e protegendo-os em grande parte de novos danos causados pelo clima. Relativamente poucos vestígios de tinta permanecem, e estes frequentemente se encontram em cabeças e rostos – cabelos e barbas eram pretos, e pelo menos o branco dos olhos também. Possivelmente, folhas de metal foram usadas em alguns elementos, como pequenas cenas retratadas decorando tecidos. Julian Reade conclui que "É, no entanto, intrigante que mais vestígios de pintura [em esculturas] não tenham sido registrados". Outros relevos narrativos Além dos relevos de parede de alabastro, todos encontrados em palácios, outros objetos com relevos
  • 99. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 99 ] relativamente grandes são tiras de bronze usadas para reforçar e decorar grandes portões. Partes de três conjuntos sobreviveram, todos do século IX a.C. e da cidade relativamente menor de Imgur-Enlil, a moderna Balawat. Os Portões de Balawat eram todos portões duplos com cerca de 6 metros de altura, com os lados frontal e traseiro decorados com oito tiras repuxadas de bronze, cada uma contendo dois registros de relevos narrativos com cerca de 13 centímetros de altura. Presumivelmente, havia equivalentes em outros sítios assírios, mas com o colapso do império, os edifícios em Balawat pegaram fogo "antes de serem saqueados com eficiência" pelo inimigo e permaneceram escondidos nas cinzas e escombros; lajes de gesso não valiam o trabalho de saquear, ao contrário do bronze. Os temas eram semelhantes aos relevos de parede, mas em uma escala menor; uma faixa típica tem 27 centímetros de altura, 1,8 metros de largura e apenas um milímetro de espessura. Em pedra, há relevos de tamanho semelhante em algumas estelas, mais notavelmente dois em forma de obelisco retangular, ambos com topos escalonados como zigurates. Estes são o Obelisco Branco de Assurnasirpal I, do início do século XI, e o Obelisco Negro de Salmaneser III, do século IX, ambos no Museu Britânico, que também possui os fragmentários "Obelisco Quebrado" e " Obelisco de Rassam". Ambos têm relevos em todos os quatro lados em oito e cinco registros,
  • 100. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 100 ] respectivamente, e longas inscrições descrevendo os eventos. Os Obeliscos Negro e Rassam foram ambos erguidos no que parece ter sido a praça central da cidadela de Nimrud, presumivelmente um espaço muito público, e o Branco em Nínive. Todos registram praticamente os mesmos tipos de cenas que as seções narrativas do relevo da parede e os portões. O Obelisco Negro concentra-se em cenas de tributos trazidos de reinos conquistados, incluindo Israel, enquanto o Branco também apresenta cenas de guerra, caça e figuras religiosas. O Obelisco Branco, de 1049 a 1031, e o "Obelisco Quebrado", de 1074 a 1056, são anteriores aos primeiros relevos murais conhecidos em 160 anos ou mais, mas estão, respectivamente, em estado desgastado e fragmentado. O Obelisco Negro é de interesse especial, pois as longas inscrições, com nomes de lugares e governantes que poderiam estar relacionados a outras fontes, foram importantes na decifração da escrita cuneiforme. O Obelisco contém os primeiros escritos que mencionam os povos persa e judeu e confirmou alguns dos eventos descritos na Bíblia, que no século XIX foi considerada um suporte oportuno para textos cuja precisão histórica estava sob crescente ataque. Outras peças muito menores com inscrições úteis eram um conjunto de dezesseis medidas de peso na forma de leões.
  • 101. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 101 ] Estátuas e estelas de retratos Detalhe da estátua de Salmanasar III em Istambul Existem muito poucas estátuas assírias grandes e independentes e, com uma possível exceção, nenhuma das principais divindades em seus templos foi encontrada. Possivelmente outras existiram; qualquer uma em metais preciosos teria sido saqueada quando o império caiu. Duas estátuas de reis são semelhantes aos retratos em relevos do palácio, embora vistas frontalmente. Elas vieram de templos, onde mostravam a devoção do rei à
  • 102. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 102 ] divindade. A estátua de Assurnasirpal II está no Museu Britânico, e a de Salmanasar III em Istambul. Há uma estátua feminina nua única no Museu Britânico, sem as extremidades, que foi encontrada no templo de Ishtar em Nínive. Os pelos pubianos são cuidadosamente representados. Ela traz uma inscrição nas costas de que o rei Ashur-bel-kala a ergueu para a "excitação" ou prazer do povo. Pode representar Ishtar, deusa do amor, entre outras coisas, nesse caso seria a única estátua assíria conhecida de uma divindade importante. Todas elas têm poses em pé, embora estátuas sentadas já fossem conhecidas na arte mesopotâmica, por exemplo, cerca de uma dúzia de estátuas de Gudea, que governou Lagash entre 2144- 2124 a.C. Assim como outras culturas do Oriente Próximo, os assírios erigiram estelas para diversos fins, incluindo a demarcação de fronteiras. Muitas delas contêm apenas inscrições, mas algumas apresentam relevos significativos, principalmente um grande retrato em pé do rei da época, apontando para símbolos dos deuses, com pose semelhante à dos relevos palacianos, cercado por uma moldura com topo arredondado.
  • 103. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 103 ] A exposição destas gravuras em relevo na parte exterior do Museu de Arqueologia Bíblica e que faz parte também o Jardim da Bíblia, faz com que os visitantes tenham uma imersão bíblica. Minha percepção é que a Igreja Adventista vai investir ainda muito mais em novos equipamentos de simulacros e réplicas do cotidiano bíblico, pois há bastante espaço físico para isto. Além dos adventistas valorizarem a narrativa bíblica. Figuras semelhantes de reis são mostradas em relevos rupestres, principalmente nas bordas do império. Aqueles mostrados sendo feitos nos Portões de Balawat são presumivelmente os que sobrevivem em más condições perto do Túnel do Tigre. Os assírios provavelmente tomaram a forma dos hititas; os locais escolhidos para seus 49 relevos registrados muitas vezes também fazem pouco sentido se a intenção era "sinalizar" para a população em geral, sendo altos e remotos, mas frequentemente próximos à água. Os neoassírios
  • 104. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 104 ] registraram em outros lugares, incluindo relevos de metal nos Portões de Balawat mostrando-os sendo feitos, a escultura de relevos rupestres, e foi sugerido que o principal público-alvo eram os deuses, os relevos e as inscrições que frequentemente os acompanham sendo quase da natureza de um "relatório comercial" submetido pelo governante. Um sistema de canais construído pelo rei neoassírio Senaqueribe (reinou de 704 a 681 a.C.) para fornecer água a Nínive foi marcado por uma série de relevos que mostram o rei com deuses. Outros relevos no túnel do Tigre, uma caverna na Turquia moderna que se acredita ser a fonte do rio Tigre, são "quase inacessíveis e invisíveis para os humanos". Provavelmente construído pelo filho de Senaqueribe, Esarhaddon, Shikaft-e Gulgul é um exemplo tardio no Irã moderno, aparentemente relacionado a uma campanha militar. Os assírios adicionaram às estelas comemorativas de Nahr el-Kalb no Líbano moderno, onde Ramsés II, faraó do Egito, havia comemorado de forma bastante otimista a fronteira de seu império muitos séculos antes; muitos governantes posteriores adicionaram à coleção. Os exemplos assírios foram talvez significativos ao sugerir o estilo da tradição persa muito mais ambiciosa, começando com o relevo e a inscrição de Behistun, feitos por volta de 500 a.C. para Dario, o Grande, em uma escala muito maior, refletindo e proclamando o poder do império Aquemênida. [8]
  • 105. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 105 ] VIDEIRA Mencionada mais do que qualquer outra planta em toda a Bíblia, a videira era muito importante cultural e economicamente nos tempos bíblicos. Devido à sua centralidade na vida cotidiana, é frequentemente usada simbolicamente nas Escrituras. Uma videira frutífera era um símbolo da obediência de Israel, enquanto uvas bravas ou uma videira vazia representavam a desobediência de Israel (Jr 2:21). Cultivando a Videira Esta videira lenhosa só é cultivada com esforço e trabalho árduo. Isaías 5:1-8 registra parte do processo. Normalmente cultivada em um monte, uma vinha precisava ser limpa de muitas pedras, o que é comum em Israel. Só então as videiras podiam ser plantadas. Um muro ou cerca viva construída ao redor da vinha, juntamente com uma torre de vigia, mantinha os ladrões afastados. A planta precisa ser podada para dar frutos (João 15:1-2). Usos de uvas e folhas de uva
  • 106. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 106 ] A videira pode crescer no chão, em estacas ou postes, ou pode ser plantada em um pomar e treinada para subir em árvores. O fruto doce, com polpa branca e casca verde, vermelha ou roxa, cresce em cachos. O produto pode ser consumido fresco, seco para fazer passas, prensado para fazer vinho ou transformado em vinagre. Folhas de uva também são usadas em algumas receitas do Oriente Médio. O vinho era frequentemente misturado à água parada de cisternas para torná-lo potável. Uvas na Bíblia A videira é listada em Deuteronômio 8:8 como uma das sete espécies da boa terra que Deus estava dando à nação de Israel. Era uma terra onde as uvas cresciam em grandes cachos, conforme relatado pela expedição de espiões hebreus enviados a Canaã (Números 13:23). Os cachos de uva eram tão grandes que eles os carregavam em uma vara entre dois homens. Essa dádiva de Deus era para ser desfrutada e os homens não deveriam ir à guerra até que tivessem provado de sua própria colheita de uvas, de acordo com Deuteronômio 20:6. A Videira Verdadeira
  • 107. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 107 ] Disse Jesus: 'Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Ele corta todo ramo que não dá fruto em mim. Ele poda todo ramo que dá fruto, para que dê mais fruto ainda. Vocês já estão limpos por causa da palavra que eu lhes disse. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Assim como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, vocês também não podem dar fruto se não permanecerem em mim. Eu sou a videira; vocês são os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, dá muito fruto, porque sem mim vocês não podem realizar nada' (João 15:1-5, NVI). [9]
  • 108. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 108 ] NO Jardim da Bíblia temos videira plantada. Só espero que as pessoas respeitem e não venham a colher uvas quando estas videiras estiverem frutificando. Considerando que as mães não estão sabendo educar os filhos. Acho que teremos problemas no futuro. Em último a solução é cerca-las para impedir as mãos dos sem educação a alcançarem as frutas... ACÁCIA Acacia, comumente conhecida como acácias, é um gênero de cerca de 1.084 espécies de arbustos e árvores da subfamília Mimosoideae da família Fabaceae.
  • 109. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 109 ] Inicialmente, compreendia um grupo de espécies de plantas nativas da África, América do Sul e Australásia, mas agora é reservado para espécies principalmente da Austrália, com outras da Nova Guiné, Sudeste Asiático e Oceano Índico. O nome do gênero é neolatino, emprestado do grego koiné ἀκακία (akakia), um termo usado na antiguidade para descrever uma preparação extraída de Vachellia nilotica, a espécie-tipo original. Várias espécies de acácia foram introduzidas em várias partes do mundo e dois milhões de hectares de plantações comerciais foram estabelecidos. Descrição As plantas do gênero Acacia são arbustos ou árvores com folhas bipinadas, as folhas maduras às vezes reduzidas a filódios ou raramente ausentes. Existem 2 pequenas estípulas na base da folha, mas às vezes caem conforme a folha amadurece. As flores são produzidas em espigas ou cabeças cilíndricas, às vezes individualmente, em pares ou em racemos nas axilas das folhas ou filódios, às vezes em panículas nas extremidades dos ramos. Cada espiga ou cabeça cilíndrica tem muitas flores pequenas amarelo-douradas a branco-creme pálido, cada uma com 4 ou 5 sépalas e pétalas, mais de 10 estames e um estilo semelhante a um fio que é mais longo que os estames. O fruto é uma vagem de formato variável, às
  • 110. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 110 ] vezes plana ou cilíndrica, contendo sementes com um arilo carnudo na extremidade. Na foto acima, Gladis está bem em frente a um exemplar de uma acácia. Quando estive no Oriente Médio creio que só vi acácia na península do Sinai. Justamente na região onde Deus ordena Moisés a fazer peças do tabernáculo com madeira de acácia. Taxonomia O gênero foi nomeado validamente pela primeira vez em 1754 por Philip Miller no The Gardeners Dictionary. Em 1913, Nathaniel Lord Britton e Addison Brown selecionaram Mimosa scorpioides L. (≡ Acacia scorpioides ( L. ) W.Wight = Acacia nilotica ( L. ) Delille ), uma espécie da África, como o lectótipo do nome.
  • 111. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 111 ] Etimologia O nome do gênero vem do neolatim; Gaspard Bauhin em seu livro Pinax (1623) escreve que vem de Dioscórides; o termo koiné ἀκακία akakía é o nome que ele usa para Vachellia nilotica, a espécie-tipo original que cresceu no Egito romano, de ἀκακίς akakis que significa "ponto". A origem de " wattle " pode ser uma palavra protogermânica que significa "tecer". Atestado pela primeira vez por volta de 700, o inglês antigo: watul referia-se às videiras, galhos e gravetos lenhosos e flexíveis que eram entrelaçados para formar paredes, telhados e cercas. Desde cerca de 1810, tem sido usado como o nome comum para as árvores leguminosas e arbustos australianos, como as espécies de Acácia propriamente ditas, Castanospermum australe e as espécies de Sesbania, que podem fornecer esses galhos. História O gênero Acácia foi considerado como contendo cerca de 1 352 espécies, levando a 1986. Naquele ano, Leslie Pedley questionou a natureza monofilética do gênero e propôs uma divisão em três gêneros: Acácia sensu stricto (161 espécies), Senegalia (231 espécies) e Racosperma (960 espécies), o último nome proposto pela
  • 112. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 112 ] primeira vez em 1829 por Carl Friedrich Philipp von Martius como o nome de uma seção em Acacia, mas elevado à categoria genérica em 1835. Em 2003, Pedley publicou um artigo com 834 novas combinações em Racosperma para espécies, a maioria das quais foram anteriormente colocadas em Acacia. Todas, exceto 10 dessas espécies, são nativas da Australásia, onde constituem o maior gênero de planta. No início dos anos 2000, tornou-se evidente que o gênero não era monofilético e que várias linhagens divergentes precisavam ser colocadas em gêneros separados. Uma linhagem compreendendo mais de 900 espécies principalmente nativas de Wallacea, Austrália, Nova Guiné e Indonésia não estava intimamente relacionada ao grupo de linhagens africanas muito menor que continha a espécie-tipo. Isso significava que a linhagem Australasiana, de longe a mais prolífica em número de espécies, precisaria ser renomeada. Isso causou controvérsia entre botânicos sul-africanos e australianos, que reivindicaram Acacia como um símbolo de suas respectivas nações e desejaram manter o nome para seu respectivo ramo. O nome proposto por Pedley de Racosperma para este grupo recebeu pouca aclamação na comunidade botânica, especialmente pelos australianos. Os botânicos australianos propuseram uma solução diferente, definindo uma espécie-tipo diferente para Acacia, Acacia
  • 113. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 113 ] penninervis, permitindo que o maior número de espécies permanecesse em Acacia, resultando nas duas linhagens pantropicais sendo renomeadas Vachellia e Senegalia, e as duas linhagens endêmicas americanas renomeadas Acaciella e Mariosousa. Placa de identificação da acácia no Jardim da Bíblia. Em 2003, Anthony Orchard e Bruce Maslin apresentaram uma proposta para conservar o nome Acacia com um tipo diferente, para manter o grupo australiano de espécies no gênero Acacia. Após uma decisão controversa de escolher um novo tipo para Acacia
  • 114. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 114 ] em 2005, o componente australiano de Acacia sensu lato agora mantém o nome Acacia. No Congresso Botânico Internacional de 2011 realizado em Melbourne, Austrália, a decisão de usar o nome Acacia, em vez do proposto Racosperma para este gênero, foi mantida. Outros táxons de Acacia sl continuam a ser chamados de Acacia por aqueles que consideram todo o grupo como um gênero. As espécies australianas do gênero Paraserianthes s.l., nomeadamente P. Iophantha, são consideradas seus parentes mais próximos. Os parentes mais próximos de Acacia e Paraserianthes sl, por sua vez, incluem os gêneros australianos e do sudeste asiático Archidendron, Archidendropsis, Pararchidendron e Wallaceodendron, todos Mimosoideae. Espécies Os nomes de mais de 1.080 espécies de Acacia, principalmente nativas da Austrália, foram aceitos pelo Plants of the World Online em janeiro de 2025. Registro fóssil Uma vagem de semente fóssil semelhante à acácia de 14 cm (5,5 pol.) de comprimento foi descrita no Eoceno da Bacia de Paris. Vagens fósseis semelhantes à
  • 115. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 115 ] acácia sob o nome Leguminocarpon são conhecidas de depósitos do final do Oligoceno em diferentes locais na Hungria . Fósseis de vagens de sementes de † Acacia parschlugiana e † Acacia cyclosperma são conhecidos de depósitos terciários na Suíça. † Acacia colchica foi descrita do Mioceno da Geórgia a oeste da Cordilheira Likhi. Pólen fóssil do Plioceno de uma espécie de Acacia foi descrito no oeste da Geórgia, incluindo a Abcásia. O pólen de acácia fóssil mais antigo da Austrália foi registrado no final do Oligoceno [6]. CIDADE DE ENGENHEIRO COELHO O Jardim da Bíblia está instalado na cidade de Engenheiro Coelho, uma pequena cidade emancipada e que pertence a região de Campinas/SP. Achei pertinente contar a história da cidade na qual está inserida este jardim. História de Engenheiro Coelho No princípio, essas terras eram habitadas pelos nativos indígenas, os autênticos brasileiros, depois se deu a ocupação pelos portugueses, os primeiros imigrantes. O processo de colonização sempre teve a economia
  • 116. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 116 ] mercantilista como o foco principal da conquista desse país-continente. Ele iniciou-se com a exploração do pau- brasil, passando pela exploração da borracha, pela implantação da cultura da cana-de-açúcar, posteriormente a procura do ouro e pedras preciosas das Minas Gerais e, finalmente o plantio do café. Inicialmente, os portugueses tentaram empregar os indígenas. Após o insucesso dessa tentativa, eles foram buscar os negros na África, trazendo- os na condição de escravos para trabalharem em todas essas atividades. Em meados do século XIX, a cultura do café encontra nas terras paulistas o local ideal para a exuberância do seu florescimento, entretanto, com a falta de mão-de-obra suficiente para atender o crescimento da produção, em especial para exportação, inicia-se uma nova era de ocupação do país. O governo brasileiro passa a incentivar a imigração europeia, destacando-se os povos alemães, belgas, suíços, austríacos, espanhóis, italianos, japoneses e outros. Os imigrantes contribuíram com novos conhecimentos e nova cultura, convivendo com os que aqui já estavam. No final do século XIX, após a abolição da escravatura, muitos negros continuaram nas fazendas sob outra relação de trabalho e outros migraram para as cidades em busca de novas alternativas. Dessa mistura entre índios, negros e portugueses surgem novas modalidades étnicas, em especial uma denominada
  • 117. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 117 ] “caboclo”, a união do índio e do português. Enquanto a vida nas grandes cidades era mais intensa, em especial as litorâneas e as capitais, no interior as dificuldades eram enormes; os caboclos, espalhados pelo sertão afora geralmente exploravam as terras para cultivo de alimentos para a subsistência. Localizados em áreas de difícil acesso, de matas e animais selvagens, isolados ou em comunidades rurais, eles viviam de modo rústico e distantes da civilização. De maneira geral, os moradores se agrupavam em bairros rurais. Com o passar do tempo, um ou outro se desenvolvia e se transformava em cidade. Com o fortalecimento das culturas da cana-de- açúcar e do café em São Paulo, surge a elite agrária do interior paulista, os senhores de engenho e os barões do café. Fazendas e mais fazendas são instaladas no interior afora; colônias são construídas para abrigar os trabalhadores caboclos, principalmente os migrantes mineiros e nordestinos, assim como os imigrantes, para trabalharem nas lavouras. Os acessos às fazendas eram precários e, muitas vezes inacessíveis, dificultando o escoamento dos produtos agrícolas. A partir da década de 1870, as elites agrárias, que também ocupavam os principais postos do governo, começam a implantar as primeiras companhias ferroviárias que atenderiam a região de Campinas e, posteriormente o interior paulista em busca de suas riquezas agrícolas, são elas a Cia. Paulista, a Mogiana, a Sorocabana e a Ituana.
  • 118. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 118 ] O GRANDE MOTOR DO DESENVOLVIMENTO E AS NOVAS CIDADES Um ramal ferroviário torna-se de grande interesse para os nossos estudos. Começou como um trecho da Companhia Carril Agrícola Funilense (1870 a 1899), posteriormente denominado Ramal Férreo Campineiro (1899 a 1905), mudando novamente sua denominação para Estrada de Ferro Funilense (1905 a 1924), subordinada ao governo do estado, e, a partir dessa data incorporada pela Estrada de Ferro Sorocabana. A Funilense, com pouco menos de 100 km de extensão, construída inicialmente até a Usina Ester (Cosmópolis), partindo do centro de Campinas, visava transportar principalmente o açúcar e o café para Santos com destino ao exterior. Desse trecho surgiram o Distrito de Barão Geraldo, Paulínia e Cosmópolis. Com a grande valorização do café e a necessidade da abertura de novas fronteiras agrícolas para o seu cultivo, inicia-se a expansão do ramal ferroviário, até chegar às barrancas do Rio Mogi Guaçú. Dessa nova linha surgem as vilas e cidades de Artur Nogueira, Engenheiro Coelho, Tujuguaba, Conchal e Pádua Sales. Ela foi desativada em 1960 e desapareceu com a retirada de seus trilhos em 1962. A partir de 1850, com a proibição internacional do tráfico de africanos, os fazendeiros de Campinas, Limeira e região sofrendo com a escassez e com a elevação do
  • 119. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 119 ] preço do escravo no mercado, procuraram desenvolver suas atividades produtivas através de moradores naturais da região e também com migrantes nordestinos. Eles não tiveram muito sucesso devido ao pouco interesse dessas comunidades em trabalhar nas lavouras; assim alguns iniciaram as primeiras tentativas de introdução do trabalho imigrante nas lavouras de café. Essa primeira tentativa não foi muito bem sucedida, tendo em vista que os estrangeiros não concordaram com o sistema de remuneração praticado. Muitos abandonaram as fazendas, alguns se tornaram meeiros com os proprietários das terras, outros compraram pequenas glebas de terra para trabalhar ou se deslocaram para as cidades em busca de novos afazeres. Diante desse sistema pouco auspicioso empreendido pelos fazendeiros, e para garantir o crescimento e desenvolvimento da cultura cafeeira do Estado de São Paulo, o Governo Federal e o Estadual buscaram promover a imigração oficial de grandes levas de europeus para nossa região. A diferença desse modelo é que os órgãos governamentais responsáveis não instalaram os imigrantes nas colônias das fazendas. Eles criaram núcleos coloniais, derivados da aquisição de grandes propriedades no interior paulista, dividindo as terras em glebas de aproximadamente 10 alqueires cada. Esses lotes eram cedidos aos imigrantes para que ali se instalassem e promovessem a exploração agrícola de
  • 120. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 120 ] modo a suprir as necessidades de alimentos às suas famílias, comercializar os produtos excedentes nas cidades e, principalmente para a cultura extensiva do café. Não se conseguiu a ocupação total dos núcleos com os imigrantes, então muitos lotes também foram cedidos aos moradores locais. No centro desses estabelecimentos coloniais ou em áreas adjacentes, implantaram-se os núcleos urbanos das primeiras vilas, destacando-se em muitos casos a Estação Ferroviária, a partir da qual se formaram algumas dessas povoações. Ao longo desse ramal ferroviário surgem as cidades de Cosmópolis (Núcleo Campos Salles) e Conchal, através dos núcleos Visconde de Indaiatuba, Conde de Parnahyba, Leme e Ferraz. Artur Nogueira, Engenheiro Coelho e Tujuguaba foram constituídas a partir de loteamentos particulares, não muito distantes desses empreendimentos coloniais. OS PRIMEIROS MORADORES Por volta de meados do século XIX, a região onde hoje se encontra Engenheiro Coelho era uma vasta extensão de serrado tradicional do interior do país. A exploração das terras se dava pela cultura insipiente da cana-de-açúcar para a produção de açúcar, álcool e aguardente, cultivo de alimentos para subsistência como o milho, mandioca, arroz, feijão, criação de animais como bois, aves e porcos, extração de madeira para
  • 121. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 121 ] construções e obtenção de lenha visando abastecer as fábricas da região de Mogi Mirim e Campinas e para movimentar as caldeiras dos trens que, a partir da década de 1870 começaram a circular na região. Nos livros de matrículas da Escola de Mogi Mirim, datados entre os anos de 1878 até 1882, foram encontrados nomes de famílias que têm ligação com Engenheiro Coelho. Um dos mais expressivos é o de José Alves Cavalheiro Júnior, filho de José Alves Cavalheiro que também aparece nos registros da Secretaria de Agricultura (Inspetoria Geral de Terras e Colonização), como colono do Núcleo Campos Salles (cidade de Cosmópolis), por volta de 1898 e 1899. Esse dado pode ser alusivo à família do destacado Antonio Alves Cavalheiro que foi Chefe da Estação da Guaiquica (uma das primitivas denominações da região onde surgiu o povoado que, futuramente se transformaria na cidade de Engenheiro Coelho). Esse cidadão também foi o responsável pelo funcionamento da primeira sala de aula e professor da Escola Mista Rural da citada povoação em 1960, ele foi escolhido como patrono de uma das mais destacadas instituições de ensino de Engenheiro Coelho que, atualmente denomina-se “Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau “Antonio Alves Cavalheiro”. Também constam desses livros muitos sobrenomes comuns às primeiras famílias que estiveram presentes na formação da povoação. Entre essas destacamos:
  • 122. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 122 ] Camargo, Carvalho, Ferreira, Franco, Leme, Miranda e Morais, todos tidos como naturais de Mogi Mirim. Outros nomes também foram identificados como antigos moradores da região, tais como os Cardoso, Castelar, Ferraz, Ferreira, Oliveira, Olivério, etc. De acordo com os relatos orais feitos pelos mais antigos moradores da cidade, a ocupação da região ocorreu pelas famílias de imigrantes portugueses e “caboclos” que, ao longo do tempo se casaram entre si e com os índios locais, chamados de bugres, constituindo assim novas famílias. Destacam-se entre as mais antigas os nomes de Joaquim e Júlio Cardoso de Moraes, Alfredo e Lázaro Francisco Guimarães, Alfredo e seu irmão Elói Nabarrete, Antonio e seu filho Lázaro Franco de Oliveira, Amaro Franco de Oliveira e João Egídio Milares. OS NOVOS IMIGRANTES Em 1887, instalaram-se na região os imigrantes alemães, belgas, suíços, suecos, húngaros, austríacos, poloneses, e outros. Os moradores mais antigos citam que as famílias Hereman, Haeck e Firz foram as precursoras, posteriormente chegaram os Krebsky, Hornhardt, Nimptz e Müller. Conforme relato enviado por Robert Hereman, neto de Theofile Hereman ao nosso amigo Evandro
  • 123. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 123 ] Francischetti, Joannes Franciscus Hereman (Jan Frans) nasceu em 17 de outubro de 1838, em Aalst, um município belga situado às margens do rio Dender, na província Flamenga da Flandres Oriental, a 24 Km a noroeste de Bruxelas. Por volta de 1860, ele mudou-se para Eksaarde. Ele casou-se com Anna Catarina Megroet e, posteriomente com Matthilde de Mol, sendo que desses dois casamentos nasceram 23 filhos. Em 1887, descontente com as exigências do líder religioso local, ele decidiu emigrar ao Brasil com todos os seus filhos (exceto uma filha chamada Mina). Um deles faleceu durante a viagem, assim Jan Frans chegou a Santos, com sua esposa e 21 filhos. Conforme relatos de familiares, a sua fortuna, que se resumia em algumas peças de ouro, foi roubada no Porto de Santos, consequentemente ele chegou em terras brasileiras sem recursos. Por coincidência, uma menina chamada Emma van de Velde, natural de Moerbeke, que viajou no mesmo barco, se tornou, no futuro, a esposa de seu filho Theophile (Teófilo) Hereman, irmão de Petrus (Pedro). Completamente arruinado, Jan Frans foi ao Consulado da Bélgica e pediu ajuda. O Cônsul da Bélgica deu-lhes algum dinheiro e, de alguma maneira ainda não conhecida, o governo brasileiro concedeu-lhes um pedaço de terra virgem. Se os Heremans, após cinco anos, conseguissem fazer a terra produzir, essa área passaria a pertencer-lhes. Foi assim que a história começou. A
  • 124. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 124 ] floresta foi desbravada e as plantas cultivadas. Após o prazo estipulado, a sua primeira safra de café foi inteiramente destruída pela geada. Depois desse evento, tudo correu às mil maravilhas e a sua cultura foi se desenvolvendo, ano após ano. No início da década de 1900, Joannes, sua esposa e alguns filhos voltaram definitivamente para a Bélgica. Parte de sua prole permaneceu no Brasil. Sabemos que Petrus (Pedro) e Theophile (Teófilo) continuaram a exploração das terras. Joannes faleceu em 13 de outubro de 1908. Conforme os relatos de Dna. Irene M. Hereman de Oliveira (03/01/1983), apresentados por Adauto Hereman, tomamos conhecimento do seguinte: Jan Frans e sua família desembarcaram em 1891, viajaram no lombo de burros até Limeira. Eles se instalaram na comumente chamada Fazenda dos Felipes, dedicando-se ao cultivo do café. Em 1901, os Heremans compraram uma área de terra na “Guaiquica” (nome da região que deu origem à denominação da fazenda adquirida pela família). Eles desbravaram as matas (300 alqueires) para o cultivo do café, construíram as primeiras casas, as instalações da fazenda e as moradias dos colonos, tudo em madeira. Após essa empreitada, Jan Frans e Mathilde retornaram à Bélgica, levando suas filhas Celeste, Vana e Clotilde. Os outros filhos ficaram no Brasil. Com o falecimento de Jan Frans (1908) e Mathilde procedeu-se a partilha dos bens. Pedro Hereman, casado
  • 125. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 125 ] com Henriette Krebsky (Henriqueta Krebsky) e Theophile Hereman (Teófilo) e sua esposa Emma van de Velde passam a comandar a fazenda. Não nos aprofundamos na genealogia dos Heremans. Limitamo-nos a publicar alguns registros, exatamente como os recebemos da Bélgica, através de Evandro Francischetti. Nesses documentos constam os nomes de alguns dos filhos do patriarca Joannes Franciscus Hereman (Jan Frans), assim como registros das famílias de Pedro e de Teófilo Hereman. Em 1914, Teófilo viajou à Bélgica com sua família para passar um período de férias e foi impedido de retornar ao Brasil devido a eclosão da 1ª. Guerra Mundial. Após o conflito, ele montou a sua própria empresa de torrefação de café em Eksaarde sob o nome de Estrella Brazileira (posteriormente simplificado para Estrella). Pedro ficou com a Fazenda Guaiquica (posteriormente chamada de São Pedro), onde produzia e exportava o café para a sua terra natal. Victor voltou à Bélgica, onde se casou com Irma Bawens. Em 1914, eles retornaram à Fazenda Guaiquica, constituíram um armazém com dois barracões (depósitos) para estoque em uma das colônias da propriedade, local onde também funcionava a primeira sala de aula. Foi nessa área que, em 02/09/1912 foi inaugurada a Estação Ferroviária da Guaiquica. Os outros irmãos de Pedro, Teófilo e Victor tomaram outros rumos, Heliodor comprou um sítio em
  • 126. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 126 ] Cosmópolis, Leão adquiriu uma outra propriedade na região e Ernesto retornou à Bélgica. De acordo com relatos de antigos moradores, por volta de 1910, a Fazenda Guaiquica já contava com aproximadamente 420 alqueires. Seu dinâmico proprietário imprimiu toda a força existente para desenvolvê-la e, a cada ano que se passava mais se produzia e se construía. Pedro Hereman foi implementando equipamentos necessários à sua manutenção e desenvolvimento. Foram instalados moinho de fubá, máquinas de beneficiar arroz e café, fábrica de farinha de mandioca, barracão de beneficiamento da laranja, serraria, olaria, oficina, armazém, escola e silos para o armazenamento dos produtos agrícolas. As cinco colônias da fazenda eram conhecidas por Colônia da Sede, Colônia da Olaria, Colônia do Meio, Colônia da Fábrica de Farinha e a Colônia da Guaiquica, onde existiam a oficina de ferramentas agrícolas, três residências em seu entorno, o armazém, os barracões que serviam para depósito, além da primeira farmácia e a primeira sala de aula da escola da fazenda, com uma casa ao seu lado. Essa colônia foi a célula–mater à formação do atual núcleo urbano, denominado Engenheiro Coelho. A fazenda passou por um período de desenvolvimento fabuloso, tendo como base em sua economia de produção a cultura do café, produto
  • 127. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 127 ] exportado para a Bélgica, onde a família Hereman possuía uma torrefação que comercializava o café brasileiro (Estrella Brazileira). Os Heremans venderam a empresa em 1980. Além do café, eles produziam laranja, que também era exportada para a Bélgica, Inglaterra e Holanda. A Guaiquica também produzia algodão, mandioca, cereais, e abrigava grande criação de porcos que eram motivo de atração a outras fazendas e cidades. Pedro Hereman conseguiu a alteração do traçado da ferrovia (ramal da Funilense /Sorocabana), de maneira que ela passasse pelo interior da fazenda, de forma que todas as colônias ficassem em sua proximidade. Em 1912, foi construída a estação da estrada de ferro na Colônia Guaiquica, que passou a ser conhecida pelo mesmo nome da colônia e, a partir de 27 de agosto de 1923 denominou-se “Engenheiro Coelho” em homenagem ao Dr. Afonso Constante Coelho que, durante muitos anos, exerceu o cargo de fiscal da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. (denominação ostentada anteriormente pela estação ferroviária de Conchal). Conforme relatos, Pedro Hereman foi um excelente administrador e incentivador da educação. Ele construiu e viabilizou a operacionalização de uma sala de aula, vinculada ao Município de Mogi Mirim, denominada Escola Rural da Guaiquica, administrada pela Secretaria Estadual de Educação. Ele era amante da música e para incentivar seus empregados, contratou um professor de
  • 128. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 128 ] Campinas para ministrar-lhes aulas dessa arte, obrigando-os a frequentá-las assiduamente, sob pena de ser descontada uma parcela de seus ordenados caso não se interessassem pela disciplina. Além desse professor, outros contratados para lecionar na escola da colônia eram hospedados na sede da fazenda. Alguns moradores antigos citam um fato pitoresco sobre o proprietário da Fazenda Guaiquica (São Pedro). Por ocasião de suas viagens de negócios à Europa, ele exigia que a banda musical, mantida às suas custas, promovesse retretas, em sua partida no Porto de Santos e na Estação Ferroviária da Guaiquica, no momento que retornava à fazenda. Conforme texto enviado pelos Heremans que estão na Bélgica, em 1928, Frans (filho de Theóphilo), Olga e a filha do meio Jacqueline voltaram ao Brasil, onde permaneceram por 6 meses na tentativa de impedir a divisão das terras da fazenda. Frans ficou até 1940. Ele retornou a Eksaarde devido ao bloqueio das remessas de café do Brasil para a Europa. Com o falecimento de seu pai, em 1946, ele assumiu a torrefação (Estrella). Não se tem conhecimento da data precisa do retorno de Pedro Hereman para a sua terra natal, sabe- se, porém que seu filho Christian (Cristiano) e sua irmã Helena Hereman, casada com Antonio Alves Cavalheiro ficaram no Brasil administrando a fazenda. Pedro Hereman faleceu em 23 de julho de 1932.
  • 129. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 129 ] Conforme relatos, após seu casamento (1915) com Helena Hereman (filha de Pedro), Antonio Alves Cavalheiro passou a administrar os negócios da fazenda. Dessa união nasceram os filhos: Nelson Alves Cavalheiro, Moacyr Alves Cavalheiro, Celina Alves Cavalheiro e Pedro Alves Cavalheiro. Cristiano Hereman, sócio e cunhado, cuidava da produção. Antes da constituição dessa sociedade, Antonio Alves Cavalheiro já se destacava como um grande batalhador pelas causas da região. Ele foi “bombeiro” dos trabalhadores da construção da estrada de ferro, cozinheiro da empresa e também foi nomeado como telegrafista da companhia ferroviária. Posteriormente, passou a sub-chefe da Estação de Pádua Salles, município de Conchal, até que assumiu a chefia da Estação da Guaiquica. Conforme os depoimentos de antigos moradores, no início da década de 1920, Ítalo Francischetti e seus filhos abriram uma carpintaria em uma oficina alugada da Fazenda Guaiquica (São Pedro). Ali se produzia arados, implementos agrícolas e ferramentas de corte. Esses produtos eram distribuídos por diversas regiões do Estado de São Paulo, especialmente para Ourinhos. Os Francischettis foram progredindo, seus filhos se casaram e se fixaram nas casas da colônia, que eles adquiriram no futuro. Por volta de 1930, Antonio Alves Cavalheiro empreendeu as construções da segunda sala de aula do
  • 130. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 130 ] Grupo Escolar e da Capela São Pedro, inaugurada em 29 de junho de 1936. Para essa última empreitada ele contou com a ajuda da comunidade. O genro de Pedro Hereman foi um incentivador da educação. Além de lecionar na escola da Guaiquica, seguindo o exemplo de seu sogro, Cavalheiro e sua esposa Helena se encarregavam de hospedar os outros professores contratados. Depois de muita luta, em 1937 ele conseguiu a implantação da energia elétrica na propriedade, benfeitoria que não pode usufruir, devido ao seu falecimento, em 21 de fevereiro de 1936. Até então, Engenheiro Coelho não passava de uma das colônias da Fazenda Guaiquica (São Pedro), sem nenhuma perspectiva de desenvolvimento. A partir de 1936, com a construção da estrada de Rodagem de Limeira a Mogi Mirim, que passava ao lado da colônia, e da Estrada de Rodagem de Engenheiro Coelho a Artur Nogueira, ligando-se com Cosmópolis (1937) esse quadro modificou-se. No cruzamento dessas rodovias e ferrovias foi construído um grupo de edificações por Amin José Flaifel. Em uma delas abriu uma casa de comércio com residência nos fundos, funcionando nas outras edificações o gabinete dentário do Dr. Lázaro da Silva (Lazinho) e a barbearia do Jacinto Leme. Além dessas construções havia o bar do Joaquim Olivério, às margens da estrada de Rodagem de Engenheiro Coelho a Artur Nogueira. Antigos moradores lembram-se do Guaiquica Futebol Clube, dirigido por Rached José Flaifel, extinto
  • 131. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 131 ] por volta de 1937. Nessa época, foi criado o Paulista Futebol Clube, cujo campo ficava ao lado da estrada de rodagem, onde permaneceu até o início da década de 40. Aproximadamente em 1937/38, Amin José Flaifel e Adolfo Nimptz puxaram a primeira linha de energia elétrica rural. Após o falecimento de Antonio Alves Cavalheiro, seus filhos assumiram a administração dos negócios em sociedade com Cristiano Hereman. No início da década de 1940, a empresa Cavalheiro & Hereman empreendeu o primeiro loteamento na Colônia da Guaiquica, delimitada pela estrada de rodagem de Limeira a Mogi Mirim ao norte, a leste pela ferrovia com destino a Artur Nogueira, ao sul com a gleba de terra onde estava instalada a oficina dos Francischettis e suas residências e a oeste traçou-se uma linha demarcatória no sentido norte-sul, fechando assim os limites do loteamento desenhado pelo agrimensor Karl Glaser. Foi esse empreendimento que determinou o início da povoação que, no futuro, se constituiria a cidade de Engenheiro Coelho. Após essa iniciativa, a localidade passou a apresentar um movimento desenvolvimentista. A partir daí, foram construídas diversas residências, bares, armazéns, farmácias, posto de gasolina, máquina de beneficiar arroz, padaria, açougue e os serviços de correio e telégrafo instalado com a ferrovia. Ainda na década de 40, ocorreu a formação do “Terra Preta Futebol Clube” (1942) que, a partir de 1946 recebeu o nome de
  • 132. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 132 ] “Associação Esportiva São Pedro”. Essa agremiação foi registrada na Federação Paulista de Futebol e continua em atividade. Em 1944, os Cavalheiros e Cristiano Hereman venderam a Fazenda Guaiquica para os senhores Sérgio Alves e Augusto Mirandola. No ano seguinte, mais precisamente no dia 14 de novembro de 1945, conforme escritura lavrada no Segundo Tabelionato da Comarca de Limeira (livro 103, folha 14), parte da Fazenda Guaiquica (168 alqueires restantes, após divisão ocorrida no início do século) foi comprada pela Família Forner, mais precisamente por Pedro, Angelo, Francisco, José, João, Vitalino, suas respectivas esposas, Maria Pezzatto, Rosa Marrafon, Maria Marrafon, Rosa Bonin, Elvira Martinato e Irene Pessatti, além do menor Geraldo Forner. Essa área englobava a sede da fazenda, as benfeitorias e as culturas principais, consistindo em vinte e oito casas simples, oito duplas para alojar colonos, todas de tijolos e telhas, três moradias para a administração, incluindo a sede do imóvel, uma fábrica de farinha de mandioca composta de um lavador/descascador, um ralo, uma prensa hidráulica, dois fornos fixos, um motor elétrico de 5 HP, uma máquina de beneficiar café, uma máquina de beneficiar arroz, dois moinhos de fubá, serraria com todos os pertences, um motor de 18 HP, dois transformadores (de 25 e 30 HP), cinquenta mil cafeeiros, sete mil laranjeiras, vinte mil eucaliptos e vinte alqueires de mata.
  • 133. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 133 ] A propriedade adquirida pela família Forner englobava a sede da fazenda e o entorno do loteamento existente, exceto a parte norte, de propriedade de Antonio Mingote, que havia sido permutada anteriormente com os Cavalheiros. O restante da Fazenda Guaiquica foi aos poucos sendo adquirida pelos moradores da região, tais como Luiz Fávero, os Teressanis, João Berton, sendo que Fávero mudou-se para o núcleo urbano em 1945. Fávero deu continuidade aos negócios do armazém que, anteriormente era administrado pela Família Hereman. Ainda no ano de 1945, foi instalada a energia elétrica na rua principal do loteamento e a iluminação pública em 1947/48. Ainda na década de 1940, o Sr. Alfredo Francisco Guimarães, conhecido como Alfredo Peixoto adquiriu alguns lotes dos Cavalheiros nos quais construiu cinco casas, num prazo de seis meses. Nessa época, ocorreu uma significativa movimentação na vida urbana de Engenheiro Coelho, através da intensificação das atividades comerciais e de serviços. De acordo com as informações prestadas por Claudete Aparecida Soares, no ano de 1947 foi inaugurado o campo da aviação, objetivando a diversão da população, principalmente do seu pai, o Sr. Lázaro Silva (Lazinho) dentista que prestava serviços à comunidade e era proprietário de um avião. Ele mantinha um relacionamento amistoso com alguns acrobatas de
  • 134. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 134 ] renome como o famoso Bertelli e Ada Rogatto que, assim como a Esquadrilha da Fumaça, faziam apresentações na região. A partir de 1950 o crescimento da povoação se deu em ritmo lento, sendo que o grande destaque foi o loteamento implantado em 1954 pelo Sr. Pedro Forner. Em 1956 foi construído o templo da Igreja Evangélica Assembléia de Deus. No início da década de 1960, ocorreu a inauguração da Escola Estadual Antonio Alves Cavalheiro e foram iniciadas as obras para construção da Igreja São Pedro. Em 1963, na gestão do prefeito Jacob Stein, foi inaugurado o centro telefônico com aproximadamente 25 terminais. Em 1968, na gestão do prefeito Luiz Spadaro Cropanize foi aberto o poço artesiano, ação que veio amenizar o problema da falta de água que assolava o município. Também foram disponibilizados alguns pontos de abastecimento nas principais esquinas do núcleo urbano. Na segunda gestão de Jacob Stein (1969/72), instalaram pontos de água em todas as casas e a rede de esgoto na avenida principal, denominada Pedro Hereman e nas travessas, abrangendo os lotes servidos pela referida avenida que, posteriormente foi asfaltada. A partir de 1977, com a eleição do prefeito Rubens da Silva Barros Engenheiro Coelho passou a receber maior atenção do Executivo Municipal. Nesse período, ocorreu a eletrificação e iluminação, com a
  • 135. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 135 ] substituição das lâmpadas incandescentes por luminárias à base de mercúrio, foi construído o trevo de acesso ao núcleo urbano, empreendida a pavimentação de ruas com guias e sarjetas, a construção da Estação de Tratamento de Água e a prospecção de mais um poço artesiano. Também foi construído o emissário de esgoto, providenciada a implantação da telefonia automática (sistema DDD e DDI) e do Posto Policial, instalado o Posto de Saúde, assim como foi estimulada a abertura de uma agência do Banco Brasileiro de Desconto (Bradesco) e do serviço bancário da Caixa Econômica Estadual. Ainda nessa época, foi concedida a permissão para que fossem implantados loteamentos e destinados veículos para prestação de serviços municipais. O ponto alto dessa administração deu-se em maio de 1980, quando a Vila de Engenheiro Coelho foi elevada à categoria de Distrito de Artur Nogueira, conforme a lei estadual nº 2343, assinada pelo então governador Paulo Salim Maluf. A partir dessa data, o prefeito municipal designou o Sr. João Fávero para ser o primeiro sub-prefeito do distrito. No ano seguinte, foi empreendida a instalação da sub-prefeitura. Nas gestões do prefeito Cláudio Alves de Menezes (Artur Nogueira) e de Mariano Aparecido Franco de Oliveira (sub prefeito), o Distrito de Engenheiro Coelho passou por um período de estagnação. Foram realizados somente serviços de manutenção, abastecimento de água, coleta de lixo e varredura das ruas. A partir dessa época, os moradores do distrito começaram a demonstrar o seu
  • 136. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 136 ] anseio de uma libertação político-administrativa. Depois de uma luta empreendida principalmente pelos cidadãos Edison e Ademir Fávero, em 3 de outubro de 1991 a cidade elege seus primeiros vereadores e o primeiro prefeito municipal. A partir de 1 de janeiro de 1992 a cidade passa a ter administração própria com a posse dos primeiros vereadores e do prefeito Mariano Aparecido Fraco de Oliveira. Hoje, a economia do município está baseada na agricultura, destacando-se a produção de laranja, de cana-de-açúcar, tomate, mandioca, hortaliças, etc. A cidade também abriga indústrias de grande e médio porte. Entre elas destacamos a Louis Dreyfus, que industrializa suco de laranja concentrado para exportação, a TRW e a Fortec, que produzem componentes e discos de freios para a indústria automotiva. A composição do setor de serviços é diversificada, com a maior participação a cargo das atividades imobiliárias e serviços prestados às empresas, assim como o comércio está em franco desenvolvimento. Creches e escolas compõem o quadro educacional, junto com o campus da UNASP (Centro Universitário Adventista de São Paulo). Mantendo as características de cidade pequena e administrando ordenadamente seu crescimento, Engenheiro Coelho tem se destacado entre as cidades da região, sendo considerada um ótimo lugar para se viver. Trata-se de um município consideravelmente rico e que ostenta bons níveis nos indicadores sociais, segundo o
  • 137. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 137 ] IPRS – Índice Paulista de Responsabilidade Social (Seade, 2004). Localiza-se a uma latitude 22º29’18” sul e a uma longitude 47º12’54” oeste, estando a uma altitude de 655 metros. [1]
  • 138. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 138 ] REFERÊNCIAS 1 – https://pmec.sp.gov.br/cidade/historia/ 2 - https://unasp.br/bibliotecas/dr-enoch-de- oliveira/historia/ 3 - https://mab.unasp.edu.br/jardim-da-biblia.html 4 - https://www.worldofthebible.com/the-altar-of- sacrifice/ 5 - https://en.wikipedia.org/wiki/Gristmill 6 - https://en.wikipedia.org/wiki/Acacia 7 - https://en.wikipedia.org/wiki/Wells_in_the_Bible 8 - https://en.wikipedia.org/wiki/Assyrian_sculpture 9 - https://www.bibleplaces.com/grapevines- vineyards/?srsltid=AfmBOopSk46HUtuKeZUTPbn5gov5u2 lCnruBB0E9Uy98Xi_-QbcjAgUr 10 - https://en.wikipedia.org/wiki/Olives_and_olive_trees_in_Isr ael_and_Judaism 11 - https://www.betterplaceforests.com/blog/willow-tree- symbolism/
  • 139. JARDIM DA BÍBLIA DO MAB [ 139 ] 12 - https://gardentomb.com/about/ 13 - https://www.csu.edu.au/special/accc/biblegarden/plants- of-the-garden 14 - https://www.oneforisrael.org/bible-based- teaching-from-israel/figs-in-the-bible/ 15 - https://pastorshadrach.com/biblical-meaning- of-lavender/
  • 140. LISTA DE LIVROS PUBLICADOS TEOLOGIA Como evitar o seu suicídio Histórias absurdas da Bíblia Simbologia Bíblica Os heróis da Bíblia Os vilões da Bíblia Tanatologia Bíblica 30 conselhos do sábio Salomão 30 mensagens marcantes de Jesus Nefilins Estudo sobre o dilúvio bíblico Estudo das dez pragas do Egito Estudo do voto e Jefté Casa de Caifás Vinho na Ceia do Senhor Pastora é antibíblico 95 teses de Lutero explicadas Refutando o determinismo de Lutero Jesus era chato e antipático Parapsicologia Bíblica Dicionário de Parapsicologia Estudo sobre premonição Compêndio teológico sobre o véu Guia de Estudo Bíblico Dogmatologia Javé, o Deus da Bíblia A Triunidade de Deus Dízimo não é para o cristianismo Como fundar uma Igreja Sexologia cristã Tratado teológico sobre a barba Mulher não fala na igreja Espiritismo X Cristianismo Ilusão espírita Kardecista APOCRIFOLOGIA Livro ap. dos Jubileus Comentado Livro de Enoque com comentários Livro dos Segredos de Enoque analisado Livros de Adão e Eva Pseudo-epígrafos de Barnabé com comentários Pastor de Hermas com comentários (25) BIBLIOLOGIA Canonicidade Bíblica Comentário bíblico: Gênesis à Deuteronômio Comentário bíblico: Josué a II Crônicas Comentário bíblico Esdras a Jó Comentário bíblico – Salmos Comentário bíblico – Provérbios a Cantares
  • 141. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 141 ] Comentário bíblico – Profeta Isaias Comentário bíblico – Jeremias e Lamentações Comentário bíblico - Ezequiel Os quatro livros biográficos de Jesus Comentário bíblico – Ev. de Mateus Comentário bíblico – Ev. de Marcos Comentário bíblico – Ev. De Lucas Comentário bíblico – Ev. De João Atos dos apóstolos Explicado Atos dos apóstolos Comentado e Ilustrado Comentário Bíblico – Carta aos Romanos Primeira Carta aos Coríntios comentada Estudo da 1ª carta aos Coríntios Primeira epístola de Pedro com comentários Epístola de Tiago com comentários Apocalipse comentado A Septuaginta DEMONOLOGIA O Diabo está ao seu lado Lugares amaldiçoados 30 lugares sinistros HAMARTIOLOGIA O pecado da sensualidade ESCATOLOGIA Arrebatamento pré-tribulacionista Juízo Final O Fim do Mundo 41 ÉTICA Bebida alcoólica não é pecado Como se vestem os santos Você é invejoso, entenda isso Salto alto faz mal e é pecado GEOGRAFIA BÍBLICA Hotéis no Oriente Médio Cidade do Cairo no Egito Caná da Galileia Via Dolorosa Mar da Galileia Grande Esfinge do Egito As pirâmides do Egito O Mar Vermelho Monte das Oliveiras Belém, onde nasceu Jesus O Jardim do Éden na Bíblia Basílica da Natividade em Belém Sinai, o monte de Deus O exótico Mar Morto Jericó, a cidade mais antiga do mundo
  • 142. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 142 ] Monte Carmelo e o profeta Elias Mênfis, no Egito Barreira israelense na Cisjordânia Rio Nilo no Egito PATROLOGIA Apologia de Justino de Roma com comentários Cartas de Inácio de Antioquia ilustradas e comentadas Vida de Antão com comentários Clemente de Roma De Trinitate de Agostinho com comentários As vestimentas na Igreja Primitiva - Tertuliano Hexamerão de Ambrósio ilustrado e explicado Ambrósio de Milão, ilustrado e comentado Didascalia Apostolorum com comentários DEVOCIONÁRIO E SERMÕES Cristo e eu de C Spurgeon A imitação de Cristo de Tomás de Kempis com comentários O peregrino de John Bunyan ilustrado e explicado Experimentando Jesus através da Oração (com comentários) – Madame Guyon Pecadores nas mãos de um Deus irado comentado Autoridade Espiritual com comentários Motivos para agradecer TANATOLOGIA O céu é de verdade com comentários Uma prova do céu – analisado Vida após a vida com comentários COLEÇÃO DO EX-PADRE ANIBAL PEREIRA DOS REIS Será que o crente pode perder a salvação? Comentada Senhora Aparecida com comentários Essas Bíblias católicas [com comentários] A virgem Maria [com comentários] A imagem da Besta [com comentários] Anchieta, santo ou carrasco? [com comentários] As aventuras do cardeal [com comentários]
  • 143. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 143 ] A guarda do sábado [com comentários] O cristão e o seu corpo {com comentários] Será que todas as religiões são boas? [Com comentários] A Senhora de Fátima [com comentários] O mais importante sinal da vinda de Cristo [com comentários] Cartas ao Papa João Paulo II [com comentários] O Diabo [com comentários] Crente leia a Bíblia! [Com comentários] A Missa [com comentários] Pedro nunca foi Papa! [com comentários] O Vaticano e a Bíblia com comentários COLEÇÃO REFLEXÕES DO ESCRIBA DE CRISTO Reflexões vol 1, Reflexões vol 2 Reflexões vol 3, Reflexões vol 4 Reflexões vol 5 Reflexões vol 6 CIÊNCIAS ESPACIAIS Mitologia sobre o planeta Marte Missões ao planeta Marte ISS – Estação Espacial Internacional – Maravilha de Deus Terra plana dos insensatos Terra Plana e os satélites geoestacionários Terra Plana e os ônibus espaciais Os astronautas e a terra plana Ciências X Terra Plana Globo X Terra Plana – Volume 1 Globo X Terra plana – Volume 3 Globo X Terra plana – Volume 3 Globo X Terra Plana – 100 lições CIÊNCIAS NATURAIS Jardim da Bíblia do MAB Museu de Zoologia da USP Os Escochatos Catálogo de mineralogia Ricardo Felício e o aquecimento Global Cactos e suculentas, maravilhas de Deus Biologia, O mito da Evolução Baleias, maravilhas de Deus A sabedoria das formigas Formigas, maravilhas de Deus Pôr do sol, maravilha de Deus Abelha sem ferrão, maravilha de Deus As palmeiras, maravilhas de Deus
  • 144. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 144 ] Orquídeas, maravilhas de Deus Camelos e dromedários, maravilhas de Deus 101 maravilhas de Deus, Volume 1 101 maravilhas de Deus, Volume 2 101 maravilhas de Deus, Volume 3 101 maravilhas de Deus, Volume 4 101 maravilhas de Deus, Volume 5 101 maravilhas de Deus, Volume 6 101 maravilhas de Deus. Volume 7 101 maravilhas de Deus, Volume 8 Botânica Bíblica Produção de plantas GASTRONOMIA Licores, maravilhas da humanidade SAÚDE PÚBLICA Medicina Psicossomática Doenças na Humanidade História das pandemias Pestes na Antiguidade Tratamentos contra a Covid-19 Coronavírus e a histeria coletiva Coronavírus e a imunidade Coronavírus e as causas de morte Revolta da Vacina e o Coronavírus Coronavírus – Isolamento ou distanciamento? Coronavírus e os efeitos econômicos Virologia do Coronavírus 9 de abril de 2020 – pico do coronavírus Coronavírus – Conspiração Chinesa Coronavírus e o plano chinês Coronavírus em cada nação Coronavírus e suicídio UFOLOGIA Eram os deuses astronautas (Com anotações) A Bíblia da Ufologia DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ COLEÇÃO: MENTES BRILHANTES Guilherme Fiúza, mente brilhante Rodrigo Constantino, mente brilhante Augusto Nunes – mente brilhante Allan dos Santos – mente brilhante Luciano Hang – mente brilhante
  • 145. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 145 ] Roberto Jefferson – mente brilhante Alexandre Garcia, mente brilhante Olavo de Carvalho, mente brilhante Bernardo Küster, mente brilhante Caio Coppolla, mente brilhante Deltan Dallagnol, mente brilhante Gustavo Gayer, mente brilhante Adrilles Jorge, mente brilhante Magno Malta, mente brilhante ESTADOS UNIDOS Governo Glorioso de Donald Trump CONSERVADORISMO Deus é Conservador e o Diabo é progressista ESQUERDA Os tentáculos malignos da Esquerda JUDICIÁRIO Ministro Gilmar Mendes, o juiz iníquo CORRUPÇÃO Planilha de propina da Odebrecht explicada SERIE: LULA Os amigos de Lula Todos os telefones do presidente Lula Lula e o caso do triplex 21 Lula X ACM SÉRIE BOLSONARO Jair Bolsonaro, presidente do Brasil Bolsodória – o perfil de mau caráter Bolsonaro X João Dória Bolsonaro – traidor da Direita SÉRIE: Presidente Moro 2022 – O caso do triplex - Sigilo telefônico do Lula COMUNISMO As mentiras comunistas sobre o Regime Militar Comunismo em Cuba Genocídio Comunista no Camboja U.N.E. – A serviço do comunismo Utopia da Igualdade PARTIDO DOS TRABALHADORES [PT] Memorial criminoso do PT – Volume I
  • 146. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 146 ] Memorial criminoso do PT – Volume II PT X Cristianismo NAZISMO Minha Luta de Adolf Hitler com comentários O lado bom do nazismo DEMOCRACIA Como Vladimir Putin elimina opositores Liberdade e democracia de Mentira O fracasso da democracia GEOPOLÍTICA A China e o Anticristo OMS à serviço da China Antissemitismo na Alemanha pré- nazista Estatuto do Hamas com comentários COMUNICAÇÃO A Era das Fake News Globolixo em charge Globovírus FEMINISMO Homem é cabeça da mulher Deus é machista 36 CIÊNCIA MILITAR Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários A arte da Guerra com comentários DIREITO Direito Divino ao Trabalho Direito Divino a Legítima Defesa O instituto divino da Pena de Morte ESCRIBA DA HISTÓRIA ARTE E LITERATURA O verdadeiro sítio do Picapau Amarelo Refutando Os Protocolos dos Sábios de Sião O Talmud Desmascarado [analisado] A vitória do judaísmo sobre o germanismo com comentários. 1984 de George Orwell ilustrado e comentado Jesus segundo os artistas As pinturas de Benedito Calixto As pinturas de Akiane Kramarik Pinturas de Caravaggio As músicas diabólicas de Raul Seixas Hamlet de Shakespeare com comentários A arte poética de Aristóteles comentada
  • 147. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 147 ] Minha Luta de Adolf Hitler com comentários O Guarani, ilustrado e comentado A Revolução dos Bichos comentada e ilustrada A Guerra dos Mundos – Livro I com comentários A Guerra dos Mundos – Livro II HISTÓRIA Castelo de Robson Miguel Cronologia de perseguições aos judeus – Volume 1 [do início ao século XIX] Cronologia de perseguições aos judeus – Volume 2 [séc XX e XXI] Guerras e crimes contra Israel Igreja do Embaré em Santos Código Hamurabi e a Lei de Moisés Introdução à Arqueologia Egiptologia Bíblica Museu de Arqueologia Bíblica Museu Egípcio do Cairo Museu Egípcio de Curitiba Museu do Automóvel de Curitiba Museu Mazzaropi Museu do Brinquedo de Pomerode História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia História do Universo comentada História do Cristianismo comentada História da cidade de Jerusalém Jerusalém na Bíblia O anjo de quatro patas A Epopéia de Gilgamesh O livro dos Mártires com comentários Dragões existiram História de Itabaiana História da Ferrovia HISTÓRIA ECLESIÁSTICA O que é Igreja Católica Romana? Finanças da Igreja Católica Entenda a CCB – Volume I Entenda a CCB – Volume II História da Igreja Deus é Amor A cúpula do Vaticano é homossexual BIOGRAFIA Jacó em férias de 2022 Maria de Lourdes – Mulher coragem Cronologia da Vida do apóstolo Paulo Vida de Antão com comentários Vida de Constantino comentada capítulo a capítulo David Ben-Gurion – Herói de Israel Galileu Galilei X Igreja Católica Lutero era antissemita
  • 148. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 148 ] GEOGRAFIA Balneário Camboriú no Brasil Dubai, maravilha da humanidade Vila Inglesa de Paranapiacaba Cidade de Paraty no Brasil AVIAÇÃO Os acidentes aéreos no Brasil Aeroporto Guarulhos, maravilha da humanidade Aeroporto de Tel-Aviv, maravilha da humanidade Airbus A380, maravilha da humanidade CIÊNCIAS SOCIAIS Acumuladores Os quatro temperamentos Educação Financeira Como ser feliz Onde estão as moedas [com comentários] Controle Populacional ou o caos O Estado Judeu de Israel Os beduínos na Bíblia e hoje COLEÇÃO SERVOS DE DEUS Apóstolo Rina e a Igreja Bola de Neve Jerônimo de Belém da Judéia Charles Finney –Vol 1 Charles Finney – Vol 2 FILOSOFIA Anticristo de Nietzsche comentado ACADEMIA DE POLÍCIA CIÊNCIAS POLICIAIS A perigosa vida de travestis Escrivão de Polícia é cargo técnico científico Manual de Necropsia Plantão policial Ocorrências Policiais Sátiras Policiais Anedotas policiais HERÓIS DA POLÍCIA Sargento Tonny Santos – Herói... Gabriel Monteiro – Herói da p... Coronel Telhada – Herói da p... EM OUTROS IDIOMAS Didascalia Apostolorum with comments Guide Study Bible [Ingles] Creationist Biology vol 1 {inglês} Creationist Biology vol 2 {inglês} Creationist Biology vol 3 {inglês} Creationist Biology vol 4 {inglês]
  • 149. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 149 ] Creationist Biology vol 5 {inglês] High heels are harmful and a sin Diary Christopher Columbus (Inglês) Alcoholic drink is not sin (Inglês) The Dress in the early church (Inglês) Biology, the myth of Evolution (Inglês) The Four-legged Angel (Inglês) Life of Constantine (Inglês) Last Judgment (inglês) ArchéologieBiblique (Francês) Biologie, le mythe de l’evolution La dîme n’est pas pour le chritianisme Guide d’etude biblique [Francês] Juicio Final (Espanhol) Guia de estudio de la Biblia Paranormalidad en la Biblia Indossare il velo (Italiano) Guida allo studio della Bibbia La decima non è per il crestianesimo Leitfaden zum Bibelstudium [German] 生物学–進化の神話 (Japonês) ‫دليل‬ ‫دراسة‬ ‫الكتاب‬ ‫ال‬ ‫مق‬ ‫دس‬ [arabe] Biblia Studa Gvidilo [Esperanto] Gids Voor Bijbelstudie [Holandês] Bybelstudiegids [Afrikkaner] गाइड स्टडी बाइबल [Hindi] 什一税不适合基督教 [dízimo – chinês] HEBRAICO ‫הערות‬ ‫עם‬ ‫חמאס‬ ‫חוק‬ [Estatuto do Hamas comentado] ‫מכשול‬ ‫ישראלי‬ ‫בגדה‬ ‫המערבית‬ [Barreira Israelense na Cisjordânia] ‫דוד‬ ‫בן‬ ‫גוריון‬, ‫גיבור‬ ‫ישראל‬ [David Bem- Guiron – Herói de Israel] 374 livros publicados Pseudônimo que uso: Escriba de Cristo O Peregrino Cristão Central de Ensinos Bíblicos O Biógrafo O Biólogo O Crítico Escriba da História O Eremita O Historiador Direita Conservadora Cristã Academia de Polícia