MUSEU DE  ARQUEOLOGIA  BÍBLICA  -  UNASP
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 2 ]
FINALIDADE DESTA OBRA
Este livro como os demais por mim publicados tem
o intuito de levar os homens a se tornarem melhores, a
amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si mesmo.
Minhas obras não têm a finalidade de entretenimento, mas
de provocar a reflexão sobre a nossa existência. Em Deus
há resposta para tudo, mas a caminhada para o
conhecimento é gradual e não alcançaremos respostas
para tudo, porque nossa mente não tem espaço livre
suficiente para suportar. Mas neste livro você encontrará
algumas respostas para alguns dos dilemas de nossa
existência.
AUTOR: O Peregrino Cristão é licenciado em Ciências
Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de Santos;
possui curso superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de
Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembléias de
Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela USP
e dois diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas
Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo
SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu
em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o Centro de Evangelismo
Universal; hoje se dedica a escrever livros e ao ministério de
intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou participar de
eventos, evitando convívio social.
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CONTATO:
Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com áudios,
palestras e textos do Escriba de Cristo
Grupo de estudo no whatsapp
55 13 996220766 com o Escriba de Cristo
https://youtube.com/@escribadecristo
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
M543 O Peregrino Cistão, Central de Ensinos Bíblicos
1969 –
Museu de Arqueologia Bíblica
Engenheiro Coelho / SP
Clubedeautores.com, Uiclap, Draft2, Amazon.com,
2025, 139 p. ; 21 cm
ISBN: 9798283065021 Edição 1°
9798283065366
1. Arqueologia 2. Bíblia 3. Oriente Médio
4. Israel 5. Museologia
CDD 930
CDU 930.26
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
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Conteúdo
INTRODUÇÃO......................................................................8
FUNCIONÁRIOS ................................................................ 11
ENTRADA............................................................................ 13
ORIGEM DO MUSEU......................................................... 16
HISTÓRIA DO MUSEU......................................................20
ORIGENS DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA........................34
BÍBLIA ESCRITA A MÃO...................................................37
VULGATA.............................................................................40
INAUGURAÇÃO DO MAB .................................................40
SUMÉRIA .............................................................................45
MESOPOTÂMIA..................................................................48
TAÇA DA RAINHA PUABI.................................................52
PERÍODO BABILÔNICO....................................................54
TIJOLO BABILÔNICO.......................................................57
Estatueta de casal mesopotâmico.........................................58
PERÍODO CANANITA ........................................................59
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PEDRA MOABITA...............................................................60
PERÍODO EGÍPCIO ............................................................66
Biga egípcia...........................................................................67
Barcos egípcios ..................................................................... 71
Estela de Merneptá ...............................................................74
MÁSCARA FUNERÁRIA EGÍPCIA....................................76
Busto de Nefertiti..................................................................78
MÚMIA DE RAMSÉS II ......................................................80
PAPIRO.................................................................................82
SARCÓFAGO DE TUTANCÂMON...................................86
PEDRA ROSETA .................................................................90
Painel da abertura do mar Vermelho ....................................92
PERÍODO PERSA...............................................................93
PERÍODO GREGO..............................................................96
PERÍODO INTERBÍBLICO............................................... 102
PERÍODO ROMANO..........................................................113
OSSUÁRIO DO SUMO SACERDOTE CAIFÁS................119
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MINIATURA DE JERUSALÉM .........................................121
ERA BIZANTINA ............................................................... 122
CONCLUSÃO..................................................................... 126
VENDA DE LIVROS
POR
UM DOLAR
OU
CINCO REAIS
No final está a minha coleção de livros que venho
escrevendo desde 1990. Você pode selecionar vários deles
e envio cada um pelo preço acima. Envio livros no formato
PDF e você faz o pagamento via pix.
Contato: Valdemir whatsapp 13 996220766
Pix CPF 069.925.388-88
Valdemir Mota de Menezes,
Banco do Brasil
CPF 069 925 388 88 –
Agência 6721-0 conta 12.646-2
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[ 7 ]
CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO
Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na
internet. Se você a leu, gostou e lhe edificou, peço que faça uma
doação ao meu ministério fazendo um pix, nem que seja de
um dólar [ou cinco reais BR],
assim continuaremos produzindo livros que edifiquem:
PIX
Valdemir Mota de Menezes,
Banco do Brasil
CPF 069 925 388 88
Este material literário do autor não tem fins lucrativos, nem
lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste em
contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de vida
para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o único Deus
Todo-Poderoso.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 8 ]
INTRODUÇÃO
Este livro é um álbum de recordação de minha
visita no dia 06 de abril de 2025 a cidade de Engenheiro
Coelho/SP, onde fui visitar o MAB, Museu de Arqueologia
Bíblica. Eu já vinha há meses planejando esta viagem para
conhecer o mais importante museu bíblico do Brasil. Este
museu é um importante centro de cultura bíblica e está
inserido dentro do Campus da universidade UNASP da
Igreja Adventista.
O primeiro livro de Arqueologia bíblica que li foi o
grande clássico do século XX chamado: E a Bíblia tinha
razão... de Werner Keller. Eu tinha uns 16 anos de idade
e minha fome em conhecer a origem das coisas ainda me
levaria a buscar fazer licenciatura em História e
bacharelado em Teologia, além de ser um seguidor de dois
ícones de estudos arqueológicos bíblicos os quais são o
dr. Rodrigo Silva e Aline Szewkies do canal Israel com
Aline. Em 2023 fiz um excursão pelo Oriente Médio e
recentemente visitei o Museu de Arqueologia Bíblica. Com
esta bagagem é que disponibilizo neste volume,
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
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informações e imagens a respeito deste museu que deve
ser ponto de peregrinação para cristãos de qualquer
seguimento. Este livro é uma amostra, mas visitar o museu
é uma obrigação do cristão devoto e amante da Bíblia.
O portal da UNASP apresenta o museu da
seguinte forma:
Relíquias do Passado: Explorando os Tempos
Bíblicos
A exposição de longa duração Relíquias do
passado: explorando os tempos bíblicos foi dividida em
nove diferentes módulos, em sequência cronológica, com
uma introdução à Bíblia:
Introdução à Bíblia
Bronze Antigo 3300-1900 a.C.
Bronze Médio 1900-1550 a.C.
Bronze Tardio 1550-1200 a.C.
Período do Ferro 1200-550 a.C.
Período Persa 550-350 a.C.
Período Helenístico 332-63 a.C.
Período Romano 63 a.C. - 324 d.C.
Bizantino 324-1453 d.C.
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São quase 2 mil peças em exposição, que contam
4500 anos de história (3 mil a.C. a 1500 d.C.), por meio de
coleções arqueológicas, de numismática e obras raras
(Bíblias). O visitante irá se deparar com 80% de peças
originais. Estão expostos artefatos em cerâmica, faiança,
bronze, ferro, vidro, pedra, prata etc.
Também foram replicadas as principais
descobertas da arqueologia bíblica ao longo da história,
como o Código de Hamurabi, a Pedra de Roseta, o busto
de Nefertiti, a múmia de Ramsés, o sarcófago de
Tutancâmon, entre outras. Uma maquete de Jerusalém
dos dias de Jesus foi construída para visualizar o contexto
em que ele viveu.
Há ainda peças ilustrativas, que compõem os
ambientes e demonstram a cultura de cada período, tais
como carruagens, maquetes, relevos. Cada espaço foi
ambientado com imagens, cores, formas e elementos
cênicos característicos do período correspondente. Assim,
a exposição é interativa e multimídia: com cenários,
cheiros, sons, imagens, desenhos e ilustrações, mapas e
infográficos, que aumentam a experiência imersiva do
público.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
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Os recursos disponíveis para aprendizado são
diversos: etiquetas, textos de apoio, vídeos, QR codes que
encaminham para o acesso de conteúdos virtuais extras.
Dessa forma, o público pode se aprofundar como desejar,
com o tempo que dispor e conforme os seus interesses. A
intenção dos colaboradores do Museu é diversificar
continuamente os meios de interagir com o espaço e
dialogar com os artefatos, tanto presencialmente como
virtualmente, mantendo uma troca permanente e dinâmica
com os interessados. [1]
FUNCIONÁRIOS
O MAB conta com uma equipe de funcionários
muito bem treinada para receber o público e mais do que
isso, pessoas amorosas e atenciosas para que os
visitantes saiam dali com uma boa impressão não somente
da instituição como patrimônio físico, mas também pela
rede de acolhimento humano. Eu tive oportunidade de
conversar com alguns deles e registrei fotos com eles.
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Letícia recepcionista do MAB
Rafael, monitor do MAB, sempre disposto a explicar aos
visitantes sobre as peças do museu.
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[ 13 ]
Serginho, com larga experiência em arqueologia, muitas vezes
auxilia o arqueólogo Rodrigo Silva em gravações de vídeos.
ENTRADA
Logo na entrada do museu, após a recepção temos uma
representação de Persépolis. O lado leste do Portão de
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[ 14 ]
Todas as Nações (também conhecido como Portão de
Xerxes) em Persépolis (Irã), construído por Xerxes I (r.
486-465 a.C.). O portão era ladeado por duas estátuas
monumentais de lamassu, touros alados com cabeças
humanas, que se acreditava protegerem o mal. [6]
Piso com detalhes semelhantes ao que existia no templo
de Jerusalém na época de Jesus. [5]
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O campus universitário é muito lindo, muito bem tratado e
grama aparada. Obra esplendida. Parabéns a Igreja
Adventista e todos os cristãos que trabalharam para criar
uma estrutura invejável desta.
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No período da manhã fiquei contemplando o Jardim bíblico
externo do MAB, com muitas árvores e plantas da região
de Israel, depois fui almoçar em um restaurante em
Engenheiro Coelho e no período da tarde fui visitar o
museu. Neste ínterim, deitei na grama, debaixo de uma
árvore do outro lado da rua do Museu, dentro do Campus.
ORIGEM DO MUSEU
As origens do MAB remontam ao ano de 1924,
quando o Pacific Union College, na Califórnia, adquiriu dois
tabletes babilônicos, mas por não possuir um museu a
instituição doou as peças ao Dr. Paulo Franz Bork (1924-
2015), professor e arqueólogo adventista brasileiro, que há
muitos anos colecionava objetos arqueológicos.
O Dr. Bork acalentava o sonho de oferecer suas
coleções e sua biblioteca para o UNASP, em
reconhecimento pela educação recebida na instituição no
início de sua formação. Realizadas as negociações com a
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[ 17 ]
direção do Centro Universitário, em 1994, chegou à
primeira doação com 110 peças e cerca de 200 livros. Os
livros foram encaminhados para a Biblioteca Universitária.
Posteriormente outros colecionadores fizeram
doações de peças e, em julho de 1998, o Museu Palestino
Arqueológico doou 46 objetos de cerâmica e quatro de
metal para compor o acervo. Finalmente, em 14 de maio
de 2000, durante a celebração do 17º aniversário do Centro
Universitário, uma pequena sala de exposições foi
inaugurada junto à Biblioteca do campus de Engenheiro
Coelho, apresentando as peças à comunidade acadêmica
e ao público em geral e, a partir de então, a coleção foi
crescendo a partir de outras doações e aquisições.
Com o passar dos anos, ao observar o interesse
crescente do público pelo tema e os artefatos, o UNASP
sentiu a necessidade de construir um espaço com as
condições adequadas para as atividades museológicas.
Por meio da doação de mecenas, investimentos da Igreja
Adventista e recursos oriundos das assinaturas e
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[ 18 ]
mensalidades do curso on-line A Bíblia Comentada com
Rodrigo Silva foi possível viabilizar o plano.
Quem visita o Museu de Arqueologia Bíblica pode
ver em frente a maquete de Jerusalém nos tempos de
Jesus, uma vidraça e do outro lado um laboratório. O MAB
esta em constante estudo de peças e objetos para serem
introduzidos nos salões de exposição do museu.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 19 ]
Gradativamente o sonho começou a tomar forma e
uma equipe multidisciplinar do UNASP passou a trabalhar
no projeto: arqueólogo, museóloga, historiadores,
teólogos, arquitetos, designers, engenheiros, tradutores,
agrônomos, tecnólogos da informação, administradores,
profissionais da comunicação, entre outros, foram
envolvidos na construção do prédio do museu e no seu
projeto expográfico.
Em 12 de novembro de 2023 o MAB inaugurou
suas novas instalações físicas, no UNASP campus
Engenheiro Coelho. O novo prédio possui 1094,65 m² de
área construída, dividida em 585,57 m² de área expositiva,
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[ 20 ]
141,05 m² de área técnico-administrativa e 3000,00 m² de
área externa. [2]
HISTÓRIA DO MUSEU
A Enciclopédia Adventista do Sétimo Dia traz uma
narrativa detalhada do desenvolvimento do Museu e dos
principais personagens que foram os idealizadores e
executores deste ambicioso projeto cristão:
O Museu de Arqueologia Bíblica (MAB) é uma
instituição da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que funciona
no território da União Central Brasileira. Está localizado no
Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus
Engenheiro Coelho (Unasp-EC), na Estrada Municipal
Pastor Walter Boger, km 3,5, CEP 13448-900, bairro Lagoa
Bonita, na cidade de Engenheiro Coelho, estado de São
Paulo, Brasil.
Contexto
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 21 ]
Em 1916, o Pastor JH Boehm e sua esposa, em
uma visita ao interior do estado de São Paulo, passaram
pela região onde atualmente está localizada a cidade de
Engenheiro Coelho. Naquela época, alguns adventistas já
viviam naquela área e, em sua passagem pela região, o
Pastor Boehm batizou mais uma pessoa. Muitas décadas
depois, em 1983, os adventistas do sétimo dia adquiriram
a fazenda Lagoa Bonita, que chegou até então à cidade de
Artur Nogueira, no interior de São Paulo. Naquela fazenda,
o novo campus do Instituto Adventista de São Paulo (IAE,
atual Unasp-EC) foi implementado. Alguns anos depois, a
cidade de Engenheiro Coelho foi oficialmente organizada e
as terras da fazenda Lagoa Bonita se tornaram parte desse
novo território.
Em 1991, o curso de Teologia foi transferido para
o novo campus, e no começo de 1992, o Centro de
Pesquisas Ellen G. White, até então localizado no campus
do IAE em São Paulo (atual Unasp-SP), também foi
transferido para o campus de Engenheiro Coelho. Essa
mudança foi feita para que os estudantes do novo campus
pudessem usar o espaço do Centro White para estudos
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 22 ]
acadêmicos. Anos depois, um arqueólogo adventista,
Paulo Bork, doou algumas peças de sua coleção pessoal
para a instituição. Esses artigos ficaram sob a
responsabilidade do Centro de Pesquisas Ellen G. White
devido à sua orientação para a investigação histórica.
Fundação do Museu
O Museu de Arqueologia Bíblica começou com
aquela iniciativa de Paulo Bork, um arqueólogo que iniciou
seus estudos no Brasil, completando-os nos Estados
Unidos. Em 1924, o Pacific Union College, na Califórnia,
adquiriu dois tabletes babilônicos e doou-os para Bork, que
colecionava objetos destruídos. Ao longo de sua vida e
carreira acadêmica, esse arqueólogo adquiriu numerosas
peças históricas para sua coleção pessoal e, no início da
década de 1990, decidiu doá-las ao IAE (Unasp-SP), a fim
de compor uma coleção. Essa transferência foi inovadora
em 1993, quando o arqueólogo doou 110 peças e 200
livros de sua biblioteca técnica em arqueologia.
Com uma pequena coleção arqueológica formada,
em 1999 a liderança do Unasp designou o professor
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 23 ]
Alberto Timm como diretor e curador do museu. Naquela
época, o professor já era diretor do Centro de Pesquisas
Ellen G. White. Ao mesmo tempo, a liderança do Centro
White também era responsável pelo Centro Nacional da
Memória Adventista e, portanto, os artesãos foram
mantidos dentro do cofre do centro de pesquisa. Para
ajudar o professor Timm, alguns professores foram
nomeados curadores adjuntos do museu.
No início de 2000, a mobília do museu foi
inaugurada e, em 14 de maio do mesmo ano, uma
exposição foi aberta ao público. O Museu de Arqueologia
Bíblica é o primeiro e maior museu na América Latina. Foi
fundado com o intuito de apresentar a cultura relacionada
à narrativa bíblica e à origem do cristianismo. Além das 110
peças doadas por Paulo Bork, o museu iniciou suas
atividades com várias moedas antigas, dois vasos e uma
lâmpada – doados pelo professor Siegfried J. Schwantes e
o empresário Milton S. Afonso. Além dessas, outras 46
peças de cerâmica e quatro de metal fizeram parte da
exposição. Estas foram feitas pelo Museu Rockefeller em
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[ 24 ]
Jerusalém, em julho de 1998, ao professor Rodrigo Silva,
com autorização da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Desde a sua fundação, o Museu de Arqueologia
Bíblica tem sido mantido com recursos e infraestrutura do
Unasp-EC. A instituição foi criada com o objetivo de atuar
nas três funções da cadeia operacional museológica:
preservação, pesquisa e comunicação (exposições e
ações educativas). A sua missão é “promover o estudo da
historicidade da Bíblia, privilegiando ações para a
preservação, investigação e comunicação de coleções
arqueológicas do contexto bíblico, estimulando a
sociedade à reflexão crítica e ao conhecimento do
cristianismo, das suas origens e cultura.” Por essa razão,
as obras do museu destinam-se a um público diversificado:
estudiosos, pesquisadores e à comunidade em geral,
independentemente de sua denominação religiosa. A
intenção do museu é ser um local onde todos são bem-
vindos.
História
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 25 ]
Em 2012, o Museu recebeu a sua maior coleção
de moedas, que incluía cerca de 1500 peças de origem
persa, grega, romana, medieval e do antigo Oriente
Próximo, bem como moedas do Brasil e de outros países.
Também recebeu uma coleção de 178 livros, incluindo
Bíblias e obras raras, uma coleção com sete peças pré-
colombianas e uma coleção com 25 réplicas de selos dos
Correios do Brasil, da série Legado Brasileiro. O local de
exposição, que se encontra dentro da biblioteca, tem
aproximadamente 45 m². 12
Nesse local, o Museu de Arqueologia Bíblica tem
recebido visitas de diversos públicos, de todas as faixas
etárias, compostas por estudiosos e pessoas interessadas
em visitar o campus do Unasp-EC. As visitas podem ser
agendadas por e-mail ou telefone. Em maio de 2013, por
exemplo, estudantes do Instituto Adventista de Ensino,
campus Hortolândia, que eram membros do Clube de
Ciências da instituição, participaram de uma visita cultural
ao museu. Durante a visita à exposição de artefatos
antigos, os estudantes também assistiram a uma palestra
sobre brinquedos da época de Jesus.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 26 ]
Devido à grande quantidade de artistas sob os
cuidados do Museu de Arqueologia Bíblica, notou-se a
necessidade de construir um edifício definitivo para o
museu. Em 2013, foi colocada a pedra angular para o
início da construção, e a primeira parte da obra deveria ser
entregue nesse mesmo ano. A instituição recebeu muitas
ações para obrigação com as obras. No entanto, os fundos
adquiridos não foram suficientes para completar a
construção, e foi necessário adiar a inauguração do edifício
próprio do museu. Desde então, as obras foram
suspensas, aguardando-se a arrecadação de recursos
suficientes para finalizar a construção.
Mais tarde, em 2016, o Museu de Arqueologia
Bíblica, que até então era chamado de Museu Paulo Bork,
passou a ser conhecido como Museu de Arqueologia
Bíblica do Unasp. A manutenção do museu, a sua
expansão física e a aquisição de peças são de
responsabilidade do Unasp-EC, mas também são
reforçadas por meio de doações. Desde a sua criação,
esse museu fornece conhecimentos culturais e
desempenha um papel importante para quem o visita. É útil
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 27 ]
para a percepção de um consenso entre a pesquisa
acadêmica e a transformação de seus resultados em
conteúdos acessíveis à sociedade. O curso de Teologia do
Unasp, por exemplo, mantém um grupo de pesquisa
centrado na área arqueológica e, entre os vários grupos de
estudo do curso de História, existe um sobre estudos da
Antiguidade. A partir dos artistas expostos pelo Museu de
Arqueologia Bíblica, os estudantes podem fazer pesquisas
mais enriquecedoras que estão relacionadas com o
contexto bíblico.
A relevância acadêmica do museu é expressa
também através de eventos internacionais e cursos
especializados. Em 2017 e 2018, o Unasp realizou o I e II
Congresso Internacional de Arqueologia Bíblica, em
parceria com o Moriah International Center, reunindo cerca
de 400 participantes em cada edição. Os colaboradores do
Museu de Arqueologia Bíblica estiveram envolvidos na
organização do evento e na ministração de palestras. A
cada ano, uma exposição da coleção do MAB era
apresentada aos visitantes. Em 2018, na área de
publicações, foi lançado o livro Arqueologia: a história, os
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 28 ]
textos e as escritas – um compilado de textos produzidos
pelo Grupo de Estudo de Antiguidades do Unasp. Em
2019, o Unasp-EC iniciou as atividades do curso de pós-
graduação em História e Arqueologia Antiga do Oriente
Próximo. A faculdade do curso é composta por
colaboradores do museu nas áreas de arqueologia e
história.
Anualmente, o Museu de Arqueologia Bíblica
recebe aproximadamente 15 mil visitantes. A organização
do museu foi estruturada de modo a facilitar a
apresentação das guias e a compreensão dos visitantes. A
exposição foi organizada em ordem cronológica e
geográfica, subdividindo os artistas em sete coleções
menores: Período Patriarcal (2350 a 1800 aC); Período do
Êxodo (1800 a 1400 aC); Período dos Juízes ou Conquista
de Canaã (1400 a 1050 aC); Período da Monarquia Unida
e Dividida de Israel (1050 a 600 aC); Cativeiro Babilônico
e Período Pós-cativeiro, incluindo o Período Helenístico
(600 a 63 aC); Período Romano, de Jesus e Apostólico (63
aC a 100 aC); e Período Pós-Apostólico, incluindo o
Período Bizantino (100 a 1700 aC).
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 29 ]
As peças compradas para o museu passam por
uma longa jornada de preparação até chegarem à
exposição. Primeiro, quando uma peça é retirada do seu
sítio arqueológico, onde foi encontrada, ela é considerada
um artefato. Depois, a peça é ressignificada no mercado
para a compra e venda de objetos e torna-se mercadoria.
Após entrar para a coleção do museu, a peça torna-se um
objeto musealizado. Existem atualmente 400 peças em
exposição permanente no museu. Pesquisadores da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da
Universidade de São Paulo (USP) desenvolvem diversas
pesquisas no Museu de Arqueologia Bíblica. No entanto, o
museu ainda não dispõe de um espaço físico adequado
para a exposição de todos os seus artigos, nem para
receber todas as pessoas que o visitam ou realizam
estudos.
Atualmente, a coleção é composta por 2.400
peças, das quais 400 são arqueológicas, 1.800 são
moedas e 200, obras raras. 25 O museu também possui
réplicas do sarcófago de Faraó Tutancâmon e Ramsés. A
primeira veio do Museu do Cairo e, a segunda, do Museu
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 30 ]
de Israel. Quanto aos artefatos originais, o Museu de
Arqueologia Bíblica contém candeeiros da época de Cristo,
pregos romanos, vasos de óleo etc. O objetivo do Museu
de Arqueologia Bíblica é profundo, pesquisar e expor
descobertas arqueológicas do período bíblico, a fim de
apresentar a cultura do contexto social relacionado com a
narrativa bíblica e a origem do cristianismo. Além disso, o
museu pretende delinear uma nova abordagem no Brasil,
criando uma relação acadêmica e contextual entre os
visitantes e o mundo que produziu a Bíblia Sagrada.
Um dos desafios enfrentados pelo museu é o seu
desenvolvimento institucional, que ainda é tímido. Não
possui documentação de criação, regulamento interno,
pessoal ou orçamento próprio. Esses fatores dificultam
uma maior produção na pesquisa ou publicações
acadêmicas. Outro desafio diz respeito à estrutura física
limitada. O museu ainda não tem sede própria, mas sim
uma pequena sala de exposições, que é insuficiente para
a conservação da coleção e para a extroversão
expográfica. Parte da coleção é preservada na reserva
técnica do Centro de Pesquisas Ellen G. White, que cede
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 31 ]
parte de sua estrutura física e servidores ao Museu de
Arqueologia Bíblica. 30 Em novembro de 2018,
empenhando-se para resolver esse último desafio, o
museu foi autorizado pelo Ministério da Cultura do Brasil,
através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a arrecadar
fundos do setor privado para a construção de sua sede
definitiva. O prazo de angariação de fundos será
prorrogado por um período de dois anos.
Perspectiva
Atualmente, o Museu de Arqueologia Bíblica tem
uma coleção com mais de duas mil peças. Na coleção
arqueológica, existem 480 artefatos, cobrindo um período
de mais de 4.500 anos – desde o chamado Período de
Bronze I (2600 aC) até ao século XVI dC Essas peças vêm
de vários países como o Egito, Síria, Líbano, Jordânia,
Inglaterra, Itália, Portugal, Grécia, Iraque e Israel. Existem
vasos, jarros, lamparinas, inscrições, ídolos cerâmicos e
metálicos. A coleção numismática compreende 1.600
moedas, com peças de origem persa, grega, romana,
medieval, do Oriente Próximo e Oriente Médio, bem como
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 32 ]
uma coleção de moedas do Brasil e de outros países. A
coleção de obras raras tem 163 volumes, incluindo Bíblias
e livros de sermões (a Bíblia mais antiga do museu é
datada de 1528).
Levando em conta a necessidade de abrigar todo
esse material, os responsáveis pelo museu pretendem
finalizar a construção do edifício onde o museu será
instalado. Dessa forma, há também mais espaço para
ações de pesquisa e educação, além de uma melhor
conservação e exposição de peças. Como mencionado
anteriormente, o Museu de Arqueologia Bíblica está sob
responsabilidade do Centro de Pesquisas Ellen G. White,
também localizado no prédio do Centro de Comunicação
do Unasp-EC. Devido ao aumento permanente da coleção,
é necessário ter um espaço maior com climatização e
iluminação, que possa receber o público e preservar os
artefatos, além de uma biblioteca pública especializada em
arqueologia, onde os estudantes possam desenvolver
seus estudos.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 33 ]
A direção do Museu de Arqueologia Bíblica
continua arrecadando fundos para a construção do projeto
moderno da sede do museu. A área reservada para a
construção é de aproximadamente dois mil m². O complexo
terá dois edifícios: o primeiro já foi construído e tem quase
500 m², que comportará o centro de exposições. A
segunda unidade terá cerca de 1000 m². O edifício principal
terá 686 m² de área construída, com salas de exposição,
biblioteca, auditório e laboratório, além do espaço
administrativo.
Listas
Nomes Oficiais: Museu de Arqueologia Bíblica
Paulo Bork (1999-2016); Museu de Arqueologia Bíblica do
Unasp (2016-atual).
Curadores: O Pastor Ruben Aguilar Santos foi o
responsável pela concepção do projeto mobiliário para a
sala de exposições onde o museu foi instalado em 1997.
Em 1999, a administração do Unasp decidiu que o Pastor
Alberto R. Timm, diretor do Centro de Pesquisas Ellen G.
White, também seria o curador do museu. Na ocasião, os
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 34 ]
professores Ruben Aguilar, Rodrigo Silva e Reinaldo
Siqueira foram escolhidos como curadores adjuntos.
Atualmente, o Professor Rodrigo Silva é o
responsável efetivo pelo museu. Como o museu não tem
um servidor exclusivo em tempo integral, a Professora
Janaina Silva Xavier tem trabalhado como supervisora
técnica da coleção desde 2012. Desde esse ano, a equipe
dos servidores e bolsistas do Centro de Pesquisas Ellen G.
White mantém regularmente o espaço e a realização de
atividades educacionais. Além disso, professores dos
cursos de Tradutor e Intérprete, História e Teologia do
Unasp são colaboradores no museu, ministrando palestras
e aulas, liderando grupos de pesquisa e publicando
materiais sobre arqueologia. [3]
ORIGENS DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA
O Portal Notícias Adventistas faz uma referência
ao interesse arqueológico que começou com a rainha
Helena e que se desenvolveu ao longo dos séculos em
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 35 ]
busca de evidências da historicidade da Bíblia até que
chegasse a realização deste sonho que é o MAB:
O interesse para localizar artefatos na região da
atual Palestina que pudessem dizer respeito aos
evangelhos surgiu com a rainha Helena (225 – 330 d.C.),
mãe do imperador Constantino. Ela ordenou uma
expedição a Jerusalém na esperança de encontrar a cruz
de Cristo. A partir de então, inúmeras caravanas foram
realizadas nos séculos seguintes por peregrinos cristãos e
comerciantes de antiguidades.
No século XIX, cidades inteiras das antigas
civilizações mesopotâmicas, egípcias e assírias foram
desenterradas a fim de recuperar templos e objetos para
serem exibidos nos grandes museus da Europa. As
inscrições antigas passaram a ser decifradas. E
esclareceram muitos aspectos sobre Israel e o contexto
bíblico. No início do século XX, as escavações na Palestina
foram intensificadas, com descobertas em Jericó, Samaria,
Laquis, no Monte Carmelo, Berseba, Gaza e En Gedi.
Porém, foi somente após a Segunda Guerra
Mundial que a chamada arqueologia bíblica começou a
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 36 ]
empregar metodologias científicas, tornando mais aceitos
os resultados alcançados. Importantes arqueólogos se
dedicaram a defender a historicidade da Bíblia, entre eles
William Foxwell Albright (1891-1972) e Nelson Glueck
(1900 - 1971). Na atualidade temos os arqueológos Dr.
Randall Price e Dr. William G. Dever que realizam
investigações sobre a história de Israel e do Oriente
Próximo nos tempos bíblicos.
No contexto adventista, figuram os nomes do Dr.
Lynn H. Wood (1887-1976), Dr. Siegfried H. Horn (1908-
1993), Dr. Lloyd Willis, Dr. Michael G. Hasel, Dr. Oystein
LaBianca, Dr. Lawrence T. Geraty. No Brasil, podemos
citar as pesquisas do Dr. Siegfried J. Schwantes (1915-
2008) e, atualmente, do Dr. Rodrigo Silva, entre outros.
Outra tendência crescente tem sido a criação de
museus específicos ou com coleções de arqueologia
bíblica, especialmente nos grandes centros acadêmicos
norte-americanos. Podemos contar 83 museus nos EUA
que possuem artefatos do contexto bíblico e, entre eles, as
iniciativas adventistas – o Siegfried H. Horn Museum
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 37 ]
(1970), na Andrews University e o Lynn H. Wood
Archaeological Museum (2000), na Southern Adventist
University. [4]
BÍBLIA ESCRITA A MÃO
Uma Bíblia copiada a mão está exposta no Museu
do MAB conforme esta foto que tirei.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 38 ]
A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem uma rica
história de pessoas que escreveram a Bíblia à mão como
forma de estudo, meditação e conexão com a Palavra de
Deus. Exemplos incluem pessoas de diversas idades e
situações.
Copiar manualmente o texto bíblico foi a maneira
que Josiéli Nóbrega encontrou de ter uma experiência mais
profunda com a Bíblia. Embora ela sempre tenha cultivado
amor pelos livros, especialmente pelas Escrituras, o fato de
precisar ler muito no trabalho não a ajudava a desfrutar da
meditação na Bíblia como uma atividade devocional e
diferente.
A ideia de transcrever pelo menos um capítulo do
livro sagrado por dia mudou sua rotina espiritual. A revisora
de textos da Casa Publicadora Brasileira (CPB) percebeu
que copiar manualmente a Bíblia em vez de somente lê-la
seria muito mais proveitoso para ela.
Há seis anos ela emprega de uma a duas horas
diárias na atividade. “Escrevo antes de sair para o trabalho
ou à noite, antes de dormir”, conta Josiéli. Os benefícios
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 39 ]
dessa prática foram tantos que ela faz atualmente a
segunda cópia manuscrita da Bíblia e pretende repetir a
experiência indefinidamente.
“Para minha vida espiritual, tem sido marcante e
proveitoso esse tempo em que me dedico a escrever a
Bíblia. Minha oração constante é que Deus imprima em
meu coração Sua Palavra, assim como estou registrando-
a com tinta em papel. Em plena era do clique, parar para
transcrever com caneta é um exercício e tanto para relaxar,
descansar o cérebro e ter mais comunhão com Deus”,
ressalta.
Além disso, ela afirma que transcrever as palavras
inspiradas tornou seu relacionamento com Deus mais
interativo. “Tenho a sensação de que o Mestre me observa
enquanto copio suas palavras inspiradas”, sublinha.
Segundo Josiéli, a iniciativa também a ajudou a
memorizar textos bíblicos com mais facilidade. “Não tenho
habilidade de memória para os números, mas sinto que
escrever a Bíblia tem me ajudado a fixar muitos textos e
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 40 ]
deles me lembrar com mais facilidade, mesmo sem
conseguir saber onde se encontram”, garante. [7]
VULGATA
Vulgata Latina de 1528, uma das primeiras Bíblias
publicadas no ocidente depois da prensa de Gutenberg.
INAUGURAÇÃO DO MAB
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 41 ]
O portal de notícias cristãs FOLHA GOSPEL
publicou em 13/11/2023 uma matéria sobre a inauguração
do Museu de Arqueologia Bíblica que teve a participação
até do Secretário do Estado de São Paulo, Gilberto
Kassab:
Foi inaugurado neste domingo (12), em São Paulo,
o primeiro Museu de Arqueologia Bíblica da América Latina
(MAB), localizado na Universidade Adventista de São
Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. São 1.500m²,
em um acervo com mais de 3 mil peças, que remontam
4.500 anos de história, do período do bronze até o século
XVI depois de Cristo.
Com um investimento superior a R$ 6 milhões,
oriundos em sua maioria de doações de empresários e de
30 mil estudantes, o museu oferece uma verdadeira
imersão nos tempos bíblicos. “O que queremos oferecer a
vocês é a experiência. O museu não está aqui para ser
visitado, mas experimentado, te levar a pensar”, afirmou o
doutor Rodrigo Silva, curador do MAB, durante a cerimônia
de inauguração.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 42 ]
Quem visitar o local poderá conferir artefatos raros
como: pregos originais usados em crucifixões, manuscritos
do Mar Morto, tabletes cuneiformes que narram o dilúvio,
originais de Ur dos Caldeus da época de Abraão, escudo
grego e espadas persas ainda com marcas de combate,
lamparinas datadas de 2 mil anos antes de Cristo, múmias,
carruagem utilizada no período em que Faraó perseguiu os
hebreus na fuga do Egito, entre outras peças que vieram
de regiões como Síria, Jordânia, Líbano, Inglaterra, Itália,
Portugal, Iraque, Grécia e Israel.
Também há uma Vulgata Latina de 1542, uma das
primeiras Bíblias publicadas no ocidente depois da prensa
de Gutenberg, além de uma torá, moedas, vasos cananitas
e outras cerâmicas. No rol de entrada do MAB foi recriado
o piso como era no Templo na época de Jesus.
Além disso, o museu se preocupou em reproduzir
peças de artefatos históricos, fiéis e de tamanho original do
Código de Hamurabi, de 1.750 antes de Cristo e que traz
as leis do reino da Babilônia, uma réplica do sarcófago do
faraó Tutancâmon, estátuas de animais mitológicos do
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 43 ]
palácio de Seraqueribe, na Síria, da época de Ezequiel, o
selo cilíndrico de Ciro e a Pedra de Roseta, que permitiu a
tradução da linguagem dos hieróglifos egípcios.
Junto a alguns artefatos, há um QR Code para que
o visitante possa, por meio do seu celular, conseguir mais
informações da peça em exposição. O museu também
recriou um campo arqueológico, inclusive, com imagens de
alta tecnologia projetadas no ambiente, mostrando o
nascer e o pôr do sol no Oriente Médio, proporcionando
total imersão do visitante.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 44 ]
Do lado de fora do MAB foi construído um jardim
dos tempos bíblicos, com 42 espécies de árvores
mencionadas na bíblia como oliveiras, acácias, ciprestes,
videiras e papiro egípcio. No centro do jardim há uma
oliveira de 300 anos, uma prensa de azeitonas em
tamanho natural, um moinho de trigo, um poço, um altar de
sacrifício e um túmulo vazio, todos elementos que
compõem um cenário das principais histórias da Bíblia.
Haverá um guia explicando cada parte.
A inauguração contou com a participação de
diversas autoridades religiosas, políticas, músicos e
cantores que deram um tom especial no culto de dedicação
do museu a Deus. “Desde 1983 esse campus existe para
servir a Deus e ao Estado. Sempre seguiremos como
parceiros do bem e da educação”, afirmou o reitor do
Unasp, Martin Kuhn.
Representando Governo de São Paulo, o
Secretário de Estado, Gilberto Kassab, falou da
importância de obras como essa não apenas para o estado
paulista como também para o Brasil. “O museu que hoje
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 45 ]
abre as suas portas é uma oportunidade para que
possamos levar o texto bíblico a todos os cantos do país.
Precisamos mostrar para a humanidade que existe um
caminho para um mundo melhor. E esse caminho é a
Bíblia”, ressalta o secretário. [8]
SUMÉRIA
O cuneiforme é um sistema de escrita
desenvolvido inicialmente pelos antigos sumérios na
Mesopotâmia, por volta de 3500 a.C. Trata-se da mais
significativa entre as muitas contribuições culturais dos
sumérios e a maior da cidade de Uruk, que desenvolveu a
escrita cuneiforme aproximadamente em 3200 a.C., o que
levou à criação da literatura.
Seu nome provém da palavra latina cuneus, que
significa "cunha", devido ao formato peculiar deste sistema
de escrita. No sistema cuneiforme, um dispositivo de
escrita cuidadosamente talhado, conhecido como estilo, é
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 46 ]
pressionado na argila macia para produzir impressões em
forma de cunha que representam sinais de palavras
(pictogramas) e, mais tarde, fonogramas ou conceitos de
palavras (mais próximos da compreensão moderna de uma
palavra). Todas as grandes civilizações da Mesopotâmia
usaram a escrita cuneiforme até a substituição pela escrita
alfabética, em algum momento antes de Cristo., incluindo:
Sumérios
Acádios
Babilônicos
Elamitas
Hatti
Hititas
Assírios
Hurrianos
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 47 ]
Quando as antigas tabuinhas cuneiformes da
Mesopotâmia foram descobertas e decifradas no final do
século XIX, elas transformaram literalmente a
compreensão humana da história. Antes de sua
descoberta, considerava-se a Bíblia como o livro mais
antigo e autorizado do mundo e nada se sabia sobre a
antiga civilização suméria.
A tradução da Epopeia de Gilgamesh permitiu que
as tabuinhas cuneiformes fossem interpretadas com mais
precisão.
O filólogo alemão Georg Friedrich Grotefend (v.
1775-1853) decifrou o sistema de escrita cuneiforme antes
de 1823, e seu trabalho foi desenvolvido por Henry
Creswicke Rawlinson (v. 1810-1895), que decifrou a
Inscrição de Behistun, em 1837, bem como pelas obras do
Reverendo Edward Hincks (v. 1792-1866) e Jules Oppert
(v. 1825-1905). O brilhante estudioso e tradutor George
Smith (v. 1840-1876), no entanto, contribuiu
significativamente para a compreensão da escrita
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 48 ]
cuneiforme com a tradução da Epopeia de Gilgamesh, em
1872. [9]
Cones sumerianos com escritas cuneiformes. Peça que
se encontra no museu MAB.
MESOPOTÂMIA
Brincar não é pecado, Deus colocou no DNA dos
mamíferos um espírito de brincalhão que podemos ver nas
crianças dos humanos bem como nos animais mamíferos
como bezerros, leõezinhos, carneirinhos etc. Na Bíblia
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 49 ]
Jesus faz referência a normalidade de crianças brincando
na praça de cantar e dançar. O texto abaixo fala de
brinquedos antigos e logo abaixo vemos brinquedos da
Mesopotâmia que o visitante do museu poderá ver. São
peças originais e não réplicas.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 50 ]
O antigo povo mesopotâmico trabalhava muito.
Adoravam seus deuses todos os dias. Mas também
reservavam tempo para se divertir.
Jogos de tabuleiro: Os antigos sumérios brincavam
com jogos de tabuleiro. Os jogos eram geralmente feitos
de argila. Geralmente, os jogos de tabuleiro tinham peças
que eram lançadas ou movidas pelo tabuleiro. Os sumérios
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 51 ]
são creditados com a invenção do jogo de damas. Alguns
jogos usavam dados.
Um jogo era chamado de 20 quadrados. Era uma
corrida através dos quadrados usando dados. Havia outro
jogo chamado 58 buracos. Várias peças eram movidas
para os buracos e ao redor do tabuleiro. As regras desses
jogos não são claras, mas o que fica claro é que esses
povos primitivos inventaram os jogos de tabuleiro. Esses
jogos eram jogados tanto por ricos quanto por pobres.
Os brinquedos incluíam arcos e flechas,
estilingues, bumerangues, bastões de arremesso, piões,
chocalhos, cordas de pular, arcos e bolas para
malabarismo e outros jogos. As crianças brincavam de
casinha usando móveis em miniatura, camas, mesas,
bancos, bonecas e pequenos animais. Elas também
tinham pequenos veículos em miniatura, como carroças e
bigas, com rodas que podiam ser puxadas por um fio.
Havia também barcos em miniatura que flutuavam.
Botão Buzz: Eles brincavam de um jogo que
chamamos de botão buzz ou botão buzz. Você pode jogar
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 52 ]
botão buzz hoje mesmo, se quiser. Para jogar botão buzz,
primeiro você precisa fazer um círculo de argila, fazer um
furo como se fosse usá-lo para um colar e deixar secar.
Depois, você o pendura com um pedaço de corda ou erva
daninha e, segurando a corda bem na ponta, balança-o
cada vez mais rápido, até que seu disco de argila faça um
zumbido. O truque era fazer o zumbido soar o mais alto
possível. Os antigos mesopotâmicos adoravam brinquedos
que faziam barulho. [10]
TAÇA DA RAINHA PUABI
“Encontrei o túmulo intacto, construído em pedra e
abobadado com tijolos da Rainha Shubad, adornado com
um vestido no qual se entrelaçam pedras preciosas, flores,
coroas e figuras de animais. Túmulo magnífico com joias e
taças de ouro. Woolley.”
Sir Leonard Wooley (4 de janeiro de 1928) [11]
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 53 ]
Esta peça tem mais de 4 mil anos e você poderá vê-la no
Museu de Arqueologia Bíblica.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 54 ]
PERÍODO BABILÔNICO
O Museu de Arqueologia Bíblia é dividido em
repartições e cada repartição é composta com peças e
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 55 ]
artefatos de uma era específica. Este organograma ajuda
o visitante a compreender que aquelas peças fazem parte
de um período da história. A forma como as peças estão
arranjadas no museu é bem didática, sempre muito útil a
boa distribuição dos artefatos para o entendimento do
visitante. As repartições também seguem uma organização
cronológica, você vai da repartição mais antiga como
babilônica e egípcia, até as derradeiras da história bíblica
e cristã como as repartições romanas e bizantinas.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 56 ]
Mós ou pedras de moinho são pedras usadas em
moinhos de grãos , usadas para triturar , esmagar ou,
mais especificamente, moer trigo ou outros grãos. Às
vezes, são chamadas de mós ou pedras de moer .
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 57 ]
TIJOLO BABILÔNICO
O monitor do museu, Rafael havia falado comigo
que este tijolo babilônico com uma frase de
Nabucodonosor é um dos mais importantes do museu.
Afinal é um texto redigido por um dos maiores reis da
história da humanidade e ainda era um personagem
bíblica, citado em vários livros do Antigo Testamento.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 58 ]
Estatueta de casal mesopotâmico
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 59 ]
Estátua devocional datada de 2600 a.C.,
representando o que os estudiosos acreditam ser um
casal. A estátua de gesso foi encontrada enterrada sob o
piso de um santuário em Nippur, no Iraque, e mede 9,8 cm
de largura na base. O casal originalmente tinha pés, e as
figuras têm olhos feitos de conchas e lápis-lazúli
incrustados em betume, uma substância natural
semelhante ao cimento. A foto acima eu tirei no museu e
se trata de uma réplica e não uma peça original.
PERÍODO CANANITA
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 60 ]
PEDRA MOABITA
A Estela de Mesa detalha as vitórias do Rei Mesa
de Moabe sobre os reinos de Israel e Judá. Foi encontrada
em Dibom, a capital de Moabe, e datada do século IX a.C.
A pedra contém 34 linhas de texto, que foram traduzidas
para o inglês. As partes em itálico do texto, embora
prováveis, não são certas. Palavras e letras entre colchetes
representam restaurações do texto. Os pontos entre
colchetes indicam lugares onde o texto está faltando.
Palavras entre parênteses foram adicionadas para maior
clareza, mas não aparecem no texto original.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 61 ]
(1) Eu sou Mesa, filho de Chemosh[ît], rei de
Moabe, o Di-
(2) Bonite. Meu pai reinou sobre Moabe trinta anos,
e eu reinei
(3) depois de meu pai. Fiz este lugar alto para
Camos em Carió, lugar alto [ ás de sal- ]
(4) vação, pois ele me salvou de todos os reis e me
fez desfrutar da vista dos meus inimigos. Om-
(5) Ri, rei de Israel, oprimiu Moabe por muito tempo
porque Camos estava irado com ele.
(6) seu país. Seu filho o sucedeu, e ele também
declarou: “Oprimirei Moabe”. Em meus dias, ele declarou
assim:
(7) mas eu apreciei a vista dele e da sua casa:
Israel foi destruído para sempre. Onri havia tomado posse
da terra
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 62 ]
(8) de Madaba, e ele habitou nela (durante) seus
dias e, (durante) metade dos meus dias, seus filhos,
quarenta anos, mas Camos
(9) restaurei-o durante os meus dias. Construí
Baal-Meom e fiz nele um reservatório; construí
(10) Quiriatain. Os homens de Gade habitavam na
terra de Atarot desde os tempos antigos, e o rei de Israel
havia construído
(11) Atarot, mas lutei contra a cidade e a tomei;
matei toda a população.
(12) A cidade pertencia a Camos e a Moabe, e eu
trouxe de lá o altar da lareira do seu Amado, e eu
(13) instalei-o diante de Camos, na minha capital.
Estabeleci ali os homens de Sarom e os homens de
(14) Maharat. Chemosh me disse: “Vá, tire Nebo
de Israel!” Eu
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 63 ]
(15) fui de noite e lutei ali desde o amanhecer até
o meio-dia;
(16) tomou-o e matou todos: sete mil homens ,
meninos , mulheres, [ filhas ] ers
(17) e mulheres grávidas, porque o dediquei a
Ashtar Chemosh. Tirei de lá o coração
(18) altares de Yahweh, e eu os trouxe diante de
Camos. O rei de Israel os havia construído
(19) Jaaz, e ele viveu ali enquanto lutava contra
mim, mas Camos o expulsou de diante de mim;
(20) Tomei duzentos homens de Moabe, todas as
suas divisões, e os conduzi contra Jaaz; tomei-o
(21) para adicioná-lo a Dibon. Construí Qerihoh: o
muro de seus parques e o muro
(22) da cidadela; construí as suas portas, as suas
torres e
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 64 ]
(23) um palácio real. Fiz os muros de contenção do
reservatório de água dentro
(24) a cidade. Não havia cisterna dentro da cidade,
em Carió, e eu disse a todo o povo: “Construam para vocês
(25) uma cisterna, cada um em sua casa!” Mandei
cavar as valas de Quarió por prisões israelitas
(26) ners. Construí Aroer e fiz a estrada no Arnom.
(27) Eu reconstruí Bete-Bamote porque ela havia
sido destruída. Eu reconstruí Bezer porque ela estava em
ruínas.
(28) Os homens de Dibon (estavam) preparados
para a guerra porque todo Dibon (é minha) guarda. Eu
governei
(29) sobre centenas de cidades que acrescentei à
terra. Eu construí
(30) [ o templo de Mada ]ba, o templo de Diblaten
e o templo de Baal-meon. Eu transportei para lá
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 65 ]
(31) […] o pequeno gado da terra. A Casa de Davi
habitava em Horonain […
(32) …] e Chemosh me disse: “Desça, lute contra
Horonain!” Eu desci, [ lutei
(33) contra a cidade e a tomou .] Camos a
restaurou em meus dias, e eu fiz dez […
(34) [………………………….] ………………. e eu [
?……..]
O texto acima foi traduzido por André Lemaire é
professor de Filologia e Epigrafia Hebraica e Aramaica no
Departamento de Ciências Históricas e Filológicas da
École Pratique des Hautes Études da Sorbonne, em Paris.
Ele atua nas áreas de epigrafia semítica do noroeste,
arqueologia e literatura e história do hebraico antigo. [12]
A Pedra Moabita, que atualmente está exposta no
Museu do Louvre, contém o nome de Deus, Javé. Ela
também é um registro arqueológico importante que
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 66 ]
confirma o relato bíblico de 2 Reis 3:4, 5, de que um rei
moabita chamado Mesa se rebelou contra Israel.
Esta é uma foto que tirei no museu de Arqueologia, se
trata de uma réplica da famosa Pedra Moabita.
PERÍODO EGÍPCIO
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 67 ]
Um dos grandes impérios da antiguidade foi o dos
egípcios. Tanto na Bíblia como na estudo da história na
escola, todos nós aprendemos e ouvimos falar bastante do
império egípcio.
Biga egípcia
Este tipo de transporte rápido foi logo introduzido
nas operações militares do Egito, assim que eles
assimilaram esta tecnologia dos hicsos.
Quem visita o Museu de Arqueologia Bíblica terá o
prazer e a satisfação de ver uma réplica perfeita de uma
biga egípcia em tamanho natural.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 68 ]
Como o desenvolvimento da carruagem mudou
para sempre a guerra no Egito Antigo. Os carros de guerra
do antigo Egito, emblemáticos do poder e prestígio do
período do Novo Império (c. 1550-1070 a.C.), eram parte
integrante do tecido militar e cultural da época. Esses
veículos leves e velozes revolucionaram a guerra,
permitindo que os faraós projetassem seu poder e
influência sobre vastos territórios.
Aqui, examinaremos a história, o design e o
significado cultural desses veículos icônicos.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 69 ]
Origens da carruagem
O desenvolvimento de carruagens começou no
Oriente Próximo por volta de 3000 a.C., com os primeiros
exemplos conhecidos originários da Suméria, na
Mesopotâmia. Esses primeiros veículos eram carroças
pesadas de quatro rodas, usadas principalmente para
transporte e puxadas por burros.
Com o tempo, o design evoluiu, tornando-se mais
leve e manobrável. Por volta de 2000 a.C., a carruagem de
duas rodas surgiu na região entre os mares Negro e
Cáspio. A introdução de rodas raiadas tornou os carros
mais leves, rápidos e mais adequados para a guerra.
A domesticação de cavalos, que eram mais fortes
e rápidos que burros, contribuiu ainda mais para o
desenvolvimento de carruagens como veículos eficazes
para guerra e transporte. Os hititas e os cassitas, ambas
civilizações poderosas do Oriente Próximo, adotaram
carruagens por volta de 1700 a.C.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 70 ]
Eles usaram esses veículos em campanhas
militares, o que lhes permitiu expandir seus territórios e
influência. Os carros hititas eram particularmente
avançados, com um design mais leve e flexível que lhes
permitia atravessar vários terrenos.
Como eles foram introduzidos no Egito
A introdução de carruagens no Egito ocorreu
durante o Segundo Período Intermediário (c. 1650-1550
a.C.), uma época marcada pelo declínio do Império Médio
e pela fragmentação do poder egípcio. Durante esse
período, os hicsos, um povo de língua semítica da Ásia
Ocidental, migraram e se estabeleceram no Delta do Nilo.
Eles finalmente estabeleceram seu domínio sobre a parte
norte do Egito, criando a 15ª Dinastia.
Os hicsos trouxeram consigo tecnologia avançada
e inovações, incluindo a carruagem puxada por cavalos e
o arco composto. Esses avanços tecnológicos lhes deram
uma vantagem militar significativa, permitindo-lhes manter
o controle sobre seus territórios recém-adquiridos. À
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 71 ]
medida que se assimilavam à cultura local, eles também
introduziram essas inovações à população egípcia.
Inicialmente, os egípcios podem ter visto as
carruagens com ceticismo ou até mesmo desdém, pois
elas eram associadas à dominação estrangeira. No
entanto, eles rapidamente reconheceram o potencial dessa
nova tecnologia e começaram a incorporá-la ao seu próprio
arsenal militar. A elite egípcia adotou a carruagem como
símbolo de poder, prestígio e favor divino.
Sob o reinado de Amósis I (c. 1539-1514 a.C.), o
fundador da 18ª Dinastia e do Novo Reino, os egípcios
expulsaram com sucesso os hicsos do Egito. Essa vitória
se deveu, em parte, ao uso eficaz de carruagens, o que
lhes permitiu igualar e superar os hicsos em batalha. [13]
Barcos egípcios
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 72 ]
NO Museu de Arqueologia Bíblia da UNASP o
visitante terá a oportunidade de ver alguns modelos de
barcos egípcios em miniatura que foram encontrados entre
os tesouros de Tutancâmon. O que nos faz ter uma ideia
de como eram estes veículos de transporte aquático da
época.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 73 ]
Alguns dos primeiros barcos já registrados
pertenceram aos egípcios. Pinturas representando navios
aparecem em vasos e murais egípcios antigos por volta do
ano 6.000 a.C. Grande parte da civilização egípcia se
desenvolveu ao longo do rio Nilo, tornando o transporte
marítimo essencial para o comércio. Os primeiros navios
foram construídos com juncos de papiro e eram
impulsionados por remadores usando remos. Com o
passar do tempo, as velas apareceram e a madeira
substituiu o papiro. Os barcos de madeira foram
modelados com base nos barcos de papiro: eles tinham
fundos planos, sem quilhas e popas quadradas. As
pranchas de madeira eram presas com cordas, e os
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 74 ]
espaços entre as pranchas eram calafetados com juncos.
Estes eram navegados além de serem remados. As velas
egípcias antigas eram quadradas.
A maioria desses navios era de comércio;
transportavam mercadorias egípcias para outras terras
mediterrâneas e traziam mercadorias dessas terras para o
Egito. Outros barcos egípcios faziam parte da marinha
egípcia. A Frota Real lutava contra os inimigos do Egito e
aplicava as leis de navegação no Nilo. Templos religiosos
individuais às vezes possuíam frotas de navios. Os
egípcios também usavam seus navios para exploração.
Durante o reinado da Rainha Hatshepsut, exploradores
visitaram a costa leste da África. Sob Ramsés III, os
egípcios fizeram uma travessia do Oceano Índico. [14]
Estela de Merneptá
Quando estive no museu do Cairo no Egito em
2023, tive o privilégio de ver a pedra original de Merneptá.
Mas o museu de Arqueologia Bíblia teve a brilhante ideia
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 75 ]
de fazer uma réplica e deixa-la exposta no museu. Muitos
que não podem ir ao Egito ver a original vai poder ver uma
idêntica e ter uma sensação semelhante.
A Estela de Merneptá é há muito tempo
considerada a mais antiga referência extrabíblica a Israel.
* A antiga inscrição egípcia data de cerca de 1205 a.C. e
narra as conquistas militares do faraó Merneptá. Perto da
base da inscrição hieroglífica, diz-se que um povo
chamado "Israel" foi exterminado pelo faraó conquistador.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 76 ]
Isso tem sido usado por alguns especialistas como
evidência da etnogênese de Israel naquela época.
Mas uma nova publicação dos egiptólogos e
estudiosos bíblicos Manfred Görg, Peter van der Veen e
Christoffer Theis sugere que pode haver uma referência
ainda mais antiga a Israel no registro egípcio. Manfred
Görg descobriu um pedestal de estátua quebrado contendo
anéis de nome hieroglíficos no Museu Egípcio de Berlim e,
após estudá-lo com os colegas Peter van der Veen e
Christoffer Theis, eles sugerem que um dos anéis de nome
deve ser lido como "Israel". Nem todos os estudiosos
concordam com sua leitura devido a pequenas diferenças
na grafia, mas Görg, van der Veen e Theis oferecem
argumentos fortes, incluindo paralelos de apoio na própria
Estela de Merneptah. Esta inscrição recém-redescoberta é
datada de cerca de 1400 a.C. — cerca de 200 anos antes
da Estela de Merneptah. Se Görg, van der Veen e Theis
estiverem certos, sua descoberta lançará luz importante
sobre os primórdios do antigo Israel .[15]
MÁSCARA FUNERÁRIA EGÍPCIA
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 77 ]
Estas peças acima estão no museu de Arqueologia
e são originais do Egito.
A partir do Império Médio, humanos mumificados
podiam receber máscaras funerárias que cobriam suas
cabeças e ombros. Essas máscaras eram feitas de
cartonagem, um material composto por resíduos de papiro
ou linho embebidos em gesso. Semelhante ao papel
machê, a cartonagem pode ser moldada em três
dimensões, permitindo que as máscaras fossem
cuidadosamente trabalhadas para se assemelharem aos
corpos dentro delas.
A cartonagem também é facilmente pintada,
permitindo a reprodução do rosto e da peruca da pessoa.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 78 ]
Isso ajudaria o espírito da pessoa a reconhecer e retornar
ao corpo.
Com o tempo, outros itens feitos de cartonagem
também foram envoltos nas bandagens. Entre eles,
peitorais, que cobriam o peito; aventais, que cobriam a
parte inferior do tronco e a parte superior das pernas; e
coberturas para os pés. Esses itens podiam ser pintados
para se assemelharem às partes do corpo que cobriam, às
joias que a pessoa usaria ou a símbolos e cenas religiosas
importantes. Na época do Novo Império, a cartonagem já
era usada para casos de cadáveres completos.
"Vire o rosto para o oeste para que possa iluminar
as Duas Terras com ouro puro. Aqueles que dormiam
levantam-se para olhar para você; eles respiram o ar, veem
seu rosto como o brilho do disco solar em seu horizonte,
seus corações estão em paz por causa do que você fez,
pois a você pertence a eternidade e a eternidade." - Feitiço
15 - O Livro dos Mortos [16]
Busto de Nefertiti
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 79 ]
O Busto de Nefertiti no Museu de Arqueologia
Bíblica é uma réplica do verdadeiro busto que se encontra
no Museu da Alemanha.
É a estrela indiscutível do Neues Museum e, junto
com o Altar de Pérgamo e o Portão de Ishtar, a exposição
mais conhecida na Museumsinsel de Berlim: o busto
colorido de Nefertiti, criado por volta de 1340 a.C.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 80 ]
Desde que foi colocado na Sala da Cúpula Norte
do Neues Museum, reaberto em 2009, atrai a atenção de
centenas de milhares de visitantes todos os anos. A
aparência atemporal do rosto tornou-se um ícone de
beleza nos últimos 100 anos. [16]
MÚMIA DE RAMSÉS II
Na foto acima estou ao lado de uma réplica da
múmia de Ramsés II no MAB.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 81 ]
A morte de Ramsés em 1213 a.C. deixou um rastro
físico em camadas, graças às técnicas multifacetadas de
sepultamento egípcias e aos numerosos saques do Vale
dos Reis, que abrigava seu e muitos outros túmulos reais.
O faraó foi enterrado em um caixão de madeira dourada,
aninhado dentro de um sarcófago de alabastro e um
sarcófago maior de granito. Mais tarde, o caixão foi
roubado, o sarcófago de alabastro foi destruído por
saqueadores e o sarcófago de granito — de onde se
originou o fragmento em questão — foi reutilizado por
Menkheperre.
Como explica Payraudeau, o Vale dos Reis foi
saqueado inúmeras vezes durante a 19ª Dinastia do antigo
Egito, uma era de crises econômicas e sociais que levaram
à escassez, forçando até mesmo a realeza a reutilizar
objetos funerários criados para seus antecessores.
Em 1881, a múmia e o caixão de Ramsés foram
descobertos em um esconderijo no complexo do templo
Deir el-Bahari, que abrigava os restos mortais de outros 50
membros da nobreza, incluindo o pai do faraó, Seti I,
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 82 ]
segundo o Museu do Egito. Desde então, o caixão
adornado com ouro e a múmia de Ramsés têm sido
exibidos em museus ao redor do mundo. Ainda não se
sabe se o fragmento do sarcófago, atualmente
armazenado em Abidos, também será exibido algum dia.
[17]
PAPIRO
O Portal do Museu Metropolitano de Arte de Nova
York traz uma explicação sobre o papiro que diz assim:
A palavra papiro refere-se tanto ao suporte de
escrita inventado pelos antigos egípcios e a planta da qual
eles fizeram esse material. Escavadores de uma tumba em
Saqqara descobriram o rolo de papiro mais antigo
conhecido , datado de cerca de 2900 a.C., e o papiro
continuou a ser usado até o século XI d.C., mesmo quando
o papel, inventado na China, se ornou o material de escrita
mais popular para o mundo árabe por volta do século VIII
d.C. No antigo Egito , os textos podiam ser escritos em
papiro em hieróglifos, escrita hierática ou escrita demótica,
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 83 ]
e mais tarde o papiro foi usado em grego, documentos
coptas, latinos, aramaicos e árabes. Com pequenas
variações, o rolo de papiro foi produzido essencialmente da
mesma maneira ao longo de seus aproximadamente 4.000
anos de história. Além de sua função como material para
escrita, o papiro era usado em cordas, cestaria e sandálias
e outros itens do dia a dia.
O nome botânico da planta papiro é Cyperus
papyrus, indicando que pertence à grande família das
ciperáceas, que são plantas de junco. Embora hoje a
planta não cresça mais no Vale do Nilo, no Egito, é
geralmente aceito que, durante a antiguidade, era comum
e nativa da região. Embora o papiro crescesse selvagem
ao longo do Nilo, a possibilidade de que também tenha sido
cultivado para uso na fabricação de papel tem sido
explorada, mas permanece uma questão em aberto.
As plantas de papiro são nativas de margens de
rios e áreas pantanosas, pois consomem grandes
quantidades de água. Água e nutrientes são transportados
das raízes, por meio de um sistema de feixes
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 84 ]
fibrovasculares longitudinais, por um caule triangular
espesso e afilado, que mede cerca de 5 a 8 centímetros de
diâmetro na base, até a ampla cabeça da flor, ou guarda-
chuva, a uma altura de cerca de 4 metros. A casca verde e
resistente do caule do papiro envolve a medula branca, da
qual é feita a folha de papiro. A medula é composta por
feixes fibrovasculares lenhosos e celulósicos rígidos e
células parenquimáticas vazias com paredes de celulose e
hemicelulose, que funcionam como passagens de ar e
conferem flutuabilidade ao caule.
A morfologia da medula do papiro é o que confere
à folha de papiro seu padrão cruzado característico: os
feixes fibrovasculares são as estrias lenhosas mais
substanciais que correm horizontalmente através do reto
do papiro (e verticalmente no verso), e as células do
parênquima são o "preenchimento" mais claro e delicado
entre as estrias. A estrutura cruzada é formada pela
criação de uma folha com duas camadas (para a maioria
dos papiros) de fatias de medula dispostas
perpendicularmente. Embora o arranjo seja claro, o método
exato de fabricação do papiro é, infelizmente, não
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 85 ]
documentado pelos antigos egípcios e, portanto, alguns
dos detalhes do procedimento têm sido ponderados por
estudiosos modernos.
A descrição mais antiga da fabricação de papiro
vem do naturalista romano Plínio, o Velho. Seu relato,
datado de aproximadamente 77-79 d.C., deixa alguns
aspectos do processo abertos à interpretação, mas
experimentos modernos na fabricação de papiro, bem
como análises instrumentais de amostras históricas,
levaram a conclusões sólidas sobre como os antigos
egípcios produziam seus papiros. Após a coleta das
plantas e enquanto os caules ainda estavam verdes, uma
seção de 20 a 48 centímetros do caule era cortada (o
comprimento máximo sendo a altura máxima de um rolo de
papiro) e a casca externa da planta era removida. Tiras
finas eram produzidas cortando-se a medula
longitudinalmente ou usando-se uma agulha para
descascá-la, como se estivesse desenrolando uma bobina,
de fora para dentro. Experimentos modernos
demonstraram que ambos os métodos são possíveis e que
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 86 ]
é necessária grande habilidade para criar tiras finas e
uniformes. [18]
Foto que tirei ao lado de um papiro no Museu de
Arqueologia. Quando estive no Egito, eu trouxe um
exemplar de papiro verdadeiro do famoso Instituto do
Papiro do Cairo.
SARCÓFAGO DE TUTANCÂMON
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 87 ]
Na foto acima, eu e minha esposa Gladis fazemos
pose com a réplica do sarcófago de Tutancâmon ao fundo.
Mas em 2023, eu tive o prazer de ver no Museu Egípcio do
Cairo toda as riquezas de Tutancâmon. Eu nunca tinha
visto tanto ouro ao vivo. Mas aqui no Museu de
Arqueologia, o visitante pode ter uma ideia do que foi o
Egito antigo. O texto abaixo é do Ministério do Turismo e
Antiguidade do Egito e fala sobre a descoberta do
sarcófago de Tutancâmon que foi uma das maiores
façanha da arqueologia:
Tutancâmon, também conhecido mundialmente
como o Faraó Dourado, foi um rei da 18ª Dinastia do Novo
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 88 ]
Império. Ele é mais conhecido por seu túmulo intacto e sua
preciosa coleção funerária. A misteriosa morte do rei, ainda
muito jovem, continuou a fascinar milhões de pessoas ao
longo dos anos.
Ele foi enterrado em seu túmulo (KV62), localizado
no Vale dos Reis, na margem oeste de Luxor, e foi
descoberto em novembro de 1922 pelo arqueólogo
britânico Howard Carter. A descoberta, na época, recebeu
cobertura da imprensa mundial, cativando a imaginação do
público.
A câmara funerária do rei tem 6 m x 4 m de largura
e abrigava o sarcófago retangular de quartzito mais
externo. Seus quatro cantos são decorados com figuras
das quatro divindades protetoras, cujas asas abertas
protegem o sarcófago e a múmia do rei. Contém três
caixões antropoides aninhados uns dentro dos outros,
representando o rei na posição osiriana.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 89 ]
Este caixão mais interno tem o formato de uma
múmia e é feito de ouro maciço, pesando 110,4 kg. Foi
encontrado envolto em linho dentro do caixão do meio.
Ambos estão agora em exposição no Museu Egípcio do
Cairo. Dentro dele jazia a múmia do rei, cuja cabeça estava
coberta com a icônica máscara de ouro do rei menino.
Este caixão é feito de madeira dourada incrustada
com vidro multicolorido. Foi encontrado dentro do caixão
dourado externo e atualmente está em exposição no
Museu Egípcio do Cairo.
O caixão externo é feito de madeira dourada,
representando o rei na forma de Osíris, com os braços
cruzados sobre o peito e segurando a insígnia, o mangual
e o cajado, ornamentados com vidro azul e vermelho. O
caixão possui alças de prata que são usadas para mover a
tampa. As medidas do caixão são 223,5 cm de
comprimento, 83,8 cm em seu ponto mais largo e 105,5 cm
em seu ponto mais alto.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 90 ]
Logo após a descoberta do túmulo em 1922, os
caixões interno e central foram transferidos para o Museu
Egípcio do Cairo; enquanto o caixão dourado externo foi
deixado dentro do túmulo.
Em 12 de julho de 2019, o caixão externo foi
transferido para o Grande Museu Egípcio (GEM) para
restauração e preservação, e será exibido no GEM após
sua inauguração, junto com a preciosa coleção do rei
menino, incluindo os outros dois caixões. Os três caixões
de ouro do faraó serão exibidos juntos pela primeira vez
desde sua descoberta. [19]
PEDRA ROSETA
Museu de Arqueologia Bíblica (MAB) possui uma
réplica idêntica da Pedra de Roseta em seu acervo. Essa
réplica, juntamente com outras réplicas de importantes
descobertas arqueológicas, está exposta no MAB.
A Pedra de Roseta original é uma estela de
granodiorito com um decreto inscrito em três línguas:
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 91 ]
hieroglífica, demótica e grega antiga. Essa inscrição foi
fundamental para a decifração dos hieróglifos egípcios.
A Pedra de Roseta é um dos artefatos mais
importantes da arqueologia e está em exibição no Museu
Britânico desde 1802.
Como eu ainda não fui no Museu Britânico, só vi
duas réplicas em minha vida. No museu do Cairo no Egito
e está aqui no Museu de Arqueologia Bíblica.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 92 ]
Painel da abertura do mar Vermelho
No museu há um imenso painel com a imagem dos
israelitas atravessando o Mar Vermelho. Um episódio épico
da Bíblia. Aproveitei para também tirar esta foto.
A travessia do Mar Vermelho, no Livro do Êxodo,
pela qual os judeus escaparam de seus opressores
egípcios, foi um momento de ruptura histórica que
possibilitou a invenção de uma nova identidade coletiva. A
história também prefigurou o batismo de Cristo e passou a
simbolizar o batismo cristão em geral — um sinal da
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 93 ]
promessa de Deus de perdoar pecados. Para os cristãos,
essa história pode ter demonstrado a necessidade da
providência divina para a salvação espiritual.
PERÍODO PERSA
O Período Persa. Quem visitar o Museu de
Arqueologia Bíblia verá um seção dedicada aos utensílios
e peças arqueológicas deste período.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 94 ]
586 - 333 a.C. [Datas variam de acordo com
interpretações dos historiadores]
Dr. Meir Edrey do Instituto Leon Recanati de
Estudos Marítimos da Universidade de Haifa produziu o
artigo abaixo explicando o período Persa.
O período persa no sul do Levante é um período
de continuidade e profundas mudanças. Uma época de
fortes influências culturais tanto do Oriente quanto do
Ocidente. É considerado tanto uma era bíblica quanto o
início da era clássica. Durante o período persa, a vasta
maioria do Antigo Oriente Próximo ficou sob a hegemonia
dos monarcas aquemênidas, que fundaram o Império
Persa, o maior império até então, que em seu apogeu se
estendia dos Bálcãs, passando pela Ásia Menor, até a Ásia
Oriental (atual Afeganistão), e mais ao sul, da Líbia,
passando pelo Egito, o sul do Levante e a Mesopotâmia,
até o vale do Hindustão (Fig. 1).
Os aquemênidas, nomeados em homenagem ao
seu ancestral mitológico, Aquemênides, eram um grupo de
língua iraniana que conseguiu estabelecer um reino
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 95 ]
independente com sua capital, Anshan, no território de
Elão, no século VIII a.C. À medida que o Elão se
enfraquecia devido aos constantes conflitos com a Assíria,
os aquemênidas se tornavam cada vez mais fortes e
independentes. Em algum momento de meados do século
VI a.C. , Ciro, o Grande (c. 600-530 a.C.), o pai fundador
do império persa, conseguiu conquistar o reino da Média.
Ele então continuou a oeste conquistando a Ásia Menor
antes de se voltar para o leste para lutar contra os
neobabilônios na batalha de Opis. Em outubro de 539 a.C.,
as forças de Ciro marcharam para a Babilônia e
asseguraram o vasto território do império neobabilônico.
Não está claro se Ciro conquistou o sul do Levante antes
ou depois da Babilônia; no entanto, parece que o Egito
conseguiu restabelecer seu domínio sobre a região por um
curto período de tempo antes.
A fim de garantir a lealdade dos vários povos que
agora estavam sob a hegemonia do recém-fundado
império persa, Ciro decidiu adotar uma abordagem muito
mais benigna em relação ao antigo império neobabilônico.
Ele estabeleceu várias cidades-chave em todo o império
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 96 ]
como capitais oficiais aquemênidas, o que preservou o
status de suas elites socioeconômicas, e também emitiu
um edito que permitia que os povos deportados pelos
neobabilônicos retornassem às suas casas, restaurassem
seus templos e praticassem suas religiões livremente.
Essa proclamação, conhecida como Cilindro de Ciro (Fig.
2), que não menciona Jerusalém, é repetida na Bíblia
hebraica diversas vezes (Ed 1:1-4; 6:1-12; 2 Cr 36:22-23),
referindo-se especificamente aos judeus na Babilônia, que
foram autorizados a retornar a Judá, conhecida no período
persa como Yehud, e reconstruir seu templo. Essa nova
abordagem rendeu a Ciro muita popularidade em todo o
império, e a Bíblia hebraica até se refere a ele como um
messias (Isaías 45:1). [20]
PERÍODO GREGO
Mark Cartwright publicou o artigo abaixo no portal
WORLDHISTORY.ORG em 15 de julho de 2016,
explicando o desenvolvimento da moeda como nova
prática comercial no mundo:
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 97 ]
As moedas da Grécia Antiga nos proveram com as
imagens mais reconhecíveis da antiguidade, já que elas
eram carimbadas com desenhos que serviam para declarar
com orgulho a cidade que as cunhou e para garantir o seu
valor. Uma das grandes sobreviventes arqueológicas, as
moedas são uma fonte de informação valiosa em práticas
culturais, indivíduos importantes, e relações internacionais
antigas.
Evolução & Funções da Cunhagem
O comércio do mundo antigo era amplamente
conduzido através da troca de um tipo de produtos por
outro em um sistema de escambo que funcionou bem por
milênios. Eventualmente, alguns bens passaram a ser
trocados por grandes barras de metais, como os talentos
de bronze ou cobre, cujo valor era acordado por ambas as
partes. A próxima etapa foi o uso de varas ou espetos
(chamados de obelos, de onde deriva-se o nome da moeda
óbolo) que possuíam 1,5 metros de comprimento,
podendo-se segurar na mão seis delas de uma vez. A
palava grega para segurar é drattomai, e esta é a origem
da moeda dracma. Dessas barras e varas surgiu a ideia de
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 98 ]
um material mais portátil e universal, que poderia ser
trocado por qualquer produto ou serviço: a moeda.
Os gregos atribuíam à Lídia a invenção das
moedas no início do século 6ª AEC, que eram cunhadas
pelo estado para garantir valor e serem reconhecidas como
genuínas. As moedas eram geralmente mais leves do que
o mesmo valor representado pela quantia de metal puro,
para que se cobrisse o custo de cunhá-las ou até mesmo
obter um pequeno lucro. Nos séculos seguintes, alguns
estados abusaram dessa margem e produziram moedas
contendo cada vez menos metal precioso na tentativa de
se criar valor quando, na verdade, não se havia nenhum.
Após ser publicamente ridicularizada, Atenas foi
notoriamente forçada a remover um lote de moedas que
haviam sido cunhadas logo após uma crise financeira, por
volta de 406 AEC. Assim como atualmente, a moeda só
funcionava se as pessoas confiassem em seu valor
presente e futuro.
MOEDAS GREGAS DE CIDADES-ESTADO
ESPECÍFICAS POSSUÍAM DESENHOS PARTICULARES
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 99 ]
QUE FORAM USADOS POR SÉCULOS, TORNANDO-SE
SÍMBOLOS INSTANTANEAMENTE RECONHECÍVEIS
DAQUELA CIDADE.
As primeiras moedas gregas surgiram em Egina c.
600 AEC (ou até mesmo antes), e eram feitas de prata e
utilizavam uma tartaruga como símbolo da prosperidade da
cidade, que se baseava no comércio marítimo. A vantagem
de Egina foi logo seguida por Atenas e Corinto. O
nascimento da cunhagem de forma ampla na Grécia,
porém, não se deu por conveniência, mas por carência,
motivada pela necessidade de se pagar soldados
mercenários. Esses guerreiros demandavam um modo
conveniente de carregar suas remunerações, e o estado
precisava de um método de pagamento que pudesse
aplicar igualmente a todos. Sobretudo no comércio
marítimo, o escambo continuava a ser a forma mais
comum de troca, já que o problema com a moeda no
mundo antigo era que o seu valor entre cidades-estados
era frequentemente diferente. Mesmo assim, a cidadãos de
uma cidade específica e a seus territórios adjacentes, a
moeda tornou-se um método muito útil de se comprar e
vender produtos, e era conveniente ao estado utilizar
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 100 ]
moedas para pagar por pequenos serviços públicos como
a participação em tribunais. Essa nova riqueza portátil era
tão conveniente que os gregos mais pobres carregavam
suas moedas dentro de suas bocas quando eles iam ao
mercado, e os mais ricos passaram a ter um método
acessível de armazenar (e esconder) sua riqueza. [21]
A foto acima tirei na seção do Período Grego no
Museu de Arqueologia. Quem visitar o museu poderá
apreciar algumas moedas de idade milenar como estas
acima.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 101 ]
No Museu de Arqueologia de Engenheiro Coelho
temos esta estatueta da deusa Artêmis, uma deusa grega.
Em cada galeria do museu, o visitante entra em um período
da história bíblica.
ÁRTEMIS era a deusa olímpica da caça, da vida
selvagem e dos animais selvagens. Ela também era deusa
do parto e protetora das meninas até a idade do casamento
— seu irmão gêmeo Apolo era igualmente protetor dos
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 102 ]
meninos. Juntos, os dois deuses também traziam morte
súbita e doenças — Ártemis tinha como alvo mulheres e
meninas, Apolo, homens e meninos.
Na arte antiga, Ártemis era geralmente
representada como uma menina ou jovem donzela com um
arco de caça e uma aljava de flechas.
Leto, a mãe de Ártemis, foi perseguida durante
toda a gravidez pela deusa ciumenta Hera, mas acabou
encontrando refúgio na ilha flutuante de Delos. Lá, ela deu
à luz Ártemis, que auxiliou sua mãe como parteira no
nascimento de seu irmão gêmeo mais novo, Apolo. [21]
PERÍODO INTERBÍBLICO
NO período Interbíblico a nação de Israel esteve
sob o domínio dos Persas, Gregos e Romanos e no museu
de Arqueologia o visitante terá contato com peças deste
período. Visitar o Museu de Arqueologia da UNASP no
interior de São Paulo é fazer um curso bíblico de alta
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 103 ]
qualidade. Prepare um dia para esta imersão no
conhecimento com sensação visual e de tato.
O período intertestamentário: o período entre os
testamentos, quando os eventos descritos nos livros do
Antigo Testamento foram concluídos, mas antes dos
eventos que introduziram os quatro Evangelhos.
Durante esses 420 anos, várias profecias cruciais
foram cumpridas, dramatizando a autenticidade da Palavra
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 104 ]
de Deus e preparando o cenário para outro evento
profetizado: o aparecimento do Messias.
O Antigo Testamento chega ao fim logo após os
eventos dos livros de Daniel, Esdras, Neemias e Ester. No
entanto, as profecias de Daniel continuam a prever eventos
dentro do período intertestamentário.
Alexandre, o Grande, na Profecia
Em uma visão, Deus revelou a Daniel que o reino
que surgiria depois dos persas seria o dos gregos, sob o
comando de Alexandre, o Grande. Gabriel, o mensageiro
angélico de Deus, explicou a Daniel: "O carneiro que viste,
com dois chifres, são os reis da Média e da Pérsia. E o
bode é o reino da Grécia. O grande chifre que está entre
os seus olhos é o primeiro rei. Quanto ao chifre quebrado
e aos quatro que se ergueram em seu lugar, quatro reinos
surgirão daquela nação, mas não com o seu poder" (Daniel
8:20-21).
O reino persa chegou rapidamente ao fim em 333
a.C., quando Alexandre, o Grande, derrotou os exércitos
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 105 ]
de Dario III em Isso. No entanto, 10 anos depois, fiel à
profecia de Daniel 8, Alexandre morreu inesperadamente e
o Império Grego foi dividido em quatro partes, cada uma
liderada por um de seus quatro generais.
O povo de Deus foi milagrosamente salvo e
libertado quando, segundo Josefo, Ciro viu seu nome e
seus feitos profetizados na Bíblia. Os escritos de Josefo
também incluem um relato de Alexandre, o Grande,
poupando Jerusalém da destruição após ver seus feitos
profetizados nas Escrituras.
Quando Alexandre desceu sobre o Oriente Médio,
era natural que quase todos lhe resistissem. Aqueles que
o fizeram foram impiedosamente pisoteados diante dele. A
vizinha Fenícia sentiu a ira de Alexandre quando ele
destruiu completamente Tiro. Parecia que o mesmo
destino aguardava a rebelde Jerusalém, que havia apoiado
os infelizes persas esmagados por Alexandre em Isso.
Confronto surpreendente em Jerusalém
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 106 ]
Josefo conta como as tropas de Alexandre
cercaram a cidade e se prepararam para o ataque. De
repente, os portões da cidade se abriram e de lá saíram o
sumo sacerdote com sua comitiva.
Josefo escreve: "... Pois Alexandre, quando viu a
multidão à distância, em vestes brancas, enquanto os
sacerdotes estavam vestidos de linho fino, e o sumo
sacerdote em vestes púrpura e escarlate, com sua mitra na
cabeça, tendo a lâmina de ouro na qual estava gravado o
nome de Deus, aproximou-se sozinho, adorou aquele
nome e primeiro saudou o sumo sacerdote... então os reis
da Síria e os demais ficaram surpresos com o que
Alexandre havia feito e o julgaram perturbado. No entanto,
somente Parmênio se aproximou dele e perguntou-lhe
como era possível que, enquanto todos o adoravam, ele
adorasse o sumo sacerdote dos judeus?
"Ao que ele respondeu: 'Eu não o adorei, mas sim
ao Deus que o honrou com seu sumo sacerdócio; pois vi
essa mesma pessoa em um sonho, com esse mesmo
hábito [roupa], quando eu estava em Dios, na Macedônia,
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[ 107 ]
que... me exortou a não demorar, mas a atravessar o mar
corajosamente para lá, pois ele conduziria meu exército e
me daria o domínio sobre os persas; de onde... agora
vendo essa pessoa nele, e lembrando-me daquela visão...
acredito que trago esse exército sob a condução divina...'
"... E quando lhe foi mostrado o livro de Daniel, no
qual Daniel declarava que um dos gregos destruiria o
império dos persas, ele supôs que ele próprio era a pessoa
visada; e como estava então contente, ele... ordenou-lhes
que lhe perguntassem que favores lhe desejavam; então o
sumo sacerdote pediu que eles... não pagassem tributo no
sétimo ano. Ele concedeu tudo o que desejavam..."
(Antiguidades dos Judeus, XI, viii, 5).
Antíoco IV Epifânio e a Abominação da Desolação
Assim começou o reinado grego sobre a Judeia,
que duraria 150 anos. No capítulo 11, Daniel profetizou as
mudanças na sorte dos judeus sob o domínio dos gregos.
Após a morte de Alexandre, a Judeia tornou-se parte do
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 108 ]
reino do general Ptolomeu, que governava do Egito. De
modo geral, o período foi pacífico para os judeus.
No entanto, as guerras intermitentes entre os
Ptolomeus do Egito e os Selêucidas da Síria pelo controle
total do Império Grego chegaram ao auge em 198 a.C.
Naquele ano, os Ptolomeus foram derrotados. A Judeia
então ficou sob o domínio dos Selêucidas.
Pouco depois que a linhagem selêucida do Império
Grego começou a governar a Judeia, surgiu um rei que
cumpriria diversas profecias terríveis registradas em
Daniel. Segundo historiadores, Antíoco IV Epifânio foi o
governante que instituiu a primeira "abominação da
desolação" mencionada em Daniel 8 e 11.
Daniel 8:8-13 descreve esse tempo: "Portanto, o
bode [o Império Grego] cresceu muito; mas quando se
tornou forte, o grande chifre foi quebrado [Alexandre, o
Grande, morreu repentinamente no ápice de seu poder], e
em seu lugar subiram quatro notáveis para os quatro
ventos do céu [o reino de Alexandre foi dividido entre seus
quatro principais generais]" (versículo 8).
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[ 109 ]
"E de um deles saiu um chifre pequeno [Antíoco IV
Epifânio], o qual cresceu muito para o sul [Egito], para o
oriente [Mesopotâmia] e para a Terra Gloriosa [Judeia]...
Ele se exaltou até o nível do Príncipe do exército; e por ele
os sacrifícios diários foram tirados, e o lugar do Seu
santuário [o templo em Jerusalém] foi derrubado... Então
ouvi um santo falando... 'Até quando durará a visão,
referente aos sacrifícios diários e à transgressão da
desolação...?'" (versículos 9-13).
A Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional afirma
sobre Antíoco Epifânio: "Sua trajetória com relação à
Palestina é registrada em 1 e 2 Macabeus, e notavelmente
prevista em [Daniel] 11:21-35" (Vol. I, p. 145, "Antíoco IV
Epifânio"). Os livros de 1 e 2 Macabeus não estão incluídos
no cânone hebraico tradicional das Escrituras, mas são
valiosos como relatos históricos. Ambos os livros foram
escritos antes do nascimento de Cristo.
O reinado cruel de Antíoco
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 110 ]
Um breve histórico dos três anos da "abominação
da desolação" sob Antíoco Epifânio pode ser encontrado
no Comentário do Conhecimento Bíblico:
Esta parte da visão antecipou a ascensão de um
governante no Império Grego que subjugou o povo e a
terra de Israel, profanou seu templo, interrompeu sua
adoração e exigiu para si a autoridade e a adoração que
pertencem a Deus. Ele profanou o templo e aboliu o
sacrifício diário.
Antíoco enviou seu general Apolônio com 22.000
soldados a Jerusalém, no que supostamente seria uma
missão de paz. Mas eles atacaram Jerusalém no sábado,
mataram muitas pessoas, levaram muitas mulheres e
crianças como escravas, saquearam e queimaram a
cidade. Buscando exterminar o judaísmo e helenizar os
judeus, ele os proibiu de seguir suas práticas religiosas
(incluindo suas festas e a circuncisão) e ordenou que
cópias da Lei fossem queimadas. Em seguida, ele instituiu
a abominação que causa desolação.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 111 ]
Neste ato culminante, ele erigiu, em 16 de
dezembro de 167 a.C., um altar a Zeus no altar de
holocaustos, fora do templo, e mandou sacrificar um porco
no altar. Os judeus foram obrigados a oferecer um porco
no dia 25 de cada mês para celebrar o aniversário de
Antíoco Epifânio. Antíoco prometeu aos judeus apóstatas
uma grande recompensa se eles abandonassem o Deus
de Israel e adorassem Zeus, o deus da Grécia. Muitos em
Israel foram persuadidos por suas promessas e adoraram
o falso deus. No entanto, um pequeno remanescente
permaneceu fiel a Deus, recusando-se a se envolver
nessas práticas abomináveis. Antíoco IV morreu insano na
Pérsia em 163 a.C. (Logos Library System, 1997).
A precisão da descrição de Daniel dos eventos
desse período (dada mais de 300 anos antes) levou muitos
críticos da Bíblia a redatar o livro de Daniel para um período
posterior a esses eventos. Eles não admitiam que os
eventos tivessem sido profetizados. No entanto, graças à
descoberta, em 1948, dos Manuscritos do Mar Morto, que
incluem partes de todos os livros do Antigo Testamento,
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 112 ]
exceto Ester, a data tradicional de Daniel ganhou mais
apoio.
Explica Gleason Archer, professor de Antigo
Testamento e estudos semíticos na Trinity Evangelical
Divinity School: "Para evitar o impacto da evidência
decisiva de inspiração sobrenatural com a qual Daniel é tão
notavelmente abundante, foi necessário que os estudos
racionalistas encontrassem algum período posterior na
história judaica quando todas as 'previsões' já tivessem
sido cumpridas, como o reinado de Antíoco Epifânio (175-
164 a.C.)... Com a riqueza de novos dados dos
manuscritos das cavernas do Mar Morto, é possível
resolver essa questão de uma vez por todas"
(Encyclopedia of Bible Difficulties, 1982, p. 282).
Graças a essa nova evidência linguística, o Dr.
Archer passa a mostrar a precisão da datação tradicional
de Daniel (por volta de 530 a.C.).
Os judeus perdem sua independência para Roma
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 113 ]
Em 164 a.C., com a liderança heroica da família
dos Macabeus, os judeus derrotaram seus opressores
sírios. Por um século, eles desfrutaram da independência
judaica sob o domínio dos descendentes dos Macabeus.
No entanto, em 63 a.C., o general romano Pompeu
conquistou a Judeia, tornando-a território romano.
Várias décadas depois, os judeus sofreriam muito
quando os romanos escolheram Herodes, o Grande, como
rei da Judeia. Ele reinou de 37 a.C. a 4 a.C. Seus últimos
anos encerram o período intertestamentário e inauguram a
era do Novo Testamento. [22]
PERÍODO ROMANO
Quando o visitante chega na galeria do museu que
representa o período romano, ele ficará frente a frente com
objetos usados no período de Jesus, inclusive a famosa
espada gadius usada pelo exército romano, jarros e
frascos usados para guardar perfumes o que nos remete a
passagens bíblicas famosas. Ir ao Museu de Arqueologia
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 114 ]
é entrar na Bíblia. Foi sairá do museu, mas o museu nunca
mais sairá de você...
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[ 115 ]
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 116 ]
O Gládio Romano
Os romanos refinaram e melhoraram o gládio em
sua busca pela arma ideal para combate corpo a corpo.
Poucas armas na história mundial tiveram tamanha
importância tática quanto o gládio romano. Para entender
a importância que essa espada curta teve nos campos de
batalha da antiguidade, é melhor começar com o
historiador romano Lívio. Ao descrever a guerra entre
romanos e macedônios em 200 a.C., Lívio escreveu sobre
o devastador impacto prático e psicológico que o gládio
teve sobre as forças militares do rei Filipe V da Macedônia,
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 117 ]
acostumado a lutar com lanças, dardos e flechas. "Quando
viram corpos desmembrados pelo gládio hispânico, braços
arrancados, ombros e tudo, ou cabeças separadas dos
corpos, com os pescoços completamente decepados, ou
órgãos vitais expostos, e outros ferimentos terríveis,
perceberam em pânico geral com quais armas e com quais
homens teriam que lutar", escreveu Lívio na História de
Roma.
Os macedônios enfrentaram pela primeira vez a
máquina militar romana e sua impressionante tecnologia
militar. A principal formação tática dos exércitos grego e
macedônio era a falange, enquanto os romanos estavam
organizados em legiões divididas em unidades chamadas
centúrias. Ao contrário dos macedônios, os romanos não
usavam lanças longas, como a sarissa macedônia. Os
romanos, baixos e robustos, preferiam lutar corpo a corpo
para maximizar o efeito de sua superioridade geral em
treinamento e armamento. A legião romana era uma
grande formação de infantaria pesada. Cada um de seus
componentes era equipado com equipamentos defensivos
extremamente eficientes, porém flexíveis, incluindo um
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 118 ]
capacete, uma lorica hamata (couraça de malha) e um
scutum (escudo grande); no entanto, a verdadeira força do
exército romano residia nas armas ofensivas usadas por
seus soldados. Essas armas eram o pilum, o gladius e o
pugio (punhal).
Uma imagem do monumento romano Tropaeum
Traiani, na Romênia moderna, que comemora a vitória
romana sobre os dácios, mostra um legionário
esfaqueando com seu gládio.
A primeira arma que os romanos usaram em
batalha foi o pilum, um dardo projetado especificamente
para matar inimigos a longas distâncias ou para limitar o
uso de seus escudos. O pilum era extremamente difícil de
remover após atingir a parte externa de um escudo ou de
uma couraça. Uma vez que as fileiras inimigas foram
destruídas pela chuva inicial de dardos, os legionários
sacaram suas espadas curtas e investiram contra seus
oponentes. De acordo com a doutrina tática romana, a
ênfase estava no uso do scutum para fornecer cobertura
máxima do corpo, enquanto o gládio era usado para atacar
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 119 ]
com estocadas devastadoras e atalhos. Usando essas
táticas, os romanos foram capazes de derrotar diferentes
tipos de infantaria inimiga. Os soldados romanos tornaram-
se eficientes com suas armas por meio de treinamento
intensivo e contínuo.
O método romano de luta limitava o número de
baixas sofridas por suas tropas. Usando suas espadas
para penetrar nos poucos espaços criados entre os
escudos de suas formações cerradas, os legionários
raramente eram expostos às armas ofensivas de seus
inimigos, que tinham poucas chances de manobra. O pugio
também era uma arma de curto alcance. Era usado como
arma secundária durante intensos combates corpo a corpo,
especialmente quando o espaço para movimento se
tornava extremamente limitado ou quando o gládio não
podia ser usado por algum motivo. [23]
OSSUÁRIO DO SUMO SACERDOTE CAIFÁS
A Caixa de Ossos (ossuário) de Caifás foi
descoberta em 1990 por acaso durante trabalhos de
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 120 ]
terraplenagem em uma colina ao sul da cidade velha de
Jerusalém. Doze caixas de ossos (ossários) foram
encontradas na caverna funerária. Uma delas, muito
ornamentada, tinha a inscrição, em dois lugares, "José,
filho de Caifás". Dentro da caixa, foram documentados os
restos mortais de um homem de 50 anos. O ossuário é
provavelmente de Caifás, o sumo sacerdote que interrogou
Jesus após a "Última Ceia", e é uma das descobertas mais
importantes relacionadas à história cristã e judaica. Está
em exposição no Museu de Israel ao lado da Pedra de
Pilatos e do pé perfurado do homem crucificado de
Jerusalém . [24]
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 121 ]
Réplica do ossuário onde estava os restos mortais
do sumos sacerdote Caifás, que julgou e condenou Jesus.
Estive em Jerusalém em 2023 onde está o ossuário
original.
MINIATURA DE JERUSALÉM
Em 2023 estive no Museu do Livro em Jerusalém
onde estão os manuscritos do Mar Morto, bem como a
famosa e imensa miniatura da cidade de Jerusalém nos
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 122 ]
dias de Jesus. O Museu de Arqueologia tutorado pelo
nosso querido Rodrigo Silva não deixou por menos e criou
também uma réplica da cidade de Jerusalém dos dias de
Jesus baseado nos conhecimentos arqueológicos que
temos acesso. Na selfie que tirei aparece ao fundo a
maquete.
ERA BIZANTINA
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 123 ]
Mark Cartwright publicou em 19 de setembro de
2018 no canal World History a seguinte explanação sobre
o que foi o período Bizantino, a qual reproduzo abaixo. O
período Bizantino já não pertence mais a um período
bíblico, mas o MAB colocou uma galeria com o período
Bizantino porque este período abrange o desenvolvimento
do cristianismo no Oriente e isso tem a ver conosco, os
cristãos.
O Império Bizantino existiu de 330 a 1453. É
frequentemente chamado de Império Romano do Oriente
ou simplesmente Bizâncio. A capital bizantina foi fundada
em Constantinopla por Constantino I (r. 306-337). O
Império Bizantino variou em tamanho ao longo dos
séculos, em um momento ou outro, possuindo territórios
localizados na Itália, Grécia, Bálcãs, Levante, Ásia Menor
e Norte da África.
Bizâncio era um estado cristão com o grego como
língua oficial. Os bizantinos desenvolveram seus próprios
sistemas políticos, práticas religiosas, arte e arquitetura.
Todos eles foram significativamente influenciados pela
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 124 ]
tradição cultural greco-romana, mas também eram
distintos e não apenas uma continuação da Roma Antiga.
O Império Bizantino foi a potência medieval mais
duradoura, e sua influência continua até hoje,
especialmente na religião, arte, arquitetura e leis de muitos
estados ocidentais, da Europa Oriental e Central e da
Rússia.
O nome 'Bizantino' e datas
O nome "Bizantino" foi cunhado por historiadores
do século XVI com base no fato de que o primeiro nome da
capital era Bizâncio antes de mudar para Constantinopla
(atual Istambul). Foi e continua sendo um rótulo menos que
perfeito, mas conveniente, que diferencia o Império
Romano do Oriente do Império Romano do Ocidente,
especialmente importante após a queda deste último no
século V. De fato, por esta razão, não há um acordo
universal entre os historiadores sobre a qual período de
tempo o termo "Império Bizantino" realmente se refere.
Alguns estudiosos selecionam 330 e a fundação de
Constantinopla, outros a queda do Império Romano do
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 125 ]
Ocidente em 476, outros ainda preferem o fracasso de
Justiniano I (527-565) em unificar os dois impérios em 565,
e alguns até preferem c. 650 e a conquista árabe das
províncias orientais de Bizâncio. A maioria dos
historiadores concorda que o Império Bizantino terminou
na terça-feira, 29 de maio de 1453, quando o sultão
otomano Mehmed II (1444 e 1451) conquistou
Constantinopla. [25]
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 126 ]
CONCLUSÃO
Este livro foi escrito para apenas trazer uma leve
lembrança do que existe de riquezas no Museu de
Arqueologia Bíblia da UNASP. Se tivesse que falar tudo
com detalhes, não seria um livro, seria uma enciclopédia.
São mais de 3 mil peças no acervos, e muitas nem estão
expostas. O museu é algo vivo e está sempre se
atualizando. Não recomendo visita-lo uma vez, mas várias.
De tempos em tempos com certeza teremos novos
elementos para conhecer. Aproveitem e ganhem aula
MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
[ 127 ]
grátis com os monitores. Todos os funcionários são muitos
prestativos. Bem treinados. Aos líderes cristãos de
qualquer credo, recomendo que organizem caravanas.
Com certeza será edificante para a fé de todos.
REFERÊNCIAS
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2 - https://mab.unasp.edu.br/sobre.html
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24 - https://dannythedigger.com/caiaphas-ossuary/
25 -
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LISTA DE LIVROS PUBLICADOS
TEOLOGIA
Como evitar o seu suicídio
Histórias absurdas da Bíblia
Simbologia Bíblica
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Dicionário de Parapsicologia
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Atos dos apóstolos Comentado e
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Como se vestem os santos
Você é invejoso, entenda isso
Salto alto faz mal e é pecado
GEOGRAFIA BÍBLICA
Hotéis no Oriente Médio
Cidade do Cairo no Egito
Caná da Galileia
Via Dolorosa
Mar da Galileia
Grande Esfinge do Egito
As pirâmides do Egito
O Mar Vermelho
Monte das Oliveiras
Belém, onde nasceu Jesus
O Jardim do Éden na Bíblia
Basílica da Natividade em Belém
Sinai, o monte de Deus
O exótico Mar Morto
Jericó, a cidade mais antiga do
mundo
Monte Carmelo e o profeta Elias
Mênfis, no Egito
Barreira israelense na Cisjordânia
Rio Nilo no Egito
PATROLOGIA
LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS
[ 133 ]
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Vida de Antão com comentários
Clemente de Roma
De Trinitate de Agostinho com
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Hexamerão de Ambrósio ilustrado
e explicado
Ambrósio de Milão, ilustrado e
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Didascalia Apostolorum com
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DEVOCIONÁRIO E SERMÕES
Cristo e eu de C Spurgeon
A imitação de Cristo de Tomás de
Kempis com comentários
O peregrino de John Bunyan
ilustrado e explicado
Experimentando Jesus através da
Oração (com comentários) –
Madame Guyon
Pecadores nas mãos de um Deus
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Autoridade Espiritual com
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Motivos para agradecer
TANATOLOGIA
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Vida após a vida com comentários
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ESCRIBA DE CRISTO
Reflexões vol 1, Reflexões vol 2
Reflexões vol 3, Reflexões vol 4
Reflexões vol 5 Reflexões vol 6
CIÊNCIAS ESPACIAIS
Mitologia sobre o planeta Marte
Missões ao planeta Marte
ISS – Estação Espacial
Internacional – Maravilha de Deus
Terra plana dos insensatos
Terra Plana e os satélites
geoestacionários
Terra Plana e os ônibus espaciais
Os astronautas e a terra plana
Ciências X Terra Plana
Globo X Terra Plana – Volume 1
Globo X Terra plana – Volume 3
Globo X Terra plana – Volume 3
Globo X Terra Plana – 100 lições
CIÊNCIAS NATURAIS
Os Escochatos
Catálogo de mineralogia
Ricardo Felício e o aquecimento
Global
Cactos e suculentas, maravilhas
de Deus
Biologia, O mito da Evolução
Baleias, maravilhas de Deus
A sabedoria das formigas
Formigas, maravilhas de Deus
Pôr do sol, maravilha de Deus
Abelha sem ferrão, maravilha de
Deus
As palmeiras, maravilhas de Deus
Orquídeas, maravilhas de Deus
Camelos e dromedários,
maravilhas de Deus
101 maravilhas de Deus, Volume 1
101 maravilhas de Deus, Volume 2
101 maravilhas de Deus, Volume 3
101 maravilhas de Deus, Volume 4
101 maravilhas de Deus, Volume 5
101 maravilhas de Deus, Volume 6
101 maravilhas de Deus. Volume 7
101 maravilhas de Deus, Volume 8
LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS
[ 135 ]
Botânica Bíblica
Produção de plantas
GASTRONOMIA
Licores, maravilhas da
humanidade
SAÚDE PÚBLICA
Medicina Psicossomática
Doenças na Humanidade
História das pandemias
Pestes na Antiguidade
Tratamentos contra a Covid-19
Coronavírus e a histeria coletiva
Coronavírus e a imunidade
Coronavírus e as causas de morte
Revolta da Vacina e o Coronavírus
Coronavírus – Isolamento ou
distanciamento?
Coronavírus e os efeitos
econômicos
Virologia do Coronavírus
9 de abril de 2020 – pico do
coronavírus
Coronavírus – Conspiração
Chinesa
Coronavírus e o plano chinês
Coronavírus em cada nação
Coronavírus e suicídio
UFOLOGIA
Eram os deuses astronautas (Com
anotações)
A Bíblia da Ufologia
DIREITA
CONSERVADORA
CRISTÃ
COLEÇÃO: MENTES
BRILHANTES
Guilherme Fiúza, mente brilhante
Rodrigo Constantino, mente
brilhante
Augusto Nunes – mente brilhante
Allan dos Santos – mente brilhante
Luciano Hang – mente brilhante
Roberto Jefferson – mente
brilhante
Alexandre Garcia, mente brilhante
Olavo de Carvalho, mente brilhante
Bernardo Küster, mente brilhante
Caio Coppolla, mente brilhante
Deltan Dallagnol, mente brilhante
Gustavo Gayer, mente brilhante
Adrilles Jorge, mente brilhante
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MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA - UNASP

  • 2. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 2 ] FINALIDADE DESTA OBRA Este livro como os demais por mim publicados tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores, a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a caminhada para o conhecimento é gradual e não alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste livro você encontrará algumas respostas para alguns dos dilemas de nossa existência. AUTOR: O Peregrino Cristão é licenciado em Ciências Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de Santos; possui curso superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembléias de Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o Centro de Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros e ao ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou participar de eventos, evitando convívio social.
  • 3. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 3 ] CONTATO: Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo Grupo de estudo no whatsapp 55 13 996220766 com o Escriba de Cristo https://youtube.com/@escribadecristo Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP) M543 O Peregrino Cistão, Central de Ensinos Bíblicos 1969 – Museu de Arqueologia Bíblica Engenheiro Coelho / SP Clubedeautores.com, Uiclap, Draft2, Amazon.com, 2025, 139 p. ; 21 cm ISBN: 9798283065021 Edição 1° 9798283065366 1. Arqueologia 2. Bíblia 3. Oriente Médio 4. Israel 5. Museologia CDD 930 CDU 930.26
  • 4. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 4 ] Conteúdo INTRODUÇÃO......................................................................8 FUNCIONÁRIOS ................................................................ 11 ENTRADA............................................................................ 13 ORIGEM DO MUSEU......................................................... 16 HISTÓRIA DO MUSEU......................................................20 ORIGENS DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA........................34 BÍBLIA ESCRITA A MÃO...................................................37 VULGATA.............................................................................40 INAUGURAÇÃO DO MAB .................................................40 SUMÉRIA .............................................................................45 MESOPOTÂMIA..................................................................48 TAÇA DA RAINHA PUABI.................................................52 PERÍODO BABILÔNICO....................................................54 TIJOLO BABILÔNICO.......................................................57 Estatueta de casal mesopotâmico.........................................58 PERÍODO CANANITA ........................................................59
  • 5. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 5 ] PEDRA MOABITA...............................................................60 PERÍODO EGÍPCIO ............................................................66 Biga egípcia...........................................................................67 Barcos egípcios ..................................................................... 71 Estela de Merneptá ...............................................................74 MÁSCARA FUNERÁRIA EGÍPCIA....................................76 Busto de Nefertiti..................................................................78 MÚMIA DE RAMSÉS II ......................................................80 PAPIRO.................................................................................82 SARCÓFAGO DE TUTANCÂMON...................................86 PEDRA ROSETA .................................................................90 Painel da abertura do mar Vermelho ....................................92 PERÍODO PERSA...............................................................93 PERÍODO GREGO..............................................................96 PERÍODO INTERBÍBLICO............................................... 102 PERÍODO ROMANO..........................................................113 OSSUÁRIO DO SUMO SACERDOTE CAIFÁS................119
  • 6. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 6 ] MINIATURA DE JERUSALÉM .........................................121 ERA BIZANTINA ............................................................... 122 CONCLUSÃO..................................................................... 126 VENDA DE LIVROS POR UM DOLAR OU CINCO REAIS No final está a minha coleção de livros que venho escrevendo desde 1990. Você pode selecionar vários deles e envio cada um pelo preço acima. Envio livros no formato PDF e você faz o pagamento via pix. Contato: Valdemir whatsapp 13 996220766 Pix CPF 069.925.388-88 Valdemir Mota de Menezes, Banco do Brasil CPF 069 925 388 88 – Agência 6721-0 conta 12.646-2
  • 7. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 7 ] CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na internet. Se você a leu, gostou e lhe edificou, peço que faça uma doação ao meu ministério fazendo um pix, nem que seja de um dólar [ou cinco reais BR], assim continuaremos produzindo livros que edifiquem: PIX Valdemir Mota de Menezes, Banco do Brasil CPF 069 925 388 88 Este material literário do autor não tem fins lucrativos, nem lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste em contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o único Deus Todo-Poderoso.
  • 8. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 8 ] INTRODUÇÃO Este livro é um álbum de recordação de minha visita no dia 06 de abril de 2025 a cidade de Engenheiro Coelho/SP, onde fui visitar o MAB, Museu de Arqueologia Bíblica. Eu já vinha há meses planejando esta viagem para conhecer o mais importante museu bíblico do Brasil. Este museu é um importante centro de cultura bíblica e está inserido dentro do Campus da universidade UNASP da Igreja Adventista. O primeiro livro de Arqueologia bíblica que li foi o grande clássico do século XX chamado: E a Bíblia tinha razão... de Werner Keller. Eu tinha uns 16 anos de idade e minha fome em conhecer a origem das coisas ainda me levaria a buscar fazer licenciatura em História e bacharelado em Teologia, além de ser um seguidor de dois ícones de estudos arqueológicos bíblicos os quais são o dr. Rodrigo Silva e Aline Szewkies do canal Israel com Aline. Em 2023 fiz um excursão pelo Oriente Médio e recentemente visitei o Museu de Arqueologia Bíblica. Com esta bagagem é que disponibilizo neste volume,
  • 9. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 9 ] informações e imagens a respeito deste museu que deve ser ponto de peregrinação para cristãos de qualquer seguimento. Este livro é uma amostra, mas visitar o museu é uma obrigação do cristão devoto e amante da Bíblia. O portal da UNASP apresenta o museu da seguinte forma: Relíquias do Passado: Explorando os Tempos Bíblicos A exposição de longa duração Relíquias do passado: explorando os tempos bíblicos foi dividida em nove diferentes módulos, em sequência cronológica, com uma introdução à Bíblia: Introdução à Bíblia Bronze Antigo 3300-1900 a.C. Bronze Médio 1900-1550 a.C. Bronze Tardio 1550-1200 a.C. Período do Ferro 1200-550 a.C. Período Persa 550-350 a.C. Período Helenístico 332-63 a.C. Período Romano 63 a.C. - 324 d.C. Bizantino 324-1453 d.C.
  • 10. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 10 ] São quase 2 mil peças em exposição, que contam 4500 anos de história (3 mil a.C. a 1500 d.C.), por meio de coleções arqueológicas, de numismática e obras raras (Bíblias). O visitante irá se deparar com 80% de peças originais. Estão expostos artefatos em cerâmica, faiança, bronze, ferro, vidro, pedra, prata etc. Também foram replicadas as principais descobertas da arqueologia bíblica ao longo da história, como o Código de Hamurabi, a Pedra de Roseta, o busto de Nefertiti, a múmia de Ramsés, o sarcófago de Tutancâmon, entre outras. Uma maquete de Jerusalém dos dias de Jesus foi construída para visualizar o contexto em que ele viveu. Há ainda peças ilustrativas, que compõem os ambientes e demonstram a cultura de cada período, tais como carruagens, maquetes, relevos. Cada espaço foi ambientado com imagens, cores, formas e elementos cênicos característicos do período correspondente. Assim, a exposição é interativa e multimídia: com cenários, cheiros, sons, imagens, desenhos e ilustrações, mapas e infográficos, que aumentam a experiência imersiva do público.
  • 11. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 11 ] Os recursos disponíveis para aprendizado são diversos: etiquetas, textos de apoio, vídeos, QR codes que encaminham para o acesso de conteúdos virtuais extras. Dessa forma, o público pode se aprofundar como desejar, com o tempo que dispor e conforme os seus interesses. A intenção dos colaboradores do Museu é diversificar continuamente os meios de interagir com o espaço e dialogar com os artefatos, tanto presencialmente como virtualmente, mantendo uma troca permanente e dinâmica com os interessados. [1] FUNCIONÁRIOS O MAB conta com uma equipe de funcionários muito bem treinada para receber o público e mais do que isso, pessoas amorosas e atenciosas para que os visitantes saiam dali com uma boa impressão não somente da instituição como patrimônio físico, mas também pela rede de acolhimento humano. Eu tive oportunidade de conversar com alguns deles e registrei fotos com eles.
  • 12. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 12 ] Letícia recepcionista do MAB Rafael, monitor do MAB, sempre disposto a explicar aos visitantes sobre as peças do museu.
  • 13. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 13 ] Serginho, com larga experiência em arqueologia, muitas vezes auxilia o arqueólogo Rodrigo Silva em gravações de vídeos. ENTRADA Logo na entrada do museu, após a recepção temos uma representação de Persépolis. O lado leste do Portão de
  • 14. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 14 ] Todas as Nações (também conhecido como Portão de Xerxes) em Persépolis (Irã), construído por Xerxes I (r. 486-465 a.C.). O portão era ladeado por duas estátuas monumentais de lamassu, touros alados com cabeças humanas, que se acreditava protegerem o mal. [6] Piso com detalhes semelhantes ao que existia no templo de Jerusalém na época de Jesus. [5]
  • 15. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 15 ] O campus universitário é muito lindo, muito bem tratado e grama aparada. Obra esplendida. Parabéns a Igreja Adventista e todos os cristãos que trabalharam para criar uma estrutura invejável desta.
  • 16. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 16 ] No período da manhã fiquei contemplando o Jardim bíblico externo do MAB, com muitas árvores e plantas da região de Israel, depois fui almoçar em um restaurante em Engenheiro Coelho e no período da tarde fui visitar o museu. Neste ínterim, deitei na grama, debaixo de uma árvore do outro lado da rua do Museu, dentro do Campus. ORIGEM DO MUSEU As origens do MAB remontam ao ano de 1924, quando o Pacific Union College, na Califórnia, adquiriu dois tabletes babilônicos, mas por não possuir um museu a instituição doou as peças ao Dr. Paulo Franz Bork (1924- 2015), professor e arqueólogo adventista brasileiro, que há muitos anos colecionava objetos arqueológicos. O Dr. Bork acalentava o sonho de oferecer suas coleções e sua biblioteca para o UNASP, em reconhecimento pela educação recebida na instituição no início de sua formação. Realizadas as negociações com a
  • 17. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 17 ] direção do Centro Universitário, em 1994, chegou à primeira doação com 110 peças e cerca de 200 livros. Os livros foram encaminhados para a Biblioteca Universitária. Posteriormente outros colecionadores fizeram doações de peças e, em julho de 1998, o Museu Palestino Arqueológico doou 46 objetos de cerâmica e quatro de metal para compor o acervo. Finalmente, em 14 de maio de 2000, durante a celebração do 17º aniversário do Centro Universitário, uma pequena sala de exposições foi inaugurada junto à Biblioteca do campus de Engenheiro Coelho, apresentando as peças à comunidade acadêmica e ao público em geral e, a partir de então, a coleção foi crescendo a partir de outras doações e aquisições. Com o passar dos anos, ao observar o interesse crescente do público pelo tema e os artefatos, o UNASP sentiu a necessidade de construir um espaço com as condições adequadas para as atividades museológicas. Por meio da doação de mecenas, investimentos da Igreja Adventista e recursos oriundos das assinaturas e
  • 18. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 18 ] mensalidades do curso on-line A Bíblia Comentada com Rodrigo Silva foi possível viabilizar o plano. Quem visita o Museu de Arqueologia Bíblica pode ver em frente a maquete de Jerusalém nos tempos de Jesus, uma vidraça e do outro lado um laboratório. O MAB esta em constante estudo de peças e objetos para serem introduzidos nos salões de exposição do museu.
  • 19. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 19 ] Gradativamente o sonho começou a tomar forma e uma equipe multidisciplinar do UNASP passou a trabalhar no projeto: arqueólogo, museóloga, historiadores, teólogos, arquitetos, designers, engenheiros, tradutores, agrônomos, tecnólogos da informação, administradores, profissionais da comunicação, entre outros, foram envolvidos na construção do prédio do museu e no seu projeto expográfico. Em 12 de novembro de 2023 o MAB inaugurou suas novas instalações físicas, no UNASP campus Engenheiro Coelho. O novo prédio possui 1094,65 m² de área construída, dividida em 585,57 m² de área expositiva,
  • 20. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 20 ] 141,05 m² de área técnico-administrativa e 3000,00 m² de área externa. [2] HISTÓRIA DO MUSEU A Enciclopédia Adventista do Sétimo Dia traz uma narrativa detalhada do desenvolvimento do Museu e dos principais personagens que foram os idealizadores e executores deste ambicioso projeto cristão: O Museu de Arqueologia Bíblica (MAB) é uma instituição da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que funciona no território da União Central Brasileira. Está localizado no Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho (Unasp-EC), na Estrada Municipal Pastor Walter Boger, km 3,5, CEP 13448-900, bairro Lagoa Bonita, na cidade de Engenheiro Coelho, estado de São Paulo, Brasil. Contexto
  • 21. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 21 ] Em 1916, o Pastor JH Boehm e sua esposa, em uma visita ao interior do estado de São Paulo, passaram pela região onde atualmente está localizada a cidade de Engenheiro Coelho. Naquela época, alguns adventistas já viviam naquela área e, em sua passagem pela região, o Pastor Boehm batizou mais uma pessoa. Muitas décadas depois, em 1983, os adventistas do sétimo dia adquiriram a fazenda Lagoa Bonita, que chegou até então à cidade de Artur Nogueira, no interior de São Paulo. Naquela fazenda, o novo campus do Instituto Adventista de São Paulo (IAE, atual Unasp-EC) foi implementado. Alguns anos depois, a cidade de Engenheiro Coelho foi oficialmente organizada e as terras da fazenda Lagoa Bonita se tornaram parte desse novo território. Em 1991, o curso de Teologia foi transferido para o novo campus, e no começo de 1992, o Centro de Pesquisas Ellen G. White, até então localizado no campus do IAE em São Paulo (atual Unasp-SP), também foi transferido para o campus de Engenheiro Coelho. Essa mudança foi feita para que os estudantes do novo campus pudessem usar o espaço do Centro White para estudos
  • 22. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 22 ] acadêmicos. Anos depois, um arqueólogo adventista, Paulo Bork, doou algumas peças de sua coleção pessoal para a instituição. Esses artigos ficaram sob a responsabilidade do Centro de Pesquisas Ellen G. White devido à sua orientação para a investigação histórica. Fundação do Museu O Museu de Arqueologia Bíblica começou com aquela iniciativa de Paulo Bork, um arqueólogo que iniciou seus estudos no Brasil, completando-os nos Estados Unidos. Em 1924, o Pacific Union College, na Califórnia, adquiriu dois tabletes babilônicos e doou-os para Bork, que colecionava objetos destruídos. Ao longo de sua vida e carreira acadêmica, esse arqueólogo adquiriu numerosas peças históricas para sua coleção pessoal e, no início da década de 1990, decidiu doá-las ao IAE (Unasp-SP), a fim de compor uma coleção. Essa transferência foi inovadora em 1993, quando o arqueólogo doou 110 peças e 200 livros de sua biblioteca técnica em arqueologia. Com uma pequena coleção arqueológica formada, em 1999 a liderança do Unasp designou o professor
  • 23. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 23 ] Alberto Timm como diretor e curador do museu. Naquela época, o professor já era diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White. Ao mesmo tempo, a liderança do Centro White também era responsável pelo Centro Nacional da Memória Adventista e, portanto, os artesãos foram mantidos dentro do cofre do centro de pesquisa. Para ajudar o professor Timm, alguns professores foram nomeados curadores adjuntos do museu. No início de 2000, a mobília do museu foi inaugurada e, em 14 de maio do mesmo ano, uma exposição foi aberta ao público. O Museu de Arqueologia Bíblica é o primeiro e maior museu na América Latina. Foi fundado com o intuito de apresentar a cultura relacionada à narrativa bíblica e à origem do cristianismo. Além das 110 peças doadas por Paulo Bork, o museu iniciou suas atividades com várias moedas antigas, dois vasos e uma lâmpada – doados pelo professor Siegfried J. Schwantes e o empresário Milton S. Afonso. Além dessas, outras 46 peças de cerâmica e quatro de metal fizeram parte da exposição. Estas foram feitas pelo Museu Rockefeller em
  • 24. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 24 ] Jerusalém, em julho de 1998, ao professor Rodrigo Silva, com autorização da Autoridade de Antiguidades de Israel. Desde a sua fundação, o Museu de Arqueologia Bíblica tem sido mantido com recursos e infraestrutura do Unasp-EC. A instituição foi criada com o objetivo de atuar nas três funções da cadeia operacional museológica: preservação, pesquisa e comunicação (exposições e ações educativas). A sua missão é “promover o estudo da historicidade da Bíblia, privilegiando ações para a preservação, investigação e comunicação de coleções arqueológicas do contexto bíblico, estimulando a sociedade à reflexão crítica e ao conhecimento do cristianismo, das suas origens e cultura.” Por essa razão, as obras do museu destinam-se a um público diversificado: estudiosos, pesquisadores e à comunidade em geral, independentemente de sua denominação religiosa. A intenção do museu é ser um local onde todos são bem- vindos. História
  • 25. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 25 ] Em 2012, o Museu recebeu a sua maior coleção de moedas, que incluía cerca de 1500 peças de origem persa, grega, romana, medieval e do antigo Oriente Próximo, bem como moedas do Brasil e de outros países. Também recebeu uma coleção de 178 livros, incluindo Bíblias e obras raras, uma coleção com sete peças pré- colombianas e uma coleção com 25 réplicas de selos dos Correios do Brasil, da série Legado Brasileiro. O local de exposição, que se encontra dentro da biblioteca, tem aproximadamente 45 m². 12 Nesse local, o Museu de Arqueologia Bíblica tem recebido visitas de diversos públicos, de todas as faixas etárias, compostas por estudiosos e pessoas interessadas em visitar o campus do Unasp-EC. As visitas podem ser agendadas por e-mail ou telefone. Em maio de 2013, por exemplo, estudantes do Instituto Adventista de Ensino, campus Hortolândia, que eram membros do Clube de Ciências da instituição, participaram de uma visita cultural ao museu. Durante a visita à exposição de artefatos antigos, os estudantes também assistiram a uma palestra sobre brinquedos da época de Jesus.
  • 26. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 26 ] Devido à grande quantidade de artistas sob os cuidados do Museu de Arqueologia Bíblica, notou-se a necessidade de construir um edifício definitivo para o museu. Em 2013, foi colocada a pedra angular para o início da construção, e a primeira parte da obra deveria ser entregue nesse mesmo ano. A instituição recebeu muitas ações para obrigação com as obras. No entanto, os fundos adquiridos não foram suficientes para completar a construção, e foi necessário adiar a inauguração do edifício próprio do museu. Desde então, as obras foram suspensas, aguardando-se a arrecadação de recursos suficientes para finalizar a construção. Mais tarde, em 2016, o Museu de Arqueologia Bíblica, que até então era chamado de Museu Paulo Bork, passou a ser conhecido como Museu de Arqueologia Bíblica do Unasp. A manutenção do museu, a sua expansão física e a aquisição de peças são de responsabilidade do Unasp-EC, mas também são reforçadas por meio de doações. Desde a sua criação, esse museu fornece conhecimentos culturais e desempenha um papel importante para quem o visita. É útil
  • 27. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 27 ] para a percepção de um consenso entre a pesquisa acadêmica e a transformação de seus resultados em conteúdos acessíveis à sociedade. O curso de Teologia do Unasp, por exemplo, mantém um grupo de pesquisa centrado na área arqueológica e, entre os vários grupos de estudo do curso de História, existe um sobre estudos da Antiguidade. A partir dos artistas expostos pelo Museu de Arqueologia Bíblica, os estudantes podem fazer pesquisas mais enriquecedoras que estão relacionadas com o contexto bíblico. A relevância acadêmica do museu é expressa também através de eventos internacionais e cursos especializados. Em 2017 e 2018, o Unasp realizou o I e II Congresso Internacional de Arqueologia Bíblica, em parceria com o Moriah International Center, reunindo cerca de 400 participantes em cada edição. Os colaboradores do Museu de Arqueologia Bíblica estiveram envolvidos na organização do evento e na ministração de palestras. A cada ano, uma exposição da coleção do MAB era apresentada aos visitantes. Em 2018, na área de publicações, foi lançado o livro Arqueologia: a história, os
  • 28. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 28 ] textos e as escritas – um compilado de textos produzidos pelo Grupo de Estudo de Antiguidades do Unasp. Em 2019, o Unasp-EC iniciou as atividades do curso de pós- graduação em História e Arqueologia Antiga do Oriente Próximo. A faculdade do curso é composta por colaboradores do museu nas áreas de arqueologia e história. Anualmente, o Museu de Arqueologia Bíblica recebe aproximadamente 15 mil visitantes. A organização do museu foi estruturada de modo a facilitar a apresentação das guias e a compreensão dos visitantes. A exposição foi organizada em ordem cronológica e geográfica, subdividindo os artistas em sete coleções menores: Período Patriarcal (2350 a 1800 aC); Período do Êxodo (1800 a 1400 aC); Período dos Juízes ou Conquista de Canaã (1400 a 1050 aC); Período da Monarquia Unida e Dividida de Israel (1050 a 600 aC); Cativeiro Babilônico e Período Pós-cativeiro, incluindo o Período Helenístico (600 a 63 aC); Período Romano, de Jesus e Apostólico (63 aC a 100 aC); e Período Pós-Apostólico, incluindo o Período Bizantino (100 a 1700 aC).
  • 29. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 29 ] As peças compradas para o museu passam por uma longa jornada de preparação até chegarem à exposição. Primeiro, quando uma peça é retirada do seu sítio arqueológico, onde foi encontrada, ela é considerada um artefato. Depois, a peça é ressignificada no mercado para a compra e venda de objetos e torna-se mercadoria. Após entrar para a coleção do museu, a peça torna-se um objeto musealizado. Existem atualmente 400 peças em exposição permanente no museu. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade de São Paulo (USP) desenvolvem diversas pesquisas no Museu de Arqueologia Bíblica. No entanto, o museu ainda não dispõe de um espaço físico adequado para a exposição de todos os seus artigos, nem para receber todas as pessoas que o visitam ou realizam estudos. Atualmente, a coleção é composta por 2.400 peças, das quais 400 são arqueológicas, 1.800 são moedas e 200, obras raras. 25 O museu também possui réplicas do sarcófago de Faraó Tutancâmon e Ramsés. A primeira veio do Museu do Cairo e, a segunda, do Museu
  • 30. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 30 ] de Israel. Quanto aos artefatos originais, o Museu de Arqueologia Bíblica contém candeeiros da época de Cristo, pregos romanos, vasos de óleo etc. O objetivo do Museu de Arqueologia Bíblica é profundo, pesquisar e expor descobertas arqueológicas do período bíblico, a fim de apresentar a cultura do contexto social relacionado com a narrativa bíblica e a origem do cristianismo. Além disso, o museu pretende delinear uma nova abordagem no Brasil, criando uma relação acadêmica e contextual entre os visitantes e o mundo que produziu a Bíblia Sagrada. Um dos desafios enfrentados pelo museu é o seu desenvolvimento institucional, que ainda é tímido. Não possui documentação de criação, regulamento interno, pessoal ou orçamento próprio. Esses fatores dificultam uma maior produção na pesquisa ou publicações acadêmicas. Outro desafio diz respeito à estrutura física limitada. O museu ainda não tem sede própria, mas sim uma pequena sala de exposições, que é insuficiente para a conservação da coleção e para a extroversão expográfica. Parte da coleção é preservada na reserva técnica do Centro de Pesquisas Ellen G. White, que cede
  • 31. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 31 ] parte de sua estrutura física e servidores ao Museu de Arqueologia Bíblica. 30 Em novembro de 2018, empenhando-se para resolver esse último desafio, o museu foi autorizado pelo Ministério da Cultura do Brasil, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a arrecadar fundos do setor privado para a construção de sua sede definitiva. O prazo de angariação de fundos será prorrogado por um período de dois anos. Perspectiva Atualmente, o Museu de Arqueologia Bíblica tem uma coleção com mais de duas mil peças. Na coleção arqueológica, existem 480 artefatos, cobrindo um período de mais de 4.500 anos – desde o chamado Período de Bronze I (2600 aC) até ao século XVI dC Essas peças vêm de vários países como o Egito, Síria, Líbano, Jordânia, Inglaterra, Itália, Portugal, Grécia, Iraque e Israel. Existem vasos, jarros, lamparinas, inscrições, ídolos cerâmicos e metálicos. A coleção numismática compreende 1.600 moedas, com peças de origem persa, grega, romana, medieval, do Oriente Próximo e Oriente Médio, bem como
  • 32. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 32 ] uma coleção de moedas do Brasil e de outros países. A coleção de obras raras tem 163 volumes, incluindo Bíblias e livros de sermões (a Bíblia mais antiga do museu é datada de 1528). Levando em conta a necessidade de abrigar todo esse material, os responsáveis pelo museu pretendem finalizar a construção do edifício onde o museu será instalado. Dessa forma, há também mais espaço para ações de pesquisa e educação, além de uma melhor conservação e exposição de peças. Como mencionado anteriormente, o Museu de Arqueologia Bíblica está sob responsabilidade do Centro de Pesquisas Ellen G. White, também localizado no prédio do Centro de Comunicação do Unasp-EC. Devido ao aumento permanente da coleção, é necessário ter um espaço maior com climatização e iluminação, que possa receber o público e preservar os artefatos, além de uma biblioteca pública especializada em arqueologia, onde os estudantes possam desenvolver seus estudos.
  • 33. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 33 ] A direção do Museu de Arqueologia Bíblica continua arrecadando fundos para a construção do projeto moderno da sede do museu. A área reservada para a construção é de aproximadamente dois mil m². O complexo terá dois edifícios: o primeiro já foi construído e tem quase 500 m², que comportará o centro de exposições. A segunda unidade terá cerca de 1000 m². O edifício principal terá 686 m² de área construída, com salas de exposição, biblioteca, auditório e laboratório, além do espaço administrativo. Listas Nomes Oficiais: Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork (1999-2016); Museu de Arqueologia Bíblica do Unasp (2016-atual). Curadores: O Pastor Ruben Aguilar Santos foi o responsável pela concepção do projeto mobiliário para a sala de exposições onde o museu foi instalado em 1997. Em 1999, a administração do Unasp decidiu que o Pastor Alberto R. Timm, diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White, também seria o curador do museu. Na ocasião, os
  • 34. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 34 ] professores Ruben Aguilar, Rodrigo Silva e Reinaldo Siqueira foram escolhidos como curadores adjuntos. Atualmente, o Professor Rodrigo Silva é o responsável efetivo pelo museu. Como o museu não tem um servidor exclusivo em tempo integral, a Professora Janaina Silva Xavier tem trabalhado como supervisora técnica da coleção desde 2012. Desde esse ano, a equipe dos servidores e bolsistas do Centro de Pesquisas Ellen G. White mantém regularmente o espaço e a realização de atividades educacionais. Além disso, professores dos cursos de Tradutor e Intérprete, História e Teologia do Unasp são colaboradores no museu, ministrando palestras e aulas, liderando grupos de pesquisa e publicando materiais sobre arqueologia. [3] ORIGENS DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA O Portal Notícias Adventistas faz uma referência ao interesse arqueológico que começou com a rainha Helena e que se desenvolveu ao longo dos séculos em
  • 35. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 35 ] busca de evidências da historicidade da Bíblia até que chegasse a realização deste sonho que é o MAB: O interesse para localizar artefatos na região da atual Palestina que pudessem dizer respeito aos evangelhos surgiu com a rainha Helena (225 – 330 d.C.), mãe do imperador Constantino. Ela ordenou uma expedição a Jerusalém na esperança de encontrar a cruz de Cristo. A partir de então, inúmeras caravanas foram realizadas nos séculos seguintes por peregrinos cristãos e comerciantes de antiguidades. No século XIX, cidades inteiras das antigas civilizações mesopotâmicas, egípcias e assírias foram desenterradas a fim de recuperar templos e objetos para serem exibidos nos grandes museus da Europa. As inscrições antigas passaram a ser decifradas. E esclareceram muitos aspectos sobre Israel e o contexto bíblico. No início do século XX, as escavações na Palestina foram intensificadas, com descobertas em Jericó, Samaria, Laquis, no Monte Carmelo, Berseba, Gaza e En Gedi. Porém, foi somente após a Segunda Guerra Mundial que a chamada arqueologia bíblica começou a
  • 36. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 36 ] empregar metodologias científicas, tornando mais aceitos os resultados alcançados. Importantes arqueólogos se dedicaram a defender a historicidade da Bíblia, entre eles William Foxwell Albright (1891-1972) e Nelson Glueck (1900 - 1971). Na atualidade temos os arqueológos Dr. Randall Price e Dr. William G. Dever que realizam investigações sobre a história de Israel e do Oriente Próximo nos tempos bíblicos. No contexto adventista, figuram os nomes do Dr. Lynn H. Wood (1887-1976), Dr. Siegfried H. Horn (1908- 1993), Dr. Lloyd Willis, Dr. Michael G. Hasel, Dr. Oystein LaBianca, Dr. Lawrence T. Geraty. No Brasil, podemos citar as pesquisas do Dr. Siegfried J. Schwantes (1915- 2008) e, atualmente, do Dr. Rodrigo Silva, entre outros. Outra tendência crescente tem sido a criação de museus específicos ou com coleções de arqueologia bíblica, especialmente nos grandes centros acadêmicos norte-americanos. Podemos contar 83 museus nos EUA que possuem artefatos do contexto bíblico e, entre eles, as iniciativas adventistas – o Siegfried H. Horn Museum
  • 37. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 37 ] (1970), na Andrews University e o Lynn H. Wood Archaeological Museum (2000), na Southern Adventist University. [4] BÍBLIA ESCRITA A MÃO Uma Bíblia copiada a mão está exposta no Museu do MAB conforme esta foto que tirei.
  • 38. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 38 ] A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem uma rica história de pessoas que escreveram a Bíblia à mão como forma de estudo, meditação e conexão com a Palavra de Deus. Exemplos incluem pessoas de diversas idades e situações. Copiar manualmente o texto bíblico foi a maneira que Josiéli Nóbrega encontrou de ter uma experiência mais profunda com a Bíblia. Embora ela sempre tenha cultivado amor pelos livros, especialmente pelas Escrituras, o fato de precisar ler muito no trabalho não a ajudava a desfrutar da meditação na Bíblia como uma atividade devocional e diferente. A ideia de transcrever pelo menos um capítulo do livro sagrado por dia mudou sua rotina espiritual. A revisora de textos da Casa Publicadora Brasileira (CPB) percebeu que copiar manualmente a Bíblia em vez de somente lê-la seria muito mais proveitoso para ela. Há seis anos ela emprega de uma a duas horas diárias na atividade. “Escrevo antes de sair para o trabalho ou à noite, antes de dormir”, conta Josiéli. Os benefícios
  • 39. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 39 ] dessa prática foram tantos que ela faz atualmente a segunda cópia manuscrita da Bíblia e pretende repetir a experiência indefinidamente. “Para minha vida espiritual, tem sido marcante e proveitoso esse tempo em que me dedico a escrever a Bíblia. Minha oração constante é que Deus imprima em meu coração Sua Palavra, assim como estou registrando- a com tinta em papel. Em plena era do clique, parar para transcrever com caneta é um exercício e tanto para relaxar, descansar o cérebro e ter mais comunhão com Deus”, ressalta. Além disso, ela afirma que transcrever as palavras inspiradas tornou seu relacionamento com Deus mais interativo. “Tenho a sensação de que o Mestre me observa enquanto copio suas palavras inspiradas”, sublinha. Segundo Josiéli, a iniciativa também a ajudou a memorizar textos bíblicos com mais facilidade. “Não tenho habilidade de memória para os números, mas sinto que escrever a Bíblia tem me ajudado a fixar muitos textos e
  • 40. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 40 ] deles me lembrar com mais facilidade, mesmo sem conseguir saber onde se encontram”, garante. [7] VULGATA Vulgata Latina de 1528, uma das primeiras Bíblias publicadas no ocidente depois da prensa de Gutenberg. INAUGURAÇÃO DO MAB
  • 41. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 41 ] O portal de notícias cristãs FOLHA GOSPEL publicou em 13/11/2023 uma matéria sobre a inauguração do Museu de Arqueologia Bíblica que teve a participação até do Secretário do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab: Foi inaugurado neste domingo (12), em São Paulo, o primeiro Museu de Arqueologia Bíblica da América Latina (MAB), localizado na Universidade Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. São 1.500m², em um acervo com mais de 3 mil peças, que remontam 4.500 anos de história, do período do bronze até o século XVI depois de Cristo. Com um investimento superior a R$ 6 milhões, oriundos em sua maioria de doações de empresários e de 30 mil estudantes, o museu oferece uma verdadeira imersão nos tempos bíblicos. “O que queremos oferecer a vocês é a experiência. O museu não está aqui para ser visitado, mas experimentado, te levar a pensar”, afirmou o doutor Rodrigo Silva, curador do MAB, durante a cerimônia de inauguração.
  • 42. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 42 ] Quem visitar o local poderá conferir artefatos raros como: pregos originais usados em crucifixões, manuscritos do Mar Morto, tabletes cuneiformes que narram o dilúvio, originais de Ur dos Caldeus da época de Abraão, escudo grego e espadas persas ainda com marcas de combate, lamparinas datadas de 2 mil anos antes de Cristo, múmias, carruagem utilizada no período em que Faraó perseguiu os hebreus na fuga do Egito, entre outras peças que vieram de regiões como Síria, Jordânia, Líbano, Inglaterra, Itália, Portugal, Iraque, Grécia e Israel. Também há uma Vulgata Latina de 1542, uma das primeiras Bíblias publicadas no ocidente depois da prensa de Gutenberg, além de uma torá, moedas, vasos cananitas e outras cerâmicas. No rol de entrada do MAB foi recriado o piso como era no Templo na época de Jesus. Além disso, o museu se preocupou em reproduzir peças de artefatos históricos, fiéis e de tamanho original do Código de Hamurabi, de 1.750 antes de Cristo e que traz as leis do reino da Babilônia, uma réplica do sarcófago do faraó Tutancâmon, estátuas de animais mitológicos do
  • 43. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 43 ] palácio de Seraqueribe, na Síria, da época de Ezequiel, o selo cilíndrico de Ciro e a Pedra de Roseta, que permitiu a tradução da linguagem dos hieróglifos egípcios. Junto a alguns artefatos, há um QR Code para que o visitante possa, por meio do seu celular, conseguir mais informações da peça em exposição. O museu também recriou um campo arqueológico, inclusive, com imagens de alta tecnologia projetadas no ambiente, mostrando o nascer e o pôr do sol no Oriente Médio, proporcionando total imersão do visitante.
  • 44. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 44 ] Do lado de fora do MAB foi construído um jardim dos tempos bíblicos, com 42 espécies de árvores mencionadas na bíblia como oliveiras, acácias, ciprestes, videiras e papiro egípcio. No centro do jardim há uma oliveira de 300 anos, uma prensa de azeitonas em tamanho natural, um moinho de trigo, um poço, um altar de sacrifício e um túmulo vazio, todos elementos que compõem um cenário das principais histórias da Bíblia. Haverá um guia explicando cada parte. A inauguração contou com a participação de diversas autoridades religiosas, políticas, músicos e cantores que deram um tom especial no culto de dedicação do museu a Deus. “Desde 1983 esse campus existe para servir a Deus e ao Estado. Sempre seguiremos como parceiros do bem e da educação”, afirmou o reitor do Unasp, Martin Kuhn. Representando Governo de São Paulo, o Secretário de Estado, Gilberto Kassab, falou da importância de obras como essa não apenas para o estado paulista como também para o Brasil. “O museu que hoje
  • 45. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 45 ] abre as suas portas é uma oportunidade para que possamos levar o texto bíblico a todos os cantos do país. Precisamos mostrar para a humanidade que existe um caminho para um mundo melhor. E esse caminho é a Bíblia”, ressalta o secretário. [8] SUMÉRIA O cuneiforme é um sistema de escrita desenvolvido inicialmente pelos antigos sumérios na Mesopotâmia, por volta de 3500 a.C. Trata-se da mais significativa entre as muitas contribuições culturais dos sumérios e a maior da cidade de Uruk, que desenvolveu a escrita cuneiforme aproximadamente em 3200 a.C., o que levou à criação da literatura. Seu nome provém da palavra latina cuneus, que significa "cunha", devido ao formato peculiar deste sistema de escrita. No sistema cuneiforme, um dispositivo de escrita cuidadosamente talhado, conhecido como estilo, é
  • 46. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 46 ] pressionado na argila macia para produzir impressões em forma de cunha que representam sinais de palavras (pictogramas) e, mais tarde, fonogramas ou conceitos de palavras (mais próximos da compreensão moderna de uma palavra). Todas as grandes civilizações da Mesopotâmia usaram a escrita cuneiforme até a substituição pela escrita alfabética, em algum momento antes de Cristo., incluindo: Sumérios Acádios Babilônicos Elamitas Hatti Hititas Assírios Hurrianos
  • 47. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 47 ] Quando as antigas tabuinhas cuneiformes da Mesopotâmia foram descobertas e decifradas no final do século XIX, elas transformaram literalmente a compreensão humana da história. Antes de sua descoberta, considerava-se a Bíblia como o livro mais antigo e autorizado do mundo e nada se sabia sobre a antiga civilização suméria. A tradução da Epopeia de Gilgamesh permitiu que as tabuinhas cuneiformes fossem interpretadas com mais precisão. O filólogo alemão Georg Friedrich Grotefend (v. 1775-1853) decifrou o sistema de escrita cuneiforme antes de 1823, e seu trabalho foi desenvolvido por Henry Creswicke Rawlinson (v. 1810-1895), que decifrou a Inscrição de Behistun, em 1837, bem como pelas obras do Reverendo Edward Hincks (v. 1792-1866) e Jules Oppert (v. 1825-1905). O brilhante estudioso e tradutor George Smith (v. 1840-1876), no entanto, contribuiu significativamente para a compreensão da escrita
  • 48. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 48 ] cuneiforme com a tradução da Epopeia de Gilgamesh, em 1872. [9] Cones sumerianos com escritas cuneiformes. Peça que se encontra no museu MAB. MESOPOTÂMIA Brincar não é pecado, Deus colocou no DNA dos mamíferos um espírito de brincalhão que podemos ver nas crianças dos humanos bem como nos animais mamíferos como bezerros, leõezinhos, carneirinhos etc. Na Bíblia
  • 49. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 49 ] Jesus faz referência a normalidade de crianças brincando na praça de cantar e dançar. O texto abaixo fala de brinquedos antigos e logo abaixo vemos brinquedos da Mesopotâmia que o visitante do museu poderá ver. São peças originais e não réplicas.
  • 50. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 50 ] O antigo povo mesopotâmico trabalhava muito. Adoravam seus deuses todos os dias. Mas também reservavam tempo para se divertir. Jogos de tabuleiro: Os antigos sumérios brincavam com jogos de tabuleiro. Os jogos eram geralmente feitos de argila. Geralmente, os jogos de tabuleiro tinham peças que eram lançadas ou movidas pelo tabuleiro. Os sumérios
  • 51. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 51 ] são creditados com a invenção do jogo de damas. Alguns jogos usavam dados. Um jogo era chamado de 20 quadrados. Era uma corrida através dos quadrados usando dados. Havia outro jogo chamado 58 buracos. Várias peças eram movidas para os buracos e ao redor do tabuleiro. As regras desses jogos não são claras, mas o que fica claro é que esses povos primitivos inventaram os jogos de tabuleiro. Esses jogos eram jogados tanto por ricos quanto por pobres. Os brinquedos incluíam arcos e flechas, estilingues, bumerangues, bastões de arremesso, piões, chocalhos, cordas de pular, arcos e bolas para malabarismo e outros jogos. As crianças brincavam de casinha usando móveis em miniatura, camas, mesas, bancos, bonecas e pequenos animais. Elas também tinham pequenos veículos em miniatura, como carroças e bigas, com rodas que podiam ser puxadas por um fio. Havia também barcos em miniatura que flutuavam. Botão Buzz: Eles brincavam de um jogo que chamamos de botão buzz ou botão buzz. Você pode jogar
  • 52. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 52 ] botão buzz hoje mesmo, se quiser. Para jogar botão buzz, primeiro você precisa fazer um círculo de argila, fazer um furo como se fosse usá-lo para um colar e deixar secar. Depois, você o pendura com um pedaço de corda ou erva daninha e, segurando a corda bem na ponta, balança-o cada vez mais rápido, até que seu disco de argila faça um zumbido. O truque era fazer o zumbido soar o mais alto possível. Os antigos mesopotâmicos adoravam brinquedos que faziam barulho. [10] TAÇA DA RAINHA PUABI “Encontrei o túmulo intacto, construído em pedra e abobadado com tijolos da Rainha Shubad, adornado com um vestido no qual se entrelaçam pedras preciosas, flores, coroas e figuras de animais. Túmulo magnífico com joias e taças de ouro. Woolley.” Sir Leonard Wooley (4 de janeiro de 1928) [11]
  • 53. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 53 ] Esta peça tem mais de 4 mil anos e você poderá vê-la no Museu de Arqueologia Bíblica.
  • 54. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 54 ] PERÍODO BABILÔNICO O Museu de Arqueologia Bíblia é dividido em repartições e cada repartição é composta com peças e
  • 55. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 55 ] artefatos de uma era específica. Este organograma ajuda o visitante a compreender que aquelas peças fazem parte de um período da história. A forma como as peças estão arranjadas no museu é bem didática, sempre muito útil a boa distribuição dos artefatos para o entendimento do visitante. As repartições também seguem uma organização cronológica, você vai da repartição mais antiga como babilônica e egípcia, até as derradeiras da história bíblica e cristã como as repartições romanas e bizantinas.
  • 56. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 56 ] Mós ou pedras de moinho são pedras usadas em moinhos de grãos , usadas para triturar , esmagar ou, mais especificamente, moer trigo ou outros grãos. Às vezes, são chamadas de mós ou pedras de moer .
  • 57. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 57 ] TIJOLO BABILÔNICO O monitor do museu, Rafael havia falado comigo que este tijolo babilônico com uma frase de Nabucodonosor é um dos mais importantes do museu. Afinal é um texto redigido por um dos maiores reis da história da humanidade e ainda era um personagem bíblica, citado em vários livros do Antigo Testamento.
  • 58. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 58 ] Estatueta de casal mesopotâmico
  • 59. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 59 ] Estátua devocional datada de 2600 a.C., representando o que os estudiosos acreditam ser um casal. A estátua de gesso foi encontrada enterrada sob o piso de um santuário em Nippur, no Iraque, e mede 9,8 cm de largura na base. O casal originalmente tinha pés, e as figuras têm olhos feitos de conchas e lápis-lazúli incrustados em betume, uma substância natural semelhante ao cimento. A foto acima eu tirei no museu e se trata de uma réplica e não uma peça original. PERÍODO CANANITA
  • 60. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 60 ] PEDRA MOABITA A Estela de Mesa detalha as vitórias do Rei Mesa de Moabe sobre os reinos de Israel e Judá. Foi encontrada em Dibom, a capital de Moabe, e datada do século IX a.C. A pedra contém 34 linhas de texto, que foram traduzidas para o inglês. As partes em itálico do texto, embora prováveis, não são certas. Palavras e letras entre colchetes representam restaurações do texto. Os pontos entre colchetes indicam lugares onde o texto está faltando. Palavras entre parênteses foram adicionadas para maior clareza, mas não aparecem no texto original.
  • 61. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 61 ] (1) Eu sou Mesa, filho de Chemosh[ît], rei de Moabe, o Di- (2) Bonite. Meu pai reinou sobre Moabe trinta anos, e eu reinei (3) depois de meu pai. Fiz este lugar alto para Camos em Carió, lugar alto [ ás de sal- ] (4) vação, pois ele me salvou de todos os reis e me fez desfrutar da vista dos meus inimigos. Om- (5) Ri, rei de Israel, oprimiu Moabe por muito tempo porque Camos estava irado com ele. (6) seu país. Seu filho o sucedeu, e ele também declarou: “Oprimirei Moabe”. Em meus dias, ele declarou assim: (7) mas eu apreciei a vista dele e da sua casa: Israel foi destruído para sempre. Onri havia tomado posse da terra
  • 62. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 62 ] (8) de Madaba, e ele habitou nela (durante) seus dias e, (durante) metade dos meus dias, seus filhos, quarenta anos, mas Camos (9) restaurei-o durante os meus dias. Construí Baal-Meom e fiz nele um reservatório; construí (10) Quiriatain. Os homens de Gade habitavam na terra de Atarot desde os tempos antigos, e o rei de Israel havia construído (11) Atarot, mas lutei contra a cidade e a tomei; matei toda a população. (12) A cidade pertencia a Camos e a Moabe, e eu trouxe de lá o altar da lareira do seu Amado, e eu (13) instalei-o diante de Camos, na minha capital. Estabeleci ali os homens de Sarom e os homens de (14) Maharat. Chemosh me disse: “Vá, tire Nebo de Israel!” Eu
  • 63. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 63 ] (15) fui de noite e lutei ali desde o amanhecer até o meio-dia; (16) tomou-o e matou todos: sete mil homens , meninos , mulheres, [ filhas ] ers (17) e mulheres grávidas, porque o dediquei a Ashtar Chemosh. Tirei de lá o coração (18) altares de Yahweh, e eu os trouxe diante de Camos. O rei de Israel os havia construído (19) Jaaz, e ele viveu ali enquanto lutava contra mim, mas Camos o expulsou de diante de mim; (20) Tomei duzentos homens de Moabe, todas as suas divisões, e os conduzi contra Jaaz; tomei-o (21) para adicioná-lo a Dibon. Construí Qerihoh: o muro de seus parques e o muro (22) da cidadela; construí as suas portas, as suas torres e
  • 64. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 64 ] (23) um palácio real. Fiz os muros de contenção do reservatório de água dentro (24) a cidade. Não havia cisterna dentro da cidade, em Carió, e eu disse a todo o povo: “Construam para vocês (25) uma cisterna, cada um em sua casa!” Mandei cavar as valas de Quarió por prisões israelitas (26) ners. Construí Aroer e fiz a estrada no Arnom. (27) Eu reconstruí Bete-Bamote porque ela havia sido destruída. Eu reconstruí Bezer porque ela estava em ruínas. (28) Os homens de Dibon (estavam) preparados para a guerra porque todo Dibon (é minha) guarda. Eu governei (29) sobre centenas de cidades que acrescentei à terra. Eu construí (30) [ o templo de Mada ]ba, o templo de Diblaten e o templo de Baal-meon. Eu transportei para lá
  • 65. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 65 ] (31) […] o pequeno gado da terra. A Casa de Davi habitava em Horonain [… (32) …] e Chemosh me disse: “Desça, lute contra Horonain!” Eu desci, [ lutei (33) contra a cidade e a tomou .] Camos a restaurou em meus dias, e eu fiz dez [… (34) [………………………….] ………………. e eu [ ?……..] O texto acima foi traduzido por André Lemaire é professor de Filologia e Epigrafia Hebraica e Aramaica no Departamento de Ciências Históricas e Filológicas da École Pratique des Hautes Études da Sorbonne, em Paris. Ele atua nas áreas de epigrafia semítica do noroeste, arqueologia e literatura e história do hebraico antigo. [12] A Pedra Moabita, que atualmente está exposta no Museu do Louvre, contém o nome de Deus, Javé. Ela também é um registro arqueológico importante que
  • 66. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 66 ] confirma o relato bíblico de 2 Reis 3:4, 5, de que um rei moabita chamado Mesa se rebelou contra Israel. Esta é uma foto que tirei no museu de Arqueologia, se trata de uma réplica da famosa Pedra Moabita. PERÍODO EGÍPCIO
  • 67. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 67 ] Um dos grandes impérios da antiguidade foi o dos egípcios. Tanto na Bíblia como na estudo da história na escola, todos nós aprendemos e ouvimos falar bastante do império egípcio. Biga egípcia Este tipo de transporte rápido foi logo introduzido nas operações militares do Egito, assim que eles assimilaram esta tecnologia dos hicsos. Quem visita o Museu de Arqueologia Bíblica terá o prazer e a satisfação de ver uma réplica perfeita de uma biga egípcia em tamanho natural.
  • 68. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 68 ] Como o desenvolvimento da carruagem mudou para sempre a guerra no Egito Antigo. Os carros de guerra do antigo Egito, emblemáticos do poder e prestígio do período do Novo Império (c. 1550-1070 a.C.), eram parte integrante do tecido militar e cultural da época. Esses veículos leves e velozes revolucionaram a guerra, permitindo que os faraós projetassem seu poder e influência sobre vastos territórios. Aqui, examinaremos a história, o design e o significado cultural desses veículos icônicos.
  • 69. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 69 ] Origens da carruagem O desenvolvimento de carruagens começou no Oriente Próximo por volta de 3000 a.C., com os primeiros exemplos conhecidos originários da Suméria, na Mesopotâmia. Esses primeiros veículos eram carroças pesadas de quatro rodas, usadas principalmente para transporte e puxadas por burros. Com o tempo, o design evoluiu, tornando-se mais leve e manobrável. Por volta de 2000 a.C., a carruagem de duas rodas surgiu na região entre os mares Negro e Cáspio. A introdução de rodas raiadas tornou os carros mais leves, rápidos e mais adequados para a guerra. A domesticação de cavalos, que eram mais fortes e rápidos que burros, contribuiu ainda mais para o desenvolvimento de carruagens como veículos eficazes para guerra e transporte. Os hititas e os cassitas, ambas civilizações poderosas do Oriente Próximo, adotaram carruagens por volta de 1700 a.C.
  • 70. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 70 ] Eles usaram esses veículos em campanhas militares, o que lhes permitiu expandir seus territórios e influência. Os carros hititas eram particularmente avançados, com um design mais leve e flexível que lhes permitia atravessar vários terrenos. Como eles foram introduzidos no Egito A introdução de carruagens no Egito ocorreu durante o Segundo Período Intermediário (c. 1650-1550 a.C.), uma época marcada pelo declínio do Império Médio e pela fragmentação do poder egípcio. Durante esse período, os hicsos, um povo de língua semítica da Ásia Ocidental, migraram e se estabeleceram no Delta do Nilo. Eles finalmente estabeleceram seu domínio sobre a parte norte do Egito, criando a 15ª Dinastia. Os hicsos trouxeram consigo tecnologia avançada e inovações, incluindo a carruagem puxada por cavalos e o arco composto. Esses avanços tecnológicos lhes deram uma vantagem militar significativa, permitindo-lhes manter o controle sobre seus territórios recém-adquiridos. À
  • 71. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 71 ] medida que se assimilavam à cultura local, eles também introduziram essas inovações à população egípcia. Inicialmente, os egípcios podem ter visto as carruagens com ceticismo ou até mesmo desdém, pois elas eram associadas à dominação estrangeira. No entanto, eles rapidamente reconheceram o potencial dessa nova tecnologia e começaram a incorporá-la ao seu próprio arsenal militar. A elite egípcia adotou a carruagem como símbolo de poder, prestígio e favor divino. Sob o reinado de Amósis I (c. 1539-1514 a.C.), o fundador da 18ª Dinastia e do Novo Reino, os egípcios expulsaram com sucesso os hicsos do Egito. Essa vitória se deveu, em parte, ao uso eficaz de carruagens, o que lhes permitiu igualar e superar os hicsos em batalha. [13] Barcos egípcios
  • 72. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 72 ] NO Museu de Arqueologia Bíblia da UNASP o visitante terá a oportunidade de ver alguns modelos de barcos egípcios em miniatura que foram encontrados entre os tesouros de Tutancâmon. O que nos faz ter uma ideia de como eram estes veículos de transporte aquático da época.
  • 73. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 73 ] Alguns dos primeiros barcos já registrados pertenceram aos egípcios. Pinturas representando navios aparecem em vasos e murais egípcios antigos por volta do ano 6.000 a.C. Grande parte da civilização egípcia se desenvolveu ao longo do rio Nilo, tornando o transporte marítimo essencial para o comércio. Os primeiros navios foram construídos com juncos de papiro e eram impulsionados por remadores usando remos. Com o passar do tempo, as velas apareceram e a madeira substituiu o papiro. Os barcos de madeira foram modelados com base nos barcos de papiro: eles tinham fundos planos, sem quilhas e popas quadradas. As pranchas de madeira eram presas com cordas, e os
  • 74. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 74 ] espaços entre as pranchas eram calafetados com juncos. Estes eram navegados além de serem remados. As velas egípcias antigas eram quadradas. A maioria desses navios era de comércio; transportavam mercadorias egípcias para outras terras mediterrâneas e traziam mercadorias dessas terras para o Egito. Outros barcos egípcios faziam parte da marinha egípcia. A Frota Real lutava contra os inimigos do Egito e aplicava as leis de navegação no Nilo. Templos religiosos individuais às vezes possuíam frotas de navios. Os egípcios também usavam seus navios para exploração. Durante o reinado da Rainha Hatshepsut, exploradores visitaram a costa leste da África. Sob Ramsés III, os egípcios fizeram uma travessia do Oceano Índico. [14] Estela de Merneptá Quando estive no museu do Cairo no Egito em 2023, tive o privilégio de ver a pedra original de Merneptá. Mas o museu de Arqueologia Bíblia teve a brilhante ideia
  • 75. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 75 ] de fazer uma réplica e deixa-la exposta no museu. Muitos que não podem ir ao Egito ver a original vai poder ver uma idêntica e ter uma sensação semelhante. A Estela de Merneptá é há muito tempo considerada a mais antiga referência extrabíblica a Israel. * A antiga inscrição egípcia data de cerca de 1205 a.C. e narra as conquistas militares do faraó Merneptá. Perto da base da inscrição hieroglífica, diz-se que um povo chamado "Israel" foi exterminado pelo faraó conquistador.
  • 76. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 76 ] Isso tem sido usado por alguns especialistas como evidência da etnogênese de Israel naquela época. Mas uma nova publicação dos egiptólogos e estudiosos bíblicos Manfred Görg, Peter van der Veen e Christoffer Theis sugere que pode haver uma referência ainda mais antiga a Israel no registro egípcio. Manfred Görg descobriu um pedestal de estátua quebrado contendo anéis de nome hieroglíficos no Museu Egípcio de Berlim e, após estudá-lo com os colegas Peter van der Veen e Christoffer Theis, eles sugerem que um dos anéis de nome deve ser lido como "Israel". Nem todos os estudiosos concordam com sua leitura devido a pequenas diferenças na grafia, mas Görg, van der Veen e Theis oferecem argumentos fortes, incluindo paralelos de apoio na própria Estela de Merneptah. Esta inscrição recém-redescoberta é datada de cerca de 1400 a.C. — cerca de 200 anos antes da Estela de Merneptah. Se Görg, van der Veen e Theis estiverem certos, sua descoberta lançará luz importante sobre os primórdios do antigo Israel .[15] MÁSCARA FUNERÁRIA EGÍPCIA
  • 77. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 77 ] Estas peças acima estão no museu de Arqueologia e são originais do Egito. A partir do Império Médio, humanos mumificados podiam receber máscaras funerárias que cobriam suas cabeças e ombros. Essas máscaras eram feitas de cartonagem, um material composto por resíduos de papiro ou linho embebidos em gesso. Semelhante ao papel machê, a cartonagem pode ser moldada em três dimensões, permitindo que as máscaras fossem cuidadosamente trabalhadas para se assemelharem aos corpos dentro delas. A cartonagem também é facilmente pintada, permitindo a reprodução do rosto e da peruca da pessoa.
  • 78. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 78 ] Isso ajudaria o espírito da pessoa a reconhecer e retornar ao corpo. Com o tempo, outros itens feitos de cartonagem também foram envoltos nas bandagens. Entre eles, peitorais, que cobriam o peito; aventais, que cobriam a parte inferior do tronco e a parte superior das pernas; e coberturas para os pés. Esses itens podiam ser pintados para se assemelharem às partes do corpo que cobriam, às joias que a pessoa usaria ou a símbolos e cenas religiosas importantes. Na época do Novo Império, a cartonagem já era usada para casos de cadáveres completos. "Vire o rosto para o oeste para que possa iluminar as Duas Terras com ouro puro. Aqueles que dormiam levantam-se para olhar para você; eles respiram o ar, veem seu rosto como o brilho do disco solar em seu horizonte, seus corações estão em paz por causa do que você fez, pois a você pertence a eternidade e a eternidade." - Feitiço 15 - O Livro dos Mortos [16] Busto de Nefertiti
  • 79. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 79 ] O Busto de Nefertiti no Museu de Arqueologia Bíblica é uma réplica do verdadeiro busto que se encontra no Museu da Alemanha. É a estrela indiscutível do Neues Museum e, junto com o Altar de Pérgamo e o Portão de Ishtar, a exposição mais conhecida na Museumsinsel de Berlim: o busto colorido de Nefertiti, criado por volta de 1340 a.C.
  • 80. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 80 ] Desde que foi colocado na Sala da Cúpula Norte do Neues Museum, reaberto em 2009, atrai a atenção de centenas de milhares de visitantes todos os anos. A aparência atemporal do rosto tornou-se um ícone de beleza nos últimos 100 anos. [16] MÚMIA DE RAMSÉS II Na foto acima estou ao lado de uma réplica da múmia de Ramsés II no MAB.
  • 81. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 81 ] A morte de Ramsés em 1213 a.C. deixou um rastro físico em camadas, graças às técnicas multifacetadas de sepultamento egípcias e aos numerosos saques do Vale dos Reis, que abrigava seu e muitos outros túmulos reais. O faraó foi enterrado em um caixão de madeira dourada, aninhado dentro de um sarcófago de alabastro e um sarcófago maior de granito. Mais tarde, o caixão foi roubado, o sarcófago de alabastro foi destruído por saqueadores e o sarcófago de granito — de onde se originou o fragmento em questão — foi reutilizado por Menkheperre. Como explica Payraudeau, o Vale dos Reis foi saqueado inúmeras vezes durante a 19ª Dinastia do antigo Egito, uma era de crises econômicas e sociais que levaram à escassez, forçando até mesmo a realeza a reutilizar objetos funerários criados para seus antecessores. Em 1881, a múmia e o caixão de Ramsés foram descobertos em um esconderijo no complexo do templo Deir el-Bahari, que abrigava os restos mortais de outros 50 membros da nobreza, incluindo o pai do faraó, Seti I,
  • 82. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 82 ] segundo o Museu do Egito. Desde então, o caixão adornado com ouro e a múmia de Ramsés têm sido exibidos em museus ao redor do mundo. Ainda não se sabe se o fragmento do sarcófago, atualmente armazenado em Abidos, também será exibido algum dia. [17] PAPIRO O Portal do Museu Metropolitano de Arte de Nova York traz uma explicação sobre o papiro que diz assim: A palavra papiro refere-se tanto ao suporte de escrita inventado pelos antigos egípcios e a planta da qual eles fizeram esse material. Escavadores de uma tumba em Saqqara descobriram o rolo de papiro mais antigo conhecido , datado de cerca de 2900 a.C., e o papiro continuou a ser usado até o século XI d.C., mesmo quando o papel, inventado na China, se ornou o material de escrita mais popular para o mundo árabe por volta do século VIII d.C. No antigo Egito , os textos podiam ser escritos em papiro em hieróglifos, escrita hierática ou escrita demótica,
  • 83. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 83 ] e mais tarde o papiro foi usado em grego, documentos coptas, latinos, aramaicos e árabes. Com pequenas variações, o rolo de papiro foi produzido essencialmente da mesma maneira ao longo de seus aproximadamente 4.000 anos de história. Além de sua função como material para escrita, o papiro era usado em cordas, cestaria e sandálias e outros itens do dia a dia. O nome botânico da planta papiro é Cyperus papyrus, indicando que pertence à grande família das ciperáceas, que são plantas de junco. Embora hoje a planta não cresça mais no Vale do Nilo, no Egito, é geralmente aceito que, durante a antiguidade, era comum e nativa da região. Embora o papiro crescesse selvagem ao longo do Nilo, a possibilidade de que também tenha sido cultivado para uso na fabricação de papel tem sido explorada, mas permanece uma questão em aberto. As plantas de papiro são nativas de margens de rios e áreas pantanosas, pois consomem grandes quantidades de água. Água e nutrientes são transportados das raízes, por meio de um sistema de feixes
  • 84. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 84 ] fibrovasculares longitudinais, por um caule triangular espesso e afilado, que mede cerca de 5 a 8 centímetros de diâmetro na base, até a ampla cabeça da flor, ou guarda- chuva, a uma altura de cerca de 4 metros. A casca verde e resistente do caule do papiro envolve a medula branca, da qual é feita a folha de papiro. A medula é composta por feixes fibrovasculares lenhosos e celulósicos rígidos e células parenquimáticas vazias com paredes de celulose e hemicelulose, que funcionam como passagens de ar e conferem flutuabilidade ao caule. A morfologia da medula do papiro é o que confere à folha de papiro seu padrão cruzado característico: os feixes fibrovasculares são as estrias lenhosas mais substanciais que correm horizontalmente através do reto do papiro (e verticalmente no verso), e as células do parênquima são o "preenchimento" mais claro e delicado entre as estrias. A estrutura cruzada é formada pela criação de uma folha com duas camadas (para a maioria dos papiros) de fatias de medula dispostas perpendicularmente. Embora o arranjo seja claro, o método exato de fabricação do papiro é, infelizmente, não
  • 85. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 85 ] documentado pelos antigos egípcios e, portanto, alguns dos detalhes do procedimento têm sido ponderados por estudiosos modernos. A descrição mais antiga da fabricação de papiro vem do naturalista romano Plínio, o Velho. Seu relato, datado de aproximadamente 77-79 d.C., deixa alguns aspectos do processo abertos à interpretação, mas experimentos modernos na fabricação de papiro, bem como análises instrumentais de amostras históricas, levaram a conclusões sólidas sobre como os antigos egípcios produziam seus papiros. Após a coleta das plantas e enquanto os caules ainda estavam verdes, uma seção de 20 a 48 centímetros do caule era cortada (o comprimento máximo sendo a altura máxima de um rolo de papiro) e a casca externa da planta era removida. Tiras finas eram produzidas cortando-se a medula longitudinalmente ou usando-se uma agulha para descascá-la, como se estivesse desenrolando uma bobina, de fora para dentro. Experimentos modernos demonstraram que ambos os métodos são possíveis e que
  • 86. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 86 ] é necessária grande habilidade para criar tiras finas e uniformes. [18] Foto que tirei ao lado de um papiro no Museu de Arqueologia. Quando estive no Egito, eu trouxe um exemplar de papiro verdadeiro do famoso Instituto do Papiro do Cairo. SARCÓFAGO DE TUTANCÂMON
  • 87. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 87 ] Na foto acima, eu e minha esposa Gladis fazemos pose com a réplica do sarcófago de Tutancâmon ao fundo. Mas em 2023, eu tive o prazer de ver no Museu Egípcio do Cairo toda as riquezas de Tutancâmon. Eu nunca tinha visto tanto ouro ao vivo. Mas aqui no Museu de Arqueologia, o visitante pode ter uma ideia do que foi o Egito antigo. O texto abaixo é do Ministério do Turismo e Antiguidade do Egito e fala sobre a descoberta do sarcófago de Tutancâmon que foi uma das maiores façanha da arqueologia: Tutancâmon, também conhecido mundialmente como o Faraó Dourado, foi um rei da 18ª Dinastia do Novo
  • 88. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 88 ] Império. Ele é mais conhecido por seu túmulo intacto e sua preciosa coleção funerária. A misteriosa morte do rei, ainda muito jovem, continuou a fascinar milhões de pessoas ao longo dos anos. Ele foi enterrado em seu túmulo (KV62), localizado no Vale dos Reis, na margem oeste de Luxor, e foi descoberto em novembro de 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter. A descoberta, na época, recebeu cobertura da imprensa mundial, cativando a imaginação do público. A câmara funerária do rei tem 6 m x 4 m de largura e abrigava o sarcófago retangular de quartzito mais externo. Seus quatro cantos são decorados com figuras das quatro divindades protetoras, cujas asas abertas protegem o sarcófago e a múmia do rei. Contém três caixões antropoides aninhados uns dentro dos outros, representando o rei na posição osiriana.
  • 89. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 89 ] Este caixão mais interno tem o formato de uma múmia e é feito de ouro maciço, pesando 110,4 kg. Foi encontrado envolto em linho dentro do caixão do meio. Ambos estão agora em exposição no Museu Egípcio do Cairo. Dentro dele jazia a múmia do rei, cuja cabeça estava coberta com a icônica máscara de ouro do rei menino. Este caixão é feito de madeira dourada incrustada com vidro multicolorido. Foi encontrado dentro do caixão dourado externo e atualmente está em exposição no Museu Egípcio do Cairo. O caixão externo é feito de madeira dourada, representando o rei na forma de Osíris, com os braços cruzados sobre o peito e segurando a insígnia, o mangual e o cajado, ornamentados com vidro azul e vermelho. O caixão possui alças de prata que são usadas para mover a tampa. As medidas do caixão são 223,5 cm de comprimento, 83,8 cm em seu ponto mais largo e 105,5 cm em seu ponto mais alto.
  • 90. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 90 ] Logo após a descoberta do túmulo em 1922, os caixões interno e central foram transferidos para o Museu Egípcio do Cairo; enquanto o caixão dourado externo foi deixado dentro do túmulo. Em 12 de julho de 2019, o caixão externo foi transferido para o Grande Museu Egípcio (GEM) para restauração e preservação, e será exibido no GEM após sua inauguração, junto com a preciosa coleção do rei menino, incluindo os outros dois caixões. Os três caixões de ouro do faraó serão exibidos juntos pela primeira vez desde sua descoberta. [19] PEDRA ROSETA Museu de Arqueologia Bíblica (MAB) possui uma réplica idêntica da Pedra de Roseta em seu acervo. Essa réplica, juntamente com outras réplicas de importantes descobertas arqueológicas, está exposta no MAB. A Pedra de Roseta original é uma estela de granodiorito com um decreto inscrito em três línguas:
  • 91. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 91 ] hieroglífica, demótica e grega antiga. Essa inscrição foi fundamental para a decifração dos hieróglifos egípcios. A Pedra de Roseta é um dos artefatos mais importantes da arqueologia e está em exibição no Museu Britânico desde 1802. Como eu ainda não fui no Museu Britânico, só vi duas réplicas em minha vida. No museu do Cairo no Egito e está aqui no Museu de Arqueologia Bíblica.
  • 92. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 92 ] Painel da abertura do mar Vermelho No museu há um imenso painel com a imagem dos israelitas atravessando o Mar Vermelho. Um episódio épico da Bíblia. Aproveitei para também tirar esta foto. A travessia do Mar Vermelho, no Livro do Êxodo, pela qual os judeus escaparam de seus opressores egípcios, foi um momento de ruptura histórica que possibilitou a invenção de uma nova identidade coletiva. A história também prefigurou o batismo de Cristo e passou a simbolizar o batismo cristão em geral — um sinal da
  • 93. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 93 ] promessa de Deus de perdoar pecados. Para os cristãos, essa história pode ter demonstrado a necessidade da providência divina para a salvação espiritual. PERÍODO PERSA O Período Persa. Quem visitar o Museu de Arqueologia Bíblia verá um seção dedicada aos utensílios e peças arqueológicas deste período.
  • 94. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 94 ] 586 - 333 a.C. [Datas variam de acordo com interpretações dos historiadores] Dr. Meir Edrey do Instituto Leon Recanati de Estudos Marítimos da Universidade de Haifa produziu o artigo abaixo explicando o período Persa. O período persa no sul do Levante é um período de continuidade e profundas mudanças. Uma época de fortes influências culturais tanto do Oriente quanto do Ocidente. É considerado tanto uma era bíblica quanto o início da era clássica. Durante o período persa, a vasta maioria do Antigo Oriente Próximo ficou sob a hegemonia dos monarcas aquemênidas, que fundaram o Império Persa, o maior império até então, que em seu apogeu se estendia dos Bálcãs, passando pela Ásia Menor, até a Ásia Oriental (atual Afeganistão), e mais ao sul, da Líbia, passando pelo Egito, o sul do Levante e a Mesopotâmia, até o vale do Hindustão (Fig. 1). Os aquemênidas, nomeados em homenagem ao seu ancestral mitológico, Aquemênides, eram um grupo de língua iraniana que conseguiu estabelecer um reino
  • 95. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 95 ] independente com sua capital, Anshan, no território de Elão, no século VIII a.C. À medida que o Elão se enfraquecia devido aos constantes conflitos com a Assíria, os aquemênidas se tornavam cada vez mais fortes e independentes. Em algum momento de meados do século VI a.C. , Ciro, o Grande (c. 600-530 a.C.), o pai fundador do império persa, conseguiu conquistar o reino da Média. Ele então continuou a oeste conquistando a Ásia Menor antes de se voltar para o leste para lutar contra os neobabilônios na batalha de Opis. Em outubro de 539 a.C., as forças de Ciro marcharam para a Babilônia e asseguraram o vasto território do império neobabilônico. Não está claro se Ciro conquistou o sul do Levante antes ou depois da Babilônia; no entanto, parece que o Egito conseguiu restabelecer seu domínio sobre a região por um curto período de tempo antes. A fim de garantir a lealdade dos vários povos que agora estavam sob a hegemonia do recém-fundado império persa, Ciro decidiu adotar uma abordagem muito mais benigna em relação ao antigo império neobabilônico. Ele estabeleceu várias cidades-chave em todo o império
  • 96. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 96 ] como capitais oficiais aquemênidas, o que preservou o status de suas elites socioeconômicas, e também emitiu um edito que permitia que os povos deportados pelos neobabilônicos retornassem às suas casas, restaurassem seus templos e praticassem suas religiões livremente. Essa proclamação, conhecida como Cilindro de Ciro (Fig. 2), que não menciona Jerusalém, é repetida na Bíblia hebraica diversas vezes (Ed 1:1-4; 6:1-12; 2 Cr 36:22-23), referindo-se especificamente aos judeus na Babilônia, que foram autorizados a retornar a Judá, conhecida no período persa como Yehud, e reconstruir seu templo. Essa nova abordagem rendeu a Ciro muita popularidade em todo o império, e a Bíblia hebraica até se refere a ele como um messias (Isaías 45:1). [20] PERÍODO GREGO Mark Cartwright publicou o artigo abaixo no portal WORLDHISTORY.ORG em 15 de julho de 2016, explicando o desenvolvimento da moeda como nova prática comercial no mundo:
  • 97. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 97 ] As moedas da Grécia Antiga nos proveram com as imagens mais reconhecíveis da antiguidade, já que elas eram carimbadas com desenhos que serviam para declarar com orgulho a cidade que as cunhou e para garantir o seu valor. Uma das grandes sobreviventes arqueológicas, as moedas são uma fonte de informação valiosa em práticas culturais, indivíduos importantes, e relações internacionais antigas. Evolução & Funções da Cunhagem O comércio do mundo antigo era amplamente conduzido através da troca de um tipo de produtos por outro em um sistema de escambo que funcionou bem por milênios. Eventualmente, alguns bens passaram a ser trocados por grandes barras de metais, como os talentos de bronze ou cobre, cujo valor era acordado por ambas as partes. A próxima etapa foi o uso de varas ou espetos (chamados de obelos, de onde deriva-se o nome da moeda óbolo) que possuíam 1,5 metros de comprimento, podendo-se segurar na mão seis delas de uma vez. A palava grega para segurar é drattomai, e esta é a origem da moeda dracma. Dessas barras e varas surgiu a ideia de
  • 98. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 98 ] um material mais portátil e universal, que poderia ser trocado por qualquer produto ou serviço: a moeda. Os gregos atribuíam à Lídia a invenção das moedas no início do século 6ª AEC, que eram cunhadas pelo estado para garantir valor e serem reconhecidas como genuínas. As moedas eram geralmente mais leves do que o mesmo valor representado pela quantia de metal puro, para que se cobrisse o custo de cunhá-las ou até mesmo obter um pequeno lucro. Nos séculos seguintes, alguns estados abusaram dessa margem e produziram moedas contendo cada vez menos metal precioso na tentativa de se criar valor quando, na verdade, não se havia nenhum. Após ser publicamente ridicularizada, Atenas foi notoriamente forçada a remover um lote de moedas que haviam sido cunhadas logo após uma crise financeira, por volta de 406 AEC. Assim como atualmente, a moeda só funcionava se as pessoas confiassem em seu valor presente e futuro. MOEDAS GREGAS DE CIDADES-ESTADO ESPECÍFICAS POSSUÍAM DESENHOS PARTICULARES
  • 99. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 99 ] QUE FORAM USADOS POR SÉCULOS, TORNANDO-SE SÍMBOLOS INSTANTANEAMENTE RECONHECÍVEIS DAQUELA CIDADE. As primeiras moedas gregas surgiram em Egina c. 600 AEC (ou até mesmo antes), e eram feitas de prata e utilizavam uma tartaruga como símbolo da prosperidade da cidade, que se baseava no comércio marítimo. A vantagem de Egina foi logo seguida por Atenas e Corinto. O nascimento da cunhagem de forma ampla na Grécia, porém, não se deu por conveniência, mas por carência, motivada pela necessidade de se pagar soldados mercenários. Esses guerreiros demandavam um modo conveniente de carregar suas remunerações, e o estado precisava de um método de pagamento que pudesse aplicar igualmente a todos. Sobretudo no comércio marítimo, o escambo continuava a ser a forma mais comum de troca, já que o problema com a moeda no mundo antigo era que o seu valor entre cidades-estados era frequentemente diferente. Mesmo assim, a cidadãos de uma cidade específica e a seus territórios adjacentes, a moeda tornou-se um método muito útil de se comprar e vender produtos, e era conveniente ao estado utilizar
  • 100. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 100 ] moedas para pagar por pequenos serviços públicos como a participação em tribunais. Essa nova riqueza portátil era tão conveniente que os gregos mais pobres carregavam suas moedas dentro de suas bocas quando eles iam ao mercado, e os mais ricos passaram a ter um método acessível de armazenar (e esconder) sua riqueza. [21] A foto acima tirei na seção do Período Grego no Museu de Arqueologia. Quem visitar o museu poderá apreciar algumas moedas de idade milenar como estas acima.
  • 101. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 101 ] No Museu de Arqueologia de Engenheiro Coelho temos esta estatueta da deusa Artêmis, uma deusa grega. Em cada galeria do museu, o visitante entra em um período da história bíblica. ÁRTEMIS era a deusa olímpica da caça, da vida selvagem e dos animais selvagens. Ela também era deusa do parto e protetora das meninas até a idade do casamento — seu irmão gêmeo Apolo era igualmente protetor dos
  • 102. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 102 ] meninos. Juntos, os dois deuses também traziam morte súbita e doenças — Ártemis tinha como alvo mulheres e meninas, Apolo, homens e meninos. Na arte antiga, Ártemis era geralmente representada como uma menina ou jovem donzela com um arco de caça e uma aljava de flechas. Leto, a mãe de Ártemis, foi perseguida durante toda a gravidez pela deusa ciumenta Hera, mas acabou encontrando refúgio na ilha flutuante de Delos. Lá, ela deu à luz Ártemis, que auxiliou sua mãe como parteira no nascimento de seu irmão gêmeo mais novo, Apolo. [21] PERÍODO INTERBÍBLICO NO período Interbíblico a nação de Israel esteve sob o domínio dos Persas, Gregos e Romanos e no museu de Arqueologia o visitante terá contato com peças deste período. Visitar o Museu de Arqueologia da UNASP no interior de São Paulo é fazer um curso bíblico de alta
  • 103. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 103 ] qualidade. Prepare um dia para esta imersão no conhecimento com sensação visual e de tato. O período intertestamentário: o período entre os testamentos, quando os eventos descritos nos livros do Antigo Testamento foram concluídos, mas antes dos eventos que introduziram os quatro Evangelhos. Durante esses 420 anos, várias profecias cruciais foram cumpridas, dramatizando a autenticidade da Palavra
  • 104. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 104 ] de Deus e preparando o cenário para outro evento profetizado: o aparecimento do Messias. O Antigo Testamento chega ao fim logo após os eventos dos livros de Daniel, Esdras, Neemias e Ester. No entanto, as profecias de Daniel continuam a prever eventos dentro do período intertestamentário. Alexandre, o Grande, na Profecia Em uma visão, Deus revelou a Daniel que o reino que surgiria depois dos persas seria o dos gregos, sob o comando de Alexandre, o Grande. Gabriel, o mensageiro angélico de Deus, explicou a Daniel: "O carneiro que viste, com dois chifres, são os reis da Média e da Pérsia. E o bode é o reino da Grécia. O grande chifre que está entre os seus olhos é o primeiro rei. Quanto ao chifre quebrado e aos quatro que se ergueram em seu lugar, quatro reinos surgirão daquela nação, mas não com o seu poder" (Daniel 8:20-21). O reino persa chegou rapidamente ao fim em 333 a.C., quando Alexandre, o Grande, derrotou os exércitos
  • 105. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 105 ] de Dario III em Isso. No entanto, 10 anos depois, fiel à profecia de Daniel 8, Alexandre morreu inesperadamente e o Império Grego foi dividido em quatro partes, cada uma liderada por um de seus quatro generais. O povo de Deus foi milagrosamente salvo e libertado quando, segundo Josefo, Ciro viu seu nome e seus feitos profetizados na Bíblia. Os escritos de Josefo também incluem um relato de Alexandre, o Grande, poupando Jerusalém da destruição após ver seus feitos profetizados nas Escrituras. Quando Alexandre desceu sobre o Oriente Médio, era natural que quase todos lhe resistissem. Aqueles que o fizeram foram impiedosamente pisoteados diante dele. A vizinha Fenícia sentiu a ira de Alexandre quando ele destruiu completamente Tiro. Parecia que o mesmo destino aguardava a rebelde Jerusalém, que havia apoiado os infelizes persas esmagados por Alexandre em Isso. Confronto surpreendente em Jerusalém
  • 106. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 106 ] Josefo conta como as tropas de Alexandre cercaram a cidade e se prepararam para o ataque. De repente, os portões da cidade se abriram e de lá saíram o sumo sacerdote com sua comitiva. Josefo escreve: "... Pois Alexandre, quando viu a multidão à distância, em vestes brancas, enquanto os sacerdotes estavam vestidos de linho fino, e o sumo sacerdote em vestes púrpura e escarlate, com sua mitra na cabeça, tendo a lâmina de ouro na qual estava gravado o nome de Deus, aproximou-se sozinho, adorou aquele nome e primeiro saudou o sumo sacerdote... então os reis da Síria e os demais ficaram surpresos com o que Alexandre havia feito e o julgaram perturbado. No entanto, somente Parmênio se aproximou dele e perguntou-lhe como era possível que, enquanto todos o adoravam, ele adorasse o sumo sacerdote dos judeus? "Ao que ele respondeu: 'Eu não o adorei, mas sim ao Deus que o honrou com seu sumo sacerdócio; pois vi essa mesma pessoa em um sonho, com esse mesmo hábito [roupa], quando eu estava em Dios, na Macedônia,
  • 107. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 107 ] que... me exortou a não demorar, mas a atravessar o mar corajosamente para lá, pois ele conduziria meu exército e me daria o domínio sobre os persas; de onde... agora vendo essa pessoa nele, e lembrando-me daquela visão... acredito que trago esse exército sob a condução divina...' "... E quando lhe foi mostrado o livro de Daniel, no qual Daniel declarava que um dos gregos destruiria o império dos persas, ele supôs que ele próprio era a pessoa visada; e como estava então contente, ele... ordenou-lhes que lhe perguntassem que favores lhe desejavam; então o sumo sacerdote pediu que eles... não pagassem tributo no sétimo ano. Ele concedeu tudo o que desejavam..." (Antiguidades dos Judeus, XI, viii, 5). Antíoco IV Epifânio e a Abominação da Desolação Assim começou o reinado grego sobre a Judeia, que duraria 150 anos. No capítulo 11, Daniel profetizou as mudanças na sorte dos judeus sob o domínio dos gregos. Após a morte de Alexandre, a Judeia tornou-se parte do
  • 108. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 108 ] reino do general Ptolomeu, que governava do Egito. De modo geral, o período foi pacífico para os judeus. No entanto, as guerras intermitentes entre os Ptolomeus do Egito e os Selêucidas da Síria pelo controle total do Império Grego chegaram ao auge em 198 a.C. Naquele ano, os Ptolomeus foram derrotados. A Judeia então ficou sob o domínio dos Selêucidas. Pouco depois que a linhagem selêucida do Império Grego começou a governar a Judeia, surgiu um rei que cumpriria diversas profecias terríveis registradas em Daniel. Segundo historiadores, Antíoco IV Epifânio foi o governante que instituiu a primeira "abominação da desolação" mencionada em Daniel 8 e 11. Daniel 8:8-13 descreve esse tempo: "Portanto, o bode [o Império Grego] cresceu muito; mas quando se tornou forte, o grande chifre foi quebrado [Alexandre, o Grande, morreu repentinamente no ápice de seu poder], e em seu lugar subiram quatro notáveis para os quatro ventos do céu [o reino de Alexandre foi dividido entre seus quatro principais generais]" (versículo 8).
  • 109. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 109 ] "E de um deles saiu um chifre pequeno [Antíoco IV Epifânio], o qual cresceu muito para o sul [Egito], para o oriente [Mesopotâmia] e para a Terra Gloriosa [Judeia]... Ele se exaltou até o nível do Príncipe do exército; e por ele os sacrifícios diários foram tirados, e o lugar do Seu santuário [o templo em Jerusalém] foi derrubado... Então ouvi um santo falando... 'Até quando durará a visão, referente aos sacrifícios diários e à transgressão da desolação...?'" (versículos 9-13). A Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional afirma sobre Antíoco Epifânio: "Sua trajetória com relação à Palestina é registrada em 1 e 2 Macabeus, e notavelmente prevista em [Daniel] 11:21-35" (Vol. I, p. 145, "Antíoco IV Epifânio"). Os livros de 1 e 2 Macabeus não estão incluídos no cânone hebraico tradicional das Escrituras, mas são valiosos como relatos históricos. Ambos os livros foram escritos antes do nascimento de Cristo. O reinado cruel de Antíoco
  • 110. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 110 ] Um breve histórico dos três anos da "abominação da desolação" sob Antíoco Epifânio pode ser encontrado no Comentário do Conhecimento Bíblico: Esta parte da visão antecipou a ascensão de um governante no Império Grego que subjugou o povo e a terra de Israel, profanou seu templo, interrompeu sua adoração e exigiu para si a autoridade e a adoração que pertencem a Deus. Ele profanou o templo e aboliu o sacrifício diário. Antíoco enviou seu general Apolônio com 22.000 soldados a Jerusalém, no que supostamente seria uma missão de paz. Mas eles atacaram Jerusalém no sábado, mataram muitas pessoas, levaram muitas mulheres e crianças como escravas, saquearam e queimaram a cidade. Buscando exterminar o judaísmo e helenizar os judeus, ele os proibiu de seguir suas práticas religiosas (incluindo suas festas e a circuncisão) e ordenou que cópias da Lei fossem queimadas. Em seguida, ele instituiu a abominação que causa desolação.
  • 111. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 111 ] Neste ato culminante, ele erigiu, em 16 de dezembro de 167 a.C., um altar a Zeus no altar de holocaustos, fora do templo, e mandou sacrificar um porco no altar. Os judeus foram obrigados a oferecer um porco no dia 25 de cada mês para celebrar o aniversário de Antíoco Epifânio. Antíoco prometeu aos judeus apóstatas uma grande recompensa se eles abandonassem o Deus de Israel e adorassem Zeus, o deus da Grécia. Muitos em Israel foram persuadidos por suas promessas e adoraram o falso deus. No entanto, um pequeno remanescente permaneceu fiel a Deus, recusando-se a se envolver nessas práticas abomináveis. Antíoco IV morreu insano na Pérsia em 163 a.C. (Logos Library System, 1997). A precisão da descrição de Daniel dos eventos desse período (dada mais de 300 anos antes) levou muitos críticos da Bíblia a redatar o livro de Daniel para um período posterior a esses eventos. Eles não admitiam que os eventos tivessem sido profetizados. No entanto, graças à descoberta, em 1948, dos Manuscritos do Mar Morto, que incluem partes de todos os livros do Antigo Testamento,
  • 112. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 112 ] exceto Ester, a data tradicional de Daniel ganhou mais apoio. Explica Gleason Archer, professor de Antigo Testamento e estudos semíticos na Trinity Evangelical Divinity School: "Para evitar o impacto da evidência decisiva de inspiração sobrenatural com a qual Daniel é tão notavelmente abundante, foi necessário que os estudos racionalistas encontrassem algum período posterior na história judaica quando todas as 'previsões' já tivessem sido cumpridas, como o reinado de Antíoco Epifânio (175- 164 a.C.)... Com a riqueza de novos dados dos manuscritos das cavernas do Mar Morto, é possível resolver essa questão de uma vez por todas" (Encyclopedia of Bible Difficulties, 1982, p. 282). Graças a essa nova evidência linguística, o Dr. Archer passa a mostrar a precisão da datação tradicional de Daniel (por volta de 530 a.C.). Os judeus perdem sua independência para Roma
  • 113. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 113 ] Em 164 a.C., com a liderança heroica da família dos Macabeus, os judeus derrotaram seus opressores sírios. Por um século, eles desfrutaram da independência judaica sob o domínio dos descendentes dos Macabeus. No entanto, em 63 a.C., o general romano Pompeu conquistou a Judeia, tornando-a território romano. Várias décadas depois, os judeus sofreriam muito quando os romanos escolheram Herodes, o Grande, como rei da Judeia. Ele reinou de 37 a.C. a 4 a.C. Seus últimos anos encerram o período intertestamentário e inauguram a era do Novo Testamento. [22] PERÍODO ROMANO Quando o visitante chega na galeria do museu que representa o período romano, ele ficará frente a frente com objetos usados no período de Jesus, inclusive a famosa espada gadius usada pelo exército romano, jarros e frascos usados para guardar perfumes o que nos remete a passagens bíblicas famosas. Ir ao Museu de Arqueologia
  • 114. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 114 ] é entrar na Bíblia. Foi sairá do museu, mas o museu nunca mais sairá de você...
  • 115. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 115 ]
  • 116. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 116 ] O Gládio Romano Os romanos refinaram e melhoraram o gládio em sua busca pela arma ideal para combate corpo a corpo. Poucas armas na história mundial tiveram tamanha importância tática quanto o gládio romano. Para entender a importância que essa espada curta teve nos campos de batalha da antiguidade, é melhor começar com o historiador romano Lívio. Ao descrever a guerra entre romanos e macedônios em 200 a.C., Lívio escreveu sobre o devastador impacto prático e psicológico que o gládio teve sobre as forças militares do rei Filipe V da Macedônia,
  • 117. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 117 ] acostumado a lutar com lanças, dardos e flechas. "Quando viram corpos desmembrados pelo gládio hispânico, braços arrancados, ombros e tudo, ou cabeças separadas dos corpos, com os pescoços completamente decepados, ou órgãos vitais expostos, e outros ferimentos terríveis, perceberam em pânico geral com quais armas e com quais homens teriam que lutar", escreveu Lívio na História de Roma. Os macedônios enfrentaram pela primeira vez a máquina militar romana e sua impressionante tecnologia militar. A principal formação tática dos exércitos grego e macedônio era a falange, enquanto os romanos estavam organizados em legiões divididas em unidades chamadas centúrias. Ao contrário dos macedônios, os romanos não usavam lanças longas, como a sarissa macedônia. Os romanos, baixos e robustos, preferiam lutar corpo a corpo para maximizar o efeito de sua superioridade geral em treinamento e armamento. A legião romana era uma grande formação de infantaria pesada. Cada um de seus componentes era equipado com equipamentos defensivos extremamente eficientes, porém flexíveis, incluindo um
  • 118. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 118 ] capacete, uma lorica hamata (couraça de malha) e um scutum (escudo grande); no entanto, a verdadeira força do exército romano residia nas armas ofensivas usadas por seus soldados. Essas armas eram o pilum, o gladius e o pugio (punhal). Uma imagem do monumento romano Tropaeum Traiani, na Romênia moderna, que comemora a vitória romana sobre os dácios, mostra um legionário esfaqueando com seu gládio. A primeira arma que os romanos usaram em batalha foi o pilum, um dardo projetado especificamente para matar inimigos a longas distâncias ou para limitar o uso de seus escudos. O pilum era extremamente difícil de remover após atingir a parte externa de um escudo ou de uma couraça. Uma vez que as fileiras inimigas foram destruídas pela chuva inicial de dardos, os legionários sacaram suas espadas curtas e investiram contra seus oponentes. De acordo com a doutrina tática romana, a ênfase estava no uso do scutum para fornecer cobertura máxima do corpo, enquanto o gládio era usado para atacar
  • 119. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 119 ] com estocadas devastadoras e atalhos. Usando essas táticas, os romanos foram capazes de derrotar diferentes tipos de infantaria inimiga. Os soldados romanos tornaram- se eficientes com suas armas por meio de treinamento intensivo e contínuo. O método romano de luta limitava o número de baixas sofridas por suas tropas. Usando suas espadas para penetrar nos poucos espaços criados entre os escudos de suas formações cerradas, os legionários raramente eram expostos às armas ofensivas de seus inimigos, que tinham poucas chances de manobra. O pugio também era uma arma de curto alcance. Era usado como arma secundária durante intensos combates corpo a corpo, especialmente quando o espaço para movimento se tornava extremamente limitado ou quando o gládio não podia ser usado por algum motivo. [23] OSSUÁRIO DO SUMO SACERDOTE CAIFÁS A Caixa de Ossos (ossuário) de Caifás foi descoberta em 1990 por acaso durante trabalhos de
  • 120. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 120 ] terraplenagem em uma colina ao sul da cidade velha de Jerusalém. Doze caixas de ossos (ossários) foram encontradas na caverna funerária. Uma delas, muito ornamentada, tinha a inscrição, em dois lugares, "José, filho de Caifás". Dentro da caixa, foram documentados os restos mortais de um homem de 50 anos. O ossuário é provavelmente de Caifás, o sumo sacerdote que interrogou Jesus após a "Última Ceia", e é uma das descobertas mais importantes relacionadas à história cristã e judaica. Está em exposição no Museu de Israel ao lado da Pedra de Pilatos e do pé perfurado do homem crucificado de Jerusalém . [24]
  • 121. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 121 ] Réplica do ossuário onde estava os restos mortais do sumos sacerdote Caifás, que julgou e condenou Jesus. Estive em Jerusalém em 2023 onde está o ossuário original. MINIATURA DE JERUSALÉM Em 2023 estive no Museu do Livro em Jerusalém onde estão os manuscritos do Mar Morto, bem como a famosa e imensa miniatura da cidade de Jerusalém nos
  • 122. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 122 ] dias de Jesus. O Museu de Arqueologia tutorado pelo nosso querido Rodrigo Silva não deixou por menos e criou também uma réplica da cidade de Jerusalém dos dias de Jesus baseado nos conhecimentos arqueológicos que temos acesso. Na selfie que tirei aparece ao fundo a maquete. ERA BIZANTINA
  • 123. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 123 ] Mark Cartwright publicou em 19 de setembro de 2018 no canal World History a seguinte explanação sobre o que foi o período Bizantino, a qual reproduzo abaixo. O período Bizantino já não pertence mais a um período bíblico, mas o MAB colocou uma galeria com o período Bizantino porque este período abrange o desenvolvimento do cristianismo no Oriente e isso tem a ver conosco, os cristãos. O Império Bizantino existiu de 330 a 1453. É frequentemente chamado de Império Romano do Oriente ou simplesmente Bizâncio. A capital bizantina foi fundada em Constantinopla por Constantino I (r. 306-337). O Império Bizantino variou em tamanho ao longo dos séculos, em um momento ou outro, possuindo territórios localizados na Itália, Grécia, Bálcãs, Levante, Ásia Menor e Norte da África. Bizâncio era um estado cristão com o grego como língua oficial. Os bizantinos desenvolveram seus próprios sistemas políticos, práticas religiosas, arte e arquitetura. Todos eles foram significativamente influenciados pela
  • 124. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 124 ] tradição cultural greco-romana, mas também eram distintos e não apenas uma continuação da Roma Antiga. O Império Bizantino foi a potência medieval mais duradoura, e sua influência continua até hoje, especialmente na religião, arte, arquitetura e leis de muitos estados ocidentais, da Europa Oriental e Central e da Rússia. O nome 'Bizantino' e datas O nome "Bizantino" foi cunhado por historiadores do século XVI com base no fato de que o primeiro nome da capital era Bizâncio antes de mudar para Constantinopla (atual Istambul). Foi e continua sendo um rótulo menos que perfeito, mas conveniente, que diferencia o Império Romano do Oriente do Império Romano do Ocidente, especialmente importante após a queda deste último no século V. De fato, por esta razão, não há um acordo universal entre os historiadores sobre a qual período de tempo o termo "Império Bizantino" realmente se refere. Alguns estudiosos selecionam 330 e a fundação de Constantinopla, outros a queda do Império Romano do
  • 125. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 125 ] Ocidente em 476, outros ainda preferem o fracasso de Justiniano I (527-565) em unificar os dois impérios em 565, e alguns até preferem c. 650 e a conquista árabe das províncias orientais de Bizâncio. A maioria dos historiadores concorda que o Império Bizantino terminou na terça-feira, 29 de maio de 1453, quando o sultão otomano Mehmed II (1444 e 1451) conquistou Constantinopla. [25]
  • 126. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 126 ] CONCLUSÃO Este livro foi escrito para apenas trazer uma leve lembrança do que existe de riquezas no Museu de Arqueologia Bíblia da UNASP. Se tivesse que falar tudo com detalhes, não seria um livro, seria uma enciclopédia. São mais de 3 mil peças no acervos, e muitas nem estão expostas. O museu é algo vivo e está sempre se atualizando. Não recomendo visita-lo uma vez, mas várias. De tempos em tempos com certeza teremos novos elementos para conhecer. Aproveitem e ganhem aula
  • 127. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 127 ] grátis com os monitores. Todos os funcionários são muitos prestativos. Bem treinados. Aos líderes cristãos de qualquer credo, recomendo que organizem caravanas. Com certeza será edificante para a fé de todos. REFERÊNCIAS 1 - https://mab.unasp.edu.br/longa-duracao.html 2 - https://mab.unasp.edu.br/sobre.html 3 - https://encyclopedia.adventist.org/article?id=GIH1&lang=p t 4 - https://noticias.adventistas.org/pt/o-museu-de- arqueologia-biblica-e-a-historicidade-da-biblia/ 5 - https://www.revistaadventista.com.br/marcio- tonetti/destaques/tesouros-da-arqueologia-biblica/
  • 128. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 128 ] 6 - https://www.worldhistory.org/image/14775/gate-of-all- nations-persepolis/ 7 - https://www.revistaadventista.com.br/da- redacao/destaques/voluntaria-dedica-de-uma-a-duas- horas-por-dia-para-produzir-copias-manuscritas-da-biblia/ 8 - https://folhagospel.com/museu-de-arqueologia- biblica-e-inaugurado-em-sao-paulo/ 9 - https://www.worldhistory.org/trans/pt/1- 105/cuneiforme/?utm_source=whe&utm_medium=lang_p opup&utm_campaign=browser_lang_forward 10 - https://mesopotamia.mrdonn.org/toys.html 11 - https://www.penn.museum/collections/highlights/neareast/ puabi.php 12 - https://www.biblicalarchaeology.org/daily/biblical- artifacts/inscriptions/what-does-the-mesha-stele-say/ 13 - https://www.historyskills.com/classroom/ancient- history/egyptian-chariots/
  • 129. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 129 ] 14 - https://exploration.marinersmuseum.org/watercraft/egyptia n-ships/ 15 - https://www.biblicalarchaeology.org/daily/ancient- cultures/ancient-israel/does-the-merneptah-stele-contain- the-first-mention-of-israel/ 16 - https://www.spurlock.illinois.edu/exhibits/online/mummifica tion/artifacts5.html 17 - https://www.smithsonianmag.com/smart- news/ramses-II-long-lost-sarcophagus-finally-been- identified-180984441/ 18 - https://www.metmuseum.org/pt/essays/papyrus-making- in-egypt 19 - https://egymonuments.gov.eg/news/gilded- coffin-of-king-tutankhamun/ 20 - https://www.israeliarchaeology.org/%D7%AA%D7%A7%D 7%95%D7%A4%D7%95%D7%AA/the-persian- period/?lang=en
  • 130. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA [ 130 ] 21 - https://www.theoi.com/Olympios/Artemis.html 22 - https://www.ucg.ca/booklets/bible-and- archaeology-part-2/intertestamental-period-daniels- prophecies-come-pass 23 - https://warfarehistorynetwork.com/article/the- roman-gladius/ 24 - https://dannythedigger.com/caiaphas-ossuary/ 25 - https://www.worldhistory.org/Byzantine_Empire/ LISTA DE LIVROS PUBLICADOS
  • 131. TEOLOGIA Como evitar o seu suicídio Histórias absurdas da Bíblia Simbologia Bíblica Os heróis da Bíblia Os vilões da Bíblia Tanatologia Bíblica 30 conselhos do sábio Salomão 30 mensagens marcantes de Jesus Nefilins Estudo sobre o dilúvio bíblico Estudo das dez pragas do Egito Estudo do voto e Jefté Vinho na Ceia do Senhor Pastora é antibíblico 95 teses de Lutero explicadas Refutando o determinismo de Lutero Jesus era chato e antipático Parapsicologia Bíblica Dicionário de Parapsicologia Estudo sobre premonição Compêndio teológico sobre o véu Guia de Estudo Bíblico Dogmatologia Javé, o Deus da Bíblia A Triunidade de Deus Dízimo não é para o cristianismo Como fundar uma Igreja Sexologia cristã Tratado teológico sobre a barba Mulher não fala na igreja Espiritismo X Cristianismo Ilusão espírita Kardecista APOCRIFOLOGIA Livro ap. dos Jubileus Comentado Livro de Enoque com comentários Livro dos Segredos de Enoque analisado Livros de Adão e Eva Pseudo-epígrafos de Barnabé com comentários Pastor de Hermas com comentários (25) BIBLIOLOGIA Canonicidade Bíblica Comentário bíblico: Gênesis à Deuteronômio Comentário bíblico: Josué a II Crônicas Comentário bíblico Esdras a Jó Comentário bíblico – Salmos Comentário bíblico – Provérbios a Cantares Comentário bíblico – Profeta Isaias Comentário bíblico – Jeremias e Lamentações Comentário bíblico - Ezequiel
  • 132. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 132 ] Os quatro livros biográficos de Jesus Comentário bíblico – Ev. de Mateus Comentário bíblico – Ev. de Marcos Comentário bíblico – Ev. De Lucas Comentário bíblico – Ev. De João Atos dos apóstolos Explicado Atos dos apóstolos Comentado e Ilustrado Comentário Bíblico – Carta aos Romanos Primeira Carta aos Coríntios comentada Estudo da 1ª carta aos Coríntios Primeira epístola de Pedro com comentários Epístola de Tiago com comentários Apocalipse comentado A Septuaginta DEMONOLOGIA O Diabo está ao seu lado Lugares amaldiçoados 30 lugares sinistros HAMARTIOLOGIA O pecado da sensualidade ESCATOLOGIA Arrebatamento pré-tribulacionista Juízo Final O Fim do Mundo 41 ÉTICA Bebida alcoólica não é pecado Como se vestem os santos Você é invejoso, entenda isso Salto alto faz mal e é pecado GEOGRAFIA BÍBLICA Hotéis no Oriente Médio Cidade do Cairo no Egito Caná da Galileia Via Dolorosa Mar da Galileia Grande Esfinge do Egito As pirâmides do Egito O Mar Vermelho Monte das Oliveiras Belém, onde nasceu Jesus O Jardim do Éden na Bíblia Basílica da Natividade em Belém Sinai, o monte de Deus O exótico Mar Morto Jericó, a cidade mais antiga do mundo Monte Carmelo e o profeta Elias Mênfis, no Egito Barreira israelense na Cisjordânia Rio Nilo no Egito PATROLOGIA
  • 133. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 133 ] Apologia de Justino de Roma com comentários Cartas de Inácio de Antioquia ilustradas e comentadas Vida de Antão com comentários Clemente de Roma De Trinitate de Agostinho com comentários As vestimentas na Igreja Primitiva - Tertuliano Hexamerão de Ambrósio ilustrado e explicado Ambrósio de Milão, ilustrado e comentado Didascalia Apostolorum com comentários DEVOCIONÁRIO E SERMÕES Cristo e eu de C Spurgeon A imitação de Cristo de Tomás de Kempis com comentários O peregrino de John Bunyan ilustrado e explicado Experimentando Jesus através da Oração (com comentários) – Madame Guyon Pecadores nas mãos de um Deus irado comentado Autoridade Espiritual com comentários Motivos para agradecer TANATOLOGIA O céu é de verdade com comentários Uma prova do céu – analisado Vida após a vida com comentários COLEÇÃO DO EX-PADRE ANIBAL PEREIRA DOS REIS Será que o crente pode perder a salvação? Comentada Senhora Aparecida com comentários Essas Bíblias católicas [com comentários] A virgem Maria [com comentários] A imagem da Besta [com comentários] Anchieta, santo ou carrasco? [com comentários] As aventuras do cardeal [com comentários] A guarda do sábado [com comentários] O cristão e o seu corpo {com comentários] Será que todas as religiões são boas? [Com comentários] A Senhora de Fátima [com comentários]
  • 134. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 134 ] O mais importante sinal da vinda de Cristo [com comentários] Cartas ao Papa João Paulo II [com comentários] O Diabo [com comentários] Crente leia a Bíblia! [Com comentários] A Missa [com comentários] Pedro nunca foi Papa! [com comentários] O Vaticano e a Bíblia com comentários COLEÇÃO REFLEXÕES DO ESCRIBA DE CRISTO Reflexões vol 1, Reflexões vol 2 Reflexões vol 3, Reflexões vol 4 Reflexões vol 5 Reflexões vol 6 CIÊNCIAS ESPACIAIS Mitologia sobre o planeta Marte Missões ao planeta Marte ISS – Estação Espacial Internacional – Maravilha de Deus Terra plana dos insensatos Terra Plana e os satélites geoestacionários Terra Plana e os ônibus espaciais Os astronautas e a terra plana Ciências X Terra Plana Globo X Terra Plana – Volume 1 Globo X Terra plana – Volume 3 Globo X Terra plana – Volume 3 Globo X Terra Plana – 100 lições CIÊNCIAS NATURAIS Os Escochatos Catálogo de mineralogia Ricardo Felício e o aquecimento Global Cactos e suculentas, maravilhas de Deus Biologia, O mito da Evolução Baleias, maravilhas de Deus A sabedoria das formigas Formigas, maravilhas de Deus Pôr do sol, maravilha de Deus Abelha sem ferrão, maravilha de Deus As palmeiras, maravilhas de Deus Orquídeas, maravilhas de Deus Camelos e dromedários, maravilhas de Deus 101 maravilhas de Deus, Volume 1 101 maravilhas de Deus, Volume 2 101 maravilhas de Deus, Volume 3 101 maravilhas de Deus, Volume 4 101 maravilhas de Deus, Volume 5 101 maravilhas de Deus, Volume 6 101 maravilhas de Deus. Volume 7 101 maravilhas de Deus, Volume 8
  • 135. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 135 ] Botânica Bíblica Produção de plantas GASTRONOMIA Licores, maravilhas da humanidade SAÚDE PÚBLICA Medicina Psicossomática Doenças na Humanidade História das pandemias Pestes na Antiguidade Tratamentos contra a Covid-19 Coronavírus e a histeria coletiva Coronavírus e a imunidade Coronavírus e as causas de morte Revolta da Vacina e o Coronavírus Coronavírus – Isolamento ou distanciamento? Coronavírus e os efeitos econômicos Virologia do Coronavírus 9 de abril de 2020 – pico do coronavírus Coronavírus – Conspiração Chinesa Coronavírus e o plano chinês Coronavírus em cada nação Coronavírus e suicídio UFOLOGIA Eram os deuses astronautas (Com anotações) A Bíblia da Ufologia DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ COLEÇÃO: MENTES BRILHANTES Guilherme Fiúza, mente brilhante Rodrigo Constantino, mente brilhante Augusto Nunes – mente brilhante Allan dos Santos – mente brilhante Luciano Hang – mente brilhante Roberto Jefferson – mente brilhante Alexandre Garcia, mente brilhante Olavo de Carvalho, mente brilhante Bernardo Küster, mente brilhante Caio Coppolla, mente brilhante Deltan Dallagnol, mente brilhante Gustavo Gayer, mente brilhante Adrilles Jorge, mente brilhante Magno Malta, mente brilhante ESTADOS UNIDOS
  • 136. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 136 ] Governo Glorioso de Donald Trump CONSERVADORISMO Deus é Conservador e o Diabo é progressista ESQUERDA Os tentáculos malignos da Esquerda JUDICIÁRIO Ministro Gilmar Mendes, o juiz iníquo CORRUPÇÃO Planilha de propina da Odebrecht explicada SERIE: LULA Os amigos de Lula Todos os telefones do presidente Lula Lula e o caso do triplex 21 Lula X ACM SÉRIE BOLSONARO Jair Bolsonaro, presidente do Brasil Bolsodória – o perfil de mau caráter Bolsonaro X João Dória Bolsonaro – traidor da Direita SÉRIE: Presidente Moro 2022 – O caso do triplex - Sigilo telefônico do Lula COMUNISMO As mentiras comunistas sobre o Regime Militar Comunismo em Cuba Genocídio Comunista no Camboja U.N.E. – A serviço do comunismo Utopia da Igualdade PARTIDO DOS TRABALHADORES [PT] Memorial criminoso do PT – Volume I Memorial criminoso do PT – Volume II PT X Cristianismo NAZISMO Minha Luta de Adolf Hitler com comentários O lado bom do nazismo DEMOCRACIA Como Vladimir Putin elimina opositores Liberdade e democracia de Mentira O fracasso da democracia
  • 137. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 137 ] GEOPOLÍTICA A China e o Anticristo OMS à serviço da China Antissemitismo na Alemanha pré- nazista Estatuto do Hamas com comentários COMUNICAÇÃO A Era das Fake News Globolixo em charge Globovírus FEMINISMO Homem é cabeça da mulher Deus é machista 36 CIÊNCIA MILITAR Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários A arte da Guerra com comentários DIREITO Direito Divino ao Trabalho Direito Divino a Legítima Defesa O instituto divino da Pena de Morte ESCRIBA DA HISTÓRIA ARTE E LITERATURA Refutando Os Protocolos dos Sábios de Sião O Talmud Desmascarado [analisado] A vitória do judaísmo sobre o germanismo com comentários. 1984 de George Orwell ilustrado e comentado Jesus segundo os artistas As pinturas de Benedito Calixto As pinturas de Akiane Kramarik Pinturas de Caravaggio As músicas diabólicas de Raul Seixas Hamlet de Shakespeare com comentários A arte poética de Aristóteles comentada Minha Luta de Adolf Hitler com comentários O Guarani, ilustrado e comentado A Revolução dos Bichos comentada e ilustrada A Guerra dos Mundos – Livro I com comentários A Guerra dos Mundos – Livro II HISTÓRIA Castelo de Robson Miguel Cronologia de perseguições aos judeus – Volume 1 [do início ao século XIX] Cronologia de perseguições aos judeus – Volume 2 [séc XX e XXI] Guerras e crimes contra Israel
  • 138. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 138 ] Igreja do Embaré em Santos Código Hamurabi e a Lei de Moisés Introdução à Arqueologia Egiptologia Bíblica Museu de Arqueologia Bíblica Museu Egípcio do Cairo Museu Egípcio de Curitiba Museu do Automóvel de Curitiba Museu Mazzaropi Museu do Brinquedo de Pomerode História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia História do Universo comentada História do Cristianismo comentada História da cidade de Jerusalém Jerusalém na Bíblia O anjo de quatro patas A Epopéia de Gilgamesh O livro dos Mártires com comentários Dragões existiram História de Itabaiana História da Ferrovia HISTÓRIA ECLESIÁSTICA O que é Igreja Católica Romana? Finanças da Igreja Católica Entenda a CCB – Volume I Entenda a CCB – Volume II História da Igreja Deus é Amor A cúpula do Vaticano é homossexual BIOGRAFIA Jacó em férias de 2022 Maria de Lourdes – Mulher coragem Cronologia da Vida do apóstolo Paulo Vida de Antão com comentários Vida de Constantino comentada capítulo a capítulo David Ben-Gurion – Herói de Israel Galileu Galilei X Igreja Católica Lutero era antissemita GEOGRAFIA Balneário Camboriú no Brasil Dubai, maravilha da humanidade Vila Inglesa de Paranapiacaba Cidade de Paraty no Brasil AVIAÇÃO Os acidentes aéreos no Brasil Aeroporto Guarulhos, maravilha da humanidade Aeroporto de Tel-Aviv, maravilha da humanidade Airbus A380, maravilha da humanidade CIÊNCIAS SOCIAIS Acumuladores
  • 139. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 139 ] Os quatro temperamentos Educação Financeira Como ser feliz Onde estão as moedas [com comentários] Controle Populacional ou o caos O Estado Judeu de Israel Os beduínos na Bíblia e hoje COLEÇÃO SERVOS DE DEUS Apóstolo Rina e a Igreja Bola de Neve Jerônimo de Belém da Judéia Charles Finney –Vol 1 Charles Finney – Vol 2 FILOSOFIA Anticristo de Nietzsche comentado ACADEMIA DE POLÍCIA CIÊNCIAS POLICIAIS A perigosa vida de travestis Escrivão de Polícia é cargo técnico científico Manual de Necropsia Plantão policial Ocorrências Policiais Sátiras Policiais Anedotas policiais HERÓIS DA POLÍCIA Sargento Tonny Santos – Herói... Gabriel Monteiro – Herói da p... Coronel Telhada – Herói da p... EM OUTROS IDIOMAS Guide Study Bible [Ingles] Creationist Biology vol 1 {inglês} Creationist Biology vol 2 {inglês} Creationist Biology vol 3 {inglês} Creationist Biology vol 4 {inglês] Creationist Biology vol 5 {inglês] Diary Christopher Columbus (Inglês) Alcoholic drink is not sin (Inglês) The Dress in the early church (Inglês) Biology, the myth of Evolution (Inglês) The Four-legged Angel (Inglês) Life of Constantine (Inglês) Last Judgment (inglês) ArchéologieBiblique (Francês) Biologie, le mythe de l’evolution La dîme n’est pas pour le chritianisme Guide d’etude biblique [Francês] Juicio Final (Espanhol) Guia de estudio de la Biblia Paranormalidad en la Biblia Indossare il velo (Italiano)
  • 140. LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS [ 140 ] Guida allo studio della Bibbia La decima non è per il crestianesimo Leitfaden zum Bibelstudium [German] 生物学–進化の神話 (Japonês) ‫دليل‬ ‫دراسة‬ ‫الكتاب‬ ‫المقدس‬ [arabe] Biblia Studa Gvidilo [Esperanto] Gids Voor Bijbelstudie [Holandês] Bybelstudiegids [Afrikkaner] गाइड स्टडी बाइबल [Hindi] 什一税不适合基督教 [dízimo – chinês] HEBRAICO ‫חוק‬ ‫הערות‬ ‫עם‬ ‫חמאס‬ [Estatuto do Hamas comentado] ‫מכשול‬ ‫ישראלי‬ ‫בגדה‬ ‫המערבית‬ [Barreira Israelense na Cisjordânia] ‫דוד‬ ‫בן‬ ‫גוריון‬, ‫גיבור‬ ‫ישראל‬ [David Bem- Guiron – Herói de Israel] 368 livros publicados Pseudônimo que uso: Escriba de Cristo O Peregrino Cristão Central de Ensinos Bíblicos O Biógrafo O Biólogo O Crítico Escriba da História O Eremita O Historiador Direita Conservadora Cristã Academia de Polícia