32 revista incluir
Por: Adilson Randi
Foto: Rafael Prado
vale saber
vale saber
A
musicoterapia é a utilização da música e de
seus elementos a fim de atender as necessi-
dades  físicas,  emocionais, intelectuais,  so-
ciais e cognitivas do paciente. O musicoterapeuta bus-
ca desenvolver potenciais para que as pessoas possam
alcançar melhor qualidade de vida, por meio de pre-
venção, reabilitação ou tratamento. É uma terapia que
tenta reabrir os canais de comunicação entre o pacien-
te e o mundo ao seu redor.
É indicada para pessoas que possuam deficiências
motoras, fobias, Transtorno Obsessivo Compulsivo
(TOC), autismo, síndromes genéticas, paralisia cere-
bral, dislexia, déficit de atenção, hiperatividade, defi-
ciência visual e auditiva, gestantes e idosos. Tudo por-
que a música tem a capacidade de afetar e estimular
o cérebro de várias maneiras. Ela pode ser capaz de
regular o movimento através do ritmo, o humor, esti-
mular as reações emocionais, melhorar a memória e a
coordenação de movimentos.
“A musicoterapia trabalha com a emoção. Com o
uso da música, há uma resposta corporal, gestual e não
verbal que demonstra o sentimento mais facilmente”,
explica a musicoterapeuta Ana Maria Lobato.
Ana Maria possui um consultório em Juiz de Fora,
interior de Minas Gerais, onde atende jovens e adul-
tos. Desde 2003, a musicoterapeuta desenvolve seu
trabalho em um ambiente lúdico e acolhedor. Utiliza
recursos como CDs, instrumentos musicais, vozes e
ruídos para estimular o desenvolvimento cerebral
do paciente. Ela explica que cada som é
capaz de produzir uma reação diferen-
te em cada indivíduo, e cada pessoa
percebe a música de acordo com
a sua formação, cultura e perso-
nalidade. “O canto gregoriano é
ótimo para relaxar, induz à re-
flexão, assim como Bach. A valsa
ativa a memória. O compasso do
estilo é como o ritmo da batida do
coração. A cantiga de ninar estimu-
la as lembranças iniciais. A música
clássica tem uma sonoridade bem
harmônica, ela cria uma ponte
com o lado intelectual”, explica
a musicoterapeuta.
Há 8 anos, Ana Maria de-
senvolve esse trabalho com
Thiago Arruda, 26 anos,
que tem síndrome de
Down. Segundo a profis-
Estimulando a reabilitação
com a música
Musicoterapia utiliza instrumentos musicais para estimular
o desenvolvimento cerebral do paciente

Musicoterapia

  • 1.
    32 revista incluir Por:Adilson Randi Foto: Rafael Prado vale saber vale saber A musicoterapia é a utilização da música e de seus elementos a fim de atender as necessi- dades  físicas,  emocionais, intelectuais,  so- ciais e cognitivas do paciente. O musicoterapeuta bus- ca desenvolver potenciais para que as pessoas possam alcançar melhor qualidade de vida, por meio de pre- venção, reabilitação ou tratamento. É uma terapia que tenta reabrir os canais de comunicação entre o pacien- te e o mundo ao seu redor. É indicada para pessoas que possuam deficiências motoras, fobias, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), autismo, síndromes genéticas, paralisia cere- bral, dislexia, déficit de atenção, hiperatividade, defi- ciência visual e auditiva, gestantes e idosos. Tudo por- que a música tem a capacidade de afetar e estimular o cérebro de várias maneiras. Ela pode ser capaz de regular o movimento através do ritmo, o humor, esti- mular as reações emocionais, melhorar a memória e a coordenação de movimentos. “A musicoterapia trabalha com a emoção. Com o uso da música, há uma resposta corporal, gestual e não verbal que demonstra o sentimento mais facilmente”, explica a musicoterapeuta Ana Maria Lobato. Ana Maria possui um consultório em Juiz de Fora, interior de Minas Gerais, onde atende jovens e adul- tos. Desde 2003, a musicoterapeuta desenvolve seu trabalho em um ambiente lúdico e acolhedor. Utiliza recursos como CDs, instrumentos musicais, vozes e ruídos para estimular o desenvolvimento cerebral do paciente. Ela explica que cada som é capaz de produzir uma reação diferen- te em cada indivíduo, e cada pessoa percebe a música de acordo com a sua formação, cultura e perso- nalidade. “O canto gregoriano é ótimo para relaxar, induz à re- flexão, assim como Bach. A valsa ativa a memória. O compasso do estilo é como o ritmo da batida do coração. A cantiga de ninar estimu- la as lembranças iniciais. A música clássica tem uma sonoridade bem harmônica, ela cria uma ponte com o lado intelectual”, explica a musicoterapeuta. Há 8 anos, Ana Maria de- senvolve esse trabalho com Thiago Arruda, 26 anos, que tem síndrome de Down. Segundo a profis- Estimulando a reabilitação com a música Musicoterapia utiliza instrumentos musicais para estimular o desenvolvimento cerebral do paciente