O BARROCO
BARROCO: ORIGENS
 O Barroco foi um período estilístico e filosófico da
História da sociedade ocidental, ocorrido durante os
séculos XVI e XVII (Europa), inspirado no fervor
religioso da Contra Reforma, por isso mesmo nasce
em Roma. O termo Barroco advém da palavra
portuguesa homónima que significa "pérola
imperfeita”.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

• Embora tenha o Barroco assumido diversas
  características ao longo de sua história, seu
  surgimento está intimamente ligado à Contra-
  Reforma. A arte barroca procura comover
  intensamente o espectador. Nesse sentido, a Igreja
  converte-se numa espécie de espaço cénico, num
  teatro onde são encenados os dramas.
• Contrariamente à arte do Renascimento, que pregava
  o predomínio da razão sobre os sentimentos, no
  Barroco há uma exaltação dos sentimentos, a
  religiosidade é expressa de forma dramática, intensa,
  procurando envolver emocionalmente as pessoas.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

• De certa maneira, assistimos a uma retomada do
  espírito religioso e místico da Idade Média, numa
  espécie de ressurgimento da visão teocêntrica do
  mundo. E não é por acaso que a arte barroca nasce em
  Roma, a capital do catolicismo.
• O ênfase que a arte Barroca deu à grandiosidade é vista
  como um reflexo do absolutismo.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
• Arte de Fusão (da arquitectura, escultura, da
  pintura e da ornamentação) visível em igrejas e
  palácios e na organização de festividades
  enriquecidas com músicas e dança;
• Desejo de solenidade (absolutismo);
• Dinamismo (movimento);
• Gosto pelo contraste, antíteses;
• Novos temas: a apoteose, o retrato de estado; a
  paisagem; pintura de género, naturezas mortas
  e caricaturas;
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
• Gosto do excesso/horror ao vazio;
• Teatralidade/Dramatismo;
• Contraste com o Renascimento (decoro,
  geometria, idealismo);
• Gosto pelo cómico e pelo ridículo;
• Bozzeto (pequena pintura executada à maneira de esboço como
  esquema preparatório);
• Gosto pelas Ilusões (trompe l`oeil);
• Realismo posto na exploração, do trivial e do
  quotidiano.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS




                                   Velázquez, Vénus ao Espelho


 Velázquez, Anão sentado no Chão
ARQUITECTURA
  BARROCA
ARQUITECTURA BARROCA
A    arquitectura   barroca    italiana, de estilo triunfal e dinâmico,
    caracteriza-se basicamente por:
•   1º) Planta centralizada: circular, octogonal, etc., a planta
    centralizada permite boa acústica e excelente visualização do altar-
    mor;




        Igreja do Santo André ao Quirinal
ARQUITECTURA BARROCA
•   2º) Um uso dinâmico e exagerado de formas clássicas (os muros
    são trabalhados como esculturas) e uso de curva e contracurva nas
    fachadas dos edifícios (movimento);




    Guarino, Guarini, Palácio Carignano
                                          F. Borromini, cúpula de S. Carlo alle
                                                   Quattro Fontane
ARQUITECTURA BARROCA
• 3º) Efeitos ópticos deslumbrantes e enganadores no
  interior dos edifícios, especialmente em cúpulas.




   F. Borromini, cúpula de S. Carlo alle
   Quattro Fontane
ARQUITECTURA BARROCA:
   ILUSÕES ÓPTICAS




 Pietro Cortona, Glorificação do Pontificado de Urbano VIII
ARQUITECTURA BARROCA
• 4º) uso de elementos novos como colunas torsas
  (helicoidais ou salomónicas) e de esculturas sobre arcos
  e tímpanos;




            Baldaquino, elaborado por
            Bernini
BALDAQUINO DE S. PEDRO
•   Realizado em bronze dourado,
    mármore e madeira; mede 29 m
    de altura. É um dossel para cobrir
    o altar maior;
•      Um templo dentro do templo,
    trata-se da primeira encomenda
    do papado a Bernini;
•      A genialidade desta obra de
    Bernini está no seu carácter
    gigantesco e espectacular que
    busca o contraste (cor escura face
    ao branco das colunas, o
    movimento      elíptico  face    à
    linearidade das colunas, no
    entanto, integra-se no conjunto:
    convida a valorizar a obra de
    Miguel Ângelo (a cúpula do
    espaço central).

                                         Bernini, Baldaquino, Roma
URBANISMO BARROCO
                                  •    A grande obra arquitectónica
                                      de Bernini é a colunata da
                                      Praça de S. Pedro do
                                      Vaticano.    A    monumental
                                      basílica necessita de um
                                      padrão adequado para a
                                      recepção das peregrinações.
                                      Bernini     concebe      duas
                                      colunatas gigantescas que
                                      avançam     para   os    fiéis,
                                      abraçando-os e conduzindo-os
                                      para o templo. A altura
                                      variável das colunas realça a
Colunata elaborada por Bernini.       perspectiva da cúpula de
                                      Miguel Ângelo e confere ao
                                      conjunto uma formosa ordem
                                      teatral.
CONCLUINDO...
• Cria grandes fachadas e cúpulas altas, de
  formas dinâmicas e onduladas, onde o jogo de
  luz-sombra é acentuado;
• É povoada por colunas de ordem colossal,
  algumas vezes torsas, que anulam os efeitos de
  harmonia implantados no renascimento;
• Convive graciosamente com as esculturas, que
  abundam em arcos, frontões e tímpanos;
• Enfim, a arquitectura barroca possui um alto
  valor cenográfico.
A ESCULTURA
  BARROCA
A ESCULTURA BARROCA
•   Intenso dramatismo;
•   Exuberância das formas;
•   Expressões      teatrais   e
    movimento;
•   Na Itália, destacou-se o
    trabalho de Bernini;
•   A escultura barroca teve um
    importante     papel     no
    complemento               da
    arquitectura,    tanto    na
    decoração interior como
    exterior;
•   A estatuária habitual era
    composta por anjos, santos,
    virtudes cristãs, alegorias
    mitológicas;
                                   Bernini, Êxtase de Santa Teresa
A ESCULTURA BARROCA
                         •   Realismo;
                         •   Destacam-se as expressões
                             faciais e as características
                             individuais, cabelos, músculos,
                             panejamentos, etc;
                         •   As estátuas equestres, típicas
                             neste período, relacionam-se
                             com a imagem triunfal do herói,
                             geralmente       o     monarca
                             absolutista;
                         •   Os materiais utilizados eram
                             muito diversos. Sendo os mais
                             habituais o bronze dourado, o
                             mármore       e    a   madeira
                             policromada.



Apolo e Dafne, Bernini
Outros Exemplos...
•   Este trabalho, feito em bronze,
    foi a primeira estátua equestre
    realizada em Portugal;
•   O rei, vestindo uma capa e um
    elmo de plumas, monta um
    magnífico cavalo que pisa as
    serpentes da ignorância. Esta
    é talvez a alegoria mais
    pungente      deste    conjunto
    equestre;
•   Modelo copiado: a estátua
    equestre de Luís XIV em
    Versailles.


                                      Estátua de S. José. Autoria de
                                       Joaquim Machado de Castro
CONCLUINDO...
• A escultura religiosa católica serviu os propósitos
  contrarreformistas e, nesse sentido, desenvolveu
  programas iconográficos que glorificavam os santos
  mártires e as virtudes cristãs;
• Outra linha de produção destacava a imagem heróica
  dos grandes, em estátuas funerárias ou equestres, na
  tradição clássica recuperada pelo Renascimento;
• As alegorias são típicas das composições deste período:
  personificações de valores e de ideias (como a Justiça,
  a Morte ou o Tempo);
• A escultura assume um valor teatral e cenográfico, com
  efeitos dramáticos e exuberantes, com linhas
  movimentadas e expressões sentimentais.
A PINTURA
BARROCA
CARACTERÍSTICAS
       DA PINTURA BARROCA
• A pintura barroca em Itália, tal como a escultura,
  seguiu os condicionalismos religiosos e
  obedeceu      a    um      objectivo   ideológico
  contrarreformista. Este tipo de pintura foi
  divulgado em parte noutros países católicos
  como a França, a Espanha e Portugal.
• Assim, os temas iconográficos principais são:
  anjos, santos, martírios, a Virgem Maria e Cristo
  na Cruz, a Morte e o Pai Tempo (Vanitas).
• Estes temas sugerem piedade, devoção,
  emoção e êxtase.
A PINTURA BARROCA
• Utilização de cores intensas;
• Jogo de luz e sombras para dar a noção de
  profundidade;
• Movimento;
• Forte expressão de sentimentos/dramatismo;
• Composições assimétricas na diagonal;
• Naturezas–mortas.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA
        PINTURA BARROCA
•   Se      revela    num       estilo
    grandioso,         monumental,
    retorcido,     substituindo      a
    unidade geométrica e o
    equilíbrio do renascimento;
•   Acentuado contraste de claro-
    escuro,      expressando       os
    sentimentos - era um recurso
    que visava intensificar a
    sensação de profundidade;
•   Realista, abrangendo todas as
    camadas sociais;


                                         Caravaggio, S. João Baptista
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA
    PINTURA BARROCA
             •   Escolha de cenas no seu
                 momento de maior intensidade
                 dramática;
             •   A luz não aparece por um
                 meio    natural,  mas     sim
                 projectada para guiar o olhar
                 do     observador    até    o
                 acontecimento principal da
                 obra, como acontece na obra
                 ao lado, S.Mateus e o Anjo
                 (c.1602) de Caravaggio;
             •   Podemos citar como exemplos
                 de      artistas    barrocos:
                 Caravaggio,           Rubens,
                 Rembrandt, Velázquez, Vermeer
                 e El Grego.
...ainda Caravaggio...
•   Caravaggio tomava emprestada
    a imagem de pessoas comuns
    das ruas de Roma para retratar
    Virgem Maria e os Apóstolos.
•   Caravaggio levou este princípio
    estético        às       últimas
    consequências, a ponto de ter
    sido acusado de usar o corpo
    de uma prostituta colhida morta
    do rio Tibre para pintar a Morte
    da Virgem. Esta foi uma das
    duas      mais      importantes
    características    das      suas
    pinturas: retratar o aspecto
    mundano dos eventos bíblicos
    usando o povo comum das ruas
    de Roma.


                                       A Morte da Virgem, (1601-06)
                                         Museu do Louvre, Paris
...ainda Caravaggio...
                                 •   A      outra      característica
                                     marcante foi a dimensão e
                                     impacto realista que deu aos
                                     seus quadros ao usar um
                                     fundo sempre raso, obscuro,
                                     muitas vezes totalmente negro
                                     e agrupar a cena em primeiro
                                     plano com focos intensos de
                                     luz    sobre    os    detalhes,
                                     geralmente os rostos. Este uso
                                     de sombras e luz é um dos
                                     aspectos mais marcantes nos
                                     seus quadros. Os efeitos de
                                     iluminação que Caravaggio
                                     criou receberam um nome
Crucificação de S. Pedro             específico: tenebrismo.
(1600-01), igreja de Stª Maria
del Popolo, Roma
Rubens
• Dramatismo;
• Contraste claro/escuro;
• Cores quentes;
• Movimento




                            Rubens, A Descida da Cruz
Diego Velázquez
                        • Gosto pelo comum;
                        • Realismo;
                        • Contraste de cor e
                          luz;
                        • Cores quentes;
                        • Gosto          pelas
                          tabernas, adegas.



O vendedor de Água de
       Sevilha
Rembrandt




Rembrandt, A Ronda da Noite
Rembrandt
• Titulo Original: “Esboço da Pintura da Grande Sala of
  Cleveniers Doelen, no qual o jovem Heer van
  Purmerlandt, como capitão, ordena ao seu tenente, Heer
  van Vlanderdingen, que leve a companhia para fora;
• Retrato de grupo;
• O quadro é construído a partir de retratos «tipos»
  individuais;
• Rembrandt mostra o seu virtuosismo através do uso do
  contraste de cor;
• Sentido de celebração;
Rembrandt




Rembrandt, Lição de Anatomia   Rembrandt, A cegueira de Sansão
Rembrandt
•   Realismo;
•   Representação fiel dos objectos;
•   Expressão do movimento e do patético;
•   Grande preocupação com o tratamento da
    luz e cor.
VERMEER
                     • Pintura de Interiores
                       (Característica   própria   da   pintura
                       holandesa);

                     • Cenas Íntimas;
                     • Soberba técnica de
                       desenho (realismo);
                     • Perspectiva;
                     • Soberbo domínio de
                       luz;
                     • Harmonia Cromática.
Vermeer, A Cozinha
NATUREZAS-MORTAS
• Os compradores de Arte
  holandeses         preferiam
  paisagens, naturezas-mortas
  e cenas do dia-a-dia.
• Preocupação com a luz
  sobre os objectos;
• Representação      da
  beleza dos objectos,
  captados num dado
  momento.


                                 Willem Kalf, Natureza-morta
NICOLAS POUSSIN - FRANÇA
                          • Mostra       influências
                            renascentistas
                            (paisagem e coluna
                            dórica);
                          • Sínte     se     música
                            celestial e terrena;
                          • Grande trabalho de
                            cor e luz.


 Poussin, Santa Cecília
Finalmente, e por conclusão:
• Caravaggio retomou uma linha realista de
  produção, dando atenção aos pormenores
  naturais e a modelos populares;
• Desenvolveu um jogo de luz e sombra muito
  intenso, que o caracterizou e que criou a escola
  tenebrista na pintura;
• Essa técnica permitiu-lhe um valor espiritual
  acrescentado nos temas religiosos que
  trabalhou;
• O dramatismo das suas obras serviu
  magnificamente os propósitos da Igreja
  Católica.
O BARROCO
    EM
PORTUGAL
O BARROCO EM PORTUGAL
• Uso     de     Talha
  Dourada;
• Azulejaria que cobre
  grandes espaços;
• Principais arquitectos:
  Ludovice e Nasoni
O BARROCO EM PORTUGAL




 Ludovice, Palácio de Mafra   Nasoni, Solar S. Mateus
O BARROCO EM PORTUGAL




Biblioteca da Universidade de Coimbra
                                        Nasoni, Torre dos
                                            Clérigos
O BARROCO EM PORTUGAL




Talha Dourada, Igreja de Sta. Clara,   Talha Dourada, Igreja de Sta. Clara
              Porto

Mais conteúdo relacionado

DOC
Ficha "A Cultura do Palco"
PPT
Escultura barroca
PPTX
Cultura do salao
PPT
Barroco em portugal
PDF
Pintura barroca
PPTX
Cultura do Palco - Barroco em Portugal
PPT
A cultura do palacio
PPT
Arquitetura barroca
Ficha "A Cultura do Palco"
Escultura barroca
Cultura do salao
Barroco em portugal
Pintura barroca
Cultura do Palco - Barroco em Portugal
A cultura do palacio
Arquitetura barroca

Mais procurados (20)

PPT
O Barroco
PDF
A Arte Rococó
PPT
Barroco ou barrocos
PPT
O barroco em frança
PDF
A cultura do palco
PDF
Exame mod 3 2 taar
PPT
Arquitetura românica
PPTX
Impressionismo
PPTX
A cultura do cinema
PDF
Módulo 5 - Pintura Renascentista
PDF
Arte Barroca
PPTX
Módulo 4 - Pintura Gótica
PPTX
Cultura do Mosteiro - Escultura Românica
PPTX
Arquitetura no Renascimento
PPT
Escultura e pintura românica
PPT
O Barroco
PPT
Rococó
PPSX
Real Edificio De Mafra
PPTX
Arte barroca
PPTX
Módulo 6 pintura barroca
O Barroco
A Arte Rococó
Barroco ou barrocos
O barroco em frança
A cultura do palco
Exame mod 3 2 taar
Arquitetura românica
Impressionismo
A cultura do cinema
Módulo 5 - Pintura Renascentista
Arte Barroca
Módulo 4 - Pintura Gótica
Cultura do Mosteiro - Escultura Românica
Arquitetura no Renascimento
Escultura e pintura românica
O Barroco
Rococó
Real Edificio De Mafra
Arte barroca
Módulo 6 pintura barroca
Anúncio

Destaque (10)

PPS
Urbanismo barroco
PPT
Arquitetura Barroca
PPT
O barroco francês
PPTX
Arquitetura barroca - História da Arte
PDF
Arquitetura barroca
PPT
Palácio de Versalhes
PPT
Arte Barroca Arquitectura
PPT
Arquitectura barroca
PPT
Cultura do palco
PPTX
Cultura do espaço virtual
Urbanismo barroco
Arquitetura Barroca
O barroco francês
Arquitetura barroca - História da Arte
Arquitetura barroca
Palácio de Versalhes
Arte Barroca Arquitectura
Arquitectura barroca
Cultura do palco
Cultura do espaço virtual
Anúncio

Semelhante a O barroco (20)

PPT
F4 A Arte Barroca
PDF
Barroco Europeu
PDF
2º ano. historia da arte pdf
PPTX
Braga Barroca
PPTX
Barroco 2020
PDF
11 pp barroco_8a
PPTX
5 arte cristã primitiva
PPSX
5. cultura do palácio - o maneirismo.ppsx
PPTX
Maneirismo
PPT
Arte barroca slides 33
PPT
Arte barroca 2
PPTX
História da Arte - Barroco
PPTX
Barroco
PPTX
Barroco
PPSX
Conhecendo a arte barroca
PPTX
Filme - Anjos e demônios - obra santa teresa em êxtase - bernini
PPT
Arte Gótica 1.1
PPTX
Arte e pintura barroca catarina e cristiana 11ºh
PPTX
Arte barroca Arte barroca Arte barroca Arte barroca
PPS
Barroco
 
F4 A Arte Barroca
Barroco Europeu
2º ano. historia da arte pdf
Braga Barroca
Barroco 2020
11 pp barroco_8a
5 arte cristã primitiva
5. cultura do palácio - o maneirismo.ppsx
Maneirismo
Arte barroca slides 33
Arte barroca 2
História da Arte - Barroco
Barroco
Barroco
Conhecendo a arte barroca
Filme - Anjos e demônios - obra santa teresa em êxtase - bernini
Arte Gótica 1.1
Arte e pintura barroca catarina e cristiana 11ºh
Arte barroca Arte barroca Arte barroca Arte barroca
Barroco
 

Mais de HCA_10I (13)

PPT
Neoclassicismo
PPTX
lumininsmo a revolução científica e o iluminismo na europa
PPT
Como interpretar uma obra de arte
PPTX
Renascimento
PPT
Gotico introducao
PPT
Cultura na idade média
PPTX
O Império Romano
PPT
Arte Grega
PPTX
Grecia geral
PPTX
Arte
PDF
Prog. hist. cult. artes
PDF
Planificacao geral
PDF
Criterios avaliacao
Neoclassicismo
lumininsmo a revolução científica e o iluminismo na europa
Como interpretar uma obra de arte
Renascimento
Gotico introducao
Cultura na idade média
O Império Romano
Arte Grega
Grecia geral
Arte
Prog. hist. cult. artes
Planificacao geral
Criterios avaliacao

Último (20)

PDF
historia-e-geografia-do-amapa.pdf slides
PDF
ENTREVISTA-PROCESSO-SELETIVO-idc8j5.pdf 1
PPTX
6o-ano-09-civilizacao-grega.pptxhistoriaantiga
PPT
Os Grandes Períodos Históricos UESC 2009.1
PDF
_Filosofia_-_SLIDES___questões.pdf.pptx (3).pdf
PDF
projeto 5 Em movimento Ciencias Humanas.pdf
PDF
Educacao_Contempranea_educação paulo freire
PDF
APOSTILA PARA FORMAÇÃO E RECICLAGEM DE VIGILANTES.pdf
PDF
Poema Minha Pátria. Análise e compreensão do poema
PDF
Caderno do Futuro 1º Ano CIÊNCIAS Aluno.pdf
PPTX
OFICINA LINGUA PORTUGUESA9ANOFUNDAM.pptx
PDF
Solucões-inovadoras-para-reduzir-desigualdades-educacionais (2).pdf
PPTX
CIPA+-++Mapa+de+Risco-1.pptx levantamento
PPTX
Slides Lição 9, CPAD, Uma Igreja que se Arrisca, 3Tr25.pptx
PDF
639039693-CURSO-DE-PORTUGUES-Prof-Deivid-Xavier.pdf
PPTX
introdução a informatica e suas peculiaridades
PPTX
Aula 2 (Citologia).pptxlllllllllllllllllllllllll
PDF
SLIDES da Palestra Da Educação especial para Educação Inclusiva.pdf
PPTX
A enfermagem voltada aos adultos portadores de sindrome de down
PDF
Mudanças Climáticas. Texto e atividade
historia-e-geografia-do-amapa.pdf slides
ENTREVISTA-PROCESSO-SELETIVO-idc8j5.pdf 1
6o-ano-09-civilizacao-grega.pptxhistoriaantiga
Os Grandes Períodos Históricos UESC 2009.1
_Filosofia_-_SLIDES___questões.pdf.pptx (3).pdf
projeto 5 Em movimento Ciencias Humanas.pdf
Educacao_Contempranea_educação paulo freire
APOSTILA PARA FORMAÇÃO E RECICLAGEM DE VIGILANTES.pdf
Poema Minha Pátria. Análise e compreensão do poema
Caderno do Futuro 1º Ano CIÊNCIAS Aluno.pdf
OFICINA LINGUA PORTUGUESA9ANOFUNDAM.pptx
Solucões-inovadoras-para-reduzir-desigualdades-educacionais (2).pdf
CIPA+-++Mapa+de+Risco-1.pptx levantamento
Slides Lição 9, CPAD, Uma Igreja que se Arrisca, 3Tr25.pptx
639039693-CURSO-DE-PORTUGUES-Prof-Deivid-Xavier.pdf
introdução a informatica e suas peculiaridades
Aula 2 (Citologia).pptxlllllllllllllllllllllllll
SLIDES da Palestra Da Educação especial para Educação Inclusiva.pdf
A enfermagem voltada aos adultos portadores de sindrome de down
Mudanças Climáticas. Texto e atividade

O barroco

  • 2. BARROCO: ORIGENS O Barroco foi um período estilístico e filosófico da História da sociedade ocidental, ocorrido durante os séculos XVI e XVII (Europa), inspirado no fervor religioso da Contra Reforma, por isso mesmo nasce em Roma. O termo Barroco advém da palavra portuguesa homónima que significa "pérola imperfeita”.
  • 3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS • Embora tenha o Barroco assumido diversas características ao longo de sua história, seu surgimento está intimamente ligado à Contra- Reforma. A arte barroca procura comover intensamente o espectador. Nesse sentido, a Igreja converte-se numa espécie de espaço cénico, num teatro onde são encenados os dramas. • Contrariamente à arte do Renascimento, que pregava o predomínio da razão sobre os sentimentos, no Barroco há uma exaltação dos sentimentos, a religiosidade é expressa de forma dramática, intensa, procurando envolver emocionalmente as pessoas.
  • 4. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS • De certa maneira, assistimos a uma retomada do espírito religioso e místico da Idade Média, numa espécie de ressurgimento da visão teocêntrica do mundo. E não é por acaso que a arte barroca nasce em Roma, a capital do catolicismo. • O ênfase que a arte Barroca deu à grandiosidade é vista como um reflexo do absolutismo.
  • 5. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS • Arte de Fusão (da arquitectura, escultura, da pintura e da ornamentação) visível em igrejas e palácios e na organização de festividades enriquecidas com músicas e dança; • Desejo de solenidade (absolutismo); • Dinamismo (movimento); • Gosto pelo contraste, antíteses; • Novos temas: a apoteose, o retrato de estado; a paisagem; pintura de género, naturezas mortas e caricaturas;
  • 6. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS • Gosto do excesso/horror ao vazio; • Teatralidade/Dramatismo; • Contraste com o Renascimento (decoro, geometria, idealismo); • Gosto pelo cómico e pelo ridículo; • Bozzeto (pequena pintura executada à maneira de esboço como esquema preparatório); • Gosto pelas Ilusões (trompe l`oeil); • Realismo posto na exploração, do trivial e do quotidiano.
  • 7. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Velázquez, Vénus ao Espelho Velázquez, Anão sentado no Chão
  • 9. ARQUITECTURA BARROCA A arquitectura barroca italiana, de estilo triunfal e dinâmico, caracteriza-se basicamente por: • 1º) Planta centralizada: circular, octogonal, etc., a planta centralizada permite boa acústica e excelente visualização do altar- mor; Igreja do Santo André ao Quirinal
  • 10. ARQUITECTURA BARROCA • 2º) Um uso dinâmico e exagerado de formas clássicas (os muros são trabalhados como esculturas) e uso de curva e contracurva nas fachadas dos edifícios (movimento); Guarino, Guarini, Palácio Carignano F. Borromini, cúpula de S. Carlo alle Quattro Fontane
  • 11. ARQUITECTURA BARROCA • 3º) Efeitos ópticos deslumbrantes e enganadores no interior dos edifícios, especialmente em cúpulas. F. Borromini, cúpula de S. Carlo alle Quattro Fontane
  • 12. ARQUITECTURA BARROCA: ILUSÕES ÓPTICAS Pietro Cortona, Glorificação do Pontificado de Urbano VIII
  • 13. ARQUITECTURA BARROCA • 4º) uso de elementos novos como colunas torsas (helicoidais ou salomónicas) e de esculturas sobre arcos e tímpanos; Baldaquino, elaborado por Bernini
  • 14. BALDAQUINO DE S. PEDRO • Realizado em bronze dourado, mármore e madeira; mede 29 m de altura. É um dossel para cobrir o altar maior; • Um templo dentro do templo, trata-se da primeira encomenda do papado a Bernini; • A genialidade desta obra de Bernini está no seu carácter gigantesco e espectacular que busca o contraste (cor escura face ao branco das colunas, o movimento elíptico face à linearidade das colunas, no entanto, integra-se no conjunto: convida a valorizar a obra de Miguel Ângelo (a cúpula do espaço central). Bernini, Baldaquino, Roma
  • 15. URBANISMO BARROCO • A grande obra arquitectónica de Bernini é a colunata da Praça de S. Pedro do Vaticano. A monumental basílica necessita de um padrão adequado para a recepção das peregrinações. Bernini concebe duas colunatas gigantescas que avançam para os fiéis, abraçando-os e conduzindo-os para o templo. A altura variável das colunas realça a Colunata elaborada por Bernini. perspectiva da cúpula de Miguel Ângelo e confere ao conjunto uma formosa ordem teatral.
  • 16. CONCLUINDO... • Cria grandes fachadas e cúpulas altas, de formas dinâmicas e onduladas, onde o jogo de luz-sombra é acentuado; • É povoada por colunas de ordem colossal, algumas vezes torsas, que anulam os efeitos de harmonia implantados no renascimento; • Convive graciosamente com as esculturas, que abundam em arcos, frontões e tímpanos; • Enfim, a arquitectura barroca possui um alto valor cenográfico.
  • 17. A ESCULTURA BARROCA
  • 18. A ESCULTURA BARROCA • Intenso dramatismo; • Exuberância das formas; • Expressões teatrais e movimento; • Na Itália, destacou-se o trabalho de Bernini; • A escultura barroca teve um importante papel no complemento da arquitectura, tanto na decoração interior como exterior; • A estatuária habitual era composta por anjos, santos, virtudes cristãs, alegorias mitológicas; Bernini, Êxtase de Santa Teresa
  • 19. A ESCULTURA BARROCA • Realismo; • Destacam-se as expressões faciais e as características individuais, cabelos, músculos, panejamentos, etc; • As estátuas equestres, típicas neste período, relacionam-se com a imagem triunfal do herói, geralmente o monarca absolutista; • Os materiais utilizados eram muito diversos. Sendo os mais habituais o bronze dourado, o mármore e a madeira policromada. Apolo e Dafne, Bernini
  • 20. Outros Exemplos... • Este trabalho, feito em bronze, foi a primeira estátua equestre realizada em Portugal; • O rei, vestindo uma capa e um elmo de plumas, monta um magnífico cavalo que pisa as serpentes da ignorância. Esta é talvez a alegoria mais pungente deste conjunto equestre; • Modelo copiado: a estátua equestre de Luís XIV em Versailles. Estátua de S. José. Autoria de Joaquim Machado de Castro
  • 21. CONCLUINDO... • A escultura religiosa católica serviu os propósitos contrarreformistas e, nesse sentido, desenvolveu programas iconográficos que glorificavam os santos mártires e as virtudes cristãs; • Outra linha de produção destacava a imagem heróica dos grandes, em estátuas funerárias ou equestres, na tradição clássica recuperada pelo Renascimento; • As alegorias são típicas das composições deste período: personificações de valores e de ideias (como a Justiça, a Morte ou o Tempo); • A escultura assume um valor teatral e cenográfico, com efeitos dramáticos e exuberantes, com linhas movimentadas e expressões sentimentais.
  • 23. CARACTERÍSTICAS DA PINTURA BARROCA • A pintura barroca em Itália, tal como a escultura, seguiu os condicionalismos religiosos e obedeceu a um objectivo ideológico contrarreformista. Este tipo de pintura foi divulgado em parte noutros países católicos como a França, a Espanha e Portugal. • Assim, os temas iconográficos principais são: anjos, santos, martírios, a Virgem Maria e Cristo na Cruz, a Morte e o Pai Tempo (Vanitas). • Estes temas sugerem piedade, devoção, emoção e êxtase.
  • 24. A PINTURA BARROCA • Utilização de cores intensas; • Jogo de luz e sombras para dar a noção de profundidade; • Movimento; • Forte expressão de sentimentos/dramatismo; • Composições assimétricas na diagonal; • Naturezas–mortas.
  • 25. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PINTURA BARROCA • Se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio do renascimento; • Acentuado contraste de claro- escuro, expressando os sentimentos - era um recurso que visava intensificar a sensação de profundidade; • Realista, abrangendo todas as camadas sociais; Caravaggio, S. João Baptista
  • 26. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PINTURA BARROCA • Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática; • A luz não aparece por um meio natural, mas sim projectada para guiar o olhar do observador até o acontecimento principal da obra, como acontece na obra ao lado, S.Mateus e o Anjo (c.1602) de Caravaggio; • Podemos citar como exemplos de artistas barrocos: Caravaggio, Rubens, Rembrandt, Velázquez, Vermeer e El Grego.
  • 27. ...ainda Caravaggio... • Caravaggio tomava emprestada a imagem de pessoas comuns das ruas de Roma para retratar Virgem Maria e os Apóstolos. • Caravaggio levou este princípio estético às últimas consequências, a ponto de ter sido acusado de usar o corpo de uma prostituta colhida morta do rio Tibre para pintar a Morte da Virgem. Esta foi uma das duas mais importantes características das suas pinturas: retratar o aspecto mundano dos eventos bíblicos usando o povo comum das ruas de Roma. A Morte da Virgem, (1601-06) Museu do Louvre, Paris
  • 28. ...ainda Caravaggio... • A outra característica marcante foi a dimensão e impacto realista que deu aos seus quadros ao usar um fundo sempre raso, obscuro, muitas vezes totalmente negro e agrupar a cena em primeiro plano com focos intensos de luz sobre os detalhes, geralmente os rostos. Este uso de sombras e luz é um dos aspectos mais marcantes nos seus quadros. Os efeitos de iluminação que Caravaggio criou receberam um nome Crucificação de S. Pedro específico: tenebrismo. (1600-01), igreja de Stª Maria del Popolo, Roma
  • 29. Rubens • Dramatismo; • Contraste claro/escuro; • Cores quentes; • Movimento Rubens, A Descida da Cruz
  • 30. Diego Velázquez • Gosto pelo comum; • Realismo; • Contraste de cor e luz; • Cores quentes; • Gosto pelas tabernas, adegas. O vendedor de Água de Sevilha
  • 32. Rembrandt • Titulo Original: “Esboço da Pintura da Grande Sala of Cleveniers Doelen, no qual o jovem Heer van Purmerlandt, como capitão, ordena ao seu tenente, Heer van Vlanderdingen, que leve a companhia para fora; • Retrato de grupo; • O quadro é construído a partir de retratos «tipos» individuais; • Rembrandt mostra o seu virtuosismo através do uso do contraste de cor; • Sentido de celebração;
  • 33. Rembrandt Rembrandt, Lição de Anatomia Rembrandt, A cegueira de Sansão
  • 34. Rembrandt • Realismo; • Representação fiel dos objectos; • Expressão do movimento e do patético; • Grande preocupação com o tratamento da luz e cor.
  • 35. VERMEER • Pintura de Interiores (Característica própria da pintura holandesa); • Cenas Íntimas; • Soberba técnica de desenho (realismo); • Perspectiva; • Soberbo domínio de luz; • Harmonia Cromática. Vermeer, A Cozinha
  • 36. NATUREZAS-MORTAS • Os compradores de Arte holandeses preferiam paisagens, naturezas-mortas e cenas do dia-a-dia. • Preocupação com a luz sobre os objectos; • Representação da beleza dos objectos, captados num dado momento. Willem Kalf, Natureza-morta
  • 37. NICOLAS POUSSIN - FRANÇA • Mostra influências renascentistas (paisagem e coluna dórica); • Sínte se música celestial e terrena; • Grande trabalho de cor e luz. Poussin, Santa Cecília
  • 38. Finalmente, e por conclusão: • Caravaggio retomou uma linha realista de produção, dando atenção aos pormenores naturais e a modelos populares; • Desenvolveu um jogo de luz e sombra muito intenso, que o caracterizou e que criou a escola tenebrista na pintura; • Essa técnica permitiu-lhe um valor espiritual acrescentado nos temas religiosos que trabalhou; • O dramatismo das suas obras serviu magnificamente os propósitos da Igreja Católica.
  • 39. O BARROCO EM PORTUGAL
  • 40. O BARROCO EM PORTUGAL • Uso de Talha Dourada; • Azulejaria que cobre grandes espaços; • Principais arquitectos: Ludovice e Nasoni
  • 41. O BARROCO EM PORTUGAL Ludovice, Palácio de Mafra Nasoni, Solar S. Mateus
  • 42. O BARROCO EM PORTUGAL Biblioteca da Universidade de Coimbra Nasoni, Torre dos Clérigos
  • 43. O BARROCO EM PORTUGAL Talha Dourada, Igreja de Sta. Clara, Talha Dourada, Igreja de Sta. Clara Porto