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O que é dependência química conceitos fundamentais
O que é dependência química conceitos fundamentais
O que é dependência química?
Conceitos fundamentais:
Síndrome de Dependência,
Uso Nocivo,
Intoxicação e Síndrome de
Abstinência
Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso
de substâncias psicoativas
• Compreende numerosos transtornos que
diferem entre si
– pela gravidade variável
– e por sintomatologia diversa,
– mas que têm em comum o fato de serem
todos atribuídos ao uso de uma ou de várias
substâncias psicoativas, prescritas ou não por
um médico
Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao
uso de substância psicoativa
• Numerosos usuários de drogas
consomem mais de um tipo de substância
psicoativa
• Diagnósticos associados devem ser
avaliados
Uso indevido de substâncias psicoativas: Danos
• DURANTE A INTOXICAÇÃO:
• Maior risco de acidentes pessoais, tanto no lazer como no trabalho, que
variam de pequenos, ate a morte
• Criminalidade
• Violência familiar
• Suicídios
• CRONICAMENTE:
• Desnutrição
• Predisposição a infecções;
• Piora da qualidade do sono e da alimentação, dos cuidados pessoais e da
higiene;
• Causa direta e indireta de diversas doenças clínicas e psiquiátrica;
• Abandono e perda de emprego;
• Abandono familiar.
• DURANTE A ABSTINÊNCIA:
• Complicações físicas e psíquicas;
• Criminalidade e suicídio
Intoxicação aguda
• Estado conseqüente ao uso de uma substância psicoativa
– compreendendo perturbações da consciência, das faculdades
cognitivas, da percepção, do afeto ou do comportamento, ou de
outras funções e respostas psicofisiológicas.
• As perturbações estão na relação direta dos efeitos
farmacológicos agudos da substância consumida,
– desaparecem com o tempo, com cura completa, salvo nos casos
onde surgiram lesões orgânicas ou outras complicações.
• A natureza destas complicações depende da categoria
farmacológica da substância consumida assim como de seu
modo de administração.
• O principais riscos: aparecimento de complicações clínicas e
acidentes
Intoxicação aguda
• INTOXICAÇÃO AGUDA
• A intoxicação aguda caracteriza-se pelo desenvolvimento de sinais e
sintomas específicos decorrentes da ingestão recente ou exposição à
determinada substância.
• Segundo as diretrizes da APA (American Psychiatry Association), os
objetivos no manejo das intoxicações agudas por substância são:
– (1) diminuir a exposição a estímulos externos e garantir um ambiente seguro e
monitorado para pacientes intensamente intoxicados;
– (2) verificar quais substâncias foram utilizadas, vias de administração, dose, tempo
desde a última dose, se o nível de intoxicação está diminuindo ou aumentando;
– (3) remover as substâncias do corpo – por lavagem gástrica, por exemplo, se o tempo
de ingestão for recente, ou por aumento da taxa de excreção;
– (4) reverter os efeitos da substância através da administração de antagonistas;
– (5) promover suporte clínico adequado para estabilizar os efeitos físicos provocados
pelo uso da substância, como por exemplo, entubar o indivíduo para diminuir o risco
de aspiração.
Padrões de uso de substâncias
• Todo e qualquer uso de substância é
considerado
– Dependência?
– Problema?
• Substâncias com potencial de abuso são
aquelas que podem desencadear:
– auto-administração repetida,
– que geralmente resulta em tolerância,
– abstinência
– e comportamento compulsivo de consumo
Padrões de uso de substâncias
• O novo conceito dos transtornos
relacionados ao uso de álcool e outras
drogas rejeitou a idéia da existência
apenas do dependente e do não-
dependente.
• Existem padrões individuais de consumo
que variam de intensidade ao longo de
uma linha contínua
Problemas relacionados ao
consumo de substâncias
psicoativas
Padrões de uso de substâncias
• Qualquer padrão de consumo pode trazer
problemas para o indivíduo:
• consumo de baixo risco.
– consumo em baixas doses, com precauções
necessárias à prevenção de acidentes
relacionados
• uso nocivo
– O Uso é eventual, mas indivíduo é incapaz de
controlar ou adequar seu modo de consumo.
– Isso leva a problemas sociais (brigas, faltas no
emprego), físicos (acidentes) e psicológicos
(heteroagressividade)
Padrões de uso de substâncias
• Qualquer padrão de consumo pode trazer
problemas para o indivíduo:
• Dependência: relação disfuncional entre um
indivíduo e seu modo de consumir uma
determinada substância
– consumo se mostra compulsivo
– destinado à evitação de sintomas de abstinência
– intensidade é capaz de ocasionar problemas
• sociais, físicos e ou psicológicos
Frequência de problemas
relacionados ao consumo
Uso nocivo
• Modo de consumo de uma substância
psicoativa que é prejudicial à saúde.
• As complicações podem ser
– físicas (hepatite conseqüente a injeções de
droga pela própria pessoa) ou
– psíquicas (por exemplo, episódios
depressivos secundários a grande consumo
de álcool).
Uso nocivo: critérios CID 10
• O diagnóstico requer que um dano real deva ter sido causado à
saúde física e/ou mental do usuário.
• Padrões nocivos de uso são freqüentemente criticados por outras
pessoas
– Associados a conseqüências sociais diversas.
• O fato de um padrão de uso ou uma substância em particular não
ser aprovado por outra pessoa, pela cultura ou por ter levado a
conseqüências socialmente negativas, tais como prisão ou brigas
conjugais, não é por si mesmo evidência de uso nocivo.
• O uso nocivo não deve ser diagnosticado se a síndrome de
dependência, um transtorno psicótico ou outra forma específica de
transtorno relacionado ao uso de drogas ou álcool está presente.
O que é dependência química?
• Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos
e fisiológicos
• que se desenvolvem após repetido consumo de uma
substância psicoativa,
• tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar
a droga, à dificuldade de controlar o consumo,
• à utilização persistente apesar das suas
conseqüências nefastas,
• a uma maior prioridade dada ao uso da droga em
detrimento de outras atividades e obrigações,
• a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a
um estado de abstinência física.
O que é dependência química?
• A dependência é um transtorno complexo,
• “ bio-psico-social” ,
• Tem componentes sociais, psicológicos e
biológicos críticos,
• A abstinência total e duradoura após um
único tratamento é rara,
• Deve ser encarada como uma doença
crônica (hipertensão arterial ou diabetes),
onde o controle e manejo da doença é o
principal foco, e não somente a “cura”.
O que é dependência química?
• Nos últimos 30 anos, avanços científicos
na neurociência e nas ciências
comportamentais:
– Dependência é um transtorno crônico, que
cursa com recaídas,
O que é dependência química?
• Nos últimos 30 anos, avanços científicos
na neurociência e nas ciências
comportamentais:
– Dependência é um transtorno crônico, que
cursa com recaídas,
– Caracterizada pela procura compulsiva pelo
uso da substância, a despeito das
consequências físicas, psíquicas ou sociais,
O que é dependência química?
• Nos últimos 30 anos, avanços científicos na
neurociência e nas ciências comportamentais:
– Dependência é um transtorno crônico, que cursa com
recaídas,
– Caracterizada pela procura compulsiva pelo uso da
substância, a despeito das consequências físicas,
psíquicas ou sociais,
– É resultado das modificações prolongadas e
persistentes que a substância provoca no cérebro.
CRITÉRIOS
• O conceito atual de dependência química é:
– descritivo,
– baseado em sinais e sintomas,
– objetividade,
– critérios diagnósticos claros,
– apontou para a existência de diferentes graus de
dependência,
• rejeitando a idéia dicotômica anterior (dependente e não-
dependente)
• Desse modo, a dependência é vista como
uma síndrome,
– determinada a partir da combinação de diversos
fatores de risco,
– aparecendo de maneiras distintas em cada
indivíduo
Sinais e Sintomas da Síndrome
de Dependência
• Compulsão para o
consumo
• Aumento da tolerância
• Síndrome de
abstinência
• Alívio ou evitação da
abstinência pelo
aumento do consumo
• A experiência de um desejo incontrolável de
consumir uma substância. O indivíduo imagina-
se incapaz de colocar barreiras a tal desejo.
• A necessidade de doses crescentes de uma
determinada substância para alcançar efeitos
originalmente obtidos com doses mais baixas.
• O surgimento de sinais e sintomas de
intensidade variável quando o consumo de
substância psicoativa cessou ou foi reduzido.
• O consumo de substâncias psicoativas visando
ao alívio dos sintomas de abstinência.O
indivíduo aprende a detectar os intervalos da
manifestação de sintomas, passa a consumir a
substância preventivamente, a fim de evitá-los.
Sinais e Sintomas da Síndrome
de Dependência
• Relevância do consumo
• Estreitamento ou
empobrecimento do
repertório
• Reinstalação da
síndrome de
dependência
• O consumo de uma substância torna-se
prioridade, mais importante do que
coisas que outrora eram valorizadas pelo
indivíduo.
• A perda das referências internas e
externas que norteiam o consumo. À
medida que a dependência avança, as
referências voltam-se exclusivamente
para uso, em detrimento do consumo
ligado a eventos sociais. Passa a ocorrer
em locais incompatíveis, como por
exemplo o local de trabalho.
• Uma síndrome que levou anos para se
desenvolver pode se reinstalar em
poucos dias, mesmo depois de um longo
período de abstinência.
Critérios da Síndrome de Dependência
• Critérios do CID-10 para dependência de substâncias
• Um diagnóstico definitivo de dependência deve usualmente ser feito
somente se três ou mais dos seguintes requisitos tenham sido
experenciados ou exibidos em algum momento do ano anterior:
– (a) um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância;
– (b) dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância
em termos de seu início, término e níveis de consumo;
– (c) um estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância
cessou ou foi reduzido, como evidenciado por: síndrome de abstinência para
a substância ou o uso da mesma substância (ou de uma intimamente
relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de abstinência;
– (d) evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da
substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente
produzidos por doses mais baixas;
– (e) abandono progressivo de prazeres e interesses alternativos em favor
do uso da substância psicoativa, aumento da quantidade de tempo
necessária para se recuperar de seus efeitos;
– (f) persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de
conseqüências manifestamente nocivas. Deve-se fazer esforços claros para
determinar se o usuário estava realmente consciente da natureza e extensão do
dano.
Síndrome [estado] de
abstinência
• Conjunto de sintomas que se agrupam de
diversas maneiras, tem gravidade variável,
– ocorrem quando o individuo pára absoluta ou
relativamente o uso de uma substância psicoativa,
que era consumida por tempo prolongado.
• O início e a evolução da síndrome de abstinência
são:
– limitadas no tempo
– dependem da categoria e da dose da substância
consumida antes da parada ou da redução do
consumo.
• A síndrome de abstinência pode se complicar pela
ocorrência de convulsões e/ou delirium.
Síndrome [estado] de
abstinência
• A síndrome resulta de um processo neuro-
adaptativo do sistema nervoso central
• São descritos dois tipos de adaptação
frente à presença constante da substância,
elas se estabelecem em busca de um novo
equilíbrio.
– A adaptação de prejuízo é a diminuição do efeito
da droga sobre a célula.
– A adaptação de oposição é a instituição de uma
força no interior da célula, antagônica ao efeito
da droga.
– A síndrome de abstinência aparece quando da
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afetando o novo equilíbrio.
Hipótese de Himmelsbach de neuroadaptação à
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O que é dependência química conceitos fundamentais

  • 3. O que é dependência química? Conceitos fundamentais: Síndrome de Dependência, Uso Nocivo, Intoxicação e Síndrome de Abstinência
  • 4. Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substâncias psicoativas • Compreende numerosos transtornos que diferem entre si – pela gravidade variável – e por sintomatologia diversa, – mas que têm em comum o fato de serem todos atribuídos ao uso de uma ou de várias substâncias psicoativas, prescritas ou não por um médico
  • 5. Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa • Numerosos usuários de drogas consomem mais de um tipo de substância psicoativa • Diagnósticos associados devem ser avaliados
  • 6. Uso indevido de substâncias psicoativas: Danos • DURANTE A INTOXICAÇÃO: • Maior risco de acidentes pessoais, tanto no lazer como no trabalho, que variam de pequenos, ate a morte • Criminalidade • Violência familiar • Suicídios • CRONICAMENTE: • Desnutrição • Predisposição a infecções; • Piora da qualidade do sono e da alimentação, dos cuidados pessoais e da higiene; • Causa direta e indireta de diversas doenças clínicas e psiquiátrica; • Abandono e perda de emprego; • Abandono familiar. • DURANTE A ABSTINÊNCIA: • Complicações físicas e psíquicas; • Criminalidade e suicídio
  • 7. Intoxicação aguda • Estado conseqüente ao uso de uma substância psicoativa – compreendendo perturbações da consciência, das faculdades cognitivas, da percepção, do afeto ou do comportamento, ou de outras funções e respostas psicofisiológicas. • As perturbações estão na relação direta dos efeitos farmacológicos agudos da substância consumida, – desaparecem com o tempo, com cura completa, salvo nos casos onde surgiram lesões orgânicas ou outras complicações. • A natureza destas complicações depende da categoria farmacológica da substância consumida assim como de seu modo de administração. • O principais riscos: aparecimento de complicações clínicas e acidentes
  • 8. Intoxicação aguda • INTOXICAÇÃO AGUDA • A intoxicação aguda caracteriza-se pelo desenvolvimento de sinais e sintomas específicos decorrentes da ingestão recente ou exposição à determinada substância. • Segundo as diretrizes da APA (American Psychiatry Association), os objetivos no manejo das intoxicações agudas por substância são: – (1) diminuir a exposição a estímulos externos e garantir um ambiente seguro e monitorado para pacientes intensamente intoxicados; – (2) verificar quais substâncias foram utilizadas, vias de administração, dose, tempo desde a última dose, se o nível de intoxicação está diminuindo ou aumentando; – (3) remover as substâncias do corpo – por lavagem gástrica, por exemplo, se o tempo de ingestão for recente, ou por aumento da taxa de excreção; – (4) reverter os efeitos da substância através da administração de antagonistas; – (5) promover suporte clínico adequado para estabilizar os efeitos físicos provocados pelo uso da substância, como por exemplo, entubar o indivíduo para diminuir o risco de aspiração.
  • 9. Padrões de uso de substâncias • Todo e qualquer uso de substância é considerado – Dependência? – Problema? • Substâncias com potencial de abuso são aquelas que podem desencadear: – auto-administração repetida, – que geralmente resulta em tolerância, – abstinência – e comportamento compulsivo de consumo
  • 10. Padrões de uso de substâncias • O novo conceito dos transtornos relacionados ao uso de álcool e outras drogas rejeitou a idéia da existência apenas do dependente e do não- dependente. • Existem padrões individuais de consumo que variam de intensidade ao longo de uma linha contínua
  • 11. Problemas relacionados ao consumo de substâncias psicoativas
  • 12. Padrões de uso de substâncias • Qualquer padrão de consumo pode trazer problemas para o indivíduo: • consumo de baixo risco. – consumo em baixas doses, com precauções necessárias à prevenção de acidentes relacionados • uso nocivo – O Uso é eventual, mas indivíduo é incapaz de controlar ou adequar seu modo de consumo. – Isso leva a problemas sociais (brigas, faltas no emprego), físicos (acidentes) e psicológicos (heteroagressividade)
  • 13. Padrões de uso de substâncias • Qualquer padrão de consumo pode trazer problemas para o indivíduo: • Dependência: relação disfuncional entre um indivíduo e seu modo de consumir uma determinada substância – consumo se mostra compulsivo – destinado à evitação de sintomas de abstinência – intensidade é capaz de ocasionar problemas • sociais, físicos e ou psicológicos
  • 15. Uso nocivo • Modo de consumo de uma substância psicoativa que é prejudicial à saúde. • As complicações podem ser – físicas (hepatite conseqüente a injeções de droga pela própria pessoa) ou – psíquicas (por exemplo, episódios depressivos secundários a grande consumo de álcool).
  • 16. Uso nocivo: critérios CID 10 • O diagnóstico requer que um dano real deva ter sido causado à saúde física e/ou mental do usuário. • Padrões nocivos de uso são freqüentemente criticados por outras pessoas – Associados a conseqüências sociais diversas. • O fato de um padrão de uso ou uma substância em particular não ser aprovado por outra pessoa, pela cultura ou por ter levado a conseqüências socialmente negativas, tais como prisão ou brigas conjugais, não é por si mesmo evidência de uso nocivo. • O uso nocivo não deve ser diagnosticado se a síndrome de dependência, um transtorno psicótico ou outra forma específica de transtorno relacionado ao uso de drogas ou álcool está presente.
  • 17. O que é dependência química? • Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos • que se desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa, • tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar o consumo, • à utilização persistente apesar das suas conseqüências nefastas, • a uma maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e obrigações, • a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a um estado de abstinência física.
  • 18. O que é dependência química? • A dependência é um transtorno complexo, • “ bio-psico-social” , • Tem componentes sociais, psicológicos e biológicos críticos, • A abstinência total e duradoura após um único tratamento é rara, • Deve ser encarada como uma doença crônica (hipertensão arterial ou diabetes), onde o controle e manejo da doença é o principal foco, e não somente a “cura”.
  • 19. O que é dependência química? • Nos últimos 30 anos, avanços científicos na neurociência e nas ciências comportamentais: – Dependência é um transtorno crônico, que cursa com recaídas,
  • 20. O que é dependência química? • Nos últimos 30 anos, avanços científicos na neurociência e nas ciências comportamentais: – Dependência é um transtorno crônico, que cursa com recaídas, – Caracterizada pela procura compulsiva pelo uso da substância, a despeito das consequências físicas, psíquicas ou sociais,
  • 21. O que é dependência química? • Nos últimos 30 anos, avanços científicos na neurociência e nas ciências comportamentais: – Dependência é um transtorno crônico, que cursa com recaídas, – Caracterizada pela procura compulsiva pelo uso da substância, a despeito das consequências físicas, psíquicas ou sociais, – É resultado das modificações prolongadas e persistentes que a substância provoca no cérebro.
  • 22. CRITÉRIOS • O conceito atual de dependência química é: – descritivo, – baseado em sinais e sintomas, – objetividade, – critérios diagnósticos claros, – apontou para a existência de diferentes graus de dependência, • rejeitando a idéia dicotômica anterior (dependente e não- dependente) • Desse modo, a dependência é vista como uma síndrome, – determinada a partir da combinação de diversos fatores de risco, – aparecendo de maneiras distintas em cada indivíduo
  • 23. Sinais e Sintomas da Síndrome de Dependência • Compulsão para o consumo • Aumento da tolerância • Síndrome de abstinência • Alívio ou evitação da abstinência pelo aumento do consumo • A experiência de um desejo incontrolável de consumir uma substância. O indivíduo imagina- se incapaz de colocar barreiras a tal desejo. • A necessidade de doses crescentes de uma determinada substância para alcançar efeitos originalmente obtidos com doses mais baixas. • O surgimento de sinais e sintomas de intensidade variável quando o consumo de substância psicoativa cessou ou foi reduzido. • O consumo de substâncias psicoativas visando ao alívio dos sintomas de abstinência.O indivíduo aprende a detectar os intervalos da manifestação de sintomas, passa a consumir a substância preventivamente, a fim de evitá-los.
  • 24. Sinais e Sintomas da Síndrome de Dependência • Relevância do consumo • Estreitamento ou empobrecimento do repertório • Reinstalação da síndrome de dependência • O consumo de uma substância torna-se prioridade, mais importante do que coisas que outrora eram valorizadas pelo indivíduo. • A perda das referências internas e externas que norteiam o consumo. À medida que a dependência avança, as referências voltam-se exclusivamente para uso, em detrimento do consumo ligado a eventos sociais. Passa a ocorrer em locais incompatíveis, como por exemplo o local de trabalho. • Uma síndrome que levou anos para se desenvolver pode se reinstalar em poucos dias, mesmo depois de um longo período de abstinência.
  • 25. Critérios da Síndrome de Dependência • Critérios do CID-10 para dependência de substâncias • Um diagnóstico definitivo de dependência deve usualmente ser feito somente se três ou mais dos seguintes requisitos tenham sido experenciados ou exibidos em algum momento do ano anterior: – (a) um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância; – (b) dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de seu início, término e níveis de consumo; – (c) um estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi reduzido, como evidenciado por: síndrome de abstinência para a substância ou o uso da mesma substância (ou de uma intimamente relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de abstinência; – (d) evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas; – (e) abandono progressivo de prazeres e interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento da quantidade de tempo necessária para se recuperar de seus efeitos; – (f) persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de conseqüências manifestamente nocivas. Deve-se fazer esforços claros para determinar se o usuário estava realmente consciente da natureza e extensão do dano.
  • 26. Síndrome [estado] de abstinência • Conjunto de sintomas que se agrupam de diversas maneiras, tem gravidade variável, – ocorrem quando o individuo pára absoluta ou relativamente o uso de uma substância psicoativa, que era consumida por tempo prolongado. • O início e a evolução da síndrome de abstinência são: – limitadas no tempo – dependem da categoria e da dose da substância consumida antes da parada ou da redução do consumo. • A síndrome de abstinência pode se complicar pela ocorrência de convulsões e/ou delirium.
  • 27. Síndrome [estado] de abstinência • A síndrome resulta de um processo neuro- adaptativo do sistema nervoso central • São descritos dois tipos de adaptação frente à presença constante da substância, elas se estabelecem em busca de um novo equilíbrio. – A adaptação de prejuízo é a diminuição do efeito da droga sobre a célula. – A adaptação de oposição é a instituição de uma força no interior da célula, antagônica ao efeito da droga. – A síndrome de abstinência aparece quando da remoção a substância, total ou parcialmente, afetando o novo equilíbrio.
  • 28. Hipótese de Himmelsbach de neuroadaptação à presença de substâncias psicoativas