Oxigenoterapia e Dispositivos de
Administração de Oxigênio
Enf Lais P. Carrion Mota
Objetivo
Capacitar os profissionais da saúde sobre o uso
seguro, eficaz e racional da oxigenoterapia,
compreendendo os dispositivos disponíveis,
suas indicações, contraindicações e cuidados de
enfermagem.
Oxigenoterapia
A oxigenoterapia se baseia no fornecimento de
oxigênio acima da concentração ambiente
(21%), com o objetivo de manutenção da
oxigenação tecidual e correção de hipoxemia,
promovendo a diminuição da carga de trabalho
cardiopulmonar e elevando os níveis alveolar e
sanguíneo de oxigênio.
Importância da oxigenoterapia na rotina de emergência
Dispneia é uma das queixas mais comuns dos
pacientes em contextos de emergência.
Assim, cerca de 40% dos casos tendem a ser
multifatorial, tornando essa uma condição que
todo médico deve estar preparado a manejar.
indicações Clínicas
A oxigenoterapia é indicada em diversas condições que
comprometem a oxigenação, como:
• Saturação periférica (SpO₂) < 92% em pacientes sem DPOC (ou <
88% com DPOC);
• Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
• Pneumonia, asma grave, bronquiolite;
• Insuficiência respiratória aguda ou crônica;
• Sepse, choque séptico;
• Pós-operatório de cirurgia torácica ou abdominal;
• Parada cardiorrespiratória;
• COVID-19 com hipoxemia.
Contraindicações e Cuidados❌
Contraindicações absolutas
• Não existem contraindicações absolutas, mas há riscos associados ao uso
incorreto ou prolongado do oxigênio.
• Cuidados importantes:
• Pacientes com DPOC: risco de retenção de CO₂ se administrado oxigênio em
excesso.
• Usar com cautela e monitoramento.
• Evitar ressecamento das vias aéreas: utilizar umidificador quando necessário
(fluxos > 4L/min).
• Monitorar sinais de toxicidade por O₂ em uso prolongado de FiO₂ > 60% por
mais de 24-48h (pode causar lesão pulmonar).
• Verificar integridade da pele e mucosa: risco de lesão por pressão ou irritação
nasal com uso contínuo de cânulas/máscaras.
• Garantir a segurança com cilindros: longe de fontes de calor, bem fixados.
Objetivos do tratamento
.
• Tem por objetivo reverter a Hipoxemia
(PaO2<60mmhg) hipoxemia: Evitar ou corrigir a
queda anormal da pressão parcial de oxigênio no
sangue arterial.
• Prevenir ou corrigir a Hipóxia tecidual (SatO2
<92%) : Assegurar que os tecidos do organismo
recebam oxigênio suficiente para manter suas
funções metabólicas normais
Dispositivos para administração de oxigênio
O oxigênio (O₂) pode ser administrado por meio de diferentes
dispositivos, dependendo da fração inspirada de oxigênio (FiO₂)
necessária e da condição clínica do paciente
Esses dispositivos podem ser classificados em dois tipos principais:
Sistemas de baixo e alto fluxo.
Dispositivos de Baixo Fluxo
Dispositivos que fornecem uma mistura de
oxigênio com o ar ambiente.
FiO₂ é variável, pois depende do padrão
respiratório do paciente (volume corrente e
frequência respiratória).
Dispositivos de Baixo Fluxo
Cânula nasal (tipo óculos)
Dispositivo simples, composto por duas pequenas cânulas que se inserem nas narinas,
conectado a uma fonte de oxigênio por uma extensão flexível.
FiO2: Varia de 24% a 45%
Fluxo recomendado :1 a 6 L/min
Cada 1 L/min acresce 3-4% de O2 no ar inspirado
➕ Vantagens:
• Pouco incômodo na região nasal em fluxos < 4L/min
• Cavidade oral livre para falar e alimentar-se
• Menor sensação Claustrofóbica
➖ Desvantagens:
• FiO₂ oferecida depende do padrão respiratório do paciente
• Desconfortos em vias aéreas superiores (principalmente em fluxos >4L/min)
Dispositivos de Baixo Fluxo
Máscara Simples
Dispositivo de oxigenoterapia que cobre o nariz e a boca, conectado a uma fonte de
oxigênio por uma extensão flexível.
FiO2: Varia de 40% a 60%
Fluxo recomendado :5-10 L/min
Fluxo mínimo de 5 L/min para evitar reinalação de CO₂
➕ Vantagens:
• Permite maiores ofertas de fluxo de O2
• Sistema menos complexo- fácil instalação e uso
➖ Desvantagens:
• FiO₂ oferecida depende do padrão respiratório do paciente
• Ocupa nariz e boca- desconforto ao paciente
• Risco de acúmulo de CO₂ se o fluxo for muito baixo
• Não possuem vávula unidirecional – podem levar a reinalação e retenção de CO2.
Dispositivos de Alto Fluxo
Máscara de Venturi
????????????????????????
FiO2: Varia de 24% a 50%
Fluxo recomendado :2-15 L/min
➕ Vantagens:
• FiO₂ estavél (Fluxo ofertado pela máscara > fluxo inspiratório)
➖ Desvantagens:
• Ocupa nariz e boca- desconforto ao paciente
• Sistema mais complexo
Dispositivos de Baixo Fluxo
• Máscara de Reinalação Parcial(com reservatório, sem válvulas
unidirecionais)️
Características:
Possui reservatório (bolsa).
Não tem válvulas unidirecionais entre a máscara e o reservatório.
Durante a inspiração, o paciente recebe uma mistura de oxigênio e parte do
gás expirado (reinalação parcial).
Durante a expiração, parte do ar entra na bolsa e parte sai por aberturas
laterais.
FiO₂: até 60%
Fluxo: 6–10 L/min
➕ Vantagens: Permite altas concentrações de O₂ sem equipamento sofisticado.
➖ Desvantagens:Risco de acúmulo de CO₂ se o fluxo for insuficiente.
Dispositivos de Baixo Fluxo
• Máscara de Não Reinalação(com reservatório e válvulas unidirecionais)
Características: Também possui reservatório.
Tem válvula unidirecional entre a máscara e o reservatório.
Durante a inspiração, o paciente recebe apenas oxigênio da bolsa.
As válvulas impedem a reinalação do ar expirado.
O ar expirado sai por válvulas laterais unidirecionais.
FiO₂: até 95–100%
Fluxo: 10–15 L/min (mínimo necessário para manter a bolsa inflada)
➕ Vantagens: Fornece altíssimas concentrações de oxigênio.
Evita reinalação de CO₂.
➖ Desvantagens: Máscara precisa estar bem vedada.
Pode ser desconfortável por longos períodos.
Dispositivos de Alto Fluxo
Entregam fluxo de O2 ≥ demanda inspiratória do
paciente.
Garantem FiO₂ constante e precisa,
independentemente do padrão respiratório
Mais eficazes em pacientes com insuficiência
respiratória moderada a grave
Dispositivos de Alto Fluxo
• Principais Dispositivos:
• 1. Máscara de Venturi
• 2. Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF / HFNC)
• 3. Capuz (Hood) Neonatal
MÁSCARA DE VENTURI:
• A máscara de Venturi é composta por um
sistema de válvulas acopladas à máscara facial
que possibilita a oferta de diferentes frações
inspiradas de oxigênio (FiO2).
• FiO₂: 24–50% (conforme adaptador)
• Fluxo: Variável
• Indicação: DPOC e casos que requerem
controle preciso da FiO
Oxigenoterapia e treinamento de oxigenio
Oxigenoterapia e treinamento de oxigenio
Sistemas de Alto Fluxo
Fornecem misturas pré-estabelecidas de
oxigênio e ar, garantindo uma FiO₂ conhecida e
constante, independentemente do padrão
respiratório do paciente
Referencias
PIREZ, Catalina et al . Oxigenoterapia. Arch. Pediatr. Urug., Montevideo , v. 91, supl. 1, p. 26-28, dic. 2020
. Disponible en <http://www.scielo.edu.uy/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1688-
12492020000700026&lng=es&nrm=iso>. accedido en 24 jun. 2025. Epub 01-Dic-2020.
https://doi.org/10.31134/ap.91.s1.1.
Manual de Oxigenoterapia Andrea Costa Fábia Vilarino Janete Silva Jeanette Lucato Luciana Rezende
Mônica Galisa Patrícia Salerno Raphael Einsfeld Renata Claudino Sandra Chemin
Copyright 2023. Centro Universitário São Camilo. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. COLEÇÃO:
INFORMATIVOS DE FISIOTERAPIA Volume 2: MANUAL DE OXIGENOTERAPIA
MIRANDA, Ricardo Henrique Silva. Oxigenoterapia hospitalar de baixo fluxo: uma revisão narrativa. 2025.
1 arquivo (aprox. 1.213 MB). Trabalho de conclusão de especialização (Residência Médica em
Pneumologia) – Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, 2025. Disponível em:
http://hdl.handle.net/10183/290544. Acesso em: 30 jun. 2025.
SANTANA, Soraia Letícia Nascimento; SILVA E SILVA, Cassio Magalhães da.
Oxigenoterapia em pacientes com deficiência do sistema respiratório por obstrução crônica aos fluxos
aéreos com ou sem hipercapnia: revisão sistemática / Oxygenotherapy in patients with disability of the
respiratory system by chronic obstruction to air flows with or without hypercapnia: systematic review.
Revista de Ciências Médicas e Biológicas, [S.l.], v. 21, n. 1, 2022. ISSN 1677-5090. DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v21i1.36603.

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Oxigenoterapia e treinamento de oxigenio

  • 1. Oxigenoterapia e Dispositivos de Administração de Oxigênio Enf Lais P. Carrion Mota
  • 2. Objetivo Capacitar os profissionais da saúde sobre o uso seguro, eficaz e racional da oxigenoterapia, compreendendo os dispositivos disponíveis, suas indicações, contraindicações e cuidados de enfermagem.
  • 3. Oxigenoterapia A oxigenoterapia se baseia no fornecimento de oxigênio acima da concentração ambiente (21%), com o objetivo de manutenção da oxigenação tecidual e correção de hipoxemia, promovendo a diminuição da carga de trabalho cardiopulmonar e elevando os níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio.
  • 4. Importância da oxigenoterapia na rotina de emergência Dispneia é uma das queixas mais comuns dos pacientes em contextos de emergência. Assim, cerca de 40% dos casos tendem a ser multifatorial, tornando essa uma condição que todo médico deve estar preparado a manejar.
  • 5. indicações Clínicas A oxigenoterapia é indicada em diversas condições que comprometem a oxigenação, como: • Saturação periférica (SpO₂) < 92% em pacientes sem DPOC (ou < 88% com DPOC); • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); • Pneumonia, asma grave, bronquiolite; • Insuficiência respiratória aguda ou crônica; • Sepse, choque séptico; • Pós-operatório de cirurgia torácica ou abdominal; • Parada cardiorrespiratória; • COVID-19 com hipoxemia.
  • 6. Contraindicações e Cuidados❌ Contraindicações absolutas • Não existem contraindicações absolutas, mas há riscos associados ao uso incorreto ou prolongado do oxigênio. • Cuidados importantes: • Pacientes com DPOC: risco de retenção de CO₂ se administrado oxigênio em excesso. • Usar com cautela e monitoramento. • Evitar ressecamento das vias aéreas: utilizar umidificador quando necessário (fluxos > 4L/min). • Monitorar sinais de toxicidade por O₂ em uso prolongado de FiO₂ > 60% por mais de 24-48h (pode causar lesão pulmonar). • Verificar integridade da pele e mucosa: risco de lesão por pressão ou irritação nasal com uso contínuo de cânulas/máscaras. • Garantir a segurança com cilindros: longe de fontes de calor, bem fixados.
  • 7. Objetivos do tratamento . • Tem por objetivo reverter a Hipoxemia (PaO2<60mmhg) hipoxemia: Evitar ou corrigir a queda anormal da pressão parcial de oxigênio no sangue arterial. • Prevenir ou corrigir a Hipóxia tecidual (SatO2 <92%) : Assegurar que os tecidos do organismo recebam oxigênio suficiente para manter suas funções metabólicas normais
  • 8. Dispositivos para administração de oxigênio O oxigênio (O₂) pode ser administrado por meio de diferentes dispositivos, dependendo da fração inspirada de oxigênio (FiO₂) necessária e da condição clínica do paciente Esses dispositivos podem ser classificados em dois tipos principais: Sistemas de baixo e alto fluxo.
  • 9. Dispositivos de Baixo Fluxo Dispositivos que fornecem uma mistura de oxigênio com o ar ambiente. FiO₂ é variável, pois depende do padrão respiratório do paciente (volume corrente e frequência respiratória).
  • 10. Dispositivos de Baixo Fluxo Cânula nasal (tipo óculos) Dispositivo simples, composto por duas pequenas cânulas que se inserem nas narinas, conectado a uma fonte de oxigênio por uma extensão flexível. FiO2: Varia de 24% a 45% Fluxo recomendado :1 a 6 L/min Cada 1 L/min acresce 3-4% de O2 no ar inspirado ➕ Vantagens: • Pouco incômodo na região nasal em fluxos < 4L/min • Cavidade oral livre para falar e alimentar-se • Menor sensação Claustrofóbica ➖ Desvantagens: • FiO₂ oferecida depende do padrão respiratório do paciente • Desconfortos em vias aéreas superiores (principalmente em fluxos >4L/min)
  • 11. Dispositivos de Baixo Fluxo Máscara Simples Dispositivo de oxigenoterapia que cobre o nariz e a boca, conectado a uma fonte de oxigênio por uma extensão flexível. FiO2: Varia de 40% a 60% Fluxo recomendado :5-10 L/min Fluxo mínimo de 5 L/min para evitar reinalação de CO₂ ➕ Vantagens: • Permite maiores ofertas de fluxo de O2 • Sistema menos complexo- fácil instalação e uso ➖ Desvantagens: • FiO₂ oferecida depende do padrão respiratório do paciente • Ocupa nariz e boca- desconforto ao paciente • Risco de acúmulo de CO₂ se o fluxo for muito baixo • Não possuem vávula unidirecional – podem levar a reinalação e retenção de CO2.
  • 12. Dispositivos de Alto Fluxo Máscara de Venturi ???????????????????????? FiO2: Varia de 24% a 50% Fluxo recomendado :2-15 L/min ➕ Vantagens: • FiO₂ estavél (Fluxo ofertado pela máscara > fluxo inspiratório) ➖ Desvantagens: • Ocupa nariz e boca- desconforto ao paciente • Sistema mais complexo
  • 13. Dispositivos de Baixo Fluxo • Máscara de Reinalação Parcial(com reservatório, sem válvulas unidirecionais)️ Características: Possui reservatório (bolsa). Não tem válvulas unidirecionais entre a máscara e o reservatório. Durante a inspiração, o paciente recebe uma mistura de oxigênio e parte do gás expirado (reinalação parcial). Durante a expiração, parte do ar entra na bolsa e parte sai por aberturas laterais. FiO₂: até 60% Fluxo: 6–10 L/min ➕ Vantagens: Permite altas concentrações de O₂ sem equipamento sofisticado. ➖ Desvantagens:Risco de acúmulo de CO₂ se o fluxo for insuficiente.
  • 14. Dispositivos de Baixo Fluxo • Máscara de Não Reinalação(com reservatório e válvulas unidirecionais) Características: Também possui reservatório. Tem válvula unidirecional entre a máscara e o reservatório. Durante a inspiração, o paciente recebe apenas oxigênio da bolsa. As válvulas impedem a reinalação do ar expirado. O ar expirado sai por válvulas laterais unidirecionais. FiO₂: até 95–100% Fluxo: 10–15 L/min (mínimo necessário para manter a bolsa inflada) ➕ Vantagens: Fornece altíssimas concentrações de oxigênio. Evita reinalação de CO₂. ➖ Desvantagens: Máscara precisa estar bem vedada. Pode ser desconfortável por longos períodos.
  • 15. Dispositivos de Alto Fluxo Entregam fluxo de O2 ≥ demanda inspiratória do paciente. Garantem FiO₂ constante e precisa, independentemente do padrão respiratório Mais eficazes em pacientes com insuficiência respiratória moderada a grave
  • 16. Dispositivos de Alto Fluxo • Principais Dispositivos: • 1. Máscara de Venturi • 2. Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF / HFNC) • 3. Capuz (Hood) Neonatal
  • 17. MÁSCARA DE VENTURI: • A máscara de Venturi é composta por um sistema de válvulas acopladas à máscara facial que possibilita a oferta de diferentes frações inspiradas de oxigênio (FiO2). • FiO₂: 24–50% (conforme adaptador) • Fluxo: Variável • Indicação: DPOC e casos que requerem controle preciso da FiO
  • 20. Sistemas de Alto Fluxo Fornecem misturas pré-estabelecidas de oxigênio e ar, garantindo uma FiO₂ conhecida e constante, independentemente do padrão respiratório do paciente
  • 21. Referencias PIREZ, Catalina et al . Oxigenoterapia. Arch. Pediatr. Urug., Montevideo , v. 91, supl. 1, p. 26-28, dic. 2020 . Disponible en <http://www.scielo.edu.uy/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1688- 12492020000700026&lng=es&nrm=iso>. accedido en 24 jun. 2025. Epub 01-Dic-2020. https://doi.org/10.31134/ap.91.s1.1. Manual de Oxigenoterapia Andrea Costa Fábia Vilarino Janete Silva Jeanette Lucato Luciana Rezende Mônica Galisa Patrícia Salerno Raphael Einsfeld Renata Claudino Sandra Chemin Copyright 2023. Centro Universitário São Camilo. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. COLEÇÃO: INFORMATIVOS DE FISIOTERAPIA Volume 2: MANUAL DE OXIGENOTERAPIA MIRANDA, Ricardo Henrique Silva. Oxigenoterapia hospitalar de baixo fluxo: uma revisão narrativa. 2025. 1 arquivo (aprox. 1.213 MB). Trabalho de conclusão de especialização (Residência Médica em Pneumologia) – Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, 2025. Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/290544. Acesso em: 30 jun. 2025. SANTANA, Soraia Letícia Nascimento; SILVA E SILVA, Cassio Magalhães da. Oxigenoterapia em pacientes com deficiência do sistema respiratório por obstrução crônica aos fluxos aéreos com ou sem hipercapnia: revisão sistemática / Oxygenotherapy in patients with disability of the respiratory system by chronic obstruction to air flows with or without hypercapnia: systematic review. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, [S.l.], v. 21, n. 1, 2022. ISSN 1677-5090. DOI: https://doi.org/10.9771/cmbio.v21i1.36603.