REAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO
EM CADEIA (PCR)
PCR - consiste em fazer cópias de DNA “in vitro”, usando os
elementos básicos do processo de replicação natural do DNA
ou cDNA.
O processo de PCR foi descrito por Kary Mullis no final da
década de 1980, tendo-lhe sido posteriormente, em 1993,
atribuído o Prêmio Nobel de Química pelo seu trabalho.
Em 1989, a Hoffman La Roche & Perkin-Elmer Corporation
patentearam este processo.
Bactéria Thermus aquaticus
(Taq-polimerase).
PRINCÍPIOS DA REAÇÃO DE PCR
A reação de polimerização em cadeia (“Polimerase chain
reaction”, PCR) é a técnica que permite a amplificação do
DNA ou cDNA in vitro, utilizando-se basicamente de uma
reação enzimática catalizada pela polimerase (enzima
termoestável) cuja atividade depende de ions Mg++
Ocorre em 3 etapas:Ocorre em 3 etapas:
a) “Melting”(ou desnaturação que consiste na
separação da dupla fita do DNA a ser amplificado),
b) “annealing”( anelamento ou hibridização- ligação
do iniciador ou “primer” ao DNA a ser amplificado),
c) “extension” (extensão ou seja a polimerização
propriamente dita)
Depende:
Alternância de temperaturas a cada ciclo:
Replicação in vitro do DNA
• DESNATURAÇÃO
• ANELAMENTO
• POLIMERIZAÇÃO
Alternância de temperaturas a cada ciclo
1:Denaturaçao
94 ° C -96 ° C
Separa a fita dupla do DNA molde
em duas fitas simples
2.Anelamento:
37 ° C -65 ° C37 ° C -65 ° C
Primers se ligam aos sitios
específicos na fita simples
3. Extensão: 72 °
DNA polymerase acrescenta os
dNTPs à fita, de acordo com o
pareamneto de bases
Inicialmente é necessário que as duas
fitas de DNA a ser amplificado sejam separadas. A
elevação da temperatura entre 90 a 95 ºC promove a
separação da fita dupla de DNA em duas fitas simples.
Muitas vezes a temperatura de desnaturação é
determinada empiricamente e depende de alguns fatores
como a quantidade de guanina e citosina (GC) do
fragmento DNA alvo ou de interesse.
a)Desnaturação
A polimerase para anexar as bases complementares,
transformando as fitas simples em fitas duplas, necessita de um fragmento de
DNA já ligado na região previamente escolhida. Para isso adicionam-se, à
solução, os “primers” ou iniciadores que são pequenos fragmentos sintéticos
de DNA de fita simples, oligonucleotídeos de 20 a 30 bases nitrogenadas de
comprimento, que são sintetizados in vitro baseado na sequência do DNA a
ser amplificado sendo eles complementares à seqüência do segmento de DNA
de interesse. Nas duas fitas surgem, assim, um pequeno fragmento de DNA de
dupla fita intacta. A hibridização dos “primers” descrito como “Annealing”
(do inglês), deve ser feito a uma tempertura inferior à da desnaturação (45 a 70
°°°°C).
b) Anelamento-
- Quando os “primers” encontram e ligam-
se aos segmentos complementares, a DNA-Polimerase
liga os nucleotídeos entre si, completando assim as fitas
simples e tornando-as duplas (extensão). A DNA-
Polimerase não reconhece apenas o bloco de início
como também consegue diferenciar as duas
extremidades dos “primers” (3’ e 5’). Ela inicia a reação
sempre pela extremidade 3’ do “primer”, completando a
c) Extensão
fita simples daí em diante, portanto, sempre na direção
do fragmento procurado.
Pcr
Pcr
Automação da PCR
Um aparelho de PCR, ou um termociclador, repete o correspondenteUm aparelho de PCR, ou um termociclador, repete o correspondente
a programa de temperaturas. O operador deve apenas programar e
dar início para que transcorra a amplificação
Técnicamente muitas mudanças tem sido introduzidas melhorando
cada vez mais e ampliando a sua utilização.
Para cada situação experimental, novas modificações têm de ser
introduzidas, de tal forma que é muito difícil descrever um único
procedimento para um uso generalizado.
Por outro lado, é fundamental o conhecimento básico das etapas
envolvidas na técnica, para um desenho experimental com sucesso
É um seguimento de DNA ou RNA de 15 a 40 bases,
geralmente baseado na sequência já conhecida do
ácido nucleico, sintetizado quimicamente por
instrumentos automáticos, que podem ser adquiridos
no comércio para fins já definidos ou se escolhe a
região desejada do DNA ou RNA a ser amplificada.
Primer:
É um segmento de DNA ou RNA que foi marcado seja
com enzimas,, substratos antigenicos, substâncias
quimioluminescentes ou radioativas, que podem ligar-se
com alta especificidade a uma sequência complementar
do ácido nucleico alvo (escolhido).
Sonda (probe):
EFICIÊNCIA NA AMPLIFICAÇÃO:
Modelo teórico eficiência do processo de amplificação
corresponde a 100%, o que não é observado na prática.
Experimentalmente de 78% a 97%, dependendo do
fragmento amplificado.
Os principais problemas para a padronização:
a) Não detecção do produto,
b) Baixo rendimento do produto desejado,
c) Presença de bandas não específicas devido a “misextension” dos
“primers”,
d) Formação de dímeros dos “primers” que competem pela
amplificação com o produto desejado, mutação ou heterogeneicidade
devido a erro de incorporação.
Após cada ciclo, o número de fragmentos se duplica: de um
formando-se 2, e então novamente 4, 8, 16, 32, 64, 128...
de tal forma que pode ser definida matematicamente por:
PCR REAÇÃO EM CADEIA
de tal forma que pode ser definida matematicamente por:
N = No ×××× 2n
N = número de moléculas amplificadas
No = número de moléculas iniciais
n = número de ciclos de amplificação
Primeiro Ciclo da PCR
Após sucessivos ciclos...
A polimerização é feita por uma DNA
polimerase termoestável = síntese
exponencial de moléculas de DNA.
São utilizados dois primers que delimitam
o segmento amplificado
Cada uma das novas fitas de DNA extendidas a partir
dos primers serve como molde para a síntese de uma
nova fita. Isso garante o aumento exponencial do
número de novas fitas
Todas as fitas de DNA sintetizadas durante a PCR
tem a sequência dos primers na extremidade 5’ e atem a sequência dos primers na extremidade 5’ e a
sequência complementar aos primers na posição 3’.
Polimerização 5’ 3’
Todas as DNA-polimerasesTodas as DNA-polimerases
requerem para seu
funcionamento:
Molécula de DNA molde
Primer de oligonucleotídeos
Magnésio
dNTPs
Qualquer sequência alvo de DNA pode ser
amplificada por PCR
•A localização da sequencia-alvo é feita pelos primers.
• Oligonucleotídeos com 20-24 pares de bases são
seletivos o suficiente para localizar um sítio único em um
genoma de alta complexidade.
• O pareamento dos primers com a sequencia –alvo se faz
pelo estabelecimento de pontes de hidrgênio, segundo
Watson e Crick
Pcr
• Tampão:Mantém o pH ótimo para a atividade da
enzima
• Sais: fornecem condições ótimas para a máxima
eficiência da enzima. influenciam na cinetica de
hibridizaçao do DNA ou na Tm dos primers.
Componentes da PCR
• Magnésio (Mg++): ions de Mg são necessários para
estimular a Taq polimerase
Mg++: 1 a 4 mM
Cinética da PCR
•Fase de screening- ciclos iniciais
Os primers procuram o molde de DNA com as sequencias que lhes
são complementares . Encontrar a sequencia complementar não é
dificil, pois os primers estão em considerável excesso em relação
ao molde.
• Fase intermediária:
O processo de amplificação está ocorrendo levando ao acúmuloO processo de amplificação está ocorrendo levando ao acúmulo
exponencial do fragmento de DNA.O pareamento do primer com a
sequencia ja está facilitada, pois ja existem várias cópias da
sequencia-alvo
• Fase tardia ou fase de platô:
A amplificaçào ja é sub-ótima devido à limitaçao dos reagentes e a
competição dos produtos gerados com os primers disponíveis.
Pcr
O aumento exponencial do no de cópias ocorre até um
determinado no de ciclos, que será variavel de reação para
reação.
Causas do platô (Desvio do ideal teórico):
• Perda de atividade da enzima
• Todas as enzimas disponíveis estão ocupadas com a síntese de
DNA
• Acúmulo de produtos amplificados que tendem a parear entre si,• Acúmulo de produtos amplificados que tendem a parear entre si,
em detrimento do pareamento com os “primers”. Aumenta
possibilidade de amplificação de produtos inespecíficos.
• Gasto dos reagentes, especialmente de primers, mas também de
deoxinucleotídeos.
• Acúmulo de pirofosfato, resultante das ligações fosfodiésteres.
• Competição com outros produtos que vinham sendo amplificados
com eficiência menor mas também foram se acumulando.
Fidelidade na PCR
• Fidelidade:
Acuracia na replicação
•Fidelidade na PCR
Alto % dos produtos da PCR tem seqüências idênticas ao alvoAlto % dos produtos da PCR tem seqüências idênticas ao alvo
• Alta fidelidade
Condições que afetam a fidelidade da PCR
Fatores Aumenta Fidelidade Reduz fidelidade
dNTPs Balanceado
40-50µM de cada
Desbalanceado
1-2mM de cada
Mg++ 1:1 com os dNTPs 6-8 mM Mg++
Temp. anelamento
Enzima ou tempo de
extensão
Ciclos
Otimização da PCR
• Aumenta a eficiência da reação (produção)
• Aumenta a especificidade
• Melhora a reprodutibilidade
Parâmetros a serem considerados na otimização
• Desenho de primers
Conteúdo de GC,
Evitar longas regiões ricas em GC ou AT,
Temperatura de anelamento (Tm – 4oC)
• Condições dos ciclos
• Concentração dos reagentes
•Componentes do tampão
Parâmetros dos ciclos:
1. Temperatura e Tempo de desnaturação
• Falta de desnaturação do molde é uma causa
comum de falha na PCRcomum de falha na PCR
• Tipicamente 94oC por 30 s
• Tempo de desnaturação muito longo reduz a meia vida
da enzima
Parâmetros dos ciclos:
2. Temperatura e Tempo de anelamento
• Temperatura de anelamento = 5oC abaixo do Tm real
dos primersdos primers
• Tempo de anelamento = 15 a 30 s
• Tempo de extensão: função tamanho do AMPLICON
– 1 minuto é suficiente 1,2 kb
– Longo, reduz a meia vida da enzima
DNA Polimerases Termoestáveis
Thermos aquaticus (Taq polymerase)
• Taxa de incorporação de bases erradas pode variar entre 10-3 a
10-6, dependendo das concentrações de Mg2+ e dNTPs
• A incorporação de base errada (mismatch) reduz a estabilidade
da interação da enzima com o DNA, favorecendo a interrupção
da polimerização.
• Baixa temperatura de extensão e elevada concentração de
dNTPs favorecem a extensão de primers com pareamento
imperfeito e a extensão após mismatch.
Pcr
Pcr
Pcr
Inibem a PCR
•Contaminantes da amostra de DNA (limitante)
Inibidores da Polimerase
•Fenol
•Proteinase K•Proteinase K
•Agentes quelantes em excesso (EDTA)
•SDS
•Elevadas concentrações de sais
Pcr

Mais conteúdo relacionado

PPTX
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
PPTX
PCR- Reação em cadeia pela DNA POLIMERASE!
PPTX
PPT
Aula Pcr
PDF
Imunologia do transplante
PPT
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
PDF
Imunidade ativa e passiva
PPT
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônio
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
PCR- Reação em cadeia pela DNA POLIMERASE!
Aula Pcr
Imunologia do transplante
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
Imunidade ativa e passiva
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônio

Mais procurados (20)

PPT
Antigenos e Anticorpos
PPTX
Coagulograma
PPT
Replicacao e transcriçao DNA procariotos
PPTX
Replicação do DNA
PPTX
Aula 1 introdução à sinalização celular
PDF
Aula 10 replicação viral - texto
PPT
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
PPT
Eletroforese
PPT
Aula - Cardiovascular - Anticoagulantes
PDF
FARMACODINAMICA.pdf
PDF
Linfócitos B
PPTX
Lesão Celular - Dr. José Alexandre P. de Almeida
PDF
Base celular da morfogênese
DOCX
Questões patologia geral 1º semestre
PPT
ICSA17 - TCR, receptores de linfócitos T e maturação de linfócitos
PPT
Orgãos Linfóides Primários e Secundários
PPTX
PPT
Aula PCR
PPT
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
PPTX
Tecnologia do DNA recombinante
Antigenos e Anticorpos
Coagulograma
Replicacao e transcriçao DNA procariotos
Replicação do DNA
Aula 1 introdução à sinalização celular
Aula 10 replicação viral - texto
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
Eletroforese
Aula - Cardiovascular - Anticoagulantes
FARMACODINAMICA.pdf
Linfócitos B
Lesão Celular - Dr. José Alexandre P. de Almeida
Base celular da morfogênese
Questões patologia geral 1º semestre
ICSA17 - TCR, receptores de linfócitos T e maturação de linfócitos
Orgãos Linfóides Primários e Secundários
Aula PCR
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Tecnologia do DNA recombinante
Anúncio

Semelhante a Pcr (20)

PPTX
Daniel - Biologia Molecular.pptx
PPT
3S_PCR_ 3-TA_2012
PPT
técnicas moleculares no tratamento do câncer
PPT
PCR 1
PPTX
Técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase).pptx
PDF
Principios da pcr
DOCX
3S_Resumo técnica de pcr
PPT
PCR Quantitativa - Lucas Secchim Ribeiro (PGMicro UFMG 2015-1)
PDF
Aula sobre Diagnóstico Virológico para Saúde
PPT
PDF
PDF
Aula de Engenharia Genética sobre PCR
PDF
pcr.pdf da professora de biologia celular e dinamica dos tecidos
PPTX
Dna invest criminal-pcr-electroforese(dn-afingerprint)
PPT
Realtime
PPT
PCR Quantitativa - Lucas Secchim Ribeiro (PGMicro UFMG 2016-1)
PPTX
D na invest-criminal-pcr-electroforese(dnafinferprint)
Daniel - Biologia Molecular.pptx
3S_PCR_ 3-TA_2012
técnicas moleculares no tratamento do câncer
PCR 1
Técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase).pptx
Principios da pcr
3S_Resumo técnica de pcr
PCR Quantitativa - Lucas Secchim Ribeiro (PGMicro UFMG 2015-1)
Aula sobre Diagnóstico Virológico para Saúde
Aula de Engenharia Genética sobre PCR
pcr.pdf da professora de biologia celular e dinamica dos tecidos
Dna invest criminal-pcr-electroforese(dn-afingerprint)
Realtime
PCR Quantitativa - Lucas Secchim Ribeiro (PGMicro UFMG 2016-1)
D na invest-criminal-pcr-electroforese(dnafinferprint)
Anúncio

Mais de Adriane Rocha (8)

PDF
PDF
Colecao plantar 000gbzhkoaj02wx5ok01dx9lcub0tr75
PDF
Patricia alexandre ms2011
PDF
Artigo5 v8 n1
PDF
1600 8298-1-pb
PDF
PDF
253020157002
PDF
32 2-2008 01
Colecao plantar 000gbzhkoaj02wx5ok01dx9lcub0tr75
Patricia alexandre ms2011
Artigo5 v8 n1
1600 8298-1-pb
253020157002
32 2-2008 01

Pcr

  • 1. REAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA (PCR) PCR - consiste em fazer cópias de DNA “in vitro”, usando os elementos básicos do processo de replicação natural do DNA ou cDNA.
  • 2. O processo de PCR foi descrito por Kary Mullis no final da década de 1980, tendo-lhe sido posteriormente, em 1993, atribuído o Prêmio Nobel de Química pelo seu trabalho.
  • 3. Em 1989, a Hoffman La Roche & Perkin-Elmer Corporation patentearam este processo. Bactéria Thermus aquaticus (Taq-polimerase).
  • 4. PRINCÍPIOS DA REAÇÃO DE PCR A reação de polimerização em cadeia (“Polimerase chain reaction”, PCR) é a técnica que permite a amplificação do DNA ou cDNA in vitro, utilizando-se basicamente de uma reação enzimática catalizada pela polimerase (enzima termoestável) cuja atividade depende de ions Mg++ Ocorre em 3 etapas:Ocorre em 3 etapas: a) “Melting”(ou desnaturação que consiste na separação da dupla fita do DNA a ser amplificado), b) “annealing”( anelamento ou hibridização- ligação do iniciador ou “primer” ao DNA a ser amplificado), c) “extension” (extensão ou seja a polimerização propriamente dita)
  • 5. Depende: Alternância de temperaturas a cada ciclo: Replicação in vitro do DNA • DESNATURAÇÃO • ANELAMENTO • POLIMERIZAÇÃO
  • 6. Alternância de temperaturas a cada ciclo 1:Denaturaçao 94 ° C -96 ° C Separa a fita dupla do DNA molde em duas fitas simples 2.Anelamento: 37 ° C -65 ° C37 ° C -65 ° C Primers se ligam aos sitios específicos na fita simples 3. Extensão: 72 ° DNA polymerase acrescenta os dNTPs à fita, de acordo com o pareamneto de bases
  • 7. Inicialmente é necessário que as duas fitas de DNA a ser amplificado sejam separadas. A elevação da temperatura entre 90 a 95 ºC promove a separação da fita dupla de DNA em duas fitas simples. Muitas vezes a temperatura de desnaturação é determinada empiricamente e depende de alguns fatores como a quantidade de guanina e citosina (GC) do fragmento DNA alvo ou de interesse. a)Desnaturação
  • 8. A polimerase para anexar as bases complementares, transformando as fitas simples em fitas duplas, necessita de um fragmento de DNA já ligado na região previamente escolhida. Para isso adicionam-se, à solução, os “primers” ou iniciadores que são pequenos fragmentos sintéticos de DNA de fita simples, oligonucleotídeos de 20 a 30 bases nitrogenadas de comprimento, que são sintetizados in vitro baseado na sequência do DNA a ser amplificado sendo eles complementares à seqüência do segmento de DNA de interesse. Nas duas fitas surgem, assim, um pequeno fragmento de DNA de dupla fita intacta. A hibridização dos “primers” descrito como “Annealing” (do inglês), deve ser feito a uma tempertura inferior à da desnaturação (45 a 70 °°°°C). b) Anelamento-
  • 9. - Quando os “primers” encontram e ligam- se aos segmentos complementares, a DNA-Polimerase liga os nucleotídeos entre si, completando assim as fitas simples e tornando-as duplas (extensão). A DNA- Polimerase não reconhece apenas o bloco de início como também consegue diferenciar as duas extremidades dos “primers” (3’ e 5’). Ela inicia a reação sempre pela extremidade 3’ do “primer”, completando a c) Extensão fita simples daí em diante, portanto, sempre na direção do fragmento procurado.
  • 12. Automação da PCR Um aparelho de PCR, ou um termociclador, repete o correspondenteUm aparelho de PCR, ou um termociclador, repete o correspondente a programa de temperaturas. O operador deve apenas programar e dar início para que transcorra a amplificação Técnicamente muitas mudanças tem sido introduzidas melhorando cada vez mais e ampliando a sua utilização. Para cada situação experimental, novas modificações têm de ser introduzidas, de tal forma que é muito difícil descrever um único procedimento para um uso generalizado. Por outro lado, é fundamental o conhecimento básico das etapas envolvidas na técnica, para um desenho experimental com sucesso
  • 13. É um seguimento de DNA ou RNA de 15 a 40 bases, geralmente baseado na sequência já conhecida do ácido nucleico, sintetizado quimicamente por instrumentos automáticos, que podem ser adquiridos no comércio para fins já definidos ou se escolhe a região desejada do DNA ou RNA a ser amplificada. Primer: É um segmento de DNA ou RNA que foi marcado seja com enzimas,, substratos antigenicos, substâncias quimioluminescentes ou radioativas, que podem ligar-se com alta especificidade a uma sequência complementar do ácido nucleico alvo (escolhido). Sonda (probe):
  • 14. EFICIÊNCIA NA AMPLIFICAÇÃO: Modelo teórico eficiência do processo de amplificação corresponde a 100%, o que não é observado na prática. Experimentalmente de 78% a 97%, dependendo do fragmento amplificado. Os principais problemas para a padronização: a) Não detecção do produto, b) Baixo rendimento do produto desejado, c) Presença de bandas não específicas devido a “misextension” dos “primers”, d) Formação de dímeros dos “primers” que competem pela amplificação com o produto desejado, mutação ou heterogeneicidade devido a erro de incorporação.
  • 15. Após cada ciclo, o número de fragmentos se duplica: de um formando-se 2, e então novamente 4, 8, 16, 32, 64, 128... de tal forma que pode ser definida matematicamente por: PCR REAÇÃO EM CADEIA de tal forma que pode ser definida matematicamente por: N = No ×××× 2n N = número de moléculas amplificadas No = número de moléculas iniciais n = número de ciclos de amplificação
  • 18. A polimerização é feita por uma DNA polimerase termoestável = síntese exponencial de moléculas de DNA. São utilizados dois primers que delimitam o segmento amplificado
  • 19. Cada uma das novas fitas de DNA extendidas a partir dos primers serve como molde para a síntese de uma nova fita. Isso garante o aumento exponencial do número de novas fitas Todas as fitas de DNA sintetizadas durante a PCR tem a sequência dos primers na extremidade 5’ e atem a sequência dos primers na extremidade 5’ e a sequência complementar aos primers na posição 3’.
  • 20. Polimerização 5’ 3’ Todas as DNA-polimerasesTodas as DNA-polimerases requerem para seu funcionamento: Molécula de DNA molde Primer de oligonucleotídeos Magnésio dNTPs
  • 21. Qualquer sequência alvo de DNA pode ser amplificada por PCR •A localização da sequencia-alvo é feita pelos primers. • Oligonucleotídeos com 20-24 pares de bases são seletivos o suficiente para localizar um sítio único em um genoma de alta complexidade. • O pareamento dos primers com a sequencia –alvo se faz pelo estabelecimento de pontes de hidrgênio, segundo Watson e Crick
  • 23. • Tampão:Mantém o pH ótimo para a atividade da enzima • Sais: fornecem condições ótimas para a máxima eficiência da enzima. influenciam na cinetica de hibridizaçao do DNA ou na Tm dos primers. Componentes da PCR • Magnésio (Mg++): ions de Mg são necessários para estimular a Taq polimerase Mg++: 1 a 4 mM
  • 24. Cinética da PCR •Fase de screening- ciclos iniciais Os primers procuram o molde de DNA com as sequencias que lhes são complementares . Encontrar a sequencia complementar não é dificil, pois os primers estão em considerável excesso em relação ao molde. • Fase intermediária: O processo de amplificação está ocorrendo levando ao acúmuloO processo de amplificação está ocorrendo levando ao acúmulo exponencial do fragmento de DNA.O pareamento do primer com a sequencia ja está facilitada, pois ja existem várias cópias da sequencia-alvo • Fase tardia ou fase de platô: A amplificaçào ja é sub-ótima devido à limitaçao dos reagentes e a competição dos produtos gerados com os primers disponíveis.
  • 26. O aumento exponencial do no de cópias ocorre até um determinado no de ciclos, que será variavel de reação para reação. Causas do platô (Desvio do ideal teórico): • Perda de atividade da enzima • Todas as enzimas disponíveis estão ocupadas com a síntese de DNA • Acúmulo de produtos amplificados que tendem a parear entre si,• Acúmulo de produtos amplificados que tendem a parear entre si, em detrimento do pareamento com os “primers”. Aumenta possibilidade de amplificação de produtos inespecíficos. • Gasto dos reagentes, especialmente de primers, mas também de deoxinucleotídeos. • Acúmulo de pirofosfato, resultante das ligações fosfodiésteres. • Competição com outros produtos que vinham sendo amplificados com eficiência menor mas também foram se acumulando.
  • 27. Fidelidade na PCR • Fidelidade: Acuracia na replicação •Fidelidade na PCR Alto % dos produtos da PCR tem seqüências idênticas ao alvoAlto % dos produtos da PCR tem seqüências idênticas ao alvo • Alta fidelidade
  • 28. Condições que afetam a fidelidade da PCR Fatores Aumenta Fidelidade Reduz fidelidade dNTPs Balanceado 40-50µM de cada Desbalanceado 1-2mM de cada Mg++ 1:1 com os dNTPs 6-8 mM Mg++ Temp. anelamento Enzima ou tempo de extensão Ciclos
  • 29. Otimização da PCR • Aumenta a eficiência da reação (produção) • Aumenta a especificidade • Melhora a reprodutibilidade Parâmetros a serem considerados na otimização • Desenho de primers Conteúdo de GC, Evitar longas regiões ricas em GC ou AT, Temperatura de anelamento (Tm – 4oC) • Condições dos ciclos • Concentração dos reagentes •Componentes do tampão
  • 30. Parâmetros dos ciclos: 1. Temperatura e Tempo de desnaturação • Falta de desnaturação do molde é uma causa comum de falha na PCRcomum de falha na PCR • Tipicamente 94oC por 30 s • Tempo de desnaturação muito longo reduz a meia vida da enzima
  • 31. Parâmetros dos ciclos: 2. Temperatura e Tempo de anelamento • Temperatura de anelamento = 5oC abaixo do Tm real dos primersdos primers • Tempo de anelamento = 15 a 30 s • Tempo de extensão: função tamanho do AMPLICON – 1 minuto é suficiente 1,2 kb – Longo, reduz a meia vida da enzima
  • 32. DNA Polimerases Termoestáveis Thermos aquaticus (Taq polymerase) • Taxa de incorporação de bases erradas pode variar entre 10-3 a 10-6, dependendo das concentrações de Mg2+ e dNTPs • A incorporação de base errada (mismatch) reduz a estabilidade da interação da enzima com o DNA, favorecendo a interrupção da polimerização. • Baixa temperatura de extensão e elevada concentração de dNTPs favorecem a extensão de primers com pareamento imperfeito e a extensão após mismatch.
  • 36. Inibem a PCR •Contaminantes da amostra de DNA (limitante) Inibidores da Polimerase •Fenol •Proteinase K•Proteinase K •Agentes quelantes em excesso (EDTA) •SDS •Elevadas concentrações de sais