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Crescimento Económico → Corresponde a aumentos regulares do produto, do rendimento, do
investimento e do trabalho – é uma visão quantitativa na medida em que se baseia apenas em
números
Desenvolvimento → verifica-se quando o crescimento económico tem efeitos de arrastamento
sobre outros domínios (social, demográfico, cultural…), sendo uma visão qualitativa. Há
desenvolvimento quando a riqueza é bem distribuída pela população havendo equidade) e posta ao
serviço da mesma, garantindo o seu bem-estar, saúde, segurança, educação, qualidade de vida e
igualdade de oportunidades, promovendo, desta forma, qualidade de vida e riqueza da população.
Para haver desenvolvimento tem de haver alterações em alguns domínios, nomeadamente:
. Demográfico: aumento da população, aumento da população jovem.
. Económico: aumento da produção, diversificação dos bens e serviços, aumento do comércio,
maior circulação de capitais, mais investimento.
. Técnico: industrialização de regiões predominantemente rurais.
. Social: construção de escolas, hospitais e outros serviços públicos.
. Cultural: dinamização cultural (mais cinemas, bibliotecas…), sociedade informada.
. Político: desenvolvimento e dinamização do poder local.
Indicadores Simples
1. Económicos:

2. Demográficos

. PIB per capita

. Taxa de natalidade

. Repartição sectorial da população ativa

. Taxa de mortalidade

. Estrutura do produto

. Taxa de mortalidade infantil

. Consumo de aço e energia/habitante

. Taxa de mortalidade de menores de 5

. Indicador do comércio externo

anos
. EMV à nascença
. Taxa de emigração
3. Socioculturais

. Nº utilizadores de internet/habitante

. Taxa de alfabetização
. Nº alunos/professor

4. Político-sociais

. Nº anos de escolaridade obrigatória

. Estabilidade das instituições

. Nº médicos/habitante

. Descentralização

. Nº televisores/habitante

. Democracia política

. Nº automóveis/habitante

. Cumprimento dos DH

. Vitaminas/habitante

. Equidade do género

Indicadores compostos → são indicadores que nos dão uma noção mais concreta e completa do
desenvolvimento de um país. Surgiram da necessidade de compreender melhor a situação de cada
país e abarcam informações não só de natureza económica como também de outras naturezas.
Os indicadores simples, por si só, podem distorcer a realidade, pelo que deveremos recorrer a um
conjunto alargado de indicadores para podermos, de facto, ter uma perspetiva mais completa da
situação económica e social dos diferentes países.
IDH → é o Índice de Desenvolvimento Humano e, este indicador, dá-nos uma ideia mais precisa da
situação económica, social e cultural de um país. O IDH inclui os seguintes indicadores:
. PIB per capita em d. P.P.C.: estabelece-se um cabaz e vê-se, em cada país, o que se pode comprar
com essa quantidade de dinheiro.
. EMV à nascença
. Escolaridade combinada:
- Taxa de alfabetização
- Escolaridade combinada
Limitações do IDH→ o IDH apresenta limitações na medida em que, por se tratar de um valor médio,
pode ocultar grandes disparidades existentes no país. As disparidades do IDH por rendimento entre
pobres e ricos, nos países de rendimento mais elevado, são menores, em parte porque os
diferenciais de rendimento se traduzem de forma menos enfática em diferenças na esperança de
vida e nos resultados do ensino básico.
Limitações do PIB per capita → O PIB per capita, por se tratar de um valor médio, oculta as
desigualdades existentes na repartição da riqueza pela população e pelas regiões. O aumento do
Produto de um país pode não traduzir, de facto, mais desenvolvimento, pois esse aumento pode
apenas beneficiar algumas classes sociais mais altas, agravando o desnível entre os rendimentos
mais elevados e os mais baixos e, ao mesmo tempo, aumentando o PIB per capita de um país.
Também, o PIB per capita não contabiliza a economia paralela que, em Portugal, representa 20%,
deste modo, 20% da economia portuguesa não é contabilizada no PIB.
O PIB não tem em conta as externalidades, isto é, os efeitos decorrentes dos feitos económicos que
tem consequências negativas ou positivas para uma população. Assim, não revela situações que
possam indicar desenvolvimento ou mau desenvolvimento.
IDG → o IDG é como o IDH, mas ajustado ao género, permitindo, dentro dos valores do IDH, saber se
há diferenças entre o homem e a mulher. Assim, o IDG corrige o IDH de acordo com desigual posição
e participação da mulher na vida política, cultural, social e económica do seu país. Tem os seguintes
indicadores:
. EMV à nascença (H/M)
. Rendimentos (H/M)
. Nível de conhecimentos:
- Taxa de escolarização (H/M)
- Taxa de alfabetização (H/M)
IPH → Existem dois tipos de IPH na medida em que se ajustam ao tipo de desenvolvimento de um
país. Quanto mais desenvolvido for um país, mais diferente a noção de pobreza vai ser,
relativamente a um país subdesenvolvido. Assim, se para um país subdesenvolvido, viver até aos 40
anos significa ter uma vida longa e saudável, para um país desenvolvido isso pode significar ter uma
vida curta e pouco saudável.
IPH 1:
. Vida Longa e saudável: probabilidade de não viver até aos 40 anos
. Nível de conhecimento: taxa de alfabetização dos adultos
. Nível de vida digno: percentagem sem acesso à água melhorada e percentagem de crianças de
baixo peso.
IPH 2:
. Vida longa e saudável: probabilidade de não viver até aos 60 anos
. Nível de conhecimentos: taxa de analfabetismo funcional
. Nível de vida digno: percentagem de população a viver abaixo do limiar da pobreza
. Exclusão social: taxa de desemprego de longa duração.

IEG:
. Participação da mulher na vida política: rácio de assentos parlamentares (F/M)
. Participação da mulher na vida económica: rácio de cargos superiores de gestão (F/M)
. Diferença entre os rendimentos dos homens e das mulheres.
Curva de Lorenz → Diagrama que representa, por classes percentuais, o rendimento que cabe a
cada grupo da população, permitindo avaliar a desigualdade existente entre as diferentes categorias
de indivíduos.
Índice de Gini → Varia entre 1 e 0, em que 0 indica a igualdade total.
Indicadores culturais → Conseguimos saber o grau de desenvolvimento de um povo através dos
indicadores culturais. Um povo culto, informado, civilizado e educado vai levar a que haja bons
políticos (boas decisões politicas), o que vai levar a que haja boas decisões e consequente
desenvolvimento económico, pessoal e cultural, fazendo melhorar o nível de vida da sociedade.
Utiliza os seguintes indicadores:
. Emprego cultural em relação ao total de empregos
. Número de entradas anuais no cinema/habitante
. Despesas culturais em relação ao total de despesas das famílias.
IRT→ O IRT é composto por vários indicadores compostos que, por sua vez, são constituídos por
indicadores simples que nos dão uma panorâmica muito completa do nível de tecnologia do país.
Assim, permite-nos avaliar o desempenho dos países na criação e difusão tecnológica através desses
indicadores simples, como o número de patentes concedidas e os royalties, número de utilizadores
de internet e telemóvel, a exportação de bens de média e alta tecnologia, consumo de eletricidade
por habitante, anos médios de escolaridade…
Fatores do crescimento económico
1. Aumento dos mercados → O crescimento económico baseia-se no aumento da produção. Para
haver aumento da produção é necessário um aumento do consumo de bens produzidos (aumento
do mercado). Antigamente, produzia-se para autoconsumo ou para vender no mercado local, o
essencial era consumir localmente e haviam poucas trocas. Ao longo do tempo, com a Revolução
Industrial e com a Revolução dos Transportes, os mercados começaram a expandir, com os produtos
a circular muito mais facilmente, aumentando o comércio entre países.

Fatores que permitiram a revolução industrial:
-Aumento do mercado através do comércio externo → com o aumento da capacidade de carga dos
transportes, aumentaram as trocas. Deste modo, as empresas começaram a fabricar não só para o
mercado interno como também para o mercado externo, aumentando a produção.
- Aumento dos transportes → a introdução da máquina a vapor levou ao aumento do uso dos
transportes e da produção (exportações).
- Inovações aplicadas à indústria → O melhoramento das máquinas fez com que houvesse um
desenvolvimento na indústria que, por sua vez, influenciou os mercados.
- Aumento da atividade bancária → a atividade bancária, antigamente, não podia ser praticada
cobrando juros, devido à imposição por parte da igreja católica, então, quem exercia esta prática
eram os judeus. Esta atividade bancária, mais tarde, alastrou-se para os protestantes e, finalmente,
para os católicos. Quando começaram a exercer a atividade bancária, começou-se a investir,
promovendo o investimento na indústria.
-Novos valores, liberdade de iniciativa e juros → apareceram novos valores, novas formas de ver a
vida: desenvolveu-se o espírito capitalista. Os grandes industriais surgiram nesta altura, pois a modo
era muito barata, o que permitia muito lucro. Não havia muita concorrência e eram eles que
controlavam preços e qualidade, fazendo surgir grandes monopólios e poderosas organizações
financeiras. Apareceu, também, a liberdade de iniciativa: nos países capitalistas, qualquer pessoa
podia montar qualquer negócio, não havia quase restrições nenhumas.
Crise nos EUA:
Começou a haver um excesso de produção nos EUA, o que gerou uma crise de produção, uma vez
que as empresas não conseguiam escoar os produtos, pelo que viam-se obrigadas a baixar os preços,
perdendo muito dinheiro e fazendo com que muitas fábricas tivessem de fechar. Isto gerou um
grande desemprego, pelo que as possas não podiam comprar, fazendo com que as empresas
fechassem.
Na 2ªGGM os EUA produziam para os aliados, enriquecendo. Porém, a UE perdeu dinheiro e já não
podia comprar, pelo que os EUA ejectaram o plano Marshall, ajudando a Europa e ganhando com
isso ao salvar a indústria.

BOOM da economia do pós-guerra:
O petróleo é muito maleável, leve e de grande poder e, na altura, era muito barato, ao passo que o
carvão era muito pesado. Esta substituição permitiu a utilização e fabrico de máquinas mais
pequenas, sofisticadas e modernas.
Crescente liberalização das trocas no comércio, originando a especialização e a consequente DIT.
Um organismo mundial passou a controlar o valor da moeda, ao invés de ser o Estado, estabilizando
a moeda.
Nos países onde a indústria foi não foi destruída devido à guerra, continuaram a utilizar as velhas
máquinas. Nos países onde a indústria foi destruída devido à guerra, tiveram de “partir do zero”,
com máquinas mais sofisticadas, produzindo mais, compensado os gastos.
A guerra trouxe muitos armamentos novos (bomba atómica, aviões a jacto…). Assim, houve um
grande progresso que veio a desenvolver a indústria do pós-guerra.
Integração económica → é o processo que leva à aproximação económica entre países, em que se
vão eliminando as barreiras à livre circulação e se vão estabelecendo relações de cooperação entre
os países que constam nesse processo.
NPI → são os países que se industrializaram recentemente, tendo-se industrializado com tecnologia
moderna e eficaz, ao passo que os outros países tendem a manter as máquinas velhas. O Japão
expandiu a sua indústria para Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul (NPI da 1ª geração). Estes, por sua
vez, expandiram para os países à sua volta, como a China, a Índia e a Tailândia (NPI da 2ª geração).
BRIC → países em grande ascensão, devido ao grande crescimento económico e à grande dimensão
populacional (estes 4 países concentram 40% da população). Estes aumentam o seu PIB, mais ou
menos, 8% por ano, vendo, passados 10 anos, a sua produção aumentada. É constituído pelo Brasil,
Índia, China e Rússia.
Globalização → tem-se intensificado através da crescente abertura dos mercados ao exterior (como
estratégia do desenvolvimento económico), estabelecendo-se ligações entre empresas e mercados.
Estas empresas que contribuem para a globalização (as transnacionais) fomentam a deslocalização
de muitas das suas indústrias para outros países onde a modo é mais barata, criando desemprego no
seu país de origem. A globalização é inevitável, porém, devemos é tentar corrigir algumas coisas
através nos nossos comportamentos, promovendo:
. Maior regulação dos mercados
. Respeito pelos direitos da população
. Apoios institucionais.
Investimento de capital físico e humano
Investimento em capital físico → é feito através da aquisição ou melhoramento de bens de
equipamento e matérias-primas. Este investimento vai permitir manter ou melhorar a eficácia e a
produtividade, pelo que é preciso ir-se sempre investindo, caso contrário os produtos deixam de ser
competitivos e a produção diminui. Deste modo, o investimento promove o crescimento económico
e, consequentemente, o desenvolvimento.
Podemos avaliar a importância de um certo investimento através do multiplicador de investimento,
que nos permite verificar se vamos ter um aumento dos lucros derivado das vendas/produção.
É também de salientar que os investimentos devem ser feitos pelos privados, uma vez que é o
dinheiro deles que é posto em causa no caso de alguma coisa correr mal, pelo que gerem melhor a
empresa. Se for o Estado a investir, são os contribuintes que pagam os prejuízos, pelo que não há
tanta preocupação com a boa gestão.
Investimento em capital humano → Porém, não interessa apenas haver boas máquinas, é também
necessário haver pessoas competentes a trabalhar com elas, pois, por exemplo, um médico
incompetente só vai prejudicar as pessoas. Deste modo, é também fundamental um investimento
em capital humano: as empresas precisam de pessoas cultas, capazes de se adaptar, competentes e
com bom nível de conhecimento, para exercerem bem a sua profissão, se adaptarem a diferentes
empregos, aumentarem a produtividade e para poderem aplicar o seu conhecimento na inovação
empresarial.
Inovação na gestão → Um bom investimento em capital humano poderá traduzir-se num
investimento físico derivado da pesquisa/investigação e consequentes inovações. Deste
investimento físico se seguirá um aumento da produtividade e crescimento da produção e
consequente crescimento económico. Tudo isto, por sua vez, tem origem na inovação na
gestão/capacidade empresarial.
Quando um investimento em capital humano é feito através da educação/formação do mesmo, esse
investimento, poderá traduzir-se no aparecimento de novas formas de gestão e em investigação e
desenvolvimento (I&D, que, por sua vez, poderá ser teórico ou seguido por uma aplicação prática),
promovendo, deste modo, mais uma vez, o crescimento económico.
Velha economia:
. Mercados estáveis e nacionais
. A produção baseava-se no capital e no trabalho
. Adquiriam-se vantagens comparativas através dos baixos custos e das economias de escala.
. Tirava-se a formação num curso e depois entrava-se numa empresa para passar lá a vida, tendo
esta uma organização hierarquizada.
Nova economia:
. Os mercados são instáveis e globalizados
. A empresa valoriza mais o conhecimento e a inovação
. Adquirem-se vantagens comparativas através das inovações, melhor qualidade e baixo preço.
. As pessoas vão-se formando ao longo da vida, sendo o seu emprego muito precário.
. As empresas organizam-se em rede.

Países que aplicam o conhecimento: UE, EUA e Canadá, Oceânia e Japão
As economias dos países desenvolvidos apresentam um conjunto de características comuns:
1. Alteração da estrutura da atividade económica, relativamente a períodos anteriores
a. Crescimento industrial
b. Terciarização da economia
2.

Inovação tecnológica
a. As economias avançadas:
i. Populações com níveis elevados de escolaridade e competência cientifica e
técnica
ii. Dão grande importância à investigação
iii. Ou seja, dominam o conhecimento
b. As economias intermédias:
i. Recorrem a tecnologia moderna importada
ii. Estão mais ligados à produção
iii. Estão menos ligados ao domínio imaterial
iv. Conceção de estratégias de distribuição e investigação
v. Ou seja, não tem o conhecimento

3.

Aumento da produção e da produtividade
a. É o objetivo de qualquer economia (produção e produtividade)
b. Procuram-se novas formas de conseguir mais bens com menos dispêndio (Os
engenheiros e economistas a conceber novas: técnicas de produção; materiais; formas
de organizar o trabalho. Sendo o principal objetivo das organizações o aumento da
produtividade).
Teorias:
Sobre os recursos humanos
o Mais qualificação do trabalho
Sobre o equipamento
o Mais tecnologia moderna
Sobre a organização do trabalho
o Condições físicas/ psicológicas de trabalho
o Trabalho em equipa
o Motivação
o Envolvimento na tomada de decisões
Outras articulando todas as anteriores
A inovação empresarial e o aumento da produtividade
Adam Smith (1723-1790)
o Divisão técnica do trabalho
Frederick Taylor (1856-1915)
o Produção assente na redução do tempo de trabalho e na especialização
o Com base nas novas máquinas e da nova organização do trabalho
Henry Ford (1864-1947)
o Faz a aplicação do taylorismo à industria americana de automóveis,
introduzindo as linhas de montagem
o Permitiu lucros elevados e aumentos salariais
o Produziu limitações dadas às frustrações nos trabalhadores pela rotina das
tarefas e cristalização profissional
Elton Mayo (1880-1049)
o A produtividade poderá aumentar com base nas boas relações humanas que
se criam no ato social de produzir.
O século XX – estudos e propostas de gestão empresarial:
Modelo burocrata – que assenta na estandardização das funções e preparação dos
trabalhadores para as mesmas
Teorias sobre modos de liderança – com defesa do estilo democrático de gestão
Atualmente:
Aumento da escolaridade e preparação académica e profissional dos trabalhadores
Motivação e empenho dos trabalhadores
Fusão e concentração empresariais
Internacionalização e as novas formas de relacionamento global
4.

Diversificação da produção
Novos bens
Características dos produtos de “ontem”
- Longa duração, servindo geralmente várias
gerações
- Pouco numerosas
- Técnicas de fabrico simples e evoluindo
pouco
- Proximidade entre o artesão e o
consumidor
- Decisão de compra sempre racional

Características dos produtos de “hoje”
- Duração cada vez mais curta (inferior a 10
anos) e dificuldade de reparação
- Numerosos e variados quanto à marca e
qualidade
- Técnicas de fabrico cada vez mais
sofisticadas e evoluindo rapidamente
- O fabricante cada vez mais afastado do
consumidor, devido aos numerosos
intermediários
-Decisão de compra cada vez mais
irracional, motivada, sobretudo, pelo
matraquear publicitário

A diversidade física dos bem é reforçada com as marcas.
Novos serviços
A diversificação da produção e a sociedade de consumo
5.

Modificação do modo de organização económica
Fases do processo de concentração empresarial (quadro da página 65)
Concentração Empresarial
o Fusão ou Trust – nova empresa/direção única
 Utiliza meios de produção e trabalhadores de várias empresas
 Constituição de monopólio
 Racionalização das empresas
 Redução de custos
o Aquisições/total ou parcial/Bolsa (OPA e OPV)
 Processo de sobrevivência
 Diversificação de interesses
 Dominação de mercado
 Entrada noutros mercados
o O papel do Estado
 Estado liberal – defendido pelos adeptos de mercado puro intervém:
Enquadramento legal da atividade económica
Construção de infraestruturas
Fornecimento de serviços coletivos que não oferecem lucro
ao privado
 Estado Intervencionista – defendido pelos adeptos da vertente social
e da imperfeição do mercado, intervém:
Em situação de crise
Para estimular o emprego e o investimento
Como orientador da economia privada
Como mediador nas questões laborais
 Estado Moderno – criado para:
Um melhor funcionamento da atividade económica
Favorecer determinada estratégia de crescimento
Apoiar empresas na procura de novos mercados
Incentivar as empresas à inovação e globalização económica
Fiscalizar a concorrência, etc.
6.

Melhoria do nível de vida da população

Ciclos de crescimento económico
Ciclo económico – composto por um conjunto de flutuações do produto, rendimento e emprego
com reflexos na expansão e contração da atividade económica. Um ciclo completo tem uma fase
ascendente e outra descendente ou sucessão de momentos ou fases de crescimento e de contração
da atividade económica.
Fases dos ciclos económicos:
Expansão – os valores das principais variáveis económicas acompanham essa evolução positiva.
Produto, rendimento, emprego, investimento, comercio, consumo refletem favoravelmente o clima de
confiança que a economia vive, atingindo um ponto máximo de confiança que a economia vive,
atingindo um ponto máximo a que se dá o nome de pico ou teto de expansão.
Quando uma economia se encontra em expansão, verificam-se as seguintes características:
O consumo aumenta
A produção aumenta
O investimento aumenta
O emprego aumenta
A inflação pode aumentar
As ações sobem
Crise económica – período especifico de um ciclo económico em que há uma inversão da conjuntura
económica geralmente grave e brutal, correspondendo à face descendente do ciclo.
Depressão – é uma recessão prolongada e grave. Corresponde a um prolongamento de um período de
crise.
Recessão – verifica-se quando o PIB real se reduz, em menos, dois trimestres ou período de declínio da
taxa de crescimento do produto (abrandamento do crescimento), do rendimento e do emprego de um
país, que dura, em média, entre seis meses e um ano, atualmente, e caracteriza-se pela contração da
atividade económica de grande parte dos setores da economia.
Quando uma economia se encontra em recessão, verificam-se as seguintes características típicas:
- o consumo diminui
- a produção cai
- o investimento cai
- o emprego diminui
- a inflação diminui
- as ações caem
Recessão técnica – quando uma economia se encontra em recessão por dois trimestres consecutivos.
Deflação – caracteriza-se por uma quebra geral dos preços dos bens e serviços, associada a uma
restrição da procura, da produção e do emprego.
O inicio da fase descendente de um ciclo económico corresponde ao inicio de um período de crise
económica. Na dinâmica do sistema capitalista interagem vários sistemas:
Um conjunto de inovações com a estandardização dos novos produtos e aumentos de
produtividade.
Uma “nova” população ativa com mais qualificações.
Uma forma especifica de intervenção de estado estimulando a procura, através de políticas
conjunturais e estruturais.
Quando é interrompida esta dinâmica/ equilíbrio, por esgotamento do modelo que originou o novo ciclo
de crescimento, a economia entra em crise.
Causas das crises:
Economias pré capitalistas:
Penúria
Escassez de bens
Subprodução
Economias Da Era-Industrial:
Excesso de produção (situação que o mercado só resolve após o desequilíbrio instalado)
As causas para este fenómeno prendem-se com fatores diversos, tendo-se produzido diferentes
teorias. Instrumentos como: dados estatísticos; modelos econométricos; informática; estudos
económicos, permitem aos agentes económicos e governos prevenir os desequilíbrios.
Políticas Anticiclo
Estratégias que contrariem a fase do ciclo em que a economia se encontra.
Uma crise muito prolongada pode originar uma depressão com taxas de desemprego muito
elevadas, superiores a 10%, por um período superior a dois anos.
Tipos de ciclos
Ciclos de Kondratiev
Observou três ciclos longos, de 40 a 60 anos, desde o arranque da revolução industrial
até aos finais dos anos 30 do século XX.
Para o economista, a atividade económica processa-se segundo um percurso
ascendente (fase a) e descendente (fase b), que dura cerca de 50 anos (ciclo longo).

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resumo 12º ano economia c 1º período

  • 1. Crescimento Económico → Corresponde a aumentos regulares do produto, do rendimento, do investimento e do trabalho – é uma visão quantitativa na medida em que se baseia apenas em números Desenvolvimento → verifica-se quando o crescimento económico tem efeitos de arrastamento sobre outros domínios (social, demográfico, cultural…), sendo uma visão qualitativa. Há desenvolvimento quando a riqueza é bem distribuída pela população havendo equidade) e posta ao serviço da mesma, garantindo o seu bem-estar, saúde, segurança, educação, qualidade de vida e igualdade de oportunidades, promovendo, desta forma, qualidade de vida e riqueza da população. Para haver desenvolvimento tem de haver alterações em alguns domínios, nomeadamente: . Demográfico: aumento da população, aumento da população jovem. . Económico: aumento da produção, diversificação dos bens e serviços, aumento do comércio, maior circulação de capitais, mais investimento. . Técnico: industrialização de regiões predominantemente rurais. . Social: construção de escolas, hospitais e outros serviços públicos. . Cultural: dinamização cultural (mais cinemas, bibliotecas…), sociedade informada. . Político: desenvolvimento e dinamização do poder local. Indicadores Simples 1. Económicos: 2. Demográficos . PIB per capita . Taxa de natalidade . Repartição sectorial da população ativa . Taxa de mortalidade . Estrutura do produto . Taxa de mortalidade infantil . Consumo de aço e energia/habitante . Taxa de mortalidade de menores de 5 . Indicador do comércio externo anos . EMV à nascença . Taxa de emigração
  • 2. 3. Socioculturais . Nº utilizadores de internet/habitante . Taxa de alfabetização . Nº alunos/professor 4. Político-sociais . Nº anos de escolaridade obrigatória . Estabilidade das instituições . Nº médicos/habitante . Descentralização . Nº televisores/habitante . Democracia política . Nº automóveis/habitante . Cumprimento dos DH . Vitaminas/habitante . Equidade do género Indicadores compostos → são indicadores que nos dão uma noção mais concreta e completa do desenvolvimento de um país. Surgiram da necessidade de compreender melhor a situação de cada país e abarcam informações não só de natureza económica como também de outras naturezas. Os indicadores simples, por si só, podem distorcer a realidade, pelo que deveremos recorrer a um conjunto alargado de indicadores para podermos, de facto, ter uma perspetiva mais completa da situação económica e social dos diferentes países. IDH → é o Índice de Desenvolvimento Humano e, este indicador, dá-nos uma ideia mais precisa da situação económica, social e cultural de um país. O IDH inclui os seguintes indicadores: . PIB per capita em d. P.P.C.: estabelece-se um cabaz e vê-se, em cada país, o que se pode comprar com essa quantidade de dinheiro. . EMV à nascença . Escolaridade combinada: - Taxa de alfabetização - Escolaridade combinada Limitações do IDH→ o IDH apresenta limitações na medida em que, por se tratar de um valor médio, pode ocultar grandes disparidades existentes no país. As disparidades do IDH por rendimento entre pobres e ricos, nos países de rendimento mais elevado, são menores, em parte porque os diferenciais de rendimento se traduzem de forma menos enfática em diferenças na esperança de vida e nos resultados do ensino básico. Limitações do PIB per capita → O PIB per capita, por se tratar de um valor médio, oculta as desigualdades existentes na repartição da riqueza pela população e pelas regiões. O aumento do Produto de um país pode não traduzir, de facto, mais desenvolvimento, pois esse aumento pode
  • 3. apenas beneficiar algumas classes sociais mais altas, agravando o desnível entre os rendimentos mais elevados e os mais baixos e, ao mesmo tempo, aumentando o PIB per capita de um país. Também, o PIB per capita não contabiliza a economia paralela que, em Portugal, representa 20%, deste modo, 20% da economia portuguesa não é contabilizada no PIB. O PIB não tem em conta as externalidades, isto é, os efeitos decorrentes dos feitos económicos que tem consequências negativas ou positivas para uma população. Assim, não revela situações que possam indicar desenvolvimento ou mau desenvolvimento. IDG → o IDG é como o IDH, mas ajustado ao género, permitindo, dentro dos valores do IDH, saber se há diferenças entre o homem e a mulher. Assim, o IDG corrige o IDH de acordo com desigual posição e participação da mulher na vida política, cultural, social e económica do seu país. Tem os seguintes indicadores: . EMV à nascença (H/M) . Rendimentos (H/M) . Nível de conhecimentos: - Taxa de escolarização (H/M) - Taxa de alfabetização (H/M) IPH → Existem dois tipos de IPH na medida em que se ajustam ao tipo de desenvolvimento de um país. Quanto mais desenvolvido for um país, mais diferente a noção de pobreza vai ser, relativamente a um país subdesenvolvido. Assim, se para um país subdesenvolvido, viver até aos 40 anos significa ter uma vida longa e saudável, para um país desenvolvido isso pode significar ter uma vida curta e pouco saudável. IPH 1: . Vida Longa e saudável: probabilidade de não viver até aos 40 anos . Nível de conhecimento: taxa de alfabetização dos adultos . Nível de vida digno: percentagem sem acesso à água melhorada e percentagem de crianças de baixo peso. IPH 2: . Vida longa e saudável: probabilidade de não viver até aos 60 anos . Nível de conhecimentos: taxa de analfabetismo funcional . Nível de vida digno: percentagem de população a viver abaixo do limiar da pobreza
  • 4. . Exclusão social: taxa de desemprego de longa duração. IEG: . Participação da mulher na vida política: rácio de assentos parlamentares (F/M) . Participação da mulher na vida económica: rácio de cargos superiores de gestão (F/M) . Diferença entre os rendimentos dos homens e das mulheres. Curva de Lorenz → Diagrama que representa, por classes percentuais, o rendimento que cabe a cada grupo da população, permitindo avaliar a desigualdade existente entre as diferentes categorias de indivíduos. Índice de Gini → Varia entre 1 e 0, em que 0 indica a igualdade total. Indicadores culturais → Conseguimos saber o grau de desenvolvimento de um povo através dos indicadores culturais. Um povo culto, informado, civilizado e educado vai levar a que haja bons políticos (boas decisões politicas), o que vai levar a que haja boas decisões e consequente desenvolvimento económico, pessoal e cultural, fazendo melhorar o nível de vida da sociedade. Utiliza os seguintes indicadores: . Emprego cultural em relação ao total de empregos . Número de entradas anuais no cinema/habitante . Despesas culturais em relação ao total de despesas das famílias. IRT→ O IRT é composto por vários indicadores compostos que, por sua vez, são constituídos por indicadores simples que nos dão uma panorâmica muito completa do nível de tecnologia do país. Assim, permite-nos avaliar o desempenho dos países na criação e difusão tecnológica através desses indicadores simples, como o número de patentes concedidas e os royalties, número de utilizadores de internet e telemóvel, a exportação de bens de média e alta tecnologia, consumo de eletricidade por habitante, anos médios de escolaridade… Fatores do crescimento económico 1. Aumento dos mercados → O crescimento económico baseia-se no aumento da produção. Para haver aumento da produção é necessário um aumento do consumo de bens produzidos (aumento do mercado). Antigamente, produzia-se para autoconsumo ou para vender no mercado local, o essencial era consumir localmente e haviam poucas trocas. Ao longo do tempo, com a Revolução
  • 5. Industrial e com a Revolução dos Transportes, os mercados começaram a expandir, com os produtos a circular muito mais facilmente, aumentando o comércio entre países. Fatores que permitiram a revolução industrial: -Aumento do mercado através do comércio externo → com o aumento da capacidade de carga dos transportes, aumentaram as trocas. Deste modo, as empresas começaram a fabricar não só para o mercado interno como também para o mercado externo, aumentando a produção. - Aumento dos transportes → a introdução da máquina a vapor levou ao aumento do uso dos transportes e da produção (exportações). - Inovações aplicadas à indústria → O melhoramento das máquinas fez com que houvesse um desenvolvimento na indústria que, por sua vez, influenciou os mercados. - Aumento da atividade bancária → a atividade bancária, antigamente, não podia ser praticada cobrando juros, devido à imposição por parte da igreja católica, então, quem exercia esta prática eram os judeus. Esta atividade bancária, mais tarde, alastrou-se para os protestantes e, finalmente, para os católicos. Quando começaram a exercer a atividade bancária, começou-se a investir, promovendo o investimento na indústria. -Novos valores, liberdade de iniciativa e juros → apareceram novos valores, novas formas de ver a vida: desenvolveu-se o espírito capitalista. Os grandes industriais surgiram nesta altura, pois a modo era muito barata, o que permitia muito lucro. Não havia muita concorrência e eram eles que controlavam preços e qualidade, fazendo surgir grandes monopólios e poderosas organizações financeiras. Apareceu, também, a liberdade de iniciativa: nos países capitalistas, qualquer pessoa podia montar qualquer negócio, não havia quase restrições nenhumas. Crise nos EUA: Começou a haver um excesso de produção nos EUA, o que gerou uma crise de produção, uma vez que as empresas não conseguiam escoar os produtos, pelo que viam-se obrigadas a baixar os preços, perdendo muito dinheiro e fazendo com que muitas fábricas tivessem de fechar. Isto gerou um grande desemprego, pelo que as possas não podiam comprar, fazendo com que as empresas fechassem.
  • 6. Na 2ªGGM os EUA produziam para os aliados, enriquecendo. Porém, a UE perdeu dinheiro e já não podia comprar, pelo que os EUA ejectaram o plano Marshall, ajudando a Europa e ganhando com isso ao salvar a indústria. BOOM da economia do pós-guerra: O petróleo é muito maleável, leve e de grande poder e, na altura, era muito barato, ao passo que o carvão era muito pesado. Esta substituição permitiu a utilização e fabrico de máquinas mais pequenas, sofisticadas e modernas. Crescente liberalização das trocas no comércio, originando a especialização e a consequente DIT. Um organismo mundial passou a controlar o valor da moeda, ao invés de ser o Estado, estabilizando a moeda. Nos países onde a indústria foi não foi destruída devido à guerra, continuaram a utilizar as velhas máquinas. Nos países onde a indústria foi destruída devido à guerra, tiveram de “partir do zero”, com máquinas mais sofisticadas, produzindo mais, compensado os gastos. A guerra trouxe muitos armamentos novos (bomba atómica, aviões a jacto…). Assim, houve um grande progresso que veio a desenvolver a indústria do pós-guerra. Integração económica → é o processo que leva à aproximação económica entre países, em que se vão eliminando as barreiras à livre circulação e se vão estabelecendo relações de cooperação entre os países que constam nesse processo. NPI → são os países que se industrializaram recentemente, tendo-se industrializado com tecnologia moderna e eficaz, ao passo que os outros países tendem a manter as máquinas velhas. O Japão expandiu a sua indústria para Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul (NPI da 1ª geração). Estes, por sua vez, expandiram para os países à sua volta, como a China, a Índia e a Tailândia (NPI da 2ª geração). BRIC → países em grande ascensão, devido ao grande crescimento económico e à grande dimensão populacional (estes 4 países concentram 40% da população). Estes aumentam o seu PIB, mais ou menos, 8% por ano, vendo, passados 10 anos, a sua produção aumentada. É constituído pelo Brasil, Índia, China e Rússia.
  • 7. Globalização → tem-se intensificado através da crescente abertura dos mercados ao exterior (como estratégia do desenvolvimento económico), estabelecendo-se ligações entre empresas e mercados. Estas empresas que contribuem para a globalização (as transnacionais) fomentam a deslocalização de muitas das suas indústrias para outros países onde a modo é mais barata, criando desemprego no seu país de origem. A globalização é inevitável, porém, devemos é tentar corrigir algumas coisas através nos nossos comportamentos, promovendo: . Maior regulação dos mercados . Respeito pelos direitos da população . Apoios institucionais. Investimento de capital físico e humano Investimento em capital físico → é feito através da aquisição ou melhoramento de bens de equipamento e matérias-primas. Este investimento vai permitir manter ou melhorar a eficácia e a produtividade, pelo que é preciso ir-se sempre investindo, caso contrário os produtos deixam de ser competitivos e a produção diminui. Deste modo, o investimento promove o crescimento económico e, consequentemente, o desenvolvimento. Podemos avaliar a importância de um certo investimento através do multiplicador de investimento, que nos permite verificar se vamos ter um aumento dos lucros derivado das vendas/produção. É também de salientar que os investimentos devem ser feitos pelos privados, uma vez que é o dinheiro deles que é posto em causa no caso de alguma coisa correr mal, pelo que gerem melhor a empresa. Se for o Estado a investir, são os contribuintes que pagam os prejuízos, pelo que não há tanta preocupação com a boa gestão. Investimento em capital humano → Porém, não interessa apenas haver boas máquinas, é também necessário haver pessoas competentes a trabalhar com elas, pois, por exemplo, um médico incompetente só vai prejudicar as pessoas. Deste modo, é também fundamental um investimento em capital humano: as empresas precisam de pessoas cultas, capazes de se adaptar, competentes e com bom nível de conhecimento, para exercerem bem a sua profissão, se adaptarem a diferentes empregos, aumentarem a produtividade e para poderem aplicar o seu conhecimento na inovação empresarial. Inovação na gestão → Um bom investimento em capital humano poderá traduzir-se num investimento físico derivado da pesquisa/investigação e consequentes inovações. Deste investimento físico se seguirá um aumento da produtividade e crescimento da produção e consequente crescimento económico. Tudo isto, por sua vez, tem origem na inovação na gestão/capacidade empresarial.
  • 8. Quando um investimento em capital humano é feito através da educação/formação do mesmo, esse investimento, poderá traduzir-se no aparecimento de novas formas de gestão e em investigação e desenvolvimento (I&D, que, por sua vez, poderá ser teórico ou seguido por uma aplicação prática), promovendo, deste modo, mais uma vez, o crescimento económico. Velha economia: . Mercados estáveis e nacionais . A produção baseava-se no capital e no trabalho . Adquiriam-se vantagens comparativas através dos baixos custos e das economias de escala. . Tirava-se a formação num curso e depois entrava-se numa empresa para passar lá a vida, tendo esta uma organização hierarquizada. Nova economia: . Os mercados são instáveis e globalizados . A empresa valoriza mais o conhecimento e a inovação . Adquirem-se vantagens comparativas através das inovações, melhor qualidade e baixo preço. . As pessoas vão-se formando ao longo da vida, sendo o seu emprego muito precário. . As empresas organizam-se em rede. Países que aplicam o conhecimento: UE, EUA e Canadá, Oceânia e Japão
  • 9. As economias dos países desenvolvidos apresentam um conjunto de características comuns: 1. Alteração da estrutura da atividade económica, relativamente a períodos anteriores a. Crescimento industrial b. Terciarização da economia 2. Inovação tecnológica a. As economias avançadas: i. Populações com níveis elevados de escolaridade e competência cientifica e técnica ii. Dão grande importância à investigação iii. Ou seja, dominam o conhecimento b. As economias intermédias: i. Recorrem a tecnologia moderna importada ii. Estão mais ligados à produção iii. Estão menos ligados ao domínio imaterial iv. Conceção de estratégias de distribuição e investigação v. Ou seja, não tem o conhecimento 3. Aumento da produção e da produtividade a. É o objetivo de qualquer economia (produção e produtividade) b. Procuram-se novas formas de conseguir mais bens com menos dispêndio (Os engenheiros e economistas a conceber novas: técnicas de produção; materiais; formas de organizar o trabalho. Sendo o principal objetivo das organizações o aumento da produtividade). Teorias: Sobre os recursos humanos o Mais qualificação do trabalho Sobre o equipamento o Mais tecnologia moderna Sobre a organização do trabalho o Condições físicas/ psicológicas de trabalho o Trabalho em equipa o Motivação o Envolvimento na tomada de decisões Outras articulando todas as anteriores A inovação empresarial e o aumento da produtividade Adam Smith (1723-1790) o Divisão técnica do trabalho Frederick Taylor (1856-1915) o Produção assente na redução do tempo de trabalho e na especialização o Com base nas novas máquinas e da nova organização do trabalho Henry Ford (1864-1947) o Faz a aplicação do taylorismo à industria americana de automóveis, introduzindo as linhas de montagem o Permitiu lucros elevados e aumentos salariais o Produziu limitações dadas às frustrações nos trabalhadores pela rotina das tarefas e cristalização profissional Elton Mayo (1880-1049) o A produtividade poderá aumentar com base nas boas relações humanas que se criam no ato social de produzir. O século XX – estudos e propostas de gestão empresarial: Modelo burocrata – que assenta na estandardização das funções e preparação dos trabalhadores para as mesmas Teorias sobre modos de liderança – com defesa do estilo democrático de gestão
  • 10. Atualmente: Aumento da escolaridade e preparação académica e profissional dos trabalhadores Motivação e empenho dos trabalhadores Fusão e concentração empresariais Internacionalização e as novas formas de relacionamento global 4. Diversificação da produção Novos bens Características dos produtos de “ontem” - Longa duração, servindo geralmente várias gerações - Pouco numerosas - Técnicas de fabrico simples e evoluindo pouco - Proximidade entre o artesão e o consumidor - Decisão de compra sempre racional Características dos produtos de “hoje” - Duração cada vez mais curta (inferior a 10 anos) e dificuldade de reparação - Numerosos e variados quanto à marca e qualidade - Técnicas de fabrico cada vez mais sofisticadas e evoluindo rapidamente - O fabricante cada vez mais afastado do consumidor, devido aos numerosos intermediários -Decisão de compra cada vez mais irracional, motivada, sobretudo, pelo matraquear publicitário A diversidade física dos bem é reforçada com as marcas. Novos serviços A diversificação da produção e a sociedade de consumo 5. Modificação do modo de organização económica Fases do processo de concentração empresarial (quadro da página 65) Concentração Empresarial o Fusão ou Trust – nova empresa/direção única  Utiliza meios de produção e trabalhadores de várias empresas  Constituição de monopólio  Racionalização das empresas  Redução de custos o Aquisições/total ou parcial/Bolsa (OPA e OPV)  Processo de sobrevivência  Diversificação de interesses  Dominação de mercado  Entrada noutros mercados o O papel do Estado  Estado liberal – defendido pelos adeptos de mercado puro intervém: Enquadramento legal da atividade económica Construção de infraestruturas Fornecimento de serviços coletivos que não oferecem lucro ao privado  Estado Intervencionista – defendido pelos adeptos da vertente social e da imperfeição do mercado, intervém: Em situação de crise Para estimular o emprego e o investimento Como orientador da economia privada Como mediador nas questões laborais  Estado Moderno – criado para: Um melhor funcionamento da atividade económica Favorecer determinada estratégia de crescimento Apoiar empresas na procura de novos mercados Incentivar as empresas à inovação e globalização económica
  • 11. Fiscalizar a concorrência, etc. 6. Melhoria do nível de vida da população Ciclos de crescimento económico Ciclo económico – composto por um conjunto de flutuações do produto, rendimento e emprego com reflexos na expansão e contração da atividade económica. Um ciclo completo tem uma fase ascendente e outra descendente ou sucessão de momentos ou fases de crescimento e de contração da atividade económica. Fases dos ciclos económicos: Expansão – os valores das principais variáveis económicas acompanham essa evolução positiva. Produto, rendimento, emprego, investimento, comercio, consumo refletem favoravelmente o clima de confiança que a economia vive, atingindo um ponto máximo de confiança que a economia vive, atingindo um ponto máximo a que se dá o nome de pico ou teto de expansão. Quando uma economia se encontra em expansão, verificam-se as seguintes características: O consumo aumenta A produção aumenta O investimento aumenta O emprego aumenta A inflação pode aumentar As ações sobem Crise económica – período especifico de um ciclo económico em que há uma inversão da conjuntura económica geralmente grave e brutal, correspondendo à face descendente do ciclo. Depressão – é uma recessão prolongada e grave. Corresponde a um prolongamento de um período de crise. Recessão – verifica-se quando o PIB real se reduz, em menos, dois trimestres ou período de declínio da taxa de crescimento do produto (abrandamento do crescimento), do rendimento e do emprego de um país, que dura, em média, entre seis meses e um ano, atualmente, e caracteriza-se pela contração da atividade económica de grande parte dos setores da economia. Quando uma economia se encontra em recessão, verificam-se as seguintes características típicas: - o consumo diminui - a produção cai - o investimento cai - o emprego diminui - a inflação diminui - as ações caem Recessão técnica – quando uma economia se encontra em recessão por dois trimestres consecutivos. Deflação – caracteriza-se por uma quebra geral dos preços dos bens e serviços, associada a uma restrição da procura, da produção e do emprego. O inicio da fase descendente de um ciclo económico corresponde ao inicio de um período de crise económica. Na dinâmica do sistema capitalista interagem vários sistemas: Um conjunto de inovações com a estandardização dos novos produtos e aumentos de produtividade. Uma “nova” população ativa com mais qualificações. Uma forma especifica de intervenção de estado estimulando a procura, através de políticas conjunturais e estruturais.
  • 12. Quando é interrompida esta dinâmica/ equilíbrio, por esgotamento do modelo que originou o novo ciclo de crescimento, a economia entra em crise. Causas das crises: Economias pré capitalistas: Penúria Escassez de bens Subprodução Economias Da Era-Industrial: Excesso de produção (situação que o mercado só resolve após o desequilíbrio instalado) As causas para este fenómeno prendem-se com fatores diversos, tendo-se produzido diferentes teorias. Instrumentos como: dados estatísticos; modelos econométricos; informática; estudos económicos, permitem aos agentes económicos e governos prevenir os desequilíbrios. Políticas Anticiclo Estratégias que contrariem a fase do ciclo em que a economia se encontra. Uma crise muito prolongada pode originar uma depressão com taxas de desemprego muito elevadas, superiores a 10%, por um período superior a dois anos. Tipos de ciclos Ciclos de Kondratiev Observou três ciclos longos, de 40 a 60 anos, desde o arranque da revolução industrial até aos finais dos anos 30 do século XX. Para o economista, a atividade económica processa-se segundo um percurso ascendente (fase a) e descendente (fase b), que dura cerca de 50 anos (ciclo longo).