2. Contextualizando o gênero textual, o tema e o campo de atuação
GRUPO DE ATIVIDADES 1
1. Antes da leitura dos textos, vamos conversar?
- Você já leu uma crônica?
- Quem costuma ler crônicas em jornal ou revistas ou em blogs da internet?
- Quem já ouviu crônicas em programas de rádio ou televisão?
Caro(a) estudante, vamos conhecer o gênero textual Crônica?
3. Crônica
A crônica se estabelece como um gênero literário conhecido pela sua breve narrativa voltada para o
cotidiano, comumente expressa em primeira pessoa e em linguagem simples e direta. Além de sua
brevidade, a crônica é reconhecida pela habilidade de retratar e comentar sobre a vida diária de forma
precisa, ainda que lúdica e reflexiva.
Crônica Jornalística/ Argumentativa
A crônica jornalística é uma forma literária que combina elementos da prosa e do jornalismo para
retratar eventos, situações e observações do dia a dia. Ao contrário de notícias rígidas, a crônica busca
envolver o leitor por meio de uma linguagem pessoal, subjetiva e muitas vezes carregada de emoção. Ela
se destaca pela liberdade criativa do autor ao abordar temas variados, desde acontecimentos cotidianos
até reflexões mais profundas sobre a condição humana.
► Conhecendo o gênero textual
4. Leia o texto.
Texto I
Solidários na porta
Luís Fernando Veríssimo
Vivemos a civilização do automóvel, mas atrás do volante de um carro o homem se comporta como se
ainda estivesse nas cavernas. Antes da roda. Luta com seus semelhantes pelo espaço na rua como se
fosse o último mamute.
Usando as mesmas táticas de intimidação, apenas buzinando em vez de rosnar ou rosnando em vez de
morder.
O trânsito em qualquer cidade do mundo é uma metáfora para a vida competitiva que a gente leva,
cada um dentro do seu próprio pequeno mundo de metal tentando levar vantagem sobre o outro, ou pelo
menos tentando não se intimidar. E provando que não há nada menos civilizado que a civilização.
Mas há uma exceção. Uma pequena clareira de solidariedade na jângal. É a porta aberta. Quando o
carro ao seu lado emparelha com o seu e alguém põe a cabeça para fora, você se prepara para o pior.
Prepara a resposta. “É a sua!” Mas pode ter uma surpresa.
— Porta aberta.
5. — O quê?
Você custa a acreditar que nem você nem ninguém da sua família está sendo xingado. Mas não, o
inimigo está sinceramente preocupado com a possibilidade da porta se abrir e você cair do carro. A porta
aberta determina uma espécie de trégua tácita. Todos a apontam. Vão atrás, buzinando freneticamente, se
por acaso você não ouviu o primeiro aviso. “Olha a porta aberta!” É como um código de honra, um intervalo
nas hostilidades.
Se a porta se abrir e você cair mesmo na rua, aí passam por cima. Mas avisaram.
Quer dizer, ainda não voltamos ao estado animal.
Disponível em: https://dpid.cidadaopg.sp.gov.br/pde/arquivos/1634519832916~8%C2%AA%20S%C3%A9rie%20L%C3%ADngua%20Portuguesa%20-%20Sala%20de%20Aula%20Semanas%2011. Acesso em: 23 out. 2024
2. A Crônica é um gênero literário cujo texto trata de assuntos do cotidiano, a partir de uma visão que vai
além do simples ato de olhar e relatar. O cronista observa os detalhes dos acontecimentos corriqueiros e, a
partir desse seu olhar subjetivo, escreve um texto normalmente curto, que faz uma abordagem crítica,
questionadora ou bem-humorada da situação observada. A crônica é o relato de um fato do dia a dia. Diante
disso, a crônica de Luiz Fernando Veríssimo baseia-se em que fato do cotidiano? Qual?
6. 3. O principal objetivo do cronista é esclarecer seu ponto de vista sobre determinadas situações relatadas.
Que objetivos o autor da crônica “Solidários na porta” tem em vista: criar humor e divertir ou levar o leitor a
refletir criticamente sobre a vida e os comportamentos humanos?
Elementos discursivos
Elementos discursivos são elementos linguísticos que atuam como indicadores de argumentação.
Encarregados de evidenciar o ponto de vista assumido pelo falante e assegurar o modo como ele elabora o
discurso. Podem ser usados como modalizadores: Advérbios (realmente, sem dúvida, inegavelmente,
provavelmente, felizmente…). Modos verbais e verbos auxiliares (poder, dever, querer...). Adjetivos (é
necessário, é prioritário, é urgente…) e Expressões afirmativas ou negativas (é possível, é certo que, é
lógico que...).
4. Na crônica argumentativa, o cronista deve se posicionar de acordo com a opinião que ele julga
apropriada ao tema. E para sustentá-la, utiliza argumentos coerentes e bem elaborados, caso contrário
seu ponto de vista poderá ser facilmente refutado. Na crônica argumentativa o seu objetivo é expressar o
ponto de vista do autor em relação a algum tema, contando de argumentos para defender essa opinião,
porém sem utilizar o texto como uma ferramenta para convencer o leitor de concordar com esse ponto de
vista. Retire do texto três trechos que expressão o ponto de vista do cronista.
7. 5. Com relação ao tema, embora seja extraído do cotidiano, é abordado de modo a promover reflexão. O
trecho destacado aponta uma reflexão feita pelo cronista. O que o autor quis dizer com a frase “... cada um
dentro do seu próprio pequeno mundo de metal tentando levar vantagem sobre o outro...”
(A) A ideia de civilização é reforçada.
(B) O homem do século XXI é altamente materialista.
(C) O homem usa o seu próximo como “degrau” para subir na vida.
(D) É preciso disputar o “seu” espaço no mundo, custe o que custar.
6. Quando o autor, ironicamente, conclui: “Quer dizer, ainda não voltamos ao estado animal”, pode-se
inferir que ele quer dizer que
(A) os animais ditos irracionais são incapazes de competir entre si.
(B) a violência se instaurou definitivamente no cotidiano do ser humano.
(C) o ser humano possuir lapsos de delicadeza, ainda é um animal racional.
(D) os gestos civilizados mostram que o ser humano se diferencia da animalidade irracional
8. 7. No trecho “[...] A porta aberta determina uma espécie de trégua tácita.” A palavra destacada pode ser
substituída sem perder o sentido, por
(A) dita.
(B) falada.
(C) rápida.
(D) implícita.
8. A crônica vai além da narração de fatos, o cronista parte de uma situação que pode levar de um
comentário crítico a uma reflexão lírica; considerando o texto “Solidários na porta”, apesar da ironia, denota
esperança. A frase que exemplifica essa esperança é
(A) avisar que a porta está aberta.
(B) tentar levar vantagem sobre o outro.
(C) usar a buzina como tática de intimidação.
(D) tratar o trânsito como metáfora para a vida.
9. 9. Coloque V ou F. O texto de Luís Fernando Veríssimo, "Solidários na porta", se encaixa ao gênero
crônica porque
( ) aborda situações comuns do dia a dia, especificamente sobre o comportamento no trânsito.
( ) utiliza um estilo leve e bem-humorado para comentar sobre o comportamento humano no trânsito.
( ) reflete a visão pessoal do autor sobre um aspecto específico da vida urbana.
( ) há uma reflexão subjacente sobre a civilidade e as relações humanas no contexto do trânsito.
( ) utiliza uma linguagem simples e acessível, próxima à linguagem falada, típica das crônicas.
( ) conclui com uma reflexão que resume o tema central do texto, destacando a peculiaridade da
solidariedade expressa na situação da "porta aberta".
10. 10. Segundo o texto, embora o ser humano se diferencie de outros animais devido a alguns gestos
solidários, a irracionalidade ainda prevalece quando está no trânsito. O trecho que permite essa
interpretação é:
(A) “... ou pelo menos tentando não se deixar intimidar.”.
(B) “Quer dizer, ainda não voltamos ao estado animal.”.
(C) “Se a porta se abrir e você cair mesmo na rua, aí passam por cima.”.
(D) “...o inimigo está sinceramente preocupado com a possibilidade de a porta se abrir...”.
11. Ampliando os conhecimentos
GRUPO DE ATIVIDADES 2
Principais características e estrutura da crônica Jornalística/Argumentativa
A crônica argumentativa é um texto híbrido que busca apresentar reflexões e pontos de vista
pessoais a respeito de temas ou situações cotidianas. Ela se inicia com a apresentação temática,
desenvolve-se com o aprofundamento da argumentação e é concluída com um desfecho que reitera a
opinião do autor. A temática abrange diferentes assuntos e a sua linguagem e estrutura são híbridas, de
modo que podem apresentar aspectos mais teóricos, poéticos, políticos, humorísticos, dramáticos, entre
outros.
A crônica argumentativa apresenta as seguintes características: texto relativamente curto;
argumentação e persuasão; linguagem coloquial, simples e direta; temas cotidianos e polêmicos;
crítica, humor e ironia; induz à reflexão; subjetividade e criatividade; fusão do estilo jornalístico e
literário; poucas personagens (se houver); tempo e o espaço limitados; caráter contemporâneo.
12. Excluída
Martha Medeiros
Do ponto de vista estrutural, a crônica se apresenta da seguinte forma:
▪ exposição do tema: momento inicial da crônica na qual o autor apresenta os elementos primordiais do tema,
introduzindo o leitor no cenário ou no assunto;
▪ posicionamento do autor sobre o tema: após uma apresentação inicial, comumente se apresentam o
posicionamento do autor, a tese ou o ponto de vista a respeito da temática trabalhada;
▪ argumentação: apresentação de elementos que aprofundam e solidificam o ponto de vista do autor;
▪ conclusão: síntese ou reflexão final a respeito do assunto.
Disponível em: mundoeducacao.uol.com.br/redação/a-cronica-argumentativa.htm. Acesso em 19 set. 2024.
Leia o texto.
Texto II
AAna me ligou no final da tarde de sexta: “E aí, você vem?”
Eu não fazia ideia sobre o que ela estava falando. Foi então que a Ana se deu conta de que eu não
estava no Facebook, portanto, não sabia da festa que a turma havia armado. Como eu não havia me
pronunciado, ela resolveu ligar para saber se eu estava viva.
13. O cerco está apertando. Antes eu trocava e-mails com os amigos com uma certa frequência, agora
todos debandaram, só um ou outro lembra que eu não estou nas redes sociais e faz a caridade de me
manter informada sobre o que acontece no universo.
Não tenho vontade de ter perfil em lugar algum (e mesmo assim tenho, criados e postados por pessoas
que não sei quem são). Instagram, twitter, whatsapp, nada disso me seduz, não conseguiria tempo para
esse contato eletrizante. Ainda me custa compreender pessoas que deixam o iPhone sobre a mesa do
restaurante, que precisam fotografar cada minuto vivido, que desmaiam quando esquecem o celular em
casa. Eu deveria ter me alistado na expedição de colonização de Marte, onde certamente eu me sentiria
menos deslocada do que aqui na terra. Mas, não me alistei, então terei que me ajustar à nova ordem social
do meu planeta.
Óbvio que a tecnologia não é a vilã da história, e sim o uso obsessivo que se faz dela. Para quem tem
autocontrole, esses gadgets são fascinantes por seu dinamismo, modernidade, capacidade de agregação,
de agilização de tarefas, e ainda resolvem a questão do anonimato, com o qual ninguém mais quer lidar. As
redes transformaram palco e plateia numa coisa só, todos são expectadores de todos, ao mesmo tempo
que possuem um holofote sobre si. Já que existir virou sinônimo de “quantos me curtem”, a população
mundial conseguiu um jeito de ficar quite com o próprio ego.
14. É muito provável que eu estivesse nas redes caso não escrevesse colunas em jornais. Como tenho
esse canal de expressão semanalmente, não me faz falta outros. Ou não fazia. Estou nesse impasse agora:
devo mergulhar com mais profundidade no mundo virtual? Reconheço três vantagens: acompanhar o que
meus amigos andam tramando nas minhas costas, me atualizar com mais rapidez e oferecer aos meus
leitores um perfil oficial. Além de me sentir menos mumificada.
Será isso que chamam de “se reinventar”?
Ando cada vez mais próxima da filosofia budista, exalto a desaceleração, prezo uma boa conversa,
adoro ter tempo para meus livros, meu silêncio, minhas caminhadas. Não sinto falta de saber mais, de ter
mais acesso à informação, de conhecer mais gente. Por outro lado, não quero me isolar dos amigos nem
ficar sem assunto com eles- e com o mundo.
Que dúvida. Pela primeira vez, reflito sobre algo que, numa era em que se debate tudo, pouco se fala
no nosso de ser indiferente.
Disponível em: recantodasletras.com.br/crônicas/4541128.Acesso em 19 de set. de 2024.
15. Argumentação é um recurso da linguagem usado na defesa de um ponto de vista acerca de um assunto
em situações de debate e discussão de ideias.
O que é um ponto de vista?
Um ponto de vista pode ser definido como a perspectiva ou opinião de alguém sobre algo. Ele reflete a
maneira como uma pessoa enxerga o mundo ao seu redor, podendo ser influenciado por sua bagagem
cultural, social e emocional.
11. Na crônica argumentativa, também chamada de dissertativa, o autor defende algum ponto de vista e
utiliza argumentos para justificá-lo, o autor não tenta convencer o leitor. Seu intuito é apenas apresentar
sua opinião, sem necessidade de provar nada. Qual é o ponto de vista do narrador a respeito do assunto
do texto?
(A)Que ela tem o direito de ser indiferente e de se sentir excluída.
(B)Que as redes sociais são o melhor meio de encontrar os amigos.
(C)Que ela não teria que se ajustar à nova ordem social do planeta Terra.
(D)Que a tecnologia é vilã da história e não uso obsessivo que se faz dela.
16. 12. Habilidade importante para a leitura crítica de um texto é a de saber distinguir o que seja um fato do
que seja opinião sobre ele. Observe os trechos da crônica Excluída e indique se expressa um fato ou
uma opinião?
“AAna me ligou no final da tarde de sexta (...)”
“Óbvio que a tecnologia não é a vilã da história (...)”
“Para quem tem autocontrole, esses gadgets são
fascinantes (...)”
“Reconheço três vantagens: (...)”
“Pela primeira vez reflito sobre algo (...) que pouco se
fala”
13. A crônica argumentativa é como se fosse uma conversa do cronista com o leitor. Que tipo de
variedade linguística é adotado na crônica: a variedade formal ou informal? Justifique sua resposta com
fragmentos do texto.
17. 14. Entre parágrafos, entre períodos ou entre orações de textos podemos observar termos (palavras ou
expressões) com a função de fazer a coesão (estabelecer relações lógicas) entre as ideias, expressando
circunstâncias que as ligam. Observe o trecho “É muito provável que eu estivesse nas redes, caso não
escrevesse colunas em jornais. Como tenho esse canal de expressão semanalmente, não me faz
falta outros. Ou não fazia. Estou nesse impasse agora(...)”. Com base nas observações feitas sobre os
termos de coesão, releia o trecho e transcreva o que se pede.
a) O termo que expressa uma condição.
b) O termo que expressa uma causa.
c) O termo que apresenta uma alternativa.
d) O termo indica uma circunstância de tempo.
18. 15. A que se referem as palavras destacadas nos trechos, a seguir, do texto Excluída?
a) “Eu deveria ter me alistado na expedição de colonização de Marte, onde certamente eu me sentiria
menos deslocada do que aqui na Terra.”
b) “Antes eu trocava e-mails com os amigos (...), agora todos debandaram, só um ou outro lembra que
não estou nas redes sociais (...)”
19. Sistematizando os conhecimentos
GRUPO DE ATIVIDADES 3
Estudante, o texto publicitário é um gênero textual que tem a finalidade de promover um produto ou
uma ideia e estimular o interlocutor a consumi-lo de alguma forma, seja comercialmente, seja pelo
engajamento ou pela mudança de comportamento. Assim, vamos aprender um pouco mais desse
gênero comparando-o com a crônica. Conto com você!!!!
Leia o texto.
Texto III
Disponível em: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTxyZbfr_Hr5GMwRajwksyueXUxj32-
BBcK0g&s. Acesso em: 17 set. 2024.
20. 16. De forma básica, o anúncio publicitário/propaganda é um gênero de natureza argumentativo
persuasiva, de clara função conativa e que faz usos de inúmeros recursos linguísticos, verbais e não
verbais, para constituir-se como texto. A ideia básica é persuadir o interlocutor a realizar determinada
ação pretendida pelo discurso. A propaganda/anúncio publicitário tem por finalidade
(A) vender os produtos, neste caso, os guarda-chuvas e capas coloridas.
(B) convencer as pessoas a cumprimentarem uns aos outros no trânsito das cidades.
(C) persuadir o público a exercer diariamente a empatia e o cuidado com o próximo no trânsito.
(D) atrair consumidores para utilizarem as capas em dias de chuva, deixando assim o dia mais colorido.
21. 17. Releia a crônica “Solidários na porta” e a propaganda/anúncio publicitário e responda. Com relação
aos dois textos, é correto assegurar que
(A) o cronista mostra que há um fio de esperança quando o ser humano se preocupa com a porta aberta
do carro do outro, e a propaganda valoriza os bons exemplos que valem para a vida e para o trânsito.
(B) o texto III mostra como as pessoas são solidárias e empáticas e o texto IV é a demonstração prática
dessas características do cotidiano no trânsito.
(C) a crônica critica a falta de civilidade das pessoas no trânsito, assim como também acontece na
propaganda.
(D) ambos os textos demonstram situações egoístas no trânsito em grandes centros urbanos.
22. Um efeito de sentido colabora na construção do sentido do texto como um todo, daí a importância de
perceber suas ocorrências em trechos de um texto.
Ocorrem, por exemplo, por uso da pontuação; destaque dado a uma palavra (tipos de letra, negrito,
sinais...; escolha de determinadas palavras ou expressões, explorando seus recursos expressivos
(as figuras de linguagem; o uso de uma palavra no diminutivo ou no aumentativo; repetições,
gradações, variações da forma de palavras ou da estrutura das frases, dos períodos, dos parágrafos.
18. Observe os trechos destacados nesses fragmentos: “ela resolveu ligar para saber se eu estava
viva.”; “só um ou outro (...) faz a caridade de me manter informada sobre o que acontece no
universo.”; “Eu deveria ter me alistado na expedição de colonização de Marte, onde certamente eu me
sentiria menos deslocada do que aqui na Terra.”. Dá para perceber nesses trechos que a narradora,
através de algumas expressões, faz uso do exagero para conseguir um efeito de sentido, não dá? De
acordo com o que a crônica aborda, que efeito de sentido o uso dessas palavras e expressões tem?
23. 19. No trecho “Será isso que chamam de ‘se reinventar’?” (8.º parágrafo) que efeito de sentido tem o uso
das aspas na expressão “se reinventar”?
(A)Exprimir uma entonação irônica.
(B)Criticar o modismo da reinvenção.
(C)Enfatizar o discurso sobre a reinvenção.
(D)Conferir sentido pejorativo a palavra reinventar.
24. 20. Releia o texto da crônica e retire dos trechos citados o que se pede.
a) “Eu não fazia ideia sobre o que ela estava falando. Foi então que a Ana se deu conta de que eu não
estava no Facebook, portanto, não sabia da festa que a turma havia armado. Como eu não havia me
pronunciado, ela resolveu ligar para saber se eu estava viva.” o termo que expressa uma conclusão e o
que apresenta uma causa . _____________ e _________;
b) “O cerco está apertando. Antes eu trocava e-mails com os amigos com uma certa frequência, agora
todos debandaram, só um ou outro lembra que eu não estou nas redes sociais e faz a caridade de me
manter informada sobre o que acontece no universo.” Os termos que expressam circunstâncias de tempo
passado e presente. _____________ e ____________;
c) “.... Eu deveria ter me alistado na expedição de colonização de Marte, onde certamente eu me sentiria
menos deslocada do que aqui na terra. Mas, não me alistei, então terei que me ajustar à nova ordem
social do meu planeta.”, o termo que expressa uma adversidade e o que apresenta uma conclusão.
________ e _________.
25. Contextualizando o gênero, o tema e o campo de atuação
GRUPO DE ATIVIDADES 1
1. Antes de ler os textos, observe as palavras e as imagens.
Caro(a) estudante, iremos trabalhar com um gênero textual Código, que tem como finalidade instruir e
orientar. Vamos lá!?
CONSUMIDOR
FORNECEDOR
PRODUTO
SERVIÇO
26. • Você sabe o significado dessas palavras?
• O que essas imagens representam?
• Você já ouviu falar sobre o Código de Defesa do Consumidor?
• Se sim, já precisou utilizá-lo?
• Você já comprou algum bem ou serviço e não recebeu?
Caro(a) estudante, agora que conversamos sobre as palavras e as imagens, já dá para imaginar do
que iremos falar. Não é???? Ou seja, é hora de falarmos sobre o Código de Defesa do Consumidor
e conhecer um pouco mais sobre esse documento de Lei, necessário à vida em sociedade,
enquanto consumidores cientes de seus direitos. Você sabia que por meio de reclamações ou
comprovação do não cumprimento do CDC o consumidor poderá acionar os órgãos de defesa
(como o Procon e o Idec)? E como você é um consumidor, vamos ficar por dentro desse
Código???
27. ► Conhecendo o gênero textual
Código de Defesa do Consumidor (CDC)
Conjunto de direitos garantido pela lei 8.078
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) é uma lei que foi criada para estabelecer as relações de
consumo nas esferas civil, administrativa e penal. A lei regulamenta as responsabilidades de cada parte e
quais são os meios de reparação aos danos causados, também define quais ferramentas ficam à disposição
do poder público para interferir nas relações de consumo e por fim, define quais são as punições para
aqueles que cometem crimes contra o consumidor. De um modo geral, com o Código de Defesa do
Consumidor (CDC) todos ficam protegidos quando realizam uma compra ou contratam qualquer serviço.
Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-financeira/codigo-de-defesa-do-consumidor-cdc. Acesso em: 24 set. 2024.
28. Leia o texto.
Texto I
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
TÍTULO I
Dos Direitos do Consumidor
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse
social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas
Disposições Transitórias.
29. Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive
as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.
[...]
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm.Acesso em 24 de set. de 2024.
30. 2. Releia o card e o texto e responda às questões.
a) A primeira coisa a ser identificada numa lei é a sua entidade de origem. Existem leis federais, estaduais e
municipais. Qual é o tipo de Lei do Código de Defesa do Consumidor? Por quê?
b) Que documento de lei deu origem ao Código de Defesa do Consumidor? E o que ele estabeleceu?
c) Qual é a lei que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências?
3. Como o Código de Defesa do Consumidor define “consumidor”?
4. Considerando as definições previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) Art.3 § 2º,
analise as afirmativas, a seguir, sobre conceito legal de consumidor, fornecedor e serviço e assinale as
corretas.
I. Consumidor compreende apenas as pessoas físicas que adquirem ou utilizam serviços como destinatários
finais.
31. II. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídicas, públicas ou privadas, nacional ou estrangeira, bem como os
entes despersonalizados que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
III. Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de
natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.
IV. Serviço compreende qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, independente de
remuneração, inclusive as decorrentes de relações de caráter trabalhista.
(A) III, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) I, II e III, apenas.
(D) I, II e IV, apenas.
32. Ampliando os conhecimentos
GRUPO DE ATIVIDADES 2
Caro(a) estudante, os textos normativos e legais apresentam estruturas variadas, isto é, têm formas
diferentes de organização. Esse texto de Lei é organizado de forma temática em títulos, capítulos e
seções, seguidos de números romanos (I, II, III, IV etc.).
Leia outro fragmento do Código de Defesa do Consumidor.
Texto II
[...]
TÍTULO I
Dos Direitos do Consumidor
CAPÍTULO III
Dos Direitos Básicos do Consumidor
I – a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
33. II – a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade
de escolha e a igualdade nas contratações;
III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de
quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos
que apresentem;
IV – a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem
como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
V – a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão
em
razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
[...]
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa
com deficiência, observado o disposto em regulamento.
[...]
34. CAPÍTULO IV
Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação dos Danos
SEÇÃO I
Da Proteção à Saúde e Segurança
Art. 8º Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou
segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua
natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias
e adequadas a seu respeito.
§ 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere este
artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto.
[...]
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm. Acesso em 24 set. 2024.
35. 5. A principal característica do gênero textual Código:
(A) Apresentar e impor as regras de condutas sociais, sem as quais nenhuma sociedade poderia conviver
ou sobreviver.
(B) O cidadão não tem a obrigação de seguir exatamente tudo o que está na lei, apenas o que for de seu
interesse.
(C) O documento só existe na modalidade impressa, disponível apenas nos órgãos públicos.
(D) A linguagem informal, para que todo cidadão possa interpretá-la.
6. Título é um agrupamento mais amplo, que se divide em “capítulos”, que por sua vez são divididos em
“seções”. Cada um deles tem uma denominação específica, que indicará a matéria de que trata. No texto II,
qual é o tema tratado no capítulo III, do Título I?
7. As subdivisões da Lei são compostas por artigos. Qual é o artigo que trata dos direitos básicos do
consumidor?
36. 8. O artigo 8º acima trata de um assunto específico. Qual seria esse assunto?
(A) Os direitos que todo consumidor possui.
(B) As normas de conduta que todo consumidor precisa seguir.
(C) As penalidades (punições) que todo consumidor está sujeito, caso desrespeite a lei.
(D) A proteção à saúde e segurança do consumidor pelos produtos e serviços colocados no mercado de
consumo.
37. Sistematizando os conhecimentos
GRUPO DE ATIVIDADES 3
O Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) é um órgão que atua para proteger e
defender os direitos dos consumidores. O Procon tem como objetivo fiscalizar e aplicar as normas de defesa do
consumidor, para que sejam cumpridas as leis que proíbem práticas comerciais desleais, enganosas ou
fraudulentas.
Leia o texto.
Texto III
14 direitos do consumidor que nem todo mundo conhece
O Código dos Direitos do Consumidor brasileiro é considerado um dos melhores do mundo. Conheça as leis
que estão do seu lado quando você adquire um produto
Você não pode ser obrigado a adquirir uma mercadoria para levar outra que realmente quer
Essa prática, chamada de “venda casada”, nem sempre é fácil de identificar. Ela pode ser vista, por
exemplo, nos “combos” das empresas de telefonia (TV por assinatura + telefone + internet, por exemplo). Os
38. Se você comprou online e não gostou, pode devolver
Nossa legislação assegura o “direito ao arrependimento” sempre que você adquirir qualquer coisa fora de
um estabelecimento comercial – por exemplo, via site, telefone ou catálogo. Quando o produto chegar na sua
casa, você tem até sete dias para devolver e receber 100% do valor pago. E fique esperto: o fornecedor não
pode exigir saber o motivo, cobrar taxas, reter qualquer valor ou exigir que o consumidor pague o custo do frete
da devolução.
três serviços precisam estar disponíveis individualmente – mas a empresa tem
direito de cobrar mais caro por eles separadamente, tornando o“kit” mais
vantajoso. Outro exemplo famoso de venda casada “secreta”: um cinema não
pode proibir a entrada de comida comprada em outros lugares, forçando o
frequentador a consumir em sua bombonnière. É uma prática abusiva que fere
a liberdade de escolha.
39. Todo produto perigoso à saúde deve deixar isso claro
A regra vale para objetos com riscos óbvios, como facas e botijões de gás, mas também para outros que parecem
inofensivos, como brinquedos (peças pequenas podem ser ingeridas, por exemplo) e TVs 3D (elas podem causar enjoo).
O alerta tem que ser claro, adequado e incluído tanto na embalagem quanto na publicidade da mercadoria. Se a
informação for sonegada, você pode exigir a substituição por outro produto de valor equivalente ou receber o dinheiro de
volta.
Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/14-direitos-do-consumidor-que-nem-todo-mundo-conhece/. Acesso em: 19
de out. 2024.
Estudante, um modalizador é um elemento gramatical ou lexical- palavra ou expressão- por meio do
qual o enunciador revela alguma atitude relativa ao conteúdo daquilo que ele mesmo enuncia, mesmo de
forma encoberta, o enunciador deixa seus posicionamentos subentendidos ou sugeridos, de forma a
influenciar o coenunciador. Em todo ato de comunicação, podem-se fazer presentes mediações diversas,
seja para evidenciar uma certeza, uma dúvida, a obrigatoriedade ou a proibição, uma possibilidade, algum
sentimento, entre outros.
40. 9. Em um texto, percebemos a presença dos modalizadores pelos elementos linguísticos que os
expressam. Esses funcionam como indicadores de intenções, sentimentos e atitudes do locutor com
relação a seu discurso. Eles revelam o grau de engajamento do enunciador em relação ao conteúdo
proposicional veiculado. Identifique em cada subtítulo o modalizador presente indicando-o se é de
proibição, de obrigatoriedade ou de possibilidade.
a) “Você não pode ser obrigado a adquirir uma mercadoria para levar outra que realmente quer”.
b) “Se você comprou online e não gostou, pode devolver”.
c) “Todo produto perigoso à saúde deve deixar isso claro”.
41. 10. Rodrigo foi a uma loja de eletrodomésticos e comprou um smartphone importado. Ao chegar em casa,
verificou que o manual de instruções estava redigido em inglês e por não conhecer a língua, não
conseguiu sequer ligar o aparelho. Essa situação indica a violação do seguinte direito básico do
consumidor, nos termos do CDC (Código de Defesa do Consumidor) nos textos I e II.
(A) Efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais.
(B) Informação adequada e clara sobre diferentes produtos e serviços.
(C) Proteção contra a publicidade enganosa e abusiva no fornecimento de produtos e serviços.
(D) Educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, assegurando liberdade
de escolha.
11. Desafio. Acesse o CDC (Código de Defesa do Consumidor). Depois de acessar o código, leia-o e
identifique quais artigos o texto III “14 direitos do consumidor que nem todo mundo conhece” faz
referência.
42. Contextualizando o gênero textual, o tema e o campo de atuação
1. Antes de ler o texto, vamos assistir um vídeo e conversar?
GRUPO DE ATIVIDADES 1
43. • Você sabe o que é um relato?
• E um relato de experimento científico?
• Você já participou de um experimento científico em sala de aula? Foi feito um relato sobre esse
experimento?
Olá, Estudante! Iniciaremos mais uma sequência de estudos conhecendo o gênero textual
relato de experimento científico. Você sabia que o Relato de Experimento Científico é um
gênero textual em que se relatam os passos de um experimento ligado à área das ciências, do
início da pesquisa teórica, da experimentação ao resultado???? Não!? Então chegou a hora!!!!
Vamos lá????
44. Relato de Experimento Científico
Relato de Experimento Científico é um gênero textual em que se relatam os passos de um
experimento ligado à área das ciências, do início da pesquisa teórica, da experimentação ao resultado.
Esse gênero é fundamental para divulgar uma pesquisa e mostrar sua importância para a sociedade.
Características
O relato de experimento científico é composto de: ▪ Introdução - apresentada por parágrafos, é a
contextualização em que o autor deve dizer em que situação a pesquisa surgiu, quem são os envolvidos,
por que ela precisa ser realizada.
▪ Apresentação dos materiais usados, essa parte pode ser feita na forma de listagem.
▪ Relato: parte que conta o que foi feito, pode ser apresentado em tópicos ou por meio de imagens e
descrições.
▪ Resultados e conclusão – essas partes podem ser apresentadas no formato de parágrafos ou
tópicos.
A linguagem é objetiva, clara e sem marcas de opinião.
Disponível em: editoraopirus.com.br/uploads/bh/materiais/português/bh-portugues-9-ano-609bfdae60db8.pdf. Acesso em 1 out. 2024.
► Conhecendo o gênero textual
45. Agora, vamos ler um relato de experimento científico bem simplificado.
Chuva artificial
Texto I
Introdução
Muitas pessoas desconhecem o processo de formação da chuva na natureza.
Objetivo
Criar uma simulação das condições que formam a chuva.
Materiais
1 pote transparente com água quente;
1 prato;
Gelo.
Método
Com o prato, cobriu-se o pote com água quente e esperou-se alguns segundos. Depois, colocou-se os
cubos de gelo em cima do prato.
46. Resultados
Apareceram pequenas gotas dentro do pote. Criou-se uma chuva artificial.
Conclusão
Em contato com a superfície fria, o vapor se condensa e formam-se gotas de água na superfície do copo.
É o que acontece quando a água evapora com o calor: o vapor sobe e encontra o ar frio, se condensa e
cai como chuva.
Disponível em: https://www.aulaparana.pr.gov.br/sites/aulaparana/arquivos_restritos/files/documento/2020-05/lingua_potugua_3ano_6semana.pdf. Acesso em: 21 out. 2024.
2. Um relato de experimento científico é um texto que apresenta os passos de um experimento, os dados
obtidos e as conclusões. É um gênero textual fundamental para divulgar uma pesquisa e mostrar a sua
importância para a sociedade. Para que serve um relato de experimento científico?
(A) apresentar etapas de um experimento.
(B) relatar problemas com a ciência.
(C) contar uma ficção científica.
(D) narrar fatos científicos.
47. 3. Releia o texto e responda.
a) Geralmente, quem produz este tipo de texto? Mecânico? Jornalista? Cientista?
b) É produzido com qual intenção?
c) Onde, geralmente encontramos este tipo de texto? Para que ele serve?
48. 4. Complete corretamente.
1. INTRODUÇÃO. 2. MATERIAIS. 3. MÉTODO.
4. RESULTADOS. 5. CONCLUSÃO.
a) ____________________ apresenta o formato de uma lista, indicando todos os elementos necessários,
descrevendo quantidade e qualidade, para a realização da experiência.
b) ______________________ contém a explicação para o que foi observado, baseando-se nos dados
obtidos por meio do experimento. É importante que os alunos reconheçam que neste item é desejável que
se articule o que foi observado e as informações de pesquisas bibliográficas.
c) _______________________ é o item que traz a descrição do como executar a experiência. Assume um
texto mais longo e descritivo, utiliza os verbos indicando ordem, o que deve ser realizado pela pessoa que
executa a experiência.
d) ___________________________ apresenta, introduz a experiência que será executada. Ela é breve e
pode apresentar alguns elementos para persuadir o leitor a realizar o experimento, ou ser mais direta.
e) ____________________________ relata o que foi possível observar a partir da execução da experiência.
A linguagem utilizada é diferente do item métodos, pois nesse item não são descritos procedimentos, temos
o relato do que ocorreu, ou seja, o efeito, o resultado.
49. GRUPO DE ATIVIDADES 2
Ampliando os conhecimentos
Leia o texto.
Texto II
Incrível! Como gerar luz grátis com uma batata!...
Pode parecer estranho, mas as batatas podem gerar luz elétrica
Estudante, os experimentos científicos oferecem a você uma oportunidade de aprendizagem
significativa nos quais você pode aplicar conceitos teóricos e situações reais e concretas. Essa
conexão entre teoria e prática torna o aprendizado mais significativo e duradouro.
Haim Rabinowitch, pesquisador da Universidade de Jerusalém, tem feito
vários experimentos para extraírem energia elétrica das batatas. Com placas de
metal, fios e lâmpadas, é possível gerar energia a partir das batatas. Segundo
ele afirma: “uma batata tem potência suficiente para iluminar um quarto com
lâmpada LED por 40 dias”.
50. Para criar uma “bateria da batata” ele usa um zinco, com eletrodos negativos e cobre com eletrodos
positivos. A acidez da batata provoca uma reação química com o zinco e o cobre liberando elétrons,
gerando nesse processo a energia elétrica.
No ano 2010, os cientistas descobriram o seguinte: cozinhando as batatas por oito minutos, ocorre a
quebra dos seus tecidos orgânicos, reduzindo a resistência e facilitando o movimento dos elétrons, que
produzem mais energia. Em um outro teste, fatiando a batata em quatro ou cinco pedaços, mostrou um
aumento da eficiência energética em até dez vezes. Sendo energia de baixa voltagem, tem capacidade
para alimentar uma bateria para carregar telefones celulares ou laptops em lugares onde não há rede de
energia.
Disponível em: http://www.decoracaointeriores.org/incrivel-como-gerar-luz-gratis-com-uma-batata/.Acesso em 30 set. 2024 Adaptado.
5. O relato de experimento científico tem a função comunicativa de apresentar as etapas de um
experimento, os dados obtidos e as conclusões. Qual é o fato relatado no experimento realizado pelo
pesquisador da Universidade de Jerusalém?
51. 6. Marque (V) para verdadeiro e (F) para falso:
( ) O relato de experimento científico é feito de modo descontextualizado, sem objetividade e aporte
teórico.
( ) O relato de experimento científico deve trazer considerações que sejam significativas para a área de
estudos em questão.
( ) Para que um experimento científico seja bem-feito, é importante detalhar a sequência de
procedimentos que constituirão a experiência.
( ) É importante que seu relato de experimento científico não fique apenas no nível de descrever uma
situação, mas ele deve ir além e colocar as emoções do pesquisador.
7. Qual é o parágrafo que mostra os materiais utilizados no experimento? Quais foram esses materiais?
8. Qual é o parágrafo em que o pesquisador explica como a eletricidade acontece?
52. Sistematizando os conhecimentos
GRUPO DE ATIVIDADES 3
Estudante, que a Terra gira em torno do seu eixo polar todos sabemos. Caso contrário, não
teríamos a alternância entre dia e noite. Mas como demonstrar a rotação da Terra, sem a
observação astronômica inaugurada por Galileu? Essa foi uma pergunta que permaneceu sem
resposta até meados do século XIX. E você sabia que foi a genialidade do físico francês Léon
Foucault (1819-1868), que permitiu evidenciar para o grande público o movimento rotacional da
Terra? Não? Vai saber agora!!!!
No início de 1851, Foucault realiza uma experiência exitosa baseada no movimento de um
pêndulo.
53. O que é o Pêndulo de Foucault?
O Pêndulo de Foucault foi um experimento desenvolvido por Jean Bernard Léon Foucault no século XIX
para provar a rotação da Terra. Consistia em um pêndulo suspenso que oscilava livremente em qualquer
direção. Aliás, Foucault utilizou o conceito da força de Coriolis, descoberta por Gustave-Gaspard Coriolis, para
explicar o desvio aparente na trajetória de um objeto em movimento em um sistema não-inercial devido à
rotação da Terra.
Leia o texto.
Texto III
Pêndulo de Foucault: O Experimento que Validou a Rotação Terrestre ao
Longo de Gerações
O Pêndulo de Foucault é reconhecido como um experimento icônico na
área científica. Graças a esse experimento, foi possível obter evidências
empíricas irrefutáveis da rotação da Terra em torno de seu eixo. Essas
informações ressaltam a importância da Engenharia como uma disciplina
fundamental, voltada para a compreensão e explicação de fenômenos naturais, e
que desempenha um papel crucial na evolução do conhecimento científico e
tecnológico.
54. Como a rotação da Terra foi comprovada pelo experimento do Pêndulo de Foucault?
O experimento do Pêndulo de Foucault foi uma maneira brilhante de provar a rotação da Terra. O
pesquisador entendeu que o período de rotação do pêndulo era inversamente proporcional ao seno da
latitude do local.
Assim, usando um pêndulo longo e pesado, Foucault demonstrou que a força de Coriolis, poderia
ser medida e comprovada. Ele descobriu que o período de rotação do pêndulo é inversamente proporcional
ao seno da latitude do local e que o pêndulo completaria uma volta em 23 horas, 56 minutos e 4 segundos
nos polos.
Pêndulo de Foucault
Nos polos, o pêndulo completaria uma volta em 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, exatamente o
período de rotação da Terra. E, à medida que se afastasse dos polos e se aproximasse do Equador, o
período aumentaria, e no Equador o pêndulo não oscilaria em nenhuma direção.
Por que o experimento do Pêndulo de Foucault foi repetido em outros locais?
O experimento foi realizado pela primeira vez no Panteão de Paris, em 1851 e foi reproduzido em vários
locais da Terra, com resultados consistentes. Agora você já sabe que o Pêndulo de Foucault foi importante
porque forneceu uma evidência direta e visual da rotação da Terra, o que ajudou a acabar com a ideia de
que a Terra era estacionária e abriu caminho para uma compreensão mais precisa do universo.
55. Após a demonstração inicial do Pêndulo de Foucault, o experimento repetido em outros locais ao redor
do mundo apresentou sempre resultados consistentes, com o pêndulo oscilando exatamente como Foucault
havia calculado. Aliás, essa consistência nos resultados do experimento em diferentes lugares reforçou a
validade da teoria proposta por Foucault.
A reprodução do Pêndulo de Foucault aconteceu em diferentes países, incluindo Estados Unidos, Reino
Unido, Alemanha e Rússia, entre outros. Também foi realizado nos polos Norte e Sul.
Logo, Foucault percebeu que um pêndulo longo e pesado o suficiente poderia mostrar o desvio causado
pela força de Coriolis. Antes de realizar o experimento, ele calculou que o pêndulo não seguiria um caminho
linear, mas giraria em torno de seu eixo devido à força de Coriolis, uma força fictícia que surge devido à
rotação da Terra. No hemisfério norte, por exemplo, o deslocamento seria no sentido horário, enquanto no
hemisfério sul seria no sentido anti-horário.
Disponível em: https://engenharia360.com/experimento-pendulo-de-foucault-rotacao-da-terra/ . Acesso em: 21 de out. 2024. Adaptado
9. Qual foi o experimento realizado pelo cientista Jean--Bernard-Léon Foucault?
10. O que o cientista queria provar ao mundo?
11. Outros cientistas repetiram o experimento. O que constataram?
56. .
12. Leia atentamente este relato científico e organize-o.
Não era o pêndulo que realmente girava, mas sim o chão do Panteão que “mudava de lugar”, do ponto
de vista do pêndulo, claro.
O experimento de Foucault provou que a Terra gira sobre o próprio eixo, no movimento que chamamos
hoje de rotação.
No Equador, o pêndulo vai ficar parado.
Para marcar o progresso do gigantesco pêndulo, o cientista ainda amarrou uma caneta no peso e jogou
areia úmida no chão abaixo dele. Assim, a plateia acompanhou abismada como o peso parecia girar
sozinho, marcando traços ligeiramente diferentes no solo.
Em 1851, o cientista Jean-Bernard-Léon Foucault (não confundir com o filósofo Michel Foucault) achou
que seria uma boa ideia pendurar um peso de metal de 28 kg em um cordão de aço de 67 metros no
Panteão de Paris. Para a ciência, foi mesmo.
No começo deste século, cientistas repetiram o experimento no Polo Sul. Em Paris, o pêndulo girava no
sentido horário, com 30 horas para dar uma volta completa. No Polo Sul, esse movimento ocorre no sentido
anti-horário e leva 24 horas.
Foucault, o pêndulo e a rotação da Terra
Disponível em: https://canaltech.com.br/ciencia/os-10-experimentos-cientificos-mais-importantes-da-historia-156069/ . Acesso em: 21 de out. 2024.
57. Título
Introdução
Material
Métodos
Resultados
Conclusão
Local, data e autor do experimento
13. Produza coletivamente ou de forma individual um relatório sobre a experiência assistida no vídeo
“Aposta da tensão superficial.” Você(s) deve(m) escrever como se tivesse(m) realizado a mesma
experiência, por isso, deve(m) usar a 1ª pessoa. Relembre(m) as características do relatório de experimento
científico e esclareça que, além do objetivo, da lista de materiais, dos procedimentos, da análise dos
resultados e das conclusões, há elementos pré-textuais (título, nome do autor, local e data) e pós-textuais
(bibliografia e anexos, se houver).
58. Contextualizando o gênero textual, o tema e o campo de atuação
1. Antes da leitura dos textos, vamos conversar?
• Você já ouviu falar no gênero conto? O que seria isso?
• Você sabe a diferença entre conto e as demais narrativas como fábula, romance?
• Quais contos você já ouviu?
• Quem contou e qual conto foi?
• Você lembra de algum conto que tenha sido especial para você? Se sim, comente sobre ele
(personagens, local onde se passa a história, enredo...)
GRUPO DE ATIVIDADES 1
Caro(a) estudante! Nossos estudos, agora, se voltam para o gênero textual Contos Literários. Você
aprenderá que o contar histórias deve ser entendido como uma prática sociocultural das mais
antigas, uma vez que está presente em todas as civilizações conhecidas. Você saberá como
identificar alguns traços distintivos entre o conto popular e o conto literário. Vamos conhecê-los?!
59. ► Conhecendo o gênero textual
Conto literário
O conto é um gênero literário que possui narrativa curta e tem sua origem da necessidade humana de
contar e ouvir histórias. Passa por narrativas orais de povos antigos, trilhando pelos gregos e romanos,
pelas lendas orientais, parábolas bíblicas, novelas medievais, até chegar a nós como é conhecido hoje.
Estrutura do conto
Ao escrever um conto, é necessário observar sua estrutura e as partes que compõem o enredo. Enredo
também é conhecido como trama ou intriga e tem a função de dar sequência à narrativa e localizar o leitor
em relação à sucessão de acontecimentos, dando ênfase à causalidade.
O conto é composto basicamente por situação inicial, desenvolvimento e situação final.
▪ Situação inicial: evidencia a situação que dará início à narrativa, apresentando as personagens, o tempo
e o espaço descrevendo-os. Na introdução também se apresenta a situação inicial, que será desenvolvida
ao longo do texto por meio do conflito, clímax e desfecho.
▪ Desenvolvimento: é nesse momento que surge a quebra do aspecto predominantemente descritivo e o
conflito começa a ser percebido pelo leitor. Esse conflito resultará no clímax, o momento de maior tensão da
narrativa.
60. ▪ Situação final: é o momento de desfecho do conto, quando o conflito é resolvido, resultando na quebra ou
confirmação de uma expectativa. Nesse trecho, o conflito passou e as personagens são inseridas em uma
nova situação.
Elementos fundamentais que dão ao conto boa estruturação da narrativa
▪ Conflito: trata-se do momento em que ocorre uma oposição entre os elementos da narrativa, resultando
em uma tensão que organiza os fatos. O conflito instiga o leitor em relação à narrativa.
▪ Clímax: é quando a narrativa alcança a tensão máxima. É o ponto culminante do conflito. Trata-se também
de uma técnica muito utilizada para despertar a curiosidade do leitor.
▪ Desfecho: trata-se da situação final, ou seja, a solução do conflito (O desfecho pode estar na conclusão
ou não).
Foco narrativo
Narrador em 1ª pessoa: trata-se do narrador personagem. Com esse foco narrativo, o conto ganha mais
subjetividade, pois o narrador está emocionalmente envolvido na narrativa.
Narrador em 3ª pessoa: o narrador não participa ativamente dos acontecimentos, com isso, a narrativa
ganha mais objetividade, o narrador pode ser onisciente ou observador.
▪ Narrador onisciente: é o narrador que conhece profundamente a história e relata, inclusive, os
pensamentos e sentimentos das personagens.
61. ▪ Narrador observador: não está a par de toda a história e relata apenas os fatos que vão acontecendo (não
apresentando sentimentos e nem pensamentos das personagens).
Espaço: Trata-se da composição espacial da narrativa em que ocorre a ação do enredo, espaço onde as
personagens movimentam-se.
▪ Espaço físico: é literalmente o lugar físico em que ocorre a narrativa.
▪ Espaço social: é o espaço que condiz com as condições socioeconômicas, morais ou psicológicas das
personagens.
Tempo – o tempo compõe as marcas cronológicas na narrativa, expressas por meio de construções como
dia, mês, ano, estações do tempo etc.
▪ Tempo cronológico: o tempo transcorre de forma linear em relação aos fatos, do começo para o final.
Trata-se de um tempo que pode ser medido em horas, meses, anos, séculos.
▪ Tempo psicológico: é o tempo “interior”, aquele que ocorre com base na imaginação ou memória do
narrador ou personagem.
▪ A técnica do flashback: trata-se de uma marca que consiste em voltar no tempo em relação ao que está
sendo narrado.
Verossimilhança: algo que é semelhante à verdade ou à realidade (verossímil).
Disponível em: https://www.portugues.com.br/literatura/o-conto-suas-demarcacoes-.html. Acesso em: 3 de out. 2024. Adaptado.
62. Leia o texto.
O caboclo, o padre e o estudante
Câmara Cascudo
Caro(a) estudante, as narrativas de humor possuem um lado cômico como principal característica. A
função de uma narrativa de humor é divertir o leitor. Seu meio de veiculação é em livros ou jornais
etc.
Um estudante e um padre viajavam pelo interior, tendo como guia um
caboclo. Deram a eles, numa casa, um pequeno queijo de cabra. Não
sabendo como dividir, pois, que o queijo era pequeno mesmo, o padre
resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse, durante a
noite, o sonho mais bonito (pensando, claro, em engambelar os outros dois
com seu oratório). Todos aceitaram e foram dormir. À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.
Pela manhã, os três sentaram à mesa para tomar café e cada qual teve que contar seu sonho. O padre
disse que sonhou com a escada de Jacó e descreveu lindamente. Por ela, ele subia triunfalmente para o céu.
63. O estudante então contou que sonhara já estar no céu esperando o padre que subia. O caboclo riu e
contou:
– Sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá no céu, rodeado de amigos. Eu fiquei na
terra e gritei:
– Seu doutor, seu padre, o queijo!
– Vosmicês esqueceram o queijo!
Então vosmicês responderam de longe, do céu:
– Come o queijo, caboclo! - Come o queijo, caboclo! Nós estamos no céu, não queremos queijo.
– O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, levantei enquanto vocês dormiam e comi o
queijo...
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2019/01/atividade-de-compreensao-genero-conto-8.html.Acesso em 07 de out. de 2024.
2. O assunto desse texto é
(A) história de um padre.
(B) a história de um caboclo.
(C) a história de três amigos viajantes que disputavam um pedaço de carne.
(D) a história de três amigos que ganharam um queijo, que por ser pequeno, o padre resolveu dá-lo a quem
tivesse o sonho mais bonito.
64. 3. Marque (V) ou (F) para as alternativas falsas ou verdadeiras sobre as explicações dos sonhos de cada
um:
a) ( ) Nenhum deles conseguiu comer o queijo.
b) ( ) O estudante então contou que sonhara já estar no céu esperando o padre que subia.
c) ( ) O padre disse que sonhou com a escada de Jacó e a descreveu lindamente. Por ela, ele subia
triunfalmente para o céu.
d) ( ) O caboclo contou que viu o padre e o estudante no céu e os dois mandavam ele comer o queijo.
Então ele comeu pensando que o sonho era real.
4. Qual é o significado da palavra “engambelar” nesse texto?
5. O travessão é um sinal de pontuação que tem como objetivo marcar o discurso direto, ou seja, a fala
de personagens, ou destacar trechos de textos. No trecho: “- Vosmicês esqueceram o queijo!”, por que o
travessão foi usado?
65. 6. Os contos de humor, especificamente, utilizam as características do que é considerado divertido e
cômico para a estruturação de sua narrativa e constroem o humor por meio de mecanismos linguísticos:
figuras de linguagem, quebra de expectativa e conhecimentos de mundo que são mobilizados na
interação entre autor, texto e leitor. O que gerou o humor nesse texto?
66. GRUPO DE ATIVIDADES 2
Ampliando os conhecimentos
Caro(a) estudante, existe um conto... Não posso revelar nada sobre seu conteúdo... só mesmo
o nome: “O grande mistério”. Quer descobrir qual é o mistério???? Leia o conto de Stanislaw
Ponte Preta.
Conto fantástico / de mistério
Pode ser definido como aquele em que o enredo apresenta situações inexplicáveis, segundo as leis
que regem a realidade. Nesse tipo de narrativa, o acontecimento sobrenatural está sempre presente.
Leia o texto a seguir
O Grande Mistério
Stanislaw Ponte Preta
Há dias já que buscavam uma explicação para os odores esquisitos que vinham da sala de visitas.
Primeiro houve um erro de interpretação: o quase imperceptível cheiro foi tomado como sendo de camarão.
No dia em que as pessoas da casa notaram que a sala fedia, havia um suflê de camarão para o jantar.
Daí...
67. Mas comeu-se o camarão, que inclusive foi elogiado pelas visitas, jogaram as sobras na lata do lixo e
— coisa estranha — no dia seguinte a sala cheirava pior.
Talvez alguém não gostasse de camarão e, por cerimônia, embora isso não se use, jogasse a sua
porção debaixo da mesa. Ventilada a hipótese, os empregados espiaram e encontraram apenas um
pedaço de pão e uma boneca de perna quebrada, que Giselinha esquecera ali. E como ambos os
achados eram inodoros, o mistério persistiu.
Os patrões chamaram a arrumadeira às falas. Que era um absurdo, que não podia continuar, que
isso, que aquilo. Tachada de desleixada, a arrumadeira caprichou na limpeza. Varreu tudo, espanou,
esfregou e… nada. Vinte e quatro horas depois, a coisa continuava. Se modificação houvera, fora para
um cheiro mais ativo.
À noite, quando o dono da casa chegou, passou uma espinafração geral e, vítima da leitura dos
jornais, que folheara no caminho para casa, chegou até a citar a Constituição na defesa de seus
interesses.
– Se eu pago empregadas para lavar, passar, limpar, cozinhar, arrumar e uma babá tenho o direito de
exigir alguma coisa. Não pretendo que a sala de visitas seja um jasmineiro, mas feder também não. Ou
sai o cheiro ou saem os empregados.
68. Reunida na cozinha, a criadagem confabulava. Os debates eram apaixonados, mas num ponto todos
concordavam: ninguém tinha culpa. A sala estava um brinco; dava até gosto ver. Mas ver, somente,
porque o cheiro era de morte.
Então alguém propôs encerar. Quem sabe uma passada de cera no assoalho não iria melhorar
a situação? – Isso mesmo — aprovou a maioria, satisfeita por ter encontrado uma fórmula capaz de
combater o mal que ameaçava seu salário.
Pela manhã, ainda ninguém se levantara, e já a copeira e o chofer enceravam sofregamente, a
quatro mãos. Quando os patrões desceram para o café, o assoalho brilhava. O cheiro da cera
predominava, mas o misterioso odor, que há dias intrigava a todos, persistia, a uma respirada mais forte.
Apenas uma questão de tempo. Com o passar das horas, o cheiro da cera — como era normal
— diminuía, enquanto o outro, o misterioso — estranhamente, aumentava.
Pouco a pouco reinaria novamente, para desespero geral de empregados e empregadores.
A patroa, enfim, contrariando os seus hábitos, tomou uma atitude: desceu do alto do seu grã-finismo
com as armas de que dispunha, e com tal espírito de sacrifício que resolveu gastar os seus perfumes.
Quando ela anunciou que derramaria perfume francês no tapete, a arrumadeira comentou com a copeira:
– Madame apelou para a ignorância.
69. E salpicada que foi, a sala recendeu. A sorte estava lançada. Madame esbanjou suas essências com
uma altivez digna de uma rainha a caminho do cadafalso. Seria o prestígio e a experiência de Carven,
Patou, Fath, Schiaparelli, Balenciaga, Piguet e outros menores, contra a ignóbil catinga.
Na hora do jantar a alegria era geral. Não restavam dúvidas de que o cheiro enjoativo daquele
coquetel de perfumes era impróprio para uma sala de visitas, mas ninguém poderia deixar de concordar que
aquele era preferível ao outro, finalmente vencido.
Mas eis que o patrão, a horas mortas, acordou com sede. Levantou-se cauteloso, para não
acordar ninguém, e desceu as escadas, rumo à geladeira. Ia ainda a meio caminho quando sentiu que o
exército de perfumistas franceses fora derrotado. O barulho que fez daria para acordar um quarteirão,
quanto mais os da casa, os pobres moradores daquela casa, despertados violentamente, e que não
precisavam perguntar nada para perceberem o que se passava. Bastou respirar.
Hoje pela manhã, finalmente, após buscas desesperadas, uma das empregadas localizou o cheiro.
Estava dentro de uma jarra, uma bela jarra, orgulho da família, pois tratava-se de peça raríssima, da
dinastia Ming.
Apertada pelo interrogatório paterno Giselinha confessou-se culpada e, na inocência dos seus 3
anos, prometeu não fazer mais.
Não fazer mais na jarra, é lógico.
Disponível em: https://observatorio.movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2022/10/anexo-1-ficha-lp-7o-ano-fundamental-sequencia-de-atividade-genero-conto-de-misterio-2022-10-v01.pdf. Acesso em: 7 out. 2024.
70. 7. Marque certo.
a) O texto lido pertence ao gênero textual
( ) notícia. ( ) conto.
( ) romance. ( ) fábula.
b) Qual a finalidade desse tipo de gênero textual?
( ) Contar uma história.
( ) Instruir a fazer algo.
( ) Vender um produto.
( ) Informar o leitor sobre um fato.
c) Este conto apresenta características de um conto de
( ) humor. ( ) fantástico.
( ) fadas. ( ) mistério.
71. 8. Complete o quadro como que se pede.
PERSONAGENS
ESPAÇO/ LUGAR
TEMPO
O MISTÉRIO
O SUSPENSE
O CONFLITO
O CLIMAX
O DESFECHO
72. Sistematizando os conhecimentos
GRUPO DE ATIVIDADES 3
9. O texto, no geral, apresenta uma linguagem bem coloquial, mas apresenta algumas expressões não
muito usadas hoje em dia, visto que o texto foi escrito na década de 60. Retire dois trechos coloquiais
que você considera mais antigos e explique seus significados.
10. Releia, com atenção, mais um fragmento do texto “O grande mistério”. “Hoje pela manhã, finalmente,
após buscas desesperadas, uma das empregadas localizou o cheiro. Estava dentro de uma jarra, uma
bela jarra, orgulho da família, pois tratava-se de peça raríssima, da dinastia Ming.” Esse parágrafo
corresponde, em uma narrativa, ao elemento conhecido como:
(A) Clímax, pois antecede, com grande expectativa, o que acontecerá no fim da história.
(B) Enredo, pois envolve as principais ações tomadas pelas personagens do decorrer da história.
(C) Desfecho, pois apresenta ao leitor o esclarecimento de todos os fatos relacionados ao conflito.
(D) Conflito, pois apresenta para o leitor o fato que desencadeará todas as ações das personagens.
73. 11. Que figura de linguagem está presente no trecho destacado “Varreu tudo, espanou, esfregou e… nada.”
(A) ironia.
(B) metáfora.
(C) gradação.
(D) hipérbole.
74. PRODUÇÃO TEXTUAL
Caro(a) estudante, chegou o momento de produzirmos um texto. Para isso, relembre o que
você aprendeu sobre o gênero conto literário. O texto que você produzirá será um Conto de
Mistério, isto é, uma narrativa literária que provoca no leitor suspense, tensão e que, em geral,
apresenta um final inesperado. Para isso, leia e interprete a proposta de escrita, e o texto, observe
as características e a estrutura do gênero, bem como relembre as explicações sobre esse gênero
realizadas durante as aulas pelo(a) seu(sua) professor(a). Siga o passo a passo das “orientações
gerais para produzir seu conto de mistério.” Para criar o seu texto, siga as orientações.
75. Leia o texto.
Texto I
Conto de mistério
Sérgio Porto- Stanislaw Ponte Preta
Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros, era
quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto. No local combinado, parou e fez o
sinal que tinham já estipulado à guisa de senha. Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a
fumaça em três baforadas compassadas. Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no
café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.
Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro sorriu e
se aproximou:
Siga-me! - foi a ordem dada com voz cava. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro entrou
num beco úmido e mal iluminado e ele - a uma distância de uns dez a doze passos - entrou também.
Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia na frente olhou em
volta, certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela. Logo uma dobradiça gemeu e
a porta abriu-se discretamente.
76. Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa
cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de
agricultor parecia ter medo do que ia fazer. Não hesitou - porém - quando o homem que entrara na frente
apontou para o que entrara em seguida e disse: "É este".
O que estava por trás da mesa pegou um dos pacotes e entregou ao que falara. Este passou o
pacote para o outro e perguntou se trouxera o dinheiro. Um aceno de cabeça foi a resposta. Enfiou a
mão no bolso, tirou um bolo de notas e entregou ao parceiro. Depois virou-se para sair. O que entrara
com ele disse que ficaria ali.
Saiu então sozinho, caminhando rente às paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais
clara, assoviou para um táxi que passava e mandou tocar a toda pressa para determinado endereço. O
motorista obedeceu e, meia hora depois, entrava em casa a berrar para a mulher:
- Julieta! Ó Julieta... consegui.
A mulher veio lá de dentro enxugando as mãos em um avental, a sorrir de felicidade. O marido
colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o pacote e verificou que o marido conseguira
mesmo. Ali estava: um quilo de feijão.
Disponível em: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/s/sergio20.htmAcesso em 10 de out. de 2024.
77. Passos para escrever um conto de mistério
1. Antes de iniciar a sua produção do conto de mistério, é importante que você especifique quem será seu
protagonista. Um dos fatores essenciais de um conto é a personagem principal que, com seus medos e
seu talento para resolver crimes, consiga simpatizar com o leitor e desenvolver um enredo lógico e
verossímil.
2. O seguinte passo para escrever uma história de mistério consiste em pensar no fato que será
narrado; determine qual será o núcleo sobre o qual se moverá o mistério e tente, inicialmente, que seja
original evitando os clichês. Por exemplo, Conflitos com alguma herança familiar. / Segredos
inconfessáveis de família. / Profecias ou maldições que se cumprem.
3. Oposto ao protagonista, agora deve pensar no "malvado", na pessoa que comete a ilegalidade ou o
crime sobre o qual se trata o seu conto. Do mesmo modo que definimos a personagem principal, deve
fazer o mesmo com seu vilão, mas fazendo uma análise mais profunda da sua personalidade para que
possa determinar de maneira racional e lógica o motivo de seus crimes. Em um conto de mistério é
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA PRODUZIR O CONTO DE MISTÉRIO:
78. essencial que tanto o fato narrado como a sua resolução seja lógico e coerente; o leitor também deve
entender a personalidade do malvado da história para que o conto agrade todos os públicos.
4. Agora que já pensamos no protagonista, no antagonista e no fato que será narrado, vamos começar a
tratar já de temas puros do conto como, por exemplo, a voz narrativa de seu conto. Quem vai contar a
história? Pode escolher entre um narrador onisciente, ou narrador personagem.
5. É extremamente importante determinar também qual será a resolução do conflito, isto é, o desenlace
de seu conto. Não se esqueça que para que seja um conto de mistério, o final deve ser surpreendente,
inesperado e lógico;
6. Agora, depois dessa reflexão analítica e do seu “projeto de texto” (alicerce) escreva o seu conto.
7. Priorize a norma culta da língua e principalmente a linguagem literária.
8. Assim que finalizar a sua escrita, releia voltando nesses aspectos aqui apresentados e veja se você
atentou para esses pontos durante a sua produção.
9. Dê um título criativo para o seu conto.
10. Releia o texto e faça a reescrita.
79. PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL
A Secretaria da Cultura de sua cidade promoverá um concurso de contos de mistério. Cada participante
inscrito receberá uma série de imagens com os elementos que, necessariamente, deverão estar presentes
nos contos que serão produzidos para o evento. O que não pode faltar em um conto de mistério é: Um
enigma que precisa ser resolvido, personagens assustadas com alguma coisa, cenário que cria uma
atmosfera de dúvida, medo ou suspense.
Considerando essas imagens, escreva um “conto de mistério”, você deverá escrever uma história em que
um detetive investiga um caso/mistério, a fim de descobrir a identidade da personagem misteriosa. Em seu
conto, você deverá abordar cada um dos elementos contidos nas imagens e revelar qual é o “mistério” e
quem é o envolvido nele. Importante: Lembre-se de dar um “título criativo” ao seu texto.
80. REVISITANDO A MATRIZ SAEB
Caro(a) estudante, até aqui, em nossa trajetória no decorrer da realização das atividades
propostas, buscamos conhecer um pouco mais sobre diversos gêneros textuais. Agora,
propomos a você a realização de algumas questões que, além de contribuir com a sistematização
dos conhecimentos adquiridos por você. Vamos lá?
Leia o texto
O mistério do farol abandonado
Em uma pequena cidade costeira, havia um farol abandonado que há anos intrigava os moradores
locais. Dizia--se que o farol já fora um ponto crucial de orientação para os navios que passavam pela região,
mas foi desativado após uma misteriosa tragédia no passado. A população sempre teve receio de se
aproximar do local, pois histórias de assombrações e eventos sobrenaturais cercavam o antigo farol.
Um grupo de jovens corajosos, estudantes do oitavo ano da Escola Aventura, decidiu desvendar o
mistério do farol abandonado. Liderados por Pedro, um garoto destemido, eles reuniram-se após a aula,
com mochilas nas costas e lanternas em mãos, prontos para enfrentar o desconhecido.
81. Ao chegarem ao farol, os amigos notaram que a estrutura estava desgastada pelo tempo, com as
janelas quebradas e as paredes cobertas de musgo. No entanto, a curiosidade falou mais alto, e eles
adentraram cautelosamente o local.
Disponível em: https://www.amazon.com.br/Mist%C3%A9rio-do-Farol-Abandonado/dp/8534509093.Acesso em 09 de out. de 2024.
1. No trecho “Ao chegarem ao farol, os amigos notaram que a estrutura estava desgastada pelo
tempo, com as janelas quebradas e as paredes cobertas de musgo. No entanto, a curiosidade falou mais
alto, e eles adentraram cautelosamente o local”, a expressão destacada exprime
(A) ideia de adição.
(B) ideia de oposição.
(C) relação de explicação.
(D) relação de alternância.
82. Leia o texto.
O Direito à Tristeza
Contardo Calligaris
As crianças têm dois deveres. Um, salutar, é o dever de crescer e parar de ser crianças. O outro,
mais complicado, é o de ser felizes, ou melhor, de encenar a felicidade para os adultos. Esses dois
deveres são um pouco contraditórios, pois, crescendo e saindo da infância, a gente descobre, por
exemplo, que os picolés não são de graça. Portanto, torna-se mais difícil saltitar sorrindo pelos parques à
espera de que a máquina fotográfica do papai imortalize o momento. Em suma, se obedeço ao dever de
crescer, desobedeço ao dever de ser feliz. A descoberta dessa contradição pode levar uma criança a
desistir de crescer. E pode fazer a tristeza (às vezes o desespero) de outra criança, incomodada pela
tarefa de ser, para a família inteira, a representante da felicidade que os adultos perderam (por serem
adultos, porque a vida é dura, porque doem as costas, porque o casamento é tenso…
Disponível em: https://poeticadebotequim.com/2020/07/30/o-direito-a-tristeza-contardo-calligaris/.Acesso em 10 de out. de 2024.
83. 2. No que se refere à infância, felicidade e à tristeza, o autor afirma que a criança.
(A) deprime-se, à medida que descobre que a vida não é feita só de alegrias.
(B) prescinde à tristeza, muitas vezes, para não lograr as expectativas dos adultos.
(C) precisa conformar-se com o fato de que a tristeza faz parte do espetáculo da vida.
(D) deve ser monitorada permanentemente, a fim de que não esconda um quadro depressivo.
3. O trecho anterior faz parte da crônica argumentativa escrita por Contardo Calligaris, intitulada “O direito
à tristeza”. Qual é o ponto de vista defendido pelo autor nesse trecho?
(A) Que todas as crianças têm dois direitos: o salutar (crescer) e o de ser feliz.
(B) Que toda criança tem o direito de que o pai imortalize o momento no parque.
(C) Que todas as crianças são representantes da felicidade que os adultos perderam.
(D) Que toda criança quando obedece ao dever de crescer, desobedece ao dever de ser feliz.
84. Leia o texto.
Perseguição
Paulo André T.M.Gomes
Meia noite, cansado e com sono, lá estava eu, andando pelas ruas sujas e desertas dessa cidade.
Minhas únicas companhias eram a Lua e alguns animais de vida noturna. Num canto havia um cão e um
gato tentando encontrar alimentos, revirando latas de lixo. Em outro ponto da rua, ratos entravam e saíam
de um esgoto próximo à padaria da esquina. Eu estava tentando lembrar por que havia saído tão tarde do
emprego, quando ouvi uns passos atrás de mim.
Caminhei mais depressa, sem olhar para trás. Comecei a tremer e a suar frio. Coração acelerado.
Aqueles passos não paravam de me perseguir. Virei depressa. Não havia nada além de sombras. O
medo aumentou. Ou eu estava enlouquecendo, ou estava sendo seguido por algo sobrenatural.
Corri desesperadamente. Parei na primeira esquina, ofegante. Olhei novamente. Nada! Continuei a
andar, tentando manter a calma. Faltava pouco pra chegar a minha casa.
85. 4. A finalidade do texto “Perseguição” é
(A) entreter o leitor.
(B) narrar uma história.
(C) transmitir uma informação.
(D) descrever um ponto de vista.
Já mais tranquilo, parei, finalmente, em frente à minha porta. Peguei a maçaneta, ainda um pouco
trêmulo devido ao susto e à corrida. Quando a girei, a porta não abriu. Provavelmente meus pais já
estavam dormindo. Procurei minhas chaves em todos os bolsos que tinha. Não encontrei.
Os passos recomeçaram. O medo voltou em dobro. Estava meio tonto. Não conseguia manter-me de
pé. O mundo girava vertiginosamente. Tentei gritar, mas a voz não veio. Aquele som se aproximava cada
vez mais. Não havia saída. Juntei, então, todas as minhas forças e, num movimento brusco… Caí da
cama e acordei!
Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/contos-de-misterio-e-suspense/Acesso em 10 de out. de 2024.
86. 5. O trecho “Momento em que a personagem não consegue encontrar as chaves de casa e os
passos recomeçam atrás dele, sente-se mal enquanto o som aproximava-se cada vez mais.”,
corresponde a qual elemento estrutural da narrativa?
(A) Clímax.
(B) Desfecho.
(C) Complicação.
(D) Situação inicial.
6. De acordo com os acontecimentos, o que a personagem do conto estava sentindo?
(B) Pânico.
(B) Alegria.
(C) Tristeza.
(D) Tranquilidade.
87. 7. O tema do texto é
(A) a vida noturna, em uma cidade suja e deserta.
(B) o medo de um homem ao ser perseguido no sonho.
(C) as aventuras de um homem ao sair tarde do emprego.
(D) o susto de um homem, em uma noite mal-assombrada.
8. O narrador da obra Perseguição é
(A) observador – verbos em terceira pessoa.
(B) observador – verbos em primeira pessoa.
(C) personagem – verbos em primeira pessoa.
(D) mescla narrador-observador e narrador-personagem.
88. Leia o texto.
Pá, Pá, Pá,
Luís Fernando Veríssimo
A americana estava há pouco tempo no Brasil. Queria aprender o português depressa, por isto
prestava muita atenção em tudo que os outros diziam. Era daquelas americanas que prestam muita
atenção.
Achava curioso, por exemplo, o "pois é". Volta e meia, quando falava com brasileiros, ouvia o "pois é".
Era uma maneira tipicamente brasileira de não ficar quieto e ao mesmo tempo não dizer nada. Quando não
sabia o que dizer, ou sabia, mas tinha preguiça, o brasileiro dizia, “pois, é". Ela não aguentava mais o "pois
é".
Também tinha dificuldade com o "pois sim" e o "pois não". Uma vez quis saber se podia me perguntar
uma coisa.
— Pois não — disse eu, polidamente.
— É exatamente isso! O que quer dizer, "pois não"?
— Bom. Você me perguntou se podia fazer uma pergunta.
Eu disse "pois não". Quer dizer, "pode, esteja à vontade, estou ouvindo, estou às suas ordens..."
— Em outras palavras, quer dizer "sim".
— É.
89. — Então por que não se diz "pois sim"?
— Porque "pois sim" quer dizer "não".
— O quê?!
— Se você disser alguma coisa que não é verdade, com a qual eu não concordo, ou acho difícil de
acreditar, eu digo "pois sim".
— Que significa, "pois não"?
— Sim. Isto é, não. Porque "pois não" significa "sim". O outro continuava sua história. História de brasileiro
não se interrompe facilmente.
[...]
— E aí o Túlio com uma lengalenga que vou te contar. Porque pá, pá, pá...
— É uma expressão utilitária — intervim. — Substitui várias palavras (no caso toda a estranha história do
Túlio, que levaria muito tempo para contar) por apenas três. É um símbolo de garrulice vazia, que não merece
ser reproduzida. São palavras que...
— Mas não são palavras. São só barulhos. "Pá, pá, pá."
— Pois é — disse eu.
Ela foi embora, com a cabeça alta. Obviamente desistira dos brasileiros. Eu fui para o outro lado. Deixamos
o amigo do Túlio papeando sozinho.
Disponível em: armazemdotexto.blogspot.com/2023/11/crônica-pa-pa-pa-luis-fernando.html Acesso em: 10 out. 2024. Adaptado.
90. 9. Quais os elementos que caracterizam o texto “Pá, Pá, Pá” como sendo uma crônica?
(A) fantasia e moral.
(B) tensão permanente e final infeliz.
(C) cotidiano e poucos personagens.
(D) narração longa e acontecimentos heroicos.
10. O tema desenvolvido nessa crônica é
(A) as peculiaridades da língua.
(B) a importância da língua inglesa.
(C) os significados do “pois sim” e do “pois não”.
(D) o diálogo entre uma americana e um português.