Sala de Leitura
Isabel Souza
ee. Dep. Raul pilla
Evidências
Imagens dos encontros mensais, dos ensaios e das
apresentações
“A leitura de todos os bons livros é uma
conversa com as mais honestas pessoas dos
séculos passados.”
René Descartes
Mobilização literária
Ações da Sala de Leitura
Os objetivos primordiais dessa ação é
promover, divulgar e incentivar a leitura em
todos os espaços da escola. Envolvendo todos
que aqui convivem no universo literário,
sensibilizando e motivando,por meio da leitura.
Você tem um minuto para poesia?
Sala de leitura min poesia 2014
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Um gato chinês
José Paulo Paes
Era uma vez
Um gato chinês
Que morava em Xangai
Sem mãe e sem pai
Que sorria amarelo
Para o rio Amarelo
Com seus olhos puxados
Um para cada lado
Era uma vez
Um gato mais preto
Que tinta nanquim
De bigodes compridos
Feito mandarim
Que quando espirrava
Só fazia “chim”!
Canção
Cecília Meireles
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as
mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão
molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus
dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um
navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar
cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos
quebradas.
Amor, Amor, Sempre
Amor
Solano Trindade
Quando um amor no
peito morre
Outro amor no peito
nasce
Coração de poeta é terra
boa
Para plantar o amor
Não existe amor passado
Todo amor é presente
Quem nasceu para amar
Vive amando todo dia
Hoje ama Josefa
Amanhã ama Maria
Mas tem amor todo o
dia
Todo amor é de agora...
Não existe amor futuro
Adolescente Poesia
Sylvia Orthof
V
Escrevo teu nome em tudo,
Depois apago depressa.
Emudeço, nada digo.
Ao mundo não interessa
O que escondo comigo.
Faço eclipse no escrito:
Em negrito.
VIII
Tomo o mundo não me
entende,
Eu sofro na tempestade
De um naufrágio adolescente!
Procuro um confidente
Que se apoete comigo.
É tão curta a mocidade...
Não tarde!
A Estrela
Manuel Bandeira
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alto luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu
dia.
Poema de Natal
Vinicius de Moraes
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para
os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais
esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte,
apenas
Nascemos, imensamente.
SONETO DE CARNAVAL
Oxford , 1939
Distante o meu amor, se me
afigura
O amor como um patético
tormento
Pensar nele é morrer de
desventura
Não pensar é matar meu
pensamento.
Seu mais doce desejo se amargura
Todo o instante perdido é um
sofrimento
Cada beijo lembrado uma tortura
Um ciúme do próprio ciumento.
E vivemos partindo, ela de mim
E eu dela, enquanto breves vão-se
os anos
Para a grande partida que há no
fim
De toda a vida e todo o amor
humanos:
Mas tranqüila ela sabe, e eu sei
tranqüilo
Que se um fica o outro parte a
redimi-lo.
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e
tanto
Que mesmo em face do maior
encanto
Dele se encante mais meu
pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão
momento
E em seu louvor hei de espalhar
meu canto
E rir meu riso e derramar meu
pranto
Ao seu pesar ou seu
contentamento
E assim, quando mais tarde me
procure
Quem sabe a morte, angústia de
quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem
ama
Eu possa me dizer do amor (que
tive):
Que não seja imortal, posto que é
chama
Mas que seja infinito enquanto
dure.
Evidências
Outras ações...
Encontros para leitura de lendas folclóricas e
lendas urbanas utilizando mídias como net
books, e por meio da internet adentrar nesse
universo imagético, arrepiante e inspirador.
Sala de leitura min poesia 2014
Sala de leitura min poesia 2014
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Evidências
Parceria:
sala de leitura e disciplinas de arte, língua inglesa e língua
portuguesa
A Sala de Leitura e seus alunos parceiros
utilizaram-se do acervo literário para compor as
atividades das disciplinas de Arte com a
elaboração do teatro das sombras; de Língua
Inglesa com a leitura “colcha de retalhos” e Língua
Portuguesa com a situação de aprendizagem sobre
a cultura da paz e poesia, promovendo leitura e
situações de aprendizagem multi e interdisciplinar.
Sala de leitura min poesia 2014
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Lição
Ler,contar
Envolver,viajar
Perceber,criar
Histórias...
Levar da infância
As cordas
Amarelinhas, brigadeiros
Petecas e bolas...
Ver no futuro
O mesmo colorido de outrora.
Isabel Souza

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Sala de leitura min poesia 2014

  • 1. Sala de Leitura Isabel Souza ee. Dep. Raul pilla
  • 2. Evidências Imagens dos encontros mensais, dos ensaios e das apresentações “A leitura de todos os bons livros é uma conversa com as mais honestas pessoas dos séculos passados.” René Descartes
  • 3. Mobilização literária Ações da Sala de Leitura Os objetivos primordiais dessa ação é promover, divulgar e incentivar a leitura em todos os espaços da escola. Envolvendo todos que aqui convivem no universo literário, sensibilizando e motivando,por meio da leitura. Você tem um minuto para poesia?
  • 27. Um gato chinês José Paulo Paes Era uma vez Um gato chinês Que morava em Xangai Sem mãe e sem pai Que sorria amarelo Para o rio Amarelo Com seus olhos puxados Um para cada lado Era uma vez Um gato mais preto Que tinta nanquim De bigodes compridos Feito mandarim Que quando espirrava Só fazia “chim”!
  • 28. Canção Cecília Meireles Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar; - depois, abri o mar com as mãos, para o meu sonho naufragar. Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas, e a cor que escorre de meus dedos colore as areias desertas. O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio; debaixo da água vai morrendo meu sonho, dentro de um navio... Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça. Depois, tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas.
  • 29. Amor, Amor, Sempre Amor Solano Trindade Quando um amor no peito morre Outro amor no peito nasce Coração de poeta é terra boa Para plantar o amor Não existe amor passado Todo amor é presente Quem nasceu para amar Vive amando todo dia Hoje ama Josefa Amanhã ama Maria Mas tem amor todo o dia Todo amor é de agora... Não existe amor futuro
  • 30. Adolescente Poesia Sylvia Orthof V Escrevo teu nome em tudo, Depois apago depressa. Emudeço, nada digo. Ao mundo não interessa O que escondo comigo. Faço eclipse no escrito: Em negrito. VIII Tomo o mundo não me entende, Eu sofro na tempestade De um naufrágio adolescente! Procuro um confidente Que se apoete comigo. É tão curta a mocidade... Não tarde!
  • 31. A Estrela Manuel Bandeira Vi uma estrela tão alta, Vi uma estrela tão fria! Vi uma estrela luzindo Na minha vida vazia. Era uma estrela tão alta! Era uma estrela tão fria! Era uma estrela sozinha Luzindo no fim do dia. Por que da sua distância Para a minha companhia Não baixava aquela estrela? Por que tão alto luzia? E ouvi-a na sombra funda Responder que assim fazia Para dar uma esperança Mais triste ao fim do meu dia.
  • 32. Poema de Natal Vinicius de Moraes Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos — Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado Dedos para cavar a terra. Assim será nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva Um caminho entre dois túmulos — Por isso precisamos velar Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio. Não há muito o que dizer: Uma canção sobre um berço Um verso, talvez de amor Uma prece por quem se vai — Mas que essa hora não esqueça E por ela os nossos corações Se deixem, graves e simples. Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre Para a participação da poesia Para ver a face da morte — De repente nunca mais esperaremos... Hoje a noite é jovem; da morte, apenas Nascemos, imensamente.
  • 33. SONETO DE CARNAVAL Oxford , 1939 Distante o meu amor, se me afigura O amor como um patético tormento Pensar nele é morrer de desventura Não pensar é matar meu pensamento. Seu mais doce desejo se amargura Todo o instante perdido é um sofrimento Cada beijo lembrado uma tortura Um ciúme do próprio ciumento. E vivemos partindo, ela de mim E eu dela, enquanto breves vão-se os anos Para a grande partida que há no fim De toda a vida e todo o amor humanos: Mas tranqüila ela sabe, e eu sei tranqüilo Que se um fica o outro parte a redimi-lo.
  • 34. Soneto de Fidelidade Vinicius de Moraes De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.
  • 35. Evidências Outras ações... Encontros para leitura de lendas folclóricas e lendas urbanas utilizando mídias como net books, e por meio da internet adentrar nesse universo imagético, arrepiante e inspirador.
  • 39. Evidências Parceria: sala de leitura e disciplinas de arte, língua inglesa e língua portuguesa A Sala de Leitura e seus alunos parceiros utilizaram-se do acervo literário para compor as atividades das disciplinas de Arte com a elaboração do teatro das sombras; de Língua Inglesa com a leitura “colcha de retalhos” e Língua Portuguesa com a situação de aprendizagem sobre a cultura da paz e poesia, promovendo leitura e situações de aprendizagem multi e interdisciplinar.
  • 47. Lição Ler,contar Envolver,viajar Perceber,criar Histórias... Levar da infância As cordas Amarelinhas, brigadeiros Petecas e bolas... Ver no futuro O mesmo colorido de outrora. Isabel Souza