2. Já a população idosa com 60 anos ou mais de idade chegou a 32.113.490 (15,6%),
um aumento de 56,0% em relação a 2010, quando era de 20.590.597 (10,8%).
Em 2022, o total de pessoas com 65 anos ou mais no país (22.169.101) chegou a
10,9% da população, com alta de 57,4% frente a 2010, quando esse contingente
era de14.081.477, ou 7,4% da população. Já o total de crianças com até 14 anos de
idade recuou de 45.932.294 (24,1%) em 2010 para 40.129.261 (19,8%) em 2022,
uma queda de 12,6%.
O índice de envelhecimento chegou a 55,2 em 2022, indicando que há 55,2
pessoas com 65 anos ou mais de idade para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. Em
2010, o índice era de 30,7.
Índice de envelhecimento no RJ é de 105,7
5. Nos idosos, múltiplas
doenças crônicas
coexistem,
frequentemente, de
forma oculta, sendo que
algumas só se
tornam aparentes quando
causam complicações
agudas
7. Iatrogenia
“Doenças ou complicações iatrogênicas, são aquelas decorrentes da intervenção do médico e/ou da
equipe, seja esta intervenção certa ou errada, mas da qual resultam consequências prejudiciais para a
saúde do paciente” (Carvalho-Filho e col., 1996)
Exemplos:
• Erro médico
• Negligência
• Efeitos secundários a tratamentos
• Efeitos colaterais de medicações
8. Fatores de Risco para Reação Adversa a Drogas
Constituem a principal causa de iatrogenia em todas as faixas etárias
• 3 a 7 x mais observadas em idosos
Polifarmácia (> 4 medicamentos) 3 x > risco
↑ exponencial com nº de medicamentos
2 drogas – 8%
5 drogas – 50%
8 ou + drogas – 100%
10. Revisão dos critérios de BEERS
Os Critérios de Beers da Sociedade Americana de Geriatria (AGS Beers Criteria®)
para Medicação Potencialmente Inapropriada (MPI) em idosos são amplamente
utilizados por clínicos, educadores, pesquisadores, administradores de serviços de
saúde e reguladores.
The AGS Beers Criteria® é uma lista de MPIs que são tipicamente evitados nos
idosos na maioria das circunstâncias ou em situações específicas, como em certas
doenças ou condições.
Medicamentos que são potencialmente inapropriados na maioria dos idosos
Medicamentos que normalmente devem ser evitados em idosos com certas
condições
Medicamentos para serem usados com cautela
Medicamentos com interações medicamentosas entre as drogas
Medicamentos que necessitam de ajuste da dose de droga com base na função renal
12. A queda é fato comum a
todos ao longo da vida;
Desde a infância
adaptamos o nosso cérebro e
nossos reflexos a defender-nos
contra as quedas;
13. •Com a idade, as respostas aos estímulos diminuem e os reflexos tornam-se
mais lentos aumentando o risco de quedas;
•As quedas em idosos são, atualmente A MAIOR preocupação de saúde
devido as consequências geradas;
•Considerada um evento multifatorial;
14. 6a causa de morte no idoso
• 40% das admissões em casas de repouso
• Incidência
70 anos 25%
75 anos 35%
>80 anos 40%
institucionalizados 50%
Fraturas: 4 a 6 %
• Morte: 2,2 %
• Incapacidade em levantar-se
• Imobilidade
• Medo de cair :40 a 73% dos que já
caíram
20 a 46% dos que não caíram
• Diminuição na atividade
• Maior morbidade (quedas = marcadores
de
condições clínicas subjacentes)
15. •28% - 35% >65 anos caem por
ano.;
•32% - 42% >70 anos;
•Aumenta mais ainda com nível
de fragilidade;
•Em idosos institucionalizados
chega de 30% a 50% caem por
ano, e deste 40% sofrem quedas
recorrentes.
•Torna-se problema de saúde
pública;
17. 17
QUEDAS
•Problemas mais comuns ocasionadas pelas quedas;
•Fratura de quadril
•TCE (Lesões traumáticas do cérebro)
•Ferimentos dos membros inferiores
18. 18
QUEDAS
• Intervenções para evitar quedas:
• Otimização medicamentosa:
• Rever periodicamente as medicações com o médico
responsável, a retirada de alguns remédios como
antidepressivos entre outros reduz o risco de quedas do idoso.
19. 19
QUEDAS
• Intervenções para evitar quedas:
• Exercícios Físicos:
• Idosos que praticam exercícios físicos regularmente tem
menor risco de cair.
• Realize caminhadas (principalmente auxiliar na exposição
ao sol)
• Estimulação cognitiva
25. Síndrome da Imobilidade
Incapacidade de se deslocar sem o auxílio de outra pessoa, com finalidade de atender às necessidades da
vida diária. Pode o paciente estar restrito a uma poltrona ou ao leito.
Fatores Predisponentes:
• Osteoartrose
• Doenças reumáticas
• Sequelas de fraturas
• DPOC, ICC, AVC e Infecções
• Desnutrição e Desidratação
• Parkinson, Demência e Depressão
26. a) Quantificar a imobilidade( escalas de AVDs)
b) Exame Clínico
c) Exames complementares, de acordo com as suspeitas levantadas no exame clínico:
- desnutrição: albumina
- Distúrbio metabólico: Na , K,U, C, TSH, T4 livre, Ca, glicemia jejum
- Anemia: hemograma e ferritina
- Artropatia: PCR, Raio X
- Miopatias inflamatórias: CK, transaminases
- Síndromes Infecciosas: hemograma, Urina , Raio X
27. Consequências
Depressão
• Confusão mental
• Hipotensão e constipação
intestinal
• Incontinência e Infecção Urinária
• Trombose Venosa e embolia
pulmonar 20% das mortes em
acamados.
• Pneumonia e broncoaspiração
• Úlcera de pressão - escaras
• Atrofia muscular - sarcopenia
28. Cuidados e orientações
• Mudança de decúbito a cada 2h
• Colchão de água e caixa de ovo
• Óleos e hidratantes
• Curativos apropriados.
• Aporte hídrico,
metabólico e proteico.
30. Consequências
Institucionalização
• Isolamento social
• Vergonha / Ansiedade / Depressão
• Declínio funcional
• Úlceras de pressão / ITU
• Aumenta o Risco de Quedas/Fraturas
31. Importância clínica
Frequentemente não mencionada
– 50% dos idosos c/ IU não procuram o médico
• Vergonha / Normal para idade / Sem tratamento
– <10-30% dos médicos documentam IU no prontuário
• Profissionais não capacitados
– 1/2 a 2/3 dos médicos não fazem nem uma simples
avaliação quando ficam sabendo do problema
34. Diagnóstico
IU do tipo estresse
– de esforço
• IU por hiperatividade do
detrusor
– tipo urgência
• UI por hipoatividade do
detrusor
• UI por obstrução uretral
35. Detrusor hiperativo
Causa Mais comum em >75a
• Apresentação: Urgência
– Causas
• Doenças neurológicas
• Idiopática (Geralmente)
– Exame Clínico
• Frequentemente normal
• Volume residual baixo
36. Abordagens
Reduzir a ingesta de líquidos, cafeína,...
CUIDADO !
• Posição sentada / Esvaziamento
completo
• Treinamento vesical
– Ir ao banheiro a intervalos muito curtos
– Aumentar os intervalos gradualmente
• Postura do Cuidador
– Reação positiva para “roupa seca”
– Reação neutra para “umidade”
42. 42
DEMÊNCIA
Síndrome clínica por declínio
cognitivo comprometendo as AVD.
Declínio das funções mentais por doença cerebral
difusa ou disseminada.
43. 43
DEMÊNCIA
Diagnóstico essencialmente clínico.
Preconiza déficit de memória e mais um domínio
cognitivo comprometido (Linguagem, Função Executiva,
praxia, habilidades visoespaciais, etc.)
Necessita ajuda de acompanhante ou familiar
Conhecimento prévio da capacidade cognitiva do sujeito.
Avaliações cognitivas e funcionais.
Depressão X Delirium X Demência
45. 45
DEMÊNCIA
Principais causas de Demências
Doença de Alzheimer
Demência Frontotemporal
Demência Vascular
Demência por corpos de lewy
Demência Mista (DA + DV)
Doença de Parkinson
Demências Toxicas (alcolismo e Medicamentos)
Trauma de crânio
Infecções: HIV, meningites crônicas
Hidrocefalia
46. ALZHEIMER
• Doença neurodegenerativa
• Mais prevalente no mundo (60%)
Alzheimer
60%
Vascular
15%
Fronto
temporal
10%
Corpos de
lewy
10%
Outro tipos
5%
Demência
48. Curso da DA: Fase Pré-Clínica Clínica
a) Aumento das Placas Amilóides
b) Aumento dos ENF Redução da Integridade Neuronal Demência
Não-Demência Demência
Craig-Schapiro et al., Neurobiology of Disease, 2009
49. Modelo dinâmico da Cascata Patológica dos Biomarcadores na Doença
de Alzheimer
Clifford Jack et al., Lancet Neurology, 2010
Mayo Clinic Mayo, Rochester, MN, USA
51. Fatores de Risco para DA (Não modificáveis)
Idade avançada
História familiar
Predisposição
Genética (APOE4)
52. Fatores de risco (modificáveis)
Educação Baixa
Inatividade
cognitiva
Doença
Vascular
Hipertensão
Diabetes
Colesterol Alto
Estrogênio
Exposição metal
Tabagismo
Etilismo
53. Prevenção: Mudança no estilo de vida
Dieta saudável
Vitamina B e Folato
Controle do estresse
Atividade física
Inatividade cognitiva
54. 54
DEMÊNCIA
Avaliação cognitiva + Funcional.
Cognitiva: Rastreio Cognitivo, Identificação de áreas
afetadas.
Funcional: questões para familiares e acompanhantes
para determinar nível de dependência para as AVDs.
Se necessário avaliação neuropsicológica mais
abrangente.
68. 68
DEMÊNCIA
Doença de Alzheimer
Perda lenta e progressiva de memória, inicialmente
memória de curto prazo.
Dura em média de 8 a 10 anos.
Confusão de perda de memória recente com
envelhecimento.
Piora de memória e nomeação.
71. 71
DEMÊNCIA
Demência Vascular:
cursa em degraus.
Piora súbita, em seguida estabilidade.
Causada por desordens vasculares (infartos ...).
Intensidade e tipo da demência varia com a região
afetada.
73. 73
DEMÊNCIA
Demências por corpos de Lewy:
2ª causa mais frequente de demência.
Prejuízo maior de atenção e percepção visual,
presença de alucinações também, flutuações cognitivas do
estado de alerta e atenção.
Rigidez e instabilidade postural podem estar
presentes.
74. 74
DEMÊNCIA
O que fazer?? Como atuar??
Tto ainda é desafio, nenhum medicamento é capaz
de reverter esses tipos de demências.
Memantina remédio mais utilizado para a DA.
Inibidores de AChE também são utilizados, porém geram
efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e diarreia.
75. 75
DEMÊNCIA
TTO não farmacológico muito importante:
Ambiente adequado,
Atividade Física,
Atividades Cognitivas,
Fisioterapia,
Fonoaudiológia,
Reabilitação Neuropsicológica,
76. 76
DEMÊNCIA
Orientações:
1.Identificar as causas dos problemas de
comportamento da pessoa com Alzheimer
2.Criar um ambiente calmo e relaxante
3.Gerenciar o stress em um doente de Alzheimer
4.Cuidados com a Perambulação