Trabalho avaliativo teórico de História<br />23869659525894715210820<br />2519045347980<br />                      A primeira república portuguesa<br />Trabalho realizado por:<br />João Pedro Lopes 9ºA/nº10<br />Índice<br />Introdução…………………………………………………………..Pág.3<br />A Assembleia Nacional Constituinte de 1911……………………Pág.4<br />O Congresso da República na Constituição de 1911……………..Pág.6<br />A acção dos governos Republicanos………………………………Pág8 Os partidos políticos no período da 1ª República…………………Pág.9<br />Grande instabilidade e as dificuldades da acção governativa…...Pág.10<br />O 28 de Maio de 1926………………………………………………Pág.12<br />Conclusão………………………………………………………….Pág.13<br />Bibliografia…………………………………………………………Pág.14<br />Introdução<br />Este trabalho intitulado no âmbito do blog centenário da república, pretende explicar de uma forma geral o que foi e como foi feita a Primeira República Portuguesa, esta que, também referida como República parlamentar, foi o sistema político que sucedeu ao Governo Provisório de Teófilo Braga, de 1910 a 1926. Foi um Período muito instável devido a divergências internas entre os mesmos republicanos que originaram a revolução de 5 de Outubro de 1910. Neste período de 16 anos houve sete Parlamentos, oito Presidentes da República e 45 governos.<br />175831532385<br />A Assembleia Nacional Constituinte de 1911<br />Após a revolução republicana de 5 de Outubro de 1910 tornou-se necessário elaborar uma constituição que estabelecesse os fundamentos do novo regime político.<br />A Assembleia Nacional Constituinte foi eleita num sufrágio em que só houve eleições em cerca de metade dos círculos eleitorais. Não havendo mais candidatos do que lugares a preencher em determinada circunscrição eleitoral, aqueles eram proclamados \"
eleitos\"
 sem votação. <br />O sufrágio universal foi afastado, tendo votado apenas os cidadãos alfabetizados e os chefes de família ,maiores de 21 anos.<br />Tratou-se de um sufrágio onde, pela primeira vez, se utilizou o método da representação proporcional de Hondt na conversão dos votos em mandatos, embora apenas nas cidades de Lisboa e Porto.<br />Os 71 senadores foram eleitos de entre os deputados constituintes, maiores de 30 anos, num sistema de eleição por listas, de forma a procurar assegurar a representação de todos os distritos. Os restantes 152 membros da Assembleia Constituinte constituíram a Câmara dos Deputados. <br />O mandato desta duas Câmaras terminou com a eleição, em 1915, do Congresso da República nos moldes previstos na Constituição.<br />Após a aprovação da Constituição, a Assembleia Nacional Constituinte elegeu o primeiro Presidente da República por sufrágio secreto e transformou-se no Congresso da República, desdobrando-se na Câmara dos Deputados e no Senado, nos termos previstos nas disposições transitórias do texto constitucional de 1911.<br />O Congresso da República na Constituição de 1911<br />A primeira Constituição da República marca o regresso aos princípios liberais de 1820-1822, nomeadamente a consagração do sufrágio directo na eleição do parlamento, a soberania da Nação e a separação e divisão tripartida dos poderes políticos.<br />2872740815340A Constituição de 1911 afastou o sufrágio censitário, não tendo, no entanto, consagrado o sufrágio universal, nem dado a capacidade eleitoral às mulheres, aos analfabetos e, em parte, aos militares. Só em 1918, com o decreto nº 3997, de Sidónio Pais, se alargou o sufrágio a todos os cidadãos do sexo masculino maiores de 21 anos. Contudo, este alargamento só duraria um ano, com a reposição do antigo regime de incapacidades regulamentado por lei especial, para a qual remetia o articulado constitucional<br />O Congresso da República tinha uma estrutura bicameral, sendo formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado para as quais não se podia ser eleito com menos de 25 e 35 anos respectivamente.<br />A iniciativa de lei pertencia indistintamente aos deputados ou senadores, ou ao governo excepto quanto a projectos de lei versando determinadas matérias, previstas no texto constitucional, da competência exclusiva da Câmara dos Deputados.<br />O poder legislativo pertencia exclusivamente ao Parlamento, sem a possibilidade de veto por parte do Presidente da República, sendo mesmo prevista uma forma de promulgação tácita no caso de o Chefe de Estado não se pronunciar no prazo de 15 dias. <br />O Congresso elegia o Presidente da República, podendo igualmente destituí-lo, sem que o Presidente tivesse, na versão original da Constituição, o direito de dissolver as 2 câmaras.<br />Só mais tarde, com a revisão constitucional de 1919, foi atribuído ao Presidente da República o poder de dissolução, condicionando-o à prévia audiência do Conselho Parlamentar. <br />O governo era politicamente responsável perante o Congresso, tendo a obrigação constitucional de assistir às suas sessões.<br />A legislatura, na Câmara dos Deputados, dura três anos e, no Senado, seis anos, devendo haver renovação de metade dos membros do Senado cada vez que se verificassem eleições gerais para a Câmara dos Deputados. <br />A sessão legislativa tinha a duração de quatro meses, prorrogáveis por deliberação do Congresso<br />A acção dos governos Republicanos<br />As novas medidas dos governos Republicanos foram as seguintes:<br />-Direito à greve;<br />-Protecção na doença e velhice;<br />-Igualmente dos direitos dos cônjuges;<br />-Estabelecimentos da escolaridade obrigatória entre os 7 e os 10 anos;<br />-Criação de jardins escola;<br />-Aumento do número de Escolas Primárias;<br />-Criação das Universidades de Lisboa e Porto;<br />Os partidos políticos no período da 1ª República<br />Os condicionalismos políticos resultantes da Revolução de 1910 levam a que o único partido representado na Constituinte seja o Partido Republicano Português. Das diversas formações políticas que deste irão emergir destaca-se o Partido Democrático, que viria a ser dominante nos anos seguintes, embora outros como o Partido Evolucionista e o Partido Unionista tivessem uma consistência estatutária relevante.   O Partido Democrático é o vencedor sistemático das eleições para o Congresso da República (com excepção das que se realizam em 1921) e assume uma presença dominante na administração do Estado, limitando o acesso ao poder de outras forças partidárias, a não ser em coligações efémeras.<br /> Vão-se gerando movimentos de contestação nas margens do regime, onde começam a surgir apelos à regeneração nacional. Em 5 de Dezembro de 1917 triunfa uma revolta militar chefiada por Sidónio Pais, com o apoio do Partido Unionista, que instaura uma ditadura militar. <br />Um Decreto de 1918 previa, em parte, a adopção de um sistema de governo presidencialista. Constituiu-se o Partido Nacional Republicano (mais tarde designado por Nacionalista), vencedor das eleições ao Congresso em 1918, onde se manteve uma forte minoria de monárquicos e católicos. <br />Grande instabilidade e as dificuldades da acção governativa<br />Foram grandes  as dificuldades sentidas nestes anos:<br />-Participação na 1º guerra mundial.<br />-Descontentamento social  (Os católicos estão contra a laicização do Estado, O operariado queixa-se da inexistência de benefícios para a sua classe; A classe média está descontente com a continua quebra do poder de compra. <br />-Guerras civis instauram várias ditaduras: em 1915 um golpe de estado liderado por Pimenta de Castro; em 1917 é a vez de Sidónio Pais.<br />- Os preços agravam-se, a inflação sobe e as greves sucedem-se.<br />-Grande instabilidade governativa: 45 governos,8 presidentes e 7 eleições.<br />-Insegurança pública: agressões físicas ,ataques bombistas, assassinatos.<br />-Depois do assassinato de Sidónio Pais, em 1918, seguiu-se uma grave crise política em que se defrontaram Republicanos e Monárquicos. O controle da situação pelos Republicanos só vem a dar-se em Março de 1919, enfrentando graves problemas económicos e sociais a nível nacional e internacional. <br />- Uma crescente simpatia do Exército pelas soluções autoritárias.<br /> <br />O 28 de Maio de 1926<br />Em 28 de Maio de 1926 dá-se a insurreição militar de Manuel Gomes da Costa que marcha sobre Lisboa e impõe a renúncia do governo e a dissolução do parlamento.<br />A Primeira Republica cedia à Ditadura Militar, um regime autoritário em que o poder é exercido pelas Forças Armadas.<br />1605915905510<br />Conclusão<br />Contudo, apesar das boas intenções e dos seus ideais, os Republicanos não conseguiram criar um sistema que fosse estável. A República foi prejudicada por diversas razões: violência pública, instabilidade política, falta de continuidade administrativa e por alguma “incapacidade” governamental.<br />Os historiadores consideram que a I República Portuguesa foi o regime parlamentar mais instável da Europa ocidental. Muitos foram os problemas que tiveram de ser enfrentados durante este período: económicos e financeiros graves e a enorme dívida pública herdada da Monarquia.<br />Bibliografia<br />Neste trabalho foram consultadas as seguintes fontes:<br />bastaqsim.blogspot.com<br />historia-ja.blogspot.com<br />pt.wikipedia.org/wiki/Portugal<br />Enciclopédia: “Didacta – enciclopédia temática”<br />www.centenariorepublica.pt<br />Fim<br />
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  • 1. Trabalho avaliativo teórico de História<br />23869659525894715210820<br />2519045347980<br /> A primeira república portuguesa<br />Trabalho realizado por:<br />João Pedro Lopes 9ºA/nº10<br />Índice<br />Introdução…………………………………………………………..Pág.3<br />A Assembleia Nacional Constituinte de 1911……………………Pág.4<br />O Congresso da República na Constituição de 1911……………..Pág.6<br />A acção dos governos Republicanos………………………………Pág8 Os partidos políticos no período da 1ª República…………………Pág.9<br />Grande instabilidade e as dificuldades da acção governativa…...Pág.10<br />O 28 de Maio de 1926………………………………………………Pág.12<br />Conclusão………………………………………………………….Pág.13<br />Bibliografia…………………………………………………………Pág.14<br />Introdução<br />Este trabalho intitulado no âmbito do blog centenário da república, pretende explicar de uma forma geral o que foi e como foi feita a Primeira República Portuguesa, esta que, também referida como República parlamentar, foi o sistema político que sucedeu ao Governo Provisório de Teófilo Braga, de 1910 a 1926. Foi um Período muito instável devido a divergências internas entre os mesmos republicanos que originaram a revolução de 5 de Outubro de 1910. Neste período de 16 anos houve sete Parlamentos, oito Presidentes da República e 45 governos.<br />175831532385<br />A Assembleia Nacional Constituinte de 1911<br />Após a revolução republicana de 5 de Outubro de 1910 tornou-se necessário elaborar uma constituição que estabelecesse os fundamentos do novo regime político.<br />A Assembleia Nacional Constituinte foi eleita num sufrágio em que só houve eleições em cerca de metade dos círculos eleitorais. Não havendo mais candidatos do que lugares a preencher em determinada circunscrição eleitoral, aqueles eram proclamados \" eleitos\" sem votação. <br />O sufrágio universal foi afastado, tendo votado apenas os cidadãos alfabetizados e os chefes de família ,maiores de 21 anos.<br />Tratou-se de um sufrágio onde, pela primeira vez, se utilizou o método da representação proporcional de Hondt na conversão dos votos em mandatos, embora apenas nas cidades de Lisboa e Porto.<br />Os 71 senadores foram eleitos de entre os deputados constituintes, maiores de 30 anos, num sistema de eleição por listas, de forma a procurar assegurar a representação de todos os distritos. Os restantes 152 membros da Assembleia Constituinte constituíram a Câmara dos Deputados. <br />O mandato desta duas Câmaras terminou com a eleição, em 1915, do Congresso da República nos moldes previstos na Constituição.<br />Após a aprovação da Constituição, a Assembleia Nacional Constituinte elegeu o primeiro Presidente da República por sufrágio secreto e transformou-se no Congresso da República, desdobrando-se na Câmara dos Deputados e no Senado, nos termos previstos nas disposições transitórias do texto constitucional de 1911.<br />O Congresso da República na Constituição de 1911<br />A primeira Constituição da República marca o regresso aos princípios liberais de 1820-1822, nomeadamente a consagração do sufrágio directo na eleição do parlamento, a soberania da Nação e a separação e divisão tripartida dos poderes políticos.<br />2872740815340A Constituição de 1911 afastou o sufrágio censitário, não tendo, no entanto, consagrado o sufrágio universal, nem dado a capacidade eleitoral às mulheres, aos analfabetos e, em parte, aos militares. Só em 1918, com o decreto nº 3997, de Sidónio Pais, se alargou o sufrágio a todos os cidadãos do sexo masculino maiores de 21 anos. Contudo, este alargamento só duraria um ano, com a reposição do antigo regime de incapacidades regulamentado por lei especial, para a qual remetia o articulado constitucional<br />O Congresso da República tinha uma estrutura bicameral, sendo formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado para as quais não se podia ser eleito com menos de 25 e 35 anos respectivamente.<br />A iniciativa de lei pertencia indistintamente aos deputados ou senadores, ou ao governo excepto quanto a projectos de lei versando determinadas matérias, previstas no texto constitucional, da competência exclusiva da Câmara dos Deputados.<br />O poder legislativo pertencia exclusivamente ao Parlamento, sem a possibilidade de veto por parte do Presidente da República, sendo mesmo prevista uma forma de promulgação tácita no caso de o Chefe de Estado não se pronunciar no prazo de 15 dias. <br />O Congresso elegia o Presidente da República, podendo igualmente destituí-lo, sem que o Presidente tivesse, na versão original da Constituição, o direito de dissolver as 2 câmaras.<br />Só mais tarde, com a revisão constitucional de 1919, foi atribuído ao Presidente da República o poder de dissolução, condicionando-o à prévia audiência do Conselho Parlamentar. <br />O governo era politicamente responsável perante o Congresso, tendo a obrigação constitucional de assistir às suas sessões.<br />A legislatura, na Câmara dos Deputados, dura três anos e, no Senado, seis anos, devendo haver renovação de metade dos membros do Senado cada vez que se verificassem eleições gerais para a Câmara dos Deputados. <br />A sessão legislativa tinha a duração de quatro meses, prorrogáveis por deliberação do Congresso<br />A acção dos governos Republicanos<br />As novas medidas dos governos Republicanos foram as seguintes:<br />-Direito à greve;<br />-Protecção na doença e velhice;<br />-Igualmente dos direitos dos cônjuges;<br />-Estabelecimentos da escolaridade obrigatória entre os 7 e os 10 anos;<br />-Criação de jardins escola;<br />-Aumento do número de Escolas Primárias;<br />-Criação das Universidades de Lisboa e Porto;<br />Os partidos políticos no período da 1ª República<br />Os condicionalismos políticos resultantes da Revolução de 1910 levam a que o único partido representado na Constituinte seja o Partido Republicano Português. Das diversas formações políticas que deste irão emergir destaca-se o Partido Democrático, que viria a ser dominante nos anos seguintes, embora outros como o Partido Evolucionista e o Partido Unionista tivessem uma consistência estatutária relevante.   O Partido Democrático é o vencedor sistemático das eleições para o Congresso da República (com excepção das que se realizam em 1921) e assume uma presença dominante na administração do Estado, limitando o acesso ao poder de outras forças partidárias, a não ser em coligações efémeras.<br /> Vão-se gerando movimentos de contestação nas margens do regime, onde começam a surgir apelos à regeneração nacional. Em 5 de Dezembro de 1917 triunfa uma revolta militar chefiada por Sidónio Pais, com o apoio do Partido Unionista, que instaura uma ditadura militar. <br />Um Decreto de 1918 previa, em parte, a adopção de um sistema de governo presidencialista. 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O controle da situação pelos Republicanos só vem a dar-se em Março de 1919, enfrentando graves problemas económicos e sociais a nível nacional e internacional. <br />- Uma crescente simpatia do Exército pelas soluções autoritárias.<br /> <br />O 28 de Maio de 1926<br />Em 28 de Maio de 1926 dá-se a insurreição militar de Manuel Gomes da Costa que marcha sobre Lisboa e impõe a renúncia do governo e a dissolução do parlamento.<br />A Primeira Republica cedia à Ditadura Militar, um regime autoritário em que o poder é exercido pelas Forças Armadas.<br />1605915905510<br />Conclusão<br />Contudo, apesar das boas intenções e dos seus ideais, os Republicanos não conseguiram criar um sistema que fosse estável. A República foi prejudicada por diversas razões: violência pública, instabilidade política, falta de continuidade administrativa e por alguma “incapacidade” governamental.<br />Os historiadores consideram que a I República Portuguesa foi o regime parlamentar mais instável da Europa ocidental. Muitos foram os problemas que tiveram de ser enfrentados durante este período: económicos e financeiros graves e a enorme dívida pública herdada da Monarquia.<br />Bibliografia<br />Neste trabalho foram consultadas as seguintes fontes:<br />bastaqsim.blogspot.com<br />historia-ja.blogspot.com<br />pt.wikipedia.org/wiki/Portugal<br />Enciclopédia: “Didacta – enciclopédia temática”<br />www.centenariorepublica.pt<br />Fim<br />