ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
TRAUMA RAQUIMEDULAR.
Trauma Raquimedular
Coluna Vertebral –
Anatomia e Fisiologia:
A coluna vertebral é composta por 33
ossos
denominados vértebras, que se estendem desde
a base do crânio até o cóccix e são divididos em
grupos conforme sua localização e por
similaridades anatômicas em:
 cervicais (07),
 torácicas (12),
 lombares (05),
 sacrais (05) e
 coccígeas (04).
(DANGELO & FATTINI, 2004.p. 375)
Coluna Vertebral –
Anatomia e
Fisiologia:
 São classificados como ossos irregulares, por
terem uma morfologia complexa sem
precedentes em formas geométricas conhecidas.
 São separadas entre si por discos
fibrocartilaginosos – os discos intervertebrais,
que tem por função absorver os aumentos de
pressão numa súbita sobrecarga de peso na
coluna e conferir mobilidade entre as vértebras
adjacentes, além de impedir o impacto direto
entre as vértebras, reduzindo assim seu
Trauma raquimedular-TRM - principais aspectos
Coluna Vertebral –
Anatomia e Fisiologia:
 Anatomicamente, as vértebras possuem um
forame vertebral, que quando alinhadas,
formam um “túnel” ósseo, por onde passa a
medula espinhal, de onde ramificam os nervos
espinhais.
 Além
deste
protetores
da
arcabouço ósseo,
também são medula as
meninges, lâminas
membranosas de tecido conjuntivo que
protegem o encéfalo e se estendem até o
estreitamento da medula espinhal, em T12,
chamado cone medular, e em L1, sua
Coluna Vertebral –
Anatomia e Fisiologia:
As meninges são três, a saber:
 dura-máter (mais externa),
 aracnóide (central) e
 pia-máter (mais interna).
Entre a aracnóide e a dura-máter, existe um
espaço subdural, e entre a aracnóide e a pia-
máter existe o espaço subaracnóide, por onde
circula o líquido cefalorraquidiano, ou líquor.
Coluna Vertebral –
Anatomia e Fisiologia:
 A coluna vertebral tem por função dar
sustentação ao corpo, além de proteger a
medula espinhal, e permitir assim que os
impulsos nervosos fluam livremente pelas vias
eferentes (motoras) e aferentes (sensitivas), para
que o cérebro envie comandos e receba
sensações.
 A interrupção deste fluxo causa isolamento do
segmento corporal no nível e abaixo da lesão,
levando a perda e/ou diminuição da
CONCEITO
Lesão Medular pode ser ocasionada devido trauma, quedas, força brusca
por acidentes, gerando hiperflexão/hiperextensão, quanto contorções.
Como exemplos:
• Acidentes automobilísticos (carro ou moto) - 45,6%;
• Queda - 19,6%;
• Violência urbana - 17,8%;
• Atividade recreativas - 16%;
Pimentel, 2021
Definição: Traumatismo
Raquimedular
 Traumatismo raquimedular é a lesão da medula
espinhal, que pode ser completa ou incompleta.
Apenas aproximadamente em 20 % dos casos a
lesão medular não decorre de traumatismos,
sendo secundária a processos degenerativos /
patológicos tais como tumores, malformações,
diabetes.
 A grande maioria dos casos de trauma
raquimedulares é decorrente de acidentes. Pode
ser devido a acidentes automobilísticos,
ferimentos por armas de fogo, quedas,
acidentes esportivos, acidentes de trabalho.
Trauma
Raquimedular
 Os locais mais comuns de
lesão medular são as áreas
das vértebras C5, C6 e C7,
além da junção das vértebras
torácicas e lombares, T12 e
L1.
(NETTINA, 2007, p.507)
15 a 40 casos por
milhão de habitantes
EPIDEMOLOGIA
Comumente associado aos TRM
12 mil novos
casos nos EUA
• 4 mil casos vão a óbito na transição;
• 1 mil casos baixas expectativas de vida;
• Brasil não existe coeficiente de incidência.
Supostamente, 10 mil casos.
NUNES, D. M.; MORAIS, C. R.; FERREIRA, C. G.;
2017
FASES DA LESÃO MEDULAR
FISIOPATOLOGIA
Trauma
Raquimedular
 A energia mecânica tende a ser o agente de
lesão mais comum, sendo ainda o maior
responsável pelos traumatismos
raquimedulares.
 Mecanismos de Lesão:
 Hiperflexão
 Hiperextensão
 Carga axial
 Carga lateral
 Ferimentos penetrantes
Trauma
Raquimedular
• Hiperflexão:
Causada por desaceleração súbita do
movimento.
Trauma
Raquimedular
• Hiperextensão:
Movimentocom a cabeça para trás e para baixo. A
medula é esticada e torcida.
Trauma
Raquimedular
• Carga axial:
Resulta de uma carga
vertical.
Trauma
Raquimedular
• Carga lateral:
Força aplicada
lateralmente.
Trauma
Raquimedular
• Ferimentos penetrantes:
Lesão por PAF ou armas brancas que penetram
na medula.
Epidemiologia –
Trauma
Raquimedular:
Os fatores de risco predominantes para lesão
raquimedular são idade, sexo, uso de álcool e drogas
(lícitas e ilícitas). A prevenção primária é a mais eficiente
forma de prevenção.
A lesão raquimedular ocorre com frequência até quatro
vezes maior em homens que em mulheres. Mais da
metade dos registros de lesão raquimedular ocorre em
indivíduos inseridos na faixa etária dos 16 aos 30 anos,
sendo a causa mais comum os acidentes
automobilísticos (35 %) seguida pela violência (30%),
quedas (19%) e práticas desportivas (8%).
As vértebras mais acometidas são C5, C6 e C7, T12 e L1
devido a maior amplitude de movimento da coluna
vertebral nestas regiões.
Fisiopatologia – Trauma
Raquimedular:

Lesão primária: Transferência de energia
cinética para a medula espinhal que gera o
rompimento dos axônios, lesão das células
nervosas e ruptura dos vasos sanguíneos.
 Lesão secundária: Morte de axônios e células que
não foram inicialmente lesados, pela redução do
fluxo sanguíneo, normalmente causada por
alterações no canal vertebral, hemorragia, edema
ou redução da pressão sistêmica.
 Separação dos axônios não se faz imediatamente
ao trauma não penetrante, sendo resultada de um
evento patológico relacionado à lesão da
Salvar vidas prevenindo
lesões:
Devemos considerar em primeiro lugar a segurança, afastando-
se do trânsito de veículos, de combustíveis e inflamáveis, de
áreas em risco de desabamento e despenhadeiros.
Manter vias aéreas pérveas, função cardíaca, respiratória, conter
sangramentos, tudo isto, preservando a região cervical, fazendo
a contenção com colar cervical próprio ou improvisado, a fim de
evitar que uma transecção incompleta evolua para uma
transecção completa.
Existe instabilidade ligamentar e vertebral numa lesão
traumática, o que deixa a medula vulnerável: o movimento pode,
portanto lesar ainda mais a medula já comprometida.
Imediatamente, é necessário instalar a vítima em uma superfície
rígida para transporte até um serviço de emergência.
Trauma raquimedular-TRM - principais aspectos
Trauma raquimedular-TRM - principais aspectos
“Desde que a coluna do doente esteja
devidamente protegida, o exame vertebral e a
exclusão de traumas à coluna podem ser
postergados sem riscos, especialmente na
presença de alguma instabilidade
sistêmica.”
ATL
S
Avaliação
Clínica:
Irá determinar o nível da
lesãoneurológica do paciente:
 História Informações sobre o estado geral
do paciente previamente ao trauma.
 Exame físico XABCDE
 Exame neurológicoAvaliação da
sensibilidade, da função motora e dos
reflexos.
Avaliação
Clínica:
 Paciente com fratura da coluna sem lesão
medular:
 Apresentam dor,
 Incapacidade funcional,
 Espasmo da musculatura adjacente.
 Paciente com lesão medular:
 Perda de resposta à estimulo doloroso,
 Incapacidade de realizar movimentos
vontuntários,
 Queda da pressão arterial com bradicardia,
 Alteração no controle dos enficteres,

Trauma raquimedular-TRM - principais aspectos
Avaliação
Clínica:
Síndrome Característica
Síndrome da
medula
central
Cervical – comprometimento membros
inferiores
e superiores
Síndrome da
medula
anterior
Preservação da propriocepção e perda
variável da função motora e sensitiva à dor
Síndrome da
medula
posterior
Manutenção da sensibilidadeà dor e a
função motora, propriocepção alterada
Síndrome de
Brown-
Séquard
Hemissecção da medula – perda da
função
motora e proprioceptiva do lado da lesão e
perda da sensibilidade à dor e temperatura do
lado oposto
Síndrome de cone
medular
Incontinência vesical, fecal e alteração da
função
sexual
Síndrome da cauda equina L1, L2 –
arreflexia,
paresia
de
membros
inferiores, da
Avaliação
Sensibilidade:
 É realizada por meio da avaliação de sensibilidade
tátil e dolorosa do paciente, através de 20
dermátomos:
 Mamilos – T4
 Processo Xifóide – T7
 Região Inguinal – T12 a L1
 Região Perineal – S2, S3, S4
 Atribui
uma
clínicos:
 0 – ausente
avaliação numérica nos
achados
Trauma raquimedular-TRM - principais aspectos
Avaliação
Motora:
 Avaliação dos 10 pares miótomos e a força
muscular graduada :
 C5 – Flexores do cotovelo
 C6 – Flexores do punho
 C7 – Extensores do cotovelo
 C8 – Flexores do dedo
 T1 – Abdutores
 L2 – Flexores do quadril
 L3 – Flexores do joelho
 L4 – Dorsiflexores do tornozelo
 L5 - Extensores longos dos dedos
 S1 – Flexores plantares do tornozelo
Trauma raquimedular-TRM - principais aspectos
Avaliação
Motora:
 Segue a escala:
 0 – Paralisia total,
 1 – Contração
palpável,
 2 – Movimento
ativo gravidade,
eliminado pela força
da
 3 – Movimento ativo que vence a força
da gravidade,
 4 – Movimento ativo contra alguma resistência,
 5 – Normal.
 OBS: Também examina-se o esfíncter anal
Classificação da
lesão
medular:
A Escala de Comprometimento da ASIA (American Spinal
Injury Association), baseada na completude da lesão
(grau de transecção da medula) e na função sensorial /
motora.
Grau Tipo de lesão Manifestações Recuperação
A Completa Ausência de função motora
e
sensitiva abaixo da lesão
15,5% cervical
7% torácica
B Incompleta Função sensitiva, mas
não
motora
47%
C Incompleta Alguma força motora 84%
D Incompleta Força motora 84%
E Nenhuma Função sensitiva e função 100%
Trauma raquimedular-TRM - principais aspectos
Exames:
 Radiografia antero-posterior, perfil e
transoral (diagnóstico de 84% lesão cervical).
 Tomografia Computadorizada: Avaliação
da morfologia da fratura.
 Ressonância Magnética: Análise de
contusões medulares.
Quadro Clínico –
Trauma
Raquimedular:
 Fase aguda (de 1 a 24 horas após o trauma).
Nesta fase, o edema provocado pelo trauma ainda é um
dos limitadores da avaliação da lesão. Portanto, pode ser
difícil determinar o grau de transecção da medula. Testa-
se a capacidade motora e sensitiva com maior
frequência a fim de acompanhar a involução do edema.
 Intervenções cirúrgicas nesta fase são recomendadas
quando houver instabilidade vertebral, a fim de evitar
maiores agravos à lesão pré-existente. Os objetivos são
remover os fragmentos ósseos que porventura estejam
comprimindo a medula, além de estabilizar as vértebras,
para que o processo de reabilitação possa ser iniciado
precocemente. O succinato dissódico de
metilpredinisolona (corticóide) deve ser administrado até
oito horas após a lesão, com dose de manutenção por 48
horas.
Quadro Clínico –
Trauma
Raquimedular:
 Fase subaguda (de 24 horas até uma semana
pós-
trauma).
As trações com halo cervical são comumente
utilizadas para tratar as lesões cervicais. A
mobilização precoce, em blocos, e os exercícios
passivos devem ser iniciados tão logo o paciente
esteja em condições de estabilidade clínica e
cirúrgica. Programa-se uma hiperalimentação, com
dieta líquida por sonda, progredindo para pastosa,
tão logo a condição do cliente permita,
hipercalórica, hiperprotéica e rica em fibras, a fim
de retardar o balanço nitrogenado negativo. O
volume da dieta deve aumentar gradualmente,
conforme a tolerância.
 Farmacologicamente,
bloqueadores
administrados para evitar
irritação hemorragias; a
H2 são
gástrica e
sal sódico
Quadro Clínico –
Trauma
Raquimedular:
 Fase Crônica ou Ajustamento medular (após uma
semana do trauma). As complicações devem ser
tratadas, tais como infecções (antibioticoterapia);
comprometimento respiratório (estimulação
elétrica do nervo frênico, ventilação mecânica,
fisioterapia
respiratória); lesão mucocutânea
traumática e prevenção
de
ulcera
s
por pressão;
ossificação
heterotrópica
(uso
de
quelantes
de cálcio
e
antiinflamatório
s);
siringomieli
a
(drenagem)
;
espasticidade (antiespasmódicosorais e
intratecais,
cirurgia, estimulação
da
medula espinhal);
dor
neuropática central sedativo
Quadro Clínico –
Trauma
Raquimedular:
 A reabilitação inclui suporte clínico e psicossocial,
fisioterapia, avaliação urológica, terapia
ocupacional, incluindo sempre o cliente e seu
núcleo familiar.
 Devem ser enfatizadas as habilidades, e não as
incapacidades, o foco da reabilitação é a
adaptação do indivíduo a sua condição, visando
extrair a melhor integração deste com o meio.
Quanto mais adaptado a sua nova condição, mais
eficientemente o indivíduo desempenhará as suas
atividades de vida diária (AVD).
 Mesmo em casos onde o comprometimento seja
total, impedindo qualquer participação física do
indivíduo, a sua atitude mental pode, e deve ser
estimulada, pois a perda da capacidade motora e
Complicações Orgânicas
do Trauma
Raquimedular:
 Devido à complexidade do sistema nervoso, as
lesões raquimedulares podem levar à
complicações orgânicas variadas, dependendo
do grau da lesão, altura da lesão, tempo
transcorrido entre o trauma e o atendimento,
e qualidade do atendimento
inicial.
 As complicações em longo prazo incluem a
síndrome do desuso, a disreflexia autônoma,
infecções vesical e renal, espasticidade e
Complicações Sociais do
Trauma Raquimedular:
 O indivíduo que sofre uma lesão medular,
com comprometimento que gera incapacidade,
defronta- nova realidade, onde
o
se com
uma
acompanhament
o
e o
cuidado
profissionais de
saúde enfermeiros,
terapeuta
especializado
s
ocupacional,
de
inúmeros
(médicos
,
psicólogo
,
psiquiatra), além de engenheiros de
reabilitação, assistente social se fazem
constantes.
 Reside aí o risco de perda da privacidade, do
O Papel do
Enfermeiro:
 Como integrante da equipe multidisciplinar,
numa abordagem interdisciplinar, o enfermeiro
é o elemento que tem maior contato com a
família e com o cliente, por características
inerentes à prática profissional. Desta forma,
as medidas que o enfermeiro programar são
determinantes do sucesso ou fracasso tanto do
atendimento inicial (com relação aos agravos
da lesão raquimedular) quanto ao inicio
precoce do processo de reabilitação.
O Papel do
Enfermeir
o:
 O enfermeiro deve considerar a necessidade de
conversar sobre a vida sexual do seu cliente.
Podem ser necessárias adaptações para que
este viva plenamente a manifestação do desejo
sexual, que é uma necessidade fisiológica
básica, e não deve ser reprimida unicamente
devido à nova condição física em que este se
encontra.
Muito
Obrigado!!!
Referências
:
 CARPENITO-MOYET, L.J. Diagnósticos de Enfermagem: aplicação à
prática clínica. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
 DANGELO, J.G; FATTINI, C.A. Anatomia Humana Sistêmica e
Segmentar: para o estudante de medicina. 2 ed. São Paulo: Atheneu.
2004.
 NETTINA, S.M. Prática de enfermagem. 8 ed. Rio de janeiro:
Guanabara
Koogan, 2007.
 SANTOS, J. L (revisão técnica); SANTOS, R.G (tradução). Guia
Profissional para Fisiopatologia. Tradução de: Professional Guide of
pathophysiology. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
 SANTOS, RR; CANETTI, MD; RIBEIRO JR, C; ALVAREZ, FS. Manual de
Socorro de Emergência. Seção de ensino e treinamento /
Grupamento de Socorro de Emergência /Corpo de Bombeiros Militar
do Estado do Rio de Janeiro / Secretaria de Estado de Defesa Civil.
São Paulo: Atheneu, 2005.

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Trauma raquimedular-TRM - principais aspectos

  • 3. Coluna Vertebral – Anatomia e Fisiologia: A coluna vertebral é composta por 33 ossos denominados vértebras, que se estendem desde a base do crânio até o cóccix e são divididos em grupos conforme sua localização e por similaridades anatômicas em:  cervicais (07),  torácicas (12),  lombares (05),  sacrais (05) e  coccígeas (04). (DANGELO & FATTINI, 2004.p. 375)
  • 4. Coluna Vertebral – Anatomia e Fisiologia:  São classificados como ossos irregulares, por terem uma morfologia complexa sem precedentes em formas geométricas conhecidas.  São separadas entre si por discos fibrocartilaginosos – os discos intervertebrais, que tem por função absorver os aumentos de pressão numa súbita sobrecarga de peso na coluna e conferir mobilidade entre as vértebras adjacentes, além de impedir o impacto direto entre as vértebras, reduzindo assim seu
  • 6. Coluna Vertebral – Anatomia e Fisiologia:  Anatomicamente, as vértebras possuem um forame vertebral, que quando alinhadas, formam um “túnel” ósseo, por onde passa a medula espinhal, de onde ramificam os nervos espinhais.  Além deste protetores da arcabouço ósseo, também são medula as meninges, lâminas membranosas de tecido conjuntivo que protegem o encéfalo e se estendem até o estreitamento da medula espinhal, em T12, chamado cone medular, e em L1, sua
  • 7. Coluna Vertebral – Anatomia e Fisiologia: As meninges são três, a saber:  dura-máter (mais externa),  aracnóide (central) e  pia-máter (mais interna). Entre a aracnóide e a dura-máter, existe um espaço subdural, e entre a aracnóide e a pia- máter existe o espaço subaracnóide, por onde circula o líquido cefalorraquidiano, ou líquor.
  • 8. Coluna Vertebral – Anatomia e Fisiologia:  A coluna vertebral tem por função dar sustentação ao corpo, além de proteger a medula espinhal, e permitir assim que os impulsos nervosos fluam livremente pelas vias eferentes (motoras) e aferentes (sensitivas), para que o cérebro envie comandos e receba sensações.  A interrupção deste fluxo causa isolamento do segmento corporal no nível e abaixo da lesão, levando a perda e/ou diminuição da
  • 9. CONCEITO Lesão Medular pode ser ocasionada devido trauma, quedas, força brusca por acidentes, gerando hiperflexão/hiperextensão, quanto contorções. Como exemplos: • Acidentes automobilísticos (carro ou moto) - 45,6%; • Queda - 19,6%; • Violência urbana - 17,8%; • Atividade recreativas - 16%; Pimentel, 2021
  • 10. Definição: Traumatismo Raquimedular  Traumatismo raquimedular é a lesão da medula espinhal, que pode ser completa ou incompleta. Apenas aproximadamente em 20 % dos casos a lesão medular não decorre de traumatismos, sendo secundária a processos degenerativos / patológicos tais como tumores, malformações, diabetes.  A grande maioria dos casos de trauma raquimedulares é decorrente de acidentes. Pode ser devido a acidentes automobilísticos, ferimentos por armas de fogo, quedas, acidentes esportivos, acidentes de trabalho.
  • 11. Trauma Raquimedular  Os locais mais comuns de lesão medular são as áreas das vértebras C5, C6 e C7, além da junção das vértebras torácicas e lombares, T12 e L1. (NETTINA, 2007, p.507)
  • 12. 15 a 40 casos por milhão de habitantes EPIDEMOLOGIA Comumente associado aos TRM 12 mil novos casos nos EUA • 4 mil casos vão a óbito na transição; • 1 mil casos baixas expectativas de vida; • Brasil não existe coeficiente de incidência. Supostamente, 10 mil casos. NUNES, D. M.; MORAIS, C. R.; FERREIRA, C. G.; 2017
  • 13. FASES DA LESÃO MEDULAR
  • 15. Trauma Raquimedular  A energia mecânica tende a ser o agente de lesão mais comum, sendo ainda o maior responsável pelos traumatismos raquimedulares.  Mecanismos de Lesão:  Hiperflexão  Hiperextensão  Carga axial  Carga lateral  Ferimentos penetrantes
  • 16. Trauma Raquimedular • Hiperflexão: Causada por desaceleração súbita do movimento.
  • 17. Trauma Raquimedular • Hiperextensão: Movimentocom a cabeça para trás e para baixo. A medula é esticada e torcida.
  • 20. Trauma Raquimedular • Ferimentos penetrantes: Lesão por PAF ou armas brancas que penetram na medula.
  • 21. Epidemiologia – Trauma Raquimedular: Os fatores de risco predominantes para lesão raquimedular são idade, sexo, uso de álcool e drogas (lícitas e ilícitas). A prevenção primária é a mais eficiente forma de prevenção. A lesão raquimedular ocorre com frequência até quatro vezes maior em homens que em mulheres. Mais da metade dos registros de lesão raquimedular ocorre em indivíduos inseridos na faixa etária dos 16 aos 30 anos, sendo a causa mais comum os acidentes automobilísticos (35 %) seguida pela violência (30%), quedas (19%) e práticas desportivas (8%). As vértebras mais acometidas são C5, C6 e C7, T12 e L1 devido a maior amplitude de movimento da coluna vertebral nestas regiões.
  • 22. Fisiopatologia – Trauma Raquimedular:  Lesão primária: Transferência de energia cinética para a medula espinhal que gera o rompimento dos axônios, lesão das células nervosas e ruptura dos vasos sanguíneos.  Lesão secundária: Morte de axônios e células que não foram inicialmente lesados, pela redução do fluxo sanguíneo, normalmente causada por alterações no canal vertebral, hemorragia, edema ou redução da pressão sistêmica.  Separação dos axônios não se faz imediatamente ao trauma não penetrante, sendo resultada de um evento patológico relacionado à lesão da
  • 23. Salvar vidas prevenindo lesões: Devemos considerar em primeiro lugar a segurança, afastando- se do trânsito de veículos, de combustíveis e inflamáveis, de áreas em risco de desabamento e despenhadeiros. Manter vias aéreas pérveas, função cardíaca, respiratória, conter sangramentos, tudo isto, preservando a região cervical, fazendo a contenção com colar cervical próprio ou improvisado, a fim de evitar que uma transecção incompleta evolua para uma transecção completa. Existe instabilidade ligamentar e vertebral numa lesão traumática, o que deixa a medula vulnerável: o movimento pode, portanto lesar ainda mais a medula já comprometida. Imediatamente, é necessário instalar a vítima em uma superfície rígida para transporte até um serviço de emergência.
  • 26. “Desde que a coluna do doente esteja devidamente protegida, o exame vertebral e a exclusão de traumas à coluna podem ser postergados sem riscos, especialmente na presença de alguma instabilidade sistêmica.” ATL S
  • 27. Avaliação Clínica: Irá determinar o nível da lesãoneurológica do paciente:  História Informações sobre o estado geral do paciente previamente ao trauma.  Exame físico XABCDE  Exame neurológicoAvaliação da sensibilidade, da função motora e dos reflexos.
  • 28. Avaliação Clínica:  Paciente com fratura da coluna sem lesão medular:  Apresentam dor,  Incapacidade funcional,  Espasmo da musculatura adjacente.  Paciente com lesão medular:  Perda de resposta à estimulo doloroso,  Incapacidade de realizar movimentos vontuntários,  Queda da pressão arterial com bradicardia,  Alteração no controle dos enficteres, 
  • 30. Avaliação Clínica: Síndrome Característica Síndrome da medula central Cervical – comprometimento membros inferiores e superiores Síndrome da medula anterior Preservação da propriocepção e perda variável da função motora e sensitiva à dor Síndrome da medula posterior Manutenção da sensibilidadeà dor e a função motora, propriocepção alterada Síndrome de Brown- Séquard Hemissecção da medula – perda da função motora e proprioceptiva do lado da lesão e perda da sensibilidade à dor e temperatura do lado oposto Síndrome de cone medular Incontinência vesical, fecal e alteração da função sexual Síndrome da cauda equina L1, L2 – arreflexia, paresia de membros inferiores, da
  • 31. Avaliação Sensibilidade:  É realizada por meio da avaliação de sensibilidade tátil e dolorosa do paciente, através de 20 dermátomos:  Mamilos – T4  Processo Xifóide – T7  Região Inguinal – T12 a L1  Região Perineal – S2, S3, S4  Atribui uma clínicos:  0 – ausente avaliação numérica nos achados
  • 33. Avaliação Motora:  Avaliação dos 10 pares miótomos e a força muscular graduada :  C5 – Flexores do cotovelo  C6 – Flexores do punho  C7 – Extensores do cotovelo  C8 – Flexores do dedo  T1 – Abdutores  L2 – Flexores do quadril  L3 – Flexores do joelho  L4 – Dorsiflexores do tornozelo  L5 - Extensores longos dos dedos  S1 – Flexores plantares do tornozelo
  • 35. Avaliação Motora:  Segue a escala:  0 – Paralisia total,  1 – Contração palpável,  2 – Movimento ativo gravidade, eliminado pela força da  3 – Movimento ativo que vence a força da gravidade,  4 – Movimento ativo contra alguma resistência,  5 – Normal.  OBS: Também examina-se o esfíncter anal
  • 36. Classificação da lesão medular: A Escala de Comprometimento da ASIA (American Spinal Injury Association), baseada na completude da lesão (grau de transecção da medula) e na função sensorial / motora. Grau Tipo de lesão Manifestações Recuperação A Completa Ausência de função motora e sensitiva abaixo da lesão 15,5% cervical 7% torácica B Incompleta Função sensitiva, mas não motora 47% C Incompleta Alguma força motora 84% D Incompleta Força motora 84% E Nenhuma Função sensitiva e função 100%
  • 38. Exames:  Radiografia antero-posterior, perfil e transoral (diagnóstico de 84% lesão cervical).  Tomografia Computadorizada: Avaliação da morfologia da fratura.  Ressonância Magnética: Análise de contusões medulares.
  • 39. Quadro Clínico – Trauma Raquimedular:  Fase aguda (de 1 a 24 horas após o trauma). Nesta fase, o edema provocado pelo trauma ainda é um dos limitadores da avaliação da lesão. Portanto, pode ser difícil determinar o grau de transecção da medula. Testa- se a capacidade motora e sensitiva com maior frequência a fim de acompanhar a involução do edema.  Intervenções cirúrgicas nesta fase são recomendadas quando houver instabilidade vertebral, a fim de evitar maiores agravos à lesão pré-existente. Os objetivos são remover os fragmentos ósseos que porventura estejam comprimindo a medula, além de estabilizar as vértebras, para que o processo de reabilitação possa ser iniciado precocemente. O succinato dissódico de metilpredinisolona (corticóide) deve ser administrado até oito horas após a lesão, com dose de manutenção por 48 horas.
  • 40. Quadro Clínico – Trauma Raquimedular:  Fase subaguda (de 24 horas até uma semana pós- trauma). As trações com halo cervical são comumente utilizadas para tratar as lesões cervicais. A mobilização precoce, em blocos, e os exercícios passivos devem ser iniciados tão logo o paciente esteja em condições de estabilidade clínica e cirúrgica. Programa-se uma hiperalimentação, com dieta líquida por sonda, progredindo para pastosa, tão logo a condição do cliente permita, hipercalórica, hiperprotéica e rica em fibras, a fim de retardar o balanço nitrogenado negativo. O volume da dieta deve aumentar gradualmente, conforme a tolerância.  Farmacologicamente, bloqueadores administrados para evitar irritação hemorragias; a H2 são gástrica e sal sódico
  • 41. Quadro Clínico – Trauma Raquimedular:  Fase Crônica ou Ajustamento medular (após uma semana do trauma). As complicações devem ser tratadas, tais como infecções (antibioticoterapia); comprometimento respiratório (estimulação elétrica do nervo frênico, ventilação mecânica, fisioterapia respiratória); lesão mucocutânea traumática e prevenção de ulcera s por pressão; ossificação heterotrópica (uso de quelantes de cálcio e antiinflamatório s); siringomieli a (drenagem) ; espasticidade (antiespasmódicosorais e intratecais, cirurgia, estimulação da medula espinhal); dor neuropática central sedativo
  • 42. Quadro Clínico – Trauma Raquimedular:  A reabilitação inclui suporte clínico e psicossocial, fisioterapia, avaliação urológica, terapia ocupacional, incluindo sempre o cliente e seu núcleo familiar.  Devem ser enfatizadas as habilidades, e não as incapacidades, o foco da reabilitação é a adaptação do indivíduo a sua condição, visando extrair a melhor integração deste com o meio. Quanto mais adaptado a sua nova condição, mais eficientemente o indivíduo desempenhará as suas atividades de vida diária (AVD).  Mesmo em casos onde o comprometimento seja total, impedindo qualquer participação física do indivíduo, a sua atitude mental pode, e deve ser estimulada, pois a perda da capacidade motora e
  • 43. Complicações Orgânicas do Trauma Raquimedular:  Devido à complexidade do sistema nervoso, as lesões raquimedulares podem levar à complicações orgânicas variadas, dependendo do grau da lesão, altura da lesão, tempo transcorrido entre o trauma e o atendimento, e qualidade do atendimento inicial.  As complicações em longo prazo incluem a síndrome do desuso, a disreflexia autônoma, infecções vesical e renal, espasticidade e
  • 44. Complicações Sociais do Trauma Raquimedular:  O indivíduo que sofre uma lesão medular, com comprometimento que gera incapacidade, defronta- nova realidade, onde o se com uma acompanhament o e o cuidado profissionais de saúde enfermeiros, terapeuta especializado s ocupacional, de inúmeros (médicos , psicólogo , psiquiatra), além de engenheiros de reabilitação, assistente social se fazem constantes.  Reside aí o risco de perda da privacidade, do
  • 45. O Papel do Enfermeiro:  Como integrante da equipe multidisciplinar, numa abordagem interdisciplinar, o enfermeiro é o elemento que tem maior contato com a família e com o cliente, por características inerentes à prática profissional. Desta forma, as medidas que o enfermeiro programar são determinantes do sucesso ou fracasso tanto do atendimento inicial (com relação aos agravos da lesão raquimedular) quanto ao inicio precoce do processo de reabilitação.
  • 46. O Papel do Enfermeir o:  O enfermeiro deve considerar a necessidade de conversar sobre a vida sexual do seu cliente. Podem ser necessárias adaptações para que este viva plenamente a manifestação do desejo sexual, que é uma necessidade fisiológica básica, e não deve ser reprimida unicamente devido à nova condição física em que este se encontra.
  • 48. Referências :  CARPENITO-MOYET, L.J. Diagnósticos de Enfermagem: aplicação à prática clínica. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.  DANGELO, J.G; FATTINI, C.A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar: para o estudante de medicina. 2 ed. São Paulo: Atheneu. 2004.  NETTINA, S.M. Prática de enfermagem. 8 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2007.  SANTOS, J. L (revisão técnica); SANTOS, R.G (tradução). Guia Profissional para Fisiopatologia. Tradução de: Professional Guide of pathophysiology. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.  SANTOS, RR; CANETTI, MD; RIBEIRO JR, C; ALVAREZ, FS. Manual de Socorro de Emergência. Seção de ensino e treinamento / Grupamento de Socorro de Emergência /Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro / Secretaria de Estado de Defesa Civil. São Paulo: Atheneu, 2005.