Tipicidade e Atipicidade Dos Contratos: Rui Pinto Duarte Outubro 2016
Tipicidade e Atipicidade Dos Contratos: Rui Pinto Duarte Outubro 2016
Outubro 2016
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(3) A provision to the effect that parties may not exclude the
application of a rule or derogate from or vary its effects does not
prevent a party from waiving a right which has already arisen and
of which that party is aware.
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- Típico, neste contexto, é sinó nimo de correspondente a um modelo (de
uma dada ordem jurídica);
- Os modelos tidos em vista sã o primacialmente modelos constantes da
lei, mas por vezes sã o modelos da realidade social nã o constantes da lei
(a chamada «tipicidade social» e a sua relevâ ncia - remissã o);
- O nível mais vulgar (e talvez o ó timo) de tratamento dos problemas da
tipicidade é o do contrato, mas também é possível tratá -lo noutros
patamares de generalidade, nomeadamente no do negó cio jurídico;
- «Tipicidade» e «tipo» têm outros significados na linguagem jurídica
(v.g., taxatividade e previsã o da norma - Tatbestand);
- Contrato-tipo é noçã o diferente da de contrato típico: designa um
modelo contratual surgido na prá tica contratual.
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5. Os tipos contratuais regulados no título II do livro II do Código Civil
- Cará ter assistemá tico (nã o classificató rio) da regulaçã o dos tipos
contratuais, designadamente da constante do título II do livro II do
Có digo Civil
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- Os contratos previstos como reais quanto à constituiçã o e a
admissibilidade de contratos obrigacionais afins;
- Quanto à intensidade da regulaçã o.
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- Discutir o juízo de qualificaçã o é discutir o processo intelectual de
aplicaçã o das normas;
- A recusa de reconduçã o de um contrato a um tipo pode resultar de ao
contrato faltarem elementos do tipo ou de o contrato conter outros
elementos além dos do tipo (caso do contratos entre organizadores de
centros comerciais e lojistas);
- Os chamados contratos típicos com prestaçõ es secundá rias (ou
acessó rias) de outros tipos podem ser considerados como típicos;
- Os vá rios modos de manifestaçã o da atipicidade: contratos atípicos em
sentido estrito, contratos mistos, uniõ es de contratos.
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assimilatur"» (Jean-Pierre Baud, «Contrats Només et Contrats Innomés
en Droit Savant» in Studia Gratiana, XIX, 1976, p. 50);
- A aplicaçã o de normas supletivas sobre contratos típicos e a chamada
integraçã o;
- O exemplo da aplicaçã o a contratos de concessã o da indemnizaçã o de
clientela prevista para o contrato de agência.
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Unidade da causa? Unidade da prestaçã o pecuniá ria? Unidade da
«prestaçã o caraterística»?);
- O cará ter meramente descritivo da uniã o de contratos ou a falta da
autonomia problemá tica da uniã o de contratos: os problemas de regime
surgidos a propó sito das uniõ es de contratos resolvem-se em sede de
outras figuras; como escreve Antunes Varela, nã o esgotando as
possibilidades, «pode um dos contratos funcionar como condição,
contraprestação ou motivo do outro» (Das Obrigações, vol. I, 9.ª ed.,
Almedina, 1996, p. 290, sublinhados no original).